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GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Superintendência de Capacitação e Formação Tecnológica Linguagem Visual do Produto 2019

Linguagem Visual do Produto 2019 - Portal Expresso

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GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação

Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e InovaçãoSuperintendência de Capacitação e Formação Tecnológica

Linguagem Visual do Produto2019

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Linguagem Visual do Produto

Novembro 2019

ETAPA IPRODUÇÃO DE MODA

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Referências para Oferta de Cursos na Modalidade a

Distância no Âmbito da Rede Itego

Governador do Estado de GoiásRonaldo Ramos Caiado

Secretário de Desenvolvimento e InovaçãoAdriano da Rocha Lima

Secretário Interino e Subsecretário de Ciência e Tecnologia e InovaçãoMárcio César Pereira

Superintendente de Capacitação e Formação TecnológicaJosé Teodoro Coelho

Gerência e Gestão da Rede de ITEGOsMychelly Ferreira Carlos Simões

Coordenadora Geral do PronatecLudmilla Alves Danas Gonçalves

Supervisão Pedagógica e EaDMaria Dorcila Alencastro Santana

Tânia Mara Lopes Ribeiro

Coordenadora do Eixo Produção Cultural e DesignTânia Mara Collyer Pinheiro

Professor ConteudistaTânia Mara Collyer Pinheiro

Projeto GráficoMaykell Guimarães

DesignerAndressa Cruvinel

Revisão da Língua Portuguesa Ana Paula Ribeiro de Carvalho

Banco de Imagens http://freepik.com

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Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Neste contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI) visam a garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética; Desenvolvimento Educacional e Social; Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Artística e Cultural e Design; Produção Industrial; Recursos Naturais; Segurança; Turismo; Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI).

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7

Conteúdo InterativoEssa apostila foi cons-truída com recursos que possibilitam a interatividade tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

Para acessar a interatividade utilize o Inter-net Explorer,

ou

salve o arquivo no computador e abra-o no Acrobat Reader.

SumárioLINGUAGEM VISUAL DO PRODUTOIntrodução 10

UNIDADE IArte: conceitos e fundamentos 11

1.1 O que é arte? 111.2 A origem da arte 111.3 O artista 121.4 O observador 131.5 A obra de arte 141.6 Movimentos artísticos 14

1.6.1 Pré-história 151.6.2.1 Principais movimentos artísticos da Antiguidade 161.6.2.2 Obras 17

1.6.3 Idade Média 171.6.3.2 Obras 18

1.6.4 Idade Moderna – Renascimento 191.6.4.1 Principais movimentos artísticos da Idade Moderna 201.6.4.2 Obras 21

1.6.5 Idade Contemporânea 221.6.5.1 Principais movimentos artísticos da Idade Contemporânea 221.6.5.2 Obras 24

1.7 A arte nas imagens do cotidiano 291.8 Artes visuais 291.9 A imagem como linguagem 30

1.9.1 Comunicação visual 30

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1.9.2 Função e mensagem da linguagem visual 321.9.3 Elementos básicos da comunicação visual 32

1.9.3.1 Ponto 321.9.3.2 Linha 321.9.3.3 Forma 331.9.3.4 Direção 331.9.3.5 Tom 331.9.3.6 Cor 33

UNIDADE IIImagem visual 35

2.1 Meios de comunicação visual 362.2 Tipos de comunicadores visuais 36

2.2.1 Objetos 362.2.2 Gráficos 36

2.3 A importância da comunicação visual para o empreendimento, a marca e/ou o produto 37

2.3.1 Os quatro benefícios de uma comunicação visual bem eficaz 37

Referências 39

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Recursos Didáticos

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar

e faz uma recapitulação dos assuntos mais

importantes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interessantes

e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

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LINGUAGEM VISUAL DO PRODUTO

Introdução

Caro(a) aluno(a), estudar o componente Linguaguem Visual do Produto significa compreender o estudo das relações visuais e as aplicações dos elementos compositivos no desenvolvimento da linguagem visual. Neste caderno vamos: estudar os conceitos e fundamentos da arte, quando surgiram as primeiras manifestações artísticas e sua origem; conhecer os movimentos artísticos que influenciam as artes visuais e as artes aplicadas; compreender a comunicação através da inguagem visual e os elementos que fazem parte da composição visual, e conhecer os estilos artísticos para estimular o raciocínio visual por meio de atividades práticas expressivas.

Ao final deste componente, você, aluno(a), vai compreender e reconhecer a arte nas imagens do cotidiano, através dos elementos da linguagem visual, e entender como aplicar os conhecimentos adquiridos no exercício da atividade, utilizando as técnicas visuais como estratégias de comunicação para a divulgação do produto de moda. Figura 1: Sem Título, 1921. Kandinsky.

Fonte: http://atraves.tv/o-abstracionismo-informal/

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As manifestações artísticas surgiram desde a origem da humaninade. Pode-se afirmar que é uma das pri-meiras manifestações que representam uma forma de expressar ideias, sensasões e sentimentos por meio da linguagem artística, com o objetivo de transmitir e comunicar a vivência do homem no mundo daquele período.

A arte é conhecimento, registro e sentimento que, pela criação de objetos e formas, comunica ideias e sensações. Para apreciar um objeto ou uma manifestação artística e, principalmente, dar opiniões funda-mentadas sobre estilos e maneiras diferentes de expressões artísticas, é necessário aprender a observar, analisar, refletir e criticar. Neste contexto, a arte existe para expressar emoções, explicar e descrever a histó-ria da humanidade, demonstrar desejos, refletir sobre comportamento e transmitir sentimentos.

A história da humaninade está diretamente ligada à história da arte e vice-versa, assim como os aconte-cimetos históricos, as relações sociais e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A função da arte e o seu valor simbolizam a representação do homem na história do mundo, de acordo com a sua visão, seus desejos e suas necessidades. Na história, cada sociedade se manifesta e apresenta diferentes estilos de demonstrar a arte, pois cada uma tem seus próprios conceitos e conjuntos de valores (morais, religiosos, culturais) expressados de acordo com estes. Nesta perspectiva, buscamos refletir qual o significado e a im-portância da arte para a história das relações humanas e para a sociedade.

1.2 A origem da arte

Os primeiros registros de arte foram na pré-história, com as pinturas nas cavernas, nos templos religiosos e nos objetos. Tais manifestações foram ocorrendo naturalmente, como forma de representar suas vivências, ideias, sentimentos e sensações.

A arte rupestre é considerada pelos pesquisadores e historiadores como um registro de atividades desenvol-vidas pelo homem, que mostra os hábitos do cotidiano, como: a caça, dança, luta e o sexo. Assim, foi possível conhecer os hábitos e a cultura de determinados povos da Antiguidade, entendendo que esta é quase tão an-tiga quanto o homem, pois trata-se de uma forma de trabalho, com características específicas dentro de um processo de atividades humanas. A relação do homem com a natureza é capaz de transformar a sua realidade através da arte. Com o passar dos anos, entendeu-se as suas necessidades e seus interesses, retratando o seu cotidiano pelas pinturas e esculturas. Compreen-deu-se o que precisava para sobreviver no meio, ex-pressar o que estava pensando e mostrar para o outro sua própria expressão.

Arte: conceitos e fundamentos

UNIDADE I

Para começar o estudo da linguaguem visual, primeiramente é importante conhecermos alguns concei-tos de arte, movimentos artísticos e expressões artísticas.

1.1 O que é arte?

Figura 2: Arte rupestre.Fonte: https://arteref.com/wp-content/uploads/2019/06/AltamiraBison-copy-1280x720.jpg

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De acordo com Azevedo (2007), para que a arte exista, são necessários três elemetos: o artista, o obser-vador e a própria obra de arte.

1.3 O artista

A pessoa que produz arte, que tem vocação e habilidades para criar, é denominada artista. O artista é uma pessoa que tem sensibilidade e consegue se expressar através de algum tipo de manifestação de arte, utilizando a criatividade e a originalidade. Existem artistas que se expressam por meio das artes plásticas, artes visuais, da dança, do canto, circo e das artes cênicas (AZEVEDO, 2007).

A arte é uma palavra subjetiva para alguns pensadores e filósofos, assim como a palavra artista, que pode ter ampla explanação e sentido. Deste modo é importante que se criem uma reflexão e uma relação entre ambos os termos, para que fique claramente entendido o que se propõe neste estudo. Ambos os conceitos podem ser traduzidos como técnicas e meios de criar, fabricar ou produzir algo que venha carregado de cultura, valores, estética e conhecimento da herança de um povo.

Contextualizando conceitos de estudos sobre a arte, pode-se afirmar que a importância da arte para o desenvolvimento das ciências humanas é tão importante quanto o estudo de outras ciências que envolvem o comportamento humano. O significado da arte não se limita apenas ao campo artístico, mas abrange ou-tras áreas da vida humana.

VAMOS RELEMBRAR

Arte rupestreAs pinturas rupestres são os mais resistentes registros iconográficos que se fazem presentes, por terem sido feitos na rocha e, por isso, sobrevivido por milhares de anos. Elas nos transmitem informações sociais e culturais do grupo que existiu naquele espaço,

fornecendo-nos dados sobre a forma de vida das comunidades locais. Elas podem ser categorizadas em pintura rupestre e gravura rupestre.Os achados mais antigos desse tipo de arte datam do período Paleolítico Superior (aproximadamente 40.000 a.C.). Também foram encontrados exemplos de manifestações artísticas europeias ou pré-colombianas da época do Neolítico (de até 8.000 a.C.).

Fonte: https://www.todamateria.com.br/arte-rupestre/

1. A história da Arte, de E.H. Gombrich. Da editora LTC, o livro traz detalhes sobre os artistas mais importantes do mundo, desde a pré-história. Apesar das 688 páginas, a leitura vale a pena para quem deseja saber um pouco mais sobre a história da arte como um todo.

2. Tudo sobre arte, de Stephan Farthing e Richard Cork. O livro também traz uma visão geral sobre a arte, das pinturas rupestres e esculturas pré-históricas às gravuras japonesas.

3. Arte Moderna, de Giulio Carlo Argan. Publicado pela Companhia das Letras, o livro é um dos mais conhecidos do mundo quando o assunto é história da arte. A edição conta com 700 páginas sobre o tema.

4. Isso é arte?, de Will Gomperty. O autor traz informações sobre a arte nos últimos 250 anos. Do Impressionismo até hoje, ele mostra ao leitor a história de peças e artistas que se destacaram neste período.

5. Arquitetura e arte no Brasil Colonial, de John Bury. O documento do Instituto do Patrimônio Histórico e

PESQUISE

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Artístico Nacional (Iphan) traz, em mais de 200 páginas, detalhes sobre a arquitetura brasileira na época da colônia, de Aleijadinho às influências europeias.

6. Iniciação à História da Arte, de H. W. Janson e Anthony F. Janson. O livro está disponível on-line em diversos sites e traz um panorama sobre o desenvolvimento artístico do homem.

7. Petit Larousse História da Arte, de Vicente Brocvielle. O livro permite que o leitor conheça grandes períodos, estilos e correntes estéticas dos artistas mais marcantes do mundo.

8. História Ilustrada da Arte, de Ian Chilvers. A publicação traz capítulos separados por época: da Pré-História à Idade Média; Renascimento e Maneirismo; do Barroco ao Classicismo; O Século XX, e A Arte Moderna (este site deixou de exibir o conteúdo. Atualizado em: 3 dez. 2019).

9. Conceitos Fundamentais da História da Arte, de Heinrich Wolfflin. O autor analisa grandes obras de artistas famosos, a fim de mostrar ao leitor o estilo de cada um deles.

10. Introdução a História da Arte, de Dana Arnold. O livro traz informações sobre a história da arte, o papel da galeria e dos museus, o surgimento das histórias sociais da arte, os meios e as técnicas mais utilizadas. A ideia é fazer o leitor entender de que forma o mundo artístico funciona.

É por intermédio do artista que se pode conhecer mais sobre a história da humanidade por gerar refle-xão, provocar sentimentos e estimular o senso crítico; tudo vai depender da forma de interpretação. Nor-malmente o artista tem uma forma de perceber o mundo com mais sensibilidade, vendo-o sob uma ótica diferente da maioria das pessoas. Alguns precisam explicar o significado de suas obras, pois estas não são interpretadas pelos críticos como o seu real significado.

1.4 O observador

É quem faz parte do público, contempla a obra de arte e tem opinião crítica sobre o tema daquela obra. É um elemento fundamental para que a obra se torne um objeto de contemplação.

Figura 3 - O observador.Fonte: https://www.flickr.com/photos/tabor-roeder/4816444169

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1.5 A obra de arte

Independente do tipo de arte, toda a obra tem um conceito, uma tradução que é a ideia do artista mate-rializada pela obra. Segundo Azevedo (2007), na arte estão presentes o conhecimento, a história e a cultura da humanidade. Toda obra de arte tem como intenção transmitir ideias, sentimentos e experiência humana, que possui seu próprio valor. Cada sociedade (civilização) apresenta um estilo de criação em fazer arte, pos-suindo seus próprios valores morais, sociais, estéticos e históricos. Alguns autores afirmam que a história da humanidade está diretamente ligada à história da arte, pois, através dos registros das variadas obras e objetos artísticos que foram encontrados, é possível entender a evolução das sociedades.

VAMOS REFLETIR Um pouco de históriaAs artes plásticas só começaram a ser reconhecidas em meados do século XIX.

A sociedade ocidental interpretava as manifestações plásticas não europeias e de outros povos primitivos, como arte inferior. O segmento do padrão clássico grego elevava a representação da figura de uma forma mais “evoluída”. A partir de um olhar novo, a nova geração de artistas representaria a “redescoberta de um novo mundo plástico”. As obras de artistas como Gauguin, Picasso, Paul Klee e Miro evidenciam este período.

A função da arte e o seu valor, portanto, não estão no retrato fiel da realidade, mas na representação simbólica do universo do homem. A arte se apresenta a partir de variadas formas: plástica, música, escultu-ra, cinema, artes cênicas, instalações, performance etc. Todas são um meio de comunicar uma ideia, uma mensagem, uma história. Atualmente é possível ver, por manifestações artísticas, que o espectador parti-cipa da obra, sendo percebidas através de maneiras diferentes: visuais, sensitivas, ouvidas, dentre outras.

https://www.youtube.com/watch?v=GJT7kfQ7g3M

Uma breve passagem pelas fases da história da arte e evolução artística da humanidade.

MÍDIAS INTEGRADAS

1.6 Movimentos artísticos

Através da história é possível estudar os movimentos artísticos que nada mais são do que estilos ou tendências com características e objetivos em comum, com a função de inspirar e influenciar artistas, pen-sadores, filósofos e grupos sociais. Normalmente surgem e ficam por um período de tempo (meses, anos ou décadas) com grande influência social, religiosa e política. Para facilitar o entendimento destes movi-mentos, estudiosos classificam separadamente os períodos e estilos, de acordo com as produções artísticas. Alguns estudiosos tratavam a história da arte através de períodos, escolas, tendências ou estilos (o período

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renascentista, a escola flamenga, o gótico e a tendência romântica, por exemplo). Os movimentos artísticos começaram a surgir no século XIX, com o impressionismo, e foram marcados pelo início da arte moderna, conhecido pela nova vanguarda artística (PROENÇA, 2013).

1.6.1 Pré-história

A pré-história é um dos períodos mais fascinantes da história da humaninade, apesar de não existir nenhum registro escrito ou documento que comprovasse algum acontecimento. No entanto, milhares de outras representações, pela imagem, foram encontradas nesta época. Foi um período anterior ao da escrita e é conhecido como a idade primitiva dos homens das cavernas e dos dinossauros. O resultado de pesquisas de antropólogos e historiadores contribuiu para a construção de informações desta época. Imagens encon-tradas no interior das cavernas foram denominadas arte rupestre. Considerada uma forma artística primiti-va, tinha muito refinamento nas formas e linhas, sendo sua representação muito real ao cotidiano daquela época. O homem primitivo utilizava pedaços de carvão, tinturas extraídas de plantas, pontas de facas para suas pinturas e ossos de animais, chifres e dentes para as esculturas. A intenção do homem primitivo não era especificamente artística, mas vinha da crença daquela civilização no poder das imagens. Essa teoria jus-tifica o motivo pelo qual o homem pré-histórico fazia desenhos do seu cotidiano, retratando determinadas situações como a caça, por exemplo (PROENÇA, 2013).

Idade Períodos Características

Pré-História Período paleolítico e neolítico Pinturas registravam cenas do cotidiano dos humanos pré-históricos; figuras humanas e de animais eram predominantes; eram retratadas cenas de caça, danças, rituais, alimentação, atos sexuais, nascimento e morte de pessoas etc.; os desenhos eram feitos nas rochas, principalmente nas paredes e nos tetos das cavernas; uso de sangue de animais, plantas esmagadas, terra colorida, argila e saliva como materiais para fazer as pinturas rupestres.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/luiz-zanin/a-caverna-dos-sonhos-esquecidos/

https://www.youtube.com/watch?v=a5PqaWxKyzQ

A caverna dos sonhos esquecidos

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. As regras têm como objetivo proteger

o investimento feito pelo Estadão na qualidade constante de seu jornalismo. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:

MÍDIAS INTEGRADAS

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Movimentos Períodos Estilos

Arte suméria A partir de 4000 a.C., na zona de confluência do rio Tigre com o rio Eufrates.

- Palácios, templos (zigurate), câmaras funerárias (abóbada e arco).- Adobe, madeira, tijolo colorido para decoração.- Figuras religiosas de alabastro (hierarquia por altura e tamanho dos olhos). Formas geométricas e esquemáticas baseadas no cone e no cilindro.- Influência na arte da Assíria e da Babilônia.

Arte assíria Inicialmente na zona norte do rio Tigre, posteriormente estendeu-se ao império de grandes dimensões. O auge foi entre 1.000 a.C. e 612 a.C.

- Templos e zigurates monumentais. Tijolo, também pedra nas entradas das cidades e salas.- Escultura monumental (demônios guardiões), baixo-relevo narrativo em grande escala.

Arte persa 612-539 a.C. - Arte nômade ornamental (armas, taças, vasos) em madeira, osso, metal. Estilo animalista, abstração figurativa e orgânica.

Arte egípcia Séc. IV a.C. - Arquitectura monumental (pedra), templos, arte funerária (pirâmides, mastabas).- Relevos e pinturas murais associados à arquitetura, escultura de vulto e colossal, artes decorativas e mobiliário.- Caráter solene, com base em cânones rígidos de representação, simbolismo.

Arte celta Séc IV a.C. - Estilo característico dos povos de língua celta, na Europa (continente e, em especial, ilhas - Inglaterra, Irlanda), que se desenvolve já desde a pré-história, Idade do Bronze até a Idade Média. Ver também: arte hibérnico-saxônica.

Arte grega Grécia, sul da Itália, Sicília, século VI a IV a.C.

- Arte ligada ao intelectualismo, à valorização do homem, busca da perfeição, harmonia, equilíbrio, proporção. Inspiração na natureza, no realismo.- Temática mitológica, do quotidiano.

Arte romana Império Romano, século VIII a.C. a IV d.C.

- Desenvolvimento arquitetônico com gosto pelo colossal e magnificente. Edifícios públicos (pontes, aquedutos, termas, anfiteatros etc.), religiosos, basílicas, templos.- Escultura histórica, bustos.

1.6.2.1 Principais movimentos artísticos da Antiguidade

SAIBA MAIS Arte sacraA arte sacra representa uma forma de manifestação artística que está intimamente

relacionada com a religiosidade e o sagrado. Destacam-se a arquitetura das igrejas e dos templos, esculturas de santos, painéis no teto das igrejas, pinturas, gravuras, afrescos, vitrais, mosaicos, desenhos de passagens bíblicas, utensílios litúrgicos, vestimentas etc.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/o-que-e-arte-sacra/

Fonte: https://www.infoescola.com/

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1.6.2.2 Obras

Figura 4 - Arte egípcia e greco-romana.Fonte: https://www.pinterest.com/pin/708683691343242530/

https://matrizesclassicasuff2016.wordpress.com/2017/04/23/estatua-de-laocoonte-de-seus-filhos/

1.6.3 Idade Média

Esse período compreende o século V até o século XV, quando a igreja católica tinha influência direta na política e na sociedade, e toda a produção artística da época era ligada à religiosidade. Conhecido como ida-de das trevas, iniciou-se no ano 476 d.C. e terminou em 1453. Após a divisão do Império Romano em duas partes, em função de conflitos políticos e problemas com as fronteiras, o Imperador Constantino transferiu a capital do império para Bizâncio, adotando o nome de Constantinopla. A então capital Constantinopla foi o centro artístico mais importante desse período. Com a decadência do império romano e outros aconteci-mentos políticos, a igreja católica exerceu uma forte influência em toda a sociedade medieval, incluindo as artes (PROENÇA, 2013).

Movimentos artísticos

Períodos Características Artistas

Arte bizantina 395 d.C. - Recebeu influências da cultura greco-romana e oriental (principalmente da Síria e Ásia Menor), realizando uma mistura destes diferentes aspectos culturais;- Estilo artístico que teve presença marcante de cores;- Presença marcante de temas religiosos (forte influência do Cristianismo);- Demonstração clara da autoridade do imperador - ao considerá-lo sagrado;- Frontalidade - representação das figuras em posição frontal e rígida.

BYZANTINE MOSAICS, c.330 até 1453, estilo, gênero: mosaico e pintura religiosa; Andrei Rublev, c.1360, morte: c.1430; Moscow, Russian Federation, Gênero: Pintura Religiosa - Kamin,Lviv Region, Ukraine -1667 - 1708- Gênero: pintura religiosa.

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Fonte: https://www.suapesquisa.com/artistas_obras

Arte românica

séculos XI e XII

- Na época, eram utilizados a abóbada, dois pilares e paredes grossas com pequenas aberturas (janelas);- Leveza e repouso originários das construções. Algumas davam a impressão de estar no céu;- As igrejas românicas são grandes e sólidas e, por esse motivo, eram chamadas de fortaleza de Deus.

- Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828).

- Eugène Delacroix (1799-1863).

- Joseph Mallord William Turner (1775-1851).

- John Constable (1776-1837).

Arte gótica 3º período – De 1300 a 1400

- A entrada é diferente da românica, que possui apenas um portal, enquanto a gótica possui três portais que dão entrada para o interior da igreja;- Todas as igrejas do século XII e XIV têm a rosácea, uma janela redonda encontrada no portal central;- Tudo é voltado para o céu, para Deus, por exemplo, as torres que possuem pontas agulhadas;- Os arcos góticos ou ogivais permitiram a construção da abóbada de nervuras, assim como os pilares, que proporcionaram paredes menos grossas para suportar a estrutura. Com a utilização desses arcos, as igrejas puderam ser mais altas;- Uso dos vitrais;- Os tímpanos eram trabalhados minuciosamente com esculturas que narravam histórias, e as colunas eram outro fator que atraía a atenção de um visitante;- Uso do arcobotante, arcos que transmitem o peso de uma abóbada para os contrafortes externos.

Bonaventura Berlinghieri (1210 – 1274): pintor italiano, autor de São Francisco e cena de sua vida (1235).

- Cenni di Pepo - também conhecido como “Cimabue” (1240 – 1302): pintor florentino, autor de Madona da Santíssima Trindade (1280).

- Duccio di Buonisegna (1255 – 1319): pintor italiano, autor de Madona e Menino entronizados com seis anjos (1285).

- Gautier de Coinci (1177 – 1236): pintor francês, autor de Vida e milagres da Virgem (final do século XIII).

- Simone Martini (1284 – 1344): pintor italiano, autor de Maestà (1317).

- Jean Pucelle (1300 – 1355): pintor francês, autor de A traição de Cristo e a Anunciação (1328).

- Andrea di Cione Orcagna (1320 – 1368): pintor italiano, autor de O Redentor com nossa senhora e santos (1357).

- Giovanni da Milano (1330 – 1370): pintor italiano, autor de Pietà (1365).

1.6.3.2 Obras

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Figura 5 - Obra justiniana.Fonte: https://arteref.com/movimentos/arte-bizantina-historia-obras-caracteristicas/

Figura 6 - Eugène Delacroix (1799-1863).Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Liberdade_guiando_o_povo

Figura 7 - Catedral gótica em Canterbury, Inglaterra.Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Cantu%C3%A1ria

1.6.4 Idade Moderna – Renascimento

O Renascimento foi um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, conhecido também como Renascentismo. Iniciou-se na Itália e, posteriormente, difundiu-se por toda a Europa. Acontecimentos

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artísticos e culturais marcaram a Idade Moderna dos séculos XV e XVI. Foi um período de retomada dos valores da cultura greco-romana clássica, resgatada pelos humanistas que defendiam esse movimento com muito fervor. Era liderado pela burguesia, com o princípio de que a razão era a forma de alcançar o conhe-cimento (PROENÇA, 2013).

1.6.4.1 Principais movimentos artísticos da Idade Moderna

Movimentos artísticos

Períodos Características Artistas

Maneirismo Segunda metade do século XVI 1515-1600

- Desenvolveu-se nas áreas da pintura, escultura e arquitetura. Rompimento com o estilo clássico de beleza idealizada.- Retratação de figuras em formato alongado e serpenteado. Uso de cores que não representam fielmente a natureza. As cores usadas em grande parte das obras maneiristas são frias, estranhas e artificiais.- Presença de temas profanos e religiosos. Valorização dos conhecimentos intelectuais na elaboração das obras de arte. Presença de beleza, elegância, graça e características ornamentais. Desconsideração da proporcionalidade e perspectiva. Destaque para os efeitos subjetivos e presença de expressões emocionais fortes. Presença da multiplicidade de pontos de vista, recurso muito utilizado nas esculturas.

Giogio Vasari; Parmigianino; Paolo Veronese; El Greco, Jacopo Sansovino; Frederico Barocci; Agnolo Bronzino.

Barroco Século XVII e primeira metade do XVIII

- O estilo Barroco descreve a obra irregular, bizarra ou que, de outro modo, se afastasse das regras e proporções estabelecidas; esteve diretamente ligado à Reforma e Contrarreforma, movimentos conta a Igreja Católica. A iconografia barroca era direta, óbvia e dramática, pretendendo apelo sobretudo aos sentidos e às emoções.

Peter Paul Rubens, Diego Velázquez, Johannes Veermer, Rembrandt van Rijn, Michelangelo, Gian Lorenzo Bernini, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e Mestre Ataíde.

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Rococó 720 a 1780 - Temas: cenas pastoris, festas galantes, traduzindo amor, sedução, erotismo e hedonismo (doutrina filosófica que faz do prazer o objeto da vida). Temas tratados de forma ligeira e superficial, com referência a deuses e a pequenos cupidos. Teatralidade própria do estilo rococó, oposta à ansiedade e tristeza do Barroco.

Os irmãos Asam – Cosmas Damian (1686-1739), pintor de afrescos, e o escultor Egid Quirin Asam (1692-1750); os irmãos Zimmermann Dominikus e Johann – projetaram abadias e igrejas de peregrinação em estilo rococó, como o famoso Die Wies (1745-54); Amalienburg de François Cuvilliés (1734-39); Jean-Antoine Watteau (1684-1721); Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779); François Boucher (1703-1770); Jean-Honoré Fragonard (1732-1806); Giambattista Tiepolo (1696-1770).

1.6.4.2 Obras

Figura 8 - Estilo Rococó: obra do artista francês Jean-Honoré Fragonard (1732-1806).Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Balanço

Figura 9 - Vocação de São Mateus (1600), do italiano Caravaggio.Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vocação_de_São_Mateus_(Caravaggio)

SAIBA MAIS Pintura Barroca EspanholaA pintura espanhola está entre as mais marcantes expressões do Barroco. A influência

ocorreu porque o país era governado por reis de elevada identificação com a Igreja Católica.O fervor religioso traduzido na pintura é motivo de orgulho nacional na Espanha. Em geral, os retratos

demonstram tensão mística, realismo intenso, paixão e sofrimento.Os espanhóis de maior destaque no Barroco são:• Francisco de Zurbarán (1598-1664): era considerado um artista devocional.• Diego Velázquez (1599-1660): retratista da corte de Filipe IV e pintor monumental.• Bartolomé Esteban Murillo (1617-1682): evidenciava a campanha do Vaticano de contrarreforma em

suas obras.

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Figura 10 - As Meninas (1656), de Velásquez, é uma obra--prima do barroco espanhol.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Meninas_(Vel%C3%A1zquez)

Figura 11 - Provérbios Flamengos, 1559, Pieter Bruegel, o Velho, Staatliche Museen, Berlim.

Fonte: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/proverbios-flamengos-pieter-bruegel-o-velho/

1.6.5 Idade Contemporânea

A Idade Contemporânea compreende um período de grandes transformações em todos os setores eco-nômicos, políticos, sociais, demográficos e na arte (século XVIII ao final do século XIX). Neste período, a sociedade vanguarda surgiu, buscando uma nova linguagem de expressão artística, tendo como principal característica a liberdade de expressão e atitude ousada, crítica e provocante. As obras de arte abandona-ram a imitação da vida cotidiana e da natureza, tendo como principal característica o universo interior dos personagens, as emoções individuais e a linguagem das formas. O inconsciente individual se expressava em todas as áreas artísticas, traduzindo em formas abstratas através das linhas, das cores e outras técnicas. Na arquitetura, a simetria dá lugar à assimetria.

https://www.youtube.com/watch?v=S3jRywWQJH8

https://www.youtube.com/watch?v=YMAuFPWbufM

ARTE CONTEMPORÂNEA

No vídeo, Sabrina Moura, curadora e pesquisadora, conversa sobre a definição de arte contemporânea e todas as suas questões.

Neste vídeo, aborda-se uma explicação completa da Arte Contemporânea e suas características.

MÍDIAS INTEGRADAS

1.6.5.1 Principais movimentos artísticos da Idade Contemporânea

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Movimentos artísticos

Períodos Características Artistas

Neoclassicismo Sécs. XVIII e XIX

- Objetivava a retomada das expressões artísticas mais antigas; as obras expressavam modelos de proporção, clareza e equilíbrio, conhecidos como novo Classicismo.

Jacques-Louis David;Jean-Auguste Dominique Ingres;Pierre Barthelmy Vignon;Antônio Canova

Romantismo Sécs. XVIII e XIX

- Egocentrismo (o indivíduo é encarado como o centro do mundo); sentimentalismo exacerbado; nacionalismo; idealização do amor e da mulher; tom depressivo (típico de diversos autores românticos, sendo facilmente encontrável, entre eles, um discurso que exalta a fuga da realidade, seja pela morte, seja pelo sonho ou ainda pela própria arte).

Goethe, Victor Hugo, Lord Byron, Almeida Garrett e Camilo Castelo Branco.

Realismo Final do século XIV

- Oposição ao Romantismo, ou seja à idealização amorosa, os realistas representavam figuras humanas profundas; tratava-se de um olhar o mais objetivo possível, buscando representar a realidade de modo impessoal, crítico, ao contrário de um olhar apaixonado dos objetos retratados.

Gustave Courbet;Jean-François Millet;Auguste Rodin;Jean-Baptiste Camille Corot;Francesco Hayez.

Expressionismo/ Fauvismo

1905-1910 - Uso de cores intensas (roxo, verde, amarelo, azul e vermelho);- Busca estabelecer harmonia, tranquilidade, pureza e equilíbrio nas obras de arte;- Uso de formatos planos, grandes, simples e com traços largos;- Intenção de demonstrar sentimentos nas obras;- Temas preferidos: cenas urbanas e rurais, retratos, ambientes internos, nus e cenas ao ar livre.

Henri Matisse (1869-1954);Andre Derain (1880-1854);Maurice de Vlaminck (1876-1958);Raoul Dufy (1877 – 1953);Jean Puy (1876 – 1960);Albert Marquet (1875 – 1947);Georges Rouault (1851 – 1958).

Cubismo 1900-1910 - Formas geométricas; pinturas em um mesmo plano, constituindo figuras em 3ª dimensão no mesmo plano; pintura escultória; uma forma de expressar ideias, abstração; estilo que não utiliza forma, fundo e profundidade.

Pablo Picasso (19881-1973);Georges Braque(1882-1963);Juan Gris (1887-1927);Fernand Léger (1881-1955);Diego Rivera (1886-1957).

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Futurismo 1914-1918 - O movimento defendeu a revolução social e as mudanças na forma como a arte foi feita e produzida; Desvalorização da tradição e do moralismo;- Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;- Defesa de uma ligação entre as artes plásticas e o mundo moderno;

Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Luigi Russolo, Gino Severini e Giacomo Balla.

Dadaísmo 1914-1919/1ª Guerra Mundial

- A arte produzida durante o movimento do Dadaísmo foi fascinante nos princípios e ideias abstratas que buscava retratar. Alguns chamam de “antiarte”, e alguns afirmam que não é arte, porque os criadores não consideraram isso como tal. Foi uma arte de protesto que chocou e provocou a sociedade burguesa da época. Um tipo anarquista de arte, altamente vanguardista, cujo objetivo era subverter a ordem política e social.

Tristan Tzara, Hugo Ball; Hans Arp; Marcel Duchamp; Man Ray; Marx Ernest; Francis Picabia.

Abstracionismo Fim do século XIX

- Ou arte abstrata, é um estilo artístico moderno das artes visuais que prioriza as formas abstratas em detrimento das figuras que representam algo da nossa própria realidade; - Arte não representacional;- Ausência de objetos reconhecíveis;- Arte subjetiva;- Oposição ao modelo renascentista e à arte figurativa;- Valorização de formas, cores, linhas e texturas.

Wassily Kandinsky (pintor);Piet Mondrian (1872-1944): pintor holandês;Paul Klee (1879-1940): artista suíço;Willem de Kooning (1904-1997): pintor holandês;Kasimir Malevich (1879-1935): pintor ucraniano;Robert Delaunay (1885-1941): artista francês;Hans Hartung (1904-1989): pintor alemão;Pierre Soulages (1919): pintor e escultor francês;Jean Fautrier (1898-1964): pintor e escultor francês.

1.6.5.2 Obras

l Pintura romântica

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Figura 12 - A Pompeian Beauty, de Raffaelle Gianetti, 1870.Fonte: https://rceliamendonca.com/tag/neoclassicismo/page/7/

Figura 13 - Auto-retrato.Fonte: https://www.comunidadeculturaearte.com/gustave-courbet-comemoraria-hoje-196-anos/

l Pintura realista

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Figura 14 - Fortunato Depero - Arranha-céus e Túneis.Fonte: https://sites.google.com/site/umavidadeletras/primeiro-ano-do-ensino-medio/historia-da-arte

Figura 15 - Mural “O Beijo” foi produzido em junho de 2012, em Manhattan, Chelsea.Fonte: https://www.culturagenial.com/grafite/

l Pintura futurista

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Movimentos artísticos

Períodos Características Artistas

Concretismo Início do século XX

- Figuras em três dimensões;- Geometria nas formas;- Pintura escultórica;- Abstração;- Rompe com o conceito da perspectiva.

Pablo Picasso, Georges Braque Paul Cezanne, Juan Gis, Tarcila do Amaral, Rego Monteiro.

Surrealismo Início do século XX

- Pensamento livre;- Expressividade espontânea;- Influência das teorias da psicanálise;- Criação de uma “realidade paralela”;- Criação de cenas irreais;- Valorização do inconsciente.

Salvador Dalí, Pablo Picasso, René Magritte, Frida Kahlo.

Pop art Década de 60

- Aproximação da arte com a vida cotidiana;- Utilização de cores intensas e vibrantes;- Reproduções de peças publicitárias;- Inspiração na cultura de massa;- Uso da serigrafia;- Imitação da estética industrial;- Reproduções em série do mesmo tema;- Uso da imagem de celebridades;- Inspiração no universo da história em quadrinhos.

Andy Warhol, Eduardo Luigi Paolozzi (1924-2005),Richard Hamilton (1922-2011),Peter Blake (1932).

Graffiti Década de 70

- Caracterizado por linguagem especial: crew é o nome dado ao conjunto de grafiteiros que pratica a sua arte em conjunto e simultaneamente; - Tag é a assinatura do grafiteiro; - Piece é um grafite no qual se usa mais de três cores; - Toy é o nome dado a um grafiteiro iniciante; - Spot é o lugar onde o grafite é feito; Wildstyle é um estilo específico de grafite caracterizado pelo uso de letras entrelaçadas; - Free style é um trabalho livre, em geral improvisado; - Bomb é o nome dado ao grafite ilegal, feito por isso de modo rápido e durante a noite. Quem faz o bomb é chamado de bomber.

Os Gêmeos – Brasil. Nascidos em São Paulo, os gêmeos, como são conhecidos, são considerados uns dos melhores grafiteiros do mundo!Bansky – InglaterraKurt Wenner – EUAEric Grohe – EUA Smug – EscóciaEdgar Mueller – AlemanhaBelin – AlemanhaArys – Espanha.

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Arte Naif Séc. XIX A irrealidade; o uso de cores fortes e contrastantes; o detalhamento dos cenários; a liberdade da criação; a composição plana; a inexistência de perspectiva; a expressiva criatividade; a ingenuidade.

André Bauchant, Alfred Wallis, Louis Vivin e Jules Lefranc.

Figura 16 - Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso. 244 x 234 cm. MoMa, Nova Iorque.

Fonte: https://pt.wahooart.com/@@/5ZKH5G-Pablo-Picasso-les-demoiselles-d%27Avignon

Figura 17 - Kiss V (1964), de Roy Lichtenstein.Fonte: https://www.pinterest.com/pin/228205906097578021/

Figura 18 - A persistência da memória (1931).Fonte: https://coletivolirico.com.br/uma-analise-da-obra-a-persistencia-da-memoria-de-salvador-dali/

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1.7 A arte nas imagens do cotidiano

A arte está presente em mui-tos elementos do cotitiano e, para gerar um conceito artísti-co, é necessário identificar as características formais e os sig-nificados das imagens que se vê para serem consideradas como “arte”, identificando o que ela transmite e significa para o ob-servador.

Ao longo do desenvolvimento humano, o artista tem buscado formas de registrar as imagens reais ou da imaginação que são captadas mentalmente. Todo esse processo de internalizar a imagem e reproduzi-la é impor-tante ater ao fato de que nem sempre as imagens reproduzem aspectos do que é naturalmente visível, ou seja, cada pessoa tem uma forma de interpretar uma obra de arte. Uns observam e interpretam de forma superficial, e outros compreendem os significados, levando em conta a história do artista, o sentimento, a relevância da criação, como outros fatores. Inúmeras imagens nos são apresentadas em nosso cotidiano, de formas variadas: abstratas, geométricas, figurativas, imaginárias, religiosas etc. O fator relevante é a compreensão dos símbolos existentes no cotidiano que nos leva ao questionamento da obra e qual a impor-tância de significados ela tem na vida do observador.

1.8 Artes visuais

As artes visuais represen-tam a reunião de manifesta-ções artísticas, que incluem a pintura, escultura, o desenho, a arquitetura, o artesanato, te-atro, a fotografia, o cinema, a dança, o design, a performan-ce, as artes urbanas, dentre outros. O conceito de artes visuais está diretamente liga-do ao ato de “ver” e, por isso, incluem as artes que se apre-sentam por meio da visão.

Outros tipos de manifesta-ções artísticas também se in-cluem nas artes visuais, sendo elas: artes cênicas, arte concei-

Figura 19 - Grafite - Arte Urbana. Os Gêmeos.Fonte: https://pensaracidade.wordpress.com/2013/11/01/arte-urbana-os-gemeos/

Figura 20 - Porto noturno - Leonid Afremov.Fonte: https://ponto-feminino44.webnode.com/news/artes-visuais/

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tual, artes têxteis, belas artes e artesanato. O desenho industrial, desenho gráfico, design de moda, design de interiores e as artes decorativas são ditas artes aplicadas.

SAIBA MAIS ARTES APLICADASArte aplicada ou utilitária é o termo usado para determinar um tipo de arte que

seja útil. Ao contrário do conceito de “arte pela arte”, não é apenas uma forma de expressão artística, conceito este que é essencial às artes atualmente. Arte aplicada também costuma ser considerada um termo antiquado para definir as atividades e profissões ligadas ao design.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_aplicada

Dentro do conceito de artes aplicadas é necessário pensar em modalidades da produção artística, que têm como objetivo atender algumas funcionalidades do mundo cotidiano, que incluem setores da arquite-rura, das artes decorativas, do design, das artes gráficas, do mobiliário etc., trazendo oposição em relação às belas artes. Na Europa (século XVI), quando surgiram as academias de arte, os artistas daquela época foram considerados teóricos intelectuais e tinham a formação especializada, não sendo mais considerados artesãos. Já na segunda metade do século XIX, na Inglaterra, a sociedade intelectual (teóricos e artistas), reunida no Arts and Crafts, reafirmou a importância do trabalho artesanal para as indústrias e o trabalho em massa. O Arts and Crafts lançou várias peças que estão inseridas na recriação das artes manuais em plena era industrial, produzindo tecidos tingidos e estampados à mão, móveis, livros e estilos arquitetônicos ino-vadores (ARGAN, 1992).

Surgiu o movimento de Artes e Ofícios, que se originou a partir da Art Nouveau na Europa e na América do Norte, que estabeleceu a diferença entre arte e artesanato, valorizando os ofícios e trabalhos manuais que, apesar de serem de movimentos filosóficos diferentes, estão conceituados como um afazer artístico.

VAMOS REFLETIR A Art Nouveau (Arte Nova) é um estilo artístico modernista manifestado nas artes

plásticas, artes decorativas (cerâmica, vidraria), artes gráficas, arquitetura, escultura e design. Além disso, a Art Nouveau é caracterizada pela presença de linhas ondulantes e dinâmicas, a fim de transmitir a ideia de movimento. A partir deste conceito, a Art Nouveau incorpora novos materiais do mundo moderno (ferro, vidro, cimento, resina) e da racionalidade das ciências e da engenharia, integrando a arte, indústria, função e forma, utilidade e o ornamennto.

1.9 A imagem como linguagem

1.9.1 Comunicação visual

A linguagem é uma forma de integração social, de transmição de conhecimento entre diferentes culturas e, desde o início dos tempos, é essencial para a sobrevivência, integração e o desenvolvimento. Os símbolos fazem parte da comunicação, considerados como o mais antigo meio de comunicação, surgindo antes da

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linguagem falada, e é através da linguagem que são transmitidos ideias e sentimentos.

As linguagens são recursos expressivos de representação da realidade e de comunica-ção. Elas funcionam como veículo para o intercâmbio de ideias e forma de interlocu-ção. Portanto, é ilusória a exclusividade da linguagem verbal como forma de linguagem e meio de comunicação privilegiados. Essa ilusória exclusividade se deve muito inten-samente a um condicionamento histórico que nos faz crer que as únicas formas válidas de conhecimento e interpretação do mundo são aquelas veiculadas pela língua, na sua manifestação como linguagem verbal, oral e escrita, e que essa linguagem é o meio mais apropriado para se chegar a uma forma de pensamento superior. O saber analí-tico que a linguagem verbal permite conduziu à legitimação consensual e institucional de que essa é a linguagem de primeira ordem, em detrimento e relegando para uma segunda ordem todas as outras linguagens, as linguagens não verbais (COUTO, 2000, p.11-12).

A linguagem verbal, considerada a principal fonte de informação por ser a mais convencional, e a a lin-guagem visual, também considerada uma forma de comunicação não verbal, ocupam espaço no cotidiano que merecem atenção, reconhecimento e principalmente objetos de estudo por transmitirem mensagens por meio de múltiplas linguagens.

Figura 21 - Placas de sinalização.Fonte: https://icetran.com.br/blog/placas-de-transito/

VAMOS REFLETIR A MENSAGEM VISUALDurante o século XX, assistimos a uma transformação significativa nos meios de

comunicação modernos: a mensagem visual tem predominado sobre a mensagem verbal, e a maior parte das coisas que sabemos, aprendemos, acreditamos, reconhecemos e desejamos quase sempre é determinada pelo domínio que a imagem exerce sobre nós.

Fonte: COUTO, Ronan Cardoso. A Escolarização da Linguagem Visual: Uma Leitura dos Documentos ao professor. 2000. 160 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

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1.9.2 Função e mensagem da linguagem visual

O que constitui a linguagem visual é um conjunto de símbolos gráficos, com o objetivo de expressar uma ideia, um sentimento na cabeça de quem visualiza a imagem, ou seja, do observador. A linguagem visual é fundamental para a socialização das pessoas e a formação de conceitos relativos à comunicação visual. Neste contexto, a comunicação visual é composta por várias categorias de expressão, que vão do desenho mais simples a tecnologias dos filmes cinematográficos. Para essa comunicação ser efetiva, ela é constituída por diversos elementos gráficos: pelo ponto, pela linha, pela forma, pela cor, pelo espaço (2D e 3D), pelo equilíbrio, pela luz, pela sombra, pela superfície etc. (DONNIS, 1917).

1.9.3 Elementos básicos da comunicação visual

De que forma as imagens são constituídas e formadas? Os elementos visuais são o que está contido no objeto que se apresenta: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Tudo o que está presente na estrutura da obra determina que elementos fazem a composição da obra e as opções de combinações. Não se podem confundir elementos visuais com matéria-prima, como por exemplo: madeira, tinta, pincel, papel etc.

https://www.youtube.com/watch?v=2AVK9mNdJi0

Fundamentos da Linguagem Visual

MÍDIAS INTEGRADAS

1.9.3.1 Ponto

O ponto é a menor e mais simples unidade do desenho, seja ele junto, espaçado ou alinhado, possibi-litando inúmeras formas de representação. Uma sequência de pontos se transforma em outro elemento visual, que é a linha, que pode ser definido como um ponto em movimento.

1.9.3.2 Linha

Pode-se dizer que a linha é um ponto em movimento, que tem como característica a flexibilidade, liber-dade, o propósito e a direção. É o elemento essencial do desenho, podendo assumir formas diversas para a materialização de um elemento por meio do esboço. No estudo das artes visuais, a linha tem uma função abrangente, pois está sempre em movimento, contribuindo de forma concreta no processo da linguagem visual. A linha é o meio indispensável para tornar visível o que ainda não pode ser visto, por existir apenas na imaginação. Além do desenho, também é um instrumento da escrita, da música, dos sistemas arquitetô-nicos, dentre outros (DONNIS, 1997).

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Figura 22 - Tipos de linha.Fonte: https://pointdaarte.webnode.com.br/news/os-elementos-da-linguagem-visual1

1.9.3.3 Forma

Através da linha se descreve a forma na linguagem das artes visuais, que é traduzida por três formas bá-sicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma possui características específicas atribuídas com significados e medidas. A forma de objetos reais e maquetes também é utilizada nestas metodologias como recurso para melhor compreensão do desenho (DONNIS, 1997).

1.9.3.4 Direção

A direção está atribuída a quatro referências básicas: a horizontal, a vertical, a diagonal e a curva, que são representadas pelo quadrado, triângulo e círculo, respectivamente. Essas referências envolvem o bem-estar e o equilíbrio humano (DONNIS, 1997).

1.9.3.5 Tom

A definição de tom na linguagem visual está relacionada ao contraste, que se expressa de acordo com o grau da intensidade, seja ele preto ou colorido, e está diretamente fundamentado na relação de luz e som-bra. Tudo o que se vê é dimensional, e o tom é o melhor instrumento para criar a perspectiva, representado no modo tridimensional e bidimensional.

1.9.3.6 Cor

Enquanto o tom está associado ao contraste, sendo, portanto, essencial o grau de intensidade da ima-gem, a cor tem o papel principal na mensagem visual. As cores carregam intensa carga emocional à forma e estão diretamente ligadas a significados simbólicos, como: o vermelho, que significa perigo, amor, calor, vida e mais milhares de outros adjetivos; o amarelo, que está relacionado à energia vital, à riqueza, ao sol etc. Assim, a cor oferece um vocabulário enorme para a mensagem e comunicação visual.

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Fonte: https://www.teoriadascores.com.br/

SAIBA MAIS A TEORIA DAS CORES

A Teoria das Cores afirma que a cor é um fenômeno físico relacionado à existência da luz, ou seja, se a luz não existisse, não existiriam cores. O preto é percebido quando algo absorve praticamente toda a luz que o atinge. Já o branco é percebido em algo que reflete praticamente todas as faixas de luz. Pode-se dizer que o branco e o preto não são cores propriamente, e sim a presença ou ausência da luz. Isaac Newton foi o primeiro a associar que a luz do Sol tinha forte relação com a existência das cores, quando dissociou a luz solar nas cores do arco-íris através de um prisma. Surgia, ali, o primeiro esboço do que posteriormente viria a ser chamada de Teoria das Cores. Vários estudiosos do passado se dedicaram a entender o fenômeno das cores. Os primeiros sistemas de cores foram os de Newton e de Goethe. Estes sistemas se concentravam mais em saber como se formavam as cores. O Sistema de Chevreul, mais recente, também utiliza um eixo vertical que indica o brilho e a saturação da cor. O sistema esférico de Otto Runge pretende descrever e encontrar harmonias cromáticas. Aqui, as cores puras e suas misturas situam-se no equador da esfera e, enquanto se aproximam do centro, pendem para a cor cinzenta média. Assim, as cores tornam-se escuras em direção ao polo inferior até atingir o preto, e tornam-se claras, até o polo superior, atingindo o branco. Estes são sistemas de cores que visam a organizar e racionalizar o estudo das cores, com o intuito de se constituir uma teoria das cores. No entanto, a harmonia entre as cores não é assim tão objetiva. Hoje sabe-se bem que a cor é um fenômeno subjetivo, pois ela é constituída de ondas eletromagnéticas de uma faixa de frequência tal que as colocam dentro do que se denomina espectro visível. Ou seja, é a faixa de frequência daquelas ondas que são captadas pela sensibilidade dos olhos humanos. Animais veem tudo de forma diferente.

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Imagem visual

UNIDADE II

Existe um universo infinito de imagens e, por meio dele, surgem elementos básicos associados a uma técnica. Neste contexto, as imagens que são linguagens não verbais têm muito a nos dizer. É neste contex-to lúdico de cores e composições que surgem as interpretações, possibilitando mais de uma maneira de comunicar o que a obra tem como mensagem não verbal. São inúmeras as possibilidades de composição visual que surgem a partir de elementos simples; o caminho percorrido pelo artista para a criação de uma imagem, ou uma obra de arte, não é algo tão simples. É necessário um conjunto de atributos para que as ideias surjam e se materializem.

Cada um dos meios de comunicação visual tem não apenas seus próprios elementos estruturais, mas também uma metodologia única para a aplicação das decisões com-positivas e a utilização de técnicas em sua conceitualização e formulação. O entendi-mento dessas forças amplia o campo da experimentação e da interpretação tanto para o criador quanto para o observador, e os leva a um conjunto de critérios mais sofistica-dos de avaliação visual, capazes de unir mais estreitamente a realização e o significado (DONNIS, 1997, p. 189).

Alguns ofícios que fazem parte das artes visuais exigem, daqueles que as praticam (profissionais ou artis-tas), uma formação especial além do talento específico. A arquitetura, a pintura e o desenho são expressões que vão além de dons e habilidades natos, pois são artes que precisam de técnica e prática. O desenho industrial, a fotografia, a pintura e a arquitetura, embora possam ser entendidas e admiradas por todos, exigem dos que os praticam uma formação especial e um talento específico.

Figura 23 - Imagem visual do produto gráfico.Fonte: https://www.freepik.com/free-vector/abstract-yellow-business-stationery-set_2870356.htm

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2.1 Meios de comunicação visual

É através dos meios de comunicação que se realizam a comunicação visual e a transmissão da informação. Essa informação pode ser vista e/ou lida por imagens que incluem fotografia, sinais, símbolos, tipografia, desenho, design gráfico, ilus-tração, pinturas e até os recursos eletrônicos, que são vistos através da tecnologia da informação. O objetivo da comunicação visual é informar, educar ou persuadir o público. Esses veículos são instru-mentos para transferir as informações, como por exemplo: televisão, internet, revista, cinema, den-tre outros.

Figura 24 - Meios de comunicação visual.Fonte: https://www.freepik.com/free-vector/people-communication-concept_4664355.htm

2.2 Tipos de comunicadores visuais

2.2.1 Objetos

Agregar um objeto a uma apresentação, palestra ou demonstração é para melhor entendimento do pú-blico. A exposição de produtos à altura dos olhos tende a fazer as pessoas perceberem melhor os objetos expostos do que aqueles arranjados na parte inferior ou superior de uma prateleira.

2.2.2 Gráficos

Os gráficos são utilizados para melhorar a vi-sualização de números, mapeamentos, dados, quantidades etc. É uma ferramenta que orienta o espectador com clareza e objetividade.

Figura 25 - Gráfico de colunas.Fonte: https://www.tecmundo.com.br/excel/1745-saiba-qual-tipo-de-grafico-representa-me-

lhor-os-seus-dados-no-excel-2007.htm

Pesquise outros tipos de comunicadores visuais: mapas, placas, fotografias, desenhos e diagramas.

PESQUISE

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2.3 A importância da comunicação visual para o empreendimento, a marca e/ou o produto

Quem se comunica quer transmitir uma mensagem, sendo, assim, a comunicação visual, nada mais do que a transmissão de mensagens através de elementos visuais. Como foi visto anteriormente, as fotogra-fias, as publicidades em TV e internet, as expressões corporais, as pinturas etc. são alguns dos exemplos da comunicação visual.

Diariamente estamos expostos às mensagens visuais que são transmitidas através dos diversos meios de comunicação. Em todos os segmentos vai existir o contato inicial entre produto/serviço e cliente, e isso se dá por meio da comunicação visual. No universo coorporativo é assim que acontece, pois é responsável por transmitir a identidade de uma marca ou negócio, somado a outras ferramentas de comunicação. Desta forma, se diferencia quem oferecer um diferencial criativo e direto com o seu cliente.

2.3.1 Os quatro benefícios de uma comunicação visual bem eficaz

1. Criar identidade e reconhecimento em diversos lugares e situações2. Gerar credibilidade e autoridade, fortalecendo a marca3. Destacar seu negócio quando comparado aos concorrentes4. Auxiliar na identificação e na segmentação do público de forma eficiente. Em compensação, a despreocupação com a comunicação visual e com a apresentação profissional do

negócio é um erro que pode protelar o seu sucesso. O início de qualquer empreendimento é o momento ideal para se pensar, construir e planejar a comunicação visual, para que o empreendimento abra as portas para muitas oportunidades, já que vivemos em uma era digital. A internet é um meio de comunicação que tem o poder de conectar milhares de pessoas de diversas partes do mundo.

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1 - Para existir a arte são precisos três elementos. Quais são eles?(a) O artista, o observador e a obra de arte(b) A tinta, o pincel e o pintor(c) O pincel, a tela e o pintor(d) O artista, o pincel e o cavalete.

2- A arte é uma experiência humana de conhecimento estético que transmite e expressa ideias e emoções na forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura etc.) e que possui em si o seu próprio valor.

(a) ( ) Verdadeiro(b) ( ) Falso

3 - Ao longo da história da arte, podemos distinguir quatro funções principais para a arte. Quais são elas?

a) Gótica, utilitária, interativa e românticab) A pragmática ou utilitária, a naturalista, a formalista e a interativac) Renascentista romântica impressionista e realistad) Realista, interativa, formalista e interativa.4 - Uma imagem guarda uma semelhança com algo, representando aquilo que o nosso

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

sentido da visão pode captar, aquilo que podemos ver, ou que nossa imaginação pode criar. Assim, o reflexo de nosso rosto na água é uma imagem que a natureza se encarregou de criar. O ser humano, ao longo de seu desenvolvimento, tem procurado encontrar formas de registrar essa imaginação ou realidade captada, através de:

(a) bordados, desenhos, esculturas, gravuras ou filmes;(b) crochês, desenhos, esculturas, gravuras ou filmes;(c) pinturas, desenhos, esculturas, gravuras ou filmes;(d) cinemas, desenhos, esculturas, gravuras ou filmes.

5- A linguagem visual pode ser encontrada em toda parte — aeroportos, rodovias, fábricas. De compreensão imediata para pessoas de idiomas diversos, ela já faz parte da moderna paisagem urbana. Essa figura representa uma linguagem visual?

a) ( ) Verdadeiro b) ( ) FalsoSegundo nossos estudos, quais das alternativas abaixo corresponde à seguinte

afirmação: derivada da organização imaginária que damos a um conjunto de linhas dando um sentido de orientação espacial e de reconhecimento da imagem representada. Esta pode se apresentar de maneiras diferentes para nossa observação, de acordo com a referência visual da superfície em que ela está:

1 - Bola2 - Textura3 - Forma4 - Elevação

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ALMEIDA, A. J. De; WAJNMAN, S. Moda, comunicação e cultura: um olhar acadêmico. São Paulo: Ed. Arte e Ciência, 2002.

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Inaciolândia

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Vicentinópolis

AcreúnaSanto Antônioda Barra

Rio Verde

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Santa Ritado Araguaia

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Paranaiguara

Represa deSão Simão

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Bom Jardimde Goiás

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Bonfinópolis

Goianápolis

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Bela Vistade Goiás

São Miguel doPassa Quatro

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Edealina

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Montividiu

Paraúna

São João da Paraúna

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AraçuAdelândia

Sanclerlândia

Fazenda Nova

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NovoPlanalto

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Montividiudo Norte

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Teresinade Goiás

Divinópolisde GoiásMonte Alegre

de Goiás

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Guaranide Goiás

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JaraguáItaguaru

JesúpolisSãoFranciscode Goiás

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Mimoso de Goiás

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São JoãoD'Aliança

São Luiz do Norte BarroAlto

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Estrelado Norte

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SantaTerezinhade Goiás

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Itaberaí

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Ivolândia

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Jandaia

PalminópolisPalmeirasde Goiás

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TrindadeSantaBárbarade Goiás

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Aragoiânia

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ITEGO - Instituto Tecnológico

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GOIAS

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