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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GIULIA NATALIE DORNELES COSTA JÉSSICA DE OLIVEIRA MENDES PRISCILA LUIZA DUARTE SENDLY PAVANI DA SILVA BRIDGE LINHA DE PRODUTOS EM CERÂMICA BROOKLYN CURITIBA 2015

Linha de Cerâmicos Brooklyn - Relatório de projeto

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Projeto elaborado para a disciplina de Projeto de Produto II do curso de Design de Produto da Universidade Federal do Paraná - UFPR.

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Page 1: Linha de Cerâmicos Brooklyn - Relatório de projeto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

GIULIA NATALIE DORNELES COSTAJÉSSICA DE OLIVEIRA MENDES

PRISCILA LUIZA DUARTESENDLY PAVANI DA SILVA

BRIDGELINHA DE PRODUTOS EM CERÂMICA

BROOKLYN

CURITIBA2015

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GIULIA NATALIE DORNELES COSTAJÉSSICA DE OLIVEIRA MENDES

PRISCILA LUIZA DUARTESENDLY PAVANI DA SILVA

LINHA DE PRODUTOS EM CERÂMICA

Trabalho apresentado à disciplina de Projeto de Produto II como requisito parcial para aprovação nesta matéria do curso de Design de Produto do Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná.

Professora: Cláudia R. H. Zacar

CURITIBA2015

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RESUMOOs artefatos cerâmicos são muito requisitados para servir alimentos. Além de não interferirem na composição destes, eles são uma ótima solução por questões de fácil higienização e pela estética também, pois culturalmente a cerâmica possui uma característica mais refinada do que outros materiais (como plástico ou papel, por exemplo). Com base nisso, a proposta deste projeto tem como objetivo aperfeiçoar o uso desse material na tarefa de servir alimentos, mais especificamente, aperitivos. O local que proporcionou maior abertura de pesquisa e trabalho para a equipe foi o Brooklyn Coffee Shop, um estabelecimento inspirado no Brooklyn, o mais populoso dos distritos de Nova York. Nesse local é servido o Mini Hash Brown, um aperitivo exclusivo da casa. Foram coletadas diversas informações sobre o aperitivo através de entrevistas e da observação do processo. Também foram realizadas análises sobre o usuário, a tarefa, e contexto de uso da peça cerâmica. Após essas análises, conclui-se que este projeto de produto tem como foco tornar a peça cerâmica adequada ao local onde é servida, e também facilitar o manuseio no momento de servir o aperitivo aos clientes; além de manter a sua praticidade em outras tarefas, como limpeza e armazenamento. Com o uso de técnicas para a geração de alternativas, foram propostas diferentes maneiras de alcançar a inovação formal desejada. Posteriormente, uma alternativa foi selecionada e, através da produção manual e por moldes de gesso, as peças de cerâmica foram confeccionadas. O produto final atendeu aos requisitos propostos e alcançou satisfação pelo público, cumprindo, dessa maneira, seu propósito inicial.

Palavras-Chave: Aperitivos, cerâmica, mini Hash Brown.

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ABSTRACTThe ceramic artifacts are in great demand to serve food. Besides not interfere with the composition of the foods, they’re a great solution for reasons like the easy cleaning and your aesthetics, as culturally pottery has a more refined characteristics than other materials (such as plastic or paper). Based on this, the proposal of this project aims to optimize the use of this material in the task of serving food, more specifically, appetizers. The place which provided greater openness of research and work for the team was the Brooklyn Coffee Shop, an establishment inspired by the Brooklyn, the most populous of New York districts. In this place is served the Mini Hash Browns, an exclusive appetizer of the house. It was collected many information about the appetizer through interviews and process observation. Analyses were also performed about the user, the task, and ceramic tile context of use. After this analysis, it is concluded that this product project focuses on making the proper ceramic piece to where it is served, as well as ease of handling at the time of serving the appetizer to customers; besides maintaining its practicality in other functions such as cleaning and storage. With the use of techniques for the generation of alternatives have been proposed different ways of achieving the desired formal innovation. Subsequently, an alternative was selected and, through manual production and plaster molds, the ceramic pieces were prepared. The final product met the proposed requirements and satisfaction reached by the public, fulfilling in this way, its initial purpose.

Key-words: Appetizers, ceramics, mini Hash Brown.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Aperitivo selecionado ..................................................................11 Figura 2: Travessa Porcelana Schmidt .......................................................11 Figura 3: Molhos .........................................................................................12 Figura 4: Temperos .....................................................................................12 Figura 5: Fachada do Brooklyn Coffee Shop ...............................................12 Figura 6: Ambiente interno do Brooklyn Coffee Shop .................................13 Figura 7: Clientes 1 .....................................................................................13 Figura 8: Clientes 2 .....................................................................................13 Figura 9: Painel semântico de usuário ........................................................14 Figura 10: Mini Hash Browns ......................................................................14 Figura 11: Ralador.........................................................................................15 Figura 12: Batata a ser ralada .....................................................................15 Figura 13: Processo 1 .................................................................................15 Figura 14: Processo 2 .................................................................................15 Figura 15: Batata ralada ..............................................................................15 Figura 16: Acrescentando o bacon ..............................................................16 Figura 17: Acrescentando trigo ...................................................................16 Figura 18: Mistura da massa .......................................................................16 Figura19: Formação das bolinhas ...............................................................16 Figura 20: Bolinha na fritadeira 1 ................................................................16 Figura 21: Bolinha na fritadeira 2 ................................................................16 Figura 22: Fritura..........................................................................................17 Figura 23: Retirada das bolinhas.................................................................17 Figura 24: Absorção da gordura 1............................................................... 17 Figura 25: Absorção da gordura 2................................................................17 Figura 26: Decoração da louça....................................................................17 Figura 27: Aperitivo pronto...........................................................................17 Figura 28: Garçom servindo o aperitivo.......................................................18 Figura 29: Uso do guardanapo.....................................................................18 Figura 30: Consumidor pegando o aperitivo................................................18 Figura 31: Aperitivo sendo levado à boca....................................................19 Figura 32: Consumo.....................................................................................19 Figura 33: Uso de colher para os molhos 1 .................................................19 Figura 34: Uso da colher para os molhos 2 .................................................19 Figura 35: Dificuldade ao consumir o Hash Brown com molho ....................20 Figura 36: Uso de colher para auxiliar no consumo do molho ....................21

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Figura 37: Cozinha ......................................................................................22 Figura 38: Travessa já utilizada....................................................................23 Figura 39: Molheira já utilizada...................................................................24 Figura 40: Painel semântico do produto 1 .................................................. 28 Figura 41: Painel semântico do produto 2 ...................................................29 Figura 42: Painel semântico do produto 3 ..................................................30 Figura 43: Alternativa 1................................................................................33 Figura 44: Alternativa 2 ...............................................................................33 Figura 45: Alternativa 3 ...............................................................................34 Figura 46: Alternativa 4 ...............................................................................34 Figura 47: Alternativa 5 ...............................................................................35 Figura 48: Mockup da alternativa 1 .............................................................36 Figura 49: Mockup da alternativa 1.1 ..........................................................36 Figura 50: Mockup da alternativa 1.2 ..........................................................36 Figura 51: Mockup da alternativa 2 .............................................................37 Figura 52: Mockup da alternativa 2.1 ..........................................................37 Figura 53: Mockup da alternativa 2.2 ..........................................................37 Figura 54: Mockup da alternativa 2.3 ..........................................................37 Figura 55: Geração de alternativas para idv ...............................................38 Figura 56: Carimbo 1 ..................................................................................39 Figura 57: Carimbo 2 ..................................................................................39 Figura 58: Embalagem 1 .............................................................................40 Figura 59: Embalagem 2 .............................................................................40 Figura 60: Adesivo em embalagem .............................................................40 Figura 61: Carimbo em embalagem ............................................................40 Figura 62: Embalagem em Kraft .................................................................40 Figura 63: Embalagem em Papelão ............................................................40 Figura 64: Modelo em PU 1 .........................................................................44 Figura 65: Modelo em PU 2 .........................................................................44 Figura 66: Receptáculo 1 ............................................................................44 Figura 67: Receptáculo 2 ............................................................................44 Figura 68: Receptáculo 3 ............................................................................44 Figura 69: Molde de Gesso 1 ......................................................................45 Figura 70: Molde de Gesso 2 ......................................................................45 Figura 71: Molde de Gesso 3 ......................................................................45 Figura 71: Barbotina em molde ...................................................................45 Figura 73: Espessura ..................................................................................45 Figura 74: Escoamento 1 ............................................................................45 Figura 75: Escoamento 2 ............................................................................45 Figura 76: Secagem ....................................................................................45

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Figura 77: Esponjamento ............................................................................45 Figura 78: Tiras laterais ...............................................................................46 Figura 79: Base da peça .............................................................................46 Figura 80: Produção de tiras .......................................................................46 Figura 81: Junção de peças ........................................................................46 Figura 82: Chanfros ....................................................................................46 Figura 83: Peça montada ............................................................................46 Figura 84: Esmaltação por pincel 1 .............................................................47 Figura 85: Esmaltação por imersão ............................................................47 Figura 86: Retirada de esmalte do frete ......................................................47 Figura 87: Esmaltação por pincel 2 .............................................................47 Figura 88: Protótipo 1 ..................................................................................48 Figura 89: Textura de tijolos ........................................................................48 Figura 90: Protótipo 2 ..................................................................................48 Figura 91: Protótipo 3 .................................................................................48 Figura 92: Produto embalado 1 ...................................................................48 Figura 93: Produto embalado 2 ...................................................................48 Figura 94: Produto em uso 1 ......................................................................49 Figura 95: Produto em uso 2 ......................................................................49 Figura 96: Produto ambientalizado 1 ......................................................... 49 Figura 97: Produto ambientalizado 2 ......................................................... 49 Figura 98: Simulação de empilhamento .....................................................49 Figura 99: Referencial Humano ................................................................. 49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise de Similares ..................................................................... 25 Tabela 2: Análise de Similares Indiretos ......................................................26 Tabela 3: Matriz de avaliação .......................................................................35 Tabela 4: Matriz de diferencial semântico ...................................................50 Tabela 5: Matriz de diferencial semântico ...................................................51 Tabela 6: Entrevista com consumidores .....................................................54 Tabela 7: Entrevista com gerente ...............................................................55 Tabela 8: Entrevista com responsável pelo armazenamento .....................55 Tabela 9: Entrevista com responsável pela limpeza do artefato ................56 Tabela 10: Entrevista com garçon ...................................................................56 Tabela 11: Entrevista com Chef .....................................................................57

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................9 2. ETAPA INFORMACIONAL ...................................................................10 2.1 Análise e reconhecimento do contexto da proposta ...................10 2.1.1 Ambiente ......................................................................10 2.1.2 Aperitivo .......................................................................10 2.2 Seleção de um aperitivo .............................................................11 2.3 Análise de ambiente ...................................................................12 2.4 Análise de usuário ......................................................................13 2.5 Painel semântico de usuário ......................................................14 2.6 Análise da tarefa .........................................................................14 2.6.1 O Preparo.......................................................................14 2.6.2 O Consumo ..................................................................18 2.7 Análise do produto ......................................................................23 2.8 Pesquisa e análise de similares .................................................25 2.9 Análise de normas técnicas ...................................................... 27 2.10 Formulação do conceito do projeto .......................................... 28 2.11 Painel semântico de expressão da linha de produtos .............. 28 2.12 Delimitação dos requisitos .......................................................31 2.13 Análise de materiais e processos de fabricação ......................31 3. ETAPA CONCEITUAL ............................................................................32 3.1 Geração de alternativas .............................................................32 4. ETAPA DE AVALIAÇÃO ........................................................................35 4.1 Matriz de avaliação ....................................................................35 4.2 Elaboração de mock-ups ...........................................................36 4.3 Análise dos mock-ups ................................................................37 5. ETAPA DE DETALHAMENTO ...............................................................38 5.1 Definição do conceito final do produto .......................................38 5.2 Desenho técnico da linha de produtos .......................................40 5.3 Modelos e protótipos ..................................................................44 5.4 Ambientalização .........................................................................49 6. ETAPA DE VALIDAÇÃO .......................................................................50 6.1 Testes com usuários/as ..............................................................50 6.2 Matriz de diferencial semântico ..................................................50 6.3 Impressões e sugestões de melhoria(s) .....................................51 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................52 REFERÊNCIAS ..........................................................................................53 APÊNDICES.................................................................................................54 ANEXO 1 - MENU DE APERITIVOS ........................................................58 ANEXO 2 - ENTREVISTA PARA VALIDAÇÃO........................................59

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1.INTRODUÇÃO A proposta consistiu em desenvolver uma linha de produtos em cerâmica, composta por 3 ou mais peças, voltada para servir um aperitivo específico em uma mesa para quatro pessoas. O conceito deve visar inovação formal e/ou funcional e os produtos devem ser confeccionados utilizando como material principal os materiais cerâmicos, em combinação ou não com algum material complementar, como, por exemplo, madeira. Coube a equipe selecionar um tipo de aperitivo adequado à proposta, e conforme o evento, situação de uso, forma de exposição e consumo. Após análise e seleção de estabelecimentos comerciais alimentícios de acordo com as especificações de tendências do setor (sensorialidade e prazer, confiabilidade e qualidade e temática), optou-se por o produto ser desenvolvido para o Brooklyn Coffee Shop, por atender pelos requisitos de disponibilidade de petiscos, facilidade de acesso à informação e oportunidade de inovação. Foram coletadas informações sobre o aperitivo, de sua preparação até a limpeza e armazenamento da louça. Para tanto, foram realizadas análises sobre o usuário, sobre a tarefa, e sobre o contexto de uso do produto existente. Para então ser feita a formulação do conceito do produto e seus requisitos, juntamente de mood boards para uma melhor visualização dos mesmos. A partir do conceito gerado na etapa informacional, foram elaborados alguns sketches de possíveis alternativas para a linha, e destes foram propostos estudos volumétricos para conferir as melhores soluções para a proposta. Com tal análise verificou-se que a melhor solução, a que melhor atendia aos requisitos do projeto foi a selecionada pela equipe para ser produzida, a linha que até então não fora nomeada. Logo foram produzidos os modelos da travessa e molheiras em cerâmica e o suporte para os recipientes para molhos em alumínio, sendo aqueles confeccionados manualmente pela equipe e este sendo terceirizado pelo grau de complexidade de produção e inexperiência das autoras com tal material. Em seguida, pensou-se na identidade visual, que resultou na nomeação da marca e da linha, na geração de uma embalagem e de um carimbo e de toda a parte gráfica do projeto, agora concebido como Brooklyn, linha de produtos da marca de cerâmicos Bridge. Por fim, foi realizada uma validação in loco com possíveis usuários para analisar se o resultado final do projeto está condizente com o proposto pela equipe. Além de sugestões de melhorias e impressões do produto vindos de quem desconhece de todos os trâmites do projeto, opiniões que podem ajudar na complementação futura do mesmo.

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2. ETAPA INFORMACIONAL2.1 ANÁLISE E RECONHECIMENTO DO CONTEXTO DA PROPOSTA

2.1.1 AMBIENTE

Para a realização do projeto foram levantados os seguintes possíveis estabelecimentos a serem analizados de acordo com as especificações de tendências do setor (Sensorialidade e prazer, Confiabilidade e qualidade e Temática):

- Bar do Alemão - sem resposta.- Restaurante Madalosso - sem resposta.- Mar e Terra - sem resposta.- Fish’n’Chips - sem disponibilidade de horário no mês de março.- NY Café - sem resposta.- Mafalda Café - sem interesse por parte do proprietário.- Mustang Sally - sem resposta.- Brooklyn Coffee Shop - Visitado por todos os integrantes no dia 23 de março, selecionado por disponibilidade.

Para partir para a pesquisa de campo (ambiente) foi selecionado o estabelecimento Brooklyn Coffee Shop por atender pelos requisitos de disponibilidade de petiscos,facilidade de acesso à informação, oportunidade de inovação e às especificações de tendência, sendo um local descontraído e prazeroso; com forte temática fundada no distrito nova iorquino, brooklyn; ambiente limpo e bem organizado, disponibilizando produtos e serviços de qualidade.

2.1.2 APERITIVO

Foi realizada uma pesquisa etmológica quanto a palavra ‘aperitivo’ para um melhor entendimento e desenvolvimento do projeto.

SIGNIFICADO DE APERITIVO (Etm. do latim: aperitīvu)1. Diz-se de ou designa um alimento ou uma bebida que se consome antes do almoço ou do jantar enquanto se aguarda que este seja servido;2. Que ou aquilo que abre o apetite;3. (Figurado; Por Ext.) Diz-se de ou designa aquilo que estimula ou excita; 4. (Antigo) Diz-se de ou designa aquilo que torna as secreções mais fáceis porque abre os poros; 5. (Culinária) Petisco ou manjar servido antes da refeição principal; do mesmo significado de entrada.

SINÔNIMO DE APERITIVO Antepasto e Coquetel

Fonte: Lexico, dicionário de português online.

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NOMES DIFERENTES, MESMO CONCEITO Através de pesquisas, pode-se perceber que a palavra aperitivo é utilizada para designar qualquer tipo de alimento consumido antes de alguma refeição principal, como acompanhamento para bebidas ou até mesmo como o alimento servido em certas ocasiões em que não haja a refeição principal, como eventos, recepções, reuniões, coquetéis, confraternizações entre amigos, etc. Podem ser frios ou quentes, doces ou salgados, sendo geralmente fáceis de se preparar e servir. Os mais tradicionais no Brasil são amendoins, azeitonas, batatas-fritas, canapés, frios, conservas, entre outros. Sabe-se que os alimentos utilizados como aperitivos variam conforme a região, o país, a cultura, etc. Sendo assim, o que define se algo é aperitivo ou não seria mais a forma e quando é servido, do que o próprio alimento em si.

2.2 SELEÇÃO DE UM APERITIVO

Após uma breve pesquisa de aperitivos no menu do ambiente selecionado (Anexo 1), e após ser sugerido pelo proprietário do Brooklyn Coffee Shop, Daniel S. Carvalho, o aperitivo Mini Hash Brown – “somos os únicos no Brasil que fazem este”, diz Daniel –, ficou decidido que seria selecionado tal aperitivo para a realização do presente projeto.

Os mini Hash Brown (Figura 1) são pequenas esferas de batata ralada e bacon fritas – tendo também a opção vegana, na qual substitui-se o bacon por cogumelos – servidos em travessas ovais com alça da marca Porcelana Schmidt (Figura 2), travessas essas utilizadas quase que somente para os Hash. A porção inclui 8 Hash Browns, servindo até 4 pessoas e é pedido de 8 a 10 vezes por dia.

Comumente consumidas com o suporte de um guardanapo, podendo ou não ser servidas juntamente de molho barbecue e aióli (Figura 3), ou ketchup, mostarda e pimenta Tabasco (Figura 4) e acompanhadas de alguma bebida refrescante, como sucos, refrigerantes, cervejas ou chopps artesanais, ou harmonizado com um vinho branco com maior acidez, visto que é um aperitivo bastante gorduroso. O prato é inspirado nos hash browns feitos nos Estados Unidos, e o Brooklyn é o único no Brasil a serví-lo.

Figura 1: Aperitivo selecionado. Fonte: Autoras

Figura 2: Travessa Porcelana Schmidt. Fonte: Autoras

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Esse aperitivo foi criado pela Chef de outro estabelecimento do Brooklyn Coffee Shop (localizada na R. São Francisco, 57- Centro Histórico), onde fez muito sucesso, de forma que foi acrescentado ao cardápio da sede pesquisada (localizada na R.Trajano Reis, 389 - São Francisco). Ficou decidido que seria realizado o projeto para esse aperitivo por uma visível necessidade de inovação formal para a travessa em que ele é servido, esta não condizente com a temática, com o contexto Brooklyn Coffee Shop – “Remete à polenta ou frango frito”, afirma Giba, cliente fiel do café, em entrevista dada à equipe dia 26 de março de 2015 (Tabela 2 em apêndice) – e por conta de os recipientes utilizados para os molhos não serem a melhor solução para a execução da tarefa proposta (Figuras 35 e 36).

2.3 ANÁLISE DO AMBIENTE

O ambiente analisado para a realização do trabalho foi o Brooklyn Coffee Shop, um café localizado na R.Trajano Reis, 389 - São Francisco em Curitiba, a rede de cafeterias Brooklyn é o único empreendimento gastronômico brasileiro a oferecer os mini Hash Browns. Com capacidade para 100 pessoas, e serviço a la Carte, o café (Figura 5) foi inaugurado em 2010. Conceituado por ser dono do melhor café do Brasil em 2011 e 2012, funciona de segunda a quarta das 10h às 23h, quinta e sexta das 10h à 1h, sábados das 11h à 1h e nos domingos das 12h às 23h.

Figura 4: Temperos. Fonte: Autoras Figura 3: Molhos. Fonte: Autoras

Figura 5: Fachada do Brooklyn Coffee Shop. Fonte: Facebook BCS

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Os proprietários, que já residiram em Brooklyn, NY, buscaram trazer para o local o mesmo ambiente que lá encontraram. O cardápio é especializado em pratos americanos e são servidos cafés, drinks, sanduíches, comidas e doces. [...] Tal como o proprietário deseja, um ambiente igual aos cafés da cidade de Nova York.[...] O Brooklyn é um pedacinho de Nova York aqui, em Curitiba, um local tradicional de portas abertas para um momento descontraído com família e amigos, regado a bons drinks, cafés e pratos. (2MA Comunicação Integrada, 2014)

Em seu interior (Figura 6), o local é composto por móveis de madeira escura, quadros com paisagens urbanas de Nova Iork em preto e branco, cores quentes utilizadas nas paredes, vigas de sustentação a vista e meia luz. Tem-se canções de rock, jazz, blues e indie internacionais como música ambiente, que constroem um estilo contemporâneo e aconchegante.

2.4 ANÁLISE DE USUÁRIO

Após uma breve pesquisa de público, a partir de pessoas que curtem a página do Brooklyn Coffee Shop no facebook e uma pesquisa de campo, notou-se que há uma tendência de serem residentes em Curitiba, na faixa de 20 e 40 anos. O público é composto em parte por jovens estudantes ou profissionais nas áreas de design, moda, arte ou fotografia, além daqueles que trabalham nas proximidades do estabelecimento e o frequentam em seu horário de almoço, happy hour (Figuras 7 e 8), ou mesmo para alguma reunião de trabalho, por volta de duas a três vezes por semana, por encontrarem aqui um ambiente agradável.

Figura 6: Ambiente interno do Brooklyn Coffee Shop. Fonte: Autoras

Figura 7: Clientes 1 . Fonte: Autoras. Figura 8: Clientes 2. Fonte: Facebook BCS.

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Estes usuários costumam pedir os mini Hash Browns como entrada, pois consideram muitos dos pratos principais muito leves, ou como acompanhamento de suas bebidas.

2.5 PAINEL SEMÂNTICO DE USUÁRIO

2.6 ANÁLISE DA TAREFA2.6.1 O PREPARO

O Mini Hash Brown (Figura 10) consiste em bolinhos fritos de batata ralada e bacon. Sua preparação se inicia no ato de ferver água em uma panela e cozinhar as batatas inteiras entre 5 a 7 minutos. Após o cozimento, as batatas são retiradas da panela e colocadas em água fria para descansar. Esse tempo de descanso, geralmente, é de um dia para o outro.

Figura 9: Painel semântico de usuário.

Figura 10: Mini Hash Browns. Fonte: Autoras

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As batatas são armazenadas e ficam nesse estado até que um cliente faça o pedido. A equipe não obteve acesso a esse processo durante a visita, por isso, a tarefa do preparo só foi registrada a partir do pedido do cliente. Quando o aperitivo é requisitado, as batatas são raladas (500 gramas por porção) com o uso de um ralador manual (Figuras 11 a 15).

Figura 11: Ralador. Fonte: Autoras Figura 12: Batata a ser ralada. Fonte: Autoras

Figura 13: Processo1. Fonte: Autoras Figura 14: Processo2. Fonte: Autoras

Figura 15: Batata ralada. Fonte: Autoras

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Então é colocado sal, o bacon em cubos e um pouco de farinha de trigo para dar liga na massa (Figuras 16 e 17).

O chef mistura os ingredientes e, então, os bolinhos são feitos, moldados à mão pelo próprio cozinheiro e colocados em uma fritadeira (Figuras 18 a 21).

Figura 16: Acrescentando o bacon. Fonte: Autoras Figura 17: Acrescentando trigo. Fonte: Autoras

Figura 18: Mistura da massa. Fonte: Autoras Figura 19: Formação das bolinhas. Fonte: Autoras

Figura 20: Bolinha na fritadeira1. Fonte: Autoras Figura 21: Bolinha na fritadeira2. Fonte: Autoras

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Após a fritura, os bolinhos já prontos são colocados em um prato com papel toalha para absorver um pouco da gordura e, depois, o aperitivo é montado na louça que será servida ao consumidor (Figuras 22 a 25).

Essa louça é também decorada com alface e/ou tomate, que podem também ser consumidos pelos clientes (Figuras 26 e 27).

Figura 22: Fritura. Fonte: Autoras Figura 23: Retirada das bolinhas. Fonte: Autoras

Figura 25: Absorção da gordura2. Fonte: AutorasFigura 24: Absorção da gordura1. Fonte: Autoras

Figura 26: Decoração da louça. Fonte: Autoras Figura 27: Aperitivo pronto. Fonte: Autoras

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O aperitivo é colocado em um pequeno balcão, e um garçon o leva até a mesa do consumidor, juntamente com os molhos.

Os garçons não fazem uso de bandeja para transportar esse aperitivo, a louça é carregada em uma mão, e os dois molhos na outra (Figura 28).

2.6.2 O CONSUMO

Quando na mesa, o aperitivo é consumido com guardanapos (Figuras 29 a 32), porém alguns clientes pedem talheres e um prato adicional por questões de higiene (Tabela 5 em apêndice). Também são requisitadas colheres para servir os molhos (Figuras 33 e 34), pois há uma dificuldade muito grande em colocar molho no aperitivo sem o auxílio de outro utensílio.

Figura 28: Garçom servindo o aperitivo. Fonte: Autoras

Figura 29: Uso do guardanapo. Fonte: Autoras

Figura 30: Consumidor pegando o aperitivo. Fonte: Autoras

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Figura 31: Aperitivo sendo levado à boca. Fonte: Autoras

Figura 32: Consumo. Fonte: Autoras

Figura 33: Uso de colher para os molhos 1. Fonte: Autoras

Figura 34: Uso de colher para os molhos 2. Fonte: Autoras

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Ao analisar o consumo do aperitivo mini Hash Brown e a entrevista feita com alguns clientes do Brooklyn (Tabela 2 em apêndice), verificou-se que tem-se dificuldade em fazê-lo com os molhos disponibilizados, barbecue e aióli, pois os ramekins (Figura 39) utilizados pelo Brooklyn Coffee Shop possuem pouco diâmetro em relação ao aperitivo e são muito profundos em relação a quantidade de molho servido ao cliente (Figura 35).

O que impossibilita o consumo dos Hash Browns sem o auxílio de outras ferramentas, pois o consumidor se encontra incapaz de servir-se do molho - não há como alcançar o molho ao introduzir o aperitivo no ramekin, e por conta de os molhos não serem tão líquidos, eles não escorrem até o alimento.

Figura 35: Dificuldade ao consumir o Hash Brown com molho. Fonte: Autoras

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Figura 36: Uso de colher para auxiliar no consumo do molho. Fonte: Autoras

Para tanto, torna-se necessária a utilização de talheres para a colocação do molho no Hash, nesse caso, de uma colher que é servida dentro de um saco de papel, assim como todos os talheres do Brooklyn Coffee Shop são entregues aos seus clientes.

Depois de recebida a colher, o cliente serve-se do molho com o seu auxílio, permitindo finalmente o consumo do aperitivo com seus acompanhantes sem mais dificuldades (Figura 36).

Porém, mesmo com tal adversidade, consideram prático o consumo do alimento. Esta sendo a única sugestão de alteração da forma como o prato em questão poderia ser servido, pois creem que se fosse servido separado, por exemplo, perderia a característica de porção.

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Após o consumo, a louça é retirada pelo garçon, que empilha as molheiras sobre a travessa para poder carregar todas as peças ao mesmo tempo, e colocada em uma espécie de prateleira, onde o funcionário responsável pela limpeza e armazenamento recolhe a peça e a coloca na máquina para ser lavada. A parte de lavagem e secagem é semi-automatizada, com máquinas que auxiliam o trabalho do funcionário. Após a secagem, a peça cerâmica é armazenada em uma estante de aço, em que as peças ficam empilhadas.

Um ponto importante a ser observado, é que o ambiente da cozinha e a área de serviço são muito estreitos, formando um corredor (Figura 37).

Isso atrapalha a circulação dos funcionários e também se torna um requisito a ser atendido na construção do projeto.

Figura 37: Cozinha. Fonte: Autoras

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2.6 ANÁLISE DO PRODUTO

O produto já utilizado no Brooklyn Coffee para servir os mini hash browns consiste em uma pequena travessa de porcelana com alças, de formato oval, toda branca (Figura 38). Possui 24 cm de comprimento, 12,5 cm de largura, 4,5 cm de altura e suporta o volume de 500 ml.

Esta peça é proveniente da Porcelanas Schmidt®, empresa brasileira muito conceituada no ramo de louças de porcelana, situada em Campo Largo/PR. Pertence a linha de produtos “Linha Branca Gastronomia”, sendo uma linha de louças voltada já para o ramo gastronômico. A linha se subdivide em várias partes, cada uma voltada à sua usabilidade. No caso desta, pertence à “Calorama – do forno à Mesa”, que são louças para serem utilizadas diretamente no forno. É nomeada como “Travessa Oval com Alça”, possui 3 tamanhos diferentes, sendo que o usado no Brooklyn Coffee Shop é o maior deles. Possui boa usabilidade, fácil manuseio, seu formato é adequado para a tarefa de carregá-la apenas com uma mão, como é feito pelos garçons do café. Além disso, possui boa durabilidade, sendo que a louça analisada já vem sendo usada há bastante tempo e apresenta apenas desgaste no esmalte devido ao ácido utilizado em sua lavagem.

Já na parte estética é bem simples: toda branca, possui leve relevo apenas nas alças e seu formato oval é comum, não fugindo muito do que se encontra em outros similares.

Vale ressaltar que no Brooklyn Coffee Shop ela é utilizada não só para servir os mini hash browns mas também para servir lasanha de berinjela, o que explica o fato de terem escolhido uma peça de linha feita para ir diretamente ao forno.

Figura 38: Travessa já utilizada. Fonte: Porcelana Schmidt.

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Figura 39: Molheira já utilizada. Fonte: Porcelana Schmidt

As louças utilizadas para servir os molhos pertencem à mesma linha e sub linha, sendo na verdade uma “forma canelada”, também chamada de Ramekin (Figura 39). Assim como a travessa, é toda branca, possui formato cilindrico e textura canelada em toda lateral. Suas dimensões são 5 cm de altura, 9,5 cm de diâmetro e suporta o volume de 210 ml.

Por ser uma peça pequena é fácil de ser carregada em apenas uma mão. No ambiente analisado, os garçons geralmente carregam duas de uma vez só, com os dois molhos servidos, em só uma das mãos. Ambas as peças são fáceis de se armazenar, possuindo a facilidade de serem empilhadas por possuírem formatos simples, onde se pode encaixar o fundo de uma com a abertura de outra. A limpeza, por ser feita em máquinas, não é difícil de ser realizada, mesmo com essas peças possuindo texturas e relevos.

O maior problema detectado pela equipe ao se analisar o produto, o consumo e analisando a breve entrevista feita com os usuários do café, seria a estética das peças , que por serem bastante comuns e formalmente simples, não combinam com ambiente do Brooklyn Coffee Shop, que é todo projetado para remeter ao próprio Brooklyn, bairro de Nova York (há um consenso entre consumidores e funcionários de que a louça atualmente utilizada pelo Brooklyn Coffee Shop não combina com o local e poderia ser visualmente mais interessante). Além da dificuldade em consumir o Hash Brown com os molhos direto do ramekin (Figuras 35 e 36), como anteriormente abordado na análise da tarefa.

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2.8 PESQUISA E ANÁLISE DE SIMILARES

Para o desenvolvimento das alternativas a equipe buscou iniciamente analisar louças de distribuição popular, além da louça já utilizada no Brooklyn Coffee Shop. Foram analisados principalmente produtos que atendessem a alguns requisitos desejáveis, tais como, possuir três peças ou repartições, ser de material cerâmico e transpassar sensorialidade e prazer ou confiabilidade e qualidade.

TABELA 1: ANÁLISE DE SIMILARES. PRODUTO MATERIAL PONTOS+ PONTOS - FONTE

Porcelana, bambu e inox

formato inte-ressante, bom aproveitamento de espaço, + de 3 peças

muitos pratos principais e só uma molheira, profundidade desta

http://www.ame-ricanas.com.br/produto/7166615/conjunto-para-petiscos--welf-turim-em-porcela-na-bambu

Porcelana Praticidade e comodidade, fun

1 peça (sem espaço para molho)

http://www.subma-rino.com.br/produ-to/119678046

Madeira maciça Goiabão e Porcelana

Estilo contemporâneo, praticidade

Não pode ser lavada na lava-louças a madeira

http://www.america-nas.com.br/produ-to/111900079

Cerâmica formato interessante, fácil higienização

sem espaço para molho

http://www.america-nas.com.br/produ-to/8263878

Porcelana e bambu

Forma prática e moderna, requinte

sem espaço para molho

http://www.ameri-canas.com.br/pro-duto/8575935

porcelana e madeira

continuidade, formato interes-sante, + de 3 peças

sem molheira http://galleria77.com.br/produtos/227/278/Bar--Acessorios/Petis-queira/Petisqueira-Ce-ramica-com-Base-Ma-deira

Porcelana Resistente e de fácil higienização

http://saborean-doshop.com/produ-to/cumbuca-de-por-celana-branca-gota/

Fonte: Autoras

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Notou-se que há uma tendência para o uso de porcelana na confecção de peças para aperitivos, o que garante durabilidade, higiene e qualidade; não são peças demasiado grandes - o que facilita o manuseio e dá praticidade à peça; há uma forte tendência de peças brancas, possivelmente pelo fato de a cor branca transpassar a sensação de limpeza, fator importante na área gastronômica. Uma característica a se apontar foi o uso de peças de madeira na composição de algumas linhas cerâmicas, que geram um contraste interessante com a porcelana.

TABELA 2: ANÁLISE DE SIMILARES INDIRETOS. PRODUTO PONTOS+ PONTOS - FONTE

textura e formato seguindo uma temática de torre, fun

muito fundo, diâmetro de abetura estreito

https://www.pin-terest.com/ pin/ 3974427358422 75556/

fun, distribuição de cor, dimensões, formato

tamanho das bordas da peça inferior x sua profundidade

http://www.listotic.com/50-useful-kitchen-gadgets-you-didnt-know-existed/31/

distribuição de cor, tamanho e formato interessantes

https://www.pinterest.com/pin/4497970 8150861 8179/

temática, fun pouco profundas https://www.pinterest.com/pin/147000 375311690866/

molheira presa por gancho

prato principal muito profundo

https://www.pinterest.com/pin/3974427358 42039570/

formato e movimento interessantes

instabilidade https://www.pinterest.com/pin/3974427358 41923515/

textura, cor, rusticidade

fragilidade das pontas, difícil armazenamento

https://www.pinterest.com/pin/3974427358 41881695/

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2.9 ANÁLISE DE NORMAS TÉCNICAS

Todos os produtos destinados a entrar em contato com alimentos, feitos de cerâmica ou não, devem seguir certas Normas Técnicas determinadas pela Anvisa.Há o regulamento geral para todos os produtos que possuam o fim de entrar em contanto com alimentos, independente do seu material de fabricação, e há o regulamento específico para o caso de produtos feitos de vidro e cerâmica. As normas técnicas gerais estão presentes no “Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos” conhecido como Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 91, de 11 de Maio de 2001. As normas específicas para produtos feitos a partir de vidro e cerâmica estão presentes na Portaria nº 27, de 18 de março de 1996. A RDC nº 91 se refere a embalagens e equipamentos que entram em contato direto com alimentos durante sua produção, elaboração, fracionamento, armazenamento, distribuição, comercialização e consumo.

Essas embalagens e equipamentos devem ser fabricados em conformidade com as boas práticas de fabricação para que, nas condições normais ou previsíveis de emprego, não produzam migração para os alimentos de componentes indesejáveis, tóxicos ou contaminantes em quantidades tais que superem os limites máximos estabelecidos de migração total ou específica, tais que: a) possam representar um risco para a saúde humana; b) ocasionem uma modificação inaceitável na composição dos alimentos ou nas características sensoriais dos mesmos. (ANVISA, 2001)

A Portaria nº 27 estabelece a proibição do uso de cerâmica porosa para esse tipo de produto e que os mesmos não possam ceder para os alimentos substâncias indesejáveis, tóxicas ou contaminantes que representem um risco para a saúde humana, em quantidades superiores aos limites de migração específica estabelecidos. Ainda é possível encontrar nela os métodos utilizados para testes nestes produtos.

formato, praticidade molheira ficaria solta? Isso geraria instabilidade ao transportar

https://www.pinterest.com/pin/397442735841 881639/

grampo para prender molheira em prato principal, tamanho

formato não suportaria mini hash browns

https://www.pinterest.com/pin/39744273584 1670869/

formato, cores, rusticidade

instabilidade da molheira, profundidade da mesma

https://www.pinterest.com/pin/397442735 841881679/

Fonte: Autoras

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2.10 FORMULAÇÃO DO CONCEITO DO PROJETO

O presente projeto teve como conceito harmonizar um conjunto de peças cerâmicas com um estabelecimento gastronômico inspirado no Brooklyn, o maior bairro de Nova York. Para isso, fez-se o uso de referências sobre o bairro, os edifícios, lojas, e principalmente a Brooklyn Bridge - ponte símbolo do Brooklyn Coffee Shop - (Figuras 41 e 42). Considerando que o aperitivo selecionado para análise, o Mini Hash Brown, é oferecido apenas por esse estabelecimento em todo o país; é considerável que a louça na qual ele será servido seja igualmente única. Ou seja, o objetivo deste projeto é promover uma relação distinta entre o consumidor e uma parte da cultura nova-iorquina, através da cerâmica.

2.11 PAINEL SEMÂNTICO DE EXPRESSÃO DA LINHA DE PRODUTOS

A partir do conceito pré-estabelecido buscou-se, para a expressão do produto, referências de cores, texturas e acabamentos que melhor condizem com as especificações do projeto (Figura 40) e referências baseadas na temática do ambiente (Figuras 41 e 42).

Figura 40: Mood Board de produto 1

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Figura 41: Mood Board de produto 2

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Figura 42: Mood Board de produto 3

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2.12 DELIMITAÇÃO DOS REQUISITOS

Tendo em vista a proposta - desenvolver uma linha de produtos em cerâmica, composta por 3 ou mais peças, voltada para servir um aperitivo específico em uma mesa para quatro pessoas - e a situação analisada, conclui-se que o produto necessariamente deveria atender aos seguintes requisitos:

- Servir os oito mini Hash Browns e dois molhos de acompanhamento;- Propor um inovação formal de acordo com a temática do local (Brooklyn, Brooklyn Bridge);- Melhorar a facilidade no transporte do conjunto de peças, tanto no ato de servir aos consumidores quanto dentro da cozinha, que é muito estreita;- Formato e dimensões da molheira adequados ao aperitivo para facilitar o consumo sem a necessidade de auxílio de talheres.- Capacidade de ser armazenado por empilhamento, mantendo a otimização do espaço da cozinha.- Ser simples em questão formal e sistemática, levando em conta que será lavada em máquina;- Material da peça e do acabamento que mantenha a qualidade da aparência, pois os produtos químicos utilizados na limpeza danificam o brilho do vidrado.

2.13 ANÁLISE DE MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

As massas cerâmicas são pastas formadas de argila e outras substâncias químicas que conferem à argila características específicas e distintas, dependendo de quais forem essas substâncias e sua quantidade. Para a produção de louças de cozinha e para servir alimentos, a porcelana é a mais indicada, devido a sua baixa porosidade e, consequentemente, maior resistência; além de fácil higienização após o vidrado. “Ela é composta por argilas brancas, 30 a 65% de caulim, 20 a 40% de feldspato e 15 a 25% de quartzo”. (ROSSI, M. A. P, 2006)

As porcelanas são fabricadas com massas constituídas a partir de argilominerais (argila plástica e caulim), quartzo e feldspato bastante puros, que são queimados a temperaturas superiores a 1250 ºC. Os produtos apresentam porosidade próxima a zero e compreendem a porcelana doméstica e de hotelaria (pratos, xícaras, jogos de chá etc.). (MOTTA, J. F. M; ZARNADO, A.; JUNIOR, M. C, 2001.).

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Outro fator importante a ser observado é que, conforme a citação acima, a porcelana apresenta elevada resistência ao ataque químico. Conforme já discorrido na análise do produto, a limpeza das louças cerâmicas do Brooklyn Coffe Shop é feita através de máquinas, e o uso de produtos químicos é frequente, o que danifica a aparência da peça. Dessa forma, o uso da porcelana é uma boa opção para manter a qualidade da louça por mais tempo. Além disso, o vidrado também pode contribuir para a manutenção de uma boa aparência na peça cerâmica. Os vidrados servem para revestir a superfície da cerâmica, podendo ser crus, fritos ou mistos. Há também uma grande variedade de possibilidade de cores e texturas, podendo ser transparentes, opacos, brilhosos ou mates. Para a proposta desenvolvida pela equipe, o vidrado mate seria uma boa opção, pois iria minimizar a sensação de que a peça está gasta pelos produtos químicos utilizados na higienização, já que eles vidram com pouca reação e apresentam boa textura.

3. ETAPA CONCEITUAL3.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Para a geração de alternativas primeiramente foi realizado um brainstorming entre as integrantes da equipe. Logo as ideias nele geradas e as referências já pesqui-sadas anteriormente do próprio bairro Brooklyn foram levadas em consideração para a geração de alternativas. Esta sendo feita livremente, sem nenhum método específico ou número mínimo de alternativas estipulado. Dentre todas as alternativas geradas foram selecionadas apenas cinco a serem analisadas pela matriz de avaliação por uma melhor adequação destas à proposta e aos requisitos do projeto. Para a seleção das cinco alternativas foram levados em consideração os principais requisitos do projeto como formatos e dimensões adequadas, inovação formal, facilidade de transporte, lavagem e armazenamento. Também se priorizou as alternativas que apresentassem maior facilidade de produção em cerâmica.

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Figura 44: Alternativa 2. Fonte: Autoras.

Figura 43: Alternativa 1. Fonte: Autoras

Inspirado nas formas da ponte do Brooklyn, quis-se propor uma alternativa na qual a travessa ficasse suspensa, tal qual uma ponte. Travessa em formato que se assemelha à tijolos, referências de casas e muros tradicionais do bairro. As molheiras se engatam à lateral da travessa por meio de um gancho para facilitar o transporte com apenas uma mão.

Quatro peças, sendo uma travessa de cerêmica, um suporte de metal para as molheiras e duas molheiras de cerâmica. Inspirado na ponte do Brooklyn, o suporte de metal atravessa a peça principal e suspende as molheiras, equilibradas uma de cada lado da travessa, encaixadas no suporte, o que confere ao projeto sensação de instabilidade.

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Figura 45: Alternativa 3. Fonte; Autoras.

Figura 46: Alternativa 4. Fonte: Autoras.

Quatro peças, sendo um suporte de metal com um vão, a peça principal feita de cerâmica e duas molheiras também de cerêmica acopladas ao suporte por imã. A travessa com os mini hash-browns transpassa o suporte de metal e fica suspenso. Na lateral do suporte as molheiras se prendem por meio de imantação. Esse suporte ficaria sempre na mesa, para guardar condimentos e utilizado como suporte quando o aperitivo é servido.

Formato referente a ponte, contendo três peças, uma principal e duas molheiras, ambas de cerâmica. As molheiras são acopladas à peça principal por engates nas partes superiores. Na parte central, ficariam os aperitivos.

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Figura 47: Alternativa 5. Fonte: Autoras.

Duas peças feitas em cerâmica. Um suporte para a travessa e a peça principal, que ficaria suspensa. Naquela também haveriam duas repartições destinadas aos molhos.

4. ETAPA DE AVALIAÇÃO4.1 MATRIZ DE AVALIAÇÃO

TABELA 3: MATRIZ DE AVALIAÇÃOREQUISITOS ALTERN. 1 ALTERN. 2 ALTERN. 3 ALTERN. 4 ALTERN. 5

1. SERVIR OS OITO MINI HASH-BROWNS E DOIS MOLHOS DE ACOMPANHAMENTO 10x5=50 10x5=50 10x5=50 10x5=50 10x5=50

2. PROPOR UMA INOVAÇÃO FORMAL DE ACORDO COM A TEMÁTICA SO LOCAL 8x5=40 9x5=45 10x5=50 10x5=50 10x5=50

3. MELHORAR A FACILIDADE NO TRANSPORTE DO CONJUNTO DE PEÇAS 10x3=30 10x3=30 5x3=15 10x3=30 10x3=30

4. FORMATO E DIMENSÕES DAS MOLHEIRAS ADEQUADOS AO APERITIVO 9x4=36 9x4=36 9x4=36 9x4=36 5x4=20

5. CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO POR EMPILHAMENTO 6x2=12 9x2=18 9x2=18 3x2=6 5x2=10

6. SER SIMPLES EM QUESTÃO FORMAL E SISTEMÁTICA 7x3=21 6x3=18 6x3=18 3x3=9 2x3=6

TOTAL 189 197 187 181 166Fonte: Autoras.

Analisando a matriz constatou-se que as alternativas 1 e 2 foram as mais pontuadas e consequentemente selecionadas para se realizar um estudo volumé-trico.

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4.2 ELABORAÇÃO DE MOCK-UPS

Após a geração de alternativas partiu-se para a elaboração dos mock-ups

(Figuras 48 a 54), realizando, assim, o estudo volumétrico dos mesmos levando

em conta principalmente tamanho, encaixes e formatos.

MOCK-UP DA ALTERNATIVA 1

Material utilizado

- Travessa:

Papelão ondulado

- Molheira:

Espuma floral

Figura 48: Mock-up da alternativa 1 Figura 49: Mock-up da alternativa 1.2

Figura 50: Mock-up da alternativa 1.3

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MOCK-UP DA ALTERNATIVA 2

Material utilizado: Papelão ondulado, cola quente.

4.3 ANÁLISE DOS MOCK-UPS

Na análise conclui-se que a melhor alternativa seria a Alternativa 2 (Figuras

52 a 54), que além de preencher todos os requisitos desejados ao projeto ainda

é a alternativa que apresentou mais facilidade de produção tendo em conta o

material a ser utilizado (cerâmica).

Figura 51: Mock-up da alternativa 2 Figura 52: Mock-up da alternativa 2.1

Figura 53: Mock-up da alternativa 2.2 Figura 54: Mock-up da alternativa 2.3

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5. ETAPA DE DETALHAMENTO5.1 DEFINIÇÃO DO CONCEITO FINAL DO PRODUTO

O PRODUTO

A linha de cerâmicos - Brooklyn (Figuras 88 a 91) faz parte da marca de cerâmicos inspirados em pontes famosas de diversas partes do mundo - Bridge. Esta linha, especificamente, foi baseada na ponte do Brooklyn, maior distrito nova-iorquino, temática também utilizada na rede de restaurantes de mesmo nome. A linha consiste em quatro peças para servir o aperitivo Mini Hash Brown, juntamente com dois molhos (barbecue e aióli), sendo elas: - Uma travessa em faiança; - Duas molheiras em faiança; - Um suporte de Alumínio para as molheiras.

Para a elaboração da linha, quis-se que esta fosse prática, resistente, agradável, bonita e inovadora, comunicando a temática proposta de forma clara e concisa. Buscou-se transmitir a sensação de modernidade, certa instabilidade e rusticidade. A travessa comunica densidade, enquanto as molheiras, por estarem suspensas pelo suporte de metal, expressam leveza (Figura 89).

IDENTIDADE VISUAL

Para a expressão da marca e da linha de produtos cerâmicos foi realizada uma geração de alternativas (Figura 55), baseando-se nos connceitos anteriomente citados.

Figura 55: Geração de alternativas para IDV Fonte: Autoras

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Foi realizada uma votação para a seleção da marca, que elegeu a alternativa 1 para a representação da marca Bridge, e a variação da alternativa 8 como identidade da linha Brookyn. Optou-se por recorrer a referência ‘parede de tijolos’ para compor a identidade visual na parte gráfica e na travessa, por essa ser muito presente nos referenciais imagéticos que se têm do Brooklyn. E quanto as cores, foram selecionadas um marrom avermelhado tanto por causa dos tijolos, quanto pela coloração do café, produto ícone de vendas do Brooklyn Coffee Shop, e uma tonalidade de creme para contrastar com o marrom. Além de essas serem as cores utilizadas na marca da rede de restaurantes Brooklyn.

CARIMBO

Foi também confeccionado um carimbo da marca (Figuras 56 e 57), para ser utilizado sob as travessas, nas embalagens e outras peças gráficas, para conferir a sensação de rusticidade proposta pelo projeto.

EMBALAGEM

A embalagem (Figuras 58 e 59) foi elaborada a partir das medidas propostas pelo estudo volumétrico e para seu formato também contou-se com a referência da ponte do Brooklyn. A embalagem conta com três adesivos, dois deles levam a marca da linha de cerâmicos e são posicionados um de cada lado da “alça” (Figura 58) e o terceiro traz informações sobre a linha e código de barras (Figura 60) e está localizado em uma das extremidades da caixa, na outra extremidade encontra-se a marca Bridge carimbada (Figura 61).

Figura 56: Carimbo 1 Fonte: Autoras. Figura 57: Carimbo 2 Fonte: Autoras.

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Para sua confecção foi utilizado papel Kraft de elevada gramatura (Figura 62), podendo ainda ser confeccionado em papelão ondulado (Figura 63), para a caixa. Papelão ondulado foi utilizado para o berço das molheiras e para as contensões que evitam que a travessa saia do lugar e se choque com o suporte de metal, a fim de que as peças não sejam danificadas durante o transporte dentro da embalagem. A embalagem encerra-se com uma chapa de acetato sobre as peças (Figuras 92 e 93).

5.2 DESENHO TÉCNICO DA LINHA DE PRODUTOS

Figura 58: Embalagem1 Fonte: Autoras Figura 59: Embalagem2 Fonte: Autoras

Figura 62: Embalagem em Kraft. Fonte: Autoras. Figura 63: Embalagem em Papelão

Figura 60: Adesivo em embalagem Figura 61: Carimbo em embalagem

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5.3 MODELOS E PROTÓTIPOS

Todos os modelos foram construídos pensados na contração de 5% da massa cerâmica durante a queima, para que as medidas finais mantivessem as medidas do projeto.

MOLHEIRAS

Para a construção dos modelos foi utilizado poliuretano expandido revestido em massa acrílica (Figuras 64 e 65) para a construção em gesso do molde tripartido das molheiras (Figuras 69 a 71). Também foi realizada um receptáculo de foam, madeira e argila (Figuras 66 a 68) para o molde de gesso. O modelo e a caixa de contenção receberam uma camada de desmoldante (detergente), antes da deposição do gesso nos mesmos.

Figura 64: Modelo em PU 1 Fonte: Autoras Figura 65: Modelo em PU 2 Fonte: Autoras

Figura 66: Receptáculo1 Figura 67: Receptáculo2 Figura 68: Receptáculo3

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Este já estando finalizado, enche-se de barbotina líquida (Figura 72), mantendo-o assim até que essa atinja uma espessura adequada (Figura 73) para uma maior resistência da peça final. Verte-se então até o escoamento total do excesso de barbotina (Figuras 74 a 76) e, após o tempo de secagem necessário, abre-se o molde e retira-se a peça para que se possa fazer os acabamentos necessários (retirada de rebarbas e esponjamento) (Figura 77).

Figura 69: Molde de Gesso1 Figura 70: Molde de Gesso2 Figura 71: Molde de Gesso3

Figura 72: Barbotina em molde Figura 73: Espessura Figura 74: Escoamento1

Figura 75: Escoamento2 Figura 76: Secagem Figura 77: Esponjamento

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TRAVESSA

Para a travessa foi utilizada massa plástica de faiança e por meio do processo de tiras elas foram produzidas (Figuras 78 a 80). Para alcançar a espessura desejada fez-se o uso de um rolo e tiras de madeira para manter a uniformidade das peças. Com o auxílio de um rolo especial, foi realizada a textura das paredes do prato principal. E o excesso foi retirado com o auxílio de facas.

Para a junção das peças foram feitos chanfros (Figuras 81 e 82) nas extremidades das mesmas e unidas com uma fina camada de barbotina líquida (Figura 81 e 83). Para conferir maior resistência nas quinas, foram feitos finos cilindros com massa plástica e depositados em todos os cantos do modelo. Para um melhor acabamento foi realizado esponjamento e com uma faca foi atribuída uma melhor definição na textura.

Após a queima das peças em cerâmica, essas foram lixadas e lavadas, retirados qualquer excesso que impedia o encaixe das peças, foi dedicada uma inspeção de todas elas e por fim efetuou-se a esmaltação.

ESMALTAÇÃO

Os vidrados selecionados para a linha Brooklyn foram o na coloração BX009 marrom avermelhado brilhante (tipo 312), para as regiões externas das peças, e o branco brilhante, para o interior das mesmas, de baixa temperatura linha BX 980 Graus. Para as molheiras foi realizada esmaltação por imersão (Figura 85 e 86) e para a travessa o vidrado foi aplicado por pincel (Figuras 84 e 87).

Figura 78: Tiras laterais Figura 79: Base da peça Figura 80: Produção de tiras

Figura 81: Junção de peças Figura 82: Chanfros Figura 83: Peça montada

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Finalizada a esmaltação, as peças retornaram à queima.

SUPORTE DE METAL

O suporte de metal foi confeccionado a partir de um tubo de aço do tamanho proposto pelo projeto e, com o auxílio de uma serra foram feitos os cortes nas áreas destinadas para o encaixe das molheiras na peça e para o encaixe da mesma ao prato principal. Esse processo foi terceirizado, o serviço foi realizado por um serralheiro. Foram adquiridas tampas para as extremidades do suporte e estas foram tinjidas na coloração do mesmo. Por fim, a peça foi polida com uma bucha.

Figura 84: Esmaltação por pincel1 Figura 85: Esmaltação por imersão

FIgura 86: Retirada de esmalte do frete Figura 87: Esmaltação por pincel2

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LINHA DE CERÂMICOSBROOKLYN

“Brooklyn”, linha de cerâmicos confeccionada especialmente para o aperitivo Mini Hash Brown, unicamente servido, no Brasil, pela rede de restaurantes Brooklyn Coffee Shop, acompanhado dos molhos aióli e barbecue.

BROOKLYN

Figura 88: Protótipo1 FIgura 89: Textura de tijolos

Figura 90: Protótipo2 Figura 91: Protótipo3

Figura 92: Produto embalado1 Figura 93: Produto embalado2

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5.4 AMBIENTALIZAÇÃO

Para uma melhor avaliação do protótipo, em relação aos requisitos propostos, buscou-se simular uma situação de uso no ambiente previamente selecionado (Figuras 94 a 99).

Figura 94: Produto em uso1

Figura 95: Produto em uso2

Figura 96: Produto ambientalizado1 Figura 97: Produto ambientalizado2

Figura 98: Simulação de empilhamento Figura 99: Referencial humano

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6. ETAPA DE VALIDAÇÃO6.1 TESTES COM USUÁRIOS/AS

Foram entrevistados, a partir de um roteiro pré-estabelecido (Anexo 2), 6 possíveis usuários no estabelecimento selecionado (Brooklyn Coffee Shop), sendo quatro do sexo feminino e dois do sexo masculino. Quando questionados sobre a primeira impressão do produto, não obteve-se um padrão nas respostas, sendo que algumas expressaram parecer uma travessa para colocar canapés, hamburguer, torradas com molhos, e outras referências quanto a arquitetura, prédios e pontes, respostas que estão em consonância com as características definidas para a linha de produtos. Outras ainda se referiram a culinária oriental ou a fondue. Algumas quanto a um pequeno jardim, piscina ou a um pássaro. Isto pode significar que o produto não está passando uma mensagem consistente de suas inspirações e usabilidade.

6.2 MATRIZ DE DIFERENCIAL SEMÂNTICO

A partir dos requisitos e do conceito estabelecidos pelo projeto foi elaborada uma matriz de diferencial semântico (Tabelas 4 e 5) para realizar a validação do produto.

TABELA 4: MATRIZ DE DIFERENCIAÇÃO SEMÂNTICO

Fonte: Autoras.

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TABELA 5: MATRIZ DE DIFERENCIAÇÃO SEMÂNTICO 2

6.3 IMPRESSÕES E SUGESTÕES DE MELHORIA(S)

Foram propostas pelos entrevistados algumas sugestões e observações, tais como:

- Interessante a mistura de materiais (cerâmica e alumínio);- Não faz volume, ocupa pouco espaço ao armazenar;- Legal pra ter em casa, melhor ainda para restaurantes;- Sugeriria outra cor, não gosta da coloração marrom, porém concorda que segue a mesma linguagem do ambiente;- Luxo a parte do metal;- Prático no quesito servir o prato, mas não muito prático para o empilhamento / armazenamento.

Fonte: Autoras.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenrolar da proposta pôde-se concluir que para o desenvolvimento de uma linha de produtos em cerâmica voltada para servir um aperitivo específico, nesse caso os mini Hash Browns - aperitivo exclusivamente servido na rede comercial Brooklyn Coffee Shop -, todos os produtos que destinados a entrar em contato com alimentos, feitos de cerâmica ou não, devem seguir certas Normas Técnicas determinadas pela Anvisa - além dos requisitos propostos pela equipe -, que estabelece a proibição do uso de cerâmica porosa para esse tipo de produto e não represente um risco para a saúde humana. Com isso somado a uma análise de materiais, pode-se notar que os melhores materiais para a produção de louças de cozinha e para servir alimentos, seria a porcelana devido a sua baixa porosidade e maior resistência. Para um melhor entendimento quanto ao uso do produto, a equipe buscou fazer uma análise de todas as instâncias que este entra em contato, desde o armazenamento e limpeza da louça, do preparo ao consumo do alimento selecionado e a forma como é servido e recolhido, sua relação com o ambiente e com os usuários. Informações essas que auxiliaram na geração de conceito e requisitos do produto a ser desenvolvido posteriormente. Com a pesquisa de similares e a realização de painéis semânticos, foi possível obter um referencial formal para a realização da linha cerâmica. Ao confeccionar os modelos manualmente ou a partir de moldes, foi constatado que a faiança não é tão resistente e causou alguns atrasos na produção ao secar muito rapidamente, rachar e quebrar, o que resultou em algumas mudanças no projeto para contornar tais problemas, a partir disso, verifica-se que um material mais resistente seria o mais indicado. Verificou-se também que a peça de metal deveria ter sido prioridade na projetação, por contar com padronização dos tubos de aço no mercado, para então pensar na delimitação do tamanho dos espaços na peça de cerâmica para o encaixe do mesmo. Durante a esmaltação, constatou-se que o melhor processo é a esmaltação por pincel, que preenche melhor a peça e diminui o risco de formação de bolhas durante a queima. E não se deve passar um tipo de esmalte sobre outrem para evitar consequências inesperadas. Contudo, o resultado obtido foi satisfatório, o projeto foi finalizado e bem recebido pelo proprietário do estabelecimento selecionado e foram adquiridas boas sugestões de melhorias assim como a equipe ao analisar as peças finalizadas inferiram outras possibilidades de aperfeiçoamento da linha de produtos.

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REFERÊNCIAS

[S.I.]. Léxico: dicionário de português online. Disponível em: <http://www.lexico.pt/aperitivo>. Acesso em: 16 mar. 2015.

SIMAS, Anna. Um bom começo. Gazeta do Povo, 08 out. 2009. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/antepasto/>. Acesso em: 16 mar. 2015.

VINÍCIUS, C.; PFAU, K.; FREIRE, L.; ADAMS, N. L. Brooklyn Coffee Shop, 2MA Co-municação Integrada, 29 mai. 2015. Disponível em: <https://2macomunicacaointe-grada.wordpress.com/2014/05/29/brooklyn-coffee-shop/>. Acesso em: 31 mar. 2015.

[S.I.]. Brooklyn Coffee Shop, Facebook. Disponível em: <https://www.facebook.com/BrooklynCoffeeShop/>. Acesso em 22 mar. 2015.

[S.I.]. Brooklyn Coffee Shop, Facebook. Disponível em: <https://scontent-gru.xx.fbcdn.net/hphotos-xfa1/v/t1.0-9/1969236_790356821058340_4000556228072133491_n.jp-g?oh=686b91b42798c898b86659ea4b991688&oe=55E1053A>. Acesso em 22 mar. 2015.

[S.I.]. Brooklyn Coffee Shop, Facebook. Disponível em: <https://scontent-gru.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/1510812_739068519520504_6760809380921810058_n.jpg?oh=b5df130f35e59d4a33142487d83a34ba&oe=55E0A910>. Acesso em 22 mar. 2015.

SVS/MS - Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 27, de 18 mar. 1996. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, 20 mar. 1996. Dispo-nível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/3171d1804d8b66cfa9e5e9c-116238c3b/ALIMENTOS+PORTARIA+N.%C2%BA+27%2C+DE+18+DE+MAR%-C3%87O+DE+1996.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 28 mar. 2015.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 91, de 11 mai. 2001. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 15 mai. 2001. Dispo-nível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a97001004d8b6861aa00ebc-116238c3b/ALIMENTOS+RESOLU%C3%87%C3%83O+-+RDC+N%C2%BA+91%-2C+DE+11+DE+MAIO+DE+2001+-+Crit%C3%A9rios+Gerais.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 28 mar. 2015.

MOTTA, J. F. M; ZARNADO, A.; JUNIOR, M. C. As matérias primas cerâmicas. Re-vista Cerâmica Industrial, 6 (2), mar./abr. 2001. Disponível em: <http://www.porcelana-brasil.com.br/p-07.html>. Acesso em: 31 mar. 2015.

ROSSI, M. A. P. As argilas e massas cerâmicas. Disponível em: <http://www.porto-rossi.art.br/as_argilas.html>. Acesso em: 31 mar. 2015.

FLORES, Ana. O que são vidrados. Laboratório de Cerâmica Artística à Distância. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/lacad/revestvidrado.html>. Acesso em 31 mar. 2015.

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APÊNDICES Para a realização das análises para a etapa informacional foram feitas entrevistas (tabelas 2 a 7) com funcionários e clientes para um melhor entendimento da usabilidade do produto já existente e para uma melhor compreensão por parte da equipe para a seleção de requisitos e desenvolvimento do projeto.

TABELA 6: ENTREVISTA COM CONSUMIDORES.PERGUNTAS CONSUMIDOR 1 CONSUMIDOR 2 CONSUMIDOR 31. Com que frequência você vem a este local? E a locais similares?

2 a 3 vezes por sema-na

2 a 3 vezes por semana

2 a 3 vezes por semana

2. Por que escolheu esse local?

Considera o ambiente agradável.

Perto do trabalho ou de reuniões.

Perto do local de reuniões.

3. Com que grupo social costuma ir a esse local? (amigos, família)

Amigos, namorado Colegas de trabalho Colegas de trabalho

4. Em que contexto vai ao local? (jantar, happy hour, final de semana)

Happy hour, relações de trabalho

Happy hour Happy hour

5. Qual a faixa etária do consumidor?

25-40 Entre 20-36 Entre 20-36

6. Porquê escolheu esse aperitivo?

Costuma pedir por entrada, pois considera o prato principal muito leve.

Foi oferecido pela equipe

Foi oferecido pela equipe

7. Como você o consome? (garfo, mão, palito – veri-ficar se a maneira que o usuário consome o aperitivo é a mesma proposta pelo estabelecimento)

Pede um prato a parte e talheres.

Com o guardanapo, pediu colher para servir o molho.

Com o guardanapo, porém desmontou o bolinho. Sugeriria talheres e também pediu co-lher para o molho.

8. Costuma dividir o aperiti-vo ou come sozinho? Acha higiênico dividir?

Divide, mas coloca o que vai servir no prato separado.Não acha muito higie-nico

Divide Divide

9. Considera o consumo prático?

Sim. Sim. Sim.

10. Gostaria que fosse servido de outra maneira? Como?

Não, pois se fosse ser-vido separado perderia a característica de porção

Sim, com talheres Sim, com talheres

11. Os meios/artefatos utilizados são os mais indi-cados para a tarefa que se realiza?

Poderia ser mais bo-nito.Remete a polenta ou frango frito

Louça não combina com o local

Louça não combina com o ambiente.

12. O que se verifica quanto à limpeza?

Quanto ao local em ge-ral, considera razoável.

Achou o petisco muito gorduroso, não comeria normal-mente.

Considerou muito gorduroso.

Fonte: Autoras

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TABELA 7: ENTREVISTA COM GERENTE.PERGUNTAS GERENTE1. Por que escolheram esse aperitivo para servir?

Esse aperitivo foi criado pela Chef de outra sede (São Francisco) do Brooklyn. Lá ele fez muito sucesso, de for-ma que foi acrescentado ao cardápio desta sede (Traja-no Reis). O prato é inspirado nos hash browns feitos nos EUA, e o Brooklyn é o único lugar no Brasil a servi-lo.

2. Qual é a quantidade da porção? (qtde) A porção vem com “8 bolinhas”.3. Serve quantas pessoas? Geralmente serve até 4 pessoas.4. Qual a frequência em que é pedido? De 8 á 10 pedidos por dia.5. Pedem algum prato além do aperitivo? Normalmente o aperitivo em si é pedido para acom-

panhar bebidas. As bebidas mais pedidas e indicadas junto com ele são cervejas ou vinho branco com bas-tante acidez.

6. O que se verifica quanto à durabilida-de da louça em que é servido?

É boa. A louça apresenta apenas um pequeno desgaste do esmalte devido a quantidade de lavagens e ao ácido utilizado na lava-louças.

7. Quais os fornecedores? Porcelanas Schmidt.8. Qual a quantidade de funcionários? 19 fixos e 4 taxas (trabalham somente nos finais de

semana).Fonte: Autoras

TABELA 8: ENTREVISTA COM RESPONSÁVEL PELO ARMAZENAMENTO.PERGUNTAS FUNCIONÁRIO 1. Quantas pessoas executam a tarefa? Uma pessoa2. Como é armazenado? As peças são sobrepostas umas as outras.3. Há facilidade de manuseio do artefa-to?

Sim.

4. Como a pessoa executa a tarefa? (ati-vidades: posturas, gestos, deslocamen-tos, esforços...)

Não faz muito esforço, pois é armazenada na altura adequada e não possui muitas louças iguais para se-rem empilhadas.

5. Quais as condições do ambiente de armazenamento?

Falta iluminação na entrada, não há muita ventilação.

6. Que meios/artefatos são utilizados? Como são?

Prateleira de aço

7. Há possíveis riscos de acidentes? Poucos riscos, devido a número de peças ser pequeno. Porém o local é todo muito estreito, o que atrapalha na circulação de muitas pessoas ao mesmo tempo.

Fonte: Autoras

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TABELA 9: ENTREVISTA COM RESPONSÁVEL PELA LIMPEZA DO ARTEFATO.PERGUNTAS FUNCIONÁRIO 1. Há facilidade de manuseio do artefa-to?

Sim, porém poderia ter alças para facilitar o transporte.

2. O que se verifica quanto à limpeza? Sem muita dificuldade.3. Como a pessoa executa a tarefa? (ati-vidades: posturas, gestos, deslocamen-tos, esforços...)

O graçon leva a louça até uma espécie de prateleira, onde o funcionário de limpeza pega e leva até a máqui-na onde será lavada.

4. Quais as dificuldades com relação a tarefa e a louça?

Na lavagem não há nenhuma.

5. Que ferramentas utiliza para realizar a tarefa?

Máquina de lavar e secadora.

6. Aonde será realizada a tarefa? Na área de serviço7. Quais as condições do ambiente em que a tarefa é realizada?

Não é muito espaçoso, corredor estreito.

8. Há possíveis riscos de acidentes? Vapor da água pode queimar, e a própria água quen-te também, pois, as vezes, algumas peças pequenas caem na água e não é possível retirá-las, apenas quan-do a água for escoada.

Fonte: Autoras

TABELA 10: ENTREVISTA COM GARÇON.PERGUNTAS FUNCIONÁRIO 11. Há facilidade de manuseio do artefa-to? E no transporte?

Sim, considera o artefato simples de carregar, pois cabe na mão.

2. Como a pessoa executa a tarefa? (ati-vidades: posturas, gestos, deslocamen-tos, esforços...)

Retira o aperitivo de uma janela que faz contato com a cozinha. Coloca a louça com o aperitivo em uma das mãos e os recipientes com os molhos na outra mão. Na mesa, a louça do aperitivo é colocada no centro, com os acompanhamentos um de cada lado.

3. Quais as dificuldades encontradas em servir o aperitivo?

Sem dificuldades com relação a louça, apenas com o espaço de circulação.

4. Quais as condições do ambiente em que a tarefa é realizada?

As mesas ficam muito próximas, principalmente quan-do as pessoas estão sentadas, fica pouco espaço para passar.

5. Que meios/artefatos são utilizados? Como são?

Há possibilidade de uma bandeja, porém não é usada para servir esse aperitivo.

6. Pedem algum prato além do aperitivo? Outra porção ou sanduiche juntamente com aquele aperitivo, ou uma sobremesa após o consumo.

Sugeriria que a porção tivesse um volu-me maior.

Poucos riscos, devido a número de peças ser pequeno. Porém o local é todo muito estreito, o que atrapalha na circulação de muitas pessoas ao mesmo tempo.

7. O que geralmente pedem como acompanhamento?

Molho Barbecue e Aioli

Fonte: Autoras

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TABELA 11: ENTREVISTA COM CHEF.PERGUNTAS CHEF1. Qual o processo de preparo? Sim, porém poderia ter alças para facilitar o transporte.

Utiliza a batata Asterix. Primeiramente esquenta água em uma panela, coloca sal e espera ferver. Depois da água fervida, co-loca a batata inteira e com casca e cozinha de 5 a 7 minutos. Cozida, as batatas são colocadas em água fria para descansar (de um dia para o outro). Quando o pedido é feito, rala-se 500 gramas de batata para formar 8 bolinhos, adiciona-se o bacon, sal e, as vezes, trigo para dar a liga. Feitos os bolinhos, eles são fritos e estão prontos para serem servidos.O graçon leva a louça até uma espécie de prateleira, onde o funcionário de limpeza pega e leva até a máquina onde será lavada.

2. Quanto é o tempo de preparo? 15 a 20 minutos (sem levar em consideração o tempo de coze-dura e descanso)

3. Com que frequência prepara o aperitivo?

8 a 10 vezes por dia.

4. Qual o feedback pelo aperiti-vo?

Não recebe muito feedback diretamente dos clientes, porém o aperitivo começou a ser servido no estabelecimento da Trajano Reis devido ao sucesso obtido na R. São Francisco.

5. Como o prato é montado? Decoração: 1 folha de alface, uma fatia de tomate8 bolinhos de batata do tamanho de um ovo, colocadas sobrepos-tas.

Vapor da água pode queimar, e a própria água quente também, pois, as vezes, algumas peças pequenas caem na água e não é possível retirá-las, apenas quando a água for escoada.

6. Qual a mão de obra neces-sária?

Para fazer o aperitivo é necessário apenas uma pessoa, porém, na cozinha há sempre dois cozinheiros trabalhan-do.

7. Em que condições físico--ambientais se realiza a tare-fa? (local fechado ou aberto, exposto a variações de tempe-ratura, iluminação, ruído...).

Bem iluminado, sem muita variação de temperatura interna. Porém, o ambiente é quente se comparado com o salão.

8. Que meios/artefatos são utilizados? Como são?

Panela, ralador manual, bacia, fritadeira, prato e a louça para servir.No caso dos molhos servidos, ficam em uma panela maior onde foi preparado e depois vão para a louça em que será servida.

9. Há possíveis riscos de aci-dentes?

Sim, queimaduras com a panela quente e fritadeira; e cortes com o ralador.

10. Os meios/artefatos utili-zados são os mais indicados para a tarefa que se realiza?

Sim

11. Pedem algum prato além do aperitivo? Qual?

Pedem mais o aperitivo sozinho, pois tem o objetivo de ser um acompanhamento para a bebida.

12. Como os ingredientes che-gam a você?

Sim

13. Usam os mesmos artefa-tos para outros pedidos?

A louça é usada para servir lasanha de berinjela e batatas fritas quando necessário.

Fonte: Autoras

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ANEXO 1 - MENU DE APERITIVOS

Anexo 1: Menu de Aperitivos - Brooklyn Coffee Shop. Fonte: Autoras

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ANEXO 2 - ENTREVISTA PARA VALIDAÇÃO

ETAPAS PARA A PESQUISA:

PARTE 1 1º Entrevistador diz: “Embaixo deste tecido eu tenho uma nova linha de produtos. Assim que eu tirar o tecido eu gostaria que você a observasse e me dissesse a primeira impressão que lhe vier a mente”. 2º Entrevistador mostra o produto 3º Entrevistador anota a resposta 4º Observador observa e anota as reações e expressões corporais e faciais do entrevistado.

PARTE 2 1º Entrevistador diz: “Agora eu gostaria que você pegasse esse produto em suas mãos e me dissesse quais as sensações que estiver tendo”. 2º Entrevistador anota as respostas e estimula as respostas. 3º Observador observa e anota as reações e expressões corporais e faciais do entrevistado.

PARTE 3 1º Entrevistador explica o que é o produto. 2º Entrevistador diz: “Agora que você já viu, sentiu e conheceu esta linha de produtos eu gostaria que você preenchesse esta tabela. Ela consiste em duas colunas com conceitos contrários. Conforme sua percepção você preencherá o quadrado com um x na coluna que melhor condiz com a sua percepção”. 3º Entrevistado preenche a tabela. 4º Entrevistador recolhe a tabela, agradece e finaliza a entrevista.

Fonte: ZACAR, Cláudia R. H. Pesquisa de validação do produto junto ao consumidor.