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ESPECIAL PÁSCOA História, dicas e receitas para celebrar VIAGEM Descubra a Argentina e seus vinhos & TENRO E SABOROSO

LinhaçA Revista Natural Da Terra

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Page 1: LinhaçA Revista Natural Da Terra

ESPECIAL PÁSCOAHistória, dicas e receitas para celebrar

VIAGEM Descubra a Argentina e seus vinhos

&

TENRO E SABOROSO

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Esta edição é dedicada à Páscoa e a arte de fazer. Sim, isso mesmo, fazer. Estamos acostumados a reclamar dos governantes e a assistir o filme da impunidade e da inoperância passar na nossa frente sem tomarmos atitude. Temos de mudar esse panorama. E é isso o que o Natural da Terra faz, quando acredi-ta no país, inaugura uma nova loja, moderna e com produtos espe-ciais, que vai ao encontro das necessidades dos nossos clientes, mas, sobretudo, gera emprego e esperança.

Nesta primeira revista do ano, mostramos com orgulho todos os diferenciais da loja do Brooklin, nosso novo endereço, seus produtos especiais e as dicas para o consumidor se sentir em casa em suas gôndolas.

Mas abril é também o mês da Páscoa, a celebração religiosa mais importante e, que ao redor da mesa, festeja o renascimen-to de Jesus, da esperança. Por conta disso, mostramos receitas especiais e diversas, a história do vinho do Porto e como a data é comemorada pelo mundo.

Outra de nossas atrações é o delicioso caqui, fruto que está na moda e em plena estação, o que garante melhor qualidade e, claro, melhores preços, afinal, você merece.

Gostaria também de aproveitar a oportunidade e pedir sua opinião sobre a revista que estamos fazendo. Suas críticas, seus comentários e suas sugestões serão muito bem-vindos. É só mandar um e-mail para o endereço abaixo. Assim, faremos uma revista cada vez melhor e que desperte ainda mais seu interesse.

Um abraço Fabiana MarinGerente de [email protected]

carta ao leitor |

Diretora Responsável - Mariella LazarettiDiretor Executivo - Georges Schnyder

Rua Andrade Fernandes, 297 - CEP 05421-010 - São Paulo-SP Tel/Fax.: (11) 3023-5509 - E-mail: [email protected]

Projeto Editorial - 4 Capas Editora

é uma publicação do Natural da TerraDiretor Administrativo - Florisvaldo Ruiz

Gerente de Marketing - Fabiana MarinAssistente de Marketing - Adriana Naomi Takeuti

R E D A Ç Ã O Diretor de Redação - Ricardo Castilho

Direção de Arte - Fábio Santos, Nina FrancoAssistente de Arte - Eduardo Galdieri, Giullio Lazaretti

Editora - Letícia Rocha

Colaboraram nesta edição:Texto - Claudia Esquilante, Gabrielle Vasconcellos, Horst Kissmann,

Miguel Icassatti, Paulo Roberto Pompêo (revisão), Reginaldo MeloFoto - António Rodrigues, Guilherme Andrade,

Paulo Mercadante, Rogério Voltan e Tadeu Brunelli

Produção Cristina Esquilante

P U B L I C I D A D [email protected]

Jornalista Responsável - Ricardo Castilho

I M P R E S S Ã OProl Gráfica, Av. Papaiz, 58 - Diadema - São Paulo

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nosartigos assinados. As pessoas não listadas no expediente

não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirarqualquer tipo de material sem prévia autorização emitida pela

redação ou pelo departamento de marketing do Natural da Terra.

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10 | Pílulas de bem-estar

14 | Caqui, a fruta do outono

24 | Aproveite a temporada de...24 Avocado • 28 Vagem • 32 Temperos frescos

36 | Objetos para equipar a sua cozinha

40 | Destaques da nova loja do Brooklin

46 | A celebração da Páscoa pelo mundo

54 | Os segredos de preparo da tradicional paella

58 | Uma verdadeira aula de chocolate

66 | Roteiro revela belezas da Argentina

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sumário

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74 | Marcelo Médici, grata revelação da TV brasileira

78 | Dicas para a prática do tênis

80 | Especialista desvenda os alimentos detergentes

82 | O que há de novo nos tratamentos estéticos

84 | Para curtir a badalada zona sul

88 | Venezuelana conta sua relação com Natural da Terra

92 | Histórias do fascinante vinho do Porto

98 | Para incrementar a cozinha de gourmet

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vida saudável |

Originária da planta do linho, a pequena semente é uma verdadeira arma a favor da saúde. É rica em fibras, proteínas, vitaminas, minerais, sem falar que recentes pesquisas apontam a linhaça como principal fonte de ácidos graxos do tipo ômega 3. Até pouco tempo os peixes eram os alimentos mais ricos nessa substância, que combatem as obstruções nas artérias. Traduzindo, é um ótimo remédio para o coração. E mais: tem ação oxidante, o que ajuda na renovação celular, e possui substâncias semelhantes ao estrógeno, portanto colabora com a reposição hormonal da maneira natural. Pode ser consumida em forma de óleo, farinha e semente, sendo esta última a mais indicada, pois contribui para o funcionamento do intestino. Basta deixar duas colheres de linhaça de molho e bater com seu suco preferido, é uma vitamina e tanto.

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O grão mais badalado do momento possui todos os aminoácidos essenciais que o corpo precisa.É uma excelente fonte de fibras, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais. Todo esse conjunto atua no organismo como um elemento antioxidante, que reduz as taxas de colesterol ruim e equilibra taxas hormonais no organismo feminino, amenizando assim os sintomas da menopausa. A lista de derivados é extensa, use e abuse: óleo, farelo, farinha, proteína texturizada (carne), leite, queijo (tofu), missô (pasta), shoyu (molho) e soja torrada fresca.

Especialistas defendem cada vez mais que lançar mão das gorduras do bem auxilia quem está de dieta. O motivo? Equilibra o nível de insulina liberada pelo pâncreas, facilitando a conversão de gordura corporal em energia. Sem falar que possuem fibras, cálcio, ferro e são ótimas para moderar o apetite. Melhor ainda, cada 12 unidades têm menos de 100 calorias.

Aposte, apenas uma por dia supre as necessidades de selênio do organismo. Esse mineral equilibra a tireóide, o que evita as oscilações de peso. Fortalece o sistema imunológico, previne tumores e protege contra a ação dos radicais livres.

A autora inglesa Nigella Lawson ganhou status de pop-star da cozinha pelo mundo.Com três livros publicados, o destaque fica por conta da obra Feast-Food to Celebrate Life, que ensina, em 472 pági-nas, lições práticas e truques para se dar bem no mundo gourmet. Assuntos como preparar um almoço de Páscoa, ceia de Natal sem estresse e até menu para casamento. Atenção, chocólatras, há um capítulo batizado de “Chocolate cake hall of fame”, só com receitas de bolos de chocolate. Boa leitura!

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Gotinhas do bemA aromaterapia é uma das técnicas de cura mais antigas da história. Baseada no uso de óleos e essências, extraídos das plantas, exerce influência sutil na mente e no corpo. É só escolher sua técnica preferida – massagem, banho, compressa ou aromatizador, combinar com uma fragrância – jasmim para ansiedade, melissa para depressão, lavanda para dor de cabeça... a lista é extensa, escolha sua preferida e relaxe.

vida saudável |P O R L E T I C I A R O C H A

Prebióticos e probióticos Os nomes são estranhos, mas são alimentos parceiros para quem busca saúde e qualidade de vida. Os prebióticos são alguns tipos de fibra alimentar, carboidratos não digeríveis pelo nosso corpo. Isso quer dizer que são resistentes à ação de enzimas. Na prática, ajudam na manutenção da flora intestinal, colaboram com a absorção pelo intestino somente de substâncias necessárias ao organismo, eliminando assim açúcar e colesterol. Nessa categoria estão a cebola, o alho, o tomate, a banana, a cevada, a aveia, o mel e a cerveja. Já os probióticos são microorganismos que, quando ingeridos no leite fermentado, por exemplo, combatem a concentração de bactérias do organismo e protegem a mucosa intestinal.

Abraça que é bom...Pode acreditar, além de gostoso, faz bem à saúde, retarda o envelhecimento e aquece o coração. Estudos de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, relatam que abraçar tem relação direta com qualidade de vida. Promove troca de calor e afeto e garante ao corpo um saudável banho de hormônios – o cortisol, responsável pelo estresse, diminui, enquanto a serotonina e a dopamina aumentam, contagiando o cérebro, o que dá sensação de conforto e felicidade. Portanto, diga o que tem vontade, pois além de abrir o coração o abraço tem poder fantástico sobre o bem-estar e a saúde.

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chegada do outono marca também a entrada do caqui nas pratelei-ras. A fruta, que tem origem asiática, difundiu-se principalmente

em países como China e Japão. De lá se espalhou pelos quatro cantos do planeta e chegou no Brasil por volta de 1890, em São

Paulo. Mas foi só em 1920, com a imigração japonesa, que a cul-tura ganhou força por aqui. Hoje o cultivo concentra-se em São

Paulo, com 92% da produção total, com boa parte centralizada no sudoeste do Estado, pelos arredores do município de Itapeva,

distante cerca de 300 quilômetros da capital. A região é famosa por seu clima privilegiado – é um dos lugares mais frios do país, o que garante safra extensa e produto com mais cor e sabor. Para conferir tudo isso de perto, colocamos o pé na estrada rumo ao município de Taquarivaí, onde se localiza a Fazenda Três Pinheiros, referência no mercado de frutas há 40 anos.

TEMPORADA DE CAQUI DÁ COR E SABOR À NOVA ESTAÇÃO

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Quem administra essa gigantesca produção de frutas – além de caqui, cultivam abacate, ameixa, atemóia, maçã, nectarina, pêssego, kiwi, laranja e mexerica, é João Luiz Marques da Silva, diretor da empresa, que é sinônimo de tradição no setor. “É a quarta geração da família nesse mercado.” Somente para a estrela da estação, o caqui, são desti-nados 110 hectares, com 40 mil árvores e 5 mil toneladas da fruta ao ano. Durante a temporada, a produção gera de 15 a 100 toneladas por dia, que, no máximo 24 horas após a colheita, seguem para o Ceagesp, em São Paulo, e também para exportação, muito freqüente para a Europa. A safra vai de março a julho e prioriza quatro variedades da fruta: rama forte, fuyu, goimbo e kyoto (veja carac-terísticas no boxe).

Com as fotos dá para entender melhor: dois caquis de uma mesma árvore. Um é chocolate apenas em parte da fruta e o outro é chocolateem toda a fruta

Mas e o caqui chocolate?Se você também fez essa pergunta, vamos esclarecer essa dúvida. Ao con-trário do que muita gente pensa, caqui chocolate não é uma variedade. “Todo caqui pode ser chocolate”, diz João, diretor da Boa Estrela. Na verdade, para ser chamado de chocolate, o caqui de qualquer variedade precisa ter semente. Segundo João, é até complicado de entender porque não tem muita lógica, são coisas da natureza, já que em uma mesma árvore pode ter caqui com e sem semente. E a confusão não pára por aqui: em uma mesma fruta, uma parte pode ter sementes e em outra, não. O mais importante nesse assunto tão específico é que a presença de semente em qualquer variedade de caqui ajuda a fruta na liberação de tanino, substân-cia que confere aquele famoso sabor “que amarra” na boca. “Os que não têm sementes são submetidos a um proces-so pós-colheita chamado destanização”, completa João, que certifica que só a variedade kyoto é 100% chocolate.

Pra lá de bom...Histórias à parte, o melhor mesmo é levar o caqui para casa. A fruta, além de doce e saborosa, possui fósforo, vitamina A, C e complexo B e licopeno – pigmento vermelho importante na prevenção de câncer de próstata. É rico em fibras e ajuda no combate à anemia e problemas de estômago. E não é só a fruta que tem propriedades benéficas. O chá das folhas do caquizeiro tem efeito calmante. Ao comprar, prefira o caqui meio verde e embrulhe em folhas de jornal para ama–durecer. Observe bem se a fruta não está rachada, pois nesse caso o processo de deterioração é muito rápido. Se o caqui já estiver maduro, guarde na geladeira, dura cerca de uma semana e lave ape-nas na hora de consumir. E quem pensa que só dá para utilizá-lo in natura, vai se surpreender. Quatro receitas especiais mostram que a fruta vai muito bem na cozinha, seja em uma caipirinha, uma salada e, claro, uma tentadora sobreme-sa. Não deixe de provar!

Rama forte• mais encontrado no mercadoachatado, “molinho” e cor laranja vibrante

Variedades

Fuyu• é o maior entre todos os tipos• cor suave e sabor crocante

Giombo• tamanho médio, formato ovóide• Crocante e cor amarelada

Kyoto• tamanho médio, formato ovóide• crocante e cor avermelhada

João Luiz, diretorda Fazenda Três Pinheiros: de olho na safra

Fruta Boa EstrelaFazenda Três Pinheiroswww.fazendatrespinheiros.com.brtel. (11) 3834-1234 - (15) 3534-7207

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SALADA DE CAQUI PERFUMADA COM ÁGUA DE FLOR DE LARANJEIRA, FLAN CARAMELO

10 PORÇÕES1 litro | de leite50 g | de açúcar1 fava | de baunilha8 | ovos100 g | de açúcar para o caramelo10 | caquis descascados cortados em gomos200 g | de açúcar (para calda)500 ml | de água50 ml | de água de flor de laranjeira

1. Faça um caramelo claro com metade do açúcar. 2. Quando estiver na colora-ção de calda, junte um pouco de água fria para parar o cozimento. 3. Abra a baunilha pelo meio e ferva com o leite. Deixe 5 minutos. 4. Bata o açúcar com os ovos e misture aos poucos com o leite e o caramelo. Passe na peneira. 5. Encha as forminhas e cozinhe em banho-maria a 150°C. Cuidado: a água do banho-maria não pode ferver. Deixe resfriar. 6. Faça uma calda com o restante do açúcar e água. 7. Deixe esfriar e junte a água de flor de laranjeira. 8. Leve para gelar. 9.Marine os caquis nessa calda por 30 minutos. Sirva bem gelado.

Dica do chef: se desejar, substitua o flan por pudim de leite ou sorvete de caramelo.

Receita do chef Christophe BesseAll SeasonsAlameda Santos, 85, Paraíso Tel. 3177-0436, São Paulo, SP

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Modo de preparoSALADA DE CABRA COM CAQUI MARINADO E MINIAGRIÃO

4 PORÇÕES8 fatias | de queijo Sainte Maure de 5 mm de espessura8 fatias | de caqui maduro (mas firme, descascado de 7 mm de espessura)Glaçúcar a gosto4 folhas grandes | de manjericão4 bouquets | de miniagrião100 ml | de azeite extravirgemSal e pimenta-do-reino a gosto

1. Polvilhe os caquis com o glaçúcar, junte o manjericão e marine por duas horas em geladeira. 2. Tempere o agrião com azeite, sal e pimenta-do-reino.3. Coloque a fatia de caqui no meio das duas de queijo de cabra.

Montagem1. Sirva com torradas e manga cortada em brunoise. Combina como entrada ou como uma salada de queijo servida depois do prato principal ou para um coquetel.

Receita do chef Christophe BesseAll SeasonsAlameda Santos, 85, Paraíso, tel. 3177-0436, São Paulo, SP

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A Fazenda Palmares, em Porto Seguro, Sul da Bahia, é palco desde 1987 de uma

revolução no plantio de mamão. É lá que a Gonsalez Comércio de Frutas implantou o

projeto do Mamão Haway Sunrise, variedade que se destaca pelo sabor, qualidade, visual e

durabilidade. É por este motivo que a Gonsalez é a número 1, quando o assunto for mamão.

Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Vila LeopoldinaPav: HFD Box: 86 CEAGESPSão Paulo - SP 05316-900Tel: (11) 3643-7426 / Fax: [email protected] www.frutasgonsalez.com.br

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CAIPIRINHA DE CAQUI COM CAPIM-LIMÃO

1 PORÇÃO30 g | de caqui picado30 ml | de xarope de açúcar50 ml | de cachaça Brasil a Gosto40 g | de gelo2 tiras | de capim-limão

1. Macere o caqui com o xarope de açúcar. 2. Adicione o gelo picado e em seguida a cachaça. 3. Enfeite o copo com o capim-limão.

Receita do barman Alberto FerreiraRua Prof. Azevedo do Amaral, 70, Jardim Paulista, São Paulo, SP

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Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946Vila Leopoldina – Pav: MLPBox: 201 à 204 – CEAGESPSão Paulo - SP – 05314-000Tel: (11) 4656-2799 / 3643-9077vendas@jacareiagricultura.com.brwww.jacareiagricultura.com.br

A Jacareí Agricultura e Comercio é uma empresa conceituada no meio agrícola por sua alta eficiência no cultivo de hortaliças.

Em 35 anos, a família Lopes construiu uma estrutura respeitável, com 6

propriedades localizada em São Paulo (Aracilia, Igaratá, Jacareí, Jarinú, Santa

Isabel) e Andradas em Minas Gerais, responsáveis hoje pela produção diária de

mais de 120.000 unidades de alface.

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s primeiros registros de avocado – uma versão menor do abacate – na história apontam sua origem há milhares de anos no México, algumas regiões da América Central e norte dos Andes. Mas essa variedade de abacate só ganhou plantio em larga escala no início do século XX, depois que agricultores do estado americano da

Califórnia apostaram alto no seu cultivo. No Brasil chegou em 1975, através do engenheiro agrônomo Paulo Roberto Leite de Carvalho,

que desenvolveu projetos com a fruta no país. Depois de algumas expe-riências, lançou em 1996 o avocado no mercado nacional com sucesso. O produ-to leva o selo de sua propriedade, a Fazenda Jaguacy, localizada em Bauru, no interior de São Paulo. Em uma área de 650 hectares, destina exclusivamente 100 hectares para o avocado e totaliza colheita de 60 mil caixas ao ano.

E o investimento deu tão certo que a fruta conquistou o paladar dos consumido-res mais exigentes, graças ao sabor intenso e pura cremosidade. Segundo Hugo Delgado, do restaurante Obá, em São Paulo, o brasileiro está aprendendo a usar (e gostar) da fruta em receitas salgadas, já que por muito tempo muita gente só estava acostumada a provar a tradicional vitamina com leite. “É um ingrediente que tem textura, sabor, cor e perfume. É uma festa para os sentidos,” diz Hugo, gourmet de mão cheia, que especialmente para a Natural da Terra revela suas receitas preferidas com avocado. A primeira é a guacamole, um ícone da cozinha mexicana, feito com tomate, limão e cebola. Outra dica é investir em saladas, que preparou com laranja, manjericão e queijo de cabra.

Rico em vitaminasE não é só na cozinha que a fruta faz bonito. O avocado é uma poderosa fonte de saúde. É rico em minerais, vitaminas, proteínas, potássio e fibras e até já foi considerada por especialistas uma das mais nutritivas da natureza. Seu consu-mo é benéfico para o coração, envelhecimento, cãibras, impotência, equilibra o colesterol e combate os radicais livres.

Fazenda JaguacyTel. (14) 3288-9224www.jaguacy.com.br

AVOCADO É DELICIOSO NA COZINHAE AMIGO DA SAÚDEP O R L E T I C I A R O C H A

SALADA XIMENA

2 P O R Ç Õ E S

1 | avocado maduro 1 | laranja bem doce1 rodela | de queijo de cabra tipo SaintMaure Folhas de manjericão grandesAzeite de oliva extravirgem, vinagre balsâmico envelhecido, flor de sal, pimenta-do-reino moída na hora1 | baguete

Modo de preparo1. Descasque a laranja, separe os gomos cuidadosamente, e, com uma faca peque-na e afiada, tire a pele e as sementes de cada gomo. A receita precisa de 12 gomos de tamanho similar. Se faltarem gomos, pegue outra laranja. 2. Tire as folhas de manjericão dos galhos e escolha as 12 maiores. Deixe-as inteiras. Lave e seque-as com papel toalha. 3. Corte duas rodelas do queijo de cabra de mais ou menos 2 centímetros. 4. Corte seis fatias de 1,50 cm de baguete. 5. Corte o avocado na metade e separe as duas partes sem quebrar. Tire o caroço com cuidado. Corte cada metade em seis “gomos” e tire a pele.

Montagem1. Escolha servir em pratos grandes, fun-ciona bem com pratos brancos, mas fica lindo em pratos vermelhos, amarelos, pretos ou transparentes. 2. Coloque no centro de cada prato uma rodela de queijo de cabra. 3. Com o manjericão, a laranja e o avocado, faça um leque ao redor de 3/4 partes da circunferência do queijo de cabra com a ponta das folhas para o exte-rior do prato e alternando entre cada um dos ingredientes. 4. Tempere com fios de azeite e aceto balsâmico a gosto. 5. Dê um último toque com a flor de sal e a pimenta-do-reino. 6. Complete os leques com três fatias de baguete para cada prato.

Receitas de Hugo DelgadoRestaurante ObáTel. (11) 3086-4774

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produtos da estação | B GUACAMOLE DO HUGO4 P O R Ç Õ E S1 | avocado picado em cubos pequenos ou médios1 | tomate picado em cubos do mesmo tamanho do avocado1/2 | cebola picada em cubos (não tão pequenos, mas menores que os do tomate e do abacate)2 g | pimentas jalapeño verdes mexicanas ou dedo-de-moça ardidas finamente picadas 1 dente | de alho finamente picado30 folhas | de coentro picadas grosseiramente Suco de 1 limãoSal e pimenta a gosto

Modo de preparoMisture todos os ingredientes com um garfo e vá amassando o avocado até ficar uma pasta. A pasta não deve ficar uniforme, os ingredientes podem ficar em pedacinhos.

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radicional na mesa brasileira, a vagem é um tipo de feijão originário da América Central, que chegou à Europa no século XVI, de onde foi difundida pelo mundo. É aquele tipo de leguminosa que sempre deve estar presente em seu prato, pois é rica em fibras, possui grande quantidade de vitaminas A, C e do comple-xo B, fósforo, potássio, cálcio e ferro. Além de muito saudável, tem baixo valor calórico, com cerca de 36 calorias para cada 100 gramas.

Os tipos mais comuns são a manteiga, que é mais achatada e a macarrão, mais arredondada. Fique de olho quando for às compras. Para saber quais estão mais frescas, escolha vagens inteiras, tenras e com cor verde uniforme e brilhante. Nunca leve as que estiverem escuras nas extremidades e com sementes bem formadas, que indicam que o produto está passado – a vagem fresca tem semen-tes bem pequenas.

Se conservadas em geladeira no saco plástico duram até uma semana. Só lave na hora do preparo e, em seguida, corte as pontas e retire o fio das laterais. Para congelar, lave novamente, deixe-as inteiras ou corte-as em pedaços grandes. Faça o pré-cozimento em água fervente por 2 minutos ou no vapor por 3 minutos. Em seguida, coloque-as em água gelada pelo dobro do tempo utilizado no pré-cozimento. Escorra a água, seque as vagens com papel absorvente, coloque-as em uma bandeja ou em outra vasilha aberta e leve-as para congelar. Após esse congelamento, retire-as do freezer, coloque-as em saco plástico e leve novamen-te ao freezer. O tempo de congelamento possível é de 12 meses.

Para preservar todas as suas propriedades, cor, sabor e crocância, basta alguns minutos na panela. Para descongelar, use água fervente com sal ou utilize a vagem congelada diretamente na receita. Muita gente apenas utiliza a vagem em sopas e refogados, mas dá para usá-la em criações refinadas e cheias de estilo. É o que comprova experts da alta gastronomia como a chef Silvia Percussi, do conceituado restaurante Vinheria Percussi, que sugere o Tortino di fagiolini e pomodori, um tipo de torta italiana que leva vagem, ricota e creme de leite fresco. Já a chef Andrew Scott Bushed, do Centro de Gastronomia do Senac-SP, indica uma salada com vagem, feijão-fradinho e favas. Combinações inusitadas que aguçam o paladar!

RICA EM FIBRAS E VITAMINAS, A VAGEM ÉITEM OBRIGATÓRIO NA LISTA DE COMPRAS

P O R L E T Í C I A R O C H A SALADA DE FEIJÃO

8 P O R Ç Õ E S300 g | de vagem180 g| de feijão-fradinho150 g | de feijão raio de sol vermelhoou fava rojada1/2 | cebola120 g | de bacon 1 ramo | de hortelã4 unidades | de cebolinha60 ml | de vinagre de maçã80 ml | de azeite ou óleo de milho

Modo de preparo1. Deixe os feijões de molho de um dia para outro em recipientes separados. 2. Coe os feijões e cozinhe cada tipo em uma panela com água e sal até ficarem macios e sem desmanchar. Mantenha o mínimo de água possível, só para cobrir, pode acrescentar mais enquanto cozinha. 3. Limpe a vagem retirando as pontas, cozinhe rapidamente em bastante água fervendo com sal, cozi–nhe até ficar al dente, mas mole por dentro, logo depois de cocção dê choque térmico em água gelada. Corte as vagens em peda-ços de 2 centímetros. 4. Corte o bacon em cubos pequenos, frite até ficarem cro-cantes. Escorra o excesso de gordura. 5. Fatie a cebola fina e pique as ervas frescas.6. Misture todos os ingredientes e ajuste o tempero com sal.

Receita do chef Andrew Scott Bushed

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TORTINO DI FAGIOLINI E POMODORI8 P O R Ç Õ E S

Recheio300 g | de vagens finíssimas cozidas e firmes100 g | de ricota fresca100 g | de creme de leite fresco2 colheres (sopa) | de leite2 | ovosSal e pimenta-do-reino a gosto20 g | de parmesão ralado2 | tomates2 colheres (sopa) | de azeite

Massa300 g | de farinha de trigo160 ml | de leite1 colher (sopa) | de fermento seco4 colheres (sopa) | de azeite1 colher (chá) | de açúcarSal a gosto

Modo de preparoRecheio 1. Em uma vasilha, coloque as vagens cortadas em rodelinhas. 2. Junte o leite, a ricota, o creme de leite, os ovos, o par-mesão, o sal e a pimenta. Mexa bem.

Massa1. Misture a farinha de trigo com o leite, o azeite, o açúcar, o sal e, por último, o fermento. Misture até obter uma massa homogênea.

Montagem Abra a massa e coloque-a em uma assa-deira untada com azeite, distribua sobre a massa as vagens cortadas e os tomates cortados em rodelas. Asse em forno preaquecido a 190º C durante 30 minutos.

Receita da chef Silvia PercussiVinheria PercussiTel. 3088-4920

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ERVAS AROMÁTICAS SÃO TÃO PODEROSAS EM SABOR QUE PODEM DECRETAR A EXCELÊNCIA OU AS CRÍTICAS A QUALQUER RECEITA

lecrim, manjericão e sálvia, apenas para ficar em alguns exemplos, são ervas obrigatórias na cozi-nha de todo gourmet. Potentes e aromáticas, elas possuem o dom de definir o futuro de um prato. Usadas com parcimônia, comple-tam e enriquecem qualquer pre-

paração. Em excesso, podem dominar os outros ingredientes e arruinar toda a receita. Testar sempre é a solução. A seguir, listamos as principais, seus usos e virtudes.

AlecrimDo árabe, al-iklil, veio a denominação alecrim (Rosmarinus officinali, nome científico) dessa planta cheirosa que cresce em solos rochosos, geralmen-te próximos ao mar, daí o nome latino ros marinus, que significa “o orva-lho que vem do mar”. Originária do Mediterrâneo, essa planta que cresce forte e robusta, possui folhas pontia-gudas verde-escuras, e em tempos de florescência ganha miniflores bran-cas, azuis ou lilás. De sabor pungente e dominante, o alecrim, também cha-mado de rosmarinho ou rosmaninho, é uma erva que tempera bem carnes (porco, cordeiro e caças), aves em geral, sopas e cozidos. Apesar da clássica mistura de alecrim seco com tomilho e outras ervas do Mediterrâneo, mais conhecido como ervas da Provença (herbes de Provence), geralmente deve ser usado sozinho para não roubar o sabor de outras ervas. Sua combina-ção com carnes grelhadas e assados e com batatas é perfeita.

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produtos da estação | B

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produtos da estação | B

SálviaForte e com muito sabor, a sál-via deve ser usada sozinha e com parcimônia, para que não roube o sabor dos demais ingredientes. Nascida de um arbusto pequeno e cheiroso, é uma erva originária do Mediterrâneo. Os gregos e romanos a consideravam uma erva sagrada. Já os chineses a apreciam como chá. Na culinária, a sálvia tem inú-meras utilidades. É excelente para temperar embutidos e dá um sabor delicioso a omeletes e queijos. Vai bem com carnes e massas e con-fere um toque especial ao purê de maçã. A erva tem propriedades tônicas e estimulantes e ajudam na digestão.

ManjericãoDe folhas verdes, de tamanhos variados, com pequenas flores brancas, o manjericão está entre as ervas mais sensíveis e frágeis, e jamais é confundido devido ao seu aroma que reina absoluto. A planta que leva o nome científico Ocimum basilicum é originária da Índia e possui repu-tação sagrada em vários países, inclusive no de origem. É muito comum encontrar manjericão plantado em volta de templos hindus. Acredita-se que traz boa sorte. Diversos tipos de manjericão crescem em diferentes regiões do mundo e cada um possui características próprias, alguns mais aromáticos e outros mais saborosos. Além do uso medicinal -- indicado para tratamento de enxaquecas, tensão nervosa e insônia, por possuir propriedades desinfetantes -- é na cozinha que seu frescor exala com mais força. Como o seu óleo essencial é muito volátil e evapora rapidamente quando submetido ao calor, a erva fresca só deve ser adicionada ao final das preparações, depois de terminado o cozimento, ou em pratos frios, para não sofrer danos. Muitos dos usos do manjericão se deve à culinária italiana, talvez por causa da sua afinidade com o tomate, que faz com ele saborosos molhos frescos. Pode ser também utilizado em temperos de saladas, sopas e como decoração de pratos.O ingrediente fresco ganha enorme destaque na região da Ligúria, com o famoso pesto genovês. Esse molho para massas é feito com grandes quan-tidades de folhas de manjericão, pinolis (ou nozes), óleo de oliva e queijo parmesão e pecorino. O resultado é um molho saborosíssimo e igualmente perfumado, que tanto pode ser servido com espaguete ou gnocchi, ou se presta para dar um toque perfumado em sopas, ou mesmo condimentar torrada. Na França, o pistou, semelhante ao pesto, é usado para incremen-tar sopas, mas não leva pinolis na receita.

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HortelãPode ser usada em temperos, em chás, e em algumas bebidas alcoólicas. Como medicamento, geralmente aproveitado na forma de chá, facilita a digestão e impe-de a formação de mucos, alivia cólicas de estômago e possui efeito calmante. Na culinária, combina com toma-te, pepino, iogurte e abobrinha. É largamente consumida pelos árabes, que a utilizam seca ou fresca, misturada com coalhada seca e azeite, em pratos quentes e como ingrediente de chás quentes ou gelados. Na Índia, suas folhas frescas são utilizadas em chutneys para acompa-nhar os curries (ensopados). Vai bem com couscous mar-roquino e na forma de geléia é o par clássico com a carne de cordeiro. No preparo de drinques tem efeito refrescante como é o caso do famoso Mojito, de origem cubana, que ficou imortalizado através do escritor Ernest Heminguay, que sorvia vários em um de seus bares favoritos, o La Bodeguita, em Havana.

OréganoQuase sempre associado a pizzas, molho de tomate e temperos de sala-da, o orégano é uma erva perene de sabor inesquecível. A planta, que chega a quase 40 cm de altura, possui diversas florzinhas de cores múltiplas, e freqüentemente é confundida com a manjerona, mas suas folhas são mais aveludadas e seu sabor se aproxima mais ao do tomilho. Antes de ser apro-priado pela cozinha italiana, o orégano era amplamente utilizado pelos gregos, que temperavam carnes e também aromatizavam vinhos. De nome cien-tífico Origanum vulgare, a versão da erva seca conserva o perfume e quase todo o frescor do orégano fresco, um pouco mais difícil de se encontrar. E, quando colocado nas preparações, suporta tempo mais longo de cozi-mento, sem perder suas propriedades. É difícil imaginar receitas à parmiggia-na sem seu sabor marcante. Seco ou fresco é ideal para temperar saladas, molhos de tomate, azeitonas, queijos frescos e mussarela, carnes e marina-das. O chá de orégano é indicado para enjôos do mar.

SalsaPlanta herbácea que alcança 15 cm de altura e possui talos floríferos que podem chegar a exceder 60 cm com pequenas flores ver-des amareladas. O cultivo da salsa faz-se há mais de 300 anos, sendo uma das plantas aromáticas mais populares da gastronomia mundial. As folhas de todos os tipos de salsa são ricas em vitaminas A, B1, B2, C e D, isso se consumidas cruas, já que o cozimento elimina parte dos seus componentes vita-mínicos. A reprodução é feita por sementes, num local ensolarado e em solo que não seja demasiado compacto. Também pode ser cul-tivada em vasos fundos em uma janela enso-larada. As folhas frescas e tenras da salsa, simplesmente cortadas, são ideais para tem-perar quase todos os tipos de prato.

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tentações

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OBJETOS DE DESEJOPARA CANDIDATOS A CHEF OU GOURMET

P O R C R I S T I N A E S Q U I L A N T E

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no interior do freezer. Nas grandes redes, com preço sob consulta.

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Para preparar com maestria a paella (veja receita na página 54) usar a panela correta é fundamental. Nossa dica é o modelo da linha profissional da Multiflon, com antiaderente. Tem 36 cm de diâmetro.

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antigamente a ânfora era utilizada para tranportar os

melhores vinhos e azeites.

hoje fazemos issopara você.

azeite de oliva, vinhos e longevidade

Para se obter um azeite de qualidade, é necessário escolher entre os 600 ti-pos de azeitonas existen-tes no mundo uma combi-nação perfeita para extrair o seu mais puro sabor e aroma. Em um azeite extra virgem a aci-dez não pode superar 0,8%, acima disso já é considerado azeite vir-gem comum. Mas isso não é o mais importante. O índice de polifenóis e a colheita dos frutos em perfei-to estado de amadurecimento, são uns dos fatores que determina a qualidade de um azeite.

“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente...ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama

da vida que se apaga. Se você bebe moderada-mente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o

mais doce orvalho da manhã. Assim, então, o

vinho não viola a razão, mas sim nos convida gen-

tilmente à uma agradável ale-gria.”Sócrates

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40NATU RAL DA TERRA 41

setor |

A NOVA LOJA DO NATURAL DA TERRA, NO BAIRRO DO BROOKLIN, É UMA VERDADEIRA TENTAÇÃO PARA QUEM GOSTA DE COMER BEMP O R H O R S T K I S S M A N N | F O T O S G U I L H E R M E A N D R A D E - TA D E U B R U N E L L I

oderno e atraente, o novo espaço fo i pensado para facilitar o dia-a-dia das pes-soas. Onde você encontrará produtos semi-acaba dos que ficam prontos em ins-tantes. Por outro lado, os

clientes gourmet, que têm prazer em escolher um a um os melhores ingredientes que fazem parte de suas fabulosas receitas, também estão atendidos de maneira per-sonalizada, graças a uma treina-da equipe que está à sua inteira disposição.

Além disso, conta com amplo estacionamento gratuíto e com manobristas. Veja algumas das especialidades dessa superloja.

Cozinha orientalPara os amantes da saudável culiná-ria oriental, foi criado um sushi-bar, com o mesmo padrão de qualidade encontrado na peixaria da loja. O cardápio é farto. Os peixes são fres-quíssimos. Sushis e sashimis podem ser degustados em pares ou nos combinados onde são apresentados com grande variedade. Uma novida-de é o cardápio com pratos quentes, com estrelas como o filé de salmão ao molho de maracujá. Funciona de segunda-feira a domingo, das 11h00 às 21h30.

Experimente os combinados

com sushis e sashimis

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LancheteriaEntre uma comprinha e outra, nada melhor que alguns minutos de des-canso para um gostoso lanche. Em sua próxima visita ao Natural da Terra, não deixe de conhecer nossa lanche-teria. Boas opções de almoço são as saladas, que podem ser acompanha-das por grelhados. O lanche da tarde não foi esquecido, escolha entre sal-gados, lanches naturais ou light, san-duíches, pastéis, e nosso saboroso beirute. Funciona de segunda-feira a domingo, das 7h30 às 21h30.

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PadariaAqui, fazemos questão de dificultar sua escolha. Um pão é mais delicioso que o outro! A minirrosca de torresmo é uma sensação. O mini-dog americano é envolto em uma crocante fatia de bacon; outra novidade são as pequenas cia-batas recheadas com presunto e queijo, romeu-e-julieta, doce de leite ou queijo. O petit-four é oferecido nas versões doce e salgada, sem falar nos tradicionais pães de metro que podem ser encomendados com um dia de antecedência.

Pães sempre fresquinhos a

toda hora

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setor |

PeixariaOs peixes vêm de várias par-tes do país e são transpor-tados de avião, para garantir o maior f rescor e seguran-ça para nossos c l ientes . A var iedade é grande: badejo, pescada , namorado , a tum, salmão, sempre oferecidos e m d i v e r s o s c o r t e s . B o a s opções são f rutos do mar : camarão, polvo, lu la , mexi-lhão, carne de sir i , vôngole, todos monitorados por uma equipe de nutricionistas.

AçougueCortes especiais das melhores marcas são um con-vite para um churrasco perfeito. Lingüiças variadas agradam a todos os gostos. Uma das preciosidades são as da marca Ceratti. Carnes exóticas, como javali e cordeiro, também são destaques do setor.

Cuidado máximo nos pescados e

frutos do mar

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FrutasLindas, saborosas e suculentas, são destaque em toda a rede. As frutas t rop ica is chegam de vários estados brasileiros, sempre embaladas com todo o cuidado para que conservem seu frescor. As importadas não deixam por menos. Experimente a tangerina espanhola. Se você gosta de novidades, não deixe de conhecer nossa seção de frutas exóticas, trazidas de todo o mundo. Agora, por exemplo, é hora de se esbaldar com as variedades de caqui.

Todas nossas frutas são selecionadas, é impossível

escolher uma só

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setor |

VegetaisAs prateleiras são a extensão das hortas no campo, abasteci-das diariamente com produtos frescos que são hig ienizados e embalados cuidadosamente. Ve r d u r a s h i d r o p ô n i c a s , p r o -d u t o s o r i e n t a i s , c o g u m e l o s , palmito pupunha e dezenas de e r va s , p i m e n t a s e t e m p e r o s prometem realçar o dia-a-dia da sua cozinha.

O frescor da horta em sua casa

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FOTO

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páscoa | B

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páscoa | B

história é antiga, e a versão oficial todo mundo aprende desde pequeno, mas é sempre bom lembrar que a Páscoa celebra a res-

surreição de Cristo que, depois de morrer na cruz, teve seu corpo colo-cado em um sepulcro, onde permaneceu até sua ressurreição, quando

seu espírito e corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias. Assim, através dos séculos, todos os homens prepa-

ram-se para, nesta época do ano, universalmente render homenagem à ressur-reição da vida.

A maioria das tradições do feriado religioso da Páscoa está contida nos rituais pagãos, o que gerou grande variedade de lendas, ícones, símbolos e costumes, que passaram a fazer parte da celebração. O Domingo de Páscoa, por exemplo, é marcado pela alegria em reunir a família e também pela presença do chocolate que assume o formato de ovo de Páscoa, aparecendo sob vários tamanhos e cores. No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam-na festa de Pascua; os italianos Pasqua; e os franceses Pâques. A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, com os ovos pintados com cores brilhantes, que repre-sentam a luz solar.

Páscoa cristã e judaica Os dois povos comemoram a data de maneira distinta. Os judeus celebram a liber-

tação do povo hebreu por Moisés na passagem pelo Mar Vermelho, enquanto a Cristã comemora a libertação de Cristo pela sua ressurreição. Embora sejam distintas em sua essência, ambas abordam o mesmo tema da libertação.

A festa de Páscoa tem origem numa tradição judaica, muito antes da vinda de Cristo. Essa festa recordava momentos significativos do povo hebreu ( judeu). Inicialmente, começou com a cerimônia das primícias, quando se apresentava a Deus o primeiro feixe da colheita. Um outro momento a ser lembrado era o do ritual da imolação do cordeiro e a atitude de comer pães ázimos, que recordava o grande acontecimento da libertação do Egito e da aliança no Sinai, bem como a entrada na Terra Prometida.

Para os judeus ela é celebrada no primeiro dia de lua cheia do primeiro mês do início da primavera e dura sete dias, sendo uma festa tipicamente familiar. Um dia

É HORA DA CELEBRAÇÃO UNIVERSAL, NAQUAL OS HOMENS INDEPENDENTEMENTEDE CREDO E ORIGEM, COMEMORAM ELOUVAM O PRÓPRIO FENÔMENO DA VIDA

P O R R E G I N A L D O M E L O

SALMÃO SOBRE GAZPACHO DE AMÊNDOAS

4 P O R Ç Õ E S4 postas | de salmão de 150 g cada uma120 g de | salmão defumado fatiado50 g | de amêndoas sem pele2 dentes | de alhoAzeite extravirgem a gosto50 ml | de vinagre de champanhe ou vinho branco30 g | de ovas de salmão2 fatias | de pão de fôrma sem casca

Modo de preparoGazpacho1. Coloque as amêndoas em uma panela e cubra com água. 2. Levante fervura e cozinhe em fogo baixo por 5 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar totalmente. 3. Coloque as amêndoas com a água no li–quidificador. Acrescente os dentes de alho e as fatias de pão e ligue o liquidificador. 4. Com liquidificador ainda ligado acres-cente o vinagre e em seguida o azeite aos poucos. 5. Bata até obter um creme bem liso; acrescente mais água se necessário. Tempere com sal e pimenta e reserve.Salmão1. Tempere cada posta de salmão com sal e pimenta. 2. Em uma frigideira antiaderen–te aquecida, derrame um fio de azeite. 3.Coloque o salmão, grelhe somente de um lado deixando o outro lado cru. Retire e resfrie. 4. Enrole cada posta em fatias de salmão defumado e reserve.Montagem1. Em um prato espalhe uma porção do gaz-pacho de amêndoas e sobre ela o salmão semigrelhado. 2. Distribua as ovas sobre o gazpacho desenhando um círculo em volta do peixe.

Receita do personal chef João BeleziaTel. 5183-7159

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SÍMBOLOS DA PÁSCOAOvo de Páscoa – Simboliza o nascimento de Jesus. Em diversas culturas também simboliza o começo do universo. A pintura dos ovos representa as cores trazidas pelo sol na primavera. A tradição dos ovos decorados chegou à Europa na Idade Média, levada pelos cruzados. Era prática comum entre egípcios, persas, fenícios, gregos e romanos. Hoje em dia, claro, os de chocolate são muito mais populares.Coelhinho de Páscoa – Entre os povos da Antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época em que o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho repre-sentava o nascimento e a esperança de novas vidas. Tanto no significado judeu quanto no cristão, essa data se relaciona com a esperança de uma vida nova. O coelho de Páscoa foi trazido à América por imigrantes alemães em meados de 1700. Segundo a tradição, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa.Cordeiro – Simboliza Cristo, que é o cordeiro que se sacrificou em favor de todo o rebanho.Círio – É a grande vela que se acende na Aleluia. Significa Cristo, a luz dos povos. As letras alfa e ômega gravadas querem dizer Deus é o princípio. Colomba Pascal – O bolo em forma de “pomba da paz” significa a vinda do Espírito Santo. Diz a tradição que essa lenda surgiu em vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei Lombardo Albuino com a gulo-seima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.

antes da celebração faz-se uma profunda limpeza da casa, procurando não deixar nada de fermentado. As novas gerações aprendem que só é permitido comer pães ázimos – feito apenas de farinha e água, assado antes que a massa fermente –, que relembra aos judeus a pressa que seus antepassados tiveram de ter, em sua saída do Egito. No pôr-do-sol do primeiro dia tem início a festa que consiste numa ceia cha-mada Seder, palavra que significa ordem. A cerimônia do Seder começa com a benção do vinho ou kidush, que se bebe enquanto uma criança faz perguntas rituais sobre o sentido do pessach. As respostas são dadas pelo chefe da família enquanto são colocados alimentos na mesa: pão ázimo, as ervas amargas, o cordeiro assado e um ovo que representa a destruição do templo de Jerusalém. Na refeição são tomadas quatro taças de vinho. Depois disso as crianças procuram a sobremesa, que é escondida pelo pai no início da cerimônia. O doce é distribuído para os presentes na celebração, que depois não poderão comer nada de sólido até o fim da noite. Em segui-da vem a benção de Ação de Graças. No final da celebração do Seder é apresentado uma série de canções e melodias.

Ovos pintados à mão, verdadeiras obras de arte

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páscoa | BO maravilhoso chocolateForam os gregos que deram nome ao chocolate de “alimento dos deuses”. Theobrama Cacao é o nome científico dessa gostosura. Mas a história começou foi com os maias e os astecas, na época considerado sagrado por essas duas civi-lizações, tal qual o ouro. Vale lembrar que o chocolate foi consu-mido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida. Acreditava-se que ele possuía poderes afrodisíacos. Foi até considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano, e os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía. Já no século XX, os bombons e os ovos de Páscoa são criados como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. Além de ser altamente nutritivo, é rico complemento e repositor de energia.

TRADIÇÕES PELO MUNDO Canadá – As crianças acreditam que o coelho de Páscoa lhe trará ovos coloridos. Alemanha e Áustria – Ovos coloridos de verde são muito usados. Na quinta-feira santa, povos eslavos decoravam seus ovos em padrões especiais de ouro e prata, artistas austríacos desenhavam padrões aplicando plantas novas e pequenas em volta dos ovos, que eram então cozidos. No Brasil e América Latina o mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. E, claro, ficarem esperando o coelho passar e deixar seus ovos. Muitos pais costumam fazer marcas de patinhas com talco. Armênios – Costumam decorar os ovos vazios com imagens de Cristo, da Virgem Maria e de outras figuras religiosas. China – Celebram o Ching-Ming, durante a festa os devotos visitam os túmulos dos seus ancestrais e fazem oferendas, como refeições e doces. Índia – Segue a religião hindu, promove o festival Holi, para lembrar como o Deus Krishna apareceu. Espanha – As pessoas reúnem-se no sábado de Aleluia para queimar um boneco que simboliza Judas. Bulgária – Pintam-se ovos cozidos e após a missa fazem-se pães pascais chamados kolache ou kozumak. Os pães e ovos são abençoados e dados aos amigos turcos da família: padrinhos, madrinhas, pais e, após o almoço de Páscoa, cada pessoa pega seu ovo e bate nos ovos dos outros, quem ficar com o ovo inteiro terá um ano recheado de sorte. Suécia – Faz lembrar o Halloween americano. As crianças vestem-se de bruxos e feiticeiros, visitam os amigos e vizinhos, deixando um cartão decorado, na expectativa de um doce ou até dinheiro.

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ROBALO GRELHADO SOBRE BERINJELA AO FORNO, LEITE DE COCO E PEQUI 1 P O R Ç Ã O1 posta de | robalo de 80 g1 fatia grossa (2 dedos de altura) | de berinjela200 ml | de leite de coco30 g | de polpa de pequiSal, pimenta-do-reino e pimenta-da-jamaica a gosto100 ml | de caldo de peixe30 g | de tapioca (se necessário)

Modo de preparo1. Dilua a polpa de pequi no caldo de peixe e tempere com sal e as pimentas moídas juntas. 2. Esquente o caldo em fogo baixo até levantar fervura. Avalie a espessura: se necessário, engrosse o caldo com a tapioca. 3. Reduza a 1/4 do volume o leite de coco e tempere com sal e pimentas. 4.Grelhe a berinjela em azeite, cubra com papel-alumínio e leve ao forno (180ºC) por aproximadamente 10 minutos. 5. Grelhe o peixe, já temperado com sal e pimenta no azeite e leve ao forno, separadamente, por 10 minutos. Montagem1. Disponha o leite de coco no prato. Coloque a berinjela ao centro, o robalo sobre ela e, com o pequi, “risque” o prato sem exagerar (o pequi é muito forte).

Receita do chef Píer Paolo PicchiTel. 4612-1110

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BACALHAU COM TORRADAS E ASPARGOS 8 P O R Ç Õ E S2 kg de | lombo de bacalhau, deixado de molho por 24 a 72 horas, na geladeira, trocando a água três vezes ao dia500 g | de aspargos frescos, cozidos no vapor al dente2 xícaras | de vinho branco seco6 dentes | de alho inteiros1/2 litro | de azeite1 filão de | pão italiano cortado em fatias de 1 cm de espessura

Molho1 maço de | salsinha (só as folhas)1 xícara de | azeitonas verdes, sem caroço1 xícara de | azeite1 colher (sopa) | de vinagre de maçãSal e pimenta rosa a gosto

Modo de preparo1. Retire o bacalhau da água e tire a pele e os espinhos (se desejar congelar, enxugue as postas com papel-toalha e guarde em sacos plásticos, próprios para congelamento, por até 1 mês. Na hora de usar, deixe de um dia para o outro na geladeira). Corte o bacalhau em postas grandes e passe pela água fervente por 1 minuto. Escorra e arrume em uma assadeira grande. 2. Pincele as fatias de pão com azeite e leve ao forno quente (200°C), preaquecido por 5 a 10 minutos ou até dourar ligeiramente. 3. Corte os aspargos em pedaços grandes e coloque na assadeira do bacalhau, adicione o alho, o vinho, algumas torradas e metade do azeite. 4. Leve ao forno por 25 a 40 minutos ou até o bacalhau ficar quente e borbulhar.

Molho1. Enquanto o bacalhau assa, misture todos os ingredientes, exceto o sal e a pimenta rosa e bata rapidamente no processador. Verifique o tempero e, se necessário, acrescente sal. Sirva o bacalhau em uma travessa com as torradas de pão e regue com mais azeite e com uma parte do molho. Decore com pimenta rosa e alguns aspargos inteiros e sirva o restante do molho à parte. Se achar necessário um acompanhamento, prepare um purê de batatas e leve ao forno. Pode ser servido quente ou em temperatura ambiente.

Receita da foodstylist Fabiana Badra Eid

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passo a passo | F

O PRATO ESPANHOL QUE REÚNE AMIGOS EM VOLTA DE MESAS NOS QUATRO CANTOS DA TERRA. APRENDA,

PASSO-A-PASSO, COMO PREPARAR ESSA MARAVILHA

P O R H O R S T K I S S M A N N F O T O S P A U L O M E R C A D A N T E

lguns pratos além dos aromas e sabores pos-suem o dom de serem feitos para compar-tilhar, confraternizar

com amigos à mesa. Surgida na região de Valência na Espanha, a paella é uma dessas maravilhas. Intimamente ligada às atividades do campo, quando grupos de trabalhadores rurais levavam para suas refeições o arroz, óleo de oliva, sal, além, é claro, a típica panela rasa e larga que possibilita o cozimento por igual, chamada paella (em Valência) ou paellera.

A praticidade do preparo fez com que o prato acabasse tornando-se popu-lar e itinerante. Carnes de caça como a de coelho, bovina, pato, ou mesmo a suína (que passou a incorporar o prato somente após judeus e árabes deixarem a Península Ibérica), começaram a ser utilizadas nos preparos, gerando varia-ções de acordo com a região de onde era preparada. Com o passar do tempo,

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o prato conquistou também o rico litoral espanhol, passando assim a incorporar frutos do mar como peixes, camarões, mexilhões, polvo, lulas, lagostim, geran-do assim a paella marinheira.

Levado pelos fenícios à Espanha, um ingrediente de fundamental importân-cia para mais cor e aroma é o açafrão – uma das especiarias mais caras do mundo. Trata-se do estigma de uma flor que é extraída manualmente: são necessárias mais de 150 mil flores para que se obtenha um quilo dessa iguaria.

O restaurante Toro, em São Paulo, desde sua inauguração prima pelo bom gosto, excelente serviço e cozinha campeã. Comandado pelos descen-destes de espanhol Daniela Hispagnol e os irmãos Tomás e Pilar Lorente, têm como chef o madrilenho Julian Gil, que preparou o prato especialmente para esta edição do Natural da Terra e reve-lou os segredos de sua festejada paella. Agora, é com você, reúna os amigos e prepare essa maravilha.

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Coloque o azeite numa paellera para 4 pessoas e leve ao fogo alto para aquecer.

Acrescente o robalo e as lulas e refogue até que fiquem dourados.

Junte o molho de tomate, espalhe e misture.

Acrescente o arroz. Adicione a picada.

1PAELLA MARINHEIRA4 P O R Ç Õ E S12 | camarões grandes8 | mexilhões com casca600 ml | de caldo de peixe*100 g | de ervilhas frescas200 g | de lulas cortadas em anéis300 g | de arroz arbório300 g | de robalo limpo em cubos120 ml | de molho de tomate, de preferência feito em casa2 colheres (sopa) | de azeite2 colheres (sopa) | de picada*

Modo de preparoNuma panela, ferva o caldo de peixe com o sal a gosto e reserve aquecido. 1. Coloque o azeite numa paellera para 4 pessoas e leve ao fogo alto para aquecer.2. Acrescente o robalo e as lulas e refogue até que fiquem dourados. 3. Junte o molho de tomate e misture.4. Acrescente o arroz. 5. Adicione a picada 6. Coloque o caldo de peixe e deixe em fogo alto por mais 10 minutos.7. Espalhe as ervilhas frescas e o sal. 8. Acrescente os camarões. 9. Disponha os mexilhões. 10. Leve ao forno por mais 15 minutos a 180ºC. Retire do forno, deixe repousar por mais 5 minutos e sirva.

Os segredos do chef:* Caldo de peixeColoque em uma panela: cebola, alho-poró, salsão e cenoura. Adicione somente a espinha de algum peixe branco e deixe ferver por 20 minutos. Coe e reserve.

* PicadaCom um pouco de água, bata no liquidificador açafrão, amêndoas fritas e alho frito.

Receita do chef Julian Gil, do Toro RestauranteRua Joaquim Antunes, 224Tel: 3085-8485, São Paulo, SP

Coloque o caldo de peixe e deixe em fogo alto por mais 10 minutos.

7 8Espalhe as ervilhas frescas e o sal. Acrescente os camarões.

9Disponha os mexilhões.

10Leve ao forno por mais 15 minutos a 180ºC. Retire do forno, deixe repousar por mais 5 minutos e sirva.

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ão dá nem para imaginar Páscoa sem chocolate. Para muita gente, principalmente para os chocólatras, é a época do ano mais espera-da. Mas tanto fascínio parece ter ao menos uma explicação. O nome científico do chocolate, Theobroma cacao, deriva do grego e traduz-se “alimento dos deuses”. E já que temos o pretexto dessa data festi-

va, que tal entrar na cozinha e investir em sobremesas especiais? Confira nosso manu-al do chocolate – história, dicas, tipos e receitas. Depois é só aguardar os aplausos.

Tipos de chocolateSem leite: pode ser amargo ou meio amargo (contém açúcar) e são os mais usados nas receitas.Ao leite: leite em pó ou condensado substituem uma parte da massa de cacau, é mais sensível ao calor, o que torna mais difícil o manuseio na cozinha.Em pó: existe o tipo alcalinizado, o mais suave, e o não alcalinizado. Ambos são muito utilizados para culinária. Mas fique atento e não confunda com os achocolatados, que possuem muito menos massa de cacau.

APROVEITE A PÁSCOA PARA ABUSAR DOCHOCOLATE SEM CULPA

P O R L E T Í C I A R O C H A

BRIGADEIRO

1 lata | de leite condensado50 g | de manteiga2 colheres (sopa) | de chocolate em póChocolate granulado a gosto

Copinho350 g | de chocolate ao leite picado

Modo de preparoBrigadeiro1. Adicione todos os ingredientes em uma panela. 2. Mexa sem parar. 3. Fique atento para não deixar chegar ao ponto de brigadeiro e enrolar, pois o segredo é ficar molinho.

Copinho 1. Derreta o chocolate ao leite picado em banho-maria ou no microondas. 2. Tempere o chocolate dando um choque térmico, que pode ser em uma vasilha com gelo ou no mármore. 3. Coloque em copinhos de café descartável ou em forminhas de brigadeiro. 4. Deixe esfriar na geladeira por 20 minutos.

Montagem1. Desenforme os copinhos e recheie com o brigadeiro. 2. Cubra com chocolate granulado.

La Vie en DouceTel. 3088-7172

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Segredos de uma expertRenata Arassiro é chef-chocolatière e foi eleita Embaixadora do Chocolate no Brasil, pela Callebaut, marca belga que é referência no assunto. Ela é que nos conta os man-damentos para trabalhar o chocolate com sucesso.

Compre um produto de qualidade. Tal fato é vital para um chocolate com brilho e ainda evita bolhas e manchas.

Sempre use utensílios de inox ou vidro temperado. O alumínio dá aspecto acin-zentado, principalmente com chocolate branco.

Opte por trabalhar em ambiente refrigerado em torno de 18º a 20 ºC. Use luvas de látex ou algodão, pois a temperatura das mãos faz o chocolate começar a derreter.

Antes de picar ou ralar o chocolate, confira se está bem firme. Se necessário, deixe-o na geladeira por alguns minutos antes de utilizar. Jamais coloque-o para derreter diretamente no fogo, utilize o microondas em banho-maria.

Nunca use ventilador para acelerar o resfriamento do ingrediente, isso provoca manchas, perde brilho e com aspecto de opaco.

Fique de olho ao tempo de forno, para que não passe do ponto, fique assada demais, perdendo textura e sabor.

Calma e paciência são palavras de ordem para obter sucesso com receitas de chocolate.

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cozinha fácil | TORTA DE BANANA E CHOCOLATE

4 P O R Ç Õ E SMassa doce150 g | massa doce150 g | de açúcar1 1/2 | ovos325 g | de farinha de trigo75 g | de amêndoas em pó175 g | manteigaCreme de amêndoas100 g | manteiga100 g | de açúcar1 1/2 | ovos100 g | de amêndoas em pó2 ml | de extrato de amêndoas amargaGanache175 g | creme de leite200 g | chocolate ao leite picadoRecheio2 | bananas-nanica1 pitada | de canela em pó1 pitada | de pimenta Jamaica15 g | de açúcar

Modo de preparoMassa doce1. Adicione primeiro a manteiga e o açúcar, depois os ovos e a farinha de trigo e por último a amêndoa em pó. 2. Deixe gelar por 30 minutos. 3. Abra a massa, coloque em uma fôrma com diâmetro de 7 cm. Creme de amêndoas1. Bata a manteiga com o açúcar, os ovos, aamêndoa em pó e o extrato. 2. Coloque o creme de amêndoas sobre a massa doce e asse a 180ºC por 10 minutos e deixe esfriar.Ganache1. Ferva o creme de leite e despeje sobre o chocolate ao leite picado. 2. Deixe gelar por 2 horas.Recheio1. Corte as bananas em rodelas. 2. Salteie na manteiga. 3. Adicione açúcar e as especiarias. Finalização1. Coloque a banana na torta e cubra com a ganache.2. Decore com uma rodela de banana caramelada no açúcar e chocolate.

Receita da chef Mariana HatanakaLa ToqueTel. 3845-2020

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Receita da foodstylist Fabiana Badra Eid

TORTA DE CHOCOLATE COM RECHEIO DE PECÃS8 PORÇÕESMassa1 1/ 4 xícara (chá) | de farinha de trigo2 colheres (sopa) | de cacau em pó6 colheres (sopa) | de manteiga gelada3 | gemas grandes1/ 3 de xícara (chá) | de açúcar1 pitada | de sal

Recheio2/ 3 de xícara (chá) | de açúcar1 xícara de (chá) | glucose de milho (Karo)100 g | de chocolate meio amargo cortado em pedaços 2 colheres (sopa) | de manteiga3 | ovos1 1/2 | de metades de nozes pecãs1/2 colher (chá) | de essência de baunilha

Modo de preparoMassa1. Em uma tigela, peneire a farinha e o cacau. Em outra tigela, adicione os ingredientes restantes e misture com um garfo. Acrescente a mistura de cacau e com as mãos, mexa até formar grumos pequenos. Coloque sobre uma superfície lisa e trabalhe a massa por 1 minuto. Forme uma bola, achate e enrole em filme plástico. Leve para gelar por 30 minutos. Recheio1. Em uma panela, misture o açúcar e o Karo e leve ao fogo moderado, mexendo somente até dissolver o açúcar. Deixe ferver e abaixe o fogo. Cozinhe por 2 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar. Derreta a metade do chocolate em banho-maria com a manteiga. Reserve.Abra a massa sobre uma superfície ligeiramente enfari–nhada, em uma circunferência grande, com espessura de 3 mm. Forre uma fôrma baixa, com fundo removível, de 26 cm de diâmetro, untada levemente com manteiga. Aperte as bordas e corte a massa excedente. Leve para gelar por 15 minutos. Enquanto isso bata os ovos até espumarem. Acrescente a mistura de chocolate e de açúcar reser-vadas e junte as nozes e a baunilha. Despeje o recheio sobre a massa e leve para assar em forno quente (200°C), preaquecido, por 20 minutos. Abra o forno e com cui-dado polvilhe o chocolate picado restante sobre a torta. Asse por mais 5 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Desenforme e sirva.

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MINIBROWNIE COM CASTANHA-DO-PARÁ

Reserve. 2. Em uma panela, aqueça a mantei-ga em fogo baixo, junte o chocolate e misture até derreter bem. Retire do fogo, adicione o açúcar e depois os ovos, mexendo um a um. Aos poucos, vá acrescentando a farinha, o cacau e o sal, peneirados juntos. Acrescente a castanha e misture. Distribua colheradas da massa nas forminhas (complete 3/ 4 das forminhas) e leve ao forno moderado (180°C), preaquecido, por 30 minutos ou até que, enfiando um palito, ele saia com migalhas grudadas. Retire do forno e deixe esfriar.

Receita da foodstylist Fabiana Badra Eid

1 2 P O R Ç Õ E S200 g | de manteiga cortada em pedaços100 g | de chocolate meio amargo picado2 xícaras (chá) | de açúcar4 | ovos grandes3/ 4 de xícara (chá) | de farinha de trigo3 colheres (sopa) | de cacau em pó1 pitada | de sal3/ 4 de xícara (chá) | de castanha-do-pará picada grosseiramente

Modo de preparo1. Forre uma assadeira própria para muffins com 12 forminhas de papel impermeável, de 5 cm de diâmetro, próprias para ir ao forno.

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u e n o s A i r e s , M e n d o z a o u Patagônia. Não importa a cida-

de ou região, a Argentina está como nunca na moda para os brasileiros. Buenos Aires, sua charmosa capital, ofere-

ce uma rota gastronômica das mais convidativas, cafés estilosos e muita cultura. Já Mendoza é o tem-plo dos bons vinhos, abrigando viní-colas modernas e passeios no meio de vinhedos históricos. A Patagônia por sua vez é a contemplação da natureza, com seus glaciares de tirar o fôlego de tão belos. Veja nossas indicações e programe sua viagem.

CÂMBIO FAVORÁVEL, PROXIMIDADEE FACILIDADE COM A LÍNGUA FAZEMDA ARGENTINA UM DOS ROTEIROS FAVORITOS PARA OS BRASILEIROS

P O R C L A U D I A E S Q U I L A N T E

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A Praça de Giraldo com a igreja de Santo Antão

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O Hyatt de Buenos Aires – Palácio Duhau foi inaugurado recentemente na Avenida Alvear, no elegante bairro da Recoleta

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A capital do país é um encanto. Charmosa, repleta de áreas verdes, é uma das mais cosmopolitas da América do Sul. Os argentinos são acolhedores com os turistas e estão sempre solícitos com relação a pedi-dos de informação.

SucreComandado pelo chef Fernando Troca, é um dos lugares mais agitados. Sua adega é linda e conta com quase 10 mil garrafas. Da cozinha aberta, saem pratos como os langostinos com manteiga de caju; risoto com ossobuco 4 horas; e polenta crocante com tomates assados. Há também carnes grelhadas.Sucre, 676, tel. (54/11 ) 4782-9082.

La BrigadaSeu nome é uma homenagem aos funcionários que tocam o salão e a cozinha. Está localizado no centro de San Telmo, um dos bairros boêmios e interessantes de Buenos Aires. Seu forte são os assados de cordeiro ou cabrito; as mollejas (glândula do boi), a fraldinha (conhecida como vacio) e o ojo del bife. Bons vinhos, mas o serviço deixa a desejar. Estados Unidos, 465, tel. (54/11) 4361-5557.

Restaurantes Casa CruzLocalizado no fervilhante bairro de Palermo Soho, é um dos lugares mais bonitos da cidade. Tem pé-direito alto, paredes revestidas de madeira, e trilha sonora que mistura clássicos argentinos com o melhor da atualida-de. O chef é Germán Martitegui, consi-derado um dos melhores do país. Sua cozinha inventiva mistura ingredientes instigantes que podem ser atum com favas; risoto com azeite de trufas; con-fit de pato; e polenta com queijo azul.Uriarte, 1658, tel. (54/11 ) 4833-1112.

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Cabaña Las LilasDesde sua inauguração em 1997, é considerado um dos templos da boa carne argentina. Sua carta de vinhos conta com mais de 200 opções, com preços bastante atraentes. No coman-do está a família Iglesias, dona da rede Rubaiyat no Brasil e na Espanha. Os cortes preparados na grelha de car-vão são a pedida certa. Chegam ten-ros e no ponto pedido. Serviço acima da média. O baby beef e o T Bone são pedidos certeiros.Alicia Moreau de Justo, 516, tel. (54/11))4313-1336, Puerto Madero.

Onde irPapelaria

PalermoEndereço obrigatório. Faz papéis artesanais desde 1994. São cadernos, blocos, agendas e outros artigos de escritório. Tudo com muito bom gosto e charme.Honduras, 4945, tel. (54/11) 4833-3081

Museu Evita Exposição fixa que mostra a infância do mito, a carreira de atriz, os trajes de altís-sima costura e seu encontro com Perón. Depois da visita dá para entender melhor por que Evita é tão adorada pelos argentinos.Calle lafinur, 2988, tel. (54/11) 4807-9433, www.evitaperon.org

Onde ficarPark Hyatt Buenos Aires – Palácio DuhauInaugurado recentemente na Avenida Alvear, no elegante bairro da Recoleta, é um show de conforto e hospitalidade. Ocupa o espaço do que um dia foi o Palácio Duhau, construído em 1934 pelo francês Leon Dourge. Conta com uma charmosa Vinhoteca com oferta de 350 rótulos e um Cheese Room, com queijos artesanais e presunto ibérico. O restaurante Gioia & Terrazas e o bar Piano Nobile merecem ser conhecidos.Avenida Alvear, 1661, tel. (54/11) – 5171-1510&

1. Salão interno da Casa Cruz. 2, 3 e 4.Fachadas do Sucre, da La Brigada, e do Cabana Las Lilás. 5. Papelera Palermo, endereços obrigatórios

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Acima, vista da Cordilheira dos Andes. Abaixo, salão do restaurante 1884

É a cidade perfeita para os amantes dos bons vinhos. Vinícolas modernas, abertas à visitação e vinhos de grande qualidade esperam por você. Os turistas pipocam de todos os lados, loucos para conversarem com os enólogos e aprenderem mais sobre a uva Malbec, a variedade mais emblemática do país. Clima semelhante ao Mediterrâneo, solo adequado, pouca chuva e a Cordilheira dos Andes como vizinha, são alguns dos ingredientes que ajudam na elaboração dos bons vinhos tintos do país. Os brancos ainda estão melhorando. Mendoza fica quase em um deserto. Sua única fonte de água é o degelo das monta-nhas, que chega aos diversos pontos atra-vés de um eficaz e centenário sistema de canais. Ruas arborizadas e várias praças garantem o frescor e a sombra nos dias mais tórridos. www.winemapargentina.comse pode obter os caminhos das bodegas e marcar as visitas.

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Onde irPark Hyatt MendozaSpa com tratamentos à base de uva, piscina com temperatura controlada e o Regency Casino Mendoza são algumas das atrações desse luxuoso hotel. O Bistro “M”, que serve pratos da cozinha francesa e de Mendoza; o Las Terrazas de la Plaza, com refeições leves estão entre os melhores da cidade.Todos os quartos têm no mínimo 36 metros quadrados 22, com camas king-size, travesseiros e edredons de plumas, banheira de mármore e chu-veiro independentes. Chile, 1124, tel. (54/11) 261-441-1234.

Restaurantes 1884Restaurante do badalado chef Francis Mallmann, argentino que colaborou na inauguração do A Figueira Rubaiyat. Está instalado na Bodega Escorihuela. Seu cardápio é alterado a cada duas sema-nas, privilegiando a cozinha regional. Alguns pratos, porém, como as empa-nadas e a grande costela feita no forno continuam sempre. Excelente carta de vinhos, com rótulos do país inteiro.www.escorihuela.com

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Acima, sala de barris da Zuccardi, uma das gigantes de Mendoza. Abaixo, o chef Francis Mallman e um dos vinhos da Pulenta Estate

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Perfeita para casais apaixonados. Fica ao sul da Cordilheira dos Andes, abrangendo parte dos territórios da Argentina e Chile. É uma das mais belas regiões do planeta, de pai-sagens únicas e impressionantes, compreendendo uma imensa área, limitada ao norte pelo Rio Colorado, ao sul pelo Estreito de Magalhães, a oeste pelo Oceano Pacífico, e a leste pelo Oceano Atlântico. Os pon-tos mais altos dos Andes dividem as Patagônias Argentina e Chilena. A Patagônia Argentina divide-se em duas sub-regiões: a primeira consti-tuída por cadeias montanhosas per-meadas por vales, bosques, lagos e geleiras, e a segunda, com extensas e áridas planícies litorâneas, cercadas por rica e variada fauna local.

Onde ir:El Calafate: cidade localizada aos pés da montanha de mesmo nome, às margens do Lago Argentino. É a porta de entrada para o Parque Nacional Los

Glaciares. Seu nome se deve a uma árvo-re espinhosa de flores amarelas e frutos roxos, típica no sul da Patagônia.

Glaciar Perito Moreno: é o maior gla-ciar da Patagônia, com 5 quilômetros de largura e uma altura de aproxima-damente 60 metros sobre o nível da água. Mundialmente conhecido pelos seus “desmoronamentos”, quando enormes blocos de gelo se despren-dem e caem no mar.

Parque Nacional Los Glaciares: pró-ximo à cidade de El Calafate, abrange cerca de 356 glaciares, como o famoso Perito Moreno.

El Chaltén: pequeno povoado com ruas de terra e casinhas charmosas, locali-zado próximo à província de Santa Cruz. Está cercado por imponentes monta-nhas, como o Cerro Torre e o Fitz Roy.

Monte Fitz Roy: situado no Parque Nacional Los Glaciares. Possui 3.405 metros de altura.

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perfil | NMARCELO MÉDICI

a vida de um ator como a do paulistano Marcelo Médici, não há tanto espa-ço para a rotina. Se, por um lado, isso pode ser traduzido como glamour, despreocupação com horários e pequenas obrigações do dia-a-dia, por outro significa que a correria de um dia pode ser maior no dia seguinte. Ensaio à tarde, peça à noite, viagem na manhã seguinte, gravações, mais ensaios,

exercícios na fonoaudióloga... A agenda é cheia. Por essas e outras, ele assume: “Acabo tendo hábitos notívagos”. Quando está com alguma peça em cartaz – quando deu esta entrevista a Natural da Terra, dividia o palco com Claudia Raia no musical Sweet Charity, e terminava mais uma temporada do aclamado monólogo Cada Um Com Seus Pobrema, escrito e interpretado por ele próprio –, acaba chegando tarde em casa e descansando tarde da noite. “Até me desligar, vou dormir às 4 ou 5 da manhã...”, diz Marcelo, que costuma acordar perto do meio-dia.

Apesar disso, o ator de 35 anos, que ficou conhecido do grande público ao interpre-tar o gago Fladson, na novela Belíssima, sabe se cuidar. “Meu corpo é a matéria-prima do meu trabalho”, define. Na academia, por exemplo, faz exercícios cardiorrespira-tórios, como caminhada e corrida na esteira. Quando morava no bairro do Paraíso, costumava andar de bicicleta pelo Parque Ibirapuera, hábito mantido também durante o ano que morou no Rio de Janeiro, de frente para a praia. Atualmente começando a gravar as primeiras cenas da próxima novela das 7, Os Sete Pecados, espera voltar a dar suas pedaladas. “Adoro passear de bike pela orla”, conta Marcelo.

Quando vai a algum ambiente público, ou a algum evento barulhento, tenta não perder muito tempo ali, para não forçar a voz. “Sempre que você ver alguém de cachecol ou de chapéu em um lugar que esteja quente, pode ter certeza: é um ator de teatro”, brinca. “Temos um medo danado de pegar gripe”, cuja carreira exige que tenha resistência física tão boa como a dos atletas e que controle com todo o cui-dado a balança. É aí que entra em cena um aspecto importante: a alimentação.

O ATOR MARCELO MÉDICI, UMA DAS GRANDESREVELAÇÕES DOANOPASSADO, FALAA NATURAL DA TERRACOMOCONSEGUE

MANTERORITMOEMUMA VIDAAGITADAECORRIDA

P O R M I G U E L I C A S S A T T I

“Sempre que você ver alguém de cachecol ou de chapéu em um lugar que esteja quente, pode ter certeza: é um ator de teatro”, brinca.

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NATU RAL DA TERRA 76

per fil | NMARCELO MÉDICI

Mesmo acordando tarde, sua primeira refeição do dia é leve: toma um café simples, um copo de suco de laranja lima feito pela avó Dolores, de 92 anos, com quem vive em um casa em uma vila no Pacaembu – e eventualmente come uma fruta, como mamão. “Não gosto de laranja, mas não dispenso esse suquinho”, diz Marcelo. Antes de ir ao palco, costuma turbinar uma porção de açaí com ingredien-tes como granola e banana, alimentos que lhe dão energia e contribuem para o porte muscular. “Também tomo muita água durante o dia”, garante ele, que até os 10 anos não bebia refrigerantes. “Tenho um irmão de 9 anos e não me conformo como hoje em dia as crianças têm facilidade para hambúrgueres e essas comidas e bebidas gordurosas.”

No dia-a-dia, consome produtos light ou diet. Pão, por exemplo, só integral. Refrigerante (sim, ele voltou a tomar), requeijão, iogurte, só se for light. “Hoje em dia esses ali-mentos não têm gordura, mas seu sabor é preservado.” Só não consegue mesmo fugir é do pavê de chocolate que sua avó costuma deixar na geladeira à sua espera. “Insisto para ela não fazer, mas... sabe como é, né?”, confessa meio sem jeito. Na hora do jantar, ainda que seja tarde da noite, também não dispensa a comidinha preparada pela vovó. Em seu prato não faltam arroz integral, feijão e uma carne leve ou frango. Ex-vegetariano – diz ter pena dos animais –, Marcelo Médici não aprecia as chamadas carnes exóticas e, peixe, só se for cru e de água salgada. “Gosto da comida com pouco sal, pouco tempero e pre-parada em óleos leves, como o de canola”, lembra. Em suas saladas, de preferência feitas em casa, sempre está a alface americana, sua folha predileta. “Prefiro os produ-tos orgânicos, que têm sabor mais genuíno”, conta. “Você sente realmente o que está comendo.”

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Cena do espe tá cu lo Pequenos Crimes Conjugais

As várias faces no palco, diversão e gargalhadas garantidas

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78NATU RAL DA TERRA 79

espor te |

Samuel, que há 12 anos trabalha como personal tennis trainer

ara iniciar na prática do tênis, não é necessá-rio ter experiência no esporte, mas sim força de vontade para aprender e encarar um novo desafio. A atividade é ideal para quem deseja desenvolver coor-denação motora, flexibilidade, agilidade, concentração e resistência muscular. O consumo calórico é outro ponto alto, já que por uma hora de treino o corpo chega a gastar 900 calorias – o número depende

da faixa etária e do biótipo físico de cada jogador. “O tênis é uma modalidade com características aeróbicas, pois existe uma alta variação de freqüência cardíaca. Você alterna momentos de repouso com movimentos de intensa explosão muscular. Por isso a possibilidade de perder peso é muito acentuada”, esclarece Samuel Pereira dos Santos, personal tennis trainer há 12 anos.

Jogar tênis oferece ainda benefícios nas relações familiares. É cada vez maior o número de casais adeptos do esporte, que ajuda a quebrar a rotina da relação, e para os filhos é uma maneira que a família encontra de passar mais tempo reunida. “Existem competições amadoras de duplas mistas entre casais e pais e filhos que recebem grande número de participantes”, revela Santos. Vale lembrar ainda que o tênis é um dos esportes preferidos pelos deficientes físicos cadeirantes que têm como objetivo a superação.

Comece bem!“Antes de iniciar o exercício é fundamental alongar o corpo”, explica Santos. “O

alogamento é indispensável no início e no fim da atividade. Ele prepara a muscu-latura e as articulações para receber uma sobrecarga de movimentos,

beneficiando a explosão muscular e o reflexo.” Você vai precisar de uma boa raquete. Para os iniciantes, o ideal é

optar por um equipamento leve, com peso entre 250 a 300 gramas – o item vem descrito nas especificações do produto. Se o inician-te escolher um modelo mais pesado, pode ter problemas durante

o treino, como uma fadiga na musculatura local. Preste atenção ao tamanho do cabo da raquete, conhecida também como empunhadu-

ra, que precisa ser confortável para que não aconteçam lesões. Já as

P O R G A B R I E L L E V A S C O N C E L O S

EM UMA HORA DE ATIVIDADE É POSSÍVEL

QUEIMAR CERCA DE 900 CALORIAS

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espor te |

bolas de tênis devem ser de fabricantes aprovados pela Federação Internacional de Tênis e ter especificações padroni-zadas em peso, diâmetro, qualidade da borracha, feltro e pressão interna.

Em relação ao vestuário, as peças mais indicadas e apropriadas são short, saia, camisas e camisetas esportivas, que proporcionem liberdade aos movi-mentos. Artigos confeccionados em poliéster, poliamida e elastano tornam o material leve, permitindo que o ar circule próximo à pele e contribuindo para a eli-minação do calor e do suor para longe do corpo, mesmo em condições climáticas mais quentes.

É importante escolher ainda um cal-çado confortável. Opte por um modelo acolchoado, que dê a impressão de abra-çar o pé ao realizar movimentos, e que permita o amortecimento dos choques contra o solo, resultando em estabilida-de e equilíbrio. Os movimentos do tênis, caracterizados por paradas e acelera-ções bruscas, submetem os pés e suas articulações a duras provas.

Outro ponto fundamental para quem está iniciando na atividade é conhecer os diferentes tipos de piso, que são quatro ao todo. O mais comum é o asfáltico, que é rápido, antiderrapante, tem como bene-fício a baixa manutenção, mas agride as

articulações. O saibro é o mais tradicional, composto por terra batida e coberto com pó de telha cerâmica vermelha, ajuda a diminuir a velocidade da bola e facilita a movimentação em quadra. E por fim os de grama natural e sintética, que são mais rápidos devido ao baixo atrito da bola com o solo. Os pisos de saibro e de grama não oferecem impactos significa-tivos para as articulações.

Lembre-se ainda que é fundamental para as atividades o acompanhamen-to do instrutor. Sua função é orientar o aluno, com exercícios práticos e dinâmi-cos, a fim de ensinar a técnica correta, aprimorando sua eficiência nos golpes e nas movimentações, afastando a pos-sibilidade de lesões.

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Bela das quadras “Desde que nasci convivi com tênis, meu pai era professor. Ganhei tantas coisas e oportu-nidades com o esporte que até hoje colho os frutos. Aprendi o que é ser saudável, a ter disciplina, espírito de competição e outras coisas que o esporte nos ensina. Se fosse para fazer tudo de novo, faria com certeza. Agradeço todos os dias por ter entrado nesse esporte tão difícil de se manter. O tênis me deu a oportunidade de fazer o projeto Instituto Brilho Brasileiro, há quatro anos, com o traba-lho de inclusão social, levando o esporte para 210 crianças e jovens de escolas públicas. É a coisa mais linda do mundo ver o brilho nos olhos deles.”Vanessa Menga, 30 anos, ex-tenista

Onde praticarAcademia Oncins TennisRua Dr. João Carlos Kruel, 90Santo Amaro, Tel.: 5183-9525David´s Tennis SchoolRua São Benedito, 2.575Santo Amaro, Tel.: 5686-6848Unisys ArenaAv. das Nações Unidas, 16.741Santo Amaro, Tel.: 3759-3177Samuel Pereira dos SantosTel.: 9781-5715

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saúde | C

ara manter os dentes brilhando são necessários vários fatores, um deles, talvez o mais importante, é a alimen-tação. Mas com a correria do dia-a-dia, nem sempre prestamos atenção no que

comemos e logo optamos por produtos industria-lizados. Não que você tenha de ser radical e se privar de alguns alimentos, mas sim controlá-los e comer em proporções maiores os chamados alimentos detergentes. Mas o que isso significa? Consagrados pela odontologia, esses alimentos eliminam resíduos de outras comidas que ficaram aderidas à superfície dental. Durante o processo mastigatório, pelo atrito produzido com o dente, promove uma autolimpeza na boca. “Ao comer, por exemplo, uma maçã ou uma pêra, a superfície dos dentes está sendo limpa, ao mesmo tempo em que o corpo está recebendo nutrientes”, explica o cirurgião dentista Eurípedes Vedovato. Fazem parte da lista dos detergentes os alimentos que contêm vitamina A, B6, B12, C, D, E, K, o ácido fóli-co, ou seja, frutas em geral, frutas secas, legumes e verduras, que, consumidas cruas ou cozidas no vapor, mantêm textura e a maioria dos nutrientes.

HÁBITOS NATURAIS QUECONTRIBUEM PARA A SAÚDE BUCAL

P O R G A B R I E L L E V A S C O N C E L L O S F O T O S P H O T O S . C O M - G U I L H E R M E A N D R A D E

Boca saudávelOs alimentos detergentes são impor-tantes para a diminuição de duas doenças que acometem a cavidade bucal: a cárie e a doença periodontal, que ataca as gengivas. Ambas estão relacionadas com a proliferação de bactérias e a presença da placa bac-teriana, que são os restos dos alimen-tos que ficam agregados aos dentes, sendo que o principal causador dessa placa é o açúcar. É recomendável evi-tar a ingestão de balas, chocolates e outros alimentos açucarados no inter-valo das refeições. Como isso nem sempre é possível, o ideal é escovar os dentes logo após o consumo. Essa dica vale para todas as idades, mas em especial o alerta vai para as crian-

ças que ainda possuem os chamados dentes de leite. “A saúde da dentição permanente depende dos cuidados na infância”, explica Vedovato. E para as futuras mamães, o cirurgião-dentis-ta manda um recado: “Há alterações hormonais durante a gestação que podem causar inflamações gengivais, sem falar no aumento do consumo de carboidrato e açúcar, que geram descalcificação do esmalte e cárie”. Portanto, ao sentir fome nos interva-los das refeições, as grávidas devem ingerir uma fruta, que, além de ser fonte de nutrientes, limpa os dentes, prevenindo cáries e doença gengival.

Em pesquisa recente em classes sociais distintas, cerca de 90% dos entrevistados foram unânimes em

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afirmar que o sorriso é o cartão de visita da pessoa. Aqueles que não estavam contentes dariam tudo para ter dentes bonitos e saudáveis. A escovação dos dentes e a remoção mecânica da placa bacteriana são fundamentais para manter a saúde bucal. “Utilize corretamente esco-vas macias e orientação supervisio-nada por um profissional”, finaliza.

Doutor Eurípedes VedovatoTel. 3887-4433

Doutor Eurípedes Vedovato dá a dica:“Fique de olho na alimentação”

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50NATURAL DA TERRA 5182 83

beleza | C

asta ficar em frente ao espelho que começam a surgir milhões de defeitinhos. Uma ruga que você jurava não ter, a barriga mais saliente, a celulite que insiste em aumentar. Quando isso acontece, é hora de resgatar o bem-estar e a auto-estima, através dos tra-

tamentos estéticos que a cada dia estão mais e mais modernos. Como a drenagem linfática manual corporal. É indicada como a solução daqueles probleminhas que ninguém gosta de ter. Reduz a celulite, elimina toxinas, aumenta a defesa do organismo, ativa e acelera o metabolismo, auxiliando na dieta. Combate a gordura localizada, modela e afina todo o corpo – e se feita duas vezes por semana pode reduzir de 2 a 25 centímetros, em média, além de prevenir problemas cardíacos, cerebrais e circulatórios.

Já a drenagem linfática manual facial é muito utilizada como pre-venção e pode substituir em muitos casos a cirurgia plástica. Segundo especialistas, a técnica tira a papada, afina o rosto, minimiza as rugas e marcas de expressão. Um verdadeiro milagre estético.

O sonho de todas as mulheres é eliminar de uma vez por todas a gor-dura localizada. Esse sonho está mais perto da realidade após o lan-

TRATAMENTOS ESTÉTICOS QUE PROMETEM ACABAR,DE VEZ, COM A CELULITE E GORDURA LOCALIZADA

P O R G A B R I E L L E V A S C O N C E L L O S F O T O S P A U L O M E R C A D A N T E

Ana Luisa: mestre em desvendar o segredo das estrelas&

çamento de um aparelho de luz pulsada, que objetiva acabar com o estufamento, inchaço e a barriga. Oito placas gigantes de luz dissolvem, por ressonância, a gor-dura localizada, regenerando o tecido, acabando com a flacidez.

Novidades e segredosOs tratamentos estéticos estão cada vez mais revolucionários e porque não dizer inusitados. Que tal ficar bela à base de esmeraldas! Inédito no mundo e desenvolvida pela mas-soterapeuta Ana Luisa Massardi, da Clínica Hara, um badalado endereço da beleza em São Paulo. A técnica é feita com nada menos do que pó de esmeraldas brutas. Aplicado somente no rosto, através de uma massagem, o produto transforma-se em um pode-roso creme, com capacidade de revi-gorar, rejuvenescer e clarear a pele. Para finalizar, o cliente ainda se sur-preende com a aplicação de pedras vulcânicas sobre a face.

E as inovações não páram por aí. Quer saber o segredo de beleza da pop star Madonna? Sabe o que ela faz

para ficar com aquela pele maravilho-sa? Oxigenoterapia. No Brasil, quem descobriu a técnica também foi Ana Luisa. Feita com oxigênio 100% natu-ral, que é aplicado em forma de ina-lação e jatos sobre a pele por cerca de uma hora. Reduz rugas, celulite e ativa o metabolismo.

Graças aos seus artifícios moder-nos que prometem beleza sem igual, a Clínica Hara tem clientela estre-lada, como a apresentadora Hebe Camargo, a cantora Fernanda Abreu e as atrizes Mariana Ximenes, Patrícia Travassos e Angelita Feijó. “A Hara é diferente das outras clínicas de estética convencionais. É a única no mundo especializada em linfologia, a drenagem linfática manual”, expli-ca Ana Luisa, massoterapeuta há 15 anos, que faz questão de sempre fazer a primeira avaliação e a super-visão de cada cliente.

A drenagem linfática manual modeladora em muitos casos pode substituira cirurgia plástica

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Clínica HaraRua Lopes Neto, 350, Itaim Bibitel. (11) 3078-0500 www.hara.com.br

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seu bair ro

UM GIRO PELA ANIMADA REGIÃO REVELA BOAS DICAS DE COMPRAS, LAZER, CULTURA E GASTRONOMIA

84NATURAL DA TERRA 85

Á F R I C A N O I B I R A P U E R A

Museu Afro BrasilAv. Pedro Álvares Cabral, s/no, Pavilhão Manoel da Nóbrega, Parque do Ibirapuera, portão 10. Tel.: 5579-8542.www.museuafrobrasil.com.br Máscaras usadas em rituais africanos, pinturas, esculturas, fotografias, são algumas das mais de 3 mil obras que fazem parte do acervo do Museu Afro Brasil. As peças foram catalogadas em segmentos como África, Trabalho e Escravidão, O Sagrado e o Profano, Religiosidade Afro-Brasileira, História e Memória e Arte. Conta também com exposições temporárias, cursos e oficinas com programação especial para crianças, jovens e adultos. O museu, que funciona de terça a domingo, das 10 às 17 horas, é um ótimo programa para toda a família.

P R O N T A P A R A D E C O R A R

Tok&StokAv. Ibirapuera, 2904, Moema. Tel.: 5041-2944, www.tokstok.com.br Que tal mudar a cara da sua casa? A idéia é ótima e a Tok&Stok é o lugar ideal para conferir e comprar móveis e acessórios. A empresa lança mais de oito produtos novos por dia, contabilizando a exposição de 9 mil itens à sua escolha. É possível ainda presentear quem você gosta com o Vale Tok&Stok Produto ou o Vale Tok&Stok Valor.

L A Z E R P A R A G A R O T A D A

Parque do Betinho CarreroAv. Água Espraiada (Marginal Pinheiros), Brooklin. Tel.: 5506-7415. www.betinhocarrero.com.brÉ para a criançada brincar como se estivesse em uma fazenda fora de São Paulo. Pode-se alimentar os animais como gansos e cabritos, visitar o carrossel de pôneis e se encantar com os números de malabarismos, apresentações de mágicos e palhaços. É uma verdadeira mistura de fazenda, parque de diversões e circo.

A G I T O C U L T U R A L

Espaço Cultural VivoAv. Chucri Zaidan, 860, Brooklin. Tel.: 5105-2796. www.vivo.com.br/espacocultural Endereço certo de cultura e arte, abriga apresentações teatrais de renomados artistas brasileiros em espetáculos inéditos. Já passaram por lá os atores Cássio Scapin, Débora Evelyn, Marcos Caruso e Reynaldo Gianecchini. Outro ponto interessante de se visitar é a galeria de artes, com entrada gratuita, que expõe obras de arte moderna e contemporânea idealizadas por artistas brasileiros.

F A Ç A V O C Ê M E S M O

Espaço Cristalino R. São Sebastião, 443, Alto da Boa Vista. Tel.: 5182-2122. www.espacocristalino.com.brQuem dispõe de tempo e procura investir em algo diferente vai encontrar no Espaço Cristalino cursos de litoterapia (terapia com cristais), feng shui, florais de Bach e até Cabala. As aulas têm parte teórica e prática. Há dez anos, o Espaço Cristalino atende o público com terapias alternativas e também conta com espaço em que são ministradas importantes palestras sobre a área.

C R A Q U E N A S P A N E L A S

Centro Culinário Walita R. Verbo Divino, 1400, térreo, www.centroculinariowalita.com.brSe você já cansou daquele arroz com feijão sem graça e quer dar um toque diferente na sua comida, o Centro Culinário Walita vai te dar uma mãozinha. O espaço oferece cursos gratuitos de culinária ao longo do ano. Entre os módulos, destaque para o de pães e sobremesas internacionais. Para ter acesso ao calendário e se cadastrar é preciso acessar o site e clicar no link cursos.

S Ã O P A U L O É S H O W

Citibank HallAv. dos Jamaris, 213, Moema. Tel.: 6846-6040. www.citibankhall.com.br É uma das casas de espetáculos mais versáteis e ecléticas de São Paulo. Por seus palcos acontecem, além dos shows musicais, leilões, festas particulares e entregas de prêmios. Antes de sair de casa, confira a programação completa pelo site, que também oferece o serviço de venda de ingressos on-line.

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Cursos: para arrasar na cozinha

Noite: sempre uma apresentação cultural interessante

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C A C H O R R O - Q U E N T E B A D A L A D O

Black Dog R. Joaquim Floriano, 195, aberto 24 horas. www.blackdog.com.brCom um nome inspirado em uma música do grupo de rock Led Zeppelin e uma freguesia de dar inveja a concorrência, o Black Dog tem um dos melhores cachorros-quentes da cidade. Com oito unidades espalhadas por São Paulo (e em breve outras quatro serão inauguradas), o carro-chefe da casa é o dogão completo, composto por 11 ingredientes. A iguaria leva purê, vinagrete, milho, maionese, cheddar, requeijão, batata palha, molho chilli, parmesão, curry, orégano e salsicha, disponível em seis tipos – longuetti, defumada, picante, condimentada, de frango e soja.

T U D O P A R A D I V E R S Ã O

Mundo TerraAl. dos Nhambiquaras, 1000, Moema, tel.: 5055-4191. www.mterra.com.br Esse é o tipo de passeio que enlouquece os amantes de esportes e aventuras. Há uma infinidade de produtos especiais, como binóculos, bússolas, sacos para dormir, radiocomunicadores e GPS. Possui quatro lojas ao todo, sendo uma virtual.

A N O I T E P R O M E T E

Memphis R. dos Imarés, 295, Moema, tel.: 5542-9767, www.memphis.com.br Com programação variada durante a semana como Flashback, Rock e Soul, é uma mistura de casa de shows e danceteria. Seus três ambientes, além de confortáveis, são interligados: um café com karaokê, pista de dança e um piano-bar com MPB ao vivo. O teto é em forma de pirâmide e conta com uma parede de pedras com cascata ao fundo.

Fome: o dogão parece perfeito

&

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Esporte: para momentos de aventura

seu bairro

86NATURAL DA TERRA

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oda semana a administradora Yraeli Vizcaino, de 33 anos, tem uma tare-fa bem difícil: decidir em qual loja Natural da Terra vai fazer suas com-pras. “Tenho o privilégio de escolher entre a loja do Brooklin e do Alto da Boa Vista, já que moro exatamen-te entre as duas unidades”, gaba-se. Ela compra tudo o que precisa por lá: frutas, carne, frango, peixe, produtos nacionais e importados. “O preço é ótimo e até hoje nunca fiquei desapontada com o que com-prei , tudo tem muita qualidade”, garante. Nascida na Venezuela e casada com um brasileiro, é a segunda vez que Yraeli reside no Brasil. Na primei-ra, em 1999, ficou por quatro anos, foi embora e resolveu voltar no ano passado. “No meu país não existe um lugar que vende só fruta e ver-dura, como aqui. Lojas assim enlou-quecem nós, gringos”, brinca Yraeli, que sempre encontra estrangeiros fazendo compras ali . “Na Europa,

88NATURAL DA TERRA 89

dicas do freguês | Y

DESCUBRA O QUE FEZ UMA VENEZUELANAESCOLHER O NATURAL DA TERRA COMO LUGAR

PREFERIDO PARA SUAS COMPRASP O R G A B R I E L L E V A S C O N C E L L O S | F O T O S G U I L H E R M E A N D R A D E

banana é banana e p ronto . No Natural da Terra tem banana-prata, banana-maçã, banana-nanica e até banana light.” A nova loja do Brooklin, que ela cos-tumava freqüentar quando ainda era um hortifrúti mais simples, sem a bandeira do Natural da Terra, foi modificada para atender melhor os clientes e Yraeli adorou as mudan-ças. “Foi uma transformação incrí-vel. Variedade maior, serviço espe-cial, mais caixas e estacionamento coberto”, diz Yraeli, que várias vezes compra algum produto que vem embalado, mas diz que é muito para três pessoas. Com a permissão do gerente, eles perguntam quanto eu quero levar para casa. Em uma cidade como São Paulo, que todo dia tem um caso sobre violência, seqüestro relâmpago e assalto, os lugares que oferecem a seus clientes o mínimo de seguran-ça merecem destaque. E o Natural da Terra faz de tudo para que seus

& Yraeli em um dos seus momentos preferidos, as compras

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NATURAL DA TERRA 90

clientes tenham comodidade, con-forto e, principalmente, segurança durante as compras. Por esse moti-vo escolhi aqui. É um lugar que ofe-rece toda a segurança que eu preci-so. Não tenho de ficar perguntando o preço dos alimentos, até porque ainda não sei o nome de todos os produtos, e posso fazer minhas compras com tranqüilidade.”

Ponto de encontroYraeli conta que a escola de seu filho é perto da unidade do Alto da Boa Vista. “Deixo meu filho na esco-la e às vezes vou para o Natural da Terra. Não me espanto quando encontro com as mães dos amigui-nhos do meu filho fazendo compras. A loja virou um ponto de encontro.

E n q u a n t o c o m p r a m o s f i c a m o s batendo papo”, conta a administra-dora, que ainda costuma combinar com as amigas um café-da-manhã na loja, por ter um cardápio bem diversificado. “Nos encontramos e tomamos um suco, comemos um sanduíche ou um pão na chapa.” Carrinho cheio, compras pagas, mas para Yraeli ainda falta alguma coisa. “É ótimo terminar as compras em grande estilo. Só vou embora depois que tomo um cafezinho”, revela.

&

A variedade de frutasé o que mais encantaa venezuelana

dicas do freguês | Y

Page 47: LinhaçA Revista Natural Da Terra

bebidas | B

92NATURAL DA TERRA 93

vinho do Porto é um enigma, um delicioso enigma. Afinal, para ele saltar majestosamente da garrafa para a taça a natureza teve de compor uma verda-deira ária dramática: na busca de água, as raízes das videiras que fazem esse vinho são obrigadas a penetrar até

15 metros pelas fissuras das rochas xistosas que formam o leito das melhores terras vinícolas do Douro, região ao norte

de Portugal. Do Douro? Isso mesmo: o vinho do Porto não é feito na cidade do Porto, mas a 100 quilômetros dali. E quem conhece o lugar se surpre-ende: “Como se pode conseguir uvas de qualidade num solo tão simples e pobre?”

Desce fundo no tempo a origem das primeiras mudas na província vinícola do Douro. Já durante o domínio romano se cultivava a vinha nessa área de aproximadamente 240.000 hectares – dos quais apenas a décima parte é ocupada por parreirais; o restante são pinhais, olivais, amendoais e, principalmente, penhascos. A região se estende pelo vale do Rio Douro, a partir da cidade de Peso da Régua, até a loca-lidade de Freixo-de-Espada-à-Cinta, perto da fronteira com a Espanha.

Para entender a magia do vinho ali produzido é preciso voltar até o ano de 1678, data em que teria surgido o Porto. A exemplo do que acontece com a história de outras bebidas, existe muita controvérsia quanto à sua origem. A versão mais aceita e difundida é a de que dois jovens ingleses, filhos de um rico comercian-te, dispostos a estudar e conhecer os vinhedos portugueses, instalaram-se num mosteiro perto do Douro. Impressionados com os aromas e as virtudes do vinho local, compraram um lote da bebida e o despacharam para a Inglaterra. Para que pudesse suportar a variação de temperatura e o sacolejo da viagem marítima, acrescentaram um pouco de aguardente portuguesa, fortificando o vinho – que, com isso, ficou mais ao gosto dos britânicos, desde logo convertidos em seus maiores admiradores e consumidores. Da Inglaterra a fama do vinho derramou-se por toda a Europa.

UMA DAS BEBIDAS MAIS FESTEJADAS DO MUNDO, É SIMBOLO DE COMEMORAÇÕES,

CASO DA PÁSCOA

P O R R I C A R D O C A S T I L H O

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94NATURAL DA TERRA 95

bebidas | B

No alto, algumas das principais marcas de vinho do Porto. Acima, garrafa especial do Porto 10 anos da Real Companhia Velha

&

O aumento das exportações, ainda nos primeiros anos, modificou comple-tamente o perfil econômico da região. Os lavradores abandonaram a agricul-tura tradicional para dedicar-se exclu-sivamente ao cultivo da vinha. A tal ponto que não tardaram a surgir pro-blemas: produção copiosa, produtos de baixa qualidade e falsificações invadin-do o mercado. Com os armazéns abar-rotados, era inevitável que os preços começassem a cair. É nesse ponto que entra na história a figura de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, à época primeiro-ministro sob o rei dom José I. Designado para solu-cionar a crise, o Marquês de Pombal criou, em 1756, por meio de um alvará régio (espécie de decreto-lei da época), a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, incumbida de delimitar as áreas ideais de produção e de zelar pela qualidade da bebida. Surgia, assim, a primeira grande região vinícola demarcada do mundo. O Porto pode se orgulhar também de ter sido o primeiro vinho a ser engarrafado – até

então, a bebida era guardada em tonéis e vendida a granel. A magia do DouroProtegida dos for tes ventos do Oceano Atlântico pelas serras do Marão e Montemuro, o Douro, possui uma enorme quantidade de pedras de xisto e calcário. Para plantar a vinha, os portugueses tiveram de quebrar as rochas da superfície. Já o clima, muito frio no inverno, com fortes ventos, e bastante quente, no verão, acolhe maravilhosamente a uva, que é cultivada em vertiginosas encostas, recortadas como grandes degraus e contidas por muros. Cada uma de suas variedades contribui à sua maneira para a nobreza do Porto. A Touriga Nacional, por exemplo, é a rainha das uvas do Douro, respon-sável, com a Tinta Cão, pela cor ver-melho-escuro, profunda e intensa, da bebida; a Tinta Barroca dá o corpo do vinho; rica em taninos, a Tinta Roriz se encarrega do aroma delicado do Porto, em cuja composição entram também a Touriga Francesa, que tem

bebidas | B

94NATURAL DA TERRA 95

TIPOS DE VINHO DO PORTONão existe um, mas vários tipos de vinho do Porto. Alguns deles, depois de prontos, envelhecem em barris de madeira – os de carvalho são os melhores; outros, na própria garra-fa. Os que descansam na madeira geralmente são misturas de diversas colheitas, de diferentes anos, per-mitindo uma padronização da qua-lidade. Existem também os vinhos elaborados de uma só colheita e de uma só quinta (propriedade). Estes últimos são produzidos apenas em anos excepcionais. Conheça os prin-cipais tipos que você pode encontrar nas prateleiras:Branco – Produzido a partir de uvas brancas de safras diferentes, é enve-lhecido na própria garrafa. Pode ser seco, meio seco ou doce, caso em que costuma ser chamado de “lágri-ma”. Por serem os brancos vinhos muito frutados, não devem envelhe-cer, porque perdem o gosto da fruta. São bebidos gelados como aperitivo e entram na composição de drinques. Um desses coquetéis, o Porto Verão, tem feito muito sucesso: em um copo próprio para drinques longos, coloque 1 dose de vinho do Porto branco seco, 1 rodela de limão e 3 ou 4 pedras de gelo. Complete com água tônica e misture ligeiramente. Ruby – É o tipo mais comum entre os tintos. Elaborado com a mistura de safras variadas. A lei portugue-sa estabelece um envelhecimento mínimo de três anos antes de ser posto à venda. O Ruby é leve, com cor bem viva e aroma bastante fru-tado. Perfeitos para acompanhar sobremesas e queijos como o gor-gonzola e o roquefort. Devem ser bebidos entre 16 e 18 graus ou, nos dias quentes, ainda mais frios.Tawny – Consagrado como aloira-do – sua cor é de topázio queimado –, envelhece por mais tempo do que o Ruby. É mais encorpado e tam-bém um dos mais versáteis. Pode ser bebido como aperitivo ou para encerrar as refeições. Faz um casa-

mento perfeito com tortas de nozes e amêndoas.Porto com indicação de idade – Na maioria das vezes, os vinhos com essa característica são do tipo Tawny e descansam por longos períodos em barris de carvalho. São feitos do assemblage (mistura) de colheitas diferentes, mas podem também ser de uma única quinta. A data marcada no rótulo é uma média das diferentes safras. A indicação de 20 anos, por exemplo, pode signifi-car uma mistura de um vinho de 30 anos com outro de 10. Por to com data de colheita– Produzido com uvas de uma só colheita de boa qualidade. Envelhece em barris de carvalho por no míni-mo sete anos. O rótulo deve indicar, obrigatoriamente, o ano da colheita e a data do engarrafamento.Vintage – É o vinho produzido de uma única colheita e de uma mesma quin-ta, em anos de safra excepcional. Permanece por dois anos em tonel de carvalho e prossegue envelhecendo nas garrafas. O enólogo só se decide por fazer um Vintage cerca de dois anos depois da colheita, de acordo com a evolução do vinho. É uma deci-são de cada produtor, mas depende da aprovação do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, que supervisio-na a produção. O vinho é engarrafado em garrafas bastante escuras. O rótu-lo informa sobre o ano da colheita, a designação “vintage” e, em alguns casos, o nome da quinta em que o vinho foi elaborado. Teoricamente, não deve ser bebido antes de 15 ou 20 anos a contar da data no rótulo. Convém bebê-lo e apreciá-lo como a obra de arte que é. Late Bottled Vintage (LBV) – É, tam-bém, um vinho de grande safra, mas feito com uvas de várias quintas. Permanece três anos em barris de carvalho. Seu rótulo traz as datas da colheita e do engarrafamento e a sigla LBV. Engarrafado aproximada-mente entre o quarto e o sexto ano de idade.

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cor violácea escura e é bastante aro-mática, e a Tinta Amarela, com alto teor de açúcar e pouco aroma.

Parte das uvas colhidas é leva-da para os lagares, tanques pouco profundos onde serão pisadas por homens – pois algumas casas se obs-tinam em manter vivo esse método na produção de seus vinhos. Outra parte segue para modernas cubas de aço, onde são esmagadas por máquinas e começa o processo de fermentação. O mosto, nome das uvas esmagadas, fermenta por cerca de quatro dias, durante os quais metade do açúcar natural da uva se transformará em álcool. É nesse momento que se pro-cede à “beneficiação” do vinho do Porto – operação que o tornará dife-rente dos demais e que consiste na adição de aguardente vínica incolor e neutra. A proporção é de 4 litros de vinho para 1 de aguardente. Feita a mistura, a fermentação chega ao fim, com o vinho conservando gran-de parte da doçura original da uva. Do casamento das duas bebidas vão nas-cer, durante o processo de envelheci-mento, a cor e os aromas complexos que fazem do Porto um rei.

Graças a todo esse trabalho é que esta bebida majestática faz a festa de nossos paladares.

Como guardar e servirCom exceção dos Vintages, as marcas e os tipos de vinho do Porto encontrá-veis no mercado já estão prontos para o consumo. Mas você pode guardá-los por tempo indeterminado, desde que deitados, longe da luz e ao abrigo de grandes variações de temperatura. Na hora de servir – sempre em copos bai-xos com haste, de cristal – manda uma tradição portuguesa que o anfitrião se sirva, prove e, com a mão esquerda (que seria a mais generosa), passe o decânter ou garrafa para a pessoa que esteja sentada à sua esquerda. Todos devem proceder da mesma maneira,

até que se chegue ao convidado prin-cipal, o último a ser servido.

Em razão de seu elevado teor alco-ólico e de açúcar, o Porto, depois de aberto, dura mais do que os outros vinhos. Procure mantê-lo bem fecha-do e em local fresco. Em geral, os mais novos resistem bem por uma semana, e os mais velhos, um mês. Já os Vintages devem ser degustados imediatamente.

Versátil, o vinho pode ser servido como aperitivo, caso dos mais jovens, ou para encerrar com esplendor uma refeição, ocasião em que se dará prefe-rência aos Tawnies envelhecidos. Com queijo e frutas secas, a combinação é perfeita, o mesmo ocorrendo com o patê de foie gras. Os tintos devem ser servidos por volta dos 18 graus e, os brancos, entre 7 e 10 graus.

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Embalagem especial do Real Companhia Velha 20 anos, acompanhado de duas taças, que pode ser encontrado nas lojas do Natural da Terra.

bebidas | B

NATURAL DA TERRA 96

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Geléias: linha artesanal e sem conservantes

Utilizar um azeite de boa qualidade é pri-mordial para o sucesso de uma receita. Além de ressaltar o sabor, é um ingre-diente amigo da saúde. É o caso dos três azeites portugueses extravirgem, elaborados com azeitonas especiais, através de agricultura orgânica e com origem controlada. Importados pela D’Olivino. www.dolivino.com.br

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Agricultura orgânica e origem controlada garantem a qualidade dos azeites

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Quando aquela receita perfumada vem à mesa é uma provocação ao paladar. Para criar esse clima e ainda agregar sabor às suas criações, aposte nas geléias para cozinha. Destaque para o lançamento da linha à base de chocola-te, em cinco combinações: com pimen-ta rosa, damasco, castanha-do-Pará, laranja e menta. Todas são produzidas de maneira artesanal e sem conservan-tes, em Gonçalves (MG). www.asenhoradasespeciarias.com.br

NATURAL DA TERRA 98

Encerrar um grande jantar com uma dose de vinho do Porto é algo fascinante. A bebida também é perfeita para presentear, pode ter certeza! Boas sugestões são as da tradicional Real Companhia Velha (foto), que traz rótulos envelhecidos 10 ou 20 anos. Ótima dica para acompanhar sobremesas, queijos e frutas secas. www.realcompanhiavelha.pt

Vinhos do Porto envelhecidos vão bem com a sobremesa

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