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1
Grupo de Comunicação
CLIPPING 14 de agosto de 2019
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Entrevista com Marcos Penido, Secretário Estadual do Meio Ambiente .................................................. 4
Conferencista oficial, Marcos Penido defende progresso com meio ambiente ......................................... 5
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6
Vereadora pede explicações sobre serviços de coleta seletiva ............................................................. 6
Nova resolução garante proteção dos recursos ambientais na mineração de areia na várzea da Bacia do Paraíba do Sul............................................................................................................................... 6
Entrevista com deputado estadual , Ed Thomas; parlamentar destaca presença e pedido de projetos de educação ambiental do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, em evento ............ 7
Nova resolução garante proteção dos recursos ambientais na mineração de areia na várzea da Bacia do
Paraíba do Sul............................................................................................................................... 7
Polícia prende três suspeitos de tentar furtar combustível em duto de Itaquaquecetuba ......................... 8
Polícia prende em flagrante três suspeitos de furtar combustíveis em SP .............................................. 9
Polícia Ambiental apreende dez aves silvestres em casa de Suzano ................................................... 10
Botucatu: Ecopontos começam a ser construídos para descarte de móveis, poda de árvores e resíduos
recicláveis .................................................................................................................................. 11
Municipalização do licenciamento ambiental é tema de seminário ...................................................... 12
Ribeirão terá seis ecopontos para descarte de resíduos sólidos .......................................................... 13
Empresários voltam a cobrar a pavimentação do Parque São José ..................................................... 14
BRK é multada em R$ 92 mil; Cetesb vistoria lagoa hoje .................................................................. 15
Meio Ambiente prossegue com implantação do 'espaço árvore' ......................................................... 17
Doenças respiratórias matam uma pessoa a cada três horas e meia .................................................. 18
Rio Preto respira melhor ao usar mais etanol .................................................................................. 20
Simulado da CBA com a população de Alumínio já tem data marcada ................................................ 23
Fogo fecha ecoponto no Jardim dos Lírios ....................................................................................... 24
Poluição do ar: um assunto transversal nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU ....... 25
TCE aponta irregularidades em consórcio de recuperação do Rio do Peixe .......................................... 29
Guarulhos é a segunda cidade do estado que mais consome energia ................................................. 30
Cajati foi a maior consumidora de energéticos da Região Administrativa de Registro em 2018 .............. 31
Marcos Penido, Gabriel Chalita e Ignácio de Loyola Brandão na Semana da Educação .......................... 32
81a Semana Euclidiana tem 2a FLIRP, secretários estaduais e escritores ............................................ 33
Emissão de CO2 e consumo de derivados de petróleo é considerada próxima do sustentável em Atibaia 34
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 35
'Muda de opinião como troca de blusa', diz líder ruralista sobre Kátia Abreu........................................ 35
Polícia flagra duas pessoas fazendo descarte irregular de resíduos em Suzano .................................... 37
Relatório dos EUA aponta que o nível dos gases do efeito estufa bateram recorde em 2018 .................. 38
Proposta de lei quer estabelecer regras mais flexíveis para o licenciamento ambiental ......................... 38
Prefeitura de SP faz mapa digital da vegetação na cidade ................................................................. 39
Campanha no interior paulista promove coleta de embalagens vazias ................................................ 40
Sem desperdício! Saiba como conservar 8 tipos de alimentos ........................................................... 41
3
Grupo de Comunicação
Óculos, chinelos e até capacetes são retirados do mar no litoral de SP ............................................... 42
Xadrez do caso Paraguai e as jogadas ambientais de Ricardo Salles, por Luis Nassif ............................ 44
Ataques de morcegos aumentam 54% em São Paulo em 2019 .......................................................... 49
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 51
Painel: Com Lava Jato sob pressão, ala radical do bolsonarismo tenta alavancar protesto contra o STF .. 51
Mônca Bergamo: Caso da única sobrevivente da Casa da Morte na ditadura volta a ser analisado na
Justiça ....................................................................................................................................... 53
Uso de biocombustível na Ásia pode elevar 'meio Brasil' a demanda anual por etanol........................... 55
A Esplanada tingida de jenipapo e urucum ...................................................................................... 57
ESTADÃO ................................................................................................................................... 59
Frente Parlamentar Ambientalista apresenta proposta alternativa de lei de licenciamento ..................... 59
Blow-up ..................................................................................................................................... 61
Empresários de vidro e cerâmica procuram Bolívia para compra direta de gás ..................................... 63
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 64
Schalka quer setor na defesa da Amazônia ..................................................................................... 64
Estoque alto desafia fabricantes de celulose .................................................................................... 65
Salles promete minuta de novo Fundo Amazônia em uma semana ..................................................... 67
Petrobras revê normas de compliance adotadas após escândalo da Lava Jato ..................................... 69
Eletrobras prevê emissão de ações e privatização no início de 2020 ................................................... 72
Presidente da Petrobras prevê investir US$ 100 bi em cinco anos ...................................................... 74
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Rádio Prudente
Data: 13/08/2019
Entrevista com Marcos Penido, Secretário
Estadual do Meio Ambiente
RÁDIO PRUDENTE 1070 AM/PRESIDENTE
PRUDENTE | JORNAL DA MANHÃ Data
Veiculação: 13/08/2019 às 07h47
Duração: 00:04:41
Transcrição
Reunião Unipontal. Aterros sanitários.
Tratamento de resíduos. Geração de energia.
Rio Tietê. Sabesp. Saneamento básico. Menos
esgoto. Rio Pinheiros.
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5
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta do Rio Pardo
Data: 10/08/2019
Conferencista oficial, Marcos Penido
defende progresso com meio ambiente
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
E37C51A77A4BDBFE293257AE881F83F313A9
55514EF94535BD9D6E6B9059D0B2A44FEE21
B582D563BFDAB0B937744DD6C1E05970386F
42CD03652BB0482498D5A416F34CF6781C01
8CE6AECF9C7B5440
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6
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Rádio Clube
Data: 13/08/2019
Vereadora pede explicações sobre
serviços de coleta seletiva
RÁDIO CLUBE 103,5 FM/BOTUCATU | Jornal
da Clube Gente Data Veiculação: 13/08/2019
às 08h36
Duração: 00:06:29
Transcrição
vereadora, explicações, serviços, coleta
seletiva, acumulo de materiais recicláveis,
zona rural, PEV, providências, requerimento,
providências necessárias, município verde-
azul, recursos, governo do estado,
desenvolvimento de projetos, aterro sanitário,
cetesb, divulgações corretas, promoção de
campanha, conscientização,
http://cloud.boxnet.com.br/y3glot5n
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Veículo: Rádio Band Vale
Data: 13/08/2019
Nova resolução garante proteção dos
recursos ambientais na mineração de
areia na várzea da Bacia do Paraíba do
Sul
RÁDIO BAND VALE FM 102,9/SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS | 1ª HORA REGIONAL Data
Veiculação: 13/08/2019 às 07h45
Duração: 00:01:52
Transcrição
Resolução SIMA. Cetesb. Coordenadoria
Petróleo, Gás e Mineração.
http://cloud.boxnet.com.br/yxmgpagw
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7
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Prudente
Data: 13/08/2019
Entrevista com deputado estadual , Ed
Thomas; parlamentar destaca presença e
pedido de projetos de educação
ambiental do secretário de Infraestrutura
e Meio Ambiente, Marcos Penido, em
evento
RÁDIO PRUDENTE 1070 AM/PRESIDENTE
PRUDENTE | JORNAL DA MANHÃ Data
Veiculação: 13/08/2019 às 07h55
Duração: 00:04:17
Transcrição
Reunião em UniPontal em Teodoro Sampaio.
Mineração. Aterros Sanitários Consórcios
http://cloud.boxnet.com.br/y2o6emc9
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Veículo: Rádio Band Vale G1 Globo
Data: 13/08/2019
Nova resolução garante proteção dos
recursos ambientais na mineração de
areia na várzea da Bacia do Paraíba do
Sul
RÁDIO BAND VALE FM 102,9/SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS | JORNAL DO MEIO DIA Data
Veiculação: 13/08/2019 às 12h54
Duração: 00:01:58
Transcrição
Resolução SIMA. Cetesb. Mineração.Não há
texto a ser exibido. Subsecretário Glaucio
Atorre.Coordenadoria Petróleo, Gás e
Mineração.
http://cloud.boxnet.com.br/y38w3dyt
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8
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Data: 13/08/2019
Polícia prende três suspeitos de tentar
furtar combustível em duto de
Itaquaquecetuba
Segundo a Polícia Militar, um quarto suspeito
pode estar em um buraco escavado pelo grupo
para chegar ao duto. O Corpo de Bombeiros
está no local para verificar se alguém
realmente está na área escavada.
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Polícia prende três suspeitos de tentativa de furto de
combustível em Itaquaquecetuba
Três homens foram presos em flagrante
tentando furtar combustível de dutos da
Transpetro, em Itaquaquecetuba, nesta terça-
feira (13).
A Polícia Militar recebeu uma denúncia
anônima e foi até o imóvel, no Jardim Tropical.
Lá, a equipe cercou o terreno onde ficam três
casas. O túnel para chegar até o duto foi feito
onde seria a cozinha de uma delas.
A passagem era de cerca de 3,5 metros e não
tinha escoramento, mas contava com
iluminação e uma escada. A equipe chegou
enquanto os suspeitos escavavam. Ao lado da
abertura havia muita lama e ferramentas.
A terra retirada do buraco era ensacada, para
depois ser descartada. Segundo a Polícia, a
casa foi alugada pela quadrilha.
William Souza, de 26 anos, Danilo Macedo de
Oliveira, de 23 anos, e João Gustavo de
Carvalho, de 26 anos, foram presos em
flagrante.
Suspeitos cavaram túnel para chegar ao duto da
Transpetro em Itaquaquecetuba. — Foto: Reprodução/TV
Diário
O imóvel já tinha sido utilizado para a prática
do mesmo crime. "Há mais ou menos uns dois
anos, fomos informados também que estavam
praticando o furto de combustível neste local.
Como da outra vez eles conseguiram se evadir
pelo córrego, dessa vez fizemos um certo com
todas as equipes da 2ª Cia, onde fechamos a
parte da frente e do córrego. Mas eles
tentaram fugir", diz.
O imóvel alugado pelos suspeitos fica ao lado
do terreno por onde passam os dutos. O
quarto suspeito, que conseguiu fugir, cavou
um buraco pequeno a cerca de seis metros da
entrada para usar como rota de fuga.
Funcionários da Transpetro estiveram no local,
mas não informaram qual combustível passa
pelos dutos.
"Na logística deles, eles receberiam R$ 10 mil
para dividir R$ 2,5 mil para cada, somente
para a escavação, porque já trabalham como
ajudantes de pedreiro. Então a parte deles
seria somente a escavação. Quando eles
localizassem, eles disseram que seria outra
parte. Eles disseram que foram contratados
pelo 'Gordão', que é quem fornecia a
alimentação e o dinheiro para fazer a
escavação do local", disse.
Os suspeitos e a dona do imóvel foram
levados ao DP Central de Itaquaquecetuba,
que vai conduzir as investigações. "Os três
estão sendo presos em flagrante pelo crime de
tentativa de furto qualificado, cuja pena é de
dois a oito anos. Agora os próximos passos
9
Grupo de Comunicação
são encaminhar eles para audiência de
custódia. As investigações continuam, porque
é sabido que um crime dessa monta, em
regra, trata de uma quadrilha, organização
criminosa, com eventuais outros
participantes", diz o delegado Eliardo Jordão.
A dona do imóvel foi ouvida e liberada pela
polícia.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) informou que chegou a ser
acionada pelo Corpo de Bombeiros para ir até
o local, mas depois o chamado foi cancelado.
O G1 pediu posição sobre o caso à Transpetro
e aguarda retorno. O telefone para denúncias
é 0800 6016925.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-
suzano/noticia/2019/08/13/policia-prende-
tres-suspeitos-de-tentar-furtar-combustivel-
em-duto-de-itaquaquecetuba.ghtml
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Veículo: Hora 1 TV Globo
Data: 14/08/2019
Polícia prende em flagrante três
suspeitos de furtar combustíveis em SP
3 min
Exibição em 14 Ago 2019
O grupo estava escavando um túnel para
chegar até um duto da Petrobras, na região
metropolitana de São Paulo.
https://globoplay.globo.com/v/7841254/progr
ama/
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Data: 13/08/2019
Polícia Ambiental apreende dez aves
silvestres em casa de Suzano
Aves estavam dentro de nove gaiolas. Dono
vai responder por crime ambiental.
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Papagaio estava entre as aves apreendidas em
casa de Suzano. — Foto: Polícia
Civil/Divulgação
Policiais da Delegacia de Meio Ambiente de
Mogi das Cruzes apreenderam dez aves
silvestres em um imóvel de Suzano, nesta
terça-feira (13).
Segundo a polícia, a equipe estava em
patrulha quando visualizou as aves na
garagem de uma casa na Rua Manoel Justino
da Silva Filho.
Quando a equipe entrou no local, percebeu se
tratar de dois pintassilgos, seis coleirinhas, um
trinca-ferro e um papagaio, criados sem
autorização.
O delegado Francisco Del Poente registrou um
termo circunstanciado de crime ambiental,
com base no artigo 29, 1°, inciso III, da lei
9605/98, que trata de ter em cativeiro
espécies da fauna silvestre, sem a devida
permissão, licença ou autorização da
autoridade competente.
As aves foram apreendidas e encaminhadas ao
Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-
suzano/noticia/2019/08/13/policia-ambiental-
apreende-dez-aves-silvestres-em-casa-de-
suzano.ghtml
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11
Grupo de Comunicação
Veículo: Leia Notícias
Data: 13/08/2019
Botucatu: Ecopontos começam a ser
construídos para descarte de móveis,
poda de árvores e resíduos recicláveis
- Leia Notícias
A Prefeitura de Botucatu iniciou a construção
de dois Ecopontos, locais de entrega
voluntária de pequenos volumes de entulho
(até 1 m³), móveis, poda de árvores e
resíduos recicláveis. Os equipamentos, que
serão compostos por área cercada de
aproximadamente 2.000 m² e com parte do
espaço coberta, estão sendo construídos nos
bairros Jardim Flamboyant e Cohab 4.
Quando estiver em funcionamento, o munícipe
poderá dispor seus materiais gratuitamente
em caçambas distintas para cada tipo de
resíduo, seguindo sempre a orientação do
responsável que estará no local, de forma
gratuita.
'Esses locais não são destinados a empresas
ou para fins comerciais, mas sim para os
moradores que tiverem restos de construção
no quintal, um móvel antigo, entre outros
materiais. Nossa expectativa é que em quatro
meses esses dois primeiros espaços possam
ser abertos para o descarte da população. O
objetivo principal do Ecoponto é conscientizar
a população a fazer o descarte correto de
materiais, evitando áreas verdes do
Município', afirma Márcio Piedade Vieira,
Secretário Municipal do Verde.
Os munícipes deverão realizar a entrega dos
materiais já separados de acordo com suas
características. Os que forem recicláveis serão
recolhidos e reaproveitados pelas cooperativas
de agentes ambientais do Município.
A viabilização do projeto ocorreu junto ao
Fundo Estadual de Prevenção e Controle
da Poluição - FECOP, da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado
de São Paulo. O investimento é de
aproximadamente R$ 200 mil.
'O Ecoponto é um projeto que temos desde o
início do governo, e que agora estamos
viabilizando. Essas duas unidades serão o
passo inicial para outras áreas que
trabalharemos para criar e assim auxiliar
moradores de outros bairros da Cidade',
finaliza o Prefeito Mário Pardini.
Fonte: Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29058926&e=577
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 13/08/2019
Municipalização do licenciamento
ambiental é tema de seminário
Evento teve objetivo de orientar e capacitar
gestores municipais; modelo simplifica
avaliação e fiscalização
Eficiência e agilidade durante o processo de
licenciamento ambiental é um dos
compromissos do governo do Estado de São
Paulo. A municipalização dessa ferramenta
simplifica a avaliação e a fiscalização de
licenças, beneficiando diretamente a
economia. Para avançar no tema, a
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente e a Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb) promoveram
o Seminário Municipalização do Licenciamento
Ambiental, na última quinta-feira (8), na
capital.
O encontro reuniu cerca de 170 pessoas de 65
municípios interessados em debater o assunto.
“A municipalização é fundamental para a
gestão do meio ambiente, com crescimento
sustentável e garantia da boa qualidade de
vida da população. É obrigação do Estado ser
facilitador, dar condições para que os
municípios assumam o licenciamento local,
que será mais ágil e rápido”, destacou o
Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente
Marcos Penido na abertura do seminário.
De acordo com o Diretor de Avaliação de
Impacto Ambiental da Cetesb, Domenico
Tremaroli, o engajamento dos municípios é
importante e resulta em melhora significativa
da gestão ambiental. “Ao licenciar, os
municípios passam a administrar os impactos
locais e resolver os próprios problemas”,
afirmou.
Municípios em ação
Os municípios que optaram pelo licenciamento
relataram melhora na gestão ambiental. “A
Cetesb nos ajudou quando assumimos o
licenciamento ambiental. Temos que implantar
instrumentos se quisermos melhorar o
atendimento às questões ambientais”, disse o
Secretário do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável de Campinas,
Rogério Menezes.
Cananeia, Caraguatatuba e Embu-Guaçu, por
exemplo, falaram da dificuldade que
encontram em seus municípios por ser de área
de preservação ambiental. “Precisamos de um
olhar diferenciado para nosso município. A
desburocratização é essencial para evoluirmos
economicamente”, reforçou o Prefeito de
Cananeia, Gabriel Rosa.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/mu
nicipalizacao-do-licenciamento-ambiental-e-
tema-de-seminario/
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13
Grupo de Comunicação
Veículo1: Jornal da Clube
Data: 13/08/2019
Ribeirão terá seis ecopontos para
descarte de resíduos sólidos
JORNAL DA CLUBE 1ª EDIÇÃO/TV
BANDEIRANTES/RIBEIRÃO PRETO Data
Veiculação: 13/08/2019 às 12h37
Duração: 00:07:26
Transcrição
Ecopontos. Educação Ambiental.
http://cloud.boxnet.com.br/y3auezjr
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: Primeira Página – São Carlos
Data: 14/08/2019
Empresários voltam a cobrar a
pavimentação do Parque São José
http://cloud.boxnet.com.br/y6dnmoan
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Limeira
Data: 14/08/2019
BRK é multada em R$ 92 mil; Cetesb
vistoria lagoa hoje
Além de mobilização no lago, BRK interditou
via próxima Dana Oe Carvalho
A BRK Ambiental foi autuada pela Prefeitura
de Limeira por conta do vazamento de esgoto
na lagoa do Parque Ecológico do Jd. do Lago.
aue matou peixes e causou danos ambientais.
A multa é equivalente a R$ 92.855. A
concessionária, que permanece com os
trabalhos de oxigenaçâo da água, também fica
obrigada a reparar o dano causado com a
reposição de 2 mil alevinos (peixes) em 30
dias. Hoje, a Cetesb fará nova vistoria no
local. A Secretaria de Obras também notificou
a Ares PCJ, fiscalizadora dos serviços.
A Prefeitura de Limeira autuou a BRK
Ambiental com base no Código Municipal do
Melo Ambiente. A multa é de 3,5 mil ufesps,
equivalente a RS 92.855 em função do
vazamento de esgoto na lagoa do Parque
Ecológico do Jd. do Lago, o que causou danos
ao meio abiótico e biótico, com morte de
peixes e poluição. A concessionária está
obrigada a reparar o dano causado com a
reposição de 2 mil alevlnos (peixes), em 30
dias.
Segundo o Executivo, desde quinta-feira, por
meio das Secretanas de Meio Ambiente e
Obras, está adotando as providências
necessárias em relação ao vazamento. A
responsabilidade pela contaminação foi da
concessionária BRK. que contratualmente deve
fazer a manutenção das redes de esgoto.
A concessionária agiu no sentido de
desobstruir a rede de esgoto e oxigenar a
lagoa. Na sexta-feira, foi constatada a morte
de ‘apenas três peixes*. No sábado e
domingo, os trabalhos continuaram. mas os
níveis de contaminação pioraram, o que
provocou a mortandade de mais peixes. A
Secretaria de Obras autorizou que a
concessionária retirasse, no final de semana e
segunda-feira. cerca de 100 peixes do local.
*A situação da lagoa está sendo monitorada e
os níveis de oxigenação deixaram a situação
sob controle. A BRK vai manter esse trabalho
de oxigenação até quinta-feira e depois
continuar monitorando o local’, informou.
A Secretaria de Obras notificou a Ares PCJ,
fiscalizadora dos serviços, e esta, por sua vez,
iria comunicar a Cetesb. Este órgão ainda não
foi notificado. *A Cetesb não recebeu
nenhuma reclamação durante o último fim de
semana sobre o caso mencionado. Nesta
quarta-feira (14) será realizada nova vistoria
no local*.
As ações no parque tiveram continuidade
ontem, com caminhões mobilizados ao local.
Além do parque, a concessionária BRK
Ambiental também tinha equipe atuando em
via próxima do local, interditando trecho da
Rua Willi G. Moya, no jardim Aeroporto, a
poucos quarteirões da Avenida Lauro Corrêa
da Silva.
A concessionária foi questionada sobre as
Intervenções no local, tanto na rua, quanto no
parque, e respondeu que ‘estava
acompanhando uma Inspeção da Prefeitura do
Município de Limeira na galeria de água
pluvial*. A BRK voltou a Informar que o
incidente foi ocasionado por um entupimento
causado pela presença de lixo nas redes de
esgoto próximas do parque. A empresa
confirmou a retirada de aproximadamente 100
16
Grupo de Comunicação
peixes para evitar a decomposição e não
comprometer a qualidade da água.
‘Desde 2010, a concessionária realiza o
acompanhamento semanal da qualidade da
água no lago através de análises em amostras
feitas duas vezes por semana. Desde quinta-
feira, foram realizadas diversas rodadas de
monitoramento na lagoa que demonstram o
retomo das suas condições normais. O
processo de aeração e monitoramento de pH e
oxigênio dissolvido serão mantidos pela
concessionária pelo menos até a próxima
quinta-felra. quando será feita nova avaliação.
Daiza de Carvalho
http://cloud.boxnet.com.br/y2nrtwqe
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura Lençóis Paulista
Data: 13/08/2019
Meio Ambiente prossegue com
implantação do 'espaço árvore'
De acordo com premissa da diretiva
'Arborização Urbana' do Programa Município
Verde Azul, a equipe da Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente prossegue com a
implantação do 'espaço árvore' em prédios
públicos listados no cronograma apresentado
em relatório.
Na primeira semana do mês de agosto, o
calçamento da EMEF 'Edwaldo Roque
Bianchini', Cecap, recebeu seis espaços
árvores. O trabalho foi realizado pelos
servidores Benedito Luciano Dias e Márcio
Aparecido de Freitas, sob coordenação da
engenheira agrônoma Edéria Pereira Gomes
Azevedo.
O espaço árvore é uma área permeável
implantada no entorno das árvores, nos
calçamentos de prédios públicos e em novos
loteamentos, de acordo com a Lei Municipal nº
4662/2014, que cria o Plano Municipal de
Arborização Urbana, e Decreto Executivo nº
493/2017. O espaço ainda tem por finalidade
melhorar as condições na base da planta,
permitindo seu desenvolvimento sem
comprometer a infraestrutura do calçamento e
promovendo o crescimento saudável e íntegro.
Esta ação serve como exemplo à população
sobre a adoção da medida.
A largura mínima para ser instalado o 'Espaço
Árvore' é de no mínimo 2 (dois) metros de
largura. Para a construção do espaço deve-se
levar em consideração 40% da largura, ou
seja, 80 cm, e o comprimento deve ser o
dobro (1,6 m). Já nos calçamentos com
medida inferior a 2 metros, o 'Espaço Árvore'
deve ocupar o leito carroçável e além das
dimensões esse espaço deverá ter um
elemento de identificação visual.
Em Lençóis Paulista, até o final do ciclo 2019
do Programa Município Verde Azul, que se
encerra em 1º de outubro de 2019, o
cronograma previsto deverá ser cumprido.
Ainda estão previstos mais oito prédios
públicos para a implantação: EMEF 'Eliza
Pereira de Barros', Centro; UBS 'Dr. José
Antônio Garrido', Jardim Ubirama; Creche
'Maria Inez Crepaldi', Jardim Maria Luiza I;
Creche 'Neide Madeira Dias' e EMEI 'Maria
Cordeiro Fernandes Orsi', Cecap; EMEF 'Amélia
Benta do Nascimento Oliveira', Vila Baccili;
Creche 'Wilson Trecenti', Núcleo Luiz Zillo e
EMEI 'Marcelino Dayrell Queiroz', Jardim Nova
Lençóis.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29070879&e=577
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 14/08/2019
Doenças respiratórias matam uma pessoa
a cada três horas e meia
Em 2017, segundo Datasus, o Grande ABC
registrou 2.452 óbitos; poluição agrava
quadro, principalmente entre crianças, idosos
e gestantes
ALINE MELO
aline melo @dgab c. com .br
Doenças respiratórias como asma, DPOC
(Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e
câncer de pulmão mataram, em 2017, 2.452
pessoas no Grande ABC, média de um óbito a
cada três horas e meia. Os números são do
Datasus, banco de dados do Ministério da
Saúde. A data de hoje, 14 de agosto, é
dedicada ao combate da poluição, fator que
agrava os quadros de desconfortos e
problemas respiratórios, especialmente a
emissão de material particulado pela queima
de combustíveis. Os grupos mais vulneráveis
são idosos, crianças e gestantes.
Pneumologista do Hospital Assunção de São
Bernardo e professor de pneumologia da
FMABC (Faculdade de Medicina do ABC),
Franco Martins explicou que a poluição
ambiental é responsável por cerca de 1 milhão
de óbitos no mundo. 'Deste total, pelo menos
20 mil são causados pela poluição atmosférica
(acúmulo de substâncias tóxicas e químicas no
ambiente, principalmente gás carbônico)',
pontuou.
Martins afirmou que os pacientes devem estar
atentos aos sintomas como tosse com
secreção acompanhada de falta de ar,
cansaço, chiado, dor ou aperto no peito. 'Isso
pode ser indicativo de manifestação de
algumas doenças, como pneumonia, bronquite
ou enfisema, especialmente a falta de ar',
destacou. 'Ainda que não existam os outros
sintomas, em caso de tosse por mais de duas
semanas, um médico deve ser consultado',
completou.
Dados da Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo) indicavam, na
tarde de ontem, que das estações de
medições de qualidade do ar em cinco cidades
da região (Santo André, São Bernardo, São
Caetano, Diadema e Mauá), apenas em
Diadema e em Santo André a qualidade era
considerada boa.
O índice, que varia de zero a 400 microgramas
de MP10 (partículas inaláveis resultado da
queima de combustíveis fósseis) por m³,
apontava 49 para Diadema e 35 para Santo
André. Nas demais cidades, o ar era
considerado com qualidade moderada: 50 e 53
nas duas estações de São Bernardo, 59 em
São Caetano e 48 em Mauá. Nestes casos, o
boletim alerta para os riscos às pessoas que
têm doenças respiratórias e/ou
cardiovasculares.
AÇÕES
Em celebração ao Dia de Combate à Poluição,
a Prefeitura de Mauá promove, no dia 20,
palestra sobre as principais fontes de poluição
no mundo, quais os problemas causados e
como eliminálas. A atividade, ministrada pela
técnica ambiental e ecóloga da Secretaria do
Verde e Meio Ambiente, Marcella Fortes, será
realizada nas escolas estaduais Manoel Cação
(Jardim Sonia Maria) e Maria Josefina
Kuhlmann Fláquer (Jardim Silvia Maria).
Santo André e São Bernardo não vão realizar
atividades específicas, mas destacaram
iniciativas de combate à poluição, como
vistorias nos veículos da frota da
administração, incluindo os ônibus municipais.
As outras cidades não responderam até o
fechamento desta edição.
Consórcio chegou a debater inspeção veicular
na região
A inspeção veicular, que já foi obrigatória na
cidade de São Paulo entre 2008 e 2014, é
apontada por especialistas como uma das
saídas para melhorar a qualidade do ar. Na
região, o Consórcio Intermunicipal do Grande
ABC chegou a debater, entre 2011 e 2012, a
19
Grupo de Comunicação
possibilidade de instituir a medida. A iniciativa
foi abandonada e, segundo o colegiado e a
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo), não existe nada em discussão
atualmente.
Em 2013, o governo estadual foi condenado
em primeira instância, em ação civil pública
impetrada pelo MP (Ministério Público), a
implementar a inspeção veicular em 124
municípios, incluindo os sete da região. O
Estado apresentou recurso em 2014, que
ainda não foi julgado. Em maio deste ano,
atendendo a uma representação do Conama
(Conselho Nacional do Meio Ambiente), o MP
oficiou o Contran (Conselho Nacional de
Trânsito) para que implemente em todo o País
a inspeção. O órgão ainda não se manifestou.
Conselheiro do Conama e presidente do Proam
(Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental),
Carlos Bocuhy afirmou que, se benfeita, a
inspeção veicular tem potencial para reduzir
em até 20% as mortes causadas pela
poluição. O conselheiro destacou que há
soluções tecnológicas para reduzir a emissão
de poluentes. 'O dinheiro que a indústria não
quer investir para resolver essa questão o
governo gasta ou com o SUS (Sistema Único
de Saúde) ou perde em doenças e mortes de
pessoas em idade produtiva', afirmou. AM
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29096045&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29098158&e=577
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário WEB
Data: 14/08/2019
Rio Preto respira melhor ao usar mais
etanol
Seja por fatores econômicos ou pela
consciência ambiental, os rio-pretenses estão
optando mais pelo uso de etanol. Dados do
"Anuário Energético por Município no Estado
de São Paulo - 2019" apontam que o consumo
do combustível à base de cana-de-açúcar
subiu 30% em 2018, comparado a 2017. Com
menos gasolina nos carros, quem ganha é o
meio ambiente: o mesmo estudo mostrou que
a emissão de CO2, um dos gases do efeito
estufa, diminuiu na cidade. As notícias são
celebradas como positivas para este 14 de
agosto, Dia Mundial Contra a Poluição.
O Anuário Energético, elaborado pela
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente
do Estado, compilou dados sobre as principais
fontes energéticas consumidas pelos 645
municípios paulistas e também sobre as
emissões de dióxido de carbono (CO2). Os
dados usados para a edição deste ano são
referentes a 2018.
Segundo o estudo, em 2017, Rio Preto
consumiu 108,3 milhões de litros de gasolina.
No mesmo ano, relatório da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o
qual leva em conta dados de uma série de
poluentes, mostrou que o ar na cidade era o
sétimo pior do interior do Estado entre 32
estações. Um ano depois, o Anuário
Energético aponta que a cidade consumiu 20,9
milhões de litros de gasolina a menos e fechou
2018 com um consumo de 87,4 milhões de
litros do combustível de origem fóssil.
Na outra ponta, com uma frota de 155.680
veículos flex e 21.940 veículos movidos
apenas pelo combustível produzido pela cana-
de-açúcar, a cidade passou de 144,7 milhões
de litros de etanol em 2017 para 189,4
milhões de litros no ano passado.
O consultor de vendas Elvis Cláudio Ignácio,
48 anos, abastece apenas com etanol. "Faz
uns quatro anos. Para mim, o carro tem uma
desempenho melhor e polui menos o meio
ambiente", afirmou. "É uma fonte de energia
que a gente produz e deveria valorizar mais",
completou.
Poluição CO2
Rio Preto tem a 15ª posição entre as cidades
paulistas no ranking das que mais consomem
energia em geral. E é a 14ª cidade do Estado
que mais emite dióxido de carbono. O estudo
levou em conta emissões de CO2 provocadas
pelo consumo de gás natural, gasolina
automotiva e de aviação, óleo diesel, óleo
combustível, querosene iluminante e de
aviação, GLP (Gás Liquefeito de Petróleo),
coque de petróleo e asfalto.
Nesse critério, o município registrou uma
queda considerável - de 771.300 toneladas de
CO2 jogadas na atmosfera, em 2017, para
755.500 no ano passado. O levantamento não
aponta uma relação direta entre a queda do
consumo de gasolina e as reduções do
poluente, mas especialistas confirmam a
relação.
Segundo o engenheiro civil e sanitarista José
Mário Ferreira de Andrade, o aumento do
consumo de etanol significa que estamos
reduzindo as emissões de poluentes
atmosféricos, "principalmente o gás carbônico,
cujo aumento de concentrações na atmosfera
provoca o aquecimento global", explicou.
Na análise do engenheiro, Rio Preto conta com
duas ferramentas contra o aumento da
geração de poluição - o aumento do consumo
de etanol e a usina de compostagem, que
evita produção de metano no aterro sanitário,
"um gás de efeito estufa 21 vezes mais
maléfico que o gás carbônico", afirmou.
O professor aposentado pela Unesp e diretor
técnico do GEA Laboratório de análises
ambientais, Samir Felicio Barcha, é mais
cauteloso. "Fico cético se essa queda
[consumo da gasolina] vem de uma
conscientização. De qualquer forma, a
diminuição de CO2 na atmosfera já é uma
coisa positiva", analisou.
De forma geral, a bióloga Valéria Stranghetti
afirma que a notícia do aumento do consumo
de etanol pode ser celebrada neste Dia
Mundial Contra a Poluição. "O etanol para a
21
Grupo de Comunicação
natureza é muito melhor porque a gente deixa
de queimar combustível fóssil, que é o grande
problema", afirmou. "E com a proibição da
queima da cana-de-açúcar [na colheita], a
gente tem um ganho maior ainda", completou.
Anuário energético
Consumo de energia em Rio Preto
Gasolina (em litros)
2017: 108,3 milhões
2018: 87,4 milhões
Posição no Estado: 13ª
Diesel
2017: 108,3 milhões
2018: 197,2 milhões
Posição no Estado: 6ª
Etanol
2017: 144,7 milhões
2018: 189,4 milhões
Posição no Estado: 6ª
Consumo de energia em geral (em TOE,
Tonelada de Óleo Equivalente)
2017: 438,5 mil
2018: 457,9 mil
Posição no Estado: 15ª
Emissão de CO2 por Rio Preto (em toneladas)
2017: 771,3 mil
2018: 755,5 mil
Posição no Estado: 14ª
Frota em Rio Preto por tipos de combustível
Flex: 155.680 veículos
Flex/Gás Natural: 38
Gasolina: 180.480
Gasolina/Gás Natural: 73
Gasolina/Elétrico: 40
Etanol: 21.940
Etanol/Gás Natural: 3
Diesel: 25.569
Elétrico (fonte interna ou externa): 8
Sem informação: 12.261
Desafio contra poluição
O sonho de pesquisadores e ambientalistas é
um país movido com fontes energéticas de
baixo impacto ambiental, como o carro do
arquiteto Andre Attab, à base de energia
elétrica. O veículo, um BMW i3, roda 155
quilômetros com um "tanque" de carga e
percorre ruas, avenidas e estradas sem poluir
a natureza.
"Em um país cada vez mais impermeável,
onde a gente não tem muita natureza, você
poder colaborar minimamente com um veículo
que não causa dano ao meio ambiente e te
traz conforto é muito bom", afirmou. "Pena
que a gente caminha em passos minúsculos e
a gente não vai ver isso no Brasil. Mas é
sempre uma semente", completou.
Nesta linha, a bióloga Valéria Stranghetti
chama atenção para a necessidade de
mudanças que façam diferenças consideráveis.
Para começar, segundo Valéria, seria
necessário reduzir o uso de diesel - pelos
dados do Anuário Energético 2019, em Rio
Preto foram consumidos 197,2 milhões de
litros de diesel em 2018.
O combustível é a energia do transporte
público, de veículos de médio e grande porte e
também do transporte rodoviário.
"Deveríamos aproveitar mais os nossos rios e
pensar mais nas ferrovias", afirmou a bióloga.
"Também deve-se pensar em novas formas de
combustível, como o biogás, já usado em
algumas cidades brasileiras", disse a bióloga.
Valéria lembra ainda da necessidade de
recuperar os recursos naturais, como forma de
combate às mudanças climáticas. "O CO2 não
é grande o vilão. Temos outros fatores que
contribuem, como o desmatamento, a
impermeabilização dos solos [asfalto], as
florestas praticamente não existem mais",
apontou. (FP)
22
Grupo de Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29089988&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo1: Gazeta de Votorantim
Veículo2: JE online
Data: 14/08/2019
Simulado da CBA com a população de
Alumínio já tem data marcada
Ação acontece em 16 de outubro e faz parte
do plano de ação de emergência da barragem
do Palmital
A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio)
anunciou que o simulado de situação de
emergência envolvendo toda a comunidade na
zona de autossalvamento acontecerá em 16
de outubro, às 10h. A novidade foi divulgada
durante a terceira reunião da Comissão Mista,
realizada na última sexta-feira (9), criada pela
Empresa para reforçar a prática de
transparência e diálogo aberto, reunindo
representantes dos municípios de Alumínio,
Sorocaba e Itu. Pela primeira vez,
representantes da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB)
participaram do encontro e passam a
acompanhar o desenvolvimento das atividades
como membros da Comissão Mista.
Os treinamentos e simulados com a população
são o próximo passo do Plano de Ação de
Emergência, que já teve, em sua primeira
etapa, o cadastramento da população da zona
de autossalvamento. Atualmente, o processo
está na segunda fase, que contempla a
definição dos pontos de encontro nas rotas de
fuga, validados em parceria com a Defesa Civil
do município, bem como a instalação de 23
placas nesses locais e de sirenes de
notificação em massa.
Com os equipamentos instalados, a população
cadastrada será avisada e convocada para os
treinamentos prévios, que acontecerão entre
agosto e setembro, e vão preparar os
participantes para o simulado, agendado para
outubro. Os treinamentos pré-simulado serão
feitos por ponto de encontro. A população do
entorno será levada ao local indicado por uma
equipe treinada, para que entendam a
dinâmica da ação.
Cadastro da população
No total, foram registradas 4.083 pessoas na
zona de autossalvamento, além de 2.334
imóveis. O registro contempla informações
como idade dos moradores, quantidade de
pessoas por imóvel e dificuldades de
locomoção.
Sobre a CBA
Produzimos alumínio do começo ao fim:
extraímos a bauxita, transformamos o metal e
oferecemos desde lingotes até produtos
transformados como chapas e bobinas.
Tudo isso de um jeito bem sustentável.
Somos autossuficientes na extração da
bauxita, produzimos toda a energia que
usamos e somos líderes na reciclagem
industrial do setor.
Isso tudo para conectar você ao mundo de
oportunidades do alumínio.
O alumínio está no transporte que te move,
nas janelas de sua casa, na embalagem de
alimentos e no seu celular. Parcerias
duradouras que transformam matéria-prima
em soluções para o dia a dia.
A CBA está bem perto de você. Acesse:
www.cba.com.br.
Fonte: FleishmanHillard | Assessoria de
Imprensa
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29065933&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29068095&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia Americana
Data: 14/08/2019
Fogo fecha ecoponto no Jardim dos Lírios
http://cloud.boxnet.com.br/y4sxkj8a
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Grupo de Comunicação
Veículo: Neo Mondo
Data: 14/08/2019
Poluição do ar: um assunto transversal
nos 17 Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável da ONU
Poluição do ar: um assunto transversal nos 17
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da
ONU
Por – Sucena Shkrada Resk*, para neo mondo
Análise é feita pelo médico-patologista e
pesquisador Paulo Saldiva, diretor do Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São
Paulo (IEA/USP), em entrevista especial ao
Blog Cidadãos do Mundo
Não é por acaso que o sistema da Organização
das Nações Unidas (ONU) elencou a poluição
do ar como assunto prioritário na agenda
mundial, neste ano, relacionado aos Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com
metas estabelecidas pelos países até 2030.
Para subsidiar esta pauta, várias iniciativas
estão ocorrendo, entre elas, a elaboração do
documento “Poluição do Ar e Saúde. Uma
iniciativa político-científica da Academia de
Ciência da África do Sul, da Academia
Brasileira de Ciências, da Academia Nacional
de Ciências da Alemanha Leopoldina, das
Academias Nacional de Medicina dos EUA e
Nacional de Ciências dos EUA.
As organizações propõem a implementação de
um pacto global para o controle e redução da
poluição do ar, que seja uma prioridade para
todos (líderes de governos, empresas e
cidadãos). Um exercício para se repensar e
revitalizar as cidades, as regiões
metropolitanas quanto ao aspecto de uso e
ocupação do solo, mobilidade urbana, fonte de
energia e saúde ambiental, entre outros. A
proposta foi apresentada na sede da ONU, em
Nova York, em junho deste ano.
Afinal, a sustentação na esfera da geopolítica
internacional não falta. Como argumento,
mencionam a já existência de diferentes
acordos, resoluções, convenções e iniciativas.
Entre essas, estão o Protocolo de Montreal, a
Convenção sobre a Poluição Atmosférica
Transfronteiriça a Longa Distância da
Comissão Econômica para a Europa das
Nações Unidas, e a resolução sobre os
impactos da poluição do ar na saúde humana
da Assembleia Mundial da Saúde (ligada à
OMS).
No documento, ainda enfatizam que – “… O
crescimento econômico que aceita a poluição
do ar e ignora os impactos ambientais e na
saúde pública é insustentável e antiético. A
queima de combustíveis fósseis e de biomassa
é a maior fonte de poluição do ar a nível
global…”
No grupo de cinco pesquisadores brasileiros,
que compõem a produção do documento
internacional, se encontra o patologista e
pesquisador Paulo Saldiva, diretor do Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São
Paulo (IEA/USP), que é o entrevistado especial
desta semana, do Blog Cidadãos do Mundo –
jornalista Sucena Shkrada Resk. Estudioso
internacional em saúde ambiental, há algumas
décadas, Saldiva explica de forma didática,
como o nosso organismo retrata os impactos
da poluição do ar nas grandes cidades e
consegue traduzir como acontece essa relação
no meio ambiente, por meio de constatações
de mais um estudo recente que realizou com
equipe, em São Paulo. Ao mesmo tempo,
aprofunda sua leitura sobre a configuração
transversal do tema, nos 17 ODS/ONU.
26
Grupo de Comunicação
Também integraram este grupo seleto com
Saldiva, os professores Maria de Fátima
Andrade, Paulo Artaxo, Nelson Gouveia (USP)
e Simone El Khouri Miraglia, da Unifesp.
Para multiplicar as informações e orientações
sobre esta agenda, com gestores à sociedade,
foram também lançadas aqui no Brasil, no
contexto regional da América Latina e Caribe,
a campanha “Respire Vida”, com a cartilha “16
Medidas pela qualidade do Ar nas Cidades –
um Chamado pela Saúde e pelo Meio
Ambiente”, organizada pela Organização Pan-
Americana de Saúde e pela ONU Meio
Ambiente. O material destaca sugestões nas
áreas de mobilidade urbana, geração de
energia, processos industriais, ambiente
doméstico, ambienta rural, gestão de resíduos
e saúde humana. Um dos motivos cruciais:
nesta região um percentual estimado de 80%
da população vive em cidades.
Confira a entrevista de Paulo Saldiva sobre
poluição do ar e saúde:
Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena
Shkrada Resk – Professor Saldiva, no estudo
sobre os efeitos da poluição do ar na saúde,
que realizou com equipe de pesquisadores, na
Faculdade de Medicina da USP, financiado pela
Fapesp e publicado na revista científica
Environmental Research recentemente, foram
autopsiados 413 cadáveres na capital paulista.
O que esta avaliação constatou e soma a
alertas anteriores a respeito deste tema?
Paulo Saldiva – O estudo trata da relação da
poluição do ar e o acúmulo de poluentes no
pulmão de humanos. Primeiro, na cidade de
São Paulo, a poluição é praticamente
dominada pelo tráfego veicular. As indústrias
gradativamente saíram da cidade ou foram
atraídas para outros municípios, que
apresentavam mais alternativas, além do
imposto e de outras dificuldades do
zoneamento urbano. Então, ficou o tráfego e a
única indústria que permaneceu em São
Paulo, foi a indústria da construção civil, que
transforma o solo urbano em uma commodity
e não em um common. Deixe-me explicar: o
solo urbano passa a ter mais valor em áreas
com maior acesso a serviços públicos, entre
outros. Assim os empreendimentos comerciais
ocupam estes espaços e o preço venal, seja de
posse ou aluguel aumenta bastante. Então, as
pessoas que menos podem vão morar cada
vez mais longe, onde pode pagar por sua
moradia. Isso impõe uma carga enorme de
deslocamentos porque a cidade de São Paulo
interage funcionalmente com outros
municípios da região metropolitana e até com
outras regiões metropolitanas. Por exemplo, é
comum que pessoas que moram em Jundiaí,
Campinas, Sorocaba, Santos e São José dos
Campos, elas trafeguem em direção a São
Paulo e vice-versa, fazendo com que sejamos
um conglomerado de metrópoles, ou seja, de
uma espécie de “metápolis”. Também é
comum que passemos de quatro a cinco horas
no trânsito.
Blog Cidadãos do Mundo – O que este estudo
revela de alerta e mudanças emergentes no
contexto da mobilidade urbana nas grandes
cidades?
Paulo Saldiva – Quando você vê a rede de
monitoramento ambiental da Companhia de
Saneamento Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), que tem séries históricas
desde os anos 70, você percebe que, de fato,
houve uma redução da poluição, mas existe
uma concentração de poluentes na região
central da cidade, onde existem mais carros e
mais congestionamentos. Então, como visto
pelo olhar das estações de monitoramento, a
poluição é um fenômeno do centro da cidade
27
Grupo de Comunicação
de São Paulo. No entanto, quando se olha na
sala de autópsia, o pulmão dos paulistanos, é
possível ver pequenas manchas de carbono,
às vezes, até em grande intensidade, da
mesma forma que acontece com os fumantes.
Este carbono (esta fuligem) é inalada pelos
pulmões e como possui substâncias tóxicas,
produz certa reação inflamatória e pode ficar
preso para sempre ali, como forma de uma
cicatriz escura. E se pode medir isto. Foi o que
a gente fez. Na sala de autópsia do serviço de
verificação de óbitos, que funciona na
Faculdade de Medicina da USP, nós
fotografávamos a superfície do pulmão,
medíamos a superfície da pleura ocupadas por
manchas escuras. Tínhamos de pedir a
autorização das famílias para fazer isto e ao
mesmo tempo apresentávamos um
questionário que relatava o tempo de moradia
em São Paulo, tempo de ocupação, se era
fumante ativo ou passivo, e como também
tínhamos o endereço, dava para saber a
densidade de ruas e tipo de tráfego da região
onde a pessoa morava e até a proximidade a
uma avenida de maior fluxo.
Blog Cidadãos do Mundo – E quanto à saúde
preventiva e ao comportamento da sociedade
em cidades metropolitanas, como São Paulo?
Paulo Saldiva – Bom, o que deu para ver é
que quando você coloca, então, cada pulmão
de indivíduo em uma estação de
monitoramento, é que a poluição não é um
fenômeno da região central e, sim, da periferia
da cidade. Como é que a gente explica isto?
Possivelmente, estas pessoas que moram mais
longe do centro são aquelas que permanecem
mais tempo circundadas por canos de
escapamento, presas em congestionamentos
intermináveis, enquanto vão e voltam no
caminho da sua casa até o seu serviço.
Também há muitas pessoas em São Paulo,
que ao findar as oito horas do trabalho
convencional, quando têm, fazem um bico
dirigindo carros ou entregando coisas nas ruas
da cidade. Então, embora tenhamos reduzido
a poluição doa ar da cidade, isso, um fruto de
uma política de melhoria tecnológica de
motores e combustíveis, nós ainda temos
como fator determinante da nossa dose, o
tempo que permanecemos nas ruas e os
nossos hábitos de mobilidade. Ou seja,
embora a nuvem de poluição quando a gente
olha de cima a cidade, seja mais ou menos
homogênea, quem leva mais poluição dentro
de si, são aqueles que ficam mais tempo no
tráfego. Isso é equivalente a quatro a cinco
cigarros por dia, porque nós temos dessa
fuligem inalada, fumantes e não-fumantes,
nessa série de pacientes e podemos, então,
comparar o equivalente tabágico do que
representa o deslocamento urbano em nossas
ruas. Isso é mais ou menos o resumo deste
trabalho.
Esta pesquisa sobre este “tabaco ambiental”
foi publicada recentemente, em junho, na
Environmental Research.
Blog Cidadãos do Mundo – Com estas
constatações, qual sua análise sobre as
mudanças emergentes necessárias para
combater a poluição, que competem à gestão
pública, desde a questão energética ao custo à
saúde humana?
Paulo Saldiva – Para combater a poluição, não
bastam só novos motores e tecnologias, mas
temos de pensar transporte público de baixa
emissão e alta eficiência. Quanto a políticas
públicas, tudo está inventado, nada precisa
ser descoberto, mas ser, sim, implementado.
O controle da poluição do ar depende de
fontes de energia mais limpas, que já estão
disponíveis e de priorizar o transporte coletivo
de baixa emissão, que também está
disponível. Para isso, a gente precisa colocar
os co-benefícios econômicos do controle da
poluição. Controlar a poluição dá lucro. Então,
para cada unidade de investimento em
controle de poluição, geralmente se ganha de
duas a três mortes evitadas e o aumento de
produtividade no país. É por isso que muitos
países, inclusive, a China, estão pegando
pesado no controle da poluição do ar. Este
28
Grupo de Comunicação
controle também leva ao controle dos GEES
por causa da eficiência energética.
Blog Cidadãos do Mundo – Professor, fale mais
a respeito da necessidade dessas mudanças
emergentes, que envolvem também a
mudança de comportamento da sociedade.
Paulo Saldiva – O que tem de ser feito?
Basicamente fazer conta. Hoje a gente está
subsidiando energias sujas com vidas
humanas e dinheiro. Quer dizer que isso não é
justificável, nem do ponto de vista moral,
fazendo as pessoas morrerem antes do tempo,
principalmente as mais pobres; como
também, não é econômico. Porque o dinheiro
que você arrecada desta economia ao utilizar
uma energia suja, como carvão, você perde
em redução de produtividade econômica e em
custos diretos e indiretos da saúde. Há vários
estudos mostrando isso. No nosso caso
específico do Brasil, não acredito muito nas
políticas públicas. A gente carece – no artigo
princípio valores, está em falta na prateleira
da política nacional, no almoxarifado, nós
deveremos ter mudanças de comportamento.
Elas já estão ocorrendo. Há um maior apelo
para transporte coletivo, já há mais interesse
em você utilizar transporte público e morar
mais perto da condução. A ideia de possuir um
carro e gastar de forma absurda, como levar
mil quilos de latas para qualquer lado que
você vai, está perdendo espaço entre a
população mais jovem. Para quem insiste
nestas práticas, não é que estas pessoas
sejam intrinsecamente más, mas insistem
porque são frutos de uma educação e cultura
que foram vigentes até muito recentemente.
Se você visitar as páginas de anúncios
imobiliários, por exemplo, do Estadão, como
eu fiz, dos anos 70 e 80, a maior propriedade
de um apartamento era número quartos e de
vagas na garagem.. Hoje é a proximidade de
um parque, um terminal de metrô ou de
ônibus. Enfim, a metragem está caindo muito
e nós não estamos precisando mais de tanto
espaço para viver. É um processo lento, mas
vai ocorrer. Eu sou otimista. As cidades que
geraram os problemas, mas nas ruas das
cidades é que mora a criatividade,
principalmente nos momentos de crise.
Blog Cidadãos do Mundo – Qual é a relação da
poluição atmosférica com as 17 metas dos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da
ONU?
Paulo Saldiva – Quanto à relação entre o
controle da poluição e as metas de
atingimento dos ODS/ONU para 2030, eu não
consegui achar sequer uma das metas das 17
que não encaixasse espaço para o controle da
poluição do ar. Este tema passa por educação,
ou seja, mudança de comportamento e
educação mais saudável, cidades mais
eficientes, diminuição da equidade, uma vez
que as pessoas que menos podem são as que
recebem mais poluição. A poluição é mais
frequente nos países mais pobres e dentro dos
países pobres, nas comunidades mais
desfavorecidas. Atinge a saúde, o controle
tanto de doenças infecciosas, crônicas e não-
transmissíveis – como diabetes, infarte e
câncer. Nós também temos um objetivo, que é
o controle da poluição, quando melhora a
eficiência e utiliza combustíveis mais limpos e
tecnologias mais eficientes. Dessa forma, você
reduz ao mesmo tempo, a emissão dos Gases
de Efeito Estufa (GEEs). Ao fazer isso,
melhora, inclusive, a segurança alimentar.
*Sucena Shkrada Resk é jornalista, formada
há 27 anos, pela PUC-SP, com especializações
lato sensu em Meio Ambiente e Sociedade e
em Política Internacional, pela FESPSP, e
autora do Blog Cidadãos do Mundo.
http://www.neomondo.org.br/2019/08/13/pol
uicao-do-ar-um-assunto-transversal-nos-17-
objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel-da-
onu/
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29
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia Americana
Data: 14/08/2019
TCE aponta irregularidades em consórcio
de recuperação do Rio do Peixe
Marília Notícia
Rio do Peixe, responsável pelo fornecimento
de água em Marília e importante para toda a
região (Foto: Arquivo)
O Consórcio Intermunicipal Pró-Recuperação
do Rio do Peixe formado por Marília e outras
quatro cidades vizinhas não vem cumprindo as
atividades para as quais foi criado, de acordo
com o Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo (TCE-SP).
É dali que vem boa parte da água que
abastece Marília e em 2017 o Marília Notícia
revelou dados da Cetesb que classificou a
água do do manancial como ruim, com nota
36 no Índice de Qualidade das Águas Brutas
para Fins de Abastecimento Público que vai de
0 a 100.
Também são integrantes do consórcio Garça,
Lupércio, Ocauçu e Vera Cruz. No entanto,
desde 2004 não existiria a composição de uma
diretoria, segundo informações dadas por
Garça ao órgão fiscalizador.
Consta como responsável perante o TCE a
prefeita de Ocauçu, Alessandra Colombo
Marana, que foi multada em R$ 7.959
recentemente por conta das irregularidades.
Nesta segunda-feira (12) as contas do grupo
relativas ao ano de 2017 foram encaminhadas
ao Ministério Público de Contas.
A corte de contas vem cobrando ao menos
desde aquele ano a extinção do consórcio, que
tem uma dívida de valor não informado junto
ao Estado, mas que vem crescendo.
Todas as cidades têm responsabilidade
solidária com a dívida, ou seja, possuem
obrigação de pagá-la.
O Marília Notícia questionou o Governo do
Estado sobre o valor devido e as ações
tomadas para cobrá-lo, mas não houve
retorno até o fechamento desta matéria.
Em abril deste ano o auditor do TCE, Márcio
Martins de Camargo, julgou irregulares as
contas de 2015 do consórcio.
'Os desacertos apontados pelo órgão instrutivo
são abundantes e reincidentes, sendo que as
informações prestadas apenas confirmam que
os atos foram praticados na contramão do
tratamento responsável da coisa pública,
diante da persistente falta de regularização da
divida junto a Fazendo Pública Estadual',
escreveu Camargo.
A situação viria se arrastando 'em perfeito
descaso por parte dos municípios consorciados
em empreender ações minimamente
tendentes à contenção ou eliminação da
divida, impedindo a dissolução da Entidade,
com prejuízo aos munícipes dos entes
consorciados diante da elevação da divida e de
sua atualização'.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29059266&e=577
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Metropolitana
Data: 14/08/2019
Guarulhos é a segunda cidade do estado
que mais consome energia
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
6AA514245BAA4E3554351921892A2DED7757
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D26764225BE65A2011853E9BA3C1F42004DB
617585B70911F954E47063640A2738AD427C
3F807776178AA82E
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Regional Folha
Metropolitana
Data: 14/08/2019
Cajati foi a maior consumidora de
energéticos da Região Administrativa de
Registro em 2018
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
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0CEF894145B6E6B1EE8FF72C4226BFFC89F06
B443000BC9BE0C8
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta do Rio Pardo
Data: 10/08/2019
Marcos Penido, Gabriel Chalita e Ignácio
de Loyola Brandão na Semana da
Educação
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
98B2055C5F44D342A21644497AB6F3EDAF9F
A091CE687494EA93D1234F14064D4B78C763
4289961EA18E9E2816EE0DE11CB6BA453D94
BAA1D82D0C857055A73B3E767D2D844BCA0
5E364D919CCC49B5D
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta do Rio Pardo
Data: 10/08/2019
81a Semana Euclidiana tem 2a FLIRP,
secretários estaduais e escritores
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
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4386AE5918545315E11722687621C31AE5407
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34
Grupo de Comunicação
Veículo: O Atibaiaense
Data: 14/08/2019
Emissão de CO2 e consumo de derivados
de petróleo é considerada próxima do
sustentável em Atibaia
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
20A084392EA5D6783B757C14FFB27BC9BB59
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F7EB5C8814A5503BE9558C310E980930F4BFC
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35
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Folha da Região
Data: 13/08/2019
'Muda de opinião como troca de blusa',
diz líder ruralista sobre Kátia Abreu
O presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira
(MDB-RS), reagiu às declarações da senadora
Katia Abreu (PDT-TO), de que 'os agricultores
que estão alegres hoje vão chorar amanhã'.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo
publicada nesta terça-feira, 13, Kátia se
referia aos impactos da política ambiental do
presidente Jair Bolsonaro, que, em sua
avaliação, ameaça o acesso de produtos
brasileiros no exterior e pode causar prejuízos
ao agronegócio.
Líder da bancada ruralista na Câmara, Moreira
disse que a senadora 'muda de opinião muito
rápido, como troca de blusa'. 'Kátia Abreu,
nesse momento, expressa uma posição
política de oposição. Aliás, se a Kátia Abreu
estivesse falando na condição de presidente
da CNA (a senadora foi presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária), ela
diria completamente o inverso', comentou o
deputado. 'É que a Kátia Abreu muda de
opinião muito rápido, como troca de blusa.'
Questionada sobre a declaração de Alceu
Moreira, a senadora voltou a mencionar o risco
das políticas atuais repercutirem das
negociações externas do País. 'Prefiro mudar
de opinião pelo amor, que é a ciência e o
bem-estar dos consumidores, do que pela dor,
que é a perda de mercados internacionais',
declarou.
Na entrevista concedida ao Estado, a ex-
ministra da Agricultura, que já foi um símbolo
da retórica antiambiental, afirmou que
'evoluiu' e que o discurso atual do setor é
'antimercado' e representa atraso. Para ela,
cabe ao Congresso atuar como um 'aceiro'.
Alceu Moreira, no entanto, afirmou que há
uma campanha da Europa para derrubar a
competitividade do agronegócio brasileiro,
mesmo movimento que, segundo ele, já é
feito há anos pelos Estados Unidos.
'A Europa quer nos atingir quando diz que
estamos fazendo desmatamento desordenado.
Não é a mata amazônica que a incomoda. É a
economia, é a nossa competitividade de
mercado. Eles estão querendo, na verdade,
que a gente se transforme numa Argentina',
disse Moreira. 'A gente não vai ficar na
condição de vítima. Vamos agir com
inteligência, fazer um plano de comunicação
externa a partir das embaixadas brasileiras.'
De acordo com o parlamentar, os europeus
querem ter controle da produção da produção
nacional. 'É o que eles querem. Os americanos
dizem há muito tempo, 'florestas lá, lavouras
aqui'. Não é uma coisa inusitada. Adianta nós
ficarmos fazendo esse belo discurso? Não.
Temos que agir e mostrar para o mundo. Não
são só eles que são clientes no mundo. A Ásia
não pensa assim com relação à questão
ambiental, os países árabes não pensam
assim', disse Moreira. Quando fazem esses
controles, querem fazer a lei de mercado. Eu
criminalizo meu concorrente para poder
vender livre e solto. Nós não podemos ficar
calados, nos queixando', comentou.
Crítica à Alemanha
O presidente da FPA criticou ainda a decisão
da Alemanha de paralisar investimentos no
Fundo Amazônia, programa de combate ao
desmatamento realizado com recursos doados
pela Alemanha e Noruega. 'Que autoridade
tem a Alemanha para falar da Amazônia, se
eles não têm um palmo de mata ciliar, se eles
não têm área de preservação permanente,
absolutamente nada? De onde eles acham que
podem falar sobre isso?, questionou.
'Se eles realmente estivessem muito
interessados em trabalhar a questão
36
Grupo de Comunicação
ambiental no Brasil, a primeira grande
reclamação seria uma capital como São Paulo,
ou Rio de Janeiro, que acabam lançando nos
mares toneladas e mais toneladas de plástico
e sujeira da pior espécie.
Licenciamento
A FPA é hoje a principal defensora do projeto
de Lei Geral do Licenciamento Ambiental,
relatado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-
SP). Kim voltou a participar de almoço com
parlamentares ruralistas nesta terça-feira, 13.
O texto foi alvo de críticas pesadas de
especialistas. Em nota, 84 organizações
socioambientais, como Conselho Indigenista
Missionário, Greenpeace, Instituto
Socioambiental, Observatório do Clima, SOS
Mata Atlântica e WWF-Brasil, afirmaram que
Kataguiri 'deu uma guinada de 180 graus,
rompeu acordos anteriormente firmados e
apresentou, de última hora, um substitutivo
que torna o licenciamento exceção, em vez de
regra, comprometendo a qualidade
socioambiental e a segurança jurídica das
obras e atividades econômicas com potencial
de impactos e danos para a sociedade'.
Para Alceu Moreira, não há o que mexer no
projeto. 'O texto é certamente uma das obras
mais importantes que o parlamento fez ao
longo de sua história', disse o deputado,
afirmando que vai fazer 'um grande evento
para discutir isso com os grandes líderes das
bancadas'. 'Vamos esmiuçar isso para mostrar
o que é verdade e o que é mentira com
relação à legislação ambiental. Vamos nos
reunir com Rodrigo Maia, os líderes e tentar
convencer, para por em votação neste mês.
Essa é uma votação em que não haverá
consenso. O parlamento existe para isso.'
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29066187&e=577
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Data: 13/08/2019
Polícia flagra duas pessoas fazendo
descarte irregular de resíduos em Suzano
Descartes foram realizados na avenida
Francisco Marengo e na estrada dos
Fernandes.
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Homem estava descartando resíduos em área
da Avenida Francisco Marengo, em Suzano. —
Foto: Polícia Civil/Divulgação
Homem estava descartando resíduos em área
Equipes da Delegacia de Meio Ambiente de
Mogi das Cruzes flagraram duas pessoas
fazendo descarte irregular de resíduos em
Suzano nesta terça-feira (13).
Na primeira ocorrência, os agentes fizeram
uma campana com uma viatura
descaracterizada e conseguiram flagrar um
homem descartando resíduos sólidos em um
terreno às margens da Estrada dos Fernandes,
Área de Proteção Permanente (APP), e
com curso d'água nos fundos.
Na delegacia foi registrado um termo
circunstanciado com base nos artigos 60 e 48
da Lei 9605/98, "fazer funcionar obras ou
serviços potencialmente poluidores sem
licença dos órgãos ambientais e impedir ou
dificultar a regeneração natural de florestas".
No segundo caso, outra equipe flagrou,
durante uma patrulha, um homem com um
carro fazendo descarte de entulhos em um
terreno baldio na Avenida Francisco Marengo,
sem qualquer licença ambiental.
O delegado então registrou o termo
circunstanciado também com base no artigo
60 da lei 9605/98.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-
suzano/noticia/2019/08/13/policia-flagra-
duas-pessoas-fazendo-descarte-irregular-de-
residuos-em-suzano.ghtml
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: Hora 1 TV Globo
Data: 14/08/2019
Relatório dos EUA aponta que o nível dos
gases do efeito estufa bateram recorde
em 2018
2 min
Exibição em 14 Ago 2019
O dióxido de carbono - resultado da queima de
combustíveis fósseis - é um dos principais
vilões. O estudo aponta que a combinação
dele com outros gases como o metano, por
exemplo, provoca o efeito de aquecimento.
https://globoplay.globo.com/v/7841269/progr
ama/
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Veículo: Hora 1 TV Globo
Data: 14/08/2019
Proposta de lei quer estabelecer regras
mais flexíveis para o licenciamento
ambiental
3 min
Exibição em 14 Ago 2019
Uma proposta de lei que está pronta para ir à
votação no plenário da Câmara põe em alerta
os ambientalistas. O projeto estabelece regras
mais flexíveis para o licenciamento ambiental.
https://globoplay.globo.com/v/7841276/progr
ama/
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39
Grupo de Comunicação
Veículo: Hora 1 TV Globo
Data: 14/08/2019
Prefeitura de SP faz mapa digital da
vegetação na cidade
2 min
Exibição em 14 Ago 2019
As informações serão detalhadas graças à
tecnologia que está sendo usada em
sobrevoos com câmeras de altíssima precisão.
https://globoplay.globo.com/v/7841283/progr
ama/
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40
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 13/08/2019
Campanha no interior paulista promove
coleta de embalagens vazias
Ação conjunta no município de São Bento do
Sapucaí ocorre anualmente e recolhe
recipientes de defensivos agrícolas
A cidade de São Bento do Sapucaí, no interior
paulista, recebeu atividades da campanha de
recolhimento de embalagens vazias de
defensivos agrícolas conhecida como “Sistema
Campo Limpo”.
Iniciativa do Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias (Inpev),
a ação foi realizada em parceria com a
prefeitura municipal e a Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado, por
meio das unidades locais, como a Casa da
Agricultura, o Núcleo de Produção de Mudas e
o Escritório de Defesa Agropecuária.
“Os produtores rurais devolvem as
embalagens vazias de defensivos agrícolas
sem precisar percorrer longas distâncias, pois
há uma articulação institucional. O
recebimento acontece em um espaço cedido
pelo Núcleo de Produção de Mudas de São
Bento do Sapucaí, como forma de facilitar a
devolução do material”, explica o engenheiro
agrônomo Ednei Antônio Marques, diretor da
unidade que pertence ao Departamento de
Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria
de Desenvolvimento Rural Sustentável
(CDRS).
Legislação
Vale destacar que as campanhas acontecem
anualmente, conforme o cronograma definido
conjuntamente pelos órgãos municipais e
estaduais competentes do município nos
setores rural e ambiental. As ações são
organizadas em cumprimento à Lei Federal
9.974, que regulamenta o uso, a produção e a
fiscalização de produtos químicos, sendo
obrigatória a devolução das embalagens pelo
agricultor.
A secretária Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente, Maria Beatriz Coelho, vê com
satisfação a realização da campanha, por
contribuir com um meio ambiente mais
saudável. “É preciso trabalhar cada vez mais
na conscientização dos produtores em relação
à importância da campanha de devolução das
embalagens de defensivos agrícolas”, ressalta.
De acordo com a técnica de apoio
agropecuário da Casa da Agricultura de São
Bento do Sapucaí, Denícia Quintanilha, a
atividade envolve os profissionais e
agricultores em uma ação conjunta, com
benefícios às propriedades agrícolas e às
pessoas. “É importante destacar que os
produtores rurais da cidade estão cada vez
mais conscientes quanto à importância da
entrega”, salienta o médico veterinário José
Paulo Sieve Junior, da Defesa Agropecuária.
Palestra
Durante a atividade, a Defesa Agropecuária
aproveitou a presença dos agricultores para
promover uma palestra sobre o Sistema de
Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave),
que estabelece a obrigatoriedade do registro
para a comercialização de produtos
agropecuários.
O Inpev coordena há 15 anos o Sistema
Campo Limpo nas atividades de destinação de
embalagens vazias de defensivos agrícolas e
promove ações de conscientização e educação
ambiental sobre o tema, conforme previsto em
legislação.
Trata-se de uma instituição sem fins
lucrativos, formada por mais de 100 empresas
e nove entidades representativas da indústria
do setor, distribuidores e agricultores. Há uma
Central de Recebimento de Embalagens Vazias
de Defensivos Agrícolas em Taubaté, também
no interior do Estado, e todo o resultado da
coleta é enviado para o município.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/campanha-no-interior-paulista-
promove-coleta-de-embalagens-vazias/
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41
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 13/08/2019
Sem desperdício! Saiba como conservar 8
tipos de alimentos
Cada tipo de alimento tem sua particularidade,
seja por sua composição natural ou pelo
processo de fabricação; confira a lista e não
erre
Depois de fazer as compras no supermercado,
é preciso chegar em casa e armazenar os
alimentos corretamente. Porém, é nessa hora
que vem a dúvida: o que colocar dentro da
geladeira e o que deixar fora?
Não é uma tarefa fácil, já que cada alimento
tem sua particularidade, seja por sua
composição natural ou pelo processo de
fabricação. Para ajudar, separamos uma lista
com oito alimentos que costumam gerar
dúvidas. Confira:
1. Ketchup
Pode ou não ser colocado na geladeira,
embora a cor e o sabor possam sofrer alguma
alteração se ficar longe de refrigeração. No
entanto, a acidez assegura o consumo mesmo
assim.
2. Manteiga
Devido ao processo de refrigeração, é
necessário manter na geladeira, ainda que
possa ficar fora por um curto período de
tempo.
3. Banana
Dentro da geladeira o prazo de consumo é
maior, mas é necessário que a fruta seja
amadurecida fora.
4. Tomate
Deve ser armazenado fora da geladeira.
Perdem o sabor se forem refrigerados, porque
a produção de enzimas é reduzida.
5. Abacate
Assim como a banana, não amadurece
apropriadamente se for refrigerado ainda
verde.
6. Cebolas e batatas
A melhor maneira de conversação é deixá-las
em um armário fresco e escuro.
7. Ovos
É melhor armazenar em temperatura
constante, portanto deixar dentro da geladeira
é o melhor.
8. Sobras de alimentos
Parece ser cômodo fazer o almoço ou janta e
logo após colocar na geladeira, mas é preciso
esperar que a comida esfrie primeiro antes de
colocá-la dentro na geladeira. Mas atenção:
ela precisa ser consumida em, no máximo,
dois dias.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/se
m-desperdicio-saiba-como-conservar-8-tipos-
de-alimentos/
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42
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Santos e região
Data: 14/08/2019
Óculos, chinelos e até capacetes são
retirados do mar no litoral de SP
Óculos de sol, brinquedos de criança podem
representar um perigo aos animais marinhos e
meio ambiente.
Por Andressa Barboza, G1 Santos
14/08/2019 05h13 Atualizado há 2 horas
Lepas se fixam em capacete abandonado no
mar — Foto: Divulgação/Instituto Gremar
De presilhas de cabelo a óculos de sol,
acessórios de todos os tipos são encontrados
durante mutirões de limpeza em praias da
Baixada Santista, no litoral de São Paulo.
Biólogos apontam que os itens esquecidos por
banhistas também são um perigo para animais
marinhos e representam boa parte do lixo
coletado durante os mutirões.
No primeiro semestre deste ano, o Gremar
realizou mutirões em seis praias da região,
nas cidades de Bertioga, Guarujá, Santos e
Itanhaém. No total, 737,7 kg de lixo foram
recolhidos. Durante um dia de mutirão
realizado em Itanhaém, 210 óculos escuros
foram coletados, 60 peças de roupas, 28
chinelos e sapatos e 306 objetos de metal
(alumínio), além de um capacete com
centenas de lepas.
Aos deixá-los na praia, os banhistas não só
poluem o meio ambiente, como prejudicam
todo o ecossistema marinho: são centenas de
casos de resíduos sólidos detectados no trato
gastrointestinal dos animais resgatados
durante as ações diárias do Projeto de
Monitoramento de Praias da Bacia de Santos.
Centenas de óculos de sol são encontrados
durante mutirão de limpeza em praias da
Baixada Santista — Foto: Divulgação/Instituto
Gremar
O biólogo Thiago Nascimento, do Instituto
Gremar, explica que as pessoas esquecem de
tirar os acessórios e acabam entrando com
esses itens no mar. "Não são coisas que são
jogadas, não são lixo, são objetos esquecidos
por falta de atenção, perdidos, como
acessórios de vestuário e baldinhos de
crianças. O problema é que acabamos
encontrando esses itens no estômago dos
animais depois, pois eles os encontram
boiando no mar ou nas encostas rochosas."
Segundo Nascimento, até os novos hábitos
influenciam no lixo gerado por banhistas.
"Antigamente, os banhistas comiam milho na
espiga. Hoje, as pessoas utilizam pratinhos,
garfinhos, tudo isso gera mais lixo. O isopor é
um vilão no meio ambiente, pois é inviável de
ser reciclado. Mais do que retirar esse material
das praias, durante os mutirões buscamos
conscientizar a população."
A exemplo do que foi citado pelo biólogo, mais
de 200 isopores foram coletados no último
43
Grupo de Comunicação
mutirão de limpeza das praias em Itanhaém,
além de 958 talheres plásticos. "A
recomendação é que quando o banhista for à
praia, utilize e recomende aos seus familiares
e amigos bolsas de tecido ou ecobags, e não
sacos plásticos, para o armazenamento dos
pertences. Em casos de descarte, é só
procurar por coletores seletivos de lixo",
finaliza.
Talheres de plástico representam uma ameaça
ao meio ambiente — Foto:
Divulgação/Instituto Gremar
Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia
de Santos
O Projeto de Monitoramento de Praias da
Bacia de Santos (PMP-BS) foi desenvolvido
para o atendimento de condicionante do
licenciamento ambiental federal das atividades
da Petrobras de produção e escoamento de
petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia
de Santos, conduzido pelo Ibama.
Seu objetivo é avaliar os possíveis impactos
das atividades de produção e escoamento de
petróleo sobre as aves, tartarugas e
mamíferos marinhos, através do
monitoramento das praias e do atendimento
veterinário aos animais vivos e necropsia dos
animais encontrados mortos.
O Gremar é uma das instituições que integram
o projeto em sua chamada Fase 1. Possui base
em funcionamento no Guarujá e atua em
prontidão 24h, podendo ser contatado pelo
telefone 0800-642-334.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/08/14/oculos-chinelos-e-
ate-capacetes-sao-retirados-do-mar-no-litoral-
de-sp-veja.ghtml
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44
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal GGN
Data: 13/08/2019
Xadrez do caso Paraguai e as jogadas
ambientais de Ricardo Salles, por Luis
Nassif
Empresa que tentou golpe em Itaipu se
envolveu em jogadas ambientais em São
Paulo. O esquema federalizou com o desmonte
da fiscalização ambiental
Por Luis Nassif - 13/08/2019
O jogo da desregulação ambiental
A reportagem abaixo descreve como são
montados os grandes negócios em cima do
vácuo criado na fiscalização ambiental.
O jogo segue as seguintes etapas:
Etapa 1 – grupos da economia subterrânea
juntam-se visando influenciar a obtenção de
licenciamento ambiental.
Etapa 2 – montam-se esquemas com
empresas fantasmas, visando ocultar os
verdadeiros beneficiários.
Etapa 3 – obtido o licenciamento, vendem os
direitos a outras empresas.
Como Secretário do Meio Ambiente do
governo Alckmin, Ricardo Salles atuou nessa
direção, em um esquema que envolvia o grupo
Leros Participações S/A, que, agora, se
envolveu no escândalo do acordo de Itaipu.
O caso que vou relatar refere-se a um projeto
da Gastrading, empresa que pretendia montar
um projeto bilionário em Peruibe. A empresa é
controlada pela Leros Energia e Participações
S/A.
Vamos por partes
Peça 1 – os fabricantes de CNPJ
Comecemos por Kleber Ferreira da Silva, o
principal controlador da Leros Energia e
Participações S/A. Ele é sócio de 33 CNPJs
(clique aqui), desde o Mercadinho São José
até a SP Energia e Participações e da Leros
Group – a empresa que tentou adquirir a
energia da ANDE, a Eletrobrás paraguaia,
deflagrando o escândalo que ameaça o cargo
do presidente da República paraguaia.
Há cinco pessoas que figuram como sócios e
diretores Kleber Ferreira e mais quatro sócios,
dentre os quais Alexandre Siqueira Chiofetti.
Alexandre Siqueira Chiofetti é sócio de 1
empresa no estado de Rio Grande Do Norte, 5
em São Paulo e 1 em Rio De Janeiro. É
também o titular de uma conta nas Ilhas
Virgens Britânicas, indício de que opera em
nome de alguém.
A parte mais relevante do organograma é o
nome de Eduardo Duarte, ligado a Chiofetti.
Duarte é um notório criador de empresas
laranjas, atuando em parceria com Simone
Burck. Já abriu 132 CNPJs e se apresenta
como sócio de 1 empresa no estado de
Paraná, 1 em Bahia, 1 em Rio Grande Do Sul,
34 em São Paulo, 3 em Santa Catarina e 80
em Rio De Janeiro, com uma quantidade
enorme de sócios[i].
45
Grupo de Comunicação
Duarte e Simone já se envolveram com o
Opportunity, na Operação Satiagraha (clique
aqui) .
Na época, Duarte chegou a ser apontado como
sócio de mais de 700 empresas (clique aqui).
Em um dos casos, “a EDSP90 Participações
S/A foi criada em 15 de março de 2007 com
um capital social de R$ 1.000. Menos de três
meses depois, em assembleia realizada em 1º
de junho, mudou de nome para GME4 e
passou a receber aportes de capital que
variaram de R$ 500 mil a R$ 8 milhões”.
(clique aqui).
O caso mais notório – e menos divulgado, por
razões óbvias – foi a montagem de uma
empresa com capital de R$ 1 mil que foi
adquirida pelos irmãos Marinho e, em seguida,
transformada em Organizações Globo
Participações, com capital registrado de R$
7.961.759.235,74 (clique aqui)[ii].
Aparentemente foi uma operação destinada a
disfarçar ganhos de capital e que terminou no
CARF (Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais). Não se sabe o desfecho.
É mencionado na Operação Recomeço, do
MPF, que investiga o escândalo com o Fundo
Postalis (clique aqui)[iii]. O casal montou uma
empresa de prateleira que, posteriormente foi
repassada para Ronald Levinsohn, envolvido
em escândalos graúdos nos anos 80, com sua
caderneta de poupança Delfim.
Também aparece em investigações da Receita
Federal, na Operação Lava Jato (clique
aqui)[iv].
O nome de Eduardo Duarte, no esquema da
Leros, é forte indicativo de empresas fictícias
ou em nome de laranjas.
Peça 2 – o caso da empresa Gastrading.
A Gastrading Comercializadora De Energias
S/A é uma empresa com capital social de R$ 1
milhão, e escritório na rua Gomes de
Carvalho.
Em 2017 conseguiu uma licença ambiental em
tempo recorde para construir uma usina
termoelétrica em Peruíbe, litoral paulista.
Segundo a rádio CBN, em agosto de 2017 o
Ministério Público Federal estranhou a rapidez
com que o projeto caminhava para aprovação
na Cetesb, sem consulta à população de
Peruibe (clique aqui) e instaurou inquérito civil
para acompanhar o licenciamento (clique
aqui). Ao mesmo tempo, a Câmara Municipal
de Peruíbe aprovou uma lei impedindo a
instalação da empresa. O caso repercutiu na
imprensa, assim como os riscos ao meio
ambiente, inclusive com a possibilidade de
formação de chuvas ácidas, conforme se
confere na entrevista do Repórter Brasil
(clique aqui).
Pergunta – No site do Verde Atlântico Energias
aparece que o projeto terá baixa interferência
nas unidades de conservação, mesmo com o
TGNL dentro de uma APA Marinha. Mas consta
a instalação de 10 km de gasoduto, de um
emissário submarino a 2 km da costa que vai
despejar 2.400 t/h de água quente no mar,
uma unidade de captação de 3.400 t/h de
água do mar a 4 km da costa, quebra mar de
900 metros que vai até o fundo do oceano,
mais o tráfego de embarcações (com risco de
acidentes e vazamentos), além da TGNL. Não
parece muita coisa para ser considerada baixa
interferência em um local, que é sempre bom
lembrar, é considerado uma APA Marinha?
Resposta – Haverá compensação para todos
os potenciais impactos que venham a ser
identificados com a instalação da usina.
A interferência do MPF e da Câmara de
Vereadores de Peruíbe surtiu efeito. E a
Cetesb acabou negando a licença ambiental.
Peça 3 – o jogo do licenciamento
O projeto Gastrading expôs de forma nítida os
negócios que se abrem quando se ganham
facilidades no licenciamento.
O projeto previa R$ 5,7 bilhões de
investimento total, a maior parte destinada à
usina, com R$ 4,3 bilhões, R$ 200 milhões
para a linha de transmissão de 86 quilômetros
a ser conectada em Cubatão, R$ 400 milhões
no gasoduto, que se conectaria na mesma
cidade e R$ 800 milhões para um terminal que
ficaria a 10 km da costa (clique aqui).
46
Grupo de Comunicação
“Uma coisa é disputar o leilão da Aneel e a
outra é implantar o projeto”, disse Chiofetti
“Podemos até mesmo abrir mão do controle
operacional da usina, desde que tenhamos
uma participação significativa no projeto”,
indicou ele. “Mas temos a musculatura
financeira para nos habilitarmos no leilão sim”,
assegurou.
O capital social da empresa era de apenas R$
1,8 milhão. É evidente que o único capital de
que dispunha era o licenciamento
Peça 4 – o papel de Ricardo Salles
Durante o período em que o processo andou
de forma acelerada na Cetesb, o Secretário do
Meio Ambiente era Ricardo Salles, atual
Ministro do Meio Ambiente.
Menos de um mês após o MPF instaurar o
inquérito civil, Salles pediu demissão da
Secretaria do Meio Ambiente (clique aqui).
Saiu com outro inquérito do Ministério Público
Estadual nas costas, acusado de ter
transformada a pasta em uma advocacia
administrativa. Nela, “Bruna Alves Carneiro,
esposa do secretário adjunto, assinava
petições, e Antônio Velloso Carneiro e Ricardo
de Aquino Salles atuavam na interlocução com
autoridades públicas”.
Mesmo Ricardo Salles não estando no contrato
social, no entanto, o MP acreditava que ele
seria um dos donos do escritório (clique aqui).
O resumo do caso, preparado pelo MPE, era
definitivo[v]
Em 19 de dezembro de 2018, Salles foi
condenado pela Justiça paulista por fraudar o
processo do Plano de Manejo da Área de
Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê
(clique aqui).
Estava aprovado para se tornar Ministro do
Meio Ambiente de Bolsonaro.
Leia também: Senado cria comissão para
investigar escândalo de Itaipu que respinga
em Bolsonaro
Peça 5 – a jogada no Paraguai
Para a jogada no Paraguai, a Leros montou
parceria com o suplente de senador Alexandre
Giordano (PSL). Ele é proprietário de uma
empresa concorrente.
Enfim, há um vastíssimo material para que o
MPF, a Receita, o COAF e a Polícia Federal
possam agir, visando prevenir os grandes
negócios que estão sendo montados, em cima
do desmonte da fiscalização ambiental por
Ricardo Salles.
Sugere-se especial atenção com processos de
energia e mineração em áreas de preservação.
A propósito, o grupo Leros também montou
uma Leros Minning.
Notas
[i] Sócios de Eduardo Duarte : Jorge Manuel
Lopes Almeida, Claudia Yuko Sato Duarte,
Paulo Sergio Ivo Dos Santos, Simone Burck
Silva, Aluir Julio Brandalize, Rubens Gerigk,
Matheus Rodrigues Duarte, Vinicius Aguillar
Duarte, Carolina Duarte, Elizandra Cardoso
Legnani, Fernanda Cristina Barbosa, Adriana
Cristina Da Rocha Koch, Rosemeri Vandresen
Duarte, Edson Roni Koch, Jeane Macieira
Pinheiro Duarte, Carlos Gregorio Telleria,
Alexandre Antabi
[ii]
[iii] Simone Burck Silva e Eduardo Duarte,
ouvidos em sede policial (f. 423-426),
esclareceram que apenas emprestaram o
nome para a constituição da empresa RIO
GUARDIANA PARTICIPAÇÕES S/A, que
posteriormente se transformou na empresa
GALILEO ADMINISTRAÇÃO. O próprio MÁRCIO
ANDRÉ, aliás, admite que a empresa RIO
GUARDIANA era de “prateleira”.
[iv] “Sobre EDUARDO DUARTE, chama
atenção o fato dele aparecer no CNPJ como
sendo, ou tendo sido, responsável legal
perante o CNPJ por nada menos que 150
47
Grupo de Comunicação
empresas, e como sócio administrador,
presidente ou diretor de 100 empresas, a
grande maioria participações societárias tendo
como atividade serem holdings de instituições
financeiras, a exemplo da RIO MEGA
PARTICIPAÇÕES. Grande número de empresas
também aparece vinculado a SIMONE BURK
SILVA. Diversas empresas do grupo familiar
de JORGE LUZ tem como sócio pioneiro
EDUARDO DUARTE, (acompanhado de outros
como SIMONE BURK, VINICIUS AGUILLAR
DUARTE e ROGÉRIA DE CASSIA PINSARD),
que parece produzir um espécie de criadouro
de empresas para venda. São exemplos ainda
as empresas LUZ PARTICIPAÇÕES, SEVEN
PARTICIPAÇÕES, e empresas de MARIA DE
NAZARÉ (HERAKLION PARTICIPAÇÕES,
PREMIUM FUNDS ADMIN DE RECURSOS,
MINDELT ASSESSORIA E PLANEJ, CENTRAIS
EOLICAS DE CAETITE)”.
[v] “Pelo que consta dos documentos
juntados, Ricardo Aquino Salles, mais
conhecido como RICARDO SALLES, no período
que intermediou sua saída da função de
secretário particular do governador Geraldo
Alckmin e a assunção do cargo de Secretário
Estadual do Meio Ambiente, teria sido
contratado pela empresa BUENO NETO para
exercer a atividade de “interlocutor” desta
junto a órgãos e funcionários públicos
incumbidos de analisar questões de seu
interesse.
Para instruir as alegações constantes na
representação, foram juntadas cópias de
procedimento disciplinar perante órgão
especial do Tribunal de Justiça de São Paulo
(autos 2270253-73.2015.8.26.000) no qual se
apurou irregularidades na atuação do Dr.
Ulysses de Oliveira Gonçalves Júnior, juiz de
direito, que teria sido contatado por RICARDO
SALLES para interceder junto ao Dr.
Guilherme Madeira Dezém, juiz da 44.ª Vara
Ovel da C.apital para que o recebesse.
Segundo consta, ao telefonar para o Dr.
Guilherme, o Dr. Ullisses teria noticiado que
RICARDO SALLES seria um advogado ligado
ao governo do Estado, o que fez com que o
primeiro o recebesse, acreditando que fosse a
respeito de alguma decisão de interesse
coletivo que havia proferido.
Ocorre que o interesse de RICARDO SALLES
consistia em obter informações sobre um
processo que tramitaria perante a 44.ª Vara
Cível da Capital, na qual o grupo BUENO
NETTO buscava a anulação de uma sentença
arbitral, que o havia condenado a pagar
elevadíssima importância em dinheiro à
empresa SPPATRIM.
Consta ainda, na representação, cópia da
portaria de inquérito civil 74/2016 (doe. 47)
na qual se apura a prática de crimes de
improbidade administrativa praticados por
RICARDO SALLES, dentre outros, visando
beneficiar o grupo Bueno Netto que atua na
construção civil.
Leia também: O ensaio geral da frente ampla
democrática, por Orlando Silva
Na portaria e questão, bem como nas
informações prestadas pelo contábil Rodney
Ramos (doe. 29), consta a notícia de que nos
autos, posteriormente remetidos à 9.ª Vara
Criminal Federal (crimes contra o sistema
financeiro nacional e lavagem de dinheiro por
representantes do grupo BUENO NETIO), foi
solicitada a realização de um laudo pericial
contábil.
O perito supra foi encarregado de realizá-lo, o
que fez com brevidade, uma vez que a
requisição se deu em 29/06/2015 e a
conclusão, em 21/ 07/ 2015.
Em razão da celeridade da realização da
perícia em questão, RICARDO SALLES, ainda
“interlocutor” do grupo BUENO NETIO
representou o perito perante a Corregedoria
de Polícia.
A pressão exercida por RICARDO SALLES
contra o perito Rodney Ramos, deu-se no
mesmo contexto em que este passou a
receber ligações de um outro perito lotado em
outro núcleo do IC – que dizia irmão do
Delegado Corregedor de uma loja maçônica –
que exigia uma retratação do laudo
desfavorável aos interesses da BUENO NETIO,
pois do contrário “usariam” toda a máquina
para fazer sua cabeça rolar.
As ligações eram frequentes, chegando a dez
por dia.
O inquérito em questão foi avocado pela
Corregedoria da Polícia quando então se
determinou que o perito Rodney Ramos
complementasse a perícia, com a observação
de que fizesse “uma nova e moderada análise
de todo o conteúdo documental”.
48
Grupo de Comunicação
Por conta das sucessivas pressões e ameaças
contra o perito, o fato foi levado ao
conhecimento do Judiciário, que determinou
uma Comissão Técnica de Análise e Estudo do
laudo pericial, concluindo pela perfeição deste.
Há notícias nos autos de que dois delegados
que atuaram no feito supra foram afastados.
Além das informações supra, nos documentos
noticiados na mídia, há referências à
suspensão de licenças ambientas expedidas
pela Cetesb quanto ao megaempreendimento
denominado “Parque Global”, realizado pelo
grupo BUENO NETTO. Embora se tratasse de
um único empreendimento, não houve estudo
prévio de impacto ambiental e a expedição de
uma única licença, mas ao contrário, várias,
considerando cada uma delas, prédios isolados
que formariam o complexo do parque.
Em matéria jornalística juntada na mídia que
acompanha a representação, questiona-se o
fato de RICARDO SALLES, pessoa
sabidamente ligada ao Grupo BUENO NETTO,
ter assumido a Secretaria de Estado do Meio
Ambiente, sob cujo comando encontra-se
justamente a Cetesb, cujas licenças suspensas
beneficiavam dolosamente ou não, o grupo.
Também consta a notícia de que o jornal Folha
de Dourados teria publicado matéria
relacionada ao afastamento de delegados no
inquérito remetido à 9.ª Vara Criminal Federal
e ainda, que perante a Receita Federa l havia
expediente visando apurar o súbito
enriquecimento de RICARDO SALLES.
Uma funcionária da Secretaria do Meio
Ambiente, Jéssica de Almeida Baldoni teria
contatado o jornal para a remoção da
reportagem (docs. 36/40) Há notícias ainda,
através de redes sociais quanto ao súbito
enriquecimento de RICARDO SALLES,
ostentado através de viagens e aquisição de
um iate.
Embora a representação não deixe explícito,
fornece elementos para se suspeitar de que a
assunção do cargo de Secretário Estadual do
Meio Ambiente por RICARDO SALLES, esteja
relacionada à mesma função que sempre
desempenhou, qual seja, “interlocutor” do
grupo Bueno Netto.
Todos os fatos noticiados já foram apurados
em inquéritos e processos judiciais, mas até
onde se tem notícia, não especificamente em
relação ao crime de advocacia administrativa.”
https://jornalggn.com.br/artigos/xadrez-do-
caso-paraguai-e-as-jogadas-ambientais-de-
ricardo-salles-por-luis-nassif/
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49
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Paulo
Data: 13/08/2019
Ataques de morcegos aumentam 54% em
São Paulo em 2019
Religiosos têm sofrido ataques ao visitar
templo improvisado em área de proteção
ambiental na Zona Leste.
Por Marcelo Poli, SP1 — São Paulo
Casos de mordidas de morcego crescem em São Paulo
A cidade de São Paulo registrou, até agosto
deste ano, 164 casos de ataques de morcegos,
segundo a Coordenadoria de Vigilância em
Saúde (Covisa). O número representa um
aumento de 54% em relação aos 106 casos
registrados em todo o ano de 2018,
Em Cidade Tiradentes, na Zona Leste da
capital, 9 pessoas deram entrada em hospitais
por mordidas do animal. Os casos são
preocupantes, uma vez que os morcegos
podem transmitir raiva. Casos da doença, no
entanto, não são registrados na capital desde
1981.
Ataque de morcegos em SP — Foto:
Reprodução/TV Globo
Uma das explicações para o aumento dos
ataques é a presença de humana no habitat
natural dos morcegos. Em Cidade Tiradentes,
isso vem ocorrendo porque religiosos estão se
encontrando para orar em uma área de
preservação ambiental.
Monte de orações
Embora uma placa da Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano
(CDHU) avise que a área é de preservação
ambiental, religiosos usam trilhas para chegar
até o local conhecido como “Monte de
Orações”, onde a entrada não é controlada.
Quem mora próximo ao local afirma que o
templo improvisado é frequentado há mais de
10 anos. “Na sexta à noite o movimento aqui
é bem grande mesmo. Essa rua fica
completamente cheia de carros, os dois lado
da outra ali lateral também, cheia de carro”,
diz um morador.
Uma amiga da auxiliar de enfermagem
Raimunda Barbosa foi mordida durante uma
oração. “Ela sentiu uma picada e começou a
sangrar. Sangrou bastante”, afirma.
Por causa dos ataques, um grupo também
mudou a rotina de visitas“. Tem bastante
morcego, sim. As irmãs até pararam de vir à
noite por causa dos morcego”.
O terreno de um milhão de metros quadrados
foi comprado pela CDHU na década de 90. Da
área total, 30% são reserva ambiental.
“O que está acontecendo é um uso indevido
pelas pessoas de uma área de proteção
ambiental. Se tivesse que haver um
impedimento, teria que ser um por força
policial. A CDHU não tem autoridade para
fazer isso. O que a gente faz é uma orientação
prévia das coisas que não podem acontecer
50
Grupo de Comunicação
nesse trajeto das pessoas”, afirma o diretor
financeiro da CDHU, Nedio Rossélio Filho.
Segundo ele, a área deve sair do controle da
companhia.”A CDHU vai fazer a doação dessa
área para a área de ambiental do estado. É lá
na Fundação Florestal que vai ser definido o
que vai poder ser feito nessa área, que tipo de
uso vai dar”, afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde
informou que capturou um morcego em
Cidade Tiradentes. O animal foi encaminhado
para exame de raiva e a análise ainda não
terminou. Matar morcego é crime ambiental e
rende multa e até prisão, nos casos mais
graves.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/08/13/ataques-de-
morcegos-aumentam-54percent-em-sao-
paulo-em-2019.ghtml
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Data: 14/08/2019
51
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Com Lava Jato sob pressão, ala
radical do bolsonarismo tenta alavancar
protesto contra o STF
Ideia fixa Integrantes da ala mais radical do
bolsonarismo tentam alavancar nas redes sociais
uma convocação para protestos contra o
Supremo. As postagens chegaram a membros do
Judiciário e assustaram pela agressividade das
peças que estão sendo usadas para mobilizar as
pessoas. Um dos vídeos que viralizou faz um mix
de discursos de youtubers de direita e do escritor
Olavo de Carvalho. No filme, eles pregam “o
expurgo dos 11 cães que estão no STF” e falam,
de novo, no fechamento do tribunal.
DNA
O vídeo tem uma sequência considerável de
insultos aos ministros e ao próprio STF. Ele foi
criado por um homem que já colaborou com
peças para um perfil chamado “República de
Curitiba”, dedicado a enaltecer a Lava Jato.
Jogos mortais
Em algumas passagens do filme, fotos de
ministros do Supremo são manchadas com
sangue, e imagens de todo o plenário são
tingidas de vermelho.
Fora dessa
Pessoas próximas a Jair Bolsonaro dizem saber
da convocação dos atos, mas estão decididas a
não dar força a movimentos contra o STF. O
presidente da corte, Dias Toffoli, é hoje visto em
Brasília como a autoridade mais próxima do
Planalto.
Mão de Deus
Foi de Toffoli a decisão que paralisou
investigações contra Flavio Bolsonaro —e outros
inquéritos que usavam dados do Coaf e da
Receita sem o aval da Justiça.
Ação e reação
A nova ofensiva sobre o Supremo coincide com a
crescente pressão institucional do Legislativo e
do Judiciário sobre integrantes da Lava Jato de
Curitiba que tiveram conversas reveladas pelo
The Intercept Brasil.
Meia palavra basta
Para integrantes do Conselho Nacional do
Ministério Público, Raquel Dodge deu recados
claros à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba,
nesta terça (13), em sessão do órgão. A
procuradora-geral fez questão de destacar que
todos, inclusive integrantes do MPF, estão
sujeitos aos limites da lei.
Tome nota
Na conversa que teve com Mario Bonsaglia, o
primeiro colocado na lista tríplice dos
procuradores para a PGR, o presidente Jair
Bolsonaro defendeu fronteiras entre os Poderes
e, de novo, condenou foco em temas como
minorias e direitos humanos.
Ginástica
Bonsaglia respondeu que seria possível conciliar
as ideias de Bolsonaro com o que prevê a
Constituição.
Estranho no ninho
Integrantes do PSDB arrematam os últimos
detalhes que devem selar a migração de
Alexandre Frota, recém-expulso do PSL, para o
tucanato. No partido de Bolsonaro, o discurso é o
de que Frota recebeu promessas de espaços no
governo de SP, comandado por João Doria.
Filho é teu?
A prisão do sindicalista José Avelino Pereira pela
PF, em SP, despertou interesse em quem
acompanha a movimentação de Márcio França
(PSB), ex-governador do estado e cotado para
disputar a prefeitura da capital. Avelino é filiado
ao PSB e próximo do possível candidato.
Dieta forçada
A limpeza no conteúdo da medida provisória da
liberdade econômica foi uma iniciativa do
Ministério da Economia, que sugeriu a derrubada
de dois terços das emendas inseridas no texto. A
MP, que tinha 14 artigos originalmente, chegou a
ter 60.
Secos e molhados
Técnicos da Economia apelidaram a medida
provisória de “projeto Tamar”, dado o elevado
número de jabutis —espécie parente das
tartarugas— que havia sido enxertado no texto.
É meu
Parte do governo tomou gosto pela MP da
liberdade econômica após elogios de
interlocutores nos EUA. Ela seria a primeira
proposta gestada integralmente pela gestão atual
e com contornos 100% liberais.
Visita à Folha
Maria Silvia Bastos, presidente do conselho
consultivo da Goldman Sachs Brasil, visitou a
Folha nesta terça (13), onde foi recebida em
Data: 14/08/2019
52
Grupo de Comunicação
almoço. Estava acompanhada de Paula Moreira,
diretora da área comercial da mesa de renda
fixa; Daniel Motta, diretor da área de negociação
das mesas de renda fixa e renda variável; Juliano
Arruda, diretor da área comercial da mesa de
renda variável para a América Latina; Rodolfo
Soares, co-diretor da área de banco de
investimentos; e Alethea Batista, assessora de
imprensa.
TIROTEIO
Priorizamos a agenda econômica, mas a
recriação da CPMF, derrubada por iniciativa do
DEM, é pauta da maldade
Do líder do Democratas na Câmara, Elmar
Nascimento (BA), sobre a proposta do secretário
da Receita que prevê tributo similar à CPMF
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/14/c
om-lava-jato-sob-pressao-ala-radical-do-
bolsonarismo-tenta-alavancar-protesto-contra-o-
stf/
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Data: 14/08/2019
53
Grupo de Comunicação
Mônca Bergamo: Caso da única sobrevivente
da Casa da Morte na ditadura volta a ser
analisado na Justiça
Um sargento reformado é acusado de sequestrar
e estuprar Inês Etienne Romeu
Um dos casos mais emblemáticos de tortura na
ditadura militar voltará a ser analisado pelo TRF-
2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) nesta
quarta (14): nele, um sargento reformado é
acusado de sequestrar e estuprar Inês Etienne
Romeu na Casa da Morte, em Petrópolis, no Rio,
na década de 1970.
LUZ
Etienne foi a única sobrevivente entre os presos
políticos levados à casa, que funcionava como
centro de tortura.
TEU ROSTO
Nos relatos, Etienne, que morreu em 2015, acusa
o sargento reformado Antônio Waneir Pinheiro de
Lima. Ele diz que era o caseiro do imóvel, esteve
com ela —mas nega os crimes.
BORRACHA
A Justiça do Rio, em primeira instância, arquivou
a denúncia, invocando a Lei de Anistia.
BORRACHA 2
O desembargador Paulo Espírito Santo seguiu o
mesmo entendimento. A desembargadora
Simone Schreiber, ao pedir vista, em julho,
sinalizou que divergirá dele. O caso será
analisado ainda por um terceiro magistrado,
Gustavo Arruda.
EU GARANTO
O círculo próximo de Jair Bolsonaro recebeu a
informação de que Sergio Moro teria as portas
abertas no governo João Doria, de SP, caso a
crise entre o ministro e o presidente não fosse
contornada.
EPA!
A informação deixou o grupo apreensivo.
ESTRELA
Uma parte da cúpula do PT está segura de que
José Eduardo Cardozo será convencido a sair
candidato a prefeito de SP. O ex-presidente Lula
abraçou a ideia e enviou novos recados a ele na
terça (13).
PARALELA
O plano B seria buscar uma frente com outros
partidos em torno até de um candidato de outra
legenda. O ex-governador Márcio França (PSB-
SP) surge como nome natural.
GANGORRA
Ele teve 58% dos votos na capital quando
disputou o governo, em 2018 —contra 42% de
João Doria, que tirou a diferença no interior e
venceu a eleição.
GARFO E FACA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (à
esquerda) foi recebido pelo presidente da Fiesp,
Paulo Skaf (centro), para jantar na sede da
federação, na segunda (12); o desembargador
Mário Devienne Ferraz (à direita) esteve lá.
BOLSA
Mulheres brancas ganham em média 76% do
rendimento obtido por homens brancos; homens
negros, 68%; e mulheres negras, 55% do salário
pago a brancos do sexo masculino.
BOLSO
As informações são do Observatório da Igualdade
no Trabalho, que o Ministério Público do Trabalho
lança na quinta (15) em parceria com a
Organização Internacional do Trabalho.
BECA
O estudo aponta que no Brasil o rendimento
mensal de mulheres na economia formal é, em
média, de R$ 2.700, enquanto o de homens é de
R$ 3.200. Em cargos de direção no setor privado,
o salário deles é em média R$ 10 mil superior ao
delas.
TANQUE...
A Fundação Procon-SP multou a Ipiranga
Produtos de Petróleo S.A. em R$ 6,4 milhões.
Segundo o órgão, a empresa estaria induzindo o
consumidor ao erro sobre o preço dos
combustíveis.
...VAZIO
O Procon afirma que são disponibilizados
materiais anunciando desconto de 5% sem
deixar claro que a oferta é válida somente para
usuários do aplicativo Abastece Aí, vinculado à
empresa.
DE ACORDO
A Ipiranga diz que ainda não foi notificada e que
os materiais de divulgação já foram objeto de
análise por órgãos de defesa do consumidor de
outros estados, “que entenderam correta essa
Data: 14/08/2019
54
Grupo de Comunicação
publicidade e em conformidade com as normas
do código brasileiro de defesa do consumidor”.
GOTAS
O prefeito Bruno Covas, de SP, decretou que as
UBS (Unidades Básicas de Saúde) do município
deverão oferecer a terapia de florais como
tratamento.
EQUILÍBRIO
O decreto publicado na terça (13) considera a
terapia como uma prática “não medicamentosa”
que “utiliza essências derivadas de flores” para
“atuar nos estados mentais e emocionais” do
paciente.
TE VI NA TV
A cineasta Laís Bodanzky guiará o passeio
batizado São Paulo Audiovisual. O tour ocorre no
sábado (17) às 10h e percorrerá 20 pontos da
capital paulista usados como cenário em
gravações de novelas, clipes, séries e filmes —
como “Black Mirror” e “Ensaio Sobre a Cegueira”.
As inscrições são feitas no site da Jornada do
Patrimônio.
BOEMIA
O bar Astor vai abrir a sua terceira casa em SP.
O novo ponto será inaugurado neste ano na
esquina das ruas Oscar Freire e Peixoto Gomide.
SANTO DE ASSIS
As atrizes Regina Duarte e Nicette Bruno foram à
estreia da peça “Francesco”, protagonizada pelo
ator Paulo Goulart Filho, no Centro Cultural
Banco do Brasil, em SP, na segunda (12). O
diretor Rafael Primot e o figurinista Fábio
Namatame compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O advogado Erasmo Valladão dá a palestra O
Regime de Invalidades no auditório do escritório
Warde Advogados. Nesta quarta (14), em São
Paulo.
A empresária Cecília Soutto Mayor inaugura a
grife Boutonniere Lapelas, em Pinheiros, nesta
quarta (14).
O Senac Lapa Faustolo, em São Paulo, recebe o
evento Senac Moda no dia 22 de agosto, das 9h
às 18h.
O aplicativo Rappi lançou um serviço de doação
rápida para a ONG AACD.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,
GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/08/caso-da-unica-sobrevivente-da-
casa-da-morte-na-ditadura-volta-a-ser-
analisado-na-justica.shtml
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Data: 14/08/2019
55
Grupo de Comunicação
Uso de biocombustível na Ásia pode elevar
'meio Brasil' a demanda anual por etanol
Última safra brasileira atingiu 33,1 bi de litros;
demanda imediata de países asiáticos pode
chegar a 19,4 bi de litros de etanol
Luís Freitas
CAMPINAS
O ano de 2020 sinaliza um avanço no mercado
de etanol brasileiro. A indústria nacional do setor
se anima com a possibilidade de China, Índia e
Filipinas passarem a adotar o E10, a gasolina
com 10% de álcool. Outro potencial grande
consumidor, a Tailândia, pode passar a utilizar
um combustível com 20% de álcool.
O uso do etanol como alternativa energética mais
limpa aos combustíveis fósseis é uma tendência
mundial. Somente nestes quatro países asiáticos,
a implantação do E10 e do E20 provocaria uma
demanda adicional imediata de 19,4 bilhões de
litros de etanol por ano.
A última safra brasileira, encerrada em março,
bateu recordes e atingiu 33,1 bilhões de litros.
Ou seja, a Ásia, a partir do ano que vem, pode
gerar uma demanda de mais de "meio Brasil" de
etanol.
Produtores e agentes ligados ao mercado de
etanol tratam a possível demanda asiático com
cautela, porque ainda não é certo que os países
ampliem o percentual de uso do biocombustível.
"Mas somente essa sinalização já é
extremamente positiva", afirma Plínio Nastari,
CEO da consultoria Datagro e integrante do CNPE
(Conselho Nacional de Política Energética).
Segundo ele, mais do que um novo —e
gigantesco— mercado para as exportações
brasileiras, a abertura dos países asiáticos criaria
um novo ambiente para a transferência de
tecnologia e incontáveis benefícios indiretos.
"A Fiat/Chrysler, por exemplo, planejava abrir
uma nova planta para o desenvolvimento de
motores na China, mas mudou para Minas Gerais
porque viu aqui o potencial de expansão da
energia limpa", diz Nastari.
Porém, antes de pensar no mercado asiático, a
indústria brasileira do etanol precisa arrumar a
casa.
A produção, embora crescente, ainda não é
suficiente para atender a demanda interna. Dos
33,1 bilhões de litros da última safra, apenas 1,7
bilhão (0,5%) foi exportado.
O país ainda precisa importar etanol —
principalmente dos Estados Unidos, que tem
produção excedente. No ano passado, foram
1,753 bilhão de litros comprados do exterior, o
mesmo volume exportado na última safra.
Nastari diz que o mercado nacional ainda se
recupera do período 2011/2014, quando houve
controle de preços pela Petrobras, o que acabou
pressionando os valores do etanol para baixo.
Uma ajuda para essa recuperação poderá vir do
RenovaBio, nome dado à Política Nacional dos
Biocombustíveis, que passará a vigorar em
janeiro de 2020.
O principal objetivo é reduzir as emissões de gás
carbônico, estimulando o aumento da produção e
do consumo de energias renováveis.
A meta estabelecida pelo programa é que até
2029 a matriz de combustíveis do país terá de
diminuir em 11% as emissões de gases
poluentes em relação ao registrado em 2018, ano
fixado como referência para o plano. Na média, a
emissão chegou a 74,25 gramas de gás
carbônico equivalente para cada megajoule de
energia. O objetivo para daqui a dez anos é
baixar a marca para 66,1.
"Essa é uma demanda do mercado. Os
consumidores e os investidores querem
combustíveis menos poluentes", diz o presidente
da Unica (União da Indústria de Cana-de-
Açúcar), Evandro Gussi, ex-deputado federal,
autor do projeto que criou o RenovaBio.
A usina que se inscrever no programa deverá ser
certificada por uma firma inspetora, cadastrada
na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis). Na certificação, as
usinas farão um inventário das emissões de
carbono de suas operações, desde o manejo do
plantio de cana até as emissões da frota de
carros e caminhões da empresa.
A unidade inspecionada receberá um certificado
com uma nota de eficiência energético-ambiental
que poderá ser convertido em créditos de
descarbonização —chamados de CBios—, que
terão validade de três anos.
A quantidade de créditos leva em consideração o
volume de etanol produzido. Cada CBio
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corresponde a uma tonelada de carbono que
deixa de ir para a atmosfera com a utilização de
biocombustível em lugar do combustível fóssil.
Na prática, o papel nada mais é que um lastro
ambiental, que poderá ser negociado em bolsa e
será uma nova fonte de receitas para as usinas.
Com o RenovaBio, a produção nacional de etanol
deve aumentar para 48 bilhões de litros em
2029. Para isso, as usinas deverão investir de R$
60 bilhões a R$ 70 bilhões na próxima década. "É
animador, mas também um grande desafio", diz
Gussi.
Como se o mercado do etanol já não tivesse os
seus próprios obstáculos, há ainda um outro
componente para tornar essa equação mais
complexa: o açúcar. Nos últimos dois anos, a
produção nacional de etanol só foi grande porque
não estava sendo vantajoso produzir açúcar —
subsídios do governo indiano para o açúcar local
geraram uma superprodução que derrubou seu
preço.
"As últimas safras estão mais alcooleiras porque
não foi interessante produzir açúcar", resume
Marcos Jank, professor sênior de agronegócio
global do Insper.
Com os preços pouco remuneradores, o setor
deixou de produzir quase 10 milhões de
toneladas de açúcar e de exportar 8 milhões de
toneladas na safra 2018/2019. Com isso, 64,3%
da cana processada foi destinada ao etanol.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08
/uso-de-biocombustivel-na-asia-pode-elevar-
meio-brasil-a-demanda-anual-por-etanol.shtml
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Grupo de Comunicação
A Esplanada tingida de jenipapo e urucum
Marcha das Mulheres Indígenas leva beleza a
Brasília
Opinião: Maria Paula Fidalgo
Brasília amanheceu envolvida por cantos
indígenas nesta segunda-feira (12): 1.500
mulheres de 115 diferentes povos, vindas de 25
estados, saíram do acampamento em frente à
Funarte, dando inicio à primeira Marcha das
Mulheres Indígenas.
O destino, foi o prédio da Sesai (Secretaria
Especial de Saúde Indígena), onde fizeram uma
ocupação pacífica, porém muito firme, deixando
claro que não irão aceitar a municipalização da
saúde pública indígena. Reivindicação justa;
afinal, elas não querem ter que ir para hospitais
quando estiverem doentes, definitivamente não
querem ser tratadas com antibióticos e muito
menos serem submetidas a procedimentos
cirúrgicos invasivos, como a prática de
cesarianas, que no Brasil já ultrapassa o número
de partos naturais.
Elas cantaram, dançaram e fizeram falas
emocionantes, que comoveram profundamente
quem presenciou o ato, demonstrando que, em
nossa humanidade, somos todos um.
Eu estava lá e marchei com elas. Primeiro por
uma questão de sororidade: levar meu apoio a
essas mulheres tem um significado importante
para mim. Um sinal dos novos tempos em que o
feminismo se constitui nas relações de afeto e
sustentação entre mulheres e suas causas,
mesmo as que não estejam diretamente
relacionadas. Portanto, acompanhar essas
mulheres em uma caminhada pacífica representa
tanto um apelo ao respeito e à preservação dos
seus hábitos e costumes quanto aos meus
próprios.
E mais ainda porque acho decepcionante a forma
como nós, brasileiros, lidamos com nossa
herança indígena. Sem compreender o valor dos
ritos de passagens, da sabedoria ancestral e suas
sutilezas na interface que se dá de forma
subjetiva entre os povos e a floresta.
Infelizmente, em nosso universo urbano, poucos
têm maturidade simbólica para alcançar o
significado disso.
Nem a sabedoria no uso das ervas medicinais,
nós, brancos, conseguimos validar! Precisamos
que algum laboratório europeu venha buscar em
nossa exuberante biodiversidade algum principio
ativo que, depois de devidamente patenteado e
sintetizado, possa representar uma esperança de
cura ao voltar para nós por preços abusivos nas
prateleiras das farmácias —fato que reproduz
indefinidamente nossa triste condição de
colonizados, também conhecida como “complexo
de vira-latas”.
Talvez estejamos mesmo falhando enquanto
nação ao negar o valor que o legado de nossos
povos originários nos oferece e insistindo em
buscar nos protocolos europeus e norte-
americanos soluções para a saúde publica
brasileira.
Em se tratando de mulheres empoderadas,
marchando para que suas necessidades sejam
atendidas, dificilmente iremos encontrar tanta
beleza em qualquer outra marcha mundo afora —
seja pelo colorido intenso dos tons avermelhados
de suas peles, das penas de seus cocares, das
contas de suas miçangas ou pela luz que emana
da naturalidade de suas vidas.
Do prédio da Sesai, elas foram recebidas pelo
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de
onde seguiram para o gabinete da ministra
Cármen Lúcia, no Supremo. Lá, de mulher para
mulher, pediram respeito à Constituição na
demarcação de seus territórios.
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Grupo de Comunicação
Nesta terça-feira (13), segundo dia de marcha, o
tema foi educação e mais 1.500 mulheres
indígenas chegaram de suas tribos. Essas 3.000
mulheres se juntam à Marcha das Margaridas, na
quarta-feira (14), unindo suas vozes às mais de
50 mil mulheres campesinas, quilombolas,
trabalhadoras rurais e integrantes do MST.
Salvem nossas guerreiras que protegem nossas
matas, enriquecem nossa cultura e resistem
transformando luta em melodias, fazendo o
mundo todo saber que seu território é seu corpo,
seu espírito!
Haux, Haux, Haux!
Maria Paula Fidalgo
Psicóloga, mestre em processos de
desenvolvimento humano e saúde pela
Universidade de Brasília, fundadora da ONG Uma
Gota no Oceano, atriz e escritora
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/08/
a-esplanada-tingida-de-jenipapo-e-urucum.shtml
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Data: 14/08/2019
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Grupo de Comunicação
ESTADÃO Frente Parlamentar Ambientalista apresenta
proposta alternativa de lei de licenciamento
Proposta retoma pontos alterados pelo relator do
projeto de lei, Kim Kataguiri (DEM-SP) que, na
visão de cientistas, ambientalistas e servidores
ambientais, praticamente extinguem a
necessidade de licenciamento para várias
atividades
Giovana Girardi
Diante das críticas às mudanças feitas pelo
deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) ao projeto de
Leia Geral do Licenciamento Ambiental, do qual
ele é relator, a Frente Parlamentar Ambientalista
apresenta nesta quarta-feira, 14, um parecer
alternativo, recuperando alguns pontos alterados
por Kataguiri e que, na visão de cientistas,
ambientalistas e servidores ambientais,
praticamente extinguem a necessidade de
licenciamento para várias atividades, tornando o
processo quase uma exceção.
A proposta, obtida pelo Estado, é assinada por
Nilto Tatto (PT-SP), presidente da Comissão de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e Talíria
Petrone (PSOL-RJ). Eles retomam, por exemplo,
a inclusão dos impactos indiretos na área de
influência de determinados empreendimento, a
fim de permitir ao poder público mensurar
sobrecargas em serviços a partir da realização
dessas obras.
Na última quinta-feira, 8, ao apresentar sua
quarta versão do texto, Kataguiri havia excluído
do processo de licenciamento os impactos
indiretos causados, por exemplo, por
empreendimentos de infraestrutura. O deputado
foi procurado pela reportagem nos últimos dois
dias, mas não respondeu aos pedidos de
posicionamento.
Em nota divulgada na segunda-feira, um grupo
de 84 organizações ambientalistas, indigenistas e
ligadas a outras comunidades tradicionais e a
lutas sociais (como Conselho Indigenista
Missionário, Greenpeace, Instituto
Socioambiental, Observatório do Clima, SOS
Mata Atlântica e WWF-Brasil), apontou queo
deputado demista “deu uma guinada de 180
graus, rompeu acordos anteriormente firmados e
apresentou, de última hora, um substitutivo que
torna o licenciamento exceção, em vez de regra,
comprometendo a qualidade socioambiental e a
segurança jurídica das obras e atividades
econômicas com potencial de impactos e danos
para a sociedade”.
A proposta da frente ambientalista delimita a
possibilidade de licença ambiental por adesão e
compromisso (LAC) apenas a empreendimentos
de baixo impacto ambiental e baixo risco
ambiental. Outro ponto bastante criticado no
projeto de Kataguiri que os deputados
ambientalistas sugerem retomar é a definição de
quais empreendimentos são sujeitos a
licenciamento ambiental obrigatório, proibindo
Estados e municípios de dispensarem licenças.
Para as ONGs, essa modificação poderia criar
“uma guerra anti-ambiental entre entes
federativos para atrair investimentos”.
A frente defende ainda a exclusão do artigo que
permite ao empreendedor decidir sobre
condicionantes ambientais. Na visão dos
deputados, isso obrigaria o poder público a emitir
licenças, resultando em possíveis judicializações.
Eles propõem que o licenciamento de serviços e
obras direcionados à melhoria, modernização ou
ampliação de capacidade deve ser precedido de
apresentação de relatório de caracterização do
empreendimento.
Pela proposta, ficam excluídas as facilitações ao
licenciamento ambiental de empreendimentos
agropecuários – principal ponto defendido pela
Frente Parlamentar da Agropecuária. E são
recompostas as autoridades envolvidas, como
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Grupo de Comunicação
Funai, Fundação Cultural Palmares, órgãos de
gestores de unidades de conservação, órgãos de
proteção do patrimônio histórico e cultural e
órgãos de saúde, que tinham sido retirados no
projeto de Kataguiri.
“Desburocratização não deve ser confundida com
o fim de salvaguardas e proteções ambientais
importantes em empreendimentos que causam
impacto sobre ecossistemas e populações
afetadas”, dizem, em nota que acompanha a
proposta.
“Queremos discutir alternativas com os
parlamentares da Câmara dos Deputados,
inclusive com o presidente Rodrigo Maia, e
conclamamos a mobilização da sociedade para
evitar a aprovação de uma lei que ao invés de
equacionar adequadamente os desafios da
sustentabilidade do processo de
desenvolvimento, sirva apenas para gerar
insegurança jurídica, vulnerabilidade à produção
nacional e distanciamento entre os objetivos das
atividades produtivas e da proteção ambiental”,
complementam.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/frente-parlamentar-ambientalista-
apresenta-proposta-alternativa-de-lei-de-
licenciamento/
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Blow-up
Só esfriando os ânimos se diminui o potencial da
combustão que está no ar
Paulo Delgado*, O Estado de S.Paulo
Blow-up é a ampliação do negativo. Ao revelar a
cena e desconfiar da aparência do presidente,
que fala em mudança e age como se não a
quisesse, o Parlamento entendeu o recado. Partiu
para agenda própria e precisa de ímpeto pontual
e permanente diante do quotidiano disperso e
ambíguo do Executivo.
Tem ainda a temporada no inferno por que
passam o Judiciário e o Ministério Público. Seria
bom os dois interromperem por um momento a
troca de ofensas para explicarem, em nota
conjunta, o que é mesmo a justiça para todos.
Convenhamos, não dá mais para alguém dizer
essas coisas desse jeito. Sem modos nunca
houve sociedade livre. Tem sido comum
presidentes desfrutarem uma perigosa liberdade
de expressão visando a dirigir os sentimentos da
Nação para si próprios. Opiniões e atitudes nesse
cargo deveriam ser fatos políticos
extraordinários, e não o retrato dos princípios
pessoais que estão por trás deles.
Ninguém é herdeiro das lutas do povo por ganhar
uma eleição. Especialmente numa época em que
milhões de mensagens angulam a percepção do
eleitor numa determinada direção, violando sua
privacidade. O escondido embaralha os critérios
da pessoa, o flagrante esconde o principal. O
truque da eleição continua.
Perder o equilíbrio da aparência para ser notícia
contém uma carga de orgulho que, contrariada,
pode desabar em violência. O insulto é uma
forma de defesa. Nomear os outros para
segregá-los, simplificando o sentido de tudo,
revela um Brasil gigante anêmico.
Nada do que só fecha a porta ao entendimento é
liberalismo. Tudo esconde seu oposto,
especialmente venenosas atitudes cênicas. E ao
deixar a economia se conduzir liberal, enquanto
deixa claro que o que vale são acertos de contas,
o presidente revela um mal inconsciente em sua
compreensão das coisas. Explica a seus eleitores
o que quer condenar supondo a rendição do País,
que não gosta. Mais rígido, mais se enrola no
paradoxo.
Se o Executivo não encara a imensidão de
possibilidades que são a liberdade e a
diversidade humana, sendo ela a única que pode
realmente produzir o resultado econômico e
cultural que faz qualquer governo dar certo,
melhor o Congresso dar as cartas.
Querer prosperar economicamente sob um
governo liberal e ao mesmo tempo ampliar o
sectarismo sobre a sociedade é uma equação
inexistente. A estagnação econômica
permanecerá se não for enfrentada com a árdua
missão de governar com autoridade,
discernimento e sacrifício. Aqui é assim: a
dificuldade no poder ampara o emocionalismo
retrógrado do populismo brasileiro.
O coração do povo é mais vasto do que se supõe.
Mira o futuro. Polêmicas políticas são piadas
velhas. Provocam emoção num tipo de mercado
paralelo onde opera uma cabeça de negócios
superada.
Polêmicas morais, de querer costurar a letra
escarlate em pessoas e instituições, nenhum
governo transitório pode se pretender senhor
assim. O erro nessa área será devastador se a
razão que vê em tudo uma desordem inexistente
preparar a justificativa para uma ordem
indesejada. É risco na veia governar por
antagonismos.
Muitos equívocos entre nós são fruto do
esquecimento, que vem depressa. Sempre
ficamos sabendo tarde demais que a
oportunidade criada pela idiossincrasia das
autoridades costuma ser cozida e comida para
ser entregue em endereço certo. Assim, tudo
pode começar a deturpar o comércio de bens
democráticos e ampliar a fragilidade da vida
política.
O Parlamento é a principal instituição do País.
Existe uma afinidade vocacional e originária no
bom parlamentar que é ser responsável sem
precisar ser governista em tudo. Sua urgência é
romper o despreocupado estado de espírito com
os grandes desafios da hora e exercer o papel de
organizar o debate nacional compondo interesses
conflitantes e legítimos.
Em relação à ordem econômica, é mantra dizer
que as economias bem-sucedidas se diferenciam
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Grupo de Comunicação
pela duração dos períodos de crescimento. Já é
consenso que a boa economia nem deve ser
tratada como uma peça de moralidade, nem deve
ser imoral.
O País está paralisado por uma espécie de “fada
da confiança” vestida pela incerteza que é a
natureza do estilo do presidente. E continua
dividido entre os economistas sociais, certos de
que é a desigualdade que está refreando a
demanda, esmagando nossa recuperação e
mantendo a crise permanente; e os economistas
liberais, convencidos de que a ideia do
crescimento é uma onda, traduzida na velha
imagem de que é a maré alta que levanta todos
os barcos.
Há expectativa e temor no Congresso de que a
recuperação do País não seja compatível com o
calor que emana do controle político desse
presidencialismo de atritos. Só esfriando os
ânimos se diminui o potencial da combustão que
está no ar.
Outro desafio para a ação parlamentar é deter a
tendência de mais um presidente querer inventar
uma política externa. Fato que mais nos afasta
da hipótese de termos algum papel na balança de
poder mundial. Situação possível se o Senado
não impedir que o Itamaraty continue a acumular
desequilíbrios. É um erro político centrar o
debate da ocupação do posto de Washington
como problema familiar.
Não se trata de ofender o presidente, mas salvá-
lo do risco de sonhar com grandezas que não nos
dizem respeito, que é embarcar na encruzilhada
em que Trump meteu os EUA com essa ideia de
reconstruir o “Sistema de Yalta”, redividir o
mundo em áreas de influência e apostar em
conflitos regionais.
Se isso acontecer, o Brasil assumirá contornos
que podem esfacelar nossa ordem continental,
enfraquecer nossa força de poder brando em
temas transnacionais, pôr em dúvida nossa
legitimidade em operações de paz e quebrar
nossa agricultura na OCDE ao ampliar a
repercussão desse proselitismo ambiental
equivocado. Um Brasil big stick e antieuropeu é
um contrassenso cultural e um irrealismo
político-militar inédito em 130 anos de História
da República.
*Sociólogo.
e-mail: [email protected]
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,blow-up,70002966508
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Data: 14/08/2019
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Empresários de vidro e cerâmica procuram
Bolívia para compra direta de gás
Coluna do Broadcast
Por Bárbara Nascimento
Representantes dos setores de vidro e cerâmica,
dois dos maiores consumidores de gás natural do
País, viajam à Bolívia na próxima semana para
negociar a compra direta de gás para o Brasil.
Esse seria o primeiro caso de consumo livre de
gás. Presidente da Abividro, Lucien Belmonte
explica que a ideia é que, com as novas
condições de mercado, haja uma redução do
preço de US$ 14 para US$ 9 por milhão de BTU.
Juntos, os setores consomem 5 milhões de m³ de
gás por dia.
Novas condições
O negócio só será possível por conta da
renegociação dos contratos de importação do
produto via Gasoduto Brasil-Bolívia, com uma
potencial queda do preço de 40%. O contrato
com a Petrobrás vence em dezembro e, a partir
daí, a iniciativa privada poderá negociar
diretamente com o vizinho. Além disso, a
redução da margem para consumidores livres no
Estado de São Paulo ajuda a baixar o preço.
Sondando território
Essa será a primeira ida dos empresários à
Bolívia com esse fim. A ideia é sondar condições
e abrir um canal para que os empresários
negociem diretamente com os bolivianos.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/empresarios-de-vidro-e-ceramica-
procuram-bolivia-para-compra-direta-de-gas/
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Data: 14/08/2019
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Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Schalka quer setor na defesa da Amazônia
Por Stella Fontes | De São Paulo
O presidente da Suzano, Walter Schalka, que
recebeu ontem o prêmio de executivo do ano no
setor de celulose e papel na América Latina da
consultoria Fastmarkets Risi, aproveitou o evento
para fazer um chamamento à indústria brasileira
em favor da floresta amazônica. "Temos de
aumentar a nossa voz. Não podemos permitir o
desmatamento da floresta amazônica. Temos de
trabalhar contra isso", afirmou o executivo,
aplaudido pela plateia formada por executivos e
analistas da indústria.
Conforme Schalka, o setor de árvores plantadas
brasileiro oferece grande potencial de criação de
valor para o mundo, uma vez que é renovável e
biodegradável e negativo em carbono. Essa
combinação de contribuições sociais e
ambientais, segue o executivo, deve ser
valorizada pela própria indústria.
"Hoje [ontem] a embaixada do Brasil em Londres
amanheceu com cartazes por causa dos
problemas com as florestas no Brasil. Nosso setor
não é de florestas e sim de árvores. 100% das
empresas do setor só colhem as árvores que
plantaram e não usam floresta nativa. Mas pode
haver contaminação negativa do setor por
problema ambiental brasileiro", destacou o
presidente da Suzano em seu discurso.
Segundo Schalka, a indústria de papel e celulose
quer continuar crescendo com a preservação das
florestas nativas, incluindo a floresta amazônica.
"Nós, juntos, devemos elevar o nome do nosso
setor globalmente, acrescentou o executivo.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) relacionou a produção de papel ao
desmatamento. Contudo, 100% do papel
produzido no país é proveniente de madeira de
reflorestamento.
https://www.valor.com.br/empresas/6389847/sc
halka-quer-setor-na-defesa-da-amazonia
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Data: 14/08/2019
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Grupo de Comunicação
Estoque alto desafia fabricantes de celulose
Por Stella Fontes | De São Paulo
O excesso de estoques de celulose, que chegou a
níveis históricos entre o fim do ano passado e o
início deste ano, está desafiando a indústria
global. Há duas saídas para o quadro atual: forte
retomada das compras por parte dos chineses,
que está sujeita às condições macroeconômicas,
ou redução mais drástica na oferta da matéria-
prima, que depende do plano de cada
companhia. Sobre essa opção, porém, não há
consenso no setor.
Maior produtora de celulose de mercado do
mundo, a Suzano reduziu a 9 milhões de
toneladas a produção prevista para este ano,
ante capacidade instalada de 11 milhões de
toneladas anuais. Além da brasileira, a chilena
CMPC disse que avalia a possibilidade de
prolongar paradas programadas. E ao menos três
produtores de celulose fibra longa já restringiram
a produção, ainda que em pequena escala. O
movimento não foi suficiente para conter a queda
dos preços internacionais, que chegaram ao
custo marginal de produção mas ainda não
desencadearam novos anúncios de redução de
oferta.
Para o presidente da Suzano, Walter Schalka, o
ritmo de ajuste no mercado global vai depender
da modelagem de retirada de celulose do
mercado. Durante a 14ª conferência latino-
americana da Fastmarkets Risi, o executivo
convocou seus pares à reflexão e afirmou que, ao
analisar os diferentes fatores que afetam os
custos em geral, todos os produtores vão
descobrir que existe uma "última tonelada" de
celulose que não está gerando o retorno
adequado.
"Nós, brasileiros, somos os mais competitivos,
mas não temos a obrigação única de gerar caixa
e, sim, retorno sobre o capital empregado. Nossa
responsabilidade é maior do que isso: criar valor
de forma sustentada e reduzir a volatilidade",
afirmou. Conforme Schalka, a deflação de US$
260 por tonelada da celulose de fibra curta "não
agrega valor para ninguém". "A indústria
brasileira é muito relevante globalmente nesse
caso. Juntos, Chile, Uruguai e Brasil têm um peso
importante no mercado global", acrescentou.
Na Eldorado, de acordo com o diretor comercial
Rodrigo Libaber, não há avaliação, neste
momento, sobre reduzir produção, embora a
companhia sempre avalie o que pode ser feito
para trazer mais estabilidade e menos
volatilidade ao mercado. "Uma restrição de
produção está sempre em pauta a partir do
momento em que entendemos que vai fazer a
diferença no mercado como um todo", observou.
Contudo, quando há outros fatores a serem
enfrentados, a redução não é viável. "Se achar
que o ajuste de produção vai surtir efeito
imediato, a gente vai avaliar com carinho. Mas
hoje há outros fatores que não estão
equacionados", disse.
Segundo Libaber, a China vai crescer, a demanda
vai voltar e a questão, neste momento, é poder
optar por ter estoques maiores, mas não em
corte de produção.
Para o principal executivo do negócio de celulose
do grupo chileno CMPC, Jaime Argüelles, a queda
dos preços da matéria-prima é parte normal da
evolução do mercado de commodities, que tem
volatilidade, mas a companhia poderá partir para
a redução de oferta. "Acho que estamos na parte
baixa do ciclo, perto ou já no fundo, mas
pensamos que isso é parte do negócio", disse.
O executivo disse que a CMPC não enfrenta um
problema grande de estoques e que avalia a
redução do volume de produção para preservar
florestas e vender seus produtos a preços
melhores, porém sem especular. "Gostamos mais
da estabilidade, mas se o preço estiver muito
baixo, também podemos tomar essa decisão [de
reduzir produção]", afirmou, acrescentando que a
companhia está avaliando a extensão de paradas
anuais já programadas.
Na Suzano, Schalka admite que a companhia
errou em sua estratégia comercial de celulose, ao
segurar a oferta de fibra diante da queda dos
preços iniciada no fim do ano passado. Mas
chama a atenção para um "erro estatístico" na
Data: 14/08/2019
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Grupo de Comunicação
análise dos números do setor. O aumento dos
estoques, que tradicionalmente giravam em
torno de 35 dias a 37 dias, para 52 dias, segundo
os últimos dados disponíveis, sugere que houve
uma alta "brutal" nos volumes, quando na
verdade o que ocorreu foi a transferência de
volumes que antes estavam nas mãos dos
compradores para os produtores, explicou.
"Isso dá a impressão de que estoques subiram
brutalmente. Eles não subiram [tão
agressivamente], mas mudaram de mãos",
afirmou. A estimativa da companhia é a de que
os estoques no comprador tenham subido cerca
de 700 mil toneladas, enquanto entre 1,7 milhão
e 1,8 milhão de toneladas tenham sido
transferidas do comprador para o produtor. À
medida que os inventários sejam reduzidos e
mais fábricas interrompam a produção por causa
dos preços baixos, afirmou o executivo, as
cotações começarão a se recuperar. "A data, não
consigo prever."
Para o segundo semestre, a meta é reduzir os
estoques da companhia, hoje de cerca de 3
milhões de toneladas. O nível pretendido, porém,
não é informado - o volume normal é de 1,5
milhão de toneladas. Conforme Schalka, o
consumo de papel na China sofreu pouca
alteração e a demanda de tissue segue muito
próxima do Produto Interno Bruto (PIB). "O
consumo chinês não foi afetado de forma
relevante", afirmou, acrescentando que, diante
disso, a expansão do consumo global de celulose
deve seguir ao redor de 2% ou 3% ao ano.
https://www.valor.com.br/empresas/6389845/es
toque-alto-desafia-fabricantes-de-celulose
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Data: 14/08/2019
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Grupo de Comunicação
Salles promete minuta de novo Fundo
Amazônia em uma semana
Por Daniela Chiaretti e Gabriel Vasconcelos | De
São Paulo e do Rio
Até a próxima semana, o Ministério do Meio
Ambiente enviará às embaixadas da Noruega e
da Alemanha a minuta do decreto de "recriação
do Fundo Amazônia", disse ao Valor o ministro
Ricardo Salles.
A promessa de continuidade do Fundo Amazônia
acontece em meio a tensões com os doadores,
principalmente com a Alemanha, maior parceiro
socioambiental do Brasil. O embate não tem
desfecho previsível.
Na semana passada, depois da divulgação da
forte tendência de aumento do desmatamento, a
ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja
Schulze, anunciou a suspensão de € 35 milhões
destinados a uma nova chamada de projetos
para proteção do clima. Ela justificou a decisão
dizendo que a política do governo na Amazônia
coloca em dúvida se o país ainda busca reduzir o
desmatamento.
O anúncio gerou reação de Jair Bolsonaro para
quem o país não precisaria destes recursos. O
presidente disse que a Alemanha "vai deixar de
comprar à prestação a Amazônia". Svenja
Schulze subiu o tom na tréplica afirmando que a
decisão parece ter sido acertada e pedindo
reavaliação dos repasses alemães para o Fundo
Amazônia, que pertencem a outra pasta, a da
cooperação internacional sob gestão do ministro
Gerd Müller.
O embate e a alta no desmatamento têm forte
ressonância na imprensa alemã. Dificultam
também a aprovação do acordo de livre-comércio
Mercosul-União Europeia no Parlamento alemão.
Ontem Salles recebeu uma ligação do ministério
alemão de cooperação. "Eles reiteraram a
intenção de continuar com o Fundo Amazônia",
disse. É desta pasta que vêm os recursos
alemães para o fundo (a Noruega é responsável
por 93,8% dos valores, a Alemanha aportou
5,7% do R$ 3,4 bilhões) e o grande volume da
cooperação internacional com o Brasil.
Para Salles, a proposta de nova governança do
fundo "em linhas gerais não traz grandes
mudanças". Há contudo, uma nova instância, um
comitê gestor, com oito cadeiras e reuniões
mensais. Suas atribuições serão apresentar os
novos projetos, fazer um relatório de execução
do que estiver em andamento e os indicadores
do que tiver sido concluído, diz Salles.
O ministro não adianta como será feita a
distribuição dos oito lugares, ponto crítico da
proposta. Na gestão atual do fundo, há apenas
dois comitês, o orientador (conhecido pela sigla
Cofa) e o técnico. O Cofa tem por atribuição
discutir diretrizes e critérios dos projetos do
fundo e tem três instâncias ocupadas por
membros do governo federal, dos governos dos
nove Estados da Amazônia Legal e da sociedade
civil. Cada uma das instâncias tem o mesmo peso
nas votações dos projetos.
O novo comitê estaria subordinado ao Cofa, que
continua com a mesma sigla, mas deixa de ser
Comitê Orientador e se torna Conselho do Fundo
Amazônia. Na proposta do governo, terá reuniões
semestrais. "O comitê gestor irá acompanhar
mais de perto o andamento dos projetos e o
trabalho do BNDES ", explica Salles.
A proposta, na sua visão, "dá mais gestão" ao
fundo. "Queremos ter estratégia clara do tipo de
projeto [financiado] e o acompanhamento do
desempenho destes projetos ao longo de sua
execução".
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O governo estaria em fase final de preparação de
projeto para mitigar emissões de gases estufa
com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD),
dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul). Seriam US$ 500 milhões para
gestão do lixo, diz Salles. "É recurso novo,
independente. Não é Fundo Clima."
Segundo fonte do Banco do Brics ouvida pelo
Valor, os termos do empréstimo serão discutidos
nas próximas semanas. O representante
brasileiro na diretoria do NDB é o secretário de
Comércio Exterior do Ministério da Economia,
Marcos Troyjo, que deve advogar pela aprovação
do empréstimo.
A fonte do Banco dos Brics explica que o tomador
do empréstimo junto ao NDB é o MMA que, a
princípio, deve aportar o dinheiro no Fundo
Clima, gerido pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O
formato foi confirmado ao Valor pelo titular da
Secretaria de Assuntos Internacionais do
Ministério da Economia (SAIN), Erivaldo Gomes,
responsável do governo pela aprovação de
financiamentos externos.
Segundo a fonte, o empréstimo de US$ 500
milhões terá a garantia do Tesouro Nacional, o
que permite um juro anual entre 0,65% e 1,35%
acrescido da taxa Libor, o que aumenta de
acordo com o tempo de repagamento, de oito a
19 anos.
https://www.valor.com.br/brasil/6389809/salles-
promete-minuta-de-novo-fundo-amazonia-em-
uma-semana
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Petrobras revê normas de compliance
adotadas após escândalo da Lava Jato
Por André Ramalho e Rodrigo Polito | Do Rio
Cinco anos após entrar nos holofotes da Lava-
Jato e reformular praticamente todo o seu
compliance, a Petrobras decidiu rever regras de
governança adotadas nos últimos anos, em
reação ao escândalo de corrupção vivido dentro
da empresa. Sob o comando de Roberto Castello
Branco, a petroleira iniciou a adoção de
mudanças que devem reduzir o volume de
reuniões de seu conselho de administração. A
ideia também é levar menos projetos de
investimento e negócios de venda de ativos para
apreciação do colegiado. A interpretação sobre as
novas regras é dúbia e abre espaço para receios
de um eventual afrouxamento da governança. A
empresa nega.
O comando da petroleira defende que as medidas
garantirão maior celeridade nas decisões de
rotina, sem perda de controles, e que o conselho
se concentrará nas decisões estratégicas de
longo prazo. Fontes de dentro da companhia e
com passagens recentes pela estatal, no entanto,
temem por um efeito contrário e que as
mudanças na governança possam vir a esvaziar o
conselho, justamente num momento sensível em
que a petroleira acelera privatizações e em que a
governança da empresa é colocada em xeque por
sinais de interferência do governo no dia a dia da
companhia.
O caso mais recente se deu na semana passada,
quando a Petrobras decidiu romper o contrato de
serviço prestado pelo escritório de advocacia do
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), menos de uma semana após o embate
público entre Felipe Santa Cruz e o presidente
Jair Bolsonaro. Questionada, a Petrobras
esclareceu que exerceu o direito de rescisão
unilateral dos dois contratos de prestação de
serviços jurídicos firmados entre as partes e que
a decisão se deu "estritamente nos termos
previstos em contratos".
O Valor apurou que uma das principais medidas
da Petrobras foi reduzir os investimentos e venda
de ativos sujeitos à apreciação do conselho. Os
membros do colegiado vão opinar, agora, sobre
projetos de investimentos acima de US$ 1 bilhão
- antes o piso era de US$ 500 milhões - e
desinvestimento superiores a US$ 200 milhões.
Até então, toda alienação de ativo superior a US$
20 milhões passava pelo aval do conselho.
Mesmo com as mudanças, se o negócio envolver
a perda de controle ou saída completa de uma
sociedade, a venda do ativo continuará sendo
levada ao conselho.
A companhia cortou alguns comitês de
assessoramento - órgãos vinculados diretamente
ao conselho, com atribuições específicas de
análise e recomendação sobre determinadas
matérias - e espera reduzir, para menos da
metade, o número de reuniões desses comitês.
Segundo duas fontes, o comando da estatal vê
excesso nas 231 reuniões realizadas em 2018.
Além disso, a companhia vem descentralizando
algumas das decisões, da esfera do conselho
para a diretoria e gerências executivas. Duas
fontes da empresa relatam que o "excesso de
controles", nos últimos anos, criou um clima de
desconfiança entre os empregados, o que levou a
um imobilismo na administração.
Duas fontes que passaram pela companhia nos
últimos anos, contudo, veem com preocupação o
que chamam de "esvaziamento do conselho".
Uma delas critica o encerramento das atividades
do comitê de estratégia, vinculado ao conselho, e
da própria diretoria de estratégia, no momento
em que a empresa intensifica o seu processo de
desinvestimentos. Com a ida das gerências-
executivas de gestão de portfólio e estratégia
para debaixo do guarda-chuva da presidência, o
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receio é que o conselho tenha sua participação
reduzida no debate sobre a estratégia de longo
prazo da companhia.
"O desinvestimento é justificado com base em
análises sobre alocação de capital, ou seja, risco
e retorno, ou por estratégia. É possível manter
algum ativo estratégico, mesmo que a relação
risco-retorno não valha a pena. A visão dessa
gestão é uma visão financista. O atual comando
da Petrobras quer transformar a companhia
numa empresa produtora de óleo e gás somente,
mas não se discute a estratégia desse
posicionamento no longo prazo. E o fim do
comitê de estratégia e a redução do número de
reuniões do conselho preocupa nesse sentido",
afirma a fonte da administração anterior.
A Petrobras esclareceu que "decisões táticas e
operacionais, como aprovação de escolhas
técnicas para projetos de investimentos, não
serão mais submetidas ao conselho", mas que o
colegiado continuará sendo responsável pela
aprovação final dos principais projetos. Além
disso, a empresa acredita que as medidas
assegurarão o "foco nas decisões estratégicas e
de longo prazo do conselho". A estatal alegou,
ainda, que as mudanças não alteram o "ambiente
de controles, apenas as alçadas de aprovação de
decisões de gestão e operacionais".
Uma fonte com passagem pela estatal revela
uma preocupação especial com os
desinvestimentos no refino, pelo fato de a
petroleira não ter adotado restrições à
participação de companhias de trading que são
investigadas pela Lava-Jato - Vitol, Trafigura e
Gleconre são suspeitas de pagar propina a
funcionários da estatal. O código de compliance
da companhia diz que cabe à Petrobras "conhecer
previamente e monitorar os riscos envolvidos no
relacionamento com as contrapartes" e priorizar
negócios "com aquelas que apresentarem, ao
mesmo tempo, as melhores oportunidades para a
companhia e o menor risco de integridade".
A estatal esclareceu que adota "procedimentos
de verificação e tratamento dos riscos de
integridade de contrapartes"; verifica listas
restritivas, como o Cadastro de Empresas
Inidôneas e Suspensas; e analisa a integridade
dos participantes e "medidas mitigatórias
cabíveis". A empresa, no entanto, destaca que
"não há impeditivo legal para a participação de
companhias de trading no processo de
desinvestimento de refinarias" e que, como está
vendendo sua participação integral nos ativos, a
"Petrobras não será sócia de nenhuma dessas
empresas", caso elas comprem as refinarias.
Em meio às mudanças no compliance, a
Petrobras está, há um mês, sem o seu diretor de
governança e conformidade, após a renúncia de
Rafael Mendes Gomes, em julho. A petroleira
informou que a saída se deu "por razões
pessoais" e não comenta o assunto. O nome do
substituto está em processo de seleção por uma
empresa especializada em "head hunter".
As mudanças nas estruturas de controle ocorrem
também em meio a episódios que lançam
dúvidas sobre a autonomia da empresa. O caso
mais emblemático de interferência do governo
talvez tenha sido o telefonema de Bolsonaro
pedindo para que a Petrobras suspendesse o
reajuste de 5,7% nos preços do diesel, em abril,
em meio às ameaças de uma nova greve dos
caminhoneiros. Na ocasião, Castello Branco disse
que houve "interferência zero" no caso.
O grau de autonomia da Petrobras já havia sido
colocado em xeque logo no início do ano, quando
Castello Branco indicou para a gerência-executiva
de inteligência e segurança corporativa o nome
de Carlos Victor Guerra Nagem. Funcionário da
estatal, o Capitão Victor foi candidato a deputado
estadual pelo PSC no Paraná e é amigo particular
de Bolsonaro.
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Após a repercussão negativa da indicação,
Bolsonaro saiu em defesa de Nagem e, por meio
da rede social Twitter, em tom de ironia, pediu
desculpas por "não estar indicando inimigos para
postos em meu governo". Pelo fato de Capitão
Victor não ter experiência em gestão, Castello
Branco recuou da indicação, mas em seguida deu
a ele uma das cadeiras disponíveis na assessoria
da presidência. Segundo a estatal, Nagem foi
indicação de "especialistas em segurança e
defesa nomes com experiência em segurança
empresarial".
Em fevereiro, Bolsonaro escreveu em suas redes
sociais que ele determinou que a Petrobras
revisse seus patrocínios culturais. A estatal alega
que já havia decidido revisar sua política de
patrocínios desde o início do ano.
https://www.valor.com.br/empresas/6389853/pe
trobras-reve-normas-de-compliance-adotadas-
apos-escandalo-da-lava-jato
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Eletrobras prevê emissão de ações e
privatização no início de 2020
Por Rodrigo Polito e Camila Maia | Do Rio e de
São Paulo
A Eletrobras pode fazer uma emissão de ações
com diluição da União - e, consequentemente,
sua privatização - em fevereiro de 2020, na
primeira janela de mercado do ano, disse ontem
Wilson Ferreira Junior, presidente da estatal, ao
divulgar o balanço do segundo trimestre do ano.
"A operação de capitalização é simples, se faz em
90 a 120 dias. A ação precisa ser arquitetada
pelo governo junto ao Congresso", disse o
executivo, durante entrevista coletiva concedida
ontem.
Ele explicou que, como a União não vai
subscrever a emissão de novas ações, terá sua
participação diluída para menos de 50%,
perdendo o controle. Caberá ao governo decidir
também se haverá ou não uma ação preferencial
especial ("golden share"). Para Ferreira, a ação
não é "fundamental" para o país, já que o setor
elétrico já é extremamente regulado pelo
governo.
"O que temos daqui para frente, que sinto no
governo no campo da economia, é uma agenda
voltada para reforma tributária e também para o
tema das privatizações", disse Ferreira. Segundo
ele, a reforma da Previdência enfrenta o tema da
dívida pública ao impedir que ela cresça, a
reforma tributária simplifica tudo, e a redução da
dívida acontece com venda de ativos ou ingresso
de outorga.
Questionado sobre a posição que o governo deve
ficar na Eletrobras depois da privatização,
Ferreira disse não ser possível saber. "Mas temos
um sinal que é a BR, que ficou com 30%", disse,
se referindo à BR Distribuidora, que foi
privatizada recentemente. A Petrobras teve sua
fatia reduzida para 37,5% na operação. "O que
eu quero que você tenha na BR como modelo é
que o governo saiu do controle dela. É isso que
eu estou dizendo."
Segundo Ferreira, a situação da companhia hoje
é muito melhor que a de três anos atrás, quando
ele assumiu a presidência. Ainda assim, a estatal
tem um custo de captação muito maior que o de
suas concorrentes, o que inviabiliza novos
investimentos.
A relação entre dívida líquida e Ebitda (sigla em
inglês para resultado antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) da Eletrobras chegou
a 2,6 vezes ao fim de junho, sem considerar a
entrada no caixa de indenizações de ativos de
transmissão antigos (RBSE). A alavancagem ficou
pela primeira vez abaixo da meta da sua
administração, de um índice de 3 vezes, mas
Ferreira quer ir além disso. "Se tivermos uma
meta, é rodar em torno de 2 vezes a 2,5 vezes,
que é um valor adequado para uma empresa de
infraestrutura na área de energia", disse.
Uma das estratégias para obter a redução da
dívida é a venda de ativos. Segundo Ferreira, a
Eletrobras recebeu manifestações de interesse
por todos os seis pacotes de participações em
Sociedades de Propósito Específico (SPEs)
colocados à venda, que envolvem quase 1
gigawatt (GW) de potência em parques eólicos e
uma linha de transmissão de pouco mais de 500
km de extensão. O prazo para que interessados
iniciassem negociações terminou na segunda-
feira.
O presidente da Eletrobras acrescentou que
prevê que a venda das SPEs seja concluída ainda
neste ano. Parte dos recursos das vendas devem
entrar em caixa neste ano e parte em 2020. Mas
a contabilização de todas as vendas deverá ser
registrada ainda em 2019.
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Os cortes de custos também fazem parte da
reestruturação da companhia. Segundo Ferreira,
a estatal deve lançar em setembro um novo
programa de demissão consensual (PDC), com
objetivo de desligar 1.681 funcionários, e chegar
ao total de 12.088 colaboradores em 2020.
"Temos duas mil pessoas em condição de se
aposentar, o que pode nos ajudar a atingir o
número ano que vem", disse. Haverá dois meses
para adesão, com prazo final para desligamento
em dezembro.
O andamento da reforma da Previdência deve
ajudar a incentivar os funcionários em idade de
aposentadoria a aderirem ao PDC. "É algo que
estou supondo, em visto de termos o tema da
previdência próximo do seu final", afirmou.
A questão de Itaipu também foi objeto da
entrevista coletiva de ontem. Segundo Ferreira, o
acordo com a Administración Nacional de
Electricidad (Ande) sobre a contratação de
energia da usina binacional deve sair o mais
rápido possível. "Temos uma negociação de
muito maior porte em 2023 [sobre o Anexo C do
Tratado de Itaipu, que trata da comercialização
da energia da usina]. Era importante chegar até
lá bem", afirmou. Para o executivo, a relação
entre os paraguaios e brasileiros "é excelente".
Ele contou que o novo presidente da Ande, Luis
Villordo, que assumiu o cargo na segunda-feira, o
procurou no mesmo dia. Na próxima semana, os
dois executivos devem se encontrar.
A Eletrobras obteve lucro líquido de R$ 5,56
bilhões no segundo trimestre do ano,
crescimento de 305% em relação ao mesmo
intervalo do ano passado. A receita líquida somou
R$ 6,64 bilhões, crescimento de 12%. O
resultado foi possível devido à venda das
distribuidoras de energia no grupo, privatizadas
ano passado. Segundo a estatal, do resultado de
abril a junho, R$ 301 milhões foram relativos às
operações continuadas. Outros R$ 5,26 bilhões
foram referentes às operações descontinuadas de
distribuição, resultado da reversão do patrimônio
líquido da Amazonas Energia, que teve a venda
concluída em abril. A conclusão da obra da
termelétrica de Mauá 3, da Amazonas GT,
também ajudou no resultado.
Na ponta negativa, a companhia registrou uma
provisão de R$ 921 milhões em relação aos
créditos do fundo setorial Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC) cedidos pela Amazonas
Energia à Eletrobras, no âmbito do processo de
privatização da distribuidora.
https://www.valor.com.br/empresas/6389833/el
etrobras-preve-emissao-de-acoes-e-privatizacao-
no-inicio-de-2020
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Data: 14/08/2019
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Presidente da Petrobras prevê investir US$
100 bi em cinco anos
Por Vandson Lima | De Brasília
Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco
afirmou, em audiência ontem na Comissão de
Infraestrutura do Senado, que a empresa vai
investir aproximadamente US$ 100 bilhões nos
próximos 5 anos. Os desinvestimentos de ativos,
por outro lado, devem chegar a até US$ 35
bilhões no período.
"São escolhas. Você tira dinheiro de um lugar e
coloca em outros mais rentáveis. É a busca do
investimento ótimo que maximiza o retorno ao
acionista", avaliou o presidente da estatal.
Castello Branco rechaçou a tese de que o atual
governo esteja desmontando a estatal. "Não
estamos desmontando a Petrobras, estamos
transformando numa empresa melhor. Investindo
naquilo que é bom. Isso se chama gestão de
portfólio".
Ele confirmou que, até o momento, já foram
vendidos US$ 15,3 bilhões do plano original de
desinvestimento. A venda das empresas que
compõem o sistema de refino de Pasadena, nos
Estados Unidos, que arrecadou US$ 562 milhões,
foi importante mais pelo simbolismo do que pelo
valor arrecadado, pois se tratava de uma "página
negra" para o país, avaliou. Após a venda de
distribuidoras no Paraguai, o presidente da
Petrobras disse que o mesmo deve ocorrer com
redes de combustível mantidas no Uruguai e
Colômbia. "Não faz o menor sentido [manter]",
apontou. Entra no cálculo ainda a venda de 90%
da participação na Transportadora Associada de
Gás (TAG). O grupo formado pela Engie e pelo
fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement
du Québec (CDPQ) pagou R$ 33,5 bilhões à
Petrobras.
A venda de oito das 13 refinarias da companhia
está no planejamento estratégico. O processo foi
dividido em duas etapas. A primeira já está em
curso, para a venda de Abreu e Lima
(Pernambuco), Landulpho Alves (Bahia),
Presidente Getúlio Vargas (Paraná) e Alberto
Pasqualini (Rio Grande do Sul). Castello Branco
garantiu que há um grande número de potenciais
compradores. "Com respeito às quatro primeiras
refinarias, digo que há grande interesse. O
número supera duas dezenas de interessados",
asseverou.
Questionado pelos senadores, Castello Branco
assegurou que não usará os recursos a serem
obtidos com a cessão onerosa para reduzir o
endividamento da empresa. Ele fez um apelo
para que o Congresso nacional aprove a Proposta
de Emenda Constitucional que vai autorizar a
União a fazer um pagamento de US$ 9 bilhões
em indenização à estatal. Sem esses recursos no
curto prazo, disse, a Petrobras não terá como
participar do leilão da cessão onerosa, previsto
para novembro.
Sobre a situação atual da empresa - que ele
disse categoricamente ter sido "assaltada por
uma organização criminosa e praticamente
desmontada", causando reação de senadores do
PT -, o presidente disse que, hoje, o pagamento
de juros e serviços de dívidas da Petrobras
consome 35% do fluxo de caixa, ante 3% nos
concorrentes.
Destacou que a empresa não precisa ser dona da
infraestrutura, mas dos serviços. "Petrobras era
responsável por 98% da capacidade de refino,
uma anomalia", destacou, ponderando que a
empresa não ganhou nada com essa dominância
no mercado de gás. "Vocês deveriam abominar
monopólios como eu abomino".
Outro questionamento recorrente foi sobre a
política de preços de combustíveis. Para Castello
Data: 14/08/2019
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Branco, não é correta a avaliação de que o diesel
custa caro no Brasil. "Brasil não é país caro no
diesel, fica abaixo da média global. De 160
países, em mais de 100 custa mais que no
Brasil", alegou. "No caso da gasolina, está
aderente à média global, às vezes abaixo, às
vezes acima", pontuou. Nos dois casos, foram
apresentados gráficos de comparação aos
senadores. O presidente da Petrobras avaliou que
a questão do diesel, na verdade, se dá por conta
do crescimento da frota - um efeito danoso da
política de expansão de crédito de governos do
PT, na opinião dele. "A expansão irresponsável
de crédito pelo BNDES aumentou em 47,3% a
frota entre 2008 e 2017".
https://www.valor.com.br/empresas/6389831/pr
esidente-da-petrobras-preve-investir-us-100-bi-
em-cinco-anos
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