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Grupo de Comunicação
CLIPPING 9 de outubro de 2019
SEMANA DA CIDADANIA
DE 9 A 15 DE OUTUBRO )
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Sabesp conquista prêmio do BID por projeto de economia circular em Franca ....................................... 4
Sabesp ganha prêmio no Equador por projeto ................................................................................... 7
Votação definirá novos equipamentos de lazer no Parque Ecológico do Tietê ......................................... 8
Votação definirá novos equipamentos de lazer no Parque Ecológico do Tietê ......................................... 9
Biblioteca Parque Villa-Lobos tem atividades sobre livro, criança e gastronomia .................................. 10
Despoluição dos rios exige eficiência na coleta e tratamento do esgoto .............................................. 11
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E O AMBIENTE .......................................................................... 13
Ong de Votorantim vai receber verba do Fundo Estadual de Recursos Hídricos .................................... 13
Secretário de Logística e Transporte, João Octaviano Machado Neto está hoje na região ...................... 14
Entrevista com Juliana Cardoso, coordenadora do Desenvolvimento Ambiental do Estado de SP ............ 15
Simulação de descarrilamento de trem mobiliza mais de 120 profissionais .......................................... 16
Lair Braga pede ação política para combate da mortandade .............................................................. 17
Cetesb multa construtora em R$ 9 mil por corte ilegal de árvores em área de preservação permanente . 18
Secretário de Logística e Transportes vistoria obra em rodovia que teve aparecimento de água ............ 19
Defesa Civil faz simulação para lidar com um risco iminente ............................................................. 20
Cerca de 30 famílias devem ser despejadas em São Carlos ............................................................... 22
O verão já vai chegar e Ilhabela pode deixar de ser opção ................................................................ 25
CEI da GRU Airport discute falta de AVCB nos terminais do aeroporto ................................................ 26
Cetesb melhora em 39% a eficiência no tempo de análise de licenciamento ........................................ 28
Grupo se reúne e traça ações contra incêndios ................................................................................ 30
Secretário de Logística e Transporte, João Octaviano Machado Neto está hoje na região ...................... 32
Morador de Rio Preto reclama de assoreamento de córrego .............................................................. 33
Polícia investiga incêndio que atingiu Jardim Botanico de Bauru ........................................................ 34
CETESB apura mortandade de peixes em lago de Limeira ................................................................. 35
GM de Limeira encontra peixes mortos em lago da cidade; Cetesb fará vistoria no local ....................... 36
CEI discute falta de AVCB nos terminais do aeroporto ...................................................................... 37
MP abre inquérito para apurar poluição do ar .................................................................................. 38
Obras de melhorias em trecho na rodovia Raposo Tavares pode não ficar prontas ............................... 39
Sabesp inicia nesta quarta obra na serra da rodovia Rio-Santos ........................................................ 40
Sabesp adia início da obra no km 116 da rodovia Rio-Santos ............................................................ 41
JP promove aula sobre o Rio Pinheiros ........................................................................................... 42
Esgoto invade casa na vila Curuçá, em Santo André ........................................................................ 43
Serviço da Sabesp deixa população sem água em Cubatão ............................................................... 44
A Jovem Pan promove uma campanha para despoluição do Rio Pinheiros e incentiva estudantes das
escolas estaduais a se prepararem para o ENEM, ao mesmo tempo em que aprendem sobre despoluição,
preservação e conscientização ...................................................................................................... 45
População do Vale reduz 14% o consumo de água desde crise hídrica, diz Sabesp ............................... 46
3
Grupo de Comunicação
Sabesp deverá abastecer Taboão e Chácara Guanabara ................................................................... 47
Sabesp contratará mais aprendizes na modalidade Educação a Distância............................................ 48
Vazamento de água na Rua Sérgio Speria ...................................................................................... 49
Diagnóstico inclui barragens na lei de segurança ............................................................................. 50
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 51
“Operários”, de Tarsila do Amaral, está em exposição no Palácio dos Bandeirantes .............................. 51
PM multa adestrador em R$ 28 mil por maus-tratos contra cadela e 7 filhotes em Barretos, SP ............ 52
Chuvas ácidas ainda ameaçam preservação e saúde do planeta ........................................................ 53
Setor de transporte brasileiro oferece oportunidades de energia limpa ............................................... 55
Operação de financiamento de termelétrica no Açu ganha prêmio internacional .................................. 56
Workshop no MME debate recuperação energética de resíduos .......................................................... 57
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 58
Painel: Cúpula do PSL já projeta cenário sem Bolsonaro e avalia unir-se a outras legendas .................. 58
Lava Jato pede para gestão Doria preservar arquivos do Rodoanel após fim da Dersa .......................... 60
Acordo de partilha do megaleilão avança e abre caminho para conclusão da Previdência ...................... 62
Temporada inédita de leilões começa na quinta ............................................................................... 64
Saneamento no Brasil: Mantido ritmo, Brasil vai atrasar em 30 anos meta de saneamento universal ..... 65
Mônica Bergamo: OAB pedirá que STF limite poder de promotores contra prefeitos ............................. 67
Extensão do dano causado por óleo no Nordeste é inédita, diz Marinha .............................................. 70
'A gente não recicla somente lixo, mas vidas', diz líder de catadores .................................................. 72
ESTADÃO ................................................................................................................................... 75
A energia solar e a liberdade do consumidor ................................................................................... 75
Brasil tem mais de 83 mil km de rios poluídos, aponta agência ......................................................... 77
Brasil sobe uma posição entre mais competitivos ............................................................................ 79
Para Itamaraty, boicote ao agronegócio segue em pauta .................................................................. 80
O maior perigo para o bem-estar no Brasil ..................................................................................... 82
Leilões de petróleo devem render R$ 237 bi para governo e Petrobrás ............................................... 84
Câmara e Senado negociam partilha de recursos do megaleilão e votação a jato ................................. 86
Mancha de óleo no Nordeste ameaça tartarugas, aves e peixe-boi ameaçado de extinção ..................... 88
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 90
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP
Data: 07/10/2019
Sabesp conquista prêmio do BID por
projeto de economia circular em Franca
Finalistas competiram durante a Conferência
de Inovação no Uso Sustentável da Água,
realizada em Guaiaquil, no Equador
A Sabesp foi destaque no Prêmio Ideias em
Ação 2019, realizado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). A
Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo conquistou o primeiro lugar pelo
projeto de economia circular implantado na
Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de
Franca.
Também concorreram na final a Aysa, da
Argentina, e a EPM, da Colômbia, com
apresentações de projetos feitas ao vivo,
durante a Conferência de Inovação no Uso
Sustentável da Água: Cidades, Indústria e
Agricultura, que ocorreu em Guaiaquil, no
Equador, organizada pelo BID e a IWA
(Associação Internacional da Água (IWA, na
sigla em inglês).
A economia circular abrange a otimização,
reutilização, reaproveitamento e reciclagem de
materiais. É um novo conceito que a
companhia está utilizando que proporciona
uma mudança cultural na qual a ETE deixa de
ser vista como uma produtora de resíduos e
passa a ser considerada uma recuperadora de
recursos.
Parceria
No projeto da Sabesp em Franca, a ideia é
utilizar a estação não só para o tratamento de
esgoto, mas também para geração de energia
elétrica e fotovoltaica; geração de biometano
conhecido como biogás; e, ainda, de
fertilizantes para agricultura. O objetivo é
extrair recursos úteis dos quais se espera
apenas resíduos indesejáveis.
“Na estação de Franca, foi aplicado o conceito
de economia circular via uma parceria de
sucesso entre as áreas Operacional e de
Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da
Sabesp. O efluente líquido tratado produz
água de reuso não potável, realimenta o rio e
produzirá energia elétrica para a ETE por meio
de uma turbina implantada no canal de saída
da planta.
O lodo gerado será usado como fertilizante na
agricultura. O biogás gerado do tratamento já
é usado como combustível veicular e também
será aproveitado na produção de energias
elétrica e térmica e ainda tem potencial para
ser injetado em rede de distribuição de gás.
A energia solar será aproveitada na geração
de energia elétrica fotovoltaica. Trata-se de
um exemplo completo do conceito de
economia circular, gerando riqueza em vez de
resíduos para a natureza”, salienta o diretor
de Tecnologia, Empreendedorismo e Meio
Ambiente da Sabesp, Edison Airoldi.
Classificação
Para o Prêmio Ideias em Ação 2019, trinta
projetos de diversos países foram classificados
5
Grupo de Comunicação
no concurso. Eles foram avaliados pela
comissão organizadora que selecionou os três
finalistas. O prêmio buscava iniciativas e
modelos inovadores utilizados para lidar com
desafios enfrentados pelas empresas
prestadoras de serviços de água e
saneamento, que tenham sido testados,
implementados e gerado impacto positivo.
“O prêmio mostra o quanto é importante fazer
parcerias para o sucesso dos trabalhos. Dentro
da empresa foi realizada uma colaboração
muito positiva entre a Unidade de Negócio da
região de Franca e a Superintendência de
Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação. É fantástico saber que estamos no
caminho certo e servindo de exemplo a ser
seguido pelos países da América Latina e
Caribe”, destaca a superintendente de
Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação da Sabesp, Cristina Zuffo.
“O projeto submetido é complexo e é um
grande desafio implantar o conceito de
economia circular na Sabesp, pois devemos
analisar os vários aspectos, passando por
questões tecnológicas, logísticas,
administrativas, facilidade de manutenção,
vida útil, medição e controle, automação,
dentre vários outros”, completa.
Potencial
Em Franca, destaca-se a otimização da fase
sólida buscando minimizar resíduos e
maximizar o biogás gerado no processo. O
biogás é o produto gerado pela digestão por
bactérias do lodo produzido no tratamento do
esgoto em grandes tanques chamados de
biodigestores. É um gás com alto potencial
energético.
Nessa planta, a Sabesp já possui um sistema
de beneficiamento de biogás, que remove
umidade e impurezas, enriquecendo-o com um
teor de metano acima de 97%,
transformando-o em biometano para uso
como combustível veicular.
“Franca é conhecida dentro da nossa diretoria
como um exemplo a ser seguido, que esse
prêmio venha reconhecer esse feito e marcar
o início de uma extensão dessa boa prática.
São ações inovadoras que contribuem para
que transformemos resíduos em insumos.
Como matéria-prima para soluções
sustentáveis, que garantem uma operação
ambientalmente correta. O que esperamos é
poder replicar essa prática em todas as nossas
unidades de negócios”, afirma o diretor de
Sistemas Regionais da Sabesp, Ricardo
Borsari.
Com a conquista, a Sabesp poderá participar
de workshop de inovação liderado por um
especialista no tema para um grupo de no
máximo 30 funcionários da empresa. Um
representante da companhia também será
convidado a apresentar o projeto vencedor
durante a Conferência Internacional sobre
Segurança Hídrica e Inovação, a ser realizada
no Panamá, o prêmio BID-FEMSA 2019 de
inovação em água e saneamento.
Além disso, o primeiro lugar no Ideias em
Ação 2019 também permitirá à Sabesp
apresentar sua inovação no Webinar
Internacional de AquaRating e Inovação e o
estudo de caso será divulgado nos diversos
canais de comunicação internos e externos do
BID.
Fórum
Por fim, a Sabesp também poderá participar,
por um ano, do TAG/ISLE (Technology
Approval Group), um fórum para empresas de
abastecimento de água em diversas regiões do
mundo.
“Representar a Sabesp em um evento da
magnitude do BID é motivo de grande
6
Grupo de Comunicação
orgulho, e no formato de um pitch, em que eu
tinha cinco minutos para convencer os
especialistas do júri das potencialidades do
nosso projeto se tornou uma responsabilidade
ainda mais desafiadora. Mas com todas as
qualidades desse projeto ficou mais fácil
demonstrar que a Sabesp tem a inovação
presente em seu DNA e é capaz de
desenvolver soluções para servir de inspiração
às empresas de saneamento da América
Latina e de todo o mundo”, diz o engenheiro
Silvio Renato Siqueira, que representou a
companhia na Conferência de Inovação.
Biogás
A Sabesp começou a usar, em abril de 2018,
o biogás gerado no tratamento do esgoto para
movimentar sua frota de veículos em Franca.
Atualmente, não se tem conhecimento de
outro projeto dessa magnitude para produção
de biometano para uso veicular, gerado a
partir do tratamento de biogás resultante do
tratamento de esgotos na América Latina.
“É dever do gestor público buscar
permanentes alternativas capazes de otimizar
custos operacionais, em busca de levar à
sociedade tarifas cada vez menores.
Transformar resíduo em produto certamente é
uma forma nobre de se fazer isso. O prêmio
que a Sabesp recebe é um grande incentivo
para todos que compartilham essa visão”,
conclui o superintendente da Sabesp da
região de Franca, Gilson Santos de
Mendonça.
O investimento total no projeto é de R$ 7,4
milhões e foi feito pela Sabesp em parceria
com o Instituto Fraunhofer IGB, da Alemanha.
O instituto fez a doação de equipamentos de
armazenamento, beneficiamento e
compressão de biogás para a Sabesp, presta
assistência técnica e acompanha a fase de
pesquisas. À Sabesp coube a realização das
obras para a instalação do equipamento, da
linha de biogás, do sistema elétrico e a
adaptação dos veículos para o biometano,
além do pagamento de taxas, licenças e
impostos.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/sabesp-conquista-premio-do-bid-por-
projeto-de-economia-circular-em-franca/
7
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário Verdade Franca
Data: 09/10/2019
Sabesp ganha prêmio no Equador por
projeto
http://cloud.boxnet.com.br/yyodpck6
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8
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 08/10/2019
Votação definirá novos equipamentos de
lazer no Parque Ecológico do Tietê
Frequentadores do local, na zona leste da
capital, poderão participar da escolha entre os
dias 12 e 20 de outubro
Entre os dias 12 e 20 de outubro, o
Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE), órgão gestor dos recursos
hídricos do Estado de São Paulo, realizará uma
votação para que os frequentadores do
Parque Ecológico do Tietê (PET) definam
quais equipamentos desejam que seja
implantado na área das antigas piscinas,
inativas há mais de quatro anos.
Os visitantes poderão optar, por exemplo, por
equipamentos de lazer e convivência, como
quiosques com churrasqueira, quadras
poliesportivas ou campos de futebol.
As piscinas foram desativadas por
apresentarem estrutura comprometida com
rachaduras, vazamento, filtros e bombas
quebrados e sem condições de recuperação,
além do acúmulo de água, que pode favorecer
a proliferação do mosquito Aedes aegypti,
transmissor de doenças como dengue e
chikungunya.
De acordo com o DAEE, o local de votação
ficará junto à entrada do PET.
serviço
Parque Ecológico do Tietê
Rua Guirá Acangatara, 70 – Engenheiro
Goulart – São Paulo – SP
Fone: (11) 2958-1477
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/votacao-definira-novos-
equipamentos-de-lazer-no-parque-ecologico-
do-tiete/
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9
Grupo de Comunicação
Veículo: O Dia
Data: 08/10/2019
Votação definirá novos equipamentos de
lazer no Parque Ecológico do Tietê
http://cloud.boxnet.com.br/y6gxxeq7
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 08/10/2019
Biblioteca Parque Villa-Lobos tem
atividades sobre livro, criança e
gastronomia
Programação do mês de outubro está repleta
de opções para todas as idades
A Biblioteca Parque Villa-Lobos está cheia
de atividades temáticas sobre literatura e
gastronomia, além de contar com a celebração
do Dia da Criança na Biblioteca Parque Villa-
Lobos durante o mês de outubro.
Um dos destaques da programação será neste
domingo (13), com a Oficina minichef
intitulada “A Cozinha encantada dos contos de
fada” e o espetáculo “João e Maria”. A oficina,
das 11h30 às 13h30, é indicada para crianças
entre 7 e 12 anos e mistura culinária e
literatura, de forma lúdica. Já a apresentação
ficará a cargo da Cia. Le Plat du Jour.
Além disso, o mês será marcado pela
participação da Biblioteca no SP Gastronomia,
primeira edição do evento que conta com
atrações em 16 regiões do Estado de São
Paulo. Na Biblioteca haverá sessões temáticas
na Hora do Conto, Jogos Sensoriais, Leitura ao
Pé do Ouvido e Clube de Leitura, entre outros.
Também haverá um bate-papo neste sábado
(12) com a escritora Índigo, autora de mais de
20 livros para crianças e adolescentes, no
Segundas Intenções, das 11h às 13h.
Na agenda do mês ainda há o curso “O cordel
brasileiro: tradição, diálogos e atuação” e a
exposição “Libertas: leitura e literatura nas
prisões”. A mostra, aberta ao público sempre
de terça a domingo, das 9h30 às 18h30, fica
até o dia 20 e reúne uma série de atividades
paralelas como rodas de conversa e até sarau.
Para algumas atividades é necessário verificar
a disponibilidade de vagas. Para ver a
programação completa, basta acessar o guia
cultura da Biblioteca, neste link.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/bibl
ioteca-parque-villa-lobos-tem-atividades-
sobre-livro-crianca-e-gastronomia/
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11
Grupo de Comunicação
Veículo: Estadão
Data: 09/10/2019
Despoluição dos rios exige eficiência na
coleta e tratamento do esgoto
Participantes do seminário 'A Despoluição dos
Rios' discutiram os melhores modelos para
contratação de empresas de saneamento
Felipe Resk, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Melhorar a eficiência de
empresas responsáveis por captar e tratar
esgoto e harmonizar o marco regulatório no
Brasil. Essas são algumas das medidas que
podem ajudar na recuperação de rios como o
Tietê e o Pinheiros, em São Paulo, segundo
participantes do seminário A Despoluição dos
Rios.
O primeiro painel do evento, parceria entre a
Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e o Estado, foi realizado na
manhã desta terça-feira, 8. Entre outros
temas, os participantes discutiram modelos
para contratação de empresas prestadoras de
serviço sanitário e ineficiência de políticas
públicas nas últimas décadas.
Segundo Percy Soares Neto, diretor executivo
da Associação Brasileira de Concessionários
Privados de Serviços Públicos de Água e
Esgoto (Abcon), 75% dos sistemas no País são
operados por companhias estaduais, enquanto
que empresas privadas estão presentes em
6% dos municípios. Já o índice total de esgoto
tratado seria de 46% no Brasil.
"Se saneamento não desse voto, não haveria
vontade política tão grande em manter o
serviço nas mãos de estatais", disse o
representante do setor privado. "As
companhias estaduais são também
instrumento de poder junto à população, por
isso existe grande resistência à abertura do
mercado."
Para Soares Neto, recuperar os rios é um
processo "simples, mas não fácil".
"É basicamente conseguir captar o esgoto e
tratá-los", disse. "Por que não se resolveu
antes? Pelo vazio de políticas públicas e
financiamento inefetivo."
Um dos desafios, segundo afirma, é evitar
perdas no processo de abastecimento.
"Hoje se investe no Brasil cerca de R$ 11
bilhões ao ano, mas se perde algo na ordem
de R$ 9 ou R$ 10 bilhões", disse.
Soares Neto destacou, ainda, que há mais de
50 agências reguladoras no Brasil e cobrou um
marco regulatório para "harmonizar" a
legislação e dar estabilidade ao serviço.
"Hoje as empresas acabam tendo um setor
jurídico maior do que a engenharia", afirmou.
Ele criticou ainda serviços prestados por
estatais contratadas sem licitação. "Hoje há
mais de 1,1 mil operações de saneamento que
nem sequer têm contrato de programa. Ou
seja, não existem metas a ser cumpridas e o
ente regular não pode fiscalizar", disse.
Para ele, melhorar resultados de saneamento
passa por aumentar a eficiência das
prestadoras de serviço.
"Relatórios da Sabesp mostram que todo
ano há perda de R$ 800 bilhões de litros de
abastecimento", disse. "Antes de dizer que
não tem dinheiro para tratar esgoto, é preciso
lembrar do quanto se perde por água não
faturada. Que empresa perde 36% da sua
produção?"
Diretor-presidente da Associação Nacional dos
Serviços Municipais de Saneamento
(Assemae), órgão que representa 25% do
setor, Aparecido Hojaij defendeu a autonomia
das prefeituras no saneamento.
"A gente não pode pensar a regulação só do
ponto de vista econômico-financeiro, mas
também de governança e qualidade."
12
Grupo de Comunicação
Entre as pautas para melhorar o serviço e
universalizar o saneamento, citou "equidade
entre cláusulas de contrato" e
desburocratização de financiamento".
"Dentro da Caixa Econômica Federal, é uma
maratona chegar à assinatura do contrato",
disse.
Especificamente sobre o projeto Novo
Pinheiros, da gestão João Doria (PSDB), os
participantes disseram ser favoráveis ao
modelo de pagamento de bônus por resultado.
"Contrato por performance é bem visto,
porque estimula resultado, contanto que
existam metas claras", disse Soares Neto.
"Esse tipo de pagamento faz com que a obra
aconteça e saia do lugar", afirmou Hojaij.
O representante das companhias municipais,
no entanto, citou ocupações irregulares em
áreas de mananciais como um dos maiores
desafios do projeto.
"Além de tratar esgoto, tem de resolver essa
questão. Talvez seja o grande dificultador do
processo."
Procurado, o governo do Estado enviou
uma nota e disse "lamenta a desinformação
sobre o maior projeto de despoluição do país."
De acordo com o texto, "os comentários
ignoram que, desde 1992, os investimentos
da Sabesp no Projeto Tietê ampliaram a
coleta de esgoto da Região Metropolitana de
70% para 89%, e que o tratamento saltou de
24% para 78%. Isso significa que o esgoto de
10 milhões de pessoas deixou de poluir rios e
córregos da Grande SP. Também não
consideram que, no mesmo período, houve
redução de 75% na mancha de poluição do rio
Tietê. Com relação às perdas d’água, fato é
que, desde 2009, a Sabesp investe para
reduzir o indicador, que hoje está em 30,1% -
menor do que o apontado no referido debate e
menor do que o brasileiro (38,3%). Se
considerarmos só as perdas na distribuição
(excluindo fraudes), o número é ainda menor:
19,9%. "
A nota afirma ainda que "o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente
comparece a todos os debates sobre a
despoluição dos rios que visam contribuir
e informar as soluções para questões
ambientais.'
https://sustentabilidade.estadao.com.br/notici
as/geral,despoluicao-dos-rios-exige-eficiencia-
na-coleta-e-tratamento-do-
esgoto,70003042097
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13
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
O AMBIENTE Veículo: Gazeta de Votorantim
Data: 09/10/2019
Ong de Votorantim vai receber verba do
Fundo Estadual de Recursos Hídricos
http://cloud.boxnet.com.br/y62nlyuz Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação
Veículo: TEM Notícias
Data: 08/10/2019
Secretário de Logística e Transporte, João
Octaviano Machado Neto está hoje na
região
TEM NOTÍCIAS 1ª EDIÇÃO/TV
GLOBO/ITAPETININGAData Veiculação:
08/10/2019 às 12h36
Duração: 00:07:03
Transcrição
Obras de duplicação da Raposo Tavares.
Projeto desde 2016
Técnicos da Cetesb e DAEE, problemas de
drenagem
http://cloud.boxnet.com.br/y3ysdvst
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Metropolitana
Data: 09/10/2019
Entrevista com Juliana Cardoso,
coordenadora do Desenvolvimento
Ambiental do Estado de SP
RÁDIO METROPOLITANA 1070 AM/MOGI
CRUZES | RADAR NOTICIOSOData Veiculação:
09/10/2019 às 07h21
Duração: 00:24:36
Transcrição
DAEE
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
2D53BA5EC3B5AA3A8CE915587E2D6BFE43FC
8DCCAB45D6BC4084A0DD73CBBACE1A04D40
E36C64BBB82F14EF9F23C80962E35BBC031E
316FE86B490804793BCB15F742FCE2B36D77
EEAFBA63D3E0690A5
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: DHoje
Data: 09/10/2019
Simulação de descarrilamento de
trem mobiliza mais de 120 profissionais
Uma simulação de descarrilamento de vagões
carregado com combustível foi realizada na
manhã desta terça-feira, dia 8, na Avenida
Duque de Caixas, no Jardim Seixas, em Rio
Preto. A ação foi organizada pela Defesa Civil,
em parceria com a Polícia Militar, Corpo de
Bombeiros, Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), Guarda Civil
Municipal (GCM), o Semae (Serviço Municipal
Autônomo de Água e Esgoto), a concessionária
da linha férrea Rumo e a escola Sesi. Ao todo,
122 profissionais e 23 viaturas das instituições
envolvidas participaram da simulação.
O simulado mostrou uma composição que
tinha sido descarrilada no trecho urbano da
linha férrea de Rio Preto, fazendo com que
estudantes evacuassem a escola para uma
área de segurança. O vagão descarrilado
estava carregado com combustível, que
acabou vazando para a rede pluvial e atingiu o
lago 2 da Repesa Municipal. Se não bastasse,
neste meio tempo, dois carros se envolveram
um acidente próximo ao local. Um dos
motoristas acaba ficando preso nas ferragens.
Tudo foi muito rápido. Em 30 minutos, o
Corpo de Bombeiros realizou o atendimento às
vítimas. A mancha de combustível na Represa
foi contida em 40 minutos após o simulado do
descarrilamento, conseguindo evitar um
prejuízo de abastecimento a 25% dos
moradores.
Em meio a todo o cenário de caos montado, a
GCM realizou um trabalho de desvio de fluxo
de veículos do local onde acontecia toda a
ocorrência. O efetivo do Corpo de Bombeiros
que participou da ação estava de folga e as
viaturas usadas são as reservas, por isso o
atendimento à população não foi
comprometido. De acordo com o coordenador
da Defesa Civil de Rio Preto, coronel Carlos
Lamin, esses treinamentos são fundamentais
para que todas as agências possam estar
preparados para atuar em cenários de risco.
'Quando uma ocorrência desta magnitude
acontece de forma real, a primeira coisa que
temos é o que chamamos de fator caos, onde
várias agências atuam sem uma comunicação.
Nosso objetivo é causar um entrosamento
entre as equipes e treinar o plano de
emergência de cada um, para um atendimento
mais eficiente numa futura ocorrência',
explicou Lamin. Quem comandou toda a ação
foi o capitão Ibrahim Nagibe, do Corpo de
Bombeiros. Para ele, a simulação é uma forma
de aperfeiçoar o atendimento da corporação e
integrar todas as agências. 'Foi possível medir
e avaliar a nossa capacidade de resposta
diante de uma emergência desta magnitude',
finalizou.
O simulado mostrou uma composição que
tinha sido descarrilada no trecho urbano da
linha férrea de Rio Preto.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32194218&e=577
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Tribuna de Piracicaba
Data: 09/10/2019
Lair Braga pede ação política para
combate da mortandade
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32192907&e=577
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Tribuna de Piracicaba
Data: 09/10/2019
Cetesb multa construtora em R$ 9 mil por corte ilegal de árvores em área de
preservação permanente
Local fica próximo ao Córrego da Felicidade,
no bairro São Deocleciano, em São José do Rio
Preto (SP).
Por G1 Rio Preto e Araçatuba
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) multou uma construtora no
valor de R$ 9,3 mil por corte de árvores sem
autorização em uma área de preservação
permanente próximo ao Córrego da Felicidade,
no bairro São Deocleciano, em São José do Rio
Preto (SP).
Segundo a Cetesb, a construtora recebeu
autorização para realizar uma obra em uma
área de 684 mil metros mediante o
compromisso de replantar 3 mil mudas de
espécies nativas, já que o local é uma área de
preservação permanente.
No entanto, o órgão alega que a empresa
acabou invadindo outros 500 metros
quadrados e fez o corte de árvores sem
autorização. Por esse motivo, a área invadida
foi embargada e a multa aplicada.
Em nota, o Grupocap, responsável pela obra,
disse que ao longo dos 50 anos de existência
sempre teve a preocupação em respeitar o
meio ambiente.
A construtora também afirmou ainda que
assim que tomou conhecimento do que
aconteceu, abriu uma auditoria para apurar o
que ocorreu e que já foram tomadas todas as
medidas necessárias para corrigir e recuperar
qualquer dano causado.
Cetesb multa construtora em R$ 9 mil por
corte ilegal de árvores em APP de Rio Preto
https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-
preto-aracatuba/noticia/2019/10/08/cetesb-
multa-construtora-em-r-9-mil-por-corte-ilegal-
de-arvores-em-area-de-preservacao-
permanente.ghtml
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura de Capão Bonito
Data:
Secretário de Logística e Transportes
vistoria obra em rodovia que teve aparecimento de água
Objetivo foi vistoriar o andamento e o
cumprimento do cronograma das obras, que
foram paralisadas em alguns pontos por causa
de uma possível descoberta arqueológica.
Por G1 Itapetininga e Região
O secretário de Logística e Transportes do
Estado de São Paulo, João Octaviano Machado
Neto, vistoriou o trecho que está em obras da
Rodovia Raposo Tavares, em Itapetininga
(SP), nesta terça-feira (8).
Ele se encontrou com representantes das
construtoras responsáveis pela obra no
quilômetro 180, onde máquinas trabalham na
construção de uma faixa adicional na rodovia.
Segundo o secretário, o objetivo foi vistoriar o
andamento e o cumprimento do cronograma
das obras, que foram paralisadas em alguns
pontos. Em um dos trechos o serviço foi
interrompido por causa de uma possível
descoberta arqueológica.
"A Cetesb tem uma ação e estamos com a
frente paralisada aguardando orientação para
que possamos preservar o local, caso seja um
sitio arqueológico. Caso haja liberação, a
retomada com as devidas orientações da
Cetesb e órgãos técnicos de controle."
Secretário Estadual de Logística vistoria
rodovia em obras no trecho em Itapetininga
Em agosto, a Cetesb, Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo,
autorizou a retomada das obras no quilômetro
175 da rodovia.
Os trabalhos no trecho estavam paralisados
desde o início de julho, quando a companhia
notificou o Departamento de Estradas de
Rodagem (DER) para apresentar, em 30 dias,
a solução para o problema de drenagem no
local, por causa do aparecimento de água
registrado durante as obras de melhorias na
rodovia.
Sobre o trecho que está com a obra
paralisada, o DER informou que o serviço vai
continuar parado até que o material
encontrado seja resgatado e retirado pela
Universidade Federal de São Carlos para só
depois a obra ser retomada.
A Cetesb informou que, se tratando de
palentologia, a avaliação do material deve ser
feita depois pela Agência Nacional de
Mineração.
https://g1.globo.com/sp/itapetininga-
regiao/noticia/2019/10/08/secretario-de-
logistica-e-transportes-vistoria-obra-em-
rodovia-que-teve-aparecimento-de-
agua.ghtml
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20
Grupo de Comunicação
Veículo1: Prefeitura de Lençóis Paulista
Data:
Defesa Civil faz simulação para lidar
com um risco iminente
Agentes fazem barreira de contenção no Lago
2 da Represa: treinamento para um possível
derramamento de combustível
Vinte minutos. Esse seria o tempo,
aproximado, gasto para se conter um possível
vazamento de óleo na Represa, decorrente de
um descarrilamento de um trem com 30 mil
litros do combustível.
A afirmação é do Corpo de Bombeiros, que,
nesta terça-feira, 8, em ação conjunta com
Defesa Civil, Polícia Militar, Semae, Rumo
Logística, Cetesb, Samu, Guarda Civil
Municipal e Sesi, realizou a simulação de um
descarrilamento de trem, com vazamento de
combustível, na avenida Sabino Cardoso Filho,
próximo ao Teatro do Sesi e ao Júpiter
Olímpico, na região da Represa Municipal de
Rio Preto.
"Com a equipe saindo do batalhão e se
mobilizando para iniciar a ação para conter o
óleo, dentro da situação simulada, seriam
aproximadamente 20 minutos gastos",
explicou Ibrahim Nagib Karan Júnior, capitão
do Corpo de Bombeiros.
A ação rápida seria fundamental para evitar
danos de grande proporção. Segundo o
biólogo e professor da Unesp Arif Cais, a
tragédia simulada, que mostrou a situação do
óleo caindo no trilho, escorrendo pelo duto e
partindo para a represa, em um trecho de
aproximadamente 250 metros, causaria
diversos danos ambientais, como a morte de
organismos vegetais e animais.
"Provocaria também uma poluição aérea.
Quem tiver contato vai ter dor de cabeça e
vômito. O solo iria se contaminar. As aves,
como as garças, por exemplo, que usam
aqueles abrigos, poderão morrer, porque se
alimentam dos peixes que estão na represa.
As próprias capivaras seriam afetadas. Seria
um grande desastre", afirma.
Segundo o Semae, o escoamento do óleo para
a represa, nesta simulação, paralisaria por
tempo indeterminado a captação de água do
local, que representa 25% do abastecimento
da cidade.
Além da questão ambiental, a simulação do
descarrilamento, próximo a uma escola,
mostrou novamente o risco que a malha
ferroviária traz ao passar pelo perímetro
urbano de Rio Preto. Em 2013, um
descarrilamento de vagões em cima de casas
no Jardim Conceição matou oito pessoas.
De acordo com a Rumo Logística,
concessionária que administra a ferrovia, em
média 20 trens passam por Rio Preto, entre
composições carregadas e vazias - dois deles
são de combustível, sendo um cheio e o outro
vazio.
Segundo o capitão Ibrahim, a simulação serviu
justamente para afinar o trabalho das
agências responsáveis para agirem
rapidamente em caso de desastre. "É muito
importante esse simulado, primeiro para
treinar os nossos bombeiros para o
atendimento às emergências, e para integrar
as agências. Também serve para avaliar e
medir a nossa capacidade de resposta em um
grande desastre", afirmou.
Ao todo, 122 integrantes das agências
participaram do simulado, e 23 viaturas foram
utilizadas para ajudar nas ocorrências, que
também fizeram parte da "Semana de
Redução de Desastres", realizada pela Defesa
Civil. "A iniciativa busca alertar sobre a
temática dos desastres naturais e aumentar a
percepção de risco, suas formas de prevenção,
preparação, mitigação e resposta, assim como
criar uma sociedade mais capacitada para
enfrentá-los", diz o capitão Orival Santana
Júnior, dos Bombeiros e que também atua na
Defesa Civil.
Durante 40 minutos, além da contenção do
óleo na Represa, representado por pipoca
doce, e do descarrilamento do trem, as
equipes atenderam um acidente simulado
envolvendo dois veículos, que teriam cinco
vítimas, além de três alunos do Sesi, que
teriam caído durante a evacuação dos
estudantes da escola.
"Tenho a plena convicção que as agências e o
Corpo de Bombeiros estão totalmente
preparados para atender bem a população",
concluiu Ibrahim.
21
Grupo de Comunicação
Agentes fazem barreira de contenção no Lago
2 da Represa: treinamento para um possível
derramamento de combustível
Bombeiros durante o simulado: resfriamento
da carga de óleo diesel
https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo
/2019/10/cidades/rio_preto/1168633-defesa-
civil-faz-simulacao-para-lidar-com-um-risco-
iminente.html
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data:
Cerca de 30 famílias devem ser despejadas em São Carlos
Moradores do Recanto das Oliveiras receberam
o prazo de 30 dias para deixarem as casas,
que foram construídas em área de
preservação ambiental
Luã Viegas | ACidadeON/São Carlos
Cerca de 30 famílias do condomínio de
chácaras Recanto das Oliveiras, em São
Carlos, receberam ordem de despejo e vão ter
que deixar suas casas no prazo de 30 dias. De
acordo com o Ministério Público (MP-SP), as
residências, que foram construídas em uma
área de proteção ambiental, localizada às
margens da Rodovia Washington Luís (SP-
310), altura do quilômetro 219, na zona rural
da cidade, serão derrubadas para que a
vegetação nativa seja restaurada.
Segundo a sentença da 3ª Vara Cível da
Comarca de São Carlos, proferida em 29 de
agosto de 2010, que, pela primeira vez,
determinou a desocupação do local, "Lázaro
Antonio Schmidt e Aparecida Huss Schmidt,
dizendo-se proprietários e possuidores de uma
área de terras denominada 'Fazenda Ohara
Schmidt da Santa Cruz das Oliveiras', no
perímetro rural desta cidade de São Carlos,
promoveram o parcelamento e a ocupação
irregular, mediante venda de lotes, muitos
deles em dimensão inferior ao módulo rural,
dando ensejo também à ocupação e
exploração irregular da terra localizada em
área de proteção ambiental. Assim fizeram de
modo totalmente ilegal, sem autorização de
qualquer dos órgãos administrativos
incumbidos de atuar".
Após lotearem a propriedade e venderem
cerca de 20 lotes para algumas pessoas,
Lázaro e Aparecida firmaram um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) com a
Promotoria de Justiça de São Carlos, no dia 26
de fevereiro de 2003, onde reconheceram o
dano ambiental produzido e assumiram o
compromisso de não promoverem novos
fracionamentos na área.
No entanto, pouco tempo depois, em
novembro de 2003, o casal Schmidt vendeu
dois lotes para outras duas famílias,
descumprindo o acordo com a Justiça.
O marceneiro Silvani Ferreira Gomes afirmou
que, com a promessa de que iria receber a
escritura do imóvel quando terminasse de
pagar, comprou, junto com um irmão, a
propriedade de Aparecida Schmidt, em 2002.
Sem o documento, mas com uma família para
cuidar, Gomes explicou que não tem para
onde ir e não sabe mais o que fazer. "A Justiça
deu a ordem de despejo de uma área que nós
compramos, pagamos. Nós acreditamos que
não estamos infringindo nada em relação ao
meio ambiente. Estamos vivendo um drama, é
muito difícil. Várias vezes já tive pesadelos de
que tudo que eu construí, tijolinho por
tijolinho, vai chegar uma máquina derrubando.
É uma injustiça muito grande que estão
fazendo com a gente", desabafou.
"Eu vou oferecer resistência até o último
minuto, vou pular na frente das máquinas, as
máquinas vão ter que passar por cima de
mim, dos meus filhos e da minha família,
porque eu não tenho plano b e não vou sair
daqui", afirmou Silvani.
Maria do Carmo e Geraldo Ramos dos Santos
moram no local há 11 anos. Foto: Luã Viegas/
ACidade ON São Carlos
23
Grupo de Comunicação
Geraldo Ramos dos Santos, de 74 anos, vive
com a esposa Maria do Carmo, de 69, em uma
chácara no Recanto das Oliveiras há 11 anos.
Com uma criação de galinhas, sete cachorros
e hortas na propriedade, o morador disse que
precisava de um prazo maior para deixar o
local. "Eu estou esperando que não aconteça.
Porque eles falaram que a gente tem casa na
cidade, então tem para onde ir. Tenho para
onde ir, mas como eu vou fazer? Vou entregar
esses animais para a Prefeitura? Eles vão
cuidar? Não vão cuidar. A gente fica
apavorado. Se for mesmo para sair, eu queria
mais prazo, 30 dias não dá para a gente
desmontar tudo o que a gente tem. Eu queria
pelo menos uns dois ou três meses", disse
Geraldo.
O aposentado José Gonzaga dos Anjos, de 63
anos, que sofre do Mal de Parkinson e
Esquizofrenia, junto com outras oito famílias,
recebeu um prazo maior para deixar o local.
De acordo com o promotor de Justiça Flávio
Okamoto, essas pessoas serão beneficiadas
por programas assistenciais e de moradia
popular, por não terem condições de
providenciar nova moradia.
"Eu não gostaria de ir para a cidade, se
tivesse algum outro lugar para a gente ir, uma
outra chácara, eu agradeceria de coração,
porque a cidade para mim é a morte. Eu pago
para não ir para lá, só vou em caso de
necessidade. Vontade de sair daqui a gente
não tem, mas se for obrigado a sair, a gente
vai obedecer a ordem do juiz. Eu vou tentar
correr atrás de uma chácara, não comprar,
porque eu não tenho condição, mas para
morar e ter essa terapia que eu tenho aqui. Se
existir um paraíso na Terra, nós estamos nele.
A gente confia muito em Deus, está na mão
dele", disse José, que tem uma chácara no
local desde 2001, onde mora com a esposa.
De acordo com o processo do caso, o local
onde estão as chácaras é uma área agrícola,
em local de proteção e recuperação dos
mananciais do município, não havendo
autorização do município ou dos órgãos
ambientais (Secretaria de Meio Ambiente,
CETESB e GRAPROHAB) para realização de
obras ou exploração econômica da
propriedade.
Além disso, a área onde essas famílias estão
morando faz parte da Fazenda Tupy, que
pertence ao prefeito de São Carlos, Airton
Garcia Ferreira.
Procurado pela reportagem do ACidade ON
São Carlos, Airton Garcia afirmou que os
moradores compraram os lotes de uma
estelionatária, que não era a verdadeira
proprietária das terras, e invadiram a
propriedade.
Ainda segundo o processo, o casal Schmidt
tentou ficar com parte da fazenda através de
um pedido de usucapião (que é o direito que o
indivíduo adquire em relação à posse de um
bem móvel ou imóvel em decorrência da
utilização do bem por determinado tempo) na
Justiça, o que foi negado.
Condenações
Ainda de acordo com a sentença da 3ª Vara
Cível da Comarca de São Carlos, as vendas
dos lotes promovidas por Lázaro Antonio
Schmidt e Aparecida Huss Schmidt foram
declaradas nulas.
24
Grupo de Comunicação
Por conta disso, eles foram condenados a
indenizarem os compradores. Além disso,
Aparecida foi condenada criminalmente por
estelionato e está foragida da Justiça.
Proprietário do local, Airton Garcia foi
condenado a recuperar as áreas de
preservação e proteção permanente.
Ordem de despejo
Como as condenações foram mantidas pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e
pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ),
atualmente o processo se encontra em fase de
execução de sentença.
Em um dos últimos recursos apresentados
pela defesa dos moradores, que também foi
negado pela Justiça, o promotor Flávio
Okamoto se manifestou contrariamente ao
pedido de suspensão da ordem de
desocupação com o seguinte argumento: "Não
há homogeneidade no grupo de invasores
como quis fazer crer o procurador. Há pessoas
que possuem meras chácaras de recreio. Há
pessoas que possuem casa na cidade. Há
pessoas que trabalham e podem locar imóvel
em outra localidade. Há pessoas que
adquiriram o lote há pouco tempo, cientes da
irregularidade. E há nove famílias que não
foram abrangidas pela decisão recorrida,
justamente por serem hipossuficientes e não
terem condições de providenciar nova
moradia, e serão beneficiadas por programas
assistenciais e de moradia popular"
"No transcorrer do presente cumprimento de
sentença foram garantidas aos invasores
todas as oportunidades para que a
desocupação ocorresse de modo tranquilo e
com prazo mais do que suficiente. Todos
foram identificados e ouvidos em audiência,
para conhecimento da situação pessoal de
cada um. Todos saíram advertidos da
ilegalidade de sua posse, reconhecida por
sentença transitada em julgado. A sentença
determinando a desocupação foi proferida em
29 de agosto de 2010. O acórdão
confirmatório é de 17 de outubro de 2013. Os
invasores já foram intimados da ordem de
desocupação há quase 3 anos, no início de
2017, não podendo, portanto, alegar que
foram colhidos de surpresa ou não tiveram
tempo para providenciar outra moradia",
afirmou o promotor de Justiça.
Os argumentos foram acolhidos pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que manteve
a ordem de execução para que as famílias
sejam obrigadas a deixar o local.
A reportagem do ACidade ON São Carlos não
encontrou Lázaro Antonio Schmidt e Aparecida
Huss Schmidt para comentarem o caso.
https://www.acidadeon.com/saocarlos/cotidia
no/cidades/NOT,0,0,1455107,mais+de+30+fa
milias+devem+ser+despejadas+em+sao+carl
os.aspx
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: DCI
Data:
O verão já vai chegar e Ilhabela pode deixar de ser opção
TURISTAS RELATEM EXCESSO DE SUJEIRA
NAS PRAIAS DA CIDADE.
As férias de verão estão logo aí e há quem já
esteja planejando sua viagem. Um destino
popular entre aqueles que querem descansar e
curtir o sol é a praia, e Ilhabela é uma das
queridinhas do público.
Mas não é de hoje que o destino, antes
paradisíaco, vem decepcionando: a cidade tem
poucas praias próprias para banho.
E o problema não é de hoje. Segundo a
CETESB (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo), em janeiro deste ano todas
as praias de Ilhabela foram consideradas
impróprias. E a avaliação negativa vem sendo
uma constante, já que há quatro anos os
turistas reclamam da limpeza do local.
O principal motivo é a falta de controle que a
Prefeitura de Ilhabela tem do esgoto. Isso, em
conjunto com o alto índice de chuva,
intensifica ainda mais a imundice. Com a alta
temporada, o problema piora.
Cada um pode fazer o seu papel para um
verão mais divertido e limpo, como sempre
levar consigo uma sacola plástica para
recolher o lixo. Mas, neste caso, cabe à
Prefeitura também um posicionamento e ação
rápida, já que não existem atitudes individuais
que vençam um esgoto vazado.
https://www.antena1.com.br/noticias/o-
verao-ja-vai-chegar-e-ilhabela-pode-deixar-de
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos em destaque
Data: 09/10/2019
CEI da GRU Airport discute falta de
AVCB nos terminais do aeroporto
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que
investiga possíveis irregularidades cometidas
pela GRU Airport, concessionária que
administra o aeroporto, reuniu-se
ordinariamente, nesta terça (8), com a
presença dos vereadores: João Dárcio Ribamar
Sacchi (PODEMOS), Dr. Eduardo Carneiro
(PSB), Acácio Portella (PP), Dr. Laércio Sandes
(DEM), Jorge Tadeu (MDB), Geraldo Celestino
(PSDB) e Luis da Sede (PRTB).
Diante de matérias veiculadas na mídia local
sobre a falta de Auto de Vistoria do Corpo de
Bombeiros (AVCB) nos terminais do aeroporto
da cidade, a Comissão entendeu que é
necessário convocar um representante do
Corpo de Bombeiros para esclarecer essa
situação. “Queremos saber quais são os
problemas que a falta desse documento pode
causa à população. Essa é a nossa
preocupação”, disse o presidente da CEI, João
Dárcio Ribamar Sacchi.
Outro tema discutido pelos parlamentares foi o
conteúdo de um vídeo que circula pelas redes
sociais sobre multa de carros no aeroporto.
“No vídeo, um agente do aeroporto está se
passando por um fiscal de trânsito e
supostamente autuando motoristas que
estavam cometendo algum tipo de infração ali
naquela região. Isso é totalmente ilegal, só
quem pode autuar infrações de trânsito são
agentes de trânsito definidos pelo governo
municipal”, esclareceu o presente da
Comissão. Os vereadores acharam pertinente
convocar um representante da GRU Airport
para que o ocorrido possa ser explicado.
Por fim, ficou decidido que na próxima reunião
os parlamentares irão analisar documentos
enviados pela Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb). “Em
depoimento nessa Comissão, a Cetesb nos
informou sobre as licenças expedidas por ela
ao aeroporto de Guarulhos. Nós solicitamos a
cópia do processo de três anos para cá. Foi
enviado prontamente para essa Comissão e
vamos analisar todo esse processo para
chegar a uma conclusão sobre a não
efetivação da licença”, destacou João Dárcio.
http://guarulhosemdestaque.com.br/2019/10/
08/cei-da-gru-airport-discute-falta-de-avcb-
nos-terminais-do-aeroporto/
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: O Semanário Regional
Data: 09/10/2019
Porto Feliz terá local para destinação de
resíduos de construção civil
A cidade de Porto Feliz contará com um local
apropriado para os descartes de Resíduo de
Construção Civil (RCC). O espaço fica no
bairro Chapadão e aguarda agora a liberação
final da Cetesb, que deve acontecer nos
próximos 15 dias.
Além do local para aterro do material inerte, o
espaço contará com o processamento do
material recebido, área de transbordo e
triagem, além de caçambas para a separação
do material reciclado.
O prefeito de Porto Feliz, Dr. Cássio, esteve no
local e destacou a importância de um espaço
exclusivo para destinação destes materiais.
'A gestão adequada do entulho traz inúmeros
benefícios para o meio ambiente e para a
saúde pública. O material processado poderá
ser reutilizado em novas obras, como por
exemplo, em execução de serviços como
calçadas e a manutenção de estradas rurais',
disse Dr. Cássio.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32183150&e=577
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal R3
Data: 08/10/2019
Cetesb melhora em 39% a eficiência
no tempo de análise de licenciamento
Convidada especial do encontro de
conselheiros do Desenvolve Vale realizado
nesta segunda-feira (7), no Hotel Golden Tulip
São José dos Campos, a diretora-presidente
da Cetesb (Companhia de Meio Ambiente
do Estado de São Paulo), Patrícia
Iglecias, tratou de assuntos como a análise
de licenças ambientais e destacou que,
atualmente, o tempo máximo para a
concessão é de 56 dias.
Por aproximadamente duas horas, os
empresários ouviram e debateram temas
acerca do licenciamento ambiental no estado
com Patrícia. Na pauta, destaque para a
mudança de gestão traçada para este ano, a
fim de dar celeridade aos trâmites da
companhia.
À frente da Cetesb há pouco mais de nove
meses, a presidente destacou que os esforços
em inovação têm marcado a nova gestão.
Para agilizar os processos, a companhia
passou a trabalhar com um sistema mais
moderno de TI, o que aumentou a
produtividade do órgão em 39% em
comparação com o ano anterior, de acordo
com números da Cetesb.
Atualmente, a companhia avalia em média
239 solicitações por dia útil. De janeiro a
setembro de 2019, 45.969 solicitações de
licenciamento foram atendidas. “Para isso,
implementamos um padrão na análise das
solicitações, incluindo também os trâmites
jurídicos. Aliamos isso a uma integração com
outros órgãos reguladores. Só para distribuir o
trabalho para outros órgãos, a fila chegava a
seis meses. Isso é muito tempo”, disse
Patrícia.
Atualização
A presidente ainda tocou em outro tema
importante para os empresários: a atualização
das normas para a liberação das licenças.
Segundo ela, trata-se do órgão adaptar-se às
novidades tecnológicas.
“Tudo o que for evolução tecnológica tem que
representar evolução no licenciamento. É o
que chamamos de licenciamento dinâmico”,
afirma.
Outra garantia da presidente se refere à
segurança jurídica nos licenciamentos.
Advogada de formação – e professora do
curso de Direito da USP –, Patrícia diz que
“essa segurança jurídica é o mais importante”.
“É nessa linha que estamos trabalhando”,
afirmou.
ODS da ONU
Além de trabalhar para agilizar os processos
da companhia, a nova gestão ainda vem
difundindo conceitos importantes de
sustentabilidade. Uma das bandeiras
29
Grupo de Comunicação
levantadas por Patrícia é o alinhamento aos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), estipulados pela ONU.
As ODS são compostas por 17 metas que
envolvem soluções nas áreas de
sustentabilidade, redução do lixo e ações
contra as mudanças climáticas, entre outros.
Nesse contexto, a Cetesb será organizadora
do Acordo de São Paulo, marcado para 26 de
novembro, no Palácio dos Bandeirantes, que
reunirá casos de sucesso da iniciativa privada
que envolvam conceitos de sustentabilidade.
“Temos trabalhado de maneira bastante
intensa nas questões de logística reversa e
destinação dos resíduos. Estamos de olho em
inovações que grandes cidades do mundo
estão implementando para resolver esse
problema”, conta.
Perfil
Patrícia Iglecias possui titulação de livre-
docência, doutorado e mestrado pela USP. Foi
secretária estadual da pasta de Meio Ambiente
entre 2015 e 2016. A presidente ainda tem
grande atuação na carreira acadêmica, em
projetos de pesquisa, publicação de artigos em
periódicos, livros publicados, participação e
moderação de eventos e entrevistas entre
outros.
A reunião da qual participou faz parte de uma
série de encontros dos membros do
Desenvolve Vale com representantes do Poder
Público da Região Metropolitana do Vale do
Paraíba e Litoral Norte, a RMVale. O objetivo é
estreitar o relacionamento e abrir canais de
diálogo entre os setores produtivos, industrial
e de serviços com o Executivo e o Legislativo.
O deputado estadual Sergio Victor (Novo)
também esteve entre os convidados do dia.
Antes deles, participaram dos encontros o
prefeito de Jacareí, Izaias Santana (PSDB), a
deputada estadual Leticia Aguiar (PSL), o
prefeito de São José dos Campos, Felício
Ramuth (PSDB), e o deputado federal Eduardo
Cury (PSDB), entre outros.
https://www.portalr3.com.br/2019/10/cetesb-
melhora-em-39-a-eficiencia-no-tempo-de-
analise-de-licenciamento/
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade
Data: 09/10/2019
Grupo se reúne e traça ações contra incêndios
Após reunião, foi definida a elaboração de
Órgãos que atuaram no Jardim Botânico se
reuniram nesta terça
O prefeito Clodoaldo Gazzetta se reuniu no
Gabinete, na manhã desta terça-feira (8), com
os órgãos que participaram do combate ao
grande incêndio na reserva do Jardim Botânico
no último fim de semana. Foi definida a
elaboração de um plano de emergência para
incidentes deste tipo.
Estiveram presentes o coordenador municipal
da Defesa Civil, Rogério Gago; os
representantes do Corpo de Bombeiros,
capitão Kato e sargento Tempesta; o diretor
do Jardim Botânico, o engenheiro agrônomo
Luiz Carlos de Almeida Neto; o coordenador da
Defesa Civil de Pederneiras, Silvio Bueno; o
gerente regional da Fundação Florestal,
Nelson Gallo; e o ex-diretor do Zoológico de
Bauru e zootecnista Luiz Pires, do Núcleo
Gestor do Município.
Gazzetta agradeceu o empenho e o apoio das
instituições envolvidas e solicitou que cada um
propusesse, dentro de sua área de atuação,
soluções de prevenção e combate a incêndios
de grandes proporções para evitar novos
episódios como o do último fim de semana.
AÇÕES
Após relato dos participantes, ficou decidida a
elaboração imediata de um plano. As ações
envolvem adequações na legislação municipal
para que os brigadistas treinados pela Defesa
Civil possam atender de imediato as
convocações, independentemente de seu
órgão de locação; aquisição imediata de um
drone, para que a fiscalização da área pela
direção do Botânico seja mais ágil; compra de
novos equipamentos de uso exclusivo no
combate a incêndios florestais; entre outras.
"Temos que aproveitar a experiência dos
órgãos envolvidos e analisar friamente esse
triste episódio para tirar lições e implementar
ações necessárias, para que fatos como esse
não se repitam em nossa cidade", finalizou
Gazzetta.
https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2019
/10/699234-grupo-se-reune-e-traca-acoes-
contra-incendios.html
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Band Vale
Data: 08/10/2019
Cetesb monitora as atividades na Revap após
incêndio
http://cloud.boxnet.com.br/yyeq8gt7
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: TV TEM Notícias
Data: 08/10/2019
Secretário de Logística e Transporte,
João Octaviano Machado Neto está hoje na região
http://cloud.boxnet.com.br/y4qmwn8z
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Record
Data: 08/10/2019
Morador de Rio Preto reclama de
assoreamento de córrego
http://cloud.boxnet.com.br/y4h7e79b
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34
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Record
Data: 08/10/2019
Polícia investiga incêndio que atingiu Jardim Botanico de Bauru
http://cloud.boxnet.com.br/y6jwy3tb
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35
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Record
Data: 08/10/2019
CETESB apura mortandade de peixes
em lago de Limeira
http://cloud.boxnet.com.br/y5c6ohdo
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36
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN
Data: 08/10/2019
GM de Limeira encontra peixes mortos em lago da cidade; Cetesb
fará vistoria no local
http://cloud.boxnet.com.br/y5dcwa6n
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Metropolitana
Data: 08/10/2019
CEI discute falta de AVCB nos
terminais do aeroporto
http://cloud.boxnet.com.br/y65xpbca
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia
Data: 09/10/2019
MP abre inquérito para apurar
poluição do ar
http://cloud.boxnet.com.br/y4m3mjfg
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39
Grupo de Comunicação
Veículo: TV TEM
Data: 08/10/2019
Obras de melhorias em trecho na rodovia
Raposo Tavares pode não ficar prontas
http://cloud.boxnet.com.br/y42qbjof
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40
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Caraguá
Data: 08/10/2019
Sabesp inicia nesta quarta obra na serra da rodovia Rio-Santos
http://cloud.boxnet.com.br/y6d36324
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41
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Band Vale
Data: 08/10/2019
Sabesp adia início da obra no km 116 da rodovia Rio-Santos
http://cloud.boxnet.com.br/y2ep95ew
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42
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 08/10/2019
JP promove aula sobre o Rio
Pinheiros
http://cloud.boxnet.com.br/y5zc94un
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43
Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário
Data: 08/10/2019
Esgoto invade casa na vila Curuçá, em
Santo André Da Redação há 18 horas Cidades
Desde 29 de setembro, Edilene Baggio de
Santana, moradora de Santo André, sofre com
rompimento da rede de esgoto da rua Arujá,
na vila Curuçá. O problema faz com que a
água suja invada a casa e cause transtornos.
Nesta terça-feira (8/10), o caso piorou com a
forte chuva que caiu em Santo André. O
esgoto, além de entrar pela garagem, passou
a jorrar do ralo do banheiro.
Edilene conta que, ao entrar em contato com a
Sabesp, atual responsável pela distribuição de
água e coleta de esgoto na cidade, descobriu
que o problema poderia levar até 10 dias para
ser resolvido. “Estou com esgoto dentro da
minha casa e isso é uma questão de saúde.
Tenho animal em casa, esse contato pode
fazer mal e trazer doenças”, reclama.
Procurada, a Sabesp informa, por meio de
nota, que esteve no local nesta terça-feira
(8/10) e realizou a desobstrução na rede
coletora, de modo a resolver o problema de
refluxo de esgoto no imóvel. “A cliente
acompanhou a execução do serviço e foi
orientada a deslacrar a caixa de inspeção para
que a Companhia possa voltar e vistoriar
também o ramal de esgoto do imóvel,
evitando assim que o problema retorne”,
complementa.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/273
5657/esgoto-invade-casa-na-vila-curuca-em-
santo-andre/
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44
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo Tribuna
Data: 08/10/2019
Serviço da Sabesp deixa população
sem água em Cubatão
http://cloud.boxnet.com.br/y3h8rdna
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45
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 08/10/2019
A Jovem Pan promove uma campanha para despoluição do Rio Pinheiros e incentiva estudantes das escolas
estaduais a se prepararem para o ENEM, ao mesmo tempo em que
aprendem sobre despoluição, preservação e conscientização
http://cloud.boxnet.com.br/y5ze55yl
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46
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Taubaté
Data: 09/10/2019
População do Vale reduz 14% o consumo de água desde crise hídrica, diz Sabesp
http://cloud.boxnet.com.br/y5upan53
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47
Grupo de Comunicação
Veículo: MogiNews
Veículo2: Diário do Alto Tietê
Data: 09/10/2019
Sabesp deverá abastecer Taboão e Chácara Guanabara
http://cloud.boxnet.com.br/yyptm9tz http://cloud.boxnet.com.br/y5qgvmxy
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48
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Franca
Data: 09/10/2019
Sabesp contratará mais aprendizes na
modalidade Educação a Distância
Jovens deverão estar cursando o 1º ou 2º ano
do Ensino Médio, de instituição de ensino
pública ou privada
A Sabesp inicia na próxima segunda-feira,14
de outubro, a contratação de mais 156
candidatos aprovados no processo seletivo
para o
Programa de Aprendizagem de Assistente
Administrativo, em parceria com o SENAI, na
modalidade Educação a Distância, totalizando
as 516 vagas divulgadas no Edital.
Esta modalidade foi desenvolvida
especificamente para atender às regiões mais
distantes do Estado e nas quais é inviável o
deslocamento dos jovens até uma escola do
Senai, possibilitando, assim, a mesma
qualificação e formação técnico-profissional à
distância. As vagas estão distribuídas
principalmente no interior e litoral.
Os jovens deverão estar cursando o 1º ou 2º
ano do Ensino Médio, de instituição de ensino
pública ou privada, com idade mínima de 14
anos e máxima de 22 anos e 6 meses, no ato
da admissão, e serão convocados por
telegrama, em ordem rigorosa de
classificação.
O contrato terá duração máxima de 18 meses
e, ao término, os aprendizes receberão
certificado de qualificação profissional. Terão
direito à bolsa-auxílio no valor de R$ 499,
vale-refeição, vale-transporte, assistência
médica e seguro contra acidentes pessoais.
O objetivo do programa é contribuir com a
formação dos jovens, dando uma
oportunidade de inserção no mercado de
trabalho, além de oferecer o aprendizado
prático, a troca de experiência e a integração
entre empregados e estagiários. Assim, os
aprendizes terão a oportunidade de atuar em
uma das maiores empresas de saneamento do
mundo.
http://www.jornaldafranca.com.br/sabesp-
contratara-mais-aprendizes-na-modalidade-
educacao-a-distancia
http://cloud.boxnet.com.br/y4cxq5tp
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49
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Interativa
Data: 09/10/2019
Vazamento de água na Rua Sérgio
Speria
http://cloud.boxnet.com.br/y4j5lf23
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50
Grupo de Comunicação
Veículo: Urgentenewa
Data: 08/10/2019
Diagnóstico inclui barragens na lei de segurança
“Em São Paulo estamos atentos às questões
de segurança de barragens”, afirmou Glaucio
Attorre, subsecretário de Infraestrutura
do Estado durante reunião da CPI que
investiga a situação da Barragem de Salto
Grande em Americana/SP. O subsecretário
destacou o levantamento de um grupo
multidisciplinar com diagnóstico de 255
barragens. O encontro foi realizado na tarde
desta terça-feira (8/10), no Auditório Teotônio
Vilela.
Segundo Glaucio, os estudos desse ano
incluíram as barragens na Lei 12.334/2010
que estabelece a Política Nacional de
Segurança de Barragens. Os levantamentos
tiveram duração de 90 dias e foram
desenvolvidos pela Secretaria de
Infraestrutura em conjunto com a Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a
Coordenadoria de Mineração e empresas
associadas. “A Barragem de Salto Grande
atende a tudo previsto na legislação”,
enfatizou.
O subsecretário destacou a presença de um
comitê responsável pela fiscalização e o
acompanhamento de segurança dessas
barreiras. “Com isso esperamos dar
continuidade a verificação e a situação de
cada barragem”, explicou.
Entre os questionamentos, os parlamentares
abordaram assuntos relacionados ao Plano de
Segurança de Barragem (PSB), e ao Plano de
Ação de Emergência (PAE). “Atendendo aos
registros da lei, a barragem foi classificada
com baixo risco de rompimento”, afirmou o
subsecretário ao questionamento do deputado
Rafa Zimbaldi (PSB), relator da comissão.
Atualmente a barragem está classificada na
categoria B o que significa melhoria na
questão de segurança.
O deputado Dirceu Dalben (PL) pediu
esclarecimentos sobre a demora de resposta
pela Companhia Ambiental do Estado
(Cetesb) a respeito do Licenciamento
Ambiental iniciado em 2013. Em resposta,
Glaucio Attore disse que a empresa atendeu a
todos os dados ausentes no documento. “E
agora está em análise na Cetesb com prazo de
90 dias para conclusão. A última solicitação já
foi acolhida”.
A penúltima ação da CPI será realizada na
próxima terça-feira (15/10) em Americana/SP,
quando os parlamentares ouvirão Gustavo
Estrella, presidente da CPFL energia.
“Queremos a participação dos deputados para
que vejam de perto a situação dessa
barragem e ali ouvir o presidente da CPFL
para que nosso relator tenha mais
tranquilidade ainda para concluir o seu
trabalho e apresentar a comissão”, concluiu o
deputado Roberto Morais (CIDADANIA),
presidente dos trabalhos.
http://www.urgentenews.com.br/2019/10/08/
diagnostico-inclui-barragens-na-lei-de-
seguranca.html
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51
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Portal Governo SP
Data: 07/10/2019
“Operários”, de Tarsila do Amaral, está
em exposição no Palácio dos
Bandeirantes
Icônica obra da famosa pintora brasileira,
produzida em 1933, pode ser visitada
gratuitamente na sede do governo paulista
Pintura em óleo sobre tela está exposta no
Palácio do Governo desde o último dia 1º de
outubro
Quem gosta de arte e história não pode deixar
de visitar uma das principais obras em
exposição no Palácio dos Bandeirantes, sede
do Governo do Estado de São Paulo, a tela
“Operários”, de Tarsila do Amaral. As visitas
podem ser realizadas de segunda a sexta, das
10h às 16h e a entrada é gratuita.
Feito em óleo sobre tela, o trabalho, exposto
no palácio do Governo desde 1º de outubro,
reflete o movimento artístico chamado
Modernismo e representa a diversidade racial
e cultural dos trabalhadores que migraram
para São Paulo em busca de emprego nas
fábricas que começavam a surgir no Estado.
A obra foi pintada no ano de 1933, depois que
Tarsila, paulista de Capivari, voltou de uma
temporada na antiga União Soviética, em que
chegou a trabalhar como proletária após
perder seu patrimônio com a Grande
Depressão.
“Operários”, que mostra ao fundo uma fábrica
e em primeiro plano um aglomerado de
trabalhadores com expressão facial neutra,
retrata o período em que teve início a
industrialização brasileira, em especial a
paulistana, com o surgimento da classe
operária.
As visitas são monitoradas e acontecem de
hora em hora (horários cheios)
Quem deseja conhecer essa e outras obras
dos acervos do Governo de São Paulo em
exposição no Palácio dos Bandeirantes pode
realizar a visita de segunda a sexta-feira, das
10h às 16h.
As visitas são monitoradas e acontecem de
hora em hora (horários cheios) – é necessário
chegar com antecedência para fazer o
cadastro.
serviço
Exposição obra “Operários”, de Tarsila do
Amaral
Local: Palácio dos Bandeirantes – Av.
Morumbi, 4500, Morumbi – São Paulo.
De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.
É necessário chegar com antecedência para
fazer o cadastro para as visitas monitoradas,
que acontecem de hora em hora.
Entrada gratuita.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/operarios-de-tarsila-do-amaral-esta-
em-exposicao-no-palacio-dos-bandeirantes/
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52
Grupo de Comunicação
Veículo: Estado de Minas
Data:
PM multa adestrador em R$ 28 mil por maus-tratos contra cadela e 7 filhotes em Barretos, SP
Animais foram achados em situação precária
no bairro Jardim Primavera após denúncia de
vizinhos. Fêmea adulta apresenta sinais de
desnutrição severa, segundo a PM Ambiental.
Por G1 Ribeirão Preto e Franca
Um adestrador de 39 anos foi multado em R$
28 mil por suspeita de maus-tratos contra
animais em Barretos (SP). Segundo a Polícia
Militar Ambiental, uma cadela e sete filhotes
da raça bull terrier foram encontrados em
situação precária, na tarde desta terça-feira
(8).
Imagens divulgadas pelos policiais mostram
que a fêmea adulta apresenta sinais de
desnutrição. Os cães foram resgatados e
levados a uma clínica veterinária. O suspeito
deverá responder o inquérito em liberdade.
Os animais eram mantidos no quintal de uma
casa vazia no bairro Jardim Primavera.
Vizinhos chamaram a polícia depois que
perceberam que eles estavam em condições
degradantes.
Segundo os policiais, os bichos apresentavam
magreza excessiva, não tinham água e
comida, e o ambiente estava sujo. Os filhotes
têm cerca de um mês de vida.
De acordo com a polícia, o responsável pelos
cães mora em uma casa vizinha ao local. O
homem acompanhou o trabalho dos agentes e
disse que um amigo emprestou o imóvel para
que os animais fossem abrigados. À polícia, o
adestrador negou a prática de maus-tratos.
Os cães foram levados a uma clínica
veterinária particular, onde serão examinados
e deverão ser tratados. Eles deverão ser
disponibilizados para adoção após a
recuperação.
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-
franca/noticia/2019/10/08/pm-multa-
adestrador-em-r-28-mil-por-maus-tratos-
contra-cadela-e-7-filhotes-em-barretos-
sp.ghtml
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53
Grupo de Comunicação
Veículo:
Data:
Chuvas ácidas ainda ameaçam preservação e saúde do planeta
Poluentes na atmosfera se misturam com a
água e prejudicam a fauna e a flora,
comprometendo também a saúde humana
A chuva ácida é um dos resultados imediatos
do despejo excessivo de CO2 e gases tóxicos
na atmosfera. Segundo a organização WWF
(World Wildlife Fund), quase 40% do
ecossistema europeu é afetado por esse
fenômeno que está intimamente ligado à
necessidade de se conter a utilização
descontrolada de combustíveis fósseis.
As ameaças causadas pela chuva ácida ainda
são uma realidade a ser superada, mesmo
com o incremento das opções com a chamada
energia limpa, conforme afirma o professor
Fernando Nadal Junqueira Villela, doutor em
Geografia pela Universidade de São Paulo.
“Se pensarmos que a água da chuva pode
reagir com uma série de gases na atmosfera,
que podem ser emitidos de uma forma
natural, como por exemplo pelos vulcões,
podemos colocar então que a chuva ácida
também é um fenômeno natural. Agora, a
chuva ácida é uma questão que ultimamente
tem sido negligenciada em relação a outros
fatores, como aquecimento global,
contaminação do solo e da água dos rios”, diz.
Qualquer chuva tem um grau natural de
acidez. Mas o lançamento de poluentes na
atmosfera costuma levar essa acidez a graus
intoleráveis para lavouras, rios, lagos,
florestas, campos, afetando a fauna e a flora e
comprometendo a saúde humana.
Malformações de bebês, doenças respiratórias
e outras patologias são consequências
frequentes deste fenômeno.
Tais gases poluentes, como os óxidos de
nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2),
são emitidos em função de um processo de
industrialização descontrolado e intenso, que
vem ocorrendo nas cidades desde o fim do
século 19.
O termo "chuva ácida " foi criado por Robert
Angus Smith, climatologista e químico
britânico, em função da desordenada queima
de carvão no início da Revolução Industrial na
Inglaterra.
As usinas termelétricas também contribuem
neste sentido, assim como a fumaça vinda de
ônibus, carros e caminhões. Outra prática que
resulta em poluição atmosférica é a má gestão
dos resíduos sólidos, por meio da simples
incineração em terrenos.
Nos anos 80, o estado de calamidade pelo
qual passava a cidade de Cubatão (SP), abriu
campo para um debate sobre a urgência de se
buscar alternativas energéticas sustentáveis e
modelos de desenvolvimento ecologicamente
adequados.
Das curvas da estrada na Serra do Mar,
crianças que iam passar férias na Baixada
Santista ficavam intrigadas com uma tocha de
fogo que saía de um cilindro alto, na verdade
auxiliando a poluir ainda mais o ambiente.
Conforme ressaltou o professor Villela,
fenômenos naturais também podem ser
causadores do problema. O dióxido de enxofre
(SO2), por exemplo, é liberado na atmosfera
pela queima de combustíveis fósseis e por
erupções vulcânicas.
Todas essas substâncias, em contato com a
água, levam o pH de 7,0 para 5,6, número a
partir do qual, para baixo, a chuva é
considerada ácida.
Outro fenômeno natural, o vento, pode fazer
uma chuva ácida artificial ocorrer em áreas
bem distantes dos centros poluentes. Neste
sentido, o cuidado tem de ser tomado visando
todo o ecossistema e não apenas um único
ponto.
Villela afirma que observar o estado das
estátuas de uma cidade é uma das maneiras
de se perceber a presença da chuva ácida.
“As estátuas vão sendo progressivamente
degradadas pela reação química com a água,
cujo pH foi reduzido pela presença de outros
elementos”, diz.
Além do controle da emissão dos gases, uma
maneira de conter a formação de poluentes é
54
Grupo de Comunicação
a criação de processos de dessulfuração, por
meio de depuradores molhados, que ajudam a
retirar os gases com enxofre que saem das
chaminés.
https://noticias.r7.com/tecnologia-e-
ciencia/chuvas-acidas-ainda-ameacam-
preservacao-e-saude-do-planeta-09102019
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55
Grupo de Comunicação
Veículo: O Petróleo
Data: 08/10/2019
Setor de transporte brasileiro oferece
oportunidades de energia limpa
O maior uso de energia limpa no setor de
transportes também é visto como uma
questão de segurança energética, um assunto
que foi destaque em 2018.
O Brasil pode ver milhares de caminhões
passam por adaptação nos próximos anos de
veículos movida a diesel para os elétricos,
Iêda de Oliviera, diretor executivo do
caminhão elétrico e autocarro fabricante local
Eletra , disse a BNamericas. A tendência de
modernização está ocorrendo em meio à
maior demanda por soluções de energia limpa
no setor de transporte do país, que abriga
mais de 700.500 empresas e mais de 1,9
milhão de veículos, de acordo com oórgão
regulador de transporte ANTT .
“Para chegar ao posto de gasolina, cada litro
de diesel foi transportado por um caminhão e
isso tem um alto impacto nas emissões de
carbono. Por outro lado, quando falamos em
eletricidade, usamos linhas de transmissão,
portanto também há redução de emissões em
termos de transporte da fonte de energia ”,
afirmou Oliveira.
Mais de 15.000 caminhões poderão fazer a
transição para energia limpa nos próximos
três anos, de acordo com Oliveira.
“Toda grande empresa de distribuição está se
esforçando para ser ambientalmente correta e
estabelecendo metas agressivas de redução
de emissões, mas acaba distribuindo seus
produtos em frotas movidas a diesel”, disse
ela em relação aos desafios enfrentados pelo
processo de transformação.
O anúncio, no início do mês, pela gigante
alemã Volkswagen de que produzirá
caminhões elétricos na fábrica localizada na
cidade de Resende, no estado do Rio de
Janeiro, foi um sinal de que empresas
multinacionais estão apostando em energia
limpa no Brasil.
A empresa chegou a um acordo com a
Siemens , CATL, Moura, Bosh, WEG e Semcon
para ajudar a desenvolver a infraestrutura, as
baterias e os componentes do projeto.
No ano passado, a Volkswagen anunciou um
contrato para substituir um terço da frota de
distribuição da gigante de bebidas Ambev por
caminhões elétricos. Envolvendo 1.600
veículos, as empresas disseram que era a
maior iniciativa do gênero no mundo.
O maior uso de energia limpa no setor de
transportes também é visto como uma
questão de segurança energética, um assunto
que foi destaque em 2018 quando o Brasil
sofreu uma greve de caminhoneiros em massa
que causou escassez generalizada.
A mudança para operações de carga mais
limpa também inclui o uso de caminhões
movidos a gás. Em 2020, o Brasil deverá se
tornar o primeiro país da América Latina a
produzir caminhões movidos a gás natural
veicular (VNG) e metano , por meio de um
projeto liderado pela Scania, fabricante sueca
de veículos pesados.
“Esse setor tem uma demanda pulverizada,
muitas empresas estão atuando
simultaneamente. A demanda vem de
empresas municipais e interurbanas de
ônibus, empresas de frete, além daquelas que
transportam carga própria ”, disse André
Pompeo, gerente do banco brasileiro de
desenvolvimento BNDES para os setores de
gás, petróleo e naval, em um evento recente
da indústria.
O programa Rota 2030 do governo federal
para apoiar a indústria local de veículos pode
se tornar um futuro motor de conversão de
energia limpa. Lançado em 2017, o programa
visa alcançar eficiência energética, melhorar a
segurança dos veículos e promover o
investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Até agora, o foco tem sido nos veículos
menores, mas a indústria automobilística está
tentando convencer as autoridades a incluir
caminhões e ônibus.
https://www.opetroleo.com.br/setor-de-
transporte-brasileiro-oferece-oportunidades-
de-energia-limpa/
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56
Grupo de Comunicação
Veículo: Canal Energia
Data: 09/10/2019
Operação de financiamento de
termelétrica no Açu ganha prêmio
internacional
Projeto venceu duas categorias do 2019
Project & Infrastructure Finance Awards,
concedido pela revista Latin Finance
OLDON MACHADO, DA AGÊNCIA CANAL
ENERGIA
A operação de financiamento para a
construção da usina termelétrica do Porto do
Açu, no litoral norte do estado do Rio, venceu
na última quinta-feira (3), em Nova York, duas
categorias do “2019 Project & Infrastructure
Finance Awards”, prêmio internacional
concedido pela revista Latin Finance. De
acordo com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
– apoiador financeiro do projeto juntamente
com o banco de desenvolvimento alemão KfW
– a engenharia de financiamento da térmica
foi indicada ainda ao Deals of the Year,
premiação também da Latin Finance a ser
realizada no início de 2020.
Pertencente à Gás Natural Açu (GNA), joint
venture entre Prumo Logística, BP e Siemens,
a usina começou a ser construída no ano
passado e deverá iniciar operação em janeiro
de 2021. A térmica terá 1,3 GW de capacidade
e terá posteriormente a companhia de uma
segunda usina de 1,7 GW. A GNA possui
licença para produzir até 6,4 GW no
Complexo, que terá um terminal de
regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).
Com investimentos de R$ 4,5 bilhões, o
projeto tem conteúdo local financiado pelo
BNDES. O KfW é responsável pelo
financiamento do conteúdo alemão e pela
garantia da operação do banco brasileiro.
Na avaliação do diretor-presidente da GNA,
Bernardo Perseke, os prêmios são um
reconhecimento pelo trabalho de toda a
equipe da GNA e dos sócios na estruturação
do financiamento, reunindo instituições
brasileiras e estrangeiras de grande
credibilidade. Já o gerente da Área de Energia
do BNDES, Bruno Cabús Müller, lembra que no
início das conversas, a GNA já propôs uma
estrutura envolvendo o KfW em função de a
Siemens ser a fornecedora das turbinas, além
de acionista do empreendimento. O
empreendimento da GNA é o primeiro projeto
de térmica a GNL apoiado pelo BNDES, no
montante de R$ 1,76 bilhão.
https://www.canalenergia.com.br/noticias/531
14453/operacao-de-financiamento-de-
termeletrica-no-acu-ganha-premio-
internacional
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57
Grupo de Comunicação
Veículo: Canal Energia
Data: 09/10/2019
Workshop no MME debate recuperação
energética de resíduos
Evento promovido pelo ministério em parceria
com a Abren vai reunir especialistas brasileiros
e internacionais
DA AGÊNCIA CANALENERGIACOMPARTILHAR
Especialistas brasileiros e internacionais
participarão no próximo dia 17 de outubro, no
Ministério de Minas e Energia, de workshop
sobre recuperação energética de resíduos para
produção de energia por meio de usinas
Waste-to-Energy. O evento promovido pelo
Ministério de Minas e Energia, em parceria
com a Associação Brasileira de Recuperação
Energética de Resíduos, é o quarto de uma
série de debates sobre fontes energéticas no
âmbito do planejamento de longo prazo.
O embaixador da Itália no Brasil, Antonio
Bernardino, é um dos convidados do painel de
abertura, que terá também o presidente do
Fórum das Associações do Setor Elétrico e do
Conselho de Administração da Abren, Mário
Menel, e o secretário de Planejamento
Energético do MME, Reive Barros. Estão
previstos ainda representantes dos ministérios
do Meio Ambiente e do Desenvolvimento
Regional, além da Agência Nacional de Energia
Elétrica.
Os especialistas italianos Lorenzo Maggioni e
Michele Panella vão falar em seguida sobre o
que esta sendo feito na Itália para promover e
incentivar a recuperação energética de
resíduos. O presidente da Abren, Yuri
Schmitke, fará uma apresentação sobre a
regulação nacional e internacional de WTE, e a
engenheira ambiental Hélinah Cardoso
Moreira, que trabalha na agência alemã de
cooperação GIZ, dará palestra sobre gestão
sustentável e integrada de resíduos como
instrumento de política climática.
A programação inclui ainda participação de
representantes da ONU, Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, Programa de Parcerias de
Investimentos, Confederação Nacional da
Indústria, Confederação Nacional do Comércio,
Secretaria de Desenvolvimento da
Infraestrutura do Ministério da Economia e
Confederação Nacional dos Municípios. Outros
especialistas do setor falarão sobre as
tecnologias WTE, projetos, certificação verde e
aplicação do biogás na agroindústria.
Yuri Schmitke explicou que o tema ainda é
pouco conhecido pela sociedade brasileira, e o
evento vai mostrar os potenciais benefícios da
valorização energética da fração não reciclável
do lixo produzido pela população. Existem
atualmente mais de 2 mil usinas WTE em
operação no mundo em países como Estados
Unidos, China, Coréia do Sul e Índia e na
União Europeia.
“O Brasil produz cerca de 80 milhões de
toneladas de lixo por ano, segundo dados de
2017. Apenas 2% disso é reciclado, sendo que
a maior parte desse resíduo é depositado em
aterros sanitários (59%) e lixões (37%),
criando um passivo enorme para o meio
ambiente e para a sociedade. Queremos
mostrar que a valorização energética da fração
não reciclável dos resíduos pode ser mais bem
aproveitada”, disse o presidente da Abren. Os
interessados em participar do workshop
poderão solicitar inscrição pelo email
[email protected] , com identificação
do evento, nome completo, órgão/empresa, e-
mail e telefone.
https://www.canalenergia.com.br/noticias/531
14210/para-editar-workshop-no-mme-debate-
recuperacao-energetica-de-residuos
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Data: 09/10/2019
58
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO
Painel: Cúpula do PSL já projeta cenário
sem Bolsonaro e avalia unir-se a outras
legendas
Soneto de separação
A cúpula do PSL não assiste inerte à
movimentação de Jair Bolsonaro e de um grupo
de deputados para se distanciar do partido. Ao
contrário. A direção da sigla traça, há semanas,
cenários para sobreviver sem o presidente entre
seus quadros. Mais: quer sair maior do episódio,
se o desfecho for mesmo o de uma debanda
puxada pelo Planalto. Nesse caso, dirigentes da
legenda, como Luciano Bivar (PSL-PE), não
descartam a perspectiva de união com outras
agremiações.
Tudo eu
O incômodo de Bolsonaro com o PSL aumentou
após a Folha revelar que, durante a apuração
sobre o laranjal na seção mineira da sigla, a PF
encontrou menções à campanha dele. “Nunca é
registrado como ‘o partido do Bivar’. É sempre
como ‘o partido de Bolsonaro’”, diz uma
conselheira do presidente.
Mal que nunca acabe
Quem acompanha o divórcio entre Bolsonaro e o
PSL diz que há uma junta de advogados
trabalhando num plano para não deixar na chuva
parlamentares que queiram abandonar o partido
ao lado dele. O ex-ministro do TSE Admar
Gonzaga integra esse grupo.
Bem que sempre dure
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-
GO), diz que os colegas correm risco. “Não tem
janela partidária, novas eleições vão vir. Vão
disputar sem dinheiro? Vão deixar o partido que
tem o maior fundo eleitoral? Bolsonaro pode não
precisar, mas e eles? Esse negócio de ideologia
não vai durar quatro anos.”
Monarquia
Já o deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que
patrocinou um manifesto em defesa de Bivar, diz
que Flavio e Eduardo Bolsonaro gerenciam os
diretórios do Rio e de SP, respectivamente, sem
ouvir os integrantes da bancada federal. Ele diz
que o clã precisa reavaliar a ascensão da direita.
“Todos nós fomos importantes nesse processo.”
Geni
O relatório da CPI do BNDES, finalizado nesta
terça (8), desagradou a diferentes setores.
Políticos se queixaram de o texto repetir
acusações e falar em “supostos indícios” de crime
mesmo após seis meses de apuração.
Geni 2
No setor privado, causou estranheza que a CPI
não tenha investigado as demais 138 empresas
que tomaram recursos do banco, algumas em
montantes semelhantes aos de JBS e Odebrecht.
A CPI do BNDES sugeriu o indiciamento dos
irmãos Batista e de Marcelo e Emílio Odebrecht.
Pedágio
Os estados do Nordeste deverão sofrer uma
redução no valor que esperavam receber com a
nova divisão dos recursos do pré-sal da chamada
cessão onerosa. A redistribuição foi costurada em
acordo nesta terça (8).
Pegar ou largar
Parlamentares trataram o corte como a fatura a
ser paga por líderes da região que não apoiaram
a reforma da Previdência. Juntos, os estados
deverão receber cerca de R$ 10,5 bi —15% do
que o governo pretende arrecadar com o leilão
da área de exploração de petróleo.
Estava escrito
O sinal de que haveria perda aos nordestinos foi
dado pelo próprio Paulo Guedes (Economia). Ele
prometeu enxugar o pacto federativo após
senadores reduzirem a economia gerada pela
reforma da Previdência. Ato contínuo, engavetou
a compensação prometida aos estados da Lei
Kandir (que beneficiaria Sul e Sudeste) e ganhou
aliados contra os nordestinos.
Você paga
O acordo construído nesta terça repõe verbas
para os governadores do Sul e Sudeste, mas tira
do bolso das lideranças do Nordeste.
Cabo de guerra
Estados exportadores atendidos pelo FEX (auxílio
financeiro para o fomento das exportações),
como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, devem
tentar emplacar, até o último minuto, dispositivo
que amplie um pouco seus ganhos.
A união faz a força
Prefeitos de 11 capitais se reuniram nesta terça
para traçar um plano que evite perdas durante a
tramitação da reforma tributária no Congresso. O
grupo decidiu priorizar o ataque à na distribuição
Data: 09/10/2019
59
Grupo de Comunicação
do ISS que está prevista na proposta patrocinada
pela Câmara.
Contra o tempo perdido
A avaliação é a de que o texto acabou
beneficiando os estados porque os governadores
entraram antes em campo para influenciar
discussões sobre o tema no Congresso.
TIROTEIO
Moro precisa decidir se é ministro da Justiça ou
se vai continuar chancelando o saudosismo de
Bolsonaro pela ditadura
Do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da
minoria, após o presidente chamar de besteira a
denúncia de tortura de presos no PA
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/09/c
upula-do-psl-ja-projeta-cenario-sem-bolsonaro-
e-avalia-unir-se-a-outras-legendas/
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Data: 09/10/2019
60
Grupo de Comunicação
Lava Jato pede para gestão Doria preservar
arquivos do Rodoanel após fim da Dersa
Temor dos procuradores é que tucanos possam
sumir com papéis comprometedores da empresa
Mario Cesar Carvalho
SÃO PAULO
A força-tarefa da Operação Lava Jato em São
Paulo enviou um notificação ao comando da
Dersa para que a estatal paulista preserve os
documentos referentes ao Rodoanel Mário Covas.
O trecho norte da obra é objeto de uma apuração
que está em curso na Justiça Federal sob
suspeita de desvios de recursos públicos no valor
de R$ 625 milhões.
O temor dos procuradores é que tucanos possam
sumir com papéis eventualmente
comprometedores após a decisão do governador
João Doria (PSDB) de acabar com a estatal —a
proposta de extinção da empresa de obras viárias
já foi aprovado pela Assembleia Legislativa
paulista.
“Não permita, autorize, ordene ou execute ato
que importe a supressão ou alteração de
qualquer elemento documental ou informação,
ainda que em meio eletrônico, referente às obras
do Rodoanel Mário Covas”, diz o documento ao
qual a reportagem da Folha teve acesso.
Uma cópia da recomendação foi enviada a Doria.
Assinado por nove procuradores, o pedido faz um
alerta ao presidente da estatal, João Luiz Lopes:
“Em caso de descumprimento injustificado desta
recomendação, não se poderá alegar
desconhecimento do que aqui foi abordado em
processos administrativos ou judiciais futuros”.
A destruição de documentos é um dos motivos
contemplados pela lei nas justificativas para a
prisão preventiva.
Fundada em 1969 para a construção da rodovia
Imigrantes, a Dersa atualmente só opera a
travessia de balsas em oito pontos do litoral
paulista. As rodovias administradas pela estatal
foram entregues a concessionárias.
O principal passo para a extinção da Dersa já foi
dado na Assembleia, com a aprovação de lei que
autoriza o governador a tomar as medidas
necessárias para liquidar, dissolver e extinguir a
estatal.
Não se sabe ainda quando a Dersa será extinta
porque a operação é complexa e cara. São cerca
de 300 funcionários, a maioria deles engenheiros
com mais de dez anos de carreira na empresa, o
que eleva o valor das indenizações.
Doria quer se livrar da Dersa porque a
companhia passou a ser associada a corrupção.
Um ex-diretor da empresa, o engenheiro Paulo
Veira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi
condenado a 145 anos de prisão e está preso em
Curitiba sob acusação de desvios de R$ 7
milhões.
Numa outra investigação, um ex-presidente da
Dersa no governo de Geraldo Alckmin (PSDB),
Laurence Casagrande Lourenço, ficou preso por
cerca de três meses por suspeitas de desvios na
obra do Rodoanel Norte. Lourenço e outras 13
pessoas são réus numa ação que corre na Justiça
de São Paulo. Ambos dizem que não cometeram
os crimes imputados a eles.
O pedido da força-tarefa da Lava Jato para que a
Dersa preserve documentos ocorre num contexto
de aparente descontrole da companhia sobre
questões básicas.
Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
A Secretaria de Logística e Transportes do
governo Doria diz que mantém desde janeiro
deste ano “procedimentos internos de segurança
na Dersa que garantem a preservação dos
documentos herdados pelas administrações
anteriores e os novos produzidos e arquivados
nos últimos nove meses”.
O órgão diz que os contratos de três trechos do
Rodoanel Norte foram encerrados em dezembro
do ano passado. Nesta gestão, ainda segundo
nota da secretaria, “foi constatada a inviabilidade
para prosseguir com os contratos dos outros três
lotes”.
Um estudo econômico feito pela Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas), da USP,
apontou que houve pagamentos não justificados
no valor de R$ 230 milhões na obra do Rodoanel
Norte.
Orçado em R$ 4,3 bilhões em 2013, esse trecho
do Rodoanel já consumiu R$ 6,3 bilhões e há
estimativas de que a conclusão da obra vai
custar R$ 1 bilhão a mais.
A Dersa afirma não saber o quanto foi executado
no trecho do Rodoanel Norte e contratou o IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas), também
da USP, para apurar se os pagamentos
correspondem às obras executadas. A situação
de aparente descontrole foi revelada pela Folha
em junho.
Só após os estudos do IPT a secretaria vai decidir
o que fazer “para assegurar o bom uso dos
recursos públicos”. O objetivo do estudo é
“retomar este empreendimento, dentro da forma
da lei, com segurança para assim concluir o
Rodoanel Mário Covas e entregá-lo o quanto
antes à população”.
RAIO-X DA DERSA
Criada em 1969, com a função de ser a
operadora, intermediadora e gerenciadora de
empreendimentos viários do Governo de São
Paulo. É responsável por implantar obras como
as rodovias dos Imigrantes, Bandeirantes e por
trechos do Rodoanel Mário Covas. Atualmente,
tem 307 funcionários.
OBRAS INCONCLUSAS
Contornos da Tamoios
Em construção desde 2013, foi projetada para
melhorar o fluxo de veículos e o acesso às
cidades do litoral norte paulista. A entrega estava
prevista para 2016 (contorno norte) e 2017
(contorno sul). Apesar de terem sido gastos R$ 2
bilhões, as obras não foram concluídas. A gestão
Doria rescindiu os contratos.
Rodoanel Norte
Orçado em R$ 4,3 bilhões em 2013, esse trecho
já consumiu R$ 6,3 bilhões e há estimativas de
que a conclusão vai custar R$ 1 bilhão a mais.
INVESTIGAÇÕES RELACIONADAS À EMPRESA
Pedra no Caminho
Operação prendeu, em 2018, o ex-secretário de
Transportes Laurence Casagrande e o ex-diretor
de Engenharia Pedro da Silva. Ambos estavam na
Dersa na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Eles são réus sob suspeita de fraude em licitação
que, segundo o Ministério Público Federal,
resultou em um superfaturamento de R$ 480
milhões no Rodoanel Norte. Ambos negam ter
cometido crimes.
Paulo Preto
Diretor de Engenharia entre 2007 e 2010, na
gestão José Serra (PSDB), Paulo Vieira de Souza
foi condenado duas vezes em processos
relacionados à Dersa. Em um deles, por supostos
desvios de aproximadamente R$ 10 milhões
(corrigidos) em desapropriações do Rodoanel sul.
Em outro, por fraude em licitações e formação de
cartel. Também é réu sob acusação de lavagem
de dinheiro. Ele nega as acusações.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/la
va-jato-pede-para-gestao-doria-preservar-
arquivos-do-rodoanel-apos-fim-da-dersa.shtml
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Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
Acordo de partilha do megaleilão avança e
abre caminho para conclusão da Previdência
Costurado entre os presidentes da Câmara e do
Senado, 30% do montante deve ser dividido
igualmente entre estados e municípios
Ricardo Della Coletta
Thiago Resende
BRASÍLIA
O governo Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso se
aproximam de um acordo para definir os critérios
de distribuição, entre estados e municípios, dos
recursos arrecadados no leilão do pré-sal em
novembro.
O entendimento é considerado no Senado como
fundamental para possibilitar a aprovação do
segundo turno da reforma da Previdência, que
deve ocorrer em duas semanas.
A Câmara e o Senado vinham protagonizando
nos últimos dias uma queda de braço sobre as
regras de partilha dos cerca de R$ 73 bilhões que
o governo deve arrecadar com o leilão de
novembro.
Enquanto senadores vinham defendendo uma
divisão igualitária entre estados e municípios,
deputados atuavam para que as prefeituras
ampliassem sua parcela no bolo.
Pelo acordo costurado entre os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), 30% do montante
deve ser dividido igualmente entre estados e
municípios.
O acordo que vem sendo elaborado prevê ainda
que a parcela destinada aos municípios (15% dos
R$ 73 bilhões) será repartida respeitando as
normas do FPM (Fundo de Participação dos
Municípios).
Já no caso dos estados a partilha deve ocorrer
misturando os critérios do FPE (Fundo de
Participação dos Estados) e da Lei Kandir. A
versão aprovada pelo Senado previa o rateio
apenas pelas regras do FPE.
A Lei Kandir prevê compensação a estados pela
isenção de ICMS sobre as exportações. Uma
parte dos recursos é distribuída com base em
percentuais definidos em 2002, de acordo com as
exportações à época, mas outra parte leva em
consideração uma tabela definida pelo Confaz
(Conselho Nacional de Política Fazendária) e que
é alterada anualmente.
Segundo o líder do governo no Senado, Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), o formato do acordo
foi feito para equilibrar o envio de dinheiro entre
os entes federados do Norte e Nordeste e os das
demais regiões do Brasil —ficou estabelecido
ainda que o Rio de Janeiro receberá 3% do bolo
da União, a título de estado produtor.
"Houve diversas consultas a governadores.
Houve uma manifestação, senão unânime, ampla
dos governadores de que esse entendimento
atenderia a necessidade de equilíbrio federativo
entre os diversos estados da federação", disse
Bezerra Coelho.
Maia acredita ser possível que deputados e
senadores entrem num consenso sobre o rateio
dos recursos.
"No Senado, o Norte e Nordeste têm maioria dos
senadores. Na Câmara, Sul, Sudeste e Centro-
Oeste têm maioria. Se não se construir um
acordo, apesar do Senado ser a Casa da
federação, o equilíbrio da federação se dá com a
maioria de uma região numa Casa e de outra
região na outra. Então, se não tiver acordo, as
coisas não vão caminhar", afirmou Maia.
As novas regras de divisão do dinheiro do leilão
do pré-sal serão tratadas no Congresso em um
projeto de lei. A ideia, segundo o líder do
governo no Senado, é concluir o acordo para
permitir a votação do texto na Câmara na
quarta-feira (9) e na semana seguinte no
Senado.
Para surtir efeito, o projeto de lei precisa ser
sancionado por Bolsonaro antes do leilão,
marcado para 6 de novembro.
Ainda segundo o líder do governo no Senado, os
parlamentares vão incluir no projeto vedações
para o uso do dinheiro repassado aos entes
subnacionais.
Os prefeitos, por exemplo, poderão usar os
recursos arrecadados para o equilíbrio das contas
previdenciárias e para investimentos. Já os
governadores deverão usá-los para equilibrar
seus sistemas previdenciários e na sequência,
caso haja disponibilidade, para investimentos e
Data: 09/10/2019
63
Grupo de Comunicação
para o pagamento de precatórios de pessoas
físicas.
O ministro Paulo Guedes (Economia) participou
das conversas e chegou a propor que parte dos
recursos arrecadados no leilão fosse canalizado
para emendas parlamentares.
No entanto, segundo Bezerra Coelho, a ideia não
prosperou.
"Isso foi aventado no início do processo, mas foi
descartado. As emendas impositivas foram
descartadas como instrumento de utilização dos
recursos da cessão onerosa", concluiu Bezerra
Coelho.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/acordo-de-partilha-do-megaleilao-avanca-e-
abre-caminho-para-conclusao-da-
previdencia.shtml
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Data: 09/10/2019
64
Grupo de Comunicação
Temporada inédita de leilões começa na
quinta
Com potencial de arrecadação de até R$ 106
bilhões, o leilão da cessão onerosa é o mais
aguardado
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
Enquanto finaliza os trâmites para o megaleilão
da cessão onerosa, o governo dá largada na
quinta-feira (10) a uma temporada de grandes
leilões de petróleo no país, com três rodadas em
menos de um mês, que devem fazer de 2019 o
ano com a maior arrecadação já obtida com
concessões petrolíferas no país.
Com potencial de arrecadação de até R$ 106
bilhões, o leilão da cessão onerosa é o mais
aguardado. Mas a expectativa é que as outras
duas rodadas garantam R$ 8,3 bilhões já este
ano. Em 2018, também com três leilões, o
governo arrecadou R$ 18 bilhões.
A concentração de leilões em um curto espaço de
tempo mobiliza há meses as petroleiras com
interesses no país, com reforço nas equipes de
análise das áreas e negociações de parcerias.
Para especialistas, porém, é pequeno o risco de
que alguma das rodadas seja deixada de lado.
“Os leilões vão atrair algumas companhias
diferentes e seguramente companhias que
buscam diversificar o perfil de suas reservas”,
afirma o diretor-geral da ANP (Agência Nacional
do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Décio
Oddone, que se diz otimista.
“Cada rodada dessas tem um público-alvo
diferente e uma oferta de áreas com
características diferentes”, concorda o geólogo
Pedro Zalán, da consultoria Zag.
A primeira delas, nesta quinta, oferecerá 36
blocos exploratórios fora do chamado polígono do
pré-sal, área de 149 mil km² entre os litorais de
Santa Catarina e Espírito Santo, onde a Petrobras
tem preferência nos leilões e o governo
participação obrigatória nos consórcios.
São áreas consideradas de alto risco. Dezessete
empresas se habilitaram para participar.
Somados, o bônus mínimo de todas as áreas
chega a R$ 3,2 bilhões. O governo faz estimativa
conservadora de arrecadação de R$ 2,3 bilhões.
Nos dias 6 e 7 de outubro, estão previstos os
dois leilões do pré-sal. O primeiro oferecerá os
chamados excedentes da cessão onerosa,
reservas já descobertas em quatro blocos cedidos
pelo governo em 2010, durante o processo de
capitalização da estatal.
Neste caso, como são descobertas já
comprovadas, quase não há risco —os
vencedores comprarão a fatia de produção
adicional aos 5 bilhões de barris que a Petrobras
tem direito a extrair. O pagamento pode ser
parcelado, caso as ofertas tenham ágio no
volume de óleo concedido ao governo.
Ao todo, 14 empresas se habilitaram para
concorrer. Além do elevado bônus de assinatura,
terão que ressarcir a Petrobras por investimentos
já feitos e pela perda na curva de produção, já
que, com novos sócios, a estatal levará mais
tempo para extrair os seus 5 bilhões de barris.
O IBP estima que os valores do ressarcimento
cheguem a R$ 120 bilhões ou R$ 130 bilhões, diz
o secretário-executivo, Antonio Guimarães. “O
número de empresas que têm essa capacidade
financeira é reduzido. Esse leilão deve ser em
consórcios, dificilmente empresas terão
capacidade para entra sozinhas.”
Já o segundo leilão do pré-sal vai oferecer cinco
áreas dentro do polígono nas bacias de Santos e
Campos. Treze empresas foram habilitadas para
a disputa. Se todas as áreas forem vendidas, a
arrecadação será de R$ 7,85 bilhões. Mais uma
vez, o governo trabalha com estimativa
conservadora, de R$ 6 bilhões.
As rodadas contam com o interesse de
petroleiras internacionais já com forte presença
no Brasil, como as americanas Exxon e Chevron,
a anglo-holandesa Shell, a britânica BP, a
francesa Total e a norueguesa Equinor, além da
Petrobras e estatais chinesas.
O leilão desta quinta tem um público mais
diversificado, incluindo empresas de médio porte
como a brasileira Enauta, a americana Murphy Oil
e a australiana Karoon.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/temporada-inedita-de-leiloes-comeca-na-
quinta.shtml
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Data: 09/10/2019
65
Grupo de Comunicação
Saneamento no Brasil: Mantido ritmo, Brasil
vai atrasar em 30 anos meta de saneamento
universal
No país, 100 milhões vivem sem acesso à rede
de esgoto; falta de planejamento e investimento
agrava quadro
Bairro Terra Firme, na periferia de Belém. Sem nenhum tipo de coleta de esgoto, moradores convivem
com esgoto a céu aberto que é jogado no canal Lago Verde, que cruza o bairro. A proximidade com o canal poluído gera vários problemas de saúde à população, que também convive com alagamentos do canal em períodos de chuva - 10.set.2019 - Pedro Ladeira/Folhapress
Natália Cancian
Pedro Ladeira
ANANINDEUA (PA)
Nem sempre o trajeto é viável. Se dentro de casa
a água falta, fora é preciso lidar com
alagamentos em época de chuva. Para se
deslocar, moradores afundam o pé na na
maçaroca de lama e esgoto.
“Se pisar, no outro dia já amanhece com febre e
dores no corpo”, relata ela, que costuma levar os
filhos para a casa de parentes nesse período na
tentativa de evitar doenças.
Parte de seus vizinhos, contudo, recorre à água
da chuva para abastecer os baldes. Com o
alagamento, o poço original é invadido pela
sujeira.
Bruna e seus vizinhos são alguns dos 35 milhões
de brasileiros que vivem sem acesso à rede de
abastecimento de água, pilar do saneamento
básico.
O outro pilar, o acesso à coleta e tratamento de
esgoto, está mais atrasado: inexiste para 100
milhões, quase a metade da população do país.
Para se ter uma ideia, seria o mesmo que deixar
toda a Colômbia, Argentina e Chile, juntos, sem
nenhuma rede de esgoto. Ou, ainda, ter o
Canadá inteiro sem água tratada.
A situação parece ainda estar longe de mudar.
Levantamento da Folha a partir de dados do
Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento, do Ministério de Desenvolvimento
Regional, mostra que o indicador de acesso à
água tratada passou, em dez anos, de 81,4%
para 83,5%.
Já o de coleta de esgoto foi de 40,9% para
52,4%, mas desacelera desde 2013. Ou seja, o
avanço anual do índice de atendimento de água e
esgoto no país foi, respectivamente, inferior a
0,3 ponto percentual e de 1,3 ponto percentual,
levando-se em conta os indicadores nos últimos
dez anos.
Se esse ritmo for mantido e os valores de
investimento permanecerem iguais, bem como o
tamanho da população, serão necessários mais
50 anos para o país atingir 100% de acesso nas
duas categorias (projeções de entidades do setor
com as mesmas condições colocam a
universalização do acesso para depois de 2060).
Serão, pelo menos, três décadas de atraso em
relação à meta do Plano Nacional de Saneamento
Básico, que previa que isso ocorresse até 2033.
O cálculo é de entidades como o Trata Brasil e
CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“Em saneamento, estamos no século passado”,
diz Roberval Tavares de Souza, presidente da
Abes (Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental). “Temos indicadores de
terceiro mundo.”
O cenário se agrava com a disparidade entre
regiões.
Enquanto no Norte o índice de acesso à rede de
coleta de esgoto é de 10%, no Sudeste, é de
78,6%. O mesmo abismo é visto em relação ao
abastecimento de água, o qual varia de 57,5%,
na região Norte, a 91,2% na Sudeste.
Para especialistas ouvidos pela Folha, faltam
investimentos e atenção ao problema. “O
saneamento em geral não é prioridade e não é
tratado com lógica de Estado. É sempre uma
Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
questão política, não tem continuidade”, diz
Souza.
Há ainda efeito da queda no volume de
investimentos na área nos últimos anos. De 2014
a 2017, o valor passou de R$ 19,7 bilhões para
R$ 9,2 bilhões. Os dados são do Ministério de
Desenvolvimento Regional, e compreendem
investimentos do governo federal e outros
agentes em água, esgoto, drenagem urbana e
resíduos sólidos.
Separados apenas os valores de água e esgoto, a
queda foi de R$ 15,9 bilhões, em 2014, para R$
7,8 bilhões, em 2017.
“O investimento está caindo, e a necessidade é
crescente. Precisamos de cerca de R$ 22 bilhões
ao ano. Mas o Brasil investe metade disso”, diz o
presidente do instituto Trata Brasil, Édison
Carlos.
Ele diz ver avanços desde 2007, ano em que foi
aprovado o atual marco regulatório do
saneamento básico. Mas esses são insuficientes
diante do atraso que havia no setor.
Carlos chama a atenção para a redução do
investimento do governo federal. “Tem sobrado
cada vez menos recurso para infraestrutura. E
dentro da infraestrutura, o saneamento é o primo
pobre.”
Para o relator especial da ONU em direitos
humanos em água e saneamento, Léo Heller, o
Brasil caminha hoje na contramão de países que
atingiram a universalização do acesso a esses
serviços.
“A história dos países que avançaram nessa
direção mostra forte investimento público. É
preocupante um país que ainda acumula muitos
déficits em vários dos serviços de saneamento
que haja retração por parte do Estado”, afirma.
Problemas de gestão, falta de integração entre
serviços e falta de planejamento são outros
entraves. “Temos um quadro de gestão dessa
política muito fragmentado, com baixa
articulação”, diz Heller, que vê necessidade de
integração do governo federal com serviços
estaduais e municipais.
“É preciso aperfeiçoar gestão, regulação e
modelos tarifários. Investir fortemente no
planejamento dos planos municipais de
saneamento e na criação de espaços de
participação dos usuários.”
Ao todo, apenas 41,5% das cidades têm plano
municipal de saneamento básico, documento que
traça indicadores e metas para ampliar o acesso,
segundo a edição mais recente da pesquisa
Munic, do IBGE. E, mesmo entre essas, falta
controle da aplicação do plano, apontam
especialistas.
Ananindeua, por exemplo, teve o plano elaborado
em 2012. Mas pouco avançou. A prefeitura cita o
aumento populacional e a ocupação desordenada
como fatores de atraso. Já a Cosanpa, empresa
responsável pela oferta do serviço, alega que
faltou investimento de gestões anteriores.
Enquanto isso, gente como Bruna dos Santos
precisa deixar a própria casa e se juntar a
parentes em parte do ano se quiser obter água
potável, evitar alagamentos e a contaminação do
esgoto —na casa dela, que mantém um banheiro
do lado de fora, os dejetos são despejados em
um igarapé.
“Aqui, só fica quem não tem condições de se
mudar”, diz Simone Correia, 36. Neste ano, ela
ficou e viu problemas de saúde se acumularem
por toda a vizinhança. “Deu diarreia na rua
toda”, relata. “Quando um sarava, outro arriava.”
Ananindeua foi palco de nove protestos neste
ano, a maioria com uso de pneus para bloqueio
de vias, contra a falta de água, drenagem,
pavimentação e rede de esgoto.
Margarete Pastana, 33, voluntária em uma ONG,
esteve em um deles, em agosto. Pedia a
conclusão de obras prometidas para a região
onde mora, no bairro Icuí-Guajará. “É a única
forma que encontramos de chamar a atenção”,
diz. Até agora, não foi atendida.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1
0/mantido-ritmo-brasil-vai-atrasar-em-30-anos-
meta-de-saneamento-universal.shtml
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Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: OAB pedirá que STF limite
poder de promotores contra prefeitos
Entidade deve entrar nesta quarta (9) no
Supremo com uma ação direta de
inconstitucionalidade
A OAB deve entrar nesta quarta (9) no STF
(Supremo Tribunal Federal) com uma ação direta
de inconstitucionalidade para limitar o poder de
promotores de moverem ação de improbidade
administrativa contra governadores e em especial
contra prefeitos.
FREIO
O embate entre administradores e o Ministério
Público é antigo: os primeiros acusam os
promotores de paralisarem as administrações
com uma chuva de ações que suspendem obras e
a execução do orçamento —na prática,
governando no lugar de quem foi eleito pelo voto
popular.
A CULPA
A OAB defenderá que “a ideia de improbidade
não se coaduna com o simples equívoco”. Seria
preciso que se configure culpa grave, ou dolo,
para que o administrador seja processado.
FUNDÃO
E a saia justa entre o procurador-geral da
República, Augusto Aras, e o presidente da OAB,
Felipe Santa Cruz, começa a ser contornada. O
representante dos advogados não foi à posse de
Aras na PGR: um pouco antes, ele descobriu que
não teria, como é praxe, lugar na mesa principal
nem direito a fala. E ficaria sentado na quinta
fila.
FOI ELE
Aras explicou a ele que, como Jair Bolsonaro
estaria presente, o ritual da festa foi organizado
pelo cerimonial da Presidência da República.
SEM QUERER
Bolsonaro não gosta de Santa Cruz. Há alguns
meses, chegou a dizer que sabia como o pai dele,
que foi assassinado pela ditadura militar, tinha
morrido. Teve que dar explicações ao STF.
LUZ
O diretor José Padilha entrevistou na terça (8) o
ex-prefeito e ex-presidenciável Fernando Haddad
(PT-SP) para o documentário que está fazendo
sobre a Operação Lava Jato.
NOVO OLHAR
O cineasta, que dirigiu a série “O Mecanismo” e
era um admirador do juiz Sergio Moro, tem hoje
uma visão mais crítica do ex-juiz e da operação.
MICROFONE ABERTO
Padilha já esteve com os ministros Dias Toffoli,
Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso, e também
com o jornalista Glenn Greenwald e o procurador
Deltan Dallagnol.
À MESA
Os apresentadores Rodrigo Hilbert e Fernanda
Lima foram a um jantar na segunda (7), no
restaurante Maní. As chefs Helena Rizzo, Margot
Janse, Carol Brandão e Carla Pernambuco, o
diretor-presidente do Masp, Heitor Martins, e a
diretora da SP-Arte, Fernanda Feitosa,
compareceram.
LINHA
A Justiça de Minas Gerais decide nesta quarta (9)
se o estado pode cobrar o ITCMD, imposto que
incide sobre heranças ou doações, de planos de
previdência privada —PGBL e VGBL. O resultado
pode ter impacto em outras unidades da
Federação.
LINHA 2
As pessoas que colocam hoje recursos no VGBL,
por exemplo, podem decidir para quem vai o
dinheiro em caso de morte, sem que isso passe
pelo inventário. O plano é considerado um seguro
e por isso fica fora da partilha.
PORTA ABERTA
A cobrança do imposto pode abrir discussão
jurídica sobre o tema.
ELAS...
Pela primeira vez em suas histórias, a Associação
dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação
Data: 09/10/2019
68
Grupo de Comunicação
Paulista de Magistrados (Apamagis) terão
mulheres disputando os cargos de presidência.
... POR ELAS
Renata Gil disputará comando da AMB, que tem
14 mil associados e foi fundada em 1949. Na
disputa pela presidência da Apamagis, criada em
1953 e atualmente com 3,2 mil membros, houve
consenso pelo nome de Vanessa Mateus como
candidata única.
CLAQUETE
A Mostra Sesc de Cinema 2019 vai homenagear a
cineasta Adélia Sampaio como a primeira mulher
negra a dirigir um longa no Brasil —“Amor
Maldito”, de 1984.
AQUI, NÃO
A Câmara Municipal de Mococa rejeitou um
projeto de para dar o título de “Cidadão
Mocoquense” ao governador João Doria. Foram 7
votos favoráveis, mas a aprovação dependia de
10 votos positivos.
FARPAS
Durante a sessão, o vereador Elias de Sisto (PR),
autor da proposta, lamentou: “O governador está
sem moral”. “O que ele deu para Mococa até
agora? Nem na eleição para pedir voto, ele veio”,
rebateu o vereador Eduardo Barison (PV).
O TRISTE DIA DE RODRIGO JANOT
Calado em frente a uma multidão de jornalistas,
o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot
dá leves batucadas na mesa, coça a cabeça e
olha para o relógio.
São 20h de segunda-feira (7), e a fila em busca
de autógrafos na noite de lançamento de seu
livro “Nada Menos Que Tudo” —que deveria
terminar às 21h30— mal chegou a se formar. E
não existia mais.
Além de repórteres e funcionários da editora
Planeta, alguns garçons circulam pelo salão —a
cozinha fica no mesmo andar. Eles passam reto,
em direção a um outro lançamento, que lotou o
piso de cima.
“E aí? Tudo certo?”, ele indaga a uma assessora
da editora que se aproxima. “Tudo certo!”,
responde ela. Há 15 minutos, Janot não
autografava livro algum.
Os dois olham para a frente e veem um senhor e
uma senhora se aproximando. O casal, que se
aposentou após 33 anos de trabalho no Tribunal
de Justiça de SP, pede uma dedicatória, para a
filha.
O advogado de Janot, Bruno Salles, que passou a
defendê-lo depois que o ex-procurador revelou
que planejou a morte do ministro Gilmar Mendes,
do STF, prefere não entrar na livraria. “Vim para
prestigiar. Já tenho o e-book. Mas sou que nem a
Cármen Lúcia [ministra do STF]: gosto de
processo, não de festa”.
“Enfim, sós”, diz Janot aos assessores e quatro
seguranças que o cercavam, diante do salão de
novo vazio. “Pois é”, responde uma delas.
Nova bisbilhotada no relógio. Às 20h15, Janot
lembra da época em que estudou direito na
UFMG: “Me formei em 1979 lá”. “Na UFMG,
certo?”, indaga uma delas. “Isso, na UFMG”,
responde.
A conversa dá voltas até chegar ao futebol:
“Gostava mesmo era da seleção de 82. Foi a vez
em que eu mais chorei quando perdeu”, diz uma
assessora. Janot concorda: “É…”, pensa. “Tenho
que voltar a assistir a mais [jogos]. Está faltando
tempo”.
“Gente, acho que vamos encerrar”, interrompe
um funcionário da livraria. Janot olha para o
relógio pela terceira vez: são 20h30. Levanta-se,
calado.
Dezenas de jornalistas o cercam —mas o paredão
humano dos seguranças se impõe. Um carro
preto vai embora levando Janot após 43
exemplares, dos 550 disponibilizados, serem
vendidos. Antes de sair, autografou 15 livros que
deixou na Livraria da Vila para quem chegasse
após sua saída. Quatro foram vendidos até a
noite de terça (8). Onze estão nas prateleiras, à
espera de um comprador.
CURTO- CIRCUITO
Data: 09/10/2019
69
Grupo de Comunicação
“Memórias Afro-Atlânticas: as gravações de
Lorenzo Turner na Bahia” tem pré-estreia na
quarta (9) no Itaú Cultural.
A Defesa Civil de SP simula na quarta (9)
situações de emergência em 29 cidades de SP.
A Câmara Municipal realiza o congresso
internacional do Fida. De quarta (9) a sexta (11).
Ocorre na quarta (9) o 4º Congresso Nacional
das Mulheres do Agronegócio.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/oab-pedira-que-stf-limite-poder-
de-promotores-contra-prefeitos.shtml
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Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
Extensão do dano causado por óleo no
Nordeste é inédita, diz Marinha
Investigações sobre origem da mancha envolvem
patrulhas e análise do tráfego marítimo
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
Responsável pelas investigações sobre a origem
do óleo que atinge praias em toda a região
Nordeste, a Marinha informou nesta terça (8) que
conta com cinco navios e uma aeronave para
patrulhar a região em busca das causas do
vazamento. O esforço envolve 1.583 e conta
também com embarcações e viaturas das
Capitanias dos Portos estaduais.
Segundo a Marinha, entre as hipóteses
investigadas estão naufrágio ou derramamento
acidental do petróleo. Por outro lado, são
consideradas remotas as possibilidades de
vazamento de petróleo do subsolo ou lavagem de
tanque em navios, diante do volume de óleo
recolhido nas praias atingidas.
A Marinha abriu um inquérito para investigar a
ocorrência, que classificou como "inédita", já que
"atinge grande parte de nosso litoral". A Polícia
Federal vem atuando na área criminal e o Ibama
(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis) coordena os trabalhos de
recolhimento das borras de petróleo.
Os primeiros relatos da presença de óleo na
região foram confirmados no dia 2 de setembro,
mas até agora sua origem permanece um
mistério. De acordo com o Ibama, 138
localidades em nove estados já foram atingidas.
Em seu último boletim, o instituto contabiliza dez
animais mortos por contato com o óleo.
De acordo com a Marinha, as investigações
incluem inspeções ao longo da costa, patrulha
naval nas áreas com poluição mais recente e
analises do tráfego mercante com o
monitoramento de navios que passaram por
águas jurisdicionais brasileiras.
"Nesse processo, são analisados os dados do
tráfego marítimo, as informações de patrulha de
navios e aeronaves da Marinha Brasileira,
simulações computacionais sobre as influências
de corrente no Atlântico Sul e análise dos perfis
químicos dos resíduos coletados", disse, em nota,
a Marinha.
As investigações do Cismar (Centro Integrado de
Segurança da Marinha) identificaram a presença
de 140 navios-tanque durante o mês de agosto
na área analisada, que tem 36 milhas náuticas
quadradas. Aquelas que possuíam carga com
características compatíveis com petróleo cru
foram notificadas a prestar esclarecimentos.
As investigações já confirmaram que se trata de
petróleo cru e não de combustíveis. Análises
feitas pelo Ibama com amostras recolhidas em
diferentes praias indicam que a origem é a
mesma. Maior produtora do país, a Petrobras
afirma que as características do óleo encontrado
não são equivalentes aos tipos de petróleo que a
empresa produz.
Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
*Mapa atualizado em 6/10/19
Na segunda (7), o presidente Jair Bolsonaro
afirmou que o governo "tem no radar" um país
onde esse tipo de óleo poderia ter sido
produzido. A Folha apurou que análises feitas
pela Petrobras encontraram características
semelhantes ao petróleo venezuelano.
As circunstâncias da contaminação intrigam
autoridades e especialistas no setor de petróleo,
diante da extensão da área atingida -- entre o
litoral norte da Bahia e o Maranhão -- e do
aparecimento de novas manchas mais de um
mês depois das primeiras ocorrências.
Neste momento, a hipótese considerada mais
provável é que o óleo tenha vazado de um navio
que passava ao largo da costa brasileira. Mas o
presidente Bolsonaro afirmou nesta terça não
descartar ação criminosa. "É um volume que não
está sendo constante. Se fosse um navio
afundado, estaria saindo ainda óleo", afirmou, na
saída do Palácio da Alvorada.
Segundo ele, as investigações sobre a origem
estão são "reservadas" e nenhum país será
acusado para evitar problemas caso as primeiras
informações não se confirmem.
Em nota, o Ibama afirmou que "permanece
atento às novas áreas com presença de óleo,
realizando as vistorias e orientações
necessárias". Na segunda (7), o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que 100
toneladas de resíduos com óleo já haviam sido
recolhidas nas praias atingidas.
Viu manchas de óleo no litoral do Nordeste?
Mande seu relato para a Folha
Com a Reuters
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/extensao-do-dano-causado-por-oleo-no-
nordeste-e-inedita-diz-marinha.shtml
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Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
'A gente não recicla somente lixo, mas
vidas', diz líder de catadores
Ex-dependente químico, presidente da
Coopercaps fez parceria com a Boomera, finalista
do Empreendedor Social 2019
Cristiano Cipriano Pombo
Rodolfo Stipp Martino
SÃO PAULO
Telines Basílio do Nascimento Júnior, 54, veio do
Rio de Janeiro para São Paulo em busca de uma
oportunidade de trabalho e de rumo para sua
vida.
Sem êxito na busca, encarando o preconceito e
também o desemprego, começou a se virar com
bicos. Ao mesmo tempo em que mergulhava no
mundo das drogas, ele descobria a dureza da
rotina de um catador de material reciclável numa
grande metrópole.
“Eu desci ao fundo do poço. Não tinha família,
não tinha ninguém. Só as ruas”, recorda-se.
Conhecido como Carioca, o ex-catador é hoje um
dos principais nomes da reciclagem na capital
paulista.
Ele preside a Coopercaps (Cooperativa de
Trabalho de Coleta Seletiva da Capela do
Socorro), na zona sul de São Paulo, que conta
com 235 cooperados, sendo responsável por
reciclar 12 toneladas de lixo por dia —um terço
do que é reaproveitado em São Paulo.
“Eu sou o que sou hoje muito por ter conhecido o
Guilherme, da Boomera. O que ele me ensinou e
fez a gente crescer não está escrito”, afirma.
referindo-se a Henrique Guilherme Bramme Jr.
42, fundador do negócio social que reaproveita
materiais difíceis (leia-se plásticos compostos).
O engenheiro é um dos finalistas do Prêmio
Empreendedor Social como fundador da
Boomera, que inova e gera impacto social
fazendo do conceito de economia circular uma
realidade por meio de engajamento de indústria,
academia e cooperativas.
Carioca diz que conhecer o empreendedor social
foi um divisor de águas na vida dele e da
cooperativa. "A gente não tirava nem R$ 50 por
mês." A renda dos catadores, agora na pele de
agentes ambientais, pode chegar a R$ 1.500.
"Guilherme se mostrou preocupado com a saúde
e com a segurança dos trabalhadores, reformou
os vestiários e nos deu aulas de gestão, de como
poderíamos nos tornar autossustentáveis. Isso
melhorou a autoestima e a renda de todos."
Leia a seguir o depoimento de Carioca.
Minha trajetória em São Paulo é parecida com a
de vários cariocas, de muitos Joões e Marias.
Cheguei ainda jovem. Via que era a cidade das
oportunidades. Porém, logo me encontrei
desempregado, sem ter uma fonte de renda.
Fui apresentado por um colega a um ferro-velho.
Eu deixava meu documento e ficava com uma
carroça para trabalhar durante o dia. Nessa
brincadeira, foram 12 anos, difíceis, muito
difíceis.
Isso porque, na rua, um dia você almoça, no
outro você janta. Carroceiro é como burro sem
rabo. Quando você está na rua, não tem
consciência. Eu era jovem e aquilo mexia. No
frio, o álcool vale muito mais. Então fui me
entregando a essas coisas. Do álcool você parte
para a maconha, depois para a cocaína. Então
você vai caindo, caindo. E eu fui salvo pelo lixo.
Em 2002, fizeram uma mobilização, um senso
dos carroceiros. Aí selecionariam 46 pessoas para
uma capacitação na Prefeitura de Santo André,
duas vezes por mês. Eles davam a passagem e
uma cesta básica. Imagina isso! Para quem não
tinha nada, largado nas ruas, agora eu tinha uma
chance e eu a agarrei.
Minha vida mudou completamente quando fui
apresentado ao cooperativismo e à possibilidade
de criar uma cooperativa. Isso foi um divisor de
águas.
Data: 09/10/2019
73
Grupo de Comunicação
Até então, eu não sabia que poderia ser um líder.
Hoje as pessoas já veem no Carioca a
possibilidade de transformar vidas.
Por meio da cooperativa, consegui fazer uma
faculdade. Sou formado em gestão ambiental e
pós-graduado em gestão de projetos. Posso ser
um multiplicador. Eu compartilho com os meus
cooperados aquilo que eu aprendi.
Fui convidado pelas prefeituras de São Paulo e de
Osaka, no Japão, para ir lá falar um pouco do
nosso trabalho. Acredito que me saí bem, porque
acabei ganhando um curso de resíduos sólidos
urbanos [em Osaka].
Tudo o que tenho e tudo o que sou eu devo
àquilo que as pessoas chamam de lixo. Ele me
reciclou.
A Coopercaps foi constituída há 16 anos. Hoje,
representa três unidades, a Interlagos, a
Paraisópolis e a Central Mecanizada de Triagem
Carolina Maria de Jesus. Contamos com 235
cooperados associados.
O lixo é o luxo. E, com certeza, ele transforma
vidas. Quando se fala em sustentabilidade, a
gente enxerga logo o tripé econômico, social e
ambiental. Mas a cooperativa tem uma missão
social muito forte.
A parceria com a Boomera foi um marco de
mudança de atitude da cooperativa. A parte
principal foi a formação e capacitação em gestões
de cooperativismo e de administração.
Começamos a ter uma visão de um negócio
sustentável.
Houve uma preocupação maior com a segurança
e a saúde dos nossos trabalhadores, com a
criação de departamentos e de processos
internos. Aumentou o fluxo produtivo e os
ganhos. Hoje, nossos cooperados têm uma renda
média em torno de R$ 1.700, R$ 1.800 por mês.
Se compararmos com a média nacional, que está
em cerca de R$ 500, R$ 600, foi um salto muito
grande.
Isso ocorreu a partir do momento em que nós
começamos a entender que precisávamos
diversificar o nosso faturamento. Só coletar,
separar, prensar e vender, não seria suficiente
para que conseguíssemos fechar as contas.
Começamos a criar produtos e a partir daí,
vender outros tipos de serviços, como palestras,
gestão ambiental em prédios residenciais e
industriais, prestação de serviço para o município
e empresas. Isso incrementou o ganho dos
cooperados.
O resultado impacta completamente na vida das
pessoas. Aumenta autoestima, diminui a
rotatividade. Os cooperados conseguem obter
conquistas, comprar um PlayStation para o filho,
um carro, um terreno ou um apartamento. São
vitórias individuais, mas que a gente acaba
compartilhando.
Há também cooperados estudando em
faculdades, outros que conseguem pagar os
estudos dos filhos. O nosso objetivo maior é
gerar emprego e renda. As pessoas são o mais
importante de tudo.
Cerca de 70% do nosso quadro são mulheres.
Elas se sentem seguras de trabalhar perto das
residências. O filho estuda perto. A creche é
próxima, o posto de saúde é também.
A cooperativa tem um relacionamento grande
com todos os atores envolvidos ao redor da
comunidade.
A gente tem um trabalho há dois anos com uma
casa de recuperação de drogados. Uma vez por
mês, passamos um dia lá com o pessoal,
tentando motivá-lo.
Por meios de exemplos que temos na
cooperativa, buscamos mostrar que é possível
mudar. Quando termina o tratamento, a
cooperativa absorve a mão de obra deles
também.
A gente reintegra essas pessoas que se sentiam
excluídas da sociedade.
Essa parceria com a Boomera tem um
significado, para nós, muito forte, porque a gente
não recicla só o lixo, a gente recicla vidas. E isso,
depois de 16 anos, a gente percebe que é o
carro-chefe da cooperativa: reciclar vidas.
Data: 09/10/2019
74
Grupo de Comunicação
Foi um incentivo para que eu voltasse a estudar,
um ex-dependente químico e ex-catador de lixo.
E, mesmo com o lado econômico, com a nossa
profissionalização, vejo que a Boomera se
preocupa, primeiro, com as pessoas.
https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc
ial/2019/10/a-gente-nao-recicla-somente-lixo-
mas-vidas-diz-lider-de-catadores.shtml
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Data: 09/10/2019
75
Grupo de Comunicação
ESTADÃO A energia solar e a liberdade do consumidor
Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*
A discussão sobre o aprimoramento do modelo
regulatório da geração distribuída tem sido,
lamentavelmente, marcada por discursos parciais
e incompletos. Os defensores dos monopólios da
distribuição de energia constroem cenários
pessimistas, negativos e desfavoráveis para a
modalidade, na tentativa de atrasar o seu
desenvolvimento e distanciar os consumidores
brasileiros das novas tecnologias, como é o caso
da fonte solar fotovoltaica.
Como a distribuição de energia elétrica é um
mercado de monopólio natural no Brasil, as
concessionárias são as únicas fornecedoras de
serviços numa determinada área geográfica e,
desta forma, não enfrentam concorrência em
suas atividades. Por isso, não possuem a mesma
pressão de segmentos livres no sentido de
priorizar a satisfação dos consumidores, pois não
correm o risco de perder clientes para outros
players, já que não há competição.
Não por acaso, os consumidores brasileiros
atendidos por distribuidoras de energia são
denominados “cativos”, ou seja, “sem liberdade”
ou “prisioneiros”, sem opção e restritos a um
papel passivo no setor elétrico.
Segundo dados oficiais da Aneel, há atualmente
no Brasil mais de 84,1 milhões de consumidores
cativos de energia elétrica, faturados pelas
distribuidoras. Anualmente, são conectados, em
média, 1,9 milhão de novos consumidores cativos
ao sistema, aumentando significativamente a
base de clientes das concessionárias. Por outro
lado, o Brasil possui menos de 110 mil sistemas
de energia solar na geração distribuída, aliviando
o orçamento de cerca de 137,5 mil unidades
consumidoras. Ou seja, apenas 0,1% dos
consumidores cativos das distribuidoras possui
geração distribuída e o seu crescimento é muito
inferior ao crescimento da base de mercado
faturada pelas distribuidoras no Brasil.
O crescimento da geração distribuída solar
fotovoltaica em todo o território nacional, por
meio do marco regulatório atualmente vigente,
trará mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios
líquidos para todos os consumidores do País até
2035, segundo cálculos conservadores da
ABSOLAR. Nesta conta, estão inclusos ganhos
pela energia evitada, diminuição de perdas de
transmissão e distribuição e redução de
contratação de garantia de geração. Tal análise
também contabiliza a redução de mercado das
distribuidoras de energia elétrica.
Adicionalmente, graças ao baixo impacto
ambiental da energia solar fotovoltaica, o País
também evitará a emissão de 75,38 milhões de
toneladas de CO2 até 2035, reduzindo
drasticamente a emissão de poluentes
atmosféricos danosos ao clima, à qualidade do ar
e à saúde da nossa população.
Quando há uma instalação da geração distribuída
em uma casa, empresa ou área rural, o sistema
ajuda diretamente a diminuir os custos dos
consumidores da região, já que reduz a
necessidade de construção de novas usinas
geradoras; de compra de mais energia elétrica; e
de construção de nova infraestrutura de
transmissão e distribuição, além de reduzir as
perdas elétricas na transmissão e distribuição,
entre outros. De forma geral, os benefícios da
modalidade agregam um valor imenso aos
consumidores e aos brasileiros, ajudando a
reduzir as tarifas de energia elétrica, inclusive
para quem nunca investiu em geração distribuída
diretamente.
Sem um processo maduro e coerente, o País
corre sério risco de retrocesso social e econômico
com alterações nas regras da geração distribuída.
Diante destas ameaças e da forte insegurança
regulatória sentida pelo mercado neste momento
Data: 09/10/2019
76
Grupo de Comunicação
de transição, diferentes movimentos pulverizados
surgiram na sociedade, de forma orgânica e
independente, na internet e nas redes sociais,
em defesa do direito do consumidor de gerar e
consumir a sua própria energia elétrica.
O que se espera, de fato, da Aneel é que
quaisquer ajustes nas normas sejam previamente
conhecidos pelo setor, com diálogo e
transparência, respeitando a previsibilidade, a
coerência e qualidade regulatória. É fundamental
que quaisquer mudanças sejam graduais e
baseadas no atingimento de um “gatilho de
penetração”, não inferior a 5% da demanda
elétrica total do sistema, conforme boas práticas
internacionais.
Neste processo, o regulador deve garantir a
segurança jurídica e a estabilidade regulatória ao
mercado, aos consumidores, empreendedores e
investidores que acreditaram nas regras
estruturadas e válidas para o setor, evitando
alterações retroativas sobre os consumidores
com geração distribuída. Mudanças deverão ser
válidas somente às novas solicitações, feitas após
a entrada em vigor das alterações, dando aos
usuários atuais a possibilidade de optar pela
migração ao novo modelo, a seu critério.
Está delineado à agência reguladora o importante
desafio de calcular, com profissionalismo e
idoneidade, os benefícios e impactos para cada
um dos lados: dos gigantes do monopólio da
distribuição e dos ainda nascentes
empreendedores da geração distribuída. Espera-
se que o regulador cumpra o nobre papel que lhe
cabe, tendo em vista os anseios da sociedade
brasileira por uma matriz elétrica cada vez mais
descentralizada, descarbonizada e digitalizada.
*Rodrigo Sauaia é CEO da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar); Ronaldo
Koloszuk é presidente do Conselho de
Administração da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/a-energia-solar-e-a-liberdade-do-
consumidor/
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Data: 09/10/2019
77
Grupo de Comunicação
Brasil tem mais de 83 mil km de rios
poluídos, aponta agência
ANA alerta que trechos com mais problemas
estão nas cidades, onde faltam coleta de esgoto
e tratamento adequado
Felipe Resk, O Estado de S.Paulo
09 de outubro de 2019 | 07h00
SÃO PAULO - O Brasil tem hoje 83.450
quilômetros de rios poluídos, segundo dados
apresentados pela Agência Nacional de Águas
(ANA). "A poluição dos rios é o problema
ambiental de que o brasileiro mais se ressente",
afirmou o diretor do órgão, Oscar Cordeiro, no
seminário A despoluição dos rios, parceria entre
a Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e o Estado, realizado nesta terça-
feira, 7.
Rio Tietê Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Para o cálculo, a agência considera trechos de
mananciais com índice de demanda bioquímica
de oxigênio (DBO) acima de 10 mg/L.
"Esses trechos de rio, não por acaso, estão nas
cidades. Existe uma relação fortíssima entre a
poluição e as ocupações urbanas, por causa da
falta de coleta de esgoto e tratamento
inadequado."
No seminário, especialistas defenderam, entre
outras medidas, a existência de um marco
regulatório nacional - visto que atualmente a
atividade sanitária é regulada por mais de 50
agências diferentes.
Segundo participantes do evento, há expectativa
de que o deputado federal Geninho Zuliani (DEM-
SP) entregue ainda nesta semana o relatório do
Projeto de Lei 3.261, de autoria do senador Tarso
Jereissati (PSDB-CE), sobre regulamentação
sanitária. Também tramita o PL 4.162, do
Executivo.
De acordo com as discussões, deve ficar a cargo
da ANA definir a agenda regulatória e as
diretrizes normativas do saneamento básico no
Brasil. O órgão, porém, não vai substituir as
agências locais, nem determinar tarifas ou
fiscalizar a qualidade do serviço. Segundo
Cordeiro, as diretrizes a serem estabelecidas pela
ANA sequer serão obrigatórias.
"Mas quem não aderir não terá acesso a recurso
federal, que hoje é o principal financiador", disse.
De acordo com o diretor, embora a sigla seja
mantida, também deve haver alteração no nome
da ANA, que passa a se chamar Agência Nacional
de Águas e Saneamento Público.
"Se vier essa nova função, vamos precisar de
reforço", disse. "É a menor agencia reguladora
federal em termos de servidores."
Ainda segundo os dados apresentados pela ANA,
45% da população brasileira não dispõe de
soluções de esgoto, 70% das cidades não têm
estação de tratamento e mesmo onde o
tratamento existe, em média, só 39% da carga
total de poluição é removida.
Em São Paulo, a gestão João Doria (PSDB)
pretende até 2022 reduzir para 30 mg/L o indice
de DBO do Rio Pinheiros - hoje, há pontos em
que a medição aponta 60 mg/L. Segundo o
governo, ainda que a água não se torne potável
ou seja adequada para o banho, seria suficiente
para ter alguma vida aquática.
"Trinta mg/L é um índice muito alto, mas a
despoluição é um processo lento, não se faz no
horizonte de um mandato eleitoral. Entendo que
é uma primeira etapa", disse Cordeiro.
Data: 09/10/2019
78
Grupo de Comunicação
O diretor da ANA citou, ainda o caso do Lago
Paranoá, em Brasília, que levou mais de 20 anos
para ser depoluído e é considerado um caso de
sucesso por ele.
Regulação é peça chave para melhoria do
saneamento
Diretor do Departamento de Infraestrutura da
Fiesp, Frederico Turolla defendeu um tripé para
melhores resultados de saneamento.
"O conjunto de incentivos, que no mundo inteiro
se usa para promover boa gestão, é
planejamento, concorrência e regulação",
afirmou. "Isso serve para que não se fique refém
de boa vontade política."
Segundo dados citados por Turolla, 1.864
municípios não têm entes reguladores.
"E os que têm são caros para o resultado que
entregam", acrescentou. "Por isso, existe a
necessidade de uma coordenação nacional."
O prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz (PSDB),
afirmou que a atuação das agências também
serve para minimizar riscos de decisões com
objetivo eleitoral.
"No passado, os prefeitos com medo de não ser
reeleitos jogavam a tarifa lá para baixo",
afirmou. "O órgão ajuda a despolitizar porque a
decisão é técnica."
Cruz também preside a Ares, agência que
regulamenta o saneamento de 58 cidades na
Bacia do PCJ.
"Poucos municípios têm capacidade investir
porque já estão com orçamento comprometido",
disse. "Mas cuidar dos nossos rios passa pela
política. Quatro anos podem comprometer uma
década."
Ex-secretário nacional de Saneamento, Paulo
Bezerril Junior destacou que os investimentos
têm caído no País. Segunda ele aponta, entre
1971 e 1986, o Brasil investiu em saneamento
R$ 74,20 per capita. Já no período de 2008 a
2017, o índice foi de R$ 14,40.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,brasil-tem-mais-de-83-mil-km-de-rios-
poluidos-aponta-agencia-nacional,70003042816
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Data: 09/10/2019
79
Grupo de Comunicação
Brasil sobe uma posição entre mais
competitivos
País fica em 71º em ranking do Fórum Econômico
Mundial, que destaca necessidade de políticas
ambientalmente responsáveis
A simplificação das regras para abrir e fechar
empresas, a inflação sob controle e uma melhora
na eficiência do mercado de trabalho fizeram com
que o Brasil subisse, neste ano, uma posição no
ranking global de competitividade elaborado pelo
Fórum Econômico Mundial. O País ficou em 71.º
lugar, com uma nota de 60,9 pontos (em escala
de 0 a 100) – a média de 141 economias foi de
61 pontos. Na primeira posição, ficou Cingapura,
com 84,8 pontos.
Apesar da melhora, o Brasil ainda precisa de
progressos mais significativos em estabilidade
econômica (quesito em que ficou no 115.º lugar),
abertura comercial (125.º), segurança (123.º) e
estabilidade governamental (130.º), segundo
relatório do fórum. A organização analisou 103
indicadores agrupados em 12 pilares.
Exportações
Apesar da melhora, o Brasil ainda precisa de
progressos mais significativos em estabilidade
econômica Foto: Marcio Fernandes / Estadão
Ainda de acordo com o documento, para líderes
empresariais brasileiros, a burocracia (141.º) e a
falta de visão de longo prazo do governo (129.º)
são os principais entraves da competitividade no
País.
O relatório aponta também que, no longo prazo,
governantes brasileiros terão de estabelecer
políticas mais inclusivas socialmente e
responsáveis ambientalmente para o País
conseguir competir em um mundo onde as
principais economias têm se esforçado nessas
frentes.
Por enquanto, o Brasil tem ganhado pontos no
ranking graças ao tamanho de seu mercado (10.º
lugar) e ao nível elevado de capacidade em
inovação (40.º). Entre os países da América
Latina e do Caribe, no entanto, o País ficou na
oitava posição do ranking.
Nessa região, Chile, México e Uruguai lideraram a
lista dos mais competitivos, seguidos por
Colômbia, Costa Rica, Peru e Panamá. De acordo
com o Fórum Econômico Mundial, as economias
latino-americanas precisam avançar,
principalmente, na qualidade das instituições (a
média regional foi de 47,1 pontos) e na
capacidade de inovação (34,3 pontos).
Globalmente, além de Cingapura, Estados
Unidos, Hong Kong, Holanda e Suíça apareceram
nos primeiros lugares. A região Ásia-Pacífico foi a
que registrou uma maior média entre as
analisadas, com Japão e Coreia do Sul também
bem posicionados no ranking, no 6.º e no 13.º
lugar, respectivamente. A China ficou na 28.ª
posição.
Pós-2008
O documento do Fórum Econômico destaca que o
crescimento da competitividade tem sido fraco
nos últimos dez anos mesmo após os bancos
centrais de todo o mundo terem injetado US$ 10
trilhões na economia global. Afirma ainda que a
política monetária global expansionista, apesar
de ter tido sucesso para evitar uma recessão
mais profunda após 2008, não foi suficiente para
alocar recursos em investimentos que aumentam
a produtividade. “À medida que as políticas
monetárias começam a perder força, é crucial
que as economias confiem na política fiscal e nos
incentivos públicos para impulsionar a pesquisa e
o desenvolvimento, aprimorar as habilidades da
força de trabalho, desenvolver novas
infraestruturas e integrar novas tecnologias”, diz
o relatório do Fórum.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
brasil-sobe-uma-posicao-entre-mais-
competitivos,70003042627
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Data: 09/10/2019
80
Grupo de Comunicação
Para Itamaraty, boicote ao agronegócio
segue em pauta
Diplomatas acreditam que a chegada das chuvas
no Centro-Oeste e Norte eliminará as queimadas
e o assunto deve dar certa trégua
Coluna do Broadcast Agro, O Estado de S.Paulo
O Ministério das Relações Exteriores relatou à
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que
persiste a possibilidade de boicote aos produtos
do agronegócio brasileiro por questões
ambientais. Diplomatas acreditam que a chegada
das chuvas no Centro-Oeste e Norte eliminará as
queimadas e o assunto deve dar certa trégua. No
entanto, se o desmatamento avançar, o que já
está sinalizado, o veto aos produtos voltará à
pauta. Para o Itamaraty, são três possíveis
fontes de pressão: Organizações Não
Governamentais (ONGs); empresas,
principalmente no varejo europeu, e, no setor
público, especialmente parlamentos da União
Europeia e dos Estados Unidos. O MRE relatou
também à FPA a preocupação com o fato de
causas ambientais serem utilizadas de forma
ilegítima e destacou esforços realizados lá fora
para contestá-las, com envio de informações
pelos Ministérios do Meio Ambiente e da
Agricultura.
Vento a favor.
Num cenário em que o crédito rural caminha para
a era dos juros livres, o Bradesco investe para
conquistar mais espaço, conta à coluna Octavio
de Lazari, presidente do banco. De dois anos
para cá, o Bradesco instalou 25 regionais em
Estados de forte economia agropecuária, com
equipes especializadas em atender o produtor
rural. Com uma carteira de R$ 30 bilhões para
financiar o campo, Lazari diz que o volume de
empréstimos já cresceu 12% da safra passada
para esta, que se iniciou em 1º de julho. “Temos
estimativa de crescimento ainda maior até o fim
do ano”, comentou, em evento recente na
capital.
Ajustes.
Para avançar mais, Lazari diz que o maior
obstáculo aos bancos privados é não ter um
produto exclusivo que o Banco do Brasil tem: os
recursos da poupança rural. “Por isso, nosso
funding do crédito agrícola é menor”, diz. “Mas
temos feito várias tratativas com o Banco
Central, a fim de que ele libere os (depósitos)
compulsórios para que possamos aplicar mais no
crédito rural.”
A vez dos porquinhos.
O Brasil tenta conseguir a habilitação, pela China,
de mais frigoríficos para exportação de carne
suína. Na recente liberação de 25 unidades pelo
país asiático, apenas uma era de suínos. Uma
fonte diz à coluna que os chineses queriam
primeiro completar as autorizações para outras
proteínas animais, em negociação há mais
tempo, para depois tratar dos porcos. Além
disso, houve unidades com problemas no
preenchimento de questionários. Conforme a
fonte, algumas unidades estão em fase final de
análise na China, e a habilitação deve sair até o
fim do ano.
Preliminares.
Países do Mercosul estão negociando a divisão da
cota de 180 mil toneladas para a carne de frango
no acordo entre o bloco e a União Europeia. Na
feira Anuga, que ocorre esta semana na
Alemanha, representantes de empresas e
associações sul-americanas terão reuniões para
discutir os parâmetros usados para definir a
porcentagem à qual cada país terá direito. A
intenção é começar as conversas pelo setor
privado e, só mais à frente, envolver governos,
conta uma fonte. Todos esperam que a maior
cota seja do Brasil e, depois, Argentina.
Data: 09/10/2019
81
Grupo de Comunicação
Pão nosso...
A queda no consumo de pão francês preocupa a
indústria de panificação. Em 2018, as vendas da
principal fonte de receita das padarias caíram
4,6%, para R$ 20,4 bilhões. “Queremos mobilizar
padarias para melhorar ainda mais a qualidade,
pois sabemos que as pessoas andam quarteirões
para comer um bom pãozinho”, diz Giovani
Mendonça, diretor executivo da Associação
Brasileira da Indústria de Panificação e
Confeitaria (Abip). Cerca de 1,7 milhão de
toneladas de pão francês são produzidas por ano.
...de cada dia.
Para puxar o consumo, a Abip vai lançar nesta
semana a campanha “Cada um tem um jeito de
comer pão francês. Qual é o seu?” Peças
publicitárias serão espalhadas no varejo e em
locais públicos, e haverá inserções na rede
nacional de rádio e TV e em redes sociais,
mostrando as várias formas de se comer
pãozinho. O dia “D” da campanha será 16 de
outubro, dia mundial do pão.
Mistura fina.
Representantes da União da Indústria de Cana-
de-Açúcar (Unica) aproveitarão o Global Ethanol
Summit, de 13 a 15 de outubro, em Washington
(EUA), para reuniões com produtores,
refinadores, compradores e negociadores do
etanol e de combustíveis no mercado
internacional. A ideia é criar uma agenda de
negócios internacional e atuar com norte-
americanos para incentivar produtores de
derivados de petróleo a adotarem a mistura do
etanol à gasolina.
Fora.
A B3 não deve criar um sistema de negociação
dos Créditos de Descarbonização (CBIOs) dentro
das regras do RenovaBio. Segundo a Bolsa
brasileira, não há clareza sobre a dinâmica de
negociação dos títulos – previstos para serem
emitidos por produtores de biocombustíveis e
adquiridos por distribuidoras e emissores de
gases causadores de efeito estufa – e nem sobre
os possíveis investidores.
Dentro.
A avaliação é que a posição da B3 abre caminho
para outros agentes estruturarem plataformas de
negociações dos CBIOs, previstos para serem
comercializados a partir de janeiro. A Balcão
Brasileiro de Comercialização de Energia, a IHS
Markit e até a Bolsa de Nova York já
demonstraram interesse. Este mercado deve
movimentar US$ 7 bilhões em 10 anos no Brasil.
/COLABORARAM AUGUSTO DECKER, ISADORA
DUARTE e TÂNIA RABELLO
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
para-itamaraty-boicote-ao-agronegocio-segue-
em-pauta,70003039836
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Data: 09/10/2019
82
Grupo de Comunicação
O maior perigo para o bem-estar no Brasil
O modo de aplicação da economia convencional
não ajudou a resolver o dilema entre crescimento
e clima
Vinod Thomas, O Estado de S.Paulo
‘A política econômica atual no Brasil, assim como
nos EUA, considera de forma errônea as ações
climáticas e a proteção ambiental como hostis ao
crescimento econômico. Mas a verdade é
exatamente o oposto. A destruição ecológica
acelera o passo das mudanças climáticas, que
representam o maior perigo para o crescimento
econômico e o bem-estar social. Para protegê-
los, especialmente as maiores economias do
mundo, como China, EUA, Índia e Brasil,
deveriam admitir essa realidade e se
descarbonizar.
Os cientistas não poderiam ser mais claros sobre
a devastação das florestas tropicais, o
derretimento das geleiras e o aquecimento
global. Mas os sinais vitais estão indo na direção
errada. O dióxido de carbono na atmosfera
atingiu o perigoso nível global de 415 partes por
milhão, pois os principais emissores, China, EUA,
Índia e Brasil, estão aumentando suas
contribuições. Este ano, setembro foi o mês mais
quente registrado no mundo, e uma onda de
calor afetou a maior parte do Brasil com
temperaturas acima de 40ºC.
O modo de aplicação da economia convencional
não ajudou a resolver o dilema entre crescimento
e clima. A literatura econômica trata as emissões
de dióxido de carbono pelas usinas de energia
como “externalidades” ou efeitos colaterais, que
por sua vez prejudicam a saúde das pessoas e
agravam o aquecimento global. Mas esses efeitos
não têm sido parte integral da análise do
crescimento. Ao contrário, a economia do
crescimento tem sido utilizada de forma incorreta
para justificar a desregulamentação ambiental,
que incentiva o desmatamento e as queimadas,
como na Amazônia brasileira, prejudicando a
saúde e reduzindo o crescimento.
Neste momento, em que é necessária maior
proteção ambiental, EUA, Índia e Brasil estão na
direção errada. Nos EUA, a mudança dos padrões
para usinas de energia e automóveis aumentará
as emissões de gases do efeito estufa. Na Índia,
o enfraquecimento das políticas sociais prejudica
a saúde das pessoas. E, no Brasil, a queima da
maior floresta tropical do mundo é uma
catástrofe ecológica, num país que possui de
longe o maior capital natural e tem muito a
perder com a sua destruição.
No Brasil, a atenção com o clima tem duas
vertentes. Por um lado, o País está entre os mais
vulneráveis aos desastres climáticos. Nesta
década, houve um aumento de eventos como
secas prolongadas e extremos de enchentes e
desabamentos com vítimas fatais em diversas
cidades. A desregulamentação ambiental e o mau
uso da terra tornam o Brasil mais propenso aos
crescentes desastres climáticos.
Por outro lado, como 7.º maior emissor de gases
do efeito estufa, o Brasil também é parte do
problema climático global. Apesar de signatário
do Acordo de Paris, o governo adotou medidas
que enfraquecem o marco institucional e legal e o
combate ao desmatamento e a outras infrações
ambientais. Mudanças recentes também reduzem
a participação da sociedade civil, como os grupos
de defesa do meio ambiente, na formulação de
políticas e de sua fiscalização.
Levando em conta o enorme protagonismo do
Brasil no perigoso direcionamento climático, o
País tem todas as credenciais para liderar a ação
climática global. Em seu próprio interesse, uma
dupla abordagem seria mais benéfica:
restabelecer a proteção ambiental e a ação
climática, impedindo a desregulamentação que
estimula a queima da Floresta Amazônica, e
Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
ajudar na mobilização de ações climáticas nos
EUA, na China, Índia e outras nações.
Talvez já seja tarde demais para reverter a crise
climática. Mas, no mínimo, Brasil, China, Índia e
EUA ainda podem participar de uma possível
solução, ao invés de empurrar o mundo para o
ponto de inflexão. Ideal seria o Brasil liderar a
proteção ambiental e as ações climáticas
necessárias ao crescimento econômico local e
global.
*PH.D. EM ECONOMIA PELA UNIVERSIDADE DE
CHICAGO, AUTOR DE ‘O BRASIL VISTO POR
DENTRO’, FOI VICE PRESIDENTE SÊNIOR DO
BANCO MUNDIAL
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o
-maior-perigo-para-o-bem-estar-no-
brasil,70003042697
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Data: 09/10/2019
84
Grupo de Comunicação
Leilões de petróleo devem render R$ 237 bi
para governo e Petrobrás
Cerca de R$ 120 bilhões devem ser pagos à
estatal por investimentos feitos em áreas que
vão a leilão, segundo projeção do IBP
Fernanda Nunes e Denise Luna, O Estado de
S.Paulo
Num intervalo de menos de um mês, o governo
vai realizar três licitações de áreas de exploração
e produção de petróleo e gás, a maior parte
delas localizadas no pré-sal. Os leilões devem
gerar R$ 237 bilhões ao governo federal e à
Petrobrás – soma de valores previstos nos editais
e estimativas de petroleiras.
Cerca de R$ 120 bilhões devem ser pagos à
estatal por investimentos feitos em áreas que
vão a leilão, segundo projeção do Instituto
Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (IBP), que representa as
grandes empresas do setor. Os demais R$ 117
bilhões virão do bônus de assinatura – taxa,
fixada nos editais das disputas, que as
companhias vencedoras pagam para assinar o
contrato.
Além disso, mais R$ 300 bilhões devem entrar
nos caixas das três instâncias de governo –
federal, estadual e municipal – na forma de
compensação financeira pela exploração de
recursos naturais, como royalties, e de imposto
de renda. Mas esse pagamento apenas vai
ganhar relevância a partir de 2030, quando a
produção passará a ser expressiva.
O primeiro leilão, de blocos do pós-sal, está
marcado para amanhã. Já as licitações do pré-sal
estão agendadas para os dias 6 e 7 de
novembro. “O Brasil é cada vez mais o destino
dos investimentos, porque tem demonstrado que
possui regras estáveis, que voltou a ter
regularidade nos leilões e isso ajuda a criar um
bom ambiente de negócios”, afirmou Antônio
Guimarães, secretário executivo de Exploração e
Produção do IBP.
No curto prazo, o Tesouro já vai poder contar
com o montante dos bônus de assinatura, que
vai entrar no caixa da União até o dia 26 de
junho de 2020 e contribuir com o Orçamento do
ano que vem.
Para especialistas, no entanto, esse valor não
deve ter grande impacto na atividade econômica.
“A geração de receita estimada para esses leilões
não tem precedente. O lado frustrante é que o
dinheiro vai acabar se perdendo no pagamento
da dívida pública. A geração de emprego até vai
acontecer, mas talvez mais lentamente e em
menor dimensão do que se imaginava”, afirmou
o especialista no setor, José Roberto Faveret,
sócio do Faveret Lampert Advogados.
O professor da FGV e Uerj Mauricio Canedo avalia
que esses recursos serão importantes, mas
destaca que são receitas não recorrentes. “É um
alívio para o governo, mas não representa um
ajuste estrutural.”
Divisão
Do bônus de assinatura total a ser pago à União,
R$ 114,42 bilhões virão das áreas do pré-sal
vendidas sob o regime de partilha, em que a
União é recompensada com uma parcela da
produção física de petróleo e gás. Nesse tipo de
contrato, o bônus de assinatura é previamente
fixado em edital e ganha a disputa quem der
maior contrapartida ao governo.
A projeção, no entanto, só vai se concretizar se
todas as áreas de pré-sal forem vendidas nos
leilões do dia 6 de novembro, de áreas
excedentes da cessão onerosa, e no dia seguinte,
na 6ª rodada de partilha.
O excedente é formado por reservas já
descobertas pela Petrobrás, mas que ultrapassam
o volume contratado pela estatal em 2010, de 5
bilhões de barris de óleo equivalente (boe), no
regime de cessão onerosa. Já na 6.ª rodada de
partilha serão oferecidas áreas exploratórias que
ainda não têm a viabilidade econômica
comprovada e, por isso, são de maior risco.
No leilão de amanhã, no entanto, as regras são
outras: quem apresentar maior bônus de
Data: 09/10/2019
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Grupo de Comunicação
assinatura leva a concessão. É possível, então,
que sobre o bônus mínimo de R$ 3,2 bilhões,
definido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP),
ainda incida ágio.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, destaca
que esse leilão vai atrair companhias de grande
porte. “Vai ter competição boa, principalmente
nos blocos das bacias de Campos e Santos, onde
o pessoal está mais focado”, afirmou. “Dos três
leilões, não tenho dúvida que os resultados do
excedente da cessão onerosa serão os mais
rápidos”, avaliou Guimarães, do IBP.
‘Temos de explorar o pré-sal antes que seja
tarde’
O presidente da Petrobrás, Roberto Castello
Branco, defendeu ontem uma aceleração dos
investimentos em projetos de exploração e
produção de petróleo nas áreas do pré-sal.
Castello Branco alertou que o óleo no fundo do
oceano pode perder valor nas próximas décadas.
“No longo prazo, eletrificação de automóveis nos
aflige: a tendência é que a demanda por petróleo
cresça menos, estagne ou até caia no futuro”,
afirmou, em audiência pública na Comissão de
Minas e Energia da Câmara. “As reservas no pré-
sal são valiosas e a Petrobrás é dona natural dos
ativos. A oportunidade para o pré-sal é agora,
não podemos deixar passar. Precisamos
concentrar esforços e explorar o pré-sal antes
que seja tarde.”/ COLABOROU EDUARDO
RODRIGUES
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,l
eiloes-de-petroleo-devem-render-r-237-bi-para-
governo-e-petrobras,70003042665
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Data: 09/10/2019
86
Grupo de Comunicação
Câmara e Senado negociam partilha de
recursos do megaleilão e votação a jato
A ideia é que, se houver acordo, o novo texto
seja votado até na próxima terça-feira, 15, por
deputados e senadores, com maioria simples
Camila Turtelli, Daniel Weterman e Anne Wath, O
Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Câmara e Senado articulam um
projeto de lei para definir os critérios de
distribuição com Estados e municípios de parcela
dos R$ 106,5 bilhões previstos de arrecadação
com o megaleilão do petróleo, marcado para 6 de
novembro. A ideia é que, se houver acordo, o
novo texto seja votado até na próxima terça-
feira, 15, por deputados e senadores, com
maioria simples. O impasse em torno do assunto
ameaça a reforma da Previdência no Senado.
O assunto foi discutido em reunião de líderes do
Senado na tarde desta terça-feira, 8, e em
conversas do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) com governadores ao longo do
dia.
A proposta é distribuir 15% dos recursos (R$
10,95 bilhões) para os municípios seguindo o
critério do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM), que beneficia principalmente as cidades
mais pobres. “Prefeitos que receberão esses
recursos poderão aplicar tanto para o equilíbrio
das contas públicas, como para investimentos”,
disse o líder do governo no Senado, o senador
Fernando Bezerra (MDB-PE).
Para os Estados também serão direcionados 15%
(R$ 10,95 bilhões), mas seguindo duas regras
diferentes: dois terços pelo Fundo de Participação
dos Estados (FPE) e um terço pela lei Kandir e
Fundo de Exportação (FEX), como antecipou o
Estado no domingo. Segundo o senador, estava
ainda em discussão como esses recursos poderão
ser usados pelos governadores. “De forma
prioritária, terão de ser utilizados para o
equilíbrio das contas previdenciárias, na
sequência, havendo disponibilidade, para
investimentos e honrar o pagamento de
precatórios de pessoas físicas”, disse Bezerra.
Na prática, essa divisão diminuiria os recursos
destinados para Norte e Nordeste e aumentaria
os valores para Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O
critério de divisão de 10% por FPE e 5% por Lei
Kandir foi defendido pelo governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), em reunião de
governadores mais cedo.
Parlamentares e governadores do Nordeste
ouvidos pelo Estadão/Broadcast Político afirmam
que o critério proposto ainda não é consenso e
demonstram resistência. “O grande dilema é que
os governadores do Nordeste perdem um pouco,
mas o desenho é o que mais se aproxima de um
ponto de convergência. O PL (projeto de lei) não
vai conseguir unanimidade”, disse o senador
Marcos Rogério (DEM-RO).
O restante dos recursos ficara com a União (R$
48,9 bilhões) e com o Rio de Janeiro (R$ 2,19
bilhões). Antes da divisão, no entanto, será
preciso pagar R$ 33,6 bilhões à Petrobras pelos
investimentos já feitos.
Questionado sobre a possibilidade de encaminhar
o assunto via projeto de lei, o presidente da
Câmara disse que esse seria “um
encaminhamento possível”, mas, se houver
acordo. Na Câmara, uma proposta de emenda
constitucional (PEC) sobre a divisão dos recursos
está parada - se houver acordo, essa PEC ficaria
obsoleta.. “O que eu discordo é que seja por
medida provisória. Qualquer outra solução que
respeite o parlamento tanto líderes e presidência
da câmara estão de acordo”, disse Maia.
Segundo Bezerra, os técnicos estavam
finalizando os últimos detalhes e, na sequência, a
medida seria levada para apreciação do
Executivo, como o ministro da Economia, Paulo
Guedes. “A ideia é votar amanhã na Câmara e na
terça-feira que vem no Senado e o presidente
Jair Bolsonaro promulgar no final da próxima
semana”, disse o senador.
Bezerra disse que, após a votação dessa nova
proposta em forma de projeto de lei, o governo
terá de encaminhar um outro projeto para que
garantir cobertura orçamentária para o
pagamento dos recursos a Estados e municípios.
TCU
O edital do megaleilão do pré-sal está na pauta
da sessão pública do Tribunal de Contas da União
(TCU), marcado para quarta-feira, 9, às 14h30.
O relator é o ministro Raimundo Carreiro.
Data: 09/10/2019
87
Grupo de Comunicação
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis (ANP) publicou o edital no dia 6
de setembro, mas o TCU ainda precisa aprová-lo
e sugerir alterações.
O megaleilão foi destravado com a revisão do
acordo da chamada cessão onerosa, fechado pela
Petrobrás com a União em 2010 e que permitiu à
estatal, em troca de R$ 74,8 bilhões, explorar 5
bilhões de barris de petróleo em campos do pré-
sal na Bacia de Santos, sem licitação. O governo
estima, porém, que a área pode render de 6
bilhões a 15 bilhões de barris, o que levou a
disputa pelos recursos da região.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,c
amara-e-senado-negociam-partilha-de-recursos-
do-megaleilao-e-votacao-a-jato,70003042240
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Data: 09/10/2019
88
Grupo de Comunicação
Mancha de óleo no Nordeste ameaça
tartarugas, aves e peixe-boi ameaçado de
extinção
Especialistas dizem que o petróleo cru pode
afetar a digestão dos animais, o desenvolvimento
de algas e também a saúde humana
Michelle Ferret e Marina Cardoso, especiais para
o Estado
NATAL - O espalhamento de óleo no litoral do
Nordeste ameaça tartarugas, aves e o peixe-boi
marinho, o mamífero dos oceanos mais
ameaçado de extinção do Brasil. Segundo
especialistas, o petróleo cru pode afetar a
digestão dos animais e o desenvolvimento de
algas, essenciais para a cadeia alimentar dessas
espécies. Além disso, alertam, há ainda possíveis
riscos para a saúde humana. O vazamento do
óleo já atinge 138 localidades, nos nove Estados
da região.
“Sem dúvida é o maior desastre ambiental no
litoral do Nordeste do Brasil”, afirma Flávio Lima,
coordenador geral do Projeto Cetáceos da Costa
Branca da Universidade Estadual de Rio Grande
do Norte (Uern). Ele e sua equipe estão
envolvidos no atendimento de animais
contaminados pelo óleo, cuja origem é atribuída
à Venezuela, segundo análises feitas pela
Petrobras.
Manchas negras em paraísos
Até o momento, em todo o Nordeste, 16
tartarugas marinhas, espécie ameaçada de
extinção, foram contaminadas pela substância.
Por isso, em Sergipe, o Projeto Tamar deixou de
lançar 800 tartarugas no oceano. "A morte das
tartarugas é apenas a parte mais imediata das
consequências do vazamento”, avalia Lima.
Só dois animais encontrados seguem com vida.
Uma tartaruga-marinha que está no Centro de
Descontaminação de Fauna Oleada da Uern, em
Mossoró, único local no Nordeste que oferece
estrutura completa para a recuperação dos
animais resgatados com óleo. A outra aguarda
estabilização do quadro para ser transferida para
a unidade.
O material observado é denso, com odor forte
característico e se espalha em borrões pelas
praias e areias. O petróleo cru é perigoso e
agressivo para a saúde humana e animal, por ser
composto de uma mistura complexa de
componentes orgânicos e 70% de
hidrocarbonetos.
Segundo a pesquisadora Liana Mendes, da ONG
Oceânica, vinculada à UERN, ainda que o óleo
tenha um tempo de vida relativamente curto no
ambiente aquático, a fração derramada é
altamente tóxica para os organismos. “Como
efeito, ele pode afetar na digestão dos
mamíferos, resultando em debilidade na ingestão
de nutrientes, o que pode levar à morte”, explica.
“Outro desdobramento na cadeia ecossistêmica é
que o óleo pode afetar o crescimento e produção
de algas e algumas outras espécies que são
fundamentais para a vida marítima”,
complementa.
Tartaruga contaminada
Animal contaminado por óleo em estabilização.
Foto: Projeto Cetáceos/Flávio Lima
A pesquisadora lembra que outra substância
perigosa no petróleo cru é o benzeno, associado
ao carcinogênico. Essa substância pode ocasionar
a diminuição dos glóbulos brancos em humanos.
Data: 09/10/2019
89
Grupo de Comunicação
“Com isso, as pessoas ficam susceptíveis a
infecções”, afirma.
Moradores da praia de Santa Rita (RN), um dos
locais afetados, Rejane Silveira e Zélia Lopes
disseram que, no último fim de semana, seus
filhos, de 10 e 12 anos, voltaram do mar "cheios
de pixe". “Ficamos muito assustadas e colocamos
eles no banho. Tinha 'graxa preta' em todo lugar,
no cabelo, nas orelhas e conseguimos retirar com
óleo de cozinha”, diz Rejane.
Monitoramento de praias
Monitoramento de praias e coleta de amostras de
óleo pela equipe do Projeto Cetáceos da Costa
Branca-UERN. Foto: Projeto Cetáceos/Flávio Lima
O "bugueiro" Francisco Sales, que faz passeios
pelo litoral nas praias da Redinha e de Santa
Rita, também relatou ter visto vários banhistas
com óleo no corpo. “Tem dias que aparece mais,
outros menos. E o que mais entristece é ver as
tartarugas com óleo, morrendo. Além disso,
prejudica o passeio com os turistas, o movimento
ao redor. É a primeira vez que vejo isso
acontecer”, lamenta.
Gelo e óleo de cozinha são recomendados a
banhistas que entraram em contato com
poluente
Para alertar a população, o Instituto de Defesa
do Meio Ambiente em Natal (Idema), juntamente
com o projeto Tamar, elaborou material
educativo com os procedimentos que devem ser
tomados em caso de contato com o óleo ou tiver
conhecimento de um animal contaminado.
É preciso evitar o contato com o óleo e, caso
aconteça, colocar gelo no local ou retirar com
óleo de cozinha. Caso a pessoa tenha reação
alérgica, procurar urgentemente atendimento
médico.
Segundo o diretor geral do Idema, Leonlene
Aguiar, todos os municípios estão orientados
para a coleta feita pela limpeza urbana, de forma
adequada, com pá, luvas e sem utilização de
máquinas.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,mancha-de-oleo-no-nordeste-ameaca-
tartarugas-aves-e-peixe-boi-ameacado-de-
extincao,70003042823
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Data: 09/10/2019
90
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