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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 18 de setembro de 2019 PARQUE ESTADUAL DO RIO DO PEIXE Criado em 18 de setembro de 2002

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 18 de setembro de 2019

PARQUE ESTADUAL DO RIO DO PEIXE

Criado em 18 de setembro de 2002

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Governo de SP firma acordos com Agência de Cooperação Internacional do Japão ................................. 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

Ecopatas.sp arrecada mais de 9 toneladas de tampinhas plásticas ....................................................... 6

Jovens de Campos do Jordão participam de atividade sobre prevenção de incêndios .............................. 7

Zoneamento urbano é tema de ação da diretiva Uso do Solo do PMVA ................................................. 8

Ministro do Turismo participa do 5° Congresso Internacional Náutica em São Paulo ............................... 9

5º Congresso Internacional Náutica começa nesta quarta-feira em São Paulo ..................................... 10

Prefeitura de São Paulo lança programa de apoio a startups verdes com soluções inovadoras ............... 12

Guarda e Meio Ambiente flagram descarte em área incorreta ............................................................ 13

Com tempo seco, ar fica ruim em 7 estações de São Paulo ............................................................... 14

Região de Ribeirão Preto tem alerta para baixa umidade do ar nesta terça-feira, 17 ............................ 14

Projeto Experimental - Teste: diesel batizado com 20% de biodiesel .................................................. 15

Iracemapolense é multado em R$ 2,5 mil por ter aves silvestres ....................................................... 17

Exemplo de sucesso em tratamento de água e esgoto, Hortolândia conquista prêmio nacional .............. 18

Poluição do Rio Mogi-Guaçu continua preocupando a população por causa da falta de tratamento, em Araras ........................................................................................................................................ 21

Descarte irregular de lixo revolta moradores de Álvares Machado ...................................................... 22

Com tempo seco, ar fica ruim em 7 estações .................................................................................. 23

Salmeirão e secretários vistoriam obra ........................................................................................... 24

Com outorga, produtores rurais tem prazo de 180 dias para instalar hidrômetros ................................ 25

Limpeza do Rio Pinheiro deve custar 4,5 bi ..................................................................................... 26

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 27

O inédito respaldo do Planalto a garimpeiros de áreas protegidas na Amazônia ................................... 27

O que faz um processo de desmatamento da Amazônia demorar 28 anos para ter uma sentença .......... 30

Por que o tamanho da árvore mais alta da Amazônia intriga cientistas ............................................... 34

Marina Silva: Amazônia não pode estar 'à mercê de ideologias de plantão' ......................................... 37

Guedes: ‘Petróleo quem resolve é a Petrobras” ............................................................................... 39

Forte oscilação da cotação do barril preocupa indústria e serviços ..................................................... 40

Guarda Ambiental acaba com tráfico de aves silvestres .................................................................... 41

Governador em exercício, Cauê Macris, vai a Ibitinga nesta quarta-feira ............................................ 42

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 43

O QUE A FOLHA PENSA:Susto com o petróleo ................................................................................. 43

Mais Pará, mais Amazônia, mais Brasil ........................................................................................... 44

Painel: Aras sinaliza que quer dar mais poder às câmaras temáticas do MPF ....................................... 45

Choque do petróleo foi adiado até que desordem mundial cause outra crise ....................................... 47

Preço do petróleo tem forte queda após Arábia Saudita retomar produção .......................................... 48

Preço do etanol sobe a reboque dos ataques na Arábia Saudita ......................................................... 50

Moraes homologa acordo para uso de recursos de multas da Lava Jato em educação e Amazônia ......... 52

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Garimpeiros pressionam Salles e Onyx a punir fiscais que queimaram máquinas ................................. 53

Americanos cada vez mais veem a mudança do clima como crise, diz pesquisa ................................... 55

Mônica Bergamo: Direita pró-Bolsonaro também racha no meio empresarial....................................... 59

Será nas cidades que vamos travar a batalha do desenvolvimento sustentável ................................... 61

O movimento que prega a 'vergonha de voar' para combater as mudanças climáticas .......................... 63

ESTADÃO ................................................................................................................................... 67

A questão nuclear e a diplomacia internacional ............................................................................... 67

Sauditas retomam produção e petróleo cai 6,5% ............................................................................. 69

Bancos centrais verdes ................................................................................................................ 70

Vale a pena investir em debêntures da Petrobrás? ........................................................................... 72

O que se sabe até agora sobre os ataques ao petróleo da Arábia Saudita ........................................... 74

Urbanismo precisa ouvir pessoas, diz professor colombiano .............................................................. 76

Incêndio na Amazônia invade a pauta comercial do governo de SP no Japão ....................................... 79

Incêndios avançam em todo País e já são 52% mais do que em 2018 ................................................ 81

Diante de ideia de contratar sistema privado, Pontes defende Inpe para medir desmatamento .............. 82

Moraes valida acordo de R$ 1 bi da Lava Jato para Amazônia ........................................................... 83

Com lixo afetando a navegação, Marinha e MPF elaboram programa contra descarte ilegal ................... 85

Estudo internacional revela ligação entre carne brasileira e desmatamento da Amazônia ...................... 87

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 92

BNDES vê alta nos desembolsos a usinas ....................................................................................... 92

Etanol de milho cresce em ritmo acelerado ..................................................................................... 94

Nova Lei de Licitações tem votação concluída ................................................................................. 95

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 17/09/2019

Governo de SP firma acordos com

Agência de Cooperação Internacional do

Japão

Agronegócio, meio ambiente, segurança

pública e defesa civil receberão apoio

tecnológico e financeiro da agência japonesa

O Governador João Doria iniciou a agenda de

compromissos da Missão Japão na manhã

desta terça-feira (17), em Tóquio, em reunião

com o Vice-presidente da Agência de

Cooperação Internacional do Japão, Koshikawa

Kazuhiko. No encontro, foram fechados novos

acordos de cooperação nas áreas de

agronegócio, meio ambiente, segurança

pública e defesa civil. O convênio começa a

ser desenvolvido já na próxima semana.

“Esse encontro teve resultado bastante

positivo. O Japão tem muita experiência em

técnicas de salvamento, face a terremotos e

situações que enfrenta relacionadas ao clima,

e receberá representantes da Defesa Civil e do

Corpo de Bombeiros paulista para troca de

experiências. Vamos aprender com quem

entende muito sobre o tema. Em segurança

pública, representantes da Polícia Militar terão

acesso a tecnologia e equipamentos japoneses

para aperfeiçoar o trabalho que já é feito em

São Paulo”, disse Doria.

Prioridades para a agência japonesa, os

projetos paulistas de meio ambiente e

desenvolvimento sustentável também

receberão atenção especial. “A ideia é

incrementar programas para despoluição

dos rios Tietê e Pinheiros e de

preservação da Mata Atlântica”, declarou o

Governador.

“Já temos projetos de cooperação com o

Governo de São Paulo, por meio da Sabesp,

nas áreas de fornecimento de água e

saneamento básico. Vamos aumentar essa

cooperação para despoluição dos rios

com novas tecnologias”, completou o Vice-

presidente da agência japonesa.

Agronegócio e infraestrutura

Doria também discutiu projetos para

incrementar os setores de agronegócio e

infraestrutura com a Agência de Cooperação

Internacional do Japão e a Sojitz Corporation,

trading japonesa focada em agricultura,

máquinas e projetos de infraestrutura, durante

encontro com Satoshi Awaya, CEO da

companhia.

“A Agência de Cooperação abriga centenas de

empresas de pequeno e médio porte que

representam 80% da economia do Japão. O

país é um grande consumidor dos produtos

brasileiros. São Paulo exporta grãos, proteína

animal, suco de laranja, álcool, açúcar e

etanol. A Sojitz, no Brasil, é sócia majoritária

da Braskem. Esperamos apoio para o

agronegócio e nossos projetos de

infraestrutura”, afirmou Doria.

Mais cedo, no encontro com o Presidente do

Japan Bank for Internacional Coooperation,

Nobumitsu Hayashi, a delegação paulista

apresentou o plano de desestatização do

Governo de São Paulo. Atualmente, o Estado

tem 21 grandes projetos de concessão e PPPs

(parcerias público-privadas) em andamento,

com potencial de investimentos da ordem de

R$ 40 bilhões.

São Paulo e Japão

Desde 1973, o Governo de São Paulo já

assinou 21 acordos de cooperações com o

Japão em setores variados como segurança

pública, meio ambiente, desenvolvimento

econômico e educação, entre outros.

No Brasil, a comunidade japonesa conta com

mais de 1,6 milhão de pessoas. Desse total, 1

milhão vive no estado de São Paulo. A cidade

com o maior número de japoneses fora do

Japão é a capital paulista, com mais de 350

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mil. Já os cidadãos brasileiros no Japão são

cerca de 180 mil, segundo dados tabulados

em 2014.

A presença industrial e empresarial japonesa

em São Paulo abrange os setores automotivo,

eletroeletrônico, construção imobiliária,

financeiro, transportes, produtos químicos,

consultoria e outros. Yamaha Motor, Toyota,

Sony, Nissan, Mitsubishi e Epson são algumas

das empresas em destaque.

Polos de desenvolvimento

O Governo do Estado promoveu a criação de

12 polos de desenvolvimento econômico neste

ano. O objetivo dos polos é incentivar o

aumento da produtividade da indústria com

atração de investimentos e geração de

emprego e renda, reunindo políticas para

determinados setores produtivos em cada

região geográfica de São Paulo.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/gov

erno-de-sp-firma-acordos-com-agencia-de-

cooperacao-internacional-do-japao/

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Portal do Governo SP

Data: 17/09/2019

Ecopatas.sp arrecada mais de 9 toneladas

de tampinhas plásticas

Criada por funcionárias da Sabesp, ONG

vende material para reciclagem e usa dinheiro

para castrar animais abandonados

Com um ano de existência, a Ecopatas.sp,

ONG criada por voluntárias da Sabesp,

comemora a arrecadação de mais de 9

toneladas de tampinhas plásticas e lacres de

alumínio. O material é vendido para

reciclagem e o dinheiro arrecadado é usado

para custear a castração de animais

abandonados.

A ideia surgiu em Florianópolis, onde Lúcia

Maria Campos Fragoso, bióloga da Sabesp,

conheceu o projeto semelhante. Tempos

depois, com a ajuda de mais três pessoas,

entre elas Magali Bittencourt, funcionária da

Sabesp, a bióloga fundou a versão paulista da

iniciativa em agosto de 2018. Para saber mais

sobre o projeto e sobre como ajudar, acesse a

página da Ecopatas.sp no Facebook.

“Vejo como urgente e necessário que os

animais não sejam mais tratados como

invisíveis, principalmente quando estão em

sofrimento, nas ruas ou esquecidos nos

quintais de ‘donos’ irresponsáveis. A meu ver

a castração é a única forma eficaz de diminuir

o sofrimento de tantos animais de rua e a

arrecadação de tampinhas para reciclagem

tem nos dado a certeza de que é possível

mudar o quadro degradante que vivemos”,

afirmou Fragoso ao site da Sabesp.

O projeto envolve 50 voluntários (que fazem a

triagem das tampinhas) e 95 pontos

comerciais e de ensino por São Paulo, de onde

são coletados o material. Até o início de

setembro deste ano, foram entregues para

reciclagem 9.476 kg de tampinhas plásticas e,

como resultado, 216 animais, entre gatos e

cachorros, foram castrados. O projeto conta

com apoio de 14 clínicas veterinárias,

parceiras na realização das castrações.

Magali também tem a paixão pelos animais e

pelo meio ambiente e conta que participar da

Ecopatas foi um grande privilégio. “A

possibilidade de unir duas grandes paixões: a

conservação do meio ambiente e a defesa dos

animais em situação de rua. Foi uma grande e

grata surpresa ver quantas pessoas estão

dispostas a colaborar com essa causa e como

o movimento, que começou de uma forma

bem modesta, já atingiu tamanha projeção”,

reforça Magali.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/eco

patas-sp-arrecada-mais-de-9-toneladas-de-

tampinhas-plasticas/

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Veículo: Portal R3

Data: 17/09/2019

Jovens de Campos do Jordão participam

de atividade sobre prevenção de

incêndios

O Polo Campos do Jordão da Fundação

para a Conservação e a Produção

Florestal do Estado de São Paulo

(Fundação Florestal) promoveu mais uma

ação da Campanha Educativa de Prevenção

aos Incêndios Florestais do Programa Corta-

Fogo.

A iniciativa foi realizada em 30 de agosto na

Praça do Gazebo, na Abernéssia, centro do

município, para cerca de 70 crianças da EMEF

Frei Orestes Girardi e contou com o

acompanhamento de cidadãos que passavam

pelo local.

A atividade teve início com uma palestra sobre

o Programa Corta-fogo e uma roda de

conversa sobre impactos dos incêndios. Em

seguida, foram realizadas atividades lúdicas

sobre a fauna local, jogo de tabuleiro sobre

impactos dos incêndios florestais e

demonstração dos equipamentos utilizados

pelos brigadistas. As crianças puderem vestir

os uniformes, ver como funciona uma bomba

costal e um soprador e aprenderam a usar um

abafador.

A ação integra o Programa de Educação

Ambiental do Parque Estadual Campos do

Jordão (PECJ) e foi coordenada pela equipe

de monitores ambientais do PECJ e do

Monumento Natural Estadual Pedra do

Baú (MNEPB), com participação de monitores

da empresa Urbanes Campos, concessionária

do Uso Público do PECJ, e da equipe brigadista

da empresa Previni, a serviço da Fundação

Florestal.

Impactos

A Campanha Educativa de Prevenção aos

Incêndios Florestais faz parte de um conjunto

de ações para sensibilizar as comunidades do

entorno das Unidades de Conservação para o

manejo do fogo, os impactos sobre a saúde

humana e, principalmente, os danos causados

na fauna, flora e solo.

A iniciativa continuará durante o período de

estiagem deste ano. A coordenação do Polo já

enviou convites a outras escolas da região

para que elas agendem visitas dos monitores

ambientais e brigadas para falar sobre o tema.

Em 21 de setembro, será inaugurado um

espaço expositivo sobre os incêndios florestais

no Centro de Exposições do PECJ, junto às

atividades comemorativas do Dia da Árvore.

Operação Corta-Fogo

A Operação Corta-Fogo é o Programa de

Prevenção e Combates de Incêndios Florestais

do Estado de São Paulo, coordenado pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

A ação prevê treinamento de equipes

brigadistas oficiais e voluntárias, atividades de

combate e preventivas, como a abertura de

aceiros e limpeza de trilhas.

O Polo Campos do Jordão contempla o Parque

Estadual Campos do Jordão, o Monumento

Natural Estadual Pedra do Baú e o PE

Mananciais de Campos do Jordão. Outras UCs

atendidas pelo Polo são a Estação Ecológica

Estadual do Bananal e o Núcleo Santa Virgínia

do Parque Estadual da Serra do Mar.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31251468&e=577

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Veículo: Prefeitura de Lençõis Paulista

Data: 17/09/2019

Zoneamento urbano é tema de ação da

diretiva Uso do Solo do PMVA

Como ação de pró-atividade da diretiva 'Uso

do Solo', do Programa Município Verde

Azul (PMVA), Lençóis Paulista apresenta um

relatório que contempla o Zoneamento,

definido pela Lei Municipal Complementar nº

100 de 8 de fevereiro de 2017 e suas

alterações que dispõe sobre a revisão do plano

diretor participativo, as ações estratégicas, o

sistema e o processo de planejamento e

gestão do desenvolvimento urbano.

Nesta Lei, consta ainda a política municipal do

meio ambiente, que tem por princípio a busca

da sustentabilidade ambiental, evitando a

deterioração da qualidade do solo, da água e

do ar do município, recuperando as condições

de reservas ambientais, matas nativas, matas

ciliares, criando sistemas de proteção e

criação de áreas verdes, bem como trata ainda

da ordenação do uso e ocupação do solo, da

distribuição espacial e das funções sociais na

área urbana, definida por zoneamentos de

forma equilibrada e sustentável.

Diretamente a Secretaria de Agricultura e Meio

Ambiente (SAMA) atua na fiscalização que

colabora para este processo, realizando

vistorias para instalações de empresas e

estabelecimentos, ou outras finalidades

importantes, de acordo com as funções sociais

do zoneamento, como exemplo as Zonas

Residenciais, Comerciais, Ecológicas,

Industriais, Institucionais e Mistas, entre

outras, levando em conta os impactos gerados

por tais atividades nas zonas pré-definidas.

Vale destacar ainda que, de acordo com as

alterações realizadas na Lei, o município passa

a integrar as ZPRE's (Zonas Preferencialmente

Residencial Ecológica) e ZPCE's (Zonas

Preferencialmente Comerciais Ecológicas) a

fim de ter medidas mitigadoras de impacto no

agravamento de enchentes e inundações da

área urbana do município.

Lençóis Paulista possui área territorial total de

809,541Km² e área urbana com 43,504Km²,

dentro das quais são admitidos parcelamentos

de solo, ocupações e usos típicos de núcleos

urbanos. Além da Secretaria de Agricultura e

Meio Ambiente, também fazem parte dos

procedimentos de avaliação o Setor de

Lançadoria e cadastro de empresas, Secretaria

de Obras, Corpo de Bombeiros e Vigilância

Sanitária, quando necessário. Já a revisão do

Plano Diretor Participativo está diretamente

relacionada a atuação da Secretaria de

Planejamento e Urbanismo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31257037&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha da Terra

Data: 17/09/2019

Ministro do Turismo participa do 5°

Congresso Internacional Náutica em São

Paulo

O ministro Marcelo Álvaro Antônio apresentará

as iniciativas do Governo Federal para o

Turismo Náutico no segundo dia do evento,

realizado nos dias 18 e 19 de setembro

O Turismo Náutico brasileiro é destaque

internacional, mas ainda aguarda

investimentos para transformar a economia de

municípios. O ministro do Turismo, Marcelo

Álvaro Antônio, apresentará a visão do

Governo Federal sobre o tema para os

principais representantes do setor no 5°

Congresso Internacional Náutica, o único

encontro nacional da cadeia de turismo

náutico do Brasil e que acontecerá em São

Paulo nos dias 18 e 19 de setembro, no São

Paulo Expo.

A participação de Marcelo Álvaro Antônio no

segundo dia de evento será um importante

avanço para o crescimento do setor, que

guarda potencial para impactar

economicamente a receita de municípios e

também o setor hoteleiro, de serviços e outros

mercados que se beneficiam com o avanço da

cadeia náutica. Com 8500 quilômetros de

costa atlântica navegável e 45 mil quilômetros

de rios, baías e lagos, o Brasil é destaque

internacional devido aos recursos naturais e à

possibilidade de navegação durante todos os

meses do ano.

A exemplo de outras cidades do mundo, o

congresso visa consolidar o turismo náutico

como fonte de renda para diversos municípios

litorâneos ou mesmo que contem com

represas, rios e cachoeiras. Para isso, será

apresentado pela primeira vez o Manual

passo-a-passo para as Cidades Investirem no

Turismo Náutico, desenvolvido pelo Fórum

Náutico Paulista - com a presença de Marco

Antônio Castello Branco, presidente do Fórum

Náutico Paulista, e Klaus 'Cacau' Peters, sócio-

fundador da Intermarinas.

Estão confirmadas também a presença de

representantes de prefeituras, secretários e

especialistas do setor náutico internacional

para discutir investimentos e as melhores

práticas para ampliar a oferta de serviços e

geração de renda. O evento trará experiências

de municípios que alcançaram

desenvolvimento econômico e social através

de investimentos na cadeia náutica, como a

cidade colombiana de Serena del Mar. A

economista e gestora de turismo náutico da

Colômbia, Antonella Farah, virá ao Brasil

compartilhar os resultados da transformação

da localidade em destino náutico

internacionalmente reconhecido.

A programação ainda conta com o panorama

internacional do setor náutico com o

representante da ICOMIA (International

Council of Marine Industry Associations), Udo

Kleinitz. Palestra de Gil Kuchembuck

Scatena, Coordenador de Planejamento

Ambiental do Meio Ambiente do Estado de

São Paulo da Secretaria de Infraestrutura

e Meio Ambiente do Estado de São Paulo

(SIMA). O 5° Congresso Internacional

Náutica recebe o apoio da Associação

Brasileira dos Construtores de Barcos

(ACOBAR) e a programação completa assim

como o formulário de inscrição para participar

das atividades dos dois dias de evento estão

no site:

http://saopauloboatshow.com.br/congresso-

nautica/

5º Congresso Internacional Náutica:

Investimentos em Turismo Náutico

Dias 18 e 19 de Setembro de 2019

Horário: das 13h00 às 19hs (18)

Das 10h00 às 13h30 (19)

São Paulo Boat Show 2019

De 19 a 24 de Setembro de 2019

Horário:

19/09 (primeiro dia): das 15h às 22h

Dias de semana: das 13h às 22h

Fim de semana: das 12h às 22h

24/09 (último dia): das 13h às 21h

http://saopauloboatshow.com.br/

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31238097&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Náutica

Data: 17/09/2019

5º Congresso Internacional Náutica

começa nesta quarta-feira em São Paulo

Redação

O 5º Congresso Náutica - Investimentos em

Turismo Náutico acontecerá nos dia 18 e 19

de setembro, abrindo o São Paulo Boat Show

2019. Este é o único encontro nacional que

promove a cadeia náutica, com o objetivo de

gerar renda e desenvolver o turismo náutico

nacional.

Entre os temas abordados, estarão meio

ambiente, potencial de águas interiores, visão

dos investidores, infraestrutura,

desenvolvimento do turismo em água salgada,

entre outros. Ernani Paciornik, presidente do

Grupo Náutica, receberá nomes de peso para

o mercado brasileiro para discutir os entraves

ao desenvolvimento do turismo náutico no

Brasil e as maneiras de superá-los.

O São Paulo Boat Show 2019 acontecerá de

19 a 24 de setembro no São Paulo Expo,

reunindo os mais recentes lançamentos e

destaques do setor em um só lugar. Como já é

tradição, o Espaço dos Desejos traz os

lançamentos dos produtos mais cobiçados do

mercado de luxo, de relógio a helicóptero.

No pavilhão Destinos Náuticos, os visitantes

poderão conhecer lugares paradisíacos e

participar de um bate papo com velejadores

sobre suas viagens incríveis. Por mais um ano,

o PADI Dive Festival acontecerá

simultaneamente ao São Paulo Boat Show,

apresentando produtos, serviços, palestras e

atrações voltadas para o mergulho. O São

Paulo Boat Show traz, ainda, a mostra

Tesouros Náuticos, com mais de 20 barcos

clássicos, entre lanchas e veleiros, para o

público conhecer e se encantar.

Confira a programação completa do 5º

Congresso Internacional de Investimentos em

Turismo Náutico:

Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2019

13h00 Abertura do Credenciamento dos

Participantes do Congresso

14h15 Abertura Oficial do Congresso: Palavra

do Presidente do Grupo Náutica e Convidados

Ernani Paciornik, Presidente

Grupo Náutica

14h50 Palavra do Presidente da EMBRATUR

Gilson Machado Neto, Presidente da

EMBRATUR

15h00 Infraestrutura e Meio Ambiente

Gil Kuchembuck Scatena, Coordenador de

Planejamento Ambiental

SIMA - Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente do Estado de São Paulo

15h45 Case Internacional Serena del Mar,

Colômbia

Cidade Náutica: Conheça o Antes e Depois da

Cidade de Serena ao se Transformar em

Destino Náutico

Antonella Farah Louis, Economista

Cidade de Serena del Mar, Colômbia

16h30 Coffee Break

17h00 Investimentos em Qualificação de Mão

de Obra Local e Retorno Obtido

Fernando Jordão, Prefeito

Prefeitura Municipal de Angra dos Reis

17h30 O Estado do Paraná como Destino

Náutico

Márcio Nunes, Secretário de Desenvolvimento

Sustentável e do Turismo

Governo do Estado do Paraná

Rafael Andreguetto, Diretor Técnico

Paraná Turismo

18h15 Apresentação do Manual Desenvolvido

pelo Fórum Náutico Paulista: 'Passo a Passo

para as Cidades Investirem no Turismo

Náutico'

Marco Antônio Castello Branco, Presidente

Cacau Peters, Sócio-Fundador Fórum Náutico

Paulista Intermarinas

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Grupo de Comunicação

18h45 O Papel do Turismo Náutico no

Desenvolvimento Sustentável da Amazônia

A Confirmar

Governo do Estado do Pará

19h30 Jantar de Encerramento do 1º dia do 5º

Congresso Internacional Náutica

Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2019.

10h00 Recepção do 2º dia de congresso

10h15 Abertura do Segundo dia de Congresso:

Palavras do Presidente do Grupo Náutica

Ernani Paciornik, Presidente

Grupo Náutica

10h30 Visão do Governo Federal do Brasil

sobre o Turismo Náutico

Marcelo Álvaro Antônio, Ministro do Turismo

do Brasil

11h00 Modelos de Concessões

Bruno Aurélio, Partner Wanderley Galhiego

Junior, Diretor

Tauil & Chequer associado a Mayer Brown

Socicam

11h40 Coffee Break

12h20 Visão da Secretaria de Turismo do

Estado de São Paulo.

Vinicius Lummertz, Secretário de Turismo

Governo do Estado de São Paulo

12h50 As Praias Mais Limpas do Brasil: Qual é

o segredo?

Júlio Gonchorosky, Diretor de Meio Ambiente e

Ação Social

SANEPAR

13h20 Visão Internacional do Setor Náutico.

Udo Kleinitz, Representante

ICOMIA - International Council of Marine

Industry Associations

13h45 Mesa de Reflexões: Considerações

Finais do Conselho Consultivo. Momento de

Perguntas e Respostas com o Público

Ernani Paciornik Gabriela Lobato

Grupo Náutica BR Marinas

Cacau Peters Eduardo Colunna

Intermarinas ACOBAR

Marco Antônio Castello Branco Ricardo Fazzini

Fórum Náutico Paulista RMR Turismo e

Consultoria

14h00 Encerramento do 5º Congresso

Internacional de Investimentos em Turismo

Náutico

15h00 Abertura Oficial do São Paulo Boat

Show.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31255451&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: TI Inside

Veículo2: ZoomZine

Data: 17/09/2019

Prefeitura de São Paulo lança programa

de apoio a startups verdes com soluções

inovadoras

Redação

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e

Trabalho da Prefeitura de São Paulo lança

nesta quarta-feira, 18 de setembro, às 14h30,

no Auditório da Bienal do Ibirapuera, o

Programa Green Sampa, primeira iniciativa

pública que busca reunir os principais atores

do setor de tecnologias verdes e sustentáveis.

Durante o evento será assinado um protocolo

de intenções com o Governo do Estado de São

Paulo para participação no Green Sampa. O

programa será executado pela Ade Sampa -

Agência São Paulo de Desenvolvimento, em

parceria com a Grant Thornton Brasil, uma das

maiores empresas de auditoria, tributos,

consultoria, transações e BPS.

Participam do evento a secretária de

Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline

Cardoso, o presidente da Grant Thornton

Brasil, Daniel Maranhão, o presidente da Ade

Sampa, Frederico Celentano, o subsecretário

de Meio Ambiente da Secretaria Estadual

de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Eduardo Trani, além de empresários do

setor.

Após a cerimônia será realizado um seminário

sobre as Oportunidades de Negócios

Ambientais na Cidade de São Paulo com

especialistas em saneamento, energias

renováveis, resíduos sólidos e financiamento.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31269326&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha da Região

Data: 17/09/2019

Guarda e Meio Ambiente flagram descarte

em área incorreta

Mais um caso de descarte de resíduos em área

pública é flagrado pela Prefeitura de

Araçatuba. Na manhã desta segunda-feira

(16), o motorista de um caminhão foi

abordado por guardas municipais, pela

fiscalização ambiental e pela Polícia Militar.

O homem estava descartando entulho na rua

28 de dezembro no bairro Guanabara quando,

em ação rotineira, foi abordado pela GCM

(Guarda Civil Municipal) que constatou o

descarte irregular e acionou a fiscalização

ambiental da SMMAS (Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e Sustentabilidade). Por estar

com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação)

vencida, a Polícia Militar também foi chamada.

CÓDIGO AMBIENTAL

Agora, a SMMAS fará estudos minuciosos

nessa área para verificar se trata-se de uma

APP (Área de Preservação Permanente). Caso

for constatada a intervenção em APP, o caso

será encaminhado à Polícia Ambiental e

Cetesb para providências.

De acordo com o Código Ambiental,

estabelecido pela Lei Municipal 2373/82, 'Não

é permitido depositar, dispor, descarregar,

enterrar, infiltrar, ou acumular no solo,

resíduos em qualquer estado de matéria,

desde que poluentes, na forma estabelecida

no artigo 4 desta lei'.

As fiscalizações acontecem em toda a cidade

desde o começo do ano e não têm data para

terminar.

OUTRO

Na manhã da última sexta-feira (13), a GCM

também flagrou um homem que estava

despejando de um caminhão, estilo baú,

entulhos de restos de construção dentro do

córrego no bairro Guanabara. O material

estava quase todo já despejado na lateral do

córrego. Como o fio d'água é estreito e raso

no local do descarte, o assoreamento poderia

até mesmo criar uma barragem que

culminaria em um problema ambiental mais

grave.

Como o caminhão não tinha documentos e o

motorista não tinha CHN (Carteira Nacional de

Habilitação), a Polícia Militar foi chamada. O

caminhão foi recolhido.

O responsável pelo descarte irregular vai

responder por crime ambiental, além as

penalidades por transitar sem os documentos

necessários dele e do veículo, além de ser

multado.

DENUNCIE

Tel: 153 - Guarda Municipal (24 horas);

Tel: (18) 3607-6550 - Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e Sustentabilidade;

Tel: (18) 3622-1250 - Polícia Ambiental.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31237960&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Metro Jornal

Data: 18/09/2019

Com tempo seco, ar fica ruim em 7

estações de São Paulo

Em mais um dia de calor e tempo seco na

capital, a poluição deu as caras por toda a

cidade, com qualidade do ar ruim em sete

estações de medição.

Às 11h55, a Defesa Civil decretou estado de

atenção, com a umidade do ar ficando abaixo

de 30% - o ideal para a saúde é 60%. Os

menores índices, medidos ontem pelo CGE

(Centro de Gerenciamento de Emergências),

foram nas regiões da Penha (zona leste), com

20,6%, e Santana/Tucuruvi (zona norte), com

20,8%.

O tempo seco dificultou a dispersão dos

poluentes. Ao longo do dia, a Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo) mensurou que a qualidade do ar

chegou ao índice de ruim em Santana, Nossa

Senhora do Ã' (zona norte), Itaquera (zona

leste), Cidade Universitária, Marginal

Tietê/Ponte dos Remédios (zona oeste),

Interlagos (zona sul) e Parque Dom Pedro 2º

(centro). A máxima do dia bateu nos 34,4ºC,

segundo o Inmet (Instituto Nacional de

Meteorologia).

E tudo segue parecido hoje: tempo seco,

termômetros entre 18ºC e 36ºC, com tempo

parcialmente nublado, segundo o Inmet.

Amanhã, o clima continua quente e nublado,

com mínima também de 18ºC e máxima de

34ºC. Sexta-feira, que fica entre 20ºC e 33ºC,

é o último dia da semana com esse calor forte,

e pode ter chuva isolada. Sábado traz

possibilidade de chuva isolada e deve ficar

entre 17ºC e 20ºC.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31277213&e=577

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Veículo: Revide Notícias

Data: 17/09/2019

Região de Ribeirão Preto tem alerta para

baixa umidade do ar nesta terça-feira, 17

Municípios que fazem parte da Região

Metropolitana têm aviso sobre o perigo do

fenômeno

Revide / Notícias

Pedro Gomes

Um alerta de baixa umidade atingiu toda

região norte e noroeste do Estado de São

Paulo, nessa terça-feira, 17. Ribeirão Preto e

os municípios da Região Metropolitana são

atingidos pelo fenômeno natural. Apesar do

calor, não há alerta para altas temperaturas

na cidades.

O alerta foi publicado pelo Instituto Nacional

de Meteorologia (Inmet), às 11h. Segundo

informações da instituição, a umidade do ar

varia entre 20% e 12%. O ideal, de acordo

com a Organização Mundial de Saúde (OMS),

é que ela varie entre 50% e 80%.

Segundo a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), às 15h, a

umidade chegou a 17% em Ribeirão Preto e a

temperatura a 37,8°C.

Há riscos de incêndios florestais e à saúde

com ressecamento da pele, desconforto nos

olhos, boca e nariz. A dica é ingestão de

bastante líquido. As atividades físicas não são

recomendadas pelo Inmet.

Semana promete ser de muito calor em

Ribeirão Preto

Alertas de forte calor e baixa umidade do ar

continuam nesta semana, em Ribeirão Preto

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31254038&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Sindicato dos Trabalhadores

Metalúrgicos de Piracicaba e Região /

Noticias

Data: 17/09/2019

Projeto Experimental - Teste: diesel

batizado com 20% de biodiesel

Começará nesta terça-feira (17), em

Piracicaba, um experimento pioneiro para

reduzir a emissão dos Gases do Efeito Estufa

(GEE) pelo Transporte Público e promover

melhora na qualidade do ar do município. Seis

linhas de ônibus passam a circular com 20%

de biodiesel no diesel. Atualmente, a

legislação permite o uso de 11% desse

biocombustível (B11). O Projeto 'B20 -

Piracicaba no Caminho da Sustentabilidade'

terá duração de seis meses e é realizado pela

Prefeitura, pela Faculdade de Tecnologia de

Piracicaba (Fatec) e Via Ágil, Empresa

Concessionária do Sistema de Transporte

Público da cidade.

As linhas que terão veículos circulando com o

B20 são: Sônia/Centro (240), Bessy/TCI

(406), Perimetral (1.100), Algodoal (106),

Parque 1º de Maio (219) e Novo Horizonte/TCI

(322). Nas linhas Sônia/Centro e Novo

Horizonte/TCI, além dos ônibus normais, os

veículos articulados também participarão do

Projeto Experimental nesses dois trajetos.

O estudo avaliará os aspectos econômicos,

sustentáveis e ambientais, principalmente, o

quanto a ação proporcionará de redução do

CO2 (dióxido de carbono). A expectativa é que

a redução de emissão do GEE proporcionada

pelo uso do B20 seja de 30% a 40%,

comparado ao B11.

'A quantidade exata da redução será

comprovada com as análises realizadas

durante o Projeto. O biodiesel não emite

enxofre, então já temos uma redução inicial,

mas todos os dados serão avaliados durante a

realização de todos os testes', afirmou a

professora Gisele Bortoleto, coordenadora do

curso de Biocombustíveis da Fatec.

Ela e mais uma equipe de docentes da Fatec

(estatística, engenheiro mecânico, químico,

engenheiro agrônomo) e de alunos

(estagiários da graduação do Curso Técnico

em Biocombustíveis) farão as análises do uso

do B20 pelos ônibus.

'Com os seis ônibus que passarão a rodar com

o B20, outros seis ônibus iguais farão a

mesma linha e eles usarão o combustível

comum, ou seja, o B11. E, dessa forma,

poderemos fazer todos os comparativos', disse

a professora.

Parceiros do Projeto vão ajudar nessa análise.

O consumo será apurado pela Via Ágil, os

filtros de combustíveis, pela Mann Filter, bicos

injetores (Eletrodiesel), a Aroma forneceu os

tanques de combustíveis e a Raízen vai

fornecer o combustível com 20% de biodiesel.

Também apoia o Projeto a Dorothy

Intermediações e Agenciamento.

Cidade pioneira

Com a realização do B20, Piracicaba será uma

das poucas a fazer testes com mais biodiesel

no diesel. 'Em 2009, o Rio de Janeiro fez um

estudo, mas a tecnologia dos veículos era

outra, e não deu certo. São Paulo iniciou o

Projeto 'Ecofrota', mas ele parou e não há

informações. Brasília tem um projeto em

andamento e vamos caminhar junto com eles,

faremos os mesmos tipos de análises',

explicou Gisele.

Para o prefeito Barjas Negri (PSDB), Piracicaba

é sempre pioneira nas questões ambientais. 'A

cidade contribui para fomentar iniciativas em

todo o País e essa tentativa de melhorar a

sustentabilidade da nossa cidade, com o

Transporte Público, poderá dar certo e

incentivar até mesmo uma Política Nacional',

afirmou.

Uso de 108 mil litros

A Raízen será a fornecedora do combustível

com 20% a mais de biodiesel para a Via Ágil

abastecer os seis veículos do Projeto 'B20 -

Piracicaba no Caminho da Sustentabilidade'.

'Nossa projeção é que por mês, esses seis

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veículos irão consumir 18 mil litros desse

diesel com B20. A mistura é realizada na

nossa Base, em Paulínia (SP), e o combustível

será armazenado em um tanque exclusivo

para ele na Via Ágil. Nós já fazemos a

composição do diesel com 11% de biodiesel e

passaremos a utilizar 20% para o Projeto',

disse José Antônio Cardoso, diretor-comercial

da Raízen.

Segundo ele, a empresa sempre investe em

combustíveis mais sustentáveis e menos

poluentes. 'Temos, aqui em Piracicaba, a única

fábrica no mundo em atividade que produz o

etanol de segunda geração (2G - obtido do

bagaço e palha da cana) e nossa expectativa

com esse Projeto é que ele realmente

contribua para reduzir a emissão de gases

poluentes e que a frota possa usar uma

quantidade maior de combustível limpo',

afirmou.

Medida essencial

No lançamento do Projeto, nesta segunda-

feira, no Engenho Central, o secretário

municipal de Trânsito e Transportes

(Semuttran) Jorge Akira, apresentou dados

que reforçam a necessidade de buscar

alternativas mais sustentáveis para a

Mobilidade Urbana. 'Em 1999, no mês de

agosto, a frota de veículos de Piracicaba era

de 132 mil. Vinte anos depois, em agosto de

2019, são 320 mil veículos circulando na

cidade. Um crescimento no período de 142%.

'Em 2014 criamos o Conselho de Mobilidade

Urbana que discute ações de acessibilidade,

segurança e o monitoramento e controle dos

gases emitidos pelos veículos na cidade. Com

esse Projeto, parte dessas emissões serão

reduzidas', disse. O secretário de Defesa do

Meio Ambiente (Sedema), José Otávio Menten,

ressaltou que Piracicaba lidera uma união,

com parcerias, que vão melhorar a qualidade

do ar e a qualidade de vida da população com

essa iniciativa.

'Piracicaba é líder na destinação dos resíduos

sólidos no país. É uma cidade sempre ousada

nas questões ambientais e estamos dando

mais um passo concreto para a

sustentabilidade da cidade', afirmou.

De acordo com informações da Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo), o CO2 é o gás proveniente da queima

de combustíveis fósseis (carvão mineral,

petróleo, gás-natural) e é responsável por por

cerca de 60% do efeito-estufa. O biodiesel é

produzido com óleo vegetal (algodão, soja,

mamona).

FONTE: Gazeta de Piracicaba

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31245318&e=577

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Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 18/09/2019

Iracemapolense é multado em R$ 2,5 mil

por ter aves silvestres

A Polícia Militar Ambiental esteve nesta

semana em Iracemápolis e fez a apreensão de

aves silvestres. O flagrante rendeu multa de

R$ 2,5 mil ao proprietário.

Os agentes informaram que os animais

estavam numa residência na Rua José Milaré,

no Jardim Morro Azul, e não tinham sinais de

maus-tratos. Porém, o dono não tinha

permissão para mantê-los. Havia dois

canários-da-terra verdadeiros; um azulão, um

coleirinho e um golinho. Todos estavam sem

anilha. 'Foi elaborado um auto de infração

ambiental, com sanção de multa simples, no

valor de R$ 2,5 mil, por manter em cativeiro

aves silvestres sem autorização', descreveram

os policiais.

Os pássaros foram apreendidos e soltos numa

mata de Iracemápolis, enquanto as gaiolas

foram destruídas e descartadas em Rio Claro.

A Polícia Militar Ambiental informou ainda

que o proprietário também será

responsabilizado por crime ambiental.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31277214&e=577

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Veículo: Portal Hortolândia

Data: 17/09/2019

Exemplo de sucesso em tratamento de

água e esgoto, Hortolândia conquista

prêmio nacional

Pelo forte avanço nos indicadores de água

tratada, coleta e tratamento de esgoto,

Hortolândia recebeu, na manhã desta terça-

feira (17/09), prêmio nacional concedido pelo

Instituto Trata Brasil, referência no país na

área de saneamento. A cidade é um dos sete

municípios brasileiros e um dos três do interior

paulista reconhecidos como “casos de sucesso

em saneamento básico”, neste ano. A

cerimônia de premiação a cidades e agências

reguladoras aconteceu na ACIPI (Associação

Comercial e Industrial de Piracicaba), em

Piracicaba. O vice-prefeito e secretário de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,

José Nazareno Zezé Gomes, representou o

prefeito Angelo Perugini, que está em agenda

na Alemanha.

Atualmente, o município já conta com

abastecimento de água em todos os domicílios

e caminha para garantir esgoto coletado e

tratado em 100% da cidade. A premiação

mostra que a luta histórica de Perugini e dos

moradores pelos serviços de saneamento

valeu a pena (veja histórico abaixo).

“Hortolândia é um caso exemplar de cidade

média que já conseguiu chegar muito próximo

da universalização. É fruto do esforço de

várias gestões municipais, da empresa

operadora, que é a Sabesp. É uma cidade

que nós queremos que seja modelo para o

interior de São Paulo e para o Brasil todo”,

afirmou o presidente executivo do Trata Brasil,

Édison Carlos.

Presente ao evento, o secretário executivo do

Consórcio PCJ (Consórcio Internacional das

Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí),

Francisco Carlos Castro Lahóz, assinalou que a

premiação do município, relativa às ações

ambientais, é “um reconhecimento justo e

merecido”. “Hortolândia hoje já é exemplo de

como se deve fazer. Há 20 anos, tinha

problemas de abastecimento e teve a coragem

de procurar a Sabesp, de dialogar com a

comunidade, solicitando paciência. Era uma

cidade que não tinha nem coleta de esgoto em

índices significativos. Sucessivas

administrações coerentes e concentradas

fizeram com que Hortolândia hoje seja um

exemplo nacional, de um curto espaço de

tempo ter a universalização do saneamento

praticamente consolidada e com uma

comunidade feliz e compartilhando os

resultados. Não é só água e esgoto.

Hortolândia tem seus piscinões ecológicos, que

também são centros de lazer e evitam

enchentes. É um complexo de ações que

fazem com que, se existe uma premiação

justa hoje pelo Trata Brasil, a de Hortolândia é

com certeza significativa e muito justa. Foi

uma conquista merecida pelos

administradores públicos da cidade e pela

comunidade, que sempre acreditou, participou

e continua interagindo e participando”,

asseverou Lahóz.

Durante o relato das experiências locais, os

gestores ressaltaram o fato de que

saneamento básico representa saúde e base

para o progresso material dos municípios. Ao

responder a uma das questões propostas —

“Quais conselhos você, como prefeito, daria,

para os demais municípios da sua região?”,

durante o bate-papo com os gestores dos

demais municípios de médio e pequeno porte

agraciados, o vice-prefeito de Hortolândia,

Zezé Gomes, ponderou: “Como a cidade vai

crescer, investir em qualidade de vida, se não

investir também em saneamento? Investir em

saneamento básico é também investir em

saúde. Demora, mas aos poucos a população

vai reconhecendo estes serviços. Um prefeito

precisa pensar, a longo prazo, qual a sua

marca de gestor. O prefeito Perugini pensa no

bem-estar das pessoas, quando vai fazer uma

obra, desde o princípio. Há cidades que não

estão contentes com seus parceiros, mas nós

estamos. Tanto que vamos antecipar a

renovação do contrato para que a Sabesp

possa trabalhar melhor, com mais segurança.

Ter projetos é fundamental. Sem isso, não dá

para buscar recursos seja no governo federal,

estadual ou em consórcios. A captação de

recursos é fundamental, ao menos para iniciar

as tratativas de algo que só vai acontecer

quatro, cinco anos depois”, destacou Zezé.

Ao ser informado da premiação, o prefeito

Angelo Peruguni ressaltou a força das

parcerias. “O prêmio concedido pelo Instituto

Trata Brasil coroa uma história de luta do

nosso povo. Lutamos por água e tratamento

de esgoto como uma das prioridades para

nossa população. Contamos com a

participação popular, que sempre foi muito

ativa na busca por este objetivo. Com isso,

conseguimos trabalhar em parceria com a

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Sabesp, num serviço alinhado, cobrando

cumprimento de prazos e ajudando no que

fosse possível para acelerar as obras e ampliar

cada vez mais a cobertura da rede de esgoto.

Já temos 100% dos bairros abastecidos com

água tratada.Em breve, vamos fazer parte do

seleto grupo de municípios com 100% de

cobertura de coleta e tratamento de esgoto.

Estamos muito felizes”, afirmou ele.

Sobre o prêmio

Essa é a 4ª edição do evento, promovido pelo

Instituto Trata Brasil, em parceria com a

consultoria GO Associados. Segundo os

organizadores, o prêmio reconhece as

entidades brasileiras que se destacam pelo

“forte avanço nos indicadores de água tratada,

coleta e tratamento dos esgotos”, em meio a

um “cenário de grande atraso em todo o país,

que ainda tem 35 milhões de pessoas sem

água tratada e 100 milhões (cerca de metade

da população) sem coleta de esgotos”.

Nesta edição, o Instituto Trata Brasil também

premiou os municípios paulistas de Piracicaba

e São José do Rio Preto; São Ludgero, em

Santa Catarina; Vitória, no Espírito Santo;

Rondonópolis, em Mato Grosso, e Palmas, no

Tocantins, que não enviou representante.

O evento agraciou ainda agências reguladoras

cujo trabalho tem resultado em cumprimento

dos contratos e bons serviços aos cidadãos:

ARSESP (SP), ARSAE (MG) e ARES – PCJ. A

escolha, feita por consultoria independente,

serve para mostrar que cidades grandes, mas

também médias e pequenas conseguem, com

esforço, chegar a indicadores de excelência.

A premiação tem como base principal o

Ranking do Saneamento, divulgado há 10

anos pelo Instituto Trata Brasil. O estudo

publicado neste ano utiliza dados do SNIS

(Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento), tomando como ano base 2017.

Os dados são divulgados anualmente pelo

Ministério do Desenvolvimento Regional, que

reúne informações fornecidas pelas empresas

prestadoras dos serviços de água e esgoto das

cidades brasileiras.

UNIVERSALIZAÇÃO DO ESGOTO: O FIM DAS

FOSSAS

Hortolândia conta, atualmente, com 96,3% de

esgoto coletado e tratado, de acordo com a

Sabesp (Companhia Paulista de

Saneamento Básico de São Paulo),

empresa parceira da Prefeitura. Em 2022, o

município chegará a 100% de esgoto coletado

e tratado. Em 2005, primeira gestão do

prefeito Angelo Perugini, nenhuma casa de

Hortolândia contava com esgoto coletado e

tratado. Os detritos eram depositados em

fossas.

O avanço acelerado dos indicadores de coleta

e tratamento de esgoto, em apenas 14 anos, é

fruto da parceria da Prefeitura com a Sabesp e

da participação popular na luta pelos serviços

de saneamento, que tiveram inicio da década

de 1980, por meio dos movimentos populares.

Os indicadores apontam que Hortolândia está

à frente da maioria das cidades brasileiras:

conforme dados do SNIS (Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento), a média

nacional de atendimento de esgoto é de

50,26%.

ÁGUA PARA TODA A CIDADE

Todos os moradores de Hortolândia contam

com abastecimento de água. A captação é

realizada no rio Jaguari, de onde a água segue

até a ETA (Estação de Tratamento de Água)

Boa Esperança, que trata 950 litros por

segundo. Atualmente, 17 reservatórios, em

diversos bairros, recebem esta água e a

redistribuem para 100% dos domicílios.

Somadas, as reservas têm capacidade de

armazenar mais de 36 milhões de litros ou

36.560 metros cúbicos.

De acordo com a Sabesp, levando em conta as

projeções de desenvolvimento da cidade e

crescimento populacional, as reservas de água

serão suficientes para abastecer a cidade até

2024. São 508,4 km de rede de

abastecimento de água e 90,5 km de

adutoras. Essa estrutura,que integra a rede de

abastecimento, tem o objetivo de transportar

a água que esteja no reservatório até o local

onde vai ocorrer o tratamento.

As ações da Prefeitura na área de saneamento

fazem parte do PIC (Programa de Incentivo ao

Crescimento), que prevê mais de 100

intervenções e serviços que promoverão o

desenvolvimento urbano, ambiental, social e

humano para que Hortolândia cresça com

planejamento e sustentabilidade nos próximos

30 anos. As ações do PIC são realizadas por

meio de parcerias da Prefeitura com a

iniciativa privada, governos estadual e federal.

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Histórico – esgoto em Hortolândia

• Década de 80: organização de movimentos

populares em prol do esgoto

• 1997: a Sabesp assume os serviços de água

e esgoto na cidade. No contrato de concessão

é previsto o prazo de dois anos para oferecer

coleta e tratamento de esgoto.

• 2003: a Sabesp inicia as obras da ETE,

paralisadas depois por questões jurídicas

envolvendo a concessionária e a empreiteira

contratada para realizar a obra.

• 2005: o prefeito Angelo Perugini assume a

Prefeitura e inicia o trabalho de parceria com a

Sabesp, para agilizar as obras de esgoto.

• 2006: a população vai às ruas reivindicar à

Sabesp esgoto coletado e tratado. No mesmo

ano, a Sabesp retoma as obras de rede

coletora de esgoto e libera as primeiras

ligações de residências a rede coletora de

esgoto.

• 2007: a Prefeitura cria a Comissão de

Acompanhamento de Obras de Esgoto,

composta por representantes da sociedade

civil. No mesmo ano, a Sabesp retoma as

obras da ETE (Estação de Tratamento de

Esgoto).

• 2009: a ETE é inaugurada e, quatro meses

depois, já tratava 30% do esgoto do

município.

• 2012: no segundo governo do prefeito

Perugini, 72% da cidade tinha cobertura com

rede coletora.

• 2018: Hortolândia apresenta 95% de

atendimento total de esgoto e recebe prêmio

da ABES (Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária).

• 2019: a cobertura da rede coletora atinge

96,3%.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de

Hortolandia

https://www.portalhortolandia.com.br/noticias

/nossa-cidade/exemplo-de-sucesso-em-

tratamento-de-agua-e-esgoto-hortolandia-

conquista-premio-nacional-71323

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Veículo: EPTV São Carlos

Data: 17/09/2019

Poluição do Rio Mogi-Guaçu continua

preocupando a população por causa da falta de tratamento, em Araras

http://cloud.boxnet.com.br/yxfpyn5x

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Globo Presidnete Prudente

Data: 17/09/2019

Descarte irregular de lixo revolta

moradores de Álvares Machado

http://cloud.boxnet.com.br/y3myfavj

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Grupo de Comunicação

Veículo: Metro

Data: 18/07/2019

Com tempo seco, ar fica ruim em 7

estações

http://cloud.boxnet.com.br/y5luzqq7

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha de Araçatuba

Data: 17/09/2019

Salmeirão e secretários vistoriam

obra

http://cloud.boxnet.com.br/yyamgx5f

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Mogi

Data: 17/09/2019

Com outorga, produtores rurais tem

prazo de 180 dias para instalar hidrômetros

Para que os produtores rurais possam fazer a

captação de água superficial ou subterrânea

em suas propriedades, eles precisam da

outorga de direito de uso ou interferência de

recursos hídricos, concedida pelo

Departamento de Águas e Energia Elétrica

(DAEE). Com o documento emitido, é preciso

fazer a instalação de um hidrômetro nesses

locais em até 180 dias. O órgão do Estado

buscava, por meio de portaria, obrigar o uso

de um equipamento eletrônico e não apenas o

mecânico, norma que foi modificada e agradou

aos agricultores mogianos.

Segundo o DAEE, há 172 produtores

outorgados para uso da água em Mogi das

Cruzes, que operam 382 captações superficiais

e ou subterrâneas. Aqueles que já possuíam a

autorização antes da publicação da norma, em

outubro de 2018, poderão instalar o aparelho

até sua renovação, que acontece de cinco em

cinco anos.

O Sindicato Rural de Mogi das Cruzes possui

hoje parceria com uma distribuidora de

hidrômetros. Por isso, os agricultores

conseguem comprar o equipamento por valor

mais acessível. Tendo como exemplo um

hidrômetro de três polegadas, o que é

utilizado normalmente, o valor do mecânico é

de R$ 872,00 e o do eletromagnético (ou

eletrônico) é de R$ 4,4 mil. Indo diretamente

a uma loja, esses preços podem dobrar.

Com o aparelho mais moderno e mais caro, as

informações de consumo poderiam ser

enviadas via internet e dispensariam a leitura

no local. A tecnologia, entretanto, exige outros

sistemas da propriedade, o que é difícil,

principalmente, para os produtores de

pequeno porte, como a instalação de energia

elétrica no equipamento, além de rede de

internet para que as mensagens possam ser

teletransmitidas.

Apesar de todo o controle, os mogianos ainda

não são cobrados pelo uso da água. Há ainda

aqueles que têm dispensa de outorga por ter a

captação superficial menor do que 25 metros

cúbicos diários ou captação subterrânea

menor do que os 15 metros cúbicos por dia.

Engenheira agrônoma do Sindicato, Juliana

Monteiro revela que há atualmente 64 pedidos

de outorga e 68 solicitações de dispensa que

já foram publicados no Diário Oficial, e muitos

outros ainda em processo de análise.

“Na verdade, nós já estávamos instalando o

eletromagnético, mesmo antes da portaria.

Quando saiu ela não especificava nada de

bacia, nenhum detalhe, então, continuamos.

Por isso entramos com pedido de análise, por

conta da parte do eletromagnético que é

muito mais caro, ainda não estavam cobrando

mas estávamos preocupados. Hoje, com a

outorga toda eletrônica é possível fazer o

protocolo online”, disse Juliana.

Ela lembra ainda que a concessão de outorga

foi suspensa em decorrência da crise hídrica

que começou em 2014 e foi retomada em

julho de 2017. Sendo assim, quem já tinha a

outorga antes desta pausa teve de renová-la,

já que isso é feito a cada cinco anos, e quem a

obteve a partir de 2018 já estava adequado à

portaria.

Norma

Foi no último dia 29 de agosto que o DAEE

publicou a portaria n°4.676/2019 que altera o

inciso I do artigo 4º e o art. 5º da Portaria

DAEE nº 5.578, de 5 de outubro de 2018. Da

mesma forma, atualizou e modernizando a

Instrução Técnica nº 14, elaborada pela

Diretoria de Procedimentos de Outorga e

Fiscalização (IT-DPO), que estabelece as

características técnicas e as especificações

mínimas de equipamentos e instalações de

medidores hidrométricos em território

paulista.

Assim, os cidadãos e os pequenos empresários

detentores de outorga contam agora com mais

opções para instalar equipamentos com custos

mais acessíveis. A alteração determina que o

agricultor envie informações ao órgão estadual

por um sistema que ainda será viabilizado pelo

mesmo.

https://www.odiariodemogi.net.br/com-

outorga-produtores-rurais-tem-prazo-de-180-

dias-para-instalar-hidrometros/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 18/09/2019

Limpeza do Rio Pinheiro deve custar 4,5 bi

http://cloud.boxnet.com.br/y3kp3wyh

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: El País

Data: 17/09/2019

O inédito respaldo do Planalto a

garimpeiros de áreas protegidas na

Amazônia

Um semana após bloquear a BR-163 no Pará,

grupo atua ilegalmente em floresta nacional é

recebido por ministros. Em meio à crise na

região, eles pressionam o Governo a proibir

que o IBAMA queime máquinas durante

fiscalização

Grupo Especializado de Fiscalização do IBAMA

desativa garimpos ilegais nos parques nacionais do

Jamanxim e do Rio Novo, no Pará.VINÍCIUS

MENDONÇA (IBAMA)

FELIPE BETIM

Representantes de garimpeiros, que atuam em

exploração ilegal em áreas da floresta nacional

do Crepori, no Pará, receberam um inédito

respaldo do Governo Federal, ao se reunir com

várias autoridades do primeiro escalão do

Planalto. Entre elas estavam o ministro da

Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do Gabinete de

Segurança Institucional, Augusto Heleno, e do

Meio Ambiente, Ricardo Salles. O grupo

conseguiu o encontro em Brasília, realizado

nesta segunda-feira, 16 de setembro, após

bloquear, na semana passada, trecho

paraense da rodovia BR-163. Protestavam

contra a atuação de fiscais do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), do

Instituto Chico Mendes (ICMbio) e agentes da

Força Nacional. A ação dos fiscais, feita uma

semana antes do bloqueio, terminou com a

queima de retroescavadeiras e maquinários

usados pelos invasores, uma prerrogativa

legal que os agentes possuem. Os garimpeiros

agora pressionam Salles para rever essa lei e

punir os servidores.

"Nós precisamos, com urgência, no prazo de

uma semana, apresentar ações que foram

feitas de forma truculenta e arbitrária onde

destruíram maquinários fora da lei. O ministro

[Ricardo Salles] exigiu na mão para abrir

sindicância contra os agentes [do IBAMA]", diz

um homem em áudio de WhatsApp ao qual o

EL PAÍS teve acesso. Identificado como

Fernando Brandão, ele enviou a mensagem

em um grupo do aplicativo usado pelos

garimpeiros depois de ter sido recebido em

Brasília junto com outros representantes.

A reunião com os garimpeiros foi confirmada

pela a própria Casa Civil em nota publicada na

segunda-feira, apesar de o encontro não

constar na agenda oficial da pasta. Lorenzoni

assegurou que a gestão Jair Bolsonaro (PSL)

se compromete a buscar "uma solução

estruturante e de longo prazo para as

demandas trazidas pelos garimpeiros", afirma

a nota, que ainda destaca uma frase do

próprio ministro em que fala do respeito "ao

setor produtivo" por parte do Governo: "Em

duas semanas nos reuniremos novamente e

apresentaremos nossas propostas de soluções

para a questão da regularização fundiária e a

exploração mineral em terras indígenas". A

Casa Civil voltará a se reunir com os

representantes no dia 2 de outubro.

A quantidade de autoridades que participaram

dão o peso do encontro. Além de Salles e

Lorenzoni, estiveram presentes os ministros

da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo

Ramos; da Secretaria Geral da Presidência,

Jorge Oliveira; e do Gabinete de Segurança

Institucional, Augusto Heleno. Compareceram

também o advogado-geral da União, André

Mendonça, secretários das pastas de Minas e

Energia, Infraestrutura e Agricultura, além dos

presidentes do IBAMA, do INCRA e da FUNAI,

parlamentares da região e o secretário da

Casa Civil do Governo do Pará. "Outras

pessoas que acompanham o assunto disseram

que nunca houve tanto ministro para atender

a gente numa reunião dessa", celebrava outro

garimpeiros em áudio distribuído num grupo

de WhatsApp. "Foi um feito muito grande o

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Grupo de Comunicação

que nós fizemos com essa paralisação. Todos

estão de parabéns".

Grupo Especializado de FiscalizaçãO do IBAMA

desativa garimpos ilegais nos parques nacionais do

Jamanxim e do Rio Novo, no Pará.VINÍCIUS

MENDONÇA (IBAMA)

O EL PAÍS enviou nesta terça-feira uma série

de perguntas para os Ministérios da Casa Civil,

do Meio Ambiente, de Minas e Energia, além

do IBAMA. Até o fechamento desta edição

somente Minas e Energia respondeu o e-mail,

limitando-se a dizer que o titular da pasta,

Bento Albuquerque, está em Viena em

compromisso oficial. Também indicou que

qualquer reunião de seus secretários deveria

ser consultada na agenda oficial.

Aposta pelo garimpo em área protegida

Desde que o aumento do desmatamento e dos

incêndios na Amazônia desatou uma crise

nacional e internacional para o Governo

Bolsonaro, especialistas e ambientalistas vêm

alertando que a retórica do presidente vem

encorajando a ação de grileiros e garimpeiros.

O mandatário ultradireitista ganhou as

eleições prometendo acabar com "a farra das

multas do IBAMA" e legalizar atividades

econômicas em terras indígenas e reservas

ambientais. A gestão do ministro Salles vem

se destacando pelo estrangulamento

financeiro dos órgãos de fiscalização e críticas

às políticas da pasta. No dia 21 de julho, em

uma de suas várias manifestações sobre o

tema, o presidente Bolsonaro prometeu que

sua administração iria propor projetos para

legalizar garimpos.

No grupo de WhatsApp, os garimpeiros

discutem as promessas. "Marcaram uma nova

audiência para o dia 2 [de outubro]. Até lá

eles vão rever a lei sobre as queimadas de

máquinas e sobre as APAS [Áreas de Proteção

Ambiental], FLONAS [Florestas Nacionais] e

reservas indígenas", disse outro garimpeiro

num áudio obtido pelo EL PAÍS. "Até o dia 2

nós estamos calçados, entendeu? Não sei

ainda se eles falaram alguma coisa de que não

vão fazer nada até lá, mas é praticamente isso

que foi acordado", acrescentou.

"Neste ano aumentou a pressão em áreas

protegidas, porque estamos num momento

deliberado em que o Governo dá sinais de que

tolera esse tipo de coisa em unidades de

conservação e terras indígenas", afirmou ao

EL PAÍS o engenheiro Tasso Azevedo,

coordenador da MapBiomas, ONG que trabalha

com imagens de satélites detalhadas para

identificar quais áreas foram desmatadas.

"Desmatamento é função direta da expectativa

de impunidade. Porque desmatar custa caro,

não é barato. Dar o sinal de que vai legalizar

invasões em áreas protegidas ao mesmo

tempo que desmantela o IBAMA é a mesma

coisa que dizer 'pode ir lá", acrescentou, em

entrevista ao jornal na semana passada.

Enquanto convocavam a manifestação na BR-

163, na semana passada, garimpeiros falavam

entre si sobre as promessas de legalizar

garimpos feitas pelo presidente, segundo

áudios de WhatsApp obtidos pelo jornal Folha

de S. Paulo. “Cadê você, Bolsonaro, que ia

fazer alguma coisa e não era para botar fogo.

Por que não levaram preso, para doar para

alguma instituição. Essa é a ordem do nosso

presidente, que nós votamos nele. Olha aí”,

reclamou um garimpeiro em um dos áudios.

Um colega chegou a sugerir que fiscais do

IBAMA fossem presos dentro da floresta

nacional durante a operação na semana

anterior, que resultou na queima das

máquinas usadas para devastar a floresta.

"Bicho, eu acho que tinha que trancar essa

saída dessas camionetes aí. E chamar a

população e não deixar esses ‘fdp’ sair daí de

dentro. Rapaz, isso aí não tem ordem do

Governo para fazer isso aí, não. [...] O

Governo é a favor da garimpagem, pô. Isso

está fora da lei. Tem que prender esses

vagabundos aí. A população da Moraes [de

Almeida, vila de Itaituba], os garimpeiros da

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Grupo de Comunicação

Moraes, tem quantos mil garimpeiros na

Moraes? Um prejuízo desse aí. Junta todo

mundo e tranca eles aí".

Em resposta aos protestos, Lorenzoni gravou

um vídeo em que confirmava a reunião que

aconteceu nesta segunda-feira e pedia para

que os garimpeiros desbloqueassem a estrada.

A BR-163 dá acesso a municípios como Novo

Progresso, Itaituba e Trairão, que ficam nos

arredores de importantes reservas ambientais.

Um deles é o Parque Nacional do Jamanxim,

um dos que mais sofrem com a desmatamento

no país.

Para cumprir a promessa e liberar a mineração

em territórios indígenas, Bolsonaro terá que

propor a regulamentação de um artigo da

Constituição que diz ser "necessária lei

ordinária que fixe as condições específicas

para exploração mineral e de recursos

hídricos" nesses territórios. Como não foi

regulamentado desde 1988, ano da

promulgação da Carta Magna, a atividade

permanece ilegal. A Carta também determina

que "apenas os índios podem usufruir das

riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas

existente", além de deixar claro que "o

aproveitamento dos seus recursos hídricos, aí

incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa

e a lavra das riquezas minerais, só pode ser

efetivado com a autorização do Congresso

Nacional, ouvidas as comunidades afetadas,

ficando-lhes assegurada a participação nos

resultados da lavra".

Pesquisa da consultoria Atlas Político divulgada

pelo EL PAÍS mostrou que mais de 80% dos

brasileiros se posicionam contra o garimpo e o

desmatamento nas reservas ambientais e

indígenas ou defendem a prisão dos grileiros

que venham a ser responsabilizados pelos

incêndios. Além disso, 67% concordam que a

Amazônia vive uma crise ambiental.

Mostraram-se divididos, porém, com relação

ao papel do Governo Bolsonaro: 45,8%

acreditam que o presidente é responsável pelo

aumento do desmatamento, enquanto 47,5%

discordam.

Entre 1º de junho e 7 de setembro, o Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) alertou

para o desmatamento de 12.269 quilômetros

da Amazônia brasileira. Os municípios

paraenses de Altamira, São Félix do Xingu e

Novo Progresso estão em primeiro, segundo e

quinto lugar, respectivamente, no ranking dos

municípios com mais desflorestamento. Além

disso, somente em agosto foram detectados

39.177 focos de queimadas na Amazônia

brasileira, sendo 10.185 no Pará. No mesmo

mês de 2018 o INPE registrou 15.001

incêndios na selva amazônica, dos quais 2.782

ocorreram no Pará. A disparada é mais que

evidente. O Pará vem liderando durante os

últimos 13 anos o desmatamento na

Amazônia, segundo os dados anuais do INPE.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/17/po

litica/1568756593_921467.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 18/09/2019

O que faz um processo de desmatamento

da Amazônia demorar 28 anos para ter

uma sentença

BBC News Brasil conta história de processo

iniciado em 1991 contra réus que invadiram e

causaram destruição em reserva indígena no

Maranhão há 30 anos; 1ª sentença veio em

março deste ano; caso expõe morosidade e

gargalos da Justiça em crimes ambientais.

Por Leandro Machado, BBC

Em junho e agosto, os alertas de desmatamento da Amazônia cresceram 203% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Inpe — Foto: Reuters

Em 1989, um grupo de pessoas invadiu uma

área florestal da Amazônia conhecida como

Terra Indígena Caru, no Maranhão. Dois anos

depois, em 1991, uma ação civil pública foi

aberta para julgar três homens que teriam

invadido, desmatado e queimado uma parte

significativa da área.

Mas condenar os acusados por danos

ambientais demoraria quase três décadas.

Depois de inúmeras idas e vindas judiciais,

eles só foram julgados em 1º de março de

2019 — ou seja, 28 anos após o início do

processo.

Na ação, os réus responderam apenas na

esfera civil em relação ao dano ambiental

causado — ou seja, a Justiça decidiria se eles

iriam ou não reparar a área desmatada e

pagar multa.

As quase três décadas de espera geraram

duas sentenças em primeira instância na

Justiça Federal, ambas publicadas em março.

Isto é, os condenados ainda podem recorrer a

órgãos superiores e o processo pode se

prolongar por tempo indeterminado.

O caso da Terra Indígena Caru pode ser

considerado um símbolo da demora da Justiça

para julgar casos de desmatamento.

Essa morosidade preocupa ainda mais em um

momento de alta da destruição por meio de

desmatamento e queimadas de áreas da

Amazônia - que tem ganhado repercussão

internacional. Em junho e agosto, por

exemplo, alertas de desmatamento da

Amazônia cresceram 203% em relação ao

mesmo período do ano passado, segundo

dados do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe).

Neste ano, vários Estados da Amazônia legal tem enfrentado queimadas em florestas — Foto: Reuters

O caso Caru

A Terra Indígena Caru, que tem cerca de 173

mil hectares, foi reconhecida pela Fundação

Nacional do Índio (Funai) em 1982, ainda sob

a ditadura militar. Junto com as reservas

indígenas Awá e Alto Turiaçu, ela forma uma

espécie de corredor de floresta amazônica no

Maranhão.

Nela, vivem índios das etnias awá-guajá e

guajajara.

O julgamento sobre a invasão da área, em

março deste ano, juntou duas ações civis -

uma de 1991 e outra de 2000.

Segundo o primeiro processo, três réus

invadiram a reserva em 1989 e "devastaram

diversos pontos da terra indígena ao promover

o desmatamento de diversas espécies de

árvores, para posterior beneficiamento e

comercialização da madeira em serrarias

irregulares da região".

Eles também teriam limpado a área "com a

utilização de fogo para a construção de cercas,

casas, currais, barracos e plantação de roças

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Grupo de Comunicação

(em especial, de capim para pastagem de

gado bovino), o que impede a regeneração da

área afetada."

Porém, a destruição da mata piorou nos anos

seguintes à primeira invasão. Uma inspeção

da Funai em 1999 descobriu que a área

desmatada havia aumentado para 20 mil

hectares.

Esse relatório gerou um novo processo civil

com mais quatro réus. As duas ações depois

foram reunidas e julgadas em conjunto pela

Justiça Federal, mas isso só ocorreu neste

ano.

Em 1999, os fiscais da Funai encontraram uma

comunidade com 600 famílias e 2 mil pessoas

vivendo na reserva indígena - boa parte tinha

vindo de cidades vizinhas e trabalhava com

produtos agrícolas como forma de

sobrevivência. Além disso, havia pastos com

dezenas de milhares de cabeças de gado,

porcos, cavalos e cabras.

Aumento de queimada na Amazônia neste ano

chamou a atenção da imprensa e de autoridades internacionais — Foto: Reuters

Segundo o relatório da Funai, a comunidade

invasora já tinha 200 casas, currais,

pastagens, cercas de arame, casas de farinha,

pomares e poços. Também foram encontrados

máquinas agrícolas, tratores, motosserras,

espingardas e rifles. Na área, foi aberta uma

estrada de 60 km de extensão para escoar a

madeira retirada da mata ilegalmente.

O documento apontava que um dos

comandantes da invasão "aliciava as pessoas

a adentrarem na Terra Indígena Caru,

oferecendo lotes de aproximadamente de 20 a

30 alqueires, para a finalidade do cultivo de

lavoura, na condição de que a madeira

encontrada nos devidos lotes fosse destinada

para comercialização junto às madeireiras".

O documento da Funai também citava que a

liderança mantinha "vigília das madeiras

espalhadas no interior da reserva com pessoas

fortemente armadas, o que representava uma

verdadeira ameaça às comunidades

indígenas."

No processo, os três réus da ação de 1991

alegaram que tinham autorização do Ibama

para realizar a derrubada de parte da mata,

mas a Justiça considerou que apenas um deles

tinha de fato o documento.

Os acusados também afirmaram que o crime

tinha prescrito e que eles eram donos da

terra, mas o juiz negou os argumentos.

Segundo o magistrado Ricardo Felipe

Rodrigues Macieira, não houve prescrição e,

além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF)

já decidiu que títulos de propriedade dentro de

reservas indígenas são nulos.

Duas pessoas foram condenadas a criar, junto

ao Ibama, um plano de recuperação florestal

para a área - e, caso o local esteja

irrecuperável, os réus devem pagar uma

indenização.

Já no processo de 2000, relativo à degradação

constatada um ano antes pela Funai, a Justiça

condenou quatro pessoas a pagar uma multa

de R$ 50 mil, além da criação de planos de

recuperação. Entre outros argumentos, os

réus alegaram que havia erros na demarcação

da reserva e que não houve danos ambientais,

pois "não havia índios na área" - esses pontos

foram refutados pela Justiça.

Por que demorou tanto?

Não há uma única explicação para a lentidão

para julgar o caso. Ele ficou seis anos parado

na Justiça sem qualquer movimentação.

O procurador Marcelo Santos Correa, que

recentemente assumiu a área ambiental da

Procuradoria de São Luís e o processo relativo

à invasão da Terra Indígena Caru, diz que uma

série de entraves na burocracia da Justiça

Federal, responsável por julgar danos a áreas

públicas da União, tem atrasado os processos

relativos à Amazônia, como o do Caru.

Em meados da última década, a Justiça

Federal criou uma vara especializada em

crimes ambientais no Maranhão. Ela ficou

responsável por julgar ações de

desmatamento, acelerando os processos dessa

área e desafogando outras seções. No

entanto, em vez de ajudar, a medida causou

confusão.

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Grupo de Comunicação

"Houve uma grande discussão sobre quem

tinha competência para julgar os casos. Muitos

processos, até de questões fundiárias, eram

repassados para a vara ambiental, depois

retornavam para a comum. E aí ficava nesse

impasse sobre quem deveria julgar. Muitas

vezes, a Justiça demorava anos para se

chegar a uma conclusão sobre isso", diz

Correa.

Essa discussão tem ocorrido também no Pará,

onde seções da Justiça Federal também têm

"disputado" quem pode julgar alguns casos.

Área de desmate associada a queimada é

identificada em MT — Foto: Ibama/Divulgação

Além da enorme quantidade de processos,

outro problema, afirma Correa, é a dificuldade

para encontrar e ouvir réus e testemunhas

que vivem em cidades muito distantes das

varas federais, que normalmente ficam em

cidades médias ou grandes. O território da

Terra Indígena Caru, por exemplo, está

localizado nos municípios de Bom Jardim e

São João do Caru, a mais de 270 quilômetros

de São Luís.

"Nesses casos, a Justiça Federal envia uma

carta para a Justiça Estadual ouvir a

testemunha ou o réu, como uma espécie de

favor. Mas às vezes isso demora anos para

acontecer, porque os fóruns estaduais

também estão cheios de processos", diz.

No caso da invasão ao Caru, por exemplo, o

depoimento de uma única testemunha

demorou quatro anos para ser colhido depois

que ele foi pedido pelo juiz federal. Essa

lentidão acabou paralisando o processo e

atrasou ainda mais a obtenção de sentenças.

"É um absurdo que um processo demore mais

de 20 anos para ser julgado. Ainda mais

quando há flagrante e provas claras do dano

ambiental, como ocorreu no Caru. Era um

caso relativamente simples de julgar", diz

Correa.

'Demora como incentivo ao

desmatamento'

Hoje subprocurador-geral da República,

Nicolao Dino estava em início de carreira no

Ministério Público Federal quando participou

da ação contra os invasores da Terra Indígena

Caru, nos anos 1990.

"A intenção dos invasores era extrair madeira

ilegalmente, além de implantar a cultura do

gado na região", afirmou Dino à BBC News

Brasil, por telefone. "Houve uma redução

gradativa de espaços demarcados e prejuízos

socioambientais e à cultura indígena da área".

Dino não sabia que os dois processos relativos

à área demoraram tanto para serem

finalmente julgados, pois, ao ascender na

hierarquia do MPF, a ação foi assumida por

outros procuradores - cinco ao todo, nesses 28

anos.

"Preocupa essa demora para a resolução de

casos de extrema importância, como é a

destruição de matas virgens, que fazem parte

do patrimônio ambiental brasileiro", explica.

Para ele, processos de destruição da Amazônia

deveriam ser tratados como prioridade pela

Justiça. "A demora na resposta do Estado e a

sensação de impunidade são interpretadas

como estímulo por quem pratica ações ilícitas.

É preciso que o Estado dê uma resposta

rápida", afirma.

O procurador Daniel Azeredo, que também

trabalha em processos de dano ambiental,

concorda que casos de desmatamento

deveriam ser priorizados.

Desde 2017, o projeto Amazônia Protege já moveu 2.539 ações judiciais de danos ambientais, mas nenhum teve condenações definitivas — Foto: AFP

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Grupo de Comunicação

"Há algumas áreas da Justiça, como a

Trabalhista, que trabalham com metas de

resolução de processos. Talvez essa seja uma

alternativa a se estudar nesse campo", diz ele,

que atua no projeto Amazônia Protege, grupo

de trabalho do MPF e do Ibama criado para

combater a destruição de áreas florestais.

Desde 2017, o projeto já moveu 2.539 ações

judiciais de danos ambientais. Nenhuma delas

recebeu condenações definitivas até agora,

segundo levantamento do UOL.

Azeredo também é a favor de um

endurecimento das penas criminais impostas a

quem desmata. Hoje, a lei prevê de um a

cinco anos de prisão para quem causar danos

em áreas públicas protegidas e de

conservação. Na prática, as condenações de

prisão são, em sua maioria, convertidas em

multas ou prestação de serviços à

comunidade.

"É importante que a punição tenha o efeito de

ser um exemplo. As pessoas precisam

entender que crime ambiental pode dar

cadeia", afirma Azeredo.

Em entrevista recente à BBC News Brasil, o

procurador Luís de Camões, que trabalha no

Pará, resumiu a situação das penas com

outras palavras: "Hoje, se você furtar um

celular, talvez fique mais tempo preso do que

se botar fogo na floresta", disse.

É difícil resumir os motivos de tanta demora,

pois cada caso tem problemas próprios, como

enorme quantidade de recursos, problemas

para ouvir testemunhas, excesso de processos

e até indefinições sobre qual seção da Justiça

Federal tem competência para julgar.

A Operação Curupira da Polícia Federal (PF) e

MPF, por exemplo, descobriu em 2005 um

esquema de desmatamento e extração ilegal

de madeira em três Estados. O processo

completou 14 anos e ainda está aberto na

Justiça Federal, sem resolução.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

9/18/o-que-faz-um-processo-de-

desmatamento-da-amazonia-demorar-28-

anos-para-ter-uma-sentenca.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Naatureza

Data: 17/09/2019

Por que o tamanho da árvore mais alta da

Amazônia intriga cientistas

Com ajuda de tecnologia a laser do Inpe e de

uma expedição de seis dias pela floresta,

pesquisadores encontraram uma árvore de 88

metros, 30 metros mais alta que a atual

detentora do recorde de altura.

Por BBC

A árvore mais alta da Amazônia brasileira é da espécie Angelim Vermelho e está localizada na Floresta Estadual do Parú, no Pará — Foto: Tobias

Jackson/Divulgação

Nas últimas semanas, em meio a tantas

informações preocupantes sobre

desmatamento e incêndios na Amazônia, uma

notícia curiosa e positiva chamou atenção.

Uma equipe de cientistas britânicos e

brasileiros publicou um artigo no qual afirma

ter encontrado a árvore mais alta da Floresta

Amazônica.

E a planta gigante está rodeada de outras

árvores enormes, de cerca de 80 metros de

altura.

Os pesquisadores percorreram 220

quilômetros de barco e caminharam 10

quilômetros mata adentro até encontrarem um

exemplar de 88 metros da espécie Dinizia

excelsa, também conhecida como Angelim

Vermelho, dentro de uma unidade de

conservação estadual de uso sustentável— a

Floresta Estadual do Parú, no Pará.

Maior que o Cristo Redentor

Essa Dinizia excelsa supera em 30 metros a

árvore que detinha o recorde de altura até

agora. O tronco tem 5,5 metros de diâmetro.

Para comparação, a Estátua da Liberdade, em

Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo

a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro,

mede 38 metros da base até o topo da

cabeça. Ou seja, a árvore encontrada na

Amazônia é um pouco menor que o principal

símbolo de NY e bem maior que a estátua

mais famosa do Brasil.

A descoberta da equipe coordenada pelo

professor Eric Bastos Gorgens, da

Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), virou artigo

na publicação acadêmica Frontiers in Ecology

and the Environment, uma das mais

conceituadas revistas de ecologia do mundo.

Queimadas na Amazônia - Foco de fogo na

floresta amaônica na cidade de União do Sul,

em Mato Grosso, no dia 4 de setembro de

2019 — Foto: Reuters/Amanda Perobelli

Como a árvore foi encontrada

Entre 2016 e 2018, o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) captou imagens de

vastas extensões da Amazônia com tecnologia

a laser. O Inpe rastreou 850 áreas de floresta,

cada uma com 12 km de comprimento por 300

metros de largura.

Sete dessas áreas apresentavam evidências

de ter árvores que superam os 70 metros. A

maioria delas ficava na região do Rio Jari,

afluente do Rio Amazonas, entre os Estados

do Amapá e Pará — uma zona remota, de

difícil acesso.

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Grupo de Comunicação

"Nós nos surpreendemos com a altura colossal

da árvore mostrada pelas imagens do Inpe",

escreveram os ecologistas Tobias Jackson, da

Universidade de Cambridge, e Sami Rifai, da

Universidade Oxford, coautores da

investigação.

"Por isso, empreendemos a expedição para

confirmar os achados com nossos próprios

olhos e determinar a espécie dessas árvores

gigantes."

Depois de seis dias de travessia no meio da

selva, os pesquisadores chegaram à região

das árvores gigantes. Para medir os troncos,

eles escalaram e, do topo, simplesmente

soltaram uma corda até o solo.

A mais alta das árvores gigantes da Amazônia está dentro de uma unidade de conservação estadual de

uso sustentável, a Floresta Estadual do Parú (PA) — Foto: Divulgação/Jhonathan dos Santos

E por que essas árvores alcançaram mais

de 80 metros?

Usando esse método com cordas, os

pesquisadores mediram 15 árvores de mais de

70 metros. Diante da ampla diversidade da

Amazônia, os cientistas se surpreenderam

com o fato de todas essas árvores serem da

mesma espécie.

Anteriormente, acreditava-se que as Dinizia

excelsa só alcançavam 60 metros.

O que explica essa altura surpreendente?

Os cientistas não sabem dizer o como essas

árvores conseguiram alcançar mais de 80

metros, mas dizem que é possível que a altura

esteja relacionada com a grande distância de

áreas urbanas e zonas industriais.

Também pode estar ligada ao fato de essas

árvores serem uma "espécie pioneira", ou

seja, a primeira a habitar uma região após ela

sofrer algum tipo de devastação.

O próximo desafio para grupo de cientistas

que participou da descoberta é justamente

entender o que levou essas árvores a

atingirem alturas tão elevadas na Amazônia,

tanto do ponto de vista ambiental, quanto do

ponto de vista fisiológico.

Eric Gorgens, Universidade Federal dos Vales

do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), diz que

estudos como esse levam muito tempo.

"Por isso, é essencial valorizar as unidades de

conservação e estabelecer políticas públicas de

longo prazo de incentivo à pesquisa e

monitoramento de nossa flora", avalia.

Gorgens classifica a existência de uma árvore

de 88 metros de altura como "extraordinária"

para a Amazônia brasileira. Segundo o

professor, crescer em altura é um desafio para

as árvores.

"As árvores altas são mais propensas à quebra

e à queda, seja por vento, ou seja por não

aguentar o próprio peso. As rajadas causam

um torque na base da árvore, levando a um

alto estresse. Outro fator que limita o

crescimento em altura é o suprimento de água

para copa. À medida que as árvores se tornam

mais altas, o aumento da resistência hidráulica

e o peso da coluna de água aumenta o

estresse hídrico".

Portanto, árvores gigantes são consideradas

um evento raro, diz ele.

Uma única árvore gigante é capaz de sequestrar a mesma quantidade de carbono da atmosfera que 300 a 500 árvores pequenas — Foto: Marcos Vergueiro/Secom

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Grupo de Comunicação

Cápsulas de carbono

Cada Angelim Vermelho é capaz de reter a

mesma quantidade de carbono que um

hectare de selva tropical. Isso quer dizer que

pode armazenar até 40 toneladas de carbono,

o que equivale ao que absorveriam entre 300

e 500 árvores pequenas.

"Nossa descoberta significa que a floresta

pode ser um reservatório de carbono maior do

que se pensava", dizem Jackson e Rifai.

Os pesquisadores advertem que o estudo

focou numa área muito pequena da Amazônia,

portanto, é possível que haja muitas outras

árvores gigantes, inclusive mais altas que a de

88 metros.

Os cientistas esperam que esse tipo a

pesquisa ajude a entender melhor estrutura

da Floresta Amazônica e seu papel no ciclo

global de carbono.

"O fato de ainda haver descobertas como esta

demonstra que ainda temos muito a aprender

sobre esse incrível e misterioso ecossistema",

dizem Jackson e Rifai.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

9/17/por-que-o-tamanho-da-arvore-mais-alta-

da-amazonia-intriga-cientistas.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Veja Online

Data: 17/09/2019

Marina Silva: Amazônia não pode estar 'à

mercê de ideologias de plantão'

Ex-ministra do Meio Ambiente denunciou

afastamento do Brasil de princípios como

defesa de direitos humanos e Estado

democrático de direito

Julia Braun

Em um debate promovido pela organização

Human Rights Watch nesta terça-feira, 17, a

ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva

defendeu o estabelecimento de 'princípios e

valores fixos' no Brasil e na América Latina,

para que a Amazônia e os povos da região não

fiquem 'à mercê das ideologias de plantão'.

'Na América Latina os governos são

pendulares: entra um pela direita e lá se vai

tudo para a direita, depois entra pela esquerda

e lá se vai para a esquerda. Temos que ter

princípios e valores fixos, estabelecer quais

são aqueles inegociáveis', disse. 'É inegociável

proteger populações tradicionais e a

Amazônia. Não podemos ficar à mercê das

ideologias de plantão'.

A ex-ministra também denunciou um

afastamento no Brasil de 'princípios e valores

como defesa de direitos humanos e Estado

democrático de direito', com o desrespeito ao

meio ambiente sano.

'Não existe Estado e governo se for apenas

para defender os que podem, os que sabem e

os que têm', afirmou a ex-candidata à

Presidência. 'Nós estamos nos afastando dessa

forma de princípios elementares de

democracias ocidentais que não podem abrir

mão de princípios e valores como defesa de

direitos humanos e Estado democrático de

direito'.

Marina Silva participou nesta terça de um

debate em São Paulo ao lado do também ex-

ministro do Meio Ambiente e embaixador

Rubens Ricupero e da líder indígena e

coordenadora executiva da APIB (Articulação

dos Povos Indígenas do Brasil), Sonia

Guajajara. A discussão aconteceu durante

evento organizado pela organização Human

Rights Watch, para o lançamento do seu

relatório 'Mafias do Ipê', que denuncia a

violência, o crime organizado e a impunidade

na Amazônia.

Silva aproveitou o momento para criticar as

políticas ambientais do atual governo de Jair

Bolsonaro, como vem fazendo nos últimos

meses. A ex-ministra afirmou que há uma

'impotência' geral no país diante do desmonte

promovido nos órgãos de fiscalização, gestão

e monitoramento de desmatamento.

O atual governo 'não se sente constrangido

com o que se diz internacionalmente, não se

sente constrangido de que 9 em cada 10

brasileiros não querem que se destrua a

Amazônia', disse. 'Se nada disso constrange, é

assustador. Porque pelo menos os governos

anteriores se constrangiam'.

Bolsonaro vem sendo muito criticado

internacionalmente por sua posição em

relação ao desflorestamento e queimadas na

Amazônia. Segundo números oficiais, o

desmatamento na região brasileira

praticamente duplicou entre janeiro e agosto

passados, indo de 3.336,7 km2 neste período

de 2018 para 6.404,4 km2 este ano, o

equivalente a 640.000 campos de futebol.

Diante da reprovação, o presidente chegou a

insinuar que os incêndios na Amazônia têm

sido provocados por ONGs com o intuito de

prejudicá-lo. Bolsonaro também critica os

'xiitas ambientais', que, segundo ele,

prejudicam o desenvolvimento do turismo no

Brasil e a imagem do país no exterior.

'O que é ser xiita do ativismo ambiental? ',

questionou a ex-ministra. 'Ser xiita é defender

demarcação de terra indígena? Ser xiita é não

permitir que haja corte seletivo de madeira?

(?) Ser xiita é acabar com as reservas e os

assentamentos extrativistas? Ser xiita é não

querer permitir leis que acabam com o

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Grupo de Comunicação

licenciamento ambiental? Ser xiita então é

fazer o certo', disse.

A líder indígena Sonia Guajajara e os ex-

ministros do Meio Ambiente Rubens Ricupero e

Marina Silva em debate promovido pela

Human Rights Watch em São Paulo -

17/09/2019

Sobre a demarcação das terras indígenas, a

líder Sonia Guajajara afirmou que o Brasil vive

uma época preocupante.

'Estamos em um momento terrível em que há

descaradamente a afirmação que território

indígena não é importante, que território

indígena é atraso', disse. 'Recentemente, um

parecer da Casa Civil disse todos os territórios

indígenas são áreas improdutivas e que os

índios não têm condições de produzir,

portanto têm que ser entregues à produção

em grande escala'.

Marina Silva ainda criticou a falta de resposta

do governo diante do aumento das queimadas

na Amazônia. Segundo ela, é preciso 'atuar

sobre o sintoma', ter um projeto para atacar

'as causas estruturais' dos focos de calor.

Pressão internacional

Para o ex-ministro Rubens Ricupero, a pressão

internacional que o Brasil vem sofrendo 'não

só é necessária, como é indispensável'.

Ao abordar as recentes críticas feitas pelo

governo de Jair Bolsonaro a governos

estrangeiros que 'ameaçam a soberania' do

Brasil na Amazônia, Ricupero afirmou tratar-se

de uma 'grande paranoia'.

'Nós temos que nos proteger de nós mesmo e

não do mundo exterior', afirmou. 'Soberania

significa responsabilidade não

irresponsabilidade. Nós que temos o dever de

lutar pela Amazônia'.

O embaixador, diretor do Departamento

Econômico da Faap e ex-secretário-geral da

Conferência das Nações Unidas para o

Comércio e o Desenvolvimento (Unctad)

afirmou ainda que o governo tem usado a

carta da soberania como última saída em um

momento de desespero. 'A única saída que

resta a este governo é se embrulhar na

bandeira, como se faz sempre nessas

ocasiões', diz.

Ricupero aposta ainda que essa retórica deve

se intensificar nas próximas semanas, com a

aproximação da Assembleia-Geral das Nações

Unidas em Nova York. Jair Bolsonaro deve

discursar na abertura do evento, no dia 24 de

setembro, e um dos tópicos mais esperados

do seu pronunciamento será o desmatamento

na Amazônia.

'Mafias do Ipê'

O relatório da HRW divulgado nesta terça

denuncia que o governo brasileiro 'fracassa' na

proteção dos defensores do meio ambiente,

favorecendo o avanço de redes criminosas que

destroem a Amazônia.

Impunidade e redução da fiscalização

ambiental contribuem para o desmatamento

da maior selva tropical do mundo, segundo a

organização, que documentou 28

assassinatos, a maioria a partir de 2015 nos

estados do Maranhão e Pará.

A Human Rights Watch apresentará seu

relatório em uma audiência pública na

Comissão de Direitos Humanos e Minorias da

Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 18.

A organização também tentou marcar reuniões

com os ministérios do Meio Ambiente, Direitos

Humanos e Agricultura para debater o

documento, mas não obteve respostas

positivas.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31248240&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 18/09/2019

Guedes: ‘Petróleo quem resolve é a

Petrobras”

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31273153&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 18/09/2019

Forte oscilação da cotação do barril

preocupa indústria e serviços

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31273153&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 17/09/2019

Guarda Ambiental acaba com tráfico de

aves silvestres

Em mais uma ação de combate ao crime, a

Guarda Ambiental de São Bernardo colocou

fim a esquema de tráfico de aves silvestres,

após ronda no bairro Jardim Calux. Um

homem foi preso em flagrante e multado em

R$ 90 mil, após ter confessado que

comercializava os animais trazidos da Bahia

para serem revendidos em São Paulo. No

local, 54 aves Silvestres e 12 exóticas foram

recuperadas.

Além das 66 aves encontradas na residência,

havia dois vidros de chumbinho nome popular

a um raticida de uso proibido pela Anvisa no

Brasil, sete viveiros grandes, gaiolas, rações,

dezenas de caixas de café vazias que eram

utilizadas no transporte das aves e cadernos

de controle com valores e quantidade de

animais repassados.

A ação efetiva da Guarda Ambiental se deu

graças a uma denúncia e a ágil atuação de

toda equipe que esteve na residência logo

cedo, evitando que o restante dos animais

fosse comercializado. Após registro da

ocorrência a investigação está sobre

responsabilidade da Policia Civil de São Paulo

que vai apurar o caso investigar os outros

envolvidos.

'É muito triste saber que este mercado ainda é

bem movimentado, e não está longe de nós.

Contudo, a equipe da Guarda Ambiental da

cidade é preparada e vem acabando com estas

ações ilegais a cada dia. São Bernardo não

tolera violência contra animal e ou desrespeito

cm o Meio Ambiente', destacou o prefeito

Orlando Morando (PSDB).

PROTEÇÃO ANIMAL - Desde 2017 mais de

3.000 aves, cujas posses eram irregulares ou

submetidas a rinhas e outros maus tratos

foram recuperados. E mais de 60 pessoas

foram autuadas, com multas ambientais que

chegaram a quase R$ 7 milhões. Para inibir a

caça e pose ilegal de animais Silvestres a

Guarda Ambiental aumentou as rondas

ostensivas em toda cidade, principalmente em

áreas de mananciais onde estes crimes

ocorrem com mais freqüência.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31245852&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Ibitinga

Data: 18/09/2019

Governador em exercício, Cauê

Macris, vai a Ibitinga nesta quarta-feira

http://cloud.boxnet.com.br/y3jdwb9e

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Data: 18/09/2019

43

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO O QUE A FOLHA PENSA:Susto com o petróleo

Ataque leva a salto inicial da cotação; por ora

não se vê risco de dano grave

O ataque sofisticado e de autoria ainda não

confirmada a duas refinarias da Arábia Saudita já

se configura como a maior interrupção de oferta

de petróleo da história, superando outros eventos

marcantes como o embargo de 1973, a revolução

iraniana de 1979 e as inúmeras guerras no

Oriente Médio.

De imediato, estimou-se que a produção do reino

seria reduzida em quase metade, numa perda de

5,7 milhões de barris diários —cerca de 6% da

oferta mundial.

Em qualquer lista de potenciais conflitos

geopolíticos sempre figurará em destaque a

interrupção do fornecimento de petróleo da

Arábia Saudita, que poderia também estar

associada a conflitos no Golfo Pérsico, principal

canal de escoamento de óleo para o mundo.

Até recentemente o maior produtor do mundo,

antes de superado pelos Estados Unidos, o país

retém a condição de principal estabilizador no

mercado. Permanece como o fornecedor de

menor custo e com maior capacidade de elevar a

oferta em tempo curto.

Daí o salto de até 20% no preço do barril no dia

seguinte ao evento. Passadas 48 horas, o

impacto nas cotações já havia caído à metade,

após recados das autoridades sauditas de que a

produção estaria sendo normalizada.

Outras medidas paliativas poderiam ser

adotadas, como a liberação de reservas

estratégicas americanas e algum aumento

coordenado de produção por parte de outros

membros da Opep.

Atribuir responsabilidades é sempre difícil, ainda

mais no Oriente Médio. Evidências concretas de

atuação iraniana tornariam uma reação

americana mais provável, mas até agora os

mercados parecem não contar com isso.

Não houve oscilações marcantes nas Bolsas e nos

mercados de moedas. A alta na cotação do

petróleo, embora importante, ainda não se

mostra suficiente para provocar dano severo à

economia mundial.

Para o Brasil, o encarecimento, se persistente,

traria complicadores. Seria difícil evitar repasses

para o consumidor, o que poderia também

implicar o risco de novas paralisações de

caminhoneiros.

Por ora cumpre evitar alarmismo, embora não se

possa descartar a escalada do conflito. Mesmo

nesse caso, contudo, o ataque à Arábia, ao

mostrar a vulnerabilidade do país, deve ter

consequências estratégicas duradouras.

Uma delas, possivelmente, é o interesse por

novas fontes de produção, incluindo o pré-sal

brasileiro.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/

susto-com-o-petroleo.shtml

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Mais Pará, mais Amazônia, mais Brasil

Reivindicação de recursos pelos estados é

indenização

Helder Barbalho

Há muitas opiniões e pouca informação quanto

aos efeitos reais da Lei Kandir sobre os estados

da federação. Análises precipitadas refletem

mitos da cultura política brasileira, segundo os

quais governos estaduais são tidos como

dispendiosos e irresponsáveis. Não estariam

buscando formar as bases do desenvolvimento

regional, mas atuando contra o desenvolvimento.

Com esse recorte equivocado, não vemos quão

diversa é a realidade dos estados brasileiros e

quão dura a crise que enfrentam, sobretudo os

que foram limitados no acesso à sua maior fonte

de renda: o ICMS.

Havia clareza, quando da edição da Lei Kandir,

de que estados exportadores de produtos

primários e semielaborados perderiam

arrecadação de ICMS. Era o preço a pagar para

manter o sucesso do jovem Plano Real. Para

mitigar esse impacto, foi previsto um sistema de

compensações via transferência de recursos da

União, algo nunca regulamentado.

Quando a paridade do real ao dólar era uma

prioridade, coube aos estados exportadores de

commodities —não aos centros industrializados—

o dever de manter nossa balança comercial

equilibrada. Hoje, eles ainda pagam essa conta:

financiam com desonerações o desenvolvimento

dos outros.

Há quem diga que as exportações seriam menos

volumosas sem a Lei Kandir. A sugestão não

sobrevive à análise macroeconômica e despreza

variáveis que impactaram a economia nacional

desde 1996: câmbio e demanda externa. Após a

edição da lei, de 1997 a 2002, exportações

nacionais cresceram 14%, de US$ 52,9 bilhões

para R$ 60,2 bilhões. Mas insumos industriais e

alimentos básicos destinados à indústria,

desonerados em 1996, tiveram, respectivamente,

desempenho negativo de -5,6% e -11,7%,

segundo dados nacionais.

As exportações só tiveram crescimento

considerável após 2002, quando o câmbio médio

atingiu R$ 3 por US$ 1. Pela perspectiva da

demanda, em 2011 o minério de ferro chegou a

US$ 187,11 por tonelada —e as exportações

paraenses não foram afetadas. No Pará, a lei

favoreceu, principalmente, o minério de ferro.

Mas certamente a produção de Carajás não

deixaria de ser competitiva se fosse taxada

adequadamente.

Alguns argumentam que exportações financiam

as importações, gerando receita de ICMS. Mas,

entre 1997 e 2018, importações nacionais

cresceram 205%, e exportações, 325%. No Pará,

o descolamento foi maior: importações subiram

174%; exportações, 588%. O resultado foram

enormes perdas tributárias.

A reivindicação de recursos pelos estados não é

“uma catástrofe”, como dizem alguns, mas a

indenização correta pela perda de receita e

quebra de autonomia financeira. Na crise atual, a

queda de receita gera redução da capacidade de

investimento e de honrar despesas. A

instabilidade dos estados é problema de toda a

federação.

Quem se preocupa com distribuição de renda

sabe que é função do poder público usar

impostos para dar qualidade de vida à população.

A descentralização de recursos é tema também

do governo federal, que prega o fim da

concentração nas mãos da União com o lema

“mais Brasil, menos Brasília”. Nós queremos

aplicar esse lema.

Helder Barbalho

Governador do Pará (MDB), ex-ministro da

Integração Nacional (2016-18, governo Temer) e

da Secretaria Nacional dos Portos (2015-16,

governo Dilma)

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/

mais-para-mais-amazonia-mais-brasil.shtml

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Data: 18/09/2019

45

Grupo de Comunicação

Painel: Aras sinaliza que quer dar mais

poder às câmaras temáticas do MPF

Ordem unida

Indicado à Procuradoria-Geral da República,

Augusto Aras tem sinalizado a parlamentares a

intenção de dar mais poder às câmaras temáticas

do Ministério Público, que elaboram pareceres

técnicos. Há 7, incluindo as que tratam de meio

ambiente, índios e corrupção. A ideia é ampliar

as diretrizes desses órgãos para uniformizar a

ação do MPF. O discurso gerou temor de que a

autonomia de procuradores ficará em xeque.

Pessoas próximas a Aras negam e dizem que ele

tem apenas pregado consciência de unidade.

Vamos conversar

Em reuniões com senadores, Aras mencionou

conflitos em torno de obras como a usina de Belo

Monte (PA), afetada por questões judiciais. Ele

tem dito que, antes de um procurador abrir uma

ação para barrar uma construção, deve ir ao local

e atuar junto aos órgãos envolvidos para tentar

chegar a um acordo.

A deus dará

A elaboração do Future-se, bandeira de Abraham

Weintraub (MEC), não passou pelo crivo do

Ministério da Economia. Em resposta a

requerimento do deputado Ivan Valente (PSOL-

SP), ao menos 14 integrantes da pasta

comandada por Paulo Guedes informaram que

não se envolveram nas discussões sobre o

programa, que prevê a criação de um fundo para

abastecer as universidades.

A deus dará 2

Para o parlamentar, isso indica que o governo

não calculou ou analisou como deveria o impacto

financeiro da proposta.

Isca

A oposição vai tentar destravar a CPI das Fake

News oferecendo ao governo um cardápio além

da política. Um exemplo é o jogo da Baleia Azul,

que incentivaria suicídio de adolescentes. “A

ministra Damares [Alves] é uma das que vêm

combatendo a Baleia Azul. Poderia ser um bom

ponto de consenso”, diz Carlos Zarattini (PT-SP).

Caça-cliques

O PT também quer levar vítimas de bullying

virtual à CPI. Um dos primeiros seria o youtuber

Felipe Neto, que vem sendo perseguido por

conservadores.

2 pra 1

Na esteira da discussão sobre o fundo eleitoral no

Congresso, o Ministério Público de São Paulo e

um grupo de ONGs de mulheres lançam na sexta

(20) campanha para incrementar a parcela dos

recursos destinados a candidaturas femininas.

Propõem que elas recebam o dobro da verba

disponibilizada aos homens. Também querem

reserva de 50% de vagas no Parlamento, sendo

25% para negras.

Senso de oportunidade

Com o PSL em conflito, o Podemos vê a chance

de reforçar sua marca lavajatista. Além da

filiação da senadora Juíza Selma (MT), está na

mira Major Olímpio (SP), também defensor da

CPI da Lava Toga. “Queremos parlamentares que

tenham atuação independente e de combate à

corrupção”, diz a presidente do partido, deputada

Renata Abreu (SP).

À disposição O Podemos sonha ainda em filiar o

ex-juiz Sergio

Moro caso ele saia do Ministério da Justiça,

oferecendo legenda para que ele concorra à

Presidência em 2022. “Moro representa muito

para o Brasil. Se ele viesse para o Podemos,

seria uma honra”, afirma Abreu.

Filão

O PRTB, do vice Hamilton Mourão, também está

de olho no espólio do PSL. O deputado Júnior

Bozzella (SP) foi sondado por Levy Fidelix,

presidente da sigla, que indicou também querer

conversar com Major Olímpio.

Balcão

A CPI da Assembleia de São Paulo que investiga

a parceria público-privada que administra a Furp,

fábrica de remédios estatal, questionou nesta

terça (17) o ex-secretário de Saúde do estado

Giovanni Cerri, que atuou na gestão Geraldo

Alckmin (PSDB), a respeito de suas empresas.

Balcão 2

Cerri deixou a secretaria em 2013, logo após o

laboratório EMS, controlado pelo grupo NC,

ganhar a concessão da Furp numa licitação em

que não houve concorrentes. Em 2016, ele

constituiu a Clintech Participações S.A., que tinha

entre os sócios um executivo do NC. No mesmo

ano, o grupo fez um aporte de R$ 1,5 milhão na

empresa.

Balcão 3

Cerri não vê conflito de interesse. Segundo ele, a

secretaria não participou da licitação e não houve

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

favorecimento da EMS. “A sociedade foi anos

depois, porque o grupo NC queria investir em um

novo projeto, na área de diagnósticos de

imagem, que é a minha especialidade.”

TIROTEIO

O regime autoritário da Venezuela cairá por

opção do povo. Sem intervenções indevidas ou

autoproclamações artificiais

Do deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) sobre o

ditador Nicolás Maduro dizer à Folha que quem

vê ditadura na Venezuela é estúpido

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/18/a

ras-sinaliza-que-quer-dar-mais-poder-as-

camaras-tematicas-do-mpf/

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Data: 18/09/2019

47

Grupo de Comunicação

Choque do petróleo foi adiado até que

desordem mundial cause outra crise

Apocalipse petrolífero parece adiado, mas política

mundial em ruínas facilita crises

Vinicius Torres Freire

O choque do petróleo anunciado com exagero na

segunda-feira (16) havia sido adiado pelo menos

até a noite desta terça (17). Mesmo na disparada

do começo da semana, de qualquer modo, os

preços do barril tinham chegado apenas a níveis

registrados em maio ou julho.

Segundo relatórios de bancões multinacionais,

essa carestia do combustível não seria suficiente

para danificar a economia americana. Ainda

nesta terça-feira, os sauditas disseram que até o

final do mês estarão produzindo tanto quanto

antes dos ataques a suas instalações de

processamento de petróleo.

Parece claro, porém, que a crise não está apenas

aí, em mais um episódio dos conflitos do Golfo,

no caso, os embates indiretos entre Arábia

Saudita e Irã. O problema é que as frequentes

desordens mundiais, em particular no dito

Oriente Médio e cercanias, estão sob nova e

péssima administração. A cortesia da bagunça

mais recente é de Donald Trump em particular,

embora os americanos estejam promovendo

desastres além da conta desde a invasão do

Iraque de 2003 (ou do golpe que armaram no Irã

de 1953? O desastre vem de longe).

Por mero e neutro exercício, suponha-se que os

ataques tenham sido lançados por uma das

facções envolvidas na guerra civil (e também

regional) do Iêmen. Então: 1) Os Houthis, como

são chamados no Ocidente, são capazes de

destruir o centro petroleiro do país que exporta

uns 16% do petróleo do mundo; 2) Guerra e

massacres praticamente ignorados no Iêmen

podem provocar um colapso na economia

mundial. Hum

Ainda por mero exercício, suponha-se que o Irã

tenha sido o responsável direto ou indireto pelo

ataque à Arábia Saudita. Neste caso hipotético,

um país já avariado por sanções econômicas

americanas não se importa de correr o risco de

pelo menos um ataque “cirúrgico” (desculpem o

clichê vicioso) a seus centros petroleiros,

infraestrutura ou instalações militares. Segundo

jornalistas americanos que ouvem fontes no

governo de seu país, essas teriam sido as

hipóteses de retaliação oferecidas a Trump.

Ressalte-se: uma facção da guerra civil do Iêmen

e um Irã irado ou desesperado a ponto de se

arriscar em uma guerra podem provocar um

colapso econômico global. Note-se de passagem

que os Emirados Árabes Unidos, também

envolvidos na confusa guerra do Iêmen, são

responsáveis por 6% das exportações mundiais

de petróleo. O vizinho Iraque, sob guerra e

terrorismo permanentes desde 2003, outros 8%.

O rolo mais recente dos americanos com o Irã

recomeçou com Trump, que na prática rasgou os

acordos de limitação de armas nucleares. Para

quê? Até o ano passado, quase ninguém dava

muita bola para a guerra e o morticínio no

Iêmen, afinal, terra de gente não-branca e

muçulmana, vidas que não valem grande coisa

na opinião pública ocidental, no entanto uma

guerra de potências petroleiras.

As questões alarmantes parecem óbvias. Na

ordem politica mundial, os danados da terra

estão sempre se danando, é verdade. Mas, ruim

com tal ordem, pior ainda sem. Os acordos

formais e tácitos estão indo à breca, mais

recentemente graças à contribuição de

demagogos mais ou menos autoritários, ineptos

ou dementes, Trump entre eles, mas não apenas.

As tentativas mais cínicas de paz, estabilidade,

equilíbrio de forças e opressão moderada são

exemplos maiores de fina razão quando

comparadas às provocações demagógicas e

nacionalismos agressivos, recentes e cada vez

mais frequentes.

Vinicius Torres Freire

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É

mestre em administração pública pela

Universidade Harvard (EUA).

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciusto

rres/2019/09/choque-do-petroleo-foi-adiado-ate-

que-desordem-mundial-cause-outra-crise.shtml

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Preço do petróleo tem forte queda após Arábia Saudita retomar produção

Barril de Brent recua 7%; ações da Petrobras

acompanham retração

Júlia Moura

SÃO PAULO

O petróleo perdeu cerca de metade da

valorização obtida com os ataques na Arábia

Saudita. Depois de subir 14,6% na segunda-feira

(16), o contrato futuro do barril de Brent tem

queda de 7% até o início da noite desta terça

(17), a US$ 64,15.

O mercado futuro se refere a negociação de

contratos de ativos que serão liquidados

posteriormente. Ele funciona como uma espécie

de termômetro sobre a expectativa atual do

mercado para o valor do ativo na data de

vencimento. No caso do Brent, o contrato ativo

no momento vence em novembro.

Outra característica do contrato, é que seu

horário de negociação é estendido, para atender

diferentes mercados. No horário de Brasília, a

cotação é negociada das 21h às 19h.

Na véspera, a alta do contrato ultrapassou os

13% registrados no início da noite e foi a

14,61%. Analistas do mercado financeiro

apontam que esta é a maior alta percentual

diária da história da cotação.

Nesta terça, no entanto, a matéria-prima se

desvalorização com estimativas do mercado e

declarações do governo saudita de que o país

retomaria a produção de forma rápida. Sobre os

ataques às refinarias, o príncipe herdeiro

Mohammed bin Salman disse que as ameaças

iranianas não eram direcionadas apenas contra o

reino, mas contra o Oriente Médio e o mundo.

Na tarde desta terça, o Ministro de Energia

saudita confirmou as expectativas e disse que as

exportações do país não seriam afetadas pelos

ataques de sábado (14). Ele afirmou ainda que a

capacidade de produção será de 11 milhões de

barris de petróleo (bdp) em duas semanas, 1,2

milhão de barris a mais que a quantidade

produzida antes dos ataques.

O presidente americano Donald Trump, por sua

vez, declarou que não julga necessário liberar

petróleo da reserva estratégica dos EUA,

alegando que os preços da commodity não

subiram muito.

Apesar da queda no preço, o patamar de US$

64,15 por barril é US$ 3,93 maior que o

registrado antes dos ataques a petroleira Saudi

Aramco. De acordo com a cotação atual do dólar,

a alta corresponde a R$ 16,03.

Nesta terça, a cotação da moeda americana

fechou em queda de 0,26%, a R$ 4,079. A

depreciação do dólar veio com a expectativa de

um acordo comercial entre China e Estados

Unidos e de cortes de juros por parte dos bancos

centrais americano e brasileiro.

Trump declarou nesta terça que seu governo

pode fechar um acordo comercial com a China

antes da eleição presidencial dos EUA, em

novembro de 2020, ou no dia seguinte à eleição.

O presidente afirmou ainda que a China acha que

ele vai ganhar a eleição, mas que as autoridades

chinesas prefeririam lidar com outra pessoa. Ele

disse que alertou à China que, se o acordo vier

após a disputa eleitoral, será em termos "muito

piores" para Pequim do que se fosse alcançado

agora.

As falas animaram investidores e índices da

Bolsas de Nova York fecharam no azul. Dow

Jones teve leve alta de 0,13%, S&P 500 subiu

0,26% e Nasdaq, 0,4%.

O mercado também conta com um corte de 0,25

ponto percentual na taxa básica de juros dos EUA

nesta quarta (18), como forma de estímulo a

economia. ,

O Ibovespa seguiu o viés positivo e fechou em

alta, com a recuperação de companhias que

registraram queda na véspera, com aversão a

risco provocada pelos ataques à Arábia Saudita.

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Grupo de Comunicação

O índice subiu 0,9%, a 104.616 pontos, maior

patamar desde 18 de julho.

A Gol subiu 5,5% nesta sessão, a R$ 33,83,

depois de cair 7,7% na véspera. A Azul teve alta

de 3%, a R$ 48,45 depois de cair 8,45% na

segunda (16).

Já as ações da Petrobras, reverteram parte dos

ganhos de segunda. Os papéis preferenciais

(mais negociados) da companhia recuaram

1,6%, a R$ 27,60. Os ordinários (com direito a

voto) caíram 1,87%, a R$ 30,42.

Além da forte queda na cotação do petróleo na

sessão, a valorização da estatal foi afetada pela

decisão de não repassar, de imediato, a recente

alta da commodity para os consumidores.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou

que a empresa tem autonomia na questão. Na

véspera, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse

em entrevista à Rede Record que conversou com

o presidente da estatal, Roberto Castello Branco,

e foi informado de que não será elevado o valor

ao menos neste primeiro momento.

“Ele me disse que, como é algo atípico e a

principio tem um fim para acabar, ele não deve

mexer no preço do combustível”, afirmou.

Depois da declaração do presidente, a estatal

publicou um comunicado ao mercado em que

explica a decisão de não fazer um ajuste de

forma imediata, já que "o mercado apresenta

volatilidade e a reação súbita dos mercados ao

evento ocorrido pode ser atenuada na medida em

que maiores esclarecimentos sobre o impacto na

produção mundial sejam conhecidos".

A empresa ressalta ainda que não há

periodicidade mínima em sua política de preços,

que prevê acompanhar as cotações

internacionais, com base em um conceito

conhecido como paridade de importação —que

simula quanto custaria para trazer combustíveis

ao mercado interno.

A estatal vem fazendo ajustes em períodos mais

estendidos do que durante o governo Michel

Temer, quando as mudanças chegaram a ser

diárias. Essa política gerou insatisfações que

culminaram com a greve dos caminhoneiros, em

maio de 2018.

“A decisão acende um sinal de alerta quanto à

autonomia da estatal na política de determinação

de preços, mas, a princípio, no curtíssimo prazo,

o efeito da elevação na cotação da commodity é

majoritariamente positivo, beneficiando a

exportação de petróleo bruto. Uma defasagem

dos preços por um período razoável de tempo,

por outro lado, traz de volta à tona prejuízos na

área de abastecimento e distribuição de

combustíveis”, afirma relatório da Coinvalores.

O mercado vê a atual alta do petróleo como teste

de fogo para a estatal. Caso a valorização da

matéria-prima se prolongue, e a Petrobras não

faça um ajuste nos preços, as vendas de ativos

previstas no plano de desestatização pode ser

impactada, com desconfiança de investidores e

potenciais compradores.

(Com Reuters)

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/09

/preco-do-petroleo-tem-forte-queda-apos-arabia-

saudita-retomar-producao.shtml

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Grupo de Comunicação

Preço do etanol sobe a reboque dos ataques

na Arábia Saudita

Segundo Cepea, alta ocorre devido a expectativa

de elevação da demanda desse combustível

Mauro Zafalon

SÃO PAULO

O preço do etanol reagiu nesta segunda-feira

(16) aos atentados ocorridos em refinarias da

Arábia Saudita. A pesquisa diária dos valores do

tipo hidratado, feita pelo Cepea (Centro de

Estudos Avançados em Economia Aplicada),

indicou R$ 1,784 por litro, 1,83% a mais do que

na última sexta-feira (13).

De acordo com o Cepea, a alta ocorre devido a

uma expectativa de elevação da demanda desse

combustível, em vista de possível aumento nos

preços internos da gasolina.

Já Antonio Padua Rodrigues, diretor da Unica

(União da Indústria de Cana-de-Açúcar), afirma

que a alta é um movimento normal de mercado,

que está com a demanda bastante aquecida.

Diferentemente do que ocorre com os valores da

gasolina e do diesel, o preço do etanol não sofre

nenhum tipo de regulação ou política institucional

e oscila livremente. O setor também é

pulverizado em centenas de empresas que

concorrem entre si e não há um grupo econômico

majoritário capaz de influenciar o preço final,

como ocorre no caso da Petrobras no segmento

de petróleo.

O setor já caminha para a colheita da parte final

da cana —resta um terço— e, diante de uma

oferta aquecida, os ajustes vão ser feitos via

mercado, segundo o diretor da Unica.

A safra 2019/20 de cana-de-açúcar tem um foco

mais alcooleiro do que açucareiro. A demanda

interna tem permitido às usinas valores melhores

para o etanol do que para o açúcar, devido ao

preço fraco deste no mercado externo.

Os dados mais recentes da Unica indicam que, de

cada 100 toneladas de cana colhidas na região

centro-sul neste ano, pelo menos 64,5 delas vão

para a fabricação do combustível.

A boa oferta de etanol hidratado, apesar da forte

demanda, tem mantido os preços do combustível

favoráveis aos consumidores.

No estado de São Paulo, um dos principais

produtores de cana e do combustível, os preços

do etanol correspondem a apenas 64,4% dos da

gasolina. Pesquisa indica que, quando essa

relação fica abaixo de 70%, a utilização do etanol

hidratado é mais vantajosa do que a da gasolina.

Em algumas cidades paulistas essa relação é

ainda mais favorável. Os consumidores de

Adamantina e de Dracena pagam apenas 57% e

59,7%, respectivamente, pelo álcool, em relação

aos valores da gasolina.

Cálculos da Unica mostram que 50% da frota

brasileira de veículos está localizada em

municípios com paridade de preços entre etanol

hidratado e gasolina abaixo de 67%.

As vendas acumuladas de etanol nesta safra

somam 14,2 bilhões de litros. Deste volume, 9,9

bilhões são de álcool hidratado. Essas

negociações superam em 18% as de igual

período do ano passado. A safra de cana 2019/20

teve início em abril.

Uma manutenção dessa alta de preços do etanol

nas usinas, e consequente repasse para as

bombas, pode mexer com a inflação. Do início de

abril ao final de agosto, os preços do etanol

tiveram queda de 7,2% para os consumidores

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Grupo de Comunicação

paulistanos, conforme pesquisa de preços da Fipe

(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

No mesmo período, a gasolina teve alta de 1,3%.

A pesquisa diária de preços do etanol hidratado

em Paulínia (SP), feita pelo Cepea, serve de base

para a liquidação dos contratos futuros desse

combustível na B3. Os preços não contêm

impostos (ICMS e PIS/Cofins).

Ao registrar R$ 1,784 por litro nesta segunda-

feira, o etanol interrompe um período de queda e

retorna aos patamares de há um mês.

Estão longe, contudo, do maior valor registrado

pelo combustível neste ano: R$ 2,1 por litro em

abril.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/09

/ataques-na-arabia-saudita-mexem-com-preco-

do-etanol-nas-usinas-aponta-cepea.shtml

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Grupo de Comunicação

Moraes homologa acordo para uso de

recursos de multas da Lava Jato em

educação e Amazônia

De R$ 2,6 bi acertados por Petrobras nos EUA,

R$ 1,6 bi vai para o MEC, e R$ 1 bi, para floresta

William Castanho

BRASÍLIA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF

(Supremo Tribunal Federal), homologou nesta

terça-feira (17) o acordo para destinar à

Amazônia e a investimentos em educação

recursos oriundos do fundo da Lava Jato.

O volume de dinheiro é proveniente de multas

acertadas pela Petrobras nos Estados Unidos. Do

total, será R$ 1,6 bilhão para educação. A

Amazônia Legal vai receber R$ 1 bilhão.

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba

queriam criar uma fundação privada para gerir

R$ 2,6 bilhões.

A medida foi questionada pela procuradora-geral

Raquel Dodge no STF (Supremo Tribunal

Federal). A ação ficou sob relatoria de Moraes.

A 13ª Vara de Curitiba havia homologado acordo

para a gestão privada desses recursos. Além da

PGR, a Mesa da Câmara também questionou o

acordo de Curitiba.

O ministro escreveu na decisão que o órgão não

tinha competência para fechar um acordo para a

destinação do dinheiro. Afirmou ainda faltar aos

procuradores da Lava Jato no Paraná as

atribuições para essa gestão.

"Nesse sentido, como bem destacado pela

Presidência da Câmara dos Deputados, o

depósito dos valores pagos pela Petrobras

deveria ter ocorrido em favor do Tesouro

Nacional", escreveu Moraes. Segundo ele, cabe à

União decidir a destinação dos recursos.

Do montante para o Ministério da Educação, R$ 1

bilhão vai para a educação infantil.

Ainda haverá R$ 250 milhões para o Ministério da

Saúde e R$ 250 milhões para o Ministério de

Ciência e Tecnologia. O Ministério de Direitos

Humanos fica com R$ 100 milhões.

O dinheiro será usado também para ajudar no

combate às queimadas na Amazônia. A União vai

ficar R$ 630 milhões para implementar GLO

(Garantia da Lei e da Ordem). Outros R$ 430

milhões serão descentralizados para os estados

da região amazônica.

O governo federal, a PGR (Procuradoria-Geral da

República) anunciaram no dia 5 deste mês o

entendimento sobre os recursos do fundo da

Lava Jato.

Moraes destaca na decisão que participaram de

reuniões ainda os presidentes da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), além de integrantes da

AGU (Advocacia-Geral da União) e dos

ministérios da Agricultura, da Economia e da

Defesa.

Segundo Moraes, "não há qualquer dúvida sobre

a nulidade absoluta" do acordo homologado pela

equipe capitaneada por Deltan Dellagnol e a 13ª

Vara Federal de Curitiba.

O ministro escreveu, na decisão desta terça, que

esse acerto "desrespeitou os preceitos

fundamentais da Separação de Poderes, do

respeito à chefia institucional, da unidade,

independência funcional e financeira do Ministério

Público Federal e os princípios republicano e da

legalidade e da moralidade administrativas".

Moraes afirmou ainda que a iniciativa de Curitiba

pretendeu "transformar receitas públicas

decorrentes da restituição do montante da multa

a ser paga pela Petrobras aos cofres da União em

recursos privados, para sustentar Fundação de

Direito Privado a ser constituída, organizada e

gerida pelos Procuradores da República do

Paraná, integrantes da Força-Tarefa Lava-Jato".

Isso, segundo ele, caracteriza-se "ilegal

desvirtuamento na execução do acordo" entre

Petrobras e instituições americanas.

https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/0

9/moraes-homologa-acordo-para-uso-de-

recursos-de-multas-da-lava-jato-em-educacao-e-

amazonia.shtml

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Garimpeiros pressionam Salles e Onyx a

punir fiscais que queimaram máquinas

Reunião com Salles não apareceu na agenda

diária divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente

Rubens Valente

BRASÍLIA

Garimpeiros do Pará afirmaram, em áudios

distribuídos em grupos de aplicativos, que

cobraram dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa

Civil) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) a

abertura de investigação contra servidores do

Ibama e do ICMBio que destruíram equipamentos

flagrados pela fiscalização em crimes ambientais

no final de agosto e início de setembro.

A reunião com Salles, ocorrida na segunda-feira

(16) na Casa Civil, não apareceu na agenda

diária divulgada pelo Ministério do Meio

Ambiente. Na agenda de Onyx não constaram

nomes de entidades de garimpeiros —apenas os

dos representantes do governo, como se fosse

uma reunião interna entre órgãos públicos, e o

do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

À tarde, a Casa Civil divulgou uma notícia sobre o

assunto em seu site.

O grupo de garimpeiros que esteve em Brasília é

o mesmo que, durante cinco dias, organizou a

interdição da rodovia BR-163, perto de Itaituba

(PA), após uma operação de fiscalização do

Ibama, ICMBio e Força Nacional ter flagrado a

invasão da floresta nacional do Crepori, área

protegida pela legislação ambiental. Baseados

em legislação aplicada desde o ano 2008, os

fiscais queimaram pelo menos duas

retroescavadeiras e vários motores usados pelos

garimpeiros nos crimes ambientais.

"Nós precisamos com urgência de, no prazo de

uma semana, apresentarmos ações que foram

feitas de forma truculenta, arbitrária, onde

destruíram maquinários ao arbítrio, fora da lei.

Gente, quem tiver alguma ação me passe por

favor, precisamos apresentar isso. Ministro exigiu

[isso] na mão para abrir sindicância contra os

agentes. [...] Eles vão tomar, junto com a Polícia

Federal, ação com relação a isso, contrário [a]

aos atos arbitrários", disse o advogado Fernando

Brandão em áudio distribuído aos garimpeiros.

Ele defende uma cooperativa de Moraes de

Almeida, um bairro de Itaituba. Segundo o

advogado, a cooperativa tem cerca de 1.800

filiados.

Um outro garimpeiro foi além, afirmando que o

governo se comprometeu a "rever a legislação"

sobre queima de equipamentos. O advogado

nega que essa promessa ocorreu.

"Mostramos a nossa causa, as nossas

reivindicações. [...] O que eles nos pediram foi

um prazo de uma semana para poder rever a lei

em questão da queimada de máquinas e mostrar

uma solução para nós, para a nossa legalização

de áreas de Flonas [florestais nacionais], de APAs

[áreas de proteção] e de reservas indígenas.

Então no dia 2 está marcada uma nova audiência

em Brasília, às 10h da manhã, e eles vão mostrar

para nós as soluções para poder mudar essa vida

nossa aí, beleza?", diz um garimpeiro. O governo

tem prometido abrir garimpo em terras

indígenas.

Um terceiro garimpeiro que disse ter participado

da audiência afirmou que tinha "uma ótima

notícia". "Marcaram uma nova audiência para o

dia 2 e até lá eles vão rever a lei sobre as

queimadas de máquinas, entendeu? Eles vão

rever a lei sobre as APAs, sobre as reservas e

sobre as Flonas e dia 2 vão dar a decisão deles.

Então até o dia 2 nós estamos mais ou menos

calçados", disse o garimpeiro.

À Folha o advogado Fernando Brandão confirmou

que será apresentado "um levantamento" de

ações do Ibama para que medidas sejam

tomadas pelo governo contra servidores que

tenham praticado "ilegalidades". Segundo o

advogado, na reunião ele "interpelou" Salles

porque um diretor do Ibama teria afirmando que

só existe uma ação judicial "sobre atos

arbitrários do Ibama".

Brandão disse que "não generaliza" as acusações

contra os servidores do Ibama. "São alguns que

estão fazendo de forma arbitrária", diz. Para o

advogado, somente em "caso muito raros" a

legislação permite a destruição do maquinário.

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Grupo de Comunicação

Brandão afirmou que os garimpeiros aceitaram

"dar uma trégua" e suspender o bloqueio da

rodovia BR-163 até a realização da reunião e "a

garantia de que as pautas pudessem ser

garantidas". "Agora, eu te garanto uma coisa, se

daqui para o dia 2 tiver uma única queima de

máquinas você pode segurar porque... Não é a

minha promessa, eu inclusive sugiro que não

façam, mas [os garimpeiros] vão começar a

trancar as BRs não só do Pará, mas do Brasil

inteiro", disse Brandão.

O advogado afirma que Salles "não teve um

posicionamento enfático em relação à queima de

maquinários". "O que nós gostaríamos realmente

era que ele tomasse a postura de falar para o

presidente do Ibama, 'olha, aqui nós não

aceitamos que queime', até por ele ser um

operador do direito. Nós queríamos que ele

determinasse aos dois órgãos que não

queimassem mais o maquinário antes do devido

processo legal", disse o advogado dos

garimpeiros.

Na semana passada, o governo Jair Bolsonaro

demitiu o superintendente regional do Ibama no

Pará, o coronel da Polícia Militar Evandro Cunha

dos Santos, depois de ele ter dito em audiência

pública, na segunda-feira (9), que recebeu

ordem para interromper a queima de veículos

que são flagrados pela fiscalização do órgão

federal cometendo crimes ambientais na

Amazônia.

Em entrevista à Folha no dia 10 de setembro, o

ministro Ricardo Salles disse: "essa ordem [de

interromper a queima de veículos flagrados em

fiscalização] não partiu de ninguém. Não existiu

essa ordem. A atitude dele [superintendente

regional do Ibama no Pará] foi inaceitável.

Primeiro, porque fez uma afirmação que não é

verdadeira, dizendo que havia essa ordem. E fez

essa afirmação em um evento que ele não tinha

nem que estar presente".

'DERRUBA ESSE TREM'

Em outros áudios que circularam entre

garimpeiros eles falam em derrubar um

helicóptero do Ibama que fazia sobrevoos na

região da floresta nacional do Crepori, perto de

Itaituba, em apoio à fiscalização. "Não tem

ninguém aí na região que tem um [fuzil] AR-15

para derrubar esse bicho, não? Joga esse trem

pro chão, menino", provoca um garimpeiro.

"Vou falar uma coisa o que eu penso, eu sou

brasileiro também mas o povo mais covarde que

existe se chama brasileiro. Porque se fosse um

país qualquer aí fora já tinha derrubado esse

helicóptero faz é hora. Tem é medo", concordou

outro garimpeiro. "Aí sim, aí eu dou valor.

Derruba esse trem aí, uai. Eles não chegam aqui

e metem fogo, não apavora, e não dá nadinha?

Vamos ver se nós derrubar um helicóptero aí se

não vai dar nada também, uai."

Na nota publicada no site da Casa Civil na

internet, o órgão informou que o governo

recebeu "representantes de garimpeiros

paraenses que haviam bloqueado trecho da BR-

163 na semana passada". Segundo o órgão,

Onyx "assegurou que o governo se compromete

a achar uma solução 'estruturante e de longo

prazo' para as demandas trazidas pelos

garimpeiros". “O governo do presidente Jair

Bolsonaro respeita o setor produtivo e tem a

verdade como um valor fundamental”, afirmou,

segundo a notícia distribuída à imprensa. “Em

duas semanas nos reuniremos novamente e

apresentaremos nossas propostas de soluções

para a questão da regularização fundiária e a

exploração mineral em terras indígenas”,

informou o texto da Casa Civil divulgado no site.

A Folha indagou à Casa Civil se houve ordem do

governo para investigar fiscais, mas não houve

resposta a esse quesito até o fechamento deste

texto.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

9/garimpeiros-pressionam-salles-e-onyx-a-punir-

fiscais-que-queimaram-maquinas.shtml

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Grupo de Comunicação

Americanos cada vez mais veem a mudança

do clima como crise, diz pesquisa

Maioria dos entrevistados não está disposta a

pagar do próprio bolso por possíveis soluções

Brady Dennis

Steven Mufson

Scott Clement

WASHINGTON | THE WASHINGTON POST

Número cada vez maior de americanos descreve

a mudança do clima como crise, e dois terços

deles dizem que o presidente Donald Trump não

está fazendo o suficiente para enfrentar o

problema.

Os resultados de uma pesquisa conduzida pelo

The Washington Post e pela Kaiser Family

Foundation (KFF) apontam para um crescente

distanciamento entre os americanos preocupados

com o aquecimento do planeta e os integrantes

do governo Trump, que vem reduzindo

agressivamente a regulamentação ambiental da

era Obama e deixou de lado o papel dos Estados

Unidos como líder mundial na ação quanto ao

clima.

A pesquisa constatou que a maioria dos

americanos —cerca de oito em cada dez dos

entrevistados— acredita que as atividades

humanas alimentam o aquecimento global, e

cerca de metade deles acredita que ação é

urgentemente necessária dentro dos próximos

dez anos, se a humanidade deseja evitar os

piores efeitos da mudança no clima.

Quase quatro em cada dez entrevistados dizem

que a mudança do clima é uma "crise", ante

menos de um quarto deles cinco anos atrás.

"Tenho muito medo, não pelos meus filhos, mas

pelos filhos de meus filhos e o que eles terão de

enfrentar", disse Mechaella DeRicci, 50, técnica

de assistência respiratória em Bristol,

Connecticut. "O que estamos deixando como

legado exceto uma tremenda confusão?"

Ainda que os americanos estejam cada vez mais

preocupados com a mudança do clima, menos de

quatro em cada dez deles dizem acreditar que a

solução do problema exigirá que façam "grandes

sacrifícios". E a maioria dos entrevistados não

está disposta a pagar por isso do próprio bolso.

Por exemplo, enquanto quase metade dos

adultos dizem que estariam dispostos a pagar

uma taxa de US$ 2 (cerca de R$ 8) por mês em

suas contas de energia para ajudar a combater a

mudança do clima, apenas pouco mais de um

quarto deles se declarou disposta a pagar US$ 10

(R$ 40) adicionais por mês.

E, embora dois terços dos entrevistados apoiem

padrões mais rigorosos de consumo de

combustível para os carros e caminhões do país,

aumentos nos impostos sobre a gasolina

continuam fortemente impopulares.

Em lugar disso, uma maioria clara dos

entrevistados diz que preferiria que as iniciativas

sobre o clima fossem bancadas por um aumento

dos impostos pagos pelos domicílios ricos e pelas

companhias que queimam combustíveis fósseis.

A pesquisa do The Washington Post e da KFF

surge em um momento no qual o planeta já

mostra mais de um grau Celsius de aquecimento

desde a Revolução Industrial, e cientistas dizem

que estamos a caminho de efeitos catastróficos,

a menos que as pessoas ajam rapidamente para

reduzir suas emissões de dióxido de carbono.

Países importantes de todo o mundo, com

exceção dos Estados Unidos, prometeram

trabalhar juntos para combater a mudança do

clima como parte do Acordo de Paris, assinado

em 2015, mas o mundo continua muito distante

das metas acordadas.

A pesquisa também surge em meio à aceleração

da campanha presidencial dos democratas, na

qual a mudança do clima é uma questão central.

O ex-aspirante a uma candidatura e governador

do estado de Washington, Jay Inslee, um

democrata que fez da ação contra o clima a peça

central de sua campanha, atraiu pouco apoio e

recentemente abandonou a disputa. Mas seu foco

em ação quanto ao clima persiste nas propostas

de alguns dos candidatos restantes.

Para Trump, a mudança do clima também pode

se provar uma questão relevante, mesmo para

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sua base eleitoral republicana. Ainda que os

eleitores democratas e independentes

apresentem maior probabilidade de acreditar que

a mudança do clima é causada pela atividade

humana, a maioria dos republicanos —60%— diz

que também acredita nisso, a pesquisa

constatou. E 23% dos republicanos dizem

desaprovar a maneira pela qual Trump vem

conduzindo o assunto, ante apenas 9% dos

republicanos que desaprovam o seu desempenho

geral.

Tiffany Hickman, 42, vice-presidente e gerente

geral de vendas da Holston Valley Broadcasting

Corp., do Tennessee, é eleitora registrada do

Partido Republicano e acredita que a mudança do

clima é real e está ligada à atividade humana.

Perguntada se apoiava Trump, Hickman

respondeu que "eu não diria que sim, mas não

diria que não".

Hickman disse que ela estaria disposta a pagar

15% mais pela eletricidade para combater a

mudança no clima, e comparou a decisão a

"comprar uma salada por US$ 10 e um

hambúrguer por US$ 3".

"Sei qual deles é mais barato", ela disse, "mas

também sei qual deles é mais saudável".

Os pesquisados dão à condução da questão do

clima por Trump o maior nível de desaprovação

entre seis questões avaliadas na pesquisa do The

Washington Post e KFF, e 67% deles dizem que

estão insatisfeitos com o desempenho do

presidente.

Nos últimos anos, diversas outras pesquisas

nacionais constatam crescente preocupação

pública sobre a mudança do clima. A pesquisa do

The Washington Post e KFF constatou que 79%

das pessoas acreditam que a atividade humana

causa o aquecimento global, um total

significativamente superior a algumas pesquisas

recentes.

A pesquisa do The Washington Post e KFF pediu

uma resposta sim ou não à seguinte afirmação:

"A atividade humana está ou não está causando

mudanças no clima do planeta, entre as quais

uma elevação na temperatura média".

Em contraste, uma pesquisa realizada em abril

pelas universidades Yale e George Mason

constatou que 69% dos entrevistados

responderam que "o aquecimento global está

acontecendo", e 55% responderam sim a uma

segunda pergunta sobre ele ser causado "por

atividades humanas" e não por "mudanças

naturais no meio ambiente".

A pesquisa do The Washington Post e KFF

também revela uma mistura de otimismo sobre a

inovação e altos níveis de ansiedade sobre a

mudança no clima. A literatura e filmes populares

muitas vezes retratam um futuro distópico, e

muitos jovens imaginam se devem ou não trazer

filhos a um planeta cada vez mais quente.

Mas sete em dez dos entrevistados dizem que é

provável ou razoavelmente provável que avanços

tecnológicos evitem a maior parte dos efeitos

negativos da mudança do clima —ainda que

nenhum avanço tecnológico em larga escala

esteja no horizonte.

A crença na inovação não é muito firme; apenas

pouco mais de dois em dez entrevistados

consideram provável que a tecnologia traga a

salvação. Ao mesmo tempo, seis em dez

acreditam que terão de fazer sacrifícios

individuais modestos —se algum— para ajudar a

combater a mudança do clima.

Christa Moseng, 41, já mudou sua vida cotidiana.

Ela não tem mais carro e se desloca de ônibus,

trem e bicicleta. Paga alguns dólares a mais por

mês me sua conta de eletricidade para garantir

que sua energia venha de fontes renováveis.

"Quanto mais tempo esperarmos, mais o

obstáculo se tornará intransponível", disse

Moseng, que é democrata e vive em Minneapolis.

"Precisamos tratar a situação como crise."

A pesquisa do The Washington Post e KFF

sublinha o senso de urgência de muitos

americanos. Quarenta por cento dos

entrevistados dizem que é preciso agir para

combater a mudança do clima no começo da

próxima década, se desejamos evitar as piores

consequências, mas 12% deles acreditam que já

seria tarde demais.

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"Há provas científicas reais, razoáveis, de que se

não promovermos mudanças dentro de um ou

dois anos, os danos serão irreversíveis", disse

Kristen Bailey, 30, bibliotecária em Macon

Geórgia, que se descreve como independente em

termos de preferências políticas.

Bailey disse que se sente frustrada pela falta de

ação em Washington e que o clima será "uma

das maiores prioridades" para ela na eleição de

2020. "Não estamos fazendo nem perto do

suficiente", ela disse.

Mas muitos americanos preferem que as

empresas e os ricos arquem com o peso

financeiro do combate à mudança no clima. A

pesquisa constatou que:

- Quase 70% dos entrevistados dizem que a ação

quanto ao clima deve ser bancada por um

aumento dos impostos sobre os domicílios ricos.

Essa proposta é apoiada por 83% dos

democratas, 69% dos independentes e 44% dos

republicanos.

- Seis em cada dez favorecem aumentar os

impostos sobre empresas que queimam

combustíveis fósseis, com 74% de apoio pelos

democratas, 64% pelos independentes e 39%

pelos republicanos. (Os entrevistados foram

informados de que as empresas poderiam

repassar os impostos aos consumidores na forma

de preços mais altos.)

- Cerca de quatro em cada dez entrevistados

apoiam elevar a dívida nacional para pagar por

programas de redução das emissões de gases

causadores do efeito estufa. O apoio cai a 32%,

porém, caso o respondente seja informado de

que a dívida do governo dos Estados Unidos já

atinge os US$ 22 trilhões (cerca de R$ 88

trilhões).

A pesquisa do The Washington Post e KFF foi

conduzida online e por telefone de 9 de julho a 5

de agosto, entre uma amostra nacional de 2.293

adultos, por meio do Amerispeak, um painel de

pesquisa recrutado por meio de seleção aleatória

de domicílios nos Estados Unidos pelo Centro

Nacional de Pesquisa de Opinião (Norc, na sigla

em inglês), da Universidade de Chicago. Os

resultados gerais têm margem de erro de mais

ou menos quatro pontos percentuais.

Edward Joe Wroten, 64, que trabalhava com

enfermagem e é firme eleitor republicano no

Arizona, votou em Trump em 2016 mas não está

certo de que votará de novo nele. Impressionado

por fotos e vídeos que mostram o derretimento

das calotas de gelo polares, Wroten disse que as

questões climáticas "subiram para perto do

topo", nas preocupações dele.

"São coisas muito importantes", ele disse. "Não

há muita coisa que eu possa fazer sobre isso

agora. Mas posso votar."

Trump tem bolsões de apoio à sua posição sobre

a mudança do clima: cerca de um em cada

quatro adultos diz que a seriedade do

aquecimento global e da mudança do clima vem

sendo "em geral exagerada". Essa posição é

mantida por 56% dos republicanos, 24% dos

independentes e 5% dos democratas.

Richard Merritt, 53, que trabalha com pesca

comercial no Maine, é um dos céticos quanto ao

clima. Embora "algumas coisas tenham mudado",

ele disse, em sua opinião os padrões alterados

dos caranguejos, moluscos e "quahogs"podem

ser apenas ciclos naturais.

"Creio que é a Mãe Natureza", ele disse,

acrescentando: "Mas posso estar errado".

Merritt continua a ser forte partidário de Trump,

dizendo que "apoio tudo que ele faz". Ele disse

que até tem um adesivo em seu carro que

mostra Trump fazendo um gesto rude na direção

de Nancy Pelosi, a presidente democrata da

Câmara dos Deputados. "Mas não vou falar

disso", disse.

Uma pesquisa da KFF diz que duas vezes mais

americanos confiam no Partido Democrata do

que no Partido Republicano para lidar com a

mudança do clima, 38% a 17%. Mas 35% deles

dizem não confiar em qualquer dos partidos

quanto a isso —um sentimento compartilhado

por 56% dos eleitores independentes. E ainda

que 66% dos americanos digam que Trump está

fazendo muito pouco para reduzir as emissões de

gases causadores do efeito estufa, 56% dizem o

mesmo sobre o Partido Democrata.

Mas em entrevistas complementares, diversos

dos respondentes se declararam frustrados com

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o desdém expresso por Trump quanto aos

cientistas do clima e seus alertas severos.

"É absurdo. Dados científicos são dados

científicos", disse DeRicci.

"Estou chocada por termos abandonado o Acordo

de Paris sobre o clima. Estamos diante de um

incêndio grave e deveríamos ter agido a respeito

anos atrás", ela afirmou.

Tradução de Paulo Migliacci

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

9/americanos-cada-vez-mais-veem-a-mudanca-

do-clima-como-crise-diz-pesquisa.shtml

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Mônica Bergamo: Direita pró-Bolsonaro

também racha no meio empresarial

Presidente do Instituto Brasil 200 diz que slogan

foi 'Brasil acima de tudo. Não Bolsonaro acima de

tudo'

A direita pró-Bolsonaro rachou também no meio

empresarial. Gabriel Kanner, presidente do

Instituto Brasil 200, que reúne alguns dos mais

entusiasmados apoiadores do governo, diz que o

slogan da campanha presidencial foi “Brasil

acima de tudo. Não Bolsonaro acima de tudo”.

CAMBALHOTA

Segundo ele, parte da direita está “fazendo

malabarismos intelectuais para defender posturas

que não são corretas”. O bloqueio à CPI da Lava

Toga, que investigaria ministros do STF

(Supremo Tribunal Federal), seria uma delas.

PALAVRA DE ORDEM

“São grupos que vão defender [pautas]

independentemente de qualquer coisa”, diz

Kanner. De acordo com ele, a criação da CPI foi

tema fundamental defendido na manifestação a

favor do governo, em maio.

ATÉ TU?

Ele critica inclusive o filho do presidente, senador

Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que atuou contra a

CPI. O parlamentar é próximo do Instituto Brasil

200, tendo abraçado a proposta de reforma

tributária da entidade.

SETA

Kanner, que é sobrinho do empresário Flavio

Rocha, da Riachuelo, afirma que suas

manifestações são pessoais e que o instituto

segue apoiando o governo. “Parte disso é apontar

erros para que se corrijam caminhos”, diz.

“Vamos cobrar.”

EM CASA

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que deixou

a prisão nesta terça (17), pretende trabalhar no

esquema home office, em sua casa em São

Paulo. Ele ainda não tem um projeto formulado

—vai se dedicar a isso nos próximos dias.

ACESSÓRIO

O ex-executivo vai cumprir pena em regime de

prisão domiciliar com o uso de tornozeleira

eletrônica.

INTERCÂMBIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social) firmou uma parceria com a

CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O banco

vai ceder de 15 a 50 funcionários para a

instituição por um prazo de dois anos,

prorrogável por mais dois.

TROCA

O objetivo da parceria é a troca de experiência.

Podem se candidatar todos os funcionários

concursados de nível superior. Os critérios de

seleção ainda não foram definidos.

NA TELINHA

A atriz Susana Vieira esteve no lançamento da

nova novela da Globo “Éramos Seis”, na Casa de

Arte e Cultura Julieta de Serpa, no Rio, na

segunda (16). Os atores Antonio Calloni, Gloria

Pires, Nicolas Prattes, Eduardo Sterblitch e

Ricardo Pereira também passaram por lá.

JUNTOS

Um ato de apoio ao centro cultural palestino Al

Janiah será realizado na Assembleia Legislativa

de SP no dia 2 de outubro. A ação foi proposta

pela deputada Beth Sahão (PT), que convidou

representantes da Defensoria Pública e da

secretaria de Segurança e membros da

comunidade islâmica em São Paulo.

MISTURADOS

O Al Janiah sofreu ataque de bombas e de gás

lacrimogêneo no começo deste mês. A Secretaria

de Segurança Pública diz que já ouviu os donos

do estabelecimento e testemunhas e que

trabalha na identificação dos autores da

agressão.

ESCURIDÃO

O Cristo Redentor, no Rio, terá as luzes

apagadas nesta quarta (18), das 19h30 às

19h40, pelo Dia Nacional de Conscientização e

Incentivo ao Diagnóstico Precoce do

Retinoblastoma, um tumor ocular comum na

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infância que pode levar à cegueira e à morte caso

não seja diagnosticado precocemente.

A iniciativa é da Associação para Crianças e

Adolescentes com Câncer (TUCCA).

ESCURIDÃO 2

Em SP, o Theatro Municipal e a Sala São Paulo

também vão aderir ao apagão.

TRIBUTO

Vida e obra do cineasta Eduardo Coutinho serão

lembradas na mostra Ocupação, no Itaú Cultural,

em outubro. A homenagem é uma parceria com

o Instituto Moreira Salles, que detém a guarda do

acervo de Coutinho.

PREPARA

A cantora Anitta apresentará sua versão da

música “Revolution”, dos Beatles, no evento

Conexão Globosat, que ocorre em outubro e é

voltado para o mercado publicitário em SP. É a

primeira vez que a artista canta uma canção do

quarteto britânico.

PÁGINAS POLÍTICAS

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi ao

lançamento do livro “Inteligência do Carisma”,

escrito pelo deputado estadual Heni Ozi Cukier

(Novo-SP), na livraria Cultura, na segunda-feira

(16). O médico Claudio Lottenberg também

compareceu ao evento.

CURTO-CIRCUITO

Wolf e Olga Kos, do Instituto Olga Kos de

Inclusão Cultural, recebem nesta quarta (18), em

Brasília, o prêmio Brasil Mais Inclusão.

Jorge Bornhausen fala nesta quarta (18) sobre

reforma tributária no escritório da LTB

Advogados.

O escritório de advogados Andrade Maia celebra

23 anos. Nesta quarta (18), em evento no Masp.

O escritório Edgard Leite Advogados Associados

enviou a seus clientes a versão digital da Cartilha

sobre Lei de Proteção de Dados.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/09/direita-pro-bolsonaro-tambem-

racha-no-meio-empresarial.shtml

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Será nas cidades que vamos travar a

batalha do desenvolvimento sustentável

SP sedia nesta semana a conferência Catalisando

Futuros Urbanos Sustentáveis, com prefeitos de

vários países

Jorge Abrahão

Muitas vezes na vida vale ousar. Tive muito mais

respostas positivas do que negativas quando

ousei, embora eu me recorde mais das negativas

do que das afirmativas. Coisas da culpa que me

acompanha por uma vida e da qual até hoje não

me desvencilhei, mas que teimosamente não

desisto de enfrentar.

Em novembro de 2017, numa conferência da

Plataforma Global para Cidades Sustentáveis

(GPSC) em Nova Delhi, na Índia, propusemos

que o evento de 2019 ocorresse no Brasil. O

encontro é organizado a cada dois anos em uma

cidade do mundo: a primeira foi em Cingapura e

a segunda, em Delhi. Naquele momento

imaginamos que como 2019 seria um ano livre

de eleições, a temperatura política no Brasil

estaria mais amena. Ledo engano! Percebo agora

o quanto carrego de ingenuidade.

O tempo passou e exatamente hoje (17), depois

de muitas negociações e trabalho, está sendo

inaugurada em São Paulo a conferência

“Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis", que

ocorre até sexta-feira no parque Ibirapuera,

reunindo prefeitos, gestores municipais e

especialistas em cidades de todo o Brasil e do

exterior. Fruto de uma parceria entre a

Plataforma Global para Cidades Sustentáveis, o

Programa Cidades Sustentáveis e a Prefeitura de

São Paulo, o evento reúne o 3º Encontro Global

da Plataforma Global para Cidades Sustentáveis e

a 2ª Conferência Internacional sobre Cidades

Sustentáveis.

É um espaço de troca de experiências e

aprendizado raro, por sua qualidade e escala.

Estarão presentes durante a semana 201 cidades

de 40 países, sendo 64 do exterior e 137 do

Brasil.

As cidades são responsáveis por 80% da geração

de riqueza e 75% das emissões de gases de

efeito estufa, causadores do aquecimento global.

Hoje, a maioria das pessoas no mundo vive em

cidades —número que chega a 85% no Brasil.

Se, por um lado, as cidades geram impacto social

e ambiental, são também responsáveis pelas

oportunidades de trabalho e renda, de

conhecimento, de cultura e arte, de inovação e

tecnologia e onde a diversidade das relações

inspira transformações. Como fazer prevalecer o

impacto positivo é o desafio que temos.

Uma das atividades da conferência é a entrega

do Prêmio Cidades Sustentáveis para as cidades

que se destacaram em reduzir as desigualdades,

um dos maiores desafios de nosso tempo. Como

as cidades enfrentam a desigualdade e que ações

adotaram que podem servir de exemplo para

tantas outras? Para eleger as cidades vencedoras

as desigualdades foram analisadas sob os

seguintes temas: acesso a serviços, desigualdade

econômica e acessibilidade.

Será realizada também uma rodada de prefeitos

que abordarão temas sociais e ambientais, com a

presença de prefeitos de cidades da Europa,

como Penelope Komites (vice-prefeita de Paris),

da Ásia (Shen Min, de Ningbo, China), da África

(Serigne Dion de Sandiara, Senegal) e da

América (Jonas Donizete, de Campinas, que é

presidente da Frente Nacional de Prefeitos), entre

outros.

Um dos desafios que temos para dar escala às

mudanças é o de estimular e facilitar a entrada

de cidades na agenda do desenvolvimento

sustentável. Para isso será lançada a nova

plataforma do Programa Cidades Sustentáveis

(com módulos de planejamento integrado,

indicadores, boas práticas, ensino a distância etc)

e o Observatório de Inovação, ambos

componentes do projeto Citinova, que estimula

uma gestão pública integrada.

Nos dois dias do encontro haverá painéis de

diálogo com gestores públicos, profissionais da

academia e do terceiro setor que abordarão

temas do momento: o papel da gestão pública na

geração de oportunidades de trabalho e renda,

planejamento urbano e equidade de gênero e

raça, participação social como solução para os

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desafios da gestão pública, inclusão e moradia

acessível, biodiversidade urbana e

desenvolvimento orientado ao transporte

sustentável, entre outros.

A importância das cidades evidenciada na frase

título do artigo, cunhada por Ban Ki-moon, ex-

secretário geral da ONU, justifica-se por sua

densidade demográfica e pujança econômica.

Portanto, tomadas de decisão e ações nas

cidades sempre terão grande impacto no

agravamento ou no enfrentamento dos desafios

atuais.

A Conferência foi pensada para jogar a favor,

estimulando as cidades a promover mais

qualidade de vida para as pessoas e menos

impacto ao planeta. É possível, mas depende de

uma nova visão dos gestores públicos sobre a

relação com a natureza e a priorização de

investimentos, sobretudo para a população mais

vulnerável, visando a construção de uma cidade

mais justa e menos desigual.

Jorge Abrahão

Coordenador geral do Instituto Cidades

Sustentáveis, organização realizadora da Rede

Nossa São Paulo e do Programa Cidades

Sustentáveis.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-

abrahao/2019/09/sera-nas-cidades-que-vamos-

travar-a-batalha-do-desenvolvimento-

sustentavel.shtml

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Data: 18/09/2019

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O movimento que prega a 'vergonha de

voar' para combater as mudanças climáticas

Para adeptos viagens de trem são opções mais

agradáveis e que poluem menos

Jocelyn Timperley

LONDRES | BBC NEWS BRASIL

No mês passado, entrei em um avião pela

primeira vez em cinco anos.

Eu sai da minha casa em Londres e peguei um

voo que atravessou o Atlântico para encontrar

meu parceiro na Costa Rica.

A última vez que havia voado foi em 2014,

quando em morava em Bordeaux, na França.

Chegar a uma festa de despedida da minha irmã

na Escócia de trem, minha opção habitual,

levaria dias — tempo que eu não tinha naquele

momento, então recorri a um avião.

Já ouviu falar na 'vergonha de voar'? É um bom

vocábulo 'climático' a acrescentar neste início de

século 21 - BBC/GETTY IMAGES

A razão pela qual evito voar por anos é a grande

"pegada de carbono" decorrente dessa forma de

transporte. Desde a adolescência, sentia-me

cada vez mais culpada pelas emissões (de

poluentes) dos voos, o que foi piorando à medida

que compreendia mais as mudanças climáticas e

seus impactos.

Eventualmente, isso me levou a pegar voos

apenas se absolutamente necessário.

E não estou sozinha. Ao longo do ano passado,

um movimento antivoos conhecido como flight

shame - em tradução livre para português, algo

como "vergonha de voar", ou no sueco flygskam,

origem do movimento — vem ganhando adeptos

na Europa.

O termo fala da culpa de voar em um momento

em que o mundo precisa reduzir drasticamente

as emissões de gases causadores do efeito

estufa.

Para mim, isso reflete um contraste doloroso

entre a satisfação de um voo de fim de semana e

o impacto devastador das mudanças climáticas

no mundo real.

Muitos pesquisadores do clima estão optando por voar

menos ou desistir totalmente dos aviões, buscando

refletir uma consistência com o conteúdo que estudam

- BBC/GETTY IMAGES

Essa crescente resistência à aviação revigorou as

viagens de trem — levando à redescoberta, por

exemplo, dos trens noturnos. Políticos também

vêm sendo pressionados para lidar com o

impacto climático da aviação.

Mas, além da agenda ambiental, este movimento

também está mudando nossas ideias de como,

por que e para onde viajar.

JORNADAS LENTAS

Embora "vergonha" seja um termo muito

negativo, os objetivos do movimento são

positivos - tanto para seus praticantes quanto

para o meio ambiente em si. É menos importante

constranger as pessoas do que mudar o padrão

de viagem delas.

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Os defensores do flight shame também destacam

que de modo algum querem desencorajar as

pessoas a explorar o mundo.

"Deixar de voar não significa deixar de viajar",

diz Anna Hughes, que realiza a campanha

antivoo Flight Free 2020 no Reino Unido.

"Existem tantos lugares que podemos alcançar

por outros meios."

Em vez disso, o movimento estimula o prazer de

fazer jornadas lentas e planejadas, sem a

aviação. Uma das escolhas óbvias é a viagem de

trem, que provoca um décimo das emissões de

voos.

"E, na minha opinião, é muito mais agradável",

acrescenta ela.

Em particular, os trens de alta velocidade têm

um enorme potencial como alternativa: novas

linhas da modalidade reduziram o transporte

aéreo nas mesmas rotas em até 80%.

E mesmo que pegar alternativas aos aviões

demore mais, outras formas de transporte

podem ser mais gratificantes. Como Hughes,

experimentei as alegrias das viagens lentas nos

meus cinco anos em terra firme, desde o bate-

papo com um casal de iranianos em um trem

noturno para Verona até apreciar um uísque no

bar em uma noite a caminho de Edimburgo

A 'pegada de carbono' de uma viagem de trem é

geralmente muito menor do que a gerado em uma

viagem aérea equivalente - BBC/GETTY IMAGES

A viagem lenta também não precisa se limitar a

curtas distâncias. Roger Tyers é um sociólogo do

clima que recentemente retornou de uma

"viagem de campo sem voo" para a China, que o

transportou por duas semanas de trem em cada

sentido.

Pode parecer uma expedição assustadora, mas

ele mostra brilho nos olhos ao falar de sua

viagem de trem.

"Foi uma jornada fascinante", diz ele. "Vi

algumas coisas incríveis que você não veria

estando em um avião."

Ele lista uma série de outras vantagens:

desintoxicação digital, leitura, trocas com

pessoas diferentes e a fuga do jetlag, já que a

mudança de fuso-horário é mais gradual.

"É apreciar o tamanho do nosso planeta e quão

diverso ele é."

IMPACTOS CLIMÁTICOS

A título de comparação entre viagens de trem e

avião, basta por exemplo um voo entre Londres e

Moscou para usar um quinto da sua "pegada de

carbono" de um ano inteiro.

Esta pegada é a quantidade de carbono que cada

pessoa pode emitir considerando os limites

perigosos para o aquecimento global. Fazer a

mesma viagem de trem usaria 1/50 do

"orçamento" anual e individual de carbono.

Além disso, acredita-se que o impacto das

emissões de avião pelo menos duplique se forem

incluídos outros poluentes emitidos além do CO2,

como óxidos de nitrogênio liberados em grandes

altitudes.

A conta é triplicada se você optar pela classe

executiva, e não a econômica, devido aos

assentos maiores - um uso menos eficiente do

valioso espaço na cabine.

"Quanto mais você entende sobre o impacto

climático dos voos, mais se sente culpada

sempre que entra em um avião", diz Hughes.

RAÍZES SUECAS

O movimento da "vergonha de voar" teve como

marco inicial o ano de 2017, quando o cantor

sueco Staffan Lindberg anunciou sua decisão de

deixar de usar aviões.

Outras personalidades que aderiram à onde

incluem o biatleta Björn Ferry, que se

comprometeu a viajar para as competições de

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trem; e a cantora de ópera Malena Ernman, mãe

de Greta Thunberg, a jovem ativista de 16 anos

que está chamando a atenção do mundo para as

mudanças climáticas.

Outro vocábulo climático vindo da Suécia: tagskryt,

algo como 'orgulho de usar o trem' - BBC/GETTY

IMAGES

Até agora, foi mesmo na Suécia que a ideia

ganhou mais força. A hashtag

#jagstannarpåmarken, que se traduz em algo

como #euficonochão, tornou-se popular.

Os esforços de Thunberg para evitar voar

impulsionaram ainda mais o movimento - apesar

da reação feroz de alguns setores.

A ideia parece já ter causado um impacto

mensurável nos deslocamentos na Suécia. Nos

primeiros três meses de 2019, a operadora

aeroportuária Swedavia AB registrou queda no

número de passageiros em seus dez aeroportos.

A Swedavia diz que a preocupação com o clima é

uma das razões por trás de uma queda de 3% no

número de passageiros domésticos em 2018.

De acordo com uma pesquisa da ONG WWF, 23%

dos suecos reduziram suas viagens aéreas em

2018 devido ao seu impacto climático.

O movimento antivoos também está ganhando

força em outros lugares. Além da campanha

Flight Free 2020 do Reino Unido, outros países

como Canadá, Bélgica e França estão lançando

suas próprias iniciativas.

Nestas campanhas, os signatários ficam

tecnicamente comprometidos a permanecer em

terra firme no ano seguinte caso 100.000

pessoas de seu país se inscrevam também,

embora alguns possam optar por não voar

mesmo que o número não seja alcançado.

Fazer a escolha de reduzir ou extinguir voos na

vida pessoal é uma coisa, mas no trabalho a

coisa pode ser mais complicada. Ainda assim,

algumas pessoas e organizações estão buscando

soluções.

O jornal dinamarquês Politiken, por exemplo,

delineou planos para evitar voos domésticos

feitos por jornalistas, compensar aqueles que são

inevitáveis e redirecionar a editoria de turismo

para roteiros acessíveis de trem.

A academia é outro setor que recorre muito a

voos e está passando por mudanças nesta

tendência. Vários cientistas especialistas no clima

tornam públicos seus esforços para voar menos.

A pesquisadora Alice Larkin, que não voa há mais

de uma década, argumenta que as instituições

precisam ajustar seu planejamento para

controlar o volume de voos por seus funcionários.

"Posso imaginar um mundo daqui a 20 anos em

que as pessoas vão rir do fato de que

costumávamos cruzar o mundo para uma

reunião", diz a especialista em energia e

mudanças climáticas, acrescentando que a

internet pode evitar boa parte das milhas

percorridas — e poluídas — por voos.

Ela acha que é particularmente importante que

os acadêmicos que trabalham com mudanças

climáticas deem o exemplo, reduzindo sua

pegada ambiental nos ares.

"Se você for ao médico e ele fumar, ao mesmo

tempo em que recomenda que você pare de

fumar, você vai pensar: 'Bem, não tenho certeza

de que (fumar) seja realmente ruim para mim'."

MUDANÇA SISTÊMICA

Então, para onde está indo o movimento da

"vergonha de voar"? As pessoas que

individualmente deixam de entrar em aviões

realmente podem conter o enorme aumento de

voos previsto para o futuro, especialmente

quando muitas viagens tendem a ser feitas por

poucos passageiros frequentes?

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Além das mudanças climáticas, defensores do 'flight

shame' dizem que novos hábitos levam também a

novos prazeres - BBC/GETTY IMAGES

O sociólogo Tyers argumenta que o efeito social

das escolhas pessoais, como não voar, vai muito

além das emissões economizadas naquele voo

em particular.

"Acho que as pessoas perdem muito tempo

falando sobre ação individual versus ação

coletiva", diz ele. "Não espero que todos façam o

que eu faço. Eu só espero que a mensagem

chege às pessoas que estariam dispostas a

substituir os voos por outra coisa."

Essa visão é apoiada por pesquisas. Ao realizar

entrevistas, Steve Westlake, um candidato a

doutorado na Universidade Cardiff, descobriu que

a escolha de evitar voos tem efeitos sociais.

Os entrevistados indicaram que foi o

compromisso demonstrado pelas pessoas que

não voam que os influenciou a tentar voar menos

também.

"Por ser difícil, isso tem um forte efeito

comunicativo", diz Westlake.

Obviamente, é esperado que nem todos estejam

dispostos ou possam abrir mão dos voos dessa

maneira.

Ainda assim, reduzir o que for viável ainda pode

diminuir significativamente sua pegada de

carbono.

Eu, por exemplo, nunca determinei uma regra

rígida sobre nunca voar novamente, mas apenas

tentar fazê-lo raramente e quando realmente

parecer essencial - como a minha ida à Costa

Rica.

As reduções voluntárias também têm um limite.

O objetivo maior, argumenta Westlake, é que os

voos sejam tributados e regulamentados pelos

governos por seu impacto climático.

As propostas nesse sentido incluem a taxação do

combustível usado na aviação e a taxação sobre

passageiros frequentes. O governo sueco, por

exemplo, introduziu um "imposto ecológico" na

aviação e disse que investirá em trens noturnos.

Estimular algo aparentemente negativo como a

vergonha pode ter suas armadilhas, no entanto.

"Como forma de estímulo [ao abandono dos

voos], não gosto muito", diz Westlake. "Porque

toda a linguagem em torno da vergonha, da

culpa e da moralização tem muitas conotações

negativas."

Hughes concorda, mas diz que campanhas como

a dela também devem ser contundentes.

"Sentir vergonha de algo nas proporções certas

pode ser realmente positivo", diz.

A resposta, novamente, pode vir da Suécia e de

outra palavra da agenda climática - tagskryt, que

se traduz como o mais positivo e proativo

"orgulho de usar o trem".

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

9/o-movimento-que-prega-a-vergonha-de-voar-

para-combater-as-mudancas-climaticas.shtml

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO A questão nuclear e a diplomacia

internacional

Wolf Ejzenberg*

Por mais que se imagine superada a ameaça do

holocausto nuclear, esse espectro da Guerra Fria

ronda cada vez mais o tempo presente.

Contrariando as teses do “fim da história”, com o

fim da bipolaridade americana-soviética, é

crescente a desagregação e radicalização no

cenário internacional. No âmbito doméstico e

internacional, estamos à mercê de movimentos

políticos cujo discurso coloca em xeque supostas

realidades que, na verdade, não passam de

conjunturas.

Particularmente preocupantes, as tensões

envolvendo fronteiras e países quentes na

temática nuclear são inúmeras. Os EUA e a

Rússia denunciaram tratados bilaterais que

simbolizaram um refreamento da corrida

armamentista. A Coreia do Norte, cujo poderio

nuclear se fez conhecer por meio de testes bem-

sucedidos, segue com lançamentos esporádicos,

desestabilizando o mar do leste. O Irã voltou a

produzir urânio enriquecido em níveis e

quantidades que alarmaram a comunidade

internacional, depois de os EUA esvaziarem o

acordo de 2015, com a aplicação unilateral de

inúmeras sanções e embargos econômicos. Índia

e Paquistão escrevem um novo capítulo na

disputa histórica pela Caxemira. Esses são

exemplos do quanto é atual e preocupante a

ameaça representada pelas armas nucleares.

O argumento de que não se deve preocupar com

isso porque nunca houve algum acidente por erro

humano ou tecnológico, ou mesmo uso

deliberado, desde Hiroshima e Nagasaki, é falho.

Primeiro, porque a ausência de registo de erros

que levaram a catástrofes não significa que eles

não possam existir. Segundo, porque houve sim

erros, e preocupantes.

Em 2018, o Havaí passou mais de meia-hora sob

a certeza de estar na iminência de um ataque

nuclear. Apesar do avançado aparato norte-

americano, ocorreu um erro de leitura que

poderia ter levado à retaliação, com

consequências inimagináveis. Em 2014, depois

da captura de Mossul pelo Estado Islâmico, foi

noticiado o roubo de material nuclear de

instalações de pesquisa, fortalecendo a ameaça

da criação de armas sujas para ataques

terroristas. Antes, em 2007, um grupo armado

invadiu a instalação nuclear de Pelindaba, situada

próximo à Pretória, na África do Sul, onde havia

um estoque de urânio enriquecido no nível

necessário para a produção de armamentos.

Também anos atrás, houve alarmante perda,

durante muitas horas, do monitoramento sobre

um bombardeiro armado com ogivas nucleares

em pleno solo norte-americano. Ainda mais

preocupante, a Rússia sofreu recente acidente

nuclear que chegou a ressuscitar polêmica sobre

a falta de transparência na divulgação das

informações e até a possível evacuação de

vilarejos da região. Um mínimo deslize adicional

a partir desses acontecimentos, já graves por si

só, e o mundo teria testemunhado novo

cataclisma atômico.

Nesse contexto, é evidente que qualquer atuação

diplomática na esfera internacional deve atentar

para essa problemática. O desempenho da

função diplomática requer coerência com o modo

como o país abordou o tema historicamente,

compreensão precisa dos compromissos

celebrados, dos benefícios que trouxeram e dos

graves custos do eventual rompimento com

alguns deles.

Não por acaso que se exige, para que indivíduos

que não sejam da carreira diplomática sejam

nomeados como embaixadores, que possuam

“reconhecido mérito e relevantes serviços

prestados ao país” (Lei 11.440, de 29 de

dezembro de 2006). Esses requisitos legais se

refletem, na prática, pela avaliação de três

elementos essenciais: que a pessoa escolhida

tenha reconhecido mérito em atividades

diplomáticas; que tenha prestados serviços

relevantes em diplomacia para o país; e que

essas atividades somem, ao menos, três anos de

experiências.

O preenchimento desses requisitos denota ou

permite avaliar o conhecimento do candidato

sobre a experiência histórica diplomática do país,

assegurando posicionamento coerente e não

sujeito às variações repentinas de cores e

humores políticos tão voláteis hoje em dia.

É muito preocupante verificar que tudo isso,

apesar da medida recentemente adotada pelo

Ministério Público Federal, está sendo ignorado

no debate em torno da nomeação do próximo

embaixador brasileiro em Washington.

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Para voltar à questão das armas nucleares, é

emblemático, por exemplo, o discurso do virtual

indicado a Embaixador brasileiro nos EUA,

proferido em maio de 2019, quando defendeu

que, se o país desenvolvesse armas nucleares,

seria mais respeitado. Segundo ele, essas armas

seriam importantes para estabelecer

“minimamente uma espécie de paz”. Na ocasião,

aliás, chegou a insinuar crítica ao ex-presidente

Fernando Henrique Cardoso, em cujo mandato o

país assinou o Tratado de Não-Proliferação

Nuclear, ainda hoje o mais efetivo e famoso

instrumento de controle de armas nucleares no

mundo.

De partida, surgem algumas considerações sobre

o modo como se tratou um tema tão relevante e

atual para as relações internacionais, que não

pode ser relegado à especulação desarrazoada.

Não se pode ignorar, antes de tudo, que o ato

praticado durante o referido mandato

presidencial refletiu o comando do artigo 21,

XXIII, ‘a’, da Constituição Federal, segundo o

qual “toda atividade nuclear em território

Nacional somente será admitida para fins

pacíficos e mediante aprovação do Congresso

Nacional”.

Além disso, não se pode menosprezar o

posicionamento histórico do país em torno do

tema. Documento publicado pelo próprio

Itamaraty destaca o país como um dos

fundadores da Agência Internacional de Energia

Atômica, membro da coalizão internacional que

tem defendido a adoção de medidas práticas na

área do desarmamento nuclear, assim como o

acordo bilateral com a Argentina determinando o

uso pacífico da energia nuclear

(http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-

multilaterais/paz-e-seguranca-

internacionais/desarmamento-e-nao-

proliferacao).

A “espécie de paz” bradada pelo candidato à

vaga em Washington leva em conta a possível

resposta argentina, ou mesmo venezuelana, caso

o país venha a se armar nuclearmente, como

ocorreu no Paquistão depois da Índia? Ou ainda,

qual a capacidade do país de suportar isolamento

e embargos internacionais que seriam liderados

justamente pelos EUA, o potencial anfitrião do

deputado? Essas são apenas algumas das mais

urgentes questões que jamais poderiam passar

ao largo de um debate sério em torno dessa tão

controvertida indicação.

*Wolf Ejzenberg, advogado do escritório Ernesto

Tzirulnik – Advocacia, Mestre em Direito

Internacional pela Universidade de São Paulo,

autor de Desarmamento Nuclear (Arraes, 2017)

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/a-questao-nuclear-e-a-diplomacia-

internacional/

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Sauditas retomam produção e petróleo cai

6,5%

No Brasil, ANP diz que ‘não há preocupação com

abastecimento, muito menos com aumento de

preços’

Mateus Fagundes e Fernanda Nunes, O Estado de

S.Paulo

Os contratos futuros de petróleo fecharam a

sessão de ontem em queda forte, devolvendo

parte dos ganhos da véspera, em meio a

especulações, posteriormente confirmadas, de

restauração da oferta da Arábia Saudita. Em

Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o

barril do petróleo Brent para novembro fechou

em queda de 6,48%, a US$ 64,55. Na New York

Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para

outubro cedeu 5,66%, a US$ 59,34 por barril.

O petróleo já havia aberto a sessão asiática em

queda. Além disso, os rumores de que a Saudi

Aramco restauraria a produção afetada pelo

ataque às suas instalações foram crescendo ao

longo da sessão. Perto do encerramento, o

ministro de Energia do país, Abdulaziz bin

Salman, confirmou que a oferta da commodity

pelo país está sendo retomada. Ele reforçou

ainda que o país vai manter a oferta total de

petróleo aos clientes neste mês. “Voltaremos a

11 milhões de barris por dia de produção de

petróleo até o fim do mês.”

No Brasil, o diretor-geral da Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),

Décio Oddone, afirmou ao Estadão/Broadcast que

“não há motivos para preocupação com

abastecimento, muito menos para aumentos de

preços”, ao ser questionado se a notícia de alta

do petróleo pode servir de pretexto para alguns

donos de postos cobrarem mais pelos

combustíveis.

Segundo o diretor-geral da ANP, é possível, sim,

que isso aconteça e que é papel da agência

reguladora e do Conselho Administrativo de

Defesa Econômicaevitar. “Os preços dos

combustíveis são livres, por lei, em todas as

etapas da cadeia: produção, distribuição e

revenda.”

Postos

Representante dos postos de revenda de

combustíveis do Estado de São Paulo, José

Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro-SP,

disse que os preços da gasolina e do óleo diesel

vão subir apenas se a Petrobrás reajustar sua

tabela nas refinarias e se as distribuidoras

repassarem o aumento. Nos últimos dias, 16

funcionários do Sincopetro-SP percorreram ruas

da cidade de São Paulo para ver se algum

revendedor tinha reajustado seus valores. E,

segundo Gouveia, não foi constatado alta de

preços.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s

auditas-retomam-producao-e-petroleo-cai-6-

5,70003014566

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Data: 18/09/2019

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Bancos centrais verdes

O BC brasileiro foi pioneiro na compreensão do

impacto ambiental de suas ações junto ao

mercado financeiro

Monica de Bolle*, O Estado de S.Paulo

Deveriam os bancos centrais incluir questões

como o meio ambiente e mudanças climáticas no

escopo de seus mandatos? Há 15 anos, ninguém

em sã consciência pensaria em fazer essa

pergunta. Afinal, antes da crise financeira de

2008 – que completa 11 anos essa semana – os

objetivos e instrumentos dos bancos centrais

estavam muito bem definidos. Salvo poucas

exceções, o objetivo principal era a estabilidade

de preços e o instrumento para alcançá-la a

sintonia fina das taxas de juros de curto prazo.

Com a crise, entretanto, surgiram outras

preocupações além da estabilidade dos preços,

como a estabilidade financeira. Surgiram,

também, outros instrumentos. As operações

conhecidas como afrouxamento quantitativo, ou

a compra direta de títulos de longo prazo pelos

bancos centrais após os juros terem caído para

zero. Mais recentemente, o uso das taxas de

juros negativas para prover estímulos adicionais,

conforme as iniciativas do Banco do Japão e do

Banco Central Europeu, entre outros.

As enormes mudanças na condução da política

monetária provocadas pela crise financeira de

2008 e os questionamentos sobre o papel dos

bancos centrais continuam a ter destaque no

debate global. As mais novas áreas do debate

incluem o impacto das ações de política

monetária na distribuição de renda e se as

autoridades monetárias podem, de alguma

forma, serem usadas para combater as

mudanças climáticas. Há quem veja nessa

discussão investidas políticas contra a autonomia

dos bancos centrais, o que sem dúvida alguma

seria prejudicial para os principais objetivos da

política monetária, como o controle inflacionário.

Contudo, dada a urgência desses temas, não é

irrazoável que eles sejam trazidos para o âmbito

das políticas macroeconômicas. A desigualdade

de renda, por exemplo, guarda relações estreitas

com o nacionalismo econômico ressurgente no

mundo, conforme pesquisas que eu e outros

temos realizado. O nacionalismo econômico,

atrelado ao discurso populista extremista, pode

ser bastante prejudicial para a organização

macroeconômica e para a estabilidade política –

a conscientização generalizada de que uma não

existe sem a outra tem sido um dos poucos

legados positivos desses tempos de transição

global.

Do mesmo modo, a agenda ambiental não pode

continuar isolada da agenda econômica mais

ampla. Uma possível grande contribuição que os

bancos centrais podem fornecer passa por uma

compreensão mais profunda a respeito da

dinâmica dos impactos ambientais a partir de

suas interações com o sistema financeiro. Entre

2016 e 2018, o Banco da Inglaterra e o BCE

compraram títulos corporativos como parte do

afrouxamento quantitativo – as compras foram

proporcionais à composição do mercado e tinham

por objetivo reduzir as taxas de juros de longo

prazo para impulsionar a demanda, e trazer a

inflação para a meta estabelecida. Para manter a

neutralidade em relação à composição dos títulos

no mercado, os bancos centrais acabaram

comprando papéis de empresas mais intensivas

no uso de carbono, como revelaram alguns

estudos (Matikainen et al. (2017)). Há espaço,

portanto, para repensar as compras de títulos: e

se os bancos centrais passarem a comprar

relativamente mais títulos de empresas com selo

ambiental, ignorando a neutralidade da

composição do mercado? Essa é certamente uma

pergunta que merece a atenção cuidadosa dos

departamentos de pesquisa dos BCs.

Curiosamente, o Banco Central brasileiro foi

pioneiro na compreensão do impacto ambiental

de suas ações junto ao mercado financeiro. Em

2008, o BC e o Conselho Monetário Nacional

promulgaram a Resolução no. 3545, cujo

objetivo era condicionar o crédito rural

subsidiado ao cumprimento de normas

ambientais. A medida teve grande sucesso em

impedir o desmatamento em várias partes da

Amazônia Legal, conforme mostrou o estudo da

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Grupo de Comunicação

Climate Policy Initiative da PUC-Rio de autoria de

Juliano Assunção e coautores em 2013 – esse

estudo será brevemente publicado em uma

revista científica de grande prestígio

internacional.

O debate sobre a atuação dos bancos centrais

para combater as mudanças climáticas está

ganhando tração internacional entre acadêmicos

e gestores de política econômica. O Brasil tem

uma experiência pioneira nessa área, e espaço

de sobra para exibi-la no momento em que a

Amazônia está no centro das atenções. Será

mesmo que vamos insistir em perder a

oportunidade de tratar do tema com as

evidências científicas que merece em vez de

abordá-lo com barbaridades ideológicas?

* economista, pesquisadora do peterson institute

for international economics e professora da

sais/johns hopkins university

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

bancos-centrais-verdes,70003014362

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Data: 18/09/2019

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Vale a pena investir em debêntures da

Petrobrás?

Regina Pitoscia

(*) Com Tom Morooka

O processo de reservas para a compra de

debêntures da Petrobras foi retomado na última

sexta-feira, 13 de setembro, depois que a

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revogou a

suspensão, decretada em 30 de agosto, da oferta

de R$ 3 bilhões da estatal de petróleo.

A suspensão da oferta pela CVM, autarquia que

atua como xerife cuidando da fiscalização do

mercado, dias depois da abertura da oferta, foi

motivada pelas declarações da diretora de

relações com investidores da Petrobrás, Andrea

Almeida, sobre a emissão durante o período de

silêncio – tempo que antecede o lançamento de

ações ou títulos em que a empresa emissora não

pode dar declarações que venham influenciar a

formação de preços dos papeis a serem lançados

à praça.

Podem candidatar-se à compra investidores

pessoas físicas e jurídicas. Parte da oferta será

formada por papeis incentivados de

infraestrutura, isentos de imposto de renda, e

parte por títulos indexados a um porcentual do

juro DI, versão privada da Selic, que anda

praticamente colado na taxa básica.

A emissão será distribuída em três séries, duas

de debêntures incentivadas de infraestrutura,

com benefício fiscal para pessoa física, e uma

sem isenção de imposto, atrelada a taxa de

juros.

A primeira delas, com debêntures de

infraestrutura incentivadas para vencimento em

dez anos, oferece correção monetária pela

inflação do IPCA mais 3,60% ao ano ou o que

render a NTN-B 2030 (ano de vencimento do

título público) mais 0,10%. Vale o que for maior.

A segunda série, também com debêntures de

infraestrutura incentivadas, oferece como teto de

rentabilidade inflação pelo IPCA mais 3,90% ao

ano ou NTN-B 2035. A NTN-B (Nota do Tesouro

Nacional da série B) corresponde ao Tesouro

IPCA, título público ofertado para aplicação pela

internet na plataforma do Tesouro Direto, que

rende juro prefixado mais correção monetária

equivalente à variação do IPCA.

A terceira série agrupa debêntures para

vencimento em sete anos, sem incentivo fiscal,

que acenam com rentabilidade correspondente a

107% do juro DI, algo próximo de 6,50% ao ano.

A rentabilidade final que caberá ao investidor em

debênture em cada uma dessas séries, porém,

dependerá do apetite de compra dos investidores

nessa oferta, explica Francisco França, analista

de crédito da TAG Investimentos. “Uma demanda

maior, acima da esperada, tende a levar a uma

rentabilidade menor que a prevista nos papeis.”

A debênture, considerada pelos especialistas uma

opção aos títulos públicos para a diversificação

da carteira nestes tempos de juros cada vez mais

baixos, é um investimento em renda fixa, em

títulos emitidos por empresas para financiar suas

atividades. Os recursos captados pela Petrobrás

nessa emissão de debêntures serão usados no

programa de exploração e desenvolvimento da

produção de campos da estatal.

Embora considere mais uma opção para quem

está interessado em diversificar sua carteira de

investimentos sem sair da renda fixa, o analista

de crédito da TAG Investimentos vê baixa

atratividade nos papeis do ponto de vista da

correlação prazo/retorno. “É um prazo de

vencimento longo para um título que oferece

rendimento baixo, que pode ficar ainda menor se

a demanda pelas debêntures nessa oferta for

muito alta.”

França afirma que, além da rentabilidade, é

preciso analisar, nesses papeis, o risco da

empresa emissora, no caso a Petrobrás. “A

companhia tem feito ajustes, enxugado os gastos

– um esforço que poderia atingir a rentabilidade

das debêntures em oferta –, mas não oferece

garantias como a cobertura do FGC.” O FGC

(Fundo Garantidor de Crédito) garante o

ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF do

investidor se a empresa que emitiu o título tiver

dificuldades financeiras para honrar o resgate.

Outro ponto importante, aponta França, é o que

especialistas em investimento chamam duration

dos papeis, o prazo médio no qual o investidor já

receberia o valor do dinheiro investido.

Cada uma das séries da oferta de debêntures

tem a sua duration. Na terceira série, em que o

desempenho está atrelado a uma porcentagem

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do juro DI, a duration é de 5,7 anos, considerado

longo pelo executivo da TAG Investimentos.

França considera opção interessante uma

aplicação que reúna duration baixa, rentabilidade

elevada e risco moderado.

O investidor interessado na compra de

debêntures da Petrobrás tem até dia 24 de

setembro para fazer a reserva, em uma das

quatro instituições que coordenam a emissão:

Santander, Itaú BBA, Bradesco e XP, em cujos

sites é possível encontrar material com todas as

informações e condições da oferta.

https://economia.estadao.com.br/blogs/regina-

pitoscia/vale-a-pena-investir-em-debentures-da-

petrobras/

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Data: 18/09/2019

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O que se sabe até agora sobre os ataques ao

petróleo da Arábia Saudita

Os Estados Unidos tentam investigar junto com

os sauditas se o Irã, de fato, é o responsável, o

que poderia levar a retaliações americanas

Redação, O Estado de S.Paulo

Os ataques ao maior centro de refinamento de

petróleo do mundo e a um campo de petróleo na

Arábia Saudita, no sábado, 14, geraram impactos

tanto econômicos no preço e oferta de petróleo

quanto políticos ao redor do mundo.

As dúvidas sobre a procedência dos ataques são

o mote principal, levando até ao envolvimento

dos Estados Unidos, principal aliado do reino.

Nesta terça-feira, 17, o secretário de Estado dos

EUA, Mike Pompeo, viajou à Arábia Saudita para

"analisar uma resposta" aos ataques. Os EUA

também estão fazendo perícias nos restos de

mísseis e drones encontrados para possíveis

pistas do responsável.

Quem está por trás dos ataques à Arábia Saudita

e o que as evidências mostram

O governo dos EUA disse que o Irã é o nome

mais provável de estar por trás do ataques às

instalações petrolíferas da Arábia Saudita

conduzidos no sábado, e cita avaliações de

inteligência e fotografias de satélite que mostram

o que os altos funcionários americanos apontam

como evidência de envolvimento de Teerã.

Nesta terça, fontes americanas confirmaram à

agência Reuters e ao site BBC que os mísseis, de

fato, foram lançados do Irã. De acordo com a

BBC, os sauditas não conseguiram interceptar os

armamentos porque o sistema de defesa do país

estava apontado ao sul, para evitar ataques

vindos do Iêmen.

O jornal New York Times analisou as fotos de

satélite fornecidas e as comparou com fontes

independentes, quando possível, para determinar

o que elas mostram e o que ainda está incerto.

Complexidade superior às capacidades dos

houthis

Analistas militares que estudam a guerra do

Iêmen dizem que o alcance, a escala e a

complexidade das ações excedem em muito a

capacidade demonstrada pelos rebeldes houthis

anteriormente, que reivindicaram a autoria dos

ataques.

As fotos de satélite mostram o que os

funcionários do governo americano afirmam ser

ao menos 17 pontos de impacto nas duas

estruturas de energia saudita, ainda que nem

todos os alvos tenham sido atingidos. Em um dos

locais, Abqaiq, as imagens ilustram danos a

tanques de armazenamento e trem de

processamento.

Ainda que os rebeldes usem drones com

frequência para tentar atacar a Arábia Saudita,

eles têm apostado mais no Samad 3, um drone

barato, pequeno, lento e improvável de ser capaz

de ultrapassar as defesas aéreas sauditas e

alcançar alvos com a precisão e a coordenação

vistas nos ataques do fim de semana.

Mais recentemente, eles passaram a utilizar um

drone mais avançado, o Quds 1. Este pode ser

descrito como um míssil de cruzeiro pequeno ou

um grande drone com uma carga útil que se

aproxima de um míssil de cruzeiro. Contudo, ele

carece de alcance para ir do norte do Iêmen às

instalações petrolíferas da Arábia Saudita.

Ainda assim, alguns especialistas em segurança

argumentam que os houthis melhoraram muito

seus drones e mísseis de cruzeiro.

Origem dos ataques incerta

Altos funcionários americanos ainda não

confirmaram a origem oficial do ataque. O que

eles disseram é que as imagens de satélite são

coerentes com ações oriundas do norte ou

noroeste, o que apontaria para um ataque da

direção do Irã ou Iraque, mais do que do Iêmen.

No entanto, as fotos não são tão claras como

sugeriu o governo americano, e algumas delas

parecem mostrar danos no lado oeste da

estrutura, não da direção do Irã ou Iraque.

Mesmo que o impacto indique que parte dos

locais danificados estão na direção do Irã ou do

Iraque, analistas de segurança afirmam que isso

não prova de onde os ataques foram lançados.

Mísseis de cruzeiro podem ser programados para

mudar de curso, atingir uma parede na direção

oposta de onde eles foram disparados, por

exemplo.

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Precisão coerente com mísseis guiados

O governo americano afirmou, sem oferecer

evidências, que os ataques foram uma

combinação de drones e mísseis de cruzeiro

guiados.

As imagens de satélite não oferecem informações

o suficiente para determinar que tipo de armas

foram utilizadas. Mas Adam Simmons, um

analista geoespacial, diz que a precisão e o nível

do dano aos tanques de armazenamento são

coerentes com o tipo de munição guiada, como

um míssil.

Analistas também mostraram em uma rede social

saudita fotos do que parecem ser destroços de

mísseis, o que poderia fornecer novas pistas

sobre como o ataque foi conduzido. A localização

e a data das imagens não foram confirmadas,

mas elas parecem novas.

Os destroços são coerentes com o Quds 1, disse

Fabian Hinz, um pesquisador do Centro James

Martin para Estudos de Não-Proliferação, apesar

de ele alertar que seria necessário mais

confirmações a respeito.

Se as fotos dos destroços estiverem ligadas aos

ataques, seria menos provável que eles se

originaram no Iêmen, já que o alcance do míssil

Quds 1 pode não ser suficiente para chegar ao

local em questão, alega Hinz. / NYT

https://internacional.estadao.com.br/noticias/ger

al,o-que-se-sabe-ate-agora-sobre-os-ataques-

ao-petroleo-da-arabia-saudita,70003014450

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Grupo de Comunicação

Urbanismo precisa ouvir pessoas, diz

professor colombiano

Urbanista que participou de mudanças em

Medellín defende que projetos governamentais

deixem de ser 'de cima para baixo' e tenham

maior participação popular

Entrevista com

Carlos Mario Rodríguez, professor e urbanista

Priscila Mengue, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Uma praça da região central de

Medellín traz duas grandes esculturas de

pássaro: uma intacta e a outra, parcialmente

destruída em um ataque a bomba que deixou 29

mortos em 1995. Lado a lado, as peças de

Fernando Botero hoje simbolizam a memória do

que já foi a cidade mais perigosa do mundo e a

renovação vivida nas décadas seguintes.

Esse processo de mudança vem acompanhado de

grandes projetos urbanos, focados especialmente

nos bairros de maiores índices de violência.

Muitas dessas iniciativas transformaram favelas,

novos parques e o sistema de teleférico em

atrações turísticas, embora sejam originalmente

voltadas à população local.

Um dos responsáveis pelo planejamento e gestão

desses projetos é o urbanista Carlos Mario

Rodríguez, que trabalhou na Empresa Municipal

de Desenvolvimento Urbano de Medellín de 2004

a 2010 e foi “assessor conceitual” do livro

Medellín, Guia de la Transformación Ciudadana.

2004-2011.

Também professor universitário, o colombiano

saiu do setor público há nove anos e, hoje, é

consultor de projetos arquitetônicos e

urbanísticos. Ele falou com o Estado por telefone

desde Recife, cidade se inspirou em Medellín para

criar projetos em comunidades de baixa renda.

Na entrevista, Rodríguez defende projetos que

integrem diferentes setores da administração

pública (aliando segurança, educação, zeladoria,

mobilidade, urbanismo, dentre outros), bem

como uma maior participação da população nas

decisões. Além disso, comenta sobre a cidade de

São Paulo, que considera ter um modelo de

expansão horizontal que se tornou

“insustentável”.

Nesta quarta-feira, 18, o colombiano participa da

palestra Urbanismo social em Medellín: 20 anos

de transformação e inovação urbana, seguida de

debate com secretários municipais do Recife e de

São Paulo, no Insper. As inscrições estão

encerradas.

Confira a entrevista com o Estado abaixo:

O que é o “urbanismo social”, que alguns

associam aos projetos realizados em Medellín nas

últimas décadas?

“Urbanismo social” é uma redundância. Falar em

urbanismo é falar de sociedade. Quando falamos

de urbanismo social, falamos de operações que

são feitas com as pessoas no território,

trabalhando com as pessoas. É uma construção

coletiva, que pode ser uma biblioteca, um

colégio, uma praça, um jardim, uma rua,

construídos da perspectiva da população.

Medellín se tornou um exemplo internacional de

urbanismo nas últimas décadas. Que mudanças

levaram a isso?

É um exercício muito importante em Medellín: de

dispor de todas as ferramentas para um território

de forma simultânea (chamados de Projetos

Urbanos Integrais), a partir da saúde, da

segurança, da educação. Não é um problema só

do edifício, da rua, é necessário que arquitetura e

urbanismo conversem. Isso se faz através de

uma metodologia de quatro componentes:

institucional, que envolve todos os elementos de

governabilidade de um território;

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desenvolvimento de programas de fomentos,

para que as pessoas tenham, de alguma

maneira, capacidade de subsistir no meio de um

território, com condições melhores; o terceiro é o

trabalho social que se converte em exercício de

corresponsabilidade; finalmente, o

desenvolvimento físico e social, com o urbanismo

e a arquitetura. É um sistema muito importante,

de trabalhar de maneira coletiva. Cada um tem

um papel para assumir. O técnico trabalha no

componente técnico, os cidadãos trabalham de

sua perspectiva, cada um de um jeito.

Por que é tão necessária essa participação da

população?

É quem habita o território, quem reconhece os

problemas. O território se costura através dos

olhos da comunidade, que participa do processo

do início e também na implantação, fazendo

projetos de melhoramento. É muito importante

porque, ao final, isso gera empoderamento das

pessoas, que cuidam mais também.

Historicamente, o urbanismo aplicado por

governos costuma ouvir a população ou é mais

de cima para baixo?

Quase sempre a tradição do urbanismo é de ser

o grande planejador de cidades, de cima para

baixo, se precisa desconstruir essas linhas do

território com as pessoas. O olhar hoje é para a

cidade já construída, não para uma cidade

teórica, como foi Brasília (erguida em uma área

sem construções). O urbanismo precisa trabalhar

nos bairros, que já estão construídos e em

processo de uma ocupação que é muito aleatória.

Esses modelos de Medellín são replicáveis?

Creio que o mais valioso é entender a estratégia,

a metodologia. Não se pode replicar de maneira

literal, cada território tem condições sociais e

culturais diferentes. O importante são os quatro

elementos, com uma decisão do Estado e um

processo de comunicação muito forte. É quase

um projeto de acupuntura urbana.

Os projetos de Medellín chamam a atenção pela

arquitetura contemporânea, que parecem saídos

de algum prêmio. Por que investir nisso?

A grande maioria foi escolhida a partir de

concursos públicos, o que democratiza a

intervenção no território. São projetos que

buscam a participação coletiva de arquitetos na

construção da cidade. A arquitetura de qualidade

de alguma maneira ajuda na autoestima desses

bairros, da mesma maneira do que a arquitetura

dos bairros mais ricos.

As mudanças de Medellín nas últimas décadas

tiveram forte investimento público, até dentro de

uma perspectiva de mudança da imagem da

cidade. Como transpor isso para outras capitais

latinas, que muitas vezes não têm os mesmos

recursos?

Não creio que seja uma questão de recursos,

mas de uma decisão política, que é muito

importante. De colocar todas as ferramentas em

um território definido, isso gera resultados, como

a redução da violência. O problema não é de

recursos, é de articulação de ações públicas. Se

você tem como combinar a iluminação de uma

cidade, coordenar as ações, em vez de serem

dispersas com um pouco em um bairro. Para

mim, não é um problema econômico, mas uma

perspectiva de se articular.

No Brasil, muitos prefeitos costumam defender

parcerias público-privadas para projetos

urbanísticos. Essa é a melhor solução?

A responsabilidade é dos órgãos públicos. Os

serviços gerais de uma cidade se resolvem no

setor público. Uma aliança público-privada pode

resolver outras coisas, como concessões que dão

recursos. Cada um tem suas próprias

responsabilidades.

O senhor coloca o urbanismo como uma das

demandas públicas prioritárias. Qual é o impacto

disso na vida da população?

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Grupo de Comunicação

Ele é fundamental para melhorar as condições de

qualidade de vida. O espaço público é como se

constrói a sociedade. Onde não tem espaços

públicos, não se constrói sociedade. É importante

entender dessa perspectiva, ele é essencial para

o público.

Os projetos urbanos de Medellín têm atraído

também a atenção de turistas, especialmente

para os parques, as praças e a Comuna 13

(favela que foi pacificada e que, se tornou

atração de visitas-guiadas). Isso foi pensado

desde o início ou foi consequência?

Essas coisas vieram posteriormente. Não se pode

converter uma cidade simplesmente de forma

epidérmica, sem entender ao contexto

fundamental. Senão, estamos caindo em um

turismo que é de mentira. É importante que

Medellín não se entenda como uma cenografia, o

importante é mover a cidade. Medellín não é um

problema epidérmico, é uma cidade construída

por meio da dor. É construir dessa dor uma nova

ideia do que é uma qualidade de vida para os

seus. A cidade, de uma forma ou outra, se

transformou em uma cidade diferente, capaz de

passar pela esperança, isso impacta muito no

comportamento das pessoas. É uma estratégia

fundamental mudar essas zonas por seus

processos de ocupação, é possível recuperar

bairros de violência alta, mudar problemas de

violência e não pela repressão, mas mudando o

cenário de oportunidades.

Em Medellín, dois projetos que se tornaram

modelos são as linhas de transporte por

teleférico e a instalação de escadas rolantes nas

favelas. Iniciativas de mobilidade como essas são

importantes dentro de um cenário de mudança

urbanísticas?

São fundamentais. Se há algo que se tem que

investir em uma cidade, sobretudo latina, é no

transporte público com qualidade, para que todos

se movimentem pela cidade com as mesmas

condições, com a mobilidade entendida como um

instrumento de equidade. Em Medellín, hoje, há a

oportunidade de conectar a cidade a um lugar

aonde ninguém ia, que era um lugar de violência.

Isso constrói dignidade.

O senhor conhece São Paulo? Qual é a sua

percepção urbanística da cidade?

Sim, é uma cidade que se expande no horizonte,

que se alarga por todo o território. Como

Caracas, Bogotá e Cidade do México, que segue

crescendo de maneira horizontal e não trabalha

sobre cidades compactas. Acaba sendo uma

cidade muito custosa, porque necessita de

transportes públicos muito complexos, necessita

de serviços públicos que atendam à periferia. É

uma cidade absolutamente insustentável. São

Paulo tem muita diferença entre a riqueza e a

pobreza, como uma ferramenta territorial.

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,urba

nismo-precisa-ouvir-pessoas-diz-professor-

colombiano,70003014699

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Data: 18/09/2019

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Incêndio na Amazônia invade a pauta

comercial do governo de SP no Japão

Tema foi abordado pela imprensa japonesa

durante a visita de Doria. 'Brasil está fazendo

todo o possível para evitar os incêndios'

Fatima Kamata, especial para o Estado

TÓQUIO - A Amazônia acabou virando tema de

conversa no primeiro dia da missão comercial do

governo de São Paulo no Japão. A governadora

de Tóquio, Yuriko Koike, demonstrou interesse

pelo assunto, assim como a imprensa japonesa

que noticiou a vinda do governador João Doria

(PSDB) ao país e a situação na floresta

amazônica.

“Eu tenho defendido que o Brasil está fazendo

todo o possível para evitar os incêndios. Mas eu

tenho, por obrigação, defender meu Estado. São

Paulo não tem desmatamento, queimada, nem

invasão em sua área de reserva e nos parques

florestais. Aliás, a cobertura vegetal cresceu

nesses dois últimos anos”, disse o governador.

João Doria apresentou para a governadora de

Tóquio, modelo de cooperação bilateral de

manutenção do Centro Paraolímpico Brasileiro e a

criação da Casa de São Paulo na capital

japonesa, seguindo os moldes da Japan House

instalada dois anos atrás na avenida Paulista.

“Queremos montar um centro cultural e de

convivência que preserve a história e a memória

dos mais de 100 anos de imigração japonesa”,

declarou o governador.

Em Tóquio, existe uma entidade que resguarda

um pouco desse elo humano entre os dois países.

Criada em 1932, a Associação Central Nipo-

Brasileira reúne japoneses que tiveram alguma

experiência de negócio com o Brasil. O

secretário-geral Jiro Miyata, por exemplo, foi

executivo da Sumitomo Corporation na América

do Sul durante 14 anos e morou em São Paulo

entre 2004 e 2008.

A agenda de reuniões da comitiva paulista até sexta-feira visa ampliar os negócios já existentes no Estado

de São Paulo Foto: João Doria/Twitter

“Adoramos o Brasil, por isso dedicamos nosso

tempo para falar desde política, economia

brasileira, até cultura.” Ao todo a entidade tem

130 membros corporativos e 400 individuais que

participam de seminários, editam boletins e

promovem encontros para falar sobre um único

tema: Brasil.

Miyata retornou à matriz da Sumitomo em 2008,

no ano do centenário da imigração japonesa no

Brasil. “A conduta dos quase 2 milhões de nipo-

descendentes que vivem lá levou à criação da

expressão “japonês garantido né”, e isso nos

ajuda muito a fazer negócios com os brasileiros”,

diz.

Desde 1973, o governo de São Paulo já assinou

21 acordos de cooperação com o Japão em

setores variados. Agora, os paulistas pretendem

priorizar projetos com a Agência de Cooperação

Internacional do Japão (Jica) nas áreas de

agronegócio, meio ambiente, segurança pública e

defesa civil. “O Japão tem muita experiência em

técnicas de salvamento, face a terremotos e

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situações que enfrenta relacionadas ao clima, e

receberá representantes da Defesa Cilvil e do

Corpo de Bombeiros paulista. Em segurança

pública, representantes da Polícia Militar terão

acesso a tecnologia e equipamentos japoneses

para aperfeiçoar o trabalho que já é feito em São

Paulo”, disse Doria.

A cooperação econômica do Japão com o Brasil

através da Jica completou 60 anos. Atualmente,

por meio da Sabesp, a agência mantém projetos

nas áreas de fornecimento de água e

saneamento básico em São Paulo. “Vamos

aumentar essa cooperação para despoluição dos

rios (Tietê e Pinheiros) com novas tecnologias”,

declarou o vice-presidente da Jica, Kazuhiko

Koshikawa.

Oportunidade

No encontro com o presidente da Japan Bank for

International Cooperation (JBIC), Nobumitsu

Hayashi, a delegação paulista apresentou o plano

de desestatização do governo de São Paulo.

Atualmente, o Estado possui 21 grandes projetos

de concessão e PPPs (parceria público-privadas)

em andamento com potencial de investimento da

ordem de R$ 40 bilhões.

A agenda de reuniões da comitiva paulista até

sexta-feira visa ampliar os negócios já existentes

no Estado de São Paulo. Porém, os japoneses

têm sido comedidos em seu entusiasmo devido a

experiências passadas.

Nos 15 anos em que esteve na Sojitz do Brasil,

quatro deles como presidente da filial brasileira,

o executivo Satoshi Awaya diz viveu três

períodos distintos. No final dos anos 90 e início

de 2000, ele ficou no Rio de Janeiro e diz que

acompanhou a boa fase do setor petroquímico.

Entre 2008 e 2012, o destaque foi a

agroindústria. “Mas a última vez, entre 2015 e

2018, foi o período mais amargo que passei no

Brasil, por causa do cenário nacional.”

A Sojitz é uma trading focada em agricultura,

máquinas e projetos de infraestrutura. Ela foi

formada a partir da união da Nichimen e da

Nissho Iwai, companhias centenárias no Japão, e

iniciou as atividades no Brasil com importação de

minério de ferro, em 1955. Os próximos negócios

serão nos setores automobilístico, de energia,

agricultura, transporte, logística e industrial.

Nesta quarta-feira, a comitiva do Estado de São

Paulo terá café da manhã na Embaixada do

Brasil, em Tóquio, com investidores japoneses.

Em seguida, deverá se reunir com a diretoria da

Mitsui e da NEC. O último compromisso do dia

será com a diretoria da Toyota, que no dia

seguinte fará anúncio oficial de um novo modelo

de carro para ser produzido em sua fábrica no

Brasil.

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,incendio-na-

amazonia-invade-a-pauta-comercial-do-governo-

de-sao-paulo-no-japao,70003014692

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Data: 18/09/2019

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Incêndios avançam em todo País e já são

52% mais do que em 2018

De janeiro até esta terça-feira, 17, satélites do

Inpe registraram 123.786 focos de queimadas no

Brasil; em pouco mais da metade deste mês, já

são 33.375 focos

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

SOROCABA - Favorecidos pelo tempo seco, os

incêndios florestais continuam avançando em

todo o país. De janeiro até esta terça-feira, 17,

os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) registraram 123.786 focos de

queimadas no Brasil, 52% a mais que no mesmo

período do ano passado, quando foram 81.393.

Em pouco mais da metade deste mês, já são

33.375 focos. Só nesta segunda-feira, 16, havia

2.839 incêndios ativos no país, dos quais 779 em

Mato Grosso. Outras 469 áreas queimavam em

Goiás e 251 em Tocantins.

Em Mato Grosso do Sul, houve 248 incêndios na

segunda e muitos continuavam ativos nesta

terça. Os focos se concentram no Pantanal, ao

sul de Corumbá, município que lidera o ranking

nacional de incêndios este ano, com 3.442 focos.

Cerca de 150 bombeiros e brigadistas combatiam

as chamas na região do Jocadigo, em locais de

difícil acesso, e ao longo da Estrada-Parque do

Pantanal (MS-184 e MS-228). As chamas

reapareceram também na região de Miranda, no

entorno da Estância Caiman.

A Defesa Civil informou terem surgido focos

próximos da região de grutas de Bonito, uma das

principais atrações turísticas do Pantanal.

Brigadistas do Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ajudam

no combate às chamas.

Os satélites do Inpe registraram 27 focos de

incêndios, nas últimas 48 horas, na Terra

Indígena Kaidwéu, na Serra da Bodoquena, no

município do mesmo nome, na região do

Pantanal. Já a Defesa Civil informou que alguns

focos surgiram no Parque Nacional da Serra da

Bodoquena, mas estão sendo combatidos pelos

brigadistas do ICMBio.

Pará

O Corpo de Bombeiros do Pará considerou

extintos, nesta terça-feira,17, os focos de

incêndio que atingiram uma área de proteção

ambiental no distrito de Alter do Chão, município

de Santarém, no Pará. O tenente-coronel Ney

Tito Azevedo, comandante do 4.o Grupamento de

Bombeiros, informou ter sobrevoado a área e

verificado a ausência de focos ativos. “Todos os

focos foram extintos, tanto em Alter do Chão,

quanto em Pindobal, área da Capadócia e Pontas

da Pedra”, disse.

Segundo ele, os 230 homens deslocados para

região apagaram o último foco na manhã desta

terça. Somente no interior da APA (Área de

Proteção Ambiental) Alter do Chão foram

queimados 410 hectares. Na região toda, a área

atingida pelos focos chega a dois mil hectares. O

Inpe já registrou 2.988 focos de incêndios no

Pará este mês. Só na segunda-feira foram 222. A

paraense Altamira é a segunda no ranking de

incêndios no país este ano, com 3.259 focos.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,incendios-avancam-em-todo-pais-e-ja-sao-

52-mais-do-que-em-2018,70003014358

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Data: 18/09/2019

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Diante de ideia de contratar sistema

privado, Pontes defende Inpe para medir

desmatamento

Pontes foi chamado à Comissão de Meio

Ambiente do Senado para falar sobre a

exoneração do ex-diretor do Inpe, Ricardo

Galvão; ele disse que Ricardo Salles teria

concordado em melhorar o sistema que já existe

Mateus Vargas, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O ministro da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações (Mctic), Marcos

Pontes, defendeu nesta terça-feira, 17, que o

monitoramento do desmatamento no Brasil siga

sob comando do Instituto de Pesquisas Espaciais

(Inpe). A declaração foi uma resposta a estudos

do governo para contratar uma tecnologia

privada, o Planet, para medir esses dados.

Pontes disse que o ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, concordou em manter em uso os

sistemas do Inpe. “Chegamos em acordo sobre

melhorar o sistema que já existe. Se tiver mais

satélites para aderir ao monitoramento do Inpe,

ótimo. Agora, o sistema do Inpe é nosso, tem

demonstrado seu resultado durante muito tempo.

Ele (Salles) aparentemente concordou comigo em

relação a essa parte”, disse Pontes.

O Planet é um sistema de mapeamento em alta

resolução que pertence a uma companhia dos

Estados Unidos. A empresa brasileira Santiago &

Cintra, do interior de São Paulo, fornece o

sistema localmente.

O monitoramento do desmate motivou crise no

governo após o presidente Jair Bolsonaro chamar

de mentirosos os dados divulgados pelo Inpe. Os

questionamentos levaram à exoneração do ex-

diretor do instituto Ricardo Galvão, no começo de

agosto. A demissão motivou críticas de cientistas

do Brasil e do exterior ao governo.

O ministro Salles tem dito que pretende usar um

sistema privado desde o começo do ano. Em

julho, ele usou imagens da tecnologia privada

para contrapor captações feitas pelo Deter -

sistema de alertas de desmate do Inpe - e exibir

o que seriam imprecisões nas medições. O

sistema Planet é o mesmo que começa a rodar

no Estado do Mato Grosso e já foi testado no

Pará, como mostrou o Estado.

O ministro do Mctic foi chamado à Comissão de

Meio Ambiente do Senado nesta terça para

responder sobre a exoneração do ex-diretor do

Inpe Ricardo Galvão, além de tratar sobre o

futuro do Instituto. Pontes repetiu que a saída

aconteceu por “quebra de confiança” em vez de

questionamentos sobre os dados do

Inpe.“Durante período de crise, em que dados

foram questionados, ele (Galvão) deveria ter

conversado comigo, mas foi diretamente com o

presidente (Bolsonaro)”, disse Pontes.

O coronel da reserva da Aeronáutica Darcton

Policarpo Damião ocupa interinamente o

comando do Inpe. O novo diretor efetivo só será

escolhido por uma lista tríplice, montada por uma

comissão.

O ministro participaria de audiência na Câmara

na última quinta-feira, 12, também sobre a

demissão de Galvão, mas não pode comparecer

por problemas de saúde. Na mesma data, Pontes

deu entrada e passou por exames no Hospital

das Forças Armadas (HFA). Ele apresentava

tontura, náuseas, vômitos e sudorese. Recebeu

alta no mesmo dia e recomendação de repouso

por 48 horas.

Pontes disse que Inpe deve voltar a entregar

dados sobre desmatamento ao Ibama cinco dias

antes da divulgação pública, no site do Instituto,

como era feito até 2018, segundo o ministro. "O

Ibama, acho, não fez ainda nenhuma solicitação.

Quando fizer, a gente passa a fornecer primeiro

para eles", disse.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,diante-de-ideia-de-contratar-sistema-

privado-pontes-defende-inpe-para-medir-

desmatamento,70003014099

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Moraes valida acordo de R$ 1 bi da Lava

Jato para Amazônia

Acordo também destina R$ 1,6 bilhão para a

educação, parte do qual deve ir para bolsas de

pesquisa do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura, O Estado

de S.Paulo

BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do

Supremo Tribunal Federal (STF), validou nesta

terça-feira, 17, o acordo que remete R$ 1,06

bilhão do Fundo da Lava Jato para as ações de

prevenção, fiscalização e combate ao

desmatamento e outros ilícitos ambientais nos

Estados da Amazônia Legal, e que destina outro

R$ 1,6 bilhão para a educação. Desse montante,

R$ 250 milhões irão para o Ministério de Ciência

e Tecnologia alocar em ações de inovação,

empreendedorismo e educação, como as bolsas

de pesquisa do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O acordo foi fechado na semana retrasada entre

a Procuradoria-Geral da República (PGR), a

Câmara dos Deputados e o Palácio do Planalto,

mas precisava ainda ser homologado pelo STF.

A decisão sobre o destino do dinheiro foi

divulgada seis meses após a PGR questionar no

Supremo o acordo fechado entre a Petrobras e a

força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que

reverteu para o Brasil cerca de R$ 2,5 bilhões de

uma multa paga pela estatal na justiça norte-

americana.

“O acordo realizado pelos autores da ADPF 568

(Procuradora-Geral da República) e RCL 33.667

(Presidente da Câmara dos Deputados) com a

União (representada pelo Advogado-Geral da

União), e com a interveniência do Presidente do

Senado Federal e do Procurador-Geral da

Fazenda Nacional, respeita integralmente os

preceitos fundamentais anteriormente analisados

e, consequentemente, afasta as nulidades

existentes no anterior e ilícito ‘acordo de

assunção de compromissos’, para a destinação

do valor depositado pela Petrobras”, escreveu

Moraes em sua decisão.

Em sua decisão, Moraes destacou que houve um

consenso dos diferentes agentes no novo acordo,

após audiência no início deste mês com

representantes dos órgãos envolvidos na

discussão do tema.

"A vinculação desses valores a fonte específica de

custeio, conforme informado pela Advocacia-

Geral da União, além de outros compromissos

assumidos pelas autoridades mencionadas

nesses autos, afasta qualquer possibilidade de

configuração do risco de retorno desses valores à

Petrobras, bem como de efetiva utilização nas

ações indicadas e fiscalização pelas instâncias de

controle", observou o ministro.

Valores

Do dinheiro destinado a Amazônia, R$ 630

milhões irão bancar tarefas diretas da União.

Entre elas, as operações de Garantia da Lei e da

Ordem (GLO) e ações de responsabilidade do

Ministério do Meio Ambiente e Ibama. Além

disso, o reforço chegará também ao Ministério da

Agricultura, para amparar orçamento de

regularização fundiária e do serviço de

Assistência Técnica e Extensão Rural. Os R$ 430

milhões restantes deverão ser investidos de

forma descentralizada para a articulação entre o

Governo Federal e os Estados da região

amazônica.

Conforme a decisão de Moraes, a execução dos

recursos de “maneira descentralizada” será feita

observando os seguintes critérios: área territorial

dos Estados, população estimada na data da

homologação do acordo, o inverso do PIB per

capita dos Estados, o número de focos de

queimadas e a área desmatada total por unidade

da federação.

Do dinheiro para a Educação, cerca de R$ 1

bilhão será destinado para ações relacionadas à

educação infantil. Ainda, R$ 250 milhões irão

para o Ministério da Cidadania para iniciativas de

desenvolvimento integral na primeira infância,

como o Programa Criança Feliz.

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Outros R$ 250 milhões ficarão a cargo do

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e

Comunicações para ações voltadas ao

empreendedorismo, inovação e educação, como

a manutenção de bolsas de pesquisa do CNPq, e

a construção da fonte de luz Síncrotron de 4°

geração. Como mostrou o Broadcast, o

presidente da Câmara, Rodrigo Maia, queria que

parte do dinheiro fosse destinado ao CNPq, que

sofre com as restrições orçamentárias.

Por fim, R$ 100 milhões deverão ser alocados em

ações socioeducativas em cooperação com os

Estados, preferencialmente dentro do escopo do

Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Controvérsia. O acordo entre a Petrobras e a

força-tarefa da Lava Jato foi questionado na

Suprema Corte em março. Quando fechou o

tratado com a estatal, o Ministério Público

paranaense definiu que parte do dinheiro fosse

gerido por um fundo, o que gerou forte polêmica

à época. Moraes, então, suspendeu o acordo três

dias após Raquel Dodge questionar a medida no

STF. Desde então, os órgãos públicos tentavam

chegar a um consenso sobre onde o dinheiro

deveria ser aplicado.

Com a situação gerada pelas queimadas que

afetam a região amazônica, a Câmara dos

Deputados entrou no debate e pediu em agosto

que parte da multa fosse destinada à prevenção

e combate de incêndios florestais. Antes, as

conversações entre a AGU, o STF e a PGR se

encaminhavam para destinar o dinheiro apenas a

projetos da área de educação e cidadania.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,moraes-valida-acordo-de-r-1-bi-do-fundo-

da-lava-jato-para-amazonia,70003013995

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Com lixo afetando a navegação, Marinha e

MPF elaboram programa contra descarte

ilegal

Cerca de 2 milhões de toneladas de resíduos são

despejadas por ano no mar brasileiro; Plano

Nacional de Combate ao Lixo no Mar prevê

repasse de recursos a prefeituras

Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A formação de depósitos de lixo no

litoral, nos rios e em lagos começou a afetar a

navegação. Diante de interrupções cada vez mais

frequentes das vias marítimas e fluviais, o

governo federal e o Ministério Público Federal

elaboraram um programa para combater o

descarte irregular nas águas. A proposta é buscar

formas de punir agressores do meio ambiente e

incentivar, com um plano de verbas, prefeituras

a limparem praias e mananciais.

Cerca de 25 milhões de toneladas de lixo são

despejadas anualmente nos oceanos Foto: Juan Carlos

Ulate/Reuters

Um levantamento de 2018 aponta que 25

milhões de toneladas de resíduos vão para o mar

todos os anos, dos quais 2 milhões apenas no

Brasil. Metade desse lixo é material plástico.

Estima-se que cerca de 100 mil animais marinhos

e um milhão de aves morrem a cada ano pela

ingestão de materiais sólidos fabricados ou

transformados, como filtros de cigarro, vidro,

metal e madeira.

As estimativas são de que 80% do lixo marinho

tenha origem em terra, chegando aos oceanos

por meio dos rios, o que indica uma necessidade

de melhores gestões dos recursos hídricos e dos

resíduos sólidos, já a partir dos municípios. Daí a

mobilização do Ministério do Meio Ambiente junto

às prefeituras.

Ao Estado, o comandante da Marinha, almirante

Ilques Barbosa Júnior, disse que a limpeza das

águas é fundamental para a segurança da

navegação e a salvaguarda de vidas. "É preciso

atuarmos em conjunto para impedir o acúmulo

desse lixo ou teremos de aceitar as

consequências", avaliou.

Ele reclama de sofás, tubos de TV e geladeiras

que põem em risco especialmente pequenas e

médias embarcações nos rios e no mar. "É um

absurdo", comenta. Um termo de cooperação

será assinado entre vários órgãos do governo

federal e o Ministério Público para que haja maior

fiscalização.

Ao aderir ao Plano Nacional de Combate ao Lixo

no Mar, uma das iniciativas do governo para

limpar as águas, os prefeitos poderão ter acesso

a recursos de 75 modalidades financeiras para a

gestão de resíduos. Esse fundo inclui US$ 500

milhões do Banco dos BRICS - grupo de países

formado por Brasil, Rússia, Índia, Coréia do Sul e

África do Sul - destinados ao tratamento de lixo

e melhoria das condições ambientais de

municípios, informa o secretário de Qualidade

Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André

França.

Na semana passada, o comandante da Marinha,

reuniu-se com a procuradora-geral da República,

Raquel Dodge, para conversar sobre o tema. "A

participação do Ministério Público é importante no

esforço que envolve o Ministério da Defesa, as

Forças Armadas e o Ministério do Meio Ambiente,

pois é preciso fazer valer o ordenamento jurídico

do País em relação aos que poluem a Amazônia

Azul e as águas interiores", disse.

O comandante explica que o Ministério Público

pode cobrar dos municípios e órgãos ambientais

que punam quem está degradando as águas. Ele

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Data: 18/09/2019

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observa, ainda, que a Marinha pode colaborar

inspecionando embarcações, fazendo atuação

para combate à pesca na época do defeso e

abordando quem joga lixo e contamina rios.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,com-lixo-afetando-a-navegacao-marinha-e-

mpf-elaboram-programa-contra-descarte-

ilegal,70003013591

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Estudo internacional revela ligação entre

carne brasileira e desmatamento da

Amazônia

Mapeamento da plataforma Trase estima que

demanda interna e externa pelo produto levou ao

desmate de até 5.800 km² por ano entre 2015 e

2018; carne para exportação responde por cerca

de 13% da perda florestal

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - A demanda nacional e mundial por

carne brasileira levou ao desmatamento de até

5.800 km² (cerca de 3,8 cidades de São Paulo)

por ano, entre 2015 e 2017, na Amazônia. E

cerca de 13% a 14% disso foi ligado às

exportações para locais como Hong Kong, China

e Rússia.

É o que mostra uma análise do risco de

desmatamento provocado pela exportação de

carne conduzido com base no mapeamento da

cadeia de suprimento. O trabalho - feito pela

plataforma Trase, um projeto dos institutos de

pesquisa Global Canopy e Stockholm

Environment - considera o caminho desde que o

animal é criado até o alimento chegar ao

consumidor final.

Mais de 200 empresas no Brasil exportam carne, gado

vivo e miúdos Foto: Alex Silva/Estadão

O Stockholm Environment Institute faz estudos

sobre mudanças climáticas e uso da terra com

objetivo de ajudar em políticas públicas. Já o

Global Canopy é mais focado em florestas

tropicais e nas cadeias de suprimentos dos

alimentos que acabam sendo produzidos após o

desmatamento.

A ideia é analisar quem está na ponta,

consumindo os produtos gerados com a perda de

vegetação. A Trase é uma ferramenta de

transparência focada em avaliar o risco para a

floresta das cadeias de suprimento. Essa mesma

análise já tinha sido feita no ano passado para a

soja.

O trabalho fez a ligação entre os cerca de 3 mil

municípios onde o gado é criado no Brasil e por

onde as pastagens estão se expandindo com

mais de 200 empresas que exportam carne, gado

vivo e miúdos (como fígado). Do outro lado,

estão cerca de 3 mil companhias que importam

esses produtos para 150 países.

"Fazendo o link entre onde o gado é criado com

onde é comprado, identificamos entre 650 km² e

750 km² de risco de desmatamento por ano. Isso

somente para a exportação, não para o mercado

doméstico", disse ao Estado Erasmus zu

Ermgassen, pesquisador da Trase e da

Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

"O Brasil exporta cerca de 19% a 20% de sua

carne, e descobrimos que isso está ligado a cerca

de 13% a 14% de todo o desmatamento

relacionado à produção de gado. A maior parte é

ligada ao consumo local. O mercado doméstico

compra cerca de 80% da carne produzida no País

e está ligado a algo entre 85% e 86% do

desmatamento associado à produção de gado."

Hong Kong é o maior importador (23%), seguido

pela China continental (15%). O Egito responde

por 10,6% do mercado externo de carne

brasileira, a Rússia por 10,1% e o Irã por 9,1%.

O trabalho revela que as vendas para Hong Kong

estiveram ligadas a 27% do risco de

desmatamento associado às exportações - com

sua cadeia de suprimentos associada a cerca de

180 km² de floresta desmatada. O risco de

desmatamento para Hong Kong foi maior que

para a China continental, porque Hong Kong

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obtém mais carne bovina da região amazônica,

de acordo com a análise.

Já a China compra mais de fornecedores do sul

do País, de Estados como São Paulo, Minas

Gerais e Mato Grosso do Sul. A Rússia, que foi o

quarto maior importador de carne brasileira em

2017, ficou com o terceiro maior risco de

desmatamento, associado a uma perda de cerca

de 100 km² de floresta.

Atualmente, a União Europeia compra gado de

várias regiões, com maiores quantidades

provenientes dos Pampas, no Sul do País, do sul

do Cerrado e ao redor da zona de transição

Amazônia-Cerrado na região Oeste. Entre 2015 e

2017, as importações de carne bovina da UE

foram vinculadas a um de risco de

desmatamento por ano de algo entre 29 e 36

km² .

Papel dos frigoríficos

A ideia foi mapear de onde vem a carne que

esses países estão comprando - de quais biomas

e Estados -, mas também quem está vendendo o

produto. A análise mostra que cerca de 2/3 das

exportações são feitas por três companhias -

JBS, Marfrig e Minerva. Considerando suas

companhias subsidiárias, elas podem responder

por quase 80% das exportações de carne do

Brasil.

Maior empresa de frigoríficos do mundo, a JBS,

responsável por exportar 29% da carne que vai

para o exterior, segundo o estudo esteve ligada a

36% de toda a perda florestal ligada às

exportações de carne bovina entre 2015 e 2017

(240 km²).

A Minerva, responsável por 15,8% das

exportações esteve associada com 15,5% do

desmatamento (102 km²). Já a Marfrig, que viu

sua fatia das exportações crescer de 12% para

15% entre 2015 e 2017, também teve um

aumento de associação ao risco de

desmatamento de 10% a 15%.

O dado contrasta com o fato de que as três

empresas assinaram um acordo em 2009, que

envolveu também o Ministério Público Federal e

produtores de gado da Amazônia, por um

compromisso com o desmatamento zero. A ideia

era mapear os fornecedores para que os

frigoríficos não comprassem carne proveniente

de gado criado em área desmatada.

As empresas foram procuradas pelo Estado às

10h15 desta terça-feira, e esta reportagem será

atualizada assim que as companhias se

posicionarem.

A Marfrig informou, por nota, que é "um equívoco

concluir, a partir dos dados da Trase, que há

vínculo entre o gado comprado pela Marfrig e o

desmatamento na região".

A empresa afirmou que desenvolveu e

implementou uma plataforma de

geomonitoramento que é auditada pela

companhia norueguesa DNV.GL e que, com ela,

"mitiga substancialmente o risco de aquisição de

animais provenientes de desmatamentos -

usando, desde 2009, o critério de desmatamento

zero para o bioma Amazônia".

"A companhia assegura que não havia situação

de desmatamento nas fazendas fornecedoras de

animais, nas respectivas datas de compra."

A Minerva informou, por nota, que um relatório

divulgado em julho pela auditoria externa Grant

Thornton "atestou que a empresa cumpre 100%

o Compromisso Público de Pecuária Sustentável,

firmado em 2009, para garantir as práticas

aplicadas no combate ao desmatamento da

floresta amazônica, ao uso de mão-de-obra

análoga à escrava, como também respeito às

terras indígenas e áreas de conservação na

região da Amazônia."

Disse ainda que o estuda da Trase "não afirma

que a Minerva Foods adquire suprimentos

produzidos nessas áreas de risco."

O Estado também procurou a Associação

Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes

(Abiec), que afirmou que "repudia qualquer

prática que possa incorrer no desmatamento

ilegal ou em queimadas no território nacional e,

em especial, na Amazônia".

"Práticas contrárias à legislação ou que infringem

o compromisso do setor em promover a pecuária

sustentável não refletem o modelo de produção

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preconizado pela Abiec, instituição que congrega

31 empresas responsáveis por 92% das

exportações brasileiras de carne bovina."

Leia as notas completas no fim da reportagem.

Brechas no processo

Historicamente, a abertura de novas áreas para a

colocação de pasto foi e ainda é o principal motor

do desmatamento da Amazônia e o acordo de

2009 foi uma política importante para ajudar a

conter isso.

O estudo da Trase aponta, porém, que há

brechas nesse processo. Em geral, apontam os

pesquisadores, as empresas conseguem controlar

seus fornecedores diretos, aqueles que vendem

para elas a carne, mas a cadeia é bem mais

complexa. Há fazendas onde os animais nascem,

outras onde eles engordam, para só depois

serem vendidas para o abate. É nesse caminho

que pode estar o problema, dizem.

"Nós sabemos que o acordo foi implementado,

mas parcialmente. As companhias só monitoram

seus fornecedores diretos, os fazendeiros que

venderam para elas o gado, mas não de quem

esse fazendeiro comprou os animais. Monitorar o

fornecedor direto é apenas a ponta do iceberg",

explica Ermgassen. "Desse modo, o sistema

completo de monitoramento acaba não sendo

implementado. Isso acaba gerando um ponto

cego", complementa o pesquisador.

O trabalho considerou o risco de desmatamento

duas maneiras: foram analisamos os dados de

movimentação animal, incluindo os fornecedores

indiretos; e foram também mapeados os

municípios de onde as empresas compram e

quanto.

"Isso permite medir o desmatamento

acontecendo nos locais de onde eles estão

comprando, em vez de só avaliar a pessoa de

quem eles compram diretamente. Isso acaba

incluindo o desmatamento que ocorre no entorno

de suas plantas, nos locais onde compram gado e

onde todos os fornecedores indiretos estão", diz.

Confira a íntegra das notas divulgadas por

Marfrig, Minerva e Abiec:

Marfrig

"A Trase é uma plataforma de analisa áreas de

risco em florestas tropicais com a produção de

commodities e suas conexões, usando

informações oficiais disponíveis. E toda produção

estabelecida no bioma Amazônia - por natureza -

é de risco. Porém, seria um equívoco concluir, a

partir dos dados da Trase, que há vínculo entre o

gado comprado pela Marfrig e o desmatamento

na região. Justamente por entender que há risco

e que as informações da Trase prestam

relevantes serviços à preservação dos biomas, a

Marfrig desenvolveu e implantou sua plataforma

de geomonitoramento. Esse sistema é auditado

por uma terceira parte independente - a

norueguesa DNV.GL. Com o uso dessa

plataforma, e conhecendo as conexões realizadas

pela Trase, a Marfrig mitiga substancialmente o

risco de aquisição de animais provenientes de

desmatamentos - usando, desde 2009, o critério

de desmatamento zero para o bioma Amazônia.

O sistema de geomonitoramento e cruzamento

de dados da Marfrig, assegura nossa política de

compras. Essa política não permite a aquisição de

animais provenientes de áreas desmatadas

(desmatamento zero na Amazônia, dados

Prodes), de unidades de conservação, de terras

indígenas, de áreas embargadas pelo Ibama ou

de fornecedores que usem mão de obra análoga

à escravidão (presentes na lista suja do trabalho

escravo, elaborada pela Secretaria de Trabalho

do Ministério da Economia).

A plataforma da Marfrig cruza todas as

informações oficiais disponíveis e, caso seja

detectada qualquer não conformidade, a compra

é suspensa e o fornecedor é bloqueado. Nos

últimos sete anos consecutivos, a DNV-GL

atestou 100% de conformidade e aderências aos

critérios de compra sustentável por parte da

Marfrig. Portanto, a companhia assegura que não

havia situação de desmatamento nas fazendas

fornecedoras de animais, nas respectivas datas

de compra, uma vez que o sistema de

geomonitoramento cruza as imagens do polígono

de cada fazenda com via satélite do Prodes-

INPE."

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Minerva

A Minerva Foods, líder em exportação de carne

bovina na América do Sul e uma das maiores

empresas na produção e comercialização de

carne in natura e seus derivados no Brasil,

reforça mais uma vez seu compromisso com o

desenvolvimento sustentável da cadeia

agropecuária com a total conformidade de sua

atuação no Bioma Amazônia. Relatório divulgado

pela auditoria externa Grant Thornton, em julho

deste ano, atestou que a empresa cumpre 100%

o Compromisso Público de Pecuária Sustentável,

firmado em 2009, para garantir as práticas

aplicadas no combate ao desmatamento da

floresta amazônica, ao uso de mão-de-obra

análoga à escrava, como também respeito às

terras indígenas e áreas de conservação na

região da Amazônia.

As compras de gado realizadas pela Minerva

Foods no Bioma Amazônia, assim como em

outros biomas, são 100% feitas em fazendas

monitoradas, por meio de mapas

georreferenciados, o que assegura que todos os

fornecedores estejam de acordo com rigorosos

critérios socioambientais. Para a rastreabilidade

integral da cadeia, os sistemas de

monitoramento da Companhia são cruzados com

listas oficiais do Ibama, do Ministério do Meio

Ambiente, da Secretaria do Trabalho e do

registro pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR),

como também de outros documentos de posse da

terra. Caso seja identificada qualquer

irregularidade, o departamento de

sustentabilidade da Companhia bloqueia os

fornecedores em não conformidade com qualquer

um dos critérios, eliminando a possibilidade de

compra de matéria-prima de tais produtores.

Atualmente monitoramos por conta própria mais

de 7.000 fornecedores no bioma Amazônia,

compreendendo uma área total de mais de 9

milhões de hectares, uma região equivalente ao

território de Portugal.

Adicionalmente, desde junho de 2019, a Minerva

Foods integra a Mesa Global de Carne

Sustentável, a Global Roundtable for Sustainable

Beef (GRSB, sigla em inglês). Composta por

especialistas, acadêmicos e grandes companhias

de quatro continentes, a GRSB tem como

objetivo compartilhar práticas de gestão e

manter um diálogo construtivo sobre os

caminhos da indústria global. Como nova

integrante, a Minerva Foods aprimora a

representatividade do continente Sul-Americano,

que é o maior produtor de carne no mundo, em

discussões globais.

A respeito do relatório da plataforma TRASE, um

projeto dos Institutos de Pesquisa Stockholm

Environment Institute e Global Canopy, é

importante observar que o documento não afirma

que a Minerva Foods adquire suprimentos

produzidos nessas áreas de risco. Reforçamos

nossos passos em questões importantes para o

clima regional e global, proteção ambiental e

finalidade social.

Abiec

"A Associação Brasileira das Indústrias

Exportadoras de Carnes (Abiec) repudia qualquer

prática que possa incorrer no desmatamento

ilegal ou em queimadas no território nacional e,

em especial, na Amazônia. A pecuária brasileira

tem se pautado ao longo dos anos pela

sustentabilidade em toda cadeia produtiva e

prima pela qualidade e segurança dos alimentos.

Práticas contrárias à legislação ou que infringem

o compromisso do setor em promover a pecuária

sustentável não refletem o modelo de produção

preconizado pela Abiec, instituição que congrega

31 empresas responsáveis por 92% das

exportações brasileiras de carne bovina. O Brasil

possui uma das mais rígidas e rigorosas

legislações ambientais do mundo, que determina,

entre outras normas, a obrigatoriedade de

produtores rurais preservarem de 20% a 80% de

matas nativas dentro de suas propriedades,

dependendo do bioma. Dessa forma, ressaltamos

a confiança na implementação de medidas de

combate a práticas ilegais de desmatamento e na

identificação e punição dos responsáveis por tais

ações. A Abiec destaca os constantes

investimentos em tecnologia e práticas mais

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modernas e sustentáveis de produção no Brasil e

que tem resultado em mais produtividade e

evolução do uso de áreas de pastagens pela

pecuária sendo que nos últimos 28 anos, o uso

dessas áreas recuou 15% enquanto a

produtividade cresceu 176%.

Fonte: Athenagro com dados de Agrosatélite,

IBGE, Inpe/Terraclass, Lapig, Prodes, Rally da

Pecuária, Map Biomas"

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,estudo-internacional-liga-carne-brasileira-

a-desmatamento,70003013721

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VALOR ECONÔMICOBNDES vê alta nos desembolsos a usinas

Ideia do banco é apoiar projetos de longo prazo e

estimular novas tecnologias e área de biogás

Camila Souza Ramos

As perspectivas de aumento dos investimentos

de usinas sucroalcooleiras no país já levam o

BNDES a projetar uma retomada de desembolsos

para financiar o segmento. Segundo Mauro

Mattoso, chefe do departamento do complexo

alimentar e de biocombustíveis do banco estatal

de fomento, a ideia é apoiar projetos de longo

prazo e estimular o desenvolvimento de novas

tecnologias e a área de biogás.

“Em um primeiro momento, com taxas de juros

baixas, a tendência é que as usinas se voltem ao

mercado [de capitais]. Mas em caso de retomada

de crescimento, acreditamos que o BNDES pode

entrar nas empresas com necessidade de prazo

longo de implantação de projetos, principalmente

de novas tecnologias. Estamos preparados para

isso”, afirmou ontem Mattoso durante a

Novacana Ethanol Conference, evento realizado

em São Paulo.

Um dos focos serão as empresas de porte médio,

com operações atreladas a algumas métricas,

como as vinculados à emissão de Créditos de

Descarbonização (CBios). “Mas isso ainda está

em discussão”, ressalvou ele em conversa com

jornalistas.

As grandes empresas sucroalcooleiras também

terão oportunidades de financiamento no BNDES,

mas estas estarão mais concentradas em crédito

para investimentos em biogás e em tecnologia

4.0. “O financiamento privado não garante

prazos grandes, que são necessários para esses

investimentos", argumentou. Para alavancar as

operações de biogás, disse Mattoso, o banco quer

incluí-las nas possibilidades de financiamento do

Fundo Clima, o que tende a reduzir o custo para

1% ao ano, com prazo de cerca de 15 anos. O

BNDES deverá aprovar em duas semanas novas

condições de financiamentos para o Fundo Clima

para projetos de biogás e biometano. “É onde

esperamos ver retomada do setor”, afirmou.

Entre os bancos privados, a percepção é que o

BNDES de fato pode voltar a crescer no

segmento, mas sem voltar aos patamares vistos

até metade desta década. “Eles devem ficar

focados em operações envolvendo novas

tecnologias, que realmente demandam prazos

longos que os privados não conseguem oferecer”,

disse um executivo de um banco que pediu para

não ser identificado.

Em 2018, os desembolsos do BNDES para

operações de financiamento de usinas tiveram

um crescimento cerca de R$ 200 milhões na

comparação com 2017, de R$ 1,7 bilhão para

quase R$ 1,9 bilhão. Os desembolsos portanto,

ficaram distantes dos quase R$ 2,8 bilhões de

2015 (ver infográfico).

E o perfil das liberações de recursos mudou de lá

para cá. Passou a ser mais restrito a grandes

grupos ou a usinas com melhor desempenho

financeiro. Segundo Mattoso, essa concentração

se explica pelos maiores aportes dessas

companhias em cogeração de energia e em

incrementos marginais de capacidade de

moagem de cana.

De acordo com dados do BNDES, os desembolsos

para cogeração alcançaram R$ 94 milhões em

2018, um crescimento de mais de quatro vezes

ante 2017, mais ainda menos que em 2016, por

exemplo. Já os desembolsos voltados a aumentos

de capacidade subiram 60% no ano passado,

para R$ 866 milhões, e superaram 2016.

Por outro lado, os desembolsos do BNDES para

financiar investimentos em renovação de canavial

— necessários para que usinas em dificuldade

financeira tentem recuperar sua produtividade e

rentabilidade — têm permanecido em baixa.

Mattoso disse que as mudanças feitas há cerca

de dois anos nas taxas cobradas no Prorenova

(agora atrelada ao Plano Safra) também

acabaram restringindo os desembolsos nessa

frente, e admitiu que isso contribuiu para tornar

mais difícil a recuperação dos rendimentos

agrícolas. “Existe uma correlação entre aumento

de desembolsos do BNDES e queda da idade

média dos canaviais”, afirmou.

Quem mais têm investido em renovação são as

empresas que conseguem acessar o mercado de

capitais — por meio de CRAs, por exemplo. No

mercado, a expectativa é positiva para o

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crescimento desses instrumentos — que deverá

ser um “caminho sem volta”, conforme afirmou

Juliano Merlotto, sócio da FG/A, durante o

mesmo evento em São Paulo.

“O mercado agora tem buscado emissões de

empresas um pouco menores, não as grandes,

por causa do spread, e tem tido um pouco menos

de apetite por grandes empresas. Mas ainda

deverá continuar a ser uma fonte recorrente para

essas companhias”, avaliou. O receio, disse, é

com possíveis casos de default em operações de

CRA. “É papel do coordenador blindar operações

com risco maior” para isso não ocorre, defendeu.

Já o chefe da área do BNDES avaliou que não há

garantia de que o papel do mercado de capitais

no segmento sucroalcooleiro crescerá “para

sempre”, dada a possibilidade, já aventada no

Ministério da Economia, de acabar com a isenção

fiscal desses papéis.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=

0&n=31265469&e=577

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Etanol de milho cresce em ritmo acelerado

De São Paulo

As usinas que fazem etanol a partir de milho já

existentes no país, aquelas que estão em

implantação e os projetos de investimento já

aprovados deverão ser capazes de garantir uma

produção de 8 bilhões de litros do biocombustível

na safra 2028/29, mas o volume poderá ser

ainda maior caso se confirmem novos aportes

que estão em discussão. Foi o que projetou

ontem Henrique Ubrig, presidente da União

Nacional do Etanol de Milho (Unem), durante a

Novacana Ethanol Conference.

Segundo ele, em 2020 a produção do

biocombustível já poderá alcançar 2 bilhões de

litros, ante os 840 milhões de 2018. Para atingir

a oferta prevista para 2028, calculou, a demanda

das usinas pro milho deverá chegar a 20 milhões

de toneladas.

No ano passado, foram 2 milhões de toneladas

do grão para a produção do biocombustível, e em

2020 Ubrig estima que a demanda dessas usinas

pelo cereal já subirá a 6,2 milhões de toneladas.

Conforme o dirigente, o maior desafio para o

crescimento do etanol de milho recai sobre a

matéria-prima para garantir a geração de

eletricidade necessária para manter as indústrias

rodando. Hoje, a principal biomassa que abastece

as caldeiras das usinas existentes é o eucalipto,

mas a disponibilidade de florestas onde as

indústrias estão é baixa.

Segundo Ubrig, as empresas já em atividade

estão investindo em plantio de eucalipto em

locais que chegam a distar 200 quilômetros das

usinas. Para garantirem a oferta necessária, as

empresas do ramo precisarão plantar ao menos

100 mil novos hectares de eucalipto.

“Dependendo dessa evolução [dos

investimentos], a área poderá chegar a 300 mil

hectares”, disse.

Mas esses investimentos levarão tempo para

amadurecer. “As florestas estarão prontas em

cinco ou seis anos. Será um período de

dificuldade, mas logo mais teremos

disponibilidade”. Nesse meio tempo, algumas

usinas poderão ter que recorrer a outras

biomassas, como bambu e torta de algodão, que

têm alta disponibilidade em Mato Grosso e baixo

valor agregado.

A FS Bioenergia, da qual Ubrig é presidente do

conselho, vai começar a testar o uso de bambu,

que cresce mais rápido que o eucalipto. “Vamos

ver. Pode ter algum problema com caldeira”.

Outras usinas deverão ter que recorrer a

florestas mais distantes. “Certamente haverá o

ônus de buscar florestas longe, mas é por um

período curto”, defendeu ele.

Por outro lado, milho está longe de ser um

problema. O presidente da Associação Brasileira

dos Produtores de Milho (Abramilho), Sérgio

Bortolozzo, afirmou, no mesmo evento, que a

produção do grão poderá passar de 101 milhões

de toneladas, na safra 2018/19, para até 150

milhões em dez anos. Isso sem avançar em

novas áreas, apenas com o aumento do cultivo

da safrinha. “Dos 40 milhões de hectares de

grãos hoje, usamos 12 milhões para a safrinha.

Com melhor tecnologia, podemos plantar até 30

milhões de hectares só de segunda safra”.(CSR)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=

0&n=31265469&e=577

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Data: 18/09/2019

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Grupo de Comunicação

Nova Lei de Licitações tem votação

concluída

Marcelo Ribeiro e Raphael Di Cunto

A Câmara dos Deputados concluiu ontem a

aprovação da nova Lei de Licitações, que

substituirá a atual Lei 8666/1993 e acabará com

o regime de contratações diferenciadas (RDC),

criado para as obras da Copa do Mundo e

Olimpíada do Rio. O texto teve as últimas

emendas rejeitadas ontem e seguirá para análise

do Senado, que já aprovou a proposta há três

anos e agora decidirá sobre as alterações feitas

pelos deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

reviu uma decisão sua sobre a votação na sessão

anterior e declarou aprovada emenda do

deputado Félix Mendonça (PDT-BA) que reduziu o

valor do seguro-garantia para obras menores. O

projeto estabelece que as obras e serviços de

engenharia terão um seguro que afiançará sua

execução em caso de problemas com a

construtora.

O relator, deputado Augusto Coutinho (SD-PE),

estabeleceu que o seguro seria de até 10% para

licitações de até R$ 100 milhões e de 20% a

partir desse valor. Pela emenda, será exigida

garantia de até 5% para obras abaixo de R$ 100

milhões e de até 10% para as demais. Mendonça

argumentou que o valor mais elevado faria com

que as seguradoras decidissem quais obras e

empresas tinham interesse em afiançar e

restringiria a concorrência.

O pedetista, contudo, não conseguiu aprovar

outra emenda, para reduzir o valor do seguro de

obras de “grande vulto”, acima de R$ 300

milhões, que poderão contar com cláusula de

retomada, em que a seguradora se

responsabilizará por finalizar a construção, seja

por meios próprios, seja contratando diretamente

uma construtora. A Câmara estabeleceu que o

poder público poderá exigir garantia de até 30%

do valor desses contratos.

Além disso, o projeto ainda reduz o prazo para

que entes públicos paguem pelas obras, de 90

dias para 45 dias, estabelece que os pagamentos

serão por ordem cronológica (pela data dos

contratos) e permite a cobrança de juros e

correção monetária quando o houver atraso.

Haverá ainda aumento nos limites de contratos

que não precisam de licitação: de R$ 33 mil para

R$ 100 mil, no caso de obras e serviços de

engenharia ou manutenção de veículos

automotores, e de R$ 17,6 mil para R$ 50 mil,

para outros serviços e compras.

Após a Lei de Licitações, a Câmara votaria na

noite de ontem medida provisória (MP) que

acaba com o prazo de inscrição no Cadastro

Ambiental Rural (CAR), previsto no Código

Florestal para registro de todas as propriedades

rurais do país. Até então, os proprietários tinham

um prazo para inscreverem suas terras, mas a

data-limite vinha sendo adiada consecutivas

vezes.

Houve acordo entre parlamentares ambientalistas

e ruralistas para votar o texto, mas uma

divergência sobre outro projeto, que muda o

pagamento de ISS nos municípios, adiou a

votação para hoje. Em troca do apoio ao texto,

os ambientalistas tiveram atendida a demanda

de que a adesão ao Programa de Regularização

Ambiental (PRA), de reflorestamento de áreas de

reserva legal, vá até 31 de dezembro de 2020.

Se os Estados não tiverem regulamentado o PRA

até essa data, o produtor rural aderirá ao

programa da União.

Além disso, o acordo entre ambientalistas e

ruralistas envolveu a exclusão de artigo que

previa que, após a adesão ao PRA, o proprietário

deveria ser convocado em até três dias úteis para

assinar um termo de compromisso. Se essa

convocação não ocorresse, a terra seria

declarada regularizada. Ambientalistas criticavam

esse ponto por avaliarem que mudança poderia

levar à “regularização automática” de 19 milhões

de hectares de terras desmata-das, sem que elas

passem pela compensação ambiental prevista no

Código Florestal.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=

0&n=31268377&e=577

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