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CLIPPING 4 novembro de 2019 DIA DO INVENTOR Visite: Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio http://www.mis-sp.org.br/exposicoes/futura/93e899ff-42b3-4a72- 84aa-75ce4fbc488a/leonardo-da-vinci-500-anos-de-um-genio ]

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CLIPPING 4 novembro de 2019

DIA DO INVENTOR

Visite: Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio http://www.mis-sp.org.br/exposicoes/futura/93e899ff-42b3-4a72-

84aa-75ce4fbc488a/leonardo-da-vinci-500-anos-de-um-genio

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

Expansão das manchas de óleo preocupa outros estados do BR .......................................................... 6

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros promovem treinamento no DER ..................................................... 8

Frigorífico de Boituva é fiscalizado após mais de 100 funcionários passarem mal com reações alérgicas ... 9

Câmara debate ligações elétricas na zona rural ............................................................................... 11

Posse do Conselho Consultivo da APA Serra do Mar é realizada na sede do CODIVAR ........................... 13

Caraguatatuba estima receber 60 mil pessoas no feriado de Finados ................................................. 14

Ajax é autuada e Cetesb pede recuperação da área contaminada ..................................................... 15

Governo de SP contrata serviços para desassoreamento de lagoa em Nova Odessa ............................. 16

Andaraguá: decisão será no dia 21 ................................................................................................ 17

Com concessão, recursos do Semasa caem pela metade .................................................................. 18

Poluição de São Paulo equivale a cinco cigarros por dia .................................................................... 19

Sabesp e Mauá entram na reta final de negociação por acordo .......................................................... 20

Embarcação grega está sendo investigada por vazamento de petróleo no nordeste ............................. 21

Dia a Dia .................................................................................................................................... 22

Corpo de Bombeiros recebe 79 acionamentos para fogo em mato em 11 horas em SP ......................... 25

1º Seminário de Turismo de Mogi das Cruzes está com inscrições abertas .......................................... 26

Entrervista com secretário-executivo de Infraestrutura e Meio Ambiente Luiz Santoro.......................... 27

Bauru tem 15 áreas contaminadas, segundo relatório da Cetesb ....................................................... 29

Prefeitura de Mogi das Cruzes fez reunião sobre operação verão ....................................................... 30

Moradores do bairro Curuça em Itapetininga encontraram peixes mortos ........................................... 31

Entrevista com Rodrigo Dias gerente da BRK ambiental falando obra de intervenção na Lauro Correia ... 32

PLENÁRIA DO LIXO: ENTREGA DE DOCUMENTO COM RESUMO DAS PROPOSTAS MARCA NOVA FASE DE AÇÃO ......................................................................................................................................... 33

Qualidade da água do Rio Capivari caiu de bom para regular este ano ............................................... 35

O Feriado no Litoral Paulista ......................................................................................................... 36

Rios estão impróprios para banho .................................................................................................. 37

Flagrante de poluição é registrado no Rio Anhumas, em Campinas .................................................... 38

Problema de peixes mortos no rio da região de Itapetininga parece não ter fim ................................... 39

MP investiga eventual poluição de represa em Cordeirópolis ............................................................. 40

Cetesb classifica como boa a qualidade da água do São Domingos .................................................... 41

Estado e Sabesp assinam contrato com a Prefeitura para investimentos de R$ 422 milhões em água e esgoto ....................................................................................................................................... 42

Cidade Anchieta acumula problemas .............................................................................................. 43

Forte calor e pouca chuva causa queda no volume na Billings ........................................................... 44

Hermínio Matos conversa com Valter Suman, prefeito do Guarujá ..................................................... 45

Participação de ouvinte sobre vazamento da Sabesp ........................................................................ 46

Alunos da rede pública participam de atividades no Viveiro Florestal de Taubaté ................................. 47

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Grupo de Comunicação

Fundação Florestal faz parceria com associação para monitoria ambiental em Cananéia ....................... 49

Workshop discute ações para redução de atropelamentos de animais em estrada ................................ 51

Governo de SP contrata serviços para desassoreamento de lagoa em Nova Odessa ............................. 52

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 53

Período da piracema começa nesta sexta-feira na região de Itapetininga ............................................ 53

Parque dos Ingás: Jacaré é capturado em trecho do Rio Mogi Guaçu.................................................. 54

Proprietários rurais declaram 1 milhão de km² além de área passível de notificação ............................ 55

Polícia ambiental apreendeu balão de 18 metros na zona rural de Tremembé ..................................... 57

Desenvolvimento empresarial por meio da autorregulação como medida de compliance ....................... 58

Como a Europa multiplicou suas florestas (e por que isso pode ser um problema) ............................... 61

A Mancha Ambiental Que Ameaça O Turismo Nordestino .................................................................. 64

O ministro sem noção .................................................................................................................. 68

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 70

Painel: Ataques dos Bolsonaros fazem Congresso voltar a discutir manobra para reeleger Maia e Alcolumbre ................................................................................................................................. 70

Mônica Bergamo: Maia e Alcolumbre se reúnem para discutir polêmicas da família Bolsonaro ............... 71

O QUE A FOLHA PENSA: Em nova fase ........................................................................................... 73

Desmatamento criminoso coloca em risco água da cidade de São Paulo ............................................. 74

Clima de ansiedade abafa ansiedade com clima............................................................................... 76

Morcegos são cruciais para a saúde dos ecossistemas em que vivem ................................................. 77

Sem vender energia excedente, usinas de cana-de-açúcar perdem R$ 1 bi, diz entidade ...................... 79

WhatsApp fora do horário de trabalho gera processo e condenação de empresas ................................ 80

ESTADÃO ................................................................................................................................... 82

Amazônia – a pior das extinções ................................................................................................... 82

O Sínodo da Amazônia ................................................................................................................. 84

A esfinge e os líderes ................................................................................................................... 85

Por que não falei de flores ............................................................................................................ 87

Por uma diplomacia ativa de defesa e inovação ............................................................................... 89

Custo de extração no pré-sal cai 67% em 5 anos ............................................................................ 91

Além de caminhões, Mercedes-Benz ‘produz’ hortaliças .................................................................... 92

Brasil tem boa chance de presidir o BID ......................................................................................... 93

O Brasil e a economia global ......................................................................................................... 95

Novo modelo do saneamento já teria atraído 2 estatais .................................................................... 96

O Dia D ...................................................................................................................................... 97

Acordo abre caminho para megaleilão do pré-sal ............................................................................. 98

‘Smog’ em Nova Délhi fecha escolas e paralisa obras ....................................................................... 99

Governo tenta reverter desgaste do óleo no NE .............................................................................. 100

VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 102

Após críticas de tribunal, PPSA diz estar pronta para leilão .............................................................. 102

Lei do saneamento é avanço, mas ainda restam incertezas .............................................................. 103

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Grupo de Comunicação

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Terra

Veículo2: Tribuna de Ribeirão

Veículo3: Climatempo

Veículo4: Jornal Cotia Agora

Veículo5: Sete Lagoas

Veículo6: Mais Expressão

Data: 01/11/2019

Expansão das manchas de óleo preocupa outros estados do BR

Governo de SP cria grupo de trabalho para

monitorar praias paulistas

A expansão da mancha de óleo pelas praias do

litoral do Nordeste preocupa cada vez os

governos estaduais, mas não só apenas do

Nordeste. Outros estados que possuem área

costeira já começam a se mobilizar para

entender o impacto deste desastre ambiental.

As últimas informações apontam que o óleo já

chegou a praias da região de Porto Seguro, no

litoral sul da Bahia. A pergunta que muitas

pessoas devem estar se fazendo é se o óleo

pode descer o litoral e chegar as praias da

Região Sudeste e do Sul do Brasil.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio

da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA), publicou no Diário Oficial,

uma resolução que constitui um Grupo de

Trabalho multidisciplinar com o objetivo de

levantar informações e elencar as medidas

necessárias à prevenção e respostas ao

acidente com derramamento de petróleo que

atingem a costa brasileira.

"Embora a responsabilidade constitucional

sobre acidentes de grande magnitude em

mares seja da União, estamos monitorando o

avanço das manchas de óleo na costa

brasileira e a chegada no sul da Bahia acendeu

o sinal de atenção. Nossas equipes articulam

medidas preventivas. Se eventualmente for

necessário estaremos preparados para atuar

em parceria com a União", explica o secretário

de Infraestrutura e Meio Ambiente de São

Paulo, Marcos Penido.

O grupo de trabalho de São Paulo está sob a

coordenação do secretário executivo da SIMA,

Luiz Ricardo Santoro, e tem como membros

representantes da coordenadoria de

fiscalização, CETESB, Instituto Florestal,

Instituto Geológico, Fundação Florestal,

SABESP, EMAE e DAEE.

O grupo vai promover nos próximos dias

debates e diálogos com as prefeituras,

comunidades tradicionais, pescadores, polícia

entre outros atores que podem auxiliar na

preservação ambiental.

Calor influencia a forma do óleo

As manchas de óleo de origem ainda

desconhecida espalhadas pela costa do

Nordeste já provocaram um grande desastre

ambiental. Segundo o mais recente balanço

divulgado na última quinta-feira (31), pelo

Ibama o óleo já atingiu 286 localidades, em 9

estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,

Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do

Norte e Sergipe.

No Nordeste, já há caso de reincidência,

segundo o IBAMA. Muitas praias que já foram

limpas estão novamente com registro de óleo.

O Rio Grande do Norte é o estado com mais

reincidências: ao todo 36, mas a Bahia lidera a

lista dos estados mais atingidos, mas também

possui 24 localidades com reincidência. O

desastre ambiental é imensurável para o meio

ambiente.

O óleo é tóxico e o contato com o produto é

prejudicial à saúde. A população deve estar

atenta para evitar tomar banho na costa onde

há registro do petróleo. Em conversa por

telefone com o coordenador de Gerenciamento

Costeiro do Instituto do Meio Ambiente de

Alagoas (IMA), Ricardo César de Barros

Oliveira, as manchas apareceram na costa em

forma de óleo quase sólido. E isto, acontece

por causa dos efeitos do clima, da luz e do sal.

O material volátil do petróleo escapa com o

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Grupo de Comunicação

aumento da temperatura e isolação. O que

sobra é o material sólido que será agregado a

outros materiais sólidos que estão na coluna

da água como o sal.

Como o óleo já está um tempo na água, o

material sofre as ações e vai sendo degradado

e chega à forma mais consistente e menos

fluído a costa e principalmente nas faixas de

areia das praias. E ainda assim, continua se

degradando por fatores físicos, químicos e

biológicos.

Em outras palavras, "quando o material volátil

sofre a ação da luz, calor e do material

orgânico no caso, o próprio sal, o que se

observa é um material já temperizado, quase

solidificado. Um tipo de material na forma

mais consolidada", explica Barros de Oliveira.

Ainda segundo ele, o que está ocorrendo é a

contaminação da areia das praias, onde o óleo

fica depositado. "Com o calor intenso, o óleo

esquenta e amolece um pouco. Mas se a água

salgada bate, ele fica sólido. O risco maior

para as pessoas é quando pisa", explica

Ricardo.

Um grupo técnico do IMA, Ibama, ICMBIO,

Defesa Civil, governos e Marinha estão

trabalhando em conjunto para investigar e

mitigar os impactos. Todos os dias existe um

trabalho de sobrevoo para identificar possíveis

novas áreas e observar o movimento do óleo

pela costa e aplicar as ações necessárias.

As populações dos estados afetados devem

estar atentas aos alertas emitidos sobre

condições das praias. A orientação do governo

é que, para banho, não está tendo problema.

Agora, existe uma orientação para que os

banhistas não cheguem à areia porque ela

está contaminada com manchas de óleo.

https://www.terra.com.br/noticias/climatempo

/expansao-das-manchas-de-oleo-preocupa-

outros-estados-do-

br,88cb78361e253ee6949e74ee9029f35b3dj2

z1vy.html

https://www.tribunaribeirao.com.br/site/estad

o-instala-grupo-para-monitorar-mancha-de-

oleo/

https://www.climatempo.com.br/noticia/2019/

11/01/expansao-das-manchas-de-oleo-

preocupa-outros-estados-do-br-9700

http://www.jornalcotiaagora.com.br/governo-

de-sp-monitora-litoral-para-evitar-chegada-

de-mancha-de-oleo/

http://setelagoas.com.br/noticias/brasil/57660

-expansao-das-manchas-de-oleo-preocupa-

outros-estados-do-sudeste-e-sul-do-brasil

http://www.maisexpressao.com.br/noticia/gov

erno-cria-grupo-de-trabalho-para-monitorar-

mancha-de-oleo-60541.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: DHoje Interior

Data: 02/11/2019

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros promovem treinamento no DER

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33149432&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Itapetininga

Veículo2: Diário de Tatuí

Data: 01/11/2019

Frigorífico de Boituva é fiscalizado após mais de 100 funcionários passarem mal com reações alérgicas

Cerca de 150 funcionários apresentaram

reações alérgicas e procuraram por

atendimento médico na Santa Casa de Tatuí

(SP). Alguns funcionários chegaram a ser

socorridos com macas.

Por G1 Itapetininga e Região

O frigorífico onde cerca de 150 funcionários

passaram mal entre quarta (30) e sexta-feira

(1º), em Boituva (SP), foi fiscalizado nesta

sexta-feira (1º).

Participaram da vistoria representantes do

Centro de Referência de Saúde do Trabalhador

de Sorocaba (Cerest), funcionários da

Secretaria do Meio Ambiente, Vigilância

Epidemiológica e Sanitária de Boituva.

“Pedimos documentos e a empresa tem 10

dias para entregá-los e mais 10 dias para

análise. Mas pelo que vimos, eles estão

resolvendo a situação”, afirma o técnico do

Cerest Alexandro Pereira Silva.

Frigorífico de Boituva é fiscalizado após

funcionários passarem mal com reações

alérgicas

Na quinta-feira (31), a Cetesb e o Corpo de

Bombeiros também vistoriaram o frigorífico e

não foram encontradas irregularidades.

Cerca de 150 funcionários apresentaram

reações alérgicas e procuraram por

atendimento médico na Santa Casa de Tatuí

(SP). Alguns funcionários chegaram a ser

socorridos com macas. (Veja o vídeo abaixo.)

Vídeo mostra funcionários de frigorífico em

Boituva com reações alérgicas

De acordo com a coordenadora do hospital,

Roberta Molonha, os funcionários deram

entrada na unidade e apresentaram sintomas

como vermelhidão nos olhos e irritação na

garganta. Eles receberam atendimento médico

e foram liberados.

“Eles procuraram espontaneamente, no fim do

turno de trabalho, e apresentaram sintomas

como vermelhidão nos olhos, rouquidão,

náusea, mal estar, e se referiam a uma

intoxicação por produto químico”, explica a

coordenadora do hospital Roberta Molonha.

“Aqui na empresa, pelo volume de água que

usamos, temos mais de 1 milhão e 500 mil

litros de água no reservatório, então o

esvaziamos 100%, devolvemos ao rio tratada

e as cisternas e caixas d’água estão sendo

lavadas para eliminar qualquer resquício e

retomarmos as atividades na segunda-feira”,

afirma Carlos Augusto, diretor de operação da

empresa.

Em nota, a empresa informou que, como a

falta de chuva acarreta um aumento da

matéria orgânica nas águas, é necessária uma

dosagem maior de cloro para que fique própria

para o uso e consumo.

Disse que “para manter a qualidade de seus

produtos e a segurança de seus

colaboradores, a empresa teve que adicionar

uma quantidade maior de cloro na água, ainda

dentro dos limites de tolerância estabelecidos

pelos órgãos competentes.”

Informou também que por medida de

segurança interrompeu as atividades

produtivas e liberou os colaboradores. Afirmou

também que não houve nenhum tipo de

contaminação ou exposição dos colaboradores

a produtos químicos.

Afirmou que a empresa sabe da

responsabilidade com a sociedade e com o

meio ambiente, e que adota todas as medidas

de segurança cabíveis ao ramo de atividade.

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bragança Jornal Diário

Data: 01/11/2019

Câmara debate ligações elétricas na

zona rural

Representantes do Poder Público e da

Energisa, concessionária de energia elétrica do

município, estiveram na Câmara Municipal na

última quarta-feira, 30 de outubro, na 39ª

sessão da Comissão de Educação e Cultura,

Esporte, Saúde, Saneamento e Assistência

Social para falar sobre o fornecimento de

energia elétrica na zona rural, de maneira

especial sobre novas ligações.

O tema veio à tona após a concessionária

cobrar dos interessados, em novas ligações,

documentação para comprovar se a

propriedade está em loteamento regularizado

ou em área de preservação ambiental. O

gestor de clientes da Energisa, Luís Felipe

Cazeiro Garcia, e o secretário municipal de

Meio Ambiente, Alexandro de Souza Morais,

responderam aos questionamentos dos

vereadores.

José Gabriel Cintra Gonçalves se manifestou

sobre o tema. Procurado por moradores da

zona rural, ele contatou a Prefeitura e iniciou

informalmente conversações com a

concessionária.

Luís Felipe esclareceu à Comissão sobre a

exigência desta nova documentação e os

trâmites adotados pela Energisa. 'O que ocorre

é que alguns anos atrás tivemos o TAC (Termo

de Ajuste de Conduta) imposto pelo Ministério

Público e, no final de 2016, houve um

desembargo, que anulou o TAC, mas nos

deixou algumas obrigações. Essas obrigações

são referentes às questões urbanísticas e

ambientais, sendo necessário exigir dos

clientes esses dados para evitar a ligação em

áreas de preservação ou em loteamentos

clandestinos', explicou o gestor da Energisa.

A tratativa com o Executivo sobre o tema teve

início no final de 2016, quando foi avaliada a

possibilidade da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente ser a responsável por emitir a

declaração. Como a negociação não avançou,

a Energisa passou a atuar de outra forma.

'Para ligação em loteamentos há toda uma

documentação, quanto a isso estávamos sem

problemas. Já para parte de licenciamento

ambiental, nosso técnico mesmo, a partir da

solicitação do cliente, vai até o local e avalia

se não é área de preservação. Se tiver algum

indício de que possa ser, o serviço é barrado.

Caso contrário o serviço tem andamento. Isso

é o que estava sendo feito até alguns dias

atrás, porém, o volume de ligações novas

nesta região aumentou muito e,

recentemente, o Ministério Público nos

informou sobre uma nova demarcação de

áreas de preservação permanente. Como a

questão passou a ser maior e o acórdão que

derrubou o TAC menciona essa exigência pelo

certificado, passamos a exigir essa declaração.

Sugerimos, por se tratar de zona rural, que a

documentação fosse solicitada pelo serviço Via

Rápida da Cetesb (Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo )', detalhou Luís

Felipe.

'Queremos saber se a Prefeitura pode, deve e

tem poder para emitir essa declaração',

explicou o gestor.

Para formalizar as tratativas, a Energisa

encaminhará um documento ao Executivo

sobre o tema, explicando o tipo de declaração

necessária pela concessionária.

O secretário de Meio Ambiente afirmou que foi

pego de surpresa com essa decisão.

'Fazia muito tempo que não era exigida

nenhuma documentação para esse trabalho.

Na terça-feira, 30, nos reunimos e foi alinhado

da seguinte forma: receberemos este

documento para formalizar o contato

oficialmente, para que haja um parecer

jurídico se podemos ou não atender esse caso,

avaliar a necessidade. O acórdão não

especifica em nada a Prefeitura'.

Outra preocupação do secretário é em relação

à demanda. 'O primeiro passo é avaliar a

legalidade para realizarmos isso, o segundo é

a questão de recursos humanos', disse. 'Não

saberia dizer o tempo que teríamos para

emitir este documento, estaríamos agregando

mais um serviço. São situações que precisam

ser analisadas com calma', destacou.

A solução encontrada, momentaneamente,

para não prejudicar a população e haver o

cumprimento do acórdão, é a autodeclaração,

disse o representante da Energisa.

'O proprietário faz o documento no qual

declara que não se trata de área de

preservação ambiental ou loteamento

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Grupo de Comunicação

clandestino e o técnico confere a informação

ao chegar para realização do serviço', explicou

Luís Felipe, que complementou: 'Não podemos

deixar de cumprir uma decisão judicial. Esta

não é uma exigência da Energisa para

burocratizar o processo', finalizou o gestor.

Os vereadores se disseram satisfeitos com as

informações e aguardam o resultado do

diálogo entre a concessionária e o Executivo

sobre a possibilidade da Administração

fornecer o documento.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33136236&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Vale do Ribeira

Data: 31/10/2019

Posse do Conselho Consultivo da APA

Serra do Mar é realizada na sede do CODIVAR

Foi realizada na última quinta-feira (31/10) a

posse do Conselho Consultivo da APA Serra do

Mar, na sede do CODIVAR, em Juquiá.

O conselho tem membros do poder publico e

sociedade civil organizada, com participação

da Fundação Florestal, Cetesb, Coordeandoria

de Desenvolvimento Rural Sustentável e

Secretaria de Meio Ambiente dos municípios

com a APA (Área de Proteção Ambiental) no

território; são esses municípios:Capão Bonito,

Ribeirão Grande, Iporanga, Eldorado,

Juquitiba, Tapiraí, Miracatu, Pedro de Toledo,

Juquiá e Sete Barras).

Pela Sociedade Civil participaram e tomaram

posse representantes da AMAVALE, Legado

das Aguas, AOVALE, COOPERVALE, ABAVAR,

Unisepe, IDEAS e instituto Manacá.

Participou também da posse o presidente do

CODIVAR e prefeito de Miracatu, Ezigomar

Pessoa.

O Vale do Ribeira é um Site de Notícias,

Histórias, Curiosidades, Culinária e

informações sobre a região e seus municípios.

http://www.ovaledoribeira.com.br/2019/11/po

sse-do-conselho-consultivo-da-apa-serra-do-

mar-e-realizada-na-sede-do-codivar.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Caiçara

Veículo2: Portal R3

Veículo3: Litoral Hoje

Data: 01/11/2019

Caraguatatuba estima receber 60 mil pessoas no feriado de Finados

Embora o feriado de Finados caia no sábado

(2/11), a taxa de ocupação em hotéis e

pousadas da região norte de Caraguatatuba é

de 75,6%, segundo pesquisa realizada pela

Associação Comercial e Empresarial (ACE).

Foram 246 apartamentos participantes. A

ocupação média na cidade é de 63,85% e a

Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo,

estima receber 60 mil turistas.

De acordo com o secretário da pasta, Cristian

Bota, como o feriado cai em um sábado e

muitas pessoas vão visitar seus entes

queridos, o movimento maior deve ser em 15

de novembro que será um feriado prolongado.

Para quem pretende passar o final de semana

na cidade, a qualidade da maioria das praias é

própria para banho, segundo análise da

Cetesb. Das 15 praias e rios monitorados, 13

estão com bandeira verde, sendo elas: Parte

da Tabatinga, Mococa, Cocanha, dois pontos

da Massaguaçu, Capricórnio, Lagoa Azul,

Martim de Sá, Prainha, Indaiá, Pan Brasil,

Palmeiras e Porto Novo.

Já a temperatura, conforme o Centro de

Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do

Instituto Nacional de Pesquisar Espaciais

(Ceptec/Inpe) é de 25 graus no sábado e

podendo chegar a 29 graus no domingo. Há

possibilidade de pancadas de chuvas no

período da tarde.

Lembrando que neste final de semana as

principais atrações são o 3º Aviva Caraguá, na

Praça da Cultura, no Centro da Cidade. Evento

reúne diversos nomes da música gospel. Nesta

sexta-feira, destaque para o DJ PV. No

sábado, tem a Marcha para Jesus, a partir das

15h, com saída da Praça da Bíblia, e à noite

show com Gabriela Rocha. Todos os dias

também tem apresentação de bandas locais.

De sexta-feira a domingo também tem a

tradicional Feira de Arte e Artesanato na Praça

Diógenes Ribeiro de Lima, a partir das 17h.

Fonte e foto: Prefeitura de Caraguá

http://www.portalcaicara.com.br/caraguatatub

a-estima-receber-60-mil-pessoas-no-feriado-

de-finados/

https://www.portalr3.com.br/2019/11/caragu

atatuba-estima-receber-60-mil-pessoas-no-

feriado-de-finados/

http://www.litoralhoje.com.br/noticias-do-

litoral-de-

sp/caraguatatuba/2019/11/03/caraguatatuba-

estima-receber-60-mil-pessoas-no-feriado-de-

finados/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal - Americana

Data: 31/10/2019

Ajax é autuada e Cetesb pede

recuperação da área contaminada

POR EMERSON LUIZ ON 1 DE NOVEMBRO DE

2019

Conforme a 94 divulgou, o relatório anual de

áreas contaminadas no Estado, emitido em

dezembro do último ano pela Cetesb, apontou

a existência de 15 áreas contaminadas na

cidade. Em uma delas, a da antiga fábrica da

Ajax, localizada no Distrito Industrial, teve a

última avaliação da qualidade da água feita

em 2012.

A Gerente da Agência Ambiental da

Cetesb em Bauru, Engenheira Flávia

Figueiredo, confirma a autuação das duas

áreas pertencentes à Ajax e que, o gestor da

massa falida já foi notificado para dar

continuidade aos trabalhos de recuperação da

área.

Flávia Figueiredo lembra que apesar da

contaminação dessa área, ela não é

considerada crítica pela agência ambiental.

Além do passivo ambiental, ainda há a

questão dos direitos trabalhistas de 1.300 ex-

trabalhadores da empresa. O gestor da massa

falida foi procurado pela reportagem, mas não

retornou os contatos.

https://94fm.com.br/ajax-e-autuada-e-

cetesb-pede-recuperacao-da-area-

contaminada/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Urgente News

Data: 01/11/2019

Governo de SP contrata serviços para

desassoreamento de lagoa em Nova Odessa

Serão iniciados neste mês os serviços para o

desassoreamento da lagoa do Bosque Manoel

Jorge, em Nova Odessa, em trabalho realizado

pelo Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE), com investimento de R$ 1,4

milhão.

Em parceria com a Prefeitura Municipal, as

máquinas removerão 12 mil metros cúbicos de

sedimentos depositados na lagoa. O material

dragado será depositado em área da cidade já

aprovada pelo licenciamento ambiental

emitido pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb).

“A lagoa integra o sistema hidráulico do

município, localizada em importante área de

lazer da cidade, muito frequentada pela

população local. A limpeza e desassoreamento

do lago contribuirá para minimizar o risco de

inundações e propiciar um ambiente mais

agradável para os visitantes”, explica Alceu

Segamarchi Júnior, superintendente do DAEE.

Fonte: Governo de SP

http://www.urgentenews.com.br/2019/11/01/

governo-de-sp-contrata-servicos-para-

desassoreamento-de-lagoa-em-nova-

odessa.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 02/11/2019

Andaraguá: decisão será no dia 21

No próximo dia 21, o Tribunal de Justiça de

São Paulo (TJ-SP) decide, em segunda

instância, o recurso sobre a ação civil pública

movida pelo Ministério Público (MP) que visa

impedir a construção do Complexo

Empresarial e Aeroportuário Andaraguá, em

Praia Grande. Em decisão em primeira

instância, o juiz Enoque Cartaxo de Souza

julgou improcedente a ação.

A empresa Icipar Empreendimentos

Imobiliários, do Grupo Sonda, vem dando

continuidade ao projeto. O MP havia obtido,

em 2015, liminar da Justiça proibindo a

realização de qualquer obra ou atividade na

área em que vem sendo implantado o

aeródromo por acreditar que houve um

imenso dano ambiental. Mas em fevereiro de

2016, a liminar foi derrubada e o projeto

mantido.

Segundo alegam os promotores, a devastação

da área é um acinte à Constituição Federal e à

Lei da Mata Atlântica. "Será o maior

desmatamento do litoral paulista nos últimos

anos, aproximadamente 2 milhões de metros

quadrados em área de preservação

permanente de mangue e de restinga,

fixadora de mangue, recoberta por vegetação

do Bioma da Mata Atlântica primária e

secundária em estágio sucessional avançado,

abrigo de espécies ameaçados de extinção.

Afora isso, situa-se na zona de amortecimento

do Parque Estadual da Serra do Mar e

forma importante corredor ecológico entre ele

e o Parque Estadual Xixová-Japuí".

Entre as exceções para se suprimir vegetação

de áreas de preservação permanentes,

conforme o Código Florestal, está área de

utilidade pública. Porém, os promotores

questionam que o empreendimento seria

100% privado. "Não pode ser considerado de

utilidade pública ou interesse social e não se

enquadra nas hipóteses previstas no Código

Florestal".

PREFEITURA

O prefeito Alberto Mourão já se manifestou

sobre a questão. Segundo acredita, o

empreendimento deve trazer grande impacto

econômico para a Baixada Santista, com

investimento de cerca de R$ 1,4 bilhão. "O

principal objetivo do complexo é concentrar

empresas de diversos segmentos não

poluentes em um local onde possam ter

acesso fácil às importações e exportações.

Não se trata de uma obra para Praia Grande,

mas sim para toda a Baixada", explicou,

acrescentando que a perspectiva é da geração

de 15 mil empregos diretos e indiretos. "É

essencial neste período de demissões em

massa em Cubatão, e de outros postos de

trabalho em toda a Baixada", completa o

prefeito de Praia Grande.

O ANDARAGUÁ

O empreendimento Complexo Empresarial

Andaraguá será implantado em uma área de

341,74 hectares (3.417.400,00 metros

quadrados), cujo projeto básico foi

desenvolvido em conformidade com a Lei

Complementar nº 473, de 27 de dezembro de

2006, que aprova a revisão do Plano Diretor

da cidade.

Será composto por galpões que serão

arrendados para empresas diversas que

poderão escoar sua produção por meio do

aeródromo.

O empreendimento também está previsto no

Planejamento Ambiental Estratégico das

Atividades Portuárias, Industriais, Navais e

Offshore (PINO) que está sendo desenvolvido

pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado

de São Paulo em parceria com a Secretaria

de Estado do Meio Ambiente.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33173130&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 02/11/2019

Com concessão, recursos do Semasa

caem pela metade

Diante da concessão de parte dos serviços à

Sabesp (Companhia de Saneamento Básico

do Estado de São Paulo), o Semasa (Serviço

Municipal de Saneamento Ambiental de Santo

André) terá orçamento estimado para 2020

com queda de 59%. A previsão documentada

na peça encaminhada pelo governo do prefeito

Paulo Serra (PSDB) à Câmara registra valor de

R$ 214,3 milhões no ano que vem à

autarquia. A diferença será de R$ 137,8

milhões em relação ao montante estipulado no

exercício vigente, quando a administração

tucana projetou a quantia de R$ 525,3

milhões.

O acordo selado entre Prefeitura e Sabesp em

julho envolveu a terceirização dos serviços de

água e esgoto. O Semasa acumulava dívida de

cerca de R$ 3,4 bilhões junto à empresa

paulista, além de precatórios de R$ 587

milhões. Os débitos se arrastavam desde a

década de 1990 justamente no cômputo da

diferença do valor efetivamente pago pelo

município do metro cúbico da água no atacado

versus a tarifa cobrada pela companhia

estadual, que vendia até então 95% do

produto consumido na cidade.

Paulo Serra sustentou que o “ano de 2020 é

de transição, após resolução do endividamento

bilionário impagável”, que impactou nesta

atual situação. Segundo o prefeito, o governo

estuda formas de ampliação das atividades de

serviços urbanos da autarquia – o órgão ainda

desempenha as funções de coleta de lixo,

drenagem, varrição, controle de ruídos e

licenciamento ambiental. “Estamos

preparando um novo Semasa que vai surgir a

partir de 2021, até das funções a

desempenhar. (A ideia é) Propor soluções de

inteligência, principalmente nas áreas de

zeladoria e sustentabilidade.”

O tucano alegou que a decisão envolvendo a

concessão representou “dar passo para trás,

primeiramente, para sobrevivência e, num

futuro próximo, dar dois passos à frente”.

“(Semasa) Ia acabar se não fizéssemos a

operação. É momento de transição necessário,

para ajustes, adaptações. Existe discussão

com os próprios servidores. Num futuro

próximo, (proposta visa) ajudar mais em

serviços urbanos, como capinação e roçagem,

além das atividades já realizadas. Com alívio

nas contas, ganha vida mais longa.”

O Paço deve concretizar proposta de PDV

(Plano de Demissão Voluntária) a partir de

fevereiro. O prefeito pontuou que haverá

redução na folha salarial, incluindo cargos

comissionados, o que tornará o quadro “mais

enxuto”. “Queremos, pouco a pouco, voltar a

crescer com outros serviços agregados, com

independência financeira. Para isso, estamos

fazendo correções administrativas.”

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3187584/c

om-concessao-recursos-do-semasa-caem-

pela-metade

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Grupo de Comunicação

Veículo: Unibus RN

Data: 03/11/2019

Poluição de São Paulo equivale a cinco cigarros por dia

Estudo do IEA-USP (Instituto de Estudos

Avançados da Universidade de São Paulo)

concluiu que exposição à poluição do ar na

cidade de São Paulo faz seus moradores terem

efeitos no pulmão como se consumissem cinco

cigarros por dia.

A pesquisa foi feita a partir da análise dos

pulmões de 413 pessoas que passaram por

autopsia. Os pesquisadores entrevistaram

familiares, para saber seus hábitos – inclusive

se fumavam – e rotinas, passando por quanto

tempo gastavam em deslocamentos na cidade.

Os pesquisadores analisaram as antracoses

pulmonares dos indivíduos –lesões no pulmão

causadas pela inalação constante de pequenas

partículas de carvão ou de poeira – para

avaliar a exposição das pessoas autopsiadas à

poluição e seus efeitos.

“A partir dos endereços de residências dos

falecidos pôde-se calcular sua exposição à

poluição do ar”, disse Ligia Vizeu Barrozo,

professora da Faculdade de Filosofia, Letras e

Ciências Humanas da USP e uma das autoras

do estudo. “Esses indivíduos não moravam

nos lugares mais poluídos da cidade, o que

permite inferir que eles ficaram mais expostos

à poluição durante o deslocamento do dia a

dia, provavelmente para o local de trabalho.”

A professora explica que a conclusão é que a

exposição ao trânsito é uma fonte significativa

de ingestão de poluição do ar. “Políticas

públicas para diminuir o tempo gasto durante

o deslocamento podem contribuir para a

redução da inalação de poluentes”, disse.

De fato, a poluição do ar em São Paulo está

muito relacionada à emissão veicular. Um

estudo coordenado por físicos da USP

(Universidade de São Paulo), noticiado no ano

passado pelo Metro Jornal, mostrou que cerca

de metade dos poluentes encontrados na

atmosfera da cidade é emitida por veículos

movidos a diesel, especialmente ônibus e

caminhões.

Ar melhorou, diz Cetesb

A gerente da divisão de qualidade do ar

da Cetesb, Maria Lúcia Guardani, 65 anos,

disse que a concentração de poluição na

capital caiu nos últimos anos. Em 1985, a

média da medição de material particulado na

estação Parque Dom Pedro (centro) foi 90

mcg/m3. Há três anos, essa média fica em 29

mcg/m3.

Esses resultados, disse, advêm de programas

adotados ao longo desses anos e da mudança

na tecnologia de veículos, com adoção de itens

como catalisadores.

Em relação aos ônibus, a SPTrans diz que 70%

da frota tem motor EURO V, com sistema de

filtragem que reduz emissão de poluentes, e

que a lei de mudanças climáticas estipula

metas para a progressiva redução de emissão

de gases poluentes.

http://www.unibusrn.com/2019/11/poluicao-

de-sao-paulo-equivale-cinco.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 02/11/2019

Sabesp e Mauá entram na reta final de negociação por acordo

Raphael Rocha

A Prefeitura de Mauá e a Sabesp (Companhia

de Saneamento Básico do Estado de São

Paulo) estão na reta final de negociações para

que acordo seja sacramentado ainda neste

ano, colocando fim a uma dívida bilionária e

assegurando cartela de investimentos na rede

da cidade.

O Diário apurou que alguns dos pontos mais

nevrálgicos das tratativas foram superados,

como a inclusão da BRK Ambiental,

concessionária do esgoto de Mauá, em um

planejamento de longo prazo de aporte. O

governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB)

busca entrar em 2021 com esse problema

histórico superado.

A Sabesp cobra passivo de R$ 2,8 bilhões de

Mauá, sob alegação de rompimento à revelia

de contrato de fornecimento de água nos anos

1990 e pagamento incompleto das faturas

pela compra do metro cúbico de água no

atacado desde então.

A situação da Sama (Saneamento Básico do

Município de Mauá) é semelhante à de outras

autarquias de cidades do Grande ABC que

fizeram parceria com a estatal, como Saned

(Companhia de Saneamento Básico de

Diadema) e Semasa (Serviço Municipal de

Saneamento Ambiental de Santo André). A

dívida prejudica as contas de longo prazo e

travam possibilidade de investimentos de vulto

em modernização da rede. Diadema e Santo

André decidiram firmar acordo com a Sabesp.

Porém, diferentemente desses municípios, a

Sama não administra o esgoto - o serviço era

executado pela Ecosama (Empresa

Concessionária de Saneamento de Mauá), que

foi privatizada em 2003. Mudou seu nome ao

longo desse tempo - Foz do Brasil, Odebrecht

Ambiental e BRK Ambiental - e de dono - já

esteve sob responsabilidade de Zuleido Veras,

Marcelo Odebrecht e, agora, pertence ao

grupo Brookfield.

Como a BRK Ambiental entraria no acordo

entre Sabesp e Mauá foi alvo de algumas

reuniões entre técnicos das duas partes. O

apalavrado foi que a BRK reduziria a tarifa

cobrada da população e, em troca, teria o

tempo de seu contrato vinculado com o

convênio entre a Sabesp e a cidade. O sinal

positivo foi dado pelo grupo canadense.

O tempo do contrato ainda não está fechado,

entretanto. O Diário apurou que deve ficar

entre 30 e 40 anos o prazo - as quatro

décadas foram estabelecidas no acordo com

Santo André, por exemplo.

Outro ponto ainda aberto é o volume de

investimento. A Sabesp indicou que poderia

aportar R$ 210 milhões na modernização da

rede mauaense, que está defasada e acumula

índices de perda na ordem de 40%. Durante

as tratativas com a vice-prefeita Alaíde Damo

(MDB) - que ficou no cargo com as prisões e

impeachment de Atila, anulados pela Justiça -,

a estatal havia se comprometido a despejar

R$ 140 milhões no município. O governo Atila

conseguiu uma contraproposta mais

vantajosa, mas ainda acredita ser possível

obter R$ 300 milhões.

Superados esses impasses, Mauá cederia a

gestão da água para a Sabesp em troca do

abatimento total do passivo, com suspensão

dos precatórios cobrados, porém, sem

extinguir a Sama. Os funcionários concursados

teriam estabilidade de dois anos. A ideia é

fazer da autarquia de Mauá uma espécie de

Semasa, responsável pelos serviços de

varrição e coleta de lixo, por exemplo.

No dia 8, a Sabesp fará uma audiência pública

na cidade para explicar as ações que poderia

executar caso o contrato seja assinado.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33170101&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Hypeness

Data: 02/11/2019

Embarcação grega está sendo

investigada por vazamento de petróleo no nordeste

Dois meses depois dos primeiros resíduos de

petróleo serem encontrados nas praias do

Nordeste brasileiro, finalmente as

investigações indicaram qual a origem desse

desastre ambiental e apontam para um

caminho comum: uma embarcação grega.

Segundo a Polícia Federal, um navio de

bandeira da Grécia transportava óleo da

Venezuela em direção à Singapura. Conforme

indicam imagens de satélite, o vazamento da

carga ocorreu a cerca de 700 quilômetros da

costa brasileira.

Boubolina, a embarcação suspeita pelo

vazamento de petróleo

“A embarcação, de bandeira grega, atracou na

Venezuela em 15 de julho, permaneceu por

três dias, e seguiu rumo a Singapura, pelo

oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na

África do Sul. O derramamento investigado

teria ocorrido nesse deslocamento“, afirmou a

Polícia Federal em comunicado oficial.

– Óleo no Nordeste: saiba como você pode

ajudar na limpeza das praias

A PF está executando mandados de busca e

apreensão para entender a situação e

encontrar os responsáveis. O navio apontado

como responsável, o “Bouboulina”, já foi

operado pela Petrobras. A empresa

responsável pela embarcação – a Delta

Tankers LTD, da Grécia – também já foi

parceira da nossa principal produtora de

petróleo.

As manchas de óleo continuam avançando e já

foram observados resquícios do acidente em

Porto Seguro, sul da Bahia. A tendência é que

o vazamento continue em direção ao Sudeste,

podendo chegar ao Espírito Santo e ao Rio de

Janeiro. O Governo do Estado de São Paulo

criou um grupo de monitoramento para

combater o problema antes que as manchas

cheguem no litoral paulista.

“Embora a responsabilidade constitucional

sobre acidentes de grande magnitude em

mares seja da União, estamos monitorando o

avanço das manchas de óleo na costa

brasileira e a chegada no sul da Bahia acendeu

o sinal de atenção. Nossas equipes articulam

medidas preventivas. Se eventualmente for

necessário estaremos preparados para atuar

em parceria com o Governo Federal”, disse o

secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente de São Paulo, Marcos Penido,

em um comunicado oficial do governo.

– O que se sabe até agora sobre as manchas

de óleo no Nordeste

Não existem previsões para quando o

vazamento terá de deixar efeitos ou quando

ele irá parar de se diluir pelo litoral brasileiro.

Cientistas apontam que seus efeitos serão

sentidos por mais de 200 anos. A tragédia no

Nordeste ultrapassa os limites e já é

considerada o maior desastre ambiental

marítimo da história do Brasil.

https://www.hypeness.com.br/2019/11/embar

cacao-grega-esta-sendo-investigada-por-

vazamento-de-petroleo-no-nordeste/

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Data: 04/11/2019

Dia a Dia

Saída para a destinação final dos resíduos

sólidos

Um dos maiores desafios da Baixada Santista

é definir uma saída para a destinação final dos

resíduos sólidos, devido à proximidade do fim

da vida útil do aterro sanitário do Sítio das

Neves, na Área Continental de Santos. A

Cetesb estima que a capacidade do local para

receber lixo termine em até seis anos,

conforme revelado em reunião do Comitê de

Bacias Hidrográficas da Baixada Santista,

realizada no fim de maio. Segundo o deputado

estadual Paulo Corrêa Júnior (Patri), a

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente

já desenvolveu um projeto básico de geração

de energia a partir do material coletado.

Agora, a pasta está empenhada em criar

consórcios sustentáveis com a intenção de

mudar a lógica do descarte dos resíduos. O

parlamentar decidiu destinar parte de suas

emendas ao orçamento paulista de 2020 para

incentivar o desenvolvimento de políticas

públicas ao setor de energias renováveis e

para encontrar soluções regionais para a

disposição final do lixo.

O futuro é agora

Corrêa Júnior fez três indicações que,

somadas, representam R$ 20,5 milhões para

promover e fortalecer os arranjos regionais e

consorciados na gestão e gerenciamento dos

resíduos sólidos. 'Além disso, estudos, análises

e audiências públicas serão feitas. Creio que o

recurso ajudará muito nesses projetos que são

o futuro do nosso estado', destacou o

deputado.

Pedido negado

O juiz da 8a Vara de Fazenda Pública da

Capital, Josué Vilela Pimentel, julgou

improcedente a ação protocolada pelo prefeito

de São Vicente, Pedro Gouvêa (MDB), para

anular a decisão do Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo (TCE-SP) que considerou

irregulares as contas da Câmara de 2011,

quando ele era o presidente da Casa.

Tudo dentro da ordem

Na avaliação do magistrado, não houve

irregularidades no processo conduzido pelo

órgão de fiscalização, que 'respeitou os

princípios do contraditório e da ampla defesa

para a prolação da decisão administrativa,

tendo sido o autor devidamente notificado e

cientificado'.

Em busca de soluções

A subprocuradora-Geral de Justiça de

Integração e Relações Externas, Lídia Helena

Ferreira da Costa dos Passos, receberá

amanhã, às 15h, a vereadora de Praia Grande

Janaina Ballaris (PT) para debater os

problemas na central de vagas mantida pela

Secretaria de Estado da Saúde.

Ação e reação

Após denúncia da petista no Ministério Público

Estadual, o órgão realizou audiência pública na

Câmara, em junho, e ficou de entrar nessa

luta para melhorar o sistema e agilizar o

atendimento dos pacientes.

Durante a Conferência do PCdoB de Santos

realizada ontem, o partido anunciou

oficialmente os novos filiados da legenda. O

médico infectologista Evaldo Stanislau (foto) é

um dos nomes que decidiu entrar no partido.

Planos futuros

Eleito vereador pelo PT, em 2012, Stanislau foi

para a Rede, em 2015. No ano seguinte, foi

candidato a vice-prefeito na chapa liderada

pelo jornalista Paulo Schiff (PDT). Já sem

mandato, ele teve uma passagem pelo PDT e,

agora, pode ser uma opção do PCdoB para

disputar o Executivo no próximo ano.

Força do Porto

Outro nome conhecido que entrou na sigla foi

o presidente do Sindicato dos Operários

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Grupo de Comunicação

Portuários de Santos e Região (Sintraport),

Claudiomiro Machado, o Miro, que deve

concorrer a vereador.

Otimismo geral

Os parlamentares de Guarujá analisam na

sessão de amanhã, em primeira discussão, o

projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA). É o

único item da pauta do dia. A proposta

enviada pelo Executivo prevê um aumento de

19,6% nas receitas de 2020 em comparação a

este ano: de R$ 1,499 milhão deve saltar para

R$ 1,793 milhão.

Candidatos entram em local de prova, na Vila

Mathias: redação vale 20% da nota geral do

exame, um diferencial para quem almeja

faculdade Cinema, tema da redação do Enem,

causa surpresa

Time reforçado

Ele(ex-presidente Lula) não tem

grandeza,sópensa emsievirouum enganador

profissional '

Ciro Gomes (PDT), candidato a presidente nas

eleições de 2018 e ex-ministro da Integração

Nacional durante o Governo Lula

Especialistas pensavam que temas capazes de

dar margem a polêmicas seriam evitados

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33192662&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Alto Tietê

Data: 04/11/2019

Sem licença da CETESB, impossível

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33172111&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 03/11/2019

Corpo de Bombeiros recebe 79 acionamentos para fogo em mato em

11 horas em SP

Helicóptero Águia foi a região do Parque do

Carmo para verificar pontos de reignição do

incêndio de grandes proporções que atingiu ao

local em Itaquera, na Zona Leste de São

Paulo, desde a noite deste sábado (2).

O Corpo de Bombeiros recebeu 79

acionamentos para fogo em vegetação das 0h

às 11h20 em São Paulo e região metropolitana

deste domingo (3).

No início da tarde, o helicóptero Águia foi até a

região do Parque do Carmo para verificar

pontos de reignição. Um incêndio de grandes

proporções atingiu a região do parque, em

Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, desde a

noite deste sábado (2).

O Águia levou o Bambi Bucket, que é um cesto

que comporta 550 litros de água e pode jogar

nos focos de incêndio. O uso do cesto permite

pegar água no lago do parque, reservatório ou

piscina.

A Secretaria do Meio Ambiente afirmou neste

domingo (3) que a área atingida se chama

Parque Natural Fazenda do Carmo, que é uma

unidade de conservação e proteção integral. A

entrada só é permitida com agendamento

prévio. O local é anexo ao Parque do Carmo,

que é aberto ao público.

O incêndio foi controlado durante a

madrugada deste domingo (3). Pela manhã,

os bombeiros trabalharam no rescaldo do fogo

e ainda era possível ver muita fumaça no

local. Também foi possível flagrar balões

sobrevoando a região do parque. Ainda não se

sabe o que provocou o incêndio.

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 03/11/2019

1º Seminário de Turismo de Mogi das

Cruzes está com inscrições abertas

Evento será no dia 13 de novembro e terá

ciclo de palestras e debates.

Mogi das Cruzes está com inscrições abertas

para o o 1º Seminário de Turismo. O evento

será realizado no dia 13 de novembro pela

Secretaria Municipal de Cultura em parceria

com o Sebrae Alto Tietê.

De acordo com a secretaria, o evento tem por

objetivo debater o turismo sob diversos

ângulos e terá programação extensa, gratuita

e aberta a todos os públicos.

As inscrições já podem ser feitas pela internet.

O evento será realizado no Centro Cultural de

Mogi e a programação conta com um ciclo de

palestras e debates. A primeira palestrante do

dia será a escritora e consultora de turismo

digital, Marta Poggi, que trará a temática

“Turismo Inteligente: Como embarcar nesta

nova era?”.

Ainda no período da manhã, quem conduzirá a

segunda palestra é o empresário José

Fernandes, que é proprietário de uma rede de

hotéis na cidade de Socorro, no interior do

Estado de São Paulo, conhecida pelo seu

potencial turístico, em especial o turismo de

aventura. Ao público, ele apresentará a

palestra "A Importância da União dos

Empresários do Turismo".

Após pausa para o almoço, terá início a

programação da tarde, com a palestra "Como

se tornar Município de Interesse Turístico?",

conduzida por Waldirene Ricanelo, que é

diretora técnica da Associação de Municípios

de Interesse Turístico do Estado de São Paulo

(Amitesp). Depois, será a vez de Roberta

Oliveira e Carolina Paes de Andrade, ambas

representantes do Serviço Social do Comércio

(Sesc), falarem sobre o programa de turismo

do Sesc, que é desenvolvido desde o ano de

1948.

A partir das 15h30, começará o painel

“Ecoturismo e Preservação Ambiental: Turismo

Consciente”, que contará com a participação

da analista de sustentabilidade do Instituto

Ecofuturo, Cleia Araújo e da gestora da

Estação Ecológica da Serra do Itapety,

Lucila Manzatti.

A mediação ficará sob a responsabilidade do

secretário municipal do Verde e Meio Ambiente

e presidente do Conselho Mogiano do Meio

Ambiente (COMOMA), Daniel Teixeira de Lima.

O encerramento, com networking, está

previsto para as 16h30. O 1º Seminário de

Turismo de Mogi das Cruzes também tem

apoio do Consórcio de Desenvolvimento dos

Municípios do Alto Tietê (Condemat), do

Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e do

Circuito Turístico das Nascentes.

Mais informações podem ser obtidas pelo

telefone 4798-6900.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/11/03/1o-seminario-de-

turismo-de-mogi-das-cruzes-esta-com-

inscricoes-abertas.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 01/11/2019

Entrervista com secretário-executivo de Infraestrutura e Meio Ambiente Luiz Santoro

http://cloud.boxnet.com.br/y367aswv

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Grupo de Comunicação

Veículo: Voz da Terra Assis

Data: 03/11/2019

Transbordo de lixo é inaugurado de

acordo com normas da CETESB

http://cloud.boxnet.com.br/yxzglnrc

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio 94,5 FM Bauru

Data: 01/11/2019

Bauru tem 15 áreas contaminadas,

segundo relatório da Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/y5le69xu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Metropolitana

Data: 01/11/2019

Prefeitura de Mogi das Cruzes fez reunião sobre operação verão

http://cloud.boxnet.com.br/yy7fj5rb

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Grupo de Comunicação

Veículo: TEM Notícias Itapetininga

Data: 01/11/2019

Moradores do bairro Curuça em

Itapetininga encontraram peixes mortos

http://cloud.boxnet.com.br/y4rzq54y

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Mix

Data: 01/11/2019

Entrevista com Rodrigo Dias gerente da BRK ambiental falando obra de intervenção na Lauro Correia

http://cloud.boxnet.com.br/y6hpjmxs

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Manhã Marília

Data: 03/11/2019

PLENÁRIA DO LIXO: ENTREGA DE DOCUMENTO COM RESUMO DAS PROPOSTAS MARCA NOVA FASE DE

AÇÃO

Mais uma etapa foi concluída na iniciativa da

sociedade civil organizada em contribuir para

que haja uma mudança efetiva e urgente na

maneira como o Município de Marília trata o

LIXO produzido por aqui. Já está nas mãos do

Prefeito, Daniel Alonso, e também do

Presidente da Câmara, Marcos Rezende, o

documento com o resumo das propostas

levantadas na Plenária do Lixo 2019.

Trata-se de um documento com todos os

assuntos que foram abordados por

especialistas na área durante o evento e

também após, mediante reuniões para análise

do conteúdo que foi apresentado, que

resultaram em 8 (oito) propostas objetivas da

sociedade civil organizada - que esperamos

sejam cuidados amente analisadas e

implantadas o quanto antes.

Não dá para esperar mais! Afinal, mesmo os

projetos ma is complexos e audaciosos

começam, inevitavelmente, com o primeiro

passo.

Já falamos muito sobre o custo elevado, cerca

de R$ 17 milhões por ano investidos pela

Prefeitura na coleta e transbordo das mais de

duzentas toneladas de lixo produzidas

diariamente. Mas não é só de economia que

estamos falando. A falta de uma destinação

correta para os resíduos dos mais diversos

tipos também é um problema ambiental, de

saúde pública e que compromete seriamente o

desenvolvimento da nossa cidade. Tanto que

no Workshop do CODEM (Conselho de

Desenvolvimento Estratégico de Marília), em

abril, a maioria dos mais de 140 participantes,

de diversas entidades e segmentos da

sociedade, elegeu a ausência de um plano de

gestão de resíduos sólidos e a falta de coleta

seletiva como alguns dos principais problemas

a serem corrigidos para que Marília possa

avançar em diversas áreas.

Neste sentido a Plenária do Lixo, realizada no

dia 28 de agosto deste ano com a união de

diversas entidades, foi um marco para a

história de Marília, onde ma is de 180

cidadãos se reuniram de maneira VOLUNTÁRIA

para se informar sobre a situação atual do lixo

e buscar soluções para esse grave problema.

E para que não se repita o que aconteceu em

2011, quando a Matra realizou a primeira

Plenária do Lixo e os gestores municipais que

se sucederam deste então “engavetaram” as

propostas que surgiram naquela ocasião,

desta vez, a comissão organizadora da

plenária propôs a criação de uma comissão

permanente para o acompanhamento das

ações que, junto com o grupo de trabalho

específico do CODEM nesta área, vai auxiliar o

Poder Público na tomada de decisões, na

elaboração de projetos e, principalmente, na

FISCALIZAÇÃO do andamento dos trabalhos.

“Essa é uma demonstração da maturidade de

uma sociedade que consegue se organizar e

pensar em soluções para uma cidade e desta

forma distribuir a responsabilidade com o

gestor público. Esse é o caminho e assim o

prefeito não se sente sozinho, tem muita

gente aqui pensando comigo, afirmou Daniel

Afonso, que prometeu dar andamento às

propostas apresentadas: “A gente vai avaliar

esse documento com a equipe técnica e

apresentar uma proposta de solução dentro de

um cronograma que seja exequível de fato”,

concluiu.

Dentre as propostas apresentadas estão: (1)

Implantação e revisão imediata do Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos; (2) Criação de Secretaria específica

de Meio Ambiente, sob o comando de

especialista da área; (3) Implantação imediata

da coleta seletiva em todo o Município, com o

devido planejamento de como esse trabalho

será executado e a destinaçào que será dada

aos materiais recolhidos; (4) Regularização de

uma área para o descarte dos resíduos da

construção civil, com as devidas tralativas com

o segmento (“caçambeiros” e Associação da

categoria), além dos grandes geradores deste

tipo de material (como as construtoras), para

processamento adequado por meio de usina

de reciclagem da totalidade dos resíduos da

construção civil produzidos no Município; (5)

Apoio ao Programa Estadual “Município

Verde/Azul” em sua integralidaae; (6) Envio

de Projeto de Lei pelo Executivo para o

Legislativo que discipline a gestão dos

resíduos de responsabilidade dos “grandes

geradores”; (7) Criação de um grupo de

trabalho integrado pelo Poder Público e por

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Grupo de Comunicação

membros da sociedade civil organizada para

acompanhamento, apresentação de

proposições e assessoramento da gestão dos

resíduos e (8) Elaboração urgente do Plano

Municipal de Saneamento Básico, cujo prazo

termina em 31 de dezembro de 2019 e, sem o

qual, o Município ficará impedido de receber

recursos da União.

O Presidente da Câmara Municipal, Marcos

Rezende, se comprometeu a ajudar, no que

couber ao Legislativo, para a implantação das

propostas e cumprimentou os membros da

sociedade civil organizada pela iniciativa: “É

um assunto de extrema relevância para a

cidade. Nós não podemos concordar com o

que está acontecendo, com o Município

gastando todo mês mais de um milhão de

reais para fazer o transbordo do lixo; O

Município ainda não conseguir avançar na

coleta seletiva; Não fazer a atualização do

Plano Municipal de Resíduos Sólidos... São

temas extremamente importantes e nós

estaremos aqui para cobrar o Executivo para

que implemente políticas públicas nessa área,

melhorando a qualidade de vida, a saúde das

pessoas e a saúde financeira do Município

também”, disse.

O documento na íntegra com o resultado da

plenária está disponível no site da Matra e

também será entregue para representantes da

CETESB, MP, MPR CIESP e AC1M.

“A Matra sai fortalecida com este trabalho,

como também o CODEM que está trabalhando

com este tema e agora lemos que ir adiante,

encontrando alternativas para avançarmos,

principal mente com relação à coleta seletiva

de lixo, isso demonstra que a Matra não atua

apenas na fiscalização da aplicação dos

recursos públicos, ela também elabora ações

propositivas para construirmos juntos uma

cidade melhor para todos”, disse o empresário

José Geraldo Garla, membro da Matra.

“A Matra, assim como as demais entidades

envolvidas, só tem a agradecer a

disponibilidade do Prefeito em nos receber e

agora nos resta esperar que ele faça

realmente isso que ele prometeu, que é levar

à sério esse trabalho feito pela sociedade civil

organizada, páo bem de Marília”, disse

Hildebrando de Azevedo Souza, Presidente da

Matra, que completou; “Os problemas são de

todo mundo, da cidade inteira e a população

tem a obrigação de auxiliar da maneira

correta, de modo que as coisas sejam feitas

não para o agora, mas para sempre”

Junte-se à Matra, porque Marília tem dono:

VOCÊ!

Pela transparêmia gestão públha Marília tem

dono: você!

Participe. Ninguém melhor que você para

cuidar da sua cidade.

fone: 3414 1444 • www.matra.org.br Av. Carlos Gomes, 167 Sala 41 ■ Centro ■

CEP: 17501-000 Marília/SP - e-mail:

[email protected]

http://cloud.boxnet.com.br/yxzxs5bn

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 03/11/2019

Qualidade da água do Rio Capivari caiu de bom para regular este ano

http://cloud.boxnet.com.br/yygx4jrz

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Grupo de Comunicação

Veículo: SPTV 1

Data: 02/11/2019

O Feriado no Litoral Paulista

http://cloud.boxnet.com.br/yxjrn592

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Vanguarda São José dos

Campos

Data: 02/11/2019

Rios estão impróprios para banho

http://cloud.boxnet.com.br/y6fyzvrj

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Grupo de Comunicação

Veículo: EPTV Campinas

Data: 02/11/2019

Flagrante de poluição é registrado no Rio Anhumas, em Campinas

http://cloud.boxnet.com.br/y42t5vxe

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV TEM Itapetininga

Data: 02/11/2019

Problema de peixes mortos no rio da

região de Itapetininga parece não ter fim

http://cloud.boxnet.com.br/y3sb99cd

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 03/11/2019

MP investiga eventual poluição de represa em Cordeirópolis

http://cloud.boxnet.com.br/y64ctbe9

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Notícias da Manhã

Data:

Cetesb classifica como boa a

qualidade da água do São Domingos

O mais recente relatório da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) destaca a qualidade da água do rio

São Domingos como boa. A classificação tem

como base dados de 2018 e consta na

publicação da Qualidade das Águas Interiores

no Estado de São Paulo.

O relatório aponta que a Unidade de

Gerenciamento de Recursos Hídricos -15, a

UGRH-15 – Turvo/Grande é a única do grupo

das cidades que tem participação da

agropecuária que já atingiu a densidade

recomendada com 1,32 pontos para cada

1.000 quilômetros quadrados, passando de 10

pontos em 2008 para 21 em 2018.

As responsáveis por esse salto seriam as

obras do afastamento do esgoto sanitário e da

construção das lagoas de tratamento de

Catanduva. Com elas, é possível remover 30

mil metros cúbicos de poluentes a cada dia.

Graças à evolução do rio São Domingos na

última década, foi possível melhorar a média

anual do Índice de Qualidade das Águas de

regular para boa. Até então, o ribeirão, que

tem 855 quilômetros de extensão, registrava

resultado ruim.

Conforme consta no relatório, para o cálculo

do Índice de Qualidade das Águas (IQA), são

considerados níveis de lançamento de

efluentes sanitários, inclusive das indústrias. O

resultado mostra que aproximadamente 85%

dos 471 pontos monitorados foram

classificados nas condições de ótima, boa ou

regular.

http://cloud.boxnet.com.br/yy6xeq24

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Grupo de Comunicação

Veículo: Expressão Caiçara

Data: 0 4/11/2019

Estado e Sabesp assinam contrato

com a Prefeitura para investimentos de R$ 422 milhões em água e esgoto

O Governo do Estado e a Sabesp assinaram

nesta quarta-feira (30) com a Prefeitura de

Caraguatatuba o contrato pelo qual a

Companhia assume a prestação de serviços de

saneamento do município, oficializando a

parceria com a administração. O contrato

prevê investimentos que visam a ampliação da

distribuição de água, coleta e tratamento de

esgotos.

Com a formalização do contrato de prestação

de serviços entre a Sabesp e o município de

Caraguatatuba, vários investimentos estão

previstos ao longo dos próximos 30 anos,

atendendo às prioridades e exigências do

Piano Municipal de Saneamento elaborado

pelo Município e aprovado pelo Poder

Legislativo.

Vale ressaltar que, conforme as necessidades,

o contrato pode sofrer alterações e revisões a

cada quatro anos com o intuito de atender

sempre às demandas da cidade.

Entre os investimentos previstos em

abastecimento, os destaques são as

ampliações das estruturas e sistemas de

reservação das ETAs Porto Novo e

Massaguaçu. Em esgotamento sanitário, no

período de oito meses já avançaram 53% as

obras do Jardim Gaivotas - o prazo de

execução é de dois anos.

Outras prioridades são a ampliação dos

sistemas de esgotos Indaiá, Jardim Adalgisa;

implantação de coleta de esgotos para os

bairros Golfinho, Jardim Terralão e melhoria

dos sistemas Martim de Sá e Jaraguazinho,

com implantação de novas redes e ampliação

da cobertura em esgotos para imóveis

atualmente não atendidos.

http://cloud.boxnet.com.br/yykvrz7d

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 04/11/2019

Cidade Anchieta acumula problemas

Enormes buracos na calçada de acesso, valas

e falta de iluminação são os motivos de

preocupação para a população que utiliza a

avenida José Batista Campos, no bairro Cidade

Anchieta, em Itanhaém.

A avenida é a principal via de acesso para os

bairros Cidade Anchieta e Jardim Oásis, onde

se localizam diversos estabelecimentos

comerciais e duas unidades escolares - a EM

Eugênia Pitta Rangel Veloso e a Etec de

Itanhaém.

Neste trecho da avenida

José Batista Campos, que liga os dois bairros,

o movimento de veículos, caminhões, ciclistas

e pedestres é bastante intenso, durante o dia

e à noite.

Nesta mesma avenida também está localizado

o aeroporto "Dr. Antonio Ribeiro Nogueira”, de

Itanhaém.

Para o catador de materiais recicláveis

Francisco Batista de Oliveira, morador no

Jardim Oásis, a situação é de grande risco

tanto para o pedestre como para o ciclista.

"Passo aqui todos os dias para trabalhar e, à

noite, fica bem pior devido à falta de

iluminação no local. Outro dia aconteceu um

acidente com um veículo à noite”, afirma. Na

opinião do morador, a prefeitura deveria

providenciar os reparos na calçada e instalar

postes de iluminação.

Outra moradora do Jardim Oásis e que passa

no local diariamente é a dona de casa Creusa

Rodrigues Soares, de bicicleta na ciclovia.

"Este trecho com os buracos está péssimo. É

um perigo, já que as pessoas têm que sair da

calçada e invadir a ciclovia, o que pode provar

acidentes”. E completa "os bairros pobres são

os que mais sofrem, os políticos não estão

preocupados com os nossos problemas”.

Também para a dona de casa Maria Zilma da

Silva, moradora no Cidade Anchieta, há falta

de segurança. "É muito perigoso neste local,

pois temos que desviar e andar pela ciclovia

devido aos buracos, correndo o risco de ser

atropelada”, desabafa a moradora.

MAU CHEIRO. Ao caminhar pela avenida

José Batista Campos, ao lado da calçada e da

ciclovia, os moradores se deparam ainda com

valas que provocam um forte mau cheiro,

além de estarem cobertas pelo mato alto.

As valas estão localizadas num trecho da

avenida, logo após uma rua de acesso para a

Estação de Tratamento de Água (ETA), da

Sabesp.

OUTRO LADO.

A prefeitura de Itanhaém informou, por meio

de nota, que estão na programação da

Secretaria de Serviços e Urbanização os

reparos na calçada, a limpeza de valas e a

roçada do mato. Em relação à ampliação da

ciclovia na via citada, informou que a obra

está em fase final de licitação. Porém, a

Administração Pública não informou se há

previsão de instalar mais postes de iluminação

na avenida.

(Nayara Martins)

NAIR BUENO/DlARIO do litoral Avenida é a

principal via de acesso para importantes

bairros como Cidade Anchieta e Jardim Oásis

NA IR BUENO/DlARIO do litoral Prefeitura

afirma que fará reparos nas calçadas e

limpeza das valas, além de roçada do mato

http://cloud.boxnet.com.br/y65zfjbb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Terra

Data: 04/11/2019

Forte calor e pouca chuva causa

queda no volume na Billings

Segundo dados apresentados no site da

Sabesp, o nível de volume de água

armazenada na represa Billings chegou a

34,43%. A queda iniciou a partir de 11 de

maio quando o nível era de 88,28%, o

segundo maior do ano ficando atrás do dado

colhido em 12 de abril (89,75%). Em 1º de

outubro, o nível estava em 52,77%.

O volume de chuvas também está caindo ao

longo do tempo. Em 2 de setembro foi

registrado o valor acumulado de 21,8mm em

24 horas. Na última sexta-feira (1º/11), o

dado não ultrapassou 1,6mm.

A represa Billings faz parte do Sistema

Guarapiranga que atende a zona sul e o

sudeste da Capital. Os sistemas que

abastecem o ABC estão em nível considerado

"excelente": Alto Tietê (81,6%); Rio Claro

(102%); e Rio Grande (82%).

O sistema Guarapiranga, é o segundo maior

sistema de água da Região Metropolitana,

localizado nas proximidades da Serra do Mar.

Sua água é proveniente da represa

Guarapiranga (formada pelos rios Embu-

Mirim, Embu-Guaçu, Santa Rita, Vermelho,

Ribeirão Itaim, Capivari e Parelheiros) e da

Represa Billings (Rio Taquacetuba). Produz 15

mil litros de água por segundo e abastece 4,9

milhões de pessoas das Zonas Sul e Sudoeste

da Capital.

No último dia 03/11 o Guarapiranga

apresentava um volume de 68,4%. Veja

abaixo o quadro da situação dos mananciais

em São Paulo:

http://cloud.boxnet.com.br/y2w2sncz

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Guarujá

Data: 04/11/2019

Hermínio Matos conversa com Valter Suman, prefeito do Guarujá

http://cloud.boxnet.com.br/y237jquu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Litoral

Data: 04/11/2019

Participação de ouvinte sobre vazamento da Sabesp

http://cloud.boxnet.com.br/y69decs3

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 03/11/2019

Alunos da rede pública participam de

atividades no Viveiro Florestal de Taubaté

Iniciativas integraram 16ª edição da Semana

Nacional de Ciência Tecnologia do Vale

Paraíba, com apoio do Instituto Florestal

Divulgação/Instituto Florestal

O Viveiro Florestal de Taubaté, área

protegida do Instituto Florestal, vinculado à

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado, promoveu uma ação

da 16ª edição da Semana Nacional de Ciência

Tecnologia do Vale Paraíba, no dia 24 de

outubro. Neste ano, o evento abordou o tema

“Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o

Desenvolvimento Sustentável”.

O espaço recebeu a visita de alunos do Ensino

Médio de Tempo Integral da Escola Estadual

Pereira de Mattos, localizada no município de

Caçapava. Foi realizado um roteiro

abrangendo os projetos de pesquisa e demais

atividades desenvolvidas na unidade.

O principal objetivo foi promover um espaço

de diálogo e troca de conhecimento entre

estudantes, professores e funcionários do

Viveiro Florestal. Durante a visita, os alunos

trataram de diversos temas relacionados à

atuação do Instituto Florestal, como pesquisa,

conservação e restauração florestal, relação

entre água e floresta, sequestro de carbono,

produção de mudas e educação ambiental.

Conservação

Os estudantes conheceram o projeto de

pesquisa que envolve o plantio de espécies

nativas para o sequestro de carbono; a

produção de artesanatos e brinquedos a partir

de resíduos sólidos, no Projeto Eco-Oficina; o

centro de visitantes com exposição

relacionada ao combate à caça ilegal; o

laboratório de pesquisa em análise e

monitoramento de qualidade da água;

simulador de chuvas; e o viveiro de mudas

florestais.

A semana representa uma oportunidade de

popularização do conhecimento científico e

possibilita a disseminação das práticas e ações

visando à conservação e recuperação das

florestas, melhoria da qualidade ambiental e

sustentabilidade.

O evento ocorre em âmbito nacional e é

promovido pelo Ministério da Ciência,

Tecnologia, Inovações e Comunicações. Na

região do Vale do Paraíba, as atividades são

realizadas por meio de parceria entre diversas

instituições, como a Universidade Estadual

Paulista (Unesp), Universidade Federal de São

Paulo (Unifesp), Centro Nacional de

Monitoramento e Alertas de Desastres

Naturais (Cemaden), Diretoria Regional de

Ensino e Instituto Florestal.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/alunos-da-rede-publica-participam-

de-atividades-no-viveiro-florestal-de-taubate/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 03/11/2019

Estado participa de encontro de

capacitação para definir rotas de

descarbonização

Reunião teve objetivo de apresentar o

contexto dos compromissos frente aos temas

globais que envolvem mudanças do clima

Divulgação/Infraestrutura e Meio Ambiente

Os membros dos Grupos de Trabalho do Clima

e o de Biodiversidade que representam todas

as áreas e instituições da Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA)

estiveram presentes na reunião inaugural,

realizada nesta quarta-feira (30).

O encontro teve como principal objetivo

apresentar o contexto dos compromissos

globais, estaduais e também da pasta frente

aos temas que envolvem as mudanças do

clima e da biodiversidade, com vistas à

incorporação nos programas, projetos, ações,

produtos e narrativas.

Na ocasião, foi realizada uma videoconferência

com a equipe técnica do The Climate Group,

que, em parceria com a Winrock International,

apresentou aos grupos de trabalho os

“Princípios básicos da Contabilização no Setor

de Energia e AFOLU – Agricultura, Florestas e

Uso da Terra”.

Parceria

A capacitação está inserida no contexto do

Projeto “Trajetória de Descarbonização 2030”,

elaborado pelas empresas parceiras do The

Climate Group. No início deste ano, São Paulo

foi escolhida como uma das regiões para

elaboração do projeto, que abrange sete

estados em quatro países: México, Brasil,

Argentina e Peru.

Como a SIMA é integrante do The Climate

Group, a secretaria está envolvida no

levantamento de dados que subsidiarão a

construção do projeto “Trajetória de

Descarbonização”, juntamente com outros

atores. Os resultados serão apresentados e

negociados pelos dois Grupos de Trabalho

(Clima e o da Biodiversidade), com a

coordenação da AINt.

Trata-se da 1ª Reunião dos Grupos de

Trabalho do Clima e o de Biodiversidade,

designados pela Deliberação nº 01, de 11 de

outubro de 2019, no âmbito do Comitê de

Integração de Políticas Globais de

Desenvolvimento Sustentável – CIPOG

(Resolução SIMA 33 de 14.05.2019). O

encontro foi coordenado pela assessora

Internacional da secretaria, Jussara de Lima

Carvalho.

Integração

O ano de 2020 é o limite para a meta de

redução de gases do efeito estufa (GEE) da

Política Nacional sobre Mudança do Clima

(PEMC) e para contabilização das metas de

Aichi, que dizem respeito à conservação da

Diversidade Biológica. A integração das

políticas globais com o Sistema Ambiental

Paulista foi iniciada no ano passado e resultou

em um relatório de atividades, com propostas

de planos de ação para continuidade, que

serão analisados pelos membros atuais dos

Grupos de Trabalho (GTs).

Caberá ao Comitê de Integração (CIPOG) a

aprovação dos Planos de Ações dos GTs,

dentro das atribuições da SIMA, tendo por

base a Política Estadual de Mudanças

Climáticas (PEMC); das Metas de Aichi e da

Agenda Pós-2020/CDB, assim como da

Agenda 2030, relativa aos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS).

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/estado-participa-de-encontro-de-

capacitacao-para-definir-rotas-de-

descarbonizacao/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 02/11/2019

Fundação Florestal faz parceria com

associação para monitoria ambiental em

Cananéia

Iniciativa, que faz parte de ações do Governo

voltadas ao Vale do Ribeira, envolve grupo

para atuar no Parque Estadual Ilha do

Cardoso

Praia de Lages – Núcleo Maruja, área do Parque Estadual

da Ilha do Cardoso

A Fundação Florestal, responsável pela

gestão das Unidades de Conservação do

Estado, deu o passo inicial ao assinar o Termo

de Autorização de Uso com a Associação dos

Monitores Ambientais de Turismo Municipal de

Cananéia (Amoamca), para a prestação dos

serviços de monitoria ambiental em atrativos

turísticos do Parque Estadual Ilha do

Cardoso – Núcleo Perequê e em seu

entorno, em Cananéia.

A assinatura ocorreu em 18 de outubro, na

sequência do anúncio do Programa Vale do

Futuro, anunciado pelo Governo do Estado,

que prevê uma série de ações de

desenvolvimento econômico e social na região

do Vale do Ribeira. O programa prevê R$ 1

bilhão em investimentos públicos e atração de

mais R$ 1 bilhão em recursos privados, além

de oferecer 30 mil oportunidades de emprego,

renda e empreendedorismo até o final de

2022.

As ações também incluem iniciativas de

incentivo ao turismo e prevenção ambiental, já

que a região tem 100 km de litoral e 21% de

toda a Mata Atlântica remanescente do país,

além de abrigar 30 comunidades quilombolas

e 10 aldeias indígenas.

A Amoamca foi a entidade contemplada no

Chamamento Público NNP 001/2019,

publicado pela Fundação Florestal no Diário

Oficial do Estado de São Paulo, em 27 de

agosto. A monitoria ambiental inclui trilhas,

visita ao mirante e Centro de Visitantes e

passeios náuticos de caiaque e stand up

paddle.

A Associação, que conta com 20 monitores,

terá que cumprir diversas contrapartidas como

controlar o acesso aos atrativos turísticos do

Parque Estadual Ilha do Cardoso; fazer a

manutenção e limpeza periódica das trilhas e

manutenção preventiva das estruturas

existentes nas trilhas e atrativos; efetuar a

limpeza da tenda de recepção e das trilhas de

acesso à Praia do Itacuruçá e a retirada e

destinação correta dos resíduos deixados pelos

visitantes, entre outras.

Vale ressaltar que o cumprimento dessas

contrapartidas por uma associação local de

monitoria ambiental traz benefícios a todos,

pois desonera os cofres públicos, fomenta o

empreendedorismo da região e garante renda

à comunidade local através do turismo.

A presidente da entidade Noeli Mara Neves

Pereira e seus associados comemoraram a

assinatura do documento. “Todos nós estamos

muito felizes, pois teremos mais segurança

para o trabalho que exercemos há 20 anos na

região. Nós já tínhamos a responsabilidade de

receber o visitante e cuidar do meio ambiente.

Com a assinatura do Termo, ela aumentou.

Agora, é o momento de arregaçar as mangas

e trabalhar ainda mais, pois ideias não

faltam”.

O gerente do Vale do Ribeira e Litoral Sul,

Edson Montilha de Oliveira, comemora a

assinatura com a Amoamca. “Trata-se da

formalização e do aprimoramento de uma

parceria antiga que já temos com os

monitores. Isso trará mais tranquilidade para

a execução dos trabalhos que já são

desenvolvidos e, com certeza, serão

aprimorados a partir de agora”.

Parque Estadual da Ilha do Cardoso

O Parque Estadual da Ilha do Cardoso está

localizado no extremo sul do litoral de São

Paulo, no Município de Cananéia, e foi criado

pelo Decreto nº 40.319, de 3 de julho de

1962. O Parque possui mais de 13.500

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Grupo de Comunicação

hectares de área de preservação, conta com

sete comunidades tradicionais e detém uma

das áreas mais preservadas do bioma da Mata

Atlântica.

No PE Ilha do Cardoso e entorno existem

atrativos para diversas modalidades de

visitação pública, como trilhas para acessar

cachoeiras, pontos de observação de aves e

de golfinhos, vivência com a cultura caiçara,

entre outros.

O Núcleo Perequê e o Núcleo Marujá são

as áreas de maior visitação do Parque,

possuem estruturas de apoio à pesquisa

(públicas ou particulares), eventos, cursos,

atividades de educação ambiental e turismo.

Em 2018, a Ilha do Cardoso recebeu,

aproximadamente, 48 mil visitantes entre

grupos de estudantes, pesquisadores e

turistas.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/fun

dacao-florestal-faz-parceria-com-associacao-

para-monitoria-ambiental-em-cananeia/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 02/11/2019

Workshop discute ações para redução de

atropelamentos de animais em estrada

Evento realizado em 24 de outubro buscou

soluções para obra de duplicação da rodovia

SP-333, conhecida como Assis-Marília

O Instituto Florestal, em parceria com a

concessionária Entrevias, reuniu especialistas

em fauna silvestre, ecologia de estradas,

engenheiros e representantes do Ministério

Público para discutir e apontar a melhor

solução na obra de duplicação da rodovia SP-

333. Conhecida como Assis-Marília, a estrada

corta um trecho das unidades de conservação

do Instituto Florestal, vinculado à

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado.

A pedido da Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), o Workshop

sobre Ecologia de Estradas e Fauna Silvestre

ocorreu em 24 de outubro, na Floresta

Estadual de Assis. O evento permitiu uma

avaliação quanto aos cuidados da obra de

aperfeiçoamento da rodovia e, com base no

resultado, será feito a elaboração de

passagens de fauna, de forma a minimizar os

atropelamentos de animais na via.

Medidas

Serão adotados caminhos seguros para o

tráfego de animais, garantindo a diminuição

dos atropelamentos de fauna silvestre. Como

resultado da ação, foi elaborado um

documento que será encaminhado à Cetesb

para orientar a solicitação de medidas de

redução dos atropelamentos, que deverão ser

solicitadas por ocasião do licenciamento de

implantação da obra de duplicação.

A reunião também teve a participação de

pesquisadores de instituições de ensino

superior, como a Universidade Estadual

Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo

(USP) e Universidade Federal do ABC

(UFABC), além de representantes da

Cetesb e da Prefeitura Municipal de Assis.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/workshop-discute-acoes-para-

reducao-de-atropelamentos-de-animais-em-

estrada/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 01/11/2019

Governo de SP contrata serviços para

desassoreamento de lagoa em Nova

Odessa

Com investimentos de R$ 1,4 milhão, trabalho

será realizado pelo DAEE em parceria com a

Prefeitura Municipal

Serão iniciados neste mês os serviços para o

desassoreamento da lagoa do Bosque Manoel

Jorge, em Nova Odessa, em trabalho realizado

pelo Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE), com investimento de R$ 1,4

milhão.

Em parceria com a Prefeitura Municipal, as

máquinas removerão 12 mil metros cúbicos de

sedimentos depositados na lagoa. O material

dragado será depositado em área da cidade já

aprovada pelo licenciamento ambiental

emitido pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb).

“A lagoa integra o sistema hidráulico do

município, localizada em importante área de

lazer da cidade, muito frequentada pela

população local. A limpeza e desassoreamento

do lago contribuirá para minimizar o risco de

inundações e propiciar um ambiente mais

agradável para os visitantes”, explica Alceu

Segamarchi Júnior, superintendente do

DAEE.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/gov

erno-de-sp-contrata-servicos-para-

desassoreamento-de-lagoa-em-nova-odessa/

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Veículo: G1 São Carlos e região

Data:

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Itapetininga

Data: 01/11/2019

Período da piracema começa nesta sexta-feira na região de Itapetininga

Durante a piracema fica proibida a pesca de

espécies nativas, como curimba, lambari e

traíra. Quem desrespeitar pode ser multado e

até preso.

Começou nesta sexta-feira (1º) a piracema,

conhecida por ser a época de reprodução dos

peixes. O período vai até o dia 28 de fevereiro

de 2020.

Na região de Itapetininga (SP), os pescadores

são proibidos de atuar no período e recebem o

Seguro Defeso, que é o benefício de um

salário mínimo pago pelo Governo Federal aos

profissionais.

De acordo com Ary Martins, sargento da

Polícia Militar Ambiental, durante a

piracema fica proibida a pesca de espécies

nativas, como curimba, lambari e traíra.

Também fica proibido o uso de redes, tarrafas

e materiais perfurantes, como lanças e arpões.

Período da piracema começa nesta sexta-feira

na região de Itapetininga

Já o uso de iscas naturais continua permitida,

desde que o pescador tenha nota fiscal.

Também é permitida a pesca de espécies

exóticas, como uso de varas simples com ou

sem carretilha.

Para os pescadores profissionais não há limite

para pesca das espécies permitidas, já para os

amadores, a captura pode ser de até 10 kg.

Caso a regra seja descumprida, o pescador

pode ser multado e até preso.

"Vai ser lavrado auto de infração com

penalidade de multa de R$ 700 somente pela

prática da pesca e acrescentado R$ 20 por

quilo de peixe. Na esfera penal, responde por

crimes ambientais e a pena pode ser de 1 a 3

anos de detenção, multa ou

cumulativamente", afirma o sargento.

"Procure saber a origem do pescado, índole do

comerciante, se é pescador profissional ou não

e a forma de fiscalizar e colaborar, sabendo a

origem ou solicitando a nota fiscal do pescado

nativo que ele está comprando."

https://g1.globo.com/sp/itapetininga-

regiao/noticia/2019/11/01/periodo-da-

piracema-comeca-nesta-sexta-feira-na-regiao-

de-itapetininga.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta Guaçuana

Data: 01/11/2019

Parque dos Ingás: Jacaré é capturado em trecho do Rio Mogi Guaçu

Na tarde desta quinta-feira (31), uma

ocorrência do Corpo de Bombeiros e da

Polícia Militar Ambiental chamou a atenção

na região central de Mogi Guaçu. Isso porque,

um jacaré-de-papo-amarelo foi encontrado no

trecho do Rio Mogi Guaçu que fica dentro do

perímetro urbano, no Parque dos Ingás.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e resgatou

o animal que estava próximo a ponte

vermelha. No dia seguinte, nesta sexta-feira

(01), o jacaré foi reintroduzido à natureza

pelos cabos Da Silva e Leme da Polícia Militar

Ambiental.

De acordo com o tenente Ivo Fabiano Morais,

o animal precisava ser remanejado e foi solto

acima da barragem da PCH (Pequena Central

Hidrelétrica) da AES Tietê, na Cachoeira de

Cima. “Ele foi solto em outro trecho para a

segurança dele e das pessoas”.

O tenente ainda explicou que a reintrodução

do jacaré só aconteceu porque ele

apresentava boas condições de saúde. “Ele foi

avaliado e foi constatado que era um animal

saudável, sem ferimentos”.

Morais aproveitou o episódio para alertar que

o jacaré-de-papo-amarelo é um animal nativo

que não pode ser capturado e nem abatido.

“Vale lembrar que é um animal silvestre,

então qualquer pessoa que o capture pode ser

multada e responder na Justiça pelo ato de

crime ambiental”.

O tenente finalizou dizendo que foi uma

ocorrência em conjunto das polícias militares

do Estado de São Paulo que gerou uma grande

satisfação em todas as equipes.

A ocorrência também contou com o apoio da

ONG Sentinelas do Rio Mogi Guaçu com o

presidente Jean Carlos Canato.

https://gazetaguacuana.com.br/parque-dos-

ingas-jacare-e-capturado-em-trecho-do-rio-

mogi-guacu/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 02/11/2019

Proprietários rurais declaram 1

milhão de km² além de área passível de notificação

Especialistas alertam sobre falta de dados

consistentes e insegurança jurídica na questão

fundiária

Domingo, 3 de Novembro de 2019 - 04:30

RIO - No momento em que o governo anuncia

a intenção de adotar a autodeclaração para

fazer a regularização fundiária no Brasil, o

Cadastro Ambiental Rural (CAR), no qual

os proprietários de áreas rurais informam

diretamente as dimensões das suas terras,

mostra que há uma área equivalente à do

Egito registrada a mais no banco de dados do

Serviço Florestal Brasileiro . São mais de um

milhão de quilômetros quadrados registrados

acima da área passível de cadastramento.

Pelos dados do CAR de agosto deste ano, 3,9

milhões de quilômetros quadrados eram

passíveis de cadastro, mas a área informada

era de 4,9 milhões de quilômetros:

- Essa área adicional seria o 29º maior país do

mundo, entre o Egito e a Colômbia. Há um

completo descompasso entre os instrumentos

para regulação fundiária e uma efetiva

regularização fundiária. A imprecisão territorial

tem aumentado. Em 2013, nos cartórios,

havia dois estados de São Paulo a mais. Agora

o cadastro mostra sobreposição maior - afirma

Luiz Ugeda, presidente da Comissão de

Geodireito da OAB-SP.

Segundo o especialista, há várias bases de

dados - a do Serviço Florestal Brasileiro, a da

Embrapa Territorial, a do IBGE - sem unidade

para servir de parâmetro:

- O ideal é ter uma agência para cuidar da

questão, conforme prevê a Constituição.

Segundo Gerd Sparovek, do Laboratório de

Planejamento de Uso do Solo e

Conservação (Geolab), da Escola Superior

de Agricultura, da USP, a área possível de

cadastramento tomou por base o Censo

Agropecuário Brasileiro de 2006, do IBGE, que

já divulgou novo censo no mês passado, com

dados de 2017.

- Os levantamentos censitários do IBGE não

cobrem todas as áreas em que há imóveis ou

posses rurais. Assim, a área cadastrável ficou

subestimada. Há os registros sobrepostos que

levam à dupla contagem, além da grande

quantidade de registros em unidades de

conservação, terras indígenas em que a

presença de imóveis rurais privados deveria

ser exceção. Além disso, temos no Brasil em

torno de 17% do território sem registro

fundiário algum.

Evitar sobreposição

O Cadastro Ambiental Rural foi criado por lei

em 2012 e regulamentado em 2014 para

integrar informações ambientais, em relação

às áreas de preservação e reserva legal, para

o planejamento ambiental e o combate ao

desmatamento. Segundo Jaíne Cubas, diretora

de Cadastro e Fomento Florestal do Serviço

Florestal Brasileiro, o cadastro vem sendo

aperfeiçoado para diminuir a sobreposição,

mas não foi feito para regularização fundiária:

- Como o cadastro é autodeclaratório, vai ter

sobreposição. Estamos trabalhando para

qualificá-lo e diminuir o erro.

Está em desenvolvimento no Serviço Florestal,

segundo Jaíne, uma forma de limitar a

sobreposição em 10% para pequenos

proprietários, 5% para os médios e 3% para

os grandes.

- O benefício do cadastro é conhecer a

propriedade rural para saber quais áreas

podem ser usadas para agricultura, além de

ele ser obrigatório para acesso a crédito rural

(subsidiado) e servir de ferramenta para

políticas ambientais.

Sparovek diz que esse excesso de terras

cadastradas diminui a eficácia do CAR para o

Código Florestal.

- A sobreposição no cadastro indica incerteza

sobre a questão fundiária, sobre quem é o

legítimo detentor da propriedade. Não é

possível saber a quem cabe a responsabilidade

de regularização ambiental. O CAR trouxe à

tona o tamanho do problema. A solução pode

não ser simples e muito menos pacífica; pode

envolver equacionar conflitos fundiários e

grilagem de terras. Isto certamente vai

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Grupo de Comunicação

atrasar a implementação do CAR e seus

benefícios.

Segundo Bastiaan Reydon, do Grupo de

Governança de Terras da Unicamp, a ideia do

governo de usar autodeclaração para

assentamentos rurais não é ruim:

- O problema é que abre uma brecha para

todo mundo entrar nela. Já tinham acabado

com a obrigatoriedade de comprovar a

anuência de seus vizinhos. É perigoso, pode

potencializar a grilagem.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33176118&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Vale do Ribeira

Data: 03/11/2019

Polícia ambiental apreendeu balão de 18 metros na zona rural de Tremembé

Polícia foi acionada por moradores do bairro

Aterrado, na zona rural, que alertaram que

baão havia caído em uma propriedade.

Ninguém foi preso.

Por G1 Vale do Paraíba e Região

Um balão de 18 metros foi apreendido pela

Polícia Militar Ambiental em Tremembé

neste domingo (3).

De acordo com a polícia, eles foram acionados

por moradores que alertaram que o balão

havia caído em uma propriedade e baloeiros

tentavam o resgate em uma propriedade no

bairro Aterrado, na zona rural.

Ao chegarem ao local a polícia não encontrou

o grupo, mas conseguiu apreender o balão e

alguns equipamentos usados pelo grupo. A PM

informou que chegou a fazer buscas na mata,

mas ninguém foi encontrado.

Os objetos foram levados pela PM, que é

responsável pela destruição. A pena prevista,

caso o autor do lançamento seja identificado,

é a detenção de um a três anos, multa ou

ambas cumulativamente.

https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-

regiao/noticia/2019/11/03/policia-ambiental-

apreendeu-balao-de-18-metros-na-zona-rural-

de-tremembe.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jota

Data: 04/11/2019

Desenvolvimento empresarial por meio

da autorregulação como medida de

compliance

Autorregulação representa um sistema próprio

e maduro que só traz benefícios às empresas

e à sociedade

Carolina Alencar Marchesano

Cada vez mais, o Compliance resta

evidenciado nas manchetes nacionais como

resposta direta à atual insegurança jurídica,

política e econômica do Brasil, representando

verdadeira tendência a ser seguida para o

correto e prudente desenvolvimento

empresarial do país.

Sabe-se que o instituto reflete um conjunto de

ações e de procedimentos pelos quais se

busca o contínuo crescimento social e

econômico de determinado ramo da indústria

por meio da observância e do cumprimento

das regras vigentes relacionadas ao seu objeto

de atuação, com fundamento no princípio da

integridade corporativa.

Existe, há tempos, na seara internacional, mas

revelou-se no Brasil principalmente após o

julgamento da Ação Penal 470 – Mensalão e,

posteriormente, com a Operação Lava-Jato.

Os acontecimentos decorrentes dos

escândalos de corrupção e de crimes

relacionados impulsionaram a promulgação e

a devida exposição à denominada “Lei

Anticorrupção” – Lei Nº 12.846/13 e sua

decorrente regulamentação por meio do

Decreto nº 8.420/15, visando a uma maior e

mais severa responsabilização administrativa

de pessoas jurídicas por atos ilícitos

envolvendo vantagens indevidas a

funcionários públicos nacionais e estrangeiros

e exigindo medidas de prevenção por parte

das corporações.

A partir daí, a repercussão do Compliance

cresceu de forma correspondente à

arquitetura jurídica sob a qual as companhias

e respectivos gestores passaram a estar

submetidos. Mas, além disso, todo esse

cenário acabou por dar visibilidade a

ramificações e demais institutos empresariais

de autogestão, como o da Autorregulação,

considerada tendência para a contínua

evolução economicamente sustentável do

âmbito empresarial.

Não se pode ignorar que o aumento

progressivo da complexidade social e o

desenvolvimento tecnológico aliado ao

processo de globalização retiraram, em parte,

a capacidade do Estado de controlar de forma

adequada as organizações. Embora a evidente

necessidade de controle estatal acerca da

atuação das empresas, o governo passou

recorrer, cada vez mais, ao auxílio da esfera

privada, incluindo medidas relacionadas ao

sistema de Autorregulação.

Isso porque um dos principais diferenciais da

Autorregulação é o seu enforcement,

considerando que, por ser aplicada pela seara

privada, possui proximidade com a atividade

autorregulada, com maior e melhor

conhecimento técnico e prático para criação de

regras pertinentes às demandas de mercado,

o que, para Nelson Eizirik, possibilita uma

atuação mais assertiva, eficaz e célere se

comparada à da autoridade governamental.1

Pode-se, assim, afirmar que a Autorregulação

representa um braço mais específico do

Compliance e da gestão de riscos voltado às

entidades privadas que exercem atividades de

interesse público – como as pertencentes aos

setores financeiro, publicitário e farmacêutico,

por exemplo.

Tem fundamento nos princípios constitucionais

da liberdade individual, da liberdade de

iniciativa e da propriedade privada, com o

intuito de proporcionar uma gradativa

diminuição da necessidade de intervenção do

governo e de autoridades regulatórias no setor

privado em matérias que não integram a zona

de risco do mercado devido ao trabalho das

empresas.

Consiste, dessa forma, na organização coletiva

de determinado setor do mercado com a

finalidade de alinhamento de melhores

práticas do respectivo ramo empresarial.

Segundo YAZBEK, a Autorregulação resulta da

“institucionalização de relações antes

meramente contratuais”2, com a finalidade de

aprimorar os serviços prestados pelas

empresas e, consequentemente, elevar a

credibilidade e reputação do setor no qual

atuam.

Representa total relação com o Compliance,

uma vez que a Autorregulação dispõe dos

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Grupo de Comunicação

mesmos objetivos, princípios e métodos,

como, por exemplo: (i) comprometimento do

corpo diretivo e da alta direção das empresas

com os normativos internos; (ii) alinhamento

das regras às estratégias e aos objetivos de

negócio da organização; (iii) alocação de

recursos próprios para desenvolvimento,

implementação, manutenção e melhoria do

sistema; e (Iv) mapeamento de riscos e

antecipação de demandas para elevação da

qualidade das práticas e serviços.

A respeito da ligação do instituto com os

escândalos de corrupção e ilícitos conexos,

Renato de Mello Jorge Silveira afirma que

“trabalha-se, no âmbito penal econômico, com

um estímulo à empresa não cometer ilícito,

autogerindo-se3”. Mas, além de fortalecer as

corporações com assuntos de Direito Penal

Econômico, tem-se que a Autorregulação

também prepara as empresas para questões

regulatórias e administrativas complexas.

Há, assim, a coexistência das normas de um

sistema de Autorregulação, do Ordenamento

Jurídico e do Direito Administrativo

Sancionador, que caminham na mesma

direção. Por estar sempre baseada nos

alicerces da sociedade, assim como em todas

as fontes do Direito – leis, costumes,

jurisprudência e doutrina – a Autorregulação

encontra, neles, os seus limites, nunca os

contrariando, representando uma extensão

normativa que visa à definição e à obediência

de regras de convivência de seus integrantes,

para estabelecimento de elevado padrão de

atuação em prol de um interesse comum

maior.

A respeito, importante mencionar que existem

duas subdivisões do conceito de

Autorregulação pertinentes de estudo:

“Autorregulação Voluntária” e “Autorregulação

de Base Legal (Autorregulação Regulada)”.

A “Autorregulação de Base Voluntária” é

aquela que não advém do governo e não

passível de imposição por parte do Estado,

enquadrando-se no conceito mais genérico do

sistema. Resulta de uma iniciativa organizada

de agentes ou entidades de mercado de

autorregularem formalmente sua atuação

mediante a adoção de regras e de

mecanismos de solução de conflitos e de

antecipação de demandas.

Trata-se, assim, de um sistema de adesão

voluntária de integrantes de um mesmo

mercado que se unem a fim de elevar a

qualidade dos serviços e produtos do setor

como um todo e, consequentemente, sua

imagem e credibilidade perante a sociedade,

dispondo de regras próprias e cobrando um

dos outros o cumprimento das normas

acordadas previamente entre eles.

As regras são frutos de um consenso dos

membros e associados do setor e refletem um

entendimento e pensamento geral. Sua

introdução é precedida de ampla discussão

para colher opiniões e evitar surpresas quando

do monitoramento e supervisão do sistema e

eventual aplicação de penalidade.

Um exemplo de sistema de Autorregulação de

Base Voluntária ocorre com a atuação da

FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos,

com regras internas em vigor desde 2008 para

cumprimento por parte de Instituições

Financeiras signatárias.

Já a “Autorregulação de Base Legal” ou

“Autorregulação Regulada” refere-se àquela

decorrente de delegação estatal, por meio da

qual o órgão regulador atribui ao julgamento e

à discricionariedade das próprias instituições

reguladas o poder e o ônus de efetuarem a

supervisão e de prevenirem violações às

normas legais.4 É mais comum no exterior,

mas pode ser verificada no Brasil no âmbito do

mercado de capitais.

No caso, Comissão de Valores Mobiliários,

criada pela Lei 6.385/76, é responsável pela

integridade do funcionamento do mercado de

capitais brasileiro, exercendo sua regulação e

fiscalização. Apesar da competência conferida

à CVM, a Lei 6.385/76 concedeu autonomia e

poderes de Autorregulação às Bolsas de

Valores, Bolsas de Mercadorias e Futuros

(BSM/B3), entidades do mercado de balcão

organizado e entidades de compensação e

liquidação.

A BSM – BM&FBOVESPA Supervisão de

Mercados, voltada à atividade de investimento

e Autorregulação de mercado de capitais,

possui seu sistema de Autorregulação desde

2007.

Qualquer que seja a modalidade, pode-se

concluir que a Autorregulação representa um

sistema próprio e maduro que só traz

benefícios às empresas e à sociedade como

resultado da solidificação dos preceitos do

Compliance a partir de novos riscos oriundos

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do dinamismo do capitalismo em paralelo ao

aumento da globalização.

Esses benefícios trazidos à atividade

empresarial com a criação e implementação

de programas de Compliance e de Sistemas de

Autorregulação são destacados como forma de

incentivo ao desenvolvimento de uma nova

cultura das relações entre Estado e empresa,

que agrega valor ao negócio e assegura a

sobrevivência da empresa e sua consequente

função social.

Referências

EIZIRIK, Nelson, “Regulação e Auto-regulação

do Mercado de Valores Mobiliários”, in

Questões de Direito Societário e Mercado de

Capitais. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p.

130.

MOREIRA, Vital. Autorregulação Profissional e

Administração Pública. Almedina, Coimbra,

1997.

SILVEIRA, Renato de Mello Jorge; Saad-Diniz,

Eduardo. Compliance, direito penal e lei

anticorrupção. São Paulo: Saraiva, 2015.

YAZBEK, Otávio. Regulação do Mercado

Financeiro e de Capitais. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2007.

———————————————-

1EIZIRIK, Nelson, “Regulação e Auto-

regulação do Mercado de Valores Mobiliários”,

in Questões de Direito Societário e Mercado de

Capitais. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p.

130.

2YAZBEK, Otávio. Regulação do Mercado

Financeiro e de Capitais. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2007.

3SILVEIRA, Renato de Mello Jorge; Saad-

Diniz, Eduardo. Compliance, direito penal e lei

anticorrupção. São Paulo: Saraiva, 2015, p.

72.

4MOREIRA, Vital. Autorregulação Profissional e

Administração Pública. Almedina, Coimbra,

1997.

CAROLINA ALENCAR MARCHESANO –

Graduada em Direito pela PUC-SP, pós-

graduada em Gestão de Riscos de Fraudes e

Compliance pela Fundação Instituto de

Administração (FIA - USP) e pós-graduada em

Compliance pela Porto Business School, escola

de negócios da Universidade do Porto, de

Portugal. Atualmente, cursa especialização em

Direito Penal Econômico na Faculdade de

Direito da USP em parceria com o IASP -

Instituto dos Advogados de São Paulo. Atua há

7 (sete) anos nas áreas de Compliance, Direito

Regulatório e Direito Penal Empresarial. É

advogada nas áreas de Compliance e

Autorregulação Bancária na Federação

Brasileira de Bancos – FEBRABAN.

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/artigos/desenvolvimento-empresarial-

por-meio-da-autorregulacao-como-medida-de-

compliance-04112019

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Veículo: G1 Natureza

Data: 03/11/2019

Como a Europa multiplicou suas florestas

(e por que isso pode ser um problema)

Só nos últimos 30 anos, a área florestal

europeia foi ampliada em uma área

equivalente ao tamanho do Uruguai, mas isso

não é de todo benéfico, apontam estudos

recentes.

Por Rafael Barifouse, BBC

Landes é maior floresta já criada pelo homem na Europa ocidental — Foto: Getty Images/BBC

Ao caminhar pela Floresta de Landes, no

sudoeste da França, é difícil imaginar que

todos aqueles pinheiros não estavam ali há

dois séculos. A área de 14 mil km² era uma

região pantanosa cercada por dunas. A partir

do século 19, começaram a ser plantadas

árvores para produzir madeira e resina.

Hoje, Landes é não apenas a maior floresta da

França, mas também a maior já criada pelo

homem na Europa ocidental — e um bom

exemplo para explicar como a Europa ficou

mais verde.

Dados da Agência Ambiental Europeia (EEA,

na sigla em inglês) apontam que, desde 1990,

o continente ganhou ao menos 170 mil km² de

florestas, área equivalente à do Uruguai, uma

expansão de pouco mais de 10% da área total

até então.

Mas esse processo vem ocorrendo há mais

tempo, diz Annemarie Bastrup-Birk,

especialista em florestas da EEA. "Os últimos

200 anos da Europa são uma história de

florestamento", afirma ela, em referência ao

método de criação de áreas verdes em regiões

que antes não eram ocupadas por florestas,

por meio do cultivo de árvores.

Originalmente, a vegetação natural europeia

era formada por florestas, explica Bastrup-

Birk. Mas, com a colonização do continente,

elas foram derrubadas para usar sua madeira

para construção, produção de energia,

aquecimento, fabricação de móveis, entre

outras atividades.

"Diante da necessidade de obter mais

madeira, o que restava passou a ser

preservado e também se começou a plantar

árvores para atender a essa demanda de

forma planejada."

Assim, enquanto a área florestal europeia

perdeu, entre 1750 e 1850, cerca de 190 mil

km², de 1850 até os dias de hoje cresceu

cerca de 386 mil km². Hoje, é 10% maior do

que antes da Revolução Industrial.

As florestas da Europa ganharam destaque em

meio à crise gerada pela suspensão de

repasses para projetos de conservação

ambiental por Alemanha e Noruega.

Esses e outros países europeus criticaram a

política ambiental do governo de Jair

Bolsonaro (PSL), especialmente após o

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe) apontar um aumento acentuado do

desmatamento na Floresta Amazônica neste

ano.

Entre janeiro e setembro, houve um

crescimento de 92,7% em comparação com o

mesmo período de 2018, de acordo com os

dados mais recentes.

Em reação, o presidente disse que gostaria de

"mandar um recado" à chanceler alemã,

Angela Merkel, que suspendeu um

financiamento de US$ 80 milhões para

projetos de proteção da Amazônia. "Pegue

essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá

está precisando muito mais do que aqui",

afirmou em agosto.

Um mês antes, o presidente já havia

questionado a autoridade de Merkel e do

presidente francês, Emmanuel Macron, de

criticar a política ambiental brasileira.

"Sobrevoei a Europa por duas vezes e não

encontrei 1 km² de floresta", disse.

Em 2007, o ex-presidente Lula fez declarações

semelhantes ao afirmar que o Brasil "ainda

tem 69% da sua mata original preservada,

enquanto os países ricos, que tentam nos dar

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lição, só têm 0,3% das suas florestas

preservadas".

Menor uso de madeira e êxodo rural

No entanto, florestas ocupam hoje 1,8 milhão

de km² da Europa — ou 43% de todo o

continente, o que faz dele uma das regiões do

mundo mais ricas em florestas, de acordo com

a EEA.

De fato, grande parte da vegetação original

não existe mais: apenas 3% da área total de

florestas na Europa é de mata nativa, segundo

a EEA.

Florestas cobrem hoje uma área 10% maior do que antes da Revolução Industrial na Europa — Foto: Getty Images via BBC

A maior parte do que existe hoje se deve ao

florestamento, mas não só. Mais

recentemente, especialmente desde 2000,

vem ocorrendo uma expansão natural das

florestas já existentes.

Uma combinação de fatores permitiu a volta

das árvores. "Com a eletricidade e os

combustíveis fósseis, o consumo de madeira

caiu drasticamente", diz Bastrup-Birk.

Ao mesmo tempo, esse crescimento florestal

foi favorecido pelo êxodo das zonas rurais

para as urbanas, explica o diretor-adjunto

para florestas do World Resources Institute

(WRI), organização não governamental

dedicada a pesquisas na área ambiental.

"Em países como Espanha e Itália, há vilarejos

que estão sendo abandonados, assim como

campos de cultivos menores, porque o preço

destes produtos não está alto, e seus donos os

vendem e vão para as cidades em busca de

empregos", afirma Stolle.

"Também há uma preocupação maior de

muitas prefeituras de criar áreas verdes e

ampliar as florestas em suas cidades e nas

regiões do entorno para o proveito dos

moradores e para atrair turistas."

Impactos negativos no meio ambiente

Mas a expansão das florestas não é

acompanhada apenas por boas notícias e

pode, inclusive, não ser de todo benéfica, de

acordo com estudos recentes.

Uma pesquisa da União Internacional pela

Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em

inglês), organização britânica que monitora o

status de espécies biológicas, aponta que,

entre as 454 espécies de árvores nativas da

Europa, 42% estão ameaçadas de extinção no

continente.

Entre as espécies endêmicas, aquelas que não

existem em nenhum outro lugar do mundo, a

situação é ainda pior: 58% estão ameaçadas.

Isso se deve à perda ou destruição de áreas

naturais e pelo avanço da agricultura e de

espécies invasoras e as mudanças climáticas,

diz o estudo.

"Isso mostra a terrível situação de muitas

espécies negligenciadas e subvalorizadas que

formam a espinha dorsal dos ecossistemas da

Europa e contribuem para um planeta

saudável", diz Luc Bas, diretor do escritório

europeu da IUCN.

Ao mesmo tempo, a ideia de que plantar

árvores ajuda a combater as mudanças

climáticas porque elas absorvem carbono foi

questionada por outra pesquisa, publicada em

2016 na revista Science.

Cientistas apontam que, na Europa, árvores

cultivadas intensificaram o aquecimento

global. Eles afirmam que a substituição de

espécies de folhas largas, como carvalhos, por

coníferas, como pinheiros, é uma das

principais razões do impacto negativo.

Espécies de árvores coníferas, como os pinheiros, absorvem mais radiação e contribuem para aquecimento global, aponta estudo — Foto: Getty Images via BBC

Nos últimos 150 anos, privilegiou-se o cultivo

de árvores de crescimento mais rápido e maior

valor comercial, como coníferas. Por outro

lado, estas espécies são geralmente mais

escuras e absorvem mais calor do que árvores

de folhas largas.

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"Devido à mudança para espécies de

coníferas, houve um aquecimento na Europa

de quase 0,12°C, porque as coníferas

absorvem mais radiação solar", afirma Kim

Naudts, principal autora do estudo.

Os pesquisadores afirmam que este aumento

equivale a 6% do aquecimento global

atribuído à queima de combustíveis fósseis e

que impactos semelhantes são prováveis em

regiões onde ocorreu o mesmo tipo de

florestamento. Por isso, sugerem ser

necessário examinar com cuidado os tipos de

árvores que são plantadas.

'Nem sempre plantar árvores é uma boa

ideia'

Bastrup-Birk, da EEA, diz que o resultado

deste estudo é relevante, mas ressalta que

leva em conta apenas um aspecto destes

ecossistemas.

"Florestas são multifuncionais, porque retiram

carbono da atmosfera e o estocam, promovem

uma maior biodiversidade, impactam a

qualidade de vida. Então, precisamos olhar

para isso", afirma especialista.

"Mas este estudo reforça que não basta

plantar árvores. É importante saber o que e

onde plantar e fazer um melhor

gerenciamento florestal para termos os

melhores resultados possíveis daqui a 50 ou

100 anos, que é o tempo que se leva para

formar uma nova floresta."

A expansão das florestas também deve ter um

limite, diz Stolle, da WRI, para que não seja

negligenciada a necessidade de cultivar

alimentos para uma população mundial que

cresce em ritmo acelerado.

"Precisaremos produzir mais comida para

suprir as necessidades de quase 10 bilhões de

pessoas em 2050. Os cálculos apontam que

será necessária para isso uma área extra

equivalente a quase duas vezes o tamanho da

Índia em relação à área usada globalmente

para agricultura em 2010, e o mundo tem

uma quantidade de terras limitadas", afirma

Stolle.

"Então, plantar árvores nem sempre é uma

boa coisa, se fizermos isso em um solo que é

bom para a agricultura. Locais assim devem

continuar produzindo."

Esse é um dos motivos pelos quais Bastrup-

Birk acredita que o aumento da área florestal

na Europa esteja se mantendo estável nos

últimos anos. "Talvez tenhamos atingido seu

pico, porque a terra deve ter outros usos.

Precisamos buscar um equilíbrio."

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

1/03/como-a-europa-multiplicou-suas-

florestas-e-por-que-isso-pode-ser-um-

problema.ghtml

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Veículo: Época

Data: 04/11/2019

A Mancha Ambiental Que Ameaça O

Turismo Nordestino

Sem resposta eficaz do governo, o óleo que se

alastrou pelo litoral da região coloca em xeque

a atividade econômica no verão

Glauce Cavalcanti, Leandro Prazeres e Bárbara

Nóbrega

Na tarde da quinta-feira 10 de outubro, o

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se

reunia, em Brasília, com os integrantes do

Conselho Nacional do Meio Ambiente

(Conama), que estabelece normas ambientais

a serem seguidas em políticas públicas.

Questionado sobre a falta de resultado das

ações para conter o vazamento de óleo que

afetava então 130 praias do Nordeste, Salles

negou que o trabalho executado até aquele

momento fora ineficaz. “Não é verdade que as

medidas são insuficientes ou incipientes. São

as medidas que devem ser tomadas.

Infelizmente, como é um acidente, ou

incidente, nós não podemos controlar a causa,

a causa é desconhecida. O que nós podemos

fazer é mitigar os efeitos”, respondeu o

ministro. Vinte dias depois, em 30 de outubro,

282 praias haviam sido atingidas por dejetos

de óleo em 97 municípios dos nove estados da

região, num raio de mais de 2 mil quilômetros,

resultando num prejuízo ecológico ainda

incalculável. Na quinta-feira 31, as manchas

haviam desaparecido de quatro estados. Mas

não há garantias de que não retornarão. Como

resultado, o vazamento, de origem

desconhecida — apenas se sabe que o óleo é

similar ao encontrado em poços venezuelanos

—, coloca em xeque a sobrevivência

econômica da região justamente no período do

ano em que há maior fluxo de turistas, o

verão.

No estado da Bahia, a Ilha de Boipeba faz

parte do Arquipélago de Tinharé, onde

também se situa a famosa Praia de Morro de

São Paulo, ambas no município de Cairu. A

ilha, que foi reconhecida pela Unesco como

Reserva da Biosfera e Patrimônio da

Humanidade, é destino de turistas que

chegam em busca das praias paradisíacas,

sobretudo na alta temporada. Para acessá-la,

é necessário o transporte em barcos ou em

aeronaves modelo monomotor. Na ilha, a

locomoção é feita a pé. A pousada de luxo

Mangabeira, situada à beira-mar, possui 11

bangalôs e uma casa e já sentiu os efeitos do

vazamento. Na última semana, metade das

reservas foi cancelada. As diárias custam em

torno de R$ 1.500 na alta temporada. “Ainda

não sabemos o que vai acontecer. Nesta

época, as pessoas começam a procurar mais a

Região Nordeste. Mas será que desse jeito

elas vão vir para cá? Acho que não”, disse a

empresária Juliana Caruso, proprietária da

pousada. Ela afirmou que, diante da incerteza,

não contratará funcionários extras para o

verão.

Manchas de óleo em Sítio do Conde, na Bahia, um dos estados mais atingidos pelo vazamento. Foto: Adriano Machado / Reuters

A cadeia da crise se retroalimenta. O bar

Pontal do Bainema, que fica próximo a Moreré,

uma das principais praias de Boipeba, é

administrado pela empresária Melissa Ferreira.

Como os turistas não consomem mais peixes e

mariscos por medo de estarem contaminados,

ela decidiu não comprar mais dos pescadores.

“No final de outubro, já começa a dobrar

nosso faturamento, por ser temporada. Mas,

em vez de dobrar, caiu 90%, e há dias em que

não temos faturamento algum. Tem um

polvejador ( vendedor de polvos ) que sempre

vem me trazer o produto. Pela primeira vez

em cinco anos, não comprei. Ele falou que tem

se alimentado do polvo, que pode estar

contaminado, para poder sobreviver”, relatou

a empresária.

Em Salvador, parada obrigatória não só para

turistas que visitam a capital, mas também

para aqueles que se dirigem ao litoral baiano,

as manchas atingiram mais de 15 praias, e a

expectativa é que haja um impacto negativo

no período do Ano-Novo. A taxa de ocupação

dos 40 mil leitos hoteleiros na capital baiana

em outubro foi de 68%, 7 pontos percentuais

a mais que no ano passado, segundo dados da

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis

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(ABIH), mas a perspectiva é que o

crescimento não se mantenha no mesmo

patamar. “Todo o setor está temeroso, porque

este é o período em que está começando a

alta temporada. É o momento em que esse

segmento, que vem passando por uma crise

há alguns anos, consegue caixa para manter

os equipamentos abertos no restante do ano”,

afirmou o presidente da ABIH na Bahia,

Glicério Lemos.

Agências de viagens, como é o caso da rede

CVC, afirmam que ainda não detectaram

queda nas vendas. Mas, além da Bahia,

estados como Alagoas e Rio Grande do Norte

também relatam queda pontual nas reservas.

“Na praia, o óleo vem e é limpo em no

máximo 48 horas. A qualidade da água está

sendo monitorada diariamente. Mas o

problema acabou? Vai chegar mais aonde?

Essas perguntas sem resposta geram

incerteza”, destacou Milton Vasconcelos,

presidente do escritório alagoano da ABIH.

Um levantamento feito pelo buscador de

viagens Kayak a pedido de ÉPOCA mostra

desaceleração no ritmo das reservas em

relação ao ano passado. Nas procuras feitas

em outubro para viagens na alta temporada —

entre 1º de novembro de 2019 e 5 de janeiro

de 2020 —, houve aumento de 30% para

destinos do Nordeste, como Salvador, Aracaju,

Recife, Maceió, João Pessoa, Fortaleza e São

Luís. No mesmo período do ano passado, a

alta registrada era de 52%.

No centro da preocupação da cadeia turística

está também a crise de imagem que o

desastre ambiental traz, poucos meses depois

de outro episódio envolvendo recursos

naturais: as queimadas na Amazônia. O Brasil

vem adotando programas de facilitação de

entrada para visitantes estrangeiros no país. A

vinda de turistas americanos, canadenses e

australianos, que passaram a contar com

isenção de vistos, cresceu 25% de junho a

agosto em relação ao mesmo período de

2018. “É uma sinalização ruim para o turismo

internacional. Mais de 60% dos estrangeiros

que visitam o Brasil vêm em busca de sol e

praia. Junta o efeito das queimadas na

Amazônia, a resistência a visitantes gays e o

óleo nas praias. É mais um tema que se soma

a uma lista negativa”, alertou Jeanine Pires,

consultora de turismo e ex-presidente da

Embratur.

“NO CENTRO DA PREOCUPAÇÃO DA CADEIA

TURÍSTICA ESTÁ TAMBÉM A CRISE DE IMAGEM QUE O DESASTRE AMBIENTAL TRAZ, POUCOS MESES DEPOIS DE OUTRO EPISÓDIO ENVOLVENDO RECURSOS NATURAIS: AS QUEIMADAS NA

AMAZÔNIA”

A desaceleração preocupa principalmente

porque, em tempos de crise e aperto

financeiro, turistas priorizam viagens

domésticas, para fazer o gasto caber no bolso.

Secretarias de turismo, de meio ambiente,

empresários de hotéis, restaurantes e

agências de viagens têm trabalhado em

parceria nos destinos afetados pelo óleo em

duas frentes: cobrar medidas e atuação do

governo federal e montar ações para limpar as

praias atingidas. Na última semana, em visita

a Porto de Galinhas, em Pernambuco, o

ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio,

anunciou R$ 200 milhões em recursos do

Fundo Geral de Turismo (Fungetur) em linha

de crédito para ajudar pequenos empresários

do setor “a superar um possível período de

retração de suas atividades”. Mas, para além

do dinheiro, há críticas de que a assistência

oferecida pelo governo federal e pelas

autoridades locais tem estado aquém do

necessário.

“Há 12 dias eu estava em casa cuidando das

minhas coisas, dos stand ups que tenho para

alugar, e escutei uma mensagem chegar no

WhatsApp. Eu já estava tendo pesadelo havia

uns três dias, porque sabia que esse óleo iria

chegar aqui. Saí de casa e fiz meu percurso

diário. Remei quase 5 quilômetros para chegar

à praia, passei pelo manguezal e vi o óleo. Em

um primeiro momento, uma pequena

quantidade do material, depois vi uma

quantidade gigantesca. Fui desesperado pedir

a ajuda de uma lancha que estava perto do

lugar e chamei também meus amigos para

recolhermos o óleo. Até então nenhum deles

tinha visto. Só em um cacho de ostra, eu tirei

quase 1 tonelada de óleo. A outra parte vi

mais à frente, perto da vegetação do

mangue.”

O relato de Vandécio Sebastião de Santana,

instrutor de stand up paddle em Suape,

Pernambuco, é um emblema do que

enfrentam os comerciantes locais que se veem

forçados a retirar com as próprias mãos os

dejetos da área. Filho de um pescador e de

uma marisqueira, Santana contou que, além

de espantar turistas, as manchas de óleo

trouxeram contaminação, sem que houvesse

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auxílio correto das autoridades. “Já estamos

com a pele descascando, não temos a

assistência de um médico para ver se estamos

contaminados. Não existe uma área de

desinfecção. Só recebemos o almoço, e os

EPIs ( equipamentos de proteção individual )

não incluem máscara química nem macacão”,

contou.

“A FALTA DE ESTRUTURA PARA O TRABALHO DO VOLUNTARIADO E DAS PRÓPRIAS EQUIPES DE

CONTENÇÃO DO DESASTRE É ASSOCIADA, POR TÉCNICOS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, ÀS MUDANÇAS NA GESTÃO DA PASTA PROMOVIDAS PELO MINISTRO RICARDO SALLES”

A falta de estrutura para o trabalho do

voluntariado e das próprias equipes de

contenção do desastre é associada, por

técnicos do Ministério do Meio Ambiente, às

mudanças na gestão da pasta promovidas pelo

ministro Ricardo Salles. O ministro tem

restringido o acesso de técnicos ao trabalho no

desastre e proibido o fornecimento de

informações a servidores abaixo do segundo

escalão. Segundo servidores da pasta ouvidos

por ÉPOCA, entre as medidas que poderiam

ter sido tomadas pelo ministro de forma

imediata estava acionar o Plano Nacional de

Contingência (PNC), protocolo responsável por

organizar, dentro da burocracia federal, uma

ação de resposta a tragédias como o

vazamento. O Plano, contudo, foi acionado

apenas em 11 de outubro, 41 dias após o

aparecimento das manchas. O PNC é o

mecanismo que abre a possibilidade de

transferir recursos do orçamento para a

compra de EPIs, por exemplo, que garantem a

proteção de voluntários como o instrutor

Santana, de Suape. Outra medida considerada

praxe em casos de vazamento é a reunião do

Comitê Executivo do Ministério, que engloba

todas as áreas. Desde o desastre, nenhuma foi

convocada.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em Sergipe, faz vistoria em locais afetados pelo vazamento. A pouca eficácia da ação do governo suscitou críticas de voluntários, que acabaram trabalhando sem a organização de autoridades competentes. Foto: Reprodução

Servidores alegam haver um clima de

perseguição dentro da pasta, em razão de a

maioria ter trabalhado ali durante as gestões

petistas. Como são funcionários de carreira e

não podem ser deslocados de área, afirmam

ser alvo de isolamento. A falta de confiança

interna se agravou ainda mais depois que

Salles exonerou a maioria dos então diretores

do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

(Ibama) e do Instituto Chico Mendes de

Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e

nomeou, no lugar, policiais militares de São

Paulo que atuavam em sua gestão como

secretário de Meio Ambiente do estado. Faz

parte desse grupo o atual diretor de proteção,

Olivaldi Azevedo, que é major da Polícia Militar

paulista.

Um servidor do Ibama disse, sob a condição

de anonimato, que, desde o início dos

vazamentos de óleo no Nordeste, um dos

episódios que causaram mais desconforto no

órgão foi o sigilo imposto a três relatórios da

Petrobras contendo análises químicas sobre o

óleo encontrado nas praias. Os documentos

foram enviados pela estatal ao Ibama em

setembro. A Petrobras pediu que fosse

mantido o sigilo dos papéis dentro do próprio

órgão — que o acatou, causando surpresa aos

técnicos que trabalhavam justamente na

operação do vazamento.

Após o derramamento de óleo na Baía de Guanabara, em 2000, procedimentos e protocolos foram criados para o

caso de o desastre se repetir. Técnicos ambientais reclamam que agora o governo não acionou as ferramentas disponíveis. Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Procurada, a coordenadora-geral de

emergências do Ibama, Fernanda Pirillo, disse

que a decisão de manter sigilo sobre os

relatórios da Petrobras foi tomada após uma

consulta ao setor de inteligência do órgão.

“Em um segundo momento, a gente chegou a

sugerir à Petrobras que o documento fosse

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tornado público, mas a Petrobras insistiu na

manutenção do sigilo”, disse.

Para mitigar os efeitos do desastre mesmo

sem a certeza das causas do aparecimento do

óleo, capitais do Nordeste têm usado os

recursos que possuem. Em Maceió, foi

instalado um observatório com monitoramento

permanente da situação das praias. A

prefeitura ainda disponibilizou vídeos em redes

sociais para mostrar o litoral limpo. É

estratégia similar à adotada pela Associação

Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que

publicou vídeos ao longo da última semana

com relatos de guias locais mostrando as

praias de Maragogi, em Alagoas, Maracaípe,

em Pernambuco, e Guarajuba, na Bahia,

também limpas. “Continuamos monitorando

diariamente há umas três semanas e não há

registro de cancelamentos em nossas

agências. O aquecimento das vendas da

temporada só acontece, em geral, a partir da

segunda quinzena de novembro, quando

esperamos que a operação de limpeza já

esteja concluída”, disse a entidade.

https://epoca.globo.com/brasil/a-mancha-

ambiental-que-ameaca-turismo-nordestino-1-

24054776

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Grupo de Comunicação

Veículo: Isto É

Data: 04/11/2019

O ministro sem noção

Ricardo Salles faz de seu Ministério uma

trincheira ideológica. Enquanto bate-boca nas

redes, o governo negligencia em ações

concretas no combate a desastres ambientais

GUERRA Em plena crise do petróleo, Ricardo Salles ataca o Greenpeace e a Venezuela: antes, os vilões eram o javali e o MST (Crédito: Marcos Corrêa/PR)

Marcos Strecker

Em um ano marcado por desastres ambientais

— Brumadinho, queimadas na Amazônia e

derramamento de petróleo no litoral —, seria

crucial contar com um Ministério do Meio

Ambiente ativo e eficiente para informar,

orientar e mobilizar órgãos de Estado. Isso é

tudo o que o titular da Pasta, Ricardo Salles,

deixou de fazer. Ao contrário, preferiu investir

na agenda ideológica e em brigas com os

críticos. Como resultado, o combate às

catástrofes é ineficiente ou inexistente, a

economia é prejudicada e a população sofre

com as consequências — entre elas, graves

riscos à saúde.

Atualmente, Salles se lambuza com o óleo que

já atingiu 268 localidades em nove estados do

Nordeste e ameaça o parque marinho de

Abrolhos. Enquanto a tragédia se avolumava

silenciosamente, ele procurava culpados. O

primeiro alvo caiu como uma luva para o

governo Bolsonaro: a Venezuela. O ministro

anunciou que o óleo provinha desse país,

fazendo uma tabela com o presidente, que

chegou a falar em “terrorismo”. Com a reação

negativa, recuou, mas não totalmente. Em

rede nacional de rádio e tevê, 55 dias após o

início do desastre, anunciou que a Venezuela

seria acionada na OEA.

A próxima vítima da retórica ministerial foi o

Greenpeace, que já tinha sido chamado de

“ecoterrorista”. No melhor estilo das teorias

conspiratórias, Salles divulgou em seu perfil

no Twitter que um navio da ONG poderia ser o

responsável pelo derramamento de petróleo

no litoral brasileiro — sem atinar para a falta

de lógica. Uma pequena embarcação não

poderia vazar a quantidade de óleo já

recuperada, que supera mil toneladas. “Tem

umas coincidências na vida, né… Parece que o

navio do #greenpixe estava justamente

navegando em águas internacionais, em frente

ao litoral brasileiro bem na época do

derramamento de óleo venezuelano…”, tuitou.

A gratuidade da insinuação irritou até o

presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que o

questionou. Para ele, o ministro fez uma

“ilação desnecessária”. A ONG disse que o

ministro tentou criar uma “cortina de fumaça”

e entrou com ação no STF.

Já as ações para mitigar o desastre ambiental,

proteger a população, corrigir falhas de

supervisão e buscar racionalmente a origem

do óleo correm lentamente. Para incidentes

dessa natureza, o Ministério tinha um Plano de

Contingência, que deveria ter sido acionado

em 2 de setembro, de acordo com o protocolo.

Mas isso só aconteceu em 11 de outubro, 41

dias depois. Dois comitês que integravam esse

plano foram extintos pelo governo Bolsonaro

em abril.

Situações Vexatórias

O oleogate é apenas o mais recente de uma

sucessão de episódios em que o ocupante da

Pasta se expôs de forma vexatória. Em 2018,

quando tentou se eleger deputado pelo Partido

Novo, Salles apareceu em propagandas

ameaçando a “a esquerda e o PT”, a

“bandidagem no campo” e a “praga do javali”

— a caça ao mamífero é uma de suas

bandeiras, ou, melhor, o seu TOC.

Especializado na área ambiental no país que

tem a maior floresta tropical do mundo,

assumiu o Ministério sem nunca ter visitado a

Amazônia, conforme admitiu. Na função,

criticou cientistas do Inpe, funcionários do

Ibama e ambientalistas. Já enfrentou até um

pedido de impeachment por crime de

responsabilidade e quebra de decoro, de

autoria da Rede — arquivado na semana

passada pelo ministro do STF Edson Fachin.

O estilo panfletário rendeu-lhe frutos. O

ministro incomoda a cúpula do Partido Novo,

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Grupo de Comunicação

mas agrada ao presidente, que o apoia. Junto

como titular da Educação, Abraham

Weintraub, e o das Relações Exteriores,

Ernesto Araújo, Salles faz parte da trinca mais

estridente e sem noção do governo, que

confunde a gestão com propaganda, enquanto

tropeça no dever de casa. Como resultado, o

País tem a imagem arranhada e quem paga a

conta é a população.

https://istoe.com.br/o-ministro-sem-nocao/

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Ataques dos Bolsonaros fazem

Congresso voltar a discutir manobra para

reeleger Maia e Alcolumbre

Certo pelo duvidoso?

Atos e discursos autoritários feitos pelos

Bolsonaros na última semana reavivaram

discussões sobre alterar a Constituição para

permitir a reeleição do atual comando do

Congresso: Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara e

Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado. Um

deputado de centro que era contra a manobra e

agora diz que ela deve ser repensada sustenta

que é preciso proteger o Parlamento. “Uma

forma de fazer é deixá-lo com quem já provou

ter equilíbrio para lidar com situações extremas.”

Areia movediça

A operação é mais complexa na Câmara. Maia

exerce a presidência da Casa pela terceira vez e

há, no meio de seus aliados, quem aponte que

qualquer passo por mais um mandato pode

estremecer o acordo entre o democrata e os

partidos que o apoiam de que um nome do PP

iria sucedê-lo.

Fins e meios

Os críticos da manobra dizem que o Congresso

seria muito criticado por agir com casuísmo,

alterando a lei para atender a um anseio

específico. O temor de que o Legislativo seja

acusado de quebrar a ordem vigente para impor

limites ao governo também é mencionado.

Lição do passado

Já entre os entusiastas da medida há a análise de

que a história recente mostra que, em momentos

de crise, o Parlamento pode errar —e feio— na

escolha de seu comando. Além de Eduardo

Cunha, o nome de Severino Cavalcanti, um

deputado do baixo clero que foi alçado à

presidência após o escândalo do mensalão, é

citado.

Sinal amarelo

O próprio Rodrigo Maia tem dito que não acha

“uma boa ideia” modificar a legislação. Aos

aliados, ele indica que o tema precisa ser

exaustivamente ponderado antes de qualquer

ação. Davi, por sua vez, é mais afeito à

mudança.

TIROTEIO

A confissão de Bolsonaro é grave. É prova de

interesse no caso Marielle, de obstrução de

Justiça e de relações com milícia

Do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), após o

presidente ter dito que pegou gravações de seu

condomínio; ato será alvo de queixa no STF

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/11/04/a

taques-dos-bolsonaros-fazem-congresso-voltar-

a-discutir-manobra-para-reeleger-maia-e-

alcolumbre/

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Maia e Alcolumbre se

reúnem para discutir polêmicas da família

Bolsonaro

Conversa ocorreu após revelação do Jornal

Nacional sobre depoimento de porteiro no Caso

Marielle

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-

RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),

discutiram na semana passada, com outros

integrantes do partido, a forma de reagir a crises

que envolvem o Executivo. A ordem é fugir dos

temas polêmicos e seguir tocando a agenda

econômica no Congresso.

RODA

A conversa ocorreu em um jantar na terça (29),

pouco depois que o Jornal Nacional revelou que o

porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro havia

citado o nome do presidente em um depoimento

no processo que apura o assassinato da morte da

vereadora Marielle Franco.

RODA 2

Na conversa estavam também o prefeito de

Salvador, ACM Neto, que preside o partido, e

outros parlamentares.

DE LADO

De acordo com um dos presentes, a proposta é

tratar publicamente eventuais processos e

investigações que envolvem a família de

Bolsonaro como um problema deles, “sem trazer

isso para perto da gente”. Ou seja, ignorar os

temas sempre que possível.

LÍNGUA SOLTA

Na quinta (31), a regra foi rompida com as

declarações do deputado Eduardo Bolsonaro

(PSL-RJ) de que a resposta a uma hipotética

“radicalização” da esquerda poderia ser o AI-5.

CARONA

Deputados estaduais do Novo e outros partidos

se reuniram para rejeitar a proposta em

tramitação na Assembleia Legislativa de SP

(Alesp) que dá aos parlamentares paulistas

quase R$ 4,2 mil para alugarem carros.

MANOBRA

O valor seria acrescentado aos cerca de R$ 33

mil de verba de gabinete àqueles que abrirem

mão dos veículos da frota oferecida pela

Assembleia Legislativa de SP. O projeto é de

autoria da mesa diretora da casa e deve ser

avaliado nesta terça (5).

CARIMBO

E a Alesp enviou uma moção ao STF que aplaude

a intenção Bolsonaro de indicar um ministro

evangélico à corte. O documento diz que “o tema

homofobia adentra aos meandros de uma

sociedade multipartidária”. E o Supremo

precisaria ter indicação “de pelo menos um

representante da classe evangélica”.

NOVO DIA, NOVO TEMPO

O ator Fabio Assunção é um dos participantes da

mensagem de fim de ano da Globo, que começa

a ser veiculada na segunda quinzena deste mês;

a edição de 2019 tem como conceito a

simplicidade e transforma objetos do cotidiano

como garrafas, colheres e latas em instrumentos

musicais

NO LUCRO

O festival SP Gastronomia, realizado em outubro

pelo governo de São Paulo, teve um impacto

econômico de R$ 203,9 milhões. Para cada R$ 1

investido, o projeto injetou R$ 4,3 na economia.

Os números são de um estudo da FGV

encomendado pela organização Amigos da Arte,

que gere o festival.

RENDA

O levantamento mostra ainda que o poder

público arrecadou R$ 27,8 mi em impostos e que

foram gerados 2.992 postos de trabalho no

estado. No total, foram 200 atividades em 31

dias, com público de 552 mil pessoas —sendo

31,5% turistas.

DÁ CERTO

O secretário de Cultura e Economia Criativa de

SP, Sérgio Sá Leitão, afirma que esses resultados

são uma “demonstração de como a economia

criativa pode contribuir muito para a geração de

renda, emprego e desenvolvimento”. E diz que o

festival será ampliado em 2020.

VIRADA

A Quadra da Escola de Samba Rosas de Ouro vai

promover 24 horas ininterruptas de samba entre

os dias 30 de novembro de 1º de dezembro,

véspera do Dia Nacional do Samba. A

programação contará com o baluarte da

Mangueira, Nelson Sargento, a cantora Leci

Brandão e os sambistas Sombrinha e Toninho

Geraes.

MEMÓRIA

A Geração Editorial começa a distribuir nesta

segunda (4) às livrarias o livro “Trapaça - Saga

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Política no Universo Paralelo Brasileiro”. Nele, o

jornalista Luís Costa Pinto, que fez a entrevista-

bomba de Pedro Collor que culminou no

impeachment do presidente Fernando Collor, em

1993, faz paralelos daquele momento com a

história atual.

MOTE

Um dos fatos pitorescos é que o então senador

Amir Lando abria o relatório da CPI do PC Farias

com a frase “João 8, 32: Conhecerei a verdade, e

a verdade vos libertará”. É a mesma que

Bolsonaro repete semanalmente em suas redes

sociais.

MOLDURA

Um total de 186 obras de artistas como Alfredo

Volpi, Lasar Segall e Mira Schendel será leiloado

no dia 11 deste mês. Elas estão avaliadas em

cerca de R$ 40 milhões.

MOLDURA 2

O evento promovido pelo curador Pedro

Mastrobuono ocorre no clube A Hebraica, onde as

peças ficam expostas a partir desta segunda (4).

Parte da renda obtida será destinada ao Projeto

Felicidade, do rabino Alpern, que atende crianças

com câncer.

CÂMERA, AÇÃO

O ator Paulo Betti dirige e integra o elenco do

filme “A Fera na Selva”, que foi exibido na quinta

(31), no Petra Belas Artes. A atriz Dadá Coelho, o

escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva, o

cineasta Alain Fresnot e o ator Luiz Guilherme

passaram por lá.

CURTO-CIRCUITO

O jornalista e escritor Ricardo Viveiros recebe

nesta segunda (4) o título de Membro Honorário

da Academia Paulista de Educação (APE).

Alana Rox lança o “Diário de uma Vegana 2: O

Despertar”. Às 18h30, na Livraria da Vila da

Fradique Coutinho.

A Faap realiza nesta terça (5), às 20h30, a 16ª

edição do Concurso Faap Moda.

Daniele Pisani lança o livro “O Trianon do MAM ao

Masp”. Nesta terça (5), às 19h30, no IAB-SP.

Karina Buhr faz show no Bona nesta terça (5), às

20h30.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/11/maia-e-alcolumbre-se-reunem-

para-discutir-polemicas-da-familia-

bolsonaro.shtml

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Em nova fase

Com mais produção no pré-sal, Brasil deve evitar

risco ambiental

Se tudo ocorrer conforme o esperado, o leilão

dos excedentes de petróleo na área do pré-sal

em 6 de novembro, a chamada cessão onerosa,

poderá garantir a arrecadação de R$ 106 bilhões

e viabilizar significativo crescimento da produção

nacional nos próximos anos.

Com 12 empresas inscritas até agora, o sucesso

do leilão firmaria a perspectiva de o país figurar

entre os cinco maiores produtores em uma

década. A extração de óleo e gás poderá atingir

ao menos 5 milhões de barris/dia, cerca de 75%

a mais que hoje —e há estimativas de até 7,5

milhões de barris/dia.

Com isso, acredita-se que o país poderá gerar

400 mil empregos no setor nos próximos dois

anos.

Ao contrário da década passada, quando a

Petrobras centralizava quase todo o

investimento, com montantes além de sua

capacidade, desta vez haverá divisão de riscos

entre várias empresas.

Com regras de conteúdo nacional mais flexíveis e

maior atenção a custos, o crescimento promete

ser mais sustentável. As mudanças regulatórias

para garantir maior concorrência na extração e

distribuição de gás natural podem ainda ampliar

o impacto econômico.

Em todas as frentes vão se acumulando sinais de

que o colapso do modelo anterior está sendo

superado. A Petrobras segue em rápido processo

de saneamento financeiro e a produção atingiu o

recorde de 2,9 milhões de barris/dia no terceiro

trimestre, 14,6% a mais que no mesmo período

de 2018.

Com o acelerado programa de desinvestimentos,

a dívida caiu para 2,6 vezes o resultado

operacional no período, metade do nível de 2014,

auge da crise da empresa.

Evidências positivas são notáveis também nos

royalties transferidos a estados e municípios e a

esperada elevação da produção nos próximos

anos deve garantir rápida expansão desses

volumes, cuja destinação precisa ser bem

pensada.

Além de evitar que a arrecadação vire despesas

de custeio e benesses para a elite do

funcionalismo, como é tradição no Brasil, o foco

deve ser o investimento em educação, saúde e

saneamento, para que se quebrem os

mecanismos que reproduzem a pobreza.

Também é fundamental reforçar a proteção

ambiental. Como o vazamento recente

demonstra, qualquer acidente pode ter

consequências catastróficas, ainda mais

considerando o tamanho da produção na costa

brasileira e o aumento sensível que deve ocorrer

no trânsito de navios.

O país deve adotar desde logo um plano

ambicioso de prevenção, com recursos

suficientes e as melhores práticas internacionais.

O pré-sal é uma realidade que garantirá

preciosas somas por algumas décadas à frente.

Usá-las de forma responsável é o desafio.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/

em-nova-fase.shtml

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Desmatamento criminoso coloca em risco

água da cidade de São Paulo

Vereador Natalini quer CPI para investigar

invasões e desmatamento de áreas de

mananciais em remanescentes da Mata Atlântica

A cobertura vegetal que envolve as represas de

Guarapiranga e Billings está sendo desmatada

sistematicamente por loteamentos criminosos,

sem reação por parte do poder público.

Essas áreas verdes são vitais para a cidade. Elas

protegem nascentes e córregos que alimentam

os reservatórios essenciais para o abastecimento

de água da população da região metropolitana de

São Paulo.

Deveriam ter um resguardo de um raio de 50

metros, a exemplo do que é indicado para rios e

cursos d’água. A mata também contribui para

manter a umidade, proporcionando temperaturas

mais baixas e ajudando a reduzir a poluição

atmosférica.

Sem mata não tem água. Fim.

As áreas verdes são cercadas, loteadas,

comercializadas e ocupadas. No processo, a mata

vai abaixo.

A denúncia já é de conhecimento da prefeitura,

dos vereadores, do governo do estado e dos

deputados.

Quem a faz, também sistematicamente, é o

vereador Gilberto Natalini (PV). Ele tem apontado

a omissão e a conivência dos governos com a

devastação criminosa da Mata Atlântica e suas

consequências previsíveis.

Loteamento irregular na região de Parelheiros, em uma área de mananciais que abastece a represa Guarapiranga (17/06/2019) - Rivaldo Gomes/Folhapress

Nesta semana, Natalini discursou na Câmara

Municipal pedindo mais uma vez uma CPI para o

caso. Na semana passada, deu um depoimento

na Assembleia Legislativa de São Paulo,

convocando a união de esforços entre o governo

do estado e a Prefeitura de São Paulo para conter

o desmatamento.

Em agosto, o gabinete de Natalini finalizou o

dossiê “A Devastação da Mata Atlântica no

Município de São Paulo”, que aponta 90 áreas de

desmatamento, a maior parte deles na Zona Sul.

Foi entregue oficialmente à prefeitura.

Das 90 regiões identificadas, 46 foram medidas e

juntas somam 2.952.950 metros quadrados

(m²). Em um cálculo de uma árvore para cada 6

m², as 46 áreas já teriam perdido 492.271

árvores.

O dossiê relembra que já houve iniciativa

conjunta para combater o desmatamento com

êxito.

“Juntos, Prefeitura de São Paulo e governo do

estado realizaram entre 2005 e 2012 os

programas “Defesa das Águas” e “Córrego

Limpo”.

Diversos órgãos públicos se juntaram nesse

esforço. Como resultado, obteve-se um

congelamento de invasões em áreas de

manancial. Ao mesmo tempo, inúmeras obras de

reurbanização em terrenos de risco foram

executadas e se pôs em prática a transferência

de moradores de habitações precárias para locais

seguros”.

A pesquisa aponta também que além dos

loteamentos clandestinos, há grupos que usam

essas áreas para descarte de entulho e de restos

de material de construção, locais conhecidos

como áreas de bota fora.

“Neste caso, a prática criminosa provoca ao

mesmo tempo a eliminação da cobertura vegetal

e a contaminação do solo”.

“Se nada for feito, em pouco tempo quase não

restarão remanescentes importantes de Mata

Atlântica na cidade mais desenvolvida do país”,

diz o dossiê.

FINADOS AMBIENTAL - PAREM DE NOS MATAR

Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da

barragem de Fundão, da mineradora Samarco,

deixou 19 mortos com o vazamento de 43,7

milhões de m³ de lama de rejeitos em Mariana

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

(MG). O desastre impactou o rio Doce e seus

afluentes e toda a população.

Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da

empresa Vale se rompeu em Brumadinho (MG),

deixando mais de 250 mortos. Os 12,7 milhões

de metros cúbicos de rejeito de mineração

atingiram pessoas e mataram o rio Paraopeba,

fonte de água e trabalho na região.

No dia 10 de agosto, conhecido como o Dia do

Fogo, grileiros e produtores iniciaram um

movimento conjunto para incendiar áreas da

maior floresta tropical do mundo. O Brasil

registrou 131.327 queimadas florestais até o mês

de agosto em 2019. Só na Amazônia, foram

registrados 43.573 focos, segundo o Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em setembro, um derramamento de óleo

começou a atingir a costa brasileira e até agora

já foram 260 os pontos atingidos. O petróleo

ainda degrada as praias, os manguezais e

ambientes marinhos na região nordeste e altera

a vida de populações que dependem do mar para

sobreviver.

Além dos desastres, o ano de 2019 também tem

sido tempo de flexibilização das leis ambientais e

fragilização das áreas protegidas.

Neste sábado (2), um cortejo fúnebre deve sair

do vão livre do Masp, na avenida Paulista, às

11h, para relembrar os desastres ambientais e

suas vítimas. Em Recife, o ato está marcado para

no Marco Zero da cidade. Em Aracaju, para a

Praça do Caranguejo.

O ato é organizado pela Fundação SOS Mata

Atlântica.

"Queremos destacar também como o Brasil sofre

diariamente com desastres ambientais. É um rio

poluído por falta de saneamento, um parque

desprotegido, uma área verde desmatada

ilegalmente ou uma lei flexibilizada. Tudo isso

não acontece do dia para a noite. É construído a

partir de cada tomada de decisão dos nossos

governantes”, afirma Mario Mantovani, diretor de

Políticas Públicas da Fundação.

Mara Gama

Jornalista e consultora de qualidade de texto.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragam

a/2019/11/desmatamento-criminoso-coloca-em-

risco-agua-da-cidade-de-sao-paulo.shtml

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Clima de ansiedade abafa ansiedade com

clima

Impacto do aquecimento global será pior do que

previa a ciência, mas não é disso que se trata

nos tuítes sem noção

Num país em que o óleo domina, o

desmatamento galopa, o ministro alopra e o

presidente tem chilique de fazer inveja a Bruno

Ganz, entende-se que pouca gente dê bola para

más notícias sobre o clima. À beira de um ataque

de nervos, brasileiros não têm sobra de espaço

mental para mais ansiedade.

Quem mora em Caraguatatuba, Cubatão,

Joinville ou Duque de Caxias, por exemplo,

deveria prestar atenção aos mapas publicados

pela Folha na quinta-feira (31). As casas de mais

de 1 milhão de pessoas correm sério risco de

ficar debaixo d’água até 2050, indicam novos e

mais precisos cálculos sobre inundações pela

elevação do nível do mar.

Até lá, a família Bolsonaro já estará longe do

poder. Terá dado contribuição inestimável –no

sentido de “difícil de estimar”– para o

agravamento do efeito estufa, com toda sua

ignorância sobre o desmatamento e o incentivo

que lhe emprestam cada vez que abrem a boca

ou tomam da caneta para tratar do assunto.

O próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL)

reconheceu nas Arábias que “potencializou” a

devastação. O que ele não sabia é que cientistas

vinham até aqui subestimando a contribuição das

florestas tropicais destruídas ou degradadas para

poluir o clima –ela pode ser até seis vezes

superior ao que se projetava, segundo estudo

publicado quarta-feira (30) no periódico Science

Advances.

Haja potência.

Além dos dados físicos da crise do clima, a

ciência também vem subestimando seus

impactos econômicos. O alerta partiu de sir

Nicholas Stern (London School of Economics,

LSE) e de Naomi Oreskes (Harvard), em artigo

no jornal The New York Times e se baseou em

estudo do Instituto Grantham da LSE.

Até o que parece boa notícia não é: caiu em 2%

no mundo a venda de carros com motores de

combustão interna, responsáveis pela demanda

de um quarto do petróleo extraído no planeta,

mas aumentou a parcela de SUVs (jipões), que

consomem em média 25% mais combustíveis

fósseis em comparação com veículos de passeio

de porte médio.

Embora a crescente eficiência de motores em

carros menores e o aumento paulatino de

veículos elétricos na frota mundial tenham

poupado 2,1 milhões de barris de petróleo por

dia, os SUVs puseram tudo a perder. Entre 2010

e 2018, agregaram 3,3 milhões de barris/dia à

demanda, calcula a Agência Internacional de

Energia.

Não é fácil, com efeito, computar perdas

econômicas de catástrofes como os incêndios ora

em curso na Califórnia e no Pantanal. Não se

trata só do prejuízo com propriedades, turismo,

saúde e horas de trabalho perdidas, mas de

fauna e flora, da vegetação natural que pode

levar anos ou décadas para se recompor e voltar

a prestar em plenitude serviços ambientais como

a regularização de corpos d’água e a polinização

de plantas agrícolas.

Quanto vale tudo isso? Bem mais que os tuítes

sem noção de um zero à esquerda.

Marcelo Leite

Jornalista especializado em ciência e ambiente,

autor de “Ciência - Use com Cuidado”.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelol

eite/2019/11/clima-de-ansiedade-abafa-

ansiedade-com-clima.shtml

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Morcegos são cruciais para a saúde dos

ecossistemas em que vivem

Brasileiros desvendam rede ecológica que une

morcegos e plantas nas florestas tropicais

Esta não é uma coluna de Halloween, apesar da

proximidade da data e da presença de morcegos

no elenco. Nada mais injusto, aliás, do que o

medo e a repulsa que a visão desses mamíferos

voadores provoca no respeitável público.

Raríssimas espécies do grupo são realmente

“vampiras”, sugadoras de sangue. É muito mais

comum que os morcegos sigam uma dieta

diversificada, na qual os vegetais são um

componente importante. Muitos deles são

pacatos comedores de frutos e degustadores de

néctar, equivalentes noturnos dos passarinhos e

das abelhas.

Raríssimas espécies de morcegos são realmente sugadoras de sangue - Cris Faga/Fox Press Photo/Folhapress

Isso significa que os chamados quirópteros (algo

como “asa nas mãos”, em grego) desempenham

papéis ecológicos importantíssimos,

transportando pólen e sementes florestas afora e

revitalizando a mata. Um novo estudo, publicado

por pesquisadores brasileiros, conseguiu mapear

com precisão inédita a trama complicada de

relações entre 73 espécies de morcegos e mais

de 400 espécies de plantas, espalhadas por todas

as regiões tropicais das Américas, inclusive no

Brasil, revelando como esses bichos se tornaram

cruciais para a saúde dos ecossistemas em que

vivem.

O trabalho acaba de ser publicado na revista

científica Nature Ecology & Evolution e é fruto de

uma colaboração entre biólogos e ecólogos –

pesquisadores como Marco Mello, do Instituto de

Biociências da USP, Gabriel Felix, da Unicamp, e

Rafael Pinheiro, da UFMG – e especialistas em

ciências exatas, como Francisco Rodrigues, do

ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de

Computação), na USP de São Carlos.

Com efeito, um dos aspectos inovadores do

trabalho é analisar a miríade de relações entre

espécies de morcegos e plantas com ferramentas

computacionais, mais ou menos como quem

estuda as múltiplas conexões entre pessoas num

aplicativo de rede social. Para isso, os

pesquisadores usaram dados coletados em

campo sobre a dieta dos bichos para montar

várias camadas de redes de interação. Uma

dessas camadas corresponde às mais de 900

interações morcego-planta em que há frugivoria

(consumo de frutas); outra equivale a 301

interações em que há consumo de néctar; e

assim por diante.

Além disso, os pesquisadores também levaram

em conta a história evolutiva e o grau de

parentesco entre as diferentes espécies, bem

como a distribuição geográfica de bichos e

vegetais. O mapeamento multicamadas que

resultou desse esforço mostra, entre outras

coisas, quais as espécies que funcionam como as

figuras mais “populares” da “rede social”

ecológica – mais ou menos como o sujeito com

milhares de amigos ou seguidores cuja conta

conecta as pessoas mais disparatadas entre si.

Os morcegos mais conectados, porém, têm um

papel muito mais relevante que a mera

popularidade. Ao interagirem com grande

quantidade de espécies vegetais, eles atuam

como pedras fundamentais de seus

ecossistemas, ajudando a espalhar pólen e

sementes de muitas árvores, por exemplo.

E o interessante é que a análise de redes permite

traçar o perfil desses morcegos ultraconectados.

No caso das espécies frugívoras, em geral

estamos falando de bichos de porte modesto e de

mordida poderosa, o que facilita o acesso a

frutos de diferentes tamanhos e texturas. Já os

morcegos mais conectados entre os que sugam

néctar também têm maior porte, mas mordida

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Grupo de Comunicação

fraca, o que lhes permite acomodar na boca a

língua comprida especializada para acessar o

líquido dentro das flores.

Informações como essas são cruciais para

priorizar a conservação de espécies e os serviços

ambientais – proteção do clima, produção de

água e muitos outros – trazidos pelos

ecossistemas naturais. Morcegos conectados

merecem nossa gratidão.

Reinaldo José Lopes

Jornalista especializado em biologia e

arqueologia, autor de "1499: O Brasil Antes de

Cabral".

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoj

oselopes/2019/11/morcegos-sao-cruciais-para-a-

saude-dos-ecossistemas-em-que-vivem.shtml

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Grupo de Comunicação

Sem vender energia excedente, usinas de

cana-de-açúcar perdem R$ 1 bi, diz

entidade

Segundo associação, Ministério do Meio Ambiente

negou pedido para ampliar total comercializado

Painel S.A.

Calculadora

Sem poder vender sua energia excedente no

mercado livre, a Cogen (entidade que reúne os

setores de biomassa, gás natural e outras fontes)

estima uma perda de aproximadamente R$ 1

bilhão por safra para as usinas de álcool e

açúcar.

Cana

As empresas não estão sendo remuneradas pela

geração adicional, segundo Newton Duarte,

presidente da entidade, que solicitou ao MME

(Ministério de Minas e Energia) a ampliação do

total comercializado no mercado livre. “Tivemos

o pedido de alteração da portaria negado pelo

ministério na semana passada”, afirmou ele.

Bagaço

De acordo com Duarte, as usinas têm condições

de produzir energia excedente mas estão inibidas

de investir. Procurado pela coluna, o MME afirma

que “a alteração não está sob exame no

momento”.

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/11/sem-vender-energia-excedente-usinas-

de-cana-de-acucar-perdem-r-1-bi-diz-

entidade.shtml

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Grupo de Comunicação

WhatsApp fora do horário de trabalho gera

processo e condenação de empresas

Envio de mensagens corporativas depende de

contratos ou termos claros

Ivan Martínez-Vargas

Paula Soprana

SÃO PAULO

Mensagens corporativas de WhatsApp fora do

horário de trabalho podem gerar processo e já

renderam até condenações de empresas, que

precisaram arcar com pagamento de horas extras

ou danos morais a funcionários.

Embora esteja incorporado à rotina de trabalho

dos brasileiros —o país é um dos principais

mercados do aplicativo—, o uso corporativo da

ferramenta fora do ambiente laboral depende de

contratos ou de termos claros entre patrão e

empregado, sob o risco de virar prova contra

abusos.

O país não tem uma lei específica como a França,

que adotou o direito de se desconectar, mas a

CLT cita “meios telemáticos e informatizados” ao

tratar de trabalho remoto.

Empresas não podem acionar funcionários pelo WhatsApp fora do horário de trabalho - Catarina Pignato

Se o empregado receber mensagens de seus

superiores via WhatsApp durante o momento de

descanso (folga, finais de semana ou férias)

sobre assuntos relacionados ao trabalho, poderá

pleitear o pagamento de horas extras, segundo

Otavio Pinto e Silva, professor da USP e sócio do

escritório Siqueira Castro.

“Estamos diante de uma ferramenta tecnológica

que pode implicar conexão do trabalhador à

empresa. Pedidos feitos pelo empregador fora do

horário de expediente podem fazer com que o

empregado se ative no horário de descanso, e

isso pode significar hora extra.”

Quando o empregado tem de ficar sempre atento

ao telefone para verificar se há mensagens da

empresa, a situação caracteriza o período de

sobreaviso, que também deve ser remunerado,

de acordo com Pinto e Silva.

“Nesse caso, mesmo que o empregado não seja

chamado ao trabalho, precisa receber por estar

em sobreaviso”, diz.

Para o advogado, essa regra geral pode ser

flexibilizada. Uma das formas é incluir no

contrato de trabalho que o trabalhador pode ser

contatado via aplicativo fora do horário de

expediente regular.

Outra opção, segundo ele, é a negociação com o

sindicato de determinada categoria de acordo ou

convenção coletiva sobre o tema.

“A recomendação é que a empresa converse

sobre essas situações com o sindicato, de forma

coletiva. Essa situação de contato pode ser

regulada, e a maior segurança jurídica é quando

essa possibilidade do uso [do aplicativo] está no

acordo coletivo”, diz.

Pinto e Silva afirma que a reforma trabalhista

permitiu que sindicatos fizessem flexibilizações

para além do previsto na legislação trabalhista

em casos que incluem regime de sobreaviso e

teletrabalho.

DICAS DE ETIQUETA DE GLORIA KALIL PARA

GRUPOS CORPORATIVOS DE WHATSAPP

1. Adote regras

O administrador do grupo pode, ao convocar os

participantes, mandar com muita objetividade o

propósito do trabalho e as regras de

funcionamento do grupo

2. Tenha foco

Os participantes devem manter o foco no tema

do trabalho

3. Mantenha a seriedade

Grupos de trabalho não são lugar para memes,

intimidades e apelidos

4. Respeite o horário

Restrinja suas intervenções ao horário comercial

5. Evite áudios longos

Se mandar áudios (o que é melhor evitar), que

sejam curtos e objetivos

6. Cuide o vocabulário

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Grupo de Comunicação

Se usar abreviações, que sejam claras —tenha

um pouco de cuidado com a linguagem.

Mantenha a conversa em tom profissional

7. Não fale de política

Evite opiniões baseadas em posições políticas

8. Respeite o sigilo

Mantenha o assunto no modo confidencial

Para Rodrigo Nunes, sócio do escritório Cascione,

as negociações são possíveis, mas dentro dos

limites legais de jornada de trabalho, que não

pode superar oito horas diárias, com

possibilidade de duas horas extras.

“Mensagens de WhatsApp têm sido aceitas como

provas na Justiça do Trabalho, e acessar o

empregado fora do horário de expediente é fazê-

lo trabalhar”, diz Rodrigo Nunes, sócio do

Cascione.

Se o chefe manda uma mensagem eventual com

uma dúvida pontual ao empregado, não há

caracterização de hora extra, de acordo com ele.

“Se for algo mais demorado e frequente, é

trabalho e precisa ser remunerado. A regra é que

o empregado precisa ter seu direito ao descanso

respeitado e não deve ter folgas e férias

interrompidas”, afirma.

Para mitigar riscos, algumas empresas já

passaram a incluir o uso do aplicativo em termos

aos funcionários, segundo Paulo Sardinha,

presidente da ABRH (Associação Brasileira de

Recursos Humanos).

“As empresas dizem que não são culpadas, mas

isso nunca as isentará da responsabilidade. O

WhatsApp hoje está claramente relacionado às

políticas internas e aos códigos de ética das

companhias.”

Para ele, o uso do mensageiro precisa seguir o

rigor de outras regras cotidianas, e os grupos

com colegas e chefes podem ser encarados como

“salas de reunião digital”.

“As condenações de empresas e até pessoais,

como o caso da administradora de um grupo que

foi responsabilizada por não coordenar o

comportamento das pessoas, estão chamando a

atenção”, diz.

Enquanto a resposta de email fora do trabalho

exigia certo dispêndio do trabalhador nos anos

1990, que precisava recorrer ao computador, o

WhatsApp se enquadra na comunicação

instantânea do smartphone, que trouxe

eficiência, e também risco, às relações de

trabalho.

Do lado dos colaboradores, uma orientação

comum na área de RH, segundo Debora

Nascimento, diretora-geral da consultoria

Capacitare, é seguir normas e tentar organizar a

rotina para o uso do aplicativo, como responder a

mensagens não relacionadas ao ofício no

intervalo.

As mensagens de trabalho fora do expediente

devem ser evitadas. “Muitos ficam preocupados

se não responderem e querem mostrar que estão

disponíveis. É preciso entendimento claro de que

todos estão na mesma página.”

O comportamento em grupos corporativos,

segundo ela, pode ser guiar pela conduta

esperada dentro da empresa: comentários

relativos ao assunto e “sem uso de palavras de

baixo calão” —com o adicional de não enviar

correntes, memes ou falar de política.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11

/whatsapp-fora-do-horario-de-trabalho-gera-

processo-e-condenacao-de-empresas.shtml

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ESTADÃO Amazônia – a pior das extinções

Apesar da demonização ‘urbi et orbi’ de seus

meios de vida, pequenos agricultores resistem

Evaristo de Miranda*, O Estado de S.Paulo

Os pequenos agricultores são a espécie mais

ameaçada na Amazônia. São pecadores,

abandonados pelo poder público, vítimas das

iniciativas de “desantropização” de

ambientalistas, tratados como grileiros e

bandidos em campanhas de parte do

agronegócio, enquanto o Código Florestal

favorece a grande empresa rural na Amazônia,

em detrimento da agricultura familiar. E acabam

de receber a condenação espiritual de suas

práticas agrícolas no Sínodo da Amazônia. Mais

de 5 milhões de pessoas sobrevivem há décadas

nessas florestas equatoriais. E se perguntam:

Unde veniet auxilium meum?

Uma análise conjugada dos dados geocodificados

do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com os do

Censo Agropecuário de 2017 e dos

assentamentos agrários do Incra permitiu aos

pesquisadores da Embrapa Territorial estimar

quantos agricultores vivem hoje no bioma

Amazônia. São mais de 815 mil produtores, dos

quais mais de 89% são pequenos agricultores.

Em área, cerca de 12,8% do bioma Amazônia

está ocupado pela agropecuária. Pastagens

nativas, plantadas e manejadas alcançam 10,5%,

ou 44.092.115 hectares. Lavouras anuais e

perenes somam 2,3% ou 9.658.273 ha. As

infraestruturas viárias, urbanas, energético-

mineradoras e outras ocupam 1% do bioma, no

mapeamento da Embrapa Territorial.

A produção rural do bioma Amazônia é

irrelevante para as exportações e o PIB. Apenas

0,5% da produção nacional de cana-de-açúcar,

menos de 2% do algodão e da laranja e 5% do

café estão no bioma. Milho e soja representam

7,6% e 9,8% da produção nacional. Mas esses

alimentos são fundamentais para abastecer 500

cidades amazônicas de frutas, leite e derivados,

ovos, grãos, hortaliças e outros produtos.

Quando trazidos de outras regiões, seu custo é

altíssimo.

Já a vegetação nativa, hoje recobre 84,1% do

bioma Amazônia, ou 353.156.844 ha. Estão aí

incluídas formações florestais, não florestais e

mistas, de acordo com cálculos da Embrapa

Territorial, baseados em dados de satélites, do

Inpe, CAR e TerraClass. As grandes superfícies

hídricas representam 2,1% do bioma, ou

8.818.423 ha. Somados, os ambientes

predominantemente naturais, de vegetação

nativa e superfícies hídricas, abrangem 86,2% do

bioma Amazônia.

Quantos agricultores desmatam no bioma

Amazônia? Menos de 4%. Mais de 96% não estão

envolvidos no processo. Em 2018 houve nas

áreas rurais do bioma 28.862 desmatamentos,

de tamanho variável. Eles contribuíram para o

total de 7.094 km2 desmatados, segundo dados

do Inpe. Mesmo numa hipótese maximalista, em

que cada desmatamento tivesse sido feito por

um produtor diferente, isso envolveria 3,5% dos

agricultores.

E quantos agricultores praticam queimadas no

bioma Amazônia? Mais de 80%. Os povoadores

europeus aprenderam essa técnica do Neolítico

com os indígenas. Desde antes do Descobrimento

se praticam queimadas agrícolas. Nada houve de

excepcional na Amazônia em 2019. Como

sempre, os agricultores usaram fogo para

renovar pastagens, combater carrapatos,

eliminar restos culturais, abrir capoeiras, fertilizar

solos com cinzas. Tecnologias para substituir

queimadas custam caro: mecanização, adubos e

pesticidas. Onde são adotadas, o fogo regride.

Alguém no planeta quer financiar o acesso a tais

alternativas para os pequenos produtores rurais

amazônicos?

Quanto à ilegalidade ou legitimidade, vale

consultar um pouco a História. Em cerca de 50

anos, os governos estabeleceram 2.405

assentamentos agrários no bioma Amazônia e lá

instalaram 521 mil famílias. A maioria segue sem

o título de propriedade de seu pequeno lote.

Como obter financiamento sem regularização

fundiária? Como solicitar autorização de

desmatar para plantar mandioca? Mesmo quem

se desloca até a cidade e insiste em solicitar,

respeitando as exigências do Código Florestal,

não recebe. Multados, os agricultores perdem

acesso ao Pronaf. Estão no fundo do poço. Mas

urbanoides exigem que saiam do buraco sozinhos

e de forma “sustentável”!

Se estivessem nas cidades, os pequenos

agricultores fariam parte da economia informal,

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Grupo de Comunicação

como cabeleireiros, quituteiras, entregadores,

vendedores de balas nos semáforos. Há décadas,

políticas públicas buscam reduzir a informalidade

de prestadores de serviço facilitando os

impostos, a criação de microempresas. No

campo, organizações do agronegócio exportador,

em face dos recentes tumultos amazônicos

virtuais, tratam todos de ilegais, grileiros,

invasores, sobre quem deveria incidir o rigor da

lei. Simplismo e crueldade, sem separar joio e

trigo.

Os agricultores familiares da Amazônia não são

empresários ou investidores rurais, modelos de

sustentabilidade com capital e marketing (green

wash). Os pequenos precisam de assistência

técnica, extensão rural, associações e

cooperativas, acesso à informação, novas

tecnologias e circuitos de comercialização.

Devem ser apoiados, e não criminalizados por

discursos fáceis de quem vive nas cidades.

Sem espaço na agenda multiculturalista da

esquerda, os pequenos agricultores não têm

direitos nem lugar. Órfãos de pai e mãe, não há

quem os defenda, na terra ou nos céus. Na

abertura do Sínodo da Amazônia, do qual não

participaram, o papa vaticinou: “O fogo causado

por interesses que destroem, como o que

devastou recentemente a Amazônia, não é o fogo

do Evangelho”. Estão condenados.

Enquanto o leitor percorre este artigo, famílias

rurais cuidam de plantações, bezerros,

armazenagem e reparos de cercas. Do Acre ao

Amapá, de Roraima a Rondônia, do Amazonas ao

Pará. Os pequenos agricultores fizeram do Vietnã

socialista o segundo produtor mundial de café, à

frente da Colômbia. Resilientes, os pequenos

agricultores sobreviveram ao leninismo,

stalinismo, maoismo, capitalismo e outros ismos.

Na Amazônia são exemplos humildes de

resistência, re-existência, apesar da demonização

urbi et orbi de seus meios de sobrevida.

Produzem o que comem. Não serão extintos.

*DOUTOR EM ECOLOGIA, É PESQUISADOR DA

EMBRAPA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,amazonia-a-pior-das-

extincoes,70003074784

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Grupo de Comunicação

O Sínodo da Amazônia

Vê-se, assim, que eram inócuos desde o princípio

os temores de círculos do governo brasileiro a

respeito de uma ofensiva dos bispos contra a

soberania nacional

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Encerrou-se, após 21 dias, o Sínodo da

Amazônia, convocado pelo papa Francisco para

“encontrar novas vias para a evangelização

daquela porção do povo de Deus, em particular

as pessoas indígenas, frequentemente

esquecidas e sem a perspectiva de um futuro

sereno, também por causa da crise da floresta

amazônica”. Pelo caráter emblemático da Pan-

Amazônia, maior floresta do planeta que

atravessa nove países, com 34 milhões de

habitantes e 390 grupos étnicos, as reflexões do

Sínodo ultrapassam o território geográfico,

referindo-se ao futuro do planeta.

O documento traz, como se esperava, propostas

controvertidas, como a ordenação de homens

casados para zonas remotas, e solicita maior

participação das mulheres no ministério e na

direção das comunidades eclesiais, além de

conclamar compromissos gerais, como o da

Igreja contra o que se chamou de “pecado

ecológico” e o da comunidade internacional com

um modelo de desenvolvimento solidário, que

favoreça as comunidades locais e freie as

mudanças climáticas.

Os questionamentos serão considerados pelo

pontífice, que pode se pronunciar em uma

Exortação Apostólica ou solicitar à cúria mais

estudos sobre o tema.

Vê-se, assim, que eram inócuos desde o princípio

os temores de círculos do governo brasileiro a

respeito de uma ofensiva dos bispos contra a

soberania nacional, assim como os de alas

conservadoras de uma agressão à ortodoxia. O

sínodo, pela sua natureza, não tem caráter

normativo, só consultivo.

O fato de questionar práticas tradicionais, como o

celibato dos sacerdotes, não implica

necessariamente uma atitude cismática e

heterodoxa – até porque o celibato não é matéria

de dogma e já há previsão de exceções, como,

por exemplo, no caso de sacerdotes da igreja

anglicana ou da ortodoxa que se convertem à

igreja católica. Pode simplesmente ser uma

demonstração de que o clero está disposto a

flexibilizar, em caráter excepcional, tradições não

dogmáticas, se, em situações excepcionais, elas

servirem de obstáculo à sua dúplice missão:

propagar a palavra de Cristo e distribuir o seu

corpo na forma do pão e do vinho eucarísticos e

dos demais sacramentos – algo que, segundo os

padres sinodais, não tem acontecido na

Amazônia por causa da falta de sacerdotes.

Mas tampouco as esquerdas deveriam nutrir

falsas esperanças de que o Sínodo prenuncie

uma adaptação da Igreja aos seus próprios

dogmas ideológicos. O “pecado ecológico”, por

exemplo, que certos bispos, em parte seduzidos

por tais dogmas, apresentam como algo

revolucionário, é na verdade tão antigo quanto o

pecado, e existe como possibilidade desde que,

segundo as Escrituras, os primeiros seres

humanos receberam do Criador o mandamento

de cultivar a terra (Gn. III, 23).

Como uma comunidade (ecclesia, em grego) que

se quer universal (catholike), a Igreja sabe que a

“casa comum” (ekumene) depende da

consciência sobre o mundo natural (eco-logia)

que deve influenciar a organização dessa casa e

seus recursos (eco-nomia). Ela lembra que o

domínio das relações dos homens com Deus,

materializado na religião, é – em termos

análogos ao dogma da união da natureza divina e

humana em Cristo – unido, mas não confundido;

distinto, mas não separado do domínio das

relações dos homens entre si (a política) e dos

homens com a natureza (na exploração

econômica).

A economia tem seu domínio moral e faz bem a

Igreja em lembrar a todos, em especial a seus

fiéis, que, primeiro, não se deve substituir Deus

por Mamon, considerando a riqueza material

como um fim independente e absoluto da

atividade humana; depois que, em segundo

lugar, é preciso ter compaixão pelos

trabalhadores e comunidades menos favorecidos;

e que, por fim, não se deve abusar da terra e

destruí-la, de modo que nem os seres humanos

nem a natureza deveriam ser usados como mero

instrumento da produção econômica. Ao alertar

para essa tríplice vocação do ser humano, pode-

se dizer que o Sínodo cumpriu sua missão.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,o-sinodo-da-amazonia,70003073970

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Grupo de Comunicação

A esfinge e os líderes

É do interesse da maioria um governo que

respeite o mercado e as necessidades do povo

Fernando Henrique Cardoso*, O Estado de

S.Paulo

Nos últimos artigos tenho insistido na

necessidade da formação de um “centro

democrático progressista”. O que é isso? Desde

logo, não se trata de um “centrão”, ou seja, de

um agrupamento de pessoas que dominam

legendas de partidos e, na prática, se unem para

apoiar ou rejeitar propostas do governo,

cobrando um preço clientelístico. O “centro

democrático” tampouco pode ser um

agrupamento anódino, que ora se define como

favorável ao povo e esbanja recursos, como os

populistas, ora se comporta de modo austero,

com bom manejo das contas públicas, mas sem

olhar para o povo, como os “neoliberais”. Então,

o que seria?

Escrevi sobre o “liberalismo progressista” dizendo

que ele se diferencia do “liberalismo conservador,

de corte autoritário”. Neste, o mercado é o deus

ex-machina que molda a sociedade. O primeiro

respeita os mercados, sabe que as economias

contemporâneas são “de mercado” (quase sem

exceção), mas sustenta que elas não dispensam

a regulação e mesmo a ação do Estado na

economia. A atuação estatal, não sendo a única e

nem mesmo a principal mola do crescimento

econômico, continua a ser necessária para evitar

que a desigualdade mine a democracia e o

crescimento.

Na prática, o risco maior do liberalismo

conservador, de caráter autoritário, é o de

derrapar para formas abertamente não

democráticas de decidir e assim aumentar o

fosso entre dirigentes e dirigidos, abrindo espaço

para manifestações populares antagônicas ao

poder. Já o risco do progressismo é se

transformar em populismo e, com o propósito ou

o pretexto de servir ao “povo”, desorganizar as

finanças públicas, levar à inflação e ao

desemprego. O país cai na estagnação, abrindo

espaço para a “direita” (ou seja, para formas

disfarçadas ou abertas de autoritarismo).

Não terá sido um vaivém entre essas formas de

liberalismo, autoritarismo e populismo (mais do

que o risco de fascismos ou comunismos) o que

vem caracterizando boa parte das formas

políticas do mundo contemporâneo? Desse

vaivém escapam os países onde liberdade e

democracia não formam parte do ethos nacional

(os que não são ocidentais ou ocidentalizados). A

oscilação acima referida, e mesmo a dúvida

sobre o valor da democracia representativa, tem

aumentado muito, afetando nações de tradição

liberal. Não faltam autores que chamam a

atenção para estes desdobramentos: a crise das

democracias, como morrem as democracias, o

povo contra as elites, e assim por diante, dão

título a muitos dos volumes que tratam dos

fenômenos políticos contemporâneos.

Por trás desse desaguisado estão os novos meios

produtivos e as formas contemporâneas de

comunicação, que moldam as sociedades. A

primeira vez que me dei conta disso foi em maio

de 1968, quando eu era professor da

Universidade de Paris em Nanterre. Anos mais

tarde, procurando teorizar a esse respeito, disse

no discurso em que transmiti a presidência da

Associação Internacional de Sociologia, em 1986,

que os fios desencapados da sociedade podem se

tocar de repente, produzindo curtos-circuitos fora

da polaridade tradicional “proprietários versus

trabalhadores” e dos partidos que no passado os

representavam. Havendo comunicação em rede,

as faíscas que se acendem num ponto se

propagam para os demais e o protesto atravessa

os limites entre classes e segmentos sociais,

contaminando amplos setores da sociedade. Essa

dinâmica do protesto e a velocidade da sua

expansão já eram perceptíveis em 1968. Foi

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Grupo de Comunicação

somente quando a TV e o rádio passaram a

cobrir as manifestações estudantis que estas

entraram em contato com as negociações

sindicais, que antes se davam à parte e à

distância.

Que dizer agora, quando a internet e as redes

conectam as pessoas e saltam as organizações?

Se Descartes dizia cogito ergo sum (penso, logo

existo), hoje a frase síntese é outra: estou

conectado, logo existo. Mais ainda: as forças

produtivas contemporâneas, com robôs e

inteligência artificial, aumentam a produtividade,

concentram a renda e não geram empregos na

proporção da procura por trabalho, a despeito da

redução da taxa de crescimento da população. E

graças à internet muitos ficam sabendo do que

acontece.

Não será esse o fantasma por trás dos “coletes

amarelos” de Paris, dos partidários do Brexit na

Grã-Bretanha ou dos eleitores de Trump que

querem ver os Estados Unidos great again? E não

haverá risco, em nuestra America, de confundir a

Frente Ampla (eventualmente vitoriosa no

Uruguai), ou os peronistas argentinos e agora as

manifestações no Chile, que lembram o Brasil de

2013, e mesmo no Equador ou na Bolívia, com

uma luta tradicional da “esquerda” contra a

“direita”, como se ainda estivéssemos nos

tempos da guerra fria? A guerra agora é outra:

menos desigualdade, fim da corrupção política,

mais empregos e melhores salários. E quando há

diminuição do ritmo de crescimento, como

lembrava Tocqueville sobre a Revolução

Francesa, a insatisfação eclode forte, como

atualmente no Chile.

Dito isso, o centro liberal precisa ser progressista

não apenas porque a igualdade de oportunidades

e a garantia de um patamar de condições de vida

dignas para todos são essenciais para uma

democracia estável e uma sociedade civilizada,

mas também porque vivemos outro momento do

capitalismo, no qual as políticas públicas devem

ser complementadas pela ação da sociedade civil.

É do interesse da maioria existir um governo

ativo e com rumo. Capaz de respeitar as regras

do mercado, mas também os interesses e

necessidades do povo. E estes não se resolvem

automaticamente na pauta econômica, requerem

ação política e ação da sociedade.

Não será esse o miolo de um centro radicalmente

democrático e economicamente responsável?

Talvez, mas na vida política não basta ter ideias,

é preciso que alguém as encarne. Ou aparece

quem tenha competência para agir e falar em

nome dos que mais precisam ou a esfinge nos

devora.

* SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,a-esfinge-e-os-lideres,70003073945

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Grupo de Comunicação

Por que não falei de flores

Pelas manifestações do presidente, vê-se estar

no ar a tentação autoritária

MIGUEL REALE JÚNIOR*, O Estado de S.Paulo

O Chile foi convulsionado por protestos

detonados pelo aumento da passagem de metrô.

A população repeliu a elevação de 800 para 830

pesos, correspondentes a R$ 4,73. O salário

mínimo é de 301 mil pesos, cerca de R$

1.715,70, mas a maior parte da população

recebe por volta de 400 mil pesos, ou seja, R$

2.280, bem mais que o percebido por imensa

parcela dos brasileiros.

Comentaristas políticos ponderam ser o preço da

passagem apenas a ponta do iceberg, pois é a

desigualdade social o pano de fundo da

insatisfação popular, em face do custo da

eletricidade, da água e da crise nos setores de

saúde e educação. Acrescem as injustiças do

sistema privatizado de previdência, que onera o

trabalhador e proporciona proventos irrisórios.

O pelo presidente Piñera decretou o estado de

emergência, com interferência das Forças

Armadas, o que resultou em confrontos com a

morte de 19 pessoas, uma criança entre elas,

além de milhares de detenções.

Diante da revolta surgida de modo espontâneo, o

presidente do Chile veio a público, com

humildade, reconhecer ter faltado visão para

entender a dimensão dos problemas, pedindo

perdão por ter demorado a agir para corrigir a

situação. Anunciou a adoção de agenda social

para promover reformas do sistema

previdenciário e de saúde, elevar o salário

mínimo e reduzir as tarifas de energia. Mesmo

assim, na sexta-feira, dia 25, mais de 1 milhão

de pessoas foram às ruas em pacífica marcha de

protesto.

As dificuldades cotidianamente sofridas pela

população, fruto de um modelo neoliberal

insensível às penúrias e ao malogro no acesso ao

bem-estar, foram reconhecidas pelo presidente

chileno.

Em contraste, o nosso presidente, Jair Bolsonaro,

que gosta de palpitar sobre os países vizinhos,

voltou a elogiar a ditadura de Pinochet ao dizer

que a crise de hoje decorre do fim do regime

militar, com interferências de Cuba e governos

de esquerda. Com considerações em nada

fundamentadas, disse Bolsonaro sobre a crise

chilena: “O problema do Chile foi gravíssimo.

Aquilo não é manifestação nem reivindicação.

São atos terroristas”. Vendo terrorismo nos

movimentos de reivindicação social, disse o

capitão presidente ser preciso, em vista de

protestos semelhantes, além do monitoramento,

ter as tropas “preparadas” para reprimi-los.

Mais ainda: revelou o mandatário brasileiro ter

conversado com o Ministério da Defesa, pois “a

tropa tem que estar preparada porque, ao ser

acionada por um dos três Poderes, de acordo

com o artigo 142 (da Constituição), deve ter

condição de fazer a manutenção da lei e da

ordem”.

O sofrimento vivido pelo povo brasileiro desde o

desastre econômico do irresponsável governo

Dilma apenas se tornou mais grave até o

segundo trimestre do ano em curso, como

mostra pesquisa recente da FGV. O quadro é

desesperador. A Escalada da Desigualdade,

estudo da FGV divulgado em meados de agosto,

indica serem há quatro anos arrasadoras as

condições socioeconômicas, com grande perda da

renda dos mais pobres, havendo, na outra ponta,

elevada concentração de riqueza. A partir de

dados da Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios, do IBGE, mostrou-se pelo Gini –

indicador que mede a diferença de renda – que a

concentração de renda alcançou seu máximo

histórico: 0,6291, no segundo trimestre de 2019.

Medindo o bem-estar da população, o estudo da

FGV indica, do quarto trimestre de 2.014 ao

segundo deste ano: 1) a metade mais pobre

experimentou variações reais acumuladas de -

17,1% desde o início da crise; 2) os 40%

intermediários seguintes, isto é, a classe média,

tiveram perdas de 4,16%; 3) os 10% mais ricos

– espécie de classe média tradicional, mais

alinhada aos padrões americanos –,

apresentaram ganhos de 2,55% no período; 4) o

1% mais rico, incluído no grupo anterior, obteve

ganhos de dois dígitos, de 10,11%.

Em resumo, a desigualdade entre o 1% mais rico

e os 50% mais pobres cresceu 41,7% desde o

fim de 2014 até o presente momento. Mas para

Bolsonaro a evidente questão social é a priori

enquadrada como questão de polícia. Eventuais

protestos serão vistos como ato de terroristas a

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Grupo de Comunicação

serem enfrentados pelas Forças Armadas, a

estarem preparadas para a repressão.

Se a penúria não foi criada por este governo – e

por isso lutei pelo impeachment –, é bem

verdade, no entanto, que a crise deveria ter sido

enfrentada prioritariamente com medidas de

cunho econômico-social, pois soluções não

brotam por obra da mão invisível do mercado. A

cada semana o Ministério da Economia lança

balões de ensaio, agora corre atrás de

providências que não teriam sido implementadas

por causa da votação da reforma da Previdência.

Desculpa esfarrapada. Na verdade, a questão

social foi secundária ao longo de dez meses.

Fora o 13.º salário do Bolsa Família, durante 300

dias o jovem desempregado, a mãe no

subemprego, os universitários na informalidade

ainda não receberam acenos do governo.

Bolsonaro e seu filho, feito líder do PSL,

perigosamente qualificam possível protesto por

melhores condições de vida, nesta sociedade

desigual, como ato terrorista, justificando

antecipadamente o uso das Forças Armadas

contra movimentos de rua.

Em maio de 2018 escrevi nesta página artigo

intitulado A volta da ditadura pelo voto. Era

previsão baseada na vida pregressa do capitão

adorador da tortura. Hoje, diante de

manifestações do presidente, se vê estar no ar a

tentação autoritária, conforme ressalta editorial

do Estado domingo passado.

Bolsonaro gosta do confronto e forja inimigos;

vislumbra a ONU, a CNBB, o STF e a OAB como

hienas a devorá-lo; usa fake news e o poder em

favor do seu clã; ameaça não renovar a

concessão à Globo por notícia que lhe desagrada.

É bem possível, portanto, esperar caminho

antidemocrático ao se admitir a volta do AI-5 e a

convocação das Forças Armadas perante reclamo

social.

* MIGUEL REALE JÚNIOR É ADVOGADO,

PROFESSOR TITULAR SÊNIOR DA FACULDADE DE

DIREITO DA USP, MEMBRO DA ACADEMIA

PAULISTA DE LETRAS; FOI MINISTRO DA

JUSTIÇA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,por-que-nao-falei-de-flores,70003073115

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Grupo de Comunicação

Por uma diplomacia ativa de defesa e

inovação

É essencial que os empreendedores contem com

apoio para iniciarem seus projetos

RAUL JUNGMANN E FLÁVIO BASÍLIO*, O Estado

de S.Paulo

No Brasil, a agenda de desenvolvimento

industrial é normalmente associada a questões

relacionadas a preços relativos, sejam eles

derivados de câmbio ou de juros, ou mesmo

vinculados a algum mecanismo de proteção ou

de reserva de mercado. Mas ao tomarmos como

exemplo a economia americana, sempre

associamos o desenvolvimento industrial a

questões relacionadas à inovação, ao capital

humano e ao ambiente de negócios.

Contudo um importante canal de transmissão do

desenvolvimento passa despercebido por parte

dos analistas e estudiosos: o papel das inversões

e das compras militares. Como o processo de

inovação é extremamente arriscado e

dependente de vultosos investimentos, inclusive

no campo da pesquisa básica, é essencial que os

empreendedores contem com algum apoio para

iniciar seus projetos. Fundada em 1958, a

Defense Advanced Research Projects Agency

(Darpa) tem esse objetivo e conta com um

orçamento para 2019 de US$ 3,44 bilhões.

O modelo Darpa é focado em inversões

disruptivas, com foco em pesquisa aplicada no

desenvolvimento da alta tecnologia e na

resolução de problemas. Outra característica

fundamental do modelo é a gestão de projetos ou

programas, que são contratados após seleção ou

pit por um período limitado, geralmente de três a

cinco anos. Com isso se estabelece um fluxo

contínuo de novos programas e novas ideias, de

modo a transformar questões abstratas em

realidade no menor espaço de tempo.

Tendo em vista que os investimentos sob a égide

da Defesa não estão sujeitos a regras da

Organização Mundial do Comércio (OMC), toda

essa rede de apoio e de inovação proporcionada

pela Darpa e pelas inversões militares não podem

ser questionadas pelos países concorrentes como

práticas anticompetitivas. Esse mecanismo foi

um motor de aceleração do desenvolvimento da

Embraer, por exemplo.

Para desenvolver a indústria de defesa é

indispensável a realização permanente de

missões oficiais de alto nível aos países

importadores, uma vez que esse mecanismo abre

portas e mercados que não podem ser acessados

por iniciativa de empresas, mas de governos.

Com efeito, é preciso exercer na plenitude a

força do Estado brasileiro numa verdadeira

diplomacia ativa de defesa para que tenhamos

sucesso na venda dos nossos produtos.

Assegurar um programa permanente para

empresas, com participação de startups e o apoio

do Estado direcionado para inovação e para a

mitigação do risco de demanda com a aquisição

do primeiro lote de produção, pode contribuir

para o desenvolvimento desse modelo. Como

resultado adicional o Brasil poderá retomar o

caminho perdido no campo da ciência, da

tecnologia, da inovação, do desenvolvimento

produtivo e sustentável.

Outro importante fator de desenvolvimento do

setor é o Regime Tributário da Indústria da

Defesa (Retid), efetivado com a promulgação da

Lei 12.598, gestada no cenário de expansão

fiscal entre 2012 e 2016, com o desenvolvimento

de inúmeros projetos estratégicos no Brasil. Foi o

período do lançamento do programa de

submarino de propulsão nuclear (Prosub), do

programa de aquisições de aeronaves de

combate (FX-2), do Sistema Integrado de

Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), da

aquisição dos blindados Guarani, do programa de

defesa cibernética, dos helicópteros de transporte

pelo programa H-XBR, do satélite geoestacionário

de defesa e segurança (SGDC), do projeto do

míssil A-Darter e do cargueiro tático KC-390,

entre outros.

Com toda essa movimentação, a atividade na

indústria de defesa brasileira foi intensa e a

euforia dos empresários levou à entrada de

novos players no mercado e à ideia de que as

aquisições militares poderiam sustentar essa

renascente indústria. Contudo em 2016 o Brasil

vivenciou a maior retração acumulada da

atividade econômica da História. Por muito

pouco, vários dos projetos iniciados não foram

suspensos. Nesse sentido, era preciso pensar

“fora da caixa” para minimizar o impacto adverso

e manter acesa a indústria de defesa.

A necessidade de readequação dos contratos

firmados alargou o cronograma de encerramento

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Grupo de Comunicação

dos projetos, causando importantes impactos na

cadeia produtiva e na geração de emprego e

renda. Nesse período, importantes empresas

estratégicas fecharam, foram redimensionadas

ou incorporadas por outras empresas, como nos

casos da Mectron, da Odebrecht Defesa e

Tecnologia e de outras da Base Industrial de

Defesa (BID).

Como parte da reação, todo o arcabouço

regulatório foi revisitado por nós. Mas, apesar da

isenção de impostos (PIS, Cofins e IPI), apenas

cinco empresas utilizavam o Retid. Além disso, a

dificuldade de cálculo da renúncia tributária

causava incertezas nas empresas, de modo que o

benefício desenhado em 2012 causava pouco ou

nenhum efeito sobre a BID. Para resolver esse

problema em 2017 o Ministério da Defesa

conduziu com a Receita Federal uma série de

inovações e benefícios para a indústria.

Dentre essas inovações, o cálculo da isenção

tributária passou a ser estendido a toda a cadeia

produtiva, e não apenas ao último elo de

produção. Além disso, empresas de defesa com

capital estrangeiro (não estratégicas) também se

beneficiaram da medida. O resultado, somada a

inclusão dos produtos de defesa no ajuste Confaz

n.º 95, é uma redução de tributos de até 69%!

É bem verdade que as aquisições de produtos de

defesa ainda sofrem com a perversa assimetria

tributária em relação aos produtos importados,

que não pagam nenhum imposto. Mas é certo

que a medida incentiva o desenvolvimento da

indústria de defesa e minimiza a distorção de se

ter um regime tributário diferenciado sem

nenhuma utilidade real.

* RAUL JUNGMANN E FLÁVIO BASÍLIO SÃO,

RESPECTIVAMENTE, EX-MINISTRO DA DEFESA,

DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA REFORMA

AGRÁRIA; E PH.D. EM ECONOMIA, FOI

SECRETÁRIO NACIONAL DE PRODUTOS DA

DEFESA (SEPROD)

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,por-uma-diplomacia-ativa-de-defesa-e-

inovacao,70003073107

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Data: 04/11/2019

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Custo de extração no pré-sal cai 67% em 5

anos

Em 2014, Petrobrás gastava US$ 15,3 para

extrair um barril de petróleo; esse valor recuou

para US$ 5 e deve continuar em queda

Cristian Favaro, O Estado de S.Paulo

Menina dos olhos da Petrobrás, o pré-sal tem

trazido resultados crescentes para a companhia.

Numa das frentes de retorno está a brusca

redução do custo de extração do pré-sal,

chamado no mercado de lifting cost. O indicador,

que mede quanto se gasta de extração do barril

de óleo, atingiu níveis sem precedentes no

terceiro trimestre, US$ 5 por barril contra US$ 6

nos três meses anteriores, segundo dados da

Petrobrás.

A perspectiva, segundo analistas, é de que esse

custo caia ainda mais diante do aumento de

produção de novas plataformas em 2020. Na

quarta-feira, o governo realiza o megaleilão do

pré-sal, que deve impulsionar ainda mais os

resultados do setor nos próximos anos.

Dados levantados pelo Estadão/Broadcast junto à

Rystad Energy Ucube, empresa de pesquisa em

energia, mostram que o custo de exploração do

pré-sal recuou 61% de 2014 até 2019, de US$

15,3 por barril para US$ 6. Se forem

considerados os números atualizados pela

Petrobrás em seu último relatório, a queda é

ainda maior, de 67%, para US$ 5. Os números

são em barris de óleo equivalentes (boe),

unidade que considera o potencial energético do

gás e o petróleo em um barril.

Apoiada pelo pré-sal, a empresa conseguiu

reduzir em 7,3% seu custo de extração total para

US$ 9,67 entre julho e setembro, de

US$10,43/barril nos três meses anteriores. Tal

movimento tem aproximado a estatal de gigantes

do setor. Juntas, Shell, ExxonMobil, BP, Chevron,

Eni e Total apresentaram um lifting cost médio

de US$ 5,4/barril até agora em 2019.

Apesar do resultado comemorado por analistas, a

estatal ainda tem um caminho considerável pela

frente para se equiparar com o Oriente Médio,

berço da produção de petróleo global, cujo custo

médio de extração é de US$ 3,2 por barril,

conforme números da Rystad Energy Ucube. Os

dados foram coletados pela consultoria em mais

de 500 empresas no segmento.

O analista de petróleo e gás da XP

Investimentos, Gabriel Francisco, disse que a

abundância do petróleo no Oriente Médio

colabora para os custos inferiores. Entretanto, o

analista afirmou que o pré-sal é um ativo valioso:

exige um investimento elevado no início, mas

traz forte produção. Francisco disse que, para

além da característica favorável do ativo, a

estatal tem feito investimentos importantes em

produtividade.

Para se ter dimensão das proporções, em média,

um poço em terra (onshore) produz 15 barris por

dia no Brasil, enquanto no pré-sal, o volume

diário alcança 40 mil. Isso faz com que um único

poço em águas profundas produza mais que toda

a extração onshore da Bahia ou do Rio Grande do

Norte. Já o custo de extração da estatal em terra

foi de US$ 18,19 por barril, 3,5 vezes superior ao

do pré-sal.

A Petrobrás foi procurada, mas não se

manifestou. Nas demonstrações dos resultados, a

estatal apontou que a redução no custo do pré-

sal veio com o aumento de escala da produção

das plataformas do campo de Búzios. A

estimativa da empresa é de que, no quarto

trimestre, este número fique entre US$ 5 e US$

6 por barril.

O analista do Itaú BBA, André Hachem, afirmou

que os números da Petrobrás para o custo de

extração foram positivos. Segundo ele, a estatal

tem se esforçado para cortar custos. O analista

afirmou que a tendência é de que esse custo

continue a cair ao passo que as plataformas

novas (P-75, P-77, P-69, P-76, P-67 e P-74) vão

atingindo sua capacidade máxima. “Elas não

estão rodando a 100% ainda. A gente estima que

isso (o ganho de escala após o início da

produção) continue acontecendo até o ano que

vem.” https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,custo-de-extracao-no-pre-sal-cai-67-em-5-anos,70003074872

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Data: 04/11/2019

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Além de caminhões, Mercedes-Benz ‘produz’

hortaliças

Cleide Silva

Iniciativa inédita no setor industrial, segundo a

própria empresa, a Mercedes-Benz iniciou nesta

sexta-feira, 1, projeto de cultivo de hortaliças ao

lado da linha de montagem de caminhões e

ônibus da fábrica de São Bernardo do Campo, no

ABC paulista.

Voltada principalmente ao consumo dos cerca de

10 mil funcionários da unidade, a Fazenda

Urbana, como a empresa batizou o projeto, foi

criada em parceria com a startup mineira

BeGreen, que desenvolve produção sustentável,

sem agrotóxicos.

A montadora utiliza 1,2 mil m² de uma área

antes desocupada em suas instalações, ao lado

do restaurante dos funcionários. O local tem

capacidade para produzir 2,68 mil quilos de

hortaliças – ou 44 mil pés de verduras, ervas e

temperos por mês.

A maior parte da colheita será destinada aos

restaurantes da fábrica, mas uma parcela será

vendida aos funcionários que quiserem levar os

produtos para casa e também doada a entidades

assistenciais.

A primeira Fazenda Urbana instalada dentro de

uma indústria no mundo tem como foco principal

proporcionar uma alimentação de mais qualidade

aos funcionários, afirma Carlos Santiago, vice-

presidente de Operações da Mercedes-Benz do

Brasil.

Entre as verduras cultivadas estão alface baby

(verde e roxa), rúcula, espinafre, agrião e

chicória. Os temperos são salsinha, hortelã,

cebolinha, coentro, manjericão e sálvia. Em uma

segunda etapa serão produzidos legumes como

tomate e berinjela.

https://economia.estadao.com.br/blogs/cleide-

silva/alem-de-caminhoes-mercedes-benz-produz-

hortalicas/

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Data: 04/11/2019

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Brasil tem boa chance de presidir o BID

Cenário político atual na Argentina pode

beneficiar possível candidatura brasileira

Beatriz Bulla, correspondente, e Idiana Tomazelli,

O Estado de S.Paulo

WASHINGTON/BRASÍLIA - A relação mais

próxima do Brasil com os Estados Unidos tem

encorajado o governo brasileiro a considerar uma

candidatura para a presidência do Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID), hoje

ocupada pelo colombiano Luis Alberto Moreno. A

avaliação é que o posto pode alçar o País a uma

posição de liderança e na região.

Pela política interna de rotação de presidentes do

banco, candidatos do Brasil ou da Argentina são

os que teriam maior chance de receber apoio

significativo na eleição, que acontecerá em 2020.

O governo brasileiro avaliava a conveniência de

se juntar com a Argentina e apoiar um candidato

endossado por Mauricio Macri, mas o recente

resultado da eleição no país vizinho mudou o

cenário.

A avaliação é de que os EUA estariam mais

confortáveis em apoiar um candidato brasileiro,

alinhado ao governo de Donald Trump, do que

um eventual nome vindo do futuro governo de

Alberto Fernández, nome da esquerda argentina,

que saiu vitoriosa nas últimas eleições.

Com a sede do banco em Washington, a

presidência do BID acaba se tornando uma

representação da América Latina na capital

americana. O presidente do banco é considerado

um representante de toda a região para as

discussões que passam por temas econômicos e

de desenvolvimento. Sua posição é considerada

estratégica. Ao cogitar uma candidatura própria,

o Brasil mira em uma oportunidade de

desempenhar “papel condutor” nas discussões da

região, inclusive em temas como integração física

(por meio de infraestrutura logística) e

energética.

O País ainda está em estágio de conversas

internas para decidir o custo-benefício da

candidatura própria e mobilizar os principais

líderes do País, inclusive o presidente Jair

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo

Guedes, para a campanha pela cadeira do BID.

Por se tratar de uma negociação política, a busca

por apoio dos demais países-membros do banco

deve resultar em acenos feitos pelo governo

brasileiro, em busca de uma conciliação de

interesses.

O nome do candidato precisa ser oficializado até

45 dias antes da disputa, mas a campanha é

considerada uma disputa “como a de vereador de

interior”, que exige tempo e viagens aos países

que fazem parte da instituição. É necessário

também que o governo brasileiro esteja

completamente convencido de que esse é um

objetivo importante e coloque seu capital político

e diplomático para atingi-lo.

Tradicionalmente, a assembleia anual do banco é

um momento em que as atenções estão voltadas

aos nomes de candidatos já definidos. No ano

que vem, a reunião acontecerá em março, em

Barranquilla, na Colômbia. O Brasil teria até lá,

portanto, para chegar a um consenso sobre o

lançamento de candidatura própria e definir o

nome. O governo brasileiro, por enquanto, evita

listar possíveis candidatos, sob o argumento de

que é preciso “muito cuidado para não queimar a

largada”. A avaliação é de que o momento ainda

é de viabilizar a candidatura e decidir a

estratégia a ser adotada.

Nas últimas passagens de integrantes do governo

por Washington, no entanto, um dos nomes

cotados em reuniões internas, segundo fontes,

foi o da ex-presidente do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Maria Silvia Bastos Marques. O BID não teve, até

o momento, uma presidente mulher.

A eleição para a presidência do banco é feita pela

assembleia de governadores da instituição

considerando a maioria do poder total de voto.

Os EUA sozinhos possuem 30% do total de votos

– daí a aposta do Brasil de que a relação com

Washington pode ser fator decisivo. O mandato

do presidente é de cinco anos. Moreno, foi eleito

em 2005 e reeleito em 2010 e, novamente, em

2015.

Mais cotados

Um acordo de cavalheiros nos bastidores

estimula a rotação da presidência entre países

que não assumiram a cadeira. Assim, a

candidatura de um colombiano seria

desencorajada, por exemplo. Moreno é o quarto

presidente da história do BID. Antes dele, a

cadeira foi ocupada por representantes de Chile,

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

México e Uruguai. Dos maiores países da região,

estariam aptos a concorrer, portanto, Peru,

Argentina e Brasil. A presidência do Banco de

Desenvolvimento da América Latina (CAF) já está

sob responsabilidade do peruano Luis Carranza.

Com isso, Brasil e Argentina seriam os mais bem

cotados para entrar na disputa.

O governo argentino apresentou o nome de

Rogelio Frigerio, ministro do Interior, Obras

Públicas e Habitação de Macri como virtual

candidato à presidência da instituição. O Brasil

vinha estudando se valeria a pena costurar um

apoio ao candidato argentino, para evitar dividir

a disputa e sair frustrado, como aconteceu em

2005, quando a candidatura do brasileiro João

Sayad acabou derrotada.

Com a perda de Macri nas urnas e vitória de

Alberto Fernández, há dúvidas em Washington

sobre a manutenção do nome de Frigerio pelo

governo argentino. Além disso, nos bastidores, o

governo brasileiro considera que a Casa Branca

dificilmente apoiará um candidato sugerido por

Fernández, enquanto um nome do governo

Bolsonaro teria mais força. Desde a eleição,

Bolsonaro vem fazendo gestos de aproximação

do governo Donald Trump. Diplomatas

americanos avaliam que há uma disposição de

fato em manter relações mais próximas do Brasil,

seguindo as diretrizes da Casa Branca.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

brasil-tem-boa-chance-de-presidir-o-

bid,70003074028

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Grupo de Comunicação

O Brasil e a economia global

Precisaremos mudar a maneira de nos inserirmos

na economia globalizada. A chave é a

produtividade

Roberto Fendt, O Estado de S.Paulo

A organização Mundial do Comércio (OMC) reviu

para baixo sua projeção do crescimento do

comércio mundial para 2,6%, em face de um

crescimento em 2018 de 3%.

Tem sido habitual atribuir essa queda no

crescimento do comércio mundial ao conflito

comercial entre os Estados Unidos e a China.

Como disse o diretor-geral da OMC, o brasileiro

Roberto Azevêdo, com as tensões em alta,

ninguém deveria ficar surpreso com esse

resultado. “O comércio não pode plenamente

desempenhar o seu papel de motor do

crescimento quando observamos níveis tão altos

de incerteza”, acrescentou. As incertezas com

relação ao Brexit também não estão ajudando. E,

contrariamente às expectativas do início do ano,

uma retomada do comércio em 2019 e 2020

parece não se concretizar.

Essa desaceleração do crescimento do comércio

tem também outras causas: 1) tarifas e barreiras

não tarifárias compõem uma escalada

protecionista que afeta não somente o comércio

bilateral Estados Unidos-China, mas a totalidade

do comércio mundial; 2) a desaceleração do

crescimento em boa parte do mundo; e 3)

também é causa do menor crescimento do

comércio a volatilidade dos mercados financeiros;

entre tantas outras.

A questão que se coloca é se a desaceleração do

crescimento do comércio mundial é causa ou

consequência de algo mais estrutural. A

economia mundial, a partir da crise financeira de

2008, não é mais a mesma dos áureos tempos

em que a expansão do comércio trazia a reboque

o crescimento da economia global.

Não se trata agora, como em 2008, de uma crise

financeira, sem ligação direta com o lado real da

economia, a produção de bens e serviços.

Alguma coisa mudou nas duas últimas décadas e

talvez só agora estejamos nos dando conta da

mudança.

O emprego e a produção industrial já não lideram

o crescimento das nações. Em parte pela

tecnologia e a crescente automação, em parte

porque a demanda das famílias por bens e

serviços não sustenta a produção.

Num ambiente de grande incerteza com relação

ao emprego, famílias poupam mais e consomem

menos. Firmas reagem às incertezas freando o

investimento. Menores investimentos se refletem

em menor crescimento das economias.

Há dúvidas se o crescimento da economia

americana se sustentará. Mas já não há mais

dúvidas se a segunda economia do mundo está

em processo de franca desaceleração. Nossa

própria recuperação, embora lenta, ainda está

distante de trazer de volta os empregos perdidos

pelos desmandos dos governos anteriores.

Não ajudam as incertezas vindas do sul. O eleitor

argentino decidiu substituir o governo que

pretendeu corrigir os desmandos da política

econômica do passado trazendo de volta os

próprios causadores desses desmandos. Como

isso impactará o mercado que é crítico para

nossas exportações industriais?

A retomada de nosso crescimento sustentável

demanda racionalidade na política econômica e o

crescimento da produtividade de nossa

economia. A produtividade está estagnada faz

duas décadas. A chave da inserção da

competitiva economia brasileira na nova

economia global é o aumento da produtividade.

Precisaremos mudar a maneira de nos inserirmos

na economia globalizada. Temos somente 1% do

comércio mundial e há espaço para aumentar

essa participação. A maior abertura ao comércio

global trará às empresas brasileiras economias

de escala e especialização; e a especialização

traz consigo aumentos de produtividade, que

beneficiam, em última instância, o consumidor

brasileiro.

Demos um importante passo com o acordo

Mercosul-União Europeia. Outros acordos

permitirão uma maior abertura da economia

brasileira ao mercado global, com o aumento da

produtividade no País e benefício da maior

competição para o consumidor brasileiro.

*ECONOMISTA

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o

-brasil-e-a-economia-global,70003074083

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Data: 04/11/2019

96

Grupo de Comunicação

Novo modelo do saneamento já teria atraído

2 estatais

Proposta é que parte da empresa permaneça

pública e cuide da captação da água; a outra,

privatizada, ficaria com coleta do esgoto

Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A proposta do novo marco legal do

saneamento aprovada pela Comissão Especial da

Câmara dos Deputados facilita a divisão de

empresas estaduais de saneamento para que

uma parte da companhia permaneça pública e a

outra, seja concedida ou privatizada. A parte

pública ficaria responsável pela captação de água

e a segunda empresa poderia trabalhar na

distribuição da água e tratamento e coleta de

esgoto na localidade.

Segundo fontes que acompanham as discussões

do novo marco, pelo menos duas empresas

estaduais consideram hoje optar por esse

modelo. A previsão foi incluída no relatório do

deputado Geninho Zuliani (DEM-SP) na última

semana, um dia antes de sua aprovação na

comissão. “Nós estamos autorizando a cisão da

companhia para ter dois CNPJs, um para cuidar

da adutora de água e o outro para poder fazer

parcerias-público privadas, privatizações”,

comentou o relator sobre a inovação.

Para o secretário de Desenvolvimento de

Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo

Mac Cord, a medida é menos “traumática” para

as companhias que se reestruturarem e mais

eficiente que as chamadas subdelegações. Nesse

último modelo, a companhia delega parte do

contrato fechado com o município para a

iniciativa privada, numa espécie de terceirização.

“É bem mais eficiente do que as subdelegações,

pois o privado assina direto com o titular a parte

que for privatizada. Você garante a eficiência das

partes resultantes dessas operações”, disse Mac

Cord ao Estadão/Broadcast, integrante da pasta

que tem participado ativamente da tramitação do

novo marco no Congresso.

Sócio de Infraestrutura do escritório Machado

Meyer, Rafael Vanzella avalia que o artigo veio

para facilitar o processo de reestruturação

societária das empresas estatais e

desburocratizar as modelagens de concessões

regionais. “O objetivo é muito válido, é um tema

relativamente novo, não tinha aparecido nas

outras discussões que ocorreram no Congresso,

vai facilitar o processo de privatização”, disse.

Ele pontua, no entanto, que a redação precisa

ser aprimorada. Vanzella sugere, inclusive, que o

trecho seja dividido em dois artigos que deem

conta das leituras possíveis pelo texto atual. Uma

delas é a da cisão da empresa estadual para a

privatização de uma parte, que é uma novidade.

Já a segunda é para o caso dessa empresa poder

fechar contrato de compra e venda de água em

região que será concedida à iniciativa privada.

Isso já seria possível de realizar hoje,

independentemente do novo marco, mas poderia

trazer mais segurança jurídica à modelagem,

avalia.

Na prática

Um exemplo desse segundo cenário será aplicado

em Maceió (AL) e região metropolitana. Para

esse bloco, o governo de Alagoas vai dividir a

prestação dos serviços: a Casal, companhia de

saneamento do Estado, ficará responsável pela

captação e tratamento da água. A empresa

privada que ganhar a concessão ficará com a

distribuição da água, coleta e tratamento de

esgoto.

O projeto foi estruturado com o auxílio do BNDES

e a intenção é lançar o edital até no máximo

janeiro do ano que vem. É o que explica o

secretário de Infraestrutura do Estado de

Alagoas, Maurício Quintella, que está otimista

com o projeto. “Acho que essa receita aqui de

Alagoas sem dúvida vai ser modelo para o

restante do Brasil,”

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

novo-modelo-do-saneamento-ja-teria-atraido-2-

estatais,70003073377

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Data: 04/11/2019

97

Grupo de Comunicação

O Dia D

O megaleilão do pré-sal põe o Brasil numa

posição de protagonismo no mercado mundial de

óleo e gás

Adriano Pires*, O Estado de S.Paulo

O dia 6 de novembro vai marcar a coroação do

pré-sal brasileiro. Neste dia será realizado o

chamado megaleilão do petróleo. Os números

são gigantes e mostram todo o potencial do

chamado excedente da cessão onerosa, tanto de

arrecadação por meio do bônus de assinatura,

dos royalties e excedente de óleo quanto em

relação aos investimentos que vão ocorrer nos

próximos anos.

Vamos aos números. É o maior leilão já realizado

no mundo em termos de valor de arrecadação de

bônus de assinatura: serão R$ 106,56 bilhões. O

valor é alto porque estão sendo oferecidas áreas

onde a Petrobrás já investiu em exploração e

produção. A Agência Nacional do Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que o

pico de produção de petróleo nessas áreas

alcançará 1,2 milhão de barris/dia. Para ter uma

ideia, o Campo de Búzios, um dos quatro que

serão leiloados, já é o segundo maior em

produção de petróleo no Brasil, com uma média

de 341 mil barris/dia em agosto de 2019.

Quanto aos investimentos, a ANP prevê R$ 264

bilhões, considerando a introdução das

plataformas que iniciarão operação após 2020. A

agência também prevê um potencial de

arrecadação de R$ 1,37 trilhão nos próximos 35

anos com a produção dos quatro campos: Búzios,

Atapu, Itapu e Sépia.

Mas, para chegarmos a este Dia D, muito teve de

ser feito ao longo dos últimos 22 anos. A história

começa com a aprovação, em 1995, da Emenda

n.º 9, que retirou o monopólio da Petrobrás da

Constituição, permitindo que em 1997 fosse

sancionada pelo presidente FHC a Lei 9.478. Essa

lei abriu o mercado de petróleo, autorizando a

realização dos leilões de blocos de petróleo e gás

natural. O sucesso dos leilões foi total com a

entrada de grandes empresas petrolíferas

internacionais e a criação de empresas nacionais.

O regime jurídico escolhido foi o da concessão,

no qual as empresas disputavam os blocos

oferecendo o maior bônus e comprometimento

com o conteúdo local. Com o início da produção

de óleo e gás natural, pagariam royalties e

participações especiais. De 1999 até o anúncio

do pré-sal, em 2008, foram realizados 9 leilões,

entraram no Brasil 87 empresas e foram

arrecadados R$ 100,3 bilhões de royalties e

participações especiais. A produção de petróleo,

que era de 307 mil barris/dia em 1997, chegou a

663 mil barris/dia em 2008.

Com o anúncio do pré-sal, a aposta era de que o

Brasil passaria a viver uma era de ouro do

petróleo. Afinal, as reservas que se avistavam

eram gigantes e o preço do barril de petróleo

andava em torno dos US$ 100. Na medida em

que o pré-sal passou a ser um projeto político do

governo do PT, a era de ouro não se concretizou.

Ao invés de aprimorarmos o modelo da

concessão diante do novo cenário do pré-sal,

aprovamos o modelo da partilha, dando no

mínimo 30% dos campos do pré-sal à Petrobrás,

como também o monopólio da operação. E o

pior: ficamos seis anos sem realizar leilões, com

o barril a US$ 100. Essa paralisação dos leilões,

por motivos estritamente políticos, foi um dos

maiores crimes cometidos por um governo contra

gerações futuras de brasileiros, em particular as

do Rio de Janeiro.

O setor de óleo e gás só começou a se recuperar

com a aprovação do projeto de lei do senador

José Serra que acabou com as exigências dos

30% e do monopólio de operação da Petrobrás.

Na sequência, o governo Temer muda a política

de conteúdo local, aprova o Repetro e estabelece

um calendário de leilões. Isso explica o sucesso

dos leilões. Do governo Temer até agora foram

realizados 3 leilões de concessão e 4 de partilha;

foram arrecadados R$ 37 bilhões de bônus de

assinatura, e as projeções da ANP, incluindo os

leilões deste ano, são de arrecadação de royalties

de R$ 5,6 trilhões até 2054; e os investimentos

esperados até 2030 são de R$ 1,7 trilhão.

O leilão do dia 6 de novembro coloca o Brasil

numa posição de protagonismo no mercado de

óleo e gás mundial. No entanto, ainda há muito a

fazer. Nesse sentido, a aprovação do novo

projeto do senador Serra que ora tramita no

Senado, propondo o fim da preferência da

Petrobrás e permitindo ao Conselho Nacional de

Política Energética (CNPE) escolher entre a

concessão e a partilha nos leilões do pré-sal, será

um outro passo fundamental para a continuidade

do sucesso dos leilões.

* Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie)

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-dia-d,70003073188

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Acordo abre caminho para megaleilão do

pré-sal

Petrobrás e governo assinam revisão do contrato

de cessão onerosa após quatro anos de

negociação; leilão está marcado para dia 6

Denise Luna, Fernanda Nunes e Vinicius Neder, O

Estado de S.Paulo

RIO - O governo e a Petrobrás assinaram ontem

a revisão do contrato da cessão onerosa,

encerrando negociação que se arrastou pelos

últimos quatro anos e envolveu três presidências

da República. A assinatura do aditivo garante à

estatal o direito de receber R$ 34 bilhões,

diferença entre o que a Petrobrás pagou em 2010

pelo direito de explorar uma região no pré-sal e

quanto, em valores atuais, a área realmente

vale. Concluído o acordo, será possível realizar o

megaleilão do pré-sal, de excedentes da cessão

onerosa, na próxima quarta-feira.

Classificada como “monstrengo” e “jabuticaba”

pelo presidente da Petrobrás, Roberto Castello

Branco, e desconhecida pelo ministro de Minas e

Energia, Bento Albuquerque, até há pouco

tempo, a cessão onerosa é um regime único no

mundo e deu à Petrobrás o direito de produzir

até 5 bilhões de barris de óleo equivalente de

petróleo e gás natural. Em troca, o governo

recebeu ações da companhia. Durante a

exploração, a estatal descobriu o triplo do

volume contratado e o governo decidiu levar o

excedente a leilão.

Pré-sal

A assinatura do aditivo garante à estatal o direito

de receber R$ 34 bilhões Foto: Wilton

Junior/Estadão

Com o leilão do excedente da cessão onerosa, o

governo espera arrecadar um bônus de

assinatura de R$ 106 bilhões, se forem vendidos

os quatro campos ofertados – Búzios, Itapu,

Atapu e Sépia. De acordo com o diretor-geral da

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, presente à

cerimônia de assinatura, o leilão do excedente

será um marco para a indústria de petróleo no

Brasil.

“Nenhuma das medidas tomadas pela retomada

do setor de petróleo tem o mesmo efeito da

cessão onerosa”, disse Oddone, destacando a

projeção de aumento de produção e arrecadação

para governos com o leilão.

Presente ao evento, o ministro da Economia,

Paulo Guedes, informou que com os

investimentos previstos nas novas áreas

licitadas, a arrecadação em todas as esferas de

governo poderá chegar a R$ 80 bilhões por ano.

“Boa parte da construção do futuro (do Brasil)

está em cima desses investimentos”, afirmou

Guedes.

A região da cessão onerosa vem sendo explorada

pela Petrobrás desde 2010. A empresa descobriu

no local os campos de Búzios, Itapu, Atapu,

Sépia e Sul de Lula. Em pouco tempo, Búzios se

tornou o segundo maior campo produtor de

petróleo do País, e já tem lance garantido da

própria Petrobrás no leilão do dia 6, assim como

o campo de Itapu. Juntos, os dois campos

representam R$ 69,9 bilhões para os cofres da

União, mais que o dobro arrecadado em todos os

leilões já realizados sob o regime de Partilha de

Produção (R$ 31,1 bilhões).

“O fato da Petrobrás ter manifestado interesse

garante 70% do bônus, já garante o sucesso do

leilão”, festejou Oddone.

Segundo o presidente da Petrobrás, a assinatura

do acordo foi “uma vitória, após quatro anos de

discussão”. Em função dos elevados bônus de

assinatura, a Petrobrás vai participar com sócios

em todos os lances do leilão, de acordo com

Castello Branco. Além da estatal, estão

habilitadas 11 grandes petroleiras. Estão inscritas

as americanas ExxonMobil e Chevron; a anglo-

holandesa Shell; as chinesas CNODC e CNOOC, a

colombiana Ecopetrol, a norueguesa Equinor, a

portuguesa Petrogal, a malasiana Petronas e a

QPI, do Catar, e a Wintershall, da Alemanha. A

BP e a Total chegaram a se inscrever, mas

anteciparam que não vão participar.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a

cordo-abre-caminho-para-megaleilao-do-pre-

sal,70003073391

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

‘Smog’ em Nova Délhi fecha escolas e

paralisa obras

Neblina poluente é comum na capital indiana

durante o inverno, provocada por gases de

veículos, emissões industriais e fumaça de

queimadas agrícolas; governo enviou um

purificador de ar ao Taj Mahal por temer que a

poluição afete o local

Redação, O Estado de S.Paulo

NOVA DÉLHI - Os 20 milhões de habitantes de

Nova Délhi enfrentavam nesta segunda-feira, 4,

a intensa poluição na cidade, uma emergência de

saúde que levou ao fechamento de escolas, à

interrupção do trânsito e à paralisação de obras.

Uma neblina poluente envolve Nova Délhi a cada

inverno, provocada pelos gases dos veículos,

emissões industriais e fumaça das queimadas

agrícolas nos Estados vizinhos.

A crise atual, no entanto, se transformou na pior

registrada nos últimos três anos. O ministro-

chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, pediu

medidas para combater o que chamou de

"contaminação insuportável". "Há fumaça por

todos os lados e as pessoas, incluindo jovens,

crianças e idosos, têm dificuldades para

respirar", afirmou ele.

Purificador de ar no Taj Mahal

O governo de Kejriwal proibiu a circulação de

metade dos carros particulares na cidade, com

base em um sistema de rodízio de placas.

As escolas estão fechadas desde sexta-feira.

Kejriwal anunciou que as autoridades

distribuíram máscaras para os estudantes.

As obras de construção estão paralisadas em

Nova Délhi e nas proximidades até terça-feira.

Outras regiões do país também foram afetadas

pelo “smog”, informou a Junta Central de

Controle da Contaminação.

O governo enviou uma caminhonete com um

purificador de ar ao Taj Mahal, a principal atração

turística do país, a 250 km da capital indiana, por

temer que a poluição afete o mausoléu de

mármore do século 17, informou a agência Press

Trust of India.

Poluição vira tema de debate político

Com eleições em Nova Délhi programadas para o

início de 2020, a crise de poluição virou um tema

de debate político.

Kejriwal, que comparou a capital a uma "câmara

de gás" na sexta-feira, afirmou que a cidade fez

sua parte para combater a contaminação e que a

queimada de restolho de trigo em fazendas de

fora da região é responsável pelo “smog”.

O ministro do Meio Ambiente, Prakash Javadekar,

acusou a Kejriwal de politizar o tema, enquanto

um parlamentar do governante Partido Bharatiya

Janata (BJP) chamou de "truque" o rodízio de

placas e afirmou que pretendia ignorar a regra.

Um grupo de ecologistas escreveu uma carta ao

primeiro-ministro Narendra Modi e pediu para

que ele assuma a liderança e ajude a encontrar

uma solução para o problema.

14 cidades indianas entre as 15 mais poluídas do

mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou

que 14 cidades indianas, incluindo a capital,

estão entre as 15 mais poluídas do mundo.

Especialistas alertam que os governos devem ir

além dos remédios a curto prazo e abordar as

principais causas da contaminação para melhorar

a qualidade do ar a longo prazo.

Daniel Cass, vice-presidente de saúde ambiental

da Vital Strategies, acredita que o governo

deveria restringir as emissões das motos, muito

utilizadas em Nova Délhi, e pediu mais

investimentos em transporte público.

Mudar as práticas agrícolas e as fontes de

geração de energia elétrica e acelerar a

conversão da calefação doméstica do carvão para

o gás natural também são medidas cruciais na

luta contra a poluição, afirmou Cass.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que visitou

Nova Délhi no fim de semana, prometeu € 1

bilhão ao governo da Índia para estimular os

transportes ecológicos nos próximos cinco anos e

pediu às autoridades locais mais ações contra a

poluição. / AFP

https://internacional.estadao.com.br/noticias/ger

al,smog-causado-por-poluicao-em-nova-delhi-

fecha-escolas-e-paralisa-obras,70003075200

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Data: 04/11/2019

100

Grupo de Comunicação

Governo tenta reverter desgaste do óleo no

NE

Coluna do Estadão

O desastre ambiental do óleo nas praias do

Nordeste tem tudo para ser um limão

transformado em limonada, avaliam diplomatas e

membros do governo ouvidos pela Coluna.

Diferentemente das queimadas na Amazônia, no

caso do petróleo, é possível apontar fora do País

um “culpado” pela calamidade. O Brasil, assim,

pode adotar uma postura incisiva contra os

responsáveis e mostrar que não tolera esse tipo

de crime. Se der certo, ao menos em parte, a

abalada imagem do governo Jair Bolsonaro no

aspecto ambiental será amenizada, esperam.

Prática.

A expectativa só vai corresponder à realidade se

a ação da Polícia Federal for impecável na

apuração, rápida, do caso. Agilidade que o

governo não teve ao acionar o Plano Nacional de

Contingência, numa demora de 41 dias,

conforme o Estado revelou.

Vai…

Parlamentares da base do governador Wilson

Witzel acham que Jair Bolsonaro está à beira de

uma ataque de nervos. Um dos sinais foi o erro

do presidente sobre o local do encontro dele com

Witzel.

…mal.

Bolsonaro e o governador realmente se

encontraram socialmente no dia 9 de outubro,

mas não no Clube Naval do Rio de Janeiro, e sim

em Brasília, no aniversário do ministro Augusto

Nardes, do Tribunal de Contas da União.

Outro…

Segundo cálculos do deputado Pedro Paulo (DEM-

RJ), autor da PEC da Regra de Ouro, o projeto do

governo sobre o mesmo assunto terá um impacto

menor do que o que já está tramitando no

Congresso.

…alcance.

O de Pedro Paulo tem potencial para economizar

R$ 95,5 bilhões por ano; o de Paulo Guedes, R$

24,78 bilhões.

Tô fora.

O deputado Paulinho da Força recolhe novas

assinaturas para um projeto que disciplina o

funcionamento de sindicatos. O motivo? O

primeiro recebeu o jocoso número 171.

SINAIS PARTICULARES

Pela educação.

Os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT),

e de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-

governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e

ex-ministro da Educação, Mendonça Filho,

estarão juntos no 6º Fórum LIDE de Educação,

amanhã na capital.

Em frente.

Relator do inquérito no STF para apurar “fake

news”, o ministro Alexandre de Moraes afirmou

que o Poder Judiciário do Brasil não vai permitir a

liberdade de expressão ser utilizada para

fomentar perseguições e ataques.

CLICK.

O presidente da Conib, Fernando Lottenberg, e o

ministro do STF Alexandre de Moraes. Defesa da

democracia e da diversidade em jantar sábado

em São Paulo.

Resistência.

Moraes participou do jantar anual da

Confederação Israelita do Brasil (Conib), em São

Paulo. Segundo ele, o STF combaterá “discursos

de ódio e fake news”. No mesmo encontro, Joice

Hasselmann pregou o “diálogo” para a

reconstrução do País.

Bola…

Está emperrada na Prefeitura paulistana a

renovação da concessão do CT da Barra Funda ao

São Paulo F.C. O clube pode utilizar a área até

2022, mas quer prorrogar por mais 20 anos seu

direito de uso da terreno público.

…dividida.

O Tricolor oferece como contrapartida a

construção de penas duas creches em áreas da

Prefeitura. A proposta, em termos financeiros, é

considera modesta se comparada ao alto valor da

área do CT, na zona oeste. O MP está de olho.

Corinthians e Palmeiras sofrem com problema

semelhante.

PRONTO, FALEI!

Luís Roberto Barroso

Ministro do STF

“Eu sou uma pessoa zen. O problema é que a

única vez que perdi essa postura, eu estava em

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Data: 04/11/2019

101

Grupo de Comunicação

rede nacional de TV”, em evento da

Confederação Israelita do Brasil, no clube

Hebraica (SP), sobre antiga altercação com

Gilmar Mendes.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG,

JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA.

https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-

estadao/governo-tenta-reverter-desgaste-do-

oleo-no-ne/

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Data: 04/11/2019

102

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VALOR ECONÔMICO Após críticas de tribunal, PPSA diz estar

pronta para leilão

Auditoria do TCU chegou a apontar que a

empresa não tinha condições de cumprir seu

papel na disputa do pré-sal

Criada em 2013 para representar os interesses

da União nos contratos de partilha, a Pré-Sal

Petróleo SA (PPSA) integra um grupo de estatais

cuja razão de existir é frequentemente

questionada. O mesmo acontece, por exemplo,

com a Empresa de Planejamento e Logística

(EPL) - “a estatal do trem-bala” - e com a

Telebras.

A maioria dessas companhias também sofre com

um histórico de problemas de orçamento e falta

de pessoal. No caso da PPSA, essas carências

quase resultaram no cancelamento do megaleilão

da cessão onerosa do pré-sal, marcado para

quarta-feira. Uma auditoria do Tribunal de

Contas da União (TCU) concluiu que a empresa

não tinha as mínimas condições de cumprir seu

papel.

Diante do risco de suspensão do certame, o

ministro da Economia, Paulo Guedes, teve de

agir. Ele não se comprometeu a resolver

imediatamente todas as pendências da empresa,

mas autorizou a contratação de 23 novos

servidores e prometeu para os próximos meses o

repasse de R$ 112 milhões que já deveriam estar

nos cofres da estatal. O TCU aceitou a proposta.

“A conclusão das análises das informações

prestadas pelo poder concedente é de que não há

comprovação do provimento dos recursos

necessários para as condições mínimas de

segurança para que o governo assuma novos

compromissos, em nome da União, mediante a

assinatura de contratos de partilha de produção”,

afirmou o TCU em parecer.

Diante do quadro encontrado pelos auditores, foi

sugerida uma determinação proibindo o

Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência

Nacional do Petróleo (ANP) e a PPSA de

assinarem novos contratos de partilha de

produção até que a situação da estatal fosse

devidamente equacionada. O entendimento era

de que o porte do leilão exigiria ainda mais

recursos da PPSA.

“A comprovação de recursos adequados e

suficientes para a PPSA gerir, de forma eficiente,

os contratos de partilha de produção almejados,

passou a ser requisito entre a documentação a

ser apresentada pelo poder concedente no

processo de outorga”, informou o tribunal.

Na avaliação dos auditores, o leilão dos

excedentes deverá gerar contratos muito mais

complexos e trabalhosos, tanto em razão do

atual estágio de desenvolvimento e porte dos

projetos, quanto em razão dos respectivos

acordos de coparticipação e de pagamento de

compensação à Petrobras. “Portanto, a exigência

sobre a capacidade da PPSA deve atingir seu

grau máximo, o que pode trazer riscos de alta

potencialidade para a União”, diz o documento,

obtido pelo Valor.

O presidente da PPSA, Luiz Eduardo Gerk, explica

que a situação da empresa é melhor do que a

apontada pelo tribunal. Segundo ele, parte do

diagnóstico do órgão de controle foi feita há

bastante tempo e que, aos poucos, a empresa

está entrando nos trilhos - ao menos para um

cenário de curto e médio prazos.

A sustentabilidade financeira, contudo, ainda é

um objetivo distante. Segundo Gerk, equipes

estão trabalhando em um desenho de longo

prazo, mas ainda não há muito o que mostrar. “O

que posso dizer é que a gente hoje está 100%

preparado para qualquer resultado do leilão.”

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/11/0

4/apos-criticas-de-tribunal-ppsa-diz-estar-

pronta-para-leilao.ghtml

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Data: 04/11/2019

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Grupo de Comunicação

Lei do saneamento é avanço, mas ainda

restam incertezas

Cria-se um ambiente muito mais favorável a

aportes privados, sem os quais seria impossível

alcançar os R$ 600 bilhões para a universalização

dos serviços

No calor dos debates sobre o novo marco legal

do saneamento básico, um parlamentar baiano

de oposição criticou duramente o projeto de lei

que busca atrair investimentos privados para o

setor e observou: “Se essa proposta passar, os

pequenos municípios do interior da Bahia vão

ficar sem coleta e tratamento de esgoto”.

O sinal de alerta sobre danos futuros chega a ser

risível quando se olha o drama que se vive nas

cidades brasileiras. Seis mil piscinas olímpicas de

esgoto são despejadas por dia nos rios do país.

Seis mil. Por dia. Talvez seja a razão pela qual

algumas pessoas que têm acompanhado as

discussões no Congresso Nacional chamem esse

projeto sobre o novo marco regulatório do

saneamento de “PL Tiririca” - pior do que está,

não fica.

A proposta, aprovada em comissão especial da

Câmara dos Deputados na semana passada, tem

mérito enorme ao criar um ambiente muito mais

favorável a aportes privados - sem os quais seria

impossível alcançar os R$ 600 bilhões

necessários para a universalização dos serviços.

Novos contratos de programa (firmados

diretamente entre prefeituras e companhias

públicas de água e esgoto), sem licitação e sem

metas, ficam vedados. Os atuais vão sendo

substituídos por contratos de concessão, em

concorrência aberta e com indicadores de fácil

monitoramento. Troca-se um sistema que gira

em torno de estatais com baixa capacidade de

investimento por outro baseado no apetite do

setor privado para oferecer serviços.

No entanto, restam dúvidas sobre como

implementar a lei e fazer os novos contratos de

concessão - o desafio pode ser particularmente

grande em algumas áreas. O projeto aprovado

atribui aos Estados a prerrogativa de formar

regiões metropolitanas ou unidades regionais de

saneamento, mediante lei votada nas

assembleias legislativas, com agrupamentos de

municípios que tenham viabilidade econômica.

Pode-se juntar localidades maiores e menores,

superavitárias e deficitárias, filé com osso. A

ideia é justamente criar uma blindagem contra o

discurso alarmista de que pequenas cidades vão

ficar sem saneamento porque o investidor

privado terá olhos apenas para as grandes.

A rigor, o Estado inteiro poderia constituir uma

única unidade regional de saneamento. Teria a

mesma abrangência das companhias estaduais

hoje em dia. Ficaria difícil sustentar a crítica de

que o novo marco legal matará o sistema de

subsídios cruzados que, bem ou mal, leva água

tratada (mas quase nunca coleta de esgoto) aos

rincões mais afastados.

Pelo texto recém-aprovado, os Estados têm 180

dias para desenhar suas unidades regionais de

saneamento. Se isso não ocorrer, a União poderá

atuar de “forma subsidiária” aos governos

estaduais e estabelecer blocos de referência com

municípios de um mesmo Estado. Mas caberá às

prefeituras, titulares do serviço, aderir

voluntariamente ou não aos blocos desenhados

nos gabinetes de Brasília.

Há boas chances de funcionar na maioria dos

casos, mas convém manter um olhar cauteloso.

O projeto define o fim de 2033 como prazo para

que seja alcançada a universalização dos serviços

(99% de abastecimento de água e 90% de

tratamento de esgoto), podendo chegar a 2040

em casos onde o investimento for muito pesado e

tornar-se inviável atingir a meta antes.

Imagine-se um dos casos mais graves do país: o

de Porto Velho (RO), com menos de 5% dos

dejetos coletados e uma estatal incapaz de

expandir sua rede pública. Ninguém pode

enxergar a concessão como alternativa mais

viável para os investimentos. De olho numa tarifa

mais módica, entretanto, a prefeitura pode lutar

por não associar-se a outros municípios de

Rondônia e fazer um contrato sozinha. A União

poderia utilizar sua nova prerrogativa legal e

desenhar os blocos de referência, mas corre o

risco de esbarrar na falta de “enforcement” da

legislação. Há, como incentivo, apenas uma

menção de que os entes federativos mais ágeis

na formatação das concessões têm prioridade

para receber recursos não onerosos - como

empréstimos do BNDES e do FGTS - do governo

federal.

Mesmo com elementos ainda nebulosos, o

projeto de lei nº 3.261/19 traz perspectivas

animadoras. Outros pontos, mais consensuais,

envolvem a edição de normas de referência pela

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Grupo de Comunicação

Agência Nacional de Águas (ANA) - hoje existe

uma “salada regulatória” com a proliferação de

agências estaduais e municipais - e a cobrança

de tarifa nas residências ou estabelecimentos

onde a rede estiver disponível. Justifica-se,

assim, a aprovação do projeto em plenário o

mais brevemente possível.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2019/11/

04/lei-do-saneamento-e-avanco-mas-ainda-

restam-incertezas.ghtml

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