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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 7 de outubro de 2019 DIA MUNDIAL DO HABITAT A data foi criada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985 e se comemora anualmente na primeira segunda-feira de outubro. Neste ano, com o tema "Tecnologias de fronteira como uma ferramenta inovadora para transformar resíduos em riqueza", a ONU-Habitat está defendendo o uso de tecnologias inovadoras e apropriadas para o gerenciamento sustentável de resíduos dentro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11: cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 7 de outubro de 2019

DIA MUNDIAL DO HABITAT

A data foi criada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985 e se comemora

anualmente na primeira segunda-feira de outubro. Neste ano, com o tema "Tecnologias de fronteira como

uma ferramenta inovadora para transformar resíduos em riqueza", a ONU-Habitat está defendendo o uso

de tecnologias inovadoras e apropriadas para o gerenciamento sustentável de resíduos dentro do Objetivo

de Desenvolvimento Sustentável 11: cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

Sabesp vai regularizar 152 mil ligações de água na Grande São Paulo ................................................. 5

CETESB divulga relatório sobre a qualidade das águas costeiras .......................................................... 6

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 7

Gaema vai apurar causas de incêndio na Revap ................................................................................ 7

Ministério público abriu inquérito para apurar incêndio na REVAP ........................................................ 7

Ministério Público abriu inquérito para apurar as causas do incêndio na Revap ...................................... 8

A Revap foi multada por causa de incêndio ....................................................................................... 8

Secretaria do Meio Ambiente fiscaliza postos de combustíveis em Avaré ............................................... 9

Mogi das Cruzes perde 110 mil m² de Mata Atlântica em um ano ...................................................... 10

Tecnologia detectável é aposta para aumentar segurança na indústria de alimentos ............................ 12

Presidente da Cetesb participa de reunião em S. José ...................................................................... 14

Lair pede ação contra morte de peixes ........................................................................................... 15

Senado aprova financiamento do CAF e abre caminho para a terceira ponte ....................................... 16

O destino das cavas subaquáticas.................................................................................................. 17

MP-SP apura possível poluição em pontos de captação e tratamento de água da BRK em Limeira .......... 19

Cetesb multou a Revap em mais de R$ 190 mil por danos ambientais ................................................ 21

O Presidente da Emdurb Avalia que o serviço de coleta atualmente prestado pela empresa está a altura da Cidade ....................................................................................................................................... 22

Diretora presidente da Cetesb, Patrícia Faga Lemos estará em SJC para reunião do Desenvolve Vale ..... 23

Fácil São João passará a atender anistia de juros e multas de dívidas com o Saae ............................... 24

Água suja na torneira .................................................................................................................. 25

Entrevista com Secretária de Relações Sociais de Guarujá, no litoral de São Paulo, Thaís Margarido ...... 26

Alunos distribuem redutores de pressão por consumo consciente ...................................................... 27

Cidade vai ganhar Museu da Água ................................................................................................. 28

Novo Rio Pinheiros terá foco nos córregos ...................................................................................... 29

Dia da Criança será comemorado dia 11 no Parque Sabesp Butantã .................................................. 31

Réveillon Hidrológico marca o início do período de chuvas ................................................................ 32

Agenda para visitas à ETE é aberta no Bairro da Ponte ..................................................................... 35

Fernando Ciaramello destaca preocupação com abastecimento dc água cm Charqucada ....................... 36

Sabesp vai regularizar 152 mil ligações de água em cidades da Grande S. Paulo ................................. 37

Controle de perdas é um dos focos da companhia ........................................................................... 38

Sabesp alerta cubantenses ........................................................................................................... 39

Entrevista com o Secretário da Habitação do Estado de SP, Flávio Amary - Parte 1 .............................. 40

Gaema vai apurar causas de incêndio na Revap .............................................................................. 41

Ministério público abriu inquérito para apurar incêndio na REVAP ...................................................... 41

Ministério Público abriu inquérito para apurar as causas do incêndio na Revap .................................... 42

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Grupo de Comunicação

Setor do agronegócio alavanca seguro especializado no interior ........................................................ 43

Vereador pede ação política para evitar mortandade de peixes .......................................................... 45

Simulado de Defesa ..................................................................................................................... 46

Projeto para melhorias de vicinal deve ser entregue em até 15 dias à Cetesb ..................................... 47

Acidente envolvendo caminhão tanque interdita trecho da Rodovia Ayrton Senna, em Guararema ......... 48

Incêndio de grandes proporções destrói área de cerrado do Jardim Botânico de Bauru ......................... 49

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 51

Assédio moral e seus malefícios nos ambientes de trabalho .............................................................. 51

WhatsApp na empresa: até onde vai a liberdade do empregado?....................................................... 53

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 55

Painel: Reação de Moro a crise de candidaturas laranjas no PSL surpreende juízes e MPF, que falam em ‘parcialidade’ .............................................................................................................................. 55

Papa abre encontro sobre Amazônia e diz que fogo foi ateado por interesses que destroem .................. 57

São Paulo monitora parques para tentar conter avanço de barbeiros ................................................. 59

Incêndio atinge sítio arqueológico com pinturas rupestres de 11 mil anos no Pará ............................... 62

Mônica Bergamo: Proposta de Moro de prisão em 2ª instância deve gerar resistência no STF ................ 63

A concessão do parque Ibirapuera precisa ser revista ...................................................................... 65

Urbanização não pode deixar de atender às necessidades infantis ..................................................... 67

O QUE A FOLHA PENSA: Queima de fogos ...................................................................................... 69

Prioridade ................................................................................................................................... 70

O QUE A FOLHA PENSA: Sonhos de cidade ..................................................................................... 71

Cervejaria quer preservar abelhas nativas ...................................................................................... 72

Painel S.A: Ligado à sustentabilidade, dono da Osklen viu exagero em crise ambiental ....................... 74

'Chuva é medo', diz moradora da zona leste de SP que sofre com enchentes há 28 anos ...................... 76

ESTADÃO ................................................................................................................................... 78

Aos trancos e barrancos ............................................................................................................... 78

Falta rumo .................................................................................................................................. 80

Águas paradas ............................................................................................................................ 82

Como ousa? ................................................................................................................................ 84

Miguel Reale Júnior ...................................................................................................................... 84

Governo decide retomar mineração de urânio e ampliar programa nuclear ......................................... 86

Para Itamaraty, boicote ao agronegócio segue em pauta .................................................................. 88

‘Não podemos ficar esperando dinheiro do governo’, diz presidente da INB......................................... 90

O gás natural está na moda .......................................................................................................... 92

Fora da agenda, Maia e Bolsonaro discutem partilha dos recursos do megaleilão do pré-sal .................. 94

Papa pede respeito aos indígenas e diz que 'ideologias são uma arma perigosa' .................................. 96

Evento debate despejo irregular de esgoto em rios de SP ................................................................. 97

‘Sínodo é um momento propício para soluções’, diz climatologista ..................................................... 98

VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 100

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 06/10/2019

Sabesp vai regularizar 152 mil

ligações de água na Grande São Paulo

Autorização do Senado para transferências do

BID e do Banco Mundial à companhia

totalizam US$ 550 milhões e vão permitir

novos investimentos

A Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo (Sabesp) foi

autorizada pelo Senado Federal a tomar

empréstimos junto a organizações financeiras

internacionais para investir em obras do

Projeto Tietê e do programa de ampliação dos

serviços de saneamento e de preservação

ambiental.

As duas autorizações foram aprovadas na

quarta-feira (2) pelos senadores, totalizando

até US$ 550 milhões, que poderão ser

captados para o financiamento de obras e

ações. Os recursos são importantes para que a

companhia invista ainda mais na despoluição

do principal rio do Estado e na melhoria dos

serviços de água e esgoto da Região

Metropolitana de São Paulo (RMSP), dando

mais qualidade de vida à população.

Com a autorização referente ao Projeto Tietê,

a Sabesp poderá tomar empréstimos de até

US$ 300 milhões junto ao Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID)

para investir em obras da quarta etapa do

programa. Iniciado em 1992, o Projeto Tietê

levou coleta e tratamento de esgoto para mais

10 milhões de pessoas na Grande São Paulo,

com investimentos de quase US$ 3 bilhões em

obras realizadas.

Nesse período, o índice de coleta de esgoto na

RMSP passou de 70% para 89% e o

tratamento de esgoto mais que triplicou,

saltando de 24% para 78%. Com as obras em

andamento, a expectativa é chegar a 2025

com 92% de coleta e 92% de tratamento,

ampliando os serviços de tratamento de

esgoto a mais 7 milhões de pessoas.

Controle de perdas

Já a outra autorização aprovada pelo Senado

permite à companhia tomar empréstimos de

até US$ 250 milhões junto ao Banco Mundial

(BIRD) para o Programa Saneamento

Sustentável e Inclusivo.

A iniciativa prevê investimentos na distribuição

de água na Região Metropolitana da capital,

principalmente na substituição de redes,

visando ao controle de perdas, e na coleta e

tratamento de esgoto no entorno da represa

do Guarapiranga, de modo a contribuir com

despoluição do reservatório.

Além disso, haverá ampliação de rede de

abastecimento voltada à população de baixa

renda pelo programa Água Legal, a ação da

Sabesp para regularização de ligações de água

em regiões de alta vulnerabilidade social, em

que os moradores recorrem com frequência a

soluções improvisadas de abastecimento.

Ligações

Está prevista a execução de cerca de 152 mil

ligações de água e 38 mil de esgoto, além da

troca de 850 km de rede de água, o que

contribuirá para a redução de perdas na

Grande São Paulo.

A aprovação de processos de financiamento

junto a organismos multilaterais, como BID e

BIRD, exige um trabalho complexo e extenso

de formatação dos projetos, envolvendo

diferentes diretorias e áreas da Sabesp em

missões técnicas e institucionais dos bancos

com a Companhia.

Já a obtenção da garantia da União passa por

várias instâncias estaduais e federais, o que

incluiu a aprovação de lei na Assembleia

Legislativa para o Estado conceder a

contragarantia.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/com-novos-emprestimos-sabesp-

executa-obras-e-regulariza-ligacoes-de-agua-

em-sp/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Tribuna

Data: 04/10/2019

CETESB divulga relatório sobre a

qualidade das águas costeiras

JORNAL DA TRIBUNA 1ª EDIÇÃO/TV

GLOBO/SANTOSData Veiculação: 04/10/2019

às 12h10

Duração: 00:05:04

Transcrição

A Cetesb divulga relatório.

Patrícia Iglecias

http://cloud.boxnet.com.br/yydhup2d

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Band Cidade

Data: 04/10/2019

Gaema vai apurar causas de incêndio na

Revap

BAND CIDADE 1ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/SÃO JOSÉ DOS CAMPOSData

Veiculação: 04/10/2019 às 13h05

Duração: 00:00:45

Transcrição

Notificada a Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/yyrjdjj3

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Veículo: Rádio Band Vale

Data: 04/10/2019

Ministério público abriu inquérito para

apurar incêndio na REVAP

RÁDIO BAND VALE FM 102,9/SÃO JOSÉ DOS

CAMPOS | JORNAL DO MEIO DIAData

Veiculação: 04/10/2019 às 12h38

Duração: 00:00:47

Transcrição

Cetesb informa por meio de nota que

auxiliará nas informações

http://cloud.boxnet.com.br/y4ooafdb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Balanço Geral Record

Data: 04/10/2019

Ministério Público abriu inquérito para

apurar as causas do incêndio na Revap

BALANÇO GERAL VALE/RECORDTV VALE/SÃO

JOSÉ DOS CAMPOSData Veiculação:

04/10/2019 às 13h08

Duração: 00:01:21

Transcrição

Cetesb informou quae já havia feito uma

vistoria e já havia um rompimento do teto de

um dos tanques

A Cetesb deve se manifestar

http://cloud.boxnet.com.br/y6pj2tc8

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Veículo: SP Record

Data: 04/10/2019

Ministério Público abriu inquérito para

apurar as causas do incêndio na Revap

SP RECORD/RECORDTV/SÃO JOSÉ DOS

CAMPOSData Veiculação: 04/10/2019 às

19h10. Duração: 00:01:57

Transcrição

Cetesb informou quae já havia feito uma

vistoria e já havia um rompimento do teto de

um dos tanques

A Cetesb deve se manifestar

http://cloud.boxnet.com.br/y57dphnb

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Veículo: Balanço Geral Record

Data: 04/10/2019

A Revap foi multada por causa de

incêndio

A Revap foi multada por causa de incêndio

BAND CIDADE 2ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/SÃO JOSÉ DOS CAMPOSData

Veiculação: 04/10/2019 às 18h51

Duração: 00:06:18

Transcrição

Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/y44csrj7

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Comarca

Data: 04/10/2019

Secretaria do Meio Ambiente fiscaliza

postos de combustíveis em Avaré

http://cloud.boxnet.com.br/y59xzzkv

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 04/10/2019

Mogi das Cruzes perde 110 mil m² de

Mata Atlântica em um ano

Natan Lira

CLARÕES As construções tanto regulares

quanto irregulares são os principais fatores da

devastação de áreas da Mata Atlântica,

segundo avaliação de especialistas. (Foto:

arquivo)

Mogi das Cruzes é o segundo município da

Região Metropolitana do Estado de São Paulo

que mais perdeu área de Mata Atlântica entre

2017 e 2018. Mauá está no topo do

levantamento da SOS Mata Atlântica e do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe), com a redução de 14 hectares. Em

seguida aparece Mogi, com a perda de 11

(ha). O município, considerado parte do

cinturão verde do Estado, vinha desde 2008

sem registrar redução na vegetação, mas

voltou a ter nova diminuição de oito hectares

de 2016 para 2017. Bióloga ouvida por O

Diário atribui o problema a construções

regulares e invasões.

Em todo o Alto Tietê, além de Mogi, apenas

Suzano perdeu Mata Atlântica no último ano –

dois hectares -, segundo levantamento

finalizado em maio último. O estudo mostra

ainda que atualmente a região tem 51,9 mil

hectares de Mata Atlântica preservada.

DADOS Na Região Metropolitana do Estado,

Mogi é a cidade que mais perdeu área de Mata

Atlântica. (Foto: arquivo)

Nadja Soares de Moraes, bióloga e presidente

da ONG Bio-Bras, acompanha a situação do

desmatamento no município e explica que o

principal fator para a perda de mata em Mogi

são as construções, tanto regulares quanto

irregulares. “São áreas remanescentes e

vegetação secundárias, em que as pessoas

vão loteando e avançando para a floresta. A

gente vê um grande crescimento dessa

situação, sobretudo nas divisas de Mogi com

Guararema e Bertioga, mas também na parte

próxima a Mauá, no Quatinga, que sempre foi

de característica rural, porém vem sofrendo

com a urbanização”, explica.

Para a bióloga, o desafio está nas mãos do

poder público, que deve fiscalizar, mas

também da população, que pode denunciar o

problema.

Outro fator são os grandes condomínios

abertos em meio às regiões de mata na

cidade. Apesar de se tratar de loteamentos

licenciados, Nadja alerta que é necessário

pesar a importância das florestas para as

cidades, porque a compensação ambiental não

garante, de fato, a manutenção da área verde

na cidade.

“Normalmente, as áreas de compensação são

monitoradas por apenas cinco anos. É viável

em alguns casos, mas quando falamos em

zonas de amortecimentos, não existe

compensação ambiental que vai recompor a

perda de biodiversidade retirada neste

momento. Um exemplo é retirar duas mil

mudas de uma diversidade de espécies

vegetais que você não vai conseguir

reproduzir todas as espécies daquela região, e

também não irá recuperar os seres vivos dali.

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Grupo de Comunicação

Porque, não é só o vegetal, tem toda a

biodiversidade. Temos uma cadeia bem

fechada e qualquer perda conta muito”,

detalha, ressaltando que a retomada do

desmatamento por dois anos seguidos é uma

má notícia para a cidade e influencia na

identidade mogiana, no clima, qualidade de

vida e diversos fatores. “Vamos perdendo

nossas características de uma biodiversidade

tão rica e próxima da Capital”, enfatiza.

Segundo o secretário municipal do Verde e

Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, a

Prefeitura desenvolve estudo em parceria com

a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) para

a elaboração dos planos municipais de Mata

Atlântica e de Arborização, mas há

divergências entre os dados apontados por

estes trabalhos e as informações da SOS Mata

Atlântica. “Este estudo da SOS Mata Atlântica

apresenta incongruências porque aponta um

pico de desmatamento em um período e

depois consta como se não houvesse

desmatamento em outro. Na metodologia que

eles aplicam, a qualidade da imagem tem a

resolução de 30 centímetros, enquanto a

nossa é de 50 centímetros, o que significa que

conseguimos contar até as copas das árvores

e mapear uma área muito maior, com precisão

da área degradada e em regeneração. A

pesquisa da SOS diz que temos 15.170 mil

hectares de Mata Atlântica, mas nós

identificamos 24.508 hectares e o Mapbiomas

indica 29.610 hectares. São critérios

diferentes de metodologia”, explicou.

O secretário disse ainda que o estudo do

município monitora o desenvolvimento do

corredor ecológico da cidade e aponta que a

zona urbana conta com 52 mil árvores, sendo

que a área de menor densidade é Jundiapeba

e a de maior volume corresponde à Vila

Oliveira. Lima também destacou o trabalho de

fiscalização a invasões, com a criação da

Patrulha Rural. “Ao detectar qualquer

ocupação irregular, a Guarda Municipal atua

para conter o avanço destas invasões, com

ações junto ao Ministério Público, Cetesb,

Delegacia do Meio Ambiente e Polícia

Ambiental”, completa. (Colaborou Carla

Olivo)

https://www.odiariodemogi.net.br/mogi-

perde-110-mil-m%C2%B2-de-mata-atlantica-

em-um-ano/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Terra / Dino

Data: 04/10/2019

Tecnologia detectável é aposta para

aumentar segurança na indústria de

alimentos

Antes de chegar aos supermercados, açougues

e à mesa dos consumidores, a carne passa por

um processo industrial cada vez mais rigoroso.

Por estar sempre na berlinda quando o

assunto é gestão e crise ligadas à marca, o

setor alimentício, sobretudo o de bens

refrigerados perecíveis ou de frigoríficos, está

intimamente ligado às inovações pertinentes a

novos processos e tecnologias que assegurem

padrões mais elevados de higiene e segurança

no manuseio e comercialização.

Um dos exemplos é a Norma

Regulamentadora 36 - Segurança e Saúde no

Trabalho em Empresa de Abate e

Processamento de Carnes e Derivados, que

tem como objetivo estabelecer um padrão de

qualidade para avaliação, controle e

monitoramento dos riscos existentes nas

atividades de abate e processamento de

carnes e derivado destinados ao consumo

humano. A finalidade dessa NR é garantir mais

segurança, saúde e qualidade de vida para os

colaboradores deste setor, estabelecendo

requisitos mínimos para realizar as atividades,

priorizando a proteção dos trabalhadores.

Por outro lado, os consumidores também

estão no foco quando o tema é segurança na

manipulação de carnes e frios, que, como

atesta o Guia Técnico-ambiental de Frigoríficos

(carnes bovina e suína), estão submetidos ao

conceito de P+L (Guias Ambientais de

Produção mais Limpa), publicado pelo

Sindicarnes (Sindicato da Indústria de Carnes

e Derivados no Estado de São Paulo) em

parceria com a Fiesp e a SMA/Cetesb.

Segurança de produção e consumo

A Sunnyvale é um bom exemplo que define as

tendências desse segmento em relação à

preocupação com higiene. A empresa está

lançando no Brasil a linha Sunnyvale

Detectáveis, composta pela caneta que conta

com tecnologia avançada para fácil e rápida

detecção caso seja perdida em trabalhos de

corte e processamento de gêneros

alimentícios, como carne. Usa, em seu corpo,

metais detectáveis visíveis em raios-X que são

compatíveis com as normas regulativas da

FDA. A família de produtos ainda inclui luvas e

toucas que compartilham do mesmo princípio

das canetas, ou seja, oferecem altíssimo grau

de segurança em níveis de higiene e detecção

para linhas de produção de alimentos, bebidas

e embalagens.

No caso, todos os produtos possuem

componentes que podem ser facilmente

detectados por sistemas de raios-X e de

inspeção de qualidade. Especificamente no

caso das luvas, fabricadas em vinil detectável,

tratam-se de produtos certificados para uso e

contato com alimentos dentro das normas

norte-americanas e europeias.

Além disso, o portfólio também inclui luvas

fabricadas com látex nitrílico ideais para uso

em ambientes internos e externos para

trabalhos que exijam manipulação de itens e

resistência. A matéria-prima usada faz com

que a água, o óleo e a graxa deslizem para

fora da luva, enquanto uma superfície

texturizada ajuda a reter as peças úmidas e

secas. Possuem forro reforçado e durável com

algodão e estão aptas e certificadas para uso

com alimentos ácidos e gordurosos.

"Com a nova linha de itens de segurança, a

Sunnyvale está ampliando seu portfólio de

tecnologias para criação de linhas de produção

seguras e padronizadas para mercados em

que higiene e normas de processamentos são

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Grupo de Comunicação

essenciais, como frigoríficos e bebidas",

salienta João Fortes, gerente de produtos da

Sunnyvale.

Fortes prossegue, destacando as soluções de

inspeção que já são comercializadas pela

empresa. "Já disponibilizamos com sucesso no

mercado brasileiro a tecnologia do sistema de

raio-X XR75, da Anritsu, um equipamento

ideal para inspeção de corpos estranhos

metálicos e não metálicos como vidros,

cerâmicas, borrachas, plásticos de alta

densidade e até ossos calcificados em

alimentos. Agora, juntamente com os itens da

Sunnyvale Detectáveis, fechamos o ciclo para

oferecer ao mercado um processo

verdadeiramente eficaz de controle de

produção e inspeção", diz.

https://www.terra.com.br/noticias/dino/tecnol

ogia-detectavel-e-aposta-para-aumentar-

seguranca-na-industria-de-

alimentos,43b6b1c43d38cd1bb329d6d83f8b9a

30rmzz61bl.html

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Gazeta de Taubaté

Veículo2: O Vale São José dos Campos

Data: 06/10/2019

Presidente da Cetesb participa de reunião

em S. José

http://cloud.boxnet.com.br/yyhtp7h5

http://cloud.boxnet.com.br/y6xv9d55

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Piracicaba

Data: 05/10/2019

Lair pede ação contra morte de peixes

http://cloud.boxnet.com.br/y2fnhax2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Jacareí

Data: 05/10/2019

Senado aprova financiamento do CAF e

abre caminho para a terceira ponte

http://cloud.boxnet.com.br/y69msexm

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tribuna

Data: 06/10/2019

O destino das cavas subaquáticas

Projeto que impede a construção de cavas no

Brasil recebeu parecer favorável nesta semana

Rosana Valle06.10.19 6h51 - Atualizado em

06.10.19 6h59

Elas são grandes crateras escavadas nos leitos

de rios para receber resíduos tóxicos ()

Esta semana, recebi a notícia que a Comissão

de Meio Ambiente do Congresso Nacional, deu

parecer favorável ao meu projeto de lei (PL nº

3.285 de 2019) que impede a construção de

novas cavas subaquáticas no Brasil.

O presidente da comissão, deputado Rodrigo

Agostinho (PSB/SP), que é uma referência nas

questões de meio ambiente no Brasil, deu aval

ao texto do projeto.

Também recomendou, que as duas cavas

existentes no país, localizadas no Rio de

Janeiro e em Cubatão, sejam desativadas

imediatamente, e extintas num prazo de 5

anos.

Além disso, os ambientes alterados deverão

ser recuperados pela empresa responsável

pelo passivo ambiental.

As cavas subaquáticas são grandes buracos,

ou crateras, que são escavadas nos leitos de

rios, mangues ou mares, para receber

resíduos químicos ou tóxicos.

Em Cubatão, na Baixada Santista, temos uma

cava quase totalmente preenchida com

resíduos químicos dragados do Canal de

Piaçaguera.

Ela está localizada junto ao manguezal, e tem

480 metros de diâmetro por 22 de

profundidade.

Esta cava tem a capacidade de abrigar 4

milhões de litros de sedimentos tóxicos e já

está praticamente cheia.

Em diversos países da Europa e Estados

Unidos o procedimento da cava é proibido ou

limitado à 200 mil metros cúbicos.

A cava de Cubatão já recebeu mais de 2,4

milhões de metros cúbicos de sedimentos

contaminados.

Existem mais duas cavas licenciadas pela

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) uma na área de Santos, e

outra em Cubatão. Elas podem ser ativadas a

qualquer momento.

A Cetesb garante que as cavas atendem às

normas técnicas internacionais, e que não há

riscos de acidentes ambientais.

A cava de Cubatão é administrada por uma

empresa que opera um porto próximo.

Para que os navios tenham acesso ao berço de

atracação, a empresa, que tem como maior

acionária a Companhia Vale do Rio Doce,

precisa dragar o canal sem parar.

Por décadas, o Canal de Piaçaguera teve o

leito contaminado com material tóxico, jogado

por empresas poluidoras de Cubatão.

Ambientalistas temem que no caso de um

vazamento ou acidente ambiental com a cava,

os mangues, rios e mares da Baixada Santista

sejam contaminados de uma forma brutal.

A dispersão dos poluentes pela água, seria

incontrolável, causando danos ao meio

ambiente e à saúde das pessoas. A

contaminação pode causar o surgimento de

doenças respiratórias, cardiovasculares ,

neurológicas, gastrointestinais e até câncer.

Sabemos que a única alternativa

ambientalmente sustentável para o

enfrentamento do problema dos sedimentos

contaminados retirados do canal, são o

tratamento e disposição em aterros confinados

em terra. E não acondicioná-los sem

tratamento em buracos escavados em áreas

públicas da União, o que por si só, já é um

absurdo!

Sabemos também, que é muito mais barato

criar lixões submersos de sedimentos tóxicos,

do que tratá-los em terra.

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Grupo de Comunicação

Com isso, várias perguntas ficam no ar:

quantas cavas teremos que cavar para manter

o porto em operação, uma vez que a

dragagem nunca para?

As cavas são boas para o Meio Ambiente? Para

a saúde das pessoas? Afinal as cavas são boas

para quem?

Daqui há duas semanas, o projeto deverá ser

votado pelo membros da Comissão do Meio

Ambiente.

O adiamento foi necessário, uma vez que o

deputado Paulo Bengston (PTB/PR) pediu

vistas ao projeto, isto é quer analisar melhor o

texto.

Acho que estamos perto de conseguir uma

vitória para o meio ambiente da nossa região.

Isso se deve ao trabalho de ambientalistas e

grupos organizados, como o Cava é Cova, que

se posicionaram com firmeza contra as cavas,

e me auxiliaram nesse projeto.

Vamos acreditar que desta vez, os interesses

econômicos não irão se sobrepor à vontade da

da população.

Pois não é possível deixemos esse legado de

desrespeito ao meio ambiente, para as futuras

gerações!

https://www.atribuna.com.br/opiniao/rosanav

alle/o-destino-das-cavas-

subaqu%C3%A1ticas-1.70202

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 06/10/2019

MP-SP apura possível poluição em

pontos de captação e tratamento de água da BRK em Limeira

Promotoria pede que Cetesb realize vistoria

principalmente no Rio Jaguari. Concessionária

afirma que as alterações encontradas na água

ocorreram de forma pontual e foram

corrigidas.

Por G1 Piracicaba e Região

O Ministério Público Estadual (MP-SP)

instaurou um inquérito para apurar se existe

poluição da água nos rios com estações de

captação e de tratamento utilizadas pela

concessionária BRK Ambiental para abastecer

a população de Limeira (SP). A abertura da

investigação ocorre após a promotoria receber

denúncia de que moradores reclamaram do

odor da água que chega nas torneiras.

Um dos argumentos do promotor Luiz Alberto

Bevilacqua para a abertura de inquérito é a

matéria do G1 sobre a reclamação dos

moradores em relação ao cheiro forte sentido

na água que saía das torneiras. Em nota, a

BRK informou que as alterações na água

ocorreram em situações pontuais e foram

corrigidas pela concessionária. "Além disso, a

água distribuída aos clientes atendia a todos

os padrões estabelecidos pelo Ministério da

Saúde".

A concessionária afirmou também que "ainda

que não foi notificada do inquérito da

promotoria e está à disposição das

autoridades para prestar os esclarecimentos

necessários." (Leia a nota completa ao final da

matéria).

Bevilacqua inclui que os moradores

reclamaram do cheiro semelhante à cloro

adocicado na água fornecida pela

concessionária. Diz ainda que no bairro Egisto

Ragazzo "a água distribuída para as

residências se apresentava com coloração

marrom". O inquérito foi instaurado na quinta-

feira (3).

Pedido de vistoria

A promotoria pede que a Companhia

Ambiental do Estado (Cetesb) realize, "com

a maior urgência possível" vistoria nas águas

relacionadas as estações de captação e de

tratamento, em especial o rio Jaguari.

O MP-SP quer saber, a partir do relatório da

Cetesb, se existe poluição nas águas dos rios

vistoriados e, caso tenha, se os níveis

encontrados podem ou poderiam resultar em

danos à saúde humana, mortandade de

animais ou, ainda, destruição significativa da

flora.

Um ofício também será encaminhado para a

Prefeitura de Limeira, que deverá responder

quais providências tomou em relação aos fatos

investigados pela promotoria, entre outras

informações. Outro ofício chegará para a

Agência Reguladora dos Serviços de

Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ).

Prazo para concessionária

O MP-SP estabeleceu prazo de 30 dias, a partir

da notificação, para que a BRK se manifeste

sobre os fatos apurados, "inclusive caso se

pronuncie pela inexistência de danos

ambientais (poluição), deve apresentar os

argumentos fáticos e jurídicos que alicerçam

suas assertivas, sobretudo por meio de prova

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Grupo de Comunicação

técnica que demonstre a veracidade de suas

assertivas".

O promotor requer ainda a descrição de forma

pormenorizada sobre os atos realizados para

regularizar os fatos citados no inquérito.

A BRK

"A BRK informa que ainda que não foi

notificada do inquérito da promotoria e está à

disposição das autoridades para prestar os

esclarecimentos necessários. As alterações nas

características da água na última semana

ocorreram em situações pontuais e foram

identificadas e corrigidas pela concessionária.

Além disso, a água distribuída aos clientes

atendia a todos os padrões estabelecidos pelo

Ministério da Saúde.

Na madrugada de sábado (28), a empresa

identificou alterações nas características da

água do Rio Jaguari que apresentava cheiro

atípico. A empresa acionou a Cetesb e passou

a captar água exclusivamente do Ribeirão

Pinhal, outro manancial da cidade.

Na quarta-feira, dia 02, ocorreu falta de

energia elétrica por parte da Elektro na

captação e na ETA, estação de tratamento de

água, o que prejudicou a distribuição de água

nas regiões dos bairros Egisto Ragazzo, Olga

Veroni, Parque Hipólito e adjacências. Após a

normalização da energia, a concessionária

iniciou o processo de retomada do

abastecimento e realizou descarga monitorada

em vários pontos para garantir a qualidade da

água. Como em alguns pontos as redes são de

ferro fundido, ao retomar o abastecimento

pode ocorrer o desprendimento de algumas

partículas que, embora não afetem a

potabilidade da água, podem alterar a

coloração".

https://g1.globo.com/sp/piracicaba-

regiao/noticia/2019/10/05/mp-sp-apura-

possivel-poluicao-em-pontos-de-captacao-e-

tratamento-de-agua-da-brk-em-limeira.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Rádio Band Vale

Veículo2: Rádio SP Rio

Data: 06/10/2019

Cetesb multou a Revap em mais de R$ 190 mil por danos ambientais

http://cloud.boxnet.com.br/y6rndblx

http://cloud.boxnet.com.br/yx99pe2a

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Bauru

Data: 07/10/2019

O Presidente da Emdurb Avalia que o

serviço de coleta atualmente prestado pela empresa está a altura da Cidade

http://cloud.boxnet.com.br/yxexltqb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 07/10/2019

Diretora presidente da Cetesb,

Patrícia Faga Lemos estará em SJC para reunião do Desenvolve Vale

http://cloud.boxnet.com.br/y4p3lusm

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 05/10/2019

Fácil São João passará a atender

anistia de juros e multas de dívidas com o Saae

http://cloud.boxnet.com.br/yyk8v3cq

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Ouvidor

Data: 05/10/2019

Água suja na torneira

http://cloud.boxnet.com.br/y38v45e4

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 05/10/2019

Entrevista com Secretária de Relações Sociais de Guarujá, no litoral de São

Paulo, Thaís Margarido

http://cloud.boxnet.com.br/y44ldum7

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal do Guruja

Data: 05/10/2019

Alunos distribuem redutores de

pressão por consumo consciente

http://cloud.boxnet.com.br/yycnuqct

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Pinheiros

Data: 05/10/2019

Cidade vai ganhar Museu da Água

http://cloud.boxnet.com.br/y4bwxsz8

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Grupo de Comunicação

Veículo: Morumbi News

Data: 05/10/2019

Novo Rio Pinheiros terá foco nos

córregos

A Sabesp inicia o processo de despoluição de

25 córregos dentro do Novo Rio Pinheiros, que

tem o objetivo de devolver o rio limpo

Sara a população até 2022.

• primeiro córrego a receber obras será o

Zavuvus, na zona sul de São Paulo. A licitação

para ampliar a coleta de esgoto na região foi

lançada na quinta (20/ 6).

De acordo com matéria do jornal O Estado de

São Paulo, a ideia por trás do projeto não é,

necessariamente, um contato direto da

população com o rio. Em evento, o presidente

da Sabesp, Benedito Braga, argumentou que o

objetivo é que o rio tenha utilidade para a

população da cidade.

A principal novidade do Novo Rio Pinheiros é a

adoção de inovações tecnológicas em áreas de

habitações irregulares, onde o esgoto acaba

lançado nos córregos porque a ocupação não

deixou espaço para a instalação de coletores.

Nesses locais, a Sabesp estuda, entre outras

possibilidades, construir estações especiais

que vão tratar a vazão de esgoto do próprio

curso-d'água.

Outro ponto importante será a adoção do

contrato de performance, uma forma moderna

de contratação de serviços que alinha com a

iniciativa privada o objetivo final: a melhoria

da qualidade da água do córrego. Com esse

modelo, a empresa fica responsável por todas

as obras de ampliação e adequação do

sistema de esgoto e sua remuneração

depende do resultado. Quanto mais limpa ficar

a água maior será a compensação financeira.

Para avaliar a performance, serão

consideradas metas como o total de novos

imóveis conectados à rede e a qualidade da

água do córrego. Das 25 sub-bacias, 16 terão

contratos de performance. As demais

receberão ações realizadas pela própria

Sabesp.

No Zavuvus, as obras vão beneficiar 173 mil

moradores. A expectativa é que em dois anos

e meio ocorra uma melhoria acentuada na

qualidade da água do córrego, com

perspectiva de retomada de vida aquática.

Com 7,8 km de extensão, o Zavuvus deságua

no Rio Jurubatuba, um canal do Pinheiros

próximo da Represa Guarapiranga.

Os outros córregos que estão no programa

são: Jaguaré, Vila Hamburguesa, Pirajussara,

Boaçava, Jockey /Cidade Jardim, Bellini,

Morumbi, Alto De Pinheiros, Cachoeira/Morro

do S, Corujas, Ponte Baixa, Rebouças,

Socorro, 9 de Julho, Sapateiro, Uberaba,

Traição, Água Espraiada, Cordeiro, Chácara

Santo Antônio, Pouso Alegre, Santo Amaro,

Poli e Pedreira.

Além de contribuir para a melhoria do rio, o

Novo Rio Pinheiros vai beneficiar diretamente

3,5 milhões de pessoas que moram nas

imediações (o equivalente à metade da

população da cidade do Rio de Janeiro), com

melhoria da qualidade de vida e do meio

ambiente, e será um incentivo à economia

paulista, com a criação de empregos e renda.

Educação e Engajamento

O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada

pela Sabesp e outros órgãos estaduais

coordenados pela Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente. A

despoluição dos córregos requer também a

participação efetiva da população, seja para se

conectar à rede de esgoto já existente, seja

para descartar adequadamente o lixo. Jogado

na rua, o lixo vai parar nas galerias de

drenagem da água da chuva e nos córregos,

contribuindo para a poluição.

Para engajar a população, a operação nos

corregos incluirá ações de educação ambiental

nos bairros e em espaços lúdicos, onde haverá

palestras com temas ambientais e mostras

sobre o andamento e o legado das obras. No

Zavuvus, o espaço ficará nas proximidades da

Estação Jurubatuba da CPTM.

O Novo Pinheiros atua em diversas frentes de

trabalhos da Sabesp e do Governo de São

Paulo para despoluir o rio e devolvê-lo limpo à

população. Uma delas é o programa Córrego

Limpo, feito desde 2007 em parceria com a

Prefeitura de São Paulo, para melhorar a

qualidade da água dos mananciais, rios e

córregos da capital. Já foram despoluídos 152

córregos. Além do meio ambiente, os

benefícios chegam às pessoas que moram

próximas dos cursos-d'água por meio de

adequações no sistema de esgotamento

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sanitário, limpeza, manutenção e educação

ambiental.

O Projeto Tietê, que também engloba o

Pinheiros, foi iniciado em 1992 para a criação

de infraestrutura para coleta, transporte e

tratamento de esgotos. Desde o seu início, a

mancha de poluição do rio Tietê diminuiu de

530 km para 122 km, uma redução de 77%.

Os dados são auditados pela SOS Mata

Atlântica. Com investimento de US$ 3 bilhões

no projeto, mais de 10 milhões de paulistas

passaram a ter coleta e tratamento de esgoto,

com a coleta passando de 70% para 87%, e o

tratamento, de 24% para 70%.

http://cloud.boxnet.com.br/y2zgzuyg

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Veículo: Jornal do Butantã

Data: 05/10/2019

Dia da Criança será comemorado dia

11 no Parque Sabesp Butantã

http://cloud.boxnet.com.br/y2d8qaaw

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Veículo: Agência Brasil

Data: 05/10/2019

Réveillon Hidrológico marca o início do período de chuvas

Este mês marca o início do período de chuvas

(outubro a março), que favorece o

abastecimento dos reservatórios e determina

também o fim da fase de seca (abril a

setembro). O período é chamado de Réveillon

Hidrológico e define a virada do ano para a

temporada de precipitações.

Segundo os dados da Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp), as viradas para o período de

chuvas acontecem no momento em que a

situação dos reservatórios na Grande São

Paulo é considerada satisfatória. O volume

total armazenado na Região Metropolitana é

de 65,4%. Na última terça(1º), o volume era

de 41%. Isso ocorreu porque o ano hidrológico

anterior registrou boa quantidade de chuvas e

manteve as represas em bons níveis.

No Sistema Cantareira, o nível é de 46,9%. No

ano passado, na mesma época, era 33,8%.

Para esse novo ano hidrológico, as

perspectivas apontam um volume de chuva

perto da média histórica, o que seria o

suficiente para manter os reservatórios em

níveis confortáveis.

A Sabesp afirma que esse cenário de

segurança hídrica só foi possível com as obras

e ações executadas pela empresa no

enfrentamento da pior seca da história da

Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em

2014/2015 e com a conscientização da

população no combate ao desperdício de água,

além da melhora dos índices de pluviometria.

Inaugurado em abril de 2018, o novo Sistema

Produtor São Lourenço ampliou a oferta de

água tratada em volume que pode chegar a

6.400 litros de água potável por segundo,

atendendo uma área que antes era abastecida

principalmente pelo Cantareira.

O superintendente de Produção de Água

Metropolitana da Sabesp, Marco Antônio Lopez

Barros, explicou que o sistema vem suprindo

uma lacuna que existia na região oeste da

RMSP. “O sistema está operando desde abril

do ano passado e gradativamente está sendo

inserido dentro do sistema integrado

metropolitano, então a gente continua fazendo

obras de interligação para poder aproveitar

todo o potencial que ele tem. Hoje temos até

4 metros cúbicos por segundo de água tratada

sendo distribuídos para os municípios da

região oeste, como Barueri, Carapicuíba,

Jandira, Itapevi, uma parte de Cotia, Vargem

Grande. Já começamos a ver os efeitos dele

em todo o sistema, colaborando para poder

suprir a demanda da região oeste que é a área

que mais crescimento tem”, destacou.

Outro trabalho foi a interligação Atibainha-

Jaguari, uma obra estruturante que beneficia

tanto a Grande São Paulo quanto o Vale do

Paraíba, entregue em março de 2018. Trata-se

da conexão entre duas represas de bacias

diferentes: a Atibainha, que pertence ao

Sistema Cantareira, e a Jaguari, que fica na

cidade de Igaratá e pertence à bacia do rio

Paraíba do Sul. Ela permite o bombeamento

de uma média de 5.300 litros de água por

segundo da Jaguari para a Atibainha, o que se

reflete em maior segurança para o Sistema

Cantareira. O bombeamento também pode ser

feito no sentido oposto, ou seja, da Atibainha

para a Jaguari.

A Sabesp também adotou uma série de

mudanças operacionais que deram maior

flexibilidade ao sistema de abastecimento da

Grande São Paulo, permitindo abastecer

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Grupo de Comunicação

diferentes regiões com água de mais de um

reservatório, aliviando o Cantareira.

Novos hábitos

Após a crise hídrica, a população incorporou

novos hábitos com o uso racional da água. O

consumo de água nas residências é 18%

menor do que era registrado até 2014. No

início da crise hídrica, o consumo residencial

na Grande São Paulo era de 13,2 mil litros

mensais em média. Hoje, caiu para 10,8 mil

litros por mês. Apesar da queda no consumo e

da situação satisfatória dos mananciais, a

consciência para o uso racional da água é

permanente, ressalta o superintendente da

Sabesp. “Apesar da gente ter tido um ano com

chuvas favoráveis e o sistema está com nível

muito bom, é importante frisar que temos que

usar racionalmente a água, porque tem

sempre dois benefícios, primeiro a pessoa tem

um reflexo na própria conta com o consumo

baixo e ainda ajuda a preservar o meio

ambiente, preservando o recurso em sua

utilização, a gente guarda numa represa para

poder utilizar e ganhar mais autonomia”,

ressalta Barros.

Campanha

O Réveillon Hidrológico reforça a todos a

importância da água e de seu uso consciente

e, neste ano, vem com o tema Saneamento

Sustentável e Inclusivo. O slogan Não deixar

ninguém para trás incentiva a ligação de

esgoto das casas da população de baixa

renda.

“Também tem a ação para que as pessoas

possam fazer a ligação de água em

comunidades de baixa renda. A Sabesp faz um

plano de expansão, instala as redes e faz as

ligações de forma gratuita e permite que as

pessoas possam usufruir da água potável.

Essas pessoas também são cadastradas em

tarifas sociais, com valores mais baixos que a

média praticada. Os interessados devem ligar

para o 195 ou ir à agência de atendimento da

Sabesp ou ainda ir ao Poupatempo e fazer o

pedido. A Sabesp vai analisar as condições e

se consegue atendê-las”, completou Barros.

Tendência de chuvas para a Primavera

Segundo o meteorologista do Instituto

Nacional de Meteorologia (Inmet), Marcelo

Schneider, agora é uma época de transição,

começando um período mais chuvoso com

pancadas de chuvas isoladas. “Outubro marca

o período que, junto ao calor, tem a umidade

que vem da Amazônia, mas o auge do período

se dá em dezembro e janeiro”.

Ele explica que as chuvas do início do ano

ajudaram os reservatórios de São Paulo.

“Entre o ano passado e este melhorou um

pouco [o volume nos reservatórios] porque

teve alguns meses, principalmente entre o

verão e o outono, que foram mais chuvosos e

recuperou em parte esse déficit hídrico

grande, principalmente entre 2014 e 2015. Em

parte, essa chuva dos últimos meses

recuperou um pouco, então podemos dizer

que temos uma situação razoável para o início

da estação chuvosa”.

Schneider conta que a tendência para a

primavera, entre os meses de outubro,

novembro e começo de dezembro, é o sul do

país com mais chuvas. “Não teremos nenhum

fenômeno controlando como El Niño ou La

Niña. Do centro para o sul entre São Paulo e

Mato Grosso do Sul a chuva deve ficar um

pouco acima da média e teremos uma

primavera chuvosa. Outras áreas pontuais

como Norte de Minas Gerais, parte de Goiás e

entre o Norte da Bahia e Sul do Piauí e interior

de Pernambuco podem ter chuva abaixo do

normal”, revela o meteorologista.

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Grupo de Comunicação

Edição: Liliane Farias

Para registrar sua opinião, copie o link ou o

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manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a

Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a

melhorar nossos serviços, sugerindo,

denunciando, reclamando, solicitando e,

também, elogiando.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/

2019-10/reveillon-hidrologico-marca-o-inicio-

do-periodo-de-chuvas

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 06/10/2019

Agenda para visitas à ETE é aberta no Bairro da Ponte

http://cloud.boxnet.com.br/y4r4eqce

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Regional

Data: 05/10/2019

Fernando Ciaramello destaca preocupação com abastecimento dc água cm Charqucada

Nesta terça-feira dia (1/10). durante a 25“

sessão ordinária da Câmara Municipal dc

Charqucada. o vereador Fernando Ciataincllo

(PSDB) fez uso ifa palavra na Tribuna do

Poder Legislativo Municipal c destacou sua

preocupação com a questão do abastecimento

dc água na cidade, gerido atualmente pela

SABESP (Companhia dc Saneamento

Básico do Estado dc SiO Paulo).

Ele cita como exemplo, o bairro da Tabela,

onde de acordo com moradores, tem havido

constantes problemas no a hasteei mento,

sobretudo devido a construção das casas do

loteamcnto Santa Kta.

"Essa semana tive uma audiência c recebí

relato de uma pessoa que presta serviços para

SABESP, mc contou sobre essa questão no

bairro da Tabela. Ele me disseque ante sca

construção drn casas próprias, a situação no

abastecimento dc água no bairro da Tabela

era uma. mas quando veio o bairro

Santa Rita aumentou muito a demanda por

água na região, klacicsccu exponcncí a Imente

Ele me disse que hoje a prefeitura pega água

no poço c isso antes não ocorra. Fiquei

preocupado cm saber como está a demanda

de água cm nossa cidade, porque se forem

aprovados novos kiteamentoscorremos o risco

de fitar sem água c precisamos saber dis-vi

tom dareza e todisse ele.

Fernando Ciaramello destaca que o Legislativo

deve estar atento ao tema, inelu si ve porque

a Câmara Municipal tem uma comissão que

analisa a implantação dc novos

cmprcendimcntose que também esse c um

lema sempre preocupante Ciaramello ressalta

ainda que apresentará um requerimento sobre

o tema na próxima sessão.

http://cloud.boxnet.com.br/y3y7oyt4

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Estação Free

Data: 07/10/2019

Sabesp vai regularizar 152 mil ligações de água em cidades da Grande S. Paulo

A Companhia de Saneamento Básico do

Estado de Sào Paulo (Sabesp) foi

autorizada peio Senado Federal a tomar

empréstimos junto a organizações financeiras

internacionais para investir em obras do

Projeto Tietê e do programa de ampliação dos

serviços de saneamento e de preservação

ambiental.

As duas autorizações foram aprovadas na

quarta-feira (2) pelos senadores, totalizando

até US$ 550 milhões, que poderão ser

captados para o financiamento de obras e

ações. Os recursos são importantes para que a

companhia invista ainda mais na despoluição

do principal rio do Estado e na melhoria dos

serviços de água e esgoto da Região

Metropolitana de São Paulo (RMSP), dando

mais qualidade de vida à população.

Com a autorização referente ao Projeto Tietê,

a Sabesp poderá tomar empréstimos de até

US$ 300 milhões junto ao Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID)

para Investir em obras da quarta etapa do

programa. Iniciado em 1992, o Projeto Tietê

levou coleta e tratamento de esgoto para mais

10 milhões de pessoas na Grande São Paulo,

com Investimentos de quase US$ 3 bilhões em

obras realizadas.

Nesse período, o índice de coleta de esgoto na

RMSP passou de 70% para 89% eo

tratamento de esgoto mais que triplicou,

saltando de 24% para 78%. Com as obras em

andamento, a expectativa é chegar a 2025

com 92% de coleta e 92% de tratamento,

ampliando os serviços de tratamento de

esgoto a mais 7 milhões de pessoas.

Está prevista a execução de cerca de 152 mil

ligações de água e 38 mil de esgoto, além da

troca de 850 km de rede de água, o que

contribuirá para a redução de perdas na

Grande São Paulo.

http://cloud.boxnet.com.br/y68zkkwt

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Estação Free

Data: 07/10/2019

Controle de perdas é um dos focos da companhia

http://cloud.boxnet.com.br/y445l99h

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribina

Veículo2: G1 Nacional

Data: 07/10/2019

Sabesp alerta cubantenses

http://cloud.boxnet.com.br/yybb3335

http://cloud.boxnet.com.br/y3d8rn7k

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Ipanema

Data: 07/10/2019

Entrevista com o Secretário da

Habitação do Estado de SP, Flávio Amary - Parte 1

http://cloud.boxnet.com.br/y4xwae8y

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Grupo de Comunicação

Veículo: Band Cidade

Data: 04/10/2019

Gaema vai apurar causas de incêndio na

Revap

BAND CIDADE 1ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/SÃO JOSÉ DOS CAMPOSData

Veiculação: 04/10/2019 às 13h05

Duração: 00:00:45

Transcrição

Notificada a Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/yyrjdjj3

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Veículo: Rádio Band Vale

Data: 04/10/2019

Ministério público abriu inquérito para

apurar incêndio na REVAP

RÁDIO BAND VALE FM 102,9/SÃO JOSÉ DOS

CAMPOS | JORNAL DO MEIO DIAData

Veiculação: 04/10/2019 às 12h38

Duração: 00:00:47

Transcrição

Cetesb informa por meio de nota que

auxiliará nas informações

http://cloud.boxnet.com.br/y4ooafdb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Balanço Geral Record

Data: 04/10/2019

Ministério Público abriu inquérito para

apurar as causas do incêndio na Revap

BALANÇO GERAL VALE/RECORDTV VALE/SÃO

JOSÉ DOS CAMPOSData Veiculação:

04/10/2019 às 13h08

Duração: 00:01:21

Transcrição

Cetesb informou quae já havia feito uma

vistoria e já havia um rompimento do teto de

um dos tanques

A Cetesb deve se manifestar

http://cloud.boxnet.com.br/y6pj2tc8

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Veículo: SP Record

Data: 04/10/2019

Ministério Público abriu inquérito para

apurar as causas do incêndio na Revap

SP RECORD/RECORDTV/SÃO JOSÉ DOS

CAMPOSData Veiculação: 04/10/2019 às

19h10. Duração: 00:01:57

Transcrição

Cetesb informou quae já havia feito uma

vistoria e já havia um rompimento do teto de

um dos tanques

A Cetesb deve se manifestar

http://cloud.boxnet.com.br/y57dphnb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Piracicaba

Data: 06/10/2019

Setor do agronegócio alavanca seguro

especializado no interior

Esalq, um dos maiores centros em pesquisas

agrícolas, contribui à conscientização sobre

seguro rural

CRESCIMENTO EM CONJUNTURA DIFÍCIL

Crise? Que crise? Pelo menos no setor de

seguros essa palavra não existe no dicionário.

Hoje,Como lembra Alexandre mesmo com a

atual conjuntura econômica repleta de

desafios, o setor de seguros caminha para

responder por 3% do PIB total do país e

analistas já preveem que em poucos anos

essa participação poderá chegar a4e até 5%.

E no Brasil o setor de seguros está apenas

“começando”.

Ao contrário de países desenvolvidos como os

Estados Unidos, os países europeus e os

asiáticos Japão e Coréia do Sul, no Brasil

ainda não existe a chamada “cultura do

seguro” que os países citados já cultivam há

décadas, motivados por suas realidades

históricas com guerras e catástrofes naturais.

Mas o país está se educando rapidamente, um

bom exemplo éo recente debate que tomou

conta do país em torno do tema Previdência,

um tema particularmente sensível às novas

gerações.

O fato é que no setor de seguros no Brasil

existe aquilo que os economistas chamam de

“demanda reprimida”.Um dado ilustra bem

essa demanda: menos de 30% dos veículos

que rodam em nossas cidades e estradas têm

seguro de automóvel, um dos mais populares

ramos de seguros. Menos de 30%. Ea mesma

demanda re-Camillo, presidente do Sindicato

dos Corretores de Seguros do Estado de S.

Paulo, “reforçando a tendência de melhora dos

indicadores econômicos do país já verificada

nos últimos meses de 2018, temos um

crescimento de 9% no primeiro trimestre de

2019, quando comparado ao mesmo período

do ano anterior”.

Alexandre Camillo faz estas considerações

com a autoridade de quem preside o principal

sindicato da categoria de corretores no país, o

Sincor SP Um Estado que conta com

aproximadamente 40 mil corretores, sendo

mais da metade no interior. Um Estado que

responde por praticamente 50% da produção

total de seguros no país, o que representa um

impacto econômico considerável em nossas

cidades. Só para se ter uma ideia do que é

esse impacto do setor de seguros: a

estimativa de faturamento total para 2019

passa dos R$ 450 bi.

SEGURO RURAL

Todos sabemos da importância do agronegócio

no PIB do país. A boa notícia é que esse setor

vai continuar crescendo porque os

investimentos não cessam em máquinas,

equipamentos, fertilizantes e uma infinidade

de itens como ficou demonstrado na última

Agrishow 2019. Maior feira do gênero na

América Latina, a Agrishow que acontece

todos os anos em Ribeirão Preto, a Agrishow

2019 fechou um total de R$2,9 bilhões em

negócios e superou em 6,4% o volume

registrado em 2018, segundo balanço

divulgado pelos organizadores do evento que

teve um número recorde de visitantes: 159

mil pessoas.

Evidentemente, quanto mais sofisticação

tecnológica houver em máquinas e

equipamentos para o campo, mais

investimento em seguro especializado será

indispensável.

E com a modernização do agronegócio

brasileiro, cresce o Seguro Rural que envolve

todas as etapas do processo produtivo, desde

o plantio, passando pelo armazenamento de

insumos até o beneficiamento e

processamento de produtos.

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Grupo de Comunicação

SEGURO AMBIENTAL

A Amazônia colocou o Brasil nas manchetes

mundiais. Independente do esforço em

controlar o desmatamento, o fato é que meio

ambiente é pauta prioritária da mídia e será

cada vez mais um fator determinante no

comércio internacional.

No Estado de São Paulo, a preservação

ambiental vai bem, obrigado. Os dados

publicados mensalmente pela Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo) mostram empresas constantemente

autuadas por transgressões ambientais. Nesse

tipo de seguro, uma boa assessoria é

fundamental, onde o corretor consultor analisa

em profundidade o perfil da empresa, seus

produtos, seus mercados interno e externo e

os riscos ambientais nas diferentes fases de

produção.

Estimativa de faturamento total para o setor

de seguros no país é de R$ 450 bilhões em

2019.

http://cloud.boxnet.com.br/y6s3aoff

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Piracicaba

Data: 06/10/2019

Vereador pede ação política para evitar mortandade de peixes

http://cloud.boxnet.com.br/y29wf2fq

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Grupo de Comunicação

Veículo: DHoje SJRioPreto

Data: 05/10/2019

Simulado de Defesa

http://cloud.boxnet.com.br/y6b74uqh

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http://cloud.boxnet.com.br/y69msexm

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade / Votuporanga

Data: 05/10/2019

Projeto para melhorias de vicinal deve ser

entregue em até 15 dias à Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/yyskyo4n

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 05/10/2019

Acidente envolvendo caminhão tanque

interdita trecho da Rodovia Ayrton Senna,

em Guararema

Segundo a Ecopistas, motorista do caminhão

ficou gravemente ferido.

Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Acidente envolvendo caminhão tanque

interdita trecho da Ayrton Senna — Foto:

Alessandro Batata/TV Diário

Um acidente envolvendo um caminhão tanque

com combustível e um carro de passeio, em

Guararema, provocou a interdição da Rodovia

Ayrton Senna na tarde deste sábado (5). Uma

pessoa ficou gravemente ferida e há risco de

explosão.

De acordo com a Polícia Rodoviária, o acidente

ocorreu na altura do km 67, sentido interior. O

corpo de bombeiros enviou um caminhão para

o local.

A Ecopistas, concessionária que administra a

via, informou que o motorista do caminhão

ficou gravemente ferido e precisou ser

resgatado pelo Helicóptero Águia. Outras

quatro vítimas, com ferimentos moderados,

foram levadas por uma ambulância.

Ainda segundo a Ecopistas, o caminhão está

vazando e a via precisou ser interditada a

partir do km 60 pelo risco de explosão. O

procedimento de retirada do combustível será

feito pela empresa responsável com

acompanhamento da Polícia e da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

Ainda não há previsão de liberação do

trânsito.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/10/05/acidente-

envolvendo-caminhao-tanque-interdita-trecho-

da-rodovia-ayrton-senna-em-

guararema.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: TEM Notícias

Data: 05/10/2019

Incêndio de grandes proporções destrói

área de cerrado do Jardim Botânico de

Bauru

TEM NOTÍCIAS 2ª EDIÇÃO/TV

GLOBO/BAURUData Veiculação: 05/10/2019

às 19h24

Duração: 00:04:26

Transcrição

Cetesb. SIMA

http://cloud.boxnet.com.br/y3lpdsqh

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 07/10/2019

Piscinão

http://cloud.boxnet.com.br/y2upntj5

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Revista Consultor Jurídico

Data: 04/10/2019

Assédio moral e seus malefícios nos ambientes de trabalho

ImprimirEnviar

4 de outubro de 2019, 9h20

Por Raimundo Simão de Melo

A palavra assédio (HOUAISS), tem o sentido

de operação militar, ou mesmo conjunto de

sinais ao redor ou em frente a um local

determinado, estabelecendo um cerco com a

finalidade de exercer o domínio. No sentido

figurado é a insistência impertinente,

perseguição, sugestão ou pretensão

constantes em relação a alguém.

Nas relações de trabalho, relação de trabalho

lato sensu (gênero) e relação de emprego

(espécie), o tema vem ganhando repercussão,

porque, especialmente o contrato de trabalho

(contrato de adesão) é marcado pela

desigualdade entre as partes (patrão e

empregado). O patrão tem o poder de direção,

de fiscalização e de punição. A relação é

marcada pela subordinação (que, no entanto,

não significa posição moral inferior nem perda

da dignidade do trabalhador perante o

tomador de serviços).

O assédio moral, como vem definindo a

melhor doutrina, é violência psicológica,

constrangimento, humilhação, vexame ou

tortura psicológica.

Não é fenômeno novo. Na última década a

conduta começou a ser estudada, denunciada,

coibida e punida, quando estudos

multidisciplinares (Psicologia, Medicina,

Medicina do Trabalho, Administração de

Empresas, Direito etc.) passaram a se dedicar

e se preocupar com o assunto, embora, ao

contrário do assédio sexual (que é crime), o

assédio moral ainda não foi criminalizado,

nem, sequer regulamentado quanto aos seus

efeitos e punição.

O assédio moral no trabalho é toda ação

repetitiva/prolongada ou sistematizada com o

objetivo de afetar a dignidade do trabalhador

e criar ambiente humilhante, degradante,

constrangedor, desestabilizador e hostil.

O assédio moral no trabalho, embora não

regulamentado, significa abuso de direito,

proibido pelo art. 186 do CC, que diz que

"Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e

causar dano a outrem, ainda que

exclusivamente moral, comete ato ilícito".

Fundamentos constitucionais são mais fortes

quanto à coibição do assédio moral no

trabalho, uma vez que o art. 5º da CF

estabelece que - Todos são iguais perante a

lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos

termos seguintes.

Já o art. 7º da CF assegura como direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, além de

outros que visem à melhoria de sua condição

social, como a redução dos riscos inerentes ao

trabalho, por meio de normas de SAÚDE,

higiene e segurança.

Isso é importante porque o assédio, seja

moral ou sexual, na maioria dos casos causa

doenças emocionais, às vezes graves, a ponto

de impedir a continuidade do trabalho da

vítima.

O assédio provoca consequências na saúde

dos trabalhadores, uma vez que mina a saúde

física e mental da vítima e corrói a sua auto-

estima, interfere na sua vida familiar, interfere

no relacionamento da vítima com colegas de

trabalho, interfere no crescimento profissional

da vítima, causando-lhe danos diversos.

As mulheres são mais humilhadas e

expressam sua indignação com choro, tristeza,

ressentimentos e mágoas, enquanto que os

homens sentem-se revoltados, indignados,

desonrados, com raiva, traídos e têm vontade

de vingar-se.

Em regra, o trabalhador assediado no trabalho

passa a conviver com depressão, angústia,

distúrbios do sono, conflitos internos,

sentimentos de fracasso e inutilidade,

palpitações, tremores, hipertensão, distúrbios

digestivos, dores generalizadas, alteração da

libido, transtornos bipolares. fobias e

pensamentos ou tentativas de suicídios que

configuram um cotidiano sofrido.

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Grupo de Comunicação

O assédio moral ou sexual não interessa a

ninguém, nem à empresa, nem ao trabalhador

e muito menos à sociedade, porque o

trabalhador assediado produz pouco e de

baixa qualidade e custa caro para o Estado por

conta das doenças que pode adquirir e dos

afastamentos do trabalho.

Por isso, o papel das empresas deve ser de

orientar seus empregados, especialmente

superiores hierárquicos, dando-lhes

conhecimento da lei, realizando reuniões e

seminários sobre os limites daquilo em que

consiste o assédio, estabelecendo fórmulas

claras de punição aos assediadores, criando,

inclusive, efetivo canal de denúncia para o

assediado registrar suas queixas e propiciar

investigação rigorosa e transparente das

denúncias recebidas.

Raimundo Simão de Melo é consultor jurídico,

advogado, procurador regional do Trabalho

aposentado, doutor e mestre em Direito das

Relações Sociais pela PUC-SP e professor

titular do Centro Universitário UDF e da

Faculdade de Direito de São Bernardo do

Campo (SP), além de membro da Academia

Brasileira de Direito do Trabalho. Autor de

livros jurídicos, entre outros, Direito ambiental

do trabalho e a saúde do trabalhador e Ações

acidentárias na Justiça do Trabalho.

https://www.conjur.com.br/2019-out-

04/reflexoes-trabalhistas-assedio-moral-

maleficios-ambientes-trabalho

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portogente

Data: 07/10/2019

WhatsApp na empresa: até onde vai a

liberdade do empregado?

Daniel Moreno*

As ferramentas de tecnologia são

fundamentais nas relações profissionais.

Entretanto se utilizadas de forma errônea,

podem gerar grandes problemas para

profissionais e empresas. Os empresários,

com objetivo de manter uma segurança no

cotidiano com seus funcionários, têm investido

em estabelecer normas internas para regular o

uso de aplicativos de mensagens, como por

exemplo o WhatsApp.

Além do controle do tempo despendido pelos

colaboradores no aplicativo, o que se tem

observado é um cuidado ainda maior por parte

do empregador: o quanto o uso do WhatsApp

compromete o resguardo de informações

sigilosas e da imagem da empresa? Qual o

risco de situações relacionadas ao aplicativo

resultarem em processos trabalhistas e qual o

limite da privacidade do empregado?

De acordo com dados do Facebook, empresa

proprietária do aplicativo, há no Brasil cerca

de 120 milhões de usuários ativos do

WhatsApp. É inegável que o aplicativo de

mensagens gera facilidades na comunicação

entre os colaboradores, inclusive por meio dos

conhecidos grupos de mensagens. Por outro

lado, esta facilidade pode gerar prejuízos à

empresa ou até mesmo ao trabalhador.

Mensagens enviadas via WhatsApp têm sido

aceitas como prova na Justiça do Trabalho,

gerando condenações como horas extras,

danos morais, demissão por justa causa, entre

outras. Um dos casos mais corriqueiros é o

assédio moral, que ocorre quando um superior

hierárquico constrange o trabalhador com

agressões verbais ou ameaças. Neste caso, o

trabalhador pode simplesmente “printar” a

tela e utilizar a imagem como prova em um

eventual processo trabalhista.

Há limites para o controle do uso do aplicativo

por parte do empregador. Via de regra,

diferentemente do telefone corporativo, a

empresa não pode exigir que o funcionário

forneça dados ou históricos presentes em seu

aparelho pessoal, sob pena de violação da

intimidade do trabalhador. Caso a empresa

acesse o telefone celular do trabalhador sem a

sua permissão, a mesma poderá ser

condenada, inclusive criminalmente.

Entretanto, faz parte das prerrogativas da

empresa proibir o uso do celular no ambiente

de trabalho e, caso a ordem seja descumprida,

o empregador poderá advertir, suspender ou

até mesmo dispensar o trabalhador. Em

alguns casos, o colaborador poderá ser

dispensado por justa causa logo na primeira

infração.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não

prevê um número mínimo ou máximo de

advertências que caracterizem a justa causa.

A lei determina apenas que a aplicação da

pena deve ser proporcional à gravidade ou à

reincidência do fato. Caso o empregado não

concorde com a pena, poderá ingressar na

Justiça do Trabalho com o intuito de reverter a

justa causa aplicada.

A fim de evitar maiores transtornos, é

importante que as empresas orientem os seus

funcionários sobre as boas práticas no

aplicativo, de preferência por meio de um

Termo de Responsabilidade e Conduta. O

Termo deve versar sobre; a participação

voluntária em grupos do WhatsApp; a não

obrigatoriedade do empregado em responder

mensagens durante a jornada, após o

expediente ou durante as férias; a

comunicação à empresa a respeito da criação

de grupos com fins relacionados ao trabalho; e

o caráter sigiloso de determinadas

informações, sob pena das sanções cabíveis.

Tais normais visam mitigar a chance de litígio

e a ocorrência de situações relacionadas ao

WhatsApp, que sejam desinteressantes tanto

para o empregador, quanto para o

empregado. Em suma, o ideal é que tanto

empresas quanto trabalhadores tenham bom

senso na utilização das ferramentas

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54

Grupo de Comunicação

tecnológicas de trabalho. Prevenir nunca é

demais.

Daniel Moreno

* Especialista em Direito do Trabalho e sócio

do escritório Magalhães & Moreno Advogados

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Reação de Moro a crise de

candidaturas laranjas no PSL surpreende

juízes e MPF, que falam em ‘parcialidade’

Cai o véu

Para além do impacto da revelação, na Folha, de

que a apuração sobre candidaturas laranjas no

PSL de Minas levou a menções à campanha de

Jair Bolsonaro, foi a reação de Sergio Moro

(Justiça) à notícia o que mais surpreendeu

membros do Judiciário e do Ministério Público. O

ex-juiz saiu em defesa do presidente, e

procuradores que atuaram na Lava Jato

demonstraram incredulidade. Ministros de cortes

superiores, alarde: o chefe da PF mostrou

parcialidade, disse um integrante do STJ.

Álibi

Moro escreveu nas redes sociais que “nem a PF e

nem o Ministério Público, que atuam com

independência, viram algo contra o presidente

nesse inquérito”. Ocorre que o caso está sob

sigilo e o ministro não deveria ter informações

privilegiadas. Um procurador disse que

“realmente não entende a estratégia dele”.

De boas intenções…

O mesmo procurador, que atuou na Lava Jato,

diz que o ex-juiz recebeu “o anel da política

quando deixou a magistratura com uma missão

clara —e acho que sincera”, mas que pode ter se

perdido por excesso de credulidade. “O próprio

presidente, em um de seus arroubos, disse que

ele era ‘ingênuo’”, concluiu.

Meu lado

Políticos de centro e centro-direita centraram

suas críticas em Moro, dizendo que é cedo para

atribuir responsabilidade pessoal a Bolsonaro

sobre irregularidades ocorridas no PSL mineiro.

Ganhou o coração

O presidente, que agiu de maneira incisiva na

Procuradoria-Geral da República, criticou a

Receita e defendeu decisões do STF que

beneficiaram seu filho, amealhou solidariedade

entre caciques de grandes partidos pela

“coragem de combater abusos”.

Serviços prestados

O ministro da Justiça não teve o mesmo

tratamento. “Moro virou um funcionário do

governo. A cada dia quer mostrar mais lealdade”,

afirmou um deputado que é próximo do Planalto.

Um dirigente de partido de centro segue a

mesma linha: diz que o ex-juiz já percebeu “que

o chefe não lida bem com divergência de

opinião”.

A grama do vizinho

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que

Moro e Bolsonaro tentam lançar cortina de

fumaça sobre os escândalos que se avizinham do

Planalto ao insinuarem ligação do partido com o

crime organizado usando reportagem da TV

Record. O jurídico da sigla foi acionado e vai

apurar o caso.

Mateus 22:21

O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) levou um

pastor da igreja que frequenta, a Sara Nossa

Terra, a uma viagem oficial para Porto Alegre,

em avião da FAB.

Dai a César…

O pastor Gerônimo Martins acompanhou o

ministro em diversos compromissos no dia 22 de

setembro. A agenda oficial incluía palestras

Associação Comercial de Porto Alegre e na

Federação do Comércio de Bens e de Serviços do

Estado do RS.

…o que é de César…

Onyx costuma ir aos sábados na Sara Nossa

Terra, em Brasília. Gerônimo, que já ministrou

cursos ao lado do bispo Rodovalho, presidente da

agremiação, atua em igrejas da capital, inclusive

a que é frequentada pelo ministro.

…e a Deus…

A Casa Civil já tem um pastor da Sara, Leandro

Lima, como assessor especial de Onyx. A

proximidade dos religiosos com o político irritou

membros da congregação.

…o que é de Deus

No início do governo, Bolsonaro distribuiu um

cartilha de normas éticas que recomenda que

somente o ministro e a equipe que o acompanha

usem aviões em viagens oficiais.

Sem pecado

Procurada, a assessoria de Onyx afirmou que,

“na referida data, além de palestras realizadas

em entidades empresariais, o ministro cumpriu

agendas políticas em Porto Alegre. O referido

passageiro acompanhou o ministro nessas

agendas e sua ida não resultou em nenhuma

despesa adicional para a União”.

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Data: 07/10/2019

56

Grupo de Comunicação

Sob análise

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) aditou

representação que havia feito à OAB contra o ex-

procurador-geral Rodrigo Janot. O emedebista

pede que a entidade suspenda Janot por 180 dias

para a realização de “apuração psicológica e

toxicológica do mesmo”.

Tu o disseste

Renan cita um risco “iminente de atentado a

ministros do STF”.

TIROTEIO

A verdade que ora aflora só prova que não é

possível fazer campanha presidencial com pouco

mais de R$ 1 milhão

De Eugênio Aragão, advogado do PT, sobre o

depoimento à PF e a planilha que indicam caixa

dois na campanha de Jair Bolsonaro

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/07/r

eacao-de-moro-a-crise-de-candidaturas-laranjas-

no-psl-surpreende-juizes-e-mpf-que-falam-em-

parcialidade/

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Papa abre encontro sobre Amazônia e diz

que fogo foi ateado por interesses que

destroem

No sínodo, pontífice afirma também que igreja

não pode ser só pastoral de manutenção

Michele Oliveira

CIDADE DO VATICANO

O fogo foi a palavra-chave da homilia feita pelo

papa Francisco na missa de abertura do Sínodo

da Amazônia, realizada neste domingo (6), no

Vaticano.

Em sua fala, que demorou cerca de dez minutos,

o papa mencionou o “fogo” 13 vezes, tanto para

comentar a necessidade de “reacender” o dom de

Deus recebido pelos bispos, em referência à ação

pastoral da Igreja Católica, quanto para criticar

as queimadas recentes na floresta.

“O fogo ateado por interesses que destroem,

como o que devastou recentemente a Amazônia,

não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor

que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se

com a partilha, não com os lucros. Pelo contrário,

o fogo devorador alastra quando se quer fazer

triunfar apenas as próprias ideias, formar o

próprio grupo, queimar as diferenças para

homogeneizar tudo e todos”, disse o papa, sem

citar nenhum país.

Convocado há dois anos, o sínodo é uma reunião

do papa com 185 bispos dos nove países da

Amazônia (58 são brasileiros), além de outros

especialistas e convidados. A assembleia

acontece até 27 de outubro, sempre no Vaticano.

Na missa de aproximadamente uma hora e meia

realizada na Basílica de São Pedro, lotada e

transmitida ao vivo por um dos principais canais

da TV aberta italiana, o papa se dirigiu aos

bispos, sentados à sua frente.

“O dom que recebemos é um fogo. (...) O fogo

não se alimenta sozinho, morre se não for

mantido vivo, apaga-se se a cinza o cobrir. Se

tudo continua igual, se os nossos dias são

pautados pelo ‘sempre se fez assim’, então o

dom desaparece”, afirmou.

Em sua homilia, o papa pediu que a igreja não se

limite a uma “pastoral de manutenção” e que o

sínodo tenha inspiração para “renovar os

caminhos para a igreja” na região.

“A igreja não pode de modo algum limitar-se a

uma pastoral de manutenção para aqueles que já

conhecem o Evangelho de Cristo”, disse, citando

são Paulo.

A homilia é o momento durante a missa em que

o sacerdote usa um trecho do Evangelho para

fazer seus próprios comentários.

As palavras do papa resumem os eixos dos

debates que ocorrerão nas próximas semanas

entre os participantes do sínodo: como renovar

as ações da igreja na Amazônia e como lidar com

as questões ambientais e socioeconômicas que

afetam a população.

Para aumentar a presença de religiosos no

bioma, superar as grandes distâncias entre as

comunidades e dificuldades de acesso e reduzir a

perda de católicos para as igrejas evangélicas,

serão discutidas as possibilidades de ordenar

homens casados como sacerdotes, criar

ministérios oficiais para as mulheres e incorporar

costumes dos povos indígenas em rituais

católicos.

Sobre os povos tradicionais da região, o papa

criticou o colonialismo que, em vez de oferecer “o

dom de Deus”, o impôs.

“Quando sem amor nem respeito se devoram

povos e culturas, não é o fogo de Deus, mas do

mundo. (...) Quantas vezes houve colonização

em vez de evangelização. Deus nos preserve da

ganância dos novos colonialismos.”

Ao final, o pontífice acenou aos brasileiros ao

citar o cardeal d. Claudio Hummes, relator-geral

deste sínodo, para fazer uma homenagem aos

que “gastaram a sua vida na Amazônia”.

“Repito as palavras do nosso amado cardeal

Hummes: quando for àquelas pequenas cidades

da Amazônia, vá aos cemitérios procurar o

túmulos dos missionários. (...) Não se esqueça

deles. Merecem ser canonizados”.

A Amazônia está na mira do papa Francisco

desde o início do seu pontificado. Depois de ser

eleito em março de 2013, o papa participou em

julho daquele ano da Jornada Mundial da

Juventude, no Rio, e expressou ali o seu

interesse em discutir a ação da igreja na região.

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Grupo de Comunicação

A prática do sínodo foi instituída pela igreja em

1965 e esta será a sua 16ª edição.

Desde que o papa argentino assumiu, foram

realizadas duas assembleias ordinárias sobre

temas gerais da igreja (família, em 2015, e

jovens, em 2018) e uma extraordinária, para

assuntos urgentes (evangelização, em 2014).

Já as assembleias especiais, como este sínodo,

são pensadas para abordar temas de um lugar

específico. Em 2010, foi o Oriente Médio; em

2009, a África. Sob Francisco, o bioma será a

primeira região do mundo a receber atenção

exclusiva.

A apreensão da igreja é com a perda de fiéis

católicos na região e o crescimento das igrejas

evangélicas, evidenciada desde o Censo

Demográfico do IBGE de 2010, o último

realizado. Só no estado do Amazonas, o número

de evangélicos era de 31%, ante 21% em 2000.

Entre os que se declararam católicos, queda de

70,8% para 59,5%.

ENTENDA O SÍNODO

O que é sínodo

O Sínodo dos Bispos é uma reunião episcopal de

especialistas. Convocado e presidido pelo papa,

discute temas gerais da Igreja Católica (como

juventude, em 2018), extraordinários

(considerados urgentes) e especiais (sobre uma

região). Instituído em 1965, acontece neste ano

pela 16ª vez.

Especial Amazônia

Anunciado em 2017 pelo papa Francisco, o

Sínodo da Amazônia trata de assuntos comuns

aos nove países do bioma, organizados em dois

eixos: pastoral católica e ambiental. Depois de

meses de escuta da população local, bispos e

demais participantes se reúnem entre 6 e 27 de

outubro, no Vaticano.

Para que serve

O sínodo é um mecanismo de consulta do papa.

Os convocados têm a função de debater e de

fornecer material para que ele dê diretrizes ao

clero, expressas em um documento chamado

exortação apostólica. As últimas duas exortações

pós-sinodais foram publicadas cerca de cinco

meses depois de cada assembleia.

Quem participa

O Sínodo da Amazônia reúne 184 padres sinodais

(como são chamados os bispos participantes),

sendo 58 brasileiros. Além dos bispos da região,

há convidados de outros países e de

congregações religiosas. Também participam

líderes de outras comunidades cristãs, da

população e especialistas —no total, há 35

mulheres. O papa costuma presidir todas as

sessões.

Principais polêmicas

Este sínodo tem recebido críticas do governo

brasileiro, incomodado com o viés ambiental e

pressionado pela situação na Amazônia, e da ala

conservadora da igreja, que vê como

inapropriado o debate sobre a ordenação de

homens casados como sacerdotes, a criação de

ministérios oficiais para mulheres e a

incorporação de costumes indígenas em rituais

católicos.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/fo

go-na-amazonia-foi-ateado-por-interesses-que-

destroem-diz-papa.shtml

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Grupo de Comunicação

São Paulo monitora parques para tentar

conter avanço de barbeiros

Inseto pode transmitir doença de Chagas se

estiver contaminado; não há transmissão da

doença na região metropolitana

Patrícia Pasquini

SÃO PAULO

As autoridades de saúde pública estão

preocupadas com a dispersão do inseto barbeiro

da espécie Panstrongylus megistus a partir de

Taboão da Serra, na região metropolitana de São

Paulo, para a capital.

O barbeiro transmite a doença de Chagas se

estiver infectado pelo protozoário Trypanosoma

cruzi, causador da doença de Chagas.

Atualmente, a espécie Panstrongylus megistus

tem importância epidemiológica porque

geralmente vem infectada pelo parasita.

Os sintomas iniciais da doença de Chagas são

febre, dor de cabeça e fraqueza. Na fase aguda,

o fígado e o baço aumentam e aparecem

distúrbios cardíacos. Na crônica, compromete o

coração e o aparelho digestivo. Em crianças, a

doença pode levar à morte.

Além dela, outra espécie de barbeiro também

existe no estado: a Rhodnius neglectus, presente

na região Noroeste, mas sem infecção pelo

protozoário.

Mesmo que não ainda exista transmissão da

doença de Chagas na região metropolitana e na

capital paulista, a Sucen (Superintendência de

Controle de Endemias) do Estado de São Paulo

iniciará neste mês um monitoramento em quatro

parques da capital: Villa-Lobos, do Povo e

Água Branca (na zona oeste); e Ibirapuera

(zona sul).

O objetivo é fazer a busca ativa por exemplares

do barbeiro, bem como identificar sua rota de

deslocamento.

Segundo Rubens Antonio da Silva, biólogo,

pesquisador e coordenador técnico do Programa

de Controle de Doença de Chagas da Sucen, a

hipótese é de que os corredores verdes estejam

facilitando a dispersão dos insetos.

"Examinando os locais de ocorrência de barbeiros

nos últimos anos, concluímos que eles podem

estar se movendo através das conexões de

matas e parques, a partir da região entre as

rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares."

Dos parques, os barbeiros invadem as casas,

fazem colônias e usam as pessoas e os animais

domésticos como fonte de alimentação.

“No caso do Parque da Água Branca, a

situação é um pouco diferente. Já existe a

possibilidade de ter espécies de barbeiros no

local. Estes bichos precisam de sangue quente de

pessoas e de animais, e lá há mais de 1.300

galinhas que podem servir de fonte de

alimentação”, afirma Silva.

Um dos exemplares do bicho barbeiro

encontrados em Taboão da Serra, na Grande SP -

Arquivo pessoal

O monitoramento dos parques inclui ações

educativas e orientação aos frequentadores e

moradores do entorno destes locais.

“Quando tivemos a grande transmissão, entre as

décadas de 1950 e 1970, a região metropolitana

de São Paulo não vivenciou a endemia e,

portanto, não possui conhecimento da doença de

Chagas. O que isso tem de relevante? Por não

estarem atentas ao monitoramento da espécie,

as pessoas podem ter o bicho dentro de casa e

desconhecer”, afirma Silva.

Os Panstrongylus megistus têm o corpo marrom

com manchas vermelhas e mede de 2,5 a 4 cm

de comprimento. Os bichos são de

comportamento noturno e atraídos pela luz.

Voam num raio de 400 metros, distância que

pode ficar maior se houver corrente de vento.

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Data: 07/10/2019

60

Grupo de Comunicação

Quem vive perto de matas e de parques deve

fechar portas e janelas ao escurecer, além de

vedar frestas.

A dispersão dos barbeiros começou em setembro,

com a primavera, quando ficou perceptível um

aumento de exemplares adultos, porque eles

buscam novos ambientes para colonização.

A transmissão da doença se dá pelas pelas fezes

que o barbeiro deposita sobre a pele enquanto

suga o sangue.

Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de

coçar facilita a penetração do protozoário pelo

local. O parasita também pode entrar no

organismo através da mucosa dos olhos, do nariz

ou da boca ou de feridas e cortes recentes na

pele.

Silva explica que atualmente não é este tipo de

transmissão da doença de Chagas que preocupa

as autoridades. A mais frequente é pela ingestão

de alimentos à base de açaí ou de cana-de-

açúcar, por exemplo. Em locais sem higiene

adequada, o barbeiro pode ser triturado durante

o preparo do alimento.

Também deve-se tomar um cuidado especial com

os saruês (gambás), para que não permaneçam

nos forros das casas. Eles são reservatórios do

Trypanosoma cruzi. “Se os saruês servirem de

fonte de alimento para os barbeiros, o risco de

transmissão é amplificado”, diz Silva.

O RESSURGIMENTO

Desde 2016, foram encontrados 61 barbeiros

Panstrongylus megistus no município de Taboão

da Serra, todos em casas perto de matas,

segundo a prefeitura.

A publicitária Ana Luísa Cruz Suzigan, 40, achou

três em sua residência. A família levou um susto,

porque um deles estava no berço do filho dela.

A Sucen foi acionada e esteve no local. Os bichos

foram levados ao CCZ (Centro de Controle de

Zoonoses) e a família tomou providências: a

partir das 17h, os acessos à casa ficam fechados.

As janelas e portas ganharam telas e protetores,

respectivamente.

Itapecerica da Serra, Santana do Parnaíba, Embu

das Artes e Carapicuíba também tiveram casos

de barbeiro.

Em um caso em Embu das Artes, os bichos

moravam num colchão e utilizavam um casal

como fonte de alimentação.

Em Carapicuíba, o órgão coletou mais de 57

exemplares em diferentes estágios de

desenvolvimento. Eles estavam associados a

gambás que moravam nos forros de três casas

dentro de uma mesma propriedade, mas nenhum

apresentou positividade para o Trypanosoma

cruzi, segundo a prefeitura.

Desde 2018, as equipes da Sucen registraram

Panstrongylus megistus em áreas próximas a

matas nos bairros Jardim Amaralina, Cohab

Raposo Tavares, Jardim Esmeralda e Butantã

(zona oeste).

Se houver uma expansão territorial dos

barbeiros, a situação pode se agravar e no final

deste ano os moradores do Tucuruvi e entorno

do Parque da Cantareira [zona norte], e da

região do Zoológico [zona sul], deverão

encontrar exemplares dentro de casa.

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Grupo de Comunicação

Outras áreas também são vulneráveis ao

aparecimento de barbeiros —Cotia e Osasco

(Grande SP) e o ABC paulista.

Quem encontrar exemplares de barbeiro deve

acionar a prefeitura e encaminhá-los, de

preferência vivos, ao Centro de Controle de

Zoonoses ou órgão semelhante.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1

0/sao-paulo-monitora-parques-para-tentar-

conter-avanco-de-barbeiros.shtml

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Grupo de Comunicação

Incêndio atinge sítio arqueológico com

pinturas rupestres de 11 mil anos no Pará

Bombeiros combatem o fogo desde sábado (5)

Matheus Moreira

SÃO PAULO

Um incêndio atingiu o sítio arqueológico Serra da

Lua, no Pema (Parque Estadual de Monte Alegre),

no Pará, na noite de sábado (5). O fogo na região

da Serra da Lua foi controlado, mas outros focos

de incêndio ainda são combatidos por bombeiros

e voluntários.

O parque e o centro de musealização são

gerenciados pelo Ideflor-bio (Instituto de

Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do

Estado do Pará). Com área de 58.251 hectares, o

parque faz parte da Área de Proteção Ambiental

Paytuna, criada em 2001. No local há pinturas

rupestres que comprovam que a região foi

habitada há pelo menos 11 mil anos.

Segundo o governo do Pará, o fogo segue em

progressão lenta, na direção contrária do vento,

o que facilita o trabalho dos brigadistas. Ainda

não se sabe a área total atingida.

Na manhã deste domingo (6), um grupo de

militares do Corpo de Bombeiros de Santarém foi

deslocado para auxiliar na extinção do fogo. Um

segundo grupo, destacado para a região no início

da tarde, deve levar mais equipamentos para os

brigadistas.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/incendio-atinge-sitio-arqueologico-com-

pinturas-rupestres-de-11-mil-anos-no-para.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Proposta de Moro de

prisão em 2ª instância deve gerar

resistência no STF

Ministros afirmam que a presunção de inocência

até o fim do processo é garantida por cláusula

pétrea da Constituição

A proposta do ministro da Justiça, Sergio Moro,

de aprovar texto que consagre na lei a prisão de

pessoas depois de condenadas em segunda

instância deve gerar resistência no STF (Supremo

Tribunal Federal) mesmo se feita por meio de

emenda constitucional.

SIMPLES

Moro tenta inserir a tese em textos legais por

meio de simples projeto de lei. Com a resistência

de parlamentares, pode tentar apoiar uma PEC

(Proposta de Emenda Constitucional).

COMPLEXO

Ministros da corte contrários à ideia afirmam que

a presunção de inocência até o fim do processo é

garantida por cláusula pétrea da Constituição.

Assim, ela só poderia ser modificada por uma

Constituinte —e não por uma emenda.

SINAL TROCADO

O tribunal trava há anos debate sobre a questão

e deve voltar a se debruçar sobre o tema neste

mês. Pela interpretação atual, a segunda

instância é constitucional. Mas o entendimento

pode mudar.

BILHETE

O ministro Dias Toffoli pensava em pautar o tema

nesta semana. Ministros da corte, porém, vão

viajar. E ele deve transferir o debate para a

segunda quinzena do mês.

ORIGENS

“Tenho os pés no chão porque não esqueço de

onde vim”, diz a apresentadora Maisa à revista

Glamour de outubro; a publicação chega às

bancas nesta segunda (7)

MUDANÇA...

O Governo de SP quer acabar com a Furp, fábrica

de remédios vinculada à Secretaria da Saúde. No

programa de governo entregue por João Doria ao

Tribunal Superior Eleitoral em 2018, porém,

consta que uma “prioridade será a manutenção e

melhoria dos programas já existentes no estado,

tais como Dose Certa, farmácias de alto custo,

Furp e os institutos”.

... DE HÁBITO

O Executivo estadual afirma que a Furp causa

prejuízo anual de R$ 57 milhões aos cofres

públicos e alega que a sua extinção “não significa

redução na distribuição de remédios gratuitos,

tampouco descumprimento de qualquer

compromisso do governo na priorização da

saúde”.

MENOS

“O estado adquire medicamentos, em alguns

casos, pelo dobro do preço daqueles praticados

no mercado. Estudos técnicos apontam

ineficiência e a consequente necessidade de

otimizar recursos públicos”, diz o governo.

É PRIMAVERA

A peça “Apareceu a Margarida”, com direção de

Bruno Garcia e atuação de Marília Medina,

reestreou na quinta (2), no Teatro Eva Herz. O

músico João Suplicy e os atores Leonardo

Medeiros e Tato Gabus Mendes passaram por lá.

CALMA LÁ

Deputados como Áurea Carolina (PSOL-MG),

David Miranda (PSOL-RJ), Benedita da Silva (PT-

RJ) e Túlio Gadêlha (PDT-PE) vão entrar com

uma representação no Ministério Público Federal

contra o ministro Osmar Terra, da Cidadania,

nesta segunda-feira (7).

CALMA 2

Os parlamentares querem que o órgão avalie a

legalidade das exonerações no Centro de Artes

Cênicas da Funarte e se houve perseguições

políticas e ideológicas.

CORTES

Na sexta (4), Terra exonerou 19 servidores do

departamento, que é chefiado por Roberto Alvim.

O ministério, via assessoria de imprensa, diz que

não vai se pronunciar.

CORO

Arnaldo Antunes, Zélia Duncan, Moreno Veloso,

Fernanda Takai, Céu e Ná Ozzetti são alguns dos

artistas que participarão da gravação de um clipe

da música “Para Onde Vamos”, de Beto Villares e

Carlos Rennó, que chama a atenção para a

questão climática.

CORO 2

O projeto é idealizado pelos grupos ativistas

@familiasPeloClima, @fridaysForFutureBrasil e

#ParentsForFutureGlobal.

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Grupo de Comunicação

“A questão climática não é de esquerda, é de

todo mundo. Nós queremos falar com todos, e a

música é uma forma de dialogar com as

pessoas”, diz Isabella Prata, produtora executiva

do projeto.

ESTÚDIO

As gravações vão ocorrer em São Paulo e no Rio

neste mês, e o vídeo deverá ser lançado até

novembro.

DOU-LHE UMA

O Instituto Moreira Salles adquiriu e incorporou

ao seu acervo um conjunto de 98 imagens do

fotógrafo alemão Albert Frisch, realizadas entre

os anos de 1867 e de 1868, em uma expedição

na Amazônia.

DOU-LHE DUAS

A instituição pagou US$ 81 mil (cerca de R$ 330

mil) pela série em um leilão na Sotheby’s, em

Nova York, realizado no dia 3 de outubro.

APETITE

O chef Matthew Kenney, referência em comida

crua, e Bruce Friedrich, cofundador do instituto

The Good Food, participarão do congresso Mesa

Tendências, do Mesa SP 2019, produzido pelo

Mundo Mesa.

APETITE 2

O evento, que ocorre entre 24 e 27 deste mês

em São Paulo, debaterá o futuro da alimentação.

MEIO SÉCULO

O secretário municipal de Cultura de São Paulo,

Alê Youssef, esteve no lançamento de um livro e

de um documentário que celebram os 50 anos do

Balé da Cidade de São Paulo. O evento ocorreu

na semana passada na Praça das Artes, na

capital paulista. O ator Júlio Andrade e a

fotógrafa Elen Cunha também foram à cerimônia.

CURTO-CIRCUITO

Rodrigo Janot lança na segunda (7) o livro “Nada

Menos que Tudo”. Às 18h30, na Livraria da Vila

da alameda Lorena.

O livro “FMABC - Histórias e Memórias” será

lançado na quinta (10), às 19h, na Livraria da

Vila do shopping JK Iguatemi.

O advogado Luiz Gustavo Bichara, procurador

tributário do conselho federal da OAB, participa

de audiência pública sobre a reforma tributária

na Câmara dos Deputados nesta segunda (7)

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/proposta-de-moro-de-prisao-

em-2a-instancia-deve-gerar-resistencia-no-

stf.shtml

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Grupo de Comunicação

A concessão do parque Ibirapuera precisa

ser revista

Plano Diretor para a área verde foi elaborado

após a definição da concessionária

Nabil Bonduki

Se o Judiciário não interferir em favor do

interesse público, em breve a Prefeitura de São

Paulo entregará a uma empresa privada, por 35

anos, o parque Ibirapuera, incluindo o maior

conjunto cultural da cidade, sem que as regras

para sua utilização futura estejam claramente

definidas.

A tentativa de evitar esse desenlace foi inócua.

Só poderia ser fake a elaboração de um plano

diretor para o parque (condição exigida pelo

Ministério Público para a assinatura do contrato)

depois de já ter sido realizado o certame

licitatório e estar definida a futura

concessionária. Isso porque qualquer mudança

significativa nas vagas condições estabelecidas

no edital geraria contestação e a anulação de

toda a concorrência.

Perder a oportunidade de abocanhar os R$ 70

milhões que irá receber imediatamente para

entregar o parque e, ainda, economizar seu custo

de manutenção, é um risco que a gestão Bruno

Covas não quer correr. Como a Folha mostrou,

no sábado (5), reforçar o caixa municipal para

gastar em ano eleitoral é a estratégia do prefeito

para tentar se reeleger.

É por isso que o plano diretor apresentado é

genérico, sem estabelecer com a necessária

precisão o que será feito em um período tão

longo, motivo que gerou sua rejeição pelo

Conselho Gestor do parque Ibirapuera. E, ainda,

por isso que a concessionária atuou

ostensivamente para influenciar a elaboração do

instrumento.

Esse é o vício original: o Plano Diretor do

Ibirapuera deveria ter sido elaborado antes da

licitação, como elemento orientador do edital, e

nunca após a definição do concessionário. Ao

inverter essa lógica elementar, a prefeitura

cometeu uma irregularidade que deveria gerar a

anulação do certame licitatório.

A presença de um grande número de funcionários

da empresa vencedora nas audiências públicas,

calculada em 45% pelo vereador Gilberto

Natalini, que denunciou a fraude, é resultado

dessa anomalia.

Isso, por si só, não significa que a participação

dos demais foi tolhida, mas um constrangimento

que nunca deveria ocorrer. Mais grave foi o curto

prazo para a elaboração e debate do plano, assim

como a falta de explicitação das fontes de receita

do concessionário, que afetarão o uso do parque

ou a ausência da Secretaria da Cultura nos

debates públicos, entre outras deficiências.

Como relator do Plano Diretor de São Paulo,

apresentei propostas para compatibilizar o

parque com as diretrizes de planejamento da

cidade como, por exemplo, a restrição a entrada

de automóveis no parque e sua melhor conexão

com o transporte coletivo, aspectos que não

foram considerados.

Também mostrei os projetos desenvolvidos pela

Secretaria de Cultura, no período em que fui

secretário. Mas, assim como no edital de

concessão, foi desconsiderado o projeto do

arquiteto Paulo Mendes da Rocha para reabilitar

o acesso principal do parque, segundo a

concepção original de Niemeyer, criando uma

praça de articulação do setor cultural, entre a

Oca, o Auditório e a entrada de marquise.

O projeto original do Museu das Culturas

Brasileiras está comprometido, pois foi reservado

apenas 4.000 dos 11 mil metros quadrados do

pavilhão para esse uso. Esse aliás, foi o único

aspecto que foi contestado pelo Ministério

Público, que exigiu a ampliação dessa área.

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Grupo de Comunicação

O plano diretor não especifica o uso do restante

do pavilhão, assim como da Oca e do Auditório,

espaços que deveriam ser integralmente

destinado a cultura, mas que, provavelmente,

serão explorados comercialmente.

Inovar a gestão dos parques e de outros

equipamentos, com mais agilidade e eficiência, é

necessário. A concessão pode ser uma

alternativa, desde que não contrarie o interesse

público, o que não está garantido nesse

conturbado processo.

Para não comprometer o próprio instrumento,

essa licitação deveria ser cancelada e pactuado

um plano diretor que definisse o futuro do parque

e seu modelo de governança, antes da realização

de uma nova licitação.

É o que se espera da juíza Cyntia Thomé que irá

dar o veredicto final.

Nabil Bonduki

Professor da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo da USP, foi relator do Plano Diretor e

Secretário de Cultura de São Paulo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nabil-

bonduki/2019/10/a-concessao-do-parque-

ibirapuera-precisa-ser-revista.shtml

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Data: 07/10/2019

67

Grupo de Comunicação

Urbanização não pode deixar de atender às

necessidades infantis

Cláudio Bernardes

Falta de planejamento no processo prejudica

acesso de crianças a serviços básicos

O processo acelerado de urbanização mundial

não pode deixar de atender as necessidades

emergentes das crianças. Estimativas atuais

sugerem que 300 milhões de crianças vivem em

favelas urbanas, onde as condições de vida ficam

muito aquém do mínimo desejável, e as

oportunidades de crescimento individual e

comunitário são severamente limitadas.

Muitas cidades do mundo se esforçam para

privilegiar programas relacionados ao bem-estar

social e, por meio disso, criar ambientes onde as

crianças possam se desenvolver de forma

saudável. No entanto, o crescimento da

população urbana apresenta oportunidades e

desafios.

Em tese, as oportunidades geradas pelos efeitos

de escala resultantes do crescimento urbano

poderiam permitir maior acesso das crianças aos

serviços sociais e, dessa forma, auxiliar o Estado

na garantia dos seus direitos. Contudo, na

prática, essas oportunidades tornam-se limitadas

e o número de crianças que ficam alijadas do

processo de desenvolvimento saudável só

aumenta.

Projeções estimam que 1,4 bilhão de pessoas

viverão em favelas em todo o mundo até 2020.

Ao lado disso, as instabilidades geopolíticas e

ambientais distribuídas por todo o planeta

continuam a desencadear migrações em massa

para as cidades, o que acrescenta uma dimensão

preocupante ao processo de urbanização global e

proliferação de favelas.

Especialistas apontam que os efeitos negativos

da urbanização são mais prejudiciais para as

crianças que passam fome e ficam desnutridas,

abandonam a escola para trabalhar, e acabam

por renunciar aos necessários cuidados com a

saúde. A pobreza e o acesso limitado a serviços

sociais deixam esses cidadãos em desvantagem

desde a tenra idade e podem impactar toda a

vida futura de muitos deles.

Segundo relatório do Unicef (Fundo das Nações

Unidas para a Infância), a resiliência das

comunidades, ou sua capacidade de adaptação a

novos desafios do desenvolvimento, pode ser

importante aliada ao se pretender evitar o

aprofundamento da vulnerabilidade infantil.

Principalmente para as cidades em

desenvolvimento, a resiliência comunitária

depende de vários fatores inter-relacionados que

impactam diretamente as crianças e vão desde a

falta de moradia adequada até a ausência de

bem-estar psicológico.

A falta de planejamento adequado no processo

de urbanização provoca desafios específicos à

saúde e prejudica o acesso das crianças aos

serviços básicos. Essa lacuna é sentida de

maneira mais aguda por crianças pobres e

vulneráveis, que dependem de acesso a serviços

sociais não só para sobreviver, mas para romper

com os ciclos de pobreza. O Unicef reconhece

que todas as crianças têm o direito de ser

protegidas de quaisquer formas de violência,

exclusão social, exploração e abusos. No entanto,

milhões de crianças em áreas urbanas de todas

as partes do mundo sofrem com esses

problemas, e outras tantas estão em risco.

Por outro lado, a conexão com Internet, redes de

celular mais abrangentes e expansão da

distribuição de energia elétrica têm se tornado

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Data: 07/10/2019

68

Grupo de Comunicação

cada vez mais importantes para a qualidade de

vida das crianças. Nas cidades em

desenvolvimento, a conectividade pode trazer às

comunidades com crianças vulneráveis os meios

de compreender aspectos importantes na

melhoria de suas vidas e receber informações

básicas de saúde.

Outra questão crítica é a desigualdade de

oportunidades. A distância entre os mais ricos e

os mais pobres atingiu seu pico nas últimas três

décadas em muitos países, segundo a ONU

(Organização das Nações Unidas). Esse modelo

extremamente excludente para as crianças mais

pobres resulta em experiências limitadas de

aprendizado e falta de acesso aos serviços

essenciais. Como consequência desse processo,

as crianças ficam desprovidas de habilidades

necessárias para enfrentar os desafios do século

21.

Está mais do que na hora de compreender que,

localmente, os governos devem estar preparados

para garantir os direitos e o bem-estar das

crianças. É o momento de unir governo e

sociedade civil organizada, setores privados,

academia e mídia para desenvolver o importante

trabalho de transformar as cidades em

comunidades mais amigáveis, resilientes

socialmente e voltadas ao desenvolvimento

saudável das crianças.

Claudio Bernardes

Engenheiro civil e presidente do Conselho

Consultivo do Sindicato da Habitação de São

Paulo. Presidiu a entidade de 2012 a 2015.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobe

rnardes/2019/10/urbanizacao-nao-pode-deixar-

de-atender-as-necessidades-infantis.shtml

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Data: 07/10/2019

69

Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Queima de fogos

Ministro celebra queda de incêndios em

setembro, mas quadro é desalentador

Após o dano à imagem do país causado pela

proliferação de queimadas na Amazônia e em

outros biomas, o governo Jair Bolsonaro (PSL)

tenta recompor seu discurso para a área

ambiental.

Na semana que passou, o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, comemorou a redução

dos incêndios na região amazônica em setembro.

Verificou-se, no mês, o menor número de focos

desde 2013.

Deixe-se de lado a ironia de o ministro celebrar

dados do mesmo instituto que o governo atacou

quando os números eram desfavoráveis. Importa

mais saber se, de fato, há melhora digna de

nota.

O resultado sugere que o envio do Exército para

ajudar no combate ao fogo surtiu algum efeito.

Especialistas apontam, porém, que o elevado

índice de focos em agosto, o maior desde 2010,

também colaborou para a redução devido ao

consumo da matéria orgânica.

Apesar do alívio circunstancial, o quadro geral

ainda é desalentador.

A quantidade de queimadas na Amazônia de

janeiro a setembro é a terceira maior dos últimos

dez anos. Com 66,7 mil focos de incêndio

registrados, a cifra do período só ficou abaixo das

apuradas em 2010 e 2017. Na comparação com

o ano passado, o aumento foi de 42%.

Nos demais biomas, a situação também justifica

o alarme. Com exceção da caatinga, onde o

número de incêndios se mantém estável, os

demais apresentam, até o momento, crescimento

expressivo ante 2018: 58% no cerrado, 53% na

mata atlântica, 91% no pampa e incríveis 340%

no Pantanal.

Mesmo em setembro na Amazônia, a queda no

número de queimadas foi contrabalançada pela

elevação do desmatamento.

De 1º a 19 daquele mês, os alertas do sistema

Deter, do Inpe, indicaram uma destruição de

1.173 km² de floresta, ante 739 km² em todo o

setembro de 2018.

Salles voltou nesta semana de um tour

internacional com o declarado objetivo de

desmistificar um suposto sensacionalismo sobre a

situação brasileira.

Na Alemanha, que recentemente suspendeu o

envio de R$ 155 milhões ao Brasil para ações de

conservação, o ministro ouviu que os recursos

seguirão bloqueados até que fique claro o destino

do dinheiro. O país, como se vê, ainda precisará

fazer muito para recuperar sua calcinada imagem

ambiental.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

queima-de-fogos.shtml

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Prioridade

Executivo precisa de uma agenda organizada e

maior proximidade com o Congresso, pois há

muito a ser feito

Marcos Lisboa

O ano caminha para o seu fim com sinais de

alívio na economia. Lentamente, o desemprego

se reduz e a atividade se recupera. Menos do que

celebrar, porém, melhor cuidar da agenda de

trabalho para que a retomada não tenha vida

curta e frustre as expectativas novamente.

A reforma da Previdência tem sido desidratada

pelo Senado, que já reduziu a economia em mais

de R$ 100 bilhões. O seu trâmite lento

atravancou outras iniciativas, e a PEC paralela

promete novas bondades com o chapéu alheio.

A grave situação fiscal dos estados requer a

aprovação de medidas que diminuam o

crescimento dos gastos com servidores públicos.

As transferências de recursos para as

assembleias e o Judiciário são feitas com base no

Orçamento, com frequência superestimado, e

não na receita efetiva. O resultado é a redução

do dinheiro em caixa para políticas públicas

essenciais, como a manutenção da infraestrutura

ou a segurança.

Até quando a população aceitará passivamente a

elevada remuneração de servidores por meio de

penduricalhos enquanto assiste à degradação dos

serviços públicos?

A agenda fiscal deveria priorizar a contenção do

aumento do gasto com pessoal e a melhora da

gestão pública, com menos vinculações, de modo

a resgatar a capacidade de o Executivo direcionar

os recursos para as áreas prioritárias.

Atualmente, sobra dinheiro para construir sedes

suntuosas do Judiciário, mas faltam recursos

para ciência e tecnologia ou limpeza de bueiros.

A promessa de novas receitas para os

governadores, como os recursos do pré-sal,

acaba por permitir a ilusão de que as reformas

possam esperar. Tiro no pé. Como no passado, o

resultado pode ser apenas acomodar o

crescimento das despesas obrigatórias e uma

crise mais severa no futuro.

Além disso, os estados deveriam coordenar uma

redução progressiva dos subsídios e incentivos

fiscais que corroeram as suas receitas.

A reforma tributária, por sua vez, foi prejudicada

pelo debate atrapalhado sobre a versão

repaginada da CPMF conduzida pelo Ministério da

Economia.

Resta o consolo de que essa agenda pode

avançar por meio de medidas infraconstitucionais

bem menos polêmicas e que contribuiriam para

uma significativa melhoria no ambiente de

negócios, como acertar a base de arrecadação do

PIS e da Cofins e reduzir a ambiguidade das

normas.

Há muito a ser feito, mas isso requer que o

Executivo tenha uma agenda organizada e maior

proximidade com o Congresso para evitar novas

medidas inconsequentes e descabidas, como a

proposta do Fundeb.

Melhor deixar as bravatas e picuinhas de lado e

dedicar mais tempo à prancheta e ao diálogo.

Marcos Lisboa

Presidente do Insper, ex-secretário de Política

Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005)

e doutor em economia.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcos-

lisboa/2019/10/prioridade.shtml

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Sonhos de cidade

São Paulo mira zeladoria, quando deveria buscar

transformações mais arrojadas

Décadas de gestões municipais que não

conseguem cumprir funções básicas achataram

os sonhos do paulistano médio para sua cidade.

Ruas limpas, lixo recolhido, parques e praças

com grama cortada e equipamentos bem

cuidados, árvores podadas, calçadas sem buracos

e asfalto liso parecem utopia, quando não

passam de obrigação.

A zeladoria urbana é um dos pontos de contato

mais frequentes do cidadão com a prefeitura, e

uma das razões que mais levam o munícipe a

reclamar. Precária, lega problemas visíveis que

impactam a qualidade de vida nos bairros onde

se mora, trabalha e transita.

Uma das apostas do até aqui pouco midiático

prefeito Bruno Covas (PSDB) para deixar sua

marca antes da provável campanha à reeleição

em 2020 é justamente aumentar os gastos com

esse tipo de manutenção. No próximo ano devem

ser destinados R$ 3 bilhões para a tal zeladoria,

o dobro do gasto previsto em 2019 e seis vezes o

gasto médio em anos anteriores.

Quem anda pela cidade pouco vê os sinais dessa

dinheirama sendo gasta. Calçadas, túneis,

semáforos, praças e passarelas sofrem com a

falta de cuidado.

Bom seria se a máquina estatal tratasse do

básico sem sobressaltos para que prefeito,

entidades e cidadãos pudessem vislumbrar

objetivos de vulto, adequados ao que deveria ser

a ambição da maior e mais rica cidade do país.

A gestão atual, tal como as anteriores, não deve

deixar um legado urbanístico mais amplo, com a

revitalização ou a transformação de um bairro ou

região em polo artístico, gastronômico ou

turístico.

Outras grandes cidades recorrem a concursos

arquitetônicos ou criam espaços públicos que

realmente vêm a ser ocupados e usados pela

população, gerando bem-estar e renda, como o

parque High Line em Nova York ou a revitalização

do Puerto Madero em Buenos Aires.

São Paulo já perdeu oportunidades, como as

reformas da praça Roosevelt e do largo da

Batata, que resultaram em ganhos apenas

modestos para os frequentadores. O projeto para

o Anhangabaú, controverso, está atrasado. O

parque Minhocão segue cercado de dúvidas

logísticas e jurídicas.

Passa da hora de a cidade —e aqui não se fala

apenas da prefeitura— abraçar ambições dignas

de sua dimensão e sua riqueza.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

sonhos-de-cidade.shtml

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Cervejaria quer preservar abelhas nativas

Colorado implanta meliponários para demonstrar

a importância das polinizadoras

Mara Gama

Meliponário da cervejaria Colorado em Ribeirão

Preto - Colorado/Divulgação

Na Toca do Urso, onde fica a sede da Colorado,

em Ribeirão Preto (SP), seis colmeias foram

instaladas para as abelhas Jataí, Mandaçaia e

Mirim droryana. Dentro da cidade, no escritório

de desenvolvimento rural (CATI), mais 12

colmeias dessas abelhas e mais Marmelada e

Mandaguari já estão funcionando.

Esses foram os dois primeiros meliponários que a

cervejaria abriu em setembro, como parte de

uma campanha de sensibilização para a

preservação das abelhas. As ações pretendem

beneficiar mais de 400 produtores e 4 milhões de

abelhas.

A intenção do projeto não é a de produzir mel

para venda e sim demonstrar o cultivo e chamar

a atenção para a importância dos polinizadores

nativos para a agricultura e as formas de

convivência com as abelhas. Segundo a empresa,

o primeiro curso já foi dado para 40 moradores

da região. A ideia é difundir a melicultura aos

trabalhadores rurais.

A Colorado também vai replantar uma área de

quatro hectares (40 mil metros quadrados) com

espécies de plantas que são facilmente

polinizadas e auxiliam na apicultura.

A cervejaria pretende abrir, ainda este ano,

outros dois meliponários urbanos em São Paulo,

também com capacidade de 50 mil abelhas cada

um.

A Colorado lançou este ano uma edição limitada

com mel de quatro abelhas diferentes:

Mandaçaia, Uruçu amarela, Tiúba e Jataí. Em

setembro, a campanha “Adeus Appia”, feita em

parceria com a National Geographic, alerta para o

risco de extinção das abelhas, que faria

desaparecer também a cerveja Appia, da

Colorado, que usa mel em sua fórmula.

Durante o primeiro ano, a Colorado será

responsável pela manutenção dos meliponários e

pelo treinamento aos funcionários dos parques

onde estão instalados. A Ambev não divulga

quanto investiu no projeto.

Na última quinta, 3 de outubro, era o dia

nacional da abelha. Tirando iniciativas como esta,

da Colorado, pouco há para comemorar.

As abelhas são responsáveis por polinizar 75%

da cultura alimentar de todo o planeta. Sem elas,

não dá. Mas os riscos de extinção de espécies

continuam. O governo acaba de liberar mais 57

agrotóxicos, somando 382 registros em 2019.

As notícias sobre contaminação e morte em

massa de abelhas começaram a ficar mais

frequentes este ano.

Em janeiro, cerca de 50 milhões de abelhas

morreram em Santa Catarina e a principal causa

apontada por testes do Ministério Público foi o

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

inseticida fipronil, usado em lavouras de soja na

região. Os exames encontraram também o

fungicida trifloxistrobina e o inseticida

triflumuron. O estado é o maior exportador de

mel do Brasil e tem 99% de sua produção

certificada como orgânica.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina,

declarou recentemente sua ignorância sobre o

Brasil e sua intenção de abrir mais ainda as

portas para transgênicos e agrotóxicos, ao dizer

que o clima quente do Brasil não favorece a

produção de orgânicos.

Não tem qualquer fundamento científico. A

produção de orgânicos só cresce no mundo. De

2015 para 2016, a produção cresceu 15%: cobria

50,3 milhões de hectares cultivados e passou

para 57,8 milhões, em todos os continentes, com

diversas situações de clima.

Dados Ministério da Agricultura divulgados pelo

Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e

Sustentável (Organis) indicam que o número de

unidades de produção orgânica cresceu 300%

entre 2010 e 2018, passando de 5.406 para

22.064 propriedades.

O consumo também. Segundo a última pesquisa

Akatu - Panorama do Consumo Consciente no

Brasil houve um aumento significativo na compra

de produtos orgânicos, de 23% da população, em

2012, para 48%, em 2018.

Para quem quer saber mais sobre o tema, o SOS

Abelhas Sem Ferrão organiza cursos e palestras,

faz resgate de enxames, promove campanhas e

dá consultoria para quem quer instalar um

meliponário.

Mara Gama

Jornalista e consultora de qualidade de texto.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragam

a/2019/10/cervejaria-quer-preservar-abelhas-

nativas.shtml

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Painel S.A: Ligado à sustentabilidade, dono da Osklen viu exagero em crise

ambiental

Para Oskar Metsavaht foi oportunista a

suspensão da compra de couro brasileiro por

marcas estrangeiras

SÃO PAULO

Desde que o céu escureceu em plena tarde, em

agosto, detonando uma crise ambiental de

alcance global no governo Bolsonaro, o estilista

Oskar Metsavaht se manteve discreto. Passada a

repercussão, o fundador da Osklen diz agora que

viu exagero de imprensa, governo e empresas

sobre as queimadas na Amazônia. Para ele, foi

oportunista a suspensão da compra de couro

brasileiro por marcas estrangeiras. “Foi uma

grande chance para a agroindústria francesa e

americana.”

Floresta Metsavaht, que há mais de duas

décadas faz do conceito de sustentabilidade a

principal marca de sua grife, pondera a

responsabilidade de Jair Bolsonaro. “Não é culpa

dele o aumento de queimadas, mas foram

tomadas atitudes completamente retrógradas nos

primeiros meses, o que mostrou uma ignorância

muito grande”, afirma.

Raiz

O empresário diz que está se unindo a um grupo

de economistas, cientistas sociais e políticos para

propor mudanças nos incentivos da Zona Franca

de Manaus que favoreçam a implantação de um

Vale do Silício verde.

Carona

Controlada pela Alpargatas, a Osklen pretende

expandir sua internacionalização aproveitando a

rede de distribuição já desenvolvida pela

Havaianas, que pertence ao mesmo grupo e é

mais popular no mercado externo.

Passarela

Em setembro, peças feitas do couro do peixe

amazônico pirarucu criadas por ele participaram

pela primeira vez da semana de moda de Paris,

no desfile da marca Courreges. “O que antes era

jogado no lixo agora é visto como novo luxo”,

afirma.

PROSA

"O Brasil deveria criar uma marca associada à

sustentabilidade, assim como a Europa vende

luxo a partir de sua história e os EUA vendem o

‘american dream’"

Sem salto

A Abicalçados (associação da indústria calçadista)

vai revisar de 4% para 3% a projeção de

crescimento para o setor, retornando aos

patamares de 2014. A falta de empregos formais

e de investimentos públicos e privados

contribuem para o desempenho, segundo Marcos

Lélis, economista da associação.

Peso

A queda de juros pode favorecer investimentos,

mas os custos para projetos de infraestrutura

ainda recaem sobre contribuintes, disse Gabriel

Galípolo, presidente do Banco Fator, em evento

na semana passada com a BDO Brasil e o

escritório Leite, Tosto e Barros Advogados.

Volátil

Galípolo alertou para o risco da adoção de

soluções econômicas simples, como atrelar

contratos ao dólar. A volatilidade do câmbio

tornaria inviável qualquer medida desse tipo,

segundo ele.

Gota

A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e

Energia) abriu chamada pública para teste da

produção de energia solar flutuante nos

reservatórios Billings e Guarapiranga. Os ensaios

vão durar 90 dias e podem render parcerias com

a estatal paulista.

Cálculos

José Carlos Grubisich cita quatro bancos na

acusação que levou à Justiça contra a Odebrecht

mencionando fraude contra os demais credores.

Segundo a petição, protocolada em 23 de

setembro, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e

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Data: 07/10/2019

75

Grupo de Comunicação

Santander emprestaram dinheiro para que a

empresa pagasse eles próprios.

Roda

Teria sido, segundo Grubisich, uma rolagem de

dívida em que os bancos receberam reforço de

garantia com ações da Braskem. Procurada, a

Odebrecht nega veementemente. Itaú, Bradesco,

Banco do Brasil e Santander não quiseram se

manifestar.

Balanço

Internamente, o que se comenta na Odebrecht é

que a movimentação de Grubisich seria tática

jurídica e que ele já teria sido devidamente

remunerado após deixar a empresa, onde

trabalhou de 2001 a 2012. Ex-acionista, ele

cobra na Justiça mais de R$ 28 milhões do grupo.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/ligado-a-sustentabilidade-dono-da-

osklen-viu-exagero-em-crise-ambiental.shtml

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Data: 07/10/2019

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'Chuva é medo', diz moradora da zona leste

de SP que sofre com enchentes há 28 anos

Região passa a contar com sensores da Pluvi.on,

que vão dar alertas para minimizar perdas em

razão dos alagamentos na área

Cristiano Cipriano Pombo

Rodolfo Stipp Martino

SÃO PAULO

Moradora do Jardim Lapena, bairro da zona leste

de São Paulo que sofre constantemente com as

chuvas, Eliana Manotti, 57, está desanimada. Há

28 anos, ela com os alagamentos provocados

pelas enchentes.

Sem perspectivas de melhoria na região,

localizada em área da várzea do rio Tietê, a

moradora relata teve que construir em cima da

antiga casa e vive sem acesso à rede de esgoto.

Quando o céu escurece, o seu desespero

aumenta. Se estiver fora de casa, tenta voltar

correndo para tentar minimizar os danos que as

águas sempre provocam.

“Um dia, não consegui chegar em casa em

tempo. Minha filha pequenininha, de sete anos,

falou: ‘Mãe, a água tomou conta de tudo’",

recorda-se.

A região, próxima do Jardim Pantanal e da Vila

Itaim, bairro que ficou submerso por 65 dias em

2018, passou a contar com uma estação

meteorológica da startup Pluvi.on, fundada por

Diogo Tolezano, 35, finalista do Prêmio

Empreendedor Social de Futuro 2019.

Os sensores registram os dados e conseguem

fazer a previsão mais específica para a área.

Serão instalados mais 19 até o final do ano.

O objetivo é avisar os moradores da previsão do

tempo, com alertas mais precisos e com maior

tempo de antecedência, em mensagens enviadas

gratuitamente via aplicativo em celulares, tablets

ou computadores.

A Escolha do Leitor está com votações abertas;

conheça os finalistas e participe

Chuva, para mim, é medo. Enquanto outros

dizem ‘Graças a Deus, vai chover’, aqui a gente

chora, ainda mais se estiver longe de casa e ver

que não é possível salvar nada.

Já perdi casa, móveis, sonhos, fotos e até hoje

tenho um problema na perna, uma coceira que

não passa e que eu sei que foi do contato com a

água de chuva e esgoto.

Ninguém sabe a sensação de acordar com a água

invadindo sua casa, vindo por todos os lados,

subindo mais de um metro. Nem sair de casa a

gente consegue.

Se eu soubesse quando iria acontecer, com

antecedência, não teria perdido o que perdi, nem

teria permitido que meus filhos tivessem sofrido

tanto.

[Com o aplicativo com a previsão sobre as

chuvas], você, pelo menos, se previne. Eu mexo

no celular, sei usar o computador, gosto de

buscar informação. Por isso, sei que um recurso

desse vai me ajudar muito.

Minha história se perdeu aqui. Nasci e me criei

nesse lugar. Hoje em dia, está ficando difícil

viver aqui. Qualquer chuva alaga tudo. Por eu

ter perdido minha casa, hoje não tem esgoto.

Não podemos ficar nessa situação. Vivemos em

pleno século 21, mas antes tinha a fossa. Hoje,

vou deixar o esgoto a céu aberto?

Está cada vez pior. Estou desanimada, porque

trabalhei tanto para conquistar um canto e,

chegando perto da velhice, fiquei nessa situação.

Você está dormindo e, de repente, acorda com

água na altura do joelho. Já tive que prender a

geladeira na porta para que a água não a levasse

nem a virasse.

Não sabemos o que fazer com a casa antiga.

Quem vai querer comprar? Ninguém. E teve a

nossa luta. Não foi fácil Eu até filmei... [Eliana

começa a chorar].

A gente tem de começar tudo de novo. Passei a

ter pressão alta, tenho que tomar as aplicações

na perna porque coça muito. Tenho que entrar

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

na água [quando há enchente]. Usar bota não

adianta nada.

Na hora [do alagamento], é impressionante. A

água sobe pelo ralo. Você não sabe para onde

correr. Você tenta tirar uma coisa, tenta tirar

outra.

Quando você vê o céu escurecer, começa a

correr. Onde você estiver, tem que vir embora.

Um dia, não cheguei em casa em tempo. Minha

filha pequenininha, de sete anos, falou: ‘Mãe, a

água tomou conta de tudo’. Meu vizinho me

ajudou.

Já enfrentei muitas enchentes. A primeira que eu

me lembro de ter pegado deve ter ocorrido há

uns 28 anos. Todo ano é esse sofrimento. E está

piorando. Acho que nós não temos mais saída.

Mexe, remexe, faz, monta, mas não adianta.

A chuva representa medo. Quantos daqui não

dormem à noite? Quantos vão perder tudo?

Quantos não vão poder trabalhar? E é isso direto.

https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc

ial/2019/10/chuva-e-medo-diz-moradora-da-

zona-leste-que-sofre-com-enchentes-ha-28-

anos.shtml

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ESTADÃO Aos trancos e barrancos

Caminhar é o modo mais simples, ecológico,

agradável, econômico e saudável de se deslocar.

Nas calçadas brasileiras, contudo, é também uma

aventura

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Caminhar é o modo mais simples, ecológico,

agradável, econômico e saudável de se deslocar.

Nas calçadas brasileiras, contudo, é também uma

aventura, pois “andar” torna-se sinônimo de

“desviar”, quando não de “tropeçar”. É o que

revela o estudo Calçadas do Brasil, empreendido

pelo projeto Mobilize.

Em parceria com outras instituições

comprometidas com a mobilidade urbana, os

pesquisadores desenvolveram uma rede de

critérios de “caminhabilidade” que podem ser

reduzidos a quatro: i) acessibilidade, isto é, a

regularidade das calçadas, largura, inclinação,

obstáculos, rampas de acesso, entre outros

quesitos; ii) sinalização, faixas, mapas e outros

instrumentos de orientação; iii) conforto, o que

inclui mobiliário e arborização, além da qualidade

atmosférica e acústica; e iv) segurança, tanto em

relação ao tráfego quanto ao crime. Nenhuma

das 27 capitais do País mostrou um nível

satisfatório.

Pelos critérios da pesquisa, a média brasileira foi

de 5,7 pontos em 10, ao passo que o mínimo

aceitável seria a nota 8. É uma melhora em

relação aos 3,47 pontos constatados em um

levantamento de 2012. É preciso considerar,

contudo, que, ao contrário da pesquisa anterior,

que avaliou todo tipo de calçadas, a atual se

limitou às calçadas sob responsabilidade do

poder público, ou seja, aquelas que margeiam

escolas, hospitais, repartições, terminais de

transporte, entre outros equipamentos. Isso

revela duas coisas: primeiro, que o poder público

(menos as prefeituras do que os Estados e a

União) cuida mal de suas próprias calçadas;

depois, que, sendo as calçadas públicas mais mal

cuidadas do que as privadas, a realidade é ainda

pior do que o retrato traçado pela pesquisa.

O retrato em si é bastante penoso. Mesmo as

capitais com médias altas ficaram abaixo da nota

7. Só um indicador superou o mínimo desejável:

“Inclinação da calçada” (8,5 pontos). Depois veio

“Largura e faixa livre” (7,31) e “Barreiras e

obstáculos” (6,96). É pouco: pavimentos planos,

largos e desimpedidos são condições necessárias,

mas não suficientes para uma caminhada

decente. Segundo o estudo, na maioria dos locais

faltam bancos, espaços de descanso ou abrigos

contra a chuva ou o sol excessivo. Também

faltam rampas de acessibilidade, essenciais para

cadeirantes ou carrinhos de bebês, por exemplo.

Das quatro categorias principais, a mais precária

é a sinalização. O indicador “Mapas e placas de

orientação”, ruim mesmo em cidades com

circulação de turistas, obteve média de 1,92

ponto. Os “Semáforos de pedestres” também

funcionam mal, agravando os riscos do tráfego

automobilístico. Isso sem falar na delinquência,

outro fator que afasta os brasileiros de suas

calçadas. Não à toa, uma pesquisa do Metrô de

São Paulo revelou que apenas 60% das viagens

de carro percorrem mais que 2,5 km. Ou seja:

em 40% das vezes o carro é utilizado para

percursos que poderiam ser feitos a pé. É

lamentável, porque mais pedestres nas calçadas

significaria menos carros nas ruas, ou seja,

menos congestionamentos, acidentes, fuligem e

barulho, e, ao mesmo tempo, mais pessoas se

exercitando, encontrando-se e desfrutando a

arquitetura local ou os serviços dos

estabelecimentos comerciais.

Reverter este quadro será um teste de civilidade.

Afinal, as calçadas no Brasil têm um estatuto

híbrido: são espaços públicos, mas cuja

manutenção cabe ao proprietário do imóvel

fronteiriço. Na última década, o País promulgou a

Lei de Mobilidade Urbana e a Lei de Inclusão, que

estabelecem bons padrões de qualidade e

acessibilidade. O poder público pode

eventualmente assumir para si a gestão de

calçadas estratégicas para a circulação da cidade,

como a Prefeitura de São Paulo fez com as

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Avenidas Paulista e Faria Lima, e pode também

lançar mão de termos de ajuste de conduta.

Sobretudo, deve promover campanhas de

conscientização e incentivo para que cada

proprietário cuide do seu quinhão. Mas antes

precisa ajustar sua própria conduta e prover

calçadas exemplares. Esse é o primeiro passo no

caminho que levará os brasileiros de volta às

ruas.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,aos-trancos-e-

barrancos,70003039908

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Falta rumo

Os sinais de nova crise lá fora se somam às

dificuldades de sair dela aqui dentro

Fernando Henrique Cardoso*, O Estado de S.

Paulo

Há dias em que escrever é um prazer. Nem

sempre: hoje, por exemplo, este artigo me

custou bastante. Por quê? Cansaço de uma noite

mal dormida me fez sentir a velhice, o que em

mim é raro. Mas há também motivos que nada

têm que ver comigo. Dá certo desalento voltar

aos temas que têm dominado o noticiário do

cotidiano nacional: os enganos repetitivos (na

verdade, as crenças) do governo atual; a morte

absurda de crianças alvejadas à bala, as árvores

que queimam na Amazônia e alhures, tanto por

motivos cíclicos como pela devastação criminosa

em busca de discutível lucro... E por aí vamos, de

pequenas e grandes tragédias à estagnação das

ideias.

Por trás do “mesmismo” do dia a dia vão se

formando nuvens um tanto menos habituais e

que nos podem trazer maiores aborrecimentos. A

mais difusa e também a mais ameaçadora delas

diz respeito ao “estado do mundo”. Desde que

Kissinger convenceu Nixon a normalizar a relação

dos Estados Unidos com a China e os chineses,

levados por Deng Xiaoping, se dedicaram a

construir o “socialismo harmonioso” (seja lá o

que isso signifique), as apreensões de uma nova

guerra mundial sumiram do mapa. A antiga

União Soviética desabara, Cuba estava contida, a

Coreia do Norte ameaçava mais a do Sul do que

o mundo, a guerra entre Índia e Paquistão se

acalmara. Restava apenas o “Oriente Médio” e o

Norte da África como palcos de guerra, com os

americanos bombardeando e conquistando o

Iraque, a Europa fazendo o mesmo na Líbia.

Crises que pareciam muito longínquas de nós,

brasileiros.

Dava a impressão de que a “nova a ordem

mundial”, por certo assimétrica, conteria suas

desavenças nos limites das Nações Unidas, com

uma ou outra ação militar “corretora”, sem

abalar as estruturas internacionais de diálogo.

São elas que começam a se romper no atual

decênio. As ideias representadas por Trump

encontram eco na realidade de uma China que de

“copiadora” passou a criadora de novas

tecnologias e até mesmo de uma Coreia do Norte

cujos mísseis ameaçam chegar à costa do

Pacífico da América do Norte. Sem falar no

renascimento da Rússia como potência militar

que cobra seus “direitos” de vassalagem,

incorpora a Crimeia, invade terras da Ucrânia e

produz temor nos nórdicos.

Neste novo quadro assistimos, ao mesmo tempo,

a uma verdadeira revolução nas técnicas e nas

relações produtivas. O mundo contemporâneo

emprega cada vez mais tecnologias poupadoras

de mão de obra e criadoras de grandes volumes

de bens e serviços que se transformam em lucros

nas mãos de poucos (inteligência artificial, robôs,

revoluções na microbiologia, novas técnicas

agrícolas, e assim por diante). Em conjunto, elas

permitem o prolongamento das vidas humanas,

oferecem pouco emprego e, dado o regime social

prevalecente, criam não mais “exércitos de

reserva”, mas excedentes de mão de obra

dispensáveis para o aumento da produção. Em

suma, um mundo bem diferente do sonho tanto

dos liberais quanto dos marxistas.

Provavelmente é isso que, subconscientemente,

está por trás da reação “irracional” dos coletes-

amarelos na França, da desconfiança

generalizada quanto à democracia

representativa, da vontade de voltar ao

isolamento, com o Brexit ou com a guerra

comercial de Trump. Enfim, com a ascensão de

novos pretensos “homens fortes” que, pulando as

instituições, voltariam a fazer o “bem do povo”.

Fossem só razões ideológicas e já seria um

momento tenso. Mas há mais: os mercados

financeiros mundiais começam a dar sinais

preocupantes, refletindo a inquietação política e,

sobretudo, a diminuição da produção, com a

demanda fraca. Para responder à prolongada e

profunda crise de 2008 os bancos centrais dos

países desenvolvidos reduziram os juros

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dramaticamente e inventaram o quantitative

easing (com injeções maciças de dinheiro nas

economias). Que fazer agora se uma nova crise

se apresentar, ainda que não tão grave como a

anterior? Ora, os juros já estão baixos (em

muitos lugares são negativos). E a situação fiscal

dos governos ricos não é de folga, limitando o

arsenal de medidas para estimular a economia.

No Brasil, ainda é possível reduzir os juros, mas

o desaguisado das contas públicas deixa o Estado

exaurido e sem capacidade para “puxar” os

investimentos. Os sinais de nova crise lá fora se

somam às dificuldades de sair dela aqui dentro.

É neste contexto que se torna imperioso, como

eu costumava dizer quando exerci o governo,

definir rumos. Mais do que isso: convencer o

povo de que os rumos propostos são bons para o

País e para as massas, sobretudo para os mais

pobres.

De uma coisa estou convencido: há que pôr um

ponto final na dinâmica de polarização que tomou

conta do País. Até o STF se deixou enredar nela:

os juízes discutem e brigam pelo adjetivo, dando

à Nação a impressão de que, uma vez mais, o

formalismo vai se impor à substância. Quando

não parecem não se dar conta das repercussões

mais amplas das decisões tomadas.

Não nos esqueçamos de que os presidentes que

marcaram nossa História recente (falando só dos

que já estão mortos) agregaram, não

dissolveram. Juscelino, mesmo enfrentando duas

sublevações militares (as revoltas de

Jacareacanga e Aragarças), pacificou o País e

modernizou o setor produtivo e a infraestrutura

do Brasil, somando capital nacional e estrangeiro.

E mesmo Vargas, apesar de ter chefiado um

governo forte, repressivo mesmo, e que teve

seus momentos de tensão, soube incorporar as

massas urbanas e definir um rumo para a

economia, nas condições da época. Percebeu que

a guerra se aproximava e, embora houvesse

negaceado com o Eixo, terminou por se juntar

aos Aliados. Cobrou preço, entretanto: a

indústria siderúrgica foi feita com empréstimos

dos americanos.

Será que estaremos condenados nas próximas

eleições presidenciais a votar em polos agarrados

a ideologias mofadas? Ou teremos capacidade

para unir o centro democrático e progressista

para retomar, com a vitória nas urnas, o rumo de

grandeza que o País necessita e merece?

* SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,falta-rumo,70003038697

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Águas paradas

Somente 5% das cargas no território nacional

são transportadas por rio, e apenas 30% dos rios

navegáveis são utilizados

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Mais de dois terços da malha hidroviária

brasileira – 44 mil km – estão ociosos, por causa

de entraves estruturais, operacionais,

institucionais e burocráticos decorrentes da

carência de políticas públicas e programas de

investimento. É o que revela o levantamento

Navegação Interior no Brasil da Confederação

Nacional do Transporte (CNT).

O modal hidroviário apresenta diversas

vantagens, a começar pelo custo: seu frete é

30% menor que o ferroviário e 60% menor que o

rodoviário. Um comboio de 4 barcaças transporta

o equivalente a 86 vagões de trem e 172

caminhões, o que o torna particularmente

conveniente para o traslado por grandes

distâncias de grandes volumes de baixo valor

agregado (como commodities agrícolas e

minerais). De resto, é de longe o mais ecológico

dos três, emitindo 80% menos gás carbônico que

o modal rodoviário e 14% menos que o

ferroviário.

Apesar disso, só 5% das cargas no território

nacional são transportadas por rio, e apenas 30%

dos rios navegáveis são utilizados. Para ter uma

ideia do grau de ociosidade, China e Estados

Unidos possuem, respectivamente, 11,5 km e 4,2

km de vias interiores para cada 1.000 km2 de

área. O Brasil dispõe de apenas 2,3 km por 1.000

km2, mas, se os 63 mil km disponíveis fossem

utilizados, a densidade aumentaria para 7,4 km

por 1.000 km2.

A CNT chega a ser mais enfática: a rigor, o Brasil

não possui hidrovias. “A falta de confiabilidade e

a impossibilidade de uma oferta constante

(sobretudo pelas recorrentes interrupções da

navegação para o atendimento a outros usos dos

recursos hídricos), a carência de manutenção das

infraestruturas, entre outros aspectos, fazem

com que essas vias interiores ainda não atendam

a todos os padrões de qualidade observados em

hidrovias de referência em outros países”. Para

que um rio navegável seja efetivamente uma

hidrovia, deve dispor de balizamento, sinalização,

monitoramento, além de terminais e conexões

com outros modais (particularmente importantes,

já que o transporte hidroviário raramente é capaz

de acessar os pontos de origem e de destino das

cargas).

Não à toa, a malha encolheu nos últimos anos.

Em 2016 (último ano avaliado), a extensão

utilizada diminuiu 11,7% em relação a 2013.

Conjuntamente às variações climáticas, que

podem reduzir os níveis hidrométricos em certas

localidades, isso se explica pelos poucos e

incertos investimentos em infraestrutura capazes

de garantir a navegabilidade de diversos trechos.

Surpreendentemente, o transporte de cargas,

sobretudo de granéis sólidos como soja, milho ou

bauxita, cresceu 35% entre 2010 e 2018,

especialmente na Amazônia (a maior extensão

hidrográfica, com cerca de 16 mil km) e

Tocantins/Araguaia (1,4 mil km). Nessas regiões,

o transporte hidroviário tem ainda uma

relevância social, sendo o principal meio de

transporte para o deslocamento e abastecimento

das comunidades ribeirinhas. Na Amazônia quase

10 milhões de passageiros utilizam este

transporte todos os anos.

“A diversidade de leis, decretos e resoluções,

aliada às constantes alterações e à falta de

atualização de alguns atos, proporciona um

cenário complexo para a atuação do poder

público e de entidades privadas”, diagnostica a

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CNT. “Falta uma legislação única, mais robusta.”

A governança do setor é cronicamente

desarticulada. Os poucos recursos públicos

previstos em orçamento não têm sido totalmente

utilizados. Em consequência, a queda de

investimentos foi brutal: 80% entre 2009 e 2018.

Apesar de tudo, há oportunidades promissoras,

por causa do crescimento na produção de

produtos potencialmente transportáveis e à

demanda global por alternativas de transporte

amistosas ao meio ambiente. O desenvolvimento

do setor traria benefícios econômicos e sociais

sobretudo para a região amazônica, uma das

áreas mais pobres do País. Os recursos naturais

estão todos aí. Basta um tanto de energia no

planejamento e execução. Será uma pena o País

continuar a desperdiçar esse manancial de

oportunidades.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,aguas-paradas,70003037751

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Como ousa?

Risco de a Amazônia ter apenas vegetação de

cerrado é iminente, e com secas no Sudeste

Miguel Reale Júnior*, O Estado de S.Paulo

A fuga da realidade no discurso de Bolsonaro na

Assembleia-Geral da ONU causou apreensão.

Como o chefe de Estado brasileiro é capaz de

produzir, perante representantes de 192 países,

um pot-pourri cujos assuntos desconexos têm

um elemento comum: a fantasia?

Por sua fala, vive-se uma cruzada em defesa dos

cristãos contra os invasores de almas para

sequestrar Deus e destruir a família, carregados

de ideologias. Além da convocação para a guerra

santa, o presidente disse sobre a Amazônia: “Ela

não está? sendo devastada e nem consumida

pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia.

Cada um de vocês pode comprovar o que estou

falando agora”.

Não pretendo alistar-me no exército de

Bolsoleone na luta contra os imaginários

destruidores dos valores ocidentais cristãos, mas

aceito o desafio de saber o que acontece na

Amazônia. Os relatos de órgãos oficiais e de

ONGs, há décadas monitorando a região,

preocupam.

Já em 1981 o geógrafo Antonio Giacomini Ribeiro

(Acta Amaz. vol.11 n.º 2 Manaus Apr./Ju,

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid)

observava que o envio de umidade para a

atmosfera decorria principalmente da

evapotranspiração, antes da chuva, por intensa

atividade de fotossíntese e na chuva antes de a

água atingir o solo. E alertava o geógrafo que a

criação das nuvens tipo “u cumulus

esfarrapadus”, propícias para chuvas, ocorre na

floresta densa e nem sequer se dá em áreas de

campo e desmatamentos.

Esse fato é importante, pois se constatou, ao

longo do tempo, que a Amazônia produz metade

de suas próprias chuvas, formando um ciclo

hidrológico fechado, cabendo a pergunta de Elton

Alisson, da Fapesp: qual seria o nível de

desmatamento a partir do qual o ciclo hidrológico

amazônico se degradaria

(agencia.fapesp.br/print/desmatamento-na-

amazonia-esta-prestes-a-atingir-limite-

irreversivel)?

Respondem a essa pergunta os renomados

professores Thomas Lovejoy e Carlos Nobre, na

revista Science

Advance(http://advances.sciencemag.org/conten

t/4/2/eaat234) e no site de notícias Virtù.

Explicam que a Floresta Amazônica depende do

ciclo hidrológico que ela mesma produz, havendo

dessarte um nível de desmatamento além do

qual esse ciclo perde força a ponto de não mais

produzir a chuva necessária para a vida dos

ecossistemas da floresta tropical.

Lovejoy, então, esclarece que ele e Carlos Nobre,

diante de circunstâncias naturais e de

intervenção humana, reavaliaram para baixo a

porcentagem de desmatamento a partir da qual o

ecossistema amazônico passaria do ponto de não

retorno, sendo o tipping point entre 20% e 25%.

E o pior: “O ponto de não retorno está sendo

atingido. Esta situação uma vez instalada não

pode mais ser revertida. Uma vez quebrado o

ciclo hidrológico, o ecossistema amazônico entra

em colapso e não mais pode ser recuperado por

medidas de preservação”, havendo o perigo

iminente de a Amazônia vir a ter apenas

vegetação típica do cerrado e, por ricochete,

causando seca no Sudeste.

Com a participação de cientistas brasileiros e

estrangeiros, coordenado pelo climatologista José

Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e

Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), do

Ministério da Ciência e Tecnologia, pesquisa

sobre o clima na Amazônia e o que pode

acontecer pelo desmatamento em grande escala

(Frontiers in Earth Science, com o título Changes

in Climate and Land Use Over the Amazon

Region) concluiu: “Os efeitos combinados da seca

e do desmatamento, juntamente com o fogo,

podem ampliar os impactos e causar o colapso do

ecossistema da floresta tropical”

(www.cemaden.gov.br/impactos-na-amazonia).

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Entre 1o de janeiro e 29 de agosto de 2019 o

Inpe detectou 45.256 focos de calor no bioma

Amazônia, o maior já registrado desde 2010.

Esse aumento expressivo de focos, comparado a

anos anteriores, se verificou em praticamente

todas as categorias fundiárias; e apesar da

proteção ambiental as unidades de conservação

em 2019 mostraram aumento surpreendente,

com o dobro dos focos registrados em relação à

média dos últimos oito anos, com concentração

em determinadas unidades, como a Floresta

Nacional do Jamanxim.

Conforme noticia a WWF Brasil

(www.wwf.org.br/?72843/

amazonia-um-em-tres-queimadas-tem-relacao-

com-desmatamento), na Amazônia 31% dos

focos de queimadas registrados até agosto deste

ano localizavam-se em áreas que eram floresta

até julho de 2018, conclusão essa fruto da

análise feita sobre focos de queimadas no bioma,

com base em séries históricas de imagens de

satélite e em dados do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe).

Outro dado trazido pela WWF Brasil é

significativo: a área com alertas de

desmatamento em agosto foi de 1.394 km2, um

valor 120% maior que o do mesmo mês em

2018. Somente nos oito primeiros meses de

2019 a área total com alertas de desmatamento

foi de 6 mil km2, 62% mais do que o observado

no mesmo período em 2018.

Conforme matéria do site G1

(1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/21/aume

nto-das-queimadas-no-brasil-veja-12-perguntas-

e-respostas-sobre-o-tema.ghtml), Ane Alencar,

uma das maiores especialistas em incêndios na

Floresta Amazônia, diretora do Instituto de

Pesquisa Ambiental da Amazônia, diz: as

queimadas aumentaram por causa do

desmatamento, “é uma relação direta”, pois,

quando se desmata uma área para pastagem ou

agricultura, cabe se livrar daquela biomassa.

Essa ligação entre desmatamento e queimada é

acentuada em outra entrevista, disponível em

https://congressoemfoco.uol.com.

br/opiniao/forum/o-governo-nao-pode-espalhar-

o-fogo-na-amazonia/.

Em setembro, com atuação do Exército, reduziu-

se um pouco a queimada, mas o desmate, ação

ilegal que antecede o fogo, persiste elevado.

Estes dados impõem recorrer à expressão de

Greta Thunberg: como ousa, presidente?

*ADVOGADO, PROFESSOR TITULAR SÊNIOR DA

FACULDADE DE DIREITO DA USP, MEMBRO DA

ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, FOI MINISTRO

DA JUSTIÇA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,como-ousa,70003037784

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Governo decide retomar mineração de

urânio e ampliar programa nuclear

Diante das restrições de Orçamento, ideia é

firmar parcerias com iniciativa privada para

explorar o mineral em áreas nas quais ele não é

majoritário, para não alterar a Constituição

Anne Warth, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Após cinco anos, o governo pretende

retomar a mineração de urânio em território

nacional como estratégia para ampliar o

programa nuclear brasileiro. O ministro de Minas

e Energia, Bento Albuquerque, disse ao Estado

que esse não é apenas um desejo do governo,

mas uma decisão política que será adotada. A

expectativa é iniciar os trabalhos na mina do

Engenho, em Caetité, na Bahia, até o fim deste

ano.

A exploração será feita unicamente pela estatal

Indústrias Nucleares do Brasil (INB), mas a ideia

do governo, diante das restrições do Orçamento

para realizar investimentos, é firmar parcerias

com a iniciativa privada para explorar o potencial

de urânio em território nacional.

Com apenas um terço do território prospectado,

o Brasil tem hoje a sétima maior reserva

geológica de urânio do mundo – atrás de

Austrália, Casaquistão, Canadá, Rússia, África do

Sul e Nigéria. O urânio é matéria-prima para o

combustível utilizado em usinas nucleares, e sua

exploração é monopólio constitucional da União.

Hoje, apenas a estatal INB pode atuar na área.

Mas o governo avalia que é possível firmar

parcerias em casos específicos, particularmente

quando a presença de urânio é minoritária em

uma reserva. É o caso da mina de Santa

Quitéria, no Ceará, em que há 90% de fosfato e

10% de urânio. Por isso, a INB formou o

consórcio com o Grupo Galvani, que deve

começar a operar até o início de 2024, de acordo

com o presidente da INB, Carlos Freire (ler

entrevista na pág. B3). Para o ministro, esse será

o primeiro passo para a formação de outras

parcerias.

“Existem algumas alternativas sem necessidade

de alteração da Constituição para que essa

atividade minerária possa ser feita pela INB e

uma outra empresa de capital privado. No que

diz respeito ao urânio, a INB seria majoritária. Na

exploração, não tem só urânio, pode ter outro

mineral e normalmente tem”, afirmou o ministro

Albuquerque.

Mudança

Para o ministro, porém, é possível avançar. Ele

defende a quebra do monopólio da União na

exploração de urânio e até a exploração de

usinas nucleares pelo setor privado. Para isso, no

entanto, seria preciso aprovar uma Proposta de

Emenda à Constituição (PEC) no Congresso –

com apoio de três quintos dos deputados e

senadores, em dois turnos de votação em cada

casa legislativa.

“Segurança existe. Operamos usinas nucleares

há mais de 40 anos. Não existe problema com o

setor privado. Qual a diferença do setor privado e

do setor estatal? Nenhuma, desde que se tenha

condições de controlar e fiscalizar. Essa discussão

é coisa do passado e, se for hoje para o

Congresso, não vai haver esse tipo de

resistência. Essa é a minha opinião pessoal, até

pelo convívio que tenho com o Congresso e

diversos parlamentares”, disse.

Empresas estrangeiras de países como China,

Estados Unidos, França, Japão, Coreia do Sul e

Rússia já manifestaram interesse em explorar

urânio no País, segundo a secretária especial do

Programa de Parcerias de Investimentos (PPI),

Martha Seillier.

Segundo Martha, isso ficou claro em rodadas

sobre a retomada das obras de Angra 3 – quando

o governo encontrou o setor e apresentou

estudos e informações preliminares para testar

alternativas com o setor privado.

“Testamos alguns modelos para ver a reação dos

investidores potenciais e tentar montar algo mais

atrativo. O que tem aparecido nas conversas é o

interesse do investidor de não vir só para Angra

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3, mas muito mais voltado numa agenda de

continuidade do programa nuclear brasileiro, e

um interesse em toda a cadeia produtiva, em não

estar só na usina, mas também na exploração do

urânio”, disse ela.

Usinas

O Brasil tem hoje duas usinas nucleares em

operação – Angra 1 e Angra 2. Angra 3, com

67% das obras concluídas, foi paralisada em

2015, quando investigações da Operação Lava

Jato descobriram um esquema de desvio de

recursos por parte das empreiteiras. Agora, a

usina precisa de R$ 16 bilhões para ser concluída

e, para isso, o governo também estuda uma

parceria com o setor privado.

“Temos um limitador constitucional em relação à

atividade nuclear no Brasil. No caso de Angra 3,

não seria um controlador, mas um minoritário.

Para ser atrativo para o minoritário, estamos

considerando que ele tenha de fato 49% das

ações ou um número relevante”, disse.

A ideia, segundo a secretária especial do PPI, é

publicar o edital para a escolha de um parceiro

privado para Angra 3 no primeiro semestre de

2020 e retomar as obras da usina no segundo

semestre do ano que vem.

Dessa vez, porém, o governo fará restrições no

edital e vai exigir empresas com experiência na

área – empreiteiras, por exemplo, serão vetadas.

“O governo só tem praticamente feito sondagens

de mercado com empresas exploradoras de

atividade nuclear. Isso já é uma sinalização de

que o edital vai exigir esse nível de experiência

para participar da parceria”, disse.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-decide-retomar-mineracao-de-uranio-e-

ampliar-programa-nuclear,70003039896

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Para Itamaraty, boicote ao agronegócio

segue em pauta

Diplomatas acreditam que a chegada das chuvas

no Centro-Oeste e Norte eliminará as queimadas

e o assunto deve dar certa trégua

Coluna do Broadcast Agro, O Estado de S.Paulo

O Ministério das Relações Exteriores relatou à

Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que

persiste a possibilidade de boicote aos produtos

do agronegócio brasileiro por questões

ambientais. Diplomatas acreditam que a chegada

das chuvas no Centro-Oeste e Norte eliminará as

queimadas e o assunto deve dar certa trégua. No

entanto, se o desmatamento avançar, o que já

está sinalizado, o veto aos produtos voltará à

pauta. Para o Itamaraty, são três possíveis

fontes de pressão: Organizações Não

Governamentais (ONGs); empresas,

principalmente no varejo europeu, e, no setor

público, especialmente parlamentos da União

Europeia e dos Estados Unidos. O MRE relatou

também à FPA a preocupação com o fato de

causas ambientais serem utilizadas de forma

ilegítima e destacou esforços realizados lá fora

para contestá-las, com envio de informações

pelos Ministérios do Meio Ambiente e da

Agricultura.

Vento a favor.

Num cenário em que o crédito rural caminha para

a era dos juros livres, o Bradesco investe para

conquistar mais espaço, conta à coluna Octavio

de Lazari, presidente do banco. De dois anos

para cá, o Bradesco instalou 25 regionais em

Estados de forte economia agropecuária, com

equipes especializadas em atender o produtor

rural. Com uma carteira de R$ 30 bilhões para

financiar o campo, Lazari diz que o volume de

empréstimos já cresceu 12% da safra passada

para esta, que se iniciou em 1º de julho. “Temos

estimativa de crescimento ainda maior até o fim

do ano”, comentou, em evento recente na

capital.

Ajustes.

Para avançar mais, Lazari diz que o maior

obstáculo aos bancos privados é não ter um

produto exclusivo que o Banco do Brasil tem: os

recursos da poupança rural. “Por isso, nosso

funding do crédito agrícola é menor”, diz. “Mas

temos feito várias tratativas com o Banco

Central, a fim de que ele libere os (depósitos)

compulsórios para que possamos aplicar mais no

crédito rural.”

A vez dos porquinhos.

O Brasil tenta conseguir a habilitação, pela China,

de mais frigoríficos para exportação de carne

suína. Na recente liberação de 25 unidades pelo

país asiático, apenas uma era de suínos. Uma

fonte diz à coluna que os chineses queriam

primeiro completar as autorizações para outras

proteínas animais, em negociação há mais

tempo, para depois tratar dos porcos. Além

disso, houve unidades com problemas no

preenchimento de questionários. Conforme a

fonte, algumas unidades estão em fase final de

análise na China, e a habilitação deve sair até o

fim do ano.

Preliminares.

Países do Mercosul estão negociando a divisão da

cota de 180 mil toneladas para a carne de frango

no acordo entre o bloco e a União Europeia. Na

feira Anuga, que ocorre esta semana na

Alemanha, representantes de empresas e

associações sul-americanas terão reuniões para

discutir os parâmetros usados para definir a

porcentagem à qual cada país terá direito. A

intenção é começar as conversas pelo setor

privado e, só mais à frente, envolver governos,

conta uma fonte. Todos esperam que a maior

cota seja do Brasil e, depois, Argentina.

Pão nosso...

A queda no consumo de pão francês preocupa a

indústria de panificação. Em 2018, as vendas da

principal fonte de receita das padarias caíram

4,6%, para R$ 20,4 bilhões. “Queremos mobilizar

padarias para melhorar ainda mais a qualidade,

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

pois sabemos que as pessoas andam quarteirões

para comer um bom pãozinho”, diz Giovani

Mendonça, diretor executivo da Associação

Brasileira da Indústria de Panificação e

Confeitaria (Abip). Cerca de 1,7 milhão de

toneladas de pão francês são produzidas por ano.

...de cada dia.

Para puxar o consumo, a Abip vai lançar nesta

semana a campanha “Cada um tem um jeito de

comer pão francês. Qual é o seu?” Peças

publicitárias serão espalhadas no varejo e em

locais públicos, e haverá inserções na rede

nacional de rádio e TV e em redes sociais,

mostrando as várias formas de se comer

pãozinho. O dia “D” da campanha será 16 de

outubro, dia mundial do pão.

Mistura fina.

Representantes da União da Indústria de Cana-

de-Açúcar (Unica) aproveitarão o Global Ethanol

Summit, de 13 a 15 de outubro, em Washington

(EUA), para reuniões com produtores,

refinadores, compradores e negociadores do

etanol e de combustíveis no mercado

internacional. A ideia é criar uma agenda de

negócios internacional e atuar com norte-

americanos para incentivar produtores de

derivados de petróleo a adotarem a mistura do

etanol à gasolina.

Fora.

A B3 não deve criar um sistema de negociação

dos Créditos de Descarbonização (CBIOs) dentro

das regras do RenovaBio. Segundo a Bolsa

brasileira, não há clareza sobre a dinâmica de

negociação dos títulos – previstos para serem

emitidos por produtores de biocombustíveis e

adquiridos por distribuidoras e emissores de

gases causadores de efeito estufa – e nem sobre

os possíveis investidores.

Dentro.

A avaliação é que a posição da B3 abre caminho

para outros agentes estruturarem plataformas de

negociações dos CBIOs, previstos para serem

comercializados a partir de janeiro. A Balcão

Brasileiro de Comercialização de Energia, a IHS

Markit e até a Bolsa de Nova York já

demonstraram interesse. Este mercado deve

movimentar US$ 7 bilhões em 10 anos no Brasil.

/COLABORARAM AUGUSTO DECKER, ISADORA

DUARTE e TÂNIA RABELLO

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

para-itamaraty-boicote-ao-agronegocio-segue-

em-pauta,70003039836

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

‘Não podemos ficar esperando dinheiro do governo’, diz presidente da INB

Para Freire, do INB, País tem reservas e

conhecimento para produzir urânio, mas precisa

buscar parcerias

Entrevista com

Carlos Freire, presidente da Indústrias Nucleares

do Brasil (INB)

Anne Warth, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - À frente da presidência da Indústrias

Nucleares do Brasil (INB) desde fevereiro, Carlos

Freire diz que sua prioridade é a busca da

autossuficiência na produção de urânio no País.

“Não é natural que não estejamos produzindo

urânio. Temos reservas e temos conhecimento”,

disse. A INB hoje importa urânio concentrado e

enriquecido e já comprou os produtos de países

como Rússia, Canadá e Casaquistão. Também faz

parte do plano de Freire que a estatal possa

fechar parcerias com empresas privadas. A

seguir, os principais trechos da entrevista.

Como transformar a INB numa empresa

independente do Tesouro Nacional?

Precisamos buscar parcerias. Não podemos ficar

esperando dinheiro do governo para ampliar

planta, sítios de mineração. Temos feito um

trabalho em relação ao marco legal de forma a

tentar flexibilizar o monopólio que hoje existe.

Estamos fazendo um esforço para propor

alterações na parte infralegal, sem precisar

mexer no monopólio, para dar maior liberdade à

INB para fazer parcerias.

Quais são as empresas interessadas em atuar no

País em parceria com a INB?

Participei de um congresso em Londres, reunindo

empresas do setor, e conversei com diversas que

podem vir a se tornar parceiros na INB. Tivemos

os primeiros contatos, com excelente retorno, e

temos agendadas até fim do ano reuniões com

empresas francesas, canadenses e japonesas. Já

temos hoje parcerias no mercado internacional

com companhias coreanas e americanas. Vamos

sentar com esses parceiros e conversar, ver

como podemos desenvolver no mercado

brasileiro essa parceria.

Já há parcerias da INB com o setor privado hoje?

A INB já pode estabelecer parcerias, dentro da

estrutura legal, em qualquer local em que o

elemento principal não seja urânio. O exemplo é

Santa Quitéria (CE), uma mina de fosfato com

urânio associado – a cada 1.000 partes minerais,

900 são fosfato e 100 são urânio. Retomamos

esse projeto e estamos refazendo toda a parte da

engenharia do projeto com Fosnor, do Grupo

Galvani. Será muito bom, pois o Brasil hoje é

importador de fosfato.

O que pode ser feito no âmbito do Programa de

Parcerias de Investimentos (PPI)?

É importante que tenhamos parcerias na

prospecção e mineração de urânio. Apenas um

terço do território nacional foi prospectado.

Existe uma grande diferença em falar de recurso

mineral e reserva. Recurso é quando você sabe

que existe minério. Reserva é quando o potencial

foi medido, você diz quantos milhões de

toneladas de minério existem na área. Reservas

têm viabilidade econômico-financeira e atraem

investimento.

A mineração de urânio é segura?

A Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e

o Ibama acompanham isso. Tem normas para

isso, fiscais muito ativos. O urânio natural,

encontrado onde a gente trabalha, tem

porcentual baixo de radioatividade e não causa

problema. Em Caetité, a radiação não é danosa

ao ser humano, está dentro de um nível

perfeitamente aceitável.

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Por que há cinco anos não mineramos urânio?

É fácil dizer que a culpa é dos outros, mas vamos

ser pragmáticos. Quando temos uma planta de

mineração, precisamos de três coisas: licenciar a

mina, o local onde ficará o rejeito e a planta

química. Em Caetité, houve um desencontro: às

vezes, tínhamos licenciamento da planta química,

mas não da mina ou do depósito de rejeitos.

Agora, estamos trabalhando nessas três

vertentes para pôr todas no mesmo patamar de

trabalho. Acredito fortemente que vamos voltar a

produzir urânio até o fim do ano.

O sr. apoia o fim do monopólio constitucional da

União sobre o urânio?

Vamos fazer as coisas com a devida cautela. Para

mexer no marco legal, precisa de Proposta de

Emenda Constitucional (PEC), e isso passa pelo

Congresso. Essa opção de flexibilizar é para

agilizar o processo em um primeiro momento.

Mas a nossa percepção é que essa matéria, em

termos de Congresso, não teria toda a dificuldade

que se imagina.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

nao-podemos-ficar-esperando-dinheiro-do-

governo-diz-presidente-da-inb,70003039917

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

O gás natural está na moda

O obstáculo para construir um mercado

garantindo preços mais competitivosé a falta de

infraestrutura

Adriano Pires*, O Estado de S.Paulo

O gás natural será a energia da transição

energética. O gás natural terá seu preço

decrescente em razão do grande crescimento da

oferta. O gás natural será o último fóssil a ter

posição preponderante na matriz energética. O

shale gas transformou os EUA no maior produtor

de gás natural. A Argentina poderá voltar a ser

uma grande produtora de gás natural com a

descoberta do Campo de Vaca Muerta. Com o

gás natural do pré-sal o Brasil deixará de ser

importador nos próximo sete anos.

Tanto em nível mundial como local, o gás natural

está na moda. Em alguns países, como nos EUA,

o gás é uma realidade. No primeiro ciclo da

transição energética, substituiu o carvão nas

térmicas, trouxe de volta a competitividade das

petroquímicas no solo americano e, agora, está

substituindo o diesel em caminhões, navios e

locomotivas. A penetração do gás na matriz

americana foi rápida por causa da existência de

grande infraestrutura de gasodutos, Unidades de

Processamento de Gás Natural (UPGNs) e

armazenamento. Além disso o shale gas, como é

produzido onshore, tem custo muito baixo, o que

ocasionou um choque de preços.

No Brasil, diante do crescimento da oferta de gás

natural – tanto o importado, em particular o GNL,

como o nacional vindo do pré-sal –, o governo

vem tentando promover políticas que incentivem

uma maior participação dessa fonte na matriz

energética. Tivemos o programa Gás para

Crescer, no governo Temer, e agora, no governo

Bolsonaro, o Novo Mercado de Gás. Tivemos,

ainda, algumas medidas infralegais: o Decreto

9.616 no governo Temer e, no governo

Bolsonaro, a Resolução CNPE 16, o Termo de

Compromisso de Cessação entre o Cade e a

Petrobrás e o Decreto 9.934.

Todas essas medidas trazem propostas de

mudanças comportamentais, por meio de novas

regulações, bem como a venda de empresas pela

Petrobrás. As medidas comportamentais, sem

dúvida, são as mais difíceis de serem

implantadas. Mas com certeza serão as que

possibilitarão a concorrência e,

consequentemente, preços mais baixos do gás

natural no Brasil.

Nesse sentido, a proposta de dar acesso a

infraestruturas como gasodutos de escoamento,

transporte e UPGNs é bem-vinda para promover

a concorrência. Afinal, a concorrência existe na

produção de gás, já que transporte e distribuição

são monopólios naturais. Além do mais, o

principal responsável pelo fato de o gás no Brasil

ser caro é o preço da molécula, e não as tarifas

reguladas de transporte e distribuição. Daí ser

fundamental promover a diversidade de

fornecedores com o objetivo de reduzir o preço

da molécula de gás natural.

O grande obstáculo para construir um mercado

de gás garantindo preços mais competitivos é a

falta de infraestrutura no Brasil. Caso não se

ampliem as infraestruturas de gasodutos e de

UPGNs, grande parte do gás do pré-sal será

reinjetada. Com isso não teremos choque de

oferta, tampouco de preços.

E como viabilizar novas infraestruturas de gás

natural? Assim como nos primeiros ciclos

tarifários do setor de energia elétrica, é

necessário que no transporte e na distribuição de

gás o foco seja a rentabilidade dos

investimentos, incentivando sua expansão, e não

a modicidade tarifária, que virá, como também

ocorreu no setor elétrico, nos ciclos posteriores.

Aliado a isso, viabilizar a “bancabilidade” e a

atração de capital de risco para os investimentos

no desenvolvimento da infraestrutura do setor.

Para isso será preciso criar mecanismos de

garantia que permitam à iniciativa privada

executar esses investimentos.

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Há vários exemplos pelo mundo, e um dos mais

interessantes são os Master Limited Partnerships

(MPLs) usados nos EUA. Sua primeira emissão no

mercado americano foi em 1981. Esse modelo de

financiamento é caracterizado pela criação de

uma sociedade limitada com isenção de Imposto

de Renda. Nos EUA já existem 87 empresas que

são a principal fonte de financiamento da malha

de transporte do shale gas. O modelo da Receita

Anual Permitida (RAP), amplamente utilizado no

setor elétrico, poderia, junto com os MPLs,

viabilizar a expansão da infraestrutura. Esta é a

discussão para construir o novo mercado de gás.

O resto é populismo e oportunismo político.

*É DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE

INFRAESTRUTURA (CBIE)

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o

-gas-natural-esta-na-moda,70003038213

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

Fora da agenda, Maia e Bolsonaro discutem

partilha dos recursos do megaleilão do pré-

sal

Maia negou ruído entre o Legislativo e o governo

na questão do valor da destinação aos estados

Renato Onofre, O Estado de S.Paulo

Em um encontro fora da agenda, o presidente

Jair Bolsonaro recebeu o presidente da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ), na manhã deste domingo

no Palácio da Alvorada. De acordo com Maia, o

encontro serviu para tratar da pauta da Câmara

como o novo texto para a "regra de ouro" e para

tratar da discussão da partilha dos recursos do

megaleilão do pré-sal.

O governo defende dividir os R$ 106,5 bilhões

previstos do bônus da assinatura do leilão,

marcado para novembro, da seguinte forma:

depois do pagamento de R$ 33,6 bilhões à

Petrobrás, Estados, municípios e parlamentares

ficariam, cada um, com 10%, o que corresponde

a R$ 7,3 bilhões. O Rio teria R$ 2,19 bilhões e, a

União, a fatia maior de R$ 48,9 bilhões. Maia

afirmou a Bolsonaro que a proposta da equipe

econômica não tem chance de passar no

Congresso e defendeu a manutenção dos 15%

para cada.

“O grande problema é que os Estados do Sul,

Centro-Oeste e Sudeste também querem

participar dos 15%. Nós vamos construir um

texto em conjunto que vai ser votado muito

rápido e vai garantir, ainda este ano, os 15% do

FPM para os municípios e a regra dos Estados,

que o presidente Davi (Alcolumbre) e os líderes

do Senado e da Câmara entenderem relevante

dos 15%, vamos respaldar também”, afirmou

Maia.

Maia negou ruído entre o Legislativo e o governo

na questão do valor. "Não houve ruído. É todo

mundo tentando ajudar; Paulo Guedes (ministro

da Economia), Bolsonaro tentando ajudar. Houve

um ruído com o senador Cid Gomes, que foi

deselegante e não foi correto. A forma que ele

ataca é a mesma forma que os radicais de direita

atacam na rede social”.

Os presidentes da Câmara e do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), articulam uma reunião

com todos os governadores para tentar acertar a

divisão do dinheiro. O objetivo é pôr fim à

disputa deflagrada entre os Estados do Norte e

do Nordeste, maiores contemplados pela

proposta aprovada no Senado, e os das demais

regiões, que reclamam de terem sido “excluídos”

da negociação.

“Na questão da cessão onerosa, eu disse que o

presidente Davi (Alcolumbre) estava tocando

isso. Que ia dialogar com os senadores, com os

nossos líderes, para a gente mostrar que há

unidade nas duas casas”.

Reportagem do Estadão mostrou no sábado que

a proposta do governo de incluir na partilha,

além de Estados e municípios, senadores e

deputados por meio de emendas parlamentares

foi descartada. O megaleilão foi destravado com

a revisão do acordo da chamada cessão onerosa,

fechado pela Petrobras com a União em 2010 e

que permitiu, em troca de R$ 74,8 bilhões, à

estatal explorar 5 bilhões de barris de petróleo

em campos do pré-sal na Bacia de Santos, sem

licitação. O governo estima, porém, que a área

pode render de 6 bilhões a 15 bilhões de barris, o

que levou a disputa pelos recursos.

O presidente da Câmara disse ainda que o

governo vai encaminhar até o dia 17 o novo

texto sobre "a regra de ouro" - mecanismo que

proíbe o governo de fazer dívidas para pagar

despesas correntes, como salários, benefícios de

aposentadoria, contas de luz e outros custeios da

máquina pública. Quando a regra é descumprida,

os gestores e o presidente da República podem

ser enquadrados em crime de responsabilidade.

Reforma

Maia afirmou que ainda não há prazo para o

governo encaminhar ao legislativo a sua versão

de reforma tributária e que pediu para priorizar a

discussão da reforma administrativa.

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Data: 07/10/2019

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Grupo de Comunicação

“O que eu pedi ao ministro Paulo Guedes é que

ele encaminhe primeiro aquilo que trata das

despesas, até porque já tem uma proposta na

Câmara e no Senado com cuidado. Precisamos

rapidamente, ainda este ano, controlar as

despesas”, afirmou.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,f

ora-da-agenda-maia-e-bolsonaro-discutem-

partilha-dos-recursos-do-megaleilaodo-pre-

sal,70003039677

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Data: 07/10/2019

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Papa pede respeito aos indígenas e diz que

'ideologias são uma arma perigosa'

Na abertura do Sínodo, Francisco fez mea-culpa e

disse que a Igreja, no passado, acabou por

'menosprezar' povos e culturas

Edison Veiga, especial para o Estado

No discurso de abertura dos trabalhos do Sínodo

dos Bispos Sobre a Amazônia, na manhã desta

segunda-feira, 7, o papa Francisco recordou o

passado em que a Igreja Católica procurou

catequizar povos indígenas, cobrou respeito às

diferentes culturas e afirmou que "as ideologias

são uma arma perigosa".

Para o pontífice, colonizações ideológicas

"destroem ou reduzem as idiossincrasias das

pessoas" e esse tipo de conduta é um risco, pois

não se pode "domesticar os povos nativos".

Francisco fez um mea-culpa, afirmando que a

própria Igreja, quando se esqueceu disso, acabou

por "menosprezar" povos e culturas.

"(As ideologias) são redutivas e nos levam ao

exagero em nossa pretensão de entender

intelectualmente, mas sem aceitar, entender sem

admirar, receber a realidade em categorias, em

'ismos'. Quando precisamos nos aproximar da

realidade de algumas pessoas nativas, falamos

sobre indigenismos e, quando queremos dar a

eles uma pista para uma vida melhor, não

perguntamos, falamos sobre

desenvolvimentismo", disse o pontífice.

Francisco afirmou que é preciso abordar os povos

amazônicos "respeitando sua história, suas

culturas, seu estilo de vida".

"Porque todos os povos têm sua própria

sabedoria, autoconsciência, os povos têm

sentimento, uma maneira de ver a realidade,

uma história e tendem a ser protagonistas de

suas histórias com essas qualidades", disse.

O papa destacou que o encontro dos religiosos no

Vaticano tem quatro dimensões: pastoral,

cultural, social e ecológica.

"A dimensão pastoral é o essencial, que abrange

tudo. Nos aproximamos com um coração cristão

e vemos a realidade da Amazônia com os olhos

de um discípulo para entendê-la e interpretá-la

com os olhos de um discípulo, porque não há

hermenêutica neutra, hermenêutica asséptica."

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,papa

-pede-respeito-aos-povos-indigenas-e-afirma-

que-as-ideologias-sao-uma-arma-

perigosa,70003040394

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Data: 07/10/2019

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Evento debate despejo irregular de esgoto

em rios de SP

Setores responsáveis por tratar, planejar, regular

e controlar esgotos no País estarão em discussão

promovida por Fiesp e pelo 'Estado'

Redação, O Estado de S.Paulo

A Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo (Fiesp), em parceria com o Estado, realiza

nesta terça-feira e na quarta-feira o seminário A

Despoluição dos Rios, para debater o problema

ainda recorrente do despejo irregular de esgoto

nos rios de São Paulo.

O evento vai reunir representantes dos setores

responsáveis por tratar, planejar, regular e

controlar esgotos no País para refletir como

mudar essa situação. Na Grande São Paulo, por

exemplo, 45% do esgoto gerado ainda não é

tratado. No Estado, essa situação chega a 50%.

Participam do debate representantes dos

governos federal, estadual e municipal, além de

organizações da sociedade civil, que

apresentarão questionamentos, propostas e

soluções para o problema. Serão discutidos, por

exemplo, a necessidade de melhorar a qualidade

dos rios, a importância de se fazer planejamento

de médio e longo prazo, a demanda por

investimentos, a integração das políticas

públicas, assim como um olhar sobre erros do

passado para que não sejam repetidos.

O objetivo, explicam os organizadores, é chegar

a conclusões que possam se transformar em

bandeiras para efetivamente despoluir os rios de

São Paulo. E isso passa por conseguir resolver a

coleta e o tratamento de esgoto, que têm

impacto direto na saúde da população.

Gratuito. O seminário é aberto ao público, que

pode participar gratuitamente, mediante

inscrição no site da Fiesp. O site também traz a

programação completa do evento.

Serviço

‘A DESPOLUIÇÃO DOS RIOS’

Local: Prédio da Fiesp. Avenida Paulista, nº

1.313. São Paulo

Data: 8 de outubro (terça) e 9 de outubro

(quarta)

Horário: das 8h30 às 17h

Inscrições: Gratuitas. Podem ser feitas pelo site

da Fiesp

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,evento-

debate-despejo-irregular-de-esgoto-em-rios-de-

sp,70003038798

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‘Sínodo é um momento propício para

soluções’, diz climatologista

Carlos Nobre é um dos 12 convidados que falarão

neste domingo, 6, no início da cúpula católica

sobre a região amazônica

Entrevista com

Carlos Nobre, climatologista do IEA-USP

Giovana Girardi, O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Assim como ocorreu na elaboração

de sua encíclica Laudato si’, o papa Francisco

voltou a recorrer à ciência para entender os

riscos atuais à Amazônia. No sínodo que começa

neste domingo, 6, pesquisadores brasileiros e

estrangeiros estarão lá, entre religiosos, para

ajudar a elaborar o texto final que vai sair do

encontro. Com o tema Amazônia: Novos

Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia

Integral, o sínodo deve trazer um posicionamento

forte contra a destruição da floresta, mas

também pode sugerir soluções com base no

melhor conhecimento científico.

Um dos principais climatologistas do País, Carlos

Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da

Universidade de São Paulo (IEA-USP), está no

grupo de 12 convidados especiais que terão

direito a fazer um pronunciamento de quatro

minutos, na abertura.

“O sínodo é um momento propício para não só

discutir os riscos, não só revelar a pressão que as

populações e floresta vêm sofrendo, mas

também passar para o terreno das soluções.” Em

entrevista ao Estado, ele discute como a religião

pode se tornar uma aliada da ciência na defesa

de uma Amazônia preservada e desenvolvida.

Como será sua participação no sínodo?

Fui chamado dentro de um grupo de convidados

especiais, que tem 12 pessoas, e cada uma terá

o direito de fazer um pronunciamento, de quatro

minutos. Neste grupo estão (o ex-secretário

geral da ONU) Ban Ki-Moon, o (economista

americano) Jeffrey Sachs (da Rede de Soluções

para o Desenvolvimento Sustentável da ONU).

Essa será a minha participação oficial, mas vou

ficar por um semana à disposição.

Qual é a mensagem que o senhor vai passar?

Em um primeiro momento minha intenção era

falar dos riscos à Amazônia, mas eu fui um dos

revisores do documento preparatório do sínodo e

lá já está essa identificação do que está

acontecendo, a alta do desmatamento, os riscos

para o clima, e os organizadores não queriam

que eu repetisse isso, mas lançasse alguma ideia

nova. Então eu levo a defesa de que o potencial

que existe na floresta, que é a biodiversidade, e

o conhecimento das populações tradicionais

podem levar a uma nova revolução na economia:

uma bioeconomia da floresta em pé. Existe um

enorme potencial de usar as tecnologias

modernas para isso e desenvolver um novo

paradigma que garanta que a floresta vale mais

em pé que derrubada. Falo das tecnologias

modernas que se tornaram acessíveis, amigáveis

para as cadeias de produtos da floresta. E mostro

o sentido de urgência que precisa pautar essa

discussão. O futuro da Amazônia, das pessoas

que vivem lá, depende de abandonarmos o

modelo atual que destrói a floresta.

Como essa união da ciência com a religião pode

ajudar a lidar com os problemas da região? É

uma abordagem que pode ajudar na concepção

de um desenvolvimento sustentável?

A igreja, não só a católica, mas também a

evangélica, tem uma penetração muito grande

na Amazônia, no seio da sociedade, na vida das

pessoas da região que, em sua maioria, vivem na

pobreza. Um grande potencial inexplorado é a

biodiversidade. O fato de a igreja ao menos

querem ouvir esse tipo de proposta é positivo. O

Brasil quer ser um país de classe média. Como

pode conseguir isso? Com a industrialização e

com o que temos em abundância, que é a

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biodiversidade. Vamos juntar isso. Minha

intenção é mostrar que podemos inovar, criar

uma economia de floresta em pé com altas

tecnologias, que podem empoderar a população

local em um modelo bioindustrial

descentralizado. Já há muitas décadas a igreja

defende o direito das populações tradicionais,

principalmente as indígenas. O documento que é

a base do sínodo mostra um grande respeito

pelos valores das populações tradicionais. O

sínodo é um momento propício para não só

discutir os riscos, não só revelar a pressão que as

populações e floresta vêm sofrendo, mas

também passar para o terreno das soluções. O

papa critica muito o modelo de tecnocracia, em

que a tecnologia torna os sistemas econômicos e

as pessoas escravas. A nossa proposta é que as

populações tradicionais possam ser libertadas por

novas tecnologias ao conseguirem extrair valor

econômico daquilo que já tem valor cultural para

eles.

Que tipo de impacto o senhor espera que o

sínodo possa trazer para o momento crítico atual

da Amazônia?

Acho que nem o papa Francisco, quando decidiu

fazer o sínodo após visitar o Peru e Bolívia,

conseguiria imaginar que estaríamos hoje vendo

esse recrudescimento do desmatamento e das

queimadas em toda a Amazônia e, no caso do

Brasil, um discurso político de desrespeito ao

direitos e à vontade da maioria dos povos

indígenas. Por tudo isso é um momento muito

importante. Uma das razões da existência do

sínodo é a avassaladora dominância do modelo

de substituição da floresta acompanhado da

diminuição dos direitos da populações

tradicionais. Tira-se a floresta e quem vive da e

na floresta. Nesse momento em que a política

atual compartilha a visão que floresta não tem

valor e que os valores dos povos da floresta não

devem ser mantidos, mas integrados aos valores

do povos sem floresta, a importância se torna

ainda maior.

Há quatro anos, quando o papa lançou a encíclica

Laudato si’, muitos cientistas que trabalham com

mudanças climáticas receberam o texto com a

esperança de que uma mensagem vinda do

maior líder espiritual do mundo poderia ajudar a

trazer um senso de moralidade para a questão. Ir

além da ciência e mostrar que há um imperativo

moral em combater as mudanças climáticas.

Passados quatro anos, o senhor acha que isso fez

diferença?

Acho que a Laudato si’, ainda que seja um texto

religioso, extrapolou sua mensagem para além

dos fiéis católicos aos trazer a visão da “nossa

casa comum”. Acho que sim, fez diferença. A

nossa capacidade de comunicar o risco é

limitada. Mesmo com todos os relatórios do IPCC

(Painel Intergovernamental sobre Mudanças

Climáticas), mesmo com toda a cobertura da

impressa sobre os riscos, sobre o papel das

atividades humanas, as emissões de gases de

efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento

global), continuam aumentando. Um setor com

tamanha penetração na sociedade, que traga,

além da preocupação com a qualidade de vida,

mas também com o lado espiritual, é um aliado

muito importante.

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,sinod

o-e-um-momento-propicio-para-solucoes-diz-

climatologista,70003038481

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