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Dia Mundial do Teatro - IVANOV (A. C. Truta) | O CORCUNDA DE NOTRE DAME (TIL) | OS MEUS NÃO DÃO PROBLEMAS... (Teatro do Holofote) | Lisboa tem Histórias | Thermidor na Fonoteca | Poezz | A República Mês a Mês

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Em Agenda / Pág. 15

Editorial / Pág. 3

Música /Sextas de Concertos na Fonoteca Municipal / Pág. 10

Exposição / Lisboa tem Histórias / Pág. 8

Ciclos e Conferências / A Républica Mês a Mês / Pág. 12

Exposições / Pág. 14

Em Destaque / Dia Mundial do Teatro / Pág. 4

Curtas / Pág. 13

Centenário da República / Pág. 16

Alma Russa A tradição ainda é o que eraÀ luz do quotidiano

21/27 MAR’ 10 | n.º 153

Música / Poezz / Pág. 11

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EditorialLISBOA CULTURAL

Ficha técnicaEdição Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CML Editora Paula Teixeira Redacção Frederico Bernardino, Sara Ferreira, Susy Silva Capa e Paginação Diogo Moutela Contactos Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

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Informação actualizada em www.agendalx.pt(subscreva a newsletter semanal)

Consulte pdf em www.cm-lisboa.pt

“Tudo pode acontecer no teatro” (Émile Zola)

Antes da cortina abrir instala-se a angústia. Para quem sobe ao palco e, sozinho, enfrenta a plateia e para quem, na plateia, se acha sozinho perante a dimensão corpórea do espectáculo. Às vezes arrebata, às vezes desilude e ainda outras vezes há um sobrepor de emoções que alternam entre um estado e outro. É assim o teatro, um acto solitário. Mas também um sítio onde cada espectador se encontra com o actor, com o dramaturgo, com uma história ou com uma personagem.

Esta semana celebra-se, a 27, o Dia Mundial do Teatro. Instituída em 1961 pelo International Theatre Institute, a efeméride traz a cada ano o mesmo ritual: uma personalidade é convocada a redigir uma mensagem que é lida em todo o mundo. A actriz Judi Dench foi a escolhida em 2010 e no seu breve texto ressalta o carácter absolutamente intemporal e universal desta arte: “O teatro existe em todo o mundo e não somente nos locais tradicionais: os espectáculos podem acontecer numa pequena aldeia africana, junto a uma montanha na Arménia, numa ilha minúscula do Pacífico. Só é necessário um espaço e público. O teatro tem este dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas deve também fazer-nos reflectir e agir”.

Bons espectáculos.

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Dia Mundial do TeatroNo próximo sábado, 27 de Março, assinala-se o Dia Mundial do Teatro. Como já vem sendo hábito em Lisboa, algumas das principais salas vão estar de portas abertas para mostrar ao público o que por lá se passa. Ora, sabendo de antemão que a oferta teatral na capital está já ao nível das principais cidades europeias, a Lisboa Cultural decidiu destacar esta semana três espectáculos em cena produzidos por três companhias, demonstrando o estado de fulgor e diversidade existente na criação teatral feita em Portugal. Em primeiro, o Teatro Truta que revisita no Maria Matos o clássico de Tchekhov, Ivanov; depois, o Teatro Infantil de Lisboa, verdadeira instituição da cidade na formação de novos públicos para o teatro, e que recria para os mais novos O Corcunda de Notre Dame, a partir do original de Vitor Hugo; por último, falamos do Teatro do Holofote que desenvolve junto de escolas e associações de apoio social dramatizações de cenas do quotidiano, partindo de uma perspectiva de intervenção pedagógica e educativa, conforme se comprova no espectáculo Os meus não dão problemas... Bom teatro!

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Neste teatro da vida, o Maria Matos Teatro Municipal volta a receber Ivanov, uma das peças fundamentais da obra de Tchekhov (1860-1904), nome maior do teatro e do conto russo. Trata-se de uma versão revisitada pelo Teatro Truta, com direcção de Tónan Quito, a partir da tradução de José Sinde Filipe. Em palco, dez actores e o quinteto de música klezmer Melech Mechaya dão vida a personagens intemporais que aqui se revisitam entre o drama e a comédia numa impressionante aclamação à alma russa (ou será, simplesmente, universal?). Mas não é tudo, a participação dos Melech Mechaya, sobretudo na cena final, à mesa da boda de casamento onde se anuncia o desfecho fará lembrar a muitos o frenético e vibrante universo de algumas obras do realizador sérvio Emir Kusturica.

Numa palavra, e para concluir: imperdível! FB

Maria Matos Teatro Municipal22/24/25/26/27 Março | 21h30http://teatromariamatos.pt

Sessão “Noites no Teatro” | com comentário após o espectáculo24 Março | 21hMarcações: 218170600 (gratuito para estudantes dos ensinos secundário e universitário)

Alma Russa

Anton Tchekhov definiu, um dia, a essência da sua obra do seguinte modo: “Queria apenas dizer a todos, com honestidade e franqueza: observai-vos a vós próprios, vede como é detestável e aborrecida a vida que levais! O mais importante é fazer com que os homens compreendam isto, pois caso aconteça hão-de criar, necessariamente, uma vida diferente, uma vida melhor”. Mergulhando no mundo de Nicolai Ivanov, um pequeno proprietário rural endividado, compreende-se que a angústia domina toda a sua existência. A mulher sucumbe à tuberculose e aqueles que o rodeiam vivem uma vida fútil, engrenada em pequenos vícios e ocasionais vigarices.

Nada na vida de Nicolai Ivanov parece significar luz ou redenção, nem a dedicação da mulher enferma que tudo sacrificou em prol do amor, nem a paixão secreta acalentada pela filha dos endinheirados Lebedev; a salvação de Nicolai já não é terrena porque tudo se resume à sua desesperada aclamação “Atormento-me! Toda a gente me atormenta”. Como se o caminho se definisse numa espiral de acontecimentos que fazem antever a tragédia em que culminará a sua vida. Nicolai está consumido pela culpa, perseguido por fantasmas alimentados numa consciência em crise, como alguém que, como ele próprio diz, se sente “esmagado pelos seus actos inúteis”.

Ivanov, pela Associação Cultural Truta

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A tradição ainda é o que eraSão quase 34 anos de actividade, correspondendo a 46 produções teatrais, que marcaram, pelo menos, três gerações de crianças. Referimo-nos ao Teatro Infantil de Lisboa, vulgarmente conhecido pelas siglas TIL que tão bem vão passando de pais para filhos como sinónimo de grande teatro para todos. Sem preguiça e sem sombra de situacionismo, o TIL continua a demonstrar grande vitalidade e inovação conforme se pode comprovar no musical O Corcunda de Notre Dame, a última produção da companhia liderada por Fernando Gomes.

No palco do Teatro Armando Cortez conta-se a história do enjeitado sineiro Quasimodo que se apaixona pela cigana Esmeralda e que por amor terá de enfrentar o seu pérfido pai adoptivo, o juiz Frollo. Após um sem número de animadas e emotivas peripécias, e como em qualquer história de encantar, o bem vence o mal, e na retina fica como moral da história uma importante lição: a diferença, seja ela física, racial ou étnica, não pode ser argumento de exclusão ou de sustentação de preconceitos.

“É uma história que fascina os miúdos”, garante-nos Kim Cachoupo, o actor que encarna o protagonista. Na tarde em que assistimos ao espectáculo testemunhámos esse fascínio através de uma conversa do actor com os alunos de duas escolas de Lisboa, no final do espectáculo. Sucederam--se perguntas sobre a história, sobre o porquê de determinadas acções das personagens, sobre os

cenários e até sobre os “truques” por detrás de uma cabra que fala e surge nos locais mais improváveis. Tudo, porque o teatro também é magia!

Essa magia e fascínio pelas artes do palco, que o TIL na sua vertente infanto-juvenil tão bem tem patrocinado ao longo da sua existência, são também testemunhados pelos professores que acompanham os alunos que várias vezes por semana enchem a sala do Teatro Armando Cortez. Maria de Lurdes Fareleira, professora na Escola 121 do Campo Grande - uma das escolas que aderiu ao projecto do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, “Tardes no Teatro” -, fala-nos destas idas ao teatro com os alunos como “um momento de entusiasmo, tanto para as crianças como para os pais que permitem que os filhos vão”.

Muitos dos alunos desta escola lisboeta fazem parte de agregados familiares dependentes do Rendimento Social de Inserção, “mas sempre que promovemos uma acção deste género, os pais lá conseguem arranjar algum dinheiro para o transporte e permitir que os miúdos tenham acesso a um bem cultural que, na maior parte dos casos, só é possível através de projectos que asseguram a gratuitidade dos bilhetes”. A professora sublinha ainda que, “na generalidade, o comportamento das crianças mais problemáticas melhora durante o espectáculo”, o que demonstra o quão positivo, em termos pedagógicos e educacionais, pode ser uma ida ao teatro. FB

Teatro Armando CortezAté finais de Maiowww.til-tl.com

Marcações para escolas no âmbito do projecto “Tardes no Teatro”T: 218 170 600 (CML/DMC/DPDC)

O Corcunda de Notre Dame, pelo Teatro Infantil de Lisboa

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Os meus não dão problemas…, pelo Teatro do Holofote

À luz do quotidianoDesignam-se como executores de um teatro de intervenção. Na verdade, para o Teatro do Holofote, grupo integrado na Associação Conversas de Rua, a cena é entendida como veículo de reflexão directa sobre situações do quotidiano de adolescentes, famílias ou professores. Toxicodependência, comportamentos ditos desviantes e sexualidade são algumas das temáticas que se podem encontrar nos espectáculos deste grupo de teatro que tem desenvolvido trabalhos regulares em escolas, associações de apoio juvenil e em eventos públicos dedicados à juventude.

Em Os meus não dão problemas…, espectáculo que o grupo apresenta na Livraria Ler Devagar da Lx Factory, os Holofote saem do seu habitat natural e invadem um espaço aberto a todos os públicos. Algo

que não é completamente novo para o grupo, uma vez que têm actuado regularmente nos auditórios das lojas Fnac da Grande Lisboa com bastante aceitação, tanto da parte do público mais jovem, como de pais e professores.

A dramatização de cenas da vida familiar ligadas à prevenção da toxicodependência e sexualidade é abordada, em Os meus não dão problemas…, através do método do teatro-fórum. Esta metodologia baseia--se numa encenação que, partindo da realidade, personagens oprimidos e opressores entram em conflito de forma expressa e objectiva, defendendo desejos e interesses egoístas; na confrontação, o oprimido fracassa e o público é estimulado a entrar em cena, substituindo o oprimido, de modo a estimular a busca de alternativas para o problema encenado.

O Grupo de Teatro do Holofote, dirigido por Luís Tavares, é formado pelos actores António Vicente, António Torres, Catarina Inácio, Filipa Teixeira, Joana Passarinho, João Amaro, Madalena Marques e o próprio Luís Tavares. Um projecto a descobrir nos dois primeiros fins-de-semana de Abril, na Livraria Ler Devagar. FB

Livraria Ler Devagar | Lx Factory2/3/9/10 Abril | 21h30 Preços: €5 (estudantes) | €7 (público em geral)Reservas: [email protected]

Sessão de “Noites no Teatro”9 Abril | 21h Marcações: 218170600 (CML/DMC/DPDC)(gratuito para estudantes dos ensinos secundário e superior)

exposição

O nome Al-‘Udri diz-lhe alguma coisa? E na estanqueira do Loreto, já ouviu falar? Estas são apenas algumas das personagens que estão “penduradas” pela cidade e que fazem parte da campanha Lisboa tem Histórias, lançada para assinalar o centenário do Museu da Cidade, que está quase a chegar ao fim.

Mas, respondendo às questões colocadas anteriormente, é a Al-‘Udri, um geógrafo árabe nascido em Almeria, no sul de Espanha, que se deve a descrição mais antiga da Cerca Velha de Lisboa, feita em 1003, na obra Tarsï al-Ahbãr, divulgada por todo o mundo.

A estanqueira do Loreto, de seu nome Helena, era uma das figuras típicas da cidade setecentista. Com uma loja junto à Igreja do Loreto, que mais não era que um estabelecimento equivalente às actuais tabacarias, esta mulher tornou-se célebre pelo nariz disforme, chegando mesmo a ser “alvo” da prosa satírica de Bocage.

A par das figuras que pode ver pela cidade, está patente no Pavilhão Preto, do Museu da Cidade, uma mostra que apresenta um conjunto de peças variadas relacionadas com 20 personagens de Lisboa caricaturadas por João Fazenda, de que são exemplos as duas referidas anteriormente.

Associados ao quotidiano, às profissões, às vivências de cada uma dessas personagens, de épocas que vão da antiguidade clássica ao século XX, os objectos expostos representam histórias e costumes que, seguramente, não serão do conhecimento de todos, o que só por si merece uma visita.

Ao deslocar-se ao Museu da Cidade terá uma oportunidade única de percorrer diacronicamente a cidade. Épocas que se cruzam, e personagens e culturas tão díspares que tanto podem representar a sociedade lisboeta de ontem como a de hoje. Assim, não deverá ficar surpreendido por encontrar Caius Heius Primus, liberto abastado que, em 57 d.C., pagou as obras de renovação do Teatro Romano,

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Exposição

Lisboa tem históriasno museu da cidade

herói gregouLissesSou o lendário herói grego a quem os humanistas portugueses do séc. XVI atribuíram a fundação de Lisboa.

Personagem mitológica e herói principal do poema de Homero Odisseia, composto no séc. Viii a.C.. Para além da fundação, foi-lhe atribuída, pelos humanistas do séc. XVi, a origem do nome da cidade de Lisboa – ulisseia, ulisipo, ulixbuna, Olisipona, Lisabona. segundo a tradição, ulisses teria chegado ao sítio de Lisboa, durante a sua longa viagem de regresso de Tróia até Ítaca, ilha de onde era originário. Durante a idade Média, uma das torres do Castelo de s. Jorge era denominada por Torre de ulisses, como tributo a esta figura.

liberto romano

CaiusHeius PriMusEm honra do Imperador Nero, decorei com mármores o Teatro Romano de Lisboa, em 57 d.C. Eu, um antigo escravo, a todos surpreendi com a riqueza desta obra.Liberto abastado que em 57 d.C. pagou as obras de renovação do Teatro romano, que havia sido edificado no início do séc. i d.C. Com o desejo de agradar ao imperador Nero, a quem dedicou esta obra, Caius Heius Primus recorreu à então inovadora utilização do mármore na decoração do espaço.

Lisboa tem Histórias é a campanha lançada para assinalar os 100 anos do Museu da Cidade, com o objectivo de promover

este equipamento, através da humanização da sua História e das histórias de Lisboa. Recorrendo a personagens anónimas

criámos uma imagem que pretende levar o Museu à cidade, retirando-o do espaço do Palácio e colocando-o na própria

cidade – o Museu é a cidade e está na cidade.

geógrafo árabeAs muralhas da cidade foram por mim descritas no séc. XI. Através da minha obra, dei-as a conhecer ao mundo.

Geógrafo árabe, nascido em almeria (sul de espanha) em 1003, a ele se deve a descrição mais antiga da Cerca Velha de Lisboa, na obra Tarsï al-Ahbãr (sobre a Guerra Civil da Taifas de almeria em 1014), divulgada por todo o mundo.

AL- UDRI´ -- -

GueDeLHaPaLaçaNO

médico e astrólogo judeuFui dono dos terrenos onde nasceu o Bairro Alto. Fiquei célebre pelo meu Tratado de Astrologia e pelos horóscopos que fiz nas coroações de D. Duarte em 1433 e de D. Afonso V em 1438.

reputado médico e astrólogo, abraão Guedelha, conhecido como Guedelha Palaçano, nasceu em Lisboa, entre 1390 e 1400. Ficaram célebres os horóscopos que fez por ocasião das coroações de D. Duarte (1433) e de D. afonso V (1438). Como recompensa, D. afonso V concedeu uma tença à filha do astrólogo. Grato, Guedelha Palaçano escreveu um tratado de astrologia, actualmente desaparecido, onde era explicada a previsão do futuro através da leitura dos astros, obra que lhe concedeu grande notoriedade. acusado de ter participado na conjura para depor D. João ii, em 1483 foi expulso do país.em finais do séc. XV, era proprietário de terras agrícolas a ocidente da muralha fernandina. Na sequência da sua venda e associada a um conjunto de medidas tomadas por D. Manuel i para fazer face ao acentuado crescimento da população, a urbanização destes terrenos, ao longo de todo o séc. XVi, viria a representar aquilo que pode ser considerado como o primeiro plano urbanístico de Lisboa, tendo surgido então a Vila Nova de andrade, actual Bairro alto.

LuÍs

ourivesaNes

Vivi da arte de trabalhar o ouro. Na Rua dos Ourives do Ouro montei a minha loja em 1473.

Já no século XVi, as diversas profissões encontravam-se agrupadas por ruas, especialmente os denominados ofícios limpos e lustrosos, entre eles o de ourives.esta medida beneficiava a cidade, ordenando-a e permitindo aos oficiais dos ditos ofícios, reunidos numa mesma rua, um maior número de visitas às suas tendas, facilitando assim a venda dos seus produtos. Toponimicamente, muitas destas ruas adoptaram a designação do ofício nela instalada.

ÚLTIMA SEMANA

tendo recorrido à então inovadora utilização do mármore na decoração do espaço, ao lado do ourives Luís Anes, um dos mais conhecidos no seu mister na Lisboa do séc. XV, ou do Mestre Gonçalo, o primeiro cirurgião a exercer a sua actividade no Hospital Real de Todos-os-Santos, no início do séc. XVI.

Antes de entrar na exposição propriamente dita, um filme realizado por Abílio Leitão, com imagens actuais dos locais da cidade que estão associados a cada uma dos 20 personagens, funciona como um aperitivo para o que se segue. No entanto, e como não há bela sem senão, tal como referido anteriormente, a exposição está a entrar na recta final. Se ainda não conhece estas “Histórias de Lisboa”, está na altura de o fazer. Patente até 31 de Março, de 3.ªf a domingo.

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Exposição

Lisboa tem históriasno museu da cidade

herói gregouLissesSou o lendário herói grego a quem os humanistas portugueses do séc. XVI atribuíram a fundação de Lisboa.

Personagem mitológica e herói principal do poema de Homero Odisseia, composto no séc. Viii a.C.. Para além da fundação, foi-lhe atribuída, pelos humanistas do séc. XVi, a origem do nome da cidade de Lisboa – ulisseia, ulisipo, ulixbuna, Olisipona, Lisabona. segundo a tradição, ulisses teria chegado ao sítio de Lisboa, durante a sua longa viagem de regresso de Tróia até Ítaca, ilha de onde era originário. Durante a idade Média, uma das torres do Castelo de s. Jorge era denominada por Torre de ulisses, como tributo a esta figura.

liberto romano

CaiusHeius PriMusEm honra do Imperador Nero, decorei com mármores o Teatro Romano de Lisboa, em 57 d.C. Eu, um antigo escravo, a todos surpreendi com a riqueza desta obra.Liberto abastado que em 57 d.C. pagou as obras de renovação do Teatro romano, que havia sido edificado no início do séc. i d.C. Com o desejo de agradar ao imperador Nero, a quem dedicou esta obra, Caius Heius Primus recorreu à então inovadora utilização do mármore na decoração do espaço.

Lisboa tem Histórias é a campanha lançada para assinalar os 100 anos do Museu da Cidade, com o objectivo de promover

este equipamento, através da humanização da sua História e das histórias de Lisboa. Recorrendo a personagens anónimas

criámos uma imagem que pretende levar o Museu à cidade, retirando-o do espaço do Palácio e colocando-o na própria

cidade – o Museu é a cidade e está na cidade.

geógrafo árabeAs muralhas da cidade foram por mim descritas no séc. XI. Através da minha obra, dei-as a conhecer ao mundo.

Geógrafo árabe, nascido em almeria (sul de espanha) em 1003, a ele se deve a descrição mais antiga da Cerca Velha de Lisboa, na obra Tarsï al-Ahbãr (sobre a Guerra Civil da Taifas de almeria em 1014), divulgada por todo o mundo.

AL- UDRI´ -- -

GueDeLHaPaLaçaNO

médico e astrólogo judeuFui dono dos terrenos onde nasceu o Bairro Alto. Fiquei célebre pelo meu Tratado de Astrologia e pelos horóscopos que fiz nas coroações de D. Duarte em 1433 e de D. Afonso V em 1438.

reputado médico e astrólogo, abraão Guedelha, conhecido como Guedelha Palaçano, nasceu em Lisboa, entre 1390 e 1400. Ficaram célebres os horóscopos que fez por ocasião das coroações de D. Duarte (1433) e de D. afonso V (1438). Como recompensa, D. afonso V concedeu uma tença à filha do astrólogo. Grato, Guedelha Palaçano escreveu um tratado de astrologia, actualmente desaparecido, onde era explicada a previsão do futuro através da leitura dos astros, obra que lhe concedeu grande notoriedade. acusado de ter participado na conjura para depor D. João ii, em 1483 foi expulso do país.em finais do séc. XV, era proprietário de terras agrícolas a ocidente da muralha fernandina. Na sequência da sua venda e associada a um conjunto de medidas tomadas por D. Manuel i para fazer face ao acentuado crescimento da população, a urbanização destes terrenos, ao longo de todo o séc. XVi, viria a representar aquilo que pode ser considerado como o primeiro plano urbanístico de Lisboa, tendo surgido então a Vila Nova de andrade, actual Bairro alto.

LuÍs

ourivesaNes

Vivi da arte de trabalhar o ouro. Na Rua dos Ourives do Ouro montei a minha loja em 1473.

Já no século XVi, as diversas profissões encontravam-se agrupadas por ruas, especialmente os denominados ofícios limpos e lustrosos, entre eles o de ourives.esta medida beneficiava a cidade, ordenando-a e permitindo aos oficiais dos ditos ofícios, reunidos numa mesma rua, um maior número de visitas às suas tendas, facilitando assim a venda dos seus produtos. Toponimicamente, muitas destas ruas adoptaram a designação do ofício nela instalada.

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Sextas de Concertos são dias com propostas musicais diversas num espaço que visa a promoção da música em geral, e da portuguesa em particular, nas suas várias expressões. Este ciclo de concertos decorrerá na Fonoteca Municipal até Junho (na última sexta-feira de cada mês).

26 Março | 21h30 | Entrada livre

Thermidor, do grego thermon (calor de verão), é um termo originalmente associado ao 11º mês do Calendário Revolucionário Francês, que esteve em vigor em França de 22 de Setembro de 1792 a 31 de Dezembro de 1805. O mês que, no contexto da Revolução, trouxe a morte de Robespierre e o fim da época do Terror.

Estreado ao vivo em 2005, este Thermidor é a experiência/instalação audiovisual de um artista português conhecido apenas como “J”. Uma narrativa

multi-dimensional e um projecto em constante evolução, com uma componente teatral vincada, Thermidor também beneficiou da colaboração com diferentes artistas vídeo do panorama português contemporâneo para uma experiência sensorial completa e única.

Arquitecto de formação, “J” desenvolveu o conceito Thermidor numa larga variedade de meios, desde a ilustração, escrita, projectos arquitectónicos, performance teatral e até recitais de poesia. Actualmente trabalha numa novela gráfica com a qual irá expandir ainda mais os limites do “Universo Thermidor”.

Uma experiência dos sentidos através da música.

www.thermidor-project.net | http://www.myspace.com/thermid0r

Fonoteca Municipal | Praça Duque de Saldanha | Dolce Vita Monumental | Loja 17

Sextas de Concertos:Thermidor na Fonoteca Municipal

Jazz e Poesia em portuguêsHá quem diga que José Duarte dispensa apresentações. Ainda assim, e antes de falarmos de Poezz, damos a conhecer um pouco deste professor, radialista e editor. Tendo nascido no Bairro Alto, com o Conservatório mesmo ali ao lado, desde cedo intuiu que o caminho que havia de percorrer pelo mundo do jazz estava traçado.

Corria o ano de 1958 quando se estreou na Rádio Universidade com O jazz, esse desconhecido. Em 1966 têm início os Cinco minutos de jazz, na Rádio Renascença, emitidos até 1975. Em 1984, este espaço volta ao ar, desta vez pelos microfones da Rádio Comercial, e desde 1993 que para os ouvir se deve sintonizar na RDP Antena 1.

Mas se pensa que a paixão de José Duarte pelo jazz se fez ouvir apenas pela rádio, desengane- -se. Tanto em jornais como em livros, conferências, na televisão ou até na Internet, o Jazzé, como gosta de ser chamado, em muito tem contribuído para a divulgação não só do jazz, mas também de outras formas de expressão musical que lhe estão associadas.

Editado em 2004, Poezz é “apenas” o livro que dá nome a um ciclo que junta poesia e jazz na Casa Fernando Pessoa desde o passado dia 24 de Fevereiro. Publicada pela Almedina, esta colectânea, organizada por José Duarte e Ricardo Alves, assinala quase todos os movimentos estéticos e geracionais do século do jazz: futuristas, presencistas, neo-realistas, surrealistas e seus derivados, até à singularidade isolada de muitas vozes contemporâneas.

A próxima sessão de Poezz, onde se falará e ouvirá jazz, mas onde a poesia também não será esquecida, acontece a 24 de Março, pelas 18h30, e junta José Duarte e Ricardo Alves a Fernando Pinto do Amaral e Rodrigo Amado. A música estará a cargo do combo jazz do Hot Clube de Portugal.

“Jazz é apenas uma maneira de tocar. De viver. Tudo se pode tocar na língua jazz e em qualquer compasso. Não há pois ritmo jazz. Confusão frequente. Há jazz só quando há improvisação e swing e outras pequenas grandes características”.José Duarte

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CiClo de Colóquios

A RepúbliCA Mês A Mês No quadro do Centenário da Implantação da República, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) promove um programa de comemorações a desenvolver até 2011. Com a participação activa dos equipamentos e serviços municipais, da comunidade cultural e da sociedade civil, o objectivo é claro: valorizar e promover a identidade histórica, cultural e patrimonial da cidade.

É intenção da CML celebrar o centenário da implantação da República de forma concertada com as comemorações oficiais e com a programação de outras instituições da cidade, como é o caso da Fundação Mário Soares. Com esta Fundação, estabeleceu-se uma parceria no âmbito do projecto República Mês a Mês, que permitirá, neste ano e no 1.º semestre de 2011, a realização de 18 colóquios sobre questões essenciais do regime republicano.

Revolução e Implantação da RepúblicaCom João Bonifácio Serra25 de Março | 18hPaços do Concelho | Praça do Município

João Bonifácio SerraProfessor na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (Instituto Politécnico de Leiria), integrou a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. Entre Setembro de 2004 e Março de 2006 foi Chefe da Casa Civil do Presidente da República. É investigador externo do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e tem uma extensa produção científica na área da História da República.

CurtasNEWSLETTER

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Curtas

Brasil em destaque no festival Peixe em Lisboa 2010A gastronomia brasileira é a grande aposta da terceira edição do evento gastronómico Peixe em Lisboa, que terá lugar no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, entre 10 e 18 de Abril. Organizado pelo Turismo de Lisboa, com os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e do Turismo de Portugal, o evento receberá a visita de Joan Roca, um dos mais reputados chefs da actualidade e co-proprietário do restaurante El Celler de Can Roca, que em 2009 recebeu a terceira estrela do Guia Michelin, afirmando-se como um dos melhores do mundo. No Peixe em Lisboa deste ano participarão ainda 12 restaurantes da Grande Lisboa, a funcionar entre as 12 e as 24 horas, que vão pôr à disposição dos visitantes pratos de degustação à base de peixes e mariscos.

Jorge Silva Melo distinguido com o Prémio da Crítica da APCTA Associação Portuguesa de Críticos de Teatro atribuiu, em cerimónia realizada no passado dia 15 de Março no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal, o Prémio da Crítica, relativo ao ano de 2009, a Jorge Silva Melo pela encenação de Esta noite improvisa-se e de Seis personagens à procura de autor, textos de Luigi Pirandello, co-produções dos Artistas Unidos com o Teatro Nacional D. Maria II e com o São Luiz Teatro Municipal, respectivamente. O júri, constituído por Alexandra Moreira da Silva, Constança Carvalho Homem, João Carneiro, Rita Martins e Rui Pina Coelho, atribuiu ainda duas Menções Especiais ao figurinista Bernardo Monteiro (do Teatro Nacional de São João, no Porto) e ao colectivo Casa Conveniente, na pessoa de Mónica Calle.

Projecto intercâmbio de jovens Férias em MovimentoEstão abertas as inscrições para a segunda acção do projecto Intercâmbio de Jovens para a Sensibilização Ambiental, a realizar nas férias da Páscoa e do Verão, de 5 a 9 de Abril em Cabeceiras de Basto e de 12 a 16 de Julho em Lisboa, numa parceria entre os municípios de Lisboa e Cabeceiras de Basto. Este novo projecto da Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental tem por principal objectivo a partilha de experiências entre jovens residentes em cidades diferentes, proporcionando o debate e confronto de ideias na área ambiental. A iniciativa destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Mais informação disponível em http://lisboaverde.cm-lisboa.pt.

Livro de Galileu Galilei traduzido em portuguêsPublicado originalmente em Março de 1610, Sidereus Nuncius - O Mensageiro das Estrelas é o nome do primeiro livro de Galileu Galilei a ser traduzido integralmente em português de Portugal. O lançamento da versão portuguesa de um dos textos fundamentais do pensamento ocidental ocorreu no passado dia 17 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, coincidindo com a sessão de encerramento do Ano Internacional da Astronomia. Esta edição conta com uma nota de abertura do investigador belga Sven Dupré, considerado um dos maiores especialistas a nível mundial no telescópio de Galileu, e com uma cronologia e um facsimile integral da edição original, realizado por Henrique Leitão.

Scanning

De Samuel Rama, este é um trabalho que propõe continuar uma arqueologia do meio fotográfico em direcção aos pioneiros da fotografia, ao mesmo tempo que faz uma fuga para a frente, para os novos meios de digitalização e impressão a jacto de tinta.

Até 26 de Março

Arquivo Municipal de Lisboa - Arquivo Fotográfico | Rua da Palma n.º24621 884 40 60

Lisboa Republicana Roteiro Patrimonial

Exposição que revisita os valores da história associada ao ideário republicano, antes e depois da Revolução de 5 de Outubro de 1910, dispostos pelos seguintes temas: Da Conspiração ao 5 de Outubro; Associativismo, Educação e Habitação; Quotidiano; Memória e Arte Pública.

Até 31 de Março

Galeria de Exposições dos Paços do Concelho | 2.ªf a 6.ªf, das 10h às 20h | Domingo, das 10h às 20h | Entrada livre

Histórias com Luz

Exposição que tem na sua génese o concurso de fotografia Histórias com Luz que preconiza um olhar atento sobre os centros urbanos, valorizados e enriquecidos com as iluminações de Natal.

Até 30 de Março

Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) | Picoas Plaza, Rua Viriato, nº13 E-1º

Adamastores e outros imaginários

Exposição de pintura de Pedro Pinto Coelho onde o Adamastor é representado e multiplicado nos “adamastoriums”, espaços imaginários exibidos numa linguagem surrealista geometrizante.

Até 4 de Abril

Padrão dos Descobrimentos | Av. Brasília | www.padraodescobrimentos.egeac.pt

Deixar de ver, de Pedro Cláudio

A partir da ideia de exílio, Pedro Cláudio concentrou-se na figura do poeta Ricardo Reis: um homem que vê no conhecimento a salvação e que descobre na poesia o caminho solitário da transcendência.

Até 30 de Abril

Casa Fernando Pessoa | Rua Coelho da Rocha, 16 | 21 391 32 70 | http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

Tapeçarias de Portalegre

Exposição que pretende divulgar e valorizar esta invulgar forma de arte, considerada património nacional. A originalidade desta exposição é que não se restringe a um só espaço, podendo as tapeçarias ser admiradas em edifícios de acesso público.

Até 30 de Abril

Edifício Central do Município de Lisboa | Campo Grande, 25 | http://tapecariasdeportalegre.cm-lisboa.pt

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Exposições

Ciclos e conferências

- Conferência Pelo Nosso Planeta | 23 de Março | 9h30-13h30 | Sala do Arquivo dos Paços do Concelho | Câmara Municipal de Lisboa | 21 323 62 39

- Para a História do Jornalismo Lisboeta no Século XX: O papel transformador dos vespertinos lisboetas nos anos 60 do século XX, por Fernando do Correia | 25 de Março | 18h | Hemeroteca Municipal de Lisboa | http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

Exposições

- Não Lápide | Exposição de fotografia de Alberto Cruz | Até 25 de Março | Biblioteca Municipal Camões | 21 342 21 58

- Exposição de pintura de José A. Cardoso | Até 28 de Março | Espaço Monsanto | 21 817 02 00 | http://lisboaverde.cm-lisboa.pt

- República e Maçonaria | Exposição de pintura de Carmen Alexandre | Até 8 de Abril | Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella | 21 771 23 10

- No tempo do risco, de Cristina Vilas Boas | Até 10 de Abril | Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro | 21 754 90 30

- Exposição de pintura de Jean Paul Bernard | Até 11 de Abril | Quinta das Conchas | http://lisboaverde.cm-lisboa.pt

Teatro- Mironescópio: A Máquina do Amor | Até 27 de Março | Museu da Marioneta | www.museudamarioneta.egeac.pt

- Ciclo Try Better. Fail Better’ 10 | Mulher Mundo | 16 a 18 de Abril | Teatro da Garagem | www.teatrodagaragem.com

Outros eventos

- Curso de poesia portuguesa contemporânea | 2ªs feiras de Abril e Maio, das 18h às 19h30 | Casa Fernando Pessoa | Inscrições abertas até 31 de Março | www.mundopessoa.blogs.sapo.pt

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Em Agenda

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Biblioteca-Museu República e ResistênciaEspaço GRandEllaEstrada de Benfica, 419 217 712 310Cármen alexandre - República e MaçonariaExposição de pintura15 a 31 Marseg a sex: 10h-17h30CIdadE UnIVERsITÁRIaRua alberto sousa, 10 aZona B do Rego217 802 760CIClo dE ConfERênCIas ‘a IdEIa da REpúBlICa’liberalismo e Romantismo – da Europa para as américas17 abr: 16h

Museus da politécnicaanTIGo pICadEIRoRua da Escola politécnica, 56-58213 921 879portugal nas Trincheiras - a I Guerra da RepúblicaExposiçãoaté 23 abrTer a Qui, dom: 10h-18h,sex, sáb: 10h-23h

paços do ConcelhoGalERIa dE ExposIçõEspraça do Município213 236 200lisboa Republicana - Roteiro patrimonialExposiçãoaté 31 Mardom a sex: 10h-20hsala do aRQUIVoa REpúBlICa Mês a Mês – CIClo dE ColóQUIosRevolução e Implantação da RepúblicaCom João Bonifácio serra 25 Mar: 18horganizado pela CMl em parceria com a fundação Mário soaresInfo: 213 246 290

palácio fozpraça dos Restauradores213 405 513dos 0 aos 100 - Histórias de CientistasConcurso | Inscrições abertas até 30 abr

palácio Valadares largo do Carmo, 32, Chiado210 993 913Educar. Educação para Todos. Ensino na I RepúblicaExposição

21 Mar a outseg a sex: 17h-21h, sáb, dom, feriado: 14h-19h

Terreiro do paçoToRREão poEnTE Viajar. Viajantes e Turistas à descoberta de portugal no Tempo da I República27 Mar a outExposiçãoToRREão nasCEnTECorpo - Estado, Medicina e sociedade no Tempo da I República27 Mar a JulExposição

sociedade Histórica da Independência de portugalpalácio da Independêncialargo de são domingos, 11213 241 470as MUlHEREs no CaMInHo da REpúBlICaliga Republicana das Mulheres portuguesasCom João Esteves20 abr: 17h30adelaide Cabete, uma Republicana no Instituto de odivelas (IfET)Com Isabel lousada18 Mai: 17h30

Rupturas e Continuidades Musicais na Transição do RegimeCom Elisabeth Évora nunes8 Jun: 17h30

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Centenário da República