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Lisboa Cultural 219

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28.º FESTIVAL DE ALMADA + THE JEW | MARTA PESSOA (entrevista à realizadora de "Quem Vai à Guerra") | AFONSO PAIS E JP SIMÕES (música) | A FLAUTA MÁGICA (crianças) | MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL: TEMPORADA 2011/2012 (antevisão)

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Em destaque Festival de Almada | Pág. 3The Jew | Pág. 5Programa Lisboa | Pág. 6

Entrevista Marta Pessoa | Pág. 7

MúsicaAfonso Pais e JP Simões | Pág. 8

CriançasA Flauta Mágica | Pág. 9

AntevisãoMaria Matos Teatro Municipal: Temporada 2011-2012 | Pág. 10

Curtas | Pág. 11

Em Agenda | Pág. 12

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Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira Designer: Rute FigueiraFoto de Capa: Francisco Levita

Contactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 218 170 600 [email protected]

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4 a 10 de JULHO de´11 #219

Ficha

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índice

EntrevistaMarta PessoaRealizadora de Quem vai à Guerra | Pág. 7

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Em 1984, num pequeno palco impro-visado ao ar livre situado no Beco dos Tanoeiros, na zona velha de Almada, nascia a Festa de Teatro. Ao longo dos anos, a festa foi crescendo, até se tor-nar no maior evento de teatro realiza-do em Portugal, o Festival de Almada. Na sua 28.ª edição, e apesar da crise, reafirma-se todo o prestígio interna-cional do evento através de uma pro-gramação oriunda de países tão dis-tintos como Itália, Alemanha, França, Reino Unido, Estados Unidos da Amé-rica, Roménia, Tunísia, Chile e Espanha. A figura homenageada desta edição é o actor Ferruccio Solleri (na foto), o úl-timo grande Arlequim do teatro mun-dial. Assim, de 4 a 18 de Julho, sobem aos palcos de Almada e Lisboa algu-mas das mais importantes produções do panorama nacional e internacional do momento, incluindo I Am the Wind, uma co-produção franco-britânica que junta três dos nomes maiores do tea-tro europeu: Patrice Chérau, Jon Fosse e Simon Stephens.

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QUANDO ALMADA SE FAZ CAPITAL

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Ao longo dos últimos 27 anos, Alma-da assume-se, de pleno direito, como capital internacional do teatro. Este ano, apesar das fortes restrições or-çamentais, ainda foi possível fazer o “milagre”, para usar a expressão do director do Festival de Almada Jo-aquim Benite, e mantêm-se o nível qualitativo de edições realizadas em anos mais favoráveis ao sector da cul-tura. Como vem sendo hábito, a gran-de festa de Almada faz-se também em Lisboa, nos teatros municipais, na Culturgest ou no CCB (ver página 6).

Num ano em que o homenageado é tão só o maior Arlequim do século XX, o italiano Ferruccio Solleri, o Festival de Almada desafiou o grande Dario Fo para conceber e produzir a imagem gráfica desta edição. O cartaz é uma homenagem à Commedia dell´Arte, e simultaneamente à figura de Solleri, o actor que, sob a orientação de Giorgio Strehler, dedicou a sua vida a enver-gar a “máscara do Arlequim”. Soleri sobe ao palco do Pequeno Auditório do CCB, no próximo dia 14, e ao da Escola D. António da Costa, em Alma-da, no dia 18, para apresentar Retratti Di Commedia dell´Arte, um espectá-culo que, nas palavras de Domenico de Martino, “recupera o significado de uma riquíssima tradição, demons-trando ao mesmo tempo a expressivi-

dade poética da grande alma teatral que vive por detrás da máscara”.

Outro dos pontos altos do Festival de Almada é a adaptação de Simon Stephens de I Am The Wind, de Jon Fosse, num espectáculo encenado por um dos mais influentes encena-dores europeus Patrice Chéreau, no-tabilizado junto do público português através do cinema, nomeadamente pela realização de filmes como A Rai-nha Margot e Intimidade. Este recital para dois actores (Tom Brooke e Jack Laskey) pode ser visto no Teatro Mu-nicipal de Almada, a 17 e 18 de Julho.

Para além do teatro, esta edição vai ficar marcada pela estreia absoluta da ópera A Rainha Louca, de Alexan-dre Delgado, a partir de um texto de Miguel Rovisco, com encenação de Joaquim Benite. As exposições e os debates são outro dos aliciantes do festival, e este ano destacam-se as mostras sobre Commedia dell´Arte e o trabalho plástico de Dario Fo com a sua Bonecada com Raiva e Sentimen-to, patente na Casa da Cerca. Os co-lóquios e debates vão juntar grandes nomes do teatro nacional e interna-cional, como Mario Mattia Georgetti, José Pedro Carrión, Jorge Silva Melo, Fadhel Jaibi ou Carlo Boso.Frederico Bernardino

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28.º Festival de Almada

4 a 18 de Julho

Almada | Lisboa

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O Maria Matos Teatro Municipal acolhe, a partir de 5 de Julho, uma nova versão do clássico The Jew Of Malta, de Christopher Marlow. Integrado na edição de 2011 do Fes-tival de Almada, The Jew é uma co-produção entre a companhia portuguesa Mundo Perfeito, de Tiago Rodrigues e Magda Bizarro, e a holandesa Dood Paard, uma com-panhia de Amesterdão que encontra no trabalho colectivo e na autonomia do grupo uma modo muito particular e inovador de trabalhar os clássicos da dramaturgia uni-versal, privilegiando um tom provocatório e frequentemente politizado.

Contemporâneo de Shakespeare, Marlow aborda neste texto, com uma subtil crue-za, os temas da vingança e da ganância. Tudo se passa na ilha de Malta, lugar de

cruzamento de culturas e religiões, local onde o dinheiro se transforma numa espécie de língua franca entre os homens. Este trabalho colectivo pretende propor, à luz dos dias de hoje, uma reflexão sobre o poder, a violência e o dinheiro, elementos quase sempre associados aos “confrontos de civilizações”.

The Jew parte de uma adaptação do clássico por Paul Evans, resultado de uma resi-dência artística levado a cabo pelas duas companhias no Espaço Alkantara. Em palco vão estar os actores portugueses Carla Maciel, Gonçalo Waddingston e Tiago Rodri-gues, e os holandeses Manja Topper, Gillis Biesheuvel e Kuno Bakker. Um espectáculo imperdível, para ver até 13 de Julho. FB

MARLOW REVISITADO

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Ela de Jean Genet Encenação de Luís Miguel CintraTeatro da Cornucópia | Até 17 Julho

The JewA partir de The Jew of Malta, de Christopher Mar-lowe Produção: Mundo Perfeito / Dood PaardMaria Matos Teatro Municipal | 5 a 13 Julho

Nacional – Material, Paisagem com ArgonautasProdução: TNDM II / Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser Teatro Nacional D. Maria II | 7 a 17 Julho

Ich schau dir in die augen, gesellschaftlicher Ver-blendungszusammenhang!Texto e encenação de René PolleschTeatro Nacional D. Maria II | 7 e 8 Julho

Overdrama de Chris Thorpe Direcção de Jorge AndradeCulturgest | 7 a 9 Julho

A Rainha Louca Ópera de Alexandre Delgado, a partir de O Tempo Feminino, de Miguel Rovisco Encenação de Joaquim BeniteCentro Cultural de Belém | 8, 10 e 12 Julho

Les Corbeaux Produção Centre Chorégraphic National d´Orléans, com Théàtre Fórum MeyrinTeatro Camões | 13 Julho

Ritratti di Commedia dell´arte Espectáculo de Ferruccio Soleri e Luigi LunariCentro Cultural de Belém | 14 Julho

Cercles / Fictions Texto e encenação de Joel PommeratTeatro Nacional D. Maria II | 14 a 16 Julho

Mission Drift Produção de The Team – Theatre of the Emerging American MomentEncenação de Rachel ChavkinCulturgest | 14 a 16 Julho

Uma Bizarra Salada A partir de Karl Valentin Direcção de Beatriz Batarda | Direcção Musical de Cesário CostaSão Luiz Teatro Municipal | 15 a 17 Julho

................................................................................Workshop do Grupo Raipillán inscrições no localCasa da América Latina | 8 Julho

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Programação integral: www.ctalmada.pt

28.º FESTIVAL DE

ALMADA EM LISBOA

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Depois de em Lisboa Domiciliária ter mostrado a cidade ocul-ta onde se envelhece numa solidão quase silenciosa, Marta Pessoa foi à procura do lado invisível da guerra colonial e encontrou, nos depoimentos de dezenas de mulheres, uma outra visão sobre o conflito. Mais do que um filme, Quem Vai à Guerra é um documento essencial para compreender como uma guerra, que começou há precisamente 50 anos, marcou e continua a marcar profundamente uma geração de mulheres. A realizadora falou com a Lisboa Cultural a propósito de tudo isso.

Como surgiu a ideia de fazer este filme e, simultaneamente, propor um olhar “novo” sobre a guerra colonial?Parece-me que este olhar só é “novo” porque, ao longo de todos estes anos, o discurso sobre a guerra partiu sempre de uma visão masculina, quer por parte dos ex-combatentes, quer por parte da instituição militar. Desde sempre tive a sensação de que a guerra não afectou só um lado, o lado dos soldados, e isso levou-me a constatar que cada um de nós acaba por ter uma relação com a guerra por parte de algum familiar ou conhecido que lá com-bateu. Ao pensar nisso, surgiu-me necessariamente a ideia de a abordar do ponto de vista das mulheres, procurando o lado invisível que, 37 anos depois do final do conflito, continua por revelar. Em suma, achei que era altura de mostrar algumas das mulheres que “foram” à guerra.

MARTA PESSOA O LADO INVISÍVELDA GUERRA

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Precisamente por ser inédito assistirmos a um discurso sobre a guerra colonial no femini-no, foi muito difícil conseguir encontrar mulheres que aceitassem falar?Como cineasta, e tendo em conta o tema, talvez desse muito jeito dizer que foi compli-cadíssimo, mas não foi. Estas 25 mulheres que aparecem no filme queriam mesmo falar porque estiveram caladas tempo demais. Uma delas, uma mulher que enviuvou em 1974 com dois filhos a cargo, disse-me que este filme deveria ter sido feito há 35 anos atrás. Claro que 48 anos de ditadura deixaram marcas na condição das mulheres, e ainda sub-sistem muitos silêncios. É que, ao contrário dos americanos com o Vietname, nós ainda não fizemos a catarse do que aconteceu. E, é só por isso mesmo que continuamos com vontade de falar sobre a guerra colonial.

De que modo é que Quem Vai à Guerra pode contribuir para alargar esse debate e romper os silêncios que persistem?Para um cineasta que faz documentários há sempre a expectativa de que o nosso tra-balho possa ser útil para além do cinema. Neste caso, e tal como aconteceu com Lisboa Domiciliária, espero que um objecto como este possa ser útil, sobretudo às mulheres que viveram a experiência de serem atingidas pela guerra. Mais a mais, hoje, quando vemos jovens partir para o Afeganistão ou para qualquer outro local remoto em nome de um serviço à pátria, parecem replicar-se os mesmos rituais, o mesmo drama de ver partir um ente querido para uma guerra. Só não estamos é em ditadura…

E para os ex-combatentes? Pensa que o filme também lhes pode ser útil?Penso que sim, apesar de achar que o filme é um bocado complicado para eles. Pelo re-torno que tenho tido, há alguns ex-combatentes que continuam a achar que a guerra é somente deles. Logo, perante um filme como este, acham que são silenciados.

A opção de criar um cenário para as filmagens foi meramente estética?Mais do que uma opção estética, acho que passados tantos anos seria essencial retirar aquelas mulheres do espaço doméstico, deslocá-las das suas casas e anular vestígios do universo feminino para que as memórias, algumas com 50 anos, pudessem fluir. Isso permitiu trabalhar a partir das experiências delas, dos seus fantasmas e recordações, mesmo as mais primárias, recriando por exemplo a luz e o cheiro da terra de África. Frederico Bernardino

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Depois de dois retiros de uma semana, Afonso Pais e JP Simões criaram Onde mora o Mundo, um trabalho que encerra em si a escola da canção brasileira, a sofistica-ção jazzística do cancioneiro norte-americano e o espaço do improviso. Afonso Pais compôs a música, foi o responsável pelos arranjos e assumiu ainda a direcção musical, enquanto JP Simões assinou todas as letras.

Um disco que fala sobre o amor, a melancolia, a humilhação, o auto-flagelo, zom-bies e políticos portugueses, e que conta com a presença de músicos notáveis como Carlos Barreto, Alexandre Frazão, Tomás Pimentel e Perico Sambeat, um dos melhores improvisadores europeus no saxofone alto, entre outros.

A 8 de Julho, os músicos vão apresentar Onde mora o Mundo num espectáculo ao vivo a realizar-se na sala principal do São Luiz Teatro Municipal. “A essência do dis-co aliada a uma leitura nova e espontânea, que só uma apresentação ao vivo pode permitir” é sublinhada por Afonso Pais, em entrevista exclusiva à Agenda Cultural, como se o palco fosse “lugar para surpresas, uma vez que a estrutura das canções vai ser moldada de forma a podermos usufruir das possibilidades que o concerto propõe.” Sara Ferreira

página 9mmúsica

ONDE MORA O MUNDO

Afonso Pais e JP Simões

São Luiz Teatro Municipal

de Julho | 21h

Preço: €10 a €20

www.teatrosaoluiz.pt

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O cenário natural do Castelejo do Caste-lo de São Jorge vai ser palco para uma história de amor com mais de 200 anos. Desde a sua estreia, num modesto tea-tro de Viena, em 1791, A Flauta Mágica de

Mozart sempre cativou espectadores dos mais variados estratos sociais e formações culturais. Para os adultos, para além da história de amor e poder, subsiste uma mensagem política; para os mais pequenos a história de encantar funciona como um típico conto de fadas.

Na segunda edição das Noites de Ópera do Castelo de S. Jorge, vai ser apresentada uma versão em português de A Flauta Mágica. Da autoria de Alexandre Delgado, com-positor, maestro e musicólogo, a recriação musical para agrupamento de câmara é do compositor Tiziano Manca, que substituiu a maior parte do núcleo das cordas por sopros, como o trompete e o saxofone. São estes novos instrumentos que conferem uma nova cor ao espectácu-lo da Companhia de Ópera do Castelo, que conta ainda com um elenco de jovens cantores portugueses e com uma construção cénica que faz a ponte entre o passado e o mundo contemporâneo, da autoria das encenadoras Caroline Bergeron e Catarina Santana.Sara Ferreira

MOZART NO CASTELO

ccrianças

A Flauta Mágica

Castelejo do Castelo de S. Jorge

6 a 9 de Julho | 22h

Preços: €7,50 (adulto)€5 (criança até 10 anos)

www.castelodesaojorge.pt

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A CASA DA CONTEMPORANEIDADE

página 11aantevisãoO Maria Matos Teatro Municipal vai continuar a afirmar-se como “o espaço de referência para a produção independente” em Lisboa. A garantia foi dada pelo director artístico Mark Deputter, na apresentação à imprensa

da temporada 2011/2012, onde sublinhou as linhas orientado-ras que fazem do Maria Matos a grande casa da criação con-temporânea, nas áreas das artes performativas e da música.

Num período de grandes cortes para o sector da cultura, a aposta na produção nacional é marcante nesta temporada. São 11, as novas produções made in Portugal que vão subir ao palco do Maria Matos ao longo dos próximos dois semestres, destacando-se quatro na área da dança e da performance: Atlas, de Ana Borralho e João Galante (para assinalar o ani-versário do teatro, em Outubro); O Desejo Ignorante, de Már-cia Lança; Os Artistas de Domingo, de Miguel Pereira; e uma nova criação de André Mesquita com os TOK´ARTE. No tea-tro, destacam-se Israel, a nova produção do Teatro Praga; O Convento, uma criação da Karnart; ou História dos Bosques de Viena, de Odon Von Horváth, a segunda encenação de Tónan Quito, depois do sucesso de Ivanov, de Tchékov.

A programação internacional é outra das apostas fortes do Maria Matos. Para além do regresso da companhia nova-iorquina Nature Theater of Oklahoma, com a segunda parte do épico Life And Times, a companhia belga tg STAN faz em Lisboa a estreia mundial de A Doll´s House, a partir do clássi-co de Ibsen. Na dança, destacam-se três momentos altos na programação: Violet, a nova criação de Meg Stuart (a abrir a temporada a 15 de Setembro), Le Cri e Les Sentinelles, da franco-argelina Nacera Belaza, e Matadouro, do brasileiro Marcelo Evelin.

O teatro musical é outra das grandes novidades na progra-mação do Maria Matos, acentuada numa parceria estabele-cida com a Gulbenkian Música, que vai trazer a Lisboa uma versão multimédia de O Castelo do Barba Azul, de Bela Bartók, pela Philarmonia Orchestra, dirigida pelo notabilíssimo Esa-Pekka Salonen; e Momente, de Karlheinz Stockhausen, com a soprano Julia Bauer. Frederico Bernardino

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Há 80 anos ao serviço da comunidade, a Biblioteca Municipal Palácio Galveias e a Hemeroteca Municipal de Lisboa assinalam o aniver-sário a 5 de Julho, com iniciativas que vão de exposições evocativas do percurso do Palácio Galveias e da Hemeroteca a visitas guiadas pelos bastidores, pelos serviços e ruas do Bairro Alto. No final do dia, o som da Academia de Amadores de Música invade a Hemeroteca, que neste dia, tal como acontece na Biblioteca, fecha as suas portas às 22 horas. Mais informações em: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt.

Marcações abertas para o Verão nos Museus

Mais um prémio para Gonçalo M. Tavares

António Pedro Dias é o novo director da Biblioteca Nacional

Palácio Galveias e Hemeroteca Municipal de parabéns

Considerada a “principal montra” para as coudelarias que aqui expõem os seus exemplares de maior qualidade, o Hipódromo do Campo Grande recebe a 23.ª edição do Festival Internacional do Cavalo Puro Sangue Lusitano, a realizar-se entre os dias 7 e 10 de Julho. Paralela-mente ao Festival, decorrerá o 1.º Congresso Internacional do Cavalo Puro Sangue Lusitano, nos dias 5 e 6 de Julho, no Auditório da Torre do Tombo, onde serão debatidos temas como ADN Mitocondrial do Cavalo Lusitano – Sua expansão no Mundo ou Turismo Equestre, entre outros. Informações em: www.cavalo-lusitano.com.

“É epopeia/anti-epopeia, enfim, há muitas hipóteses – não sei bem como classificar. E gosto de não saber classificar. Parte, sim, de uma estrutura de epopeia e depois avança para um outro mundo e para uma outra lógica.” Foi assim que, em Janeiro passado, em entrevista à Agenda Cultural, Gonçalo M. Tavares descreveu Uma Viagem à Índia, obra editada pela Caminho, que valeu ao autor o Grande Prémio de Romance e Novela atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores, em conjunto com o Ministério da Cultura.

António Pedro Machado Gonçalves Dias, 60 anos, será o novo director da Biblioteca Nacional de Portugal, substituindo desta forma Jorge Couto. Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi o director-geral do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo entre 2004 e 2005. Sobre a escolha de António Pedro Dias para o cargo, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas justificou-a pela “confiança na vasta experiência curricular e na grande capacidade de trabalho”.

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página 13eem agenda

CICLOS E CONFERêNCIAS

- Ciclo Prémios Nobel Latino-Americanos | Gabriela Mistral, Prémio Nobel 1945 | Com Pedro Santa María de Abreu | 7 de Julho | 19h | Livra-ria Barata / Leya | Av. de Roma, 11A

ExPOSIçõES

- Ar.Co Bolseiros & Finalistas 10 | Até 10 de Julho | Galeria Palácio Gal-veias | Campo Pequeno | 218 170 534

- Dimensões | Fotografia em 3D | Até 10 de Julho | MUDE - Museu do Design e da Moda, Colecção Francisco Capelo | www.mude.pt

- Lisboa, da Avenida Dona Amélia à Almirante Reis | Até 16 de Julho Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt

- Colecção de Sílvia Prudêncio | Até 22 de Julho | Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa

- Aqui retratam-se pessoas | Até 26 de Julho | Biblioteca-Museu Repú-blica e Resistência – Espaço Grandella | Estrada de Benfica, 419 217 712 310

- Dança na Terra | Pintura de Maria Dulce Martins | Até 30 de Julho |Biblioteca Municipal por Timor | http://blx.cm-lisboa.pt

- Urban Africa – Uma viagem fotográfica por David Adjaye | Até 31 de Julho | Entrada livre | Pavilhão Preto – Museu da Cidade www.museudacidade.pt

- Pequenos Pessoas | Até 31 de Agosto | Casa Fernando Pessoa http://mundopessoa.blogs.sapo.pt

- Hemeroteca Municipal de Lisboa: História e Património | Mostra do-cumental | Até 31 de Agosto | Átrio e escadaria da Hemeroteca Munici-pal de Lisboa | http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

:::FESTIVAIS:::

Festival ao Largo A grande festa da música coral e sinfóni-ca e da dança está de regresso ao Largo de São Carlos. Até 31 de Julho, o Festival ao Largo oferece ao público, em pleno coração de Lisboa, mais de uma dezena de espectáculos, com grandes nomes do panorama nacional e internacional. Esta semana, a Orquestra Sinfónica Portugue-sa, com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, apresenta Estrelas e Planetas, um espectáculo com temas imortalizados no universo da ficção cientifica, da autoria de compositores célebres como Richard Strauss, John Williams ou Gustav Holst (7 e 8 de Julho). No sábado e domingo, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, diri-gida por Cesário Costa, apresenta a Noite Italiana, com peças de Rossini, Resphigi e Mendelssohn. Até ao final, o Festival Ao Largo propõe ainda concertos corais, uma viagem pela ópera e pela valsa e um dos mais aclamados espectáculos de dan-ça do ano, Uma Coisa em Forma de Assim, pela Companhia Nacional de Bailado. A entrada é livre.

Mais informações emwww.festivalaolargo.com.

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:::LITERATURA:::

Pessoa em diálogo com Eunice Munõz e Pedro LamaresO novo ciclo de leituras da Casa Fernando Pessoa arranca a 5 de Julho e conta com as vozes de Eunice Munõz, a celebrar 70 anos de carreira, e Pedro Lamares, o ac-tor que interpretou Fernando Pessoa no Filme do Desassossego, de João Botelho, e que tem dedicado os últimos 10 anos à lei-tura de poesia. A partir das 18h30, os dois actores vão estar em diálogo com Fernan-do Pessoa e Ruy Belo.

:::TEATRO:::

Casamento em jogoAs decepções, alegrias, memórias e trai-ções que se revelam durante uma noite de conflito entre um homem e uma mu-lher são expostas em Casamento em jogo, peça de Edward Albee, em cena no Teatro Trindade, que tem como protagonistas Cucha Carvalheiro e Rogério Samora. No âmbito das Noites no Teatro temos bilhe-tes para a sessão de dia 7 de Junho, que será precedida por uma conversa com a encenadora Graça P. Corrêa. Gratuito para estudantes mediante marcação pré-via através do telefone 218 170 600.

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Casamento em Jogo

- A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat | Até 1 de Setembro | Casa Fernando Pessoa | http://mundopessoa.blogs.sapo.pt

- Play | Até Setembro | Galeria Quadrum | Rua Alberto Oliveira, Palácio dos Coruchéus 52 | 218 170 534

- M&M – MNAA/MUDE Artes e Design | Museu Nacional de Arte Antiga – até 2 de Outubro | MUDE – até 4 de Setembro | www.mude.pt

- A Voz das Vítimas | Até 5 de Outubro | Antiga Cadeia do Aljube | Rua Augusto Rosa, n.º 42, à Sé

- Duarte Pacheco – Do Técnico ao Terreiro do Paço | Até 23 de Novembro | Entrada livre | Instituto Superior Técnico de Lisboa | Átrio do pavilhão central | 218 417 622

MúSICA

- OutJazz | Até Setembro | Vários locais | Entrada livre | www.ncs.pt

TEATRO- Sonho de Uma Noite de Verão | Encenação de António Pires | Teatro do Bairro

OUTROS EVENTOS- Mais mercado em Campo de Ourique | Aos sábados, das 9h às 15h | Mercado de Campo de Ourique | Rua Coelho da Rocha