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1 Lista 1 Tecnologia e humanidade Por Danilo España Através do teclado do meu computador digito esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos um elo de comunicação; neste momento, somos ajudados pela tecnologia. A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acontece que para tudo um limite, e ainda que não faça tantos anos que a tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar a vida social e até mesmo a saúde. Não é o fato de vermos famílias inteiras ou grupos de amigos em um restaurante, por exemplo, imersos, todos, em seus celulares e tablets ultramodernos, sem conversar. também outras situações que nos mantêm reféns da modernidade: ter que olhar o e-mail diversas vezes por dia, acompanhar as atualizações das redes sociais, responder centenas de mensagens e depender de uma conexão de alta velocidade 24 horas por dia para satisfazer nossas curiosidades, buscar informações, cumprir tarefas, pagar contas, descobrir tendências, ideias, empresas, pessoas, etc. Mas como definir se a quantidade de contato que temos com a tecnologia chega a ser prejudicial? Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais para sobreviver em um modelo de sociedade em que o virtual está cada dia mais próximo do real. Descobrir um limite de interação com as tecnologias é algo individual, cada um deve buscar essa equação para respeitar sua própria natureza. Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis, ainda assim é o homem que as inventa, as cria, ou seja, todo potencial de sua criação está no homem. Possuímos a mais avançada tecnologia, a tecnologia natural, biológica, humana… ou seja, não podemos esquecer as funções que nosso corpo desempenha, a quantidade de informações que armazenamos, como conseguimos acessá-las a uma velocidade absurda, a capacidade de bilhões de cálculos, o potencial analítico que temos, autorregulações corporais, sentimentos, emoções, razão etc. A tecnologia evidentemente evolui, mas e a humanidade? Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa evolução tanto quanto da tecnologia? Precisamos de um movimento que valorize as características naturais do homem, que respeite seus limites e que trabalhe dentro de um nível de tolerância individual, considerando que somos diferentes, que suportamos coisas absolutamente distintas. Os talentos também são individuais, devem ser exercitados, desenvolvidos e o tempo que nos prendemos à tecnologia muitas vezes consome esses importantes momentos. Então que sejamos usuários da tecnologia e não seus escravos… Disponível em: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/o-que-te-motiva/2014/01/13/tecnologia-e-humanidade/ Acesso em:22out. 2015. Adaptado. 01. O tema do texto é a inserção da tecnologia na vida das pessoas na atualidade. Assinale a afirmativa que está em consonância com o posicionamento do autor acerca do tema. A) A tecnologia veio para ajudar a resolver os mais diversos problemas, por isso o desenvolvimento tecnológico deve ser sempre estimulado. B) É compreensível que o homem faça uso permanente das novas tecnologias, que elas geram resultados mais rápidos. C) A tecnologia mostra a evolução da humanidade, que o homem tem a melhor de todas as tecnologias, que é a natural, a biológica. D) O homem deve considerar as características funcionais de seu próprio corpo para planejar um uso individualizado, particular, das tecnologias. E) A tecnologia acelera as comunicações e torna-se, assim, a maior responsável pela interação entre os homens.

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1

Lista 1

Tecnologia e humanidade

Por Danilo España

Através do teclado do meu computador digito esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos

um elo de comunicação; neste momento, somos ajudados pela tecnologia.

A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera

resultados rápidos. Acontece que para tudo há um limite, e ainda que não faça tantos anos que a tecnologia

atingiu um certo ápice, existem pessoas comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar a

vida social e até mesmo a saúde.

Não é só o fato de vermos famílias inteiras ou grupos de amigos em um restaurante, por exemplo,

imersos, todos, em seus celulares e tablets ultramodernos, sem conversar. Há também outras situações que

nos mantêm reféns da modernidade: ter que olhar o e-mail diversas vezes por dia, acompanhar as

atualizações das redes sociais, responder centenas de mensagens e depender de uma conexão de alta

velocidade 24 horas por dia para satisfazer nossas curiosidades, buscar informações, cumprir tarefas, pagar

contas, descobrir tendências, ideias, empresas, pessoas, etc.

Mas como definir se a quantidade de contato que temos com a tecnologia chega a ser prejudicial?

Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais para sobreviver em um modelo de sociedade em que o

virtual está cada dia mais próximo do real. Descobrir um limite de interação com as tecnologias é algo

individual, cada um deve buscar essa equação para respeitar sua própria natureza.

Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis, ainda assim é o homem que as inventa, as

cria, ou seja, todo potencial de sua criação está no homem. Possuímos a mais avançada tecnologia, a

tecnologia natural, biológica, humana… ou seja, não podemos esquecer as funções que nosso corpo

desempenha, a quantidade de informações que armazenamos, como conseguimos acessá-las a uma

velocidade absurda, a capacidade de bilhões de cálculos, o potencial analítico que temos, autorregulações

corporais, sentimentos, emoções, razão etc.

A tecnologia evidentemente evolui, mas e a humanidade? Estamos evoluindo nosso lado humano e

tendo orgulho dessa evolução tanto quanto da tecnologia? Precisamos de um movimento que valorize as

características naturais do homem, que respeite seus limites e que trabalhe dentro de um nível de tolerância

individual, considerando que somos diferentes, que suportamos coisas absolutamente distintas. Os talentos

também são individuais, devem ser exercitados, desenvolvidos e o tempo que nos prendemos à tecnologia

muitas vezes consome esses importantes momentos.

Então que sejamos usuários da tecnologia e não seus escravos…

Disponível em: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/o-que-te-motiva/2014/01/13/tecnologia-e-humanidade/ Acesso em:22out.

2015. Adaptado.

01. O tema do texto é a inserção da tecnologia na vida das pessoas na atualidade. Assinale a afirmativa que

está em consonância com o posicionamento do autor acerca do tema.

A) A tecnologia veio para ajudar a resolver os mais diversos problemas, por isso o desenvolvimento

tecnológico deve ser sempre estimulado.

B) É compreensível que o homem faça uso permanente das novas tecnologias, já que elas geram resultados

mais rápidos.

C) A tecnologia mostra a evolução da humanidade, já que o homem tem a melhor de todas as tecnologias,

que é a natural, a biológica.

D) O homem deve considerar as características funcionais de seu próprio corpo para planejar um uso individualizado, particular, das

tecnologias.

E) A tecnologia acelera as comunicações e torna-se, assim, a maior responsável pela interação entre os

homens.

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2 02. Para perceber o que autor pensa sobre o assunto, o leitor pode prestar atenção a certas palavras ou

expressões selecionadas para o texto. Identifique, entre as opções abaixo, a alternativa em que a palavra ou

expressão destacada revela mais evidentemente uma visão do autor sobre o tema.

A) a tecnologia atingiu um certo ápice.

B) grupos imersos em tablets ultramodernos.

C) situações que nos mantêm reféns da modernidade.

D) o virtual está cada dia mais próximo do real.

E) o homem cria as tecnologias mais incríveis.

03. Releia:

“Através do teclado do meu computador digito esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos um

elo de comunicação; neste momento, somos ajudados pela tecnologia. A tecnologia nos ajuda em diversas

áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acontece que para tudo há um

limite (...)”.

O autor inicia o seu texto abordando o tema da tecnologia e citando algumas de suas vantagens, mas

introduz uma mudança de orientação argumentativa a partir do trecho:

A) Aqui criamos um elo de comunicação.

B) A tecnologia nos ajuda em diversas áreas.

C) (A tecnologia) facilita processos.

D) (A tecnologia) gera resultados rápidos.

E) Acontece que para tudo há um limite.

04. Em: “Há também outras situações que nos mantêm reféns da modernidade”, a palavra sublinhada

acrescenta ao trecho um sentido de

A) adição. B) alternância. C) contradição. D) explicação. E) consequência.

05. No quarto parágrafo, o autor emprega a expressão “essa equação” para referir-se ao segmento:

A) Descobrir um limite de interação com as tecnologias.

B) o virtual está cada dia mais próximo do real.

C) sobreviver em um modelo de sociedade.

D) Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais.

E) a quantidade de contato que temos com a tecnologia chega a ser prejudicial.

06. No trecho: “Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis, ainda assim é o homem que as

inventa”, o segmento sublinhado teria o mesmo sentido se fosse iniciado como em:

A) A fim de que busquemos as tecnologias mais incríveis...

B) Ao mesmo tempo em que buscamos as tecnologias mais incríveis...

C) Apesar de buscarmos as tecnologias mais incríveis...

D) Conforme busquemos as tecnologias mais incríveis...

E) Desde que busquemos as tecnologias mais incríveis...

07. Em: “A tecnologia evidentemente evoluiu, mas e a humanidade?”, o autor empregou a palavra destacada

para

A) aproximar duas ideias: „tecnologia‟ e „humanidade‟.

B) atenuar o efeito de oposição entre „tecnologia‟ e „humanidade‟.

C) destacar a informação anterior – a tecnologia evoluiu.

D) explicar um fato: a evolução da tecnologia e da humanidade.

E) opor dois segmentos de conteúdos distintos: afirmação e dúvida.

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3 08. “Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa evolução tanto quanto da tecnologia?”.

A escolha das formas verbais destacadas evidencia que o autor pretendeu indicar ações que

A) estão em andamento. B) estão por acontecer. C) mudaram de estado.

D) foram concluídas. E) não ocorreram.

[...] Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o

mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância

no mundo era João Teodoro.[...]

LOBATO, Monteiro. Um homem de consciência. Em: Cidades Mortas. São Paulo: Globo, 2008.

09. Observa-se que os adjetivos ―pacato, honesto, honestíssimo e lealíssimo‖ apontam qualidade de(o)

A) João Teodoro, qualidades positivas da personagem.

B) mundo enquanto contexto urbano e rural.

C) João Teodoro, homem individualista e autoritário.

D) João Teodoro, homem político, exigente e egocêntrico.

E) mundo, intensificando o homem brasileiro político e rural.

10. Essa propaganda visa convencer a sociedade de que o uso demasiado do celular é prejudicial ao convívio

familiar. Para tanto, a imagem dirige-se ao interlocutor por meio de estratégias argumentativas de

A) manipulação, ao detalhar os problemas familiares decorrentes do uso de tecnologia por jovens e crianças.

B) intimidação, ao evidenciar os castigos sofridos pelos filhos por causa do uso exacerbado de smartphones.

C) comoção, ao descortinar o esfacelamento da relação familiar ocasionado pelo uso demasiado do celular.

D) comparação, ao elencar as preferências da mãe e da filha no cotidiano do lar.

E) sedução, ao dirigir-se diretamente às mães para chamá-las à reflexão.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

A A A A A A A A A A

B B B B B B B B B B

C C C C C C C C C C

D D D D D D D D D D

E E E E E E E E E E

DESEMPENHO %

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Lista 2

Solidão pode matar tanto quanto a obesidade

Levantamento com dados de quase 4 milhões de pessoas aponta que viver (ou se sentir)

sozinho é bem mais prejudicial do que parece

Muito se fala sobre a prevalência e os prejuízos da obesidade. Mas uma análise apresentada na 125ª Convenção Anual da

Associação Americana de Psicologia alerta para outro mal pra lá de nocivo: a solidão.

De acordo com os condutores do trabalho — cientistas da Universidade Brigham Young, nos Estados

Unidos —, uma das principais ameaças nesse sentido seria o aumento do risco de morte prematura.

A pesquisa ocorreu em duas partes. Na primeira, 148 estudos foram avaliados, totalizando 300 mil

pessoas. Cruzando as informações dessa turma, os experts americanos concluíram que quem cultiva bons

relacionamentos interpessoais tem 50% mais chances de não falecer antes da hora em comparação com os

solitários.

Já a segunda etapa considerou os dados de aproximadamente 3,4 milhões de voluntários, divididos

em 70 pesquisas. Como era de se esperar, também houve uma clara relação entre a solidão ou o isolamento

social e o risco de morrer antes do tempo. Mas o que intrigou os experts foi o fato de esses problemas,

segundo o estudo, serem tão deletérios quanto a obesidade ou outras condições sérias de saúde.

O isolamento social é definido como pouco ou nenhum contato com outros indivíduos. A solidão,

por sua vez, é marcada pela falta de conexão emocional com os demais. Ou seja, é possível se sentir

sozinho, mesmo em meio a um mar de gente.

Durante a convenção em que essa revisão foi apresentada, a professora de psicologia Julianne HoltLunstad, uma de suas autoras,

destacou a relevância do achado para os que estão na terceira idade, quando a

falta de contato social é mais comum. Para ela, tal associação reforça a importância de investirmos em

iniciativas que promovam o engajamento e a interação desse público, como centros de recreação e jardins

comunitários. Vand Vieira. Disponível em:https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/solidaopode-matar-tanto-quanto-a-obesidade.Acesso em:22/01/2019. Adaptado.

01. Analisado globalmente, o Texto 1 tem o propósito principal de:

A) alertar sobre os prejuízos da obesidade para a saúde da população.

B) comparar as características clínicas da obesidade com as da solidão.

C) comunicar ao público em geral resultados de uma pesquisa científica.

D) divulgar a 125ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia.

E) relatar ações de interação entre idosos na Universidade de Brigham Young.

02. Analise as informações abaixo.

1) Os prejuízos da obesidade para a vida, ao contrário dos da solidão, são bem conhecidos.

2) Cientistas americanos concluíram que a obesidade, ao contrário da solidão, não tem relação com a morte prematura.

3) A solidão e o isolamento social têm conceitos semelhantes, mas resultam em consequências diferentes para o idoso.

4) A diminuição do contato social é mais frequente na velhice, por isso devem ser promovidas ações de interação entre idosos.

Estão em consonância com as informações do Texto:

A) 1, 2 e 3, apenas. B) 1 e 4, apenas. C) 2 e 4, apenas. D) 3 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4.

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5 03. Analise o trecho: “A pesquisa ocorreu em duas partes. Na primeira, 148 estudos foram avaliados (...). Já

a segunda etapa considerou os dados de aproximadamente 3,4 milhões de voluntários (...)”. Considerando a

sequência nitidamente temporal, conclui-se que se trata de um segmento

A) argumentativo. B) descritivo. C) expositivo. D) injuntivo. E) narrativo.

04. Acerca do sentido contextual de algumas palavras e expressões do texto, analise as afirmações abaixo.

1) Com a expressão destacada em: ―Mas uma análise (...) alerta para outro mal pra lá de nocivo‖ (1º parágrafo), o autor introduz uma

circunstância de lugar.

2) Em: ”Mas o que intrigou os experts foi o fato de esses problemas (...) serem tão deletérios quanto a

obesidade (...).”, o autor quer dizer: “Mas o que despertou a curiosidade dos especialistas foi o fato de esses

problemas serem tão danosos quanto a obesidade (...)”.

3) No trecho: “A solidão, por sua vez, é marcada pela falta de conexão emocional com os demais.”, (4º

parágrafo), o segmento sublinhado significa o mesmo que ―relação afetiva”.

4) No trecho: “a professora de psicologia Julianne Holt-Lunstad (...) destacou a relevância do achado‖, (5º

parágrafo) a palavra destacada significa ―descoberta”.

Estão CORRETAS, apenas:

A) 1 e 2. B) 1, 2 e 3. C) 1 e 4, D) 2, 3 e 4. E) 3 e 4.

05. No trecho: “(...) é possível se sentir sozinho, mesmo em meio a um mar de gente.”, o segmento

sublinhado estabelece, com o segmento que o antecede, uma relação semântica de

A) causa.

B) comparação.

C) concessão.

D) conformidade.

E) explicação.

06. Releia o título do texto: ―Solidão pode matar tanto quanto a obesidade‖. Nesse título, a forma verbal

destacada expressa:

A) possibilidade. B) dúvida. C) obrigatoriedade. D) permissão. E) comparação.

O Vilares

Havia, no colégio, três companheiros desagradáveis. Um deles era o Vilares. Menino forte, cara

bexigosa, com um modo especial de carregar e de franzir as sobrancelhas autoritariamente.

Parecia ter nascido para senhor do mundo.

No recreio, queria dirigir as brincadeiras e mandar em todos nós. Se a sua vontade não predominava,

acabava brigando e desmanchava o brinquedo.

Simplesmente insuportável. Ninguém, a não ser ele, sabia nada; sem ele talvez não existisse o

mundo.

Vivia censurando os companheiros, metendo-se onde não era chamado, implicando com um e com

outro, mandando sempre. (…)

Não tinha um amigo. A meninada do curso primário movia-lhe a guerra surda. E, um dia, os mais

taludos se revoltaram e deram-lhe uma sova.

Foi um escândalo no colégio. O vigilante levou-os ao gabinete do diretor. O velho Lobato

repreendeu-os fortemente. Mais tarde, porém, chamou o Vilares e o repreendeu também.

Eu estava no gabinete e ouvi tudo.

- É necessário mudar esse feitio, menino. Você, entre os seus colegas, é uma espécie de galo de

terreiro. Quer sempre impor a sua vontade, quer mandar em toda a gente. Isso é antipático. Isso é feio. Isso é

mau. Caminha-se mais facilmente numa estrada lisa do que numa estrada cheia de pedras e buracos. Você,

com essa maneira autoritária, está cavando buracos e amontoando pedras na estrada de sua vida.

E continuando:

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6

- Você gosta de mandar. Mas é preciso lembrar-se de que ninguém gosta de ser mandado. Desde que

o mundo é mundo, a humanidade luta para ser livre. O sentimento de liberdade nasce com o homem e do

homem não sai nunca. É um sentimento tão natural que os próprios irracionais o possuem. E louco será, meu

filho, quem tiver a pretensão de modificar sentimentos dessa ordem. Ou você muda de feitio, ou você muito

terá que sofrer na vida.

CORREA, Viriato. http://www.leituraseatividades.blogspot.com.br/p/textos-com-interpretacao.html

07. Sobre o texto, é CORRETO afirmar que relata um(a)

A) acontecimento comum do ambiente escolar, embora não possa ser corrigido com diálogo.

B) convivência escolar com uma pessoa autoritária e desagradável.

C) vivência escolar com parceria e liberdade agradáveis.

D) acontecimento corriqueiro do ambiente escolar sem autoritarismo.

E) convivência escolar inesperada entre funcionários de uma escola.

08. O texto apresenta uma temática observada nas escolas, que se encontra na alternativa

A) Autoritarismo D) Companheirismo entre os funcionários

B) Relação família e escola E) Relação de amizade entre os funcionários da escola

C) Inveja entre os profissionais da escola

09. Sobre o texto, analise as afirmativas a seguir:

I. O texto é predominantemente descritivo e argumentativo.

II. Trata-se de uma narração com trechos descritivos.

III. É uma narrativa, pois conta um fato que ocorre num ambiente escolar.

Está CORRETO o que se afirma em

A) I, II e III. B) II e III, somente. C) I e III, somente.

D) III, somente. E) I e II, somente.

FREITAS, D. Disponível em: http://esbocais.com.br. Acesso em: 11 ago. 2018 (adaptado).

10. Em relação aos impactos das Tecnologias de Informação e Comunicação na contemporaneidade, essa

tirinha faz uma crítica ao(à)

A) leitura obrigatória dos jornais on-line.

B) modo de vida anterior ao século 20.

C) realização constante de protestos na internet.

D) virtualização exagerada das relações humanas.

E) consumo desmedido no mercado virtual.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

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Lista 3

Cresce número de brasileiros que acessam internet pela TV

O celular é o principal meio de acesso dos brasileiros à internet. Entre 2016 e 2017, o porcentual de

pessoas que utilizavam o dispositivo para entrar na rede subiu de 94,6% para 97%, segundo pesquisa

divulgada nesta quinta-feira 20 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A presença do celular aumentou nos lares brasileiros de 92,6% para 93,2%. No período, a proporção

de casas com telefone fixo caiu de 33,6% para 31,5%.

Um dos destaques verificados pela pesquisa foi o aumento do uso de TVs para entrar no mundo

digital: atualmente, 16,3% dos brasileiros se conectam à internet a partir do equipamento, um avanço de 5%

em relação a 2016.

Já os computadores registraram uma queda de uso, segundo o IBGE. Em 2016, 63,7% dos brasileiros

utilizavam o equipamento para acessar a internet. No ano seguinte, o porcentual caiu para 56,6%.

O IBGE também registrou uma alta no número de domicílios com acesso à internet. Em 2017, 74,9%

dos lares brasileiros tinham acesso ao recurso. No ano anterior, eram 69,3%. Entre as pessoas que não

acessaram a internet no período da pesquisa, a falta de interesse (34,9%) foi a principal justificativa entre

moradores de áreas rurais e urbanas.

Em um ano, o número de usuários de internet no Brasil cresceu em mais de 10 milhões de pessoas.

Em 2016, 116,1 milhões podiam conectar-se. O número foi para 126,3 milhões em 2017. Hoje, 69,8% da

população brasileira tem acesso à internet.

O grupo de idosos foi o que mais registrou aumento percentual de novos usuários. Entre 2016 e

2017, o número foi de 24,7% para 31,1%. Mesmo assim, jovens da faixa etária de 20 a 24 anos são os que

mais têm acesso à internet (88,4%).

Atividades online

O que é que as pessoas tanto fazem na internet? A comunicação por aplicativos parece ser a principal

motivação. De acordo com a pesquisa, a maioria dos usuários (95,5%) diz que ―enviar ou receber mensagens

de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail‖ é sua principal atividade no mundo digital. A

modalidade que apresentou maior aumento foi a de ―conversar por chamada de voz ou vídeo‖, que passou de

73,3% para 83,8% entre 2016 e 2017.

As pessoas também estão usando cada vez mais a internet para ―assistir a vídeos, inclusive

programas, séries e filmes‖, de acordo com o IBGE. No período da pesquisa, o percentual saltou de 76,4%

para 81,8%. No lado oposto, enviar e receber e-mails foi a única atividade mapeada pelo IBGE que

apresentou um recuo entre 2016 (69,3%) e 2017 (66,1%).

A internet banda larga fixa está presente em 82,9% dos lares brasileiros, e a banda larga móvel em

78,3%. A parcela da população que usa conexão discada é mínima, de 0,6% em 2017.

Nos lares brasileiros com aparelhos de televisão, 79,8% tinham conversor (integrado ou adaptado)

para receber o sinal digital de televisão aberta. A parcela dos que não tinham nenhuma condição de acesso

ao sinal digital (conversor, antena parabólica ou televisão por assinatura) caiu de 10,3% (2016) para 6,2%

(2017).

(Revista Veja. 20.12.2018. Adaptado).

1. De acordo com a reportagem, dentre todas as atividades possíveis na internet,

(A) os percentuais de uso foram ascendentes, exceto, a troca de e-mails.

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8 (B) conversar por chamada de voz ou vídeo é a primordial função praticada pelos usuários.

(C) as oscilações percentuais entre 2016 e 2017 sempre estiveram acima dos 10%.

(D) os idosos foram os que mais acessaram o envio e recebimento de mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-

mail.

2. Entre todos os aparelhos citados pela reportagem, o que foi menos procurado pelos brasileiros para se

conectar à internet é o(a)

(A) tablet, que fora preterido pelo celular, visto que ambos têm funções semelhantes, embora o celular seja mais versátil por seu tamanho.

(B) computador, porque houve o registro de queda de uso entre 2016 e 2017.

(C) celular, pois, apesar de estar presente na maioria dos lares brasileiros, sua função é prioritariamente telefônica.

(D) televisão, ainda que tenha registrado crescimento entre as pesquisas.

3. Segundo a reportagem, a razão mais apontada para que as pessoas não tenham se conectado à internet em

2017 foi o

(A) desinteresse.

(B) não acesso à rede.

(C) valor dos pacotes de internet.

(D) desconhecimento.

(QUINO. Mafalda 3. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 48-49)

4. Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta.

(A) Mafalda fica surpresa por seu amigo Manolito gostar dos Beatles enquanto a maioria dos jovens não gosta.

(B) Manolito faz parte da grande parte da população jovem que não gosta dos Beatles.

(C) A história gira em torno de todos quererem saber o porquê de Manolito não gostar dos Beatles.

(D) Manolito é uma exceção à regra, pois, segundo Mafalda, todos os jovens gostam dos Beatles.

5. No segundo quadrinho, a conjunção “pois” que introduz a fala de Manolito poderia ser substituída,

apresentando sentido de oposição, por

(A) contudo. (B) logo. (C) como. (D) porquanto.

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9 6. Acerca do emprego da vírgula em “Manolito, você já ouviu o último disco dos Beatles?”, é correto

afirmar que

(A) separa um vocativo.

(B) separa oração justaposta assindética.

(C) separa oração que deve ser destacada.

(D) separa aposto.

7. O termo “pendores” no último quadrinho pode ser substituído, sem prejuízo de sentido e com as

correções gramaticais necessárias, por

(A) dramas.

(B) inclinações.

(C) perturbações.

(D) conceitos.

Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, disse adeus ao brilhar das açucenas em ter da vida alevantado o véu.

- Rosa tocada do cruel granizo cedo finou-se e no infantil sorriso passou do berço pra brincar no céu!

(Casimiro de Abreu, in Primaveras).

8. O tema do texto é:

A) A pureza de uma criança

B) O nascer de uma criança

C) A dor pela ausência de uma criança

D) O óbito de uma criança

Toda saudade é a presença da ausência de alguém, de algum lugar, de algo enfim. Súbito o não toma

forma de sim como se a escuridão se pusesse a luzir. Da própria ausência de luz o clarão se produz, o sol na

solidão. Toda saudade é um capuz transparente que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode

ver porque se deixou pra trás, mas que se guardou no coração.

(Gilberto Gil)

9. Por ―presença da ausência‖ pode-se entender:

A) Ausência insuportável

B) Ausência repugnante

C) Ausência notada

D) Ausência inapetente

Se as férias são o desagrado para o menino, pois são tempo para ficar em casa, sem livros, sem

viagens, um ou outro domingo na casa do tio Jorge, tão pobre quanto eles, o retorno às aulas também traz

pouca alegria. Não pelas aulas ou pelo estudo, que disso o menino gosta. O que lhe causa tanta aflição é a

falta de criatividade das professoras que, ano após ano, solicitam sempre a mesma tarefa no primeiro dia de

aula.

A professora entra na sala e (não importa que rosto tenha) apresenta-se, sorri e com uma voz de fada

de primeiro dia de aula, escreve no quadro a sentença detestável: Minhas férias.

RITER, Caio. Eu e o silêncio do meu pai. São Paulo: Biruta, 2011, p.82.

10. Tendo em vista a situação relatada no contexto da obra, infere-se a intenção do narrador de

a) criticar a tradição escolar que transforma a prática de produção textual em uma atividade sem sentido.

b) associar o pouco interesse pelo estudo à frustração com as atividades propostas no primeiro dia de aula.

c) explicitar a relação entre a condição econômica da família e a dificuldade de acesso a livros de qualidade.

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10 d) enaltecer os profissionais de educação que mesmo com parcos salários contribuem para o crescimento da educação no país.

e) questionar o senso comum que representa o período de férias como um momento de descanso das obrigações escolares.

Lista 4

Texto I

Fonte: adaptado de: RUAS, Carlos. Disponível em: <https://www.umsabadoqualquer.com/wpcontent/

uploads/2017/12/2971.jpg> Acesso em: 6 fev. 2018.

1. No texto de Carlos Ruas, a personagem compreendeu que colocar o ―arquivo na nuvem‖ era ligar o

computador diretamente na nuvem. Entretanto, ―colocar o arquivo na nuvem‖ trata-se de uma metáfora,

empregada pela personagem na forma literal. Nesse sentido, a personagem compreendeu a linguagem de

modo:

(A) conotativo. (B) denotativo. (C) poético. (D) emotivo.

2. No trecho: ―Tô tentando me atualizar e mexer nessa tecnologia humana. Mas ele pede para eu colocar os

arquivos na nuvem… E não tá funcionando‖, a palavra destacada é uma conjunção, termo invariável que

tem por função ligar orações ou termos. Assinale a alternativa CORRETA, cujo(s) elemento(s)

substitui(em) a conjunção e mantém o seu sentido.

(A) Na medida em que. (B) Se. (C) Por que. (D) Contudo.

3. Em: ―Tô tentando me atualizar e mexer nessa tecnologia humana [...] E não tá funcionando‖, os

elementos em destaque referem-se:

(A) à forma predominantemente padrão da escrita, abordada principalmente pela gramática da Língua Portuguesa do Brasil.

(B) às formas coloquiais do verbo ―estar‖ amplamente usadas na linguagem popular.

(C) às alterações realizadas pelo acordo ortográfico que começou a vigorar a partir do dia 1º de janeiro de 2013.

(D) à forma escrita culta do verbo ―estar‖, conjugado na primeira pessoa do plural.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

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11 Texto II

A terceira idade no mundo digital

Sabemos que o século XX presenciou um intenso desenvolvimento tecnológico. [...] Tais

avanços têm se refletido em diversos âmbitos sociais, ocasionando, assim, a reconfiguração das relações

sociais a das práticas cotidianas. Em função disso, o acesso ao mundo digital vem, continuamente, sendo

algo presente nas práticas das relações sociais em diversas faixas etárias. É nesse contexto que o uso do

computador e, consequentemente, o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação – TICs tem

crescido intensamente, sobretudo, no que tange ao público da terceira idade.

Durante muito tempo, a terceira idade, ou como muitos chamam: a velhice, era sinônimo de inércia,

de descanso, de ostracismo e de afastamento de diversos tipos de atividades. Diante disso, as pessoas

pertencentes a essa faixa etária não praticavam inúmeros tipos de atividades, tais como: lúdicas, esportivas,

etc, o que alçava esses sujeitos a um papel passivo nas práticas sociais do dia-a-dia. Contudo, nos últimos

anos, a sociedade tem passado por diversas modificações no âmbito das relações sociais, o que tem

acarretado reconfigurações nos papéis sociais. É nesse cenário, que a terceira idade passa a ser concebida

como uma faixa etária comum e que pode desempenhar seu papel/função social.

É nesse cenário, também, que muitos idosos têm se dedicado a diversos tipos de atividades, tais

como: esportes, atividades de lazer, cursos e, até mesmo, ao campo profissional. Em outras palavras, muitas

pessoas dessa faixa etária se inserem novamente no mercado de trabalho, ainda que já sejam aposentadas.

No entanto, um aspecto que se destaca nas novas práticas corriqueiras do dia-a-dia desse público diz respeito

ao acesso à informática e, por conseguinte, ao universo digital. Dentro dessa perspectiva, o acesso à internet,

às redes sociais, a recursos de entretenimento, o uso de e-mails, compras virtuais, cursos na modalidade

EaD, pagamentos de contas e outros recursos oriundos do âmbito digital têm feito parte da rotina cotidiana

da terceira idade. Essa utilização das TICs tem gerado inúmeros benefícios e facilidades para as mais

diversas faixas etárias e, acima de tudo, para a terceira idade. O que reforça a perspectiva do computador

como algo necessário.

Entretanto, o acesso ao mundo digital não se restringe aos benefícios da vida cotidiana, mas também

abrange benefícios cognitivos. Isto é, o fato de levar o idoso a utilizar a mente e o intelecto, produzindo,

assim, o conhecimento [dando sentido e elaborando significados a partir das informações recebidas]. Não se

pode negar que, para uma grande parte de pessoas pertencentes a esse público, a utilização desses artefatos

da informática ainda é um desafio. Dito de outra forma, o medo/ receio do novo e de algo contemporâneo é

algo compartilhado por diversas pessoas da terceira idade. Além disso, muitos são refratários à informática.

Contudo, a nova perspectiva do acesso ao universo digital por parte da terceira idade alça esse público à

condição de um sujeito ativo nas práticas cotidianas das relações sociais, o que transcende a perspectiva do

ostracismo. Fonte: adaptado de: SILVA, Silvio Profírio da. Disponível em: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/opiniao/noticia/2011/07/31/a-terceira-idade-no-mundodigital-

11626.php>. Acesso em: 6 fev. 2018.

4. Assinale a alternativa CORRETA, quanto à interpretação do texto.

(A) Os idosos têm utilizado, cada vez mais, os recursos tecnológicos, inserindo-se no meio digital.

(B) A terceira idade possui resistência às TICs, porque faz parte de uma geração antiga.

(C) O crescimento do uso das tecnologias leva os idosos a serem vítimas de golpes, principalmente, pelo uso crescente das redes sociais.

(D) Os idosos devem optar por atividades mais lúdicas, tais como jogos, e menos intelectuais, como as TICs.

“Durante muito tempo, a terceira idade, ou como muitos chamam, a velhice era sinônimo de inércia,

de descanso, de ostracismo e de afastamento de diversos tipos de atividades. [...] Contudo, a nova

perspectiva do acesso ao universo digital por parte da terceira idade alça esse público à condição de um

sujeito ativo nas práticas cotidianas das relações sociais, o que transcende a perspectiva do ostracismo.”

5. Assinale a alternativa CORRETA que pode manter o mesmo significado da palavra “ostracismo”

destacada.

(A) pedantismo - aquele que ostenta um conhecimento que não possui.

(B) isolamento - ato de se isolar.

(C) ceticismo - estado de dúvida permanente.

(D) maquinismo - aquele que não possui sensibilidade em relação ao mundo.

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12 6. No fragmento, presente no 4° parágrafo: ―Entretanto, o acesso ao mundo digital não se restringe aos benefícios da vida cotidiana, mas

também abrange benefícios cognitivos, assinale a alternativa CORRETA que corresponde à informação fornecida no texto para benefícios

cognitivos‘.

(A) Diante disso, as pessoas pertencentes a essa faixa etária não praticavam inúmeros tipos de atividades,

tais como: lúdicas, esportivas, etc.

(B) Isto é, o fato de levar o idoso a utilizar a mente e o intelecto, produzindo, assim, o conhecimento

[dando sentido e elaborando significados a partir das informações recebidas].

(C) É nesse cenário, que a terceira idade passa a ser concebida como uma faixa etária comum e que pode desempenhar seu papel/função

social.

(D) Em função disso, o acesso ao mundo digital vem, continuamente, sendo algo presente nas práticas das relações sociais em diversas faixas

etárias.

7. Sobre o diálogo estabelecido entre o texto I e o texto II, assinale a alternativa CORRETA.

(A) Retratam o uso das tecnologias por parte do público, pertencente à terceira idade.

(B) Tecem críticas negativas, relacionadas ao uso, principalmente, de computadores.

(C) Expõem, com humor, as dificuldades enfrentadas pelos idosos para se adaptarem às demandas contemporâneas.

(D) Criticam os idosos por não conhecerem os termos específicos usados na área da informática.

FOBIAS

Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo

de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo

do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de

médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto

de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses.

O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa.

Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver

se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o

travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de

personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura

de uma etiqueta, qualquer coisa.

Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a

minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia

tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, o sexo em todas

as suas formas, ação, paixão, violência ― e uma mensagem positiva. Recomendo "Gênesis" pelo ímpeto

narrativo, "O cântico dos cânticos" pela poesia e "Isaías" e "João" pela força dramática, mesmo que seja

difícil dormir depois do Apocalipse.

Mas, e quando não tem nem Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma

Amiga.

― Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...

― Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga. Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.

― Infelizmente, não tenho nenhuma revista.

― Não é possível! O que você faz durante a noite?

― Tricô.

Uma esperança!

― Com manual?

― Não.

Danação.

― Você não tem nada para ler? Na bolsa, sei lá.

― Bem... Tem uma carta da mamãe.

― Manda!

Fonte: Luís Fernando Veríssimo. Fobias. In: Comédias para se ler na Escola. Rio de Janeiro: Objetiva: 2001.

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13 8. Em relação ao texto, analise os itens a seguir.

I. Pode-se depreender da leitura do texto uma defesa da leitura e uma homenagem aos leitores, uma vez que

o autor mostra um leitor inveterado, desesperado por ler qualquer coisa.

II. Em: ―Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia(medo de espaços

abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) [...]‖, o termo em

destaque, na realidade, significa (medo de cores fortes).

III. Em: ―Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga [...].― Desculpe, cavalheiro,

mas o hotel não fornece companhia feminina...‖, o termo em destaque é entendido equivocadamente pela

telefonista, porque ela inferiu, preconceituosamente, que os homens não leem revistas femininas.

IV. A insônia é um dos motivos que torna o personagem do texto em questão tão dependente da leitura.

Assinale a alternativa CORRETA.

(A) Somente os itens I e II estão corretos. (B) Somente os itens I e IV estão corretos.

(C) Somente os itens II e III estão corretos. (D) Somente os itens III e IV estão corretos.

9. Em relação ao texto, marque a alternativa INCORRETA.

(A) O texto pode ser caracterizado como uma crônica uma vez que retrata, de maneira cômica, uma situação

cotidiana. No caso, a falta de algo para ler quando se está sozinho em um quarto de hotel.

(B) ―Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e

"Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, (...)‖, os termos em

destaque estão utilizados em sentido denotativo.

(C) Em: ―O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa.

Na falta dela, qualquer palavra serve.‖, o termo em destaque é um neologismo (criação de uma nova

palavra) alusivo a Gutemberg, alemão inventor da imprensa.

(D) Em: ―Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo

de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos) (...)‖, o termo em destaque foi definido

erroneamente, a definição correta seria (medo de resoluções imediatas).

10. Com o advento da internet e a popularização das tecnologias de comunicação e de informação na vida

pessoal e social, conhecimentos puderam ser desenvolvidos a partir das novas linguagens e dos novos códigos que foram gerados. Com base

nessa lógica, verifica-se um caráter de crítica

manifestado à coletividade pela tirinha, uma

vez que

a) há o reconhecimento da função e do

impacto social provocado pela internet para

determinar comportamentos na atualidade.

b) é estabelecida uma assimilação entre o uso

da internet como fator determinante para que

importantes conhecimentos fossem

desenvolvidos na sociedade. Disponível em: < http://www.chavalzada.com/2015/05/tirinhas-de-segunda_31.html#.WSx0NtQrJkg

>. Acesso em 25 maio de 2017.

c) evidencia-se a importância da internet como espaço onde conhecimentos de grande relevância ao mundo

puderam ser propagados.

d) ilustra-se, com as ações, o perigo que o ócio pode provocar a uma sociedade sem conexão à internet.

e) estão representados o primitivismo, a incoerência e o inconformismo manifestados em uma coletividade

restrita de acesso à internet.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

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14

Lista 5

A TV e a sua opinião

Em 2011, 59,4 milhões de domicílios brasileiros tinham televisão, o que equivale a 96,6% do total.

De longe, a televisão é o meio de comunicação mais difundido e utilizado.

[...]

A televisão é o meio de comunicação pelo qual se informa o maior número de pessoas. E muitos só

se informam pela televisão. Não leem jornais, revistas. Sua opinião, portanto, é formada com base nessas

informações. Sempre por trás de uma mensagem há alguém que a envia, e devemos nos perguntar por que

esse alguém nos envia essa mensagem e por que neste momento. A sincronia, por exemplo, entre a ampla

divulgação do julgamento do mensalão com as últimas eleições é uma dessas questões.

[...]

A televisão reduz os cidadãos à dimensão de meros consumidores. Não há análise de contexto, os

fatos não se inscrevem em lógicas mais amplas. Quando há programas de debates, estes são em altas horas,

não são para as massas. E mesmo assim os debatedores, em sua ampla maioria, se alinham com os interesses

das emissoras. Seus noticiários destacam o crime e a violência, disseminando o medo na população e

fazendo que esta aceite um mundo de arbitrariedades no qual, por exemplo, a polícia executa sumariamente

―suspeitos‖, consagrando a pena de morte na prática, sem qualquer julgamento, o que identifica o Estado

não só como cúmplice dos crimes, quando não como os próprios agentes da violação de direitos, mas

também como legitimador desse discurso televisivo. Se esses comportamentos se apresentam como a única

solução, se temos visões parciais, distorcidas, dos fatos, provavelmente teremos opiniões equivocadas sobre

eles.

(Silvio Caccio Bava, Le Monde Diplomatique Brasil, março de 2013.)

1. Nesse texto dissertativo argumentativo, o autor defende a tese de que

A] a televisão deixa todos os telespectadores alienados.

B] a televisão manipula a opinião de boa parte da população.

C] a maioria das pessoas somente se informa por meio da televisão.

D] a televisão dissemina o medo e a violência.

2. Analise as afirmativas abaixo referentes às ideias defendidas pelo autor.

I - A televisão impede que os telespectadores tenham acesso à leitura de jornais e revistas.

II - Os noticiários televisivos banalizam a violência, fazendo com que as pessoas se tornem submissas ao

medo.

III - Atrocidades cometidas pela polícia legitimam o Estado como agente da violência.

IV - A alienação promovida pela televisão inviabiliza a formação do pensamento crítico.

Estão corretas as afirmativas

A] I e II, apenas. B] I e III, apenas. C] II e IV, apenas. D] III e IV, apenas.

3. A propósito do título do texto, é INCORRETO afirmar:

A] O pronome possessivo, precedido de artigo definido, cria efeito de ambiguidade.

B] A ideia conclusiva apresentada no segundo parágrafo recupera a ambiguidade sugerida no título, esclarecendo-a.

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15 C] O título antecipa a tese defendida pelo autor.

D] Possibilita uma interpretação única, já que o pronome sua estabelece entre opinião e televisão relação deposse.

4. A fim de assegurar uma argumentação consistente, deve-se evitar generalização. Assinale o trecho em que

o autor recorre a uma estratégia a fim de fugir da generalização.

A] De longe, a televisão é o meio de comunicação mais difundido e utilizado.

B] ...os fatos não se inscrevem em lógicas mais amplas.

C] ...a polícia executa sumariamente “suspeitos”, consagrando a pena de morte na prática...

D] E mesmo assim os debatedores, em sua ampla maioria, se alinham com os interesses das emissoras.

5. Os advérbios ou locuções adverbiais são recursos da linguagem utilizados para indicar circunstâncias

referentes às ações verbais. Na coluna da esquerda, são apresentados advérbios destacados em passagens do

texto e na da direita, as circunstâncias sugeridas por esses recursos linguísticos. Numere a coluna da direita

de acordo com a da esquerda.

1 - Sempre por trás de uma mensagem ( ) Intensidade

2 - a polícia executa sumariamente “suspeitos” ( ) Dúvida

3 - provavelmente teremos opiniões equivocadas ( ) Tempo

4 - a televisão é o meio de comunicação mais difundido e utilizado ( ) Modo

Assinale a sequência correta.

A] 1, 2, 4, 3

B] 4, 3, 1, 2

C] 4, 2, 1, 3

D] 2, 1, 3, 4

(Disponível em http://www.google.com.br. Acesso em 22/03/2014.)

6. A respeito da linguagem empregada e o efeito pretendido pelo autor, assinale a afirmativa INCORRETA.

A] No último quadrinho, o autor usa a expressão tigela de tapioca morna no sentido denotativo, para criticar a posição de inferioridade a que

Calvin se submete diante da televisão.

B] No primeiro quadrinho, com o emprego dos verbos elevar, reduzir e aniquilar, o autor sugere efeito de degradação provocado pela televisão.

C] No segundo quadrinho, por meio da linguagem verbal e não verbal, o autor ironiza o efeito das propagandas televisivas sobre o

telespectador.

D] No primeiro quadrinho, o uso de substantivos abstratos sugere que os efeitos da televisão sobre as pessoas não são visivelmente

perceptíveis.

7. Assinale a frase em que a vírgula é usada com a mesma função que é empregada em Oh, Poderoso da

Mídia de Massa, primeiro quadrinho.

A] Lembre-se, caro amigo, de que a sua aprovação será muito comemorada por nós.

B] Cuiabá, capital de Mato Grosso, é habitada por pessoas de diferentes estados.

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16 C] As meninas, bem humoradas, chegaram cedo.

D] Ele pegou o livro, começou a folheá-lo, porém não o leu.

A conclusão é inevitável como um congestionamento na volta de um feriado: se tudo continuar como

está, vai faltar asfalto para tanto carro. A cada minuto, 152 novos automóveis deixam as fábricas do mundo

para ganhar as ruas. Em seis anos, serão 203. No Brasil, entre 2002 e 2012, o ritmo do aumento da frota foi

de seis vezes a taxa de crescimento da população urbana – enquanto o número de habitantes das cidades

cresceu 14%, a quantidade de automóveis aumentou 85%. [...] Até o início do século passado um luxo para

o deleite dos muitos ricos, o carro entrou na esteira da produção em série e saiu de lá transformado em sonho

– possível – das multidões. Agora, chega ao século XXI como o bode expiatório das metrópoles – culpado

não só pelo tormento dos engarrafamentos, mas pela poluição do ar, pela poluição sonora, pelo aquecimento

global e até pela obesidade das populações. De herói, virou vilão. Conseguirá escapar dessa encruzilhada?

(Revista Veja, 09 de abril de 2014.)

8. Usa-se linguagem informal e denotativa também para enfatizar uma ideia, como ocorre em

(A) vai faltar asfalto para tanto carro.

(B) Até o início do século passado

(C) taxa de crescimento urbano

(D) A conclusão é inevitável

9. As palavras que apresentam sentido oposto, como em De herói, virou vilão, são denominadas

(A) homônimas.

(B) sonônimas.

(C) homófonas.

(D) antônimas.

10. Sobre este cartum de Laerte, pode-se afirmar que o efeito humorístico

(A) está no fato de a imagem desnudar algo que os telespectadores não veem: a

desordem que é a mesa dos jornalistas.

(B) está no fato de a imagem mostrar uma espécie de ―falha nossa‖, pois houve

uma pane nos equipamentos de leitura dos jornalistas e eles ficaram sem saber o

que dizer diante das câmeras: um momento de constrangimento.

(C) advém do modo como os jornalistas foram retratados em suas posturas, como

se fossem dois robozinhos.

(D) é obtido pelo recurso da contradição entre o que os jornalistas dizem e o que

fazem. Imagens e palavras se contradizem.

(E) está na representação estereotipada dos apresentadores, feita sempre por um homem e uma mulher.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

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17

Lista 6

A Coreia é parecida com a Itália, comprida e estreita, cercada pelo mar em três de seus quatro lados.

Ao norte estão as montanhas, cobertas de neve no inverno, enquanto a leste se estende uma cordilheira

escarpada, de onde brotam rios curtos e caudalosos. No oeste, de frente para o Mar Amarelo e a costa

da China, existem enseadas frequentemente envoltas em neblina, cuja variação no nível das águas faz

os barcos amarrados nos ancoradouros encalharem na lama durante a maré baixa. Os coreanos haviam

recebido dos vitoriosos aliados a promessa de independência durante a Segunda Guerra Mundial. Não

foi fácil cumprir o prometido. Forças russas invadiram a Coreia do Norte nos últimos dias da guerra e a mantiveram sob seu domínio após a

rendição japonesa. A assembleia das Nações Unidas determinou a realização de eleições livres em todo o território coreano, a fim de escolher

um governo único, mas os norte-coreanos – com a benção soviética – se recusaram a obedecer. Assim, outra cortina de ferro surgiu: uma

democracia ao sul e um estado comunista fortemente armado ao norte. A Coreia do Norte planejava aproveitar-se de uma grande

fatia das ricas terras do sul. Ao amanhecer do dia 25 de junho de 1950, seus soldados e um grande contingente de tanques soviéticos

invadiram a Coreia do Sul, tomando rapidamente a capital Seul, perto da cortina de ferro. Os invasores ocuparam uma grande parte do país

antes que o exército norte-americano, então no Japão, pudesse levar socorro. Seria aquele o prelúdio de outras invasões comunistas em

territórios vulneráveis que se estendiam da Grécia até Hong Kong? A invasão da Coreia provocou uma intensa

angústia nas nações ocidentais. Após três anos, um armistício foi assinado. Coube uma região aos coreanos do norte e outra aos coreanos do

sul. Uma nova cortina de ferro separou a península e, até o fim do século, essa cortina continuava em seu lugar.

(BLAINEY Geoffrey. Uma Breve História do Século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 178).

1. De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – A política italiana é parecida com a coreana.

II – Na península coreana não há neve.

III – O nível das águas na península coreana contribui para uma navegação tranquila.

(A) Apenas o item I é verdadeiro.

(B) Apenas o item II é verdadeiro.

(C) Apenas o item III é verdadeiro.

(D) Apenas os itens I e II são verdadeiros.

(E) Nenhum dos itens é verdadeiro.

2. De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – Seul é a capital da Coreia do Norte.

II – A invasão da Coreia não preocupou os países ocidentais.

III – Depois de assinado um armistício, a Coreia foi dividida em duas partes.

(A) Apenas o item I é verdadeiro.

(B) Apenas o item II é verdadeiro.

(C) Apenas o item III é verdadeiro.

(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

(E) Apenas os itens II e III são verdadeiros.

3. De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – Geograficamente, Itália e Coreia são parecidas.

II – Forças russas invadiram a Coreia do Norte no final da Segunda Guerra Mundial.

III – A divisão entre as duas Coreias teve fim no final do século XX.

(A) Apenas o item I é verdadeiro.

(B) Apenas o item II é verdadeiro.

(C) Apenas o item III é verdadeiro.

(D) Apenas os itens I e II são verdadeiros.

(E) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

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18 4. De acordo com o autor do texto, assinale a alternativa correta:

I – A Assembleia das Nações Unidas determinou eleições livres em todo o território japonês.

II – Os coreanos do norte recusaram-se a obedecer às recomendações das Nações Unidas para realizar eleições livres.

III – Parte do território japonês foi devolvido a Hong Kong.

(A) Apenas o item I é verdadeiro.

(B) Apenas o item II é verdadeiro.

(C) Apenas o item III é verdadeiro.

(D) Apenas os itens I e II são verdadeiros.

(E) Apenas os itens II e III são verdadeiros.

5. De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – Os aliados prometeram que, após a Segunda Guerra, os japoneses seriam independentes.

II – O Exército russo invadiu a Coreia do Norte no começo da Segunda Guerra Mundial.

III – Na Coreia havia uma parte democrática e outra formada por um forte estado comunista.

(A) Apenas o item I é verdadeiro.

(B) Apenas o item II é verdadeiro.

(C) Apenas o item III é verdadeiro.

(D) Apenas os itens I e II são verdadeiros.

(E) Apenas os itens II e III são verdadeiros.

6. A palavra “escarpadas”, utilizada pelo autor, tem como sinônimo:

(A) íngremes.

(B) rasas.

(C) molhadas.

(D) leves.

(E) bonitas.

7. A palavra ―prelúdio‖, utilizada pelo autor na parte final do texto, tem como antônimo:

(A) início.

(B) começo.

(C) desfecho.

(D) anterioridade.

(E) saída.

RECEITA DE ANO NOVO

Carlos Drummond de Andrade

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

Disponível em: www.pensador.uol.com.br

8. Analisando-se o poema acima, tem-se como CORRETO que

A) como "cochila", grafa-se o termo " vechame".

B) as vírgulas entre os termos "meu caro" isolam o aposto.

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19 C) segundo Drummond, as mudanças dependem de uma coletividade.

D) como "mereça", escreve-se "floresça".

E) mudar não implica imprimir esforços pessoais.

"É permissível a cada um de nós morrer pela sua fé, mas não matar por ela." (Hermann Hesse)

9. Para Hesse,

A) a fé condiciona o ser humano à morte.

B) matar pela fé é algo não permitido ao indivíduo.

C) a fé concorre para libertar as pessoas da morte.

D) a opção pela morte é algo repudiado.

E) viver na fé ajuda a não nutrir desejos de vingança.

É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes

suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é

sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e

tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o

Brasil, ainda mais completa.

Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das

tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber.

As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no

dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada mais é do que a troca de

damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam,

também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de

bailar em francês.

SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado).

10. Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto

privilegia a descrição de

a) movimentos realizados durante a coreografia da dança.

b) personagens presentes nos festejos de São João.

c) vestimentas utilizadas pelos participantes.

d) ritmos existentes na dança da quadrilha.

e) folguedos constituintes do evento.

Lista 7

Como ensinar valores ao seu filho?

Segundo uma das definições mais aceitas na Educação, proposta pelo biólogo suíço Jean Piaget

(1896-1980), valores são investimentos afetivos. Isso quer dizer que, apesar de se apoiarem em conceitos,

estão ligados a emoções, tanto positivas quanto negativas. Educar para os valores é transmitir aos filhos ou

alunos ideias em que realmente acreditamos – por exemplo, que vale a pena ouvir enquanto outra pessoa

estiver falando. Ou que ficar muito tempo no chuveiro pode levar à falta de água para todos. Ou ainda que

cada um é responsável por seus atos.

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20

A transmissão de valores é uma das preocupações que todo pai tem ao educar. Como fazer isso no

dia a dia? Quais valores precisam ser passados? A escola pode ajudar? É natural que dúvidas acabem

surgindo: o assunto é sério. Sem transmitir valores humanos universais, não há como formar cidadãos éticos

e preparados para viver em sociedade. Apesar de não existirem respostas simples, é possível apontar

caminhos a serem seguidos, com o objetivo de amenizar alguns problemas de comportamento enfrentados

atualmente.

Indisciplina, rebeldia, birra infantil, envolvimento dos jovens com álcool e drogas e os insatisfatórios

níveis de aprendizagem estão entre as reclamações mais comuns das famílias (e das escolas). A pergunta que

fica é "como chegamos a esse ponto?". Para o psicoterapeuta e consultor organizacional José Ernesto

Bologna, a realidade de hoje é consequência das transformações que marcaram o século 20 – perda do papel

da religião como fonte de moralidade, desestruturação da família e, também, nascimento de um novo status

para o jovem, que passou a ser reconhecido como uma força social com vontade própria. "Ser jovem passou

a ser um ideal para toda a sociedade, mesmo para os idosos", afirma.

Muitos pais associam a educação fincada na moral e nos valores com autoritarismo e acreditam ser

isso um retrocesso ao conservadorismo. Educar para os valores é convidar alguém a acreditar naquilo que

apreciamos, como, por exemplo, respeitar o próximo. Não há valor que se sustente sem bons exemplos. Não

adianta os pais defenderem que a criança não pode agir como se ela fosse o centro do universo se eles

próprios o fazem em seu dia a dia.

Os pais podem pedir o apoio da escola? A educação requer informação e apoio, e a escola pode ser

um braço direito nessa questão. O problema é que muitos pais pedem socorro aos professores, mas nunca

abrem mão de suas próprias soluções. ―Cada vez mais, quando a escola toma medidas disciplinadoras, a

primeira providência dos pais é passar a mão na cabeça dos filhos, justificando seus atos e posicionando-se

contra a escola‖, reclama a diretora de um colégio de elite na zona sul de São Paulo.

A criança precisa perceber claramente que as regras são definidas por aquele que está no comando:

na escola, o professor; em casa, os pais. ―Família e escola precisam definir muito bem os seus códigos de

conduta e têm o dever de fazer com que sejam seguidos pelos jovens‖, afirma Flávio Gikovate, diretor do

Instituto de Psicoterapia de São Paulo. Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/ formacao-valores-413152.shtml Acesso em: 15 set. 2015. Adaptado.

01. O texto aborda a construção de valores na infância e, no 1º parágrafo, o autor se preocupa em

A) expor algumas dúvidas comuns sobre o tema.

B) trazer bons exemplos de comportamento infantil.

C) defender uma educação mais aberta para as crianças.

D) introduzir o assunto, a partir do significado de “valores”.

E) justificar sua afinidade com uma educação conservadora.

02. Com base na leitura do texto, compreende-se que o autor situa a educação das crianças em dois campos,

que são

A) o lar e a escola. B) o governo e os pais. C) os psicólogos e os pais.

D) os estudiosos e a escola. E) a comunidade e os pais.

03. Para conseguir maior credibilidade de seus leitores, o autor do texto tem como estratégia

A) o uso de argumentos polêmicos, como a questão religiosa.

B) a formulação de um título interessante e em formato de pergunta.

C) a elaboração de um texto estruturado em formas mais complexas.

D) a citação de autores famosos, como Jean Piaget e Flávio Gikovate.

E) o emprego de uma linguagem mais formal e com termos científicos.

04. No trecho: ―valores são investimentos afetivos. Isso quer dizer que, apesar de se apoiarem em conceitos, estão ligados a emoções‖ (1º

parágrafo), os sentidos do segmento destacado estão adequadamente mantidos em

A) embora sejam simbólicos, (...). B) ainda que sejam desejáveis, (...). C) por serem também racionais, (...).

D) se bem que nem todos admitam, (...). E) mesmo que se amparem na ciência, (...).

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21 05. No trecho: “Muitos pais (...) acreditam ser isso um retrocesso ao conservadorismo (...)” (4º parágrafo), o segmento destacado pode ser

substituído, sem alteração dos sentidos, por

A) uma busca do conservadorismo.

B) uma exigência do conservadorismo.

C) um receio de conservadorismo.

D) uma violência do conservadorismo.

E) uma volta ao conservadorismo.

06. Em: ―O problema é que muitos pais pedem socorro aos professores, mas nunca abrem mão de suas

próprias soluções (...)‖ (5º parágrafo), a palavra grifada introduz uma ideia de

A) adição. B) conclusão. C) explicação. D) negação. E) oposição.

"É PRECISO DIZER NÃO"

No passado, a família tinha um papel de formação ética do indivíduo. À escola cabia a transmissão

da cultura acumulada (tendo o professor no papel de centro de conhecimento) e uma parte da formação de

hábitos e atitudes.

Nas últimas décadas, porém, a escola vem assumindo praticamente sozinha um papel que, em

princípio, não deveria ser só seu: o de educar para a cidadania. Essa carga foi sendo despejada sobre a

instituição por uma série de motivos: a sociedade mudou, valores éticos se transformaram e muitos pais

ficaram inseguros com relação à formação dos filhos.

A missão de formar cidadãos produtivos, participativos, críticos e respeitosos não é nada fácil e está

sobrando muito mais para a escola, apesar de ela não ter condições de arcar sozinha com a responsabilidade.

Não que os pais estejam acomodados.

A pesquisadora carioca Tania Zagury afirma que mudanças pelas quais nossa sociedade passou nas

últimas décadas se refletiram nas relações familiares. “Os pais de hoje trabalham mais e passam menos

tempo com os filhos. A mãe, que antes ficava em casa e transmitia valores morais, agora trabalha fora e, em

27% dos casos, é arrimo de família. Quando chegam do trabalho, ambos estão cheios de culpa pela ausência

e, para minimizar esse sentimento, tornam-se muito permissivos, deixam de estabelecer limites e de ensinar

o que é certo e errado.”

Além disso, uma crise ética institucional com inversão de valores afetou negativamente as famílias.

Muitos pais temem que o filho perca os instrumentos necessários para se defender em uma sociedade que

privilegia os espertos e, por isso, tornam-se inseguros. Como consequência, acabam transferindo a

responsabilidade da educação moral dos seus filhos para os professores.

Muitos pais preocupam-se demais com a questão emocional, se os filhos vão ficar com algum

trauma, algum complexo ou com a autoestima abalada cada vez que eles lhes impõem limites. Muitos

tornam-se superprotetores, alegando que o tempo é escasso e que preferem curtir os filhos em vez de ficar

fazendo exigências. Mas esse tempo que sobra é precioso para a formação ética dos filhos. Nessas poucas

horas é preciso ter postura. É preciso fazer a criança entender que os pais se ausentam porque estão

trabalhando. E que trabalham porque querem dar segurança, saúde e educação aos filhos. A criança

compreende isso muito bem. Quando juntos, os pais devem dar atenção, carinho, amor e... educação aos

filhos.

A escola deve trazer a família cada vez mais para dentro da instituição para participar de encontros,

palestras, reuniões e troca de experiências com outros pais; assim, eles saem fortalecidos e sentem que não

estão sozinhos nessa luta. Pais e professores devem agir em conjunto. FALZETTA, Ricardo. Tanya Zagury. É preciso dizer não. Entrevista. Revista Escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/preciso-dizer-nao-423323.shtml Acesso em: 15 out. 2015. Adaptado.

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22 7. Observe como, no texto, se iniciam o primeiro parágrafo (No passado) e o segundo (Nas últimas décadas).

Essas expressões estabelecem entre os dois parágrafos um contraste que se baseia na ideia de

A) causa.

B) ênfase.

C) explicação.

D) negação.

E) tempo.

8. O texto aborda a formação ética do indivíduo e a responsabilidade dos pais e da escola nessa formação.

Sobre as ideias discutidas a respeito desse tema ao longo do texto, analise as afirmativas a seguir:

I. Nos dias atuais, a escola está mais preparada para enfrentar o desafio de educar para a cidadania do que os pais, já que eles estão mais

voltados para o trabalho.

II. As mudanças ocorridas na sociedade influenciaram fortemente as relações familiares, levando ao

surgimento de pais permissivos e inseguros.

III. É aceitável que pais que trabalhem demais queiram aproveitar o pouco tempo que têm com os filhos para

compensá-los, evitando, assim, traumas emocionais.

IV. A escola deve promover atividades que apoiem os pais e estes devem assumir o seu papel na educação

dos filhos, em vez de delegar exclusivamente à escola essa responsabilidade.

São ideias defendidas no texto, apenas:

A) I e II.

B) I e IV.

C) II e III.

D) II e IV.

E) III e IV.

9. Após a leitura do texto, concluímos que o título (É preciso dizer não) deve ser compreendido como uma

mensagem:

A) aos alunos – eles devem compreender que a escola é uma instituição responsável apenas pela transmissão

do ensino.

B) à escola – essa instituição não deve aceitar que os pais lhe imponham a responsabilidade de, sozinha,

educar as crianças.

C) aos filhos – eles devem saber exigir uma maior participação dos pais nas suas vidas.

D) aos pais – os pais devem saber impor limites aos filhos; só assim seus filhos se tornarão cidadãos de bem.

E) à sociedade – a sociedade deve promover meios para que os pais possam ter mais tempo com os filhos.

10. No cartaz, a combinação entre os elementos verbais e não verbais visa

A) demonstrar que as latinhas são as principais responsáveis pela poluição ambiental.

B) convencer o leitor a fazer doações financeiras às empresas da área da reciclagem.

C) atentar para a importância da relação entre reciclagem e sustentabilidade.

D) incentivar o leitor a tornar-se um profissional da área do meio ambiente.

E) dissociar a ideia da coleta seletiva do processo de reciclagem.

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23

Lista 8

O Dia Internacional da Paz foi instituído em 1981. A Assembleia das Nações Unidas decidiu, por

unanimidade, proclamar esse dia como um dia mundial da não violência, convidando os povos, organizações

e nações a desenvolverem práticas da paz em uma data comum, embora a construção de uma cultura da paz

seja um processo contínuo. Por vezes, para ter paz, é necessário incorrer no paradoxo de reclamar na rua,

como fizeram os povos do Egito, da Tunísia, da Líbia. Melhor fora que, no Brasil, tal não fosse preciso fazer

... mas será preciso assumir uma estratégia de não violência, seguir os princípios do mestre Mahatma

Gandhi: é possível lograr a paz através de uma “teimosia pacífica”.

A escola e a família podem exercer grande influência na formação da pessoa, mas a decisão final

depende da pessoa. É uma prática voluntária, fruto de opções. É bem conhecida a história que um velho

índio contava ao seu neto. Falava de um combate entre dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é

mau, o outro é bom. O neto perguntou: Qual o lobo que vence? O velho índio respondeu: Aquele que você

alimenta.

(PACHECO, J. Dicionário de valores. São Paulo: Edições Santa Maria, 2012.)

1. Qual a intencionalidade do texto?

(A) Convidar as pessoas de todo o mundo à prática da paz.

(B) Esclarecer como foi instituído o Dia Internacional da Paz.

(C) Mostrar que a prática da paz depende da opção de cada pessoa.

(D) Apontar exemplos de pessoas que contribuíram para a paz.

2. Qual trecho do texto apresenta ideia de concessão?

(A) Por vezes, para ter paz, é necessário incorrer no paradoxo de reclamar na rua, como fizeram os povos

do Egito, da Tunísia, da Líbia.

(B) a desenvolverem práticas da paz em uma data comum, embora a construção de uma cultura da paz seja

um processo contínuo.

(C) A escola e a família podem exercer grande influência na formação da pessoa, mas a decisão final

depende da pessoa.

(D) Falava de um combate entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.

3. Assinale a alternativa que apresenta o sentido da palavra paradoxo, utilizada em Por vezes, para ter paz, é

necessário incorrer no paradoxo de reclamar na rua.

(A) Paradigma

(B) Contradição

(C) Eclético

(D) Nexo

4. Vários são os fatores que possibilitam diferenças linguísticas entre os falantes do mesmo idioma, como

socioculturais, regionais, ocupacionais. Assinale a alternativa que apresenta INADEQUADA correlação

entre o falante e o seu modo de dizer.

(A) Professor → Então, galera, vamo junto, prestem atenção que eu vou repetir a explicação.

(B) Jogador de futebol → Vou pra China por causa do alto salário, pois a carreira acaba logo.

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24 (C) Menino de rua → Nois fomo no rio e pesquemo cinco pera e treis bagres.

(D) Palestrante → Os senhores têm consciência da magnitude desse assunto, tão polêmico e atual?

5. Bulas de remédio, instruções de prova, receitas culinárias, regras de jogos são textos pertencentes ao

gênero instrucional. Assinale a alternativa que apresenta características desse gênero textual.

(A) Linguagem oral, formal ou informal, presença de mediador, presença de ideias divergentes ou

polissêmicas.

(B) Presença de sonoridade e ritmo, linguagem com sentido figurado, versos agrupados em estrofes.

(C) Finalidade de informar as pessoas, uso de linguagem verbal e visual, uso da norma-padrão.

(D) Verbos geralmente no imperativo, expressando orientação ou ordem, linguagem objetiva, clara, uso da

norma-padrão.

Carro, para que te quero?

A ideia de que as ruas devem ser das pessoas e não dos carros ganha cada vez mais adeptos no

mundo. Marianne Borgen, prefeita de Oslo eleita em novembro deste ano, anunciou que a capital da

Noruega banirá veículos privados do centro da cidade em 2019. A meta faz parte de um plano de redução

dos gases de efeito estufa nos próximos cinco anos. O transporte coletivo ali já é consolidado e os moradores

adoram o centro, com o hábito de caminhar mesmo nos dias mais frios. A iniciativa faz coro com a de outros

grandes centros urbanos: Madri ampliou o perímetro restrito e cobra mais caro o estacionamento de carros

que poluem mais. Em setembro, depois de apresentar níveis alarmantes de poluição, Paris realizou seu

primeiro ―dia sem carro‖, limitando o acesso de veículos na região central. São Paulo, por sua vez, apostou

na construção de ciclovias, na redução da velocidade máxima e na abertura da Avenida Paulista aos

domingos.

(Revista Galileu, n.º 296.)

6. Sobre a construção argumentativa do texto, analise as afirmativas.

I - O título do texto é o primeiro argumento em favor do não uso de carros no centro das grandes cidades.

II - Oslo, Madri, Paris e São Paulo constituem exemplos para a tese apresentada na primeira frase do texto.

III - A tese apresentada no texto está fundamentada basicamente na questão da poluição.

IV - As ações propostas em Oslo e Paris constituem argumentos inconsistentes para a tese do texto.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II e IV, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II, III e IV.

Na galeria de tragédias evitáveis que o Brasil mantém insistentemente aberta, o quadro mais novo é

uma natureza morta. [...]

Os 62 bilhões de litros de rejeitos despejados na região pelo acidente levaram pouco mais de duas

semanas para percorrer 879 quilômetros até Linhares. Cento e vinte nascentes foram soterradas no caminho,

pelo menos doze pessoas morreram (onze continuam desaparecidas), outras 600 perderam suas casas e mais

de 300.000 tiveram o abastecimento de água prejudicado. Alguns especialistas levantam a hipótese de que a

região onde se encontrava o subdistrito de Bento Rodrigues vire um deserto. O resíduo de mineração é

tóxico, ou seja, nada mais crescerá por ali. A maior preocupação dos ambientalistas, no entanto, é mesmo

com a bacia do rio Doce, que abastece meio milhão de pessoas e já sofria com o assoreamento antes do

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25 desastre. Os rejeitos e a lama vindos da barragem devem agravar o problema, dificultando o acesso de

pescadores e a entrada de peixes que se reproduzem naquela área. Como a lama acaba com a transparência

da água, impedindo que a luz chegue ao fundo, e obstrui a absorção de oxigênio, ela sufoca os peixes, além

de bloquear a fotossíntese das plantas.

(Revista Veja, n.º 2.454.)

7. A reportagem aborda algumas das consequências desastrosas do rompimento da barragem de Fundão.

Qual fato NÃO pode ser considerado consequência imediata?

(A) Soterramento de nascentes de rios da região. (B) Prejuízo no abastecimento de água.

(C) Aniquilamento do subdistrito de Bento Rodrigues. (D) Desertificação da região.

8. No último período do texto, foi usada a palavra como, com determinado sentido. Assinale o período em

que essa palavra apresenta o mesmo sentido empregado no texto.

(A) Todos os cidadãos têm direitos iguais, como reza a Constituição Federal.

(B) Como havia muito poucos acionistas, a reunião da diretoria foi adiada para a semana seguinte.

(C) Como os meteorologistas previram, a região Sul do país está sofrendo com abundantes chuvas neste verão.

(D) Como informam os mais renomados analistas econômicos, o Brasil é o país que mais cobra impostos.

As diferentes situações em que o falante usa a língua obrigam-no a adaptá-la a fim de ser bem compreendido. Leia as falas apresentadas

abaixo.

► Brou, acho que esse negócio de pegar onda não é minha praia...

► O senhor poderia abrir a porta para mim, por favor?

9. Sobre as variedades linguísticas, assinale a afirmativa INCORRETA.

(A) Norma urbana de prestígio é a variedade empregada por pessoas com certa escolaridade em contextos

formais, como a segunda fala.

(B) Para reforçar a identidade e aumentar a ligação entre os membros, certos grupos criam palavras ou as

usam com sentido diferente, a exemplo da primeira fala.

(C) As variedades linguísticas ocorrem quando pessoas pouco escolarizadas tentam adequar sua fala ao

padrão culto da língua, como na primeira fala.

(D) Admitir apenas uma forma de uso da língua, desconsiderando as demais variedades, é um

comportamento denominado preconceito linguístico.

10. O impacto social das novas tecnologias de comunicação e informação na vida das pessoas é bastante

notável. Na tirinha, essa percepção se torna mais concreta quando o(a)

A) valor do produto é parcelado de maneira exagerada.

B) vendedor sugere o descarte da tecnologia logo depois de comprada.

C) empresa dificulta o acesso do indivíduo aos produtos tecnológicos.

D) vendedor anuncia que o produto será substituído por outro com defeitos.

E) vendedor emite, no terceiro quadrinho, uma opinião positiva sobre o produto.

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Lista 9

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar. Numa tarde da

semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente, apesar dos ouvidos tapados pela touca de

borracha e da cabeça na água, ouvi um estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo

invadida pela excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira. Não dava para

entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse querendo se comunicar: gritava, mas sem

angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas outras, uma babá e

uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não tinha dificuldade motora alguma, mas as três o

preparavam para entrar na água. Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos incompreensíveis não

duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais. Os dois meninos ficaram então pulando na água

e subindo pela escada – ótima brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação

parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso porque eles

gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados da autonomia de tirar chinelos e

camiseta. E, sobretudo, eram educados mal porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre

outros. Para os cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter uma cansativa

e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela ocasião (só uns gritos), mas a crença na

unicidade privilegiada da gente se transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre

“diferente” e extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. Adaptado)

1. Na opinião do autor, os garotos gritavam de maneira excessiva

(A) visto que estavam entediados na piscina.

(B) porque a água estava fria e pouco convidativa.

(C) pois haviam sido levados à piscina a contragosto.

(D) com o propósito declarado de irritar os adultos.

(E) para chamar a atenção das quatro mulheres.

2. Segundo o autor, os meninos eram ―educados mal‖, principalmente, porque

(A) seus responsáveis os deixaram sozinhos na piscina, sem vigiar seu comportamento, tornando-os

independentes de maneira precoce.

(B) eram considerados incapazes de se despir, o que os impede de adquirir as habilidades necessárias para

cuidar de sua vestimenta no futuro.

(C) os adultos vigiavam seus passos com demasiada austeridade, o que faz com que se transformem em

adultos inseguros e com baixa autoestima.

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27 (D) se recusavam a obedecer aos adultos, ignorando as regras que deveriam nortear suas brincadeiras, o que

formará indivíduos inescrupulosos.

(E) estavam sendo tratados como seres especiais, o que, no futuro, resultará na exigência de agir

continuamente como se fossem especiais.

3. Um antônimo para insensatos, destacado no primeiro parágrafo, é:

(A) ousados.

(B) despropositados.

(C) tolos.

(D) equilibrado.

(E) vigorosos.

4. Uma relação de comparação pode ser constatada no seguinte fragmento do texto:

(A) O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar. (1o parágrafo)

(B) De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira. (2o parágrafo)

(C) Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos. (3o parágrafo)

(D) Eles eram educados mal porque eram privados da autonomia de tirar chinelos e camiseta. (5o parágrafo)

(E) Para os cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter uma cansativa e barulhenta encenação de sua

unicidade. (5o parágrafo)

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela

internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos

tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde.

Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados

e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril

largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em

si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como

regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino

comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais

jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras

sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo

magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita

“perfeição” — exige

dinheiro, mais um obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam

com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma

moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer

outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia

explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a

das mulheres é a aparência”.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. Adaptado)

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28 5. De acordo com o texto, a preocupação com o corpo magro é

(A) histórica, pois nos séculos passados as musas cuidavam de suas curvas com especial atenção.

(B) recente, já que o padrão de beleza dos séculos passados valorizava os corpos mais gordos.

(C) fictícia, uma vez que esse padrão de beleza se circunscreve às idealizações feitas por artistas.

(D) elitista, porque a magreza é uma característica exclusiva dos ricos e inacessível aos muito pobres.

(E) recomendável, na medida em que tem resultado no cultivo de hábitos nutricionais mais saudáveis.

6. Conforme o texto, a lógica que dita os padrões de beleza leva em conta

(A) a dificuldade em se conquistar determinada forma física.

(B) a opinião exclusiva de homens dedicados à criação artística.

(C) as agências publicitárias, que sempre fizeram parte da história.

(D) o fato de que os indivíduos querem copiar os corpos da maioria.

(E) a importância conferida à relação entre aparência e personalidade.

7. Segundo o texto, a supervalorização do corpo magro tem como consequência

(A) a distribuição de alimentos menos gordurosos e, portanto, mais saudáveis à população.

(B) a aderência a dietas capazes de queimar calorias de maneira equilibrada e gradual.

(C) o gasto de verba pública em campanhas de esclarecimento para combater a obesidade.

(D) o consumo desmedido de alimentos industrializados, cada vez mais acessíveis ao consumidor.

(E) a grande probabilidade de moças entre 15 e 24 anos morrerem de anorexia.

8. No contexto do terceiro parágrafo, o uso das aspas em – ―perfeição‖ – sinaliza que esse ideal

(A) se vincula ao corpo que não passou por procedimentos cirúrgicos.

(B) pode ser conquistado por todos aqueles que fizerem uma dieta.

(C) está na mente dos artistas, não deve ser ligado à vida comum.

(D) é relativo, ou seja, varia conforme a época ou os indivíduos.

(E) representa uma preocupação restrita a modelos profissionais.

9. No trecho – Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se

preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. (4o parágrafo) – o termo já sugere que a

preocupação com o peso entre as estudantes brasileiras é

(A) tranquilizadora.

(B) contornável.

(C) insignificante.

(D) superficial.

(E) precoce.

10. Na campanha publicitária divulgada por uma rede de fast-food, os recursos argumentativos

visuais e verbais objetivam, principalmente,

A) informar sobre a dependência de pessoas a tratamentos químicos diversos e custosos.

B) fazer com que sejam mais constantes o apoio e as doações à instituição beneficente.

C) sensibilizar os cidadãos a entenderem o funcionamento de campanhas contra o câncer.

D) comover o público do restaurante para que compreendam as consequências da doença.

E) quantificar pessoas e empresas que ajudam causas nobres como o combate ao câncer.

Disponível em: <http://www.casaronald.org.br>. Acesso em: 25 maio 2017.

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29

Lista 10

Neocolonizados

O Brasil venceu as Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 com elencos compostos exclusivamente

de jogadores que atuavam no país. A seleção de 1982, que não ganhou, mas é lembrada como tão boa quanto

as vitoriosas antecessoras, tinha apenas Falcão, do Roma, e Dirceu, do Atlético de Madrid, atuando no

exterior.

[...]

Nos anos 1990, a balança começou a pender em favor dos exilados, mas com resultados ainda

moderados. A vitoriosa seleção de 1994 tinha exatos onze jogadores de fora contra onze do país. E a de

2002, outra vitoriosa, ainda apresentou uma reação ―dos de dentro‖, com treze deles sobrepujando os dez

“estrangeiros”. [...]

De lá para cá, a predominância dos ―estrangeiros‖ tornou-se massacrante. Na Copa de 2010, apenas

três, dos 23, jogavam no Brasil; na de 2014, apenas quatro; e na atual, de novo, apenas três. [...] Jogador de

futebol do Terceiro Mundo é um refugiado de natureza diversa dos que fogem da África de balsa, mas não

deixa de ser um refugiado. Seu destino é fugir do país de origem. Os que não conseguem viram perdedores

no jogo da vida. Eles não apenas vão embora como isso acontece cada vez mais cedo. [...]

No tempo das nossas primeiras vitórias, éramos a potência no futebol e os europeus, os

subdesenvolvidos. Hoje, graças ao empenho dos empresários e dos dirigentes, e a mão amiga da crônica

esportiva, deixamo-nos docemente colonizar, aperfeiçoando-nos no papel de fornecedores de matéria-prima. [...] Os meninos amantes do

futebol hoje valorizam mais as camisas dos times europeus que a dos brasileiros

e escolhem entre eles aquele para o qual torcer. Falta pouco para atingirmos a perfeição: manter apenas as

escolinhas de futebol e categorias de base, para alimentar os mercados desenvolvidos, e abolir os decadentes

clubes e campeonatos de profissionais.

(POMPEU DE TOLEDO, R. Neocolonizados. Revista Veja, ed. 2587.)

1. Sobre o texto, assinale a afirmativa correta.

(A) São chamados jogadores estrangeiros na seleção brasileira os que se naturalizaram brasileiros, vindos da

Europa.

(B) Há mais de 30 anos, as seleções brasileiras de futebol eram compostas por jogadores que atuavam

praticamente só no Brasil.

(C) O articulista abomina a ideia de acabarem os campeonatos de futebol profissional no Brasil.

(D) Apesar de o Brasil ainda ser uma potência no futebol, segundo o autor, os dirigentes preferem investir

nas escolinhas de base do futebol.

2. O título do texto é muito importante para entender o ponto de vista defendido pelo articulista. Qual frase

do texto expõe claramente esse ponto de vista?

(A) Jogador de futebol do Terceiro Mundo é um refugiado de natureza diversa dos que fogem da África de

balsa, mas não deixa de ser um refugiado.

(B) Hoje, graças ao empenho dos empresários e dos dirigentes, e à mão amiga da crônica esportiva,

deixamo-nos docemente colonizar, aperfeiçoando-nos no papel de fornecedores de matéria-prima.

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30 (C) Falta pouco para atingirmos a perfeição: manter apenas as escolinhas de futebol e categorias de base,

para alimentar os mercados desenvolvidos, é abolir os decadentes clubes e campeonatos de profissionais.

(D) O Brasil venceu as Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 com elencos compostos exclusivamente de

jogadores que atuavam no país.

3. As conjunções, ao ligarem palavras ou orações, estabelecem relações de significado entre elas. A coluna

da esquerda apresenta significado de conjunções e a da direita, trechos do texto que trazem esses

significados. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 – Adição ( ) Nos anos 1990, a balança começou a pender em favor

dos exilados, mas com resultados ainda moderados.

2 - Finalidade ( ) Eles não apenas vão embora como isso acontece cada

vez mais cedo. [...]

3 - Oposição ( ) Os meninos amantes do futebol hoje valorizam mais as

camisas dos times europeus que a dos brasileiros

4 – Comparação ( ) Falta pouco para atingirmos a perfeição: manter apenas

as escolinhas de futebol e categorias de base, para

alimentar os mercados desenvolvidos

Assinale a sequencia correta.

(A) 3, 1, 4, 2 (B) 2, 4, 3, 1 (C) 3, 2, 1, 4 (D) 2, 3, 1, 4

SANGUE DE BARATA

Passei por um casal discutindo num ponto de ônibus. A moça estava uma arara, mas aludiu a

outro bicho: ―Não tenho sangue de barata!‖ gritava ela pra justificar seu destempero. Passei reto, mas

encasquetei: barata teria sangue mesmo? Pelo que pesquisei, tem uma gosma chamada hemolinfa que

não apresenta pigmentos como a hemoglobina, e por isso é transparente e não conduz sensibilidade até o

coração, como acontece com os seres humanos. Daí o surgimento da expressão popular “ter sangue de

barata”, que significa que a pessoa não reage quando é atingida, fica apática. Não ter sangue de barata é

uma virtude. Seres humanos são reagentes por natureza, lutam pelos seus desejos, brigam por suas

ideias, inflamam-se. Porém, fiz um rápido flashback dos momentos em que eu deveria ter feito a casa cair,

soltado os cachorros e demais reações de quem tem sangue de verdade correndo nas veias, e concluí que tenho uma infeliz familiaridade com

o tal inseto.

Minha sensibilidade alcança o coração, lógico, mas não provoca grandes curtos-circuitos. [...]. Nasci

pouco antes de completar os nove meses de gestação e deve ter sido essa pressa em existir que me fez chegar

aqui incompleta. Não deu tempo de incluir a raiva no meu DNA. Amo, sofro, choro, me frustro, me encanto,

me assusto, me emociono e cometo seis dos sete pecados capitais, menos a ira, que faltou no meu código

genético.

Tenho, pois, sangue de barata.

Por um lado, é útil. [...]. Não chego a ser o sonho do Procon: reivindico meus direitos legais, mas

quando o caso é de discordância ou falta de sintonia, simplesmente sumo, desapareço. Prefiro tratar da

minha vida a vencer uma discussão. Pode não ser nobre, mas só eu sei o que essa inclinação para a paz me

devolve em benefícios, e não são poucos. Quase tudo que conquistei na vida (desconte o exagero) foi por ter

sangue de barata. O silêncio em meio a discussões estéreis, a confiança de que as pessoas cansarão se eu não

der corda para suas maluquices, a compaixão por quem não tem condição de expandir-se, a calma diante de

provocações, a tolerância com alguns desaforos e a paciência para aguardar a hora exata de cair fora.

Falando nisso, o que o Brasil mais tem feito é testar o meu sangue de barata. Não creio que mudarei de

tática, mas a continuar o avanço do nosso atraso, a barata pode voar.

(Martha Medeiros. Adaptado de: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de outubro de 2017.)

4. Em relação ao texto, analise as afirmativas.

I - Há um narrador em 1.ª pessoa do singular.

II - Os eventos temporais retratados no texto referem-se ao passado e presente do narrador.

III - O evento inicial, casal discutindo na rua, serve como um gatilho para a reflexão proposta pelo narrador.

IV - O narrador reconhece os fatos da história e pode ser classificado como narrador-observador.

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31 Estão corretas as afirmativas

[A] II, III e IV, apenas.

[B] I, II e III, apenas.

[C] I e IV, apenas.

[D] II e III, apenas.

5. A expressão popular ter sangue de barata, no texto, está associada à

[A] falta de reação, apatia, virtude.

[B] raiva, desespero, violência.

[C] vingança, brigas, discussão.

[D] insensibilidade, insegurança, solidão.

6. A autora afirma que tem sangue de barata e aponta como causa para esse fator

[A] ter nascido antes dos nove meses de gestação, não tendo tempo suficiente de inserir o sentimento de raiva em seu DNA.

[B] dedicar mais tempo a cuidar da sua vida do que a vencer discussões.

[C] exigir seus direitos no Procon quando algo não está certo.

[D] as conquistas que fez na vida, ao não se envolver com problemas alheios.

7. Assinale a alternativa em que os dois termos destacados NÃO apresentam o mesmo tempo verbal.

[A] A moça estava uma arara - barata teria sangue mesmo

[B] Passei por um casal discutindo – Pelo que pesquisei

[C] Seres humanos são reagentes por natureza, lutam por seus desejos – brigam por suas ideias

[D] A confiança de que as pessoas cansarão – Não creio que mudarei de tática

Brasileiro diz que juventude acaba aos 37 e velhice começa aos 64

A velhice de hoje não é mais o que era antigamente. Demógrafos deixaram de contar só os anos

desde o nascimento, antropólogos veem uma reinvenção da velhice, valores que valiam antes hoje não têm

mais valor, e pergunte aos brasileiros com que idade ficamos velhos: as respostas vão de 14 a 130 anos.

Na média, segundo a população, a velhice começa aos 64. Com tamanha amplitude de números,

convém também olhar o que aparece no meio (mediana), que é 60. A cada 10 pessoas, porém, 1 delas não

sabe dizer quando é que envelhecemos. (...)

O próprio significado da faixa etária precisa ser ajustado a cada época, defende uma corrente de

demógrafos voltada à formulação de políticas públicas.

Nos cálculos de Sergei Scherbov, diretor de demografia do IIASA (International Institute for Applied

Systems Analysis) e um dos principais especialistas mundiais em medida de populações, os 60 podem ser os

novos 50. Em vez de contar o número de anos já vividos, Scherbov olha para quantos anos de vida ainda

falta viver.

Para um australiano de 62 nos anos 2000, seriam mais 19 anos e meio. Em 1950, para ter a mesma

sobrevida, teria que ser oito anos mais novo. "Tratar do envelhecimento com base apenas na idade

cronológica é incompleto e inadequado", diz Scherbov.

O que os demógrafos estão fazendo é dar novo significado ao fato de que, na maioria dos países, há

cada vez mais gente vivendo cada vez mais. No Brasil do ano 2000, por exemplo, havia 9,7 milhões de

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32 brasileiros com 65 anos ou mais, e eles eram menos de 6% da população. O número dobrou para 17,6

milhões em 2017, e a fatia superou 8%.

Em 2030, 30 milhões de brasileiros (ou 13% do total) estarão acima dos 65 anos, na estimativa do

IBGE. Sinal de que o país está cada vez mais velho? Para quem conta anos já vividos, sim. Mas, para quem

olha a vida que resta, a juventude e a maturidade se alongam, e haverá mais gente ainda ativa.

(Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano. Acesso em: 27 de novembro de 2017.)

8. De acordo com o texto, analise as afirmativas.

I - As definições de idoso e faixa etária estão sendo reconfiguradas, visto que a população tem vivido mais, a cada época.

II - De acordo com os dados numéricos, os brasileiros estão ficando cada vez mais jovens, por isso é considerado idoso aquele que passa dos

60 anos.

III - A mudança de paradigma de se contar os anos vividos para se contar os anos que ainda restam alonga a maturidade e cria um novo

mercado ativo.

IV - A velhice de hoje não é mais o que era antigamente, porque atualmente os australianos tornam-se idosos a partir dos 62 anos.

Estão corretas as afirmativas

[A] I e II.

[B] III e IV.

[C] I e III.

[D] II e IV.

9. Os conectivos funcionam como termos que ligam palavras, orações, partes do texto, estabelecendo

diversos sentidos. Assinale a alternativa em que o valor semântico NÃO corresponde ao que o conectivo

representa:

[A] [...] segundo a população, a velhice começa aos 64 → causa

[B] Demógrafos deixaram de contar só os anos desde o nascimento → tempo

[C] [...] 30 milhões de brasileiros (ou 13% do total) → alternância

[D] A cada 10 pessoas, porém, 1 delas não sabe dizer quando é que envelhecemos → adversidade

10. O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo

diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama, infere-se

que esse novo consumidor sofre influência da

a) cultura do comércio eletrônico.

b) busca constante pelo menor preço.

c) divulgação de informações pelas empresas.

d) necessidade recorrente de consumo.

e) postura comum aos consumidores tradicionais.