139
1 FAPESP PROGRAMA BIOTA/MICRO-ORGANISMOS LISTA COMENTADA DOS VÍRUS DE PLANTAS DESCRITOS NO BRASIL (1911-2013) Coordenação: E. W. KITAJIMA Dept. Fitopatologia e Nematologia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo INTRODUÇÃO Esta listagem tenta arrolar todos os vírus e viróides detectados e descritos no país, em plantas cultivadas e/ou da vegetação espontânea, e foi baseada nas publicações disponíveis sobre o assunto, em periódicos ou relatos feitos em congressos, no país e no exterior, por pesquisadores nacionais ou estrangeiros. Ela não é permanente e deverá sofrer contínuas alterações (adições, deleções, edições, etc.), quando necessárias, contando com informações fornecidas pelos especialistas do país. Estará à disposição da comunidade científica on line no site do Programa Biota. A listagem básica foi feita em ordem alfabética da espécie ou gênero das plantas, nas quais os vírus foram encontrados naturalmente infetando-as. Em cada caso, faz-se um pequeno comentário sobre sintomas, local de ocorrência e outras informações que foram julgadas pertinentes, além de referências de onde os dados foram extraídos. Para viroses das espécies cultivadas mais importantes, contou-se com apoio de especialistas para sua edição. Não são consideradas plantas experimentalmente infectadas. Acham-se à disposição dos interessados também listagens auxiliares: (a) Sobre a ocorrência destes vírus por unidades da federação; (b) Por vírus, seguindo a mais recente taxonomia dos vírus, de acôrdo com o International Committee of Taxonomy of Viruses (ICTV); (c) Listagem dos virologistas brasileiros e suas instituições, incluindo os aposentados e falecidos; (d) E last but not least, uma listagem das publicações sobre vírus de plantas, ano por ano, a partir de 1911 até 2013. Obviamente estas listagens não são perfeitas e devem haver omissões e equívocos, que este coordenador espera sejam reparados, contando com a ajuda da comunidade para indicar as correções necessárias, que serão introduzidas na medida que forem sendo recebidas. Deve-se mencionar que muitas destas informações foram revisadas por colegas virologistas especializados em determinadas culturas.

Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

1

FAPESP

PROGRAMA BIOTA/MICRO-ORGANISMOS

LISTA COMENTADA DOS VÍRUS DE PLANTAS DESCRITOS NO BRASIL

(1911-2013)

Coordenação: E. W. KITAJIMA

Dept. Fitopatologia e Nematologia, Escola Superior de Agricultura Luiz de

Queiroz, Universidade de São Paulo

INTRODUÇÃO

Esta listagem tenta arrolar todos os vírus e viróides detectados e descritos

no país, em plantas cultivadas e/ou da vegetação espontânea, e foi baseada nas

publicações disponíveis sobre o assunto, em periódicos ou relatos feitos em

congressos, no país e no exterior, por pesquisadores nacionais ou estrangeiros. Ela

não é permanente e deverá sofrer contínuas alterações (adições, deleções, edições,

etc.), quando necessárias, contando com informações fornecidas pelos especialistas

do país. Estará à disposição da comunidade científica on line no site do Programa

Biota. A listagem básica foi feita em ordem alfabética da espécie ou gênero das

plantas, nas quais os vírus foram encontrados naturalmente infetando-as. Em cada

caso, faz-se um pequeno comentário sobre sintomas, local de ocorrência e outras

informações que foram julgadas pertinentes, além de referências de onde os dados

foram extraídos. Para viroses das espécies cultivadas mais importantes, contou-se

com apoio de especialistas para sua edição. Não são consideradas plantas

experimentalmente infectadas. Acham-se à disposição dos interessados também

listagens auxiliares: (a) Sobre a ocorrência destes vírus por unidades da federação;

(b) Por vírus, seguindo a mais recente taxonomia dos vírus, de acôrdo com o

International Committee of Taxonomy of Viruses (ICTV); (c) Listagem dos

virologistas brasileiros e suas instituições, incluindo os aposentados e falecidos; (d)

E last but not least, uma listagem das publicações sobre vírus de plantas, ano por

ano, a partir de 1911 até 2013. Obviamente estas listagens não são perfeitas e

devem haver omissões e equívocos, que este coordenador espera sejam reparados,

contando com a ajuda da comunidade para indicar as correções necessárias, que

serão introduzidas na medida que forem sendo recebidas. Deve-se mencionar que

muitas destas informações foram revisadas por colegas virologistas especializados

em determinadas culturas.

Page 2: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

2

1. LISTAGEM POR ESPÉCIE DA PLANTA HOSPEDEIRA

As plantas acham-se dispostas em ordem alfabética por espécies ou gêneros.

Incluem-se o nome científico completo com autoridades, nome vulgar (quando

disponível) e família botânica. Para a correta menção dos nomes científicos, aqueles

indicados nas publicações foram confrontados com os nomes do site “International

Plant Name Index” e outros índices. Dentro de cada espécie citada, os vírus acham-se

listados pelo gênero, em ordem alfabética, e dentro do gênero pelo nome da espécie em

inglês (nomeclatura oficial- grafado em itálico, quando o vírus acha-se incluído na lista

oficial do International Committee on Taxonomy of Viruses- ICTV, e grafia normal,

quando ainda aguarda este fato). A sequência dos gêneros/espécies de vírus dentro de

cada espécie botânica segue a da listagem dos vírus feita pelo ICTV em 2011. Os nomes

dos vírus, sempre que factível, encontram-se seguidos da sua tradução para o portugês,

visando à divulgação das viroses pelos extensionistas aos produtores. Há também

muitos casos em que o vírus não se acha identificado, sendo considerado possível

integrante de um gênero (p.ex. Potyvirus, Tospovirus, etc.), e neste caso encontram-se

listados como “sem identificação”. Incluem-se casos mais antigos, em que há suspeitas

de viroses, sem trabalhos complementares para confirmação, e que se acham incluídos,

como “possível virose” para fins de registro histórico, aguardando novos registros e

identificações.

A

Abelmoschus esculentus Moench (quiabo) Malvaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

Sintomas de mosaico amarelo em folhas de quiabeiro, foram identificados como

causados pelo AbMBV. Esta virose está comumente presente nesta cultura, mas em

baixa incidência em SP (1). A cv. Chifre de Veado, seleção Sta. Cruz 47 desenvolvida

na UFRRJ mostrou alta resistência a AbMV (2). Constatado em Manaus, AM (3). Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955; (2) Sudo, S. et al. Fitopatologia 9: 72;

1974; (3) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633. 1979

Sida micrantha mosaic virus (SimMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Detectado em GO e DF em quiabeiros com sintomas de mosaico em quiabeiro.

Agente causal caracterizado como SimMV (1) Ref.: (1) Aranha, A.S. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 14. 2011.

Abutilon striatum Dicks (Lanterninha-japonesa, sininho, campainha) Malvaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV) vírus do mosaico do abutilon

A primeira descrição da clorose infecciosa foi feita em S.Paulo, SP, por

Silberschmidt (1), mas acha-se disseminada praticamente em todo país. O agente causal

foi referido como vírus do mosaico do abutilon. Verificou sua não-transmissibilidade

por sementes e obteve-se transmissão por enxertia (de Abutilon para Abutilon e para

Sida spp.) concluindo que os vírus que infetam estes gêneros seriam essencialmente os

mesmos. Demonstrou-se experimentalmente que a mosca branca Bemisia tabaci

Page 3: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

3

transmite este vírus (2, 3). AbMBV tem sido encontrado infetando naturalmente várias

outras espécies de malváceas e de outras famílias, incluindo plantas de interesse

econômico como feijoeiro, e soja e tomateiro. Foi transmitido mecanicamente com

dificuldade. O sequenciamento completo do genoma mostrou que o isolado brasileiro

(da BA) é diferente do isolado das Índias Ocidentais, tendo sido designado mosaico do

abutilon do Brasil (Abution mosaic Brazil virus- AbMBV) (4). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 14: 105. 1943; (2) Orlando, A. & Silberschmidt, K.

Arq.Inst.Biol. 16: 1. 1946; (3) Flores, E. & Silberschmidt, K. Phytopath.Z. 60:181-195.1967; (4)

Paprotka, T. et al. Arch.Virol. 155:813. 2010.

Obs.: há muitas viroses em várias plantas, descritas como sendo causadas pelo AbMBV. Muitos

destes casos devem ser revistos, se possível, pois podem ser causadas por outros begomovirus.

As descrições foram feitas quando não existiam ferramentas que permitiam a detecção e

discriminação molecular, baseando-se principalmente em sintomatologia e transmissão pela

mosca branca Bemisia tabaci. Contudo, para fins de registro foram respeitadas as identificações

originais.

Acanthospermum hispidum DC (Carrapicho-de-carneiro) Asteraceae

Curtovirus, possível

Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro

Plantas de carrapicho-de-carneiro infectadas mostram enfezamento, clorose,

clareamento das nervuras. Serve como reservatório natural do vírus que pode infectar

culturas como tomateiro e fumo (1, 2). Descrito em SP. Ref.: (1) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J. Agric. Res. 78: 675. 1949; (2) Costa, A.S. III

Sem.Bras.Herbicidas e Ervas Daninhas p. 69. 1960

Obs.: Este é um caso que para uma identificação precisa deste vírus, uma revisão a nível molecular é

necessária. É possível que BrCTV represente um isolado do Beet curly top virus (BrTCTV), Curtovirus,

descrito nos EUA.

Aeschynanthus pulmer (Blume) G. Don. (Flor batom) Gesneriaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino O CMV foi encontrdo em SP induzindo em flor batom, manchas cloróticas foliares. Não há

informações sobre danos (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al (ed). Plantas Ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.

Allamanda cathartica Schott. (Alamanda) Apocynaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Plantas de alamanda foram encontradas em jardim residencial de Manaus, AM,

exibindo sintomas de manchas cloróticas. Exames ao microscópio eletrônico mostraram

efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol 33: 12. 2008. Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Manchas anulares locais e sistêmicas causadas por um isolado do CMV, em folhas de

alamanda. Plantas afetadas tendem a derrubar as flores prematuramente.

Experimentalmente, ocorre transmissão mecânica e por afídeos. Não há informações

sobre eventuais prejuízos. Descrito em SP (1, 2) e no DF (3). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Herbas, R. Zentralbl. Bakt. Parasit.Infektionskrank.Hygiene 123: 330-335.

1969; (2) Alexandre, M.A.V. et al (ed). Plantas Ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.(3)

Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras. 9: 151-155. 1984.

Page 4: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

4

Allium ascalonicum Baker (Cebolinha) Liliaceae

Carlavirus e Potyvirus

Carlavirus e Potyvirus não identificados

Carlavírus e potyvírusforam detectados em cebolinha, em SP com sintomas de

faixas cloróticas, sem identificação dos vírus (1). Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Virus Rev.& Res. (Res. VII ENV p. 281). 1996

Allium cepa L. (Cebola) Liliaceae

Tospovirus

Iris yellow spot virus (IYSV); vírus da mancha amarela da Iris

A primeira constatação foi feita em amostra de plantas de cebola, cv. ‘Pêra Baia’

procedente de Rio Grande, RS, em amostras com sintomas de lesões elípticas e centro

clorótico e bordos necróticos deprimidos, referido como “sapeca” pelos produtores. O

agente causal foi identificado como um tospovirus (1). Condição similar foi constatada

em cebolais em Petrolina, PE, localmente conhecida como “sapeca”. Estudos detalhados

mostraram que este tospovirus era distinto dos demais conhecidos no Brasil e idêntico a

uma nova espécie descrita em Iris, referida como IYSV (2, 3), tendo o vetor

identificado como o trips Thrips tabaci (4). Ref.: (1) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 535. 1981; (2) Pozzer, L. et al. Fitopatol. Bras. 19: 321,

1994; (3) Plant Dis.83: 345. 1999; (4) Nagata, T. et al. Plant Dis. 83: 399. 1999.

Potyvirus

Onion yellow dwarf virus (OYDV); vírus do nanismo amarelo da cebola

Sintomas de mosaico em faixas amarelas ao longo da folha e redução de porte,

em plantas de cebola. Referido pelos produtores como crespeira. Primeiras constataçoes

em cebolais, na região de Piedade e Sta.Cruz do Rio Pardo, SP e B.Horizonte, MG (1).

O agente causal é o OYDV disseminado por pulgões, mas não pelas sementes. Tem sido

rara sua ocorrência e em baixa incidência. Além da cultura da cebola o OYDV, foi

constatado em cebolinha-de-cheiro e deve fazer também parte do complexo de vírus do

alho. Tem sido detectado por métodos sorológicos e moleculares (3, 4). Há relatos de

comportameno varietal distinto face à infecção pelo OYDV, em cebola (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Olericult. 3: 67. 1966; (2) Assis, M.I.T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 287.

1993 ;(3) Fitopatol.Bras. 20: 469.1995; (4) Muller,N.T.G. & Daniels, J. Fitopatol.Bras. 25: 445. 2000.

Allium fistulosum L. (Cebolinha-de-cheiro) Liliaceae

Potyvirus

Onion yellow dwarf virus (OYDV); vírus do nanismo amarelo da cebola

Mosaico em faixa em cebolinha-de-cheiro, menos severo que em cebola

ficando as plantas mais cloróticas e menos vigorosas. As folhas podem se curvar para

baixo. Em ataques severos a touceira pode morrer. Constatado inicialmente em amostras

colhidas em Campinas, SP, o vírus foi identificado como isolado do OYDV.

Transmissão por afideos e perpetuação por mudas infectadas. Pode servir como fonte de

inóculo do OYDV para cebola (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. O Biológico 37: 158. 1971.

Allium sativum L. (Alho) Liliaceae (revisado por Renate Krause-Sakate e Thor V.M. Fajardo) Allexivirus

Garlic virus A (GarV-A); vírus A do alho

Garlic virus B (GarV-B); vírus B do alho

Garlic virus C (GarV-C); vírus C do alho

Page 5: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

5

Garlic virus D (GarV-D); vírus D do alho

Garlic virus X (GarV-X); vírus X do alho

Garlic mite-borne filamentous virus (GarMbFV); Vírus filamentoso transmitido pelo

ácaro do alho

Parte do complexo de vírus encontrado em alho, no DF (1), e em GO, BA, MG e

RS (2,3).

Ref.: (1) Melo Fo, PA et al. Fitopatol.Bras. 26: 535. 2001; (2) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol.

36: 341. 2011; (3) Oliveira, M.L. et al. Trop.Plt.Pathol. 38supl 532-1. 2013.

Carlavirus

Garlic common latent virus (GarCLV); virus latente comum do alho

Dusi et al. (1) relatam no DF a ocorrência de um carlavirus em cerca de 60% em

levantamentos feitos por sorologia em várias cultivares de alho assintomático. Este

vírus seria GarCLV, que é sorologicamente relacionado ao GarV-C e que foi

confirmado molecularmente (2). É parte dos virus que formam o complexo viral do alho

e detectado no DF (3). Sua ocorrência foi verificada nos estados de BA e MG (4), PR e

SP (5)..

Ref.: (1) (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 19:298. 1994; (2) Fajardo, T.V.M. et al. Virus Rev. & Res.

2: 191. 1997 ; (3) Fitopatol.Bras. 26: 619. 2001; (4) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 341.

2011; (5) Mituti, T. Diss.Mestrado, IAC. 2009.

Shallot latent virus (SLV); vírus latente da chalota

Registro de sua primeira detecção no Brasil foi feita em amostras de alho coletadas nos

estados de SP e PR, por ensaios de RT-PCR (1).

Ref.: (1) Mituti, T et al. Plant Dis. 95: 227. 2011..

Potyvirus

Onion yellow dwarf virus (OYDV); virus do nanismo amarelo da cebola

Leek yellow stripe virus (LYSV); virus da faixa amarela do alho porró

Sintomas de faixa amarela em folhas de cebola causados pelo OYDV e/ou

LYDV, transmitidos por afídeos. Sintomas de faixa amarelas nas folhas de plantas de

alho. Ocorre usualmente como parte de um complexo (potyvirus, carlavirus,

allexyvirus) que reduzem drasticamente a produtrividade. Detectado no RS (1). Cultura

de meristemas produziram plantas livres de vírus de produtividade significativamente

melhor qualitativa e quantitivamente. Detectado em MG (2). Sua identificação tem sido

feita por métodos imunológicos (3, 4) ou moleculares no DF (5). O isolado do OYDV

de alho aparentemente não se transmite para cebola e vice-versa. LYSV foi detectado

em amostras coletadas em diferentes regiões do país (6). OYDV e LYSV foram

constatados na BA e GO (7), PR, MG e SP (8).

Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 2: 82. 1978; (2) Carvalho, M.G. Inf. Agropec. 12: 41. 1986; (3)

Assis, M.I.T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 288. 1993; (4) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 29: 298. 1994; (5)

Fajardo, T.V.B. et al. Fitopatol.Bras. 26: 619.2001; (6) Fayad-André,MS et al. Virus Rev&Res

14(supl):60. 2009; (7) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 341. 2011; (8) Mituti, T.

Diss.Mestrado, IAC. 2009.

Alocasia sp. (Taioba, Taioba verde), Alocasia macrorhiza (L.) Schott. (Taioba

gigante) Araceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Page 6: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

6

Levantamentos feitos no DF mostraram que plantas de taioba, taioba verde e taioba

gigante com sintomas de mosaico estavam infectadas pelo DsMV. Identificação feita

por ensaios biológicos e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras. 9: 291. 1984.

Alstroemeria sp. (Alstroeméria) Alstroemeriaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Carlavirus

Carlavirus não identificado

Folhas de alstroemeria com faixas cloróticas foram associadas à infecção por

Carlavirus, em SP (1) Ref.: (1) Seabra , P.V. et al. Arq. Inst. Biol. (supl.) 64: 61. 1997.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Infecção natural de alstroeméria pelo CMV causando sintomas de mosaico, manchas e

faixas cloróticas e afilamento foliar, em SP (1, 2, 3). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983; (2) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5:

24-33.1999; (3) Tombolato, A.F.C. et al. Cultivo comercial de plantas ornamentais, 1-22. 2004.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Plantas com clorose, manchas e riscas necróticas foram associadas ao TSV em

SP, por meio de testes sorológicos (1). Ref.: (1) Duarte L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33.1999.

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Infecções detectadas em SP, em plantas de alstroméria com linhas e anéis

necróticos (1, 2). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33.1999; (2) Duarte, L.M.L. Virus Rev. Res. 6:

50. 2001.

Potyvirus

Alstroemelia mosaic vírus (AlsMV); vírus do mosaico de Alstroemeria

Amostras de plantios comerciais de alstroeméria com sintomas de possível

virose foram analisadas para presença de vírus. Ensaios de RT-PCR detectaram

potyvirus que foi identificado como AlsMV (1). Ref.: (1) Rivas,E.B. et al. Summa Phytopathol. 39 supl. CDRom. 2013. Potyvirus não identificado

Espécie não identificada de Potyvirus foi detectada em plantas apresentando

afilamento foliar, faixa de nervuras e color breaking nas flores, em SP (1, 2). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Res. X Cong. Bras. Floric. Plant. Ornam. 69. 1995; (2) Duarte, L.M.L.

et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33. 1999.

Althaea rosea Cav. (Malva rosa) Malvaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

Mosaico amarelo em malva rosa, causado pelo AbMBV, transmitido por mosca branca

Bemisia tabaci. Relatado em SP (1, 2). Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol. Zeit. 24: 97. 1955; (2) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann. Acad.

Bras. Cien. 27: 195-214. 1955.

Alternanthera tenella Colla (Apaga-fogo) Amaranthaceae

Potyvirus

Page 7: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

7

Potyvirus não identificado

Sintomas de mosaico em apaga-fogo, no Est. Paraná,foram observados

associados a um potyvirus não caracterizado que causa lesões locais em Chenopodium

amaranticolor e C. quinoa (1). Tem relação sorológica com PVY mas difere na

seqüência da CP com PVY e outros poytvirus (2) Ref.: (1) Fukushigue, C.Y. et al., Fitopatol.Bras. 17: 209. 1992; (2) Fitopatol.Bras. 25: 441. 2000.

Amaranthus sp. (Caruru) Amaranthaceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Arqueamento, rugosidade, palidez das nervuras, pintas cloróticas e grandes áreas

amarelas e anéis necróticos nas folhas e curvatura de topoeme caruru associado à

infecção por um tospovirus não identificado (1). Possivelmente serve como reservatório

natural de Tospovirus para plantas cultivadas. Relatado em SP. Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Infecção natural de caruru pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no

Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996.

Ambrosia elatior L. (Losna-selvagem) Asteraceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento das folhas da batata

Infecção natural de losna-selvagem pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,

constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996

Ambrosia polystachya DC (Cavorana) Asteraceae

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV) isolado brasileiro; vírus da necrose branca do fumo

Infecção natural de cavorana pelo TSV causando mosaico nas folhas de

cavorana, em SP. Foi com esta planta que se registrou o único caso de transmissão do

TSV no Brasil, com o tripes Frankliniella sp., coletado da inflorescência de cavorana

infetada, que experimentalmente transmitiu TSV para fumo e soja (1, 2). Ref.: (1) Costa, A.S. & Lima No., V.C. Fitopatologia 11: 11. 1976; (2) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor

Cien.Agr.UFPr 4:1. 1982.

Amorphophallus konjac K. Koch (Konjac) Araceae

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Mosaico, amarelecimento e reduzido desenvolvimento das raízes foi constatado

em A.konjac em SP. A enfermidade foi atribuída à infecção pelo DsMV por sorologia e

microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 18: 551. 1993.

Ananas comosus (L.) Merr. (Abacaxi-gigante) Bromeliaceae

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Faixas clorotricas em folhas de abacaxi-gigante foram associadas a um

Nucleorhabdovirus não caracterizado, por microscopia eletrônica. A enfermidade foi

Page 8: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

8

observada em Tarauacá, Estado do Acre, sem informações adicionais sobre incidência e

perdas. Não houve experimentos de transmissão mecânica. Vetor desconhecido (1).

Ref. (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopahtol. Zeit. 82: 83. 1975.

Ananas sativus Schult. (Abacaxi) Bromeliaceae (revisado por P.E.Meissner Fo.)

Ampelovirus

Pineapple mealybug associated wilt virus (PMWaV 1, 2, 3); vírus associado com a

murcha do abacaxi 1, 2, 3

A infecção de abacaxizeiro pelo PMWaV 1 e 2 causa sintomas avermelhamento

das folhas, margens das folhas ficam amareladas, ocorrendo enrolamento dos bordos

das folhas para baixo, com secamento das pontas. As plantas apresentam poucas raízes e

são arrancadas com facilidade. Ocorre a murcha e eventualmente a morte das plantas

(3). PMWaV é transmitido por cochonilhas, mas não é transmissível mecanicamente ou

pelas sementes, sendo o abacaxizeiro seu único hospedeiro. Identificação baseada em

sintomatologia e microscopia eletrônica na BA (1). Ocorrência generalizada onde se

cultiva abacaxi. O combate às cochonilhas e das formigas associadas às cochonilhas e a

seleção e produção de mudas sadias constituem-se nas medidas de controle da

enfermidade. Detecção do PMWaV-1 e 2 no ES (2), PB, PR (5) PMWaV-2 e 3 no RS

(5) PMWaV-1, 2, 3 na BA, MG, MS e PA (5). Este vírus foi inicialmente classificado

como Closerovirus, mas foi recentemente transferido para o gênero Ampelovirus (4). Ref.: (1) Nickel, O. et al. Fitopat’ol.Bras. 25: 200. 2000 (2) Peron, FN et al. Trop Plat Pathol 34(supl):

S267. 2009; (3) Sanches et al. Murcha associada a cochonilha. In Reinhard, D.H. et al. (Ed.) Abacaxi

produção- aspectos técicos. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Comumicação para transferência de

ecnologia. Pp.62-65. 2000; (4) Mayo, M.A. Arch. Virol. 147. 2002; (5) Santos, K.C. Diss.MS

Univ.Fed.Rec.Bahiano 60p. 2013.

Angelonia sp. (Angelônia) Plantaginaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potexvirus

Althernanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico de Althernanthera

Detectado em São José do Rio Preto, SP, em plantas de angelônia com mosaico (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Trop.Plant Pathol. 33 (supl): S291. 2008.

Anonna muricata L. (Graviola) Anonnacea

Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus, não caracterizado

Soursop yellow blotch virus (SYBV); vírus da mancha amarela da gravioleira

Gravioleiras com sintomas de manchas amarelas nas folhas foram encontradas

no município de Pacajus, CE. Demonstrou-se ser causado por um Cytorhabdovirus

transmissível mecanicamente a várias outras anonáceas (1), que foi purificado tendo

sido parcialmente caracterizado do ponto de vista molecular (2). Tem havido estudos

sobre alterações fisiológicas e perdas de produtividade (3).

Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Plant Dis. 72: 276. 1993; (2) Martins, C.R.F. et al. Fitopatol. Bras. 24: 410.

1999; (3) Santos, A.A. et al. Fitopatol. Bras. 28 (supl.): S252. 2003.

Dichorhavirus

Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica do

Clerodendrum

Page 9: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

9

Folhas de gravioleira, exibindo manchas anelares foram encontradas em um

pomar em Catanduva, SP, associadas à infestação com ácaros Brevipalpus. Exames ao

microscópio eletrônico revelaram efeitos citopáticos do tipo nuclear, de vírus

transmitido por Brevipalpus (2). Bitancourt, em 1955, já mencionava sintomas

semelhantes a leprose dos citros em gravioleira (1). Estes sintomas foram reproduzidos

pela infecção natural e experimental pelo vírus da mancha clorótica do Clerodendrum

(Clerodendrum chlorotic spot virus), um vírus transmitido por Brevipalpus, do tipo

nuclear (3).

Ref.: (1) Bitancourt, A.A. Arq.Inst.Biol. 22: 161. 1955; (2) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarol. 30:

135. 2003; (3) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008

Anthurium sp., A. andreanum Lind., A. scherzerianum Schott. (Antúrio) Araceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV detectado associado a sintomas de mosaico em folhas de antúrios procedentes de

Mogi das Cruzes, SP (1).

Ref: (1) Miura, NS et al. Summa Phytopathol 35:(supl) res. 043 CDRom 2009.

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

DsMV foi constatado em antúrios procedentes de plantios comerciais em SP, por

ELISA, em material com sintomas de deformação foliar, manchas cloróticas, manchas

anelares, riscas necróticas (1, 2, 3, 4).

Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Virus Rev.Res. 2: 192. 1997. (2) Lima et al. Fitopatol.Bras. 29: 105. 2004; (3)

Tombolato, A.F.C. et al. Boletim Técnico, 194,2002. 47pp. (4) Tombolato, A.F.C. et al. (Ed.) Cultivo

comercial de plantas ornamentais. 61-94. 2004.

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Amostras de antúrios, procedentes de Cruz das Almas, BA, com manchas anulares nas

folhas, examinadas ao microscópio eletrônico mostraram estar infectadas com vírus do

tipo citoplasmático, transmitidos por ácaros tenuipalpídeos Brevipalpus. Nas amostras

examinadas, não se constatou a presença do ácaro (1).

Ref.: (1) Ferreira, P.T.O. et al. Virus Rev. Res. 9: 249. 2004.

Apium graveolens L. (Aipo, salsão) Apiaceae

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Plantas de salsão cv. ‘Americano Dourado’, com sintomas de amarelecimento

generalizado e pintas amarelas nas folhas foram encontradas em Mogi das Cruzes, SP.

O amarelecimento aparentemente era característica varietal, mas as pintas amarelas

foram atribuídas à infecção pelo TSV. Em ensaios comparativos houve variação na

suscetibilidade ao vírus dentre os diferentes cultivares analisados (1). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 14: 57. 1988

Potyvirus

Celery mosaic virus (CeMV); vírus do mosaico do salsão

Sintomas de mosaico amarelo, redução de porte em salsão cultivado. Relatado

em SP. Exames ao microscópio eletrônico detectaram partículas do tipo potyvirus e uma

Page 10: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

10

inclusão intranuclear fibrosa característica, além das inclusões lamelares típicas de

potyvirus, tendo sido designado de vírus do mosaico amarelo do salsão (1).

Disseminado por afídeos; infecta experimentalmente algumas outras umbelíferas (2,3).

Foi constatado também no DF e RJ (4) e no PR (5). É sorologicamente relacionado ao

CeMV descrito na Europa do qual seria um isolado (6). Estudos de comparação dos

genomas com outros vírus de apiáceas mostraram similaridade deste vírus com um vírus

de Daucus silvestre da Austrália, referido como mosaico do salsão (Celery mosaic

vírus) que também induz inclusão fibrosa intranuclear (8). Encontrado também

infetando naturalmente a salsa (7).

Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: VII; IX. 1968; (2) Oliveira, M.L. & Kitajima, E.W.

Fitopatol. Bras. 6: 35. 1981; (3) Oliveira, M.L. et al. Fitopatol.Bras. 6: 57. 1981; (4) 6: 105. 1981; (5)

Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (7) Novaes, Q.S. et al. Summa Phytopathol. 26:

250- 252. 2000; (8) Moran, J. et al. Arch. Virology 147: 1855-1867 2002.

Arachis hypogea L. (Amendoim) Fabaceae

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Sintomas de necrose de topo, formação de roseta na extremidade das hastes,

porte reduzido das plantas,mosaico e manchas anulares nas folhas de plantas de

amendoim. Primeira constatação em um plantio experimental em Campinas, SP. e

demonstrado ser causado por um Tospovirus (1). Posteriormente este vírus foi

identificado como Tomato spotted wilt tospovirus (TSWV) (2).

Ref.: (1) Costa, A.S. O Biológico 7: 248. 1941; Bragantia 10: 67. 1950: (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.

Bras. 21: 421. 1996

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

De amendoim com sintomas de mosaico fraco foram recuperados isolados de

BYMV, severos em feijoeiro, em SP.

Ref.: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV);vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Sintomas de mosaico foram descritos na PB em amendoim. Inicialmente tida

como sendo causada por Peanut stripe virus (estirpe do Bean common mosaic vírus)

(1), mas o vírus causal foi identificado como CABMV (2).

Ref.: (1) Pio Ribeiro, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 19: 329. 1994; (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 24:

261. 1999.

Peanut mottle virus (PeMoV); vírus do mosqueado do amendoim

Sintomas de mosaico/mosqueado em folhas de amendoim. Potyvirus

transmssível por afídeos e mecanicamente. Descrição nos estados de SP (1, 3) e PB (2).

Provavelmente um isolado do PeMoV. Ref.: (1) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Fitopatologia 9: 48. 1974; (2) Pio Ribeiro, G.P. et al.

Fitopatol.brás. 19: 329. 1994; (3) Andrade, G.P. et al. Fitopatol. Bras. 21: 421. 1996

Arachis piontoi Krapov &Gregory (Amendoim forrageiro)- Fabaceae

Potyvirus

Peanut mottle virus (PeMoV); virus do mosqueado do amendoim

Page 11: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

11

Plantas de amendoim forrageiro do campo experimental da Embrapa Cerrados

(DF) mostraram sintomas de manchas anelares cloróticas. Ensaios biológicos,

sorológicos, moleculares e de microscopia eletrônica identificaram o agente causal

como um isolado do PeMoV (1). Ref.: (1) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras. 23: 71. 1998

Arachis repens Handro (Amendoim rasteiro) Fabaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosiaco do pepino

Plantas de amendoim ornamental com sintomas de mosaico/manchas anulares

foram encontradas no DF. CMV foi identificado como agente causal através de ensaios

biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 29. 2003.

Arachis sp. - Fabaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); virus da mancha anular do amendoim

GRSV foi detectado sorologicamente em acessos de Arachis sp., usado em

cobertura verde, na Estação Experimental da UFRPe (Carpina, PE) (1). Ref.: (1) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 28: S246. 2003.

Armoracia rusticana G. Gaertn., B. Mey.& Scherb. (Raiz forte) Brassicaceae

Carlavirus

Cole latent virus-(CoLV); vírus latente da couve

CoLV detectado em raiz forte com sintomas de mosaico de Divinolândia, SP,

juntamente com TuMV (1). Ref.:(1) Eiras,M. et al. Trop.Plant Pahol. 33(supl): S250. 2008.

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Encontrada em Divinolândia, SP em plantas de raiz forte com sintomas de

mosaico (1). Ref.: (1) Eiras, M. et al. Summa Phytopathol. 33 (supl): S45. 2007.

Arracacia xanthorhiza Bancoft (Mandioquinha salsa) Apiaceae

Potyvirus

Arracacha mottle virus (ArMoV); vírus do mosqueado da mandioquinha salsa

Mosaico em plantas de mandioquinha-salsa econtrado em campo experimental

da Embrapa Hortaliças, DF, causado por um novo potyvirus (1). Genoma completo

conhecido (2). Ref. (1) Orílio, AF et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl): S194. 2007. Olíerio, AF et al. Arch.Virol. 158:291.

2013.

Bidens mosaic virus- BiMV; vírus do mosaico do picão

Infecção natural da mandioquinha salsa pelo BiMV no DF, causando sintomas

de mosaico (1). Ref.: (1) Orílio, A.F. et al. Trop Plt Pathol 33(supl):S297. 2008.

Asclepias curassavica L. (Oficial-de-sala, erva-de-rato) Apocynaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus- CMV; vírus do mosaico do pepino

Page 12: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

12

Sintomas de manchas e bandas cloróticas nas folhas de oficial-de-sala. Primeira

descrição em material coletado em Itaquera, SP. Agente causal identificado como CMV

(1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Plant Dis.Reptr. 39: 555. 1955.

Avena sativa L. (Aveia) Poaceae

Luteovirus

Turnip yellows vírus (TuYV) (=Barley yellow dwarf virus- BYDV); vírus do nanismo

amarelo da cevada

Sintomas de clorose e nanismo em aveia causados pelo BYDV, transmitido por

afídeos. Ocorrência em aveia no PR (3) e RS (1,2). Há estudos sobre perdas no RS (4).. Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2(2): 88. 1949; (2) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; Tese

Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972; (3) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol.Bras. 18: 292. 1993; (4) Nicolini,

F. et al. Fitopatol.Bras.27: S210.2002.

B

Bambusa vulgaris Schrad. (Bambu) Poaceae

Potexvirus

Bamboo mosaic virus (BaMV); vírus do mosaico do bambu

Sintomas de manchas cloróticas/mosaico em folhas de bambu, sem aparente

danos à planta, em campo experimental da Univ.Brasília, no DF. BaMV transmite-se

mecanicamente a indicadoras como Chenopodium quinoa, C. amaranticolor e

Gomphrena globosa nas quais causa lesões locais e foi identificado como um

Potexvirus (1). Foi purificado, tendo-se produzido um anti-soro (2). Foi posteriormente

encontrado e caracterizado molecularmente, em Taiwan onde causa problemas na

produção de brotos.

Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopathol.Zeit. 90: 180. 1977; (2) Lin, M.T. et al. Phytopathology 67:

1439. 1977.

Beaucarnea recurvata Lem. (Pata-de-elefante) Dracenaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Vírus isométrico não identificado

Vírus não identificado

Observação ao microscópio eletrônico de vírus isométrico, em SP, associado a sintomas

de mosaico em pata-de-elefante (1).

Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95. 2010.

Beaumontia grandifolia Wall. (Trombeta-de-arauto) Apocynaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Manchas verdes em folhas senescentes de trombeteira-d-arauto, associadas à

presença de vírus transmitido por ácaros Brevipalpus (VTB), tipo citoplasmático.

Encontradas nos jardins do campus da ESALQ, Piracicaba, SP (1)

Ref. Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): 11. 2006.

Benincasia híspida Cogn. (abóbora d’agua), Cucurbitaceae

Potyvirus

Page 13: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

13

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV), vírus do mosaico da abobrinha zucchni

ZYMV detectado em plantas de abóbora d’agua no campo experimental da

UFMG, com sintomas de mosaico, bolhosidade foliar. Identificação feita através de

ensaios de transmissão e sorologia (1). Ref.: (1) Ref.: (1) Rocha, F.D.S. et al. Trop.PltPathol. 38 supl.376-1. 2013.

Beta vulgaris L. var. cicla (Acelga) Chenopodiaceae

Cytorhabdovirus

Cytohabdovirus não identificado

Caulimovirus

Caulimovirus não identificado

Acelgas com sintomas de nanismo, clareamento das nervuras, folhas

encrespadas com áreas necróticas foram notadas em plantio comercial em Piedade, SP.

Microscopia eletrônica revelou dupla infecção por um caulimovirus e cytorhabdovirus,

os quais não foram identificados (1). Ref. : (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 24: 466. 1999

Bidens pilosa L. (Picão) Asteraceae

Nucleorhabdovirus

Sowthistle yellow vein virus (SYVV); possível

No DF, foi recuperado de picão com nanismo e folhas largas, um vírus

transmissível mecanicamente a varias plantas-teste, inclusive alface, com um círculo de

hospedeiros e sintomatologia similar ao do SYVV (1). Sorologia e imunomicroscopia

eletrônica demonsstraram reação com anti-soro contra SYVV (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991; (2) Res. 13

o Coloq. Soc. Bras. Mic.Elet.

p.59. 1991.

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado Efeitos citopáticos típicos daqueles causados por vírus transmitido por ácaros

Brevipalpus, do tipo citoplasmático foram observados em plantas de picão com

manchas cloróticas encontradas em Manaus,AM (1). Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al., Trop.Plant Pathol. 33: 12. 2008.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Relato de infecção natural de picão por Tospovirus, sem descrição da

sintomatologia, em SP (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.

Polerovirus

Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento das folhas da batata

Infecção natural de plantas de picão pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,

constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

Plantas de picão crescendo espontaneamente frequentemente ostentam sintomas

de mosaico, causado pelo potyvirus BiMV (1), que seria distinto de um similar descrito

na Flórida (Bidens mottle potyvirus- BiMoV) com o qual não compartilha antígenos.

Pode eventualmente infectar plantas cultivadas e ornamentais. Relatado em SP. É

disseminado por pulgões e experimentalmente, por vias mecânicas. Encontrado no DF

(3). Estudos da seqüência da CP de um isolado de ervilha indicam que BiMV seria um

isolado do PVY (4).

Page 14: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

14

Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 20: 503. 1961; (2) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 5: 39. 1980;

(3) 7: 185. 1982; (4) Dutra, S.L. et al. Vírus Rev.& Res. 9: 252. 2004.

Potato virus Y- PVY; vírus Y da batata

Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.

Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

TNV recuperado de raízes de plantas de picão assintomáticas, mantidas na estufa

do IAC, SP (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

Blainvillea rhomoboidea Cass. (Erva palha) Asteraceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Mosaico dourado em folhas e redução de porte em planas de erva palha, causado

por um provável begomovirus, não identificado (1). Constatado em PE (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 4: 13. 1978; (2) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.

2001

Blainvillea yellow spot virus (BlYSV); vírus da mancha amarela de Blainvillea

Um begomovíus, tentativamente identificado como o da mancha amarela, foi

isolado de B. rhomboidea em Coimbra, MG (1), e que seria distinto de outros

begomovírus descritos. Ref.: (1) Castillo Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Boerhavia coccinea Mill. (Pega-pinto) Nyctaginaceae

Tospovirus

Groundnut ringspot virus- GRSV; vírus da mancha anular do amenodoim

Amostras da invasora pega-pinto, nas proximidades de campo de amendoim em

Campina Grande, PB, foram encontradas com sintomas de clareamento de nervuras,

mosaico e deformação foliar. Ensaios sorológicos indicaram estar infectadas pelo

GRSV, podendo assim servir como reservatório deste vírus (1). Ref.: (1) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 24: 358. 1999.

Bougainvillea glabra Choisy; B. spectabilis Willd. (Primavera) Nyctaginaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Badnavirus

Bougainvillea spectabilis chlorotic vein banding virus (BsCVBV); vírus da faixa

clorótica das nervures da primavera

Partículas do tipo badnavirus foram detectadas em amostras procedentes de Campinas,

SP, por microscopia eletrônica (1). A partir de DNA total extraído da planta infectada

amplificou-se fragmento com 465 nt usando primers para badnavirus, cuja análise

indicou tratar-se de um novo vírus deste gênero e designado de BCVBV (2, 3). Vírus

similar foi detectado em Piracicaba, SP (4) tendo sido transmitido pela cochonilha

Planococcus citri (5). Estudos moleculares feitos com isolados de SP (Campinas e

S.Paulo) são distintas de isolados de Andradas e Uberlândia,MG e Brasília, DF (6). Há

relato de sua presença em Seropédica, RJ e Ourinhos, SP (7). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Virus Rev. Res. 6: 153. 2001; (2) Alexandre, M.A.V. et al.

Fitopatol.Bras. 29 (supl.): S150. 2004. (3) Rivas, E.B. et al. J. Gen.Plant Pathol 71: 438.2005; (4)

Yamashita, S. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004; (5) Kuniyuki, H. et al. Summa Phytopathol. 32

(supl.): S20. 2006; (6) Alexandre et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012; (7) Brioso, PST

Vírus Rev.&Res. 17 (supl.).2012.

Page 15: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

15

Bouvardia sp. (Bouvardia) Rubiaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste de cristântemo

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Em plantas de bouvardia com mosaico clorótico foi identificada infecção mista por dois

tospovírus: TSWV e CSNV. A identificação foi feita por testes biológicos, sorológicos

e microscopia eletrônica (1). O TCSV foi encontrado em plantas com mosaico suave,

em SP (2). Ref.: (1) Seabra, P.V. et al. Virus Rev. Res. 5: 197. 2000.; (2) Rivas, E.B. et al. Virus Rev.& Res. 7: 22-

30. 2002 .

Brassica carinata A.Br. (Couve-da-Etiópia) Brassicaceae

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Algumas plantas de couve-da-Etiópia em ensaios para sua introdução na

Univ.Fed. Uberlândia, MG, pelo seu alto teor em vitamina A, exibiram sintomas de

mosaico. Ensaios de transmissão e microscopia eletrônica indicaram que os sintomas

foram causados por um isolado do TuMV (1). Ref.: (1) Rodrigues, F.A. et al. Fitopatol. Bras. 20: 338. 1995

Brassica rapa L. (Canola) Brassicaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaico virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Caulimovirus

Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve flor

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Estes três vírus (CMV, TuMV e CaMV) foram constatados infetando

naturalmente culturas de canola no PR, associads a sintomas de mosaico.. Ref.: (1) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 20: 286. 1995.

Brassica oleracea L. var. botrytis L. (couve flor); var. italica Plenck (brocolo);

var. gemmifera DC (couve); B. rapa L. (nabo); var. pekinense (couve chinesa)

Brassicaceae

Carlavirus

Cole latent virus (CoLV); vírus latente da couve

Vírus alongado 13 nm x 650 nm, transmitido por afídeos. Causa infecção latente,

e sua primeira descrição foi feita em plantas de couve, no Est. S. Paulo, após sua

detecção por microscopia eletrônica (1, 2). Foi detectado em MG (2) e DF (3, 4) Sua

posição taxonômica como Carlavirus foi comprovada por ensaios moleculares (4). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 29:181. 1970; (2) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 82.1972; (3)

Costa, C.L. et al. Fitopatologia 9: 49. 1974; (4) Mello, S.C.M. et al. Fitopatol.Bras. 12: 352. 1987; (4)

Belintani, P. et al. J. Phytopathology 150: 330. 2002.

Caulimovirus

Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve flor

Vírus isométrico com ca. 50 nm em diâmetro, transmitido por afídeos. Seu

genoma é dsDNA circular. Induz inclusão citoplasmática (viroplasma) característico.

Descrito inicialmente como faixa-das-nervuras em couve, no Est.S.Paulo (2). Há um

relato de 1963, da ocorrência do CaMV em diversas crucíferas cultivadas, mas baseado

apenas em sintomatologia (1). Identificado também nos Est. do PR (4), ES (6) e DF (5).

Page 16: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

16

Em outras Brassica spp. e no RS, na ornamental goivo (Matthiola incana) (3).

Ocorrência comum em Brassica spp. cultivadas, mas usualmente causa perdas

limitadas. Um isolado obtido de couve-flor, procedente de Venda Nova, ES foi

caracterizado molecularmente (7). Sua transmissão por afídeos (Myzus persicae e

Brevicoryne brassicae) foi demonstrada (8). Ref.: (1) Tokeshi, H. et al. Rev.Olericultura 3: 175; 1963; (2) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 24: 219.

1965; (3) Siqueira, O. & Dionelo, S.B. Fitopatologia (Lima): 8: 19. 1973; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al.

Rev.Setor Cien.Agr., UFPR, 2: 12. 1980; (5) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 11:394. 1986; (6)

Costa, H. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXVIII. 1991; (7) Zerbini, F.M. et al. Fitopatol.Bras. 17:326. 1992;

(8) Ambrozibivus, L.P. Fitopatol.Bras.22: 330. 1997.

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Os primeiros relatos foram feitos em amostras de repolho colhidos em S.Paulo,

SP e em couve chinesa, procedente de Viçosa, MG e mais tarde em várias Brassica spp.

de outras regiões do Brasil (DF, PR) (1-5). É um potyvirus transmitido por afídeos e

mecanicamente. Uma hospedeira diferencial adequada é o fumo, no qual inoculação

mecânica induz lesões necróticas. Foi constatada infecção natural em B. carinata (6)

Foram encontrados no Est.S.Paulo os tipos I e II do TuMV (7). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Roston, E. Cien.Cult. 5: 211. 1953; (2) Tokeshi, H. et al. Rev.Olericult. 3:

175. 1963; (3) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 82. 1972; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Rev.Setor

Cien.Agr.,UFPR 2: 12.1980; (5) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 5:311. 1980; (6) Rodríguez, F.A. et

al. Fitopatol. Bras. 20: 376. 1995; (7) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 25: 35. 1999.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

Recuperado de raízes de plantas de couve assintomáticas, mantidas em estufa, no

IAC, SP (1). Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

Brugmansia suaveolens (Willd.) Bercht. & J. Presl. (Saia-branca, zabumba-branca)

Solanaceae

Potyviru

Brugmansia suaveolens mottle virus (BsMoV); vírus do mosqueado de Brugmansia

suaveolens

Constatado em plantas de saia-branca, da coleção de plantas medicinais do

Inst.Agron.Campinas, SP. Transmissível mecanicamente e por afideos a varias outras

solanáceas. Microscopia eletrônica indicou ser um potyvirus que mostrou-se

distantemente relacionado com PVY (1). Seu genoma foi sequenciado constatando ser

um novo potyvirus (2). Ref.: (1) Habe, M.H. et al. Fitopatol.Bras. 18: 286. 1993; (2) Lucinda, N et al. Arch.Virol. 153: 1971.

2008.

Brunfelsia uniflora D.Don. (Manacá) Solanaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cilevirus

Cilevirus não identificado Plantas de um jardim em Águas de S. Pedro, SP, exibiam manchas e anéis

verdes em folhas senescentes associadas a infestação por ácaros tenuipalídeos

Brevipalpus. Exames ao microscópio eletrônico revelaram efeito citopático do tipo

citoplasmático, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Transmissão por B.

phoenicis comprovada (2). Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003; (2) Ferreira, P.T.O. et al.

Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.

Page 17: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

17

C

Cactus bahiensis Rose & Russell; Cereus triangularis Haw; C. hexagonus (L.)

Miller; C. triangularis Haw; Hylocereus undatus (Haworth) Button & Rose;

Nopalea cochenillifera (L.) Salm.Dick.; Mamillaria sp.; Opuntia vulgaris Miller; O.

leucotricha De Candolle; O. tuna Mill., Echinocereus sp.; Lobivia sp.; Pereskia

aculeata (L.) Kaarsten; P. bleo (HBK) De Candolle (Cactus) Cactaceae

Cactaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potexvirus

Cactus virus X (CVX); vírus X do cactus

Infecção assintomática pelo CVX, identificado através de ensaios de transmissão

para plantas-teste (Gomphrena globosa, Chenopodium amaranticolor e C. quinoa),

sorologia e microscopia eletrônica em SP e DF, em várias espécies de cactus analisadas.

O vírus foi purificado usando uma metodologia inédita tendo-se produzido um anti-soro

(1). Foram realizados diversos estudos com o potexvirus isolado em H. undatus com

manchas cloróticas, necróticas e mosaico, coletada em S. Paulo (2), incluindo aspectos

moleculares (3,4). Ref.: (1) Aragão, F.J.L. et al. Fitopatol.Bras. 18: 112. 1993. (2) Tozetto, A.R.P. et al. Arq.Inst.Biol 72

(supl): 77. 2005; (3) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 27(supl.): S203. 2002. (4) Duarte, L.M.L. et al.

Journal Plant Pathol. 90: 545. 2008.

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Espécie de tobamovírus não identificada, detectada em SP sem descrição dos sintomas

associados(1) Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95. 2010.

Caladium bicolor Vent. (caládio, tinhorão) Araceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potexvirus

Caladium vírus X(CalVX); vírus X de Caladium

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Plantas de caládio, com manchas cloróticas e necróticas nas folhas, estavam

duplamente infectadas pelo potyvirus DsMV e um potexvirus em SP (1). O potexvirus

foi transmitido mecanicamente para algumas aráceas e Nicotiana benthamiana que se

infectaram sistemicamente. Gomphrena globosa reagiu com lesões locais. Não reagiu

com anti-soro contra outros potexvirus. Fragmento de 740 nt amplificado por RT-PCR

tinha menos de 75% de similaridade com outros potexvirus, devendo assim representar

ele uma nova espécie de potexvírus (2). Inclusões cilíndricas induzidas pelo DsMV,

bem como partículas dispersas no citoplasma ou formando massas induzidas pelo

CalVX foram observadas ao microscópio eletrônico. Inclusões também foram

visualizadas ao microscópio de luz (3). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 29:150-151. 2004 (2) Rivas, E.B. et al. Plant Pathol. 87:109-

114. 2005 (3) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 7: 457.2004.

Calibrachoa sp. (Calibrachoa) - Solanaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Detectacção de um tobamovírus em calibrachoa, sem descrição de sintomas, em

SP (1).

Page 18: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

18

Ref (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.

Callistephus chinensis L. (Rainha margarida) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

Plantas de rainha margarida, com clorose generalizada e distorção foliar, foram

encontradas no campo experimental do IAC, Campinas, SP. Exames ao microscópio

eletrônico revelaram a presença de um Cytorhabdovirus (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Plantas de rainha margarida, apresentando folhas com áreas cloróticas, foram

positivas para o CSNV, detectado por sorologia, em SP (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Res. 13º Cong. Bras. Floricultura e Plantas Ornamentais. 138. 2001.

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Plantas de rainha margarida com sintomas de mosaico e bolhosidades nas folhas

foram encontradas em Holambra, SP. Ensaios biológicos e sorológicos mostraram que

as amostras estavam infectadas pelo GRSV e CSNV (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 21: 428.1996.

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Infecção natural simultânea, de Callistephus sp., pelo TCSV e CSNV em

Holambra, SP, resultando em sintomas de mosaico, deformação e bronzeamento nas

folhas e necrose nas hastes (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 25: 353. 1999

Calopogonium mucunoides Desvaux (Calopogônio) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Foi constatada ocorrência natural do CPSMV sorotipo I em calopogônio,

causando sintomas de mosaico no Brasil Central-DF (1). Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); virus do mosaico do pepino

Foi constatada no PR a ocorrência de plantas de C. mucunoides com sintomas de

mosaico. O agente causal foi identificado como um isolado do CMV (1). Ref.: (1) Almeida, A.M.R. et al. Virus Rev. & Res. 2: 194. 1997.

Begomovirus

Macroptilium yellow spot virus (MaYSV), virus da mancha amarela de Macroptilium

Detectado em AL (1). Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.

Campanula medium L. (Campânula) Campanulaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Verificou-se a ocorrência de mosaico, necrose, manchas anelares nas folhas e flores

manchadas em campânulas, em um plantio comercial em Atibaia, SP. O agente causal

foi identificado como TSWV (1). Ref.:(1) Gioria, R. et al. Summa Phytopathol. 36: 176. 2010.

Page 19: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

19

Canavalia ensiformes D.C. (Feijão-de-porco) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Mosaico severo e bolhosidades, causados por um isolado do CPSMV, no CE (1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Souza, C.A.V. Fitopatol.Bras. 5: 417. 1980.

Potyvirus

Canavalia mosaic virus (CanMV); vírus do mosaico da Canavalia

Mosaico associado a um Potyvirus não identificado no DF, transmissível por

afídeos; infecta experimentalmente outras leguminosas. Foi também constatado no RJ

(2), tendo sido caracterizado biologicamente. Infeta sistemicamente (mecanicamente e

por afídeos) algumas leguminosas causando lesões locais em Chenopodium

amaranticolor. Foi purificado tendo sido produzido anti-soro. Tem relações sorológicas

com CABMV, PWV, BCMV e SMV (3). Possivelmente representa um isolado do

CABMV. Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras.9: 400. 1984; (2) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 15:

132.1990; Santos, O.R. Diss.Mest.,UnB, 78 p. 1991.

Potyvirus não identificado

Mosaico de presumível etiologia viral descrita no Est.S.Paulo. Transmitido

mecanicamente para Canavalia ensiformes, Glycine max, Lathyrus odoratus e Pisum

sativum, mas não a feijoeiro e caupi, entre outros (1). Outro potyvirus não identificado

foi encontrado em feijoeiro-de-porco procedente de PE (2, 3). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.R. O Biológico 8: 129. 1943; (2) Costa, C.L. et al.

Fitopatol.Bras. 14: 115. 1989; (3) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXVII. 1991.

Canavalia rosea (Sw.) DC (C. MARITIMA Thouars) (Feijão-de-praia) Fabaceae

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Plantas exibindo mosaico e manchas cloróticas nas folhas foram encontradas em

algumas praias de Caraguatatuba, SP, associadas à infecção por um potyvírus com

características similares ao Canavalia maritima mosaic virus (CaMMV), descritoem

Porto Rico (1). Estudos subsequentes indicaram que se tratava de um isolado co

CABMV (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al.Virus Rev&Res9: 252. 2004; (2) Madureira, P.M. et al. Arch. Virol. 153:

743. 2008.

Canavalia sp.

Begomovirus

Macroptilium yellow spot virus (MaYSV), virus da mancha amarela de Macroptilium

Detectado em AL (1). Ref..: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.

Capsicum annuum L. (Pimentão) Solanaceae (Viroses de Capsicum foram editadas por L.S. Boiteux e Mirtes F. Lima)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Primeira descrição em material procedente de Embú, SP. Sintomas de mosaico

nas folhas do pimentão (1). RNA satélite foi detectado em amostras infectadas pelo

CMV em MG (2). Amostras procedentes de várias regiões do Est. S. Paulo estavam

infectadas com CMV subgrupo I (3). Ref.: (1) Mallozzi, P. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 101. 1971; (2) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 25: 143.

2000; (3) Frangioni, D.S.S. et al. Summa Phytopathol. 29: 19. 2003

Page 20: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

20

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Tospovírus não identificado

Plantas de pimentão com mosaico e deformação foliar foram encontradas em

Manaus, AM, e identificadas como estando infectadas por um Tospovirus (1). Foi

também constatado no DF (2). Diversidade dos tospovirus havia sido observada em

infecções em pimentão, verificando-se que há isolados em SP que induzem lesões

cloróticas e outras, necróticas em feijoeiro manteiga (3). No DF foi constatada a

infecção natural de pimentão pelo TSWV e no Est. Sta. Catarina, pelo TCSV (4). Há

relato da presença do GRSV em Janaúba, MG (5). No Est. S. Paulo foi constatada

infecção de pimentão pelo TCSV (6) e GRSV (8). Em um levantamento feito no vale do

S. Francisco (PE) constatou-se alto nível de infecção pelo GRSV (7). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633. 1979; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol. Bras. 5:

395. 1980; (3) Costa, A.S. & Gaspar, J.O. Summa Phytopathol. 7: 5. 1981; (4) Boiteux, L.S. et al.

Capsicum and Eggplant Newsletter 12: 75. 1993; (5) Fitopatol. Bras. 19: 285. 1994; (6) Colariccio, A. et

al. Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (7) de Avila, A.C. et al. Fitopatol. Bras. 21: 503. 1996; (8) Colariccio,

A. et al. Summa Phytopathol. 27: 323. 2001.

Crinivirus

Tomato chlorosis virus – ToCV; vírus da clorose do tomateiro

ToCV detectado em pimentão em S. Miguel Arcanjo, SP, causando sintomas de

clorose internerval e epinastia (1). Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Plant Dis. 94: 374. 2010.

Begomovirus

Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro

Amostras de pimentão cultivado em estufa mostrando sintomas de

encarquilhamento foliar e nanismo, procedentes de Marília, SP, estariam infectadas com

ToRMV, segundo ensaios moleculares, mas não há evidências biológicas para

comprovar que o vírus é o agente causal (1). Ref.: (1) Cotrim, M.A.A. et al. Summa Phytopathol. 30: 100. 2004.

Tomato golden vein virus (ToGVV); vírus da nervura dourada do tomateiro

Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encrespamento severo do tomate

Amostras de pimentão oriundas de várias regiões de SP estavam naturalmente

infectadas com os begomovírus: Encrespameto severo do tomate (Tomato severe

rugose- ToSRV) (1,2) e nervura dourada do tomate (Tomato golden vein- ToGVV).(1).

Encrespamento severo do tomate (ToSRV) detectado em pimentão, em MG (3) Ref: (1) Nozaki, D.N. et al. Fitopatol.Bras.31:321.2006; (2) Paula, D.F. et al. Vírus Ver&Res 11(supl):

189. 2006. (3) Nozaki, D.N. et al. Virus Rev&Res 15(supl) 114.2010.

Curtovirus, possível

Brazilian tomato curly top virus (BrCTV)

Sintomas de amarelecimento das folhas, porte reduzido com redução dos

entrenós, achatamento dos frutos do pimentão. Relato inicial em SP. A causa foi

identificada como sendo o mesmo que causa broto crespo em tomateiro, transmitido por

cigarrinhas. Carrapicho-de-carneiro deve servir como fonte-de-inóculo (1). Também

constatado em Manaus, AM, baseado em sintomas (2). Ref.: (1) Costa, A.S. & Nagai, H. Rev.Oleric. 6: 83. 1966; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9:

633. 1979.

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento das folhas da batata

Page 21: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

21

Isolado do PLRV, em SP, que causa topo amar)elo em tomateiro foi recuperado

de plantas de pimentão com sintomas de clorose. Pode servir como fonte de inóculo

para tomateiro (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.

Potyvirus

Pepper yellow mosaic virus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão

Dois isolados de potyvirus obtidos de pimentão com sintomas de mosaico em Bragança

Paulista, SP e Brasília, DF foram identificados por ensaios biológicos, serológicos e

moleculares com uma nova espécies, designada de PepYMV, infetando cultivares

resistentes aos isolados de PVY (1). Em pimentão acha-se registrado nos estados de

AM, PE, BA, MG, ES e SP (2). Seu genoma foi inteiramente sequenciado (3). Ref.: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Arch. Virol. 147: 840. 2002; (2) Virus Rev. & Res. 8: 186. 2003; (3)

Lucinda, N et al. Arch.Virol. 157.: 1397.2012.

Potato virus Y ( PVY); vírus Y da batata

Sintomas de redução acentuada de porte, mosaico em folhas do tipo faixa das

nervuras; encrespamento das folhas e mosaico em bolhas, malformação dos frutos em

pimentão relatados em SP. Agente causal identificado como isolado do PVY

transmitido por pulgões (1). Foram criadas variedades resistentes (2). Ocorre em outras

regiões produtoras de pimentão: RJ (3, 4), MG, DF e ES (5). Ref.: (1) Costa, A.S. & Alves, S. Bragantia 10: 95. 1950; (2) Nagai, H. Braglantia 27: 311. 1968; (3)

Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,

Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Brioso, P (.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 274. 1993; (5) Truta,

A.A.C. Vírus Rev.& Res. 5: 193. 2000.

Tobamovirus

Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão Tomato

mosaic tobamovirus – ToMV; vírus do mosaico do fumo

Detectados em amostras de pimentão com sintomas de mosaico procedentes de

Salto e Bragança Paulista, SP. Identificação por ensaios biológicos (1,2). Foi

posteriormente identificada por RT-PCR (3). Ref.: (1) Kobori, R.F. et al. Fitopatol. Bras. 26: 516. 2001; (2) Cezar, M.A. et al.

Summa Phytopathol. 29: 359. 2003.(3) Cezar, MA et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): S37.2006.

Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro

Detectados em amostras de pimentão com sintomas de mosaico procedentes de

Salto e Bragança Paulista, SP. Identificação por ensaios biológicos (1,2). Foi

posteriormente identificada por RT-PCR (3). Ref.: (1) Kobori, R.F. et al. Fitopatol. Bras. 26: 516. 2001; (2) Cezar, M.A. et al.

Summa Phytopathol. 29: 359. 2003.(3) Cezar, MA et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): S37. 2006.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Plantas de pimentão com sintomas de linhas e anéis cloróticos nas folhas foi

encontrada em S. Carlos, SP, e sua natureza viral comprovada, tendo sido designada

vírus do anel do pimentão (3). Estudos posteriores indicaram ter similaridades com o

Tobacco rattle tobravirus, mas considerado distinto (6). Os virions associam-se

caracteristicamente com mitocôndria (5). A faixa-das-nervuras do tomateiro (1,2) seria

causado pelo mesmo vírus. Pode ser transmitido mecanicamente a um grande número

de espécies de plantas. É transmissível por sementes (3) e foi constatada a presença do

vírus em pólen (4). Demonstrou-se a transmissão pelo solo (7) provavelmente por

nematóides do gênero Trichodorus e/ou Paratrichodorus. Foi constatado em pimentão

no PR (8). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46: 209. 1962; (2) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46:

209. 1962; (3) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Rev Soc.Bras. Fitopatol. 2: 25. 1968; (4) Camargo, I.J.B. et

al. Phytopathol.Zeit. 64: 282. 1969; (5) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. J. Gen.Virol. 4: 177. 1969; (6)

Page 22: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

22

Kitajima, E.W. et al. Bragantia 28: 1. 1969; (7) Salomão, T.A. et al. Arq. Inst. Biol.. 42: 133. 1975; (8)

Lima, M.L.R.Z.C. et al. Rev.Setor Cien.Agr.UFPR 5:91. 1983.

Capsicum baccatum L (Pimenteira Chili), C. baccatum var. praetermissum

(Pimenteira Cumari) Solanaceae

Tospovirus

Groundnut ringspot virus(GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); Vírus da mancha clorótica do tomateiro

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Detecção destes vírus em um levantamento no banco de germoplasma de C.

baccatum da Embrapa Hortaliças, DF (1-5) Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993; (2) Nagata, T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 425.

1993;(3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010; (4) Lima, M.F. et al Trop Plt Pathol

35(supl) S175. 2010; (5) Lima, M.F. et. Journal of Plant Pathology 92:122. 2010.

Begomovirus

Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro

Amostras de pimenteira Chili procedentes de Petrolina de Goiás, GO, com

sintomas de mosaico e deformação foilar estariam infectadas por um isolado do

ToRMV, segundo ensaios moleculares, mas não havia provas de que o vírus seja o

agente causal da doença (1). A comprovação foi feita posteriormente via biobalistica

(2). Plantas de C. annuum também foram experimentalmente infectadas. Ref.: (1) Ferreira, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S202. 2004; (2) Bezerra-Agasie et al. Plant Disease 90:

114, 2006.

Potyvirus

Pepper yellow mosaic iírus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão

Potato virus Y (PVY); Vírus Y da batata

Tobamovirus

Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão

Capsicum chinense Jacq. (pimenta cumari) Solanaceae

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Sintomas de lesões locais seguidas de sintomas sistêmicos, anéis cloróticos,

mosaico, nanismo observados em C. chinense em casa de vegetação (1, 2) e em campo

em Brasilia, DF (3). Fonte de resistência ao TSWV de C. chinense foi quebrada por

isolados de GRSV e TCSV (4). Ref.: (1)Nagata T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 425-430, 1993. (2) Boiteux, L.S. & Nagata, T. Plant Dis 77:

210. 1993; (3) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993.

Begomovirus

Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Detectado de SmMV em pimenteira coletada em Campo Florido, MG (1). Ref.: (1) Teixeira, E.C. et al. Trop.Plt Pathol. 33(supl): S289. 2008.

Capsicum frutescens L. (Pimenteira) Solanaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic vírus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Foram observadas plantas de pimenta com sintomas de mosaico e deformação

foliar, no PA. Associação de partículas isométricas em extratos purificados e a

amplificação de vDNA por RT-PCR usando primers específicos, indicam que os

sintomas seriam causados por um isolado do CMV (1). Ref.: (1) Carvalho, T.P. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.) 286-1.2013.

Tospovirus

Page 23: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

23

Tomato spotted wilt virus- TSWV

TSWV foi constatado em pimenteira, causando sintomas de aneis cloroticos em

diferentes acessos avaliados em condições de campo em Brasília-DF (1). Detectado

também em amostras coletadas de plantas de diferentes genótipos em ensaio em campo,

exibindo aneis cloróticos, redução no tamanho de folhas e no desenvolvimento da planta

(2, 3) (1) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993; (2) Lima, M.F. et al. Hort.Brás. 28: S1187. 2010; (3)

Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010

Potyvirus

Pepper mottle virus (PeMV); vírus do mosqueado do pimentão

PeMV encontrado infetando C. frutescens no Ceará e identificado por ensaios

biológicos e sorológicos(1). Ref.: (1) Torres Fo..J. et al. Vírus Rev.& Res. 5: 197. 2000.

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

PVY identificado em MG através de ensaios biológicos e sorológicos (1).

Detectado em plantas de diversos genótipos coletadas no Estado de Goiás e no DF, por

meio de sorologia (2, 3). Ref.: (1) Truta, A.A.C. et al. Virus Rev. & Res. 5: 193. 2000. (2) Lima, M.F. et al. Hort. Bras. 28: S1187.

2010; (3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010.

Tobamovirus

Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão

Encontrado em sementes provenientes de S.Paulo, SP através de ensaios

biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletronica (1). Detectado em Goiás e

no Distrito Federal em plantas de diversos genótipos, por sorologia (2, 3, 4). Ref.: (1) Eiras, M. et al. Summa Phytopathol. 29: 60. 2003. (2) Lima, M.F. et al. Horticultura Brasileira,

28: S1187-S1194, 2010. (3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285-290, 2010. (4) Lima, M.F. et al.

Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010.

Carica papaya L. (Mamoeiro) Caricaceae (viroses de mamoeiro foram revisadas por J.A.M. Rezende, ESALQ/USP

Nucleorhabdovirus

Nuclerhabdovirus não identificado

Mamoeiros Solo do projeto de colonização Humaitá, nos arredores de Rio

Branco, AC, exibiam mosaico severo, epinastia, distorção foliar, amarelecimento. Não

se logrou transmissão mecânica. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a

presença de nucleorhabdovirus, o que faz sugerir que a anomalia tenha relação com a

necrose apical descrita na Venezuela (1, 2). Ref.: (1) Ritzinger, C.H.S.P. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 12: 146. 1987; (2) Kitajima, E.W. et al.

Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

Caso de infecção natural do mamoeiro pelo AMV registrado em Piracicaba, SP

(1). Ref. (1) Moreira, A.G. et al. J. Gen. Plt. Pathol . 76: 172. 2010.

Potyvirus

Papaya ringspot virus type P (PRSV-P); vírus do mosaico do mamoeiro*

Aparentemente a primeira constatação teria sido feita por Bitancourt (1) mas os

sintomas observados teriam sido causados por ácaros (2). É a moléstia mais devastadora

da cultura e caracteriza-se por sintomas de mosaico, bolhas e deformações nas folhas,

estrias oleosas na haste e pecíolos e manchas anelares nos frutos. Foi identificado como

PRSV-P, mas é referido no Brasil como “mosaico” pela sintomatologia foliar. Sua

primeira descrição formal foi feita em 1969, após um surto na região de Monte Alto, SP

Page 24: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

24

(3,4). É disseminado por pulgões, embora estes insetos não colonizem mamoeiros.

Acha-se disseminado em todo o país (CE, RN, PE, BA, ES, MG, DF, GO), exceto na

região amazônica (5-9). Não há resistência varietal e a medida de controle utilizada é a

de eliminação sistemática de plantas atacadas (Inicialmente aplicada no ES, Portaria

Ministerial N° 175, 1994, estendida em 2009 aos estados produtores e exportadores de

mamão, Instrução Normativa N° 2). Tentativas de usar premunização com isolados

fracos não logrou êxito devido à distribuição irregular do vírus. Foram criadas plantas

transgênicas, expressando parte do genoma viral, resistentes a isolados brasileiros de

PRSV-P mas aguardam liberação oficial para seu uso em condições de campo (10). O

gene da proteína capsidial de diversos isolados brasileiros do PRSV-P acha-se

sequenciado (11). No ES aparentemente houve seleção para a presença de um isolado

fraco, que contudo, não mostrou efeito protetor contra isolados severos (12). Detectado

em AM (13). * O nome em português desta moléstia tem suscitado controvérsias. Contudo, a primeira menção, como

mosaico do mamoeiro foi feita por A.S. Costa, na descrição original da moléstia no Brasil, em função dos

sintomas foliares, e respeitando a prioridade deveríamos assim se referir, e não pela tradução do nome em

inglês (Papaya ringspot vírus- P) que seria vírus da mancha anular do mamão, sintomas observados apenas nos

frutos. O assunto foi discutido no artigo de J.A.M. Rezende em Fitopatol.Bras. 9:455. 1984.

Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 1: 41. 1935; (2) Costa, A.S. O Biologico 7: 248. 1941;

(3) Costa, A.S. et al. O Agronomico 21: 38. 1969; (4) Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 55. 1969; (5)

Lima, J.A.A. et al. Fitossanidade 1: 56. 1975; (6) Almeida, A.M.R. & Carvalho, S.L.C.

Fitopatol.Bras. 3: 65. 1978; (7) Barbosa, F.R. & Paguio, O.R. Fitopatol.Bras. 7: 37. 1982; (8)

Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 9:607. 1984; (9) 12: 106. 1987; (10) Nickel, O. et al.

Fitopatol. Bras. 29: 305. 1995; (11) Souza Jr., M.T. & Gonsalves, D. Fitopatol.Bras. 24: 362.

1999; (12) Moreira, A.G. et al. Vírus Ver&Res 11 (supl): 48. 2006; Brioso, P.S.T. et al.

Trop.Plt. Pathol. 38: 196. 2013.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

Recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas nas estufas do IAC,

SP. Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

Sobemovirus

Solo papaya lethal yellowing virus- (SPLYV): vírus do amarelo letal do mamoeiro

Solo

Primeiro relato em Vertentes e Pombos, PE. Sintomas de amarelecimento das

folhas parcialmente desenvolvidas do terço superior da copa, que podem cair

posteriormente. Os ponteiros ficam distorcidos e cloro)ticos, murchando em seguida

resultando na morte da planta. Os frutos murcham, geralmente seguida de intensa

exsudação do látex. Transmite-se mecanicamente de mamoeiro a mamoeiro.

Microscopia eletrônica revelou alta concentração de partículas isométricas, ca. 30 nm,

nos tecidos das plantas infectadas (1). Foi constatado a seguir na BA (2), RN (3), CE

(6), PB (7). O isolado do RN foipurificado tendo-se produzido um anti-soro (4) e

confirmado como sendo idêntico ao vírus originalmente descrito em PE (5). Análise da

sequência do genoma sugere que à família Tombusviridae (8). Há evidências de sua

transmissão pelo solo (9). Estudos moleculares indicam maior homologia com

Sobemovirus (10,11,12). Ref.: (1) Loreto, T.J.G. et al. O Biológico 49: 275. 1983; (2) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 13: 147. 1988;

(3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 17: 282. 1992; (4) Oliveira, C.R.B. et al. Fitopatol.brás. 14:

114.1989; (5) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 17: 336. 1992; (6) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras.

19: 437. 1994; (7) Camarço, R.F.E.A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 413. 1996; (8) Silva, A.M.R. et al.

Fitopatol.Bras. 22: 529. 1997; (9) Camarço, R.F.E.A. et al. Fitopatol.Bras. 23: 453. 1998; (10) Silva,

A.M.R. et al. Vírus Rev.& Res. 5: 196. 2000; (11) Amaral, P.P.R. et al. Virus Rev. & Res. 7? 154. 2002;

(12) Pereira,A.J. et al. Virus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011.

Page 25: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

25

Totivirus possível

Papaya sticky disease vírus (PapSDV); vírus da meleira do mamoeiro

Sintomas de exsudação espontânea de látex de consistência aquosa nos frutos,

folhas e ramos de mamoeiro foram observados em plantios comerciais de mamoeiro da

região de Linhares, ES. Os frutos ficam manchados externamente quando o látex seca e

ficam insossos, sem valor comercial. Estudos epidemiológicos sugeriram etiologia viral

tendo sido transmitido por injeção de látex (1). A enfermidade também foi associada à

presença de partículas de ca. 50 nm de diâmetro associadas a doença, e dsRNA de ca. 6

x 106 Da (2). Sua presença foi constatada também na BA (3), no submédio S.Francisco,

PE (4), CE (6), Jaíba, MG (8). Há relatos de sua transmissão mecânica com macerados

de mosca branca (5). O vírus foi purificado e constatado como tendo um genoma de

dsRNA de 12 kpb (7). Ref.: (1) Rodrigues, C.H. et al. Fitopatol. Bras. 14: 118. 1989; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 18:

118. 1993; (3) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 22: 331. 1997; (4) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 24;

365.1999; (5) Habibe, T.C. et al. Fitopatol.Bras. 26: 526. 2001; (6) Lima, R.C.A. et al. Fitopatol.Bras. 26:

522. 2000; (7) Maciel-Zambolin, E. et al. Plant Pathology 52:389. 2003; (8) Boari, A.J. et al.

Fitopatol.Bras. 29: S73. 2004.

Caryocar brasiliense Camb. (Pequi) Caryocaraceae

Vírus isométrico não identificado

Planta de pequi exibindo mosaico e clorose internerval e eventualmente manchas

necróticas foi encontrado no DF. Inoculação mecânica do extrato foliar da planta doente

causou reações em algumas plantas-teste leguminosa. Exames ao microscópio

eletrônico revelaram presença de partículas isométricas. Não se logrou reinfectar pequi. Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 14: 115. 1989.

Cassia hoffmannseggii Mart ex Benth (Lava prato) Fabaceae

Tymovirus

Cassia yellow mosaic associated virus (CaYMaV); virus associado ao mosaico

amarelo da cássia

Um tymovírus distinto dos anteriormente descritos (pela sequencia da proteína da capa,

o mais próximo seria o Kennedya yellow mosaic vírus) foi encontrado co-infetando

CABMV em algumas plantas de lava-prato em PE (1). Ref.: (1) Nicolini et al. Vírus Genes 42:28. 2012.

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Plantas com sintomas de mosaico ocorrem com frequência em alguns

municípios de PE. O agente causal foi identificado como um potyvirus, que infeta

experimentalmente algumas outras leguminosas, o gergelim (Sesamum indicum-

Pedaliaceae) e induz lesões locais em Chenopodium amaranticolor (1, 2). É transmitido

de maneira estiletar por afídeos (2). Estudos sorológicos mostram relacionamento

próximo ao subgrupo do BCMV (3). O vírus referido como manchas amarelas do lava

prato foi identificado como um isolado do CABMV. Ref.: (1) Paguio, O.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 6: 187. 1981; (2) Souto, E.R. & Kitajima, E.W.

Fitopatol.Bras. 16: 256. 1991; (3) 17: 292. 1992.

Cassia macranthera DC (fedegoso) Fabaceae

Cassia sylvestris Wilkstrom (ponçada) (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Carlavirus

Cassia mild mosaic vírus (CasMMoV); vírus do mosaico suave da cássia

Page 26: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

26

No DF, um mosaico suave em C. sylvestris foi identificado como sendo causado

por um carlavirus (1), que também foi associado a um “dieback” em C. macranthera

(2). No Estado do Paraná há evidências de um vetor aéreo para a disseminação da virose

(3), que também foi constatada no Est. São Paulo, causando necrose nas vagens (4). Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Plant Dis.Reptr. 63: 501. 1979; (2) Lin, M.T. 64: 587. 1980; (3) Lima N, V.C. et

al. Fitopatol.Bras. 16: LII. 1991; (4) Seabra, P.V. et al. Virus Rev. Res. 3: 143. 1998, 2001.

Possível membro da ordem Tymovirales

Senna virus X (SeVX); vírus X de Senna

Potyvirus

Senna virus Y (SeVY); vírus Y de Senna

Presumível vírus alongado foi encontrado em fedegoso com manchas cloróticas

nas folhas em Viçosa, MG. Análise das sequências de nucleotídeos obtidas de extratos

foliares indicaram a presença de dois vírus distintos, um potyvirus (SeVY) e outro,

representante da ordem Tymovirales, mas de família/gênero incerto, referido como

SeVX (1). Ref.: (1) Beserra Jr., J.E. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 115. 2011.

Catharanthus roseus (L.) G.Don. (Boa noite, vinca) Apocynaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

É comum a ocorrência desta ornamental com sintomas de mosaico. O agente

causal foi identificado no Est.S.Paulo como CMV (1, 2, 3, 4, 5). Estudos de genealogia

mostraram que o vírus isolado em vinca agrupou-se no mesmo clado dos demais

isolados brasileiros (6). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983; (2) Duarte, L.M.L. et al. 1992ª; (3) Alexandre et

al. 1995;(4) Espinha, L.M. et al. Fitopatol.Bras. 19(supl.): 307. 1994; (5) Duarte et al. 2001; (6) Duarte,

L.M.L. et al. Tropical Plant Pathol. 33(supl.): S290. 2008.

Potyvirus

Catharanthus mosaic virus (CatMV); vírus do mosaico de Catharanthus

Mosaico e distorção foliar de vinca, proveniente de Pirassununga, SP, foram

associados a Potyvirus. A identificação foi realizada através de teste biológico e

microscopia eletrônica, tendo sido observadas inclusões do sub-grupo I de acordo com a

classificação de Edwardson. Mosaico e deformação foliar causados por uma nova

espécie de potyvirus, em SP (2). Ref. (1). Seabra, P.V. et al. Arq.Inst. Biol. (supl.) 66: 116.1999;(2) Maciel, S.C. et al. Sci.Agric. 68: 687.

2011.

Cayaponia tibiricae (Naud.) Cogn. Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Rezende)

Potyvirus

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de

moita

Plantas com sintomas de mosaico constatadas em Atibaia, SP. Ensaios

demonstraram que o agente causal era o ZYMV, servindo possivelmente como

reservatório natural do vírus (1). Ref.: (1) Yuki, V.A. et al. Plant Dis. 83: 486. 1999.

Centrosema brasilianum L. (Cunha) Fabaceae

Begomovirus

Centrosema yellow spot virus (CeYSV); virus da mancha amarela de Centrosema

Detectado e descrito em PE (1). Ref.: (1) Silva, JCV et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.

Page 27: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

27

Centrosema pubescens Benth. (Jetirana) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Foi constatada em jetirana a ocorrência natural do CPSMV, sorotipo I, no Brasil

Central- DF (1). Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Um potyvirus não identificado foi encontrado em jetirana, associado à presença

de fitoplasma em um ensaio no Embrapa/Gado de Corte, Campo Grande, MS. A

detecção foi feita por microscopia eletrônica (1). Um potyvirus isolado de C. pubescens

foi purificado a partir de feijoeiro, tendo-se produzido um anti-soro específico (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXV.1991; (2) Batista, M.F. et al. Fitopatol. Bras. 20:

339. 1995.

Cestrum nocturnum L. (Dama-da-noite) Solanaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Plantas exibindo sintomas de manchas cloróticas/anelares em folhas verdes e

manchas verdes em folhas senescentes de dama-da-noite foram encontradas em Atibaia,

SP, associadas à infestação com ácaro tenuipalídeo Brevipalpus sp. Exames ao

microscópio eletrônico revelaram a presença de efeito citopático causado pelos vírus do

tipo nuclear, dos transmitidos por ácaros Brevipalpus (1). Os sintomas foram

transmitidos pelos ácaros B. phoenicis e B. obovatus (2). Ref.: (1) Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. (supl.) 27: 205. 2002; (2) Summa Phytopathol. 30: 80.

2004

Chenopodium album L. (Erva-de-Sta.Maria) Chenopodiaceae Begomovirus

Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomate

Infecção natural de erva-de-Sta.Maria pelo ToRSV constatada em Sumaré,SP

(1). Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Trop.Plant Pathol. 33(supl): S286. 2008.

Chenopodium murale L. (Pé-de-ganso) Chenopodiaceae

Sobemovirus

Sowbane mosaic virus (SoMV); vírus do mosaico do quenopódio

Encontrado originalmente em plantas de Chenopodium murale com sintomas de

mosqueado, em Riverside, CA, EUA (3). SoMV causa sintomas de mosaico em

quenopódio sendo transmissível pelas sementes; tem partículas isométricas ocorrendo

em alta concentração nos tecidos infetados. Foi transmitido por cigarrinhas (Circulifer

tenellus (Baker), Halticus citri Ashmead), mosca minadora (Liriomyza langei Frick).

Foi o primeiro vírus de planta purificado no Brasil, em SP, onde foi constatada sua

ocorrência, e do qual se produziu anti-soro (1,2). Ref.: (1) Silva, D.M. et al. Rev.Agricultura, Piracicaba, 32: 189. 1957;(2) Bragantia 17: 167. 1958; (3)

Bennett, C.W. & Costa, A.S. Phytopathology 51: 546. 1961.

Chrysantemum frutescens L. (Margarida-dos-floristas) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potyvirus

Page 28: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

28

Potyvirus não identificado

Um potyvírus, parcialmente caracterizado e purificado, foi detectado em

margarida em SP (1) Ref.: (1) Paiva, F.A. & Desjardins, P.R. Fitopatol. Bras. 7: 542, 1982.

Chrysantemum leucanthemum L. (Margarida-olga) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Plantas de margarida branca com manchas necroticas nas folhas foram

encontradas em um jardim do Hotel Nacional em Brasília, DF, em alta incidência.

Estudos posteriores indicaram que o agente causal era um tospovírus (1). Ref.: Oliveira, C.R.B. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 14: 89. 1989.

Chrysantemum morifolium Ramat. (Crisântemo) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Detectado em plantas de margarida com faixas amarelas nas folhas, coletadas

em Capão Bonito, SP. Exames ao microscópio eletrônico demonstraram a presença de

um nucleorhabdovirus (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol. Bras. 4: 55. 1979

Ilarvirus

Ilarvirus não identificado

Detecção de um ilarvírus não identificado em crisântemo, em SP, sem menção a

sintomas (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 19: 311. 1994

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Tospovirus, distinto dos demais conhecidos, identificado como agente causal de

uma virose caracterizada por necrose nas hastes e folhas de crisântemo procedente de

Atibaia, SP (1). Posteriormente foi identificado também em Cotia, Ibiuna, Vargem

Grande Paulista, (SP) em crisântemos do cv. Polaris, principalmente ( 2). CSNV foi

encontrado também infetando naturalmente tomateiro em MG (3). Foi definitivamente

considerado como uma nova espécie de tospovirus (4). Acha-se descrito em crisântemo

no RJ (5). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. J. Phytopathol. 143: 569. 1995; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Fitopatol.

Bras. 21: 80. 1996; (3) Resende, R.O. et al. Fitopatol. Bras. 20: 299. 1995; (4) Bezerra, I.C. et al.

Fitopatol. Bras. 21: 430. 1996; (5) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 29: S140. 2004.

Viróide

Pospiviroid

Chrysantemum stunt viroid (CSVd); viróide do nanismo do crisântemo

Detectado em crisântemo por R-PAGE em SP (1). Detectado, identificado e

caracterizado por sPAGE, RT-PCR, RT-qPCR e sequenciamento em SP (2). Ref.: (1) Dusi et al., Plant Pathology 39: 636. 1993;(2) Gobatto,D. et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl).

CDRom. 2012.

Cicer arietinum L. (Grão-de-bico) Fabaceae

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Plantas com sintomas de clorose e malformação das folhas apicais foram

constatadas em Brasília, DF. O agente causal foi identificado como um isolado do

TSWV (1).

Page 29: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

29

Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 19: 278. 1994.

Tobamovirus

Sunn hemp mosaic virus (SHM), possível

Foi isolado um tobamovirus de plantas de grão-de-bico com sintomas de

amarelecimento e morte em um campo experimental do Inst. Agron. Campinas, SP (1).

É possível que este tobamovirus esteja relacionado com o vírus do mosaico de crotalaria

(Sunn hemp mosaic tobamovirus- SHMV), especializado em leguminosas (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 14: 42. 1988; (2) Fitopatol.Bras. 13: 115. 1988

Cichorium endivia L. (Chicória/Escarola) Asteraceae (vírus de Chicorium revisados por Renate Krause-Sakate) Tospovirus

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Sintomas de necrose sistêmica em folhas de chicória, observados no SP. O

agente causal foi identificado como TCSV (1,2). Ref.: (1) Pedrazzoli, D.S. et al. Summa Phytopathol. 26: 132. 2000; (2) Colariccio, A. et al. Summa

Phytopathol. 27: 325. 2001.

Potyvirus

Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface

Durante um levantamento de viroses de plantas no RJ foram encontradas, em

baixa incidência, plantas de chicória com sintomas de mosaico. Estudos subsequentes

identificaram o agente causal como LMV (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.

Cichorium intybus L. (Almeirão) Asteraceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Sintomas de mosaico e manchas amarelas em folhas de almeirão são conhecidos

desde 1938 em várias regiões do SP. O agente causal foi identificado como um isolado

de tospovírus (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Costa, C.L. Rev.Oleric. 11: 33. 1971.

Citrullus lanatus (Thumb.) Matsui & Nakai (Melancia) Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Rezende)

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

SqMV foi constatado em melancia, em infecção dupla com PRSV-W, no PI (1),

MA (2). RJ (3), TO (4). Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 417. 1980; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537.

1982; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (4) Alencar, N.E. et al. J. Biotechnol. Biodiv.

3: 32. 2011.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV detectado em melancia no submédio S. Francisco, PE (1). Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 337. 1997

Tospovirus

Zucchini lethal chlorosis vírus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha zucchini

Foi detectado um tospovirus em melância em área irrigada de Guadalupe, PI,em

plantas de melância com mosaico e deformação foliar. Detectaram-se partículas de

tospovirus por microscopia eletrônica. Presume-se infecção pelo ZLCV, embora

necessite confirmação (1). Ref.: (1) Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.

Potyvirus

Page 30: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

30

Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Mosaico, causado pelo PRSV-W, constatado em culturas de melancia no DF (1),

CE (2), SP (3), MA (4), PE (5), RJ (6), MG (7), RO (8). Em SC (9) e PI (10). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 51. 1974; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5:

414. 1980; (3) Lin, M.T. et al. Res.20o Cong.Bras.Oleric.: 144. 1980: (4) Kitajima, E.W. et al.

Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (5) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 113. 1984; (6) Kitajima, E.W. et

al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (7) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 301. 1985; (8) Ferreira, M.A. et

al. Fitopatol.Bras. 28: S249. 2003; (9) Colariccio,A. et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl):S306. 2007; (10)

Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.

Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia

WMV detectado em melancia em levantamento feito no submédio S.Francisco,

PE (1). Ref.: Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 337. 1997.

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-de-

moita

ZYMV foi constatado pela 1ª vez no Brasil, em melancia, em amostras

procedentes de Votuporanga, SP, por ensaios biológicos, sorologia e imunomicroscopia

eletrônica (1). Detectado em melancia no PA (2), RO (3), SC (4), TO (5), PI (6). Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 20: 72. 1995; (2) Poltronieri, L.S. et al. Fitopatol. Bras. 25: 669.

2000; (3) Ferreira, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 28: S249. 2003. (4) Colariccio,A et al. Fitopatol.Bras. 32

(supl):S306. 2007; (5) Alencar, N.E .et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32. 2011.(6) Beserra Jr., J.E.A. et al.

Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.

Citrus spp. Rutaceae (revisado por Juliana Freitas-Astúa)

Ver revisão em Muller, G.W. et al. in Citros (Mattos Jr. et al. Eds.) p.569. 2005.

Citrus aurantifolia Christm. (lima ácida), C. aurantium L. (laranja azeda), C. grandis

(L) Osbeck, C. limon (L) Burm.f.(limão verdadeiro), Citrus medica L. (cidra), C.

paradisi Macf. (pomelo), C. sinensis Osbeck (laranjeira), C. reticulata Blanco

(mandarina)

Dichorhavirus

Citrus leprosis vírus N (CiLV-N); vírus da leprose do citros N

Existe outro vírus distinto, CiLV-N, causando sintomas de leprose e também

transmitido por ácaros Brevipalpus, possivelmente de maneira circulativa/propagativa,

ainda não adequadamente caracterizada e que seria um representante de vírus

transmitidos por Brevipalpus do tipo nuclear (3). Constatado nos Estados de SP, MG e

RS (1). Fora do Brasil acha-se constatado no Panamá e Mexico. Um isolado do México

foi inteiramente seqüenciado mostrando-se muito próximo ao vírus da mancha da

orquídea (Orchid fleck vírus- OFV) (2). Ref.: (1) Rodrigues, J.V.R. et al. Exp.Appl.Acarol. 30: 161. 2003; (2) Roy,A. et al.,Virus Genome

Announcements 1(4) e00519-13. 2013.

Capillovirus

Apple stem grooving virus (ASGV); vírus da canelura do ramo da macieira

Foram encontradas em SP plantas da tangerina Cleópatra com intumescências

dos frutos. Ensaios de transmissão e moleculares e microscopia eletrônica detectaram o

ASGV que causa a condição conhecida como “citrus tatter leaf” (1). Ref.: (1) Lovisolo, O. et al. Fitopatol.Bras. 28: 54. 2003.

Marafivirus

Citrus sudden death associated virus (CSDaV); vírus associado à morte súbita dos

citros

Descrita por volta de março de 2001 no sul do Triângulo Mineiro, MG,

rapidamente se dissemnou em vários pomares comerciais da região (1) e a seguir, para

os plantios do norte de SP, sempre afetando laranjeiras doces enxertadas sobre limão

Page 31: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

31

Cravo e Volkameirana. Estudos epidemiológicos indicaram a existência de um vetor

alado, possivelmente afideos (2). A doença se caracteriza inicialmente por alterações na

coloração da folhagem, que se torna mais fosca. Em poucos meses a planta morre. E

mais notório no inicio da época das chuvas, quando o desenvolvimento vegetativo da

planta e mais intenso. Um sintoma característico e a coloração amarelada no tronco, na

altura do enxerto. Estudos anatômicos mostram degeneração do floema na zona do

enxerto (3). A situação lembra o caso da tristeza em laranjeiras enxertadas sobre laranja

azeda. As suspeitas ficaram na possibilidade de ser uma variante da tristeza e/ou um

vírus desconhecido. Trabalhos desenvolvidos por técnicos da Alellyx demonstraram

haver um vírus isométrico, da família Tymoviridae, possivelmente um Maculavirus

associado a MSC, tendo sido designado de vírus associado à morte súbita do citros

(CSDaV) (4) fato confirmado por outros autores (5,6). Este vírus tem sido também

encontrado em plantas assintomaticas (laranja doce sobre tangerina Cleópatra), e em

plantas sintomáticas obtidas por transmissão por enxertia (que levou cerca de 2 anos

para expressar os sintomas); foi também detectado em afideos que se alimentaram em

plantas doentes e naquelas inoculadas com estes afídeos (7). Ref.: (1) Gimenes-Fernandes, N. et al. Summa Phytopathol. 27: 93. 2001; (2) Bassanezi et al.

Phytopathology 93: 502. 2003; (3) Román, M.P. et al. Plant Dis. 88: 453, 2004; (4) Maccheroni, W. et al.

Abst.15th Conf.IOCV p. 63. 2004; (5) Barros, C.C.P. et al. Fitopatol.Bras. 29: S278. 2004: (6) Harakawa,

R. Summa Phytopathol. 30: 101. 2004; (7) Yamamoto, P.T. et al. Plant Dis. 95: 104. 2011.

Closterovirus

Citrus tristeza virus (CTV); vírus da tristeza do citros

Foi a doença mais devastadora que afetou a citricultura brasileira, tendo

destruído cerca de 10 milhões de laranjeiras, enxertadas sobre laranja azeda, nos anos

1940, mas a mudança de porta-enxerto permitiu sobrepujá-la. É causado pelo CTV.

Levantamentos feitos em várias regiões de SP indicaram que o mal ocorre em

laranjeiras enxertadas sobre laranja azeda. Presume-se que as infecções iniciais teriam

ocorrido no Vale do Paraíba (1-3). Webber (4) comenta a similaridade da tristeza com

doenças similares na África do Sul e Java e sustentou sua etiologia viral. Estudos

epidemiológicos indicaram a existência de um vetor alado que foi confirmado como

sendo o pulgão preto Toxoptera citricidus Kirk. (originalmente identificado como Aphis

tavaresi Del Guercio) (5). Nas plantas afetadas ocorre o declínio geral, redução do

limbo foliar, sintomas de deficiência, em especial de Zn, podridão das raízes seguida de

morte. Há alterações significativas na região do floema na zona de enxerto. A

enfermidade seria resultado do colapso do floema na zona do enxerto (sintomas

primários), com a conseqüente degeneraçao do sistema radicular (sintomas secundários

nas folhas) e morte da planta (6-8). O receio da introdução do CTV nos EUA criaram

fundos que apoiaram as pesquisas como este vírus no Brasil, com a vinda de

virologistas como C.W. Bennett e T.J. Grant nos anos 50 e posteriormente o apoio

financeiro ao projeto de premunização (16). Certos isolados causam sintomas

conhecidos como caneluras (stem pitting) com depressões lineares no lenho. Isolados

brandos do CTV foram reconhecidos em 1951. Partículas virais, alongados, do tipo

closterovirus visualizadas pela primeira vez em 1964 (9) e foram também detectados in

situ apenas no floema, confirmando ser um vírus restrito a esse tecido (11). A ideia de

proteção cruzada para o controle de CTV do tipo canelura havia sido sugerida por

Giacometti & Araújo (10), e levada a cabo por Muller & Costa, em especial tendo em

vista a ameaça representada por uma variante muito severa, causando caneluras

conhecida como tristeza Capão Bonito (12, 13, 16). Isto permitiu o ressurgimento das

laranjas Pêra e do limão galego. A transmissão do CTV é também possível através de

lâminas cortantes em ramos (15). Clones livres de CTV foram obtidos por

microenxertia (18). Ensaios com anticorpos monoclonais e técnicas moleculares tem

Page 32: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

32

demonstrado a existência de um complexo de isolados numa planta infetada (19). Parte

do genoma de estirpes severas e protetivos foram sequenciados (20). No Brasil, assim

como em todo continente americano, CTV está presente onde se cultiva plantas cítricas. Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 6: 268. 1940; (2) Moreira, S. O Biológico 8: 269. 1942; (3)

Bitancourt, A.A. & Rodrigues Fo., A.J. Arq.Inst.Biol. 18: 313. 1948; (4) Webber, H.J. O Biológico 9:

345. 1943; (5) Meneghini, M. O Biológico 14: 115. 1948; (6) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J.Agric.Res.

78: 207. 1949; (7) Moreira, S. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 24: 335. 1949; (8) Grant, T.J. & Costa,

A.S. Phytopathology 41: 114. 1951; (9) Kitajima, E.W. et al. Nature 201: 1011. 1964; (10) Giacometti,

D.C. & Araújo, C.M. Proc.3rd Conf. IOCV: 14. 1965; (11) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Proc.4th

Conf.IOCV p. 59. 1968; (12) Muller, G.W. et al. Rev Soc.Bras.Fitopatol. 2: 33. 1968; (13) Muller, G.W.

& Costa, A. Rev. Soc. Bras. Fitopatol. 5:117. 1972; (14) Muller, G.W. Summa Phytopath. 2: 245. 1976;

(15) Garnsey, S.M. & Muller, G.W. Proc.10th

Conf. IOCVÇ46.. 1988; (16) Costa, A.S. & Muller, G.W.

Plant Dis. 64: 538. 1980; (17) Muller,G.W. & Costa, A.S. Proc.Workshop of Citrus Tristeza and

T.citridus in Central America: Development of management strategies and use of biotechnology for

control (Maracay): 126-131. 1992; (18) Baptista, C.R. et al. Fitopatol.Bras. 20: 288. 1995; (19) Corazza-

Nunes, M.J. et al. Res. 14 Conf. IOCV: 133 1998/ (20) Targon, M.L.P.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 362.

1999.

Ophiovirus

Citrus psorosis virus (CPsV); vírus da sorose dos citros

Clorose e padrão “oak leaf” em folhas novas, escamamento da casca no tronco e

galhos; gomose concava e “blind pockets” em plantas com mais de 12 anos. Encontrado

em laranjeiras doces em várias regiões do Est. de SP (1,2) e também na BA (onde

ocorre ausência de sintomas em folhas novas) (3). Presume-se que a sorose encontrada

na Bahia (tBA) seja distinta da convencional (5). Há relato de transmissão da sorose

pela semente em Poncirus trifoliata (4). Há evidências da existência de vetor para tBA

em ensaios de campo com plantas protegidas e não protegidas (6). Ref.: (1) Rossetti, V. & Salibe, A.A. O Biologico 27: 29. 1961; (2) Rossetti, V. & Salibe, A.A. Bragantia

21: 107. 1962; (3) Passos, O.S. et al. Proc.6 th Conf.IOCV p. 135. 1974; (4) Salibe, A.A. Fitopatologia

(Lima) 11: 30. 1976; (5) Nickel, O. Fitopatol.Bras. 196. 1997; (6) Barbosa, C.J. et al. Res. 14 Conf.

IOCV: 143. 1998.

Cilevirus

Citrus leprosis virus C (CiLV-C); vírus da leprose do citros C

A leprose do citros é uma virose que se caracteriza por lesões localizadas em

folhas, frutos e ramos. Pode ocorrer intensa queda de folhas e frutos. As lesões nos

ramos podem confluir e resultar em uma morte descendente da planta, com sua perda

em poucos anos. É transmitido, possivlemente d emaneira circulativa, pelo ácaro

tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis. A natureza viral foi constatada por enxertia de

lesões de ramos, visualização de partículas virais, transmissão mecânica e o

sequenciamento completo do genoma do vírus. Este foi considerado um vírus distinto

dos conhecidos, sendo designado oficilamente CiLV-C, pertencente a um novo gênero

Cilevirus. É uma das enfermidades mais importantes dos citros e seu controle pela

aplicação de acaricidas contra seu vetor representa uma parcela considerável nos custos

de produção (1, 3). A leprose foi detectada, baseada em sintomas, em vários estados do

Brasil, em um levantamento feito por Bitancourt & Fawcett nos anos 1930 (2) e

confirmado nos anos recentes por técnicas moleculares [estados de RS, PR, SP, RJ,

MG, GO, DF, MS, BA, SE, PE, PA, AM, RO, RR, AC (1). Foi constatada a infecção

natural de trapoeraba (Commelina benghalensis L.) pelo CiLV-C (4) e

experimentalmente o vírus foi transmitida por ácaros a um grande número de

hospedeiras (5,6). O feijoeiro mostrou-se excelente planta indicadora, reagindo com

lesões locais necróticas à inoculação do vírus com ácaros (7). Ref. (1) Bastianel, M. et al. Plant Dis. 94: 284. 2010; (2) Bitancourt, A.A. Arq.Inst.Biol. 22: 161. 1955;

(3) Rodrigues, J.V.R. et al. Exp.Appl.Acarol. 30: 161. 2003; (4) Nunes et al., Plant Dis. 2012; (5)

Nunes et al., Plant Dis. 96: 968. 2011; (6) Garita et al. Trop.Plant Pathol. 2013; (7) Garita et atl., Plant

Dis. 97:1346. 2013

Page 33: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

33

Possíveis viroses

Clorose zonada

A clorose zonada foi descrita inicialmente na década dos 30 em laranjas doce,

limão, pomelo, nos Estados do RJ e SP (vale do Paraíba e litoral norte). Há materiais

suspeitos oriundos da BA, PR, RS e MG. Clorose em folhas alternando zonas paralelas

ou faixas cloróticas e verdes, formando anéis elípticos ou linhas irregulares

simetricamente dispostas ao longo da nervura principal da folha. Há sintomas também

nos frutos- nos verdes, áreas cloróticas circulares ou elípticas e nas maduras, arcos ou

anéis pardos, ligeiramente deprimidas. Foi sugerida possível etiologia viral e apontadas

certas similaridades com a leprose e “concentric ring blotch”(1,2). Não se transmite

mecanicamente ou por enxertia. Ensaios de campo sugeriam ácaros como vetores e

experimentos em casa-de-vegetação demonstraram que o ácaro tenuipalpídeo

Brevipalpus phoenicis transmite a doença (3,4). Exames ao microscópio eletrônico não

revelaram a presença de presumíveis vírus até o momento (Chagas, C.M. & Kitajima,

E.W. dados não publicados). Constatado no SE (5). Um caso suspeito foi encontrado em

Teresina,PI (6). Ref.: (1) Bitancourt, A.A & Grillo, H.V.S. Arch.Inst.Biol. 5: 247. 1934; (2) Bitancourt, A.A. O Biológico

1: 255. 1935; (3) Rossetti, V. et al. Arq.Inst.Biol. 32: 111. 1965; (4) O Biológico 31: 113. 1965; (5) Boari,

A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005; (6) Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl)

CDRom. 2013.

Cristacortis

Cristacortis foi observada em Mogi Guaçú, SP pela primeira vez, em pomar de

mandarina Clementina importada da Espanha. Os sintomas foram notados em troncos

de Hamlin, sobre o qual a mandarina havia sido enxertada. Sintomas de invaginações

estreitas nos galhos, ramos e troncos de 1-2 anos, formando concavidades. Retirando-se

a casca observa-se uma “crista” na parte interna da casca que penetra no lenho, daí o

nome da doença. A crista é formada por tecido cortical. A termoterapia tem sido

utilizada para sua eliminação. Presumível virose, mas o agente causal permanece

desconhecido (1). Há relato de sua ocorrência em cidreira no sul de MG (2). Ref.: (1) Rossetti, V. Anais III Cong.Bras.Frutic. vol.1:117. 1975; (2) Botrel, N. et al.

Pesq.Agropec.Bras. 26: 2075. 1991.

“Rumple”

Uma anomalia que afeta frutos de certos clones de limões verdadeiros.

Conhecido na Flórida (EUA), Etiópia, Chipre, Líbano, Itália e Turquia. Há um relato no

Brasil, na Est. Exp. Limeira do IAC, SP em limão Lisboa (depressões irregulares na

casca, que de verde amarelada evolui para marrom e marrom-negro/necrótico). Afeta

apenas a casca e não há outros sintomas nas plantas e é conhecida como “rumple” (1).

Há menção da ocorrência desta anomalia em pomares do RS, mas sua etiologia ainda

não foi esclarecida (2). Ref.: (1) Salibe, A.A. Cien.Cult. 23 (supl.): 221. 1971; (2) Rossetti, V. et al. Proc. 9

th Conf. IOCV p. 180.

1984.

Viróides (doenças de viróides revisado por M. Eiras)

Apscaviroid

Citrus dwarfing viroid (CDVd); viróide do nanismo do citros

Este viróide, conhecido anteriormente como viróide do citros III, foi detectado

em citros em 2001 em SP (1,2). A infecção resulta em redução de porte da planta.

Recentemente, isolados de CDVd em associação com HSVd-Ca (que causa xIloporose)

foram identificados e caracterizados em plantas de laranjeira doce ‘Navelina’ (3). Ref.: (1) Targon, M.L.P.N. et al., Laranja 22: 243. 2001; (2) Eiras, M. et al., Trop. Plant Pathol. 35: 303.

2010.

Pospiviroid

Page 34: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

34

Citrus exocortis viroid (CEVd); viróide da exocorte dos citros

A exocortis era conhecida como falsa gomose desde 1947, mas foi identificada

como virose em 1954 em SP (1), embora nos anos 1970 tenha sido descoberta a

etiologia viroidal. A infecção resulta em fendilhamento e descamação da casca dos

troncos. Há isolados que causam nanismo. O uso de clones nucelares eliminou o

patógeno na maioria dos citros cultivados, remanescendo apenas em poucos clones do

limão Tahiti. A caracterização molecular do CEVd foi feita no Brasil pela primeira vez

por Fonseca et al. (2). Este viróide foi também detecatado em videira ( 3). Ref.: (1) Moreira, S. O Agronômico 6:10. 1954; (2) Fonseca, M.E.N. et al. Fitopatol.Bras. 13: 145. 1988;

(3) Eiras, M. et al. Summa Phythopathol. 36 (supl.) CDRom. 2010.

Hostuviroid

Hop stunt viroid (HSVd); viróide do nanismo do lúpulo

Uma enfermidade de plantas cítricas, caracterizada por produzir caneluras no

câmbio e projeções na casca, tem sido referida como cachexia ou xiloporose. O agente

causal foi identificado como um viróide, inicialmente referido como o da cachexia dos

citros, em SP, mas análises moleculares revelaram que seria um isolado do HSVd. Sua

detecção molecular no Brasil foi feita em 1989 (1), e recentemente isolados de HSVd

foram caracterizados em limão Tahiti e laranjeira doce ‘Navalina’ (2,3). Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. & Kitajima, E.E. Fitopatol.Bras. 14: 164. 1989; (2) Eiras,M. et al. Trop. Plant

Pathol. 35: 303. 2010; (3) Trop.Plt.Pathol. 38:58. 2013.

Vírus não caracterizados

Citrus vein enation virus (CVEV); vírus da enação da nervura do citros

Primeiro relato no país em limoeiros enxertados sobre limão Volkameriano em

pomares comerciais de SP. Foram notadas galhas lenhosas no porta-enxerto sugerindo

agente infeccioso, presumido como sendo o vírus da enação das nervuras, um vírus

ainda não devidamente caracterizado, provavelmente isométrico. A| anomalia é referida

como “Woody gall”. A identificação foi feita usando como indicadora o limão rugoso

Florida enxertado sobre limão cravo (2). Há evidências de transmissão pelo pulgão

Toxoptera citricidus (1). Ref.: (1) Carvalho, S.A. et al. Fitopatol.Bras. 28:95. 2001;(2) Jacomino, A.P. & Salibe, A.A. Proc.12

Conf. IOCV :357. 1993.

Citrus leaf curl virus; vírus do enrolamento das folhas de citros

Anomalia em citros caracterizada por enrolamento das folhas e morte

descendente nos ramos e conhecida como crespeira. Transmissível por enxertia.

Relatado em SP. Vírus ainda não caracterizado (1,2). Ref.: (1) Salibe, A.A. Plant Dis.Reptr. 43: 1081. 1959; (2) Proc.3

rd Conf. IOCV: 175. 1965.

Cleome affinis DC. (Mussambé) Capparaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Infecção natural de mussambé pelo CMV foi relatada na Zona da Mata de PE (1) Ref: (1) Nicolini, C et al. Trop.Plt Pathol. 34(supl):S271. 2009.

Begomovirus

Cleome leaf crumple virus (ClLCrV) Foi constatada a ocorrência de mosaico dourado em mussambé em Campinas,

SP, provavelmente causada por vírus transmitido por mosca branca do complexo

clorose infecciosa das malváceas (1). Encontrado em PE (2). Um isolado de PE foi

sequenciado mas a identificação não foi completada (3). Outro isolado foi encontrado

em AL e PE (4). Vários isolados de begomovírus foram obtidos em amostras coletadas

nos estados de AM, TO, MT, GO PE e BA. Estes isolados se dividiram em 3 grupos

apresentando similaridades com alguns begomovírus conhecidos (SmMV, ToYS,

SiYLCV) mas dentro dos critérios atuais podem ser consideradas espécies novas.

Page 35: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

35

Análise molecular de amostras coletadas no NE do Brasil indicaram que todos seriam

essencialmente idênticos ao ClLCrV isolado em MT (6). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 6: 3. 1980; (2) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.

2001 (3) Listik, AF et al. Summa Phytopathol. 32:397. 2006; (4) Assunção, LP et al. Planta Daninha 24:

239.2006; (5) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. UnB. 2010; (6) Silva , S.J. et al. Arch.Virol. 156: 2205. 2011.

Clerodendrum x speciosum Tiejism.& Binn. (Coração-sangrento),

C. thomsonae BALF. (Lágrima-de-Cristo)

C. splendens G. Don. (Clerodendro vermelho). Lamiaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Dichorhavirus

Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica de

Clerodendrum

Manchas cloróticas em C. x speciosum associadas à infestação pelo ácaro

tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis, em Piracicaba, SP. Posteriormente, foram

observadas também em C. thomsonae e C. splendens. Constataram-se efeitos citopáticos

do tipo nuclear dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Demonstrou-se a

transmissão experimental pelo vetor com reprodução dos sintomas. Há evidencias de

transmissão natural, pelo vetor, para diversas outras espécies, nas quais foram

constatadas a presença do vírus por microscopia eletrônica (2). Há evidências de que o

vírus se replica no ácaro vetor (3). Há anti-soro disponível (4). Relatado, também no

estado do Amazonas (5). O vírus foi detectado por RT-PCR também no vetor (6) Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008; (2) Ferreira, P.T.O. et al. Fitopatol. Bras. 29

(supl):78. 2004; (3) Kitajima, E.W. et al. Virus Rev. Res. 11 (supl): 188. 2006. (4) Kubo, K.S. et al.

Fitopatol. Bras. 31 (supl): S184. 2006; (5) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol. 33: 12. 2008; (6)

Kubo, K.S. et al. Summa Phytopathol. 34(supl.): S97. 2008.

Rhabdoviridae

Rhabdovirus não identificado

Um rhabdovirus foi encontrado em tecidos foliares de lágrima-de-Cristo com

sintomas de clareamento das nervuras. Teria havido transmissão por enxertia para fumo

e Nicotiana glutinosa, além de Clerodendron (1). Ref.: (1) Schutta, L.R. et al. Summa Phytopathol. 23: 54. 1997

Cilevirus

Cilevirus não identificado Manchas verdes em folhas senescentes de C. thomsonae associadas à infestação

por ácaros Brevipalpus phoenicis. Houve transmissão experimental dos sintomas pelo

ácaro. Microscopia eletrônica mostrou efeitos citopáticos do tipo citoplasmático dos

vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Em raras amostras foi encontrado numa mesma

célula efeitos citopáticos do tipo nuclear e citoplasmático, sugerindo que houve co-

infecção com o vírus da mancha clorótica (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008; (2) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarol.

30: 135. 2003.

Clitoria ternatea L. (Cunha) Fabaceae

(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Infecção natural causando mosaico em cunha, atribuída a um Potyvirus,

possivelmente relacionado ao BCMV. O vírus, relatado no CE, foi purificado e se

produziu um anti-soro (1, 2, 3). Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 6: 523. 1989; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol Bras.18: 213.

1993; (3)19: 312, 1994.

Page 36: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

36

Cnidoscolus urens (l.) Arthur (Cansação) Euphorbiaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Plantas de cansação com sintomas de mosaico dourado, associado a um

begomovirus não identificado, foram detectadas em AL (1) Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.

Coffea arabica L. (Cafeeiro) Rubiace (revisado por Juliana Freitas-Astúa e Alessandra J. Boari)

Dichorhavirus

Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro

Manchas anulares em folhas e frutos de cafeeiro foram descritas pela primeira

vez em um plantio de Caçapava, SP, tendo sido sugerida uma causa viral (1). Sua

etiologia viral foi reforçada com a detecção ao microscópio eletrônico de partículas

baciliformes e inclusões nucleares (2), pela transmissão pelo ácaro Brevipalpus

phoenicis Geijskes (3) e por meios mecânicos (4), inclusive a outras espécies de plantas.

Foi tida como de importância marginal, mas na década dos 90 constataram-se altas

incidências no Triângulo Mineiro e Sul de Minas, MG, com queda de folhas (6, 7). Há

evidências de perdas quantitativas e qualitativas na produção dos grãos (9). Sua

inoculação mecânica induz lesões locais em várias plantas-teste, mas em algumas

hospedeiras constatou-se infecção sistêmica induzida por altas temperaturas (10). Foi

purificado tendo sido produzido um anti-soro (11) e parcialmente sequenciado (13).

Suas propriedades indicam similaridades com o Orchid fleck virus (OFV) embora as

relações sorológicas pareçam ser distantes (12). Além de SP e MG, acha-se relatada sua

presença no DF (5) e PR (8). Há evidências de que frutos afetados pelas manchas

produzem bebidas de qualidade inferior (12). No exterior há apenas um relato

confirmado na Costa Rica. Outras espécies e híbridos de Coffea foram encontrados

naturalmente infectadospelo CoRSV (14). Detectado na BA (15). Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 4: 405. 1938; 5: 33. 1939; (2) Kitajima, E.W.. & Costa, A.S.

Ciência e Cultura 24: 542. 1972; (3) Chagas, C.M. O Biológico 39: 229. 1973; (4) Chagas, C.M. et al.

Phytopathol.Zeit.102: 100. 1981; (5) Branquinho, W.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 140. 1988; (6) Juliati,

F.C. et al. Fitopatol.Bras. 20: 337.1995; (7) Figueira, A.R. et al. 20: 299. 1995; (8) Rodrigues, J.C.V. &

Nogueira, N.L. Fitopatol.Bras. 26: 513. 2001; (9) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 28: S246.2003; (10)

S247. 2003; (11) Summa Phytopathol. 30.453. 2004; (12) Boari, AJ et al. Summa Phytopathol. 32: 192.

2006; (13) Locali, E.C. et al. Fitopatol.Bras. CDRom. 2008; (14) Kitajima,EW et al. Sci.Agric. 68:503.

2012; (15) Almeida, J.E.M., Figueira, A.R. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) 199-200. 2013.

Coffea spp. (C. kapakata Brdison, C. dewevrei (De Wild. & T. Duran) cv. Excelsa,

C. canephora Pierre ex. A. Froehner cv. Robusta)

Híbridos (C. arabica x C. racemosa Lour.; C. arabica x C. dewevrei, C. arábica x C.

canephora)

Dichorhavirus

Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro

Levantamento feito na coleção de germoplasma do Centro Café (IAC),

Campinas,SP mostrou que algumas outras espécies de Coffea e híbridos encontravam-se

naturalmente infectados pelo CoRSV (1). Ref.: (1) Kitajima,EW et al. Sci.Agric. 68:503. 2012.

Coleus blumei Benth. (Coleus) Lamiaceae (revisado por M. Eiras e Maria Amelia V. Alexandre)

Viróide

Page 37: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

37

Coleviroid

Coleus blumei viroid 1 (CbVd 1); viróide 1 de Coleus blumei

Durante procura de outras espécies de planta suscetíveis ao viróide da exocortis

do citros (CEVd), constatou-se que C. blumei estava naturalmente infetada por um

viróide distinto dos conhecidos (1, 2), e que foi também posteriormente detectado em

outros países. Ref.: (1) Fonseca, M.E.F. et al. Plant Dis. 74: 80. 1990; (2) Fonseca, M.E.N. et al., J Gen.Virol. 75: 1447.

1994.

Colocasia esculenta (L) Schott. (Taro)* Aracae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Mosaico em taro no DF, causado por um isolado do DsMV. Este vírus também

foi encontrado em outras aráceas comestíveis e ornamentais (1). Há relato deste vírus

em taro, no RJ (2). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. Bras. 9: 291. 1984; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras.

9: 607. 1984; *Segundo proposta aprovada durante o I Simp. de Inhame e Cará (Venda Nova, ES) em 2001, deve-se usar em

publicações formais, o termo “inhame” para Dioscorea, e “taro” para Colocasia (Pedralli, G. et al. Hort.Bras. 20 (4):

530. 2002).

Commelina spp., C. benghalensis L. (Trapoeraba) Commelinaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

A primeira referência à infecção natural de trapoeraba pelo CMV foi feita por

Silberschmidt & Nóbrega, nas proximidades de culturas de bananeira (1). Brioso (2)

usou um isolado de CMV obtido de C. agraria ao comparar isolados de CMV de

diferentes procedências. C. benghalensis L. e C. erecta L. com sintomas de mosaico,

procedentes de três localidades do Est. S. Paulo mostraram-se estar infectadas pelo

CMV, conforme resultados dos ensaios biológicos, sorológicos e de microscopia

eletrônica (3). Ref.: (1) Silbershcmidt, K. & Nóbrega, N.L. O Biológico 7: 216. 1941; (2) Brioso, P.S.T. Tese Dr., UnB.,

1986; (3) Duarte, L.M. et al. Fitopatol. Bras. 19: 248. 1994.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Constatada infecção natural de tospovírus em trapoeraba, em SP, causando

sintomas de finas linhas cloróticas causando figuras simétricas em relação às nervuras

(1). Ref.: (1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992. Potyvirus

Potyvirus não identificado

Infecção por um potyvirus, associado a sintomas de mosaico em trapoeraba foi

relatada no RN (1). Ref.: (1) Pinheiro, C.S.R. et al. Fitopatol. Bras. 18: 319. 1993.

Cilevirus

Citrus leprosis virus C (CiLV-C); virus da leprose dos citros C

Ocorrência de infecção natural de trapoeraba (C. benghalensis) em pomar

organico de laranjeira no Estado de São Paulo, associada à infestação com ácaros B.

phoenicis (1). Ref.: (1) Nunes, M.A et al. Plant Dis. 96: 770. 2012.

Page 38: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

38

Conyza canadensis (L.) Cronquist (Voadeira) Asteraceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento das folhas da batata

Infecção natural de voadeira pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia,

constatada em MG (1). Ref.: Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Infecção natural de voadeira, pelo PVY, sem menção da sintomatologia,

constatada em MG (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Corchorus hirtus L. (Juta-do-campo) Malvaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Plantas de juta-do-campo com sintomas de mosaico amarelo foram encontrados

na PB, infectadas por um possível begomovírus novo. Houve transmissião por métodos

biobalísticos para algumas espécies de Sida e Nicotiana benthamiana, sem relato de

transmissão por mosca branca (1). Ref.: (1) Fontenelle, RS et al. Virus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011.

Cordyline terminalis (L.) Kunth. (Dracena vermelha) Agavaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Plantas exibindo manchas anulares nas folhas foram constatadas no campus da

ESALQ, Piracicaba, SP, associadas à infestação com B. phoenicis. Exames ao

microscópio eletrônico revelaram a presença de efeitos citopáticos do tipo

citoplasmático, de vírus transmitidos por Brevipalpus. Como se achava junto a plantas

de hibisco com sintomas de mancha verde é possível que se trate de uma infecção pelo

HGSV (1). Ref.: (1) Ferreira, P.T.O. et al. Virus Rev. Res. 9: 249. 2004.

Coreopsis lanceolata L. (Margarida amarela) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Um nucleorhabdovirus foi encontrado em um jardim do DF, em plantas de

margarida amarela, co-infetada pelo BiMV (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 16: 141.1991.

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

Sintomas de mosaico em folhas da margarida amarela, associados à redução do

limbo foliar e de porte, foram constatados no DF. O agente causal identificado como um

isolado do BiMV (1, 2). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras.16: 114-117. 1991. (2) Rodrigues, M.G.R. et al.

Fitopatol.Bras. 10: 306. 1985.

Corchurus hirtus L. Malvaceae

Begomovirus

Corchorus mottle vírus (CoMV), vírus do mosqueado de Corchorus

Page 39: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

39

Foi isolado de plantas de C. hirtus com sintomas de mosqueado em PE, um

begomovirus, molecularmante distinto de outros conhecidos, estando mais próximo de

AbMBV. Foi transmitido biolisticamente para a mesma planta, reproduzindo os

sintomas,(1). Ref. (1) Blawid, R. et al. Arch.Virol. 158:2603. 2013.

Coriandrum sativum L. (Coentro) Apiaceae

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Plantas com anéis cloróticos, malformação de folhas apicais e paralização de

crescimento foram observadas em Petrolina, PE. Ensaios biológicos e sorológicos

identificaram o agente causal como GRSV (1). Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 25: 443. 2000.

Cosmos sulphureus CAV. (= Bidens sulphureus (CAV.) SCH.BIP. (Cosmos-

amarelo) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Um nucleorhabdovírus foi detectado por microscopia eletrônica em plantas de

cosmos em um jardim residencial do DF, exibindo leve mosqueado (1). Ref.: (1) Sá, P. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.

Cotyledon orbiculata L (Pau-de-Bálsamo) Crassulaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Nucleorhabdovirus

Sonchus yellow net nucleorhabdovirus (SYNV)

Partículas de potyvírus e nucleorhabdovírus foram observadas em tecidos de

plantas de pau-de-bálsamo, procedentes de SP. Os vírus foram separados

respectivamente em Chenopodium amaranticolor e Datura stramonium. Ensaios

sorológicos revelaram relacionamento do nucleorhabdovirus com Sonchus yellow net

vírus. O potyvirus parece ser distinto dos conhecidos (1,2). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150. 2004; (2) Duarte, L.M.L. et al. Summa

Phytopathol. 31: 63. 2005.

Potyvirus

Cotyledon virus Y (CotYV); vírus Y do Cotyledon

O potyvírus presente, em infecção mista com SYNV em pau-de-bálsamo em SP,

foi identificado como um vírus novo pela análise da sequencia de nucleótideos (1). Ref: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S145. 2006.

Crinum sp. (Açucena-gigante) Amaryllidaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Em Londrina, PR, detectaram-se plantas de açucena-gigante com sintomas de

mosaico nas quais foram encontradas, por microscopia eletrônica e RT-PCR, partículas

semelhantes a um potyvirus, ainda não identificado (1) Ref.: Barboza, A.L. et al. Fitopatol. Bras. 31: 212. 2006.

Crotalaria juncea L. (Crotalária juncea) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Page 40: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

40

Sintomas de mosaico, deformação foliar em C. juncea causado pelos sorotipos I

II do CPSMV, no DF (1). Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Mosaico em C. juncea, causado pelo CABMV, em um campo experimental de

maracujazeiro, no DF. Identificação do vírus feita por ensaios biológicos e sorológicos

(1). Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110. 2004.

Potyvirus não identificado

Um potyvírus foi encontrado causando mosaico em Crotalaria sp. em

Campinas, SP. O vírus foi transmitido mecanicamente e por afídios a várias outras

espécies de leguminosas (1). Ref.: (1) Freitas, D.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 317. 1998.

Tobamovirus

Sunn hemp mosaic virus (SHMV); vírus do mosaico da crotalaria

Foi observada uma epifitia de mosaico em C. juncea em uma área experimental

do IAC, SP, e que foi atribuída a um tobamovirus, possivelmente SHMV, havendo

indícios da existência de um vetor (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatol.Bras. 13: 115. 1988.

Crotalaria paulinea Schrank. (Manduvira-grande) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CpSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Plantas de C. paulinea com sintomas de mosaico, foram encontradas em S.Luiz,

MA. Elas se mostraram estar infectadas com CpSMV. A identificação foi feita mediante

ensaios biológicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Nascimento, A.K.Q. et al. Fitopatol.Bras. 29: S49. 2004.

Crotalaria spectabilis Roth (Crotalária-chocalho) Fabaceae

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Infecção natural, com sintomas de mosaico, em C. spectabilis crescendo junto a

maracujazais em Planaltina, DF, causado pelo CABMV. Identificação do vírus feita por

ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110. 2004.

Cucumis anguria L. (Maxixe) Cucurbitaceae (vírus de Cucumis revisado por J.A.M. Rezende)

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

SqMV detectado em plantas com sintomas de mosaico, coletadas nos arredores

de Manaus, AM (1,2) e MA (3). Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 2: 86. 1977; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633.

1979 (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV, causando sintomas de mosaico em maxixe foi detectado em SP e RJ (2). Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Res.XX Cong.Bras.Oleric. p.144. 1980; (2) Pozzer, L. & Brioso, P.S.T. Vírus

Rev.& Res. 4: 149. 1999.

Page 41: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

41

Potyvirus

Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Alta incidência de uma clorose generalizada em plantas de maxixe observada no

DF e identificada como sendo causada pelo PRSV-W (1). Constatado também nos

estados de AM (2). MA (3), RJ (4) MG (5). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 50. 1973; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta

Amazonica 9: 633. 1979; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (4) Kitajima,

E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984 (5) Lima, MF et al. Trop.Plt Pathol 35 (supl)S284. 2010.

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-de-

moita

Sintomas de mosaico amarelo em maxixe foram observados em MG. Verificou-

se resultar da infecção pelo ZYMV (1) Ref.: (1) Lima, MF et al. Trop.Plt Pathol 35 (supl)S284. 2010.

Cucumis melo L. (Melão) Cucurbitacae

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

Levantamento sorlógico em meloais de Mossoró, RN, resultaram na detecção do

SqMV em plantas com sintomas de mosaico (1). Há relato de sua presença no CE (2). Ref.: (1) Rocha, H.G.C. et al. Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997; (2) Silva, E.R. et al. Trop.Plt.Pathol. 38

(supl) :190. 2013.

Carlavirus

Melon yellows associated virus (MYaV); vírus associado ao amarelecimento do melão

Anomalia caracterizada pelo amarelecimento das folhas e a perda de brix dos

frutos foi observada em plantios comerciais de Mossoró, RN, e referida localmente

como “amarelão”. Comprovou-se sua transmissão por mosca branca (1). Ensaios

preliminares sugeriram a presença de um Crinivirus (2), mas o fato não foi confirmado.

Estudos subsequentes mostraram a associação da enfermidade com um possível

Carlavirus, transmissível por enxertia (3, 4). Análises moleculares sugerem que se trata

de um dos vírus mais divergentes entre Carlavirus e talvez representante de um possível

novo gênero de Flexiviridae (6). Detectado também em PE e BA (4). Ref.: (1) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S 211. 2002; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S

207. 2002; (3) Nagata, T. et al. Plant Pathology 52: 797.2003; (4) Virus Rev& Res.9: 29. 2004.(5) Lima,

MF et al. Trop Plt Pathol 34(supl) S278. 2009.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV detectado, causando sintomas de mosaico, em meloais de Mossoró, RN

(1), e RO (2). Ref. (1) Rocha, H.G.C. et al. Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997: (2) Gonçalves, M.F.B. et al. Fitopatol.Bras.

29: S91. 2004.

Potyvirus

Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus da mosaico do mamoeiro W

Primeiro relato do PRSV-W em melão feita no PA (1). Sintomas de mosaico e

malformação foliar, paralização no desenvolvimento da planta, redução da produção.

Disseminação por afídeos. Constatado no CE (2), SP (3), PE (4), RN (6), BA (7).

Descritas fontes de resistência (5). Ref.: (1) Albuquerque, F.C. et al. Rev Oleric. 12: 94. 1972; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 414. 1980; (3)

Lin, M.T. et al. Res.20o Cong.Bras.Oleric.: 144. 1980; (4) Choudhury, M.M. & Lin, M.T. EMBRAPA/CPTSA

Pesq.And. 3p. 1982; (5) della Vecchia, P. & de Ávila, A.C. Fitopatol.bras 10: 467. 1985; (6) Rocha, H.G.C. et al.

Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997; (7) Cruz, E.S. et al. Summa Phytopathol. 25: 21. 1999

Watermelon mosaic virus (WMV); .vírus do mosaico da melancia

WMV constatado em meloais, causando sintomas de mosaico, em um

levantamento sorológico, feito no submédio S. Francisco (PE e BA) (1).

Page 42: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

42

Ref.: (1) Cruz, E.S. et al. Summa Phytopathol. 25: 21. 1999.

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-de-

moita

ZYMV detectado sorologicamente em meloeiros com mosaico, no RN (1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 426. 1996.

Cucumis metuliferus E. Mey (pepino africano) Cucurbitaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Potyvirus

Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro-W

Durante levantamento sorológico de vírus em plantas espontâneas na Zona da

Mata, PE, constatou-se infecção natural de pepino africano, pelo CMV e PRSV-W (1). Ref: (1) Nicolini, C et al. Trop.Plt Pathol. 34(supl):S271. 2009.

Cucumis sativus L. (Pepino) Cucurbitaceae

Revisão: Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972.

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

Primeiro relato em material procedente de Colômbia, SP (1). É um vírus

isométrico de alta concentração e disseminado por besouros crisomelídeos. Ref.: (1) Chagas, C.M. O Biológico 35: 326. 1970.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Encontrado esporadicamente em SP causando sintomas de mosaico (1). Foi

registrado no PR (2), MG (3), SE (5). Um estudo comparativo da sequência do genoma

de diferentes isolados do CMV, coletados em diferentes regiões, demonstrou que há

uma prevalência de vírus do subgrupo IA, um caso de IB, e ausência de isolados do

subgrupo II (4). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403.

1984; (3) Carvalho, M.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 148. 1987; (4) Eiras, M. et al. Fitopatol. Bras. 29: S42.

2004; (5) Almeida, A.C.O. et al. Fitopatol.Bras. 31: S322. 2006.

Potyvirus

Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

PRSV-W tem sido o vírus mais comumente encontrado em SP infetando pepino.

Causa forte mosaico e malformação foliar (1). Descrito também no RJ (3), MA (4), MG

(5). Herança da resistência seria do tipo poligênico (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Silva, N. & Costa, C.P. Rev. Oleric. 15: 12.

1975; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,

Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978: (4) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (5) Pavan, M.A. et

al. Fitopatol.Bras. 9: 309. 1985.

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico da abobrinha-de-moita

Pepino, procedente de Indaial, SC, exibindo sintomas de forte mosaico e

deformação foliar mostrou estar infectado pelo ZYMV, através de ensaios de

transmissão e sorologia (1). Ref.: (1) Caner, J. et al. Res. VI Enc.Nac.Virol. p.180. 1992.

Cucurbita maxima Duch. (Abóbora-menina, abóbora-grande) Cucurbitaceae (vírus de Cucurbita revisado por J.A.M. Rezende)

Tospovirus

Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da aboborinha de moita

Infecção de pepino por isolados de tospovirus causa mosaico amarelo ao longo

das nervuras, acompanhado de encarquilhamento forte e mosaico. Descrito pela 1a vez

Page 43: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

43

em SP (1). Foi também encontrado no DF, onde foi identificado como um isolado do

ZLCV (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Nagata, T. et al. Plant Dis. 82: 1403. 1998.

Potyvirus

Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Nagai & Ikuta (1) relatam bom nível de resistência a PRSV-W em abobora-

menina (1). Há estudos sobre a genética da resistência (2). Relatos em SP. Ref.: (1) Nagai, H. & Ikuta, H. Res. Cong. An. Soc. Amer. Cien. Hort.-Reg.Tropical 19 (Campinas).p.13.

1981; (2) Maluf, W. & Sousa, E.L.S. Hort.Bras. 2: 22. 1984.

Cucurbita moschata L. (Abóbora, jerimum) Cucurbitaceae

Tospovirus

Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha de moita

ZLCV causa sintomas de mosaico severo, distorção foliar, mosqueado amarelo,

porte reduzido podendo causar a morte das plantas. Ocorrência de tospovirus em

cucurbitáceas era conhecida desde a década dos 60, mas sua identificação como uma

nova espécie foi feita na década dos 90 em SP (1). Ref.: (1) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 22: 92. 1997.

Potyvirus

Papaya ringspot virus- W (PRSV-W); vírus da mosaico do mamoeiro W

Relato de mosaico em aboboreira, causado pelo PRSV-W, no CE (1), RJ (2). Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 414. 1980; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607.

1984.

Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia

Infecção natural de aboboreira pelo WMV-2 constatado no RJ, por sorodiagnose

(1). Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 2: 190. 1997.

Cucurbita mosachata Duchesne X C. maxima Dchesne (Abobora híbrida,

Tetsukabuto) Cucurbitaceae

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Exames de microscopia eletrônica de amostras foliares de aboboreira

Tetsukabuto coletada em Sta.Izabel, PA, com sintomas de mosaico, revelaram a

presença de nucleorhabdovírus (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

Folhas de abobora Tetsukabuto, com clareamento das nervuras, mosaico, bolhas,

coletadas no DF, estavam infectadas pelo SqMV. Identificação sorológica e microscopia

eletrônica. Transmissão pelo besouro crisomelídeo Diabrotica bivittula (Kirk.) (1). Ref.: (1) Batista, M.F. Diss.MS, PG Fitop., UnB, 59p. 1979.

Cucurbita pepo L. (Abóbora, moranga) Cucurbitaceae

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

SqMV detectado em aboboreiras com sintomas de mosaico no DF (1).

Constatado também no RS em alta incidência (2). Ref.: Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia 9: 51. 1974; Siqueira, O. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 72. 1974.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV detectado sorologicamente, infetando abóbora, em RO (1).

Page 44: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

44

Ref.: (1) Gonçalves, M.F.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S91. 2004.

Necrovirus

Squash necrosis vírus (SqNV), vírus da necrose da abóbora- posição taxonômica

indeterminada, possivelmente Necrovirus)

Um vírus isométrico co-infetando uma aboboreira com sintomas de mosaico foi

isolado no DF. Em transmissões mecânicas experimentais causou apenas lesões locais

em várias hospedeiras. Ocorre em alta concentração nos tecidos, sendo bastante estável.

Foi purificado tendo sido produzido um antissoro. Não reage com antissoro contra o

vírus da necrose do fumo (TNV) (1). Foi transmitido pelo fungo Olpidium radicale, que

também transmite Melon necrotic spot carmovirus (MNSV) no Japão e

Cucumber necrosis tombusvirus (CuNV) no Canada, mas sem relações sorológicas com

o presente vírus. Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 8: 622. 1983; (2) Lin, M.T & Palagi, P.M. Fitopatol.Bras. 8: 622.

1983.

Cucurbita pepo L. var. Caserta (Abobrinha-de-moita, abobrinha Caserta ou

Zucchini) Cucurbitaceae

Comovirus

Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora

SqMV detectado em abobora-de-moita em Tocantins (1) Ref: (1) Alencar, NE et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32. 2011.

Nepovirus

Tobacco ringspot virus (TRSV); virus da mancha anular do fumo

TRSV foi encontrado infetando naturalmente abobrinha-de-moita em Campinas,

SP (1). Ref.: (1) Cupertino, F.P. & Costa, A.S. Bragantia 29: IX. 1969.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Registro de mosaico causado pelo CMV na abobrinha-de-moita, no PR (1), MG

(2). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (2) Carvalho, M.G. et al.

Fitopatol.Bras. 12: 148. 1987. Tospovirus

Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha de moita

A presença de tospovirus em cucurbitacea havia sido referida por Costa et al. (1)

em pepino em SP, e confirmada por microscopia eletrônica (2) e é particularmente

comum em aboborinha-de-moita. Descrito também no DF (3) e PR (4). A partir da

década dos 90, notou-se uma elevação na incidência de tospovirose em abobrinha-de-

moita e outras similares. O tospovirus causal foi considerado distinto dos demais através

de métodos moleculares e sorológicos. Este tospovirus tem sido designado ZLCV (4-6).

Tripes vetor identificado como Frankliniella zucchini (7). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Rev

Soc.Bras.Fitopatol. 5: 180. 1972; (3) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 51. 1974; (4) Lima,

M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (4) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 22: 92. 1997; (5)

Pozzer, L. et al. Fitopatol. Bras. 21: 432. 1996; (6) Pozzer, L. Tese de Dr., UnB. 104p. 1998 (7) Nakahara

S & Monteiro RC Proc. Entom. Soc. Wash. 101: 290. 1999.

Potyvirus

Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

A primeira menção no Brasil do PRSV-W, antes conhecido como mosaico da

melancia, tipo 1 (WMV-1), ocorreu em SP, em um trabalho de controle do vetor

usando superfícies refletivas e tem sido constatado em outras regiões do país onde a

aboborinha e outras cucurbitáceas são cultivadas (1). Os sintomas são de mosaico e

Page 45: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

45

embolhamento nas folhas, deformação e afilamento das extremidades das folhas,

redução de porte da planta, frutos com mosaico e embolhamento, redução de tamanho e

produção. Afeta quase todas cucurbitáceas cultivadas. Foi constatado no DF (2), RJ (3),

PR (4),MG (5) É disseminado por pulgões. Foram encontrados isolados fracos com

efeito protetor que podem ser usados para o controle do PRSV-W por premunização

(6). Ref.: (1) Costa, C.L. & Costa, A.S. Rev. Oleric. 11: 24. 1971; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia

(Lima) 9: 61. 1974; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo.

do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (5)

Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 309. 1985; (6) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 19: 55. 1994.

Potyvirus não identificado

Abobrinha-de-moita com sintomas de mosaico foi coletada no campus da

UFCe, CE, e constatada como estando infectado por um potyvirus que não tinha

relações sorológicas com PRSV-W, ZYMV e WMV-2. Transmitido por afídeos e gama

de hospedeiras restrita a cucurbitáceas (1). O vírus foi purificado tendo-se produzido

antissoro (2). Ref.: (1) Santos, C.D.G. et al. Summa Phytopathol. 16: XXVIII. 1991; (2) Lima, J.A.A.

Fitopatol.Bras. 19: 294. 1994.

Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia

Durante um screening foi isolado de abobrinha-da-moita, um potyvirus distinto

do PRSV-W em Campinas, SP e sugerido como WMV (1). Isto foi confirmado através

de ensaios biológicos e sorológicos (2). Foi constatado no sub-médio S. Francisco- PE

(3). Ref.: (1) Crestani, O. et al. Res. Virológica 87 (Maceio, AL). 1987; (2) de Sa, P.l et al. Fitopatol.Bras. 16:

217. 1991; (3) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 15: XXVI. 1999.

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de

moita

Identificação e caracterização de um isolado do ZYMV infetando abobrinha-da-

moita em SP (1) e em TO (2). Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 20: 72. 1995; (2) Alencar, NE et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32.

2011.

Cyamopsis tetragonolobus (L) Taub (GUAR) Fabaceae

Potyvirus

Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro

Plantas de guar, procedentes de um campo de multiplicação em Cambé, PR,

apresentavam mosaico e enrolamento foliar. Ensaios de transmissão, microscopia

eletrônica e sorologia indicaram que o agente causal seria um isolado do BCMV (1). Ref.: (1) Faria, M.L. et al. Fitopatol.Bras. 15: 127. 1990.

Cyclanthera pedata (L.) Schrad. var. edulis (Maxixe-do-reino) Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Fezende)

Cucumovirus

Cucumber mosaic vírus (CMV), vírus do mosaico do pepino

Detecção de CMV em C. pedatan da coleção de germoplasma da Embrapa

Hortaliça, em DF (1). Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.): 208. 2013.

Potyvirus

Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Planta com sintomas de mosaico encontrado em Anhembi, SP, estando infectado

por um isolado do PRSV-W (1). Foi também encontrado no DF (2). Ref.: (1) Rezende, J.A.M. Plant Dis. 84: 1155. 2000; (2) Lima, M.F. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.) 208.

2013.

Page 46: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

46

Cydonia oblonga MILL. (Marmeleiro) Rosaceae

Vírus não identificado

Manchas anulares em folhas de marmeleiro, de possível etiologia viral, descrita

em SP (1). Ref.: (1) Issa, E.O Biológico 25: 80. 1959.

Cymbopogon winterianus Jowitt (Citronela) Poaceae

Potyvirus

Sugar cane mosaic virus- SCMV; vírus do mosaico da cana-de-açucar

SCMV detectado, infetando citronela, em uma coleçao do IAC, SP. Sintomas de

mosaico nas folhas e redução de porte. Transmissível mecanicamente (1). Ref. (1) Costa, A.S. et al. Bragantia 10: 301. 1950.

Cynara scolymus L. (Alcachofra) Asteraceae

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Sintomas de enfezamento e malformação foliar em alcachofra, observados na

região de Piedade, SP, em baixa incidência, causado pelo TSV. Identificação do vírus

feita por ensaios de transmissão e círculo de hospedeiras (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Tasaka, H. O Biológico37: 176. 1971.

Potyvirus

Artichoke latent virus (ArLV); vírus latente da alcachofra

Um vírus, de características similares ao ArLV da Califórnia, foi encontrado em

amostras de alcachofra, com sintomas de necrose das nervuras, procedente de São

Roque, SP Aparentemente a presença do vírus não tem relações com os sintomas

observados (1). Ref.: (1) Costa,A.S. & Camargo, I.J.B. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 3: 53. 1969.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Alcachofras exibindo faixas amarelas nas folhas foram encontradas em

plantações de Ibiúna e Piedade, SP, em baixa incidência. Microscopia eletrônica

evidenciou a presença de vírus similar ao Tobacco rattle vírus, tendo sido identificado

como um isolado do PepRSV. O vírus infetou número limitado de plantas-teste (1,2). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. O Biológico 35: 13. 1969; 38: 35. 1972; (2) Camargo, I.J.B. et al.

Rev.Soc.Brás.Fitopatol. 4: 59. 1971.

D x

Dahlia variabilis Desf. (Dália) Assteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Foram observados anéis cloróticos em folhas de dália, causados por um isolado

do TSV em SP (1, 2). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol. Zeit. 42: 113. 1961; (2) Roberti, R. et al.

Fitopatol. Bras. 17: 194. 1992.

Caulimovirus

Dahlia mosaic virus (DMV); vírus do mosaico da dália

O DMV causa sintomas de mosaico e faixa das nervuras nas folhas, sendo

transmitido por afídeos. No Brasil, a primeira descrição foi feita em amostras colhidas

no RJ e o vírus identificado por microscopia eletrônica (1).

Page 47: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

47

Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 9: 607. 1984

Tospovirus

Tospovirus não identificado Sintomas de manchas, anéis e desenhos cloróticos em folhas de dália foram

observados no município de S. Paulo. O agente causal foi identificado como um isolado

do vírus causador de vira-cabeça do fumo (Tospovirus) (1). O virus foi constatado

também no RJ (2). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Loureiro, R. O Biológico 32: 270. 1966; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.

Bras.9: 607.1984.

Datura stramonium L. (Trombeteira) Solanaceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento da folha da batata

Um isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de

plantas de trombeteira do campo, em SP, com sintomas de clorose. Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia Fev./62,p.34. 1962.

Daucus carota L. (Cenoura) Apiaceae

Polerovirus

Carrot red leaf virus (CaRLV); vírus do amarelo da cenoura

Vermelhão ou amarelecimento em folhas de cenoura ocorre esporadicamente e

causado por um vírus transmitido por afídeos (Cavariella aegopodii [Scop.[).

Provavelmente trata-se de um isolado do Carrot red leaf vírus (CaRLV) um

Polerovirus. Constatado nos Estados de SP e MG (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Supl.Agric.O Estado de S.Paulo 643: 15. 1967; Costa, A.S. et al. Summa

Phytopathol. 1: 5. 1975.

Potyvirus

Carrot thin leaf virus (CTLV); virus do afilamento foliar da cenoura

Sintomas de leve mosaico e folhas afiladas foram encontrados em uma cultura

de cenoura na região de Piedade, SP. Potyvirus que induz inclusões lamelares do tipo II

de Edwardson foi encontrado nos tecidos. Transmissível por afídeos e mecanicamente a

algumas plantas-teste (1-3). É provavelmente um isolado do CTLV. Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 27: XII. 1968; (2) Costa, A.S. et al. Rev. Olericult. 9. 1969; (3)

Camargo, I.J.B. et al. Bragantia 30: 31. 1971.

Dendranthema spp. (Crisântemo), Asteraceae (Revisado por M. Eiras)

Pospiviroid

Chrysantemum stunt viroid (CSVd) , viróide do nanismo do crisântemo

Detecção em crisântemos cultivados comercialmente em Atibaia, Artur

Nogueira e Holambra, SP, por técnicas moleculares (1). Ref.: (1) Gobatto, D. et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl.). CDRom. 2012.

Desmodium sp. (Carrapicho) Fabaceae

Begomovirus

Desmodium yellow spot virus (DeYSV); vírus da mancha amarela de Desmodium

Carrapicho com sintomas de mosaico dourado, provavelmente causado por

begomovirus, foi detectado em AL (1). Outro isolado, obtido em localidade não

especificada, foi identificado como um possível begomovirus novo, DeYSV. Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006 (2) Lima, A.T.M. et al. Trop Plt Pathol

34(spl) S275).

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Page 48: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

48

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Ocorrência de infecção mista natural do carrapicho, pelos vírus CABMV e CMV

na Zona da Mata de PE (1). Ref (1) Nicolini, C. et al. Trop.Plt Pathol 34(supl) S271. 2009.

Dianthus caryophyllus L. (Cravo) Caryophyllaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Carmovirus

Carnation mottle virus (CarMV); virus do mosqueado do cravo

CarMV foi detectado em várias plantas de cravo, assintomáticas, procedentes de

diferentes regiões do Est.S.Paulo. A detecção foi feita através de ensaios biológicos,

sorológicos e microscopia eletrônica (1). Isolados de SP e MG foram caracterizados

molecularmente (2). Ref.: (1) Caldari Jr., P. et al. Fitopatol.Bras. 22: 451. 1997; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Summa

Phytopathol. 39 (supl.)CDRom. 2013.

Diascia sp. (Confete) Scrophulariaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Vírus isométrico não identificado

Detecção ao microscópio eletrônico de presumíveis partículas virais isométricas,

cheias e vazias, associadas a sintomas de virose (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.

Dieffenbachia amoena Hort. ex.Gentil

D. picta Schott., Dieffenbachia sp. (Comigo-ninguém-pode) Araceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); virus da mancha clorótica do tomate

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

TCSV e TSWV encontrados em amostra de comigo-ninguem-pode sem

especificações de sintomas (1). Em plantas com manchas e anéis e faixa clorótica de

nervuras foi detectado TCSV identificado por ensaios moleculares (2) com análises

filogenéticas (3). Ref.: (1) Galleti, S.R. et al. Vius Rev. Res. 5: 197. 2000; (2) Rivas, E.R. et al. Fitopatol.Bras. 26: 515.

2001. (3) Rivas, E.B. et al. Arq.Inst.Biol. 70:615. 2003.

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

DsMV foi detectado por sorologia em plantios comerciais de Diffenbacchia sp.

no Est.S.Paulo, com sintomas de mosaico, faixas das nervuras e anéis cloróticos (1, 2).

Em D. amoena com manchas cloróticas e anéis concêntricos com contorno

avermelhado, foram detectadas, por microscopia eletrônica, partículas alongado-

flexuosas semelhantes a potyviridae (2). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Summa Phytopathol. 24: 71. 1998, (2) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst.Biol. 70:

615-619. 2003 Tobamovirus

Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

Em D. picta foi detectado um tobamovirus associado a manchas e anéis

cloróticos. Testes biológicos, sorológicos e moleculares mostraram tratar-se de um

isolado de TMV (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Plant Dis. 84:707. 2000.

Page 49: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

49

Digitaria decumbens Stent (Capim Pangola) Poaceae

Fijivirus

Pangola stunt virus (PaSV); vírus do nanismo do capim Pangola

Foi constatado no Est.S.Paulo plantas de capim Pangola com nanismo e

avermelhamento das folhas. A condição foi transmitida por cigarrinhas. Partículas

isométricas de ca. 70 nm em diâmetro foram detectadas em suspensões de folhas de

plantas afetadas; elas foram observadas no parênquima do floema juntamente com

viroplasmas no citoplasma (1). Verificou-se sua transmissão pela cigarrinha do gênero

Sogata (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa,A.S. Proc.7th Int.Cong.Electron Microscopy (Grenoble, Fr) p.131.

1970; (2) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Fitopatologia (Lima) 9: 48. 1974.

Digitaria sanguinalis (L) Scop. (Capim-colchão) Poaceae

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Foi constatada a ocorrência de um possível Potyvirus em capim-colchão no Est.

S. Paulo. O vírus infetou hospedeiras experimentais inoculadas (Gomphrena globosa e

Chenopodium amaranticolor) após inoculação com extratos de capim colchão

sintomática (1). Ref.: (1) Vega, J. et al. Summa Phytopathol. 7: 7. 1981.

Dioscorea spp. (Inhame)* Dioscoreaceae (revisto por Paulo E. Meissner Fo.)

Badnavirus

Dioscorea bacilliform virus (DBV); vírus baciliforme de Dioscorea

Detectado por microscopia eletrônica em amostra procedente do SE (1).

Ocorrência relatada em PE, PB (2), AL (3). Há um relato de possível ocorrência de

DBV na BA (4). Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005. (2) Paula, DF et al. Vírus Ver&Res

11(supl): 189. 2006.(3) Lima, JS et al. Vírus Ver&Res 15(supl)185.2010; (4) Costa, D.P. et al.XVII

Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da Embrapa. 2013.

Curtovirus

Beet curly top virus (BCTV); vírus do broto crespo da beterraba

Um possível isolado do BCTV foi detectado molecularmente em amostras de

inhame coletado em AL, PE e PB Não informações sobre suas propriedades biológicas

(1). Ref.: (1) Lima, J.S. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 197. 2013.

Potyvirus

Yam mild mosaic virus (YMMV); vírus do mosaico suave do inhame

YMMV foi detectado em plantas de inhame São Tomé (D. alata) de Itapissum,

PE, com sintomas de mosaico (1). O vírus também foi detectado em inhame, na PB (2).

Análises moleculares indicam que estes isolados estão relacionados com aqueles de

Guadelupe (3) e seu genoma foi inteiramente sequenciado (4). Ref.: (1) Andrade, GP et al. Fitopatol.Bras. 31: S344. 2006. (2) Andrade,GP et al.

Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (3) Andrade, GP et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom

2011; (4) Rabelo Fo., F.A.C. et al. Arch.Virol. 158: 515. 2013.

Yam mosaic virus (YMV); vírus do mosaico do inhame

Foram encontradas plantas de inhame cvs. Yam Giboia e Maresby, procedentes

da coleção de germoplasma da Embrapa/ Mandioca e Fruticultura, e multiplicadas na

Embrapa/Hortaliças, DF, para adaptação, alta incidência de mosaico. Partículas do tipo

potyvirus foram encontradas em extratos de plantas e em secções, inclusões lamelares

Page 50: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

50

típicas de potyvirus. O vírus foi transmitido mecanicamente para plantas de cara sadias

(1). Foi também constatado em SE um caso de possível infecção pelo YMV (2).

Detecção e identificação do YMV foram feitas em PE , AL (3), PB (4), BA (5). Ref.: (1) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 7: 447. 1982; (2) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31:

35. 2005; (3) Pio-Ribeiro, G. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl):S309. 2006; (4) Andrade,GP et al.

Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (5) Costa, D.P. et al.XVII Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da

Embrapa. 2013. *Segundo proposta aprovada durante o I Simp. De Inhame e Cará (Venda Nova, ES) em 2001, deve-se usar em

publicações formais, o termo “inhame” para Dioscorea, e “taro” para Colocasia (Pedralli, G. et al. Hort.Bras. 20 (4):

530. 2002).

Dracaena marginata Lam. (Dracena-de-Madagascar) Dracaenaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Plantas de dracena-de-Madagascar, com folhas senescentes exibindo manchas

verdes, associadas à infestação com ácaros Brevipalpus, foram encontradas em

Piracicaba, SP. Exames ao microscópio eletrônico indicaram a presença de partículas

baciliformes curtas e viroplasma no citoplasma, típicas da infecção por vírus

transmitido por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1). Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Fitopatol. Bras. 29: S234. 2004.

E

Emilia sagittata DC (Falsa-serralha) Asteraceae

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

TSWV infetando naturalmente a falsa-serralha foi constatado em S.Paulo, SP. A

identificação foi feita por ensaios biológicos e sorologia (1). Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 423. 1996.

Emilia sonchifolia (L) DC (Serralhinha) Asteraceae

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.

Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Erigeron bonariensis L. (Buva) Asteraceae

Potyvirus

Lettuce mosaic virus (LMV); virus do mosaico da alfase

Identificação da infecção natural de E. bonariensis pelo LMV, no Est. S. Paulo,

através de ensaios biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletronica (1) Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 28: 307. 2003.

Eruca sativa HILL (Rúcula) Brassicaceae

Comovirus

Turnip ringspot virus (TuRSV); vírus da mancha anular do nabo

Um isolado do TuRSV infetando rúcula foi encontrado no PR (1). Ref. (1) Picoli, M.H.S. et al. J. Phytopathology 160: 55. 2012.

Eucharis grandiflora Planch. & Linden (Lírio-do-Amazonas) Amaryllidaceae (Revisado por Maria Amélia V. Alexandre)

Page 51: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

51

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV). vírus do mosaico do pepino

Plantas de lírio-do-Amazonas, com sintomas de mosaico, coletadas em SP,

foram investigadas através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e técnicas

sorológicas e moleculares. CMV e um potyvirus não identificado foram detectados (1).

Estudos de genealogia mostraram que o CMV isolado a partir do lírio-do-Amazonas

agrupou-se no mesmo clado dos demais isolados brasileiros (2). Ref.: (1) Cilli, A. et al. Virus Rev. Res. 7: 151. 2002; (2) Duarte, L.M.L. et al. Tropical Plant Pathol.

33(supl.): S290. 2008.

Potyvirus

Hippeastrum mosaic virus (HiMV); vírus do mosaico do Hippeastrum

Potyvirus inicialmente não identificado foi caracterizado como sendo HiMV

através de RT-PCR e seqüenciamento em SP (1). Ref. (1): Alexandre, MAV et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl.) CDRom. 2011.

Eugenia uniflora L. (Pitangueira) Myrtaceae

Cilevirus

Cilevirus não identificado Pitangueira exibindo manchas cloróticas anelares nas folhas foi encontrada em

Águas de S. Pedro, SP, associada à infestação com ácaros Brevipalpus. Exames ao

microscçopio eletrônico revelaram a presença nas células de partículas baciliformes

curtas e viroplasma no citoplasma, característico de infecção por vírus transmitido por

Brevipalpus, do tipo citoplasmático (1). Ref.: (1) Nogueira, N.L. & Rossi, M.L. Summa Phytopathol. 30: 111. 2004.

Euphorbia heterophyla L (=E. prunifolia Jacq.), (Amendoim bravo, Leiteiro)

Euphorbiaceae

Begomovirus

Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da Euphorbia

Mosaico dourado nesta invasora é comum em todo território brasileiro. Descrito

inicialente em SP. É causado por um begomovirus, transmitido pela mosca branca

Bemisia tabaci. É transmissível mecanicamente para algumas plantas-teste.

Eventualmente pode infectar naturalmente outras espécies (1,2). Há informações

moleculares sobre um isolado do Brasil Central (DF) que poderia ser uma nova espécie

de Begomovirus, mas não se acha caracterizado biologicamente (3). O sequenciamento

completo dos isolados citados em (3) mostrou identidade de 87,3% com um isolado de

EuMV do Perú e assim considerados nova espécie que foi designado de mosaico

amarelo de Euphorbia (Euphorbia yellow mosaic virus- EuYMV). Logrou-se infectar

algumas plantas testes por métodos biobalísticos (4). Ref.: (1) Costa, A.S. & Bennett, C.W. Phytopathology 40: 266. 1950; (2) Costa, A.S. & Carvalho,

A.M.B. Phytopathol. Zeit. 38: 129. 1960; (3) Rocha, W.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S148. 2004; (4)

Fernandes, F.R. et al. Arch.Virol. 156: 2063. 2011.

Euphorbia splendens Boyer (coroa-de-Cristo) Euphorbiaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Ilarvirus

Ilarvirus não identificado

Coroa-de-cristo, apresentando mosaico clorótico em desenho e anéis necróticos,

foi encontrada em SP e submetida a testes biológicos, sorológicos e microscopia

eletrônica e de luz. Propriedades “in vitro” também foram determinadas, concluindo-se

estar infectada por uma espécie de Ilarvirus (1). Ref.: (1) Matos, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 19: 273. 1994.

Page 52: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

52

Eustoma grandiflorum (Raf.) Shinners (Lisianto) Gentianaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas apresentando bolhosidades, riscas necróticas nas folhas e

superbrotamento mostraram-se estar infectados por um isolado do CMV, em SP. O

vírus foi identificado por ensaios biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1, 2). Ref.: (1) Borsari, P.L. et al. Fitopatol.Bras. 22: 332. 1997 (2) Alexandre, M.A.V. & Duarte, L.M.L.(Ed.)

Plantas ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Sintomas de manchas anelares cloróticas e necróticas nas folhas, flores menores

e morte precece em plantas de lisiantus foram descritos em plantios comerciais no Est.

S.Paulo, tendo sido associado a um ilarvirus (1), identificado como TSV, através de

ensaios biológicos, microscopia eletrônica e sorologia (2). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 19:311. 1994; (2) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.):

425. 1996.

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV) Lisiantus com manchas necróticas e nanismo, mostraram estar infectados por um

isolado do TSWV, através de ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletronica

(1). Ref.: (1) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.): 425. 1996.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); virus do anel do pimentão

Plantas de lisiantus com mosaico, desenhos necróticos foliares e quebra de

coloração nas flores foram encontradas em plantio comercial em Jundiaí, SP. Ensaios

biológicos, sorológicos e de microscopia eletrônica identificaram o agente causal como

o PepRSV (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Res. VII Enc.Nac.Virol.: 282. 1996.

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Plantas de lisiantus com sintomas de mosaico clorótico, deformação foliar e

aneis necróticos procedentes de Atibaia, SP, estavam duplamente infectadas pelo

GRSV e CSNV (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 25: 353. 1999

F

Fevillea trilobata L. (Nhandiroba), Cucurbitaceae

Potyvirus

Zucchni Bellow mosaic virus (ZYMV), vírus do mosaico amarelo da abobrinha

zucchini

Foram encontrdas plantas de nhandiroba de uma coleção de germoplasma da

Embrapa Hortaliças. Ensaios biológicos, morfológicos, sorológicos e moleculares

identificaram o agente causal como um isolado do ZYMV (1).

Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Plant Dis. 97: 1261. 2013.

Page 53: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

53

Ficus carica L. (Figueira) Moraceae

Emaravirus

Fig mosaic virus (FMV); vírus do mosaico da figueira

Sintomas de mosaico em folhas de figueira, transmissível por ácaros eriofiídeos

[Aceria fícus (Cotte)] e enxertia foram observados no Est. S. Paulo provavelmente

causados pelo FMV (1,2). Não se constatou perda qualitativa ou quantitativa na

produtividade em plantas sintomaticas (3). Ref.: (1) Zaksveskas, M.L.R. Fitopatologia (Lima) 8: 21a; 21b. 1973; (2) Zaksveskas, M.L.R. & Costa,

A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 74. 1974; (3) 10: 65. 1975.

Fragaria x ananassa Duch. (Morangueiro) Rosaceae

Morangueiros cultivados no Brasil até a década dos 70 achavam-se infectados

por um coquetel de virus, devido ao contínuo cultivo das mesmas plantas propagadas

vegetativamente (estolões) (2,3). A identificação destes vírus e sua eliminação por

termoterapia (1) e cultivo de meristemas (4), seguida de multiplicação massal por

cultura de tecido e a substituição ao fim de cada ciclo, por plantas sadias, aliadas a

novas práticas culturais, resultou em um aumento de produtividade de mais de 500% e o

barateamento dos morangos, que no pico da produção permite seu consumo até pelas

populações mais carentes. Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 2; 3. 1973; (2) Betti, J.A. Tese de Dr., ESALQ/USP.

69p. 1976; (3) Betti, J.A. Fitopatol.Bras. 5: 217. 1980; (4) Bellato, C.M. & Betti, J.A. Summa

Phytopathol. 10: 79. 1984.

Cytorhabdovirus

Strawberry crinkle virus (SCrV); vírus do encrespamento do morango

Primeira descrição de sua ocorrência feita no RS, em plantas da coleção do

IPEAS, com sintomas de enrugamento das folhas e clorose (1). Constatado em SP (2). Ref.: (1) Siqueira, O. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 176. 1968; (2) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 2.

1973.

Secoviridae, gênero indefinido

Strawberry mottle virus (SMoV); vírus do mosqueado do morango

Morangueiros cutivados (híbridos interespecíficos de Fragaria) infectados em

geral são assintomáticos. Usa-se como planta indicadora o morangueiro silvestre (F.

vesca) inoculado usando-se o pulgão Pentatrichopus fragaefolii (Ckll). Os sintomas são

de palidez das nervuras e manchas de mosaico em folhas novas, epinastia e rugosidade.

Outras hospedeiras (Chenopodium quinoa, Cassia occidentalis, Leonotis nepaetifolia,

L. sibiricus) foram infectados pelo afídeo manifestando sintomas de mosaico das

nervuras, mas não houve retroinfecção em F. vesca. Constatado em SP. Houve

transmissão mecânica de C. quinoa para C. quinoa (1). Exames ultraestruturais

revelaram a presença de presumíveis virions no lúmen dos vasos crivados (2). Pela

listagem de VIDE e ICTV não SMoV, é considerado pertencente à família Secoviridae,

mas gênero definido (ICTV, 2011). Recentemente foi seqüenciado e tem organização

genomica similar a do Satsuma dwarf vírus, um nepovirus. Ref.: (1) Carvalho, A.M.B. et al. Bragantia 20: 563. 1961; (2) Kitajima, E.W. et al. Ciência e Cultura 23:

649. 1972.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Alguns cvs. de morangueiro, mantidos na coleção do IAC, SP, bem como

introduzidas, mostraram nos meses mais frios, sintomas de necrose das nervuras

acompanhadas ou não de linhas e anéis cloroticos. Houve transmissão por enxertia e a

identificação do TSV foi feita por imunomicroscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Vega, J. et al. Summa Phytopathol. 16: 20. 1990.

Page 54: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

54

Caulimovirus

Strawberry vein banding virus (SVBV); vírus da faixa das nervuras do morangueiro

No Est. S. Paulo, isolou-se de plantas assintomáticas de híbridos cultivas, um

vírus que causa faixa-das-nervuras em F. vesca var.sempeflorens. O pulgão

Chaetosiphum thomasi transmitiu o vírus, que foi identificado como StVBV (1).

Estudos ultraestruturais sugeriram que o vírus fosse um caulimovirus (2), o que foi

confirmado em estudos bioquímicos posteriores nos EUA. Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 73. 1973; (2) Kitajima, E.W. et al. J.gen.Virol. 20: 117.

1973.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

TNV foi recuperado de raízes de morangueiros assintomáticos, mantidas em

estufas, no IAC, SP (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

G

Galactia striata (Jacq.) Urb. (Amendoim-de-veado, Galáxia) Fabaceae

Begomovirus

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Descrição de um mosaico dourado em Galactia em varias localidades do Est.

S.Paulo, presumivelmente causado por um isolado do vírus do mosaico dourado do

feijoeiro (BGMV), pois feijoeiros infectados experimentalmente com mosca branca

desenvolveram sintomas de mosaico dourado (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol.l 6: 40. 1980.

Galinsoga parviflora Cav. (Picão-branco) Asteraceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Infecção natura do picão-branco pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,

constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

Ocorrência natural de picão-branco infectado pelo BiMV, no Est.S.Paulo (1). Ref. (1) Sanches, M.M. et al. Summa Phytopathol. 36: 347. 2010.

Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface

Plantas de picão-branco foram encontradas naturalmente infectadas pelo LMV

no Est. S. Paulo (1). Ref.: (1) Sanches, M.M. et al. Summa Phytopathol 36:346-347, 2010.

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Infecção natural do picão-branco pelo PVY, sem menção da sitnomatologia,

constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996

Gardenia jasminoides J. Ellis (Gardenia) Rubiaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Em um jardim residencial em Urucu, AM, constatou-se uma planta de gardência

com manchas cloróticas, nas quais, observou-se por microscopia eletrônica a presença

Page 55: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

55

de efeitos citopáticos típicos decorrentes da infecção por vírus transmitido por

Brevipalpus, do tipo nuclear (1). Ref: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop .Plant Pathol. 33: 12. 2008.

Gaya guerkeana K. Schum.; Malvaceae

Begomovirus

Gaya yellow mosaic virus (GaYMV); vírus do mosaico amarelo de Gaya

Uma possível espécie nova de begomovirus foi encontrada nesta malvácea

silvestre em AL. Nenhuma caracterização biológica foi efetuada (1). Ref.; (1) Tenoria,A.A.R. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 196-197. 2013.

Gerbera jamesonii Bolus ex Hooker f (Gérbera) Asteraceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Estas duas espécies de Tospovirus foram detectadas em SP por ensaios de

transmissão, sorologia e RT-PCR em plantas de gérbera apresentando manchas

necróticas e necrose das nervuras nas folhas (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V.et al. Summa Phytopathol. 29: 69. 2003.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Plantas de gérbera exibindo sintomas de anéis e faixas cloroticas nas folhas

foram encontradas em Cachoeira do Sul, RS. Ensaios posteriores identificaram o agente

causal como PepRSV. Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol. Bras. 12: 346. 1987

Gladiolus x hortulanus L.H. Bailey (Palma-de-Sta.Rita, gladíolo) Iridaceae (revisado por Maria Amelia V. Alexandre)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Sintomas de mosaico em gladíolo, constatado no Est.S.Paulo e atribuído ao

CMV (1). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983.

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

Sintomas de mosaico causado pelo BYMV (1). As plantas podem servir de

reservatório deste vírus para a cultura do feijoeiro (2). Sua presença foi relatada em

plantações comerciais de Holambra, SP e na Est. Exp. Capão Bonito, SP ( 3, 4). Ref.: (1)Tombolato, A.F.C. et al. Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 127. 2010. (2) Costa, A.S. et al. Anais I

Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (3) Alexandre et al. Virus Rev. Res. 7: 17-21. 2002. (4)

Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 16: 95. 2010.

Gloxinia sylvatica (Kunth.) Whieh (Gloxínia, Semânia, Siningia) Gesneriaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

A partir de plantas de semânia, provenientes de São Paulo, apresentando manchas

cloróticas, foi confirmada, por testes biológicos e sorológicos, a presença de CMV (1). Ref. : (1) Alexandre et al. Rev. Brasileira Hort. Orn. 11: 49. 2005.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Page 56: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

56

Plantas de semânia foram encontradas exibindo sintomas de faixa-das-nervuras

nas folhas, no DF. O PepRSV foi identificado como o agente causal por meio de ensaios

biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 23: 489.1998.

Glycine max (L) Merr. (Soja) Fabaceae (revisado por A.M.R. Almeida)

Revisão: Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas). 1970; Costa, A.S. Summa Phytopathol.

3: 3. 1977.

Comovirus

Bean rugose mosaic virus (BRMV); vírus do mosaico-em-desenho do feijoeiro

BRMV foi encontrado infetando naturalmente a soja, no DF, causando sintomas

de mosaico e embolhamento (1). Foi constatado também no PR causando mosaico

rugoso (2) e manchas em sementes (3). Também detectado em campos experimentais da

Embrapa Cerrado, Planaltina, DF (4,5). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 16: 246. 1991; (2) Martins, T.R. et al. Fitopatol. Bras. 18:

318. 1993; (3) Silva, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 26: 511. 2001; 4) Anjos, J.R.N. Fitopatol.Bras. 17: 151-

152. 1992; (5) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 85. 1999.

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

No Brasil Central, DF, constataram-se casos de queima-dos-brotos em

soja causados pelo CPSMV (1) e posteriormente no PR (2). Ref.: (1) Anjos, J.R.N. & Lin, M.T. Plant Dis. 68: 305. 1984; (2) Bertacini, P.V. et al. Fitopatol.Bras. 19:

271. 1994.

Carlavirus

Cowpea mild mottle virus (CPMMV); vírus do mosqueado suave do caupi

Um carlavirus, transmitido por mosca branca, que causa mosaico angular em

feijoeiro Jalo, infetou experimentalmente soja, causando mosaico fraco e eventualmente

sintomas do tipo queima-dos-brotos (1). Em 2001 houve um surto de necrose do broto e

das hastes em plantios de Barreiras, BA, tendo sido o agente causal identificado como

um carlavirus transmitido por mosca branca, relacionado ao CPMMV (2). Sua

ocorrência foi também constatada nos estados de GO, MT, MA e PR (3), SP (4), MG

(5)., e PA (6). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. An.II Sem.Nac.Pesq.Soja (Brasilia): 247. 1981; (2) Almeida, A.M.R. et al.

Circ.Tecn. EMBRAPA/Soja 36. 2002; (3) Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol. Bras. 28: S287. 2003; (4)

Bicalho, A.A.C. et al. Vírus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011; (5) Zanardo, L.G. et al.

Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 189. 2013; (6) Zanardo L.G. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 190. 2013;.

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

Primeiro relato feito em um campo experimental em Londrina, PR. Sintomas de

forte amarelecimento no limbo foliar (mosaico cálico) e redução de porte. Agente causal

identificado como um isolado do AMV (1). Constatou-se a transmissao do AMV pelas

sementes de soja e em certas cvs.o vírus pode causar sintomas do tipo queima-dos-

brotos (2). Ref.: (1) Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol.Bras. 7: 13. 1982; (2) Costa, A.S. et al. Anais II

Semin.Nac.Pesq.Soja (Brasília): 264. 1981.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

A queima-dos brotos em soja é comumente observada em plantas mais

desenvolvidas. Manchas amarelas irregulares nas folhas (provavelmente onde ocorreu a

infecção inicial). Paralização do crescimento seguida de morte e curvatura do broto

apical, precedida por necrose em risca ao longo das nervuras. Pode se seguir brotação

axilar intensa, dando aspecto envassourada à planta. Descrito em SP (1). Constatou-se a

transmissão do TSV pelas sementes de soja infectadas (2). Inoculações experimentais

Page 57: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

57

mostram que infecções precoces podem causar perdas quase totais e quedas de produção

superiores a 50% em infecções tardias (3). Ocorre praticamente em todas regiões

produtoras de soja, usualmente em baixa incidência. Em algumas variedades de soja,

TSV pode induzir superbrotamento, sem causar queima-dos-brotos (4). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Bragantia 14: VII. 1955; (2) Costa, A.S. & Kiihl, R.A.S. Rev.Soc. Bras.

Fitopatol. 4: 35. 1971; (3) Lima No., V.C. & Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 58. 1974; (4) Scagliusi,

S.M.M. & Costa, A.S. Fitopatol.bras 17: 187. 1992.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

De ocorrência rara. Notada no Est.S.Paulo (1). Pode ocorrer epifitias em função

das variedades usadas. Os sintomas são de manchas amarelas nas folhas baixeiras e

também sintomas sistêmicos de manchas ou anéis. Há paralização de crescimento

apical, torção do broto terminal, queima dos brotos e brotação extranumerária (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. 1

o Simp.de Soja (Campinas). 1970; (2) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol.

11: 45. 1985.

Begomovirus:

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

Okra mosaic Mexico virus (OkMMV); vírus do mosaico do quiabo

Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Sida mosaic virus (SMoV); vírus do mosaico da Sida

Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado da Sida

Mosaico causado pela infecção natural possivelmente por qualquer um dos vírus

acima mencionados, através da mosca branca Bemisia tabaci . O AbMBV seria de

ocorrência rara e de menor importância. Plantas infectadas podem ter redução de

produção superior a 50% (1). O begomovirus SMoV, identificado por homologia na

seqüência do genoma foi detectado em soja (2,5). Foram detectados em soja mais dois

begomovirus, BGMV e OMoV (3), com sintomas similares. Em soja-hortaliça, no DF,

foi detectado o vírus do mosaico da Sida micrantha (SmMV)(4). Em soja, constatou-se

a presença de SiMoV (5). Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955 (2) Mello, R.N. et al. Virus Rev.& Res. 7: 157. 2002.

(3) Fernandes, F. R. et al. Arch.Virol. 154: 1567. 2009.(4) Fonseca, MEN et al. Tropical Plant Pathol.

34(supl)S266. 2009.

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Sintomas de mosaico e pequenas manchas cloróticas foram observados em

folhas de soja, em SP. Demonstrada como sendo causada por BGMV (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. An. Io.Sem.Pesq.Soja II: 145. 1979.

Euphorbia mosaic virus (EuMV); vírus do mosaico da Euphorbia

Nanismo de plantas da soja, decorrente da infecção natural pelo EuMV, foi

constatado em SP, tendo sido transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. De

ocorrência rara e sem importância (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. 1

o Simp.de Soja (Campinas). 1970.

Soybean chlorotic spot vírus (SCSV); vírus da mancha clorótica da soja

Um begomovirus foi detectado em plantas de soja com sintomas de manchas

cloróticas nas folhas, em Jaíba, MG. Análise moleculares indicaram que é distinto dos

demais begomovirus. Experimentalmente infetou algumas hospedeiras por método

biolistico, mas não foram feitas tentativas de transmissão com mosca branca (1). Ref.: (1) Coco, D. et al. Arch.Virol. 158: 457. 2013.

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

Hagedorn et al. (1) descreveram em soja no RS, sintomas de mosaico e

rugosidade nas folhas da soja, provavelmente causados pelo BYMV (2).

Page 58: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

58

Ref.: (1) Hagedorn, D.J. et al. Plant Dis.Reptr. 53: 165. 1969; (2) Costa, A.S. et al. Anais I

Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Constatada infecção natural de várias linhagens de soja, em um ensaio em

Teresina, PI, por um potyvírus tentativamente denominado de mosaico rugoso do caupi,

identificado por sorologia (1). Provavelmente corresponde ao isolado do CABMV que

foi obtido posteriormente de soja cv. Tropical cultivado em Fortaleza, CE, tendo sido

identificado por ensaios biológicos e sorológicos (2). Ref.: (1) Santos, A.A. Pesq.Agropec.Bras. 21: 899.1986; (2) Sousa, A.E.B.A. et al. Fitopatol. Bras. 21:

470. 1996.

Soybean mosaic virus (SMV); vírus do mosaico da soja

Primeiro relato da ocorrência do SMV no Brasil feito no RS (1) e depois

constatado em praticamente todas as zonas produtoras de soja [PR, SP, MG, MS, MT,

GO, DF] (2, 3, 6, 8, 9). Sintomas de mosaico e rugosidade e sementes manchadas. O

vírus pode causar necrose apical em cvs. que têm resistência do tipo hipersensibilidade

(3). Transmissão natural por afideos e sementes. Há fontes de resistência. Fedegoso

(Cássia occidentalis) pode servir como fontes-de-inóculo. Há diferenças na

transmissibilidade de sementes conforme o genótipo (5). Inoculações experimentais do

SMV causaram necrose em forma de lesões negras, deprimidas e de forma irregular em

vagens de alguns cultivares (7). Ref.: (1) Vasconcelos, F.A.T. Anais Inst.Sup.Agron. 26: 181. 1963; (2) Issa, E. O Biológico 31: 42. 1965;

(3) Costa Lima No., V. Tese Dr. ESALQ/USP. 1974; (4) Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas).

1970; (5) Porto, M.D.M. & Hagedorn, D.J. Phtyopathol. 65: 713. 1975; (6) Almeida, A.M.R.

Fitopatol.Bras. 5: 125. 1980; (7) Almeida, A.M.R. & Kihil, R.A.S. Fitopatol.Bras. 6: 281. 1981: (8)

Santos, A.A. Fitopatol.Bras. 7: 546. 1982; (9) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 308. 1985.

Obs.: Uma virose designada de Amarelo do broto (Soybean yellow shoot) foi

considerada como sendo causada por um vírus distinto do SMV. Primeiras ocorrências

registradas em Lavras, MG. Caracteriza-se por um amarelecimento generalizado e

encrespamento dos brotos novos, acomapanhados ou não de necrose. Segue-se

geralmente paralização do crescimento dos ponteiros. Plantas definhadas e de baixa

produção representam sintomas tardios. Não se transmite pela semente. Não se

transmitiu por afideos e mosca branca. Microscopia eletrônica indicou ser um Potyvirus,

mas parece ser diferente do mosaico comum do feijoeiro e da soja (1). Distingue-se do

SMV pelo fato de causar lesões locais em mamoeiro (2). Análises moleculares indicam

grande homologia na seqüência de nucleotídeos e de aminoácidos da proteína Nib com

SMV (3) e provavelmente é apenas um isolado do SMV. Ref.: (1) Deslandes, J.A. et al. Summa Phytopathol. 10: 25. 1984: (2) Rezende, J.A.M. & Costa, A.S.

Summa Phytopathol. 12: 187.1986; (3) Santos, R.C. et al. Virus Rev. & Res. 8: 200-201. 2003.

Sobemovirus

Southern bean mosaic virus (SBMV); vírus do mosaico do feijoeiro do sul dos EUA

Manchas curvas em sementes de soja, em SP,designadas de mancha bigode,

causadas por um isolado do SBMV. Ref.: Costa, A.S & Vega, J. Fitopatol.Bras. 12: 145. 1987.

Gnaphalium spicatum LAM. (=Gamochaeta spicata (LAM.) Cabrera) (Meloso)

Asteraceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Manchas cloróticas irregulares e deformação foliar, em plantas de meloso,

naturalmente infectadas por tospovirus, em SP (1). Ref.: (1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992.

Page 59: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

59

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural de meloso pelo PVY, sem menção da sitnomatologia,

constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Gomphrena globosa L. (Perpétua) Amaranthaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Nucleorhabdovirus

Gomphrena Virus (GoV); vírus da Gomphrena

Durante ensaios de recuperação de vírus de plantas cultivadas, perpétua

inoculada com amostras de alface desenvolveram lesões locais, nas quais foram

encontradas partículas do tipo rhabdovirus. O vírus foi capaz de infectar várias outras

hospedeiras mecanicamente, tornando-se sistêmico em alguns deles. O tipo de efeito

citopático coloca-o como um nucleorhabdovirus (talvez relacionado ao Sowthistle

yellow vein nucleorhabdovirus) (1) Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Virology 29: 523. 1966;

Gossypium hirsutum L. (Algodoeiro) Malvaceae (revisado por Maité F.S. Vaslin)

Revisões: Costa,A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 21: 45. 1962; Costa, A.S. Divulgação Agronômica

21 (julho/agosto): 25. 1966.

Begomovirus

Abutylon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

Causado pelo vírus da clorose infecciosa das malváceas (Abutylon mosaic

begomovirus- AbMV), transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Ocorrência

comum em algodoais mas de baixa freqüência; usualmente sem experessão econômica.

Descrita inicialmente como “pseudo mosaico”. Sintomas de mosaico

amarelo/embolhamento nas folhas e redução de porte, podendo ocorrer esterilidade

parcial ou total. Descrito no Est.S.Paulo mas deve ocorrer onde o algodão for cultivado.

A transmissão pela mosca branca não ocorre algodoeiro-algodoeiro, mas de outras

espécies como Sida spp. para algodoeiro. Ref.: Bitancourt, A.A. Conf. Nac.Algodoeira, SP, p.15. 1935; Costa, A.S. Bol.Tecn. IAC 37. 1937; Costa,

A.S. & Forster, R. Rev.Agricultura 12: 453. 1937; Orlando, A. & Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 16:

133. 1945; Costa, A.S. Bragantia 13: XXIII. 1954.

Cotton chlorotic spot vírus (CCSV); vírus da mancha clorótica do algodoeiro

Um begomovirus foi encontrado em algodoeiros exibindo sintomas de manchas

cloróticas, clorose internerval e distorção nas folhas na PB. A caracterização molecular

indicou ser distinto de outros begomovirus (1). Ref.: (1) Almeida, M.M.S. et al. Genome Announc. 1(6). 2013.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo Causado pelo vírus da necrose branca do fumo (Tobacco streak ilarvirus), mas requer

uma infecção prévia com o vírus do vermelhão (Cotton anthocyanosis virus- possível

Luteovirus). Inoculação apenas com TSV causa infecções localizadas, mas não se torna

sistêmico, como ocorre quando a planta está previamente infetada pelo vírus da antocianose.

Descrito no Est.S.Paulo. Sua incidência pode eventualmente ser elevada. Plantas afetadas tem

menor porte e produção reduzida. Folhas menores exibindo mosaico (áreas cloróticas

internervais). Pode ocorrer brotação axilar mais abundante. Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 13: I. 1954; Costa A.S. Phytopath.Zeit. 65: 219. 1969

Luteoviridae

Cotton anthocyanosis virus (CotAV); vírus do vermelhão do algodoeiro

Page 60: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

60

Causado pelo vírus do vermelhão do algodoeiro (Cotton anthocyanosis vírus,

possível membro de Luteoviridae, gênero indefinido), transmitido por afídeos (Aphis

gossipyii Glov.). Sintomas de avermelhamento das folhas inferiores, precedidos de

manchas cloróticas, que podem ser confundidos como deficiência de magnésio (mas

não se reverte com aplicação de Mg) (1,2). Sua infecção é pré-requisito para infecção

pelo TSV para causar mosaico tardio (3). Frequente em algodoais, mas em baixa

incidência. Descrito nos Est.S. Paulo e Bahia (4). Sida rhombifolia, kenaf e quiabeiro

são hospedeiras alternativas naturais. Foram encontradas fontes de imunidade ao vírus

em alguns genótipos (BJA 592, NU 16) (5). Sequenciamento de parte de seu genoma

mostrou ser um vírus muito próximo ao vírus do nanismo e enrolamento das folhas do

algodão (CLRDV), polerovirus transmtido pelo mesmo vetor (6). Ref.: (1) Costa, A.S. & Sauer, H.F.G. Bragantia 13: 237. 1954; (2) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 28: 167.

1956; (3) Costa A.S. Phytopath.Zeit. 65: 219. 1969 (4) Freire, E.C. et al. IPEAL (71/74). 1974; (5) Costa,

A.S. et al. Summa Phytopathol. 7: 6. 1981; (6) Andrade, R.R.S. et al. Anais do 9} Cong.Bras.Algodão.

2013.

Polerovirus

Cotton vein mosaic vírus (CotVMV); vírus do mosaico das nervuras do algodoeiro

Cotton leafroll dwarf vírus (CLRDV); nanismo e enrolamento das folhas do algodão

Causado pelo vírus do mosaico das nervuras do algodoeiro (Cotton vein mosaic

vírus), de posição taxonômica indefinida, transmitido por afídeos. Descrito no Estado de

São Paulo, onde ocorre em baixa incidência. Sintomas de mosaico das nervuras,

geralmente com encurvamento da borda das folhas. Em algumas variedades a folha

pode ficar azulada Reconhece-se uma forma mais severa, conhecida como forma

Ribeirão Preto (1,2). Variedades desenvolvidas pelo IAC possuem resistência.

Recentemente houve surto de uma síndrome, “mal azul’, em MT causado por este vírus,

resultante da introdução de variedades norte-americanas, sem resitência (3,4). Usando

primers específicos para Luteovirus amplificaram segmentos do genoma do vírus, que

teria 90% de similaridade com a proteína da capa de Chickpea stunt disease associated

enamovirus (CpSDaV) de plantas enfermas (5). Analises da sequências indicam que o

vírus seria um novo Polerovirus, tendo sido sugerido o nome de vírus do enrolamento e

nanismo do algodão (Cotton leafroll dwarf vírus- CLRDV) (6). O vírus foi encontrado

em amostragens feitas em SP,PR,DF,GO, além de MT, mostrando pouca variabilidade

(7). Inoculação com número elevado de pulgões foi capaz de transmiti-lo para pimenta

verde (Capsicum sp.) em casa-de-vegetação. Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bol.Tecn.IAC 51. 1938; (2) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Cultura e

Adubação do algodoeiro, Inst.Bras.Potassa p.433.. 1965; (3) Andrade, D.F.P. & Lamas, F.M.. Fitopatol.

_rás. 25: 446. 2000; (4) Takimoto, J.K. et al.,. Fitopatol. Brás. 28 (supl.) 28: 254. 2003; (5) Corrêa, L.R.

et al. Arch.Virol. 150:1357. , 2005.(6) Franca, TS et al. Virus Rev&Res 11 (supl): 192. 2006. (7) Silva,

TF et al. Virology Journal 5: 123. 2008.

H

Hedera canariensis (Kirchn.) Bean (Hera) Araliaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Plantas de hera com sintomas de manchas verdes em folhas senescentes foram

observadas no campus da ESALQ em Piracicaba, SP, associadas à infestação com

ácaros tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis, os quais experimentalmente reproduziram

os sintomas em plantas sadias. Microscopia eletrônica demonstrou efeitos citopáticos do

tipo citoplasmático na área verde (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scient.Agri.67: 348. 2010.

Page 61: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

61

Helianthus annuus L. (Girassol) Asteraceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); Vírus da necrose branca do fumo

Plantas infectadas provenientes de São Paulo, sofrem paralização de

crescimento. Folhas novas se tornam cloróticas, viradas para baixo e mallformadas.

Folhas mais abaixo podem mostrar clareamento das nervuras e alguma necrose. Pode

haver morte da parte apical. O agente causal foi identificado como TSV (1). Ref.:(1) Costa, A.S. & Costa, C.L. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 61. 1972.

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

O BiMV foi constatado em plantas de girassol provenientes de São Paulo,

apresentando manchas necróticas sistêmicas. Ref.: Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Supl.Agri.O Est.S.Paulo. 1966.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

O TNV foi recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas em estufa,

no Instituto de Agronômico de Campinas (IAC). Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960 Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B.

Bragantia 19: CXLVII. 1960

Helichrysum sp. Mill. (sempre viva) Asteraceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Potexvirus

Althernanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico de Althernanthera

Mosaico em sempre-viva constatado em São José do Rio Preto, SP. O agente

causal foi identificado como AltMV , por sorologia, (1). Ref.: (1) Alexandre, MAV et al. Trop.Plt Pathol. 33(supl): S231. 2008.

Heliconia stricta Huber. (Heliconia); Heliconiaceae

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Heliconia com manchas cloróticas foram encontradas em um plantio comercial

em Registro, SP. Dados preliminares obtidas por RT-PCR indicam presença de um

potyvirus ainda não identificado (1). Ref.: (1) Harakava, R. et al. Summa Phytopathol. 39 supl CDRom. 2013.

Hemerocallis SP. (Lírio) Hemerocallidaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Tobamovirus

Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro

Em plantas de Hemerocallis sp. coletadas no Est. S. Paulo com sintomas de

mosaico foi detectado um tobamovírus, que a comparação da sequência de nucleotídeos,

indicou que se tratava do ToMV (1, 2). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Virus Rev.&Res. 11 *supl.( 191. 2006; (2) Duarte, L.M.L. et al. Summa

Phytopathol. 33:409-413, 2008

Herissantia crispa (l.) Brizicky (Mela bode) Malvaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Um begomovírus foi detecado em AL causando mosaico em mela-bode (1) Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006.

Page 62: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

62

Hevea brasiliensis Mull. Arg. (Seringueira) Euphorbiaceae

Carlavirus

Carlavirus não identificado

Sintomas de mosaico, clorose internerval e redução do limbo foram observados

em seringueiras procedentes do Embrapa Amazonia Ocidental, Manaus, AM, e

mantidas no CENARGEN. Partículas tipo carlavírus foram encontradas em extratos e

em secções histologicas. Não se conseguiu transmissão mecânica a plantas-teste não se

logrando identificar este possível carlavírus (1). Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 8: 621. 1983.

Hibiscus rosa-sinensis L (Hibisco), H. schizopetalus (Mast.) Hook.f. (Hibisco

crespo), H. syriacus L (Hibisco da Siria) (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Nucleorhabdovirus

Eggplant mottled dwarf virus (EMDV)

Este nucleorhabdovirus foi encontrado co-infetando plantas de hibisco com

síntomas de superbrotamento associado a fitoplasma, em SP (1). Possivelmente trata-se

de caso análogo relatado no exterior, onde o rhabdovirus foi identificado como isolado

do EMDV. Ref.: (1) Caner, J. et al. Summa Phytopathol. 3: 155. 1977.

Dichorhavirus

Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); virus da mancha clorótica de

Clerodendrum

Manchas cloróticas, com bordo irregular, distintas das causadas por HCRSV,

foram notadas em hibiscus em Campos, RJ e Campinas e Piracicaba, SP, associadas à

infestação com ácaros tenuipalpídeos Brevipalpus. Exames ao microscópio eletrônico

revelaram efeito citopático do tipo nuclear. Em ensaios de transmissão do vírus da

mancha clorótica do Clerodendrum (ClCSV), reproduziram-se os mesmos sintomas em

hibisco 1). Houve casos de infecção simultânea de células do parênquima foliar pelos

tipos nuclear e citoplasmático (2). Relatado no AM (3). Ref.:(1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010; (2) Kitajima, E.W. et al. Summa

Phytopathol. 27: 105. 2001 (3) Rodrigues, JCV et al. Trop.Plant Pathol. 33:12. 2008.

Nepovirus

Hibiscus latent ringspot virus (HLRSV); vírus da mancha anular latenre de hibisco

Durante estudos com o vírus da mancha anular clorótica do hibisco, foi

constatada a em várias amostras a co-infecção com o HLRSV, no DF. O fato foi

constatado através de sorologia. Aparentemente poderia ocorrer co-transmissão do

HLRSV com o HCRSV via besouro, possivelmente através de transcapsidação do

genoma do HLRSV pelo capsídeo do HCRSV. Ref.: (1) Araújo, S. et al. Fitopatol.Bras. 14: 124. 1989.

Caulimovirus

Caulimovirus não identificado

Originalmente encontrado em uma amostra proveniente de Campos, RJ, foi detectado

por microscopia eletrônica, um caulimovirus não identificado em tecidos de Hibiscus

rosa sinensis co-infetando com o vírus da mancha verde (1) Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Abst.Scandem 88: 63. 1999

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Plantas de hibisco, amostradas na cidade do R.Janeiro,RJ, exibindo sintomas de

mosaico dourado, mostraram estar infectadas por uma possível nova espécie de

Begomovirus (1).

Page 63: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

63

Ref (1) Almeida, M.M.S. et al. Vírus Ver&Res 14(supl) 225. 2009.

Carmovirus

Hibiscus chlorotic ringspot virus (HCRSV); vírus da mancha anular clorótica de

hibisco

Primeira descrição feita no DF, em plantas com sintomas de manchas cloróticas

nas folhas. A identificação foi feita baseada na transmissibilidade mecânica, círculo de

hospedeiras, propriedades físicas in vitro e sorologia. HCRSV pode ser purificado a

partir de kenaf, tendo sido produzido um antissoro e confirmado alguns dados

moleculares da proteína capsidal e do RNA. Foi experimentalmente transmsitido pelo

besouro crisomelídeo Diabrotica speciosa (1). Usando o antissoro produzido foi feito

um levantamento em amostras oriundas de várias partes do Brasil e parece ser provável

que praticamente todas as plantas de H. rosa-sinensis estejam infectadas pelo HCRSV,

ainda que em muitos casos, sem exibirem sintomas (2). Ref.: (1) Araújo, S. et al. Fitopatol.Bras. 13: 144. 1988; (2) 14: 124. 1989

Cilevirus

Hibiscus green spot virus (HibGSV); vírus da mancha verde de hibisco

Diversas espécies de hibiscus ornamentais (H. rosa-sinensis, H. syriacus, H.

schizopetalus) têm sido encontradas com folhas senescentes exibindo manchas ou anéis

verdes e ocasionalmente manchas marrons/avermelhadas, associadas com infestação

pelo ácaro tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis. Microscopia eletrônica revelou a

presença nestes tecidos de efeito citopático do tipo citoplasmático (1), dos vírus

transmitidos por Brevipalpus (2), tendo sido demonstrada sua transmissão para plantas

sadias pelo ácaro e também para kenaf (Hibiscus cannabinus) (3). No Brasil acha-se

constatado em SP, DF, RJ, MG, AM e no exterior, na Bolívia, Panamá e Cuba (4,5). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Abst.Scandem 88: 63. 1999; (2) Kitajima, E.W. et al. Expt.Appl.Acarology

30: 135. 2003; (3) Ferreira, P.T.O. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004; (4) Kitajima, E.W. et al.

Virus Rev.& Res. 9: 248. 2004.(5) Rodrigues, JCV et al. Trop.Plant Pathol. 33:12. 2008.

Hippeastrum sp. (Amarílis) Amarilidaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Detecção do GRSV em amarílis com manchas cloróticas, em SP, por meio de

ensaios de transmissão, microscopia eletrônica e RT-PCR (1). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. Virus Rev. & Res. 6: 50. 2001

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus doo mosaico amarelo do feijoeiro

Infecção de amarílis pelo BYMV, sem mencionar sintomas, foi relatado em SP

(1). Ref. (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.

Hippeastrum mosaic virus- HiMV; vírus do mosaico de Hippeastrum

Um caso de mosaico necrótico em amarílis, causado pelo HiMV foi constatado

em SP (1, 2). Ref. (1) Duarte, LML et al. Trop.Plt Pathol 34(supl): S274. 2009; (2) Alexandre, MAV et al. Journal of

Plant Pathology 93: 643. 2011.

Hordeum vulgare L. (Cevada) Poaceae

Luteovirus

Turnip yellows vírus (TuYV) (=Barley yellow dwarf vírus- BYDV); vírus do nanismo

amarelo da cevada

Page 64: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

64

Esta virose com sintomas de amarelecimento foliar e redução de porte em

cereais de inverno, pode causar perdas significativas. Descrito pela primeira vez no RS

(1, 2). Causado pelo BYDV que é transmitido por afideos. Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2(2): 88. 1949; (2) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; Tese

Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972;

Hordeivirus

Barley stripe mosaic virus (BSMV); vírus do mosaico em faixa da cevada

Caracteriza-se por mosaico em faixa nas folhas sendo causado pelo BSMV, que

tem forma de bastonete curto, de genoma segmentado e transmissível pelas sementes.

Foi encontrado em algumas plantas de em um campo experimental do Cerrado/Embrapa

em Planaltina, DF, na cv. ‘Puebla’, procedente do México (1). O campo foi destruído a

seguir, não tendo havido novos relatos do BSMV no Brasil. Ref.: (1) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras.12: 278. 1987.

Hydrangea macrophylla L. (Hortência) Hydrangeaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Potexvirus

Hydrangea ringspot virus (HRSV); vírus da mancha anular da hortência

Plantas de Hortência, procedentes de Mogi das Cruzes, SP, exibindo manchas

anulares nas folhas, estavam infectados por um isolado do HdRSV (1). Ref: (1) Dória, K.M.A.B.V.S. et al. Summa Phytopathol. 37: 125. 2011.

Hypochaelis brasiliensis (Less.) Hook (Almeirão) Asteraceae

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Almeirão com sintomas de mosaico coletado em Londrina, PR. Análises

preliminares indicaram a presença de um potyvirus, ainda não identificado (1) Ref.: (1) Mituti, T. et al. Vírus Ver&Res 11(supl): 187. 2006.

Hyptis sp. Lamiaceae

Begomovirus

Hyptis rugose mosaic vírus 1 e 2 (HyRMV1, 2); vírus do mosaico rugoso de Hyptis

1, 2

Há relato de detecção de dois begomovirus infetndo naturalmente Hyptis sp. em AL,

considerados distintos, porém sem caracterização biológica (1). Ref.: (1) Nascimento, L.D. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 195-196. 2013.

I

Impatiens balsamina L., I. walleriana Hook f. (=I. sultani), I. hawkeri W.Bull (Beijo-

de-frade, Maria-sem-vergonha) Balsaminaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Mosaico em Impatiens balsamina (1) em Lavras, MG e I. walleriana (2) em

Atibaia, SP O agente causal foi identificado como CMV. Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 21:422. 1996; (2) Duarte, L.M.L. Fitopatol.Bras. 21: 424. 1996

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Plantas de I. balsamina e I. sultani com sintomas de mosqueado e variegação

floral foram constatadas em um jardim residencial no DF. A presença de um potyvirus

não identificado foi constatada por microscopia eletrônica e, quando inoculado

Page 65: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

65

mecanicamente, verificaram-se lesões locais em Chenopodium quinoa e C.

amaranticolor. (1). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 15: 127. 1990.

Tobamovirus

Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro

Identificação de um tobamovirus infetando naturalmente e causando mosaico e

bolhosidades em Impatiens hawkeri em SP (1). O vírus foi identificado como um

isolado do ToMV, por meio de análise da sequencia de nt da CP (2,3) Ref.: (1) Rivas, E.B. . et al. Plant Dis. 84: 707. 2000; (2) Duarte, LML et al. Virus Rev&Res. 11 (aupl):

191. 2006; (3) Duarte, L.M.L. et al. Summa Phytopathol. 33:409-413, 2008.

Ipomea batatas (L.) Lam. (Batata doce) Convulvulaceae

Carlavirus

Sweet potato chlorotic fleck virus (SPCFV)

Cavemovirus

Sweet potato collusive virus (SPCV)

Crinivirus

Sweet potato chlorotic stunt virus (SPCSV) Ref.: (1) Fernandes, FR et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl.) CDRom. 2012. Begomovirus

Sweet potato golden vein associated vírus (SPGVaV), vírus associado à nervure

dourada da batata doce

Levantamento feito no BAG de batata doce da UFRPe resultaram na detecção

molecular do SPGVaV. Não há dados sobre suas propriedades biológicas (1). Ref.: (1) (3) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.604-2. 2013

Sweet potato leaf curl virus (SPLCV); virus do encarquilhamento das folhas da batata

doce

Amostras de batata doce com sintomas de encarquilhamento das folhas, colhidas

no Norte e Nordeste foram analisadas molecularmente em DF. Constatou-se a presença

do SPLCV (1). Este vírus foi também constatado em SP (2) e PE (3). Ref: (1) Albuquerque, L.C. et al. Vírus Ver&Res 14(supl): 223. 2009; (2) Albuquerque, L.C. et al.

Arch.Virol. 156; 1291. 2011; (3) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.604-2. 2013.

Sweet potato leaf curl vírus São Paulo (SPLCVSP); vírus do encarquilhamento das

folhas da batata doce São Paulo

Um isolado do SPLCV encontrado em Alvares Machado, SP, causando clorose e

necrose nas nervuras de folhas em batata doce, difere em 12,4% com o isolado padrão e

foi considerado dentro das regras atuais, como espécie distinta (1). Ref.: (1) Albuquerque, L.C. et al. Arch.Virol. 156: 1291. 2011.

Potyvirus

Sweet potato feathery mottle virus (SPFMV); vírus do mosqueado plumoso da batata

doce

Relatos de plantas de batata doce com sintomas de mosaico, associado à

infecção com Potyvirus foram feitas inicialmente nos Estados de SP e RJ, e

posteriormente no DF, PE, PB, RS tendo sido o agente causal identificado como

SPFMV (1-3, 6, 7, 9). O uso de ramas de plantas infectadas e a disseminação por

afídeos leva à condição conhecida como “degenerescência” com queda acentuada de

produção. O uso de plantas sadias obtidas por cultura de meristemas como matrizes

serve como controle (4, 5), mas a taxa de reinfecção é alta (8). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 7. 1973; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia

33: XLV. 1974; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 57. 1975; (4) Carvalho, A.C.P.P. et al.

Hort.Bras. 6: 49. 1988; (5) Gama, M.I.C.S. Fitopatol.Bras.13: 283. 1988; (6) Gueiros Jr., F. et al.

Page 66: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

66

Fitopatol. Bras. 20: 308.1995; (7 ) Pozzer, L. et al. Fitopatol.Bras. 20: 65. 1995; (8) 464. 1995; (9) Kroth,

L.L.. & Daniels, J. Fitopatol.Bras. 27: S 206. 2002.

Em um levantamento feito no Banco de Germoplasma de batata-doce da Embrapa

Hortaliças, DF, onde foram amostrados 100 genótipos, foram detectados por NCM-

Elisa, além do SPFMV, os vírus abaixo listados (1).

Ipomovirus

Sweet potato mild mottle virus (SPMMV), vírus do mosqueado suave da batata doce

SPMMV foi detectado através de ensaios sorológicos em PE e PB. Não há

informações adicionais (1). Ref.: (1) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl 754-2. 2013.

Potyvirus

Sweet potato virus G (SPVG)

Sweet potato mild speckling virus (SPMSV)

Sweet potato latent virus (SPLV)

Ipomea sp., Convulvulaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Vários begomovirus de batata doce foram encontrados em amostras de Ipomea

sp. silvestres no DF, PE e CE, mas não há ensaios biológicos a seu respeito (1).

Ref.: (1) Rossato, M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 203-204. 2013

J

Justicia sp. (Anador-falso) Acanthaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas exibindo manchas e anéis concêntricos em suas folhas foram observadas

no Horto Municipal de Fortaleza, CE, e mostraram-se estar infectadas com CMV por

meio de ensaios biológicos e sorológicos.

Ref.: (1) Araripe, D.F.A. & Lima, J.A.A. Fitopatol.bras 18: 275. 1993.

K

Kalanchoe blossfeldiana Poelln. (calanchoe) Crassulaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Nucleorhabdovirus

Sonchus yellow net virus (SYNV)

A presença de um Nucleorhabdovirus em plantas de K. blossfeldiana,

provenientes da Holanda, apresentando manchas cloróticas foi determinada por

microscopia eletrônica. Não houve transmissão mecânica, mas reação positiva com

antissoro contra o SYNV foi verificada. Este vírus também foi detectado e identificado

como SYNV em Cotyledon orbiculata, outra Crassulácea e pôde ser transmitido para K.

blossfeldiana, causando infecção sistêmica (1). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Summa Phytopathol. 31: 63. 2005.

Kalanchoë sp. (Calanchôe) Crassulaceae

Page 67: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

67

(revisado por Ligia M.L. Duarte)

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Partículas do tipo potyvirus foram encontradas, por microscopia eletrônica, em

Kalanchoë sp. com mosaico e bolhosidades proveniente de Teresópolis, RJ. O vírus foi

transmitido mecanicamente para a mesma espécie e causou lesões locais em

Chenopodium quinoa. Produziu-se antissoro específico e verificou-se reação heteróloga

com PVY, CABMV e BCMV (1), todos pertencentes ao gênero Potyvirus. Ref.: (1) Braz, A.S.K. et al. Fitopatol. Bras. 21: 422. 1996.

L

Lactuca sativa L. (alface) Asteraceae (viroses de alface revisada por Renate Krause-Sakate)

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Nucleorhabdovírus não identificado foi constatado em amostras de alface com

sintoma de manchas cloroticas e clareamento das nervuras no DF e Teresópolis, RJ (1,

2). Ref.: Kitajima, E.W., & Marinho, V.L.A. Fitopatol.Bras. 7: 534. 1982; (2) Kitajima, E.W. et al.

Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.

Sequivirus

Lettuce mottle virus (LeMoV); vírus do mosqueado da alface

LeMoV foi constado pela primeira vez em culturas de alface no DF, em plantas

com sintomas de mosaico, essencialamente similares aos causados pelo LMV. Como

este era transmissível mecanicamente e de maneira não persistente por afídeos, e

apresentava circulo de hospedeira similar. Contudo, o agente causal era um vírus

isométrico. O vírus foi designado de mosqueado da alface (1, 3), tendo sido

parcialmente purificado e um anti-sôro, de baixo título foi produzido (2). Na

amostragem inicial, este vírus foi encontrado em amostras procedentes de Caxias, RS,

Rio Novo, SC e Campinas, SP (1). Trata-se de um possível membro da família

Sequiviridade, gênero Sequivirus, similar ao Dandelion yellow mosaic sequivirus-

DaYMV (4,5). Ocorre nas principais regiões produtoras do Estado de São Paulo e tem

sido encontrado com relativa frequência (6). Infecta naturalmente Galinsoga parviflora

(7). Detectado em MG (8). Ref.: (1) Marinho,V.L.A. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 11: 923. 1986; (2) Marinho, V.L.A. et al.

Fitopatol.Bras. 11: 937. 1982; (3) Kitajima,E.W. & Pavan,M.A. Lettuce mottle virus. In Davis, R.M. et

al. (eds.). Compendium of lettuce diseases. St.Paul, APS Press.pp.44-45. 1997; (4) Chaves, A.L.R. et al.

Fitopatol.Bras. 26: 514. 2001; (5) Jadão, A.S. et al., Archives of Virology, 152:999-1007, 2007. (6) De

Marchi et al. Summa Phytopathol 38:245-247, 2012. (7) De Marchi et al. Summa Phytopathol 38:245-

247, 2012; (8) Lucas, M.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 200. 2013.

Tymovirus

Tymovirus não identificado

Amostras procedentes de Piedade, SP, infectadas por um tymovirus relacionado

ao mosaico da berinjela (Eggplant mosaic tymovirus- EMV) e mosaico amarelo do nabo

(Turnip yellow mosaic tymovirus- TYMV) (1). Ref.: (1) Colariccio, A. et al Summa Phytopathol 36(supl) #205 CDRom. 2010.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas com sintomas de mosaico causado pelo CMV em SP. Costa (1) comenta

que infecção de alface pelo CMV estaria se tornando rara. Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983.

Page 68: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

68

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); virus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha amarela do tomateiro

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Sintomas de encrespamento, deformações, manchas anulares e necrose

sistêmica. Descrito originalmente no Estado de São Paulo (1, 2), havendo relatos

subsequentes em PE (3) e RS (5). No Est.S.Paulo foram identificados TCSV (4) e

GRSV (8) em alface. Em um levantamento feito no vale do S.Francisco, PE, constatou-

se alto nível de infecção pelo GRSV (6). Detectado em culturas hidropônicas (7). Tem

sido encontrado fatores de resistência (9, 11). TSWV detectado em AL (10). Em

levantamentos feitos em TO detectou-se GRSV (12). GRSV foi detectado em cultura

hidroponica de alface no PA (13). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942; (2) Chagas, C.M. O Biológico 36: 256. 1970;

(3) Moraes, G.J. et al. Hortic.Bras. 6: 24. 1988; (4) Colariccio, A. et al., Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (5)

Daniels, J. & Canci, P. Fitopatol. Bras. 20: 301. 1995; (6) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 21: 503.

1996; (7) Yuki, V.A. et al. Summa Phytopathol. 22: 57. 1996; (8) Chaves, A.C.R. et al. Fitopatol. Bras.

25: 439. 2000; (9) Silva, N. & Pavan, M.A. Fitopatol.brás. 26: 5ll. 2001; Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.

& Res. 6: 157. 2001; (11) Yamazaki, E. et al., Fitopatol.Bras. 26: 527. 2001;(12) Lima No., A.F. et al.

Fitopatol.Bras. 31(supl):S347. 2006; (13) Hayashi, et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl 455-1. 2013.

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

BiMV encontrado em amostras de alface com sintomas de mosaico, coletadas

em S.Manoel, SP (1). A ocorrência de BiMV em alface é baixa parece ser restrita às

regiões de Campinas e Baurú, onde também foi verificado em plantas invasoras como

Bidens pilosa e Galinsoga parviflora (2). Ref. (1) Suzuki, G.S. et al. Summa Phytopathol. 35:231. 2009; (2) Sanches, M.M. et al. Summa

Phytopathol. 36: 347. 2010.

Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface

LMV é de comum ocorrência em alface entre nós. Sintomas: mosaico,

embolhamento, má-formação da cabeça. Transmissão natural por sementes e afídeos;

transmissão mecânica experimental para várias hospedeiras. Em variedades susceptíveis

pode causar perdas significativas. Primeira descrição no Brasil foi feita por Kramer et

al. (1) no município de São Paulo, SP. Além de SP, confirmada sua presença no DF (3),

RJ (4) PR (5), RS (6). Foram criadas variedades resistentes (2). Presente também em

cultura hidropônica de alface (7). LMV é introduzido nas culturas usualmente por

sementes infectadas. Há isolados de LMV, conhecidos como LMV-Most capazes de

quebrar a resistência dos genes mo11 e mo1

2 em alface (8). Sonchus e Erigeron foram

constatados como hospedeiras naturais do LMV (9, 10) assim como Galinsoga

parviflora (11). Foi detectado em SE (12). Ref.: (1) Kramer et al. O Biológico 11: 121. 1945; (2) Nagai, H. & Costa, A.S. Arq.Inst.Biol. 38: 95.

1971; (3) Costa, C.L. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 49. 1974; (4) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de

Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (5) Lima,

M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (6) Daniels, J. & Canci, P. Fitopatol.Bras. 20: 301. 1995;

(7) Cossa, A.C. et al.27: S202. 2002; (8) Krause-Sakate, R. et al. Phytopathology 92: 563. 2002; (9)

Chaves, A.L.R et al., Summa Phytopathol. 29: 61. 2003; (10) Fitopatol.Bras.28: 207. 2003; (11) Sanches,

M.M. et al. Summa Phytopathol 36:346-347, 2010; (12) Floresta, L.V. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl)

S322. 2006.

Ophiovirus

Mirafiori lettuce big-vein virus (MiLV)

Ambos vírus associados causam o sintoma de engrossamento das nervuras da

alface e depreciam principalmente variedades do tipo americana, pois não possibilitam a

formação da cabeça da alface. È uma doença típica de inverno, pois os sintomas

somente são visíveis a temperaturas amenas. São transmitidos pelo fungo Olpidium

Page 69: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

69

brassicae (1) Detectado no cinturão verde de São Paulo, (1), e também em Campinas e

Baurú, SP (2) Ensaios sorológicos, moleculares e de microscopia eletrônica revelaram a

presença do MiLV e LBVV (1). Confirmada sua presença no PR (2). Ref.: (1) Lot, H. Phytopathology 92: 288-293, 2002; (2)Colariccio, A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S201.

2002; (2) Sanches, M.M et al. Summa Phytopathologica, 33:378-382, 2007. (3) Lima No., V.C. Summa

Phytopathol. 30: 83. 2004.

Varicosavirus

Lettuce big-vein associated virus (LBVaV); vírus da nervura intumescida da alface

Lens culinaria L. (Lentilha) Fabaceae

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Constatação da infecção natural da lentilha pelo TSWV no DF resultando em

sintomas de necrose nas vagens (1). Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Plant Dis. 79: 320. 1995.

Potyvirus

Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro

Ocorrência de mosaico em folhas de lentilha no RS, atribuída à infecção pelo

BCMV (1). Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 52. 1975.

Leonurus sibiricus L. (Rubim) Lamiaceae

Begomovirus

Tomato yellow spot virus (ToYSV); vírus da mancha amarela do tomateiro

Descrito inicialmente nos anos 1960 em várias partes do Est.S.Paulo. Sintomas

de mosaico amarelo intenso. Transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Foi

transmitido mecanicamente para a mesma espécie além de fumo e N. glutinosa. O vírus

causal foi considerado relacionado, mas distinto do mosaico do Abutilon e da

Euphorbia (1,2). Ensaios moleculares em amostras coletadas no PR, com sintomas de

mosaico amarelo, indicam que as plantas estariam infectadas por um isolado ToYSV (3) Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 38: 129. 1960; (2) Flores, E. &

Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 43: 221. 1962; (3) Boiteux, L.S. et al. Trop Plt Pathol.

34(supl) S266. 2009.

Ligustrum lucidum W.T. Aiton (Ligustro, alfeneiro) Oleaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cilevirus

Ligustrum ringspot vírus (LigRSV); vírus da mancha anular do ligustro

Manchas anulares em folhas de Ligustrum, similares às descritas na Argentina

como “lepra explosiva”, foram observadas em Curitiba, PR. Partículas baciliformes

curtas foram notadas nos tecidos infectados (1). Observações similares foram feitas em

Piracicaba, SP e demonstradas como sendo transmitido pelo ácaro tenuipalpídeo

Brevipalpus phoenicis (2). O efeito citopatológico é do tipo citoplasmático, dos vírus

transmitidos pelo ácaro tenuipalídeo Brevipalpus (3). Logrou-se transmitir este vírus,

experimentalmente para feijoeiro (4). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Phytopathology 81: 1216. 1991; (2) Rodrigues, J.C.V. et al. Fitopatol.

Bras. 20: 292. 1995 ; (3) Kitajima, E.W. et al. Expt.Appl.Acarol. 30: 135.2003; (4) Kitajima, E.W. et al.

Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012.

Ligustrum sinense Lour. (Alfeneiro-da-china, ligustrinho) Oleaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cilevirus

Page 70: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

70

Ligustrum ringspot virus (LigRSV); vírus da mancha anular do ligustro

Plantas de L. sinense exibindo manchas verdes em folhas senescentes,

associadas à infestação com ácaros Brevipalpus foram encontradas em Piracicaba, SP.

Exames ao microscópio eletrônico indicaram a presença de partículas baciliformes

curtas e viroplasma no citoplasma (1). Foi observado também no DF (2). Não se acha

demonstrado se o vírus causal é o mesmo encontrado em L. lucidum. Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Fitopatol.bas. 29: S234. 2004 ; (2) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola

2010; (2) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.

Lilium sp. (Lírio) Liliaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); virus do mosaico do pepino

O CMV-I (serogrupo I) foi detectado em plântulas procedentes de um

laboratório comercial de micropropagação, com manchas cloróticas através de ensaios

sorológicos e moleculares (1). Foi detectado também em plantas em cultivo em Atibaia

e Holambra, SP (2) Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Fitopatol.Bras. 26: 513. 2000. (2) Jadão, AS et al. Trop.Plt Pathol.

33(supl): S298. 2008

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

O BYMV foi detectado infetando lírios com sintomas de moasico no Est. S.

Paulo (1). Ref. (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.

Tulip breaking virus (TBV)

Plantas de lírio com manchas necróticas e mosqueado nas folhas foram

encontradas num campo de produção em Brasilia, DF. Ensaios de transmissão,

microscopia eletrônica e sorologia identificaram o TBV como agente causal da

enfermidade (1). Ref.: (1) Furlanetto, C. et al. Fitopatol. Bras. 21: 431. 1996.

Lippia alba Mill.N.E.Br. ex Britt & Wilson (Erva cidreira) Verbenaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Em plantas de erva cidreira com sintomas de mosaico detectou-se um

begomovirus, em AL, por tecnicas moleculares, associado a infestação com mosca

branca. Não foram realizados trabalhos de caracterização biológica (1). Ref.: (1) Assunção, I.P. et al. Fitopatol.Bras. 29: S161. 2004.

Luehea grandiflora Mart. (Açoita-cavalo) Tiliaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Plantas com sintomas de mosaico, coletadas em S.Paulo, SP. Virose atribuída ao

AbMBV (1). Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

Luffa spp. (vírus de Luffa revisado por J.A.M. Rezende)

Luffa cylindrica Roem. (Bucha-de-metro) Cucurbitaceae

Potyvirus

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de

moita

Page 71: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

71

Plantas de bucha, procedentes de um plantio comercial de Jales, SP, com

síntomas de necrose, mosaico e manchas anelares nas folhas e distorção e seca dos

frutos, mostraram-se estar infectadas com um isolado do ZYMV. A identificação foi

feita por ensaios biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1). Similar constatação

foi feita no PA (2). Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 23: 58. 1997; (2) Hayashi, A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38

supl.455-2. 2013.

Luffa operculata Cogn. (Buchinha) Cucurbitaceae

Potyvirus

Papaya ringspot virus (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Infecção natural de L. operculata pelo PRSV-W foi constatada no CE. A

identificação foi feita através de ensaios biológicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Florindo, M.I. Fitopatol.Bras. 22: 213. 1997.

Lupinus alba L. (Tremoço branco); L. luteus L. (Tremoço amarelo) Fabaceae

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

Sintomas de mosaico e raquitismo em tremoço branco e amarelo causados pela

infecção natural com BYMV, constatada em Cascavel, PR (1), tendo sido o vírus causal

identificado (2, 3). Ref.: (1) Almeida,A.M.R. Fitopatol.Bras. 16: 288. 1991; (2) Ramagem,R.D. et al. Fitopatol. Bras. 17:

178. 1992; (3) 179. 1992.

Lysimachia congestiflora Hemsl. (Lisimáquia) Primulaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Vírus transmitido por ácaro Brevipalpus, tipo citoplasmático foi observado em

planta de L. congestiflora, procedente de Águas de S.Pedro, SP, apresentando manchas

cloróticas (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010

M

Macroptilum atropurpureum (DC) Urban (Siratro) Fabaceae

Begomovirus

Euphorbia yellow mosaic virus (EuYMV); vírus do mosaico amarelo da Euphorbia

Detectado molecularmene em Caruaru, PE (1). Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012. Tomato crinkle leaf yellows virus (TCrLYV)

Detectado molecularlmente em Maceió, AL e Quipapa, PE(1). Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012. Potyvirus

Potyvirus não identificado

Plantas de siratro com mosaico mostraram estar infectadas por um potyvirus,

transmissivel mecanicamente e por afídeos. Foram elas encontradas nos estados de CE

(1) e SP (2). Ref.: (1) Marques, M.A.I. & Albersio, J.A.A. Res. VI Enc.Nac.Virol. 170. 1992; (2) Regatieri,

L.J. et al. Fitopatol.Bras. 28: S289.2003.

Macroptillum erythroloma (Benth) Urban (Macroptilo) Fabaceae

Page 72: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

72

Begomovirus

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Infecção natural de M. erythroloma pelo BGMV, causando forte mosaico

amarelo-verde, constatada em Nova Odessa, SP (1). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Arq.Inst.Biol. 48. 113. 1981.

Macroptilum lathyroides (L) Urban (=PHASEOLUS LATHYROIDES) (Feijão-de-

rola-rasteira) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Infecção natural de feijão-de-rola rasteira pelo CPSMV, causando sintomas de

mosaico. Relatado no CE (1,2). Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Chagas, J.M.F. Fitopatologia (Lima) 9: 58. 1974; (2) Lima, J.A.A. & Santos,

D.G. Fitopatol.Bras. 10: 313. 1985.

Begomovirus

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Infecção natural de M. lathyroides por um begomovírus no CE, que

sorologicamente seria similar ao vírus causador do mosaico dourado em caupi (1). Um

isolado encontrado em União dos Palmares, AL mostrou ser idêntico ao BGMV (2).

Detectado em PE e SE (3) Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Virus Rev. & Res. 3 (supl.1):143.1998; Fitopatol.Bras.24: 355. 1999.(2)

Nascimento, L.D. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): S204. 2006; (3) Silva, JCV et al. Plant Pathol. 61: 457.

2012.

Macroptilium yellow net virus (MaYNV); virus do reticulado amarelo de

Macroptilium

Detectado em AL(1). Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.

Macroptilium yellow spot virus (MaYSV); virus da mancha amarela de Macroptilium

Detectado na PB e AL (1). Foi detectado em PE e SE infetando feijoeiro-rola

(2). Isolados de feijão-de-rola de SE e PE foramcaracterizados biológica e

molecularmente (3). Ref.: (1) Silva, J.C.V.. .et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012; (2) Almeida, K.C. et al. Vírus Rev.& Res. 17

(supl.).2012; (3) Almieda, K.C. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.60. 2013.

Begomovirus não identificado

Infecção por begomovirus não identificado foi observada em Juazeiro, BA (1), e

no CE (2) resultado em sintomas de mosaico dourado em M. lathyroides. Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006. (2) Nascimento, A.K.Q. et al. Trop Plt Pathol

33(supl): 299. 2008.

Macroptilium longepeduculatum Mart. Et. Benth. (=Phaseolus longipedunculatus)

(Feijão-de-rola) Fabaceae Begomovirus

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Amostras de feijão-de-rola foram coletadas no aeroporto St. Dumont, RJ, com

síntomas de mosaico amarelo. A virose foi transmitidoa pela mosca branca Bemisia

tabaci Genn. Ensaios comparativos com clorose infecciosa das malvaceas mostraram

algumas diferenças na gama de hospedeiras, não tendo havido também proteção

cruzada; foi sugerido ser um isolado distante do AbMBV (1) e considerado por Costa et

al. (1972) como isolado do BGMV. Ref.: (1) Flores, E. & Silberschmidt, K. An.Acad.Bras.Cien. 38: 327. 1966; (2) Costa, A.S. et al. Anais I

Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.

Malus sp. (Macieira) Rosaceae

Page 73: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

73

Revisões: Betti, J.A. Casa da Agricultura 5: 5. 1982.

Capillovirus

Apple stem grooving virus (ASGV); vírus do acanalamento do lenho de macieira

Primeiras descrições deste vírus foram feitas em macieiras paulistas, causando

infecção latente em SP. Detectado pela inoculação mecânica em plantas-teste inclusive

pessegueiro (1). Ensaios de imunomicroscopia eletrônica confirmaram esta

identificação (2). ASGV e ACLSV puderam ser eliminados de plantas infectadas por

minienxertia acoplada a termoterapia (3). Uma necrose interna do porta-enxerto Maruba

Kaido, na Est.Exp. Caçador, SC, foi associada à presença do ASGV (4). Posteriormente

ASGV foi identificada sorologicamente em cvs. Rozala Gala e Fuji enxertados sobre

Maruba-Kaido em viveiros comerciais do RS (5). A identificação foi complementada

pela análise do gene da capa protéica (6). Ref.: (1) Betti, J. & Kitajima, E.W. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 125. 1971; (2) Gaspar, J.O. & Betti, J.A.

Summa Phytopathol. 11: 62. 1985; (3) Betti, J.A. & Gaspar, J.O. Summa Phytopathol. 12: 19. 1986; (4)

Betti, J.A. et al. Summa Phytopathol.. 14: 33. 1988; (5) Nickel, O. et al. Fitopatol. Bras. 24: 444. 1999;

(6) Nickel, O. et al. Fitopatol.Bras. 25: 445. 2000.

Foveavirus

Apple stem pitting virus (ASPV); vírus do estriamento do ramo da macieira

Incidência generalizada em macieiras de um vírus que causa nanismo e reduçao

de vigor na indicadora Platycarpa. Foi considerado similar ao Apple Platycarpa dwarf

vírus (nanismo da macieira Platycarpa), que por sua vez seria um isolado do ASPV (1).

ASPV detectado por enxertia em indicadores, em clones obtidos em plantações

comerciais de Angatuba e Paranapanema, SP (2). Foi detectado em pomares de SC (3) e

RS (4). Ref.: (1) Betti, J.A. & Ojima, M. Summa Phytopathol. 5: 29. 1979; (2) Betti, J.A. et al. Summa

Phytopathol. 21: 49. 1995; (3) Nickel, O. et al. Fitopatol.Bras. 23: 321. 1998; (4) Nickel, O. & Fjardo,

T.V.M. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 28-29. 2013.

Ilarvirus

Apple mosaic virus (ApMV); vírus do mosaico da macieira

Issa, em 1959, relatou a ocorrencia de sintomas de mosaico em macieiras

importadas da Argentina. Foram notados dois tipos de sintomas: faixa das nervuras e

clareamento das nervuras. Experimentos de transmissão por enxertia reproduziram

sintomas em 40% dos enxertos (1). Foi constatado no RS nos municípios de Pelotas e

Vacaria (2). Ref.: (1) Issa, E. O Biológico 25: 64. 1959; (2) de Castro, L.A.S. & Daniels, J. Fitopatol. Bras. 19: 313.

1994.

Trichovirus

Apple chlorotic leaf spot virus (ACLSV); vírus da mancha clorótica da follha da

macieira

Primeiras descrições deste virus em pomares de macieira em SP, causando

infecção latente. Detectado pela inoculação mecânica em plantas-teste inclusive

pessegueiro (1). Em macieiras Anna, em Paranapanema, SP, foram notadas sintomas de

mosaico salpicado e que ensaios posteriores foi sugerido como sendo causados pelo

ACLSV (2). Ensaios de imunomicroscopia eletrônica confirmaram esta identificação

(3). Foi detectado também em pomares dos estados do RS e SC (4). Ref.: (1) Betti, J. & Kitajima, E.W. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 125. 1972; (2) Betti, J.A. et al. Summa

Phytopathol. 10: 126. 1984; (3) Gaspar, J.O. & Betti, J.A. Summa Phytopathol. 11: 62. 1985; (4) Castro,

L.A.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 314. 1998.

Nanovirus

Foram encontradas em Viçosa, MG, macieiras com nanismo clorótico, brotação

fraca e ramos secos. Análises moleculares associaram à condição um possível

nanovirus, ainda não identificado (1).

Page 74: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

74

Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.56. 2013.

Malva sp., Malvaceae

Begomovirus

Okra mosaic Meexico virus (OkMMV); vírus do mosaico do quiabo-Mexico

Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Tomato leaf distortion virus (ToLDV); vírus da distorção foliar do tomateiro

Um isolado de begomovírus de Malva sp., proveniente do Amazonas apresentou

87% de identidade com o OkMMV. Isolados do Rio de Janeiro e de Goiás,

apresentaram alta porcentagem de identidade com o SmMV, isolado de quiabo. Outro

isolado do RJ teve 90% de identidade com o ToLDV (1). Ref.: (1) Fernandes, NAN et al. Trop.Plt Pathol 34(supl):S271. 2009.

Malva parviflora L. (Malva) Malvaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Begomovirus

Potexivrus

Malva mosaic virus- (MaMV); vírus da necrose das nervuras da malva

Sintomas de necrose sistêmica em folhas de malva registrado no Est.S.Paulo

foram atrbuídos a um presumível potexvirus, possivelmente Malva mosaic virus (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Bragantia 29: LI. 1970.

Abutylon mosaic Brazil virus- (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

Sintomas de manchas angulares e mosaico dourado em plantas de Malva spp.,

coletadas em S.Paulo e M. Cruzes, SP e P.Alegre, RS, foram associados a um provável

Begomovirus causador da doença clorose infecciosa das malváceas. (1) Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955

Begomovirus não identificado Um begomovirus ainda nao identificado foi detectado por meio de técnicas

moleculares em plantas com mosqueado, mosaico dourado, clareamento das nervuras

em Brasilia, DF. Não há informações sobre suas características biológicas ou

transmissão pela mosca branca (1). Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Fitopatol.Bras. 28: S248. 2003.

Potyvirus

Malva vein clearing virus (MVCV); vírus do clareamento das nervures da malva

Um potyvírus foi associado a sintomas de clareamento de nervuras e mosqueado

em malva no Est.S.Paulo (1), provavelmente similar a um originalmente descrito

(Malva vein clearing virus) nos EUA (2) e posteriormente, também na Europa. Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 21: CIII. 1962; (2) Costa, A.S. & Duffus, J.E. Plant Dis.Reptr.

41: 1006. 1957.

Malvastrum coromandelianum Garcke (Guanxuma-amarela) Malvaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Mosaico em guanxuma-amarela, atribuída ao AbMBV, em material coletado em

Brotas, SP (1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

Malvaviscus arboreus Cav. (Malvavisco) Malvaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Dichorhavirus

Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica do

Clerodendrum

Page 75: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

75

Em Piracicaba, SP, foram encontradas plantas de malvavisco exibindo manchas

anulares em suas folhas. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a presença de

efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Ensaios

de transmissão demonstraram que o agente causal é o ClCSV. Constatado no RJ (2) Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarology 30: 135. 2003; 2) Kitajima, EW et al. Scientia

Agricola 67: 348. 2010.

Begomovirus

Malvaviscus yellow mosaic virus (MaYMV); virus do mosaico amarelo de malvavisco

Plantas de malvavisco com sintomas de mosaico amarelo eram conhecidas há mais d 50

anos na Fazenda Sta. Eliza, do Inst.Agronomico, em Campinas, SP. Análises

moleculares indicaram que a planta estaria infetada por um novo begomovírus

(MaYMV), filogeneticamente relacionado a begomovírus da America Central e do

Norte. Como peculiaridade este vírus tem uma sequência de nonanucleotídeos, do tipo

nanovirus e alfasatélite (1). Ref.: (1) Lima,A.T.M. et al. Vírus Ver.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011

Manihot esculenta Kranz (Mandioca) Euphorbiaceae (revisado por Paulo E.Meissner Fo.)

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Detectado por microscopia eletrônica em plantas sem sintomas aparente, em SP

(1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979

Potexvirus

Cassava common mosaic virus- CsCMV; vírus do mosaico comum da mandioca

Observado pela primeira vez na cv. ‘Aipim carvão’ no campo experimental do

IAC, SP. É de ocorrência rara e considerada enfermidade marginal. Caracteriza-se por

sintomas de mosaico no limbo foliar podendo ser acompanhado de distorção. É

transmissível mecanicamente e perpetua-se pelas manivas provenientes de plantas

infectadas. Pode ser transmitido por instrumentos de corte (1). Foi caracterizado como

um potexvirus pela sua morfologia e citopatologia (3-6). O vírus foi purificado e um

anti-sôro, produzido (2). Foi constatado no banco de germoplasma da

Embrapa/Mandioca e Fruteiras em Cruz das Almas, BA (7). Detectado no PR (8) onde

estaria bastante disseminado (9). Ref.: (1) Costa, A.S. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 239. 1940; (2) Silva, D.M. et al. Bragantia 21: XCIX.

1962; (3) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 24: 247. 1965; (4) Kitajima & Costa, A.S. Bragantia 25: XXIII.

1966; (5) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. CMI/AAB Descr.Plant Viruses 90. 1972; (6) Costa, A.S.

Fitopatologia (Lima) 8: 5. 1973; (7) Meissner Fo., P.E. & Santana, E.N. Fitopatol.Bras. 22: 342. 1997 (8)

Carnelossi, P.R. et al. Vírus Ver&Res 15(supl)132.2010; (9) Silva, J.M. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 271.

2011.

Cavemovirus

Cassava vein mosaic virus (CaVMV); vírus do mosaico das nervuras da mandioca

Segundo Costa (2), o mosaico descrito pela primeira vez em um campo

experimental do IB, na cv. ‘Vassourinha’(1) seria o mosaico das nervuras. No IAC, SP

foi notado na cv. ‘Brava Preta de Suruhy’. Os sintomas são de mosaico nas nervuras e

em folhas adultas a clorose pode se disseminar para o resto da folha, comumente

gerando sintomas do tipo faixa-das-nervuras. Não é transmissível mecanicamente

desconhecendo-se o vetor. O vírus foi identificado por microscopia eletrônica como um

membro da família Caulimoviridae (3), sendo espécie única do gênero Cavemovirus.

Foi purificado, obtendo-se um anti-sôro (4). Foi detectado sorologicamente no PI (5) e

CE (6). Na BA foi CaVMV foi detectado baseado em sintomas (8). No CE foram feitas

Page 76: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

76

avaliações de perdas, verificando-se que a infecção pelo CaVMV não afeta

significativamente a produção da mandioca (7). Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 4: 177. 1938; (2) Costa, A.S. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 239.

1940; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 25: 211. 1966; (4) Lin, M.T. & Kitajima, E.W.

Fitopatol.Bras. 5: 419. 1980; (5) Santos, A.A. & Silva, H.P. Fitopatol.Bras. 7: 5454. 1982; (6) Santos,

A.A. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 15: 145.1990; (7) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 20: 506. 1995;

(8) Meissner Fo., P.E. & Santana, E.N. Fitopatol.Bras. 22: 342. 1997.

Phytoreovirus

Cassava frogskin disease (CaFD); síndrome do couro de sapo da mandioca

A enfermidade se caracteriza por sintomas hiperplásticos tipo verrugose,

tornando as raízes mais finas e com zona cortical grossa, quebradição, enrugada e com

fendas. Não há sintomas foliares Foi constatado na bacia amazônica e na coleção de

germoplasma da Embrapa Mandioca e Fruteiras, em Cruz das Almas, BA. Além da

sintomatologia a identificação foi feita através da detecção de dsRNA (1,2) sugerindo a

presença do mesmo vírus detectado na Colombia (4). Foi também detectado fitoplasma

do grupo SrIII associado à enfermidade (3) na BA, como relatado anteriormente na

Colombia (5). Aguardam-se mais investigações para verificar se a síndrome deve-se a

um destes patógenos ou a ambos. Detectado no RJ associado ao Reovirus, mas não a

fitoplasma (6). Ref.: (1) Fukuda, C. Res.I Cong.Lat.Am.Raizes Trop./IX Cong.Bras.Mandioca res.105. 1992. (2)

Poltronieri, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 322. 1998; (3) Isoton, MF et al. IV Enc.Jovens Talentos

Embrapa.p.23. 2009; (4) Calvert, L. et al. J.Phytopathol. 156: 647. 2008; (5) Alvarez, E. et al. Plant Dis.

93: 1139. 2009; (6) Brioso, P.S.T. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

Recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas em estufa, no IAC, SP

(1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

Matthiola incana L.) W. T. Aiton.(Goivo) Brassicaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Caulimovirus

Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve-flor

Um provável isolado de CaMV foi associado a sintomas de mosaico nas folhas

de goivo, provenientes do RS, com base em sintomas induzidos em outras brassicácias.

O vírus foi transmitido pelos pulgões Myzus persicae e Brevicoryne brassicae (1). Ref.: (1) Siqueira, O. & Dionelo, S.B. Fitopatologia (Lima) 8: 19. 1973

Mendicago sativa L. (Alfafa) Fabaceae

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

Registrado pela primeira vez em alfafa no Est.S.Paulo (Campinas e Araçoiaba da

Serra). Sintomas de mosaico de forma variada, mais ou menos amarela com linhas

sinuosas ou anéis amarelos. Caracterizado biológica e morfologicamente (1). Foi

também constatado em uma área experimental em Piracicaba, SP (2). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 6: 30. 1980; (2) Oliveira, P.R.D. et al. Fitopatol.Bras. 11:

310. 1986.

Mimosa sensitiva L. (Malícia) Fabaceae

Vírus isométrico não classificado

Mimosa sensitiva mosaic virus (MiMV); vírus do mosaico da malícia

Plantas de malícia, da vegetaçao espontânea da vizinhança de Belém, PA, foram

encontradas com sintomas de mosaico. Foi transmitido experimentalmente por meios

Page 77: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

77

mecânicos e pelo besouro crisomelideo Diabrotica speciosa (Oliv.) apenas para mesma

espécie. Foram encontradas partículas isométricas, 30 nm, em alta concentração nos

tecidos (1). O virus foi purificado, tendo sido produzido um anti-sôro. Ensaios

sorológicos contra 31 outros vírus isométricos foram negativos (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 394. 1984; (2) Marinho, V.L.A. et al. Fitopatol.bras 10:

308. 1985.

Momordica charantia L. (Melão-de-São Caetano) Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Rezende) Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV isolado de plantas com sintomas de mosaico em SP (1, 2). Ref.: (1) Barradas, M.M. et al. Arq.Inst.Biol.. 46: 117. 1979; (2) Brioso,P.S.T. & Lin, M.T.

Fitopatol.Bras. 9: 395. 1984.

Monstera deliciosa Liebm. (Costela-de-adão) Aracea (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Plantas de Costela-de-adão foram encontradas nos arredores de Manaus, AM,

exibindo manchas anulares em suas folhas. Exames ultraestruturais nos tecidos das

lesões revelaram efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por

Brevipalpus (1). Ref.: (1) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.

Musa spp. (Bananeira) Musaceae (revisado por Paulo E.Meissner Fo.)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Sua presença no país é conhecida desde a década dos 30 (1). Sintomas de

mosaico de listras claras e escuras, descontínuas ou não, partindo da nervura principal

nas folhas. As listras podem eventualmente evoluir para necrose. Pode ocorrer

rugosidades e redução do limbo foliar. Plantas afetadas têm produção afetada podendo

ser levada à morte. Agente causal é o CMV oriundo de estolões de plantas afetadas ou

transmitido por pulgões, constituído de bananeiras infectadas ou plantas invasoras da

cultura. Descrita inicialmente no Est.S.Paulo, acha-se constatado nas principais regiões

produtoras do país (RJ, MG, BA, PA) (1-6, 7, 9, 10, 12). No Est.S.Paulo foi identificado

CMV do subgrupo IA infetando bananeiras (7). A prática de produção massal de mudas

livres de CMV a partir de clonagem por cultura de tecidos elimina a infecção inicial que

ocorre quando se usam estolões, oriundas de plantas infectadas. Contudo exige-se

rigoroso controle nas matrizes. Há registros de infecção mista do CMV com BSV (11).

Registrado no PR (13). Ref.: (1) Deslandes, J. Rodriguesia 2 (no.esp.): 199. 1936; (2) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.V.R. O

Biológico 7: 216. 1941; (3) Medeiros, A.G. Bol.Tecn.IPA 4: 1. 1963; (4) Robbs, C.F. Agronomia 22:

127. 1964; (5) Rbeiro, M.I.S.D. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 62. 1975; (6) Lima, J.A.A. & Gonçalves,

M.F.B. Fitopatol. Bras. 13: 101. 1988; (7)Eiras, M. et al. Fitopatol.Bras. 25: 440. 2000; (8) Maciel-

Zambolim, E. et al. Fitopatol.Bras. 19: 483. 1994; (9) Barbosa, C.J. et al. Res. XIV Cong.Bras.Frutic.: 73.

1996; (10) Trindade, D.R. et al. Fitopatol.Bras. 23: 185. 1998; (11) Brioso, P.S.T. et al. Summa

Phytopathol. 26: 254. 2000; (12) Nunes, A.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 26: 512.2001; (13) Carnelossi, PR

et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.

Badnavirus

Banana streak virus (BSV-OL); vírus da risca da bananeira

Page 78: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

78

BSV causa sintomas de riscas necróticas nas folhas. É um vírus baciliforme,

contendo dsDNA em anel e ciclo de replicação envolvendo um RNA intermediário.

Disseminado por cochonilhas ou estolões de plantas infectadas. Constatado no

Est.S.Paulo pela primeira vez em infecção mista com CMV através de microscopia

eletrônica e PCR (1). Posteriormente tem sido encontrado em várias regiões produtoras

do país-AC, AM, BA, CE, GO, MG, PI, RJ, RO, SC (2).PA (3). O ICTV reconhece três

espécies de BSV (Mysiore, OL e GF). O BSV que ocorre no Brasil seria do tipo OL (4).

No Est. Amazonas constataram-se lesões necróticas em frutos associadas à infecção

pelo BSV (5). Há uma revisão sobre este vírus (6). Detectado no PR (7). Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Summa Phytopathol. 26: 254. 2000; (2) Figueiredo, D.V. et al.

Fitopatol.Bras. 32: 118. 2006. (3) Poltronieri, L.S. et al. Summa Pahytopathol. 35: 74. 2009.(4) Lombardi,

R. et al. Pesq.Agrop.Bras. 45: 811. 2010; (5) Brioso, P.S.T. et al. Rev.Bras.Frutic. 33: 1353. 2011; (6)

Brioso, P.S.T. Rev.Anual Patol.Planta 20: 64. 2012; (7) Bijora, T. et al. Trop.Plant Pathol. 38 (supl.)

2013.

Mussaenda erythrophylla Schumach. & Thonn. (Mussaenda-vermelha) Rubiaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Dichorhavirus

Vírus transmitido por Brevipalpus - tipo nuclear

Plantas de mussaenda-vermelha foram encontradas nos arredores de Manaus,

AM, exibindo manchas cloróticas em suas folhas. Nos tecidos das lesões foram

encontrados efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus

(1). Ref.: (1) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.

N

Nasturtium officinale R.Br. (Agrião) Brassicaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas de agrião com sintomas de mosaico foram encontradas em MG. O agente

causal foi identificado como CMV (1). Ref.: (1) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,

Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978;

Caulimovirus

Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve-flôr

Há um relato de infecção natural do agrião pelo CaMV no PR (1). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9:403. 1984.

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Plantas de agrião com sintomas de mosaico foram encontradas em Campos, RJ.

Ensaios biológicos e de microscopia eletrônica indicaram a presença de um potyvirus

identificado como TuMV (1). Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 27: S200. 2002.

Nematanthus sp. (= Hypocyrta nervosa) (Peixinho) Gesneriaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas de peixinho com anéis e manchas cloróticas em suas folhas, foram

coletadas em Ibiúna, SP. Ensaios biológicos e sorológicos demonstraram que os

sintomas eram causados pela infecção por um isolado do CMV.

Page 79: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

79

Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 21: 424. 1996.

Nicandra physaloides (L) Gaertn. (Joá-de-capote) Solanceae

Begomovirus

Tomato severe rugose virus (ToRSV); vírus do encarquilhamento severo do tomate

Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da faixa amarela da nervura do

tomate

Um begomovirus foi detectado no DF em plantas de joá-de-capote com

deformação foliar, por metodos molecualres. Não há dados sobre transmissão, etc. (1).

Também houve relato de begomovirus nesta planta em SP (2) e MG (3). Um isolado

encontrado em Sumaré,SP, foi identificado como ToRSV, assim como isolados de GO

e DF (4,5). Outros isolados de GO e DF foram identificados como ToYVSV (5). Ref.: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 186. 2003.(2) Andrade,G.P. et al. Fitopatol.Bras.

32 (supl): 322. 2007. (3) Fernandes, J.J. et al. Plant Pathol. 55.513. 2006; (4) Barbosa, J.C. et al. Plant

Pathology 75:440.2009; (5) Fonseca,M.E.N. et al. Trop.Plt.Pathol. 34(supl) S267. 2009.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Infecção natural de joá-de-capote pelo PVY, sem menção da sintomatologia,

constatada em MG (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Nicotiana tabacum L. (Fumo) Solanaceae

Tymovirus

Eggplant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela

Um mosaico em plantios comercias de fumo, em SC, foi atribuído a um isolado

do EMV. A identificação foi feita por ensaios biológicos, microscopia eletrônica, e

sorologia (1). Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Plant Dis. 80: 446. 1996.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV causa sintomas de mosaico nas folhas sendo de ocorrência esporádica.

Relatado pela primeira vez em SP (1). Constatado também em outras regiões produtoras

de fumo como SE , SC (2, 3), AL (4), MG (5). Em alguns dos isolados de MG

constatou-se a presença do RNA satélite (6). Ref.: (1) Costa, A.S. Bragantia 4: 489. 1944; (2) Oliveira, G.H. & Kitajima, E.W.- dados não publicados);

(3) Broso, P.S.T.Tese Dr.,UnB. 1986; (4) Silva, J.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 360. 1999; (5) Bo ari, A.J.

et al. Fitopatol.Bras. 25:49. 2000; (6) 25: 143. 2000.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Segundo Costa et al. (1) esta enfermidade já havia sido notada nos anos

agrícolas de 37/38 no Estado de São Paulo. Os sintomas se caracterizam na fase inicial

pela necrose branca (linhas necróticas brancas, geralmente ao longo das nervuras)

acompanhada de enrugamento. As folhas novas que surgem após estes sintomas iniciais,

são assintomáticas. Em seguida surgem sintomas da chamada ”fase couve” (folhas mais

espessas, margem crenada, estreitamento do limbo). As flores podem ter pétadas

separadas, mais delgadas com apículo na extremidade. É transmissível mecanicamente

para fumo e várias outras plantas-teste (2, 3). Acha-se caracterizado como um isolado

do TSV descrito nos EUA. Em apenas uma ocasião demonstrou-se sua transmissão por

trips a partir de cavorana infetada para fumo e soja (5). Infeta naturalmente numerosas

espécies de plantas, cultivadas ou não. Em soja, p.ex., causa a queima dos brotos. O

vírus foi purificado tendo sido produzido anti-soro (4).

Page 80: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

80

Ref.: (1) Costa, A.S. et al. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 1. 1940; (2) Phytopathology 35: 1029. 1945; (3)

Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 42: 113. 1961; (4) Silva, D.M. et al. Bragantia 20:777.

1961; (5) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor Cien.Agr.UFPr 4:1. 1982.

Tospovirus

Groundnut ringspot virus- (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomate

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Primeiras referências a uma síndrome conhecida como “vira-cabeça” em fumo

foram feitas no Est.S.Paulo (1-3,7). O nome da doença, dada pelos lavradores, decorre

do fato de muitas plantas, ficarem com um lado mais atacado que o outro, resultando na

curvatura da haste. Contudo, os sintomas são variados- na fase inicial há clareamento de

nervuras e rugosidade, seguida de necrose que pode se estender as hastes. A planta tem

crescimento retardado e eventualmente pode morrer, ou se restabelecer. É disseminado

por trips e experimentalmente, por enxertia e mecanicamente. Em algumas variedades

de fumo pode ocorrer a recuperação da planta infetada (6). Demonstrou-se sua

identidade como Tomato spotted wilt descrito na Austrália (4) e que possue um amplo

circulo de hospedeiras natural ou experimental (5) . No Est.S.Paulo constatou-se

infecção natural de fumo pelo TCSV (8). TSWV (9) e GRSV foram registrados em

fumo em AL (10). Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biologico 3: 183. 1937; (2) Forster, R. & Costa, A.S. Rev.Agric.

(Piracicaba) 13: 69. 1938; (3) Costa, A.S. & Forster, R. Bol. Tec. Inst. Agron. Campinas. 1939; (4)

Bragantia 1: 491. 1941; (5) 2: 83. 1942; (6) Forster, R. Bragantia 2: 499. 1942; (7) Costa, A.S. Bol. Min.

Agric. 82p. 1948; (8) Colariccio, A. et al. Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (9) Silva, J.N. et al.

Fitopatol.Bras. 24: 360.1999; (10) Lima, G.S.A. et al. Summa Phytopathol. 29: 196. 2003.

Begomovirus

Sida micrantha mosaic vírus (SimMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

SimMV foi detectado em planta de fumo coletada no PR através de ensaios

moleculares. Não há dados biológicos adicionais (1). Ref.: (1) Sawazaki, H.E. et al. Summa Phytopathol. 39 supl.CDRom. 2013.

Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomate

Registrou-se em Cascavel, PR, um caso de infecção natural de fumo pelo

ToSRV (1) Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 36: (supl) #211. CDRom 2010. Curtovirus, possível

Braziliand tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro

Costa & Forster (1) haviam descrito duas formas de encarquilhamento- rugosa e

enrolamento, sendo a rugosa de natureza viral e o enrolamento, genético, em SP.

Trabalhos subseqüentes mostraram que a forma rugosa seria causado pelo mesmo vírus

que induz o broto crespo em tomateiro, transmitido pela cigarrinha Agallia, e

possivelmente relacionado ao curly top da beterraba dos EUA (2). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. J.Agronomia (Piracicaba) 2: 295. 1939; (2) Bennett, C.W. & Costa,

A.S. J.Agric.Res. 78: 675. 1949.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Descrita pela primeira vez em Tremembé, SP, num campo experimental do IB,

em 1939 em fumo Virigina, mostrando manchas cloroticas geralmente acompanhando

nervuras, sem deformaçoes no limbo. Foi transmitido mecanicamente causando

sintomas de faixa-das-nervuras em plantas de fumo (1). Foi identificado como um

isolado do PVY (2). Ref. (1) Kramer, M. & Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 11: 165. 1940; (2) Costa, A.S. & Forster, R.

Bragantia 2: 55. 1942.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

Page 81: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

81

Recuperado de raízes de plantas assintomáticas (fumo e N. clevelandii),

mantidas em estufa, no IAC, SP (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carv , A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.

Tobamovirus

Tobacco mosaico virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

No Brasil, descrito pela 1ª vez em S.Paulo, SP em 1936. Sintomas de mosaico

sistêmico, redução de porte. O TMV e altamente estável, de altíssima concentração.

Transmite-se mecanicamente com facilidade, mas não se conhece vetor (1). Sua

presença foi constatada em várias marcas comerciais de fumo desfiado e de corda (2).

Acha-se registrado em AL (3). Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biologico 2: 381. 1936; (2) Costa, A.S. & Forster, R. O

Agronômico 1: 252. 1941; (3) Silva, J.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 360.1999.

O

Ocimum basilicum L. (Manjericão) Lamiaceae

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Partículas alongadas rígidas associadas a manchas amarelas em folhas de

manjericão, em SP (1). Ref.: (1) Chagas, C.M. & Colariccio, A. Fitopatol.Bras. 18: 278. 1993.

Ocimum campechianum Willd. (Manjericão grande, alfavaca-do-campo)

Lamiaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic vírus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas de alfavaca-do-campo com sintomas de mosaico foram notadas nas

proximidades de Belém, PA. Ensaios moleculares e biológicos identificaram o agente

causal como um isolado do CMV (1). Ref.: (1) Carvalho, T.P. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.):286-2. 2013.

Orquídeas (Gêneros variados) Orchidaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

Em Laelia tenebrosa com sintomas de manchas anulares necróticas nas folhas,

foi constatada a presença de um cytorhabdovirus (1). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 13: 132.1988

Dichorhavirus

Orchid fleck virus (OFV); vírus da mancha da orquídea

Embora “orchid fleck” refira-se a manchas nas folhas, os sintomas localizados

causados pelo OFV é bastante variado (manchas: cloróticas, anelares, necróticas)

dependendo do gênero e espécie. Primeiros trabalhos de microscopia eletrônica

revelaram a presença de partículas em forma de bastonetes curtos no núcleo e

citoplasma e de viroplasma intranuclear em tecidos de orquídeas de vários gêneros

(Aspasia, Bifrenaria, Brassia, Dendrobium, Coelogyne, Encyclia, Hormidium,

Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Oncidium, Oncidium x Odontoglossum,

Pahiopedilum, Stanhopea e Trigonidium,) exibindo sintomas de mancha anular ou

cloróticas, na coleção do Dept. Genética da ESALQ, Piracicaba, SP. Estes dados

levaram a concluir que os sintomas seriam causados pelo OFV, descrito originalmente

Page 82: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

82

no Japão (1). Freitas-Astua (2) em levantamento feito em orquidários comerciais e no

do Dept. Genética da ESALQ incluiu Cymbidium entre os infectados pelo OFV.

Demonstrou-se a transmissão do OFV pelo ácaro tenuipalpídeo Brevipalpus

californicus (Freitas-Astua, J., dados não publicados). Nos estudos sobre comparação de

OFV de diferentes países, Kitajima et al. (3) acrescentaram outros gêneros de orquídeas

infectados pelo OFV como Cattleya, Phalaenopsis e Xylobium. A transmissão do OFV

pelo acaro B. californicus foi também confirmada (4). OFV acha-se registrado no Brasil

nos estados de SP, PR, SC, RS, MG e MS (5). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopathol.Zeit. 81: 280. 1974; (2) Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras.

24: 125. 1999. (3) Kitajima, E.W. et al. J.gen.Plant Pathol. 67 (3):231. 2001; (4) Ferreira, P.T.O. et al.

Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.(5) Kubo, K.S. Tese Dr. USP. e Kubo, KS et al. J gen Plt Pathol 2009.

Potexvirus

Cymbidium mosaic virus (CymMV); vírus do mosaico do Cymbidium

Acha-se relatada a infecção de Cymbidium sp.(mosaico) e Laelia purpurata pelo

CymMV (manchas necróticas) em SP. Identificação foi feita por sorologia e

microscopia eletrônica. Foi também relatada uma infecção mista de CymMV e ORSV

em Cymbidium sp. (1). Sua ocorrência foi constatada em Cattleya e Cymbidium no PR

(2). Em um levantamento amplo feito em orquídarios comerciais e da coleção do Dept.

Genética da ESALQ, Freitas-Astua et al. constataram a presença do CymMV nos

gêneros: Anselliia, Cattleya, Coelogyne, Cymbidium, Dendrobium, Dendrochilum,

Laelia, Oncidium, Phalaenopsis, Psychopsis e híbridos como Brassolaeliocattleya,

Laeliocattleya e Sophrolaeliocattleya (3). Detectado no RJ em Arundina (4) Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. O Biológico 43: 72. 1977; (2) Souto, E.R. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXV.1

991. (3); Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 1999.(4) Klein, EHS et al. Trop.Plt Pathol

33(supl): S285. 2008.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Descrito em Dendrobium nobile, procedente de Santos, SP. Sintomas de clorose,

mosqueado e manchas esbranquiçadas, nanismo. Ensaios de transmissão e análise dos

sintomas provocados em plantas-teste sugeriram que o agente causal fosse o CMV,

embora não pudesse reinfectar a mesma espécie de orquídea (1). Ref.: (1) Nóbrega, N.R. O Biológico 13: 62. 1947.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

A presença de partículas do tipo tospovírus foi observada em plantas de

Oncidium sp., provenientes de produtor no estado de SP, apresentando mosaico e

manchas cloróticas nas folhas e necrose na haste floral (1). Embora ainda não tenha sido

identificada a espécie, a infcção por tospovírus foi confirmada por RT-PCR com

primers específicos (2) Ref.: (1) Alexandre et al. Bol. Téc. Inst. Biol., nº25: 69-82, 2012; (2) Rivas et al. Res. do 13º Congr. Bras.

de Floricult. e Plantas Ornam., p. 138, 2001.

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Durante levantamento feito no orquidário do Dept. Genética da ESALQ, foram

encontradas em amostras foliares de plantas do gênero Phaius e Xylobium, com

sintomas de mancha anular, partículas baciliformes curtas e viroplasma citoplasmático

denso, característico de vírus transmitido por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1).

Em algumas plantas de orquídea com sintomas típicos de OFV em SP, foram

encontrados efeitos citopáticos típicos de VTB do tipo citoplasmático, ainda não

identificado (2). Foi encontrado também em AM em Arundina (3). Ref.: (1) ; Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 99; (2) Kubo, KS et al. Fitopatol. Bras. 31

(upl): S377. 2006. (3) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.

Page 83: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

83

Tobamovirus

Odontoglossum ringspot virus (ORSV); vírus da mancha anular de Odontoglossum

ORSV foi detectado por sorologia e microscopia eletrônica, em Laelia tenebrosa

(Rolfe) Rolfe com sintomas de manchas anelares e necróticas, em SP (1), em Cattleya

em MG (2) e DF (4). Em um amplo levantamento feito em orquiarios comerciais do

Est.S.Paulo, alem da coleção do Dept. Genética, ESALQ, ORSV foi encontrado nos

seguintes gêneros: Cattleya, Cymbidium, Encyuclia, Epidendrum, Laelia,

Laeliacattleya, Phalaenopsis, Oncidium e Xylobium (3). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Res.IV Enc.Nac.Virol.p. 217. 1988; (2) Gonzales-Segana,LR. et al.

Fitopatol.Bras. 15: 152.1990; (3) ; Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 1999/ (4) Alves,

D.M.T. et al. Vírus Rev.& Res. 9? 253. 2004.

Oryza sativa L. (Arroz) Poaceae

Benyvirus

Rice stripe necrosis virus (RSNV); vírus da faixa necrótica do arroz

Descrição de ocorrência na região central do RS. Identificação feita no CIAT

(1). A confirmar. Ref (1) Maciel, JLN et al. Fitopatol.Bras. 31: 209. 2006.

Oxalis latifolia Kunth (trevo-azedo) Oxalidaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Plantas de trevo-azedo com manchas cloroticas e colonizadas por mosca branca

foram encontradas no DF. Técnicas moleculares revelaram a presença de Begomovirus,

com seqüências similares a ToRSV, SiMoV e SiYMV (1). Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Summa Phytopathol. 30: 106. 2004.

Oxalis oxyptera Progel (Azedinha-do-brejo) Oxalidaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic virus- AbMBV; vírus do mosaico do Abutilon

Plantas de azedinha-do-brejo com sintomas de clorose reticular (yellow net)

foram encontradas no Est.S.Paulo. Concluiu-se que os sintomas seriam causado por um

isolado do AbMBV, disseminado pela mosca branca Bemisia tabaci (1). Foi constatado

também no PR (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 4: 3. 1978; (2) Lima No., V.C. et al. Rev.Setor Cien.Agr.UFPr

4:1. 1982.

P

Panicum maximum Jacq. (Capim colonião) Poaceae

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Mosaico em capim-colonião associado a um potyvirus, não identificado, foi

relatado no MS (1) Ref.: (1) Silva, M.S. et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S192. 2006.

Paspalum conjugatum Bergius (Capim forquilha) Poaceae

Potyviruis

Potyvirus não identificado

Um mosaico do tipo faixas cloróticas acompanhado ou não de avermelhamento

das folhas foi constatado em 100% de plantas na Est.Exp. Capão Bonito, SP. A

Page 84: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

84

microscopia eletrônica revelou a presença de um potyvirus, que não é transmissível por

sementes e não se logrou transmissão mecânica ou com afídeos (1). Ref.: (1) Vega, J. & Costa, A.S. Fitopatol.brás. 13: 101.1988.

Passiflora edulis Sims. (Marcacujá roxo, maracujá azedo)

P. edulis Sims. f. flavicarpa DEG. (Maracujá amarelo)

P. coccínea Aubl. x P. setacea D.C. (Estrela-do-cerrado)

Passifloraceae (vírus de Passiflora revisado por J.A.M. Rezende)

Revisão: Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.11: 409. 1986; Fischer, I.H. & Rezende,

J.A.M. Pest Technology 2: 1. 2008.

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Uma condição referida como “enfezamento”, caracterizado por plantas com

entrenós curtos, folhas de tamanho reduzido e enrugadas, coriáceas e com clareamento

das nervuras, poucas flores e frutos em pomares de maracujazeiro, foi relatada em

algumas zonas produtoras de SE (1). Foi constatado também no RJ (2), RS (3), PR (4),

SP (6), BA (7). Foi demonstrada sua transmissibilidade por enxertia e a associação com

um nucleorhabdovirus, seu possível agente etiológico (5). Detectado no PA (8). Ref.: (1) Batista, F.A.S. et al. Anais VI Cong.Bras.Frutic. 1408.1981; (2) Kitajima, E.W. et al.

Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (3) Prata, C.H.S. Diss.Mest.UFRGS75p. 1984; (4) Souza, V.B.V. et al.

Rev.Setor Cien.Agr.UFPR 6: 101. 1984; (5) Kitajima, E.W. & Crestani, O.A. Fitopatol.Bras. 10: 681.

1985; (6) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 12: 275. 1987; (7) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol.Bras.24:

350. 1999; (8) Nogueira, M.S.R. et al. Vírus Rev. & Res 11(supl): 187. 2006

Tymovirus

Passionfruit yellow mosaic virus (PFYMV); vírus do mosaico amarelo do

maracujazeiro

Maracujazeiros exibindo sintomas de mosaico amarelo brilhante, reticulado

amarelo e encrespamento nas folhas, foram notadas em Cachoeira do Macacu, RJ. As

plantas afetadas não aparentavam redução no porte; a incidência era baixa. A causa

desta enfermidade foi identificada como sendo um tymovirus, experimentalmente

transmissível mecanicamente e pelo besouro crisomelídeo Diabrotica speciosa (Oliv.).

Círculo de hospedeiras restrito a espécies de Passiflorácea (1). Não há ainda relato de

ocorrência em outras partes do Brasil, mas foi identificado na Colômbia onde foi

caracterizada molecularmente, confirmando ser uma nova espécie de Tymovirus. Ref.: (1) Crestani, O.A. et al. Phytopathology 76: 951.1986.

Cucumovirus

Cucumber mosaico virus (CMV); vírus da pinta verde do maracujazeiro

CMV em maracujazeiro foi descrito inicialmente no Est.S.Paulo (1, 2) e depois

na BA (3), PR (5) e SE (6). Tem sido encontrado esporadicamente onde esta fruteira e

cultivada. Causa manchas e anéis de coloração amarela intensa e pode redundar em

frutos pequenos e deformados. É disseminado por pulgões tendo sido

experimentalmente demonstrado a transmissão pelo Myzus persicae. Estudos recentes

mostraram que o CMV tem limitado movimento na planta infetada, podendo

desaparecer (4). Sua epidemiologia estaria ligada a vegetação espontânea em meio a

cultura (4). Ref.: (1) Cereda, E. Summa Phytopathol. 9: 30. 1983, (2) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 10:

118. 1984; (3) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 9: 402.1984; (4) Plant Pathol. 51: 127. 2002; (5)

Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 24:193. 1999; (6) Gonçalves, L.O. et al. Fitopatol.bas.31 (supl): S340.

2006.

Begomovirus

Page 85: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

85

Passion flower little leaf mosaic virus (PLLMV); vírus do mosaico e folhas pequenas

do maracujazeiro

Foram encontradas no município de Livramento de Nossa Senhora, BA, 100%

de infecção de maracujazeiros com sintomas de encarquilhamento, mosaico amarelo,

redução do limbo foliar e do desenvolvimento vegetativo da planta associada a uma

intensa infestação com mosca branca. Ensaios subsequentes (biológicos, sorológicos,

moleculares e microscopia eletrônica) mostraram que ocorria infecção dupla com o

CABMV-P e um begomovírus (1). O begomovírus isolado a partir de transmissão com

Bemisa tabaci, reproduziu sintomas de mosaico e redução foliar tendo sido

caracterizado molecularmente. Sequência de ácido nucleico parcial do DNA-A mostrou

similaridade com outros begomovirus do Novo Mundo. Um vírus similar foi encontrado

em S.Fidelis, RJ. Análises da sequência do genoma indicam 89% de identidade com o

begomovirus causador de mosaico da Sida (SiMoV) (2,3). Estudos moleculares de

isolados de begomovirus encontrados em maracujazeiros em Paragominas (PA) e São

Fidelis (RJ) indicaram que o DNA-A apresentou 90% de similaridade ao Sida mottle

virus (SiMoV), enquanto a sequência de nucleotídeos do isolado de Araguari (MG)

apresentou 96% de similaridade ao Sida micrantha mosaic virus (SimMV). Não foi

possivel a transmissão desses isolados através de Bemisia tabaci biótipo B, embora os

insetos tenham adquirido o vírus. Ref.: (1) Novaes, Q.S. et al. Fitopatol.Bras. 27: 648. 2002; Plant Pathology 52: 648. 2003.(2) Moreira,

A.G. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): 2006; (3) Alves, A.C.C.N. et al. Vírus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom.

2011.

Passionfruit severe leaf distortion virus (PSLDV); vírus da deformação foliar severa

do maracujazeiro

Ferreira et al. (2010) descreveram um begomovirus infectando maracujazeiros

na BA. Análise da sequência de nucleotídeos do componente A deste vírus indicou 77%

de similaridade com o DNA correspondente do Tomato chlorotic mottle virus. No caso

do DNA – B a maior porcentagem de identidade foi encontrada com o Tomato spot

yellow vírus (74%) (1). Ref.: (1) Ferreira et al. Plant Pathology 59: 221. 2010.

Potyvirus

Cowpea aphid-borne mosaic virus P (CABMV-P); vírus do mosaico do caupi

transmitido por afídeo P

Maracujazeiro amarelo com sintomas de mosaico severo e deformação foliar,

encurtamento de entrenós, enfezamento, abortamento floral, frutos deformados e

endurecidos- sintomas similares aos descritos na Austrália para a “woodiness disease”,

encontrado pela 1a vez em Feira de Santana, BA (1) e demonstrado como sendo causado

por um potyvirus sorologicamente relacionado ao Passion fruit woodiness virus (PWV)

descrito na Austrália (2). Em S.Paulo foi registrado pela primeira vez na coleção de

Passifloras da UNESP/Jaboticabal e posteriormente em plantações comerciais (3, 4).

Constatada sua ocorrência em AL (6), DF (7), MG (5), CE (8). PR (9), PA (12), MA

(14). Experimentalmente foi transmitido pelos afídeos Myzus persicae, A. solanella,

Toxoptera citricidus, Uroleucon ambrosiae,U. sonchii (10). Análises moleculares no

gene da proteína capsidial dos isolados brasileiros do potyvirus que causa

endurecimento indicam homologia maior para CABMV do que para o PWV (11, 13).

Plantas transgênicas expressando CP e replicase foram resistentes em condições

experimentais (12, 18). Obteve-se um isolado que causa mosqueado em maracujazeiro e

infeta experimentalmente cucurbitácea (15). Detectado em SE (16). P. suberosa

mostrou-se imune ao CABMV (16). Relatado em SC (17) e MS (19). Encontrada

infecção natural do híbrido P. coccineax P. setacea (estela-do-cerrado) em SP, de

material vegetativo procedente do DF (20). Há relato da ocorrência de CABMV em

Page 86: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

86

maracujazais em Humaitá, AM (21). Estudos epidemiológicos indicaram a

predominância de espécies do gênero Aphis como as mais abundantes e portanto,

importantes na disseminação do CABMV em maracujazais no Leste Paulista (22). Foi

detectado no PI (23). Ref.: (1) Yamashiro, T. & Chagas, C.M. Na. 5

o Cong.Bras.Frutic.: 915. 1979; (2) Chagas, C.M. et al.

Fitopatol.Bras. 6: 259. 1981; (3) Cereda, E. Summa Phytopathol. 9: 30. 1983; (4) Chagas, C.M. et al.

Rev.Bras.Fruticult. 14: 187. 1992; (5) São José, A.R. et al. An. 13o Cong.Bras.Frutic.: 797. 1994; (6)

Costa, A.F. et al. Fitopatol.Bras. 19: 226. 1994; (7) Inoue,A.K. et al. Fitopatol.Bras. 20: 479. 1995; (8)

Bezerra, D.R. & Lima, J.A.A. Fitopatol. Bras. 20: 553. 1995; (9) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 20:

302. 1995; (10) Costa, A.F. et al. Fitopatol.Bras. 20: 376. 1995; (11) Santana, E.N. et al. Virus Rev. &

Res. 4: 156. 1999; (12) Trindade, D.R. et al. Fitopatol.Bras. 24: 196. 1999; (12) Torres, L.B. et al. Vírus

Rev.& Res. 6: 161. 2001; (13) Nascimento, A.V.S. et al. Fitopatol.Bras. 29: 378. 2004 (14) Belo, R.F. et

al. Fitopatol.Bras. 29: S87. 2004; (15) Gioria, R. et al. Summa Phytopathol. 30: 256. 2004. (16)

Gonçalves, LO et al. Fitopatol.bas.31 (supl): S340. 2006. (16) Nakano, DH et al. Fitopatol.Bras.

31(supl):S325. 2006. (17) Colariccio,A . et al. Trop.Plt.Pathol. 33(supl): S300. 2008; (18) Trevisan, F. et

al. Plant Dis. 90: 1016. 2006; (19) Stangarlin, AP et al. Summa Phytopathol. 37 (supl.) CDRom. 2011;

(20) Mello, APOA et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012; (21) Costa, C.R.X. et al.

Trop.Plant Pathol. 37 (supl.) CDRom 2012; (22) Garcez.R.M. et al. Hemipteran-Plant Interactions

Symposium. Anais... Res.#39. p.11. 2011.; (23) Beserra Jr.,J.E.A. et al. Summa Phytopathol.

39(supl)CDRom 2013.

Cilevirus

Passionfrut green spot virus (PFGSV), vírus da pinta verde do maracujazeiro

Primeira descrição feita em pomares de maracujá amarelo da região de Vera

Cruz, SP. Enfermidade que pode levar à destruição total da plantação. Sintomas de

manchas verdes em frutas maduras, manchas verdes em folhas senescentes e lesões

necróticas nos ramos. Estes ao coalescerem podem anelar o caule e matar a planta. É

transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis Geijskes sendo o controle do ácaro nos

estágios iniciais da infestação a única maneira eficiente de controle (1). Acha-se

constatada na BA (2), Triângulo Mineiro, MG (3), MA (4). Ocorre também em

maracujá doce (P. alata) em SP (5). Sequenciado parcialmente (6). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al., Fitopatol.Bras. 22: 555. 1997; (2) Santos Fo., H.P. et al. Virus Rev.&Res.

4: 150. 1999; (3) Takatsu, A. et al. Fitopatol.Bras. 25: 332. 2000; (4) Moraes, F.H.R. et al.

Fitopatol.Bras. 31: 100. 2006; (5) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 29: S148. 2004 (6) Antonioli-

Luizon, R. Tese MS ESALQ. 2010.

Vírus isométrico não classificado

Purple granadilla mosaic virus (PGrMV); vírus do mosaico do maracujá roxo

Sintomas de mosaico leve, clareamento das nervuras-tipo “line pattern”, redução

de porte e eventual endurecimento dos frutos. Os sintomas se manifestam mais nas

épocas frias. Descrito apenas num pomar de Cotia, SP. Transmite-se mecanicamente

(1). Induz um efeito citopático característico- material fibrilar no interior de

mitocôndrias. Partículas isométricas, ca. 30 nm ocorrem em alta concentração nos

tecidos (2). Experimentalmente foi transmitido pela vaquinha Diabrotica speciosa

Germ. Os vírions teriam apenas uma proteína na capa, de 35,5 kDa e o genoma seria

um ssRNA de 1,8 mDa. Foi purificado tendo-se produzido antissoro. Não se pode

demonstrar relação sorológica com pelo menos 33 outros vírus isométricos (3). Sua

posição taxonômica ainda não foi determinada. Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopat.Bras. 9: 241. 1984; (2) Veja, J. & Chagas, C.M. Fitopatol.Bras. 8:

621. 1983; (3) Oliveira, C.R.B. et al. Fitopatol.Bras. 19:455. 1994.

Pavonia spp. (Pavônia) Malvaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil begomovirus- (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Page 87: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

87

Mosaico em pavônia coletada em Araruama, RJ e Louveira, SP. O agente causal

foi considerado o mesmo da clorose infecciosa das malváceas (=AbMBV) (1). Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

Pelargonium hortorum L.H. Bailey (Gerânio) Geraniaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Plantas de gerânio com manchas anelares foram encontradas associadas à

infestação com ácaros Brevipalpus phoenicis em SP. Em seus tecidos foram

encontradas partículas de vírus do tipo citoplasmático, dos transmtidos por ácaros

Brevipalpus (1). Ref.: (1) Nogueira et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003.

Pennisetum purpureum Schum. (Capim Elefante) Poaceae

Potyviridae

Elephant grass mosaic virus (EGMV); vírus do mosaico do capim elefante

Plantas de capim elefante com sintomas de mosaico foram coletadas no

município de Sta. Helena, PR associadas à infecção por um potyvirus. O vírus foi

transmitido mecanicamente para capim elefante e algumas outras gramíneas, mas não

por afídeos o que sugere não pertencer ao gênero Potyvirus. Foi purificado produzindo-

se um anti-soro. Ensaios sorológicos não demonstraram relações com vários outros

potyvírus de gramíneas (1). Ref.: (1) Martins, C.R.F. & Kitajima, E.W. Plant Dis. 77: 726. 1993.

Johnson grass mosaic vírus (JGMV), vírus do mosaico de johnsongrass

Plantas desta gramínea com sintomas de mosaico, coletadas na Bahia, indicaram

estar infetadas pelo JGMV através de ensaios de transmissão e moleculares (1). Ref.: (1) Silva, K.N. et al. Plant Dis. 97: 1003. 2013.

Peperomia caperata Yunck (Peperômia-marrom) Piperaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV detectado em plantas de peperômia-marrom comercializadas em Lavras,

MG., apresentando folhas apicais deformadas, cloróticas ou mosqueadas, além de

nervuras parcialmente necrosadas. A identificação foi realizada mediante ensaios

biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol. Bras. 21: 422. 1996

Peperomia obtusifolia A.Dietrich (Peperômia) Piperaceae (revisado por Ligia M.L. Duarte)

Tymovirus

Eggplant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela

Peperômias exibindo sintomas de anéis concêntricos avermelhados nas folhas

foram encontradas em um jardim residencial em S.Paulo, SP. Ensaios de transmissão

mecânica, por besouros crisomelídeos, sorológicos e microscopia eletrônica indicaram

um tymovirus, que reage sorologicamente com Eggplant mosaic tymovirus, tido como

agente causal. Estudos moleculares confirmaram a identidade do vírus como um isolado

do EMV (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Summa Phytopathol. 29: 313. 2003.

Petroselinum sativum L. (Salsa) Apiaceae

Page 88: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

88

(revisado por Ligia M.L. Duarte)

Potyvirus

Celery mosaic virus (CeMV); vírus do mosaico do salsão

Infecção natural de salsa pelo CeMV, com sintomas de mosaico amarelo.

Identificação feita por ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica m SP

(1). Ref. : (1) Novaes, Q.S. et al. Fitopatol.Bras. 22:340. 1997.

Petunia x hybrida Hort. Ex-Vilm. (Petúnia) Solanaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Tymovirus

Petunia vein banding virus- (PetVBV); vírus da faixa das nervuras da petúnia

Petúnias, procedentes de Gramado/ RS, com sintomas de faixa das nervuras,

mosaico e bolhosidades, demonstraram estar co-infectadas com um caulimovírus e

tymovírus, por microscopia eletrônica. O tymovírus induz faixas das nervuras e foi o

único que pode ser transmitido, tendo sido caracterizado como uma nova espécie (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plant Dis. 84: 739-742. 2000.

Caulimovirus

Petunia vein clearing virus (PVCV); vírus do clareamento das nervuras da petúnia

Petúnias mostrando sintomas de faixa-das-nervuras, mosaico e bolhosidades,

procedentes de Gramados, RS, estavam co-infectadas por um tymovírus e caulímovirus,

segundo microscopia eletrônica. O caulimovírus foi inicialmente identificado como

PVCV (1) e posteriormente como Cauliflower mosaic virus por sorologia (2, 3). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 19: 48. 1993; (2) Alexandre et al. Fitopatol. Bras.

22: 330, 1997; (3) Alexandre et al. Virus Reviews & Research 2: 189, 1997.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Manchas cloróticas e necróticas, clareamento de nervuras nas folhas jovens.

Registrado em SP (1) Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornamental 11: 49-57, 2005.

Tobamovirus

Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

Tobamovírus encontrado infetando naturalmente petúnias ornamentais no Est.

estado de São Paulo, causando mosaico amarelo e deformação foliar. Foi transmitido

experimentalmente para Petunia integrifolia, Gomphrena globosa, tomateiro e Zinnia

elegans resultando em infecção sistêmica.m Análise da seqüência da capa protéica

indicou tratar-se de TMV (3 1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. J. Phytopath. 148: 601-607, 2000.

Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen (Fáfia, corango-sempre viva, Ginseng

brasileira) Amaranthaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Pfaffia mosaic virus (PfMV); vírus do mosaico da fáfia

Sintomas de mosaico, redução no limbo e porte na planta medicinal Pfaffia

glomerata, observados numa coleção da UENF (Campos, RJ). O agente causal foi

identificado como sendo um potyvírus de limitado círculo de hospedeiras, infectando

apenas Chenopodium amaranticolor e C. quinoa, e transmissível por afídeos. Foi

purificado e um anti-sôro antissoro específico foi produzido. Análise da seqüência de

nucleotídeos de parte de seu genoma mostra ser um potyvírus distinto dos descritos com

relação sorológica e filogenética distante ao PVY (1). Ref. : (1) Mota, L.D.C. et al. Plant Pathology 53: 368. 2004.

Page 89: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

89

Phaseolus lunatus L. (Feijao-de-Lima, Fava) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Uma das sementes de feijão-de-lima procedente de Jataí, GO, oriundas de

plantas com sintomas de mosaico amarelo germinou com sintomas de mosaico leve nas

folhas primárias. Ensaios realizados com este material indicou que ocorrera infecção por

um isolado do CPSMV, serotipo IV (1). Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXV. 1991.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Registro de sintomas de mosaico em feijão-de-lima, causado pelo CMV, no CE

(1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Santos, C.D.G. Fitopatol.Bras.10: 304. 1985*.

Begomovirus

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Comum em plantios comerciais de feijoeiro-de-lima. Primeira descrição em SP

(1). Sintomatologicamente similar ao mosaico dourado em feijoeiro. Pode servir de

reservatório do BGMV para o feijoeiro (2). Transmitido por mosca branca (1).

Constatado no CE (2), AL e PE (4) Ref.: (1) Ref.: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;

(2) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 11: 10. 1976; (3) Lima, J.A.A. Fitopatol.Bras. 10: 694. 1985*.(4)

Silva, SJC et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): S249. 2006.

*Hospedeira, faveira, esta erroneamente denominada de Vicia faba.

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Constatado no DF plantas de feijão-de-lima com sintomas de mosaico amarelo.

Logrou-se infectar experimentalmente feijoeiro ‘Rosinha’, no qual se detectou potyvirus

por microscopia eletrônica (1). Possivelmente corresponde à identificação do agente

causal como CABMV feita em amostras procedentes de Itambé e Terezinha, PE, feita

através de ensaios biológicos e sorológicos (2). Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXVII. 1991/ (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 26:

511. 2000.

Phaseolus vulgaris L. (Feijoeiro) Fabaceae Revisão: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;

Comovirus

Bean rugose mosaic virus (BRMV); vírus do mosaico-em-desenho do feijoeiro

De ocorrência rara tendo sido descrito inicialmente no Est.S.Paulo. Sintomas de

faixa-das-nervuras em desenhos geralmente simétricos de cada lado do folíolo, sem ser

acompanhado por encrespamento ou rugosidade. A planta não fica seriamente afetada.

É causado por um vírus isométrico de 30 nm, de alta concentração, transmitido

naturalmente pelas vaquinhas. Experimentalmente é transmitido com facilidade por vias

mecânicas, mas não passa pelas sementes (1). Produz um efeito citopático característico,

de cristais formados pelos vírions no citoplasma das células infectadas (2). Já foi

purificado produzindo-se anti-sôro. Foi encontrado no DF (3), PR (6), GO (7) e MG (8).

Há relato de sua ocorrência na cultura da soja, causando sintomas de mosaico. Ensaios

imunológicos mostraram ser um isolado do BRMV descrito na América Central (4).

Infecções precoces podem induzir perdas da ordem de 60% na produção (5). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (2) Camargo, I.J.B. et al.

Fitopatol.Bras. 1:207. 1976; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 408. 1980; (4) Lin, M.T. et al.

Page 90: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

90

Fitopatol.Bras. 6: 293.1981; (5) Sperandio, C.A. Diss.Mestr., UnB, 57p. 1982; (6) Bianchini, A. et al.

Fitopatol.Bras. 10: 307. 1985; (7) Anjos, JRN et al., Fitopatol.Bras. 11: 391. 1986; (8) Torres, L.B. et al.

Vírus Rev.& Res. 8: 195.2003.

Cowpea severe mosac virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Constatou-se no DF infecção natural de feijoeiro cv. ‘Roxinho’ pelo CPSMV,

causando clareamento das nervuras e manchas cloróticas sistêmicas, irregulares e

pequenas, embolhamento nas folhas novas. Ensaios sorológicos identificaram este

isolado como um novo sorotipo- IV (1). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 7: 275. 1982.

Carlavirus

Cowpea mild mottle virus (CPMMV); vírus do mosqueado suave do caupi

Constatado em Campinas, SP e Londrina, PR na cv. ‘Jalo’. Carlavirus

transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Em folhas novas, este vírus causa

clorose das nervuras ou internerval e pode ser acompanhado por faixa verde das

nervuras. Nas folhas mais velhas, mosaico em forma de manchas angulares amarelas,

limitadas pelas nervuras. Estes sintomas são referidos como mosaico angular. O vírus

causal é considerado relacionado ou idêntico ao CPMMV (1,2) o que foi comprovado

por ensaios sorológicos (3). Foi purificado (4). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Res.1º Sem.Pragas e Doenças Feijoeiro.p.8. 1980; (2) Costa, A.S. et al.

Fitopatol.Bras. 8: 325.1983; (3) Gaspar, J.O. et al. Fitopatol.bras 10: 195. 1985; (4) Gaspar, J.O. et al.

Fitopatol. Bras. 18: 554. 1993.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Feijoeiro com folhas pequenas, lisas e com síntomas de mosaico. O agente

causal foi identificado como CMV, em amostras procedentes de Cruzeiro d`Oeste,PR

(1). O CMV em feijoeiro foi constatado também no Est.S.Paulo produzindo sintomas do

tipo faixa-das-nervuras, ligeira malformação foliar e pouca alteração no crescimento (2).

Acha-se também registrado em Caruarú, PE (3). Ref. (1) Silberschmidt, K. O Biológico 29: 117. 1963; (2) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima)

11: 10. 1976; (3) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 359. 1986. Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

De rara ocorrência, o nó-vermelho do feijoeiro é uma condição causada pelo

isolado brasileiro do TSV. Relatado em SP. Plantas infectadas mostram vários tipos de

necrose (pontos, anéis, riscas) em folha, pecíolos e hastes. Surge avermelhamento na

região do nó e pode redundar na morte da planta. Esta sintomatologia é mencionada

como “nó-vermelho” (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.

Tospovirus

Bean necrotic mosaic virus (BNMV); vírus do mosaico necrótico do feijoerio

De rara ocorrência. Descrito no Est.S.Paulo (1), DF (5) e RJ (4) . Sintomas de

mosaico, acompanhados por necrose. O mosaico lembra aquele induzido pelo BCMV

sem rugosidade e embolhamento. A necrose sistêmica é em forma de pintas, manchas e

anéis que lembra necrose causado por atrito. Podem surgir manchas nas vagens e

plantas infectadas tem produção reduzida (1). O agente causal é um Tospovirus (3), uma

nova espécie, diferente de TSWV e outros, que causam apenas lesões locais, sem se

tornarem sistêmicos em feijoeiro manteiga, quando inoculado mecanicamente (2). Foi

caracterizado molecularmente revelando ser um tospovirus distinto dos conhecidos, e

com similaridades ao recém descrito vírus, nos EUA, associado à necrose das nervuras

da soja (Soybean vein necrosis associated vírus- SVNaV) (6). Ref.: (1) Costa, A.S. Bragantia 16: XV. 1957; (2) Costa, A.S. et al. Anais I Simp. Bras. Feijão

(Campinas). P. 305. 1972; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Ciencia e Cultura 25: 1174.1973; (4)

Page 91: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

91

Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (5) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 370. 1986; (6)

Oliveira, A.S. et al., Virus Gene 43: 385. 2011.

Begomovirus

Abutilon mosaic virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Relatado pela primeira vez por Costa & Forster em SP (1). As plantas afetadas

tem grande redução no porte. Plantas novas infeadas mostram folhas basais de tom

verde-escuro, e as novas, são menores mostrando ocasionalmente sintomas de mosaico

e os folíolos se curvam para baixo. A produção pode ser nula. Infecção de plantas

adultas resulta em sintomas de mosaico, encrespamento, redução do tamanho das folhas

e entrenós na brotação nova. Houve transmissão pela semente, mas não mecanicamente.

A virose seria causada pelo AbMBV, disseminada pela mosca branca Bemisia tabaci(2-

3). Infecções naturais não excedem 2-5% (4). No PR verificou-se superbrotamento

causado pelo AbMBV (5). Ref.: Costa, A.S. & Forster, R. O Biologico 7: 177. 1941; (2) Costa, A.S. Phytopathol. Zeit. 24: 97. 1955;

(3) Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965; (4) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão

(Campinas). P. 305. 1972; (5) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 76.1983.

Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Descrito inicialmente em 1965 no Est.S.Paulo (1), como tendo importância

limitada, tornou-se o principal problema fitossanitário da cultura do feijão após 1970,

quando a expansão da cultura da soja aumentou dramaticamente a população da mosca

branca (Bemisia tabaci) vetora. Certos campos atingiam 100% de infecção e induzir

perdas significativas (3) ocorrendo praticamente em todas áreas produtoras de feijão do

país. Infeta também outras leguminosas como feijão lima e azuki. Sintomas de mosaico

dourado ou reticulado amarelo. Há redução drástica de porte e infecções precoces a

produção fica seriamente afetada. Não tem sido encontrada resistência varietal, embora

haja cultivares tolerantes. Difere do BGMV descrito na América Central pelo fato de

não ser transmissível mecanicamente. Contudo, a inoculação do vDNA foi possível

através de método biolístico (5). Diversas leguminosas nativas e cultivadas podem

servir como reservatórios do vírus (2). Tem sido controlado pelo uso de cultivares

tolerantes e, principalmente, zoneamento da cultura (4). Infecção de feijoeiro pelo

BGMV confere proteção quase absoluta contra infecção pelo AbMBV (3). Linhagens

mais resistentes ao BGMV foram selecionadas (5). Já se obtiveram plantas transgênicas

que expressam genes virais e que manifestam resistência em escala comercial (6). Ref.: (1) Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965; (2) Costa, A.S. et al. Anais I

Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (3) Costa, C.L. & Cupertino, F.P. Fitopatol. Bras. 1: 18.

1976; (3) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 53. 1983; (4) Vicente, M. et al. O Biológico 51: 147. 1985;

(5) Bianchini, A. Fitopatol.Bras. 19: 329. 1994; (6) Aragão, F.J.L. et al. J.Biotechnology 166: 42. 2013..

Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da eufórbia

Rara ocorrência. Relatado em SP. Distorções, repuxamentos foliares causadas

por manchas cloroticas induzidas pela infecção natural pelo EupMV transmitido pela

mosca branca Bemisia tabaci. Ref.: Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965.

Macroptilium yellow spot vírus (MaYSV); vírus da mancha amarela de Macroptilium

Caracterizaram-se biológica e molecularmente isolados de MaYSV detectados

em feijoeiros em PE, SE e AL. Feijoeiros infetados exibem mosaico dourado (1). Ref.: (1) Almeida,K.C. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.60. 2013. Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Uma variante do SmMV causando mosaico dourado foi encontrada em campos

de produção em GO (1) Ref: (1) Fernandes, NAN et al. Trop Plt Pathol 34(supl): S270. 2009.

Potyvirus

Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro

Page 92: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

92

O primeiro relato formal deste vírus no Brasil foi feito por Costa & Forster (1)

em SP, que notram sua ocorrência, desde 1936, em campos experimentais do IAC

afetando quase todos os cultivares ensaiados. Os sintomas são de mosaico, comumente

com áreas cloróticas entre as nervuras e rugosidade das folhas. O vírus é disseminado

pelas sementes e por afídeos. Experimentalmente transmite-se mecanicamente.

Feijoeiros com fator de hipersensibilidade do tipo Corbett Refugee (praticamente

imunes) expostos a um potencial de inoculo muito grande podem exibir necrose-de-topo

seguida de morte (2). Presente em quase todas regiões produtoras de feijão (1, 3, 5). Um

isolado do BCMV causa sintomas de mosaico-em-manchas amarelas, caracterizada

pelo aparecimento de manchas amarelas do tipo aracnóideo nas folhas inoculadas e nas

que se infetam sistemicamente. Não seria transmissível pela semente mas deve ser por

pulgões. Este isolado foi recuperado de fedegoso (4). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. O Biologico 7: 177. 1941. (2) Costa, A.S. et al. Res.1º Simp.Feijao.

1971; (3) Siqueira,O. et al. Rev.Bras.Fitopat. 4: 69. 1971; (4) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão

(Campinas). P. 305. 1972; (5) Boari, A.J. & Figueira, A.R. Fitopatol. Bras. 17: 178. 1992.

Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro

A primeira menção sobre BYMV no Brasil deu-se em um trabalho comparando

aspectos citopatológicos deste e do BCMV, mas havia sido notada junto com o mosaico

anão em 1941, em SP. O mosaico causado é de um amarelo mais intenso, não tanto

quanto o mosaico dourado; rugosidade e encrespamento das folhas; redução de porte.

Há isolados severos, necróticos como os isolados de amendoim. É transmitido por

pulgões, mas não pelas sementes. Ocorrência mais rara. Pode infectar naturalmente,

amendoim, soja e gladíolo. É um potyvirus como o BCMV, mas distinto;

citopatologicamente costuma induzir inclusão nuclear cristalina. Ref.: Costa, A.S. & Forster, R. O Biológico 7: 177. 1941; Camargo, I.J.B. et al. Bragantia 27:

409. 1968; Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Infecção natural de feijoeiro ‘BT2’ pelo CABMV-P, em MG, causando sintomas

de mosaico, em plantios feitos na proximidade de maracujazais infectados. Identificação

feita por ensaios biológicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110.2004.

Potyvirus do grupo Pisum não identificado

Mosaico em folhas novas e médias, em placas cloróticas irregulares. Não houve

redução de porte. Encontrado em amostras provenientes de Tremembé, SP. Considerado

como tendo sido causado por um vírus do grupo do vírus do Pisum (1). Não houve

relatos posteriores. Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.R. O Biologico 8: 129. 1943.

Sobemovirus

Southern bean mosaic virus (SBMV); vírus do mosaico do feijoeiro do sul dos EUA

SBMV foi detectado pela primeira vez no DF, em plantas praticamente

assintomáticas da cv. ‘Rico 23’, que em ensaios de retroinoculação produziram

sintomas de leve mosaico na cv. ‘Jalo’. Microscopia eletrônica revelou a presença de

partículas isométricas e ensaios sorológicos identificaram o vírus como SBMV (1).

Demonstrou-se sua transmissão pelos besouros crisomelídeos Diabrotica speciosa

(Germ) e Cerotoma arcuata (Oliv.) (2). Foi constatado em plantios comerciais no PR

(3). Estudos moleculares de um isolado de SP indicaram ser o isolado brasileiro

essencialmente similar ao norte-americano (4,5). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Plant Dis. 66: 741. 1982; (2) Silveira Jr., W.G. et al. Fitopatol. Bras. 8:

625. 1983; (3) Gasparin, M.D.G. et al. Fitopatol.Bras. 27: S205. 2002; (4) Moreira, A.E. & Gaspar, J.O.

Fitopatol.Bras. 27: 292. 2002.(5) Ozato Jr., T et al. Virus Rev&Res 11(supl):190. 2006.

Page 93: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

93

Phenax sonneratii (Poir) Wedd. (Erva-de-Sant’Ana) Urticaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Plantas de erva-de-Sant’Ana com sintomas de clareamento das nervuras e

manchas cloróticas angulares no limbo foliar foram encontradas nos arredores de

Santos, SP. Foi transmitido por enxertia. O agente causal foi considerado do grupo da

Clorose infecciosa (AbMBV)(1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathology 38: 395. 1948.

Physalis angulata L. (Canapú) Solanaceae

Crinivirus

Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomateiro

Canapú com sintomas de clorose internerval foram observadas em Capão

Bonito, SP. Os sintomas foram reproduzidos em ensaios de transmissão com mosca

branca e análises moleculares confirmaram a presença de um isolado do ToCV (1). Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Plant Dis. 97: 692. 2013.

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Canapú com sintomas de mosqueado foram ncontrado em campo experimental

do CNPH, Brasília, DF. Análises molecurares detectaram um possível Begomovirus (1). Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 28: S2437. 2003.

Potyvirus

Potato vírus virus (PVYo); vírus Y da batata

Há o registro de um caso de imosaico severo em canapú, causado pelo PVY em

Mairiporã, SP (1). Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol 36(supl): 047.CDRom.2010.

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Durante um levantamento de viroses na região de Manaus, AM, foram

encontradas plantas de canapú, parte da vegetação espontânea, com sintomas de

mosaico. Exames ao microscópio eletrônico detectaram a presença de tobamovirus (1),

mas não houve trabalhos posteriores para sua identificação. Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 6: 532. 1981.

Physalis floridana Rydberg. (Joá-de-capote) Solanaceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento das folhas da batata

Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de

plantas de joá-de-capote com sintomas de clorose em SP. Pode servir como fonte de

inóculo para tomateiro (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.

Physalis peruviana L. (Fisalis) Solanaceae

Tospovirus

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomate

Sintomas de mosaico observados em plantio comercial de fisalis em Santa

Maria, RS. O agente causal foi identificado como TCSV (1). Ref. (1) Eiras, M. et al. New Disease Rept. 25: 25. 2012..

Physalis sp., Solanaceae

Begomovirus

Page 94: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

94

Physalis yellow spot vírus (PhYSV), vírus da mancha amarela de Physalis

Begomovirus considerado espécie distinta encontrada em plantas de Physalis sp.

em AL, porém sem caracterização biológica (1). Ref.: (1) Nascimento, L.D. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.):195-196. 2013.

Phytolacca decandra L. (P. americana) (Carurú-do-campo) Phytolaccaceae

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural de carurú-de-campo pelo PVY, sem menção da sintomatologia.

Constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Piper callosum Ruiz & Pav. (Elixir-palegórico) Piperaceae

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Planta de elixir-paregórico com manchas cloróticas nas folhas foi encontrada nos

arredores de Manaus, AM. Em tecidos das manchas foram observados efeitos

citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1).e Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.

Piper nigrum L. (Pimenta-do-reino) Piperaceae

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Em amostras procedentes de Tome-Açú, PA, exibindo manchas cloróticas em

folhas foi constatada a presença, por microscopia eletrônica, de efeitos citopáticos do

tipo nuclear, causado por virus transmitido por ácaros Brevipalpus (1). Ref.: (1) Yamashita, S. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Sintomas de mosaico em folhas, redução de entre-nós, nanismo, cachos

pequenos e mal-formados, redução de produção. Constatado inicialmente no PA (1,2), e

posteriormente em SP (3) e ES (4). Transmissão experimental pelo pulgão Aphis

gossypii. Em um dos isolados do ES foi constatada a presença de RNA satélite (5). Ref.:(1) Caner, J. O Biológico 35: 185. 1969; (2) Costa, A.S. et al. IPEAN, Ser. Fitotecnia 1: 1. 1970; (3)

Caner, J. & Ikeda, H. O Biológico 38: 93. 1972; (4) Maciel-Zambolin, E. et.al. Fitopatol.Bras. 15: 220.

1990; (5) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 25: 143. 2000. Badnavirus

Piper yellow mottle virus (PYMoV); vírus do mosqueado amarelo da pimenteira

Algumas pimenteiras da coleção de germoplasma da Embrapa Amazonia

Oriental, em Belém, PA, apresentaram sintomas de mosqueado clorótico e claremento

das nervuras, sintomas distintos daqueles causados pelo CMV. Exames ao microscópio

eletrônico indicaram a presença de badnavirus, indicando que estas plantas estariam

infectadas pelo PYMOV, que é disseminado por cochonilhas (1). Ensaios moleculares

confirmaram a identidade do vírus como um badnavirus (2). Ref.: (1) Albuquerque, F.C. et al. Fitopatol.Bras. 25: 36. 1999; (2) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 25:

438. 2000.

Pisum sativum L. (Ervilha) Fabaceae

Cytorhabdovirus

Cythorhabdovirus não identificado

Plantas de ervilha com sintomas de mosqueado clorótico e redução de

crescimento em Itapecerica da Serra, SP. Constatou-se co-infecção com um potyvirus

Page 95: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

95

não identificado com um cytorhabdovirus. Este foi transmitido mecanicamente para

Nicotiana glutinosa e Datura stramonium. Exames ao microscópio eletrônico

permitiram a detecção de partículas do tipo rhabdovirus e em secções, estas partículas

estavam presentes no citoplasma. Não houve trabalhos posteriores para sua

identificação (1). Ref.: (1) Caner, J. et al. Summa Phytopathol. 2: 264.1976.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Em um plantio comercial de ervilha, cv. ‘Mikado’ em Dourados, MS, foi

coletado uma planta como mosaico e rosetamento (encurtamento de entrenós e

deformação foliar). Ensaios biológicos, sorológicos e moleculares e microscopia

eletrônica indicaram que o agente causal doi um isolado de CMV, similar ao descrito

em pimenta-do-reino (1). Ref.: (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.bras 17: 286. 1992.

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

A infecção de ervilhas, no DF, por um isolado de TSWV, resultou na queima

dos brotos e manchas pardas nas vagens. Folhas baixeiras exibiam mosqueado, e nos

ramos, ocorriam riscas necróticas. Sintomas mais severos na cv. ‘Triofin’ que na

‘Mikado’ (1). Ref.: (1) Reifschneider, F.J.B. et al. Trop.Pest Managem. 35:304.1989.

Potyvirus

Bean yellow mosaic virus (BYMV); virus do mosaico amárelo do feijoeiro

Mosaico em ervilha, supostamente causado pelo virus do mosaico da ervilha

(Pea mosaic potyvirus- atualmente é considerado isolado do BYMV), foi descrito no PR

(1). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984.

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

Ocorrência de mosaico amarelo na cv. ‘Torta de Flor Roxa’ em ervilha cultivada

comercialmente, no DF. O agente causal foi identificado como um isolado do BiMV

(1). Ref.: Nagata, T. et al. Fitopatol. Bras. 20: 473. 1995.

Pea seedborne mosaico virus (PSbMV); vírus do mosaico da ervilha transmitido pela

semente

Plantas da cv. ‘Trifofin’ com sintomas de mosaico e deformação foliar,

procedentes de Dourados, MS e do DF, mostraram-se estar infectadas pelo PSbMV. A

identificação foi feita através de ensaios biológicos,microscopia eletronica e sorologia

(1). Ref.: (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol. Bras. 19: 219. 1994.

Tospovirus

Plumbago auriculata LAM. (BELA EMILIA) Plumbaginaceae

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Plantas de bela Emília com manchas cloróticas nas folhas foram encontradas em

um jardim de Atibaia, SP, associadas a infestação com ácaros Brevipalpus. Microscopia

eletrônica demonstrou a ocorrência de efeitos citoplasmáticos do tipo citoplasmático, de

vírus transmitido por Brevipalpus (1). Ref.: (1) Freitas-Astua, J. et al. Summa Phytopathol. 30: 80. 2004.

Pogostemum patchouly PELLET (Patchulí) Lamiaceae Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

Page 96: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

96

Demonstração da presença de um Cytorhabdovirus em tecido foliar de patchulí,

com sintomas de mosaico, em plantas da coleção da S. Plantas Aromáticas do IAC, em

Campinas, SP (1). Constatado também em SE (2) Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979; (2) Boari, AJ et al. Fitopatol.Bras. 31

(supl): S322. 2006.

Potexvirus

Patchuli X virus (PatVX); vírus X do patchulí

Potexvirus encontrado co-infetando patchuli com poty- e rhabdovirus e

aparentemente causando infecção latente em material da coleção do IAC, SP. Teria

relações com Argentine plantago vírus (1). Causou infecção sistêmica quando inoculado

experimentalmente em fumo e Datura stramonium, e lesões locais em Gomphrena

globosa. Estudos comparativos da seqüência parcial da capa proteica mostraram

diferenças significativas com outros potexvirus (2). Ref.: (1) Meissner Fo., P.E. et al. Fitopatol.Bras.22: 569. 1997; (2) Ann.Appl.Biol. 141: 267. 2002.

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Detecção de um potyvirus não identificado, por microscopia eletrônica e

transmissão mecânica a algumas plantas teste, em plantas com sintomas de mosaico,

procedentes da coleção da S. Plantas Aromáticas do IAC, SP, e também de campos de

produção de Belém, PA (1) e em SE (2). Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 4: 113. 1979; (2) Boari, AJ et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl):

S322. 2006.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

Foi constatada infecçao sistêmica assintomática de patchulí, procedente da

coleçao da S. Plantas Aromáticas do IAC, SP,por um isolado do TNV (1). Ref.: Gama, M.I.C.S. et al. Phytopathology 72: 529. 1982.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Sintomas de aneis cloróticos e concentricos e linhas amarelas foram observados

em folhas de patchulí, obtidas por cultura de meristema, mas estaqueadas em solo não

esterilizado,no DF. Ensaios subseqüentes demonstraram que os sintomas resultaram da

infecção natural do patchulí pelo PepRSV, através de solo contendo nematóides do

gênero Paratrichodorus (1). Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 8: 395. 1983.

Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Arnica-de-praia) Asteracea

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Plantas de arnica-de-praia foram ncontradas em Nova Odessa, SP, com sintomas

de mosqueado amarelo. Um nucleorhabdovirus não identificado foi detectado por

microscopia eletrônica (1). Ref. (1) Alves,ACCN et al. Summa Phytopathol. 34: 375. 2008.

Portulaca oleracea L. (Beldroega) Portulacaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Curtovirus, possível

Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro

Sintomas de intumescência ou protuberâncias das nervuras, folhas recurvadas e

certa paralisação do crescimento foram descritos em folhas de beldroega em Campinas,

SP. Estes sintomas foram considerados similares àqueles causados pelo “curly top” da

beterraba. Foi transmitido pela cigarrinha Agallia albidula Uhl.; não se conseguiu

Page 97: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

97

transmissão mecânica. O agente causal é tido como um isolado do broto crespo do

tomateiro, específico de beldroega (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XIX. 1960.

Potexvirus

Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Althernathera

Um potexvírus foi detectado em amostras de beldroega procedente de São José

do Rio Preto/ SP com sintomas de mosaico (1). Este vírus foi posteriormente

identificado como AltMV (2).

Ref: (1) Tomomitsu, A.T. et al. Virus Rev. & Res. 11 (supl.): 192. 2006; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hort. Ornam. 16: 95, 2010.

Tospovirus

Tospovirus não identificado Beldroega crescendo espontaneamente como invasora podem exibir sintomas de

lesões cloróticas ou ligeiramente necróticas nas folhas e redução de porte. Em

inoculações experimentais podem surgir manchas cloróticas ou anelares locais e depois

sistêmicas. De plantas do campo sintomáticas, ensaios de recuperação indicaram

consistentemente a presença de Tospovirus e assim, a beldroega pode servir como

reservatório natural deste vírus (1). Foi constatado também no PR (2). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XXI. 1960; (2) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor

Cien. Agr. UFPr 4: 1. 1982.

Prunus persica (L) Batsch. (Pessegueiro) Rosaceae

Ilarvirus

Prunus dwarf virus (PDV); vírus do nanismo de Prunus

PDV foi detectado em pomares comerciais e na coleção de germoplasma da

Embrapa/CAPACT de pessegueiros no RS, através de TAS-ELISA (1). Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol. Bras. 19: 329. 1994.

Prunus necrotic ringspot virus- (PNRSV); vírus da mancha anular necrótica da ameixa

PNRSV e PDV detectados em pessegueiros exibindo mancha anelar em várias

regiões do RS através de ensaios sorológicos (1). Ref.: (1) Maciel, S.C. et al.. Fitopatol.Bras. 27: S209. 2002.

Prunus persica (L.) Batsch. var. nucipersica (Suckow) C.K. Schneid (Nectarina)

Rosaceae

Ilarvirus

Prunus dwarf virus (PDV); vírus do nanismo de Prunus

PDV detectado em plantas de nectarina durante trabalho de certificação de

matrizes, por sorologia,no RS (1). Ref.: (1) ) Daniels, J. Fitopatol.Bras. 24: 195. 1999.

Prunus salicina Lindl. (Ameixeira) Rosaceae

Ilarvirus

Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV); vírus da mancha anular necrótica de Prunus

PNRSV foi detectado em folhas de ameixeira foram observadas no Est. S.Paulo,

nas cvs. Roxa de Itaquera e Satsuma com 100% de infecção assintomática. Houve

transmissão deste vírus apenas por enxertia para ameixeiras e pessegueiros causando em

alguns o aparecimento de tênues linhas cloróticas formando desenhos simétricos.

Inoculação mecanica causou lesões locais em pepino, Chenopodium quinoa, Nicotiana

glutinosa e caupi (1). Detectado no RS em programa de certificação de ameixeiras, por

sorologia (2). Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 44. 1974; (2) .: (1) Daniels, J. Fitopatol.Bras. 24: 195.

1999.

Page 98: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

98

Psidium guajava L. (Goiabeira) Myrtaceae

Caulimovirus

Caulimovírus não identificado

Partículas do tipo caulimovirus foram detectadas em secções de folhas de

goiabeira exibindo mosaico amarelo procedente de Monte Aprazível, SP. Houve

reprodução dos sintomas em plantas inoculadas por enxertia (1). Ref.: (1) Gaspar, J.O. et al. Fitopatol.Bras. 18: 289. 1993.

Psiguria triphylla (Miq.) C. Jeffrey- Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Rezende)

Potyvirus

Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W

Plantas exibindo mosaico e deformação foliar foram encontradas em um pomar

de maracujazeiro na Estação Experimental da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.

Análises feitas nas amostras mostraram que os sintomas resultavam da infecção por um

isolado do PRSV-W (1). Ref.: (1) Nakano, D.H. et al. Plant Pathology 57: 398. 2008.

Psilanthus ebracteolatus Hiern.- Rubiaceae

Dichorhavirus

Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro

Durante levantamentos feitos no banco de germoplasma de Coffea do Centro Café/IAC,

Campinas, SP, foram encontradas plantas de P. ebracteolatus, uma espécie de rubiácea

próxima do gênero Coffea com manchas anulares nas folhas. Análises ao mic.eletrônico

e RT-PCR indicaram que os sintomas se deviam à infecção pelo CoRSV (1). Ref.: (1) Kitajima, EW et al. Sci.Agric. 68: 503. 2012.

Psophocarpus tetragonolobus (L.) DC (Feijão-de-asa) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Infecção natural do CPSMV em feijao-de-asa em um plantio experimental no

INPA, Manaus, AM, causando sintomas de mosaico. Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 4: 519. 1979.

Pueraria sp. (Kudzu) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Plantas de kudzu com sintomas de mosaico foram constatadas em Igararé-Açú,

PA. Ensaios biológicos e sorológicos indicaram tratar-se de uma infecção natural por

um isolado do CPSMV, sorotipo I (1). Ref.: (1) Nogueira, M.S.R. et al. Vírus Rev.& Res. 7: 156. 2002.

Pyrus communis L. (Pereira), Rosaceae Foveavirus

Apple stem pitting virus (ASPV); vírus do estriamento do ramo da macieira

Detectado por RT-PCR em tempo real no RS (1). Ref.: (1) Nickel, O. & Fajardo, T.V.M. Trop.Plt.Pathol. 39: 28-29. 2013.

Nanovirus

Nanovirus não identificado

Page 99: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

99

Foram encontradas em Viçosa, MG, pereiras com nanismo clorótico, brotação

fraca e ramos secos. Análises moleculares associaram à condição um possível

nanovirus, ainda não identificado (1). Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.56. 2013.

R

Raphanus raphanistrum L. (Nabiça) Brassicaceae

Luteovirus

Beet western yellows virus (BWYV)

Nabiça com sintomas de amarelecimento das folhas baixeiras e clorose marginal

foram encontradas em SP. O agente causal foi transmitido de maneira persistente pelo

pulgão Myzus persicae Sulz., devendo possivelmente representar um isolado do Beet

western yellows polerovirus (BWYV) (1, 2). Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974; (2) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 6: 28. 1980.

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Sintomas de mosaico constatado em nabiça, em SP. O vírus causal foi

transmitido por pulgões e identificado como isolado do TuMV (1). Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.

Raphanus sp. (rabanete selvagem) Brassicasseae

Nucleorhabdovirus

Nucleorhabdovirus não identificado

Detecção por microscopia eletrônica, de nucleorhabdovirus em Datura

stramonium inoculado com amostras de rabanete selvagem com sintomas de

amarelecimento, coletado em Limeira, SP. É possível que seja o vírus do amarleo

necrótico do brócolos (Brócolis necrotic yellow nucledorhabdovirus- BNYV) descrito

nos EUA. Sem informações adicionais (1). Ref.: (1) Kitajima,E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras.4: 55. 1979.

Rhoeo discolor (L’Her) Hance (=Tradescantia spathacea Sw. ) (Trapoeraba-açu,

Cordoban) Commelinaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Trapoeraba-açú com sintomas de leve mosqueado foi encontrado em jardins do

DF. Microscopia eletrônica detectou potyvírus. Não se conseguiu transmissão

experimental (1). Ref.: Rodrigues, M.G.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol. Bras. 6: 533. 1981.

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Infecção de trapoeraba-açú por um tobamovírus não identificado. Descrito em

SP (1). Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.

Rosa spp. (Roseira) Rosaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Ilarvirus

Apple mosaic virus (ApMV) (= Rose mosaic vírus); vírus do mosaico da macieira

Page 100: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

100

Primeira descrição de mosaico em roseiras no Brasil feita em 1940 por Kramer,

nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro tanto em porta-enxertos como plantas

enxertadas. Sintomas de faixas cloróticas ao longo das nervuras, e eventualmente

clareamento das nervuras. Foi transmitido por enxertia, mas não mecanicamente. Foi

observado também em roseiras do grupo de híbridos de Chá, do Inst. Biológico, com

sintomas referidos como mosaico amarelo, com manchas amareladas nítidas em trechos

das nervuras secundárias e ao longo das margens do limbo foliar. Há também manchas

amareladas alongadas e descontínuas nas hastes. Assume-se que seja um isolado do

ApMV (1, 2). Ref.: (1) Kramer, M. Rev. da Agricultura (Piracicaba) 15: 301. 1940; (2) Kramer, M. O Biológico 6: 365.

1940.

Prunus necrotic ringspot virus- (PNRSV); virus da mancha anelar necrótica de Prunus

PRNSV detectado em folhas e pétalas de roseira com sintomas de mosaico, em

Atibaia e São Paulo, SP (1). Ref: (1) Alexandre, MAV et al. Trop. Pl. Pathol. 34(supl): S274. 2009.

Rubus spp. (Amora-preta) Rosaceae

Nepovirus

Tomato ringspot virus (ToRSV); vírus da mancha anular do tomate

Isolado de ToRSV foi encontrado infetando Rubus spp. coletado em Vacaria,

RS, causando sintomas de mosaico. Ensaios de transmissão mecânica a Chenopodium

quinoa e sorologia indicaram que elas estavam infectadas pelo isolado ToRSV-PYBM

(1). Ref.: (1) Nickel, O. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 189. 2003.

Ruellia chartacea (T. Anderson) Wash. (Ruélia) Acanthaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Dichorhavirus

Dichorhavirus não identificado

Constatou-se a presença de efeitos citopáticos em manchas verdes em folhas de

ruélia, observadas em Manaus, AM, do tipo causado por vírus transmitido por ácaros

Brevipalpus do tipo nuclear (1). Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol. 33: 12. 2008.

Ruta graveolens L. (Arruda) Rutaceae

Vírus não identificado

Em um experimento de transmissão da tristeza no Inst.Biológico, SP, foram

inoculadas por enxertia, plantas de Ruta graveolens e uma delas exibiu sintomas de

mancha anular. Na mesma época foi trazida do Jardim Botânico de Buenos Aires,

Argentina, estacas de R. graveolens exibindo sintomas similares. Ensaios realizados

com este material indicou que o agente é transmissível por enxertia e meios mecânicos

(temperatura de inativação- 60 C) para a mesma espécie. Contudo, a identificação e

caracterização deste possível vírus não foram concluídas (1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 12: 219. 1946.

S

Saccharum officinarum L. (Cana-de-açúcar) Poaceae (revisado por Marcos C. Gonçalves)

Revisão: Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus. In: Dinardo-Miranda, L.L. et al. (Org.). Cana-de-

Açúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2008, v. 1, p. 451..

Badnavirus

Page 101: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

101

Sugarcane bacilliform virus (SCBV)

Com o uso de microscopia eletrônica de imunoadsorção, foram detectadas

partículas baciliformes do tipo badnavírus em infecção assintomática em cana-de-

açucar, no Est.S.Paulo (1, 2), e AL (3). Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras.16: XXVI.1991.(2) Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus.

In: Dinardo-Miranda L.L. et al. (Org.). Cana-de-Açúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de

Campinas, 2008, v. 1, p. 450; (3) Jordão, L.J. et al. Trop.Plt. Pathol. 39: 198. 2013.

Polerovirus

Sugarcane yellow leaf virus (ScYLV); vírus do amarelinho da cana-de-açucar

A doença conhecida como “amarelinho”, em cana-de-açucar, especialmente na

variedade SP 71-6163 causou grande preocupação no final da década de 1990,

provocando grandes perdas na cultura no Est. S. Paulo (1). Os principais sintomas

variam no tipo e principalmente na intensidade, de acordo com a variedade

infectada.Em cvs. mais suscetíveis como a SP 71-6-6163, a nervura central das folhas

apresenta amarelecimento na face abaxial, seguido do limbo foliar; as folhas mais

velhas, sextaou sétima a partir do ápice, apresentam coloração avermelhadda na face

adaxial da nervura central e, posteriormente, perda de pigmentação no limbo foliar,

seguida de necrose do tecido. Raízes e colmos apresentam crescimento reduzido com

prejuízos significativos na produção (7). O agente causal foi identificado como um

polerovirus transmitido por pulgões (1,2,4). O vírus foi purificado revelando partículs

isométricas de 25 nm em diâmetro (3). O vírus infecta o floema causando alterações

metabólicas na planta infectada. A doença foi controlada com uso de cvs. resistentes

(1,6,12). Porém, atualmente, ScYLV encontra-se endêmico no país, não havendo dados

sobre possíveis perdas nas novas variedades de cana-de-açucar em uso (8). Ref.: (1) Vega, J. et al. Plant Dis. 81/21. 1997; (2) Maia, I.G. et al. Arch.Virology 145: 1009.

2000; (3) Gonçalves, M.C. & Veja, J. Fitopat.Bras. 22: 335. 1997; (4) Lopes, J.R.S. et al. Fitopatol.Bras.

22: 335. 1997;; (5) Gonçalves, M.C. et al. European Journal of Plant Pathology, 108: 401. 2002; (6)

Gonçalves, M.C. et al. Vírus Rev.& Res. 7: 26. 2002; (7) Gonçalves, M.C. et al. Fitopatol.Bras. 30: 10.

2005; (8) Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus. In: Dinardo-Miranda, L.L. et al. (Org.). Cana-de-

Açúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2008, v. 1, p. 450. 2008; (9) Gonçalves,

M.C. & Veja, J. Fitopatol.Bras. 32: 50. 2007; (10) Vasconcelos, A.C.M. et al. Functional Plant Sci. &

Biotechnol. 3: 31. 2009; (11) Gonçalves, M.C. Trop.Plant Pathol. 35: 54. 2010; (12) Gonçalves et al.

Functional Plant Science & Biotechnology 6: 108. 2012.

Potyvirus

Sugarcane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açúcar

Mosaico (áreas verde-claras/amarelas/brancas alternadas com o verde normal)

em cana-de-açúcar foi uma das primeiras viroses descritas no país na década de 1920.

Teria sido introduzido em 1920 nas variedades POJ 36, 213 e 218. Ocorre em todas

regiões canavieiras do país (SP, PR,GO, PE,AL, RJ) (1-5, 11, 14, 16). Milho e sorgo

são hospedeiras naturais e podem ser usados como plantas indicadoras (7). Causa

perdas significativas nas variedades nobres, mas a introdução de resistência via

melhoramento genético clássico tem solucionado o problema (8, 12,13). Em decorrência

do surgimento de novas estirpes severas do vírus nos últimos anos, tanto em cana

quanto em milho, a substituição de variedades e híbridos tem ocorrido com maior

frequência. É um potyvirus disseminado por afídeos. Isolados do SCMV tem sido

encontrados em outras plantas (capim limão, milho, sorgo) (6, 10). Estudos moleculares

indicam que os isolados brasileiros encontrados tanto em cana como milho são muito

similares ao isolado australiano Brisbaine. Contudo há estirpes locais nas duas culturas

(1, 16, 17). Ref.: (1) Costa Lima, A. Chácaras e Quintais 34: 30. 1926; (2) Bitancourt, A.A. Rev.Agricult.

(Piracicaba) 1: 22. 1926; (3) Camargo, T.A.O. Casa Genoud, Campinas. 1926; (4) Vizioli, J. Officinas da

Gazeta, Piracicaba. 1926; (5) Caminha, A.F. Brasil Assucareiro 7: 209. 1936; (6) Costa, A.S. et al.

Bragantia 10: 301. 1950; (7) Costa, A.S. & Penteado, M.P. Phytopathology 41: 114. 1951; (8) Matsusoka,

Page 102: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

102

S. & Costa, A.S. Pesq.Agropec.Bras. 9: 89. 1974; (9) Sanguino, A. & Moraes, V.A.

Bol.Tecn.Coopersucar 27: 32. 1984; (10) Pinto, F.J.A. & Bergamin Fo., A. Fitopatol.Bras. 10: 300. 1985;

(11) Gonçalves, M. C. Fitopatol.Bras. 29: S129. 2004; (12) Gonçalves, M.C. et al. . Fitopatol.Bras. 32:

32..2007; (13) Barbosa, A.A.L. et al. Fitopatol.Bras. 32:345. 2007; (14) Gonçalves, M.C. Summa

Phyopathol. 36 (supl.) CDRom. 2010; (15) Gonçalves, M.C. et al. Trop.Plant Pathol. 35: 54. 2010; (16)

Gonçalves, M.C. et al. Pesq.Agropec.Bras. 46: 362. 2011; (17) Gonçalves, M.C. et al. Functional Plant

Sci. & Biotechnol. 6: 108. 2012.

Salvia leucantha Cav. (Salvia branca) Lamiaceae

(Revisado por Eliana Rivas)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Manchas verdes em folhas senescentes de sálvia branca foram observadas em

jardim residencial em Piracicaba, SP associadas a infestação com ácaro B. phoenicis.

Exames ao microscópio eletrônico revelaram efeitos citopáticos do tipo citoplasmático

dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). O vírus foi denominado Salvia green spot

virus. Comprovou-se a transmissão por Brevipalpus (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 29: 53. 2003; (2) Kitajima, E.W. & Ferreira, P.T.O. et

al. Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.

Salvia splendens Ker Gawl. (Alegria-de-jardim) Lamiaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potexvirus

Althernanthera mosaic virus- AltMV; vírus do mosaico de Althernanthera

Um mosaico em alegria-do-jardim, amostrado em São José do Rio Preto, SP, foi

atribuído ao AltMV (1, 2). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Trop. Pl Pathol. 33(supl): S231. 2008; (2) Alexandre, M.A.V. et al.

Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 95-100. 2010

Cucumovirus

Cucumber mosaic cucumovirus- CMV; vírus do mosaico do pepino

Nanismo, mosaico e deformação foliar, constatado em plantas de alegria-do-

jardim, no Est. S.Paulo. O agente causal foi identificado como um isolado do CMV (1). Ref. (1) Kudamatsu, M. et al. Summa Phytopathol. 7: 3. 1981.

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Um begomovírus, distinto molecularmente de outros descritos, foi associado a

um mosaico amarelo em salvia em Viçosa, MG (1). Testes preliminares mostraram que

o vírus não foi transmitido mecanicamente, não havendo contudo, ensaios biológicos

que comprovem-no como seu agente etiológico (1). Ref.: (1) Krause, R. et al. Fitopatol.Bras. 23: 318. 1998.

Schefflera actinophylla (Endl.) Harms (Arvore-guarda-chuva) Araliaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Badnavirus

Schefflera ringspot virus (SRV); vírus da mancha anular de Schefflera

Folhas de árvore guarda-chuva ostentando manchas cloróticas anelares foram

notadas no estacionamento do aeroporto de Cumbica em Guarulhos, SP. Observações

ao microscópio eletrônico e ensaios de PCR detectaram um badnavírus associado aos

sintomas (1). Provavalemente seria um isolado de um badnavírus descrito em

Schefflera. Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 28: S247. 2003.

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Page 103: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

103

Plantas de S. actinophylla com manchas anulares verdes em folhas senescentes

foram observadas no campus da ESALQ, Piracicaba, SP, associadas a infestação com

ácaro tenuipalpideo Brevipalpus phoenicis (1), em cujos tecidos ocorrem efeito

citopatico do tipo citoplasmático (2). Experimentalmente logrou-se reproduzir os

sintomas em plantas sadias usando ácaros coletados de plantas afetadas (J.C.V.

Rodrigues & E.W. Kitajima, dados não publicados). A enfermidade foi também

constatada em Campinas, SP. Comprovou-se sua transmissão pelo ácaro B. phoenicis

(3). Ref.: (1) Kitajima, E.W.et al. Virus Rev.& Res. 4: 148. 1999; (2) Kitajima, E.W. et al. Expt. Appl.

Acarol. 30: 135. 2003; (3) Ferreira, P.T.O. et al. Fitopatol. Bras. 28: S250. 2003.

Scutellaria sp. (Escutelaria) Lamiaceae

(Revisado por Eliana Rivas)

Potexvirus

Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Alternanthera

Constatação de que um mosaico em escutelaria, observado em São José do Rio

Preto, SP, era causado pelo AltMV (1, 2). Ref.: (1) Alexandre, MAV et al. Trop. Plt Pathol. 33(supl): S231. 2008; (2) Alexandre, M.A.V. et al.

Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 95-100. 2010.

Senecio douglasii DC (Cinerária) Asteraceae (Revisado por Eliana Rivas)

Tospovirus

Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do

crisântemo

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Plantas de cinerária com sintomas de clorose das nervuras, deformação foliar,

necrose e arqueamento do ápice caulinar procedentes de São Roque, SP, mostraram

estar infectadas com TSWV (1). Numa outra amostragem, constatou-se infecção dupla

pelo TSWV e CSNV (2). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 20: 346. 1995; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Summa

Phytopathol. 25: 353.1999

Senna macranthera (Collad.) H.S. Irwin & Barnedy (ver Cassia macranthera)

Senna occidentalis (L.) Link (=Cassia occidentalis L.) (Fedegoso) Fabaceae

Potexvirus

Senna Vírus X (SeVX)- vírus X de Senna

Em amostra com sintomas de mosaico em fedegoso, coletada em Tupã, SP,

constatou-se a presença de um potexvirus. Os sintomas foram reproduzidos por

inoculação mecânica, que também causou lesões locais em Chenopodium quinoa, C.

amaranticolor e Nicotiana benthamiana. Não houve transmissão por sementes. Em

testes preliminares houve reação com antisôros para PVX e WCMV e é possivelmente

um novo potexvírus (1). Ref.: (1) Giampan, J.S. et al. Fitopatol.Bras. 29: S211. 2004.

Potyvirus

Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeriro

Isolados que produzem mosaico-em-manchas-amarelas em feijoeiro foram

recuperados de fedegoso de campo, com sintomas de mosaico, em SP (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). p.305. 1972.

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); virus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Page 104: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

104

Um mosaico em fedegoso foi identificado no CE como sendo causado por um

isolado do CABMV (1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Gonçalves, M.F.B. Fitopatol.Bras. 13: 365. 1988.

Soybean mosaic virus (SMV); vírus do mosaico da soja

Um mosaico em fedegoso, no PR, foi identificado como sendo causado por um

isolado do SMV (2). Um presumível potyvirus encontrado em fedegoso no DF talvez

seja também SMV, embora não houvesse reagido sorologicamente com este vírus (1). Ref.: (1) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXXVIII. 1991; (2)Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol.Bras.

27: 151. 2002.

Sesamum indicum L. (Gergelin) Pedaliaceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Relato da ocorrência de infecção natural de gergelim por tospovirus no

Est.S.Paulo (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi trasmitido

por afídeo

Mosaico em gergelim causado pela infecção natural por um isolado do CABMV

foi relatado no CE (1). Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 16: 60. 1991.

Sicana odorífera Naudin (croá); Cucurbitaceae

Potyvirus

Zucchini yellow mosaic vírus (ZYMV), vírus do mosaico amarelo da abora zucchini

Plantas exibindo sintomas de bolhosidades, deformação foliar, encarquilhamento

e leve mosaico foram encontrados emum plantio experimental da UFMG. Ensaios de

transmissão e sorologia indicaram infecção pelo YMV (1). Ref.: (1) Rocha, F.D.S. et al. Trop.PltPathol. 38 supl.376-1. 2013.

Sida spp;. (Guanxuma) Malvaceae

Sida acuta Burm., S. carpinifolia (L.) K.Schum.; S. rhombifolia L., S. glaziovii

K.Schum., S. cordifolia L. S. micrantha St.Hill., S. urens L., S. Bradei Ulbricht, S.

spinosa L.

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Infecção natural de S. spinosa por um tospovírus não identificado, em SP,

causando manchas cloróticas irregulares e deformação foliar (1). Ref.:(1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992.

Begomovirus

Abutylon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon

A primeira descrição de mosaico dourado em guanxuma foi feita em S.Paulo,

SP, por Silberschmidt (1). Verificou a não-transmissibilidade mecânica ou por sementes

e obteve trasnmissão por enxertia (Abutylon para Abutylon e para Sida concluindo que

os vírus que infetam estes gêneros seiram essencialmente os mesmos. Demonstrou-se

experimentalmente que a mosca branca Bemisia tabaci transmite este vírus (2). Logrou-

se sua transmissão mecânica a partir de S. rhombifolia e S. micrantha para Malva

parvifolia (3,4). Assim, cloroses/mosaico amarelo de malváceas silvestres foram

considerados causados por isolados do AbMBV. Descrito em PE (5). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 14: 105. 1943; (2) Orlando, A. & Silberschmidt, K.

Arq.Inst.Biol. 16: 1. 1946; Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955; (3) Silberschmidt,K. & Tommasi,

Page 105: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

105

L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955; (4) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 37: 259.

1960; (5) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.B 2001.

Begomovirus recentemente caracterizados molecularmente

Sida golden mosaic virus (SiGMV-BZ); vírus do mosaico dourado da Sida

Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado da Sida

Com recursos oferecidas pela biologia molecular, tem sido possível detectar em

Sida spp. e numerosas outras plantas uma grande variedade de espécies de

begomovírus, alguns com caracterização aceita pelo ICTV, e outros, no aguardo

(principalmente, a complementação das propriedades biológicas destes vírus). Como

nem sempre será possível acessar as mesmas amostras anteriormente estudadas, nas

quais o vírus presente era identificado como AbMBV, esta questão permanece em

aberto e para fins de registro histórico, assim será mantido. Nesta nova era, foi

caracterizado a partir de plantas de Sida rhombifolia com sintomas de mosaico,

begomovirus distinto de outros relatados, com base na seqüência do nt se seus genomas

(1-3). Um isolado de do mosaico de Sida micrantha foi isolado de tomate e

caracterizado como tal molecularmente. Foi demonstrado ser transmissível

mecanicamente a algumas hospedeiras solanáceas a amarantácea, mas não de que infeta

Sida (4). Detectado no RJ em tomateiro (5). Um begomovirus detectado em maracujá,

mosaico e folha pequena (Passion fruit little leaf mosaic) tem 98% de similaridade com

SiMoV) (6). Ref.: (1) Fernandes, A.V. et al. Fitopatol.Bras.23: 316; (2) Virus Rev.& Res. 4(supl.1): 148. 1999; (3)

Contin, F.S. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 194. 2003; (4) Calegario, R.F. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150.

2004.(5) Paula, M.B. et al. Fitopatol.Bras.32 (supl): S197. 2007 (6) Moreira, A.G. et al. Fitopatol.Bras. 31

(supl): 2006.

Begomovirus não identificado

Detecção de S. rhombifolia e S. spinoa infectados por begomovirus ainda não

identificado em AL (1). Detectado em S. cordifolia L. em SP (2) Ref.:(1) Assunção L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006. (2) Barbosa, J.C. et al. Summa Phytopathol.

33 (supl): 92.

Begomovirus não confirmado

Sida yellow leaf curl virus (SiYLCV); vírus do ncarquilhamento amarelo das folhas de

Sida

SuYLCV foi Isolado de Sida rhombifolia em Coimbra, MG (1). Ref.: (1) Castillo Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Sida common mosaic vírus (SiCmMV); vírus do mosaico comum da Sida-

SiCmMV foi Isolado de Sida micrantha em Coimbra, MG (1) Ref.: (1) Castillo-Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Sidastrum micranthum (St.Hill.) Fryxel (Mela veludo) Malvaceae Begomovirus

Begomovirus não identificado

Um begomovírus não identificado, causando mosaico em mela-veludo foi

relatado em AL (1). Ref (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.

Sinapsis alba L. (Mostarda) Brassicaceae

Caulimovirus

Cauliflower mosaic virus (CaMV); virus do mosaico da couve flor

Relato da ocorrência do CaMV causando mosaico em mostrada no PR (1). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9:403. 1984.

Potyvirus

Page 106: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

106

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Plantas de mostarda com sintomas de mosaico foram observadas em Vassouras e

Itaguai, RJ. O vírus causal foi identificado como TuMV (1). Constatação similar foi

feita no PR (2). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (2) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol. Bras.

9:403. 1984.

Sinningia speciosa (Lodd.) Hiern. (Gloxínia) Gesneriaceae (Revisado por Eliana Rivas) Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

CSNV constatado em amostras de gloxínia procedentes de Arujá, SP, exibindo

sintomas de manchas anelares cloróticas e necróticas nas folhas, manchas necróticas

irregulares ou riscas, deformações e descoloração das flores. Identificação do vírus feita

por ensaios biológicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Yuki, V.A. et al. Fitopatol.Bras. 26: 517. 2001.

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

TSWV detectado em gloxínia em SP (1). Sintomas e procedência não são

mencionados. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornam. 11: 49-57, 2005.

Tospovirus não identificado Tospovírus detectado em gloxínia apresentando folhas com necrose

acompanhando as nervuras e deformação (1). Procedência não mencionada. Ref. : (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plantas Ornamentais - Guia de sintomas causados por bactérias,

fungos e vírus. 24p. 2003.

Solanum aculeatissimum Jacq.(= S. ciliatum LAM. ) (Arrebenta-cavalo) Solanaceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento da folha da batata

Constatou-se infecção natural de arrebenta-cavalo pelo PLRV em SP, sem

menção a sintomas. Esta planta pode ter assim papel na epidemiologia do PLRV para

plantas cultivadas (batata, tomate, etc.) já que cresce frequentemente ao seu redor (1,2). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 17: 156. 1992; (2) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S.

Res. VI Enc.Nac.Virol. 176.1992.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural de arrebenta-cavalo, causando mosaico, por um isolado do

PVY, em SP (1,2). Ref.: (1) Kudamatsu, M. & Alba, A.P.C. Summa Phytopathol. 5: 15. 1979; (2) Vicente, M. et al.

Fitopatol.Bras. 4: 73. 1979.

Solanum atropurpureum Schrank (Joá bravo) Solanaceae

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Plantas de joá-bravo com síntomas de faixa das nervuras e pontuações

cloróticas, arqueamento foliar foram encontradas no campus da USP, S. Paulo, SP.

Ensaios posteriores determinaram o agente causal como PVY (1). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Phytopathol.Zeit. 90: 147. 1977.

Solanum gilo Raddi (Jiló) Solanaceae

Comovirus

Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado da batata andina

Page 107: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

107

Infecção natural de jiló peloAPMoV, resultando em sintomas de mosqueado nas

folhas, constatado no RJ (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.

Tospovirus

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

TCSV detectado em amostras de jiló procedente de S.José dos Campos, SP, com

sintomas de vira-cabeça (1). Uma alta incidência foi constatada em plantios comerciais

de Taiaçú, SP (2). Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.brs. 25: 439. 2000; (2) Rabelo, L.C. et al. Fitopatol.Bras. 27: 105.

2002.

Solanum lycocarpum St.Hill. (Fruta-do-lobo, lobeira) Solanceae

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Registro da Infecção natural de fruta-do-lobo pelo PVY em MG, sem menção a

sintomas (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Solanum lycopersicon L. (Tomateiro) (revisado por A.K. Inoue-Nagata)

Revisão: Costa, A.S. et al. Boletim do Campo 183: 8. 1964; Costa, A.S. & Nagai,H.

Guia Rural 2: 150. 1966; Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974;

Tymovirus

Egg plant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela

Tomateiros com encrespamento, mosqueado clorótico e necrose esbranquiçada

foram encontrados em Itaquaquecetuba, SP. O agente causal foi identificado como um

isolado do EMV (1) que foi purificado (2) e caracterizado molecularmente e

sorologicamente (3). Experimentalmente foi transmitido por Epitrix fallada Bech (4) e

Diabrotica speciosa Oliv.(5), Epicauta atomaria (6). Detectado em tomatais de Caxias

do Sul, RS (7). Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Arq.Inst.Biol. 42: 157. 1975; (2) Alba, A.P.C. et al. Summa Phytopathol. 3:

131. 1977; (3) Barradas, M.M. Tese Dr., USP. 161p. 1983; (4) Salas, F.J.S. et al. Res.6ª

Reuní.An.Inst.Biol.. p.34. 1993; (5) Res.Virologica PO-4-02. 1993; (6) Res.5o Enc.Nac.Virol.p.85. 1990

(7) Colariccio, A et al. Summa Phytopathol. 34(supl): S80. 2008.

Tomato blistering mosaic vírus (ToBMV); vírus do mosaico e embolhamento do

tomate

Em um plantio comercial de tomateiro em Sta.Catarina foram encontradas

plantas com sintomas de mosaico severo, distorção foliar e embolhamento nas folhas. O

vírus foi transmitido a plantas teste e ensaios de RT-PCR indicaram que ocorria uma

infecção por tymovirus, e a análise das sequências revelaram que seria um tymovirus

novo, e tentativamente designado de ToBMV (1). Ref.: (1) Oliveira, V.C. et al. Virus Genes 46:190. 2013.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Virose de incidência baixa, causada pelo CMV, transmitido por afídeos. Nas

plantas afetadas, as folhas superiores apresentam redução do limbo, às vezes sua

ausência completa; há redução de porte da planta e da sua produtivade (1).s ua

incidência tornou-se rara no Est.S.Paulo (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Summa Phytopathol. 9: 37. 1983

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Infecção natural de tomateiros pelo TSV, causando malformação das folhas.

Primeira constatação em Itatiba, SP. Houve transmissão do TSV pelas sementes.

Page 108: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

108

Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 20: CVII. 1961; Cupertino, F.P. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 50. 1969.

Crinivirus

Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomateiro

Detectado pela primeira vez no Brasil, em Sumaré, SP, no ano agrícola 2006/7

(1). Detectado no ES (2). Um vírus transmitido por mosca branca, causando

amarelecimento internerval de partículas alongadas, descrita em plantios comerciais de

tomateiro em Campinas, SP, provavelmente resultaria da infecção pelo ToCV (3).

Confirmou-se a ocorrência do ToCV em mais cinco estados: BA, ES, GO, MG e RJ (4).

Detectado no DF (5). Logrou-se a transmissão experimental pela mosca branca

Trialeurodes vaporariorum (6). Análise molecular indica que os isolados brasileiros

seriam próximas aos gregos (7). Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Plant Dis.92, 1709. 2008.(2) Costa, H.S. et al. Trop Plt Pathol 35(supl):

S185.2010; (3) Pavan, M.A. et al. Summa Phytopathol. 25: 36. 1999; (4) Barbosa, J.C. et al. Trop.Plant

Pathol. 36: 256. 2011; (5) Nogueira, I et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011; (6) Freitas et al.

checar! Summa Phytopathol. 37 (supl.) CD Rom. 2011; (7) Albuquerque L.C. et al. Trop.Plt.Pathol.

38(supl.):332. 2013.

Tospovirus

Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Tomato spotted wilt tospovirus (TSWV)

A síndrome conhecida como “vira-cabeça” do tomateiro é uma das viroses mais

destrutivas. O nome deriva do fato de os brotos das plantas novas se necrosarem e

penderem para o lado, e assim era referido pelos produtores. Em cvs. suscetíveis e em

caso de alta incidência no início da cultura pode destruir totalmente o tomatal. Os

registros iniciais datam dos anos 1930 no Est. S. Paulo(1, 2). Sintomatologia variável

dependendo da idade da planta, variedade, ambiente, estirpe/espécie, etc. Em plantas

novas, o desenvolvimento é paralisado e a cor verde perde o brilho; folhas novas do

topo exibem necrose (linhas ou anéis), curvam-se para baixo, e no caso de ataque

severos, ocorre a morte do broto e seu arqueamento. Pode haver manchas necróticas nas

hastes. Em plantas adultas os sintomas são similares, geralmente progredindo de cima

para baixo. Frutos verdes podem apresentar necroses internas e externas; nas maduras

surgem em geral manchas desbotadas em forma de anéis simples ou concêntricos (3-5).

Foi considerado idêntico ou relacionado ao “tomato spotted wilt” descrito na Austrália

(4).As partículas do vírus foram visualizadas ao microscópio eletrônico tanto em

suspensão (ca. 80nm de diâmetro, provido de membrana) e nos tecidos (contidos em

cisternas do retículo endoplasmático) (6, 7). No inicio da década dos 90, graças a

trabalhos desenvolvidos na Agric.Univ.Wageningen, com participação de brasileiros,

tornou-se evidente que o gênero Tospovirus tido como tendo uma única espécie

(Tomato spotted wilt vírus- TSWV) comportaria várias espécies distintas, muitos dos

quais ocorrem no Brasil, inclusive infetando tomateiros (8, 9). TSWV é a espécie tipo

do gênero Tospovirus e o isolado referência, originou-se da Embrapa Hortaliça em

Brasília, DF. No Brasil acham-se confirmadas infetando tomateiro os seguintes

Tospovirus: TSWV, GRSV, TCSV e CNSV (12). Também constatou-se a existência de

formas defectivas interferentes (10). Levantamento feito em 6 estados brasileiros

mostraram a presença de GRSV em PE; TSWV no DF; TSWV, TCSV e GRSV em

MG; TSWV e GRSV em SP; TSWV e TCSV no PR; TCSV no RS (13). CSNV foi

constatado em tomateiro em MG (12), RJ (14) e SP (16). Em um levantamento feito em

tomatais do submédio S.Francisco, PE, em 1996, apenas GRSV foi encontrado (15).

Seqüências das glicoproteinas de GRSV e TCSV mostraram ser quase idênticos (16). Ref.: (1) Azevedo, N. Rodriguesia, 6: 209. 1936; (2) Bitancourt, A.A. O Biológico 2: 98. 1936; (3) Costa,

A.S. Bragantia 4: 480. 1944; (4) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 1: 491. 1941; (5) Costa, A.S.

Page 109: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

109

Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (6) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 22: XXXV. 1963; (7) Kitajima, E.W.

Virology 26: 89. 1965; (8) de Ávila, A.C. et al. J.gen.Virol. 71: 2807.1990; (9) 74: 153. 1993; (10)

Resende, R.O. Tese PhD, Agric. Univ. Wageningen 115p. 1993; (12) Resende, R.O. et al. Fitopatol.Bras.

20: 299. 1995; (13) Nagata, T. et al. Fitopat. Bras. 20: 90. 1995; (14) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras.

22: 332. 1997; (15) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 340. 1997; (16) Colariccio, A. et al. Summa

Phytopathol. 26: 252. 2000; (16) Lovato, F.A. et al. Fitopatol.Bras. 29: S101. 2004.

Begomovirus

Embora negligenciado nas revisões dos recentes trabalhos, fortemente voltadas

ao aspecto molecular, vírus transmitidos por mosca branca e atualmente referidos como

begomovirus em tomateiros, eram conhecidos desde os anos 1960 através dos trabalhos

do grupo de A.S. Costa no IAC e K.M. Silberschmidt, no IB. P.ex., o 1º begomovirus de

tomateiro caracterizado moleculamente, TGMV, havia sido isolado por A.S.Costa. A

introdução no Brasil da espécie mais agressiva B. tabaci biótipo B, teria resultado em

surtos de begomovirus, especialmente em tomateiro, no qual, através de técnicas

moleculares, tem sido identificado um número cada vez crescente de begomovirus.

Estes vírus tem uma enorme variabilidade resultante de mutações e recombinações,

gerando novas espécies. Há casos registrados de uma única planta estar infetada por três

ou mais begomovirus distintos. Como já mencionado por Costa (1974) begomovírus

têm uma alta capacidade de se adaptar a novas hospedeiras, consequente dsta enorme

variabilidade genômica, e evoluem com enorme rapidez e certamente continuará a gerar

novas espécies que irão substituindo as existentes. Talvez o aumento da estringência nas

comparações dos genomas dos begomovírus resultará numa redução do número alto de

espéciesatualmente reconhecidos.

Viroses de tomateiro transmitidos pela mosca branca Bemisia tabaci Revisão: Costa, A.S. Fitopatologia 9: 47. 1974. Ribeiro, S.G. et al. Plant Dis. 82: 830. 1998.

Seguem-se relatos feitos por A.S. Costa caracterizando a transmissão pela mosca

branca, sintomatologia:

Abutilon mosaic mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Constatada inicialmente em uma plantação experimental do IB em S.Paulo, SP,

em tomateiros com manchas difusas cloróticas, clorose internerval. Ensaios de

tranmsissão por enxertia e moca-branca deramr resultados positivos para tomateiro,

fumo e Sida rhombifolia, sugerindo que o agente causal seria o mesmo da clorose

infecciosa das malváceas (1, 2). Ref.: (1) Flores, E. et al. O Biológico 26: 65. 1960; (2) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.

Encarquilhamento

Comum ocorrência nos tomatais dos estados de SP, MG e PR, podendo causar

perdas. Plantas afetadas têm folhas encarquilhadas e crescimento reduzido (1).

Transmitido pela mosca branca. Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.

Engrujo

Virose caracterizada pela intensa rugosidade das folhas das plantas afetadas.

Constatado em tomate industrial em Pesqueira, PE (1). Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.

Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da Euphorbia

Infecção ocasional de tomateiro pelo EuMV pode induzir sintomas de mosaico-

das-nervuras em tomateiro, em SP. Ref.: Costa, A.S. Fitopatologia 9: 47. 1974.

Nervuras amarelas (“yellow net”)

Sintomas de nervuras amarelas, formando retículo nas folhas. Observado em SP.

Rara ocorrência. Vírus transmitido por B. tabaci não caracterizado (1).

Page 110: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

110

Begomovirus identificados molecularmente

Recentemente utilizando-se técnicas moleculares têm sido detectados vários

begomovirus, mas infelizmente excetuando a caracterização molecular poucos têm sido

os trabalhos de caracterização biológica (transmissão, gama de hospedeiras, etc.). A

situação se torna complexa dada a alta taxa de variabilidade e adaptabilidade a novos

hospedeiros destes virus, aliadas a infecções mistas e possibilidades de pseudo-

recombinações (1-3). Isto deve tornar os trabalhos de melhoramento visando criar

cultivares de tomateiro, resistentes a um ou mais beghomovírus (4), extremamente

complexas. Surpreendentemente, embora a maioria dos vírus abaixo arrolados tenha

sido descritos no Brasil, os autores que os denominaram em inglês, como indica a regra

do ICTV, não se preocuparam em dar o nome em português. Embora menos relevante

em literatura científica, o nome em português é importante para as comunicações com

os extensionistas e produtores, para quem não faz muito sentido, citar os nomes dos

patógenos em inglês (como o nome científico de patógenos como bactérias e fungos).

Este revisor tomou a liberdade de indicar uma traduação tentativa, esperando que o

descritor do vírus, o corrija, se necessário. Ref.: (1) Andrade, E.C. et al. Virus Rev. & Res. 7: 155. 2002; (2) Vírus Rev.& Res 9? 240. 2004; (3)

Albuquerque, L.C. et al. Vírus Rev.& Res. 9: 289. 2004.(4) Inoue-Nagata, A.K. et al. Pesq. Agropec.

Bras. 41: 1329. 2006.

Begomovirus de tomateiro- Espécies definitivas (em 2012)

Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV); vírus do mosqueado clorótico do tomateiro

Tomateiros com sintomas de mosqueado amarelo coletados em Seabra, BA

estavam infectados por um begomovirus, que molecularmente se mostrou distinto de

outros conhecidos. Foi transmitido por B. tabaci biótipo B e pelos DNAs A+B (1). Foi

detectado em SP (2) Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.Bras. 27: S 211. 2002. (2) Paula, D.F. et al. Vírus

Ver&Res 11(supl): 189. 2006;

Tomato golden mosaic virus (TGMV); vírus do mosaico dourado do tomateiro

Foi o primeiro begomvirus de tomateiro a ser reconhecido. Costa o referia como

“chita”. Ocasional ocorrência no Est.S.Paulo. Produz sintomas de mosaico

amarelo/dourado. É transmissível mecanicamente (1,3). Foi purificado, comprovando a

morfologia geminada (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974; (2) Matys, J.C. et al. Summa Phytopathol. 1: 267.

1975; (3) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 3: 194. 1977.

Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro

Mosaico rugoso em tomate, transmitido por mosca branca, isolado em MG.

Ensaios moleculares sugerem tratar-se de nova espécie de begomovirus (1). Vírus

similar foi constatado em SP (2) e GO (3). O isolado goiano foi usado para estudos da

relação vírus/vetor (3). Confirmação de ser uma nova espécie (4). Detectado no PR (4). Ref.: (1) Fernandes, J.J., et al.. Fitopatol. Bras. 25: 440. 2000; (2) Colariccio, A. et al. Virus Rev.& Res.

8: 191. 2003; (3) Santos, C.D.G. et al. Fitopatol.Bras. 28: 664. 2003. (4) Fernandes, J.J. et al. Plant

Pathology 55: 513. 2006. (4) Boiteux, L.S. et al. Trop Plt Pathol 34(supl) S266. 2009.

Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do enrugamento severo do tomateiro

Begomovírus causando enrugamento nas folhas dos tomateiros afetados.

Detectado em MG, GO e PE (1). Ocorrência em SC (2). Detectado em SP (3), PR e RS

(4). Um isolado obtido em Piracicaba, SP teve seu genoma analisado concluindo-se que

teria ToSRV teria relação evolucionário com vírus do mosaico rugoso (Tomato rugose

mosaic vírus- ToRMV) (5). Ref: (1) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. Univ.Brasília, 2010; (2) Lima,A.T.M. et al. Fitopatol.Bras.

31(supl):S224. 2006. (3) Paula, D.F. et al. Vírus Ver&Res 11(supl): 189. 2006. (4) Boiteux, LS et al.

Trop Plt Pathol 34(supl) S266. 2009; (5) Barbosa, J.C. et al. J. Phytopathology 159: 644. 2011.

Tomato yellow spot virus (ToYSV); vírus da mancha amarela do tomateiro

Page 111: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

111

ToYSV foi encontrado infetando tomateiros no RJ e ES. Causando manchas

amarelas nas folhas. Teria origem recombinante entre um begomovirus de Sida e outro,

não identificado (1). Encontrado um isolado similar ao ToSV da Argentina (2) Ref: (1) Andrade, EC. et al. J;gen.Virol. 87:3687. 2006.(2) Lima No., A.F. et al. Trop Plt Pathol 34 (supl)

S275. 2009.

Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da risca amarela das nervuras do

tomateiro

Riscas amarelas em nervuras de folíolos apicais observadas em Campinas, SP,

semelhantes à nervura amarela. Os sintomas foram reproduzidos em ensaios de

transmissão com Bemisia tabaci (1). O vírus também foi transmitido para batata,

causando mosqueado em folíolos apicais, que se tornaram deformados com manchas

amarelas, sintomas similares ao do mosaico deformante. Estudos moleculares indicam

que é um begomovirus distinto (2,3). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 22: 57. 1996; (2) Faria, J. et al. Plant Dis. 81: 423.

1997; (3) Ribeiro, S.G. et al. Plant Pathology 55:569. 2006.

Begomovírus de tomateiro, espécies tentativas

Chino del tomate Amazonas vírus

Em amostra de tomateiro com clorose internerval e amarelecimento apical, coletada em

Silves, AM. Análise molecular sugere um begomovírus como agente causal, distinto

dos demais conhecidos, tendo-se proposto o nome de vírus do Chino del tomate

Amazonas, por ter o Chino del tomato vírus Mexico como o mais próximo, em termos

de sequência (1). Ref.: (1) Fernandes-Acioli, NAN et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.

Tomato common mosaic virus (ToCmMV); vírus do mosaico comum do tomateiro

Isolado de tomateiro em Coimbra, MG (1) Ref. (1)Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Tomato chlorotic vein vírus (ToCVV). Vírus da nervura clorótica do tomateiro

ToCVV foi descrito em tomateiro no DF (1). Detectado no CE (2). Poucas

informações disponíveis. Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.bras.19: 330. 1994; (2) Acioli,N.A.N.E. et al. Trop.Plt.Pathol. 38

(supl): 847-2. 2013.

Tomato golden vein virus (ToGVV); vírus da nervura dourado do tomateiro

Durante levantamentos feitos no Brasil Central (GO, DF) encontrou-se um

isolado com características moleculares próximas, mas consideradas distintas

suficientes para uma nova espécie. Não houve trabalhos de caracterização biológica (1).

Detectado em SP (2) Ref.: (1) Albuquerque, L.C. et al. Fitopatol.Bras. 29: S218. 2004; (2) Paula, D,F, et al. Vírus Ver&Res

11(supl): 189. 2006.

Tomato interveinal chlorosis virus (ToICV), vírus da clorose internerval do tomate

Dois isolados de begomovirus encontrados em Juazeiros e Bezerros, PE teve a

sequencia de seu DNA-A completamente seqüenciado, indicando ser, dentro das regras

atuais, um novo vírus. Não há informações sobre propriedades biológicas (1). Ref.: (1) Albuquerque, LC et al. Arch.Virol. 157: 747. 2012.

Tomato leaf distortion virus (ToLDV); vírus da distorção foliar do tomateiro

Isolado de tomateiro em Paty de Alferes, RJ (1) Ref.: (1) Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Tomato mild leaf curl vírus (TMLCV); vírus do encarquilhamento foliar suave do

tomateiro

Detectado no RJ em tomateiro (1) Ref. (1) Colariccio,A. et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl):S306. 2007.

Tomato mild mosaic virus (ToMiMV); vírus do mosaico suave do tomate

Isolado de tomateiro em Paty de Alferes, RJ (1)

Page 112: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

112

Ref.: (1) Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.

Tomato mottle leaf curl virus (ToMoLCV); vírus do encarquilhamento e mosqueado

do tomateiro

Em plantas com sintomas de clorose, deformacao foliar em Novo Lino, AL,

detectou-se o ToMoLCV, baseado em técnicas moleculares. Não houve trabalhos de

confirmação através de ensaios biológicos (1). Detectado em SP (2). Conseguiu-se a

sequencia completa de seu genoma (3). Ref.: (1) Assunção, I.P. et al. Summa Phytopathol. 30: 504. 2004. (2) Paula, D.F. et al. Vírus Rev&Res

11(supl): 189. 2006; (3) Albuquerque, LC et al. Arch.Virol. 157: 747. 2012.

Tomato severe mosaic virus (TSMV); vírus do mosaico severo do tomateiro

Causa mosaico amarelecimento severo em tomateiros afetados. . É transmitido

mecanicamentepara Nicotiana benthamiana e N. glutinosa. Foi coletado em Bicas,

MG. Não há menção de transmissão pela mosca branca. Baseado em analises

moleculares sugere-se tratar de uma nova espécie (1). A sequencia completa de seu

genoma é conhecido (2) Ref.: (1) Calegario, R.F. et al. Virus Rev.&Res. 8: 193. 2003; (2) Hallwass, M. et al.Virus Rev&Res 11

(suppl): 189. 2006.

Tomato yellow mosaic virus (ToYMV); vírus do mosaico amarelo do tomate

Sem informações adicionais. Citado em (1). Ref.:(1) Albuquerque, L.C. et al. Virus Genes 40:140-147. 2010.

Tomato chlorotic vein virus (ToCVV); vírus da nervura clorótica do tomateiro

Tomato crinkle virus (ToCrV); vírus do encrespamento do tomateiro

Tomato crinkle yellow leaf virus (ToCYLV); vírus do encrespamento e

amarelecimento da folha do tomateiro

Tomato golden leaf distortion vírus (TGLDV)

Amostras de tomateiro de Gurupi, TO, mostrando clorose intensa, distorção foliar,

mosaico e clareamento das nervuras achava-se infectado por um begomovirus. Analise

da sequencia de seu genoma revelou ser ele distinto dos demais conhecidos tendo-se

proposto o nome de vírus da distorção de folha dourada do tomateiro (1). Ref.: (1) Fernandes-Acioli, N.A.N. et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.

Tomato infectious yellows virus (ToIYV); vírus do amarelecimento infeccioso do

tomateiro

Sem informações adicionais. Citados em (1). Ref.: (1) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. Univ.Brasília. 2010.

Okra mosaic Mexico virus (OkMMV); Vírus do mosqueado do quiabo

Encontrado um isolado relacionado ao OMoV em TO (1). A confirmar. Ref: (1) Lima No., A.F. et al. TropPltPathol 34(supl) 275. 2009.

Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha

Em Bicas, MG, foi isolado um begomovirus causando clorose e deformação

foliar. Transmissível mecanicamente para solanáceas e amarantácea. Molecularmente

mostrou-se similar ao SmMV (1). Detectado em tomateiro no RJ (2) Ref.; (1) Calegario, R.F. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150. 2004. (2) Paula,M.B. et al. Fitopatol.Bras. 32

(supl): 197. 2007.

Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado de Sida

SiMoV detectado infetando tomateiros em SP (1) Ref.: (1) Cotrim, M.A.A. et al. Summa Phytopathol 33:300. 2007.

Sida yellow net vírus (SiYNV)

Folhas com pontos cloróticos foram coletados em dois municípios produtores de

tomate no Est.R.Janeiro. Análises moleculares indicaram a presença de um

begomovirus, com similaridade ao SiYNV, descrito anteriormente em MG infetando

Sida micrantha (1). Ref.: (1) Acioli, N.A.N.E. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) : 847-1.2013.

Page 113: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

113

Curtovirus

Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro

Moléstia de comum ocorrência em tomatais, mas usualmente de baixa

incidência. Descrito originalmente em SP (1-5), mas ocorre na maioria das regiões onde

se cultiva o tomateiro. Reconhecem-se 2 formas cuja sintomatologia em tomateiro é

indistinguível, mas tem diferentes gamas de hospedeiras e vetores. Uma delas é

transmitida pela cigarrinha Agallia albidula Uhl infeta experimentalmente numerosas

espécies de plantas, e a outra, de gama de hospedeiras mais restrita sendo transmitido

pelas cigarrinhas Agalliana ensigera Oman e A. sticticollis (Stahl). Provavelmente o

“encarquilhamento” do fumo é causado pelo mesmo vírus. Tem semelhanças com o

Beet curly top dos EUA. O carrapicho (Acantospermum hispidum DC) serve como

reservatório do vírus e quando infectado mostra sintomas de enfezamento, clareamento

das nervuras, clorose (6). Aguarda estudos moleculares para sua completa identificação

e taxonomia. Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. J.Agron. 2: 295. 1939; (2) Sauer, H.F.G. O Biológico 12: 176. 1946;

(3) Kramer, M. O Biológico 13: 44. 1947; )4) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J.Agric.Res. 78: 675. 1940;

(5) Costa, A.S. Phytopathology 42: 396. 1952; (6) Costa, A.S. III Semin.Bras.Herbicidas e Ervas

Daninhas p.69. 1960. Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Amarelo baixeiro: Sintomas em tomateiro, de clorose e enrolamento observados

apenas nas folhas medias e inferiores, comumente observado em tomatais de SP. O

agente causal é um isolado do PLRV (1), identficado sorológica (4) e molecularmente

(5). Constatado no DF (2), RJ (3) . Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Boletim do Campo 183: 8. 1964; (2 Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima)

9: 50. 1974; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das culturas

econômicas do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S. Summa

Phytopathol. 20: 50. 1994; (5) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 27: 104. 2001.

Amarelo de topo: Virose de ocorrência comum em tomatais, mas usualmente de

baixa incidência. Clorose das extremidades acompanhada de redução no tamanho dos

folíolos com clorose marginal. Usualmente folhas baixeiras são normais. Há redução na

produção. É transmitido por pelo pulgão Myzus persicae Sulz e por enxertia.

Experimentalmente infetou Datura, Physalis, pimeiteiras, fumo e batata. É considerado

ser um isolado do PLRV. Descrito em SP (1-3). Constatado no RJ (4). Há evidencias de

relações sorológicas entre o agente do topo amarelo e o PLRV (5). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Costa, A.S. O Biológico 15: 179. 1949; (3) Costa,

A.S. & Carvalho, A.M.B. Arq.Inst.Biol. 28: 71. 1961; (4) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle

às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado, Sec. Agric. Abast., RJ. 84p. 1978; (5) Souza Dias, J.A.C.

et al. Summa Phytopathol. 20: 50. 1994.

Potyvirus

Pepper yellow mosaic virus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão

Sintomas de mosaico amarelo e deformação foliar, causado por um potyvírus

novo. Acha-se registrado no DF e SP (1). Causou surto epidêmico na zona serrana do

ES (2). Ref: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Virus Rev.& Res. 8: 186. 2003; (2) Maciel Zambolin, E. et al.

Fitopatol. Bras. 29: 325-327. 2004.

Potato vírus Y (PVY); vírus Y da batata, isolado Piedade

Amostrado em tomaeiros da região de Piedade, SP. Sintomas- folhas apicais

pequenas, enrugadas, folíolos estreitos, clareamento e engrossamento das nervuras.

Agente causal identificado como isolado do PVY. Ref.: Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 23: 125. 1956.

Page 114: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

114

Potato virus Y (PVY); virus Y da batata

Forma severa do PVY encontrada em várias regiões do Est.S.Paulo na década

dos 50. Plantas afetadas têm folhas e porte menores. Folíólos arqueados para baixo. Há

necrose em forma de risca paralela às nervuras, em algumas folhas médias. Tem sido

referido como “risca” do tomateiro. Há mosaico em folhas novas. Foram criadas

variedades resistentes. Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 19: 1111. 1960; Nagai, H. & Costa, A.S. Bragantia 28: 219. 1969.

Tobacco etch vírus (TEV)

Mosqueado e rugosidade das folhas em tomateiro causado pelo TEV.

Identificação do agente causal através de ensaios biológicos e sorológicos. Constatado

no Est.S.Paulo (1). A confirmar. Ref.: (1) Pavan, M.A. & Kurozawa, C. Summa Phytopathol. 21: 49. 1995.

Necrovirus

Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo

TNV recuperado de raízes de tomateiros assintomáticos, mantidas em estufa, no

IAC, SP. Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XLCVII. 1960.

Tobamovirus

Tobacco mosaic /Tomato mosaic virus (TMV/ToMV); vírus do mosaico do fumo ou

do tomate

Ocorrência comum, especialmente em culturas no final do ciclo. TMV ou ToMV

são facilmente transmissível mecanicamente e usualmente se dissemina com os tratos

culturais como desbrota. Plantas afetadas geralmente tem menor porte, mosaico,

encrespamento e enrugamento nos folíolos com certa tendência de enrolamento para

cima. Há estirpes do TMV que induzem um mosaico amarelo. Descrição inicial do

TMV ocorreu em SP (1). Foram criadas variedades resistentes (2). Frutos de plantas

infectadas podem desenvolver manchas pardas internas (3). A primeira identificação da

infecção pelo ToMV foi feita em MG através de purificação biológica, química e

sorologia (4) e em SP (5). Um dos critérios usados para distinguir TMV de ToMV é que

em Nicotiana siylvestris TMV torna-se sistêmico, enquanto ToMV causa lesões locais

(5). No PR há o relato de mancha parda interna em frutos associada a infecçao pelo

TMV (6). Foi registrado no RS (7). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Nagai, H. & Costa, A.S. Rev.Oleric.5. 1965; (3)

Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 11: 77. 1971; (4) Fernándes, J.J. et al. Fitopatol.Bras. 8: 625. 1983; (5)

Caner, J. et al. Fitopatol.Bras. 15: 347. 1990; (6) Lima No., V.C. et al. Rev.Set.Cien.Agr.UFPr 9: 34.

1987; (7) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 19: 296.1994.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Primeira observação desta virose em tomateiro foi feita em amostras procedentes

de Itaquaquecetuba, SP. Sintomas de linhas cloróticas internervais. O agente foi

posteriormente identificado como isolado do vírus da mancha anular do pimentão

(PepRSV), transmitido por nematóides (1). Foi constatado no DF (2). Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46: 209. 1962; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 16:

251. 1991.

Solanum mammosum L (Jurubeba) Solanaceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Jurubeba é utilizada como cavalo para tomateiro na região Norte. Em um campo

experimental da Embrapa/Hortaliça, DF, foram constatadas plantas com bronzeamento

Page 115: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

115

nas folhas e frutos com anéis concêntricos. O agente causal foi identificado como um

Tospovirus (1). Ref.: (1) Madeira, M.C.B. et al. Fitopatol.brás. 14: 163.1989.

Solanum melongena L. (Berinjela) Solanaceae

Comovirus

Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata

Berinjelas procedentes do Vale do Paraíba no Est.S.Paulo, com sintomas de

mosaico, achavam-se infectado por um vírus facilmente transmitido mecanicamente a

várias outras espécies. Vírus similar foi também isolado de batata, procedente de SC.

Exames ao microscópio eletrônico demonstraram ser o vírus isométrico e de alta

concentração. Produz efeitos citopáticos típicos de comovirus. (1, 2). É de rara

ocorrência. Referido inicialmente como “mosaico da berinjela”, foi posteriormente

identificado como APMoV (3, 4) e constatado também infetando batata no Est.S.Paulo

(5). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: 5. 1968; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S.

Phytopathol. Zeit. 79: 289. 1974; (3) de Ávila, A.C. et al. Plant Dis. Reptr. 68: 397. 1984; (4) Brioso,

P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 526. 1993; (5) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol.Bras. 19: 322. 1994.

Tospovirus

Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Constatada no DF infecção natural de berinjela por dois tospovirus distintos

(Tomato spotted wilt virus- TSWV e o vírus da mancha anular do amendoim-

Groundnut ringspot tospoiírus- GRSV). Sintomas de distorção foliar e manchas

anelassres. TSWV foi encontrado em plantios comerciais em Sorocaba, SP (2). Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Capsicum and Eggplant Newsletter 12: 75. 1993; (2) Colariccio, A. et al.

Fitopatol..Bras. 29: S148. 2004.

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de

plantas de berinjela com sintomas de clorose em SP. Estas plantas poderiam servir

como fonte de inoculo para tomateiro (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.

Potyvirus

Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata

Síntomas de mosaico causado por isolados do PVY. Constatado no DF (1) e RJ

(2). Algumas linhagens resistentes do cv. ‘Campinas’ foram identificadas (3). Um

possível isolado do PVY foi também isolado de berinjela em Inhumas, GO (4). Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 39. 1974; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.

9: 607. 1984; (3) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 12: 144. 1988; (4) Mesquita, L.C. et al.

Fitopatol.Bras. 15: 127.1990.

Solanum nigrum L. (Maria-pretinha) Solanaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Infecção natural pelo CMV, causando sintomas de mosaico, constatada em

plantas desenvolvendo-se nas proximidades de uma cultura de pimentão, em SP.

Identificação feita por ensaios biológicos, microscopia eletrônica, sorologia e RT-PCR

(1). Ref.: (1) Moraes, C.A.P. et al. Summa Phytopathol. 30: 127. 2004.

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Page 116: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

116

Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de

plantas de maria-pretinha com sintomas de clorose em SP. Pode estar servindo como

fonte de inóculo deste vírus para tomateiro. Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.

Potyvirus

Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural de maria-pretinha por isolado do PVY no Est.M.Gerais sem

menção a sintomas (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Solanum palinacanthum Dunal (Juá) Solanaceae

Potyvirus

Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata

Plantas de juá com síntomas de mosaico foram coletadas em diversas partes do

Est.S.Paulo. Exames de laboratório revelaram que estas plantas estavam infectadas por

isolados do PVY (comum e necrotico) (1). Ref.: (1) Barradas, M.M. et al. Ciencia e Cultura 30 (supl.): 416. 1976.

Solalnum paniculatum L. (Jurubeba-verdadeira) Solanaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaico virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Sintomas de mosaico em jurubeba-verdadeira, no Est. Pará possivelmente

causados pelo CMV (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 407. 1980.

Polerovirus

Potato leaf roll vírus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Infecção natural pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia, constatada no

Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.

Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Solanum sessiliflorum Dunal (= Solanum topiro Humb. & Bonpl.) (Cubio)

Solanaceae

Tospovirus

Groundnut ringspot tospovirus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim

Tomato chlorotic spot tospovirus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro

Plantas de cubio com sintomas de mosaico nas folhas foram coletados em

Campos, RJ. Ensaios biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletrônica

indicaram que a moléstia era causada por um isolado do GRSV (1). Em plantas com

sintomas similares constatadas em amostras procedentes de Angatuba, SP, constatou-se

infecção por um isolado do TCSV (2). Ref.: (1) Boari, A.J. Virus Rev. & Res. 4: 154. 1999; (2) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 29:

348. 2003.

Solanum sysimbrifolium Lam.( Joá) Solanaceae

Comovirus

Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata

Page 117: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

117

Constatada no Est.S.Paulo a infecção natural de joá pelo APMoV. Identificação

feita por ensaios biológicos e imunológico (1). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 19: 322. 1994.

Solanum tuberosum L. (Batata) Solanaceae (revisado por Mirtes Freitas Lima)

Costa & Krug (4) em sua revisão sobre moléstias de batata mencionam que as primeiras

referências sobre viroses nesta cultura são de Puttemans (2) que reconhecera a

“degenerescência”, em 1921, em Deodoro. Uma descrição mais precisa foi feita por

Krug (3) no relatório da S. Genética do IAC, sobre a ocorrência do mosaico (mosaico

Y) em um ensaio de variedades. Lorena (1) já chamava atenção ao fato de a

“degenerescência” se acentuar com plantios sucessivos da mesma semente. Costa (5)

faz uma atualização das viroses de batata até então. Ref.: (1) Lorena, B.A. Bol.Secret.Agric.SP p.677.1913; (2) Puttemans, Bol.Mensal Câmara Comercio

Brasil-Argentina 2: 7. 1935; (3) Krug, C.A. Relat.S.Genet.IAC 1929/39: 225. 1935; (4) Costa, A.S. &

Krug, C.A. Bol.Tecn.IAC 514. 1937; (5) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (6) Costa, A.S. Boletim

do Campo 190:68. 1965.

Comovirus

Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata

Sintomas de mosqueado em batata, causado por um isolado do APMoV. Este

vírus havia sido descrito previamente no Brasil como “mosaico da berinjela” (ver em

berinjela) (1). É transmitido por besouros crisomelídeos. É de ocorrência esporádica

sem causar perdas importantes. Foi encontrado na cv. ‘Delta S’ com sintomas de

mosqueado severo, em Canoinhas, SC, e identificado sorologicamente como isolado do

APMV e essencialmente similar ao isolado da berinjela (3, 4). Foi transmitido

experimental pelo besouro crisomelideo Diabrotica speciosa (Oliv.) (5). O vírus foi

objeto de estudos moleculares (4) tendo sido o primeiro vírus no Brasil a ser

inteiramente seqüenciado (6), tendo sido produzido plantas transgênicas expressando

genes virais (7). A confirmaçao de sua ocorrência em batata foi feita no Est.S.Paulo (8). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: 5. 1968; (2) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 8:

624. 1983; (3) Plant Dis. Reptr. 68: 997. 1984; (4) Sa, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 3: 105. 1978; (5) Costa,

C.L. & de Avila, A.C. Fitopatol. Bras. 9: 401. 1984; (6)Shindo, N. et al. Plant Mol.Biol.. 19: 505. 1992;

(7)Vicente, A.C.P. et al. Res.XXI Reun. An. Soc.Bras.Bioq.Biol.Mol, p.113.1992; (8) Souza Dias, J.A.C.

et al. Fitopatol.Bras. 19: 322. 1994.

Nepovirus

Tobacco ringspot virus (TRSV); vírus da mancha anular do fumo

TRSV foi sido detectado em tubérculos importados (cv. ‘Anett’) em S.Paulo (1);

foi também encontrado na cv. ‘Olímpia’, plantado em Canoinhas, SC (2). Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 31: 176. 1965; (2) Cupertino, F.P. & Costa, A.S. Bragantia 28:

IX. 1969.

Carlavirus

Potato virus M (PVM); vírus M da batata

Um possível isolado do PVM foi detectado em batata, no RS através de ensaios

de transmissão e microscopia eletrônica (1). Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 18: 287. 1993.

Potato virus S (PVS); vírus S da batata

Causa infecção latente, mas pode reduzir produção. Primeira detecção feita

usando plantas indicadoras e sorologia em um grande número de batata-semente

importadas e nacionais, em SP (1). Foi detectado com incidência de cerca de 6% em

levantamento realizado em 2005-2006 (5). Constatado no RS (2), MG (3) e PE (4). O

PVS também foi identificado em batateiras de SP, BA, PR e SC (5).

Page 118: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

118

Ref.: (1) Cupertino,F.P. et al. Bragantia 29: XVII. 1970; (2) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4:

92. 1971; (3) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985; (4) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17:

154. 1992. (5) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490. 2009.

Potexvirus

Potato aucuba mosaico virus (PAMV); virus do mosaico aucuba da batata

O mosaico aucuba da batata foi observado no Est.São Paulo em algumas

variedades procedentes da Europa. Mosaico caracterizado por áreas cloroticas

brilhantes. Transmissível mecanicamente, mas não tem vetor (1). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948.

Potato vírus X (PVX); vírus X da batata

Primeiro relato em um campo de produção de batata-semente em S.João da Boa

Vista, SP. Variações constatadas em diferentes isolados colhidos no Estado de São

Paulo. Geralmente causa infecção latente, mas em algumas variedades pode causar

severa necrose e morte das plantas. E transmissível mecanicamente, mas não tem vetor

(1, 2). Presente em quase todas as regiões produtoras de batata como RS (3), MG (4, 5),

PE (5). Foi detectado em baixa frequência em estudos realizados em sete estados

brasileiros, em 2005-2006 (6). Ref.: (1) Silberschmidt, K. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 21: 23. 1941; (2) Silberschmidt, K. et al.

Arq.Inst.Biol. 12: 27. 1941; (3) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971; (3) Figueira, A.R. et

al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985; (5) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17: 154. 1992. (6) Ávila, A.C. et al.

Hort. Bras. 27: 490. 2009.

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

Observado pela primeira vez no Est.S.Paulo no cv. ‘Konsuragis’. Sintomas de

manchas amareladas de cor creme, de forma irregular, em folhas grandes. E causado

pelo AMV, transmitido por afideos. É de rara ocorrência (1). Foi também constatado no

cv. ‘Hydra’, em Poços de Caldas, MG (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Souza Dias, J.A.C. Summa Phytopathol. 8:

45. 1982.

Tospovirus

Tomato spotted wilt virus (TSWV)

Originalmente constatado em campos experimentais de batata no IAC em 36/37.

Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas manchas/pontuações cloróticas que se

transformam em pontos ou anéis necróticos, que podem coalescer e causar a morte e

queda do folíolo. Pode-se manifestar na nervura principal, pecíolo e haste, progredindo

de cima para baixo. Ensaios de transmissão identificaram o agente causal como sendo

idêntico ao de “vira-cabeça”, TSWV (1). Disseminado na natureza por tripes.

Constatado no RS (2, 3). Ref.: (1) Costa, A.S. & Kiehl, J. J.Agronomia (Piracicaba) 1: 193. 1938; (2) Siqueira, O. et al.

Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971; (3) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971.

Crinivirus

Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomate

O primeiro relato da infecção natural de plantas de batata pelo ToCV foi feito em

Cristalina, GO, detectado por RT-PCR (1) e no DF (2). Detectado no Triângulo Mineiro

e Sudeste de SP (3).. Ref.: (1) Freitas, D.M.S. et al. Vírus Ver.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011; (2) Lima, M.F. & Barriolli, C.

Trop.Plt.Pathol.39: 208. 2013; (3) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 39 supl. CDRom. 2013.

Begomovirus

Tomato severe rugose vírus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomateiro

Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da faixa amarela das nervuras do

tomateiro

Page 119: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

119

Primeira menção em um levantamento de viroses da batata no RS (1). Há

deformação dos lóbulos foliares e mosaico amarelo de bordas indefinidas. Sintomas

similares aos descritos como mosaico deformante na Argentina (2). Comprovou-se sua

transmissão pela mosca branca Bemisia tabaci (3). Foi constatado no Est.S.Paulo (4),

onde verificou-se uma alta taxa de perpetuação do vírus através dos tubérculos, ao

contrario do outro begomovirus AbMV (clorose infecciosa das malváceas) (5). Foi

parcialmente purificado tendo-se produzido um anti-soro adequado para sorodiagnose

(6). Plantas de batata experimentalmente infectadas por um begomovirus que causa

risca amarela em folhas de tomateiro produziram sintomas de mosaico deformante (7).

Análises moleculares com um isolado do RS confirmaram a identidade como

begomovirus e mostrou alta homologia com Tomato yellow vein streak vírus (8,9).

Detectado em Pouso Alegre, MG (10). Em SP em plantas de batata com mosaico

deformante detectou-se vírus do encrespamento severo do tomate (ToSRV) (11).

Infecção de batateira pelo ToSRV foi verificada também em lavouras do Estado de São

Paulo (12) e na Região Central do Brasil (13). Verificou-se alta taxa de transmissão do vírus

em tubérculos (14). Ref.: (1) Daniels, J. & Castro, L.A. Fitopatol.Bras. 9: 398. 1984; (2) Daniels, J. & Castro, L.A.S.

Fitopatol.Bras. 10: 306. 1985; (3) Daniels, J. et al. Res.Io Enc.Oleric.Cone Sul, Pelotas, p. 30. 1985; (4)

Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 14: 35. 1988; (5) Costa, A.S. & Vega, J. Fitopatol.Bras. 13: 115.

1988; (6) Daniels, J. & Castro, L.A.S. Fitopatol. Bras. 17: 214. 1992; (7) Souza Dias, J.A.C. et al.

Fitopatol.Bras. 22: 17. 1996; (8) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.Bras. 25: 447. 2000; (9) Ribeiro, SG et al.

Plant Pathology 55: 569. 2006; (10) Figueira, A.R. et al. Summa Phytopathol. 32 (supl.): S58. 2006; (11)

Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 33(supl): S43. 2007; (12) Souza Dias, J.A.C. et al. Plant

Disease, v.92, n.3, p.487, 2008; (13) Lima, M.F. et al. Virus Rev&Res. 16 (sup.1): 225. 2011; (14) Lima,

M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) p.83, 2012.

Curtovirus, possível

Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomate

Tubérculos de cvs. ‘Baronesa’ e ‘Sto.Amor ‘produziram brotos afilados, plantas

fracas com entrenós curtos, copadas, folhas com clorose internerval, no RS. Plantas de

tomate, Datura e fumo enxertados produziram sintomas similares aos induzidos por

BrCTV (1). Ref.: (1) Siqueira, O. Fitopatologia (Lima) 8: 19. 1973.

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Ocorrência natural do TSV em batata (Bragança, SP e Andradas, MG), causando

aneis necroticos e necrose das nervuras e das hastes. Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 23: I. 1964; Boletim do Campo 190: 68. 1965.

Polerovirus

Potato leafroll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

A degenerescência da batata era conhecida entre nós desde a década dos 30

sendo causada pelo PLRV, transmitido por afideos e por tubérculos de plantas infetas.

Em nossa literatura talvez a primeira citação seja de Bitancourt (1) quando relaciona as

enfermidades analisadas no I.Biológico nos anos 1932/33. O vírus causa, na estação

corrente, sintomas de enrolamento das folhas e as plantas infectadas produz tubérculos

pequenos. Vírus restrito ao floema não sendo transmitido mecanicamente. Disseminado

por afideos de maneira circulativa. O PLRV foi considerado a principal causa de

degenerescência de tubérculos no Brasil (12, 13, 14). É um dos principais problemas

fitossanitários desta cultura e o controle tem sido o uso de batata-semente sadia

multiplicada em condições adequadas e programas de certificação. O País já produz

parte da batata-semente usada nos plantios. As perdas em produtividade devido à

doença podem ser de até 50% (10, 11). As perdas causadas pela infecção secundária do

PLRV podem chegar a 80% dependendo da variedade. Um isolado do PLRV causa topo

Page 120: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

120

amarelo em tomateiro e a batata poderia servir como fonte-de-inóculo. Este vírus acha-

se presente em todas as regiões produtoras de batata. Embora o problema persista, o

País organizou programas de produção de batata-semente localmente baseado nas

informações sobre epidemiologia geradas pelo grupo de Costa (2-5). Estudos

sorológicos comparativos demonstraram que Beet western yellows vírus (BWYV) não

está associado a sintomas de enrolamento de folhas no Brasil (6). PRLV foi constatado

em plantios no Estado de Pernambuco (7). Levantamentos realizados em sete estados

brasileiros nos anos de 2005 e 2006 (8) e em municípios do Sul do Estado de Minas

Gerais e na região do Alto Parnaíba, em 2010 (9) detectaram baixa incidência do PLRV

(8) ou o vírus não foi detectado (9), respectivamente. Ref.: (1) Bitancourt, A.A. Arch.Inst.Biol. 5: 185. 1934; (2) Costa, A.S. & Krug, C.A. Bol. Tecn. IAC 514.

1937; (3) Costa,A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62. p.34.1962; (4) Cupertino, F.P. & Costa,

A.S. Bragantia 29: 337. 1970; (5) Cupertino, F.P. Tese Dr., ESALQ;USP 59p. 1972; (6) Souza-Dias,

J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 20: 50. 1994; (7) Assis Fo., F.M. et al. Summa Phytopathol. 22: 57.

1996. (8) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490-497, 2009. (9) Lima, M.F. et al. ALAP/ENB. ABBA.

CD-ROM. N.0119. 2012. (10) Câmara, F.L.A. et al. Fitopatol. Bras. 11: 711. 1986. (11) Filgueira, F.A.R.

& Câmara F.L.A. Horticultura Brasileira 4: 29-31, 1986. (12) Daniels, J. Summa Phytopathol.: 269. 1995.

(13) Figueira, A.R. Summa Phytopathol. 268. 1995. (14) Souza-Dias, J.A.C. Summa Phytopathol. 21:

264. 1995.

Potyvirus

Potato virus A (PVA); vírus A da batata

Sintomas foliares de mosaico suave, não delineado, podendo ser acompanhado

de leve encrespamento, em SP. Em períodos quentes os sintomas podem desaparecer.

Trata-se de um potyvirus transmitido por afídeos (1). Avaliações de perdas indicam que

com um nível de infecção de 25% as perdas podem atingir 37% (2). Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Cupertino, F.P. et al. Bragantia 32: I. 1973.

Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata

Primeiro relato em um campo de produção de batata-semente em S.João da Boa

Vista, SP. Foi encontrado na var. ’Serrana Negra’, do Peru, um isolado do PVY

(necrose das nervuras) que causa necrose severa em plantas de fumo inoculadas

mecanicamente ou por afídeos (1, 2, 5). Quando co-infectado pelo PVX pode ocorrer

necrose e morte das folhas inferiores, enquanto as superiores mostram rugosidade e

mosaico; a condição e conhecida como mosaico rugoso ou crespeira (3). São

conhecidas três estirpes: PVYO, PVY

N e PVY

C; apenas a última não foi ainda registrada

Brasil (15,16). Há reduçao de produção. Disseminado por afideos. Ocorre em todas

regiões produtoras de batata como no RS (5). Em MG varias estirpes do PVY foram

constatadas (6). Constatado em PE (7). A presença da estirpe NTN que causa anéis

necróticos superficiais em tubérculos foi registrada em SP (8) e outros estados (MG,

PR, BA, GO) (10) e SC (11); estudos moleculares confirmaram esta identificação (9).

Um encrespamento na cv.’Mona Lisa’ em SP foi atribuído a um isolado de PVYN (12).

A presença do subgrupo necrótico PVYNTN

na maioria dos municípios dos sete estados

brasileiros (ES, GO, SP, MG, BA, PR, SC) visitados, confirma a disseminação dessa

variante no País (13). Levantamentos da ocorrência de vírus em batateira no Brasil, no

período 2005-2006 (13) e em 2010 (14) identificaram o PVY como o principal vírus da

cultura da batata. Esses dados sugerem que esse vírus é a principal causa da

degenerescência da batata-semente (13). Há um relato de transmissão de PVYNTN

pela

mosca minadoa Lyriomiza huidobrensis em tomateiro (14). Ref.: (1) Silberschmidt, K. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 21: 23. 1941; (2) Nobrega, N.R. &

Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 15: 307. 1944; (3) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (4)

Silberschmidt et al. Amer.Potato J. 31: 213. 1954; (5) Siqueira, O. et al. Rev. Soc. Bras. Fitopat. 4: 92.

1971; (6) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 302. 1985; (7) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17: 154.

1992; (8) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 25: 36. 1999; (9) Sawazaki, H. et al.

Fitopatol.Bras. 28: S253. 2003; (10) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 99. 2004; (11)

Page 121: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

121

Souza Dias, JAC et al. Summa Phytopathol. 31(supl): S78. 2006; (12) Souza Dias, JAC et al. Summa

Phytopathol. 32 (supl): S95. 2007; (13) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490. 2009; (14) Lima, M.F. et

al. ALAP/ENB. ABBA. CD-ROM. N.0119. 2012; (15) Salazar, L.F., 1996. Peru: CIP. 214p; (16) Singh,

R.P. et al. Arch. Virol. 153: 1. 2008; (14) Salas, F.J.S. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.582-1. 2013.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); Vírus do anel do pimentão

Constatada em Guará, SP, infecção natural de batata pelo PepRSV, resultando

em sintomas de manchas e linhas amarelas formando desenhos ou anéis concêntricos, às

vezes acompanhadas de necrose nos tecidos adjacentes (1). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C.et al. Summa Phytopathol. 5: 21. 1979.

Tobacco rattle virus (TRV)

Tubérculos com sintomas de anéis na epiderme e na polpa foram constatados em

2002 em Aguaí, SP. Houve suspeita inicial de que os sintomas decorriam de infecção

pelo Potato moptop virus (PMTV) mas estudos subsequentes indicam que teria havido

infecção pelo TRV (1). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 29: 95. 2003.

Solanum variabile Mart. (Jurubeba-falsa) Solanaceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Constatou-se infecção natural da jurubeba-falsa pelo PLRV em SP, podendo

assim servir de fontes de inóculo para a cultura da batata, pois crescem ao seu redor

(1,2). Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 17: 156. 1992; (2) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S.

Res. VI Enc.Nac.Virol. 176.1992.

Solanum viarum Dun. (Joá-bravo) Solanaceae

Polerovirus

Potato leafroll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata

Constatada infecção natural de joá-bravo pelo PLRV, sem descriçao de

sintomas, em MG (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural de joá-bravo, por isolados do PVY no Est.S.Paulo (1, 2) e

Minas Gerais, resultando em sintomas de mosaico (3). Ref.: (1) Kudamatsu, M. & Alba, A.P.C. Summa Phytopathol. 5: 15. 1979; (2) Vicente, M. et al.

Fitopatol.Bras. 4? 73. 1979; (3) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Solanum violaefolium Schott. (=Lyciantes asarifolia Kunth & Bouch.) (Solano-

violeta) Solanaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Dichorhavirus

Solanum violaefolium chlorotic spot vírus (SvCSV), vírus da mancha clorótica de S.

violaefolium

Plantas com manchas cloróticas associadas à infestação por ácaros Brevipalpus

phoenicis foram encontradas nos jardins do Inst. Agronômico, Campinas, SP. Plantas de

Solano-violeta sadias, experimentalmente infestadas com os ácaros, apresentaram os

mesmos sintomas de manchas cloróticas transmitiu os sintomas para plantas sadias.

Houve transmissão mecânica para Chenopodium quinoa e C. amaranticolor.

Microscopia eletrônica revelou efeito citopático do tipo nuclear, dos vírus transmitidos

por Brevipalpus (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 29: S65. 2004

Page 122: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

122

Tymovirus

Solanum violaefolium mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela

Mosaico em folhas de S. violaefolium encontrada na praça central de Piracicaba,

SP, seria causado por um isolado do EMV. Esta identificação foi feita por ensaios

biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1, 2). Análise molecular do genoma

deste isolado do tymovirus revelou certa identidade com ToBMV e EMV, mas talvez o

suficiente para ser considerado um novo vírus, e neste caso, o nome de vírus do mosaico

de S. violaefolium (S. violaefolium mosaic vírus- SvMV) está sendo proposto (3). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 25: 441. 2000; (2) Pinto, Z.V. et al. Summa Phytopathol.

29: 79. 2003; (3) Raelo, F.A.C. et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012.

Cilevirus

Solanum violaefolium ringspot virus (SvRSV); vírus da mancha anular de Solanum

violaefolium

Manchas anelares em folhas desta solanácea rasteira ornamental foram notadas

em Piracicaba, SP, em parques públicos e jardins residenciais, associados à infestação

com ácaro tenuipalídeo Brevipalpus phoenicis. Exames ultraestruturais nas lesões

revelaram efeito citopático do tipo citoplasmático causado por vírus transmitido por

Brevipalpus (1). SvRSV foi transmitido mecanicamente e pelo ácaro Brevipalpus

obovatus para numerosas outras espécies, nas quais causou lesões localizadas

(2).Obteve-se parte do genoma a partir do dsRNA a partir do qual produziu-se sondas

moleculares, que não reconhece CiLV-C devendo assim ser um vírus distinto deste (3). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 26: 133. 2000; (2) Summa Phytopathol. 27: 105.

2001. (3) Ferreira, P.T.O. et al. Summa Phytopathol. 33:264. 2007.

Tobravirus

Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão

Constatou-se uma co-infecção do SvRSV com PepRSV, resultando em manchas

amarelas em folhas de S. violaefolium no jardim do Clube de Campo, Piracicaba, SP. A

identificação foi feita por ensaios de transmissão, sorologia, microscopia eletrônica e

ensaios moleculares (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 28: 106. 2002.

Sonchus asper ( L) Hill. (Serralha-de-espinho) Asteraceae

Potyvirus

Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface

Plantas de serralha-de-espinho com sintomas de mosaico, coletadas em

Guarulhos, SP, revelaram estar infectadas com um isolado do LMV segundo ensaios

biologicos, microscopia eletrônica e sorologia (1). Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol. 29: 61. 2003.

Sonchus oleraceus L. (Serralha) Asteraceae

Potyvirus

Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface

Plantas de serralha com sintomas de mosaico, coletadas em área experimental de

hortaliças em S.Paulo, SP, revelaram estar infectadas com um isolado do LMV segundo

ensaios biologicos, microscopia eletrônica e sorologia (1). Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol. 29: 61. 2003.

Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata

Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomas, constatada no Est.M.

Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Varicosavirus

Lettuce big vein virus (LBVV)

Page 123: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

123

Amostras de serralha com clareamento de nervuras e manchas cloróticas,

procedentes de Guarulhos, SP mostraram estar co-infectadas com LMV e LBVV (mas

não com MiLV) segundo ensaios sorológicos (1). Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 29: S138. 2004.

Sorghum bicolor L. (Sorgo) Poaceae

Potyvirus

Sugar cane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açucar

Sintomas de mosaico e faixa vermelha em folhas de sorgo em SP, resultaram

infecção pelo SCMV. Pode ser transmitido pelo pulgão Rhopalosiphum maidis (Fitch.)

(1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 7. 1973.

Spathiphyllum wallisii Regel (Lírio-da-paz) Araceae

(Revisado por Eliana Rivas)

Dichorhavirus

Clerodendrum chlorotic spot vírus (ClCSV); vírus da mancha clorótica de

Clerodendrum

Lírio-da-paz na vizinhança de Clerodendrum x speciosum infectado pelo

ClCSV, nos jardins do campus da ESALQ, Piracicaba, SP, exibiam manchas cloróticas.

Ensaios subsequentes revelaram que estas manchas se deviam à infecção natural pelo

ClCSV (1). Ref. (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.

Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro

Um caso de infecção natural do lírio-da-paz pelo CoRSV foi constatado em um

jardim residencial em Araras,SP (1). Ref.: (1) Novelli, VM et al. Trop Plt Pathol. 34(supl) S274. 2009.

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Manchas anulares foram notadas em plantas de lírio-da-paz em um jardim

residencial em Piracicaba, SP, associada à infestação com ácaros Brevipalpus. Estudos

ultraestruturais das lesões indicaram a presença de efeito citopático similar aos causados

pelos vírus transmitidos por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.

Spinacia oleracea L. (Espinafre) Chenopodiaceae

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Mosaico em espinafre “Horenso” atribuído a TuMV, registrado no PR (1). Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984.

Spylanthes oleracea L. (Jambú)- Asteracea

Tospovirus

Tomato chlorotic spot vírus (TCSV), vírus da mancha clorótica do tomateiro

Plantas de jambú com sintomas de manchas anelares foram encontradas em

Sta.Isabel, PA. Ensaios biológicos, morfológicos e moleculares identificaram o agente

causal como TCSV (1). Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl): 466-2. 2013.

Tospovirus não identificado

Amostras de jambú coletadas em SP mostraram estar infectadas com um

tospovirus ainda não identificado (1). Ref.: Nozaki, D.N. Fitopatol.Bras. 31(supl):S170. 2006.

Page 124: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

124

Stizolobium aterrimum Piper & TracyI (Mucnna preta/Bengal bean) Fabaceae

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

Foi constatado em um campo experimental do IAC em Campinas, SP, mosaico

amarelo em mucuna preta, em alta incidência (50%). O agente causal foi identificado

como AMV (1). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 12: 30. 1986.

Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. (Stilosantes) Fabaceae

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Um potyvírus não identificado foi associado a sintomas de mosaico em

stilosants, no MS (1). Ref.: (1) Silva, MS et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S102. 2006.

Stylosanthes scabra Vogel (Alfafa-do-norte) Fabaceae Potyvirus

Potyvirus não identificado

Sintomas de mosaico, folíolos pequenos, entrenós curtos e porte reduzido

observados em S. scabra de um campo experimental do Embrapa Gado de Cortes em

Campo Grande, MS. Estudos preliminares indicaram a presença de potyvirus (inclusões

cilíndricas do tipo II) não identificado, em seus tecidos (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 22: 336. 1997.

Syngonium wendlandii Schott. (Imbé ternado) Araceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Dasheen mosaic potyvirus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Mosaico e deformação foliar em imbé ternado, causado pelo DsMV constatados

no DF (1). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. bras 9:291. 1984

T

Talinum patense L. (Língua-de-vaca) Portulacaceae

Ilarvirus

Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo

Plantas de lingua-de-vaca com nanismo, encarquilhamento e pintas necróticas ou

anelares nas folhas, encontradas em Arapoti, PR. Os sintomas foram atribuídos à

infecção natural desta planta pelo TSV (1). Ref.: (1) Lima No., V.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 637. 1984.

Tapeinochilus ananassae (Hassk.) K. Schum. (Gengibre-abacaxí) Costaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

Plantas de gengibre-abacaxi com sintomas de nanismo, faixas cloróticas e

necrose das extremidades foram encontradas em plantio comercial em Pernambuco.

Exames ao microscópio eletrônico detectaram partículas do tipo cytorhabdovírus. Não

se logrou transmitir mecanicamente para T. ananassae e outras plantas testes. Tentativas

de transmissão por enxertia não tiveram sucesso (1).

Page 125: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

125

Ref.: (1) Coelho, R.S.B. et al. Fitopatol. Bras. 27: S 201. 2002.

Thunbergia alata Sims (Amarelinha) Acanthaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeos

Infecção natural de amarelinha pelo CABMV na Zona da Mata, PE (1) Ref: (1) Nicolini, C. et al. Trop. Plt Pathol. 34 (supl):S271. 2009.

Thunbergia erecta (Benth.) T. Anderson (Manta-do-rei) Acanthaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cilevirus

Cilevirus não identificado Plantas de manta-do-rei com manchas anelares foram encontradas associadas à

infestação com ácaros Brevipalpus phoenicis. Em seus tecidos foram encontradas

partículas de vírus do tipo citoplasmático, dos transmtidos por ácaros Brevipalpus (1). Ref.: (1) Nogueira et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003.

Torenia sp. (Torenia) Scrophulariaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potexvirus

Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Alternathera

Detecção de AltMV em planta assintomática de torenia em SP (1). Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornam. 14: 59. 2008.

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado

Relato da detecção de um tobamovírus, não identificado, sem descrição de sintomas, em

SP (1) Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic.Ornam. 16: 95.2010.

Trachelospermum jasminoides Lem. (Jasmim estrelado) Apocynaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cilevirus

Cilevirus não identificado

Detecção de um vírus transmitido por Brevipalpus, tipo citoplasmático,

associado às manchas cloróticas em folhas de jasmim estrelado, em SP (1) Ref. (1) Kitajima, EW et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.

Tradescantia diuretica (Mart.) Handlos (=T. elongata G. Meyer) (Trapoeraba-

rósea) Commelinaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Trapoeraba rósea com sintomas de mosaico e anéis cloróticos, coletada em São

Paulo, SP, mostrou-se estar infetada por um isolado de CMV. Ref.: (1) Duarte, L.M.L. Fitopatol. Bras. 19: 248. 1994.

Tradescantia spathacea Sv. (Abacaxi-roxo) Commelinaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Page 126: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

126

Foram observadas no DF, plantas de abacaxi-roxo com sintomas de mosaico e

deformação foliar. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a presença de

partículas e inclusões cilíndricas típicas de potyvirus. Não se conseguiu transmissão

mecânica nas plantas-teste habituais (1). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol. Bras. 6: 533. 1981

Trichosanthes cucumerina L. (Quiabo-de-metro) Cucurbitaceae (revisado por J.A.M. Rezende)

Potyvirus

Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de

moita

Plantas com mosaico e deformação foliar foram encontradas em Piracicaba, SP.

Os sintomas se deviam à infecção pelo ZYMV (1). Ref.: (1) Jadão, A.S. et al. Plant Disease 94: 789. 2010.

Trifolium sp. (Trevo) Fabaceae

Alfamovirus

Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa

AMV foi encontrado co-infetando trevo com o vírus do mosaico do trevo branco

(WClMV) em campos da Guarapuava, PR. Identificação feita por ensaios biológicos,

sorológicos, morfológicos e citopatologicos (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 12: 284. 1987.

Potexvirus

White clover mosaic virus (WClMV); vírus do mosaico do trevo branco

Plantas de trevo com sintomas de mosaico foram encontrados nas proximidades

de Guarapuava, PR e analises posteriores indicaram que eram causados pelo WClMV,

através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e sorologia (1). Ref.: Mulder, J.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 263. 1987.

Triticum aestivum L. (Trigo) Poaceae

Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

Cytorhabdovirus foi dentectado em plantas de trigo com manchas cloróticas nas

folhas, em ensaios de trigo no CPAC/Embrapa, em Planaltina, DF (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatologia (Lima) 11: 16. 1976.

Bromovirus

Brome mosaic virus (BMV); vírus do mosaico do capim bromo

BMV constatado pela primeira vez nos campos experimentais da

Embrapa/Trigo, RS, em cvs. de trigo resistentes ao SBWMV, com sintomas de leve

mosaico. Identificação feita por ensaios de transmissão, (mecânica, besouro Diabrotica

speciosa Kirk,), círculo de hospedeiras, microscopia eletrônica e sorologia (1). Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Fitopatol.Bras. 15: 363. 1990.

Luteovirus

Turnip yellows vírus- TuYV (=Barley yellows dwarf vírus- BYDV); vírus do nanismo

amarelo da cevada (Ver revisão em 9)

Sintomas de amarelecimento, redução de perfilhamento e porte, queda de

produtividade eram conhecidas nos trigais gaúchos desde a década dos 20, de causa

controvertida, incluindo-se a viral (1-3). A confirmação da etiologia viral, resultante de

infecção por isolados de BYDV foi feita por Caetano em 1968 (4). Na ocasião as

perdas ocasionadas foram estimadas de 20-30%. BYDV é transmitido por diversas

espécies de afídios, tendo sido Acyrthosiphum dirhodum considerado o principal; não é

Page 127: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

127

transmitido mecanicamente ou por sementes. Possui um círculo de hospedeiras amplo

entre gramíneas, infetando vários outros cereais de inverno e invasoras. Há genótipos

mais resistentes e tolerantes (4,5). Plantas infectadas pelo BYDV seriam menos

suscetíveis à ferrugem das folhas (6). Acha-se descrito no Estado do Paraná (7) e MS

(8). Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2 (2): 88. 1949; von Perceval, M. Bol. 76 Sec.Agric.RS.1939; Dischinger,

R. Supl.Rural Correio do Povo (17/6). 1966; (4) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; (5)

Tese Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972; (6) Caetano,V.R. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 156. 1972;

(7) Caetano,V.R. & Golo, R.S. Fitopatol.Bras.5: 389.1980; (8) Paiva, F.A. & Goulart, A.P.C. Fitopatol.

Bras. 17: 179. 1992; (9) Lau, D. et al. Rev. Plantio Direto(março/abril)31: 2011.

Bymovirus

Wheat spindle streak mosaic virus (WSSMV)

Plantas de trigo com sintomas difusos de listras e/ou salpicado cloróticos foram

constatadas em várias regiões tritícolas do RS. SC e PR. A presença do WSSMV foi

constatada por ensaios DAS-ELISA (1). Ref.: (1) Schons, J. et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom 2011. Tenuivirus

Wheat white spike virus (WWSV); virus da espiga branca do trigo

Esta virose, descrita inicialmente no RS (1), foi posteriormente constatado em

outras regiões tritícolas, inclusive DF (4). Plantas infectadas mostram clorose ou faixas

cloróticas; nervuras secundárias eventualmente sinuosas. Há perfilhamento. Espigas

amarela-pálidas podendo apresentar malformação nas aristas, quase sempre chochas. Se

a infecção for precoce a planta pode morrer (1). Transmitido pela cigarrinha Sogatella

kolophon (Kirk) (3). Associada à presença de partículas filamentosas delgadas, do tipo

Tenuivirus que produz inclusões enoveladas, grandes, no citoplasma (2). Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Bragantia 29: XLI. 1970; (2) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 30: 101. 1971;

(3) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 6. 1973; (4) Silva, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 4: 152. 1979.

Furovirus

Soil-borne wheat mosaic virus (SBWMV); vírius do mosaico do trigo transmitido pelo

solo

Primeiros relatos da ocorrência do SBWMV em trigais no Brasil foram feitos no

RS (1). Sintomas de mosaico em faixas, redução de porte e produção. Transmitido pelo

solo, tendo como vetor o fungo Polymyxa. Há relato de sua ocorrência no Est.S.Paulo

(2). Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Indic.Pesq.XIII. IPEAS, DNPEA. Mimeog.12p. 1971; (2) Issa, E.

3a.Reun.Na.Conj.Pesq.Trigo (mimeog.). 1971.

Triumfetta sp. (Carrapichão) Tiliaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Plantas de carrapichão com sintomas de mosaico, procedentes de S.Paulo e

S.Vicente, SP e Brotas, BA, estariam infectadas pelo AbMBV (1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

Triumfetta semitriloba Jacq. Tiliaceae

Tospovirus

Tospovirus não identificado

Foi relatada em SP infecção natural de chagas pelo vírus de vira-cabeça (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Begomovírus não identificado foi detectado em T. semitriloba Jacq; em PE (1)

Page 128: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

128

Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.

Tropaeolum majus L. (Chagas, nastúrcio) Tropaeolaceae

Potyvirus

Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo

Mosaico em chagas foi primeiramente descrito no Brasil em S.Paulo, SP.

Ocorrência comum em canteiros desta ornamental. Caracteriza-se por clareamento das

nervuras, faixa-das-nervuras, manchas cloroticas e anéis internervais. Transmite-se

mecanicamente, inclusive para outras espécies (fumo, Nicotiana glutinosa, Zinnia

elegans). Considerado similar a um vírus de chagas, descrito na Califórnia (Jensen,

D.D. Phytopathology 40: 967. 1950) (1). Demonstrou-se que fumo mantido a

temperaturas mais altas tornam-se mais suscetíveis à inoculação mecânica pelo TrMV

(2). Partículas tipo potyvirus foram observadas em lesões locaqis de Chenopodium

quinoa e C. amaranticolor, mas não em Trapaeolum (3). A doença foi também

constatada no PR, tendo sido transmitido por enxertia, inoculação mecânica por

pulgões. Potyvirus foram detectados em extratos de chagas e em seus tecidos, inclusões

cilíndricas típicas de potyvirus (4). E possivel que corresponda a um dos potyvirus já

descritos em chagas, no exterior (Tropaeolum mosaic potyvirus TrMV, Tropaeolum

potyvirus 1 e 2 – TV-1 e TV-2). Um isolado do DF foi caracterizado como possível

estirpe do TuMV através de ensaios biológicos e moleculares (5) Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathology 43: 304. 1953; (2) Liu, S.C.Y & Silberschmidt, K.

Phytopathology 51: 413. 1961; (3) Kudamatsu, M. et al. Summa Phytopathol. 4: 3. 1978; (4) Costa Lima

No., V.C. & de Souza, V.B.V. Rev.Setor Cien.Agr. UFPr 3: 66. 1981; (5) Amaral, P.P.R. et al. Virus

Rev. & Res. 6: 151. 2001.

Tulipa sp. (Tulipa) Liliaceae

(Revisado por Eliana Rivas) Potexvirus

Tulip virus X (TVX); vírus X da tulipa

Em bulbos de tulipas interceptados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, foi detectada a presença de TVX. As plantas germinadas a partir desses

bulbos apresentaram folhas cloróticas. Análises realizadas em SP (1). (1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009.

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Em tulipas à venda em comércio em São Paulo, com sintomas de ‘color break’

nas tépalas e leve mosaico nas folhas, foi detectado um potyvírus não identificado

através de microscopia eletrônica de transmissão.

(1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009.

Tobamovirus

Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

Plantas de tulipas, a partir de bulbos de tulipas interceptados pelo Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento, provenientes da Holanda, se apresentaram co-

infectadas por TVX e TMV detectada em SP (1). Ref. (1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009. Alexandre, MAV et al.

Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.

U

Unxia kubitzki H. Robinson (Botão-de-ouro) Asteraceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cilevirus

Page 129: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

129

Solanum violaefolium ringspot vírus (SvRSV); vírus da mancha anular de Solanum

violaefolium

Infecção natural pelo SvRSV em plantas de botão-de-ouro, que se desenvolviam

junto à plantas de Solano-violeta infectadas (1). Ref. (1) Kitajima, EW et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.

V

Vanilla planifolia Jack. ex-Andrews (Baunilha) Orquidaceae

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Morte dos ponteiros de plantas de baunilha, causada pela infecção por CMV.

Relatado no Est. S.Paulo. Transmissão experimental por via mecânica, mas não por

afídeos (1). Ref.: (1) Costa, A.S. & Robbs, C.F. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 36. 1971.

Verbena sp. (Verbena) Verbenaceae

(Revisado por Eliana Rivas)

Tobamovirus

Tobamovirus não identificado Tobamovírus não identificado detectado em verbena, em SP (1).

Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic.Ornam. 16: 95-100. 2010.

Vernonia polyantes Less. (Assa Peixe) Asteraceae

Polerovirus

Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento das folhas da batata

Infecção natural de assa´peixe pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia.

Constatada no Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Potyvirus

Potato virus Y (PVY); Vírus Y da batata

Infecção natural pelo PVY, sem menção da sinyomatologia, constatada no

Est.M. Gerais (1). Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.

Vigna luteola (Jacq.) Benth. (feijãpo-da-praia) Fabaceae

Begomovirus

Begomovirus não identificado

Plantas de V. luteola com sintomas de mosaico dourado foram encontrados em

Peruíbe, SP. Estudos preliminares indicaram que o vírus é transmissível pela mosca

branca Bemisia tabaci, mas seria distinto do mosaico dourado do feijoeiro (1). Ref.: (1) Barradas, M.M. & Chagas, C.M. Arq.Inst.Biol. 49: 85. 1982.

Potyvirus

Cowpea severe mosaic comovirus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Sintoma de mosaico amarelo brilhante e distorção foliar em V. luteola,

observado em . Praia Grande, SP. O agente causal foi identificado como um isolado do

CPSMV (1). Ref.: (1) Salas, F.J.S. et al. Res.VII Enc.Nac.Virol. 280. 1996.

Vigna mungo (L.) Hepper (Feijão Mungo) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Page 130: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

130

Detecção do CPSMV em feijão Mungo com sintomas de mosaico, no DF (1). Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Plant Dis.Reptr. 66: 67. 1982.

Vigna radiata (L) R. Wilcz. (Feijão moyashi) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Mosaico em feijão-moyashi causado por um isolado do CPSMV, sorotipo I

ocorrendo no DF (1) e Itaguaí, RJ (2). Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982 ; (2) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 19:

420. 1994.

Potyvirus

Bean common mosaicvirus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro

Plantas de feijao moyashi com sintomas de mosaico e bolhosidades constatado

em um campo experimental da UFCe, e que se achava infectado por um potyvirus,

identificado como BCMV através de ensaios biologicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Lima,J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985.

Vigna unguiculata (L.) Walp. (Caupi, feijão-de-corda, feijão-macassar) Fabaceae Revisão: Pio Ribeiro, G. & Assis Fo., F.M. Res. Virologica 91. 1991.

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

É um vírus isométrico, de alta concentração, transmitido por besouros

crisomelídeos e por métodos mecânicos, sendo endêmico nas princiapais regiões

produtoras do caupi. Causa sintomas de mosaico e embolhamento. Infeta naturalmente

várias outras leguminosas. O primeiro relato deste vírus no país foi feita por Oliveira em

1947,no RS (1) em material coletado no nordeste. Posteriormente foi observado em

S.Paulo (2, 3) e em outras regiões do país-DF,CE,AM,PE,PI,RN,PB (5-7, 10, 16, 17,

18, 19). Há avaliações de perdas (9). Era considerado um isolado do Cowpea mosaic

vírus (CPMV), mas é atualmente classificado como espécie distinta (8). Induz perdas

significativas (9). Foi purificado tendo-se produzido anti-sôro específico (4). Acham-se

identificados quatro sorotipos no país (11 12). Demonstrou-se sua transmissão pelo

besouro crisomelideo Cerotoma arcuata (Oliv.) (13) e Diabrotica speciosa (14). Foram

encontradas variedades com alta resistência ou mesmo imunes, como “Macaibo” e FP

7733-2 (15). Ref.: (1) Oliveira, M.A.Bol.Tecn.Inst.Agron.Sul (Pelotas) No.1. 1947; (2) Caner, J. et al. O Biológico 35:

13. 1969; (3) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 56. 1969; (4) Oliveira, A.R. et al.

Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 26. 1969; (5) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9:51. 1974; (6) Lima,

J.A.A. & Nelson, M.R. Plant Dis.Reptr.61: 964. 1977; (7) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633.

1979; (8) Pio Ribeiro, G. & Paguio, O. Fitopatol.Bras. 5: 375. 1980; (9) Gonçalves, M.F.B. & Lima,

J.A.A. Fitopatol. Bras. 7: 547. 1982; (10) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (11) Lin,

M.T. et al. Phytopathology 71: 435. 1981; (12) 74: 581. 1984; (13) Costa, C.L. et. al. Fitopatol. Bras. 3:

81. 1978; (14) Fitopatol.Bras. 6: 523. 1981; (15) Rios, G.P. & das Neves, B.P. Fitopatol.Bras. 7: 175.

1982; (16) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (17) Bertacini, P.V.et al. Fitopatol.Bras. 19:

271. 1994; (18) Silva, S.P. et al. Fitopatol.Bras. 26: 520. 2001;(19) Cezar, M.A. et al. Summa Phytopathol

36(supl)#097.CDRom.2010.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

CMV ocorre comumente, isolado ou co-infetando outros vírus de caupi (5, 6).

Causa sintomas de mosaico, mas distinto do causado pelo CPSMV sendo transmitido

por afídeos (1). Foi detectado em sementes. CMV constatado em ccaupi nos estados de

Goiás (1), Pernambuco (5), Ceará (4), Piauí (3).

Page 131: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

131

Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras.5: 419. 1980; (2) 6: 193. 1981; (3) Res. 1a Reun.Nac. Pesq. Caupi,

p.101. 1982; (4) Silveira, L.F.S. & Lima, J.A.A. Fitopatol. Bras.11. 369. 1986; (5) Assis Fo., F.M. & Paz,

C.D. Fitopatol.Bras. 18: 287. 1993; (6) Paz, C.D. Et al. Fitopatol.Bras. 20: 325. 1995

Begomovirus

Cowpea golden mosaic virus (CPGMV); vírus do mosaico dourado do caupi

Descrito pela primeira vez nos arredores de S.Luis, MA, esta virose, transmitida

pela mosca branca Bemisia tabaci, ocorre comumente na cultura do caupi no NE (1,3).

Já foram identificados genótipos resistentes (4). Sorologicamente este vírus seria similar

ao geminivirus causador de mosaico dourado em Macroptilium lathyroides no CE (5,6).

Detecção provável na PB (7). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.7: 537. 1982; (2) Santos, A.A. & Freire Fo.,

F.A.Fitopatol.Bras. 9: 406; (3) 407. 1984; (4) 11: 288. 1986; (5) Lima, J.A.A. et al. Virus Rev.& Res. 3

(supl.1): 143. 1998; (6) Fitopatol.Bras.23: 319. 1998.(7) Freitas, A.S. et al. Trop Plt Pathol. 35(supl)

S214. 2010.

Potyvirus

Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido

por afídeo

Mosaico em caupi, com padrão distinto do mosaico severo causado pelo

CPSMV, ocorre comumente nas zonas produtoras de caupi no NE. Potyvirus tem sido

identificado como agente causal. O relato mais antigo é de Paguio (1) que comenta a

ocorrência do CABMV em PE. É provável que os outros casos (faixa verde das

nervuras, mosaico rugoso e mosqueado severo) relatados em amostras procedentes do

NE, sejam isolados diferentes do CABMV, alguns dos quais foi referido como Blackeye

cowpea mosaic potyvirus (BCPMV) (2-8) o qual foi, recentemente, considerado isolado

do CABMV baseado na homologia da seqüência de nucleotídeos de parte do seu

genoma. Há relatos de sua presença em sementes (9). Potyvirus em caupi foi também

relatado no RJ (10).Santos et al. relatam dois potyvirus ligeiramente relacionados

sorologicamente, mas sem relações sorológicas com CABMV ou BlCMV os quais

foram designados de mosaico rugoso e mosqueado severo (11). Há assim necessidade

de estudos adicionais para averiguar se são isolados do CABMV ou distintos. Foram

avaliadas linhagens resistentes aos isolados do CABMV no est.PI (12).Relatado na PB

(13) Ref.: (1) Paguio, O. Fitopatol.Bras. 3: 125. 1978; (2) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 4: 120. 1979; (3)

Lima, J.A.A. & Lima, M.G. Fitopatol.Bras. 5: 415. 1980; (4) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 5: 419. 1980;

(5) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 457. 1980; (6) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 6: 205. 1981;

(7) Lin,M.T. et al. Fitopatol.Bras. 6: 73. 1981; (8) 6: 193. 1981; (9) Silveira, L.F.S. & Lima, J.A.A.

Fitopatol.Bras. 11: 369. 1986; (10) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (11) Santos, A.A. et

al. Fitopatol.Bras. 9: 567. 1984; (12) Nogueira, M.S.R. et al. Summa Phytopathol. 32(supl):S 50.

2006.13) Cezar, M.A. et al. Summa Phytopathol 36(supl)#097.CDRom.2010.

Vigna unguiiculata (L.) Walp. Subsp. sesquipedalis (L.) Verdc. (Feijão-de-metro)

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Mosaico similar ao observado no caupi é comum em plantios de feijão-de-metro

tendo o agente causal sido identificado como isolados do CPSMV, no DF (1). Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.

Potyvirus

Potyvirus não identificado

Mosaico em faixas em feijão-de-metro encontrado em um levantamento feito no

Est. Pará associado à infecção por um potyvirus, provavelmente um isolado de CABMV

(1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 407. 1980.

Page 132: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

132

Vigna vexillata (L) A. Rich. (Feijão-miúdo) Fabaceae

Comovirus

Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi

Registro de infecção natural de feijão-miúdo pelo CPSMV, em PE. Identificação

do vírus através de ensaios biológicos e sorológicos (1). Ref.: (1) Gueiros Jr., F. et al. Res.III Cong.Inic.Cient.UFRPe p.55. 1993.

Viola odorata l. (Violeta) Violaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Potato virus Y (PVYo); vírus Y da batata-

Plantas de violeta, com sintomas de mosaico, coletadas em SP, se achavam

infectadas por um isolado do PVYo (1).

Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 34(supl): S47. 2008.

Vitis vinifera L., Vitis labrusca L., Vitis spp. (Videira) Vitaceae (revisado por T.M.V. Fajardo)

Nepovirus

Grapevine fanleaf virus (GFLV); vírus da folha-em-leque da videira

Plantas de videira, do porta-enxerto 106-8 (“Traviú”) apresentam sintomas de

mosaico, manchas cloróticas irregulares e esparsas, faixas cloróticas em zig-zag,

eventualmente, folhas menores e deformadas. Relatado em São Paulo. Transmitido por

enxertia (1). Esta virose, também conhecida por "folha-em-leque" (Fanleaf), é causada

pelo Grapevine fanleaf virus - GFLV (Nepovirus), que é transmitido por nematóides do

gênero Xiphinema. Detecção do vírus por microscopia eletrônica foi realizada (3). No RS

constataram-se alterações morfológicas em ramos (internos curtos, nós duplos,

achatamento, proliferação de brotos) e folhas (menores, mosaico e deformações) nas cvs.

Piróvano 54 e 149, tidas como causadas pelo agente do “fanleaf” ou “Court Noué” (4).

Kuniyuki et al. (5) comprovaram que a identidade do agente causal do Mosaico do Traviú

é semelhante ao do “fanleaf”. Outro isolado específico do GFLV é responsável pela

variação de sintomas conhecida por "Mosaico amarelo das nervuras". Este isolado foi

constatado inicialmente na cv. Niágara Rosada na região de Jundiaí, Louveira e Valinhos e

na cv. Pirovano, em São Roque, SP. Folhas com manchas amarelas intensas,

principalmente nas nervuras primárias (7). Pode ser transmitido mecanicamente para

algumas plantas-teste (2,7). GFLV foi detectado e caracterizado por métodos sorológicos e

moleculares (6,8). Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 123. 1972; (2) Kuniyuki, H. ev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 121.

1972; (3) Vega, J. & Kuniyuki, H. Summa Phytopathol. 4: 15. 1978; (4) Kuhn, G.B. & Siqueira, O.

Fitopatologia (Lima) 9: 56. 1974; (5) Kuniyuki, H. et al. Fitopatol.Bras. 19: 224.1994; (6) Fajardo et al.

Fitopatologia Brasileira 25: 505. 2000; (7) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para

processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf. Tecnol. p.45. 2003; (8) Radaelli, P. et al. Trop. Plant Path. 34:

297. 2009.

Foveavirus

Grapevine rupestris stem pitting-associated virus (GRSPaV); vírus associado à canelura

do ramo da videira rupestris

Videiras têm redução do crescimento; ramos mais fracos; folhas jovens com início

de avermelhamento ou amarelecimento; casca espessa (origem do nome "cascudo"). Em

fases mais avançadas pode ocorrer caneluras. Sintomas semelhantes aos da virose “legno

riccio” e "rugose wood" (1). Constatado nos estados de SP em cvs. como ‘Itália’ e

‘Rupestris du Lot’ (1) e também com sintomas menos intensos em porta enxertos como

‘Golia’ e ‘Kober 5BB’ (3), no PR (2) e RS (4). Pode ser diagnosticado por enxertia em

‘Rupestris du Lot’ (3). Um isolado severo em ‘Kober 5BB’, porém mais suave em

Page 133: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

133

‘Rupestris du Lot’, foi encontrado em SP (5). Esta enfermidade é causada pelo GRSPaV,

tendo a confirmação sido feita também por métodos moleculares (6, 7, 8, 9). Detectado

nos estados de PE, PB e BA (10). Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5:137. 1972; (2) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981;

(3) Kuniyuki, H. & Muller, G. Summa Phytopath. 13: 26. 1987; (4) Kuhn, G.B. Fitopatol. Bras. 17: 194.

1992; (5) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol. 18: 13. 1992; (6) Espinha, L.M. et al.

Fitopatol.Bras. 26(supl.): 533. 2001; (7) Espinha, L.M. et al. Fitopatol.Bras. 28: 206. 2003; (8) Fajardo,

T.V.M. et al. Fitopatol. Bras. 29: 209. 2004; (9) Radaelli, P. et al. Trop. Plant Pathol. 34: 297. 2009; (10)

Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013

Vitivirus

Grapevine virus A (GVA); vírus A da videira

Acanaladura do lenho de Kober faz parte de um complexo de quatro viroses que

causam alterações no lenho de videiras. Sua etiologia é atribuída ao GVA, vírus alongado

(700-800 nm x 12 nm), ssRNA (7.400 nt). Dispersão por material propagativo infectado e

cochonilhas (Heliococcus bohemicus, Phenacoccus aceris, Planococcus citri,

Planococcus ficus, Pseudococcus viburni, Pseudococcus comstocki, Pseudococcus

longispinus, Neopulvinaria innumerabilis, Parthenolecanium corni). Transmitido com

dificuldade para algumas plantas-teste. No Brasil, GVA foi detectado em videiras nos

estados de RS, SP e PE. A acanaladura caracteriza-se por ranhuras no lenho e forma-se

sob a casca no tronco de videiras suscetíveis, em especial o cv. ‘Kober 5BB’, usada como

indicadora. GVA pode causar redução no vigor, atraso na brotação e nas combinações

mais suscetíveis, declínio e redução da produtividade e morte precoce (1-5). Detectado na

PB e PB (6). Ref.: (1) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25(supl.): 442. 2000; (2) Kuniyuki, H. et al. Summa Phytopathol.

27: 116-117. 2001; (3) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol.Bras. 28: 521-527. 2003; (4) Kuniyuki, H. et al.

Fitopatol.Bras. 28:323. 2003; (5) Moreira, A.E. et al. Fitopatol.Bras. 29: 205. 2004; (6) Catarino,A.D.M. et

al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013

Grapevine virus B (GVB); vírus B da videira

Constatado em videiras ‘Niágara Branca’ e ‘Rosada’ no Estado de São Paulo (2),

no RS (cv. ‘Isabel’) (3,7) e SC (4). Há atraso na brotação de primavera e menor

desenvolvimento vegetativo. Sintomas tornam-se visíveis por ocasião do florescimento:

ligeira clorose internerval nas folhas (1), intumescimento ao longo dos entrenós nos ramos

do ano, fendas longitudinais nas áreas intumescidas e presença de tecido corticento.

Conhecido como “corky bark”. A diagnose é feita na indicadora ‘LN33’, por enxertia, que

exibe sintomas de fendilhamento mais severos (5). Há isolados que não causam sintomas

em algumas videiras americanas (6,11). O vírus causal foi identificado como GVB, com

partícula alongada (ca. 800 nm), proteína capsidial com 23 kDa e disseminado por enxertia

(9,10,12,14). Foi constatado em vinhedos do Submédio São Francisco e Zona da Mata, PE

(8,15). Em SP logrou-se transmitir o GVB com a cochonilha Pseudococcus longispinus

(13). Detectado na BA e PB (14). Ref.: (1) Kuniyuki, H. Fitopatologia (Lima) 8: 10. 1973; (2) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 153. 1975; (3)

Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 6: 536.1981 (4) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981; (5) Kuniyuki, H. &

Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 7: 71. 1982; (6) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol.17: 38.1991; (7)

Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 17: 399. 1992; (8) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25: 442. 2000; (9) Kuniyuki,

H. et al. Fitopatol.Bras. 25: 443. 2000; (10) Nickel, O. et al. Fitopatol. Bras. 27: 279. 2002; (11) Moreira, A.E.

Fitopatol. Bras. 29: 75. 2004; (12) Moreira, A.E. et al. Fitopatol. Bras. 30:538. 2005; (13) Kuniyuki, H. et al.

Summa Phytopathol. 32:151. 2006; (14) Radaelli, P. et al. Pesq. Agropec. Bras. 43: 1405. 2008; (15) Pio

Ribeiro, G. et al. Trop Plt Pathol. 34(supl.): S276. 2009; (14) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38

(supl) CDRom 371-1.2013

Grapevine virus D (GVD); vírus D da videira

O complexo rugoso (“rugose wood complex”) afeta o lenho de videira causando

intumescimento, caneluras e/ou acanaladuras na região sob a casca. A maioria das

combinações de porta-enxertos expressa sintomas no campo. Atualmente a incidência

Page 134: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

134

deste complexo apresenta expressão econômica na viticultura mundial. Os vírus

associados ao complexo rugoso da videira são: GVA, GVB e GRSPaV. Outro vírus, GVD

foi detectado em videiras sintomáticas e pode induzir redução de crescimento em algumas

cvs. de porta-enxertos. GVD é o vírus menos estudado deste complexo. Recentemente dois

isolados de GVD foram detectados e caracterizados molecularmente no RS (1,2). Ref.: (1) Dubiela, C.R. et al. In Girardi, C.L. et al. eds. Resumos, 9º Encontro de IC e 5° Encontro de Pós-

Grad. Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves. p. 26, 2011; (2) Fajardo, T.V.M. Ciência Rural 42: 2127.

2012.

Maculavirus

Grapevine fleck virus (GFkV); vírus da mancha da videira

GFkV causa infecção latente em cultivares comerciais, mas induz manchas

translúcidas nas nervuras (mosaico das nervuras) na indicadora ‘Rupestris du Lot’.

Identificado como GFkV (1,2,7,8), é um vírus isométrico de ca. 30 nm diâmetro

(Maculavirus, Tymoviridae). Ocorre nas principais cultivares plantadas no Estado São

Paulo, em incidências que podem chegar a 100% (3). Constatado também nos estados de

GO, MG, PR, SC (4) e RS (6). Foi constatado nas cvs. Kyoho e Olímpia importadas do

Japão (5). Constatado em vinhedos do Submédio São Francisco (9). Identificação

confirmada por ensaios sorológicos (10) e moleculares (11,12). Também constatado na PB

e BA (13). Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 189. 1972; (2) Kuniyuki, H. Fitopatologia (Lima) 11: 17.

1976; (3) Kuniyuki, H. & Costa, A. S. Summa Phytopathol. 5: 24. 1979; (4) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6:

300. 1981; (5) Kuniyuki, H. & Suzukawa, Y. Fitopatol.Bras. 6: 533. 1981; (6) Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras.

17: 435. 1992; (7) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol. 20:152. 1994; (8) Kuniyuki, H. et al.

Fitopatol. Bras. 20:618. 1995; (9) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25: 442. 2000; (10) Kuniyuki, H. et al.

Fitopatol.Bras. 27: 635. 2002; (11) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol. Bras. 29: 460. 2004; (12) Fajardo, T.V.M.

et al. Ciência Rural 42: 2127. 2012; (13) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-

1.2013

Marafivirus

Grapevine rupestrin vein feathering virus (GRVFV)

Catarino et al. (1) detectaram GRVFV por RT-qPCR em 8% das amostras

coletadas em PE. Foi feita a caracterização molecular parcial de isolados desse vírus e

concluram que, também, no Brasil, GRVFV está associado aos vírus da família

Tymoviridae que infectam videiras. Detectado também na BA e PB (2).

Ref.: (1) Catarino, A.M. et al. Trop.Plant Pathol. 38 (supl.). CDRom 371-2. 2013; (2) Catarino,A.D.M. et

al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013.

Ampelovirus (GLRaV-1, 3, 4, 5. 6)

Closterovirus (GLRaV-2)

Grapevine leafroll-associated vírus 1, -2, -3, -4, -5, -6; (GLRaV-1, -2, -3, -4, -5, -6);

vírus associado ao enrolamento das folhas da videira 1, 2, 3, 4, 5, 6

O enrolamento da folha da videira, também conhecido no Estado de São Paulo por

vermelhão ou amarelo, é uma das mais importantes virose da videira. Sintomas surgem em

meados do verão. O enrolamento é inicialmente verificado nas folhas basais, até que em

fins do outono, a maioria das folhas encontra-se enrolada, ficando avermelhada

(normalmente com a nervura ainda verde) ou amarelada, rugosa e quebradiça. É

transmissível por enxertia. Primeiro relato no país feito no Estado de SP (1). Constatado

também no RS (2) além de GO, MG, PR e SC (3) e, recentemente, no Submédio São

Francisco (7). Pesquisas em outros países identificaram vários vírus distintos associados

ao enrolamento, referidos como GLRaV. Atualmente há a proposta da seguinte

classificação taxonômica: Família Closteroviridae, Gêneros: Closterovirus (GLRaV-2),

Ampelovirus, subgrupo I (GLRaV-1 e GLRaV-3), Ampelovirus, subgrupo II (GLRaV-4 e

suas estirpes -5, -6, -9, -Car, -Pr), Velarivirus (GLRaV-7). No Brasil acham-se registrados

GLRaV-1, -2, -3 (8,9,11,14,15), -4 (17), -5 e -6 (10,16). Foram visualizadas partículas do

Page 135: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

135

tipo closterovirus em tecidos de calo de videira (4). Cultivares (Vitis labrusca) e híbridos

americanos exibem pouco ou nenhum sintomas, entretanto, videiras européias (V. vinifera)

exibem sintomas severos (5). Cochonilhas transmitem GLRaV-1, -3, -4, -5, -6 e -9; há

registro de transmissão mecânica somente do GLRaV-2 para Nicotiana spp. (10).

Diagnose feita por indexação em indicadoras e mais recentemente por ensaios

imunológicos e moleculares (11,13,16). GLRaV-1 e -3 constatados em vinhedos do

Submédio São Francisco (6). GLRaV-5 foi detectado em SP (12). GLRaV-4 detectado em

PE (18). GLRaV-3 e 4 detectado na PB e BA (19). Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5:165. 1972; (2) Kuhn, G.B. & Siqueira, O. Fitopatologia

9:56. 1974; (3) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981; (4) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 14: 137. 1989;

(5) Kuhn, G.B. & Nickel, O. Informe Agropecuário 19 (194): 85. 1998; (6) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras.

25: 442. 2000; (7) Lima, M.F. In Lima, M.F. & Moreira, W.A. eds. Uva de mesa. Fitossanidade. Embrapa

Inf.Tecnol. p.35. 2002; (8) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol.Bras. 27: 58. 2002; (9) Kuniyuki, H. et al.

Summa Phytopathol. 28: 311. 2002; (10) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para

processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf. Tecnol. p.45. 2003; (11) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatologia

Brasileira 32: 335. 2007; (12) Kuniyuki, H et al. Summa Phytopathol. 34:366. 2008; (13) Radaelli, P. et al.

Pesquisa Agropecuária Brasileira 43:1405. 2008; (14) Radaelli, P. et al. Tropical Plant Pathology 34: 297.

2009; (15) Fajardo, T.V.M. et al. Ciência Rural 41:5. 2011; (16) Fajardo, T.V.M. et al. Ciência Rural

42:2127. 2012; (17) Catarino et al. In Girardi, C.L. et al. eds. Resumos, 10º Encontro IC e 6° Encontro de

Pós-Grad. Embrapa Uva e Vinho. p. 47, 2012; (18) Caarino, A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.) : 371-

233333332013.; (19) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013.

Nanovirus

Nanovirus não identificado

Um possível nanovirus, ainda não identificado, foi associado a uma videira em

B.Gonçalves com folhas avermelhadas, coriáceas e enroladas, através de análises

moleculares (1).Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th IntlGeminivirus Symp. P;56. 2013..

Vírus não identificado

LN33 stem grooving

Constatado em videiras fazendo parte do complexo do lenho rugoso em cultivares

procedentes da Serra Gaúcha (1). Induz acanaladura (ranhuras no lenho) na cv. indicadora

‘LN33’. Ref.: (1) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 27(supl.): S207. 2002.

Obs.: Há informações de que quatro viroses constituem o complexo do lenho rugoso da videira

("Grapevine rugose wood complex"), causando alterações no lenho de plantas infectadas e

prejudicando a formação dos vasos condutores da seiva: o fendilhamento cortical ou

intumescimento dos ramos ("Corky bark"), o cascudo ou caneluras do tronco de Rupestris

("Rupestris stem pitting"), a Acanaladura do lenho de Kober ("Kober stem grooving") e a

Acanaladura do lenho de LN33 ("LN33 stem grooving"). Estas viroses podem ser separadas por

meio de testes biológicos com as cultivares indicadoras (Rupestris du Lot, Kober 5BB e LN33)

específicas para cada vírus.

Grapevine vein necrosis

Anomalia no porta-enxerto cv. ‘R110’, caracterizada pela necrose das nervuras,

constatada no Estado do RS (1,2). Plantas infectadas têm pouco desenvolvimento e

apresentam folhas cloróticas. É transmitido por enxertia. Virose semelhante ao "Grapevine

vein necrosis" relatada em outros países vitícolas (5). Foi também constatada no porta-

enxerto cv. ‘Solferino’ e em outros importados dos EUA e da Europa e aparenta estar

amplamente difundida, sem causar sintomas evidentes (2). Constatada no Estado de São

Paulo (3) e no Submédio São Francisco - PE/BA (4). A etiologia desta virose ainda não

está totalmente elucidade, entretanto, relatos recentes associam esta virose a presença de

estirpe específica do Grapevine rupestris stem pitting-associated virus (GRSPaV). Ref.: (1) Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 17:154. 1992; (2) Kuhn, G.B. et al. Fitopatologia Brasileira 19:79.

1994; (3) Kuniyuki, H. et al. Fitopatol.Bras. 22:186.1997; (4) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25:442. 2000;

(5) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf.

Tecnol. p.45. 2003.

Page 136: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

136

Viróides

Pospiviroidae

Citrus exocortis viroid (CEVd); viróide da exocorte do citros

Hop stunt viroid (HSVd); viróide do nanismo do lúpulo

Os viróides do exocortis do citros (Citrus exocortis viroid - CEVd - Pospiviroid) e

do nanismo do lúpulo (Hop stunt viroid - HSVd - Hostuviroid) foram detectados em

videiras em Bento Gonçalves, RS (1,2,3). Ref.: (1) Ferreira, A.P.M. et al. Fitopatologia Brasileira 17:154. 1992; (2) Fonseca, M.E.N. & Kuhn, G.

Fitopatol.Bras. 19:285. 1994; (3) Eiras, M. et al. Fitopatol.Bras. 31: 440. 2006.

W

Waltheria indica L (= W. americana L) (Malva-branca) Sterculiaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Plantas com sintomas de mosaico coletadas em S.Paulo, SP. Agente causal

identificado como AbMBV (1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

Begomovirus não identificado

Begomovirus não identificado detectado em AL infetando malva-branca (1). Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.

Wissadula sp. (Malva-estrela) Malvaceae

Begomovirus

Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon

Infecção natural de Wissadula pelo AbMBV, resultando em sintomas de

mosaico. Amostras procedentes de Alagoinha, PB e Brotas, BA (1). Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.

X

Xanthosoma atrovirens Koch & Bouche (Taiá, Tabatajá) Araceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro

Mosaico em tabatajá causado pelo DsMV. Constatado no DF (1). Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. Bras. 9: 291. 1984.

Y

Yucca elephantipes Regel ex.Trel (Iuca-elefante) Agavaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Badnavirus

Badnavirus não identificado

Plantas de Yucca com manchas cloróticas; manchas, anéis e semi anéis

necróticos, procedentes do interior do Estado de São Paulo, mostraram conter em seus

tecidos foliares, partículas similares a badnavírus (1). Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 19: 479. 1994.

Z

Page 137: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

137

Zamioculcas zamiifolia (Lodd.) Engl. (Zamioculca) Araceae

Potyvirus

Konjac mosaic vírus (KoMV); vírus do mosaico do konjac

Uma planta de zamioculca, adquirida no comércio em S.Paulo, SP, mostrou

sintomas de mosaico e deformação foliar e em seu extrato ocorriam partículas do tipo

potyvirus. Ensaios sorológicos e moleculares para DsMV foram negativos. Segmento

amplificado por RT-PCR indicou que este potyvirus seria KoMV (1). Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plant Dis. 97.:1517. 2013.

Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng (Copo-de-leite) Araceae (Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Dasheen mosaic vírus (DsMV), vírus do mosaico do taro

Em plantas de copo-de-leite, exibindo manchas cloróticas difusas, foi constatada

a presença do DsMV, identificada por microscopia eletrônica e sorologia (1). Ref.: 1) Galleti, S.R. et al. Res. VI Enc. Nac. Virol. p.137. 1992.

Zea mays L. (Milho) Poaceae (vírus de Zea revisado por M.C. Gonçalves)

Revisao: Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Proc.2nd

Int.Colloq.Workshop Maize Vírus and Mycopl. p.100. 1983 Cytorhabdovirus

Cytorhabdovirus não identificado

É uma virose de rara ocorrência em milharais. Induz faixas cloroticas largas ao

longo das nervuras. Plantas infectadas têm porte e produção reduzidos. Transmitido pela

cigarrinha Peregrinus maidis Ashm. (1) O vírus foi purificado (2). Tecido infectado do

milho contem partículas do tipo cytorhabdovirus e partículas similares foram

visualizadas no vetor (3). Foi constatado no DF e AM (4), RJ (5), RN (6). Diferiria do

Maize mosaic nucleorhabdovirus (MMV) pelo fato de ser Cytorhabdovirus e tem sido

referido como vírus da faixa clorótica das nervuras do milho (VFCNM).Detectado em

Teresina, PI (7). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 1:

34. 1976; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 7: 247. 1982; (4) Kitajima, E.W. & van der

Pahlen, A. Fitopatol.Bras. 2: 83. 1977; (5) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (6) Oliveira,

F.C. et al. Fitopatol.Bras. 17: 339. 1992; Beserra Jr., JEA et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom.

2011.

Cucumovirus

Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Estrias cloróticas alongadas e mosaico nas folhas e nanismo foram observados

em milho, no Est.S.Paulo. Enfermidade de rara ocorrência. Agente causal identificado

como CMV (1). Ref.: Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Rev. Soc.Bras.Fitopatol. 5: 159, 1972.

Marafivirus

Maize rayado fino virus-(MRFV); vírus da risca do milho

Lesões necróticas lineares ao longo das nervuras. Ocorrência comum nos

milharais, mas aparentemente não interfere na produtividade, exceto quando ocorre co-

infecção com SCMV, fitoplasma e espiroplasma (1,9). O vírus causal foi identificado

como isolado do MRFV, descrito na C.Rica (2, 8). É transmitido pela cigarrinha

Dalbulus maidis, mas não se transmite mecanicamente (1). Foi purificado e as

partículas são isométricas, 30 nm, que ocorrem no parênquima do mesofilo e da região

vascular (3) tendo sido tambem visualizado nos tecidos do vetor (5). Foi constatado no

CE (4), RJ (6), PR (7), MG (8), SP (9). Faz parte do complexo do enfezamento,

Page 138: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

138

juntamente com o espiroplasma e fitoplasma, transmitidos pelo mesmo vetor que tem

causado perdas após a implantação do sistema de safrinha. Pode ocorrer também em

infecção mista com o SCMV causando maiores perdas na produtividade (9). Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; (2) Kitajima, E.W. et al.

Proc.Amer.Phytopathol.Soc. v.2, C-15. 1975; (3) Kitajima, E.W. et al. Ciencia e Cultura 28: 427. 1976:

(4) Lima, J.A.A. & Gamez, R. Fitopatol.Bras. 7: 535. 1982; (5) Kitajima, E.W. & Gamez, R.

Intervirology 19: 129. 1983; (6) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; ; (7) Kitajima, E.W. &

Nazareno, N.R.X. Fitopatol.Bras. 10: 613. 1985; (8) Melo, P.R. et al. Fitopatol.Bras. 25: 444. 2000. (9)

Gonçalves, M.C. et al. Summa Phytopathol. 33: 22. 2007.

Potyvirus

Johnsongrass mosaic virus (JGMV); vírus do mosaico de Johnsongrass

Detectado em amostra de milho procedente de Ribeirão Preto, SP,

sorologicamente (1). A confirmar. Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 25: 514. 2001.

Maize dwarf msaic virus (MDMV); vírus do mosaico anão do milho

Sugarcane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açucar

Há relatos, sem identificação adequada de mosaico em milho no RS (1, 2).

Identificação adequada foi feita por Costa et al. no Est.S.Paulo. Ocorrência comum mas

usualmente em baixa incidência. Induz sintomas clássicos de mosaico. É disseminado

por pulgões (3). Há registro de mosaico em milho causado pelo Maize dwarf mosaic

virus (MDMV) (4). Relatado no PR (5). O plantio de milho na safrinha, o aumento da

área plantada de cana-de-açúcar no país e a emergência de novos isolados de SCMV

tem favorecido o aumento da incidência do mosaico desde o início da década de 2000

(6). Alguns desses isolados, que ocorrem unicamente em milho, constituem uma nova

estirpe do vírus, presente somente no Brasil (7). Apesar de menções anteriores da

ocorrência do MDMV no Brasil, recentes amostragens feitas em SP,PR, MG e GO

constataram apenas a presença do SCMV em plantas com sintomas de mosaico (M.C.

Gonçalves, comunicação pessoal). Ref.: (1) Caetano,V.R. & Siqueira, O. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 82. 1969; (2) Hagedorn, D.J. et al. Plant

Dis.Reptr. 53: 165. 1969; (3) Costa, A.S. et al. Rev. Soc. Bras. Fitopatol. 4: 39. 1971; (4) Kitajima, E.W.

& Costa, A.S. Proc.2nd Int.Colloq.Workshop Maize Vírus and Mycopl. p.100. 1983; (5) Kitajima, E.W.

& Nazareno, N.R.X. Fitopatol.Bras. 10: 613. 1985; (6) Gonçalves, M.C. et al. Summa Phytopathol. 33:

22. 2007; (7) Gonçalves,M.C. et al.Pesq.Agrop.Bras. 46:362. 2011.

Fijivirus

Mal de Rio Cuarto virus (MRCV); vírus do nanismo rugoso do milho

Foi registrado na região de Cascavel e Foz do Iguaçú, PR, plantas exibindo

enações çna face dorsal da folha, redução de porte e anomalias nas espigas. Exames ao

microscópio eletrônico teriam revelado presença de partículas de 70 nm no floema,

sugerindo infecção por um Reovirus (1), conhecido com “maize rough dwarf vírus-

MRDV” na Europa. Mas, há possibilidade de que a infecção tenha sido causada pelo

MRCV, que tem causado sérias perdas na Argentina. É disseminado pela cigarrinha

Delcophacodeskuscheli e causa sintomas de pequenos tumores ao longo das nervuras

nas folhas e redução de porte. Infeta varias outras gramíneas. A confirmar. Ref.: (1) Trevisan, W.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 265. 1986.

Zingiber officinale Roscoe (Gengibre) Zingiberaceae (Revisado por Eliana Rivas)

Cucumovirus

Cucumber mosaic cucumovirus (CMV); vírus do mosaico do pepino

Plantas de gengibre exibindo nanismo, clorose e rizomas pequenos foram

coletados no município de São Paulo, SP. Ensaios de transmissão, sorologia e

microscopia eletrônica indicaram que o agente causal da enfermidade seria CMV (1). Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Res. VI Enc. Nac. Virol. p. 182. 1992.

Page 139: Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

139

Zinnia elegans JACQ. (Capitão) Asteraceae

(Revisado por Eliana Rivas)

Potyvirus

Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão

Sintomas de mosaico em capitão, decorrentes de infecção natural pelo BiMV,

foram registrados no DF (1). Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Lima, M.I. Fitopatol.Bras. 16: XXVI. 1991.

Sunflower chlorotic mottle vírus (SuCMoV); vírus do mosqueado clorótico do girassol

Potyvirus causando mosaico em Zinnia foi encontrado no noroeste do Estado de

São Paulo. Ensaios biológicos e moleculares indicam que o vírus causador seria um

isolado do SuCMoV originalmente descrito na Argentina (1). Ref.: (1) Maritan, A.C. et al. Fitopatol. Bras. 29: 28. 2004.

Tobamovirus

Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo

Plantas com sintomas de mosaico, procedentes de São José do Rio Preto, SP,

estavam co-infectadas pelo TMV e um potyvírus (provavelmente BiMV). Verificou-se

que TMV infectava experimentalmente capitão, quando co-inoculado com o BiMV (1). (1) Maritan, C. & Gaspar, J.O. Fitopatol.Bras. 26: 533. 2001.