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Lista de exercícios I – Gramática – 2º E.M. – 1ª U.L. / 2012 Página 1 Para as turmas 2C1, 2C2, 2C3, 2C4, 2C5, 2C6:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Prof.ª Marta 1ª U.L. / 2012 01 - (UFMS/2010/Verão) Faça uma análise sintática da oração abaixo e, a seguir, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). A ordem, meus amigos, é a base do governo. 01. A ordem é sujeito simples; é a base do governo é predicado nominal. 02. A expressão meus amigos é aposto. 04. A, meus, a, do governo são adjuntos adnominais. 08. é - verbo transitivo direto. 16. a base do governo é predicativo do objeto. 02 - (UFRR/2007/1ª Fase) Em: ''A rosa é um jardim concentrado , um clarim de cor, anunciando a alvorada fogosa e o tempo iluminado.'' (Carlos Drummond) O termo destacado é: a) adjunto adverbial. b) objeto direto. c) predicativo do sujeito. d) adjunto adnominal. e) aposto. 03 - (UFAC/2006/1ª Fase) Identifique as funções sintáticas introduzidas pelas preposições, relacionando a 2ª coluna à e marcando, em seguida, a opção correta. ( S ) depender de alguém ( ) complemento nominal ( E ) agir com prudência ( ) aposto ( L ) homem de coragem ( ) adjunto adnominal ( V ) necessidade de carinho ( ) objeto indireto ( A ) a cidade de Rio Branco ( ) adjunto adverbial a) VALES b) VELAS c) VALSE d) SALVE e) LEVAS 04 - (UNIMES SP/2006) “E Margarida?... Essa mais pungentes sentia ainda as saudades. Sempre assim acontece. Em todas as separações, tem mais amargo quinhão de dores o que fica, do que o que vai partir. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o o atrativo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos [...] Mas ao que fica... lá estão todos os objetos que vê a recordar-lhe as venturas que perdeu; ali as flores que colheram juntos, para as trocar depois; acolá, a árvore a cuja sombra se sentaram [...].” DINIS, Júlio. As pupilas do senhor reitor. S.P: Ática, 1995, p.41. Observe que, no texto de Júlio Dinis, há duas ocorrências do pronome pessoal lhe. Pode-se afirmar que: a) na primeira, o pronome exerce a função sintática de objeto direto e, na segunda, de objeto indireto. b) na primeira, o pronome exerce a função sintática de complemento nominal e, na segunda, de objeto indireto. c) na primeira, o pronome exerce a função sintática de objeto indireto e, na segunda, de objeto direto. d) na primeira, o pronome exerce a função sintática de adjunto adnominal e, na segunda, de complemento nominal. e) na primeira, o pronome exerce a função sintática de adjunto adnominal e, na segunda, de objeto indireto.

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Lista de exercícios I – Gramática – 2º E.M. – 1ª U.L. / 2012

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Para as turmas 2C1, 2C2, 2C3, 2C4, 2C5, 2C6:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Prof.ª Marta 1ª U.L. / 2012

01 - (UFMS/2010/Verão) Faça uma análise sintática da oração abaixo e, a seguir, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).

A ordem, meus amigos, é a base do governo.

01. A ordem é sujeito simples; é a base do governo é predicado nominal. 02. A expressão meus amigos é aposto. 04. A, meus, a, do governo são adjuntos adnominais. 08. é - verbo transitivo direto. 16. a base do governo é predicativo do objeto.

02 - (UFRR/2007/1ª Fase)

Em: ''A rosa é um jardim concentrado, um clarim de cor, anunciando a alvorada fogosa e o tempo iluminado.'' (Carlos Drummond) O termo destacado é: a) adjunto adverbial. b) objeto direto. c) predicativo do sujeito. d) adjunto adnominal. e) aposto.

03 - (UFAC/2006/1ª Fase)

Identifique as funções sintáticas introduzidas pelas preposições, relacionando a 2ª coluna à 1ª e marcando, em seguida, a opção correta.

( S ) depender de alguém ( ) complemento nominal ( E ) agir com prudência ( ) aposto ( L ) homem de coragem ( ) adjunto adnominal ( V ) necessidade de carinho ( ) objeto indireto ( A ) a cidade de Rio Branco ( ) adjunto adverbial

a) VALES b) VELAS c) VALSE d) SALVE e) LEVAS

04 - (UNIMES SP/2006)

“E Margarida?... Essa mais pungentes sentia ainda as saudades. Sempre assim acontece. Em todas as separações, tem mais amargo quinhão de dores o que fica, do que o que vai partir. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o o atrativo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos [...] Mas ao que fica... lá estão todos os objetos que vê a recordar-lhe as venturas que perdeu; ali as flores que colheram juntos, para as trocar depois; acolá, a árvore a cuja sombra se sentaram [...].”

DINIS, Júlio. As pupilas do senhor reitor. S.P: Ática, 1995, p.41.

Observe que, no texto de Júlio Dinis, há duas ocorrências do pronome pessoal lhe. Pode-se afirmar que: a) na primeira, o pronome exerce a função sintática de objeto direto e, na segunda, de

objeto indireto. b) na primeira, o pronome exerce a função sintática de complemento nominal e, na

segunda, de objeto indireto. c) na primeira, o pronome exerce a função sintática de objeto indireto e, na segunda, de

objeto direto. d) na primeira, o pronome exerce a função sintática de adjunto adnominal e, na segunda,

de complemento nominal. e) na primeira, o pronome exerce a função sintática de adjunto adnominal e, na segunda,

de objeto indireto.

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05 - (UNICE CE/2001/Janeiro) Na frase “Essas atitudes impensadas podem trazer-lhe alguma conseqüência desastrosa”, as palavras grifadas exercem, respectivamente, as funções de: a) sujeito, objeto direto, objeto indireto. b) adjunto adverbial, objeto indireto, adjunto adnominal. c) adjunto adnominal, objeto indireto, objeto direto. d) predicativo, objeto indireto, objeto direto. e) adjunto adnominal, objeto direto, predicativo.

06 - (ITA SP)

SUGESTÃO

Sede assim – qualquer coisa Serena, isenta, fiel. Flor que se cumpre, Sem pergunta.

5 Onda que se esforça, par exercício desinteressado. Lua que envolve igualmente Os noivos abraçados e os soldados já frios.

10 Também como este ar da noite: sussurrante de silêncios, cheio de nascimento e pétalas. Igual à pedra detida, Sustentando seu demorado destino.

15 E a nuvem, leve e bela, vivendo de nunca chegar a ser. À cigarra, queimando-se em música, ao camelo que mastiga a sua longa solidão, ao pássaro que procura o fim do mundo,

20 ao boi que vai com inocência para a morte. Sede assim qualquer coisa Serena, isenta, fiel. Não como o resto dos homens

Assinale a opção em que os termos desempenham a mesma função sintática: a) flor – ar – destino; b) nascimentos – pétalas – pedra detida; c) coisa – sem pergunta – onda; d) ar – cheio – igual; e) coisa – abraçados – solidão.

07 - (UFCG PB/2008/1ª Fase)

No trecho “Estudos indicam a criação de três milhões de empregos se a carga for reduzida para 40 horas semanais, sem redução salarial. No futuro, será possível chegar às 36 horas, viabilizando sete milhões de empregos. Reforma trabalhista sim. Mas qual?

Paulo, Paim. Revista Isto é Online. 08/08/08.

O termo em destaque ”no futuro...” por indicar circunstância trata-se de: a) adjunto adnominal. b) adjunto adverbial de lugar. c) adjunto adverbial de tempo. d) adjunto adnominal de tempo. e) complemento nominal.

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08 - (CEFET RJ/2001) TEXTO “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros do que a asa

da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeir. O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque

como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,

onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”

(ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Scipione, 1994, p. 10) Assinale a opção cuja expressão destacada tem valor sintático semelhante ao da destacada em “Iracema, virgem dos lábios de mel”. a) O cão que dorme na calçada acalmou-se, após a ventania. b) espiei os três cavaleiros, que permaneciam mudos sobre suas montarias. c) Sinhá Vitória, que era a sofrida esposa de Fabiano, esticou o beiço, indicando

vagamente uma direção. d) Marília, não perturbe o vaqueiro, porque ele precisa guardar o alheio gado. e) Iracema tinha um desejo: que o guerreiro branco jamais retornasse à pátria.

09 - (UNIRIO RJ) “APELO”

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade. Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.” DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos,

introdução e notas bibliográficas por Alfredo Bosi) 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p.190. O número de ocorrências de VOCATIVO, no texto, corresponde a:

a) dois. b) três. c) quatro. d) cinco e) seis

10 - (UFAM/2007) Assinale a opção em que o predicado da oração é verbo-nominal:

a) Por que andas, jovem rapaz, meio sorumbático? b) Só na ficção infantil um sapo pode virar príncipe. c) O rato, após cruel assédio, foi devorado pelo manhoso bichano. d) Esse talentoso rapaz nasceu músico. e) Continuo aqui. Que jeito!

11 - (UNIFOR CE/2001/Julho) …não apenas a devastação causada pela guerra condenara

a maior parte da Europa à pobreza…

A predicação do verbo grifado na frase acima se repete em: a) despertou esperanças tão grandes quanto a catástrofe… b) no qual a paz e a prosperidade seriam o destino de todos. c) que não ficava muito longe da ditadura nazista. d) e essa conclusão positiva resiste a muitas das restrições… e) impôs a grande parte do continente um regime repressivo…

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12 - (FEI SP) 1 "Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a

família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. ELE, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera(...).

2 - Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta. 3 Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se

ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...) Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:

4 - Você é um bicho, Fabiano. 5 Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer

dificuldades".

Observe a oração: "Fabiano ia SATISFEITO". O termo em destaque assume a função de: a) predicativo do sujeito b) objeto direto c) adjunto adverbial d) adjunto adnominal e) agente da passiva

13 - (UNIRIO RJ)

“APELO”

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade. Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.” DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos,

introdução e notas bibliográficas por Alfredo osi) 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p.190.

As funções sintáticas de sem o perdão de sua presença (l. 11-12) e de a todas as aflições do dia (l. 12) são, respectivamente: a) predicativo do sujeito indireto. b) predicativo do sujeito e complemento nominal de perdão. c) adjunto adverbial de exclusão e complemento nominal de presença. d) adjunto adverbial de exclusão e objeto indireto. e) adjunto adverbial da exclusão e adjunto adnominal de presença.

14 - (UNIRIO RJ)

"CARIOCA (...) FOI O NOME DADO EM VIRTUDE DO DEPÓSITO DE PIPAS DE ÁGUAS FRESCA." A opção correta, quanto à sintaxe da oração acima, é: a) o predicado é nominal. b) o predicado é verbal. c) o verbo, na oração, é transitivo direto. d) EM VIRTUDE DO DEPÓSITO ... FRESCA é adjunto adverbial de conseqüência. e) DE ÁGUA FRESCA é complemento nominal.

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15 - (UFCG PB/2006) [...] Graças à abundância d’água que lá havia, como em nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.

E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.

AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: FTD, 1993, p. 31.

O termo às tinas (linha 3) tem função de a) adjunto adnominal e reforça a caracterização dos personagens. b) objeto indireto e destaca a caracterização do ambiente. c) complemento nominal e evidencia a descrição do cenário. d) adjunto adverbial e é fundamental para a composição do cenário da obra. e) sujeito e serve para indicar a profissão dos habitantes do cortiço.

16 - (UNIMAR SP/2002)

Assinale a função sintática do elemento sublinhado: “A invasão das escolas por esses novos equipamentos tecnológicos exige adaptação.” a) Complemento nominal b) Adjunto adnominal c) Adjunto adverbial d) Objeto indireto e) Objeto direto

17 - (FGV /2011/Janeiro) Analise a tira.

Observe a função sintática da expressão “o carnaval”, no primeiro quadrinho, e de “adiamentos”, no segundo. As palavras grifadas desempenham essas mesmas funções sintáticas, respectivamente, em:

a) Não temos mais desculpas. / Quando é a Páscoa? b) Vamos enfrentar a realidade. / Não temos mais desculpas. c) Vamos festejar a Páscoa. / Basta de preocupações. d) Chega de reclamações. / Quando é o Carnaval? e) Aproxima-se o Natal. / Basta de reclamações.

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18 - (FGV /2009/Janeiro)

Há anos o Itaú investe na cultura brasileira e é desse compromisso com o país que nasceu o Itaúbrasil.

(Veja, 09.07.2008) Assinale a alternativa correta.

a) Considerando os sentidos da frase, está correto quanto à concordância o enunciado:

Muitos bancos, como o Itaú, vêem investindo na cultura brasileira. b) A expressão Itaúbrasil funciona sintaticamente como objeto direto do verbo nascer. c) Na frase, poder-se-ia substituir Há anos por Fazem anos, mantendo-se o registro

padrão da língua. d) Na frase, o pronome esse, em desse compromisso, não tem sua referência explícita. e) O processo de formação de palavras de Itaúbrasil é o mesmo que ocorre com norte-

americano. 19 - (UFAM/2008/Janeiro)

Assinale a opção em que o pronome que exerce a função sintática de objeto direto: a) Nosso amigo vendeu bem todos os quadros a óleo que pintou. b) Amemos, jovens, a terra que nos viu nascer. c) Gostei de descobrir em ti a pessoa solidária que és. d) Inocente que era, como ficou claro, foi logo liberado. e) Somos o que somos, não aquilo que pensamos ser.

20 - (UFAM/2007)

Assinale a opção em que o pronome se aparece na frase com a função de objeto direto de verbo reflexivo recíproco: a) Quem se imola em praça pública é monge budista. b) Os vaidosos deslustrados se atribuem importância que não têm. c) Os dois jovens se davam demonstrações de profundo afeto. d) No início dos debates, os adversários cumprimentaram-se apenas formalmente. e) O velho se arrependia amargamente de sua passada vida viciosa.

21 - (UNIMAR SP/2002)

“A nossa intenção era de que todos os alunos fossem ouvidos, mas não houve tempo.” Os termos grifados exercem a função sintática, respectivamente, de: a) Objeto indireto e sujeito b) Objeto direto e objeto direto c) Sujeito e sujeito d) Objeto direto e sujeito e) Sujeito e objeto direto.

22 - (ITA SP/2002)

Leia, a seguir, o texto em que Millôr Fernandes parodia Manuel Bandeira:

Que Manuel Bandeira me perdoe, mas VOU-ME EMBORA DE PASÁRGADA Vou-me embora de Pasárgada Sou inimigo do Rei Não tenho nada que eu quero Não tenho e nunca terei Vou-me embora de Pasárgada Aqui eu não sou feliz A existência é tão dura As elites tão senis Que Joana, a louca da Espanha, Ainda é mais coerente do que os donos do país.

(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S.Paulo, mar. 2001.)

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Os três últimos versos de Millôr Fernandes exprimem: a) a inconseqüência dos governantes. b) a má vontade dos políticos. c) a ignorância do povo. d) a pobreza de espírito das elites. e) a loucura das mulheres no governo.

23 - (PUC PR/2001/Janeiro) Observe a frase que segue:

“Não posso lhe garantir que todos estarão presentes à sua festa de formatura”. Do enunciado acima, pode-se afirmar que a parte sublinhada desempenha a função de:

a) sujeito de posso, b) objeto direto de posso, c) objeto indireto de posso, d) objeto direto de garantir, e) objeto indireto de garantir.

24 - (UNP RN/Janeiro) Objeto direto preposicionado é um recurso da língua que permite o

uso de uma preposição junto a um verbo transitivo direto, a fim de adequar o texto à norma culta da língua. Nas alternativas abaixo, apenas em uma delas esse recurso não foi utilizado, estabelecendo, portanto, um erro. Aponte-a : a) “Mulher que ama a dois, a ambos engana.” b) Esta é a pessoa a quem respeito muito. c) Encontrei a ele em um momento de grande dificuldade. d) Na Copa do Mundo de 1998, venceu a França o Brasil.

25 - (UNP RN/Julho) “Em face da História, rio sem fim que vai arrastando tudo e todos no

seu curso, o contista é um pescador de momentos singulares, cheios de significação. Inventor do novo: descobrir o que os outros homens não souberam ver com tanta clareza, não souberam sentir com tanta força. Literariamente: o contista explora no discurso ficcional uma hora intensa e aguda de percepção. Esta, acicatada pelo demônio da visão, não cessa de perscrutar situações narráveis na massa aparentemente amorfa do real. E entre nós, o que tem achado?”

Os verbos “ver” e “sentir” necessitam de um complemento para que tenham realmente sentido. Sendo assim, concluímos que o objeto deles, no texto acima, é :

a) momento - momentos b) pescador - pescador c) homens - homens d) que - que

26 - (UNIFOR CE/2002/Janeiro) O próprio mato foge à obrigação.

A função sintática do termo sublinhado acima é a mesma do termo também sublinhado na frase: a) Só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. b) A paisagem toca pela pobreza calma. c) Os bois se postam junto à árvore. d) Que fazer desses ermos lobrigados de passagem? e) O rebanho amontoa-se em círculo.

27 - (UNIFOR CE/2002/Julho) … e sonhava em escrever um grande romance. Considere as frases abaixo, construídas com o verbo grifado acima.

I. Dizem que Napoleão sonhava com uma grande reputação literária. II. Napoleão sonhava-se um afamado escritor. III. Ninguém poderia sonhar o que Napoleão faria.

O tipo de complemento exigido pelo verbo sonhar está correto em: a) I, II e III. b) I e II, somente. c) II e III, somente. d) III, somente. e) I, somente.

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28 - (EFEI SP/2002) No fragmento "dizendo-lhe que", lhe é analisado morfossintaticamente como: a) pronome pessoal reto na função de objeto direto. b) pronome pessoal reto na função de objeto indireto. c) pronome pessoal oblíquo na função de objeto direto. d) pronome pessoal oblíquo na função de objeto indireto. e) pronome possessivo na função de adjunto adnominal.

TEXTO: 1 - Comum à questão: 29

Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância. Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causar repugnância… Sobe-se à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreita meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos Na frialdade inorgânica da terra!

29 - (ITA SP) Em “Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia” os termos grifados

funcionam respectivamente como: a) adjunto adverbial e adjunto adnominal b) adjunto adverbial e adjunto adverbial c) objeto indireto e complemento nominal d) objeto adverbial e adjunto adnominal e) adjunto adnominal e complemento nominal

TEXTO: 2 - Comum à questão: 30

01Olá. Espero que esteja gostando da revista. Neste artigo, eu 02gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância 03para você. Você já foi induzido a dizer “sim”? Já se sentiu forçado a 04comprar o que não queria ou a contribuir com alguma causa 05suspeita? Alguma vez já desejou entender por que agiu desse jeito, 06para que no futuro pudesse resistir a esses ardis? Sim? Então este 07artigo é perfeito para você. Ele contém informações de grande valor 08sobre as mais poderosas pressões psicológicas que fazem você 09responder “sim” a pedidos. E é repleto de pesquisas NOVAS e 10APRIMORADAS que mostram exatamente como e por que essas 11técnicas funcionam. Então não perca tempo, apenas relaxe e acesse 12as informações – que, no fundo, você já está desejando ter.

Adaptado de Robert Cialdini 30 - (MACK SP/2006/Janeiro)

Neste artigo, eu gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância para você.

Assinale a alternativa que, alterando a ordem dos termos, mantém o sentido original do trecho acima.

a) Eu gostaria de apresentar algo neste artigo de extrema importância para você. b) Eu gostaria, neste artigo, de poder apresentar algo de extrema importância para você. c) Eu gostaria de apresentar, neste artigo, algo que pode ser de extrema importância para

você.

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d) Para você, eu gostaria de apresentar algo que pode ser de extrema importância neste artigo.

e) Eu gostaria, neste artigo, de poder apresentar, para você, algo que pode ser de extrema importância.

TEXTO: 3 - Comum à questão: 31

TUDO VERDE NA GROELÂNDIA As geleiras da Groelândia estão derretendo tão rapidamente que, em alguns lugares,

os níveis glaciais baixaram 10 metros num único ano. A constatação é de um grupo de cientistas da fundação Gary Comer, entidade americana que estuda as mudanças bruscas do clima no planeta. Para os pesquisadores, o território dinamarquês se tornou um laboratório gigante das transformações ambientais. O recuo do gelo e o desnudamento das rochas deram espaço a liquens e até a plantas mais desenvolvidas, além de resgatarem traços da agricultura viking extinta no século 15, quando a temperatura caiu tanto que nenhuma civilização resistiu ali. Hoje, a novidade ressuscita o verde e os fazendeiros. O aparente bom pasto é apenas a ponta de um grande problema ecológico.

( Terra, ed. 162, out. 2005, p.25.) 31 - (PUC PR/2006/Janeiro) “A constatação é de um grupo de cientistas da fundação Gary

Comer, entidade americana que estuda as mudanças bruscas do clima no planeta.” O enunciado destacado tem a função de:

a) referir-se ao Estados Unidos. b) explicar as mudanças bruscas no clima. c) caracterizar as mudanças climáticas. d) explicar o que vem a ser a fundação Gary Comer. e) referir-se aos cientistas e suas habilidades.

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32 - CANCELADA TEXTO: 5 - Comum à questão: 33

CONVIVER COM A DIFERENÇA: O GRANDE DESAFIO DO SÉCULO 21 (NA VIDA PRIVADA, NO TRABALHO E NA SOCIEDADE)

Patrícia Zaidan (Adaptado da Revista Cláudia, julho de 2005)

1No mundo tecnológico de hoje, que permite que um vietnamita se comunique 2com um boliviano ouvindo sua voz e vendo seu rosto, não há mais problema 3particular. É como se a casa do vizinho deixasse de existir – moramos, todos, sob o 4mesmo teto e o que atinge uma 5pessoa afeta as demais. Foi assim que o atentado de 11 de setembro feriu o coração 6da humanidade. E cada bomba que explode no Iraque reforça a tese de que estamos 7ameaçados pela violência global.

8Para tentar neutralizá-la, é preciso entender o que se passa. “O começo do 9caos, o princípio da desordem no mundo é a falta de compreensão sobre o 10diferente”, afirma a filósofa Anita Novinsky, chefe do Laboratório de Estudos sobre a 11Intolerância da Universidade de São Paulo. “Se existe uma esperança para pacificar 12as relações humanas, ela se chama tolerância.”

13Anita assegura que as ações econômicas que levaram o planeta à modernidade 14também decretaram a perda da originalidade. Ao padronizar mercados, meios e 15modos de produção, a globalização interfere – muitas vezes de forma desastrosa – na 16dinâmica das cidades, das famílias e faz pairar o sentimento de que o diferente deve 17ser excluído. Isso pode significar um tiro no pé.

18Para haver desenvolvimento sustentável, o planeta tem de preservar a 19diversidade biológica; para realizar justiça social, deve aceitar a multiplicidade étnica, cultural e religiosa; para respirar democracia, necessita acatar a diversidade política. Em resumo: o homem precisa respeitar o homem.

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33 - (FURG RS/2006/Janeiro) Observando as relações entre os termos, assinale a alternativa em que as expressões destacadas têm a mesma função: a) a tese (ref. 5) e a, em neutralizá- la (ref. 7). b) de compreensão (ref. 8) e de 11 de setembro (ref. 4). c) da originalidade (ref. 12) e da humanidade (ref.s 4-5). d) o homem (ref. 18) e o homem (ref. 19). e) no Iraque (ref. 5) e sustentável (ref. 16).

TEXTO: 6 - Comum à questão: 34

A animalização do país Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 2006

SÃO PAULO - No sóbrio relato de Elvira Lobato, lia-se ontem, nesta Folha, a história de um Honda Fit abandonado em uma rua do Rio de Janeiro "com uma cabeça sobre o capô e os corpos de dois jovens negros, retalhados a machadadas, no interior do veículo".

Prossegue o relato: "A reação dos moradores foi tão chocante como as brutais mutilações. Vários moradores buscaram seus celulares para fotografar os corpos, e os mais jovens riram e fizeram troça dos corpos.

Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem. "Eu gritei: Está nervoso e perdeu a cabeça?", relatou um motoboy que pediu para não ser identificado, enquanto um estudante admitiu ter rido e feito piada ao ver que o coração e os intestinos de uma das vítimas tinham sido retirados e expostos por seus algozes.

"Ri porque é engraçado ver um corpo todo picado", respondeu o estudante ao ser questionado sobre a causa de sua reação.

O crime em si já seria uma clara evidência de que bestas-feras estão à solta e à vontade no país. Mas ainda daria, num esforço de auto-engano, para dizer que crimes bestiais ocorrem em todas as partes do mundo.

Mas a reação dos moradores prova que não se trata de uma perversidade circunstancial e circunscrita. Não. O país perde, crescentemente, o respeito à vida, a valores básicos, ao convívio civilizado. O anormal, o patológico, o bestial, vira normal. "É engraçado", como diz o estudante.

O processo de animalização contamina a sociedade, a partir do topo, quando o presidente da República diz que seu partido está desmoralizado, mas vai à festa dos desmoralizados e confraterniza com trambiqueiros confessos. Também deve achar "engraçado".

Alguma surpresa quando é declarado inocente o comandante do massacre de 111 pessoas, sob aplausos de parcela da sociedade para quem presos não têm direito à vida? São bestas-feras, e deve ser "engraçado" matá-los. É a lei da selva, no asfalto.

34 - (PUC SP/2006/Julho)

No trecho "Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem", pode-se dizer que os dois termos grifados são, respectivamente, a) o sujeito e o predicado do verbo "descreveram". b) o adjunto adnominal e o adjunto adverbial do verbo "descreveram". c) o objeto direto e o objeto indireto do verbo "descreveram". d) o aposto e o vocativo do verbo "descreveram". e) o complemento nominal e o agente da passiva do verbo "descreveram".

TEXTO: 7 - Comum à questão: 35

Ética dos advogados e ensino jurídico Diante da crescente evidência de envolvimento de advogados com traficantes, é

razoável e até necessário que a OAB reveja seus mecanismos de controle do exercício da profissão. Que acione com mais vigor sua Comissão de Ética, 5como quer seu presidente, Roberto Busato. Mas serão essas comissões suficientes? Ou estão elas também aprisionadas pela armadilha tradicional – a dificuldade estrutural de qualquer corporação em controlar a si mesma? Dificuldade não exclusiva dos advogados, mas de qualquer corporação: 10médicos, juízes e políticos, por exemplo.

Aliás, foi justamente a evidência de que as corregedorias judiciais eram insuficientes para controlar o comportamento ético-disciplinar dos magistrados que levou o ministro Cézar Peluso, ao defender a constitucionalidade do Conselho 15Nacional de Justiça, a

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ressaltar: "(...) os atuais instrumentos orgânicos de controle ético-disciplinar dos juízes, porque praticamente circunscritos às corregedorias, não são de todo eficientes, sobretudo nos graus superiores de jurisdição (...)". A tarefa é difícil. Exige mais do que controles internos 20corporativos.

Nessa perspectiva, surgiu proposta de tornar obrigatória a disciplina Ética Profissional nas faculdades de Direito. A proposta, aparentemente adequada, deve ser vista com cuidado. Mais importante do que ensinar ética é praticar um 25comportamento ético. Isso quer dizer que uma escola de Direito só tem legitimidade para ensinar ética se tiver antes implantado a prática cotidiana da ética entre professores, alunos e funcionários. Tiver antes implantado a educação como prática da ética, parafraseando o grande educador Paulo 30Freyre, quando pregava a educação como prática da liberdade.

Infelizmente, em grande número de faculdades de Direito existem práticas antiéticas de muitos alunos e até de alguns professores. Práticas que, nesta crise de perda de indignação do brasileiro, de tão corriqueiras, parecem até normais. Dou 35exemplo de duas: a cola na prova e o plágio no trabalho de curso.

Qual a política efetiva que as escolas têm para controlar a cola? Que punições ou reeducação as escolas têm para o aluno que é pego colando? No nível institucional, 40provavelmente nenhuma. Tudo fica ao arbítrio do professor cansado, sem formação didática renovada, mal pago, a dar aula a um número excessivo de alunos empacotados numa sala, em situação que a boa didática jamais recomendaria. A ele cabe decidir se o aluno vai perder a questão, perder a 45prova, ou apenas laisser passer.

Isso é suficiente? Difícil dizer. As estratégias para violação se sofisticaram. A cola tradicional, olhar e copiar a prova do aluno ao lado, insinuante, quase provocativa, que se autoconvida, dá lugar a "métodos" mais sofisticados, celulares 50e outros meios eletrônicos. Tudo facilitado pelo fato de que a prova pede mais a memorização da doutrina alheia do que o raciocínio original do aluno.

O plágio em trabalhos escritos está em ascensão. Culpa do Google, da familiaridade das novas gerações de alunos 55com a tecnologia de busca na internet, e da facilidade de se atribuir a autoria de um texto. Essa situação é agravada pelo fato de que os trabalhos de disciplinas e de conclusão de curso são, sobretudo, pesquisas bibliográficas, estruturadas pelo que o professor Luciano de Oliveira chama de ideologia 60da "manualização". Assim como a maioria dos manuais de Direito são apenas uma colagem de autores, textos, doutrinas e jurisprudência sem necessariamente maior arte, assim também são os trabalhos de classe e de conclusão de curso. A pesquisa dos alunos começa e termina nos manuais 65de sempre.

Incluir, pois, um curso de ética profissional no currículo pode nos levar a um paradoxo. O currículo ensinando ética, e o aluno praticando a antiética, ao usar a tecnologia para plagiar autores e colar nas provas e trabalhos do curso. Em outras 70palavras: não vamos resolver o grave problema do comportamento antiético de alguns advogados tornando obrigatório o ensino de uma nova disciplina – Ética Profissional – num ambiente marcado pela cola e plágio.

Temos o mesmo problema nas disciplinas de ética 75profissional nos cursos de formação dos juízes. Não raramente, essas disciplinas se transformam em discussões filosóficas ou dogmáticas europeizadas. Raramente se estruturam a partir da análise crítica dos problemas éticos disciplinares que existem em seus próprios tribunais.

80Soluções existem. Há escolas privadas, no Brasil e no exterior, onde os alunos assinam, além do contrato de prestação de serviços educacionais com a faculdade, um código de ética que se obriga a respeitar. Algumas escolas já têm Conselhos de Ética, nos quais a cola e o plágio são 85discutidos e julgados por alunos, professores e funcionários: as sanções vão desde a advertência até a expulsão, passando pela perda da bolsa.

Razões pragmáticas favorecem uma postura mais rigorosa. O aluno que cola pode apresentar um currículo igual ou 90melhor do que aquele que se esforçou sozinho. Isso é concorrência desleal num mundo em que é cada vez mais difícil obter emprego. Em algumas escolas, os alunos estão se conscientizando e contribuindo para o controle ético de seus colegas. Sem falar que está em jogo o próprio nome e 95reputação da escola – o que também começa a ser percebido pelos alunos. De uma maneira ou de outra, o mercado empregador acaba descobrindo quais as escolas que facilitam a aprovação do aluno e quais as que exigem um comportamento mais ético profissionalmente.

(Joaquim Falcão. Correio Braziliense, 20/7/06)

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35 - (FGV /2007/Janeiro) Em seus mecanismos de controle do exercício da profissão (L.3-4), de controle, do exercício e da profissão exercem, respectivamente, função sintática de: a) adjunto adnominal – complemento nominal – adjunto adnominal. b) adjunto adnominal – complemento nominal – complemento nominal. c) complemento nominal – adjunto adnominal – complemento nominal. d) complemento nominal – adjunto adnominal – adjunto adnominal. e) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adnominal.

TEXTO: 8 - Comum à questão: 36

TEXTO 1: POR UM POUCO DE LIMITES Lya Luft. Revista Veja, 14 de junho de 2006 (adaptação).

1Sempre que devo falar em educação procuro não parecer cética, mas me lembro do

que 2dizia um velho e experiente professor: “Se numa turma de quarenta alunos faço um aprender 3a pensar, me dou por satisfeito”.

4Das coisas boas que me marcaram, uma foram os limites sensatos, outra, a autoridade 5bondosa. Nada a ver com autoritarismo, desrespeito ou controle abusivo.

6O colégio era severo, não cruel. Estudava-se muito. 7Muito de psicologia mal interpretada nos mostrou pelos anos 60 que não dá para

8traumatizar crianças e jovens: eles têm que aprender brincando. Esqueceu-se que a vida não 9é brincadeira e que o colégio – como a família – deveria nos preparar para ela.

10Um pouco de ordem na infância e na adolescência – em casa, na escola e na sociedade 11em geral – ajudaria a aliviar a perplexidade e angústia dos jovens. Respeito deveria ser algo 12natural e geral, começando em casa, onde freqüentemente as crianças comandam o 13espetáculo.

14O exemplo vem de cima, e nisso estamos mal. Corrupção e impunidade são o modelo que 15se nos oferece publicamente. Se os pais pudessem instaurar uma ordem em casa – amorosa, 16mas firme - dando aos filhos limites e sentido, respeitando o fato de estarem em formação, 17estariam sendo melhores do que agindo de forma servil ou eternamente condescendente.

18Aliás, em casa começaria o melhor currículo, a melhor ferramenta para a vida: respeitar, 19enxergar e questionar. Nem calar a boca, como antigamente, nem gritar, bagunçar ou 20ofender: dialogar, comunicar-se numa boa, com irmãos, pais e outros. Isso estimularia a 21melhor arma para enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas, que 22enfrentamos todos os dias: discernimento.

23O resto, meus caros, pode vir depois: com todas as teorias, nomenclaturas, 24“modernidades” e instrumentação. É ornamento, é detalhe, pouco serve para quem não 25aprendeu a analisar, ler, concentrar-se, argumentar e ser um cidadão integrado e firme no 26caótico e admirável mundo nosso.

36 - (FURG RS/2007/Janeiro)

Assinale a alternativa em que as expressões grifadas apresentam a mesma função.

I. em casa (linha 18) e numa boa (linha 20) II. dos jovens (linha 11) e de cima (linha 14) III. sensatos (linha 4) e bondosa (linha 5) IV. aos filhos (linha 16) e para ela (linha 9) V. de forma servil (linha 17) e de informações (linha 21)

a) IV, V e I estão corretas. b) II, IV e III estão corretas. c) III, II e V estão corretas. d) I, III e IV estão corretas. e) V, I e II estão corretas.

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TEXTO: 9 - Comum à questão: 37 TEXTO 2: NO ANO PASSADO...

Mario Quintana: Porta Giratória. São Paulo, Ed Globo, 3ª edição, 1997.

1Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse 2atravessado um rio, deixando tudo na outra margem... .Tudo sim, tudo mesmo! Porque, 3embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa 4extraordinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas.

5Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do 6ano passado, deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de 7anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, 8informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte: "Na Itália, quando 9soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os 10vasos rachados".

11Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, 12tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido 13despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente 14irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz 15para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em 16versos...

17Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto 18andar do ano passado. Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para 19outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua 20ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.

37 - (FURG RS/2007/Janeiro) Assinale a alternativa em que as expressões grifadas desempenham o mesmo papel sintático.

a) de alívio (linha 4), da Europa (linha 7) e pela janela (linha 11). b) leve (linha 3), concretas (linha 15) e livre (linha 3). c) um rio (linha 2), um parágrafo (linha 8) e tudo (linha 2). d) a alma (linha 3), metáforas (linha 14) e um recorte (linha 12). e) nossa (linha 20), já (linha 1) e eu (linha 5).

TEXTO: 10 - Comum à questão: 38

MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

Fonte: PESSOA, F. Mensagem. In: Mensagem e outros poemas afins seguidos de Fernando Pessoa e idéia de Portugal. Mem Martins: Europa-América [19-].

38 - (UEL PR/2007/1ª Fase)

Em “Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal”. A expressão Ó mar salgado classifica-se, sintaticamente, como: a) Sujeito, pois expressa o ser de quem se diz algo. b) Objeto, pois completa o sentido do verbo transitivo direto. c) Vocativo, pois expressa o ser a quem se dirige a mensagem do narrador. d) Complemento nominal, pois completa a idéia expressa por um nome. e) Aposto, pois explica e identifica o termo a que se refere o narrador.

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TEXTO: 11 - Comum à questão: 39 Mudança no clima afeta mais os pobres, diz secretário da ONU

Após alerta climático da ONU, reunião com ministros do Meio Ambiente de cem países pretende estudar modificações no comércio global para salvar o planeta Agência Reuters

NAIRÓBI, Quênia - Os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelo aquecimento global, serão os mais afetados pelo fenômeno, disse na segunda-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a ministros de Meio Ambiente de vários países. Eles estão reunidos em Nairóbi, capital do Quênia, para estudar modificações no comércio global de modo a salvar o planeta. "A degradação do ambiente global continua incontida, e os efeitos da mudança climática estão sendo sentidos em todo o globo", disse Ban em nota que ecoa o relatório divulgado na semana passada pela ONU que apontava as atividades humanas como principais causas do aquecimento. Em um discurso atribuído a Ban no início da reunião ministerial de Nairóbi, capital do Quênia, o secretário-geral afirmou que todos os países vão sentir os efeitos adversos das mudanças climáticas. "Mas são os pobres, na África e em pequenos Estados insulares, que vão sofrer mais, mesmo que sejam os menos responsáveis pelo aquecimento global", afirmou. Especialistas dizem que a África é o continente que menos emite gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, mas que devido à pobreza e à geografia é a região que tem mais a perder. Símbolos disso são a desertificação em torno do Saara e a redução da capa de gelo do monte Kilimanjaro. Agências ambientais da ONU pressionam Ban a se empenhar na busca por um tratado que suceda ao Protocolo de Kyoto, que prevê a redução nas emissões globais de poluentes, mas expira em 2012. Os governos estão sob pressão para agirem à luz das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que apontou grande probabilidade de que no futuro haja mais tempestades, secas, ondas de calor provocadas pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades.

Alternativas

Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, que organiza o encontro de uma semana dos quase cem ministros, disse que a globalização está esgotando os recursos mundiais, sem oferecer os benefícios esperados. Mas há muitos exemplos de gerenciamento sustentável, lembrou ele, citando a certificação de recursos como madeira e pesca para evitar a exploração ilegal e mecanismos "criativos", como o mercado de carbono, ou seja, de créditos para a emissão de poluentes, que se amplia rapidamente. "Precisamos valorizar o poder do consumidor, atender aos apelos por regulamentação internacional para o setor privado e impor padrões e normas realistas para os mercados globalizados", disse Steiner em nota antes da reunião.

Relatório climático

O encontro ocorre sob o impacto do relatório da ONU, de acordo com o qual há mais de 90% de probabilidade de que o aquecimento global tenha como principal causa o fator humano. Funcionários da ONU esperam que o estudo incentive governos – especialmente o dos EUA, maior poluidor mundial – e empresas a se empenharem mais na redução dos gases do efeito estufa, emitidos principalmente por usinas termelétricas, fábricas e carros. O encontro desta semana do Conselho do Programa Ambiental da ONU no Quênia discutirá também a crescente ameaça da poluição por mercúrio, a demanda por biocombustíveis e reformas na ONU. Pela primeira vez, o evento receberá dirigentes de outras agências, como Pascal Lamy, da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Acredito que a presença (de Lamy) mostra que não há mais um tráfego de mão única a respeito do comércio e meio ambiente", disse Steiner.

Fonte: www.estadao.com.br/2007/fev/05/85.htm

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39 - (PUC SP/2007/Julho)

Considerando o trecho “Os governos estão [1] sob pressão [2] para agirem à luz das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que apontou grande probabilidade [3] de que no futuro haja mais tempestades, secas, ondas de calor provocadas [4] pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades”, os termos grifados e numerados exercem, respectivamente, a função sintática de a) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de finalidade, complemento nominal e agente

da passiva. b) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de conformidade, objeto indireto e sujeito

paciente. c) adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de conseqüência, objeto direto

preposicionado e aposto. d) adjunto adnominal, adjunto adverbial de afirmação, adjunto adnominal e complemento

nominal. e) adjunto adverbial de companhia, adjunto adverbial de proporção, agente da passiva e

objeto indireto. TEXTO: 12 - Comum à questão: 40

Tirinha 1

Disponível em <http://tiras-hagar.blogspot.com/2006_04_01_archive.html>.

Tirinha 2

Disponível em <http://tiras-hagar.blogspot.com/2006_05_01_archive.html>.

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40 - (UEM PR/2007/Julho)

Na tirinha 1, em “...dizer pra elas o que é bom pra elas?”, temos dois complementos que se classificam, respectivamente, como a) objeto indireto e complemento nominal. b) objeto direto e complemento nominal. c) objeto indireto e objeto indireto. d) complemento nominal e complemento nominal. e) objeto indireto e objeto direto.

TEXTO: 13 - Comum à questão: 41 O BARBEIRO

01Perto de casa havia um barbeiro, que me 02conhecia de vista, amava a rabeca e não 03tocava inteiramente mal. Na ocasião em que ia 04passando, executava não sei que peça. Parei 05na calçada a ouvi-lo (tudo são pretextos a um 06coração agoniado), ele viu-me, e continuou a 07tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a 08outro, que ali foram, a despeito da hora e de 09ser domingo, confiar-lhe as caras à navalha. 10Perdeu-os sem perder uma nota; ia tocando 11para mim. Esta consideração fez-me chegar 12francamente à porta da loja, voltado para ele. 13Ao fundo, levantando a cortina de chita que 14fechava o interior da casa, vi apontar uma 15moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. 16Era a mulher dele; creio que me descobriu de 17dentro, e veio agradecer-me com a presença o 18favor que eu fazia ao marido. Se me não 19engano, chegou a dizê-lo com os olhos. 20Quanto ao marido, tocava agora com mais 21calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, 22grudava a face no instrumento, passava a 23alma ao arco, e tocava, tocava…

24Divina arte! Ia-se formando um grupo, 25deixei a porta da loja e vim andando para 26casa; enfiei pelo corredor e subi as escadas 27sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso 28deste barbeiro, ou por estar ligado a um 29momento grave de minha vida, ou por esta 30máxima, que os compiladores podiam tirar 31daqui e inserir nos compêndios da escola. A 32máxima é que a gente esquece devagar as 33boas ações que pratica, e verdadeiramente 34não as esquece nunca. Pobre barbeiro! Perdeu 35duas barbas naquela noite, que eram o pão do 36dia seguinte, tudo para ser ouvido de um 37transeunte. Supõe agora que este, em vez de 38ir-se embora, como eu fui, ficava à porta a 39ouvi-lo e namorar-lhe a mulher; então é que 40ele, todo arco, todo rabeca, tocaria 41desesperadamente. Divina arte!

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro – obra completa – vol. I, Aguilar, 2a ed. 1962. 41 - (UECE/2008/Janeiro) Na passagem “... executava não sei que peça.” (linha 04), a palavra que tem função de:

a) pronome relativo — sujeito b) pronome adjetivo — adjunto adnominal c) pronome relativo — adjunto adnominal d) conjunção integrante — conectivo

TEXTO: 14 - Comum à questão: 42

(O Estado de S. Paulo, 1/12/2003.)

42 - (UFMT/2009/Janeiro) Em relação aos recursos lingüísticos e textuais, assinale a afirmativa correta.

a) No primeiro quadrinho, o pronome isso retoma Todo mundo busca a felicidade! b) A palavra Haroldo, no último quadrinho, tem a função de aposto.

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c) Em Eu não!, a elipse serve para evitar a repetição de parte da frase anterior. d) O pronome lhe, no último quadrinho, na linguagem padrão deveria ser substituído pelo

pronome o. e) Na única fala de Haroldo, a palavra que, nas três ocorrências, é conjunção integrante.

TEXTO: 15 - Comum à questão: 43

É a mais pura verdade, pode acreditar: no último fim de semana, um rapaz foi seduzido e embriagado por uma loira daquelas de cinema numa boate e acordou numa banheira de hotel cercado de gelo, com uma mensagem escrita no espelho com batom vermelho para que procure imediatamente um médico, pois seu rim fora retirado. Uma variável dessa história é a do menino – “filho da vizinha de um primo” – que desapareceu quando comprava lanches no McDonald’s de um famoso shopping da cidade e foi encontrado uma semana depois pálido. Quando a mãe foi dar banho nele, viu um grande corte não cicatrizado e o levou ao pronto-socorro, onde descobriram que traficantes de órgãos tinham retirado um de seus rins.

Que usuário regular de internet em todo o planeta nunca recebeu pelo menos uma mensagem assim, repassada por amigo ou conhecido, com o relato de algum caso que lhe pareceu bizarro ou absurdo, capaz de causar calafrios? Provavelmente, nenhum.

(Pesquisa – Fapesp, maio 2008) 43 - (UNISA SP/2009)

Assinale a alternativa em que as palavras em destaque funcionam como aposto explicativo, acrescentando informações sobre a seqüência anterior.

a) É a mais pura verdade, pode acreditar. b) ... seduzido e embriagado por uma loira daquelas. c) ... escrita no espelho com batom vermelho. d) Seu rim fora retirado. Uma variável dessa história. e) ... e a do menino – filho da vizinha de um primo.

TEXTO: 16 - Comum à questão: 44

A MACHADO DE ASSIS, MORTO VIVO

01De que maneira a fundo iremos conhecer-te, 02se muita vez estás noutro lugar, 03mil cabriolas a dar, 04com a manipulação freqüente de um falar 05e dois entenderes? 06O que propões, porém, vamos tateando, 07e o teu pungente riso saboreando. 08Algo fica, afinal, de tuas reticências –, 09mesmo sem se atingir total a tua essência 10e não obstante a previsão de Cubas –, 11também nas duas tais colunas da opinião, 12não só numa terceira, a dos agudos, 13e assim o teu discurso não é vão. 14De além dos vermes que roeram 15as tuas frias carnes 16sem deixar boca para rir 17nem olhos para chorar, 18escuta-me com a alma que restou 19do teu grande naufrágio 20(longe do feroz ágio e do pedágio). 21Aqui estou para dizer-te o quanto 22ainda te ouvimos, lemos e te amamos. 23Ensinaste-nos que há sempre 24uma gota da baba de Caim, 25tanto a vontade como a ação umedecendo 26de indivíduos, de classes ou de tribos. 27Que por batatas uns aos outros se consomem.

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28(Quantos, qual tu sem Deus, acham que a morte é o fim!) 29Joaquim Maria, as tuas esquivanças, 30silêncios e trejeitos e artimanhas 31deram-nos luz para a experiência do homem. 32E, quanto a nado, mar, navegação, 33embora cada um de nós manobre 34bem a seu modo o timão, 35para o leitor abriste uma Escola de Sagres, 36onde muito se pode observar, 37dos olhos de ressaca em tua Capitu 38até os confins da Europa no seu corpo, 39que por Bentinho, enfim, é rejeitado. 40Fizeste de Escobar o próprio rio Cobar, 41para em Ezequiel, homônimo do bíblico, 42denunciar-se por fumos todo um fogo, 43a culpa intencional da sedução de um mar... 44E fizeste surgir a dúvida no ar. 45Ora com humour, ora com ironia, 46contra Leibniz puseste Schopenhauer. 47De Laurence Sterne filtraste a sátira menipéia. 48E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria. 49Sobressai-te um vigor: a sensual latência, 50quase sempre consciente e deletéria, 51qual sangue a latejar por dentro de uma artéria. 52Evidenciando aqui, ali insinuando, 53soubeste registrar o desconforto, 54o descontentamento e a frustração 55da nossa humana condição 56desde o emplasto de Brás Cubas 57à solda da opinião. 58E aqui ficamos tristes e inquietos 59com as mil formas de ser da humana Dor. 60Muito amor ainda falta e pão. Faltam mais tetos, 61a paz pública falta e a paz interior. 62Sentimo-nos pequenos e incompletos.

LINHARES FILHO, José. A Machado de Assis, morto vivo. In: _____________. Notícias de bordo: poemas selecionados. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 91-93.

44 - (UFC CE/2009) Acerca dos elementos constitutivos do verso “E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria” (verso 48), analise as assertivas a seguir e coloque V ou F conforme sejam verdadeiras ou falsas.

( ) “mestre” exerce função de vocativo, assim como “Joaquim Maria” (verso 29). ( ) “apanhas” tem como sujeito “tu”, que remete a “Joaquim Maria” (verso 29). ( ) “E” exerce a mesma função que em “o desconforto, / o descontentamento e a

frustração / da nossa humana condição” (versos 53-55).

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta.

a) VFV. b) FVF. c) FFV. d) VFF. e) VVF.

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TEXTO: 17 - Comum à questão: 45

Brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem – Sois cristão? – Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu – Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval

(ANDRADE, Oswald de. Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1991, p. 41.)

45 - (UFES/2009)

O elemento do Texto que apresenta a mesma função sintática do termo “zonzo” (verso 07) é: a) de caravela (verso 1). b) pro guarani (verso 2). c) da mata virgem (verso 2). d) da fornalha (verso 7). e) pela graça de Deus (verso 9) .

TEXTO: 18 - Comum à questão: 46

Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira.

O Bicho

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

46 - (UFMS/2008/Inverno)

O substantivo bicho aparece três vezes nos versos do poema, exercendo, na ordem, as seguintes funções sintáticas: a) complemento verbal, sujeito, aposto. b) objeto indireto, sujeito, sujeito. c) complemento nominal, agente da passiva, sujeito. d) objeto direto, sujeito, sujeito. e) objeto indireto, sujeito, aposto.

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TEXTO: 19 - Comum à questão: 47 O texto abaixo é de autoria do grande poeta Manuel Bandeira, que foi o homenageado da sétima edição da Festa Literária Internacional de Paraty, no Rio de Janeiro (Flip), em julho de 2009.

Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare — Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

47 - (IBMEC/2010/Janeiro) As alternativas abaixo contem locuções preposicionadas retiradas do poema onde funcionam como adjuntos adnominais. Assinale aquela que possui função sintática diferente das demais:

a) “Estou farto do lirismo comedido”. b) “livro de ponto”. c) “manifestações de apreço”. d) “as sintaxes de exceção”. e) “O lirismo dos bêbedos”.

TEXTO: 20 - Comum à questão: 48

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi

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um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009).

48 - (UEL PR/2010/2ª Fase) Considere o trecho: “Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são a) predicados verbais. b) núcleos do sujeito. c) substantivos. d) advérbios. e) adjetivos.

TEXTO: 21 - Comum à questão: 49

O Ser nordestino: sentimentos em relação ao Nordeste Texto 9 1 A pobre esposa chorosa 2 naquele estranho ambiente 3 recorda muito saudosa 4 sua terra e sua gente 5 relembra o tempo de outrora, 6 lamenta, suspira e chora 7 com a alma dolorida 8 além da necessidade 9 padece a roxa saudade 10 de sua terra querida

ASSARÉ, Patativa do. Emigração. In: ______. Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Edições UFC, 2006, p. 108

Texto 10 1 Ó cidade da querença, 2 sob o sol ou sob a chuva 3 tu me penetras de ausência. 4 Minha ilha e meu refúgio, 5 aço em que, longe, me firo 6 e espelho em que me revejo, 7 oásis a que me retiro 8 entre os desertos de andejo, 9 morada antiga de deuses, 10 me enches de luar e de adeuses.

FILHO, Linhares. Canção para Lavras. In: ______. Notícias de Bordo: poemas selecionados. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 118.

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49 - (UFC CE/2010/Janeiro) Analise as assertivas sobre termos presentes no texto 10 e, em seguida, assinale a alternativa correta.

I. “Ó cidade da querença” exerce a função de vocativo. II. “enches” tem como sujeito o pronome tu, que remete a “desertos de andejo”. III. Em “espelho em que me revejo”, o pronome que tem função de objeto indireto. a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas II é verdadeira. c) Apenas III é verdadeira. d) Apenas I e II são verdadeiras. e) Apenas II e III são verdadeiras.

TEXTO: 22 - Comum à questão: 50

Considere a seguinte crônica do escritor e blogueiro Antonio Prata (1977-):

Pensar em nada A maravilha da corrida: basta colocar um pé na frente do outro.

Assim como numa família de atletas um garoto deve encontrar certa resistência ao

começar a fumar, fui motivo de piada entre alguns parentes – quase todos intelectuais – quando souberam que eu estava correndo. “O esporte é bom pra gente”, disse minha avó, num almoço de domingo. “Fortalece o corpo e emburrece a mente.”

Hoje, dez anos depois daquele almoço, tenho certeza de que ela estava certa. O esporte emburrece a mente e o mais emburrecedor de todos os esportes inventados pelo homem é, sem sombra de dúvida, a corrida – por isso que eu gosto tanto.

Antes que o primeiro corredor indignado atire um tênis em minha direção (número 42, pisada pronada, por favor), explico-me. É claro que o esporte é fundamental em nossa formação. Não entendo lhufas de pedagogia ou pediatria, mas imagino que jogos e exercícios ajudem a formar a coordenação motora, a percepção espacial, a lógica e os reflexos e ainda tragam mais outras tantas benesses ao conjunto psico-moto-neuro-blá-blá-blá. Quando falo em emburrecer, refiro-me ao delicioso momento do exercício, àquela hora em que você se esquece da infiltração no teto do banheiro, do enrosco na planilha do Almeidinha, da extração do siso na próxima semana, do pé na bunda que levou da Marilu, do frio que entra pela fresta da janela e do aquecimento global que pode acabar com tudo de uma vez. Você começa a correr e, naqueles 30, 40, 90 ou 180 minutos, todo esse fantástico computador que é o nosso cérebro, capaz de levar o homem à Lua, compor músicas e dividir um átomo, volta-se para uma única e simplíssima função: perna esquerda, perna direita, perna esquerda, perna direita, inspira, expira, inspira, expira, um, dois, um, dois.

A consciência é, de certa forma, um tormento. Penso, logo existo. Existo, logo me incomodo. A gravidade nos pesa sobre os ombros. Os anos agarram-se à nossa pele. A morte nos espreita adiante e quando uma voz feminina e desconhecida surge em nosso celular, não costuma ser a última da capa da Playboy, perguntando se temos programa para sábado, mas a mocinha do cartão de crédito avisando que a conta do cartão “encontra-se em aberto há 14 dias” e querendo saber se “há previsão de pagamento”.

Quando estamos correndo, não há previsão de pagamento. Não há previsão de nada porque passado e futuro foram anulados. Somos uma simples máquina presa ao presente. Somos reduzidos à biologia. Uma válvula bombando no meio do peito, uns músculos contraindo-se e expandindo-se nas pernas, um ou outro neurônio atento aos carros, buracos e cocôs de cachorro.

Poder, glória, dinheiro, mulheres, as tragédias gregas, tá bom, podem ser coisas boas, mas naquele momento nada disso interessa: eis-nos ali, mamíferos adultos, saudáveis, movimentando- nos sobre a Terra, e é só.

(Antonio Prata. Pensar em nada. Runner’s World, n.° 7, São Paulo: Editora Abril, maio/2009.)

50 - (UNESP SP/2010/Janeiro)

O esporte é bom pra gente, fortalece o corpo e emburrece A MENTE. – Antes que o primeiro corredor indignado atire UM TÊNIS em minha direção (...) – Quando estamos correndo, não há previsão de pagamento.

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Os termos grafados com letras maiúsculas nas passagens acima, extraídas do texto apresentado, identificam-se pelo fato de exercerem a mesma função sintática nas orações de que fazem parte. Indique essa função: a) Sujeito. b) Predicativo do sujeito. c) Predicativo do objeto. d) Objeto direto. e) Complemento nominal.

TEXTO: 23 - Comum à questão: 51

“Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada econômica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal”.

(Queirós, Eça. As Farpas. 1872.) 51 - (IBMEC/2010/Julho) Em “Nós estamos num estado comparável somente à Grécia”, o termo grifado exerce a função de

a) predicativo do sujeito b) complemento nominal c) adjunto adnominal d) aposto e) adjunto adverbial

TEXTO: 24 - Comum às questões: 53, 52, 54

Ler e crescer 1Com a inacreditável capacidade humana de ter ideias, sonhar, imaginar, observar, descobrir, constatar, enfim, refletir sobre o mundo e com isso ir crescendo, a produção textual vem se ampliando ao longo da história. As conquistas tecnológicas e a democratização da educação trazem a esse acervo uma multiplicação exponencial, que começa a afligir homens e mulheres de várias formas. Com a angústia do 5excesso. A inquietação com os limites da leitura. A sensação de hoje ser impossível abarcar a totalidade do conhecimento e da experiência (ingênuo sonho de outras épocas). A preocupação com a abundância da produção e a impossibilidade de seu consumo total por meio de um indivíduo. O medo da perda. A aflição de se querer hierarquizar ou organizar esse material. Enfim, constatamos que a leitura cresceu, e cresceu demais. 10Ao mesmo tempo, ainda falta muito para quanto queremos e necessitamos que ela cresça. Precisa crescer muito mais. Assim, multiplicamos campanhas de leitura e projetos de fomento do livro. Mas sabemos que, com todo o crescimento, jamais a leitura conseguirá acompanhar a expansão incontrolável e necessariamente caótica da produção dos textos, que se multiplicam ainda mais, numa infinidade de meios novos. Muda-se então o foco dos estudiosos, abandona-se o exame dos textos e da literatura, 15criam-se os especialistas em leitura, multiplicam-se as reflexões sobre livros e leitura, numa tentativa de ao menos entendermos o que se passa, já que é um mecanismo que recusa qualquer forma de domínio e nos fugiu ao controle completamente. Falar em domínio e controle a propósito da inquietação que assalta quem pensa nessas questões equivale a lembrar um aspecto indissociável da cultura escrita, e nem sempre trazido com clareza à consciência: 20o poder. Ler e escrever é sempre deter alguma forma de poder. Mesmo que nem sempre ele se exerça sob a forma do poder de mandar nos outros ou de fazer melhor e ganhar mais dinheiro (por ter mais informação e conhecer mais), ou sob a forma de guardar como um tesouro a semente do futuro ou a palavra sagrada como nos mosteiros medievais ou em confrarias religiosas, seitas secretas, confrarias de todo tipo. De 25qualquer forma, é uma caixinha dentro da outra: o poder de compreender o texto suficientemente para perceber que nele há várias outras possibilidades de compreensão sempre significou poder – o tremendo poder de crescer e expandir os limites individuais do humano. Constatar que dominar a leitura é se apropriar de alguma forma de poder está na base de duas atitudes antagônicas dos tempos modernos. Uma, autoritária, tenta impedir que a leitura se espalhe por todos, 30para que não se tenha de compartilhar o poder. Outra,

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democrática, defende a expansão da leitura para que todos tenham acesso a essa parcela de poder. Do jeito que a alfabetização está conseguindo aumentar o número de leitores, paralelamente à expansão da produção editorial que está oferecendo material escrito em quantidades jamais imaginadas antes, e ainda com o advento de meios tecnológicos que eliminam as barreiras entre produção e consumo do 35material escrito, tudo levaria a crer que essa questão está sendo resolvida. Será? Na verdade, creio que ela se abre sobre outras questões. Que tipo de alfabetização é esse, a que tipo de leitura tem levado, com que tipo de utilidade social?

ANA MARIA MACHADO www.dubitoergosum.xpg.com.br

52 - (UERJ/2011/1ª Fase) Segundo o texto, as atitudes autoritárias e democráticas em relação à leitura possuem um pressuposto comum.

Esse pressuposto está sintetizado em: a) o reconhecimento de que a leitura se associa ao poder b) a percepção de que a leitura se expande com o tempo c) a expectativa de que a leitura se popularize na sociedade d) a necessidade de que a leitura se identifique com a tecnologia

53 - (UERJ/2011/1ª Fase)

Enfim, constatamos que a leitura cresceu, e cresceu demais. Ao mesmo tempo, ainda falta muito para quanto queremos e necessitamos que ela cresça. Precisa crescer muito mais. (ref. 5 a 10)

Ao afirmar que a leitura cresceu, mas ainda precisa crescer mais, a autora mostra seu ponto de vista. Esse ponto de vista se relaciona com a seguinte constatação:

a) os novos meios tecnológicos não aproximaram de imediato os leitores b) a ampliação da produção textual não alterou o número de alfabetizados c) a eliminação de barreiras não representou de verdade uma conscientização d) o aumento de quantidade não se verificou do mesmo modo na qualidade

54 - (UERJ/2011/1ª Fase)

Com a inacreditável capacidade humana de ter ideias, sonhar, imaginar, observar, descobrir, constatar, enfim, refletir sobre o mundo e com isso ir crescendo, a produção textual vem se ampliando ao longo da história. (ref. 1)

O trecho destacado acima estabelece uma relação de sentido com o restante da frase. Essa relação de sentido pode ser definida como:

a) simultaneidade b) consequência c) oposição d) causa

TEXTO: 25 - Comum à questão: 55

CONSTRUINDO A DEMOCRACIA NAS ORGANIZAÇÕES Ruy de A. Mattos

Psicólogo Organizacional e Consultor de Empresas EMCO consultoria e educação corporativa

1A construção da democracia não pode ocorrer somente em nível das relações da sociedade com o Estado, seja através da interdependência e autonomia entre os três Poderes da República, seja por meio das eleições de nossos dirigentes e legisladores. Uma sociedade será tão democrática quanto mais democráticas forem suas instituições e 5suas Organizações públicas e privadas. É preciso coragem, despreendimento e persistência para construir os valores da democracia no âmbito das relações de trabalho que se estabelecem entre dirigentes, chefias e servidores nas Organizações públicas e entre patrões, gerentes e empregados, nas empresas privadas. E não basta a substituição do rótulo de "empregado" ou "servidor" para o de 10"colaborador" como se tem feito, cinicamente, em muitas instituições, sem que isso, de fato, represente qualquer mudança nas relações de poder.

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A democracia nas Organizações é construída sobre três pilares: a legitimidade, a participação e a simetria. A legitimidade indica o nível de aceitação do líder por seus liderados, sendo, assim, a 15base da autoridade, enquanto relação de poder que garante o cumprimento natural das decisões por aqueles que irão executá-las. Nas Organizações, a legitimidade pode ser construída sobre o reconhecimento da competência gerencial. A eleição é a síntese desse reconhecimento, que se traduz no voto de confiança que os eleitores depositam no candidato, enquanto futuro gestor. Ainda pouco usada no âmbito organizacional, a eleição é a 20manifestação mais clara da legitimidade. A participação é o fator que revela o grau de adesão voluntária dos liderados na construção e implementação das decisões organizacionais. É de sua natureza ser consciente, do contrário, teremos, no lugar da participação, a execução obediente, desprovida de entusiasmo. 25A participação é ação coletiva partilhada conscientemente. Quando ocorre, seus agentes assumem completa responsabilidade pelos êxitos, fracassos, sacrifícios e júbilos de cada empreitada. Uma organização democraticamente dirigida tem na participação sua principal característica. Seus funcionários ou empregados fazem do trabalho um compromisso de 30cidadania com a realização do bem comum, que se expressa na satisfação da comunidade e no melhor atendimento ao cliente. A simetria de poder entre interlocutores é o fator responsável pela construção de relações de mútuo respeito entre líderes e liderados. Quando a simetria é mantida em grau elevado, a liderança é fortalecida com a comunicação e o diálogo. Do contrário, enfraquece-se em seus 35valores democráticos e passa a realçar seu lado autoritário e, até mesmo, despótico, ao atingir o extremo isolamento - "a solidão do gabinete". Desse modo, ao afastar-se, psicologicamente, de seus liderados, o líder mitifica-se e corre o risco de ser idolatrado ou repudiado por estes.

55 - (UNISC RS/2010/Janeiro) O vocábulo cinicamente (ref. 10 ) é

a) um adjunto adverbial de modo que não tem função discursiva de relevância para a construção do sentido.

b) um vocábulo que pode ser excluído sem que se produza alteração de sentido. c) um operador argumentativo que introduz no enunciado uma avaliação do sujeito

discursivo. d) uma expressão que marca exclusivamente um estilo na forma de elaborar o

enunciado. e) um recurso que isenta o autor da responsabilidade pelo dizer, refugiando-o na

neutralidade. TEXTO: 26 - Comum à questão: 56 Leia o poema de Augusto dos Anjos.

Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!

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56 - (UNCISAL/2010) O último verso da 2.ª estrofe – Que se escapa da boca de um cardíaco – funciona sintaticamente como

a) complemento da forma verbal sobe-me. b) complemento nominal do adjetivo análoga. c) caracterizador do substantivo ânsia (última palavra do verso anterior). d) caracterizador do substantivo boca. e) complemento nominal da expressão uma ânsia análoga.

TEXTO: 27 - Comum à questão: 57

1ª parte do poema “Eu, etiqueta” Carlos Drummond de Andrade

Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, Um nome...estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, permanência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada.

57 - (IBMEC/2011/Janeiro)

Tendo em vista comentários sintáticos e semânticos contidos nas alternativas abaixo sobre vários elementos retirados do texto, assinale a opção INCORRETA:

a) Ao passarmos o primeiro verso do poema para a ordem sintática direta, teríamos “Um

nome está grudado em minha calça” b) Foram retiradas do poema várias expressões iniciadas pela preposição de: “de

batismo”, “de cartório, “de cigarro, “de produto” e “de longa idade”. Todas exercem no texto a função sintática de adjuntos adnominais.

c) Pode-se dizer que o verso “meu isso meu aquilo,” traz a conotação de “exagero” d) Considerando-se o verso “Meu tênis é proclama colorido”, um sinônimo da palavra

sublinhada seria “anúncio” e) Os vocábulos “reincidência” e “itinerante” referem-se , respectivamente às ideias de

“repetição e insistência” e “movimento” e “deslocamento”

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TEXTO: 28 - Comum à questão: 58 A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem a sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: - Não há o que fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

(Andrade , Carlos Drummond de. O sorvete e outras histórias. São Paulo: Ática, 1993)

58 - (IBMEC/2011/Janeiro) De acordo com a frase do doutor Epaminondas, o termo que melhor caracteriza o menino é

a) alienado. b) imaginativo. c) curioso. d) mentiroso. e) dispersivo.

TEXTO: 29 - Comum à questão: 59 Leia o poema de Tobias Barreto.

A Escravidão Se é Deus quem deixa o mundo Sob o peso que o oprime, Se ele consente esse crime, Que se chama escravidão, Para fazer homens livres, Para arrancá-los do abismo, Existe um patriotismo Maior que a religião. Se não lhe importa o escravo Que a seus pés queixas deponha, Cobrindo assim de vergonha A face dos anjos seus, Em delírio inefável, Praticando a caridade, Nesta hora a mocidade Corrige o erro de Deus!

59 - (UFTM MG/2011/Janeiro)

O eu lírico deixa claro que

a) condena a escravidão, assim como Deus também a condena. b) nem a vontade de Deus justificaria a existência da escravidão. c) Deus corrige o erro dos jovens, que defendem a escravidão. d) os jovens devem entender a necessidade social da escravidão. e) a escravidão é crime, se não for entendida como vontade de Deus.

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TEXTO: 30 - Comum à questão: 60 Nos tribunais, quando as evidências são enormes contra o réu e a condenação parece questão de tempo, os advogados de defesa sempre podem recorrer a uma derradeira tática: fomentar uma dúvida qualquer, às vezes sobre um aspecto secundário do delito, para turvar o raciocínio dos membros do júri e, assim, evitar ou ao menos postergar o quanto for possível a sentença. A partir do final dos anos 1980, uma versão desse clássico estratagema judicial – que, dentro e fora das cortes, fora usado eficazmente pela indústria do cigarro durante décadas para negar e minimizar os conhecidos malefícios do tabagismo – passou a ser empregada nos Estados Unidos para questionar a existência do aquecimento global e a contribuição das atividades humanas, em especial a queima de combustíveis fósseis emissores de gases de efeito estufa, no desencadeamento das mudanças climáticas.

(Pesquisa Fapesp, setembro de 2010.) 60 - (UFTM MG/2011/Janeiro) O assunto central que norteará a reportagem, conforme apresentado no parágrafo transcrito da revista, é

a) a negação dos malefícios do tabagismo, o que se conseguiu com o procedimento jurídico da dúvida.

b) o procedimento jurídico que fomenta a dúvida do júri, utilizado para amenizar a responsabilidade da indústria do cigarro.

c) a analogia entre o procedimento jurídico da dúvida e o questionamento da ideia de aquecimento global.

d) a indústria do cigarro na mira dos tribunais, o que se consegue pelo descarte do procedimento jurídico da dúvida.

e) a ineficácia da utilização do procedimento jurídico da dúvida, quando a questão é aquecimento global.

TEXTO: 31 - Comum às questões: 61, 62

O Homem que se endereçou Apanhou o envelope e na sua letra cuidadosa subscritou a si mesmo: Narciso, rua Treze, nº 21. Passou cola nas bordas do papel, mergulhou no envelope e fechou-se. Horas mais tarde a empregada colocou-o no correio. Um dia depois sentiu-se na mala do carteiro. Diante de uma casa, percebeu que o funcionário tinha parado indeciso, consultara o envelope e prosseguira. Voltou ao DCT, foi colocado numa prateleira.Dias depois, um novo carteiro procurou seu endereço. Não achou, devia ter saído algo errado. A carta voltou à prateleira, no meio de muitas outras, amareladas, empoeiradas. Sentiu, então, com terror, que a carta se extraviara. E Narciso nunca mais encontrou a si mesmo.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O homem com o furo na mão e outras histórias. São Paulo: Editora Ática, 1998

61 - (UNIFOR CE/2011/Janeiro) O conto de Ignácio Loyola reflete o comportamento do homem contemporâneo, por meio da figura mitológica de Narciso, retratando, sobretudo:

a) o pessimismo e a perda de sua vaidade b) a excessiva vaidade e a arrogância c) o medo do desconhecido e a perda de sua identidade d) o individualismo e a sua excessiva vaidade e) o seu individualismo e a perda da identidade

62 - (UNIFOR CE/2011/Janeiro) Há um caso de predicado verbo-nominal na alternativa:

a) ...o funcionário tinha parado indeciso b) ...consultara o envelope e prosseguira c) ... a empregada colocou-o no correio d) Narciso nunca mais encontrou a si mesmo e) A carta voltou à prateleira

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Lista de exercícios I – Gramática – 2º E.M. – 1ª U.L. / 2012

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22229999

TEXTO: 32 - Comum à questão: 63 Analise a tira.

(www2.uol.com.br/laerte/tiras. Adaptado.)

63 - (FGV /2011/Janeiro) Sabe-se que, na frase, vocativo é um termo independente, pelo qual se interpela o leitor ou o ouvinte. Na tira de Laerte, é possível atribuir ao vocativo, de que se valem pai e filho, a função adicional de

a) exprimir a reprovação pela situação inusitada instaurada por Messias. b) restringir drasticamente os limites do diálogo a um ambiente humorístico. c) identificar as personagens, revelando nome e relação de parentesco. d) desvelar características peculiares das personagens cômicas da tira. e) indicar o emprego excessivo de gírias, interjeições e exclamações.

TEXTO: 33 - Comum à questão: 64

As viagens dos turistas para lá despontaram com o final do apartheid (termo referente _____ leis que impunham a segregação racial, separando brancos de negros). Em 1994, quando aconteceram _____ primeiras eleições democráticas no país, apenas 3,9 milhões de estrangeiros tinham chegado oficialmente _____ África do Sul.

(Planeta, julho de 2010. Adaptado.) 64 - (FGV /2011/Janeiro)

Por se tratar de fragmento, o texto não traz o antecedente do advérbio lá. É possível, no entanto, identificá-lo como sendo a África do Sul, não apenas porque esse país é nomeado ao final, mas também

a) pela referência à existência de negros no país. b) pela alusão ao apartheid ou segregação racial. c) pela menção à quantidade de estrangeiros. d) pela circunstância de ser um país democrático. e) pelo acentuado afluxo de turistas ao país.

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Lista de exercícios I – Gramática – 2º E.M. – 1ª U.L. / 2012

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33330000

GABARITO:

1) Gab: 05 2) Gab: C 3) Gab: C 4) Gab: E

5) Gab: C 6) Gab: B 7) Gab: C 8) Gab: E

9) Gab: C 10) Gab: D 11) Gab: E 12) Gab: A

13) Gab: B 14) Gab: B 15) Gab: C 16) Gab: A

17) Gab: E 18) Gab: E 19) Gab: A 20) Gab: D

21) Gab: E

22) Gab: D ou A

"Os donos do país" são as "elites", ou parte delas, que são objeto da observação anterior do humorista ("as elites tão senis"). A "incoerência" dos "donos do país" pode ser associada à "pobreza de espírito" mencionada na alternativa d. As demais alternativas não são aceitáveis porque não é correto associar "donos do país" nem aos "governantes" e aos "políticos" (a e b), que muitas vezes não são mais do que representantes dos tais donos, nem muito menos ao "povo" (c), que se situa no pólo oposto ao das elites, ou à "loucura das mulheres no governo" (e), pelo fato de ser mulher e rainha a personagem louca mencionada nos versos da paródia de Millôr Fernandes (assim como no original de Manuel Bandeira). A alternativa a é a que mais se presta a confusão, dado que a falta de coerência pode ser descrita como "inconseqüência". Ocorre, porém, que a identificação de "donos do país" com "governantes" nem encontra apoio no texto, nem, necessariamente, nos fatos (o famoso livro de Raymundo Faoro, de título semelhante, é uma demonstração disso). Não obstante, é de temer que, num teste impreciso como este (como se poderia determinar a que grupo de fato se refere a expressão "donos do país"?), a Banca Examinadora tenha considerado a alternativa a como correta.

23) Gab: D 24) Gab: D 25) Gab: D 26) Gab: D

27) Gab: A 28) Gab: D 29) Gab: E 30) Gab: C

31) Gab: D 32) CANCELADA 33) Gab: A 34) Gab: C

35) Gab: B 36) Gab: D 37) Gab: C 38) Gab: C

39) Gab: A 40) Gab: A 41) Gab: B 42) Gab: B

43) Gab: E 44) Gab: E 45) Gab: C 46) Gab: D

47) Gab: A 48) Gab: E 49) Gab: A 50) Gab: D

51) Gab: B 52) Gab: A 53) Gab: D 54) Gab: D

55) Gab: C 56) Gab: C 57) Gab: B 58) Gab: B

59) Gab: B 60) Gab: C 61) Gab: E 62) Gab: A

63) Gab: C 64) Gab: B