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Resíduo Eletrônico - LISTA

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  • Universidade Estadual de Maring PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS BIOLGICOS,

    QUMICOS E RADIOATIVOS DA UEM.

    PLANO DE GESTO INTEGRADA

    DE RESDUOS SLIDOS URBANOS DO MUNICPIO DE

    WENCESLAU BRAZ PR

    WENCESLAU BRAZ - 2012

  • Universidade Estadual de Maring PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS BIOLGICOS,

    QUMICOS E RADIOATIVOS DA UEM.

    Av. Colombo, n 5.790 Jd. Universitrio, Maring PR

    CEP 87.020-900 Fone (44) 3261-4282

    E-mail: [email protected] - Home Page: www.proresiduos.uem.br

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    SUMRIO

    Responsvel pela Elaborao do PGRS..................................................... 6

    1 OBJETIVO ....................................................................................................... 7

    1.1 O que PIGRS? Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos Slidos PGRS. ............................................................................................. 8

    1.2 Gerenciamento de Resduos .................................................................... 8

    2. INTRODUO ............................................................................................... 9

    3. CARACTERIZAO ATUAL DOS RESDUOS SLIDOS........................... 10

    3.1 Perfil do Municpio de Wenceslau Braz .................................................. 10

    3.1.1 Aspecto Histrico ............................................................................. 10

    3.1.2 Aspectos Gerais ............................................................................... 11

    3.1.3 Aspectos urbanos e Educacionais ................................................... 12

    3.1.4 Aspectos Econmicos ...................................................................... 12

    3.2 RESDUOS SLIDOS ............................................................................ 13

    3.2.1 O que so resduos? ........................................................................ 13

    3.2.2 Caractersticas da Gesto Municipal dos Resduos Slidos ............ 17

    3.3 Resduos Urbanos .................................................................................. 19

    3.3.1 Resduos domsticos ....................................................................... 19

    3.3.2 Resduos Comerciais ....................................................................... 19

    3.3.3 Resduos pblicos ............................................................................ 20

    3.3.4 Resduos Industriais ......................................................................... 20

    3.3.5. Resduos de Servio de Sade ....................................................... 21

    3.3.6 Resduos Radioativos ...................................................................... 22

    3.3.7 Resduos Agrossilvopastoris ............................................................ 22

    3.3.8 Resduos de Portos, Aeroportos, Terminais Rodovirios e Ferrovirios e Postos de Fronteira ............................................................ 23

    3.3.9 Resduos de Reformas, Construes e Demolies - RCD ............. 24

    3.3.10 Resduo Tecnolgico ...................................................................... 27

    3.3.11 Resduos Considerados Inservveis ............................................... 29

    3.4 Responsabilidades do Lixo ..................................................................... 29

    3.5 Principais Resduos ................................................................................ 30

    3.5.1 Pilhas e baterias ............................................................................... 30

    3.5.2 Reciclagem de pilhas e baterias....................................................... 30

    3.5.3 Pneus ............................................................................................... 37

    3.5.4 Resduo orgnico ............................................................................. 39

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    3.5.5 Benefcios da Compostagem ........................................................... 40

    3.5.6 Metais ............................................................................................... 41

    3.5.7 Papel ................................................................................................ 42

    3.5.8 Vidro ................................................................................................. 44

    3.5.9 Plstico ............................................................................................. 46

    3.5.10 Lmpadas ...................................................................................... 49

    4. SISTEMA DE MANIPULAO, ACONDICIONAMENTO, SEGREGAO, COLETA, TRANSPORTE, RECICLAGEM, TRATAMENTO E DESTINO FINAL ......................................................................................................................... 50

    4.1 Processamento de Resduos (Situao Atual do Municpio) .................. 51

    4.2 Programa de Coleta Seletiva .................................................................. 51

    4.3 Implantao do programa ....................................................................... 51

    4.4 Coleta Seletiva ........................................................................................ 51

    4.5 Usina de Beneficiamento de Resduos Slidos ...................................... 53

    4.6 Lixeiras do Municpio de Wenceslau Braz .............................................. 60

    4.8 Importncia para o Municpio da Coleta Seletiva .................................... 60

    5. DISPOSIES FINAIS DO LIXO ................................................................. 60

    6. CARACTERIZAO DOS RESDUOS GERADOS NO MUNICPIO ........... 62

    6.2 Desenvolvimento das Atividades de Caracterizao dos RSU ............... 63

    6.3 Aspectos Operacionais Preliminares Caracterizao dos RSU ........... 65

    6.4 A Obteno dos Dados para Amostragem dos RSU .............................. 65

    6.5 Ocorrncias Relevantes Durante os Trabalhos de Caracterizao dos RSU .............................................................................................................. 65

    6.6 Resultados e Concluses da Caracterizao dos RSU .......................... 66

    6.7 Aspectos Legais relacionados aos RSU ................................................. 68

    6.8 Estrutura Operacional ............................................................................. 69

    6.9 Servios de coleta dos resduos slidos urbanos ................................... 70

    6.11 Levantamento dos Servios de Coleta Especial ................................... 75

    6.12 Limpeza de Vias Pblicas, Praas e Jardins ........................................ 75

    6.13 Capina, Limpeza de Crregos e Terrenos Desocupados. .................... 76

    6.14 Educao Ambiental Formal Voltada para os RSU ............................. 77

    6.15 Aspectos Sociais .................................................................................. 78

    6.16 Propostas de Aes a Serem Tomadas pela Administrao Municipal 79

    6.16.1 Aspectos Econmicos, Financeiros e Legais ................................. 79

    6.16.2. Educao Ambiental sobre Resduos Slidos Urbanos ................ 80

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    6.16.3 Reviso e Melhorias da Coleta, Transporte e Disposio Final dos RSU nos Distritos de Wenceslau Braz ...................................................... 81

    6.16.4 Implantao de Coleta Seletiva de Materiais Presentes nos RSU . 81

    6.16.5 Resduos de Grandes Volumes e Especiais .................................. 81

    6.16.6 Disposio Final dos RSU Gerados na Sede do Municpio ........... 81

    6.16.7 Gesto do PGIRSU ........................................................................ 82

    6.18 Procedimento de Controle e Fiscalizao ............................................. 82

    6.20 Principais Problemas Operacionais Detectados ................................... 89

    7. PLANEJAMENTO E PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESDUOS ........................................................................ 89

    8. ELABORAODE PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAO: .. 91

    9. CRONOGRAMA FSICO DE IMPLANTAO, EXECUO E OPERAO DAS MEDIDAS E DAS AES PROPOSTAS PELO PLANO: ....................... 93

    10. PROGNSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO PGRS E DE SUAS ALTERNATIVAS: ............................................................................................. 93

    11. CONTROLE E MONITORAMENTO DO PGRS: ........................................ 94

    12. CRONOGRAMA DE REVISO E DE ATULIZAO DO PGIR: ................ 95

    13 CONSIDERAES FINAIS ........................................................................ 95

    14. REFERNCIAS BIBLIOGRFICA ............................................................. 96

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    IDENTIFICAO

    RAZO SOCIAL: WENCESLAU BRAZ

    CNPJ : 76.920.800/0001 - 92

    Prefeito: Atahyde Ferreira dos Santos Junior

    Endereo:Rua Expedicionrios, 200 - Centro

    CEP: 84.950-000

    Wenceslau Braz - Paran Brasil.

    FONE: (43) 3528-1010;

    FAX: (43) 35281057

    - RESPONSABILIDADE TCNICA

    Universidade Estadual de Maring / Proresiduos

    N. Registro no CRQ IX 4752

    Endereo: Av. Colombo, 5.790

    CEP: 87.020-900 Maring - PR

    Fone/ Fax: (044) 3011 4282

    Responsabilidade Tcnica

    Joo Luiz Batista Verssimo

    CRQ IX 09202317

    Auditor Ambiental do IAP n 497/10 PF/IAP

    Consultor Tcnico Ambiental MMA IBAMA n 2001997

    Titulao: Eng. e Gestor Ambiental, Auditor, Consultor e Perito

    Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Aterros, Recursos

    Hdricos, Licenciamento Ambiental, Logstica Reversa de Resduos e

    Biotecnologia.

    Numero do CAFT Certificado da Anotao da Funo Tcnica

    N 29.607/11 (em anexo)

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    Responsvel pela implantao do PGRS

    Cargo:

    Responsvel pela Elaborao do PGRS

    Nome: Joo Luis B. Verssimo

    Cargo: Gestor de Projetos Ambientais da UEM

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    1 OBJETIVO

    Este projeto tem por finalidade atualizao do Plano Integrado de

    Gerenciamento de Resduos Slidos Urbanos (PGRSU) do Municpio de

    Wenceslau Braz Pr. Para elaborao do mesmo, foram observadas

    rigorosamente as disposies do rgo ambiental. E, para cada tipo de resduo

    identificado, citaremos as diversas etapas do gerenciamento existente,

    associado aspectos e impactos ambientais pertinentes a cada uma delas.

    O gerenciamento integrado do resduo municipal um conjunto

    articulado de aes normativas, operacionais, financeiras e de planejamento

    que uma administrao municipal desenvolve (com base em critrios

    sanitrios, ambientais e econmicos), para coletar, segregar, tratar e dispor o

    resduo. Gerenciar o resduo de forma integrada significa: limpar o municpio

    por meio de um sistema de coleta e transporte adequado e tratar o resduo

    utilizando tecnologias compatveis com a realidade local, ter conscincia que

    todas as aes e operaes envolvidas no gerenciamento esto interligadas,

    influenciando umas s outras, garantirem destino ambientalmente correto e

    seguro para o resduo.

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    1.1 O que PIGRS? Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos

    Slidos PGRS.

    Documento que aponta e descrevem as aes relativas ao manejo dos

    resduos slidos, observadas suas caractersticas, contemplando os aspectos

    referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento,

    transporte, tratamento e disposio final, bem como a proteo sade

    pblica.

    1.2 Gerenciamento de Resduos

    Gerenciar um resduo significa, portanto, utilizar as possibilidades

    disponveis da melhor forma possvel adotar um conjunto articulado de aes

    normativas, operacionais, com base em critrios sanitrios, ambientais e

    econmicos para coletar, tratar dispor os resduos slidos, que visa buscar o

    conhecimento detalhado do ciclo completo de resduo, desde sua gerao at

    seu destino final. O gerenciamento adequado dos resduos produzidos,

    incluindo a sua reduo, reutilizao e reciclagem, tornar o processo

    construtivo mais rentvel e competitivo, alm de mais saudvel.

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    2. INTRODUO

    Embora a gerao de resduos oriundos das atividades humanas faa

    parte da histria do homem, a partir da segunda metade do sculo XX, com

    os novos padres de consumo da sociedade industrial, que isso vem

    crescendo, em ritmo superior capacidade de absoro pela natureza. Aliado

    a isso, o avano tecnolgico das ltimas dcadas, se, por um lado, possibilitou

    conquistas surpreendentes no campo das cincias, por outro, contribuiu para o

    aumento da diversidade de produtos com componentes e materiais de difcil

    degradao e maior toxicidade.

    A gerao de resduos pelas diversas atividades humanas constitui-se

    atualmente em um grande desafio a ser enfrentado pelas administraes

    municipais, sobretudo nos grandes centros urbanos.

    O descarte inadequado de resduos tem produzido passivos ambientais

    capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade

    de vida das atuais e futuras geraes.

    Tais desafios tm gerado polticas pblicas e legislaes tendo como

    eixo de orientao a sustentabilidade do meio ambiente e a preservao da

    sade, como a Constituio Federal no seu artigo 225, Lei Federal n. 9.605/98

    e 11.445/07, 12.305/10 e Lei Estadual n. 12.493/99, Resolues do CONAMA

    no 05/93, 257/99, 307/02, 23/96, 316/02 e 358/05, Agenda 21, Decreto Federal

    3179/99, RDC 306/04 e demais normas ambientais vigentes.

    O Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos constitui-se

    essencialmente em um documento que visa administrao integrada dos

    resduos por meio de um conjunto de aes normativas, operacionais,

    financeiras e de planejamento. O PGIRS leva em considerao aspectos

    referente gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento,

    transporte, tratamento e disposio final dos resduos, priorizando atender

    requisitos ambientais e de sade pblica. Alm da administrao integrada dos

    resduos, o PGIRS tem como base a reduo, reutilizao e reciclagem dos

    resduos gerados no municpio.

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    O trabalho apresentado o resultado referente ao diagnstico realizado

    no Municpio de Wenceslau Braz, no perodo de abril at maio de 2008, com

    base nos resultados dos trabalhos de levantamento de campo e aplicao do

    questionrio para a obteno de informao. E readequado conforme Lei

    Federal n 12.305/2012 POLITICA NACIONAL DE RESDUOS SOLIDOS.

    As atividades desenvolvidas deram suporte para obteno do

    diagnstico da situao da coleta, administrao e disposio final dos

    resduos slidos urbanos do municpio, bem como as anlises, e medidas a

    serem executadas, para atender a legislao vigente.

    3. CARACTERIZAO ATUAL DOS RESDUOS SLIDOS

    3.1 Perfil do Municpio de Wenceslau Braz

    O perfil do municpio foi realizado considerando os aspectos que

    tenham influncia direta ou indireta com a gesto de resduos slidos urbanos,

    do municpio de Wenceslau Braz.

    3.1.1 Aspecto Histrico

    No ano de 1915 com a notcia de que prximo ao povoado de So Jos

    da Boa Vista se instalaria um acampamento de servios para a construo de

    um ramal ferrovirio denominado "Ramal do Paranapanema", iniciou-se a

    ocupao nesta regio com os moradores da proximidade, buscando

    estabelecer suas casas de comrcio.Em 1917, o patrimnio passa a ser

    denominado Novo Horizonte. Depois, em 1918 com a inaugurao da Estao

    Ferroviria, a denominao passou a ser Brazpolis. E em homenagem ao

    Presidente da Repblica da poca em que a estrada de ferro chegou regio,

    o nome foi mudado finalmente para Wenceslau Braz.Criado pela Lei n 21 de

    17 de outubro de 1935, foi instalado no mesmo dia, sendo desmembrado de

    Tomazina.

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    Figura 1: Pao Municipal

    3.1.2 Aspectos Gerais

    Populao (2000):

    - Populao (2000)

    Urbana: 14.879 habitantes

    Rural: 3.812 habitantes

    Total: 18.691 habitantes

    Taxa de Crescimento Anual Total: 0,4 %

    - Distncias

    Da Capital: 290 Km

    Do Porto de Paranagu: 381 Km

    Do Aeroporto mais prximo: 144 Km (Ponta Grossa)

    - Dados Geogrficos

    rea: 398 Km2

    Altitude: 835 metros

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    Latitude: 23o 52`22 Sul

    Longitude: 40o 48`20W-Gr

    3.1.3 Aspectos urbanos e Educacionais

    - Economias existentes:

    gua: 4.246

    Esgoto: 724

    Ligaes de Energia Eltrica: 5.455

    - Educao rea urbana

    Ensino Pblico Fundamental: 3.776 matrculas

    Ensino Mdio: 777 matrculas

    Ensino Particular Fundamental: 373 matrculas

    3o Grau: no possui

    3.1.4 Aspectos Econmicos

    - Participao no PIB Municipal

    Agropecuria: 2,33 %

    Indstria: 4,00 %

    Servios: 69,67 %

    Produto Interno Bruto: US$ 24.160.494,92

    Renda per capita: 1.285,06

    Populao economicamente Ativa: 10,213 habitantes.

    - Principais Produtos Agrosilvopastoris:

    Feijo da Seca

    Maracuj

    Aves de Corte

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    - Indstria Dominante:

    Produtos Alimentares

    Mat. Eltrico e de Comunicao Diversas

    Distribuio das Atividades Econmicas

    Setor No total de estabelecimentos no

    Municpio

    Indstria 25

    Comrcio Varejista 258

    Comrcio Atacadista 19

    Servios 60

    Tabela 01: Nmero de estabelecimentos sujeitos ao recolhimento do ICMS, por setor.

    Turismo, Cultura e Esporte

    Salto Silvrio: localizado a 15 Km da sede do Municpio, modalidade de

    turismo com aproximadamente 10 metros de altura.

    3.2 RESDUOS SLIDOS

    3.2.1 O que so resduos?

    Resduos so partes que sobram de processos derivados das atividades

    humanas e animal e de processos produtivos, como matria orgnica, o lixo

    domstico, entulhos, materiais reciclveis, etc. (SEBRAE Nacional; 2009). Os

    resduos slidos so genericamente chamados de lixo. Este conceito de lixo

    pode ser considerado como uma inveno humana, pois em processos

    naturais no h lixo apenas produtos inertes. Utilizamos a palavra resduo ao

    invs de lixo, pois a palavra vem constantemente carregada de significados

    ligados ao que no serve mais e, como sabemos, este no servir carregado

    de relatividade e dinamismo. Segundo Brrios (2003), lixo pode ser

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    considerado o produto na sada de um sistema (output), ou seja, aquilo que foi

    rejeitado no processo de fabricao, ou que no pode mais ser reutilizado em

    funo das tecnologias disponveis. Assim, na lngua portuguesa, o termo

    resduo slido tem substitudo palavra lixo numa tentativa de desmistificar o

    produto do metabolismo social e urbano.

    Segundo a legislao brasileira, no entanto, a denominao utilizada a

    de resduo slido, que engloba resduos no estado slido e tambm os lquidos

    que no possam, mesmo aps tratamento, serem despejados em corpos de

    gua. O Ministrio do Meio Ambiente responsvel pela legislao ambiental,

    possuindo um colegiado prprio para elaborao de legislao: o Conselho

    Nacional do Meio Ambiente CONAMA.

    Devido ao grande crescimento populacional mundial e as atividades

    econmicas e consequentemente aumento significativo de resduos, em seus

    diferentes estados, sejam slidos, lquidos e gasosos com indesejveis efeitos

    no meio ambiente. Assim como o aumento das reas de aterros para

    deposio do lixo urbano a contaminao das guas e ar, tanto em reas

    urbanas como rurais, tambm apresenta graves efeitos nocivos pela deposio

    dos resduos e dejetos (SEBRAE Nacional; 2009).

    Portanto, reduzir, reutilizar e reciclar so condies essenciais para a

    garantia de processos mais econmicos e ambientalmente sustentveis, em

    reas, urbanas e rurais. Para termos de exemplo a produo de 15 latinhas de

    cerveja consome aproximadamente o equivalente em energia a um litro de

    gasolina. A quantidade de energia eltrica consumida a cada ano nos Estados

    Unidos para a fabricao destes recipientes de bebida, mesmo contando-se

    aquelas latas recicladas, seria suficiente para suprir as necessidades eltricas

    de uma cidade como Curitiba (DAvignon, 1993, 26). Reciclar 3500 garrafas de

    plstico economiza 189 litros de petrleo. Reciclar vidro poupa 75% da energia

    gasta na sua produo. O vidro pode ser reutilizado mais de 30 vezes. A

    gerao de resduos slidos domiciliares no Brasil de cerca de 0 kg/hab./dia e

    mais 0,3 kg/hab./dia de resduos de logradouros e entulhos. Algumas cidades,

    especialmente nas regies Sul e Sudeste como So Paulo, Rio de Janeiro e

    Curitiba alcanam ndices de produo mais elevados, podendo chegar a 1,3

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    kg/hab./dia, considerando todos os resduos manipulados pelos servios de

    limpeza urbana domiciliares, comerciais, de limpeza de logradouros, de

    servios de sade e entulhos). (IBAM, 2001).

    De acordo com a NBR 10.004:2004 so resduos no estado slido e

    semi-slidos, que resultem de atividades de origem industrial, domstica,

    hospitalar, agrcola, de servios de varrio, incluindo os lodos provenientes de

    sistemas de tratamento de gua e gerados em equipamentos de gua e

    gerados em equipamentos e instalao de controle de poluio. Tambm so

    includos lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na

    rede pblica de esgoto ou corpos de gua. Classificao de resduos slidos,

    segundo sua periculosidade. NBR 10.004/04

    Classe I resduos perigosos;

    Classe II resduos no perigosos;

    Sendo que esta ltima subdivide-se em:

    Classe IIA resduos no inertes;

    Classe IIB resduos inertes.

    Classe I Perigosos

    Quando apresentar risco sade pblica e ao meio ambiente. As

    caractersticas que conferem periculosidade a um resduo so: Inflamabilidade;

    Corrosividade; Reatividade; Toxicidade; Patogenicidade, Carcinogenicidade,

    Teratogenicidade e Mutagenicidade. So exemplos de resduos perigosos

    alguns resduos industriais e resduos de sade.

    Classe II A No Inerte

    A NBR classifica os resduos, sendo suas propriedades:

    combustibilidade, biodegradabilidade, solveis em gua. Os resduos

    domsticos so exemplos de resduos no inertes.

    Classe IIB Inertes

    Na classe IIB,segundo a NBR, os resduos inertes, ou seja, aqueles que

    submetidos a contato elstico ou dinmico com gua destilada ou deionizada

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    temperatura ambiente e que, de forma representativa, (Segundo a NBR

    10.007/87) no tiveram nenhum de seus constituintes solubilizados

    concentrao superiores aos padres de potabilidade da gua. Ex: tijolo,

    concreto, entre outros.

    Os resduos podem ser classificados de acordo com a sua fonte

    geradora, alm da classificao de acordo com a NBR. Esta classificao

    usada principalmente para definir a responsabilidade pelo manejo e destino

    final do resduo. Ainda de acordo com a NBR, estes resduos podem vir de

    atividades industriais, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de varrio e

    lodos de tratamento de gua.

    Os resduos slidos podem ser reciclveis, compostveis (orgnicos,

    aproveitveis na agricultura) e indesejveis (sem utilizao atual). Esta

    caracterizao importante para o gerenciamento dos resduos nos permite

    encaminhar para mesma destinao materiais de igual composio, embora

    oriundas de distantes origens. Podemos estabelecer, para cada origem, a

    caracterizao dos resduos, compatvel com a classificao utilizada.

    As principais fontes de resduos slidos do municpio de Wenceslau Braz

    so: domiciliar, comercial, pblico, industrial, entulhos, de servios de sade,

    resduos radioativos, estaes de tratamento de efluentes (lodos), entre outras

    fontes menos comuns. A classificao usual classifica em dois grandes grupos

    os resduos urbanos e especiais:

    - Resduo urbano: formado por resduos slidos gerados num

    aglomerado urbano, abrangendo, portanto os resduos domiciliares, comerciais,

    pblicos.

    - Resduo Especial: aquele que, em funo das caractersticas

    peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em seu

    acondicionamento, transporte, manipulao, tratamento e disposio final so:

    resduos industrial, resduos dos servios de sade, resduos radioativos,

    resduos terminais, resduos agrcolas, entulhos.

    Temos tambm os resduos tecnolgicos e inservveis que podem ser

    encontrados tanto em resduo urbano e resduo especial, portanto, no esto

    includos nestes dois grupos.

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    Os parmetros para classificao dos resduos slidos de acordo com

    seu grau de periculosidade so definidos pela associao Brasileira de Normas

    Tcnicas atravs da Norma NBR 10.004/2004 Classificao de resduos.

    3.2.2 Caractersticas da Gesto Municipal dos Resduos Slidos

    Para a caracterizao da gesto dos resduos slidos foi realizada uma

    pesquisa no municpio. A metodologia aplicada foi atravs de um questionrio

    junto aos responsveis pela implantao desde projeto e consulta s

    informaes no Inventrio de Resduos Slidos Urbanos, elaborado pelo

    Municpio de Wenceslau Braz, em 2008 e revisada em 2012.

    Este instrumento foi estruturado de forma a possibilitar a obteno de

    informaes necessrias a essa caracterizao, abordando os seguintes

    aspectos scios-econmicos e ambientais:

    - gerao dos resduos;

    - servio de limpeza;

    - servio de coleta;

    - coleta de reciclveis;

    - catadores;

    - institucionais.

    A seguir, a caracterizao do municpio de Wenceslau Braz, utilizando

    as informaes coletadas.

    A prefeitura municipal responsvel pela coleta e destinao dos 9.000

    kg de resduos slidos urbanos (LIXO) que so gerados na cidade, o que

    equivale a uma taxa de 0,604 kg/hab/dia.

    A varrio executada por uma equipe de 03 mulheres contratadas pela

    prefeitura. As atividades de roadas so executadas esporadicamente usando

    outra equipe de funcionrios, acrescida de um motorista.

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    Os servios de coleta do lixo residencial e comercial so executados

    parcialmente pela prefeitura (25%), e executados pela empresa terceirizada

    (75%), com uma freqncia de trs vezes por semana, com exceo do centro

    da cidade que diria.

    Os servios de coleta do lixo residencial e comercial so executados

    diretamente pela prefeitura, com uma frequncia de trs vezes por semana,

    com exceo do centro da cidade que diria.

    Existe uma associao de catadores que coleta o resduo reciclvel

    informalmente, sendo o papelo, o plstico e o metal o quem tem a maior

    participao e interesse do coletor. Os entulhos e resduos vegetais so

    coletados pela prefeitura mediante solicitao do interessado.

    O resduo hospitalar no coletado pelo servio municipal, sendo o

    gerador responsvel pelo mesmo, atendendo a RDC 306/2004 da ANVISA.

    O resduo industrial considerado potencialmente poluidor ainda so

    coletados pelo servio municipal, apesar de tambm ser legalmente,

    responsabilidade do gerador.

    A destinao final do lixo coletado realizada no Aterro Sanitrio

    Municipal,h uma triagem do material reciclvel,o qual separado do material

    orgnico. O aterro devidamente cercado para impedir que qualquer pessoa

    entre para garimpar o lixo disposto no aterro.

    Descrio Unidade Quantidade

    Populao urbana Habitantes 14.879

    Resduos slidos urbanos gerados

    Toneladas/dia 9,00

    Resduos gerados por habitantes

    Kg/hab/dia 0,648kg

    Populao atendida com servios de coletas

    % 99,95

    Coleta de resduos vegetais Kg/ms 4.976

    Coleta de resduos Kg/dia 8,54

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    hospitalares

    Nmero total de habitantes Pessoas 18.691

    Nmero de catadores nas ruas Pessoas 03

    Nmero de catadores na unidade manual de separao

    Pessoas 05

    Despesas com os servios de limpeza pblica

    R$/ms 52.537,67

    Despesas com os servios de limpeza pblica por resduos gerados

    R$/toneladas/ms 4.467,17

    Despesas com os servios por habitantes

    R$/habitante/ano 6,05

    Descrio Unidade Quantidade

    Populao urbana Habitantes 14.879

    Resduos slidos urbanos gerados

    Toneladas/dia 9,00

    Tabela 02: Resduos slidos em nmeros.

    3.3 Resduos Urbanos

    3.3.1 Resduos domsticos

    formado pelos resduos slidos produzidos pelas atividades residenciais

    e se compe por aproximadamente 60% de matria orgnica, temos plstico,

    vidro, metal, orgnico, entulho, lmpadas, pilhas, baterias, eletrnicos, pneus,

    borrachas, rejeitos, mveis reutilizveis, resduos do servio de sade.

    Os resduos urbanos podem ser subdivididos;

    A) Reciclveis: Capazes de reindustrializao e reutilizao.

    B) Compostveis: Que se transforme em adubo orgnico (folhas, galhos,

    gramneas).

    C) Indesejveis: Os quais no tm nenhuma reutilizao.

    3.3.2 Resduos Comerciais

    Os resduos comerciais so semelhantes aos domiciliares, sendo

    normalmente includos nessa categoria. Sua composio de acordo com o tipo

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    de comrcio gerador. Tendo como exemplos: Plsticos, vidros, papis, metais,

    pneu, borracha, leos (frituras e lubrificantes), lmpadas, pilhas, baterias, filtros

    estopas, orgnico, entulho, eletrnicos e produtos qumicos. Com volume de

    200litros/dia ou peso de 50kg/dia a coleta, transporte e seu destino final de

    responsabilidade municipal.

    3.3.3 Resduos pblicos

    O resduo pblico o gerado por servios da prpria prefeitura, tal como

    poda de rvores, varrio de ruas e de feiras livres. Sua responsabilidade,

    naturalmente da prpria prefeitura dando uma destinao correta para o

    resduo gerado. Esses resduos so normalmente compostveis ou reciclveis

    em outras atividades.

    3.3.4 Resduos Industriais

    O resduo industrial pode ser de diversos tipos, de acordo com a

    atividade da indstria, sendo a fonte mais comum de resduos perigosos.

    muito variado o processo de produo industrial o que gera grande variedade

    de resduos slidos, lquidos e gasosos. Diferentes so as indstrias e tambm

    os processos por elas utilizados e assim os dejetos resultantes. Alguns podem

    ser reutilizados ou reaproveitados. Muito do refugo das indstrias alimentcias

    so utilizados como rao animal. Por ouro lado, as que geram material

    qumico so bem menos aproveitados por apresentarem maior grau de

    toxicidade, elevados custo para reaproveitamento (reciclagem), exigindo, s

    vezes, o uso de tecnologia avanada para tal. Exemplos de resduos

    produzidos por indstrias do municpio de Wenceslau Braz so: tecidos, gesso,

    tinta, entulho, resto cereais, sucatas metlicas, maravalha, plstico, papeis.

    Alguns so de responsabilidade dos rgos geradores, e outros de

    responsabilidade da prefeitura, sendo destinados para local correto. Os

    resduos so classificados como reciclveis culturalmente, compostveis ou

    indesejveis.

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    3.3.5. Resduos de Servio de Sade

    Os resduos dos servios de sade so tratados por legislao

    especfica atravs de Resolues: 358 de 04 de Maio de 2005 do CONAMA e

    da RDC 306 de 07 de Dezembro de 2004 da ANVISA.

    Isto decorre de questes de segurana, ticas, morais e religiosas. H

    tambm o perigo de acesso de vetores de doenas e presena de objetos que

    despertem o interesse dos catadores. Essas resolues definem o que deve

    ser considerado resduo dos servios de sade, determinam que a

    responsabilidade por este tipo de resduo da prpria fonte geradora,

    classificam o resduo de acordo com o tipo, e exigem que haja uma gesto

    adequada dos resduos gerados, que impea que ele se torne perigoso ao

    meio ambiente e sade pblica. De acordo com estas resolues, os

    resduos recebem a classificao da seguinte forma:

    A) Biolgicos

    B) Qumicos

    C) Radioativos

    D) Comuns

    E) Perfuro cortantes

    importante salientar que os resduos slidos de servios de sade, no

    se referem somente ao que se chamava at a pouco tempo como resduos

    hospitalares, mas aqueles resultantes das atividades relacionadas, como por

    exemplo, em ambulatrios, farmcias, clnicas mdicas, odontolgicas e

    veterinrias, enfermarias, consultrios e qualquer outro tipo de estabelecimento

    que gere resduos similares. Cabe aos geradores de resduos de servio de

    sade e ao responsvel legal, o gerenciamento dos resduos desde a gerao

    at a disposio final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de sade

    pblica e ocupacional, sem prejuzo de responsabilizao solidria de todos

    aqueles, pessoas fsicas e jurdicas que, direta ou indiretamente, causem ou

    possam causar degradao ambiental, em especial aos transportadores e

    operadores das instalaes de tratamento e disposio final, nos termos da Lei

    n6. 938 de 31 de Agosto de 1987 (Desperdcio Zero, 2005).

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    3.3.6 Resduos Radioativos

    A destinao dos rejeitos radioativos provenientes dos servios de

    sade e das atividades industriais regida por normas especiais sob

    responsabilidade da Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

    3.3.7 Resduos Agrossilvopastoris

    A atividade agropecuria uma das maiores geradoras de resduos,

    mas felizmente, costume agropecurio a reutilizao ou reciclagem quase

    total do resduo, no causando danos considerveis ao meio ambiente ou

    sade humana. O maior problema da atividade agrria na atualidade o uso

    de agrotxicos, que prejudicial ao meio ambiente (principalmente aos cursos

    dgua), mesmo com os programas de reciclagem de embalagens. Os resduos

    do meio rural podem ser:

    A) Reciclveis: Capazes de reutilizao.

    B) Compostveis: Que se transformam em adubo orgnico.

    C) Indesejveis: Os quais no tm nenhuma utilizao.

    Nesta ultimas classificao incluiremos os restos de embalagens de

    agrotxicos considerados resduos do meio rural. H necessidade de

    implantao de um sistema de manejo antes do descarte, relacionado com o

    uso adequado dos defensivos agrcolas (Jacob e Souza, 1982) com trplice

    lavagem das embalagens vazias de agrotxicos (Daldin, 1993).

    Com o principal motivo para se dar destinao final correta para as

    embalagens vazias dos agrotxicos diminuir o risco para a sade das

    pessoas e de contaminao do meio ambiente.

    O Estado do Paran consome cerca de 40 mil toneladas de agrotxicos

    anualmente. O Brasil o lder mundial na destinao final de embalagens

    vazias de agrotxicos, atravs de uma cadeia que envolve o agricultor, o poder

    pblico, a indstria e as revendas. O pas, em 2004, alcanou o ndice de

    14.825 toneladas de embalagens devolvidas, o que significa que devolvemos

    mais embalagens do que 30 pases juntos, somando naes da Amrica

    Latina, Europa, Amrica do Norte e Austrlia.

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    A funo do agricultor de preparar as embalagens vazias para

    devolv-las na unidade de recebimento (ex: atravs da trplice lavagem).

    Armazen-las, temporariamente em suas propriedades. Transport-las e

    devolve-las, com suas respectivas tampas e rtulos para a unidade de

    recebimento indicada pelo revendedor. Manter em seu poder os comprovantes

    de entrega das embalagens e a nota fiscal de compra do produto.

    O papel da indstria providenciar o recolhimento, a reciclagem ou a

    destruio das embalagens vazias devolvidas as unidades de recebimento.

    No municpio as embalagens de agrotxicos so recolhidas pela ACCO

    Associao dos Comerciantes de Agroqumicos faz a recolha e encaminha

    para as empresas geradoras.

    As embalagens lavveis so aquelas embalagens rgidas (plsticas,

    metlicas e de vidro) que acondicionam formulao liquida de agrotxicos para

    serem diludas em gua (de acordo com a norma tcnica NBR-13.968)

    Em atendimento a NBR 13.968/1997, estabelece os principais passos

    para a realizao da trplice lavagem:

    1. Esvaziar totalmente o contedo da embalagem no tanque do

    pulverizador

    2. Acondicionar gua limpa embalagem at do seu volume;

    3. Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos;

    4. Despejar gua da lavagem no tanque do pulverizador;

    5. Inutilizar a embalagem plstica ou metlica, perfurando o fundo;

    6. Armazenar em local apropriado at o momento da devoluo.

    A resoluo do CONAMA 334/03 dispe sobre procedimentos de

    licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento

    de embalagens vazias de agrotxicos.

    3.3.8 Resduos de Portos, Aeroportos, Terminais Rodovirios e

    Ferrovirios e Postos de Fronteira

    Resduos de portos, aeroportos, terminais rodovirios e ferrovirios e

    postos de fronteira, constituem resduos spticos, ou seja, aqueles que contm

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    ou podem conter germes patognicos trazidos a esses locais basicamente

    atravs de material de higiene, asseio pessoal, restos de alimentao que

    podem veicular doenas provenientes de outras cidades, estados ou pases.

    Alguns podem ser reciclveis.

    3.3.9 Resduos de Reformas, Construes e Demolies - RCD

    Conhecidos como entulho o conjunto de fragmentos ou restos de

    construo civis, provenientes de reformas ou demolio de estruturas (prdio,

    residncia). constitudo de restos de praticamente todos os materiais

    componentes utilizados pela indstria da construo civil, como pedra brita

    areia, materiais cermicos, argamassas, concretos, madeira, metais, papis,

    plsticos, pedras, tijolos, tintas, entre outros.

    Segundo FLAUZINO (2004) os rejeitos de construo so considerados,

    em sua maioria, como resduos inertes. Assim, seu descarte apresenta menos

    problemas para o meio ambiente do que os resduos domiciliares comuns.

    Todavia, tal procedimento leva a um desperdcio de material; que ao invs de

    ocupar volume em terrenos baldios, beiras de estradas, lixes, ou mesmo em

    aterros; pode gerar receita.

    Estima-se que a construo civil seja responsvel por at 50% do uso de

    recursos naturais em nossa sociedade, dependendo da tecnologia utilizada. O

    entulho se apresenta na forma slida, com caractersticas fsicas variveis, que

    dependem do seu processo gerador, podendo revelar-se tanto em dimenses e

    geometria j conhecidas dos materiais de construo, como em formatos e

    dimenses irregulares: pedaos de madeira, argamassa, concretos, plsticos,

    metais, resto de telhas, tijolos, azulejos, pisos e blocos de concreto, etc. Os

    resduos surgem em reas e tempos diferentes durante o processo de

    construo e a mistura ocorre nos equipamentos de transporte de entulho.

    Restos de alimentao e seus recipientes depositados pelos trabalhadores do

    setor e lixo domstico depositado nas caambas de coleta do resduo, por

    vizinhos das obras faz com que aumente a dificuldade da reciclagem.

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    Composio do entulho O concreto uma mistura de quatro

    componentes bsicos: cimento, pedra, areia e gua. Existem 3 tipos de

    concreto:

    Concreto simples: tem grande resistncia aos esforos de compresso,

    e baixa resistncia aos esforos de ao.

    Concreto armado: composto de armadura e tem elevada resistncia

    tanto aos esforos de trao como aos de compresso.

    Concreto magro: o mais econmico, mas s pode ser usado em partes

    da construo que no exija tanta resistncia

    Componentes dos resduos da construo civil (cimento, areia, gua,

    armadura)

    -Classificao de Resduos da Construo Civil:

    Os resduos da construo civil devero ser classificados, Segundo o

    CONAMA n 307/02, da seguinte forma:

    Classe A So resduos reutilizveis ou reciclveis como agregados,

    tais como:

    a) De construo, demolio, reformas e reparos de

    pavimentao e de obras de infra-estrutura, inclusive solos

    provenientes de terraplanagem;

    b) De construo, demolio, reformas e reparos de

    edificaes: componentes cermicos (tijolos, blocos, telhas, placas de

    revestimento, entre outros) argamassa e concreto;

    c) De processo de fabricao e/ou demolio de peas pr-

    moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, entre outros)

    produzidas nos canteiros de obras.

    Classe B So os resduos reciclveis para outras destinaes, tais

    como: Plsticos, papel, papelo, metais, vidros, madeiras e outros.

    Classe C So os resduos para os quais no foram desenvolvidas

    tecnologias ou aplicaes economicamente viveis que permitam a sua

    reciclagem/recuperao, tais como os produtos oriundos do gesso.

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    Classe D - So os resduos perigosos oriundos do processo de

    construo, tais como: tintas, solventes, leos, ou aqueles contaminados

    oriundos de processo de demolies, reformas e reparos de clnicas

    radiolgicas, instalaes industriais.

    A quantidade de entulho gerado nas construes que so realizadas nas

    cidades brasileiras demonstra um enorme desperdcio de material. E com isso

    os custos so distribudos por toda a sociedade, no s pelo aumento do custo

    final das construes, mas tambm pelos custos de remoo do entulho.

    Existem diversas formas de reaproveitamento; 90% dos resduos podem ser

    reciclados, reutilizados e transformados em agregados com caractersticas

    bastante semelhantes ao produto original, a partir de matrias-primas com

    custo muito baixo.

    Legislao:

    A Resoluo CONAMA n 307/02 (CONSELHO NACIONAL DO MEIO

    AMBIENTE) estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a gesto dos

    resduos da construo civil.

    Artigos em destaque na Resoluo:

    Art.4 - Os resduos devero ter como objetivo prioritrio a no gerao

    de resduos e, secundariamente, a reduo, a reutilizao, a reciclagem e a

    destinao final.

    1 os resduos da construo civil no podero ser dispostos em

    aterros de resduos domiciliares, em reas de bota fora, em encostas, corpos

    dgua, lotes vagos e em reas protegidas por Lei, obedecidos os prazos

    definidos no art. 13 desta resoluo.

    Os resduos de obras civis, de acordo com a conceituao adotada

    podem ser considerados como sendo culturalmente reciclveis, pois podem ser

    reaproveitados para outras atividades. Sua reciclagem simples, constituindo-

    se apenas da triturao do material, at se atingir o tamanho desejado para o

    mesmo. A partir da, pode ser utilizado como brita em construes e

    pavimentaes, ou mesmo como substituto da areia nas construes. No

    primeiro caso, recomenda-se que o seu uso seja apenas em partes no

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    estruturais da obra, enquanto que no segundo, a argamassa feita com a sua

    areia pode ser normalmente aplicada em substituio argamassa comum.

    3.3.10 Resduo Tecnolgico

    Segundo dados da Associao Brasileira da Indstria Eltrica e

    Eletrnica (ABINEE), em 2007 a produo desse setor industrial no Brasil

    representou 4,4% do PIB, com um faturamento de R$ 111,7 bilhes. Junto com

    o consumo de aparelhos cada vez mais modernos e inovadores, cresce

    tambm o descarte desses produtos.

    Conhecidos como Resduos de Equipamentos Eletro-Eletrnicos

    (REEE), as pilhas, baterias, televises, rdios, celulares, eletrodomsticos,

    equipamentos de informtica e lmpadas fluorescentes so alguns dos

    produtos que compem o lixo tecnolgico do pas, S no Brasil, estima-se que

    um milho de computadores so jogados fora todos os anos.

    Com altas taxas de produtos qumicos e metais pesados, como

    mercrio, cdmio e chumbo, os equipamentos de informtica, pilhas e baterias

    apresentam riscos para o meio ambiente e para a sade humana, A dissoluo

    desses metais no solo dos aterros sanitrios pode contaminar os lenis

    freticos. Alm disso, eles contm substncias capazes de provocar doenas

    neurolgicas, que afetam a coordenao motora.

    Apresentam abaixo informaes sobre algumas das substncias que

    podem ser encontradas nos Equipamentos eletroeletrnicos e seus prejuzos

    sade. (informaes extradas do Relatrio de Estudos de apresentao das

    propostas das Diretivas 2002/96/CE e 2002/95/CE pela Comisso das

    Comunidades Europias e 13/06/2000 ao Parlamento Europeu).

    Substncia Utilizada Em Prejuzos aos Seres Vivos Chumbo Soldagem de placas de

    circuitos, impressos, o vidro dos tubos de raios catdicos, a solda e o vidro das lmpadas eltricas e fluorescentes.

    Danos nos sistemas nervosos central perifricos dos seres humanos. Foram tambm observados efeitos no sistema endcrino. Alm disso, o chumbo pode ter efeitos negativos no sistema circulatrio e nos rins.

    Mercrio Termostatos, sensores, rels O mercrio inorgnico disperso na

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    e interruptores (exemplo: placas de circuitos impressos e em equipamentos de medio e lmpadas de descarga), equipamentos mdicos, transmisso de dados, telecomunicaes e telefones celulares. S na Unio Europia so utilizadas 300 toneladas de mercrio em sensores de presena. Estima-se que 22% do mercrio consumido anualmente seja utilizados em equipamentos eltricos e eletrnicos.

    gua transformado em metilmercrio nos sedimentos depositados no fundo. O metilmercrio acumula-se facilmente nos organismos vios e concentra-se atravs da cadeia alimentar pela via dos peixes. O metilmercrio provoca efeitos crnicos e causa danos no crebro.

    Cdmio Em placas de circuitos impressos, o cdmio est presente em determinados componentes, como chips SMD, semicondutores e detectores de infravermelhos. Os tubos de raios catdicos mais antigos contm cdmio. Alm disso, o cdmio tem sido utilizado como estabilizador em PVC.

    Os compostos de cdmio so classificados como txicos e com risco de efeitos irreversveis sade humana. O cdmio e os seus compostos acumulam-se no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deterior-los com o tempo. O cdmio absorvido por meio da respirao, mas tambm pode ser ingerido nos alimentos. Em caso de exposio prolongada, o cloreto de cdmio pode causar cncer e apresenta um risco de efeitos cumulativos no ambiente devido sua toxibilidade aguda e crnica.

    PBB e PBDE retardadores de chama bromados- PBB e os teres difenlicos polibromados-PBDE

    Regularmente incorporados em produtos eletrnicos, como forma de assegurar uma proteo contra a inflamabilidade, o que constitui a principal utilizao faz-se sobretudo em quatro aplicaes: placa de circuitos impressos, componentes como conectores, coberturas de plstico e cabos. Os 5-BDE, 8-BDE e 10-BDE so principalmente usados nas placas de circuitos impressos, nas coberturas de plstico dos televisores, componentes (como os conectores) e nos eletrodomsticos de cozinha. Sua liberao para o ambiente se d no processo de reciclagem dos plsticos componentes dos equipamentos.

    So desreguladores endcrinos. Uma vez liberados no ambiente os PBB podem atingir a cadeia alimentar, onde se concentram. Foram detectados PBB em peixes de vrias regies. A ingesto de peixe um meio de transferncia de PBB para os mamferos e as aves. No foi registrada qualquer assimilao nem degradao dos PBB pelas plantas.

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    3.3.11 Resduos Considerados Inservveis

    Animais mortos, mveis, eletrodomsticos, sucatas e pneus. Alguns

    desses resduos, at porque a sua essncia a de material conformado pelo

    ser humano, apresentem as caractersticas de serem culturalmente reciclveis,

    ou reutilizveis.

    3.4 Responsabilidades do Lixo

    A operao de levar um resduo do seu ponto de gerao at o seu

    destino final envolve coleta, transporte e armazenamento dentro da prpria

    indstria e coleta e transporte at o local do tratamento ou disposio final. A

    fase interna sem dvida de responsabilidade exclusiva do gerador, enquanto

    que a fase externa de responsabilidade do contato (em caso de

    terceirizao), porm a legislao vigente torna

    o gerador co-responsvel por qualquer acidente ou contaminao que

    porventura venha a ocorrer.

    ORIGEM DO LIXO RESPONSVEL

    Domiciliar Municpio

    Comercial* Municpio

    Pblico Municpio

    Servios da Sade Gerador.

    Industrial Gerador.

    Agrossilvopastoril Gerador.

    Entulho Gerador.

    *at 50kg ou 200 litros dia

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    3.5 Principais Resduos

    Os principais resduos citados abaixo so encontrados em: Domstico,

    Comercial, Pblico, Terminais, Sade, Tecnolgicos, etc.

    3.5.1 Pilhas e baterias

    Pilhas podem ser definidas como geradores qumicos de energia

    eltrica, constitudas unicamente de dois eletrodos arranjados de maneira a

    produzir energia eltrica. Tecnicamente a unidade geradora bsica chamada

    de pilha. Em muitos casos prticos, a tenso fornecida por uma pilha

    insuficiente para operar os equipamentos, de forma que duas ou mais so

    associados em srie, formando conjunto, da o nome bateria.

    Bateria o conjunto de pilhas agrupadas em srie a paralelo,

    dependendo da exigncia por maior potencial ou corrente.

    Tipos de pilhas e baterias: Nquel hidreto metlico, Chumbo cido, on

    de ltio, nquel-cdmio (recarregveis), xido de mercrio, ltio, zinco-ar,

    alcalina, zinco-carbono.

    3.5.2 Reciclagem de pilhas e baterias

    Tem sido realizadas pesquisas de modo a desenvolver processos para

    reciclar as baterias usadas ou, em alguns casos, trat-las para uma disposio

    segura, mas para desenvolvimento destes processos fundamental o

    conhecimento da composio destes materiais. O processo de reciclagem de

    pilhas e baterias pode seguir trs linhas distintas: Baseado em tratamento de

    minrio, hidrometalurgia.

    Produtos obtidos a partir da reciclagem:

    Os principais produtos comercializados a partir do processo de

    recuperao;

    - Cdmio metlico, com pureza superior a 99,25% que vendido para

    empresas que produzem baterias.

    -xidos metlicos

    -Cloreto de cobalto

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    -Chumbo refinado e suas ligas

    -Resduo contendo ao e nquel utilizado em siderrgicas

    -Nquel e ferro utilizados na fabricao de ao inoxidvel.

    A produo nacional de pilhas segundo a ABINNE (Associao

    Brasileira da Indstria Eltrica e Eletrnica) no Brasil produzida 800 milhes

    de pilhas. O grande problema no Brasil so as pilhas falsificadas que

    prejudicam ainda mais por no estarem de acordo com as normas

    estabelecidas pela legislao.

    Pontos de Devoluo e Forma de Armazenamento

    TABELA 37: FORMAS DE ARMAZENAMENTO DAS PILHAS E BATERIAS

    TIPOS DE BATERIAS ARMAZENAMENTO

    Baterias automotivas (Baterias de Chumbo-cido)

    Continer

    Baterias industriais (Baterias de Chumbo-cido)

    Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregveis (Pilhas e Baterias de Nquel-Cdmio)

    Caixa

    Tambor

    Bombona

    Fonte: Proresiduos/UEM, 2012.

    Na Figura 20 e Figura 21 podem ser observados alguns tipos de coletores encontrados nas redes tcnicas autorizadas.

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    Nas figuras abaixo podem ser observados modelos a serem colocados

    nos pontos de devoluo de pilhas e baterias do municpio. Nas lixeiras poder

    ser adicionado um adesivo representativo com o smbolo da campanha de

    coleta do municpio para melhorar a identificao da populao com o

    programa de forma integrada.

    REA URBANA

    Na rea urbana, recomenda-se que o recebimento dos resduos de

    pilhas e baterias seja realizado por meio dos prprios estabelecimentos que

    comercializam tais produtos, assim como das redes de assistncia tcnica

    autorizadas pelos fabricantes e importadores de pilhas e baterias.

    Tendo em vista que farmcias, escolas e clnicas so locais que devem

    ser higienizados, limpos e de mximo asseio, objetivando assim evitar que se

    junte qualquer tipo de resduo nesses locais, principalmente aqueles

    considerados potencialmente perigosos ou agressivos, como o caso das

    pilhas e baterias, recomenda-se que sejam focados na rea urbana como

    pontos de devoluo das pilhas e baterias, locais principalmente como

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    supermercados, postos de venda de celulares, distribuidores de peas

    eltricas, autopeas, entre outros. Na Tabela abaixo pode ser visto algumas

    sugestes de pontos de devoluo segundo o tipo de bateria.

    TABELA 40: SUGESTES DE PONTOS DE DEVOLUO DE PILHAS E BATERIAS NA REA URBANA

    TIPOS DE BATERIAS SUGESTES DE PONTOS DE DEVOLUO

    Baterias automotivas (Baterias de Chumbo-cido)

    Distribuidores ou locais de revenda de baterias automotivas, comrcio de acumuladores, mecnicas e autopeas que trocam e/ou vendem baterias automotivas, entre outros.

    Baterias industriais (Baterias de Chumbo-cido)

    Distribuidores ou locais de revenda de baterias industriais, comrcio de acumuladores industriais, etc.

    Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregveis (Pilhas e Baterias de Nquel-Cdmio)

    Postos de venda ou revenda de celulares, mercados, supermercados, comrcio de pilhas e baterias.

    A prefeitura dever identificar e convocar os estabelecimentos julgados

    adequados para ajustamento como pontos de devoluo dos resduos de

    pilhas e baterias. Alm disso, a prefeitura dever realizar orientar tais

    estabelecimentos sobre o resduo a ser coletado como formas de manuseio,

    armazenamento, legislaes pertinentes, responsabilidades etc.

    REA RURAL

    Visando participao da populao rural com o programa,

    considerando ainda a distncia das residncias aos pontos de devoluo bem

    como das redes autorizadas futuramente localizados na rea urbana,

    recomenda-se que sejam focados na rea rural como pontos de devoluo e

    coleta das pilhas e baterias alguns postos de sade localizados na regio rural.

    Lembrando que alm das farmcias, escolas e clnicas, os postos de

    sade tambm so locais que devem ser limpos, higienizados e de mximo

    asseio, sendo assim, algumas precaues devero ser tomadas nesses

    estabelecimentos como:

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    Treinamento de todos os funcionrios para recebimento,

    armazenamento e manuseio adequado dos resduos.

    Os produtos devero ser entregues pela populao rural aos

    funcionrios do posto de sade que se encarregaro de armazenar

    devidamente o resduo.

    A armazenagem de baterias usadas de chumbo-cido dever ser

    feita em local coberto, com piso apropriado (concreto), com muretas,

    canaletas ou recipiente tal que se possa ser usado como conteno. Em

    caso de vazamento, devem ser mantidas separadas de baterias novas e

    de outros produtos.

    O local de armazenamento dever estar fora do alcance das

    pessoas que utilizam o servio dos postos de sade, bem como no

    dever estar em nenhuma rea de servio do posto de sade.

    TABELA 41: SUGESTES DE PONTOS DE DEVOLUO DE PILHAS E BATERIAS NA REA RURAL

    TIPOS DE BATERIAS SUGESTES DE PONTOS DE

    DEVOLUO Baterias automotivas (Baterias de Chumbo-cido)

    Postos de sade localizados na rea rural

    Baterias industriais (Baterias de Chumbo-cido)

    Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregveis (Pilhas e Baterias de Nquel-Cdmio)

    Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

    A prefeitura dever identificar e convocar os postos de sade mais

    adequados para ajustamento como pontos de devoluo e devoluo dos

    resduos de pilhas e baterias, bem como dar orientao e material sobre o

    resduo a ser coletado.

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    TABELA: PILHAS E BATERIAS DESTINADAS COLETA DE RESDUO DOMSTICO

    TIPO/SISTEMA APLICAO MAIS

    USUAL DESTINAO

    FINAL

    Comuns e Alcalinas: Zinco/Mangans, Alcalina/Mangans

    Brinquedo, lanterna, rdio, controle remoto, rdio-relgio, equipamento fotogrfico, pager, walkman

    Resduo domstico

    Especial: Nquel-metal-hidreto (NiMH) Telefone celular, telefone sem fio, filmadora, notebook

    Resduo domstico

    Especial: ons de ltio Telefone celular e notebook Resduo domstico

    Especial: Zinco-Ar Aparelhos auditivos Resduo domstico

    Especial: Ltio

    Equipamento fotogrfico, relgio, agenda eletrnica, calculadora, filmadora, notebook, computador, videocassete

    Resduo domstico

    Especial: Tipo boto e miniatura, de vrios sistemas

    Equipamento fotogrfico, agenda eletrnica, calculadora, relgio, sistema de segurana e alarme

    Resduo domstico

    Fonte: Proresiduos/UEM,2012.

    TIPO/SISTEMA APLICAO MAIS USUAL DESTINAO FINAL

    Bateria de chumbo cido Indstrias, automveis, filmadoras Devolver ao fabricante ou importador

    Pilhas e baterias de nquel cdmio

    Telefone celular, telefone sem fio, barbeador e outros aparelhos que usam pilhas e baterias recarregveis

    Devolver ao fabricante ou importador

    Pilhas e baterias de xido de mercrio

    Instrumentos de navegao e aparelhos de instrumentao e controle

    Devolver ao fabricante ou importador

    Fonte: Proresiduos/UEM,2012.

    Legislao

    As resolues do CONAMA n 257/99 e 263/99 regulamentam a

    destinao final dos resduos de pilhas e baterias, devido aos impactos

    negativos causados no meio ambiente e ao grande risco de contaminao e

    estabelece que os fabricantes so responsveis pelo tratamento final dos

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    resduos de seus produtos. As pilhas e baterias podem conter os seguintes

    metais: chumbo (Pb), cdmio (Cd), mercrio (Hg), nquel (Ni), prata (Ag), ltio

    (Li), zinco (Zn), mangans (Mn), e seus compostos que causam impactos

    negativos sobre o meio ambiente e tambm ao homem. As substncias das

    pilhas que contem esses metais so corrosivas e geralmente txicas, sendo

    classificadas como resduo Perigoso- Classe I. De acordo com a Resoluo n

    257, de 30 de Junho de 1999 do CONAMA, Artigo 8:

    Ficam proibidas as seguintes formas de destinao final de pilhas e

    baterias usadas de quaisquer tipos ou caractersticas;

    1 Lanamento in natura a cu aberto, tanto em reas urbana como

    rurais;

    2 Queima a cu aberto ou em recipientes, instalaes ou

    equipamentos no adequados conforme legislao vigente;

    3 Lanamento em corpos dgua, praias, manguezais, terrenos

    baldios, poos ou cacimbas, cavidade subterrnea, em redes de drenagem de

    guas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas ou

    em reas sujeitas a inundao.

    Art. 1. As pilhas e baterias que contenham em sua composio chumbo,

    cdmio, mercrio e seus compostos, destinados a qualquer tipo de aparelho,

    veculos ou sistemas, mveis ou fixos, que as requeiram para seu pleno

    funcionamento, bem como os produtos eletroeletrnicos que as contenham

    integradas em sua estrutura de forma no substituvel devero, aps seu

    esgotamento energtico ser entregues pelos usurios ao estabelecimento que

    os comercializam ou a rede de assistncia tcnica autorizada pelas respectivas

    indstrias, para repassarem aos fabricantes ou importadores, para que estes

    adotam, diretamente ou atravs de terceiros, os procedimentos de reutilizao,

    reciclagem, tratamento ou disposio final ambientalmente adequado.

    Art. 6. A partir de 10 de Janeiro de 2001, a fabricao, importao e

    comercializao de pilhas e baterias devero atender aos limites estabelecidos

    a seguir.

    I - Com at 0,010% em peso de mercrio, quando forem do tipo zinco-

    mangans e alcalina- mangans.

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    II Com at 0,015% em caso de cdmio, quando forem do tipo zinco-

    mangans e alcalina-mangans.

    III Com at 0,20% em peso de chumbo, quando forem do tipo alcalina-

    mangans e zinco-mangans.

    IV Com at 25mg de mercrio por elemento quando forem do tipo de

    pilha miniatura e boto (inciso acrescido pelo CONAMA 263/99).

    Art. 13. As pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no Art.

    6, podero ser dispostas, juntamente com os resduos domiciliares, em aterros

    sanitrios licenciados.

    Caso haja a necessidade do uso de pilhas, o consumidor deve optar,

    preferencialmente, por modelos que no contenham mercrio, cdmio ou

    chumbo. As pilhas recarregveis ajudam a evitar o descarte, entretanto,

    mesmo que se trabalhe a reduo desse resduo, ainda haver uma

    quantidade a ser destinada.

    Alguns programas de incorporao de pilhas no concreto esto sendo

    implantados. Em Riviera de So Loureno SP, pilhas e baterias usadas esto

    sendo acondicionadas em blocos de concreto a serem utilizados como guias.

    Os municpios tem um grande problema com pilhas falsificadas. Essas pilhas

    prejudicam ainda mais o meio ambiente por serem falsificadas tem baixa

    qualidade e no atendem as especificaes da legislao, sendo difcil dar um

    destino correto para elas de acordo com a legislao.

    3.5.3 Pneus

    Um pneu constitudo basicamente, com uma mistura de borracha

    natural e de elastmeros (polmeros com propriedades fsicas semelhantes s

    da borracha natural), tambm chamados borrachas sintticas. A adio de

    negro de fumo confere a borracha propriedades de resistncia mecnica a

    reao dos raios ultravioleta, durabilidade e desempenho. A mistura

    espalmada num molde para vulcanizao, que feita a uma temperatura de

    120 - 160. Utiliza-se enxofre, compostos de zinco como aceleradores e outros

    compostos ativadores e anti-oxidantes. Um fio de ao embutido no talo, que

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    se ajusta ao aro da roda nos pneus de automvel tipo radial, uma manta de

    nylon refora a carcaa e a mistura de borracha/elastmeros espalmada com

    uma malha de arame de ao entrelaada nas camadas superiores. Estes

    materiais introduzem os elementos qumicos da composio total de um pneu

    tpico. A produo de pneus por ano de 1 bilho de unidades. Os pneus so

    considerados materiais especiais pelas dificuldades apresentadas no

    reaproveitamento, principalmente pela irreversibilidade da reao de

    vulcanizao de seus componentes. A disposio a cu aberto, alm de causar

    vrios danos ao meio ambiente, ainda propicia a proliferao de insetos e

    outros transmissores de doenas.

    Formas de reaproveitamento

    Recauchutagem de pneus a fim de prolongar seu tempo de vida til. Este

    processo, por motivo de segurana, s pode ser realizado no mximo duas

    vezes. Na forma original, os pneus podem ser usados em obras de conteno

    de eroso, construes de quebra-mares, em brinquedos infantis, entre outros.

    Quando cortados e triturados podem ser reaproveitados em mistura asfltica,

    revestimento de pistas, adesivos e ainda como tapetes automotivos. Os pneus

    inteiros podem ser reutilizados em para-choques e drenagem de gases em

    aterros sanitrios. No Brasil calcula-se que existem 500 mil pneus disponveis

    para reutilizao como combustvel, proporcionando toneladas de leo. A

    queima de pneus para aquecer caldeiras regulamentada por Lei. E a ANIP

    deve fazer a coleta para efetivar a Logstica Reversa.

    TABELA: TABELA RESUMO SOBRE PNEUS

    CLASSIFICAO Classe II A - No inertes (NBR 10.004/04)

    ARMAZENAMENTO

    Armazenamento de resduos: NBR 11.175/89

    Procedimento para resduos: Classe II A - No inertes e Classe II B - Inertes

    TRANSPORTE

    Transporte de resduos: NBR 13.221/94

    Procedimento: NBR 7.500

    Simbologia: NBR 7.500 - Smbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais

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    39

    DESTINAO Reciclagem por empresas de recauchutagem, produtores e importadores

    Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

    Legislao

    De acordo com as Resolues CONAMA 258/99 e 301/03, os

    fabricantes de pneumticos ficam responsveis pela destinao final de seus

    produtos lanados no mercado.

    Em destaque o Artigo 3, que estabelece prazos e quantidades para

    coleta e destinao final, de forma ambientalmente correta dos pneumticos

    inservveis.

    No ano de 2002, para cada 4 pneus fabricados, 1 inservvel deveria ser

    corretamente destinado. No ano de 2003, a cada 2 novos pneus, 1 inservvel

    deveria ser coletado. No ano de 2004, a cada 1 novo pneu, 1 inservvel deveria

    ser coletado. Em 2005, a cada 4 novos pneus, 5 inservveis deveriam ser

    coletados.

    3.5.4 Resduo orgnico

    O lixo domiciliar o mais rico de todos em matria orgnica, sendo

    muito interessante o seu reaproveitamento na produo de compostos

    orgnicos (adubo). At meados do sculo XIX, os antigos adubavam suas

    terras usando matria orgnica. Restos de colheita de plantas leguminosas e

    verduras eram utilizadas como adubo, conhecidos como adubo verde. As fezes

    dos animais (esterco) tambm eram usadas juntamente com o adubo verde

    para deixar o solo mais frtil. A matria orgnica como restos de frutas,

    verduras, legumes, flores, plantas e restos alimentares, que, pelo processo de

    compostagem podem ser reutilizados com fertilizantes aumentando a taxa de

    nutrientes no solo e qualidade de produo.

    Restos de podas de parques e jardins produzem um excelente

    composto. A maior parte do lixo produzido em casa so constitudos de

    materiais putrescveis. Esses resduos, em seu estado natural, no tem

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    nenhum valor agrcola, no entanto, aps passarem pelo processo de

    compostagem ele pode se transformar em excelente adubo orgnico. Existem

    materiais que no devem ser usados na compostagem como: madeira tratada,

    vidro, metal, leo, tinta de couro e plstico.

    O resduo slido orgnico coletado de segunda a sexta-feira, sem uso

    de sacolas especiais. E chega ao aterro municipal, onde depositado e

    compactado em valas, que so freqentemente recobertas com uma camada

    de solo, que evita a proliferao de insetos, mau cheiro e outros

    contaminantes. O material resultante uma mistura de solo com matria

    orgnica, que sofre digesto anaerbica. O trabalho de abertura de valas e

    compactao do resduo realizado com o uso de escavadeira hidrulica e

    trator esteira.

    3.5.5 Benefcios da Compostagem

    O composto orgnico proveniente do lixo traz muitos benefcios como;

    - A melhoria da estrutura do solo e drenagem da gua, maior reteno

    de nitrognio atravs das estruturas moleculares que prendem os micros

    nutrientes (que possibilitam sua absoro pelas razes das plantas);

    - Evita a eroso, pela chuva, pela reteno dos macros nutrientes;

    - Aumento da estabilidade do PH do solo;

    - A reduo de gastos com transporte;

    - Melhoria da sade da populao.

    Para BIDONE (1999, p. 53), a compostagem um processo biolgico

    aerbio e controlado de transformao de resduos orgnicos em resduos

    estabilizados, com propriedades e caractersticas completamente diferentes do

    material que lhe deu origem. normalmente realizada em ptios nos quais o

    material disposto em montes de forma cnica, conhecidos como pilhas de

    compostagem, ou montes de forma prismtica com seo similar triangular,

    denominados leiras de compostagem.

    Durante o processo, segundo BIDONE (1999, p. 58), alguns

    componentes da matria orgnica so utilizados pelos prprios

    microorganismos para formao de seus tecidos, outros so volatilizados e

    outros, ainda, so transformados biologicamente em uma substancia escura,

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    uniforme, com consistncia amanteigada e aspecto de massa amorfa, rica em

    partculas coloidais, com propriedades fsicas, qumicas e fisioqumicas

    inteiramente diferentes da matria-prima original. A essa substancia d-se o

    nome de hmus ou composto.

    O servio de limpeza urbana (podas, capina, limpeza de terrenos)

    realizado pelo setor de Obras do Municpio, sendo que a varrio realizada

    em todas as ruas da cidade, em mdia uma vez por semana, sendo que nas

    avenidas e praas, feita em media duas vezes por semana.

    Esses resduos so depositados em local prprio para resduo de

    limpeza urbana, em rea localizada nas proximidades do aterro sanitrio, onde

    passa pelo processo de compostagem, em que ocorre a decomposio da

    matria orgnica. O material revolvido por cerca de oito meses, ate ser

    utilizado.

    A compostagem um processo biolgico aerbio e controlado de

    transformao de resduo orgnicos em resduos estabilizados, com

    propriedades e caractersticas completamente diferentes do material que lhe

    deu origem.

    No Municpio de Wenceslau Braz realizada a disposio em leiras; so

    utilizados restos de folhas, galhos e aparas de grama, sem tratamento algum.

    3.5.6 Metais

    Os metais so extrados da natureza em forma de minrio aquecendo o

    metal que ele contm, o ferro fica lquido e pode ser transformado para fazer

    diversos objetos.

    Os metais so materiais de levada durabilidade, resistncia mecnica e

    facilidade de conformao, sendo muito utilizado em equipamentos, estruturas

    e embalagens em geral.

    Os metais so classificados de acordo com sua composio:

    A) Ferrosos Compostos basicamente de ferro e ao.

    Exemplo: ao;

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    B) No ferrosos Exemplo o alumnio, a cada quilo de

    alumnio reciclado, cinco quilos de bauxita (minrio a partir do qual se

    produz o alumnio) so poupados.

    A coleta seletiva responsvel pela coleta do material. Os materiais

    presentes no lixo domiciliar so aqueles provenientes de embalagens,

    principalmente os de alimentos, tais como: Enlatados, panelas, esquadrias.

    Forma correta para separar os metais para coleta seletiva: sempre limpar e

    separar se possvel amassar as embalagens; colocar junto aos outros materiais

    reciclveis para ser recolhido.

    O processo de reciclagem de metais economicamente vivel, pois

    elimina as etapas de minerao e reduo, que so etapas caras, e agrega a

    etapa da coleta e separao do material.

    Benefcios da Reciclagem

    - Economia de energia

    - Economia de minrios

    - Economia de gua

    - Diminui a poluio.

    3.5.7 Papel

    O papel um afeltrado de fibras unidas fisicamente (por estarem

    entrelaadas a modo de malha) como quimicamente por ligaes de

    hidrognio. A matria prima mais utilizada na fabricao do papel a madeira,

    contudo outras tambm podem ser empregadas. Aps a aquisio da matria

    prima para a fabricao do papel, esta substancia pode passar por processos

    qumicos ou mecnicos, com adio ou no de aparas at sua transformao

    em pasta celulsica. As espcies mais utilizadas para a fabricao do papel

    so pinus e eucalipto.

    Resumo do processo produtivo

    -Floresta local onde so plantadas espcies mais apropriadas para o tipo de

    papel ou celulose a ser produzido a maioria das empresas usa reas

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    reflorestadas e tem seu prprio viveiro, onde fazem melhorias na espcie

    cultivada fazendo a clonagem das plantas com as melhores caractersticas;

    - Captao da madeira A rvore cortada e descascada, transportada,

    lavada e picada em cavacos de tamanhos pr determinados;

    - Cozimento No digestor os cavacos so misturados ao licor branco e cozidos

    a temperatura de 160C. Nesta etapa tem-se a pasta marrom que pode ser

    usada para fabricar papis no branqueados.

    - Branqueamento a pasta marrom passa por reaes com perxido, dixido

    de sdio, dixido de cloro, oznio e cido e lavada a cada etapa,

    transformando-se em polpa branqueada;

    - Secagem a polpa branqueada seca e enfardada para transporte caso a

    fbrica no possua mquina de papel;

    - Mquina de papel a celulose seca e prensada at atingir a gramatura

    desejada para o papel a ser produzido;

    - Tratamento da lixvia e rejeitos da gua o licor negro resultante do

    cozimento tratado e os qumicos so recuperados para serem usados como

    licor branco. Esse tratamento ameniza os impactos ambientais causados pela

    fbrica de papeis;

    - Produo de energia A produo de energia vem de turbos geradores que

    so movidos por vapor proveniente da caldeira.

    Tipos de Papel

    Existem diferentes tipos de papel, que variam de acordo com sua

    composio e gramatura, os principais so:

    Carto: papel co gramatura elevada, normalmente acima de 150g/m2;

    Papelo: Carto de gramatura e rigidez elevada, fabricados essencialmente

    com pasta celulsica de alto rendimento (pasta proveniente basicamente do

    processo mecnico da madeira) ou fibras recicladas;

    Cartes multicamadas: com revestimento de plstico e/ou alumnio, so

    bastante utilizados para embalagens de alimentos, como Poe exemplo as

    embalagens cartonadas tipo longa-vida;

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    Gramatura: massa em gramas de uma rea de um metro quadrado de papel,

    ou seja, a densidade linear do papel.

    Legislao

    De acordo com a Resoluo n 257/01 do CONAMA, para alguns

    papis, a reciclagem economicamente invivel e, portanto, diz-se que no

    so reciclveis. Pra outros tipos de papel, a reciclagem vivel se estes forem

    tratados separadamente, como o caso das embalagens cartonadas tipo longa

    vida, pois, assim procedendo, o processo adequado para a recuperao das

    fibras celulsicas pode ser aplicado.

    Reciclagem do papel

    A reciclagem do papel to importante quanto sua fabricao. A matria

    prima para a fabricao do papel j est escassa, mesmo com polticas de

    reflorestamento e com uma maior conscientizao da sociedade geral. Com o

    uso do computador, cientistas acreditam que a utilizao do papel diminuiria,

    mas isto no ocorreu e o consumo das duas dcadas do sculo XX foi recorde.

    Principalmente por estas razes a reciclagem do papel ganhou grandes

    destaques na fabricao do papel. A reciclagem traz muitos benefcios da

    substituio de recursos virgens. Os principais fatores de incentivo

    reciclagem de papel, alm de econmicos, so: a preservao dos recursos

    naturais (matria prima, gua e energia), a minimizao da poluio e a

    diminuio da quantidade de resduos que vo aos aterros. A reciclagem utiliza

    50 vezes menos gua e a metade de energia necessria para a produo de

    papel a partir da madeira.

    3.5.8 Vidro

    O vidro uma substancia inorgnica, homognea e amorfa, obtida

    atravs do resfriamento de uma massa lquida a base de slica. Em sua forma

    pura, vidro um xido metlico superesfriado, transparente, de elevada

    dureza, essencialmente inerte e biologicamente inativo, que pode ser fabricado

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