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Lit. Semana 7
Diogo Mendes(Maria Carolina)
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10/03
17/03
24/03
31/03
Exercícios de revisão: conceitos iniciais e gêneros literários
11:00
Quinhentismo
11:0021:00
Barroco
11:0021:00
Arcadismo
11:0021:00
CRONOGRAMA
Arcadismo
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
31mar
89Li
t.
RESUMOA corrente literária árcade, influenciada pelos ideais
do Iluminismo no século XVIII, visava retornar alguns
marcos artísticos do período renascentista. Com o
intuito de promover o racionalismo na poesia - uma
vez que o período da dualidade barroca deu espaço
ao antropocentrismo – o Arcadismo é caracterizado
pela temática mais pastoril e bucólica, contrarian-
do os apegos materialistas que marcavam aquele
momento e resgatando alguns aspectos da cultura
clássica.
Contexto histórico
Os acontecimentos mais importantes do século XVII
e que marcaram o Arcadismo foram:
✓ Iluminismo;
✓ 1789 - Revolução Francesa;
✓ 1789 - Inconfidência Mineira (No Brasil);
✓ 1798 - Conjuração Baiana (No Brasil);
Revolução Francesa
Características
Veja, abaixo, algumas das principais características
do Arcadismo:
✓ Bucolismo;
✓ Pastoralismo;
✓ Uso da razão;
✓ Temática universalista;
✓ Valorização da cultura greco-romana;
✓ Objetividade;
✓ Contraste entre a simplicidade da vida X apegos
materiais;
✓ Convencionalismo amoroso;
✓ Contraste entre o ambiente urbano e o ambiente
campestre;
OBS.: O sentimento de evasão ao campo era
imaginário, pois naquele momento iniciava-se
um período de urbanização nas cidades e a tran-
sição do êxodo rural.
Em relação à linguagem e forma estrutural das poe-
sias árcades, temos a presença de:
✓ Sonetos;
✓ Versos decassílabos;
✓ Ordem direta (da estrutura sintática);
✓ Linguagem mais simples.
Lemas árcades
Conhecidos como lemas árcades, estes são expres-
sões latinas que remetem aos valores de uma vida
simples, sem apegos materiais e que valorize as pe-
quenas coisas da vida. Veja quais são:
✓ Carpe Diem (Aproveitar a vida, viver o momento);
✓ Locus Amoenus (Lugar ameno, significa um lugar
simples, um refúgio longe dos centros urbanos);
✓ Fugere Urbem (Fuga da cidade, remetendo à feli-
cidade da vida no campo, em contraste com o caos
urbano);
✓ Aurea Mediocritas ( Desvínculo à vida material,
que segundo os árcades era considerada uma vida
medíocre, mas rica em realizações espirituais);
✓ Inutillia Truncat (“cortar o inútil”, ou seja, afastar-
-se da infelicidade que o apego material pode cau-
sar).
Principais autores no Brasil
Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga,
Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Santa Rita Durão
e Basílio.
→ Cartas chilenas
No Brasil, durante o período da Inconfidência Minei-
ra, muitos autores e intelectuais eram engajados po-
liticamente e lutavam contra as tiranias do governo.
As cartas chilenas tratam-se de poemas que critica-
vam o abuso de poder e satirizavam os desmandos
administrativos da região mineira, além disso, por
medo de serem perseguidos, os escritores omitiam
a sua autoria.
90Li
t.
Texto 1
Lira XIX (fragmento)
Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
A sábia natureza.
Atende, como aquela vaca preta
O novilhinho seu dos mais separa,
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Atende mais, ó cara,
Como a ruiva cadela
Suporta que lhe morda o filho o corpo,
E salte em cima dela.
Repara, como cheia de ternura
Entre as asas ao filho essa ave aquenta,
Como aquela esgravata a terra dura,
E os seus assim sustenta;
Como se encoleriza,
E salta sem receio a todo o vulto,
Que junto deles pisa.
Que gosto não terá a esposa amante,
Quando der ao filhinho o peito brando,
E refletir então no seu semblante!
Quando, Marília, quando
Disser consigo: “É esta
“De teu querido pai a mesma barba,
“A mesma boca, e testa.”
(Tomás Antônio Gonzaga)
Texto 2
Torno a ver-vos, ó montes: o destino
Aqui me torna a pôr nesses outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manuel da Costa)
Texto 3
Quando cheios de gosto, e de alegria
Estes campos diviso florescentes,
Então me vêm as lágrimas ardentes
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.
Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes,
Esse mesmo em imagens diferentes
Toda a minha tristeza desafia.
Se das flores a bela contextura
Esmalta o campo na melhor fragrância,
Para dar uma idéia da ventura;
Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se cada flor me lembra a formosura
Da bela causadora de minha ânsia?
(Cláudio Manuel da Costa)
Texto 4
Poema da circunstância
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O Arranha-Céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontos-
sauros, nos tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles,
os arranha-céus!
(...)
TEXTOS DE APOIO
91Li
t.
Defronte
Á janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore...
Enquanto há verde,
Pastai, pastai, olhos meus...
Uma grande árvore muito verde... Ah!
Todos os meus olhares são de adeus
Como o último olhar de um condenado!
(Mário Quintana)
Texto 5
Casinha Branca
Eu tenho andado tão sozinha ultimamente
Que nem vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tantos sonhos perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal, uma janela
Para ver o sol nascer
Ás vezes saio a caminhar pela cidade
Á procura de amizade
Vou seguindo a multidão
Mas me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seus mistérios
Seu sofrer, sua ilusão
(Gilson Campos & Joran)
Texto 6
(A fonte, de Jean-Auguste Dominique Ingres)
Texto 7
(Os pastores árcades, de Nicolas Poussin)
92Li
t.
EXERCÍCIOS DE AULA1. Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos incon-
fidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.)
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constituti-
vos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o
poema e o momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens re-
lacionadas à metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico
e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela
uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo ur-
bano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadis-
mo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representa-
ção literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é
formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajo-
sa da Colônia sobre a Metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está repre-
sentada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transfor-
mação do pranto em alegria.
93Li
t.
2. Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado.
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
Árvores aqui vi tão florescentes,
que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
(COSTA, Claudio Manoel. Sonetos (VII). In: RAMOS, Péricles Eugênio da
Silva (Intr., sel e notas). Poesia do outro - Antologia São Paulo: Melhora-
mentos, 1964, p. 47)
Glossário:
• esmorecer: enfraquecer.
O estilo neoclássico, fundamento do Arcadismo brasileiro, de que fez parte
Claudio Manoel da Costa, caracteriza-se pela utilização das formas clássicas
convencionais, pelo enquadramento temático em paisagem bucólica pintada
como lugar aprazível, pela delegação da fala poética a um pastor culto e artista,
pelo gosto das circunstâncias comuns, pelo vocabulário de fácil entendimento e
por vários outros elementos que buscam adequar a sensibilidade, a razão, a na-
tureza e a beleza.
Dadas estas informações:
a) Indique qual a forma convencional clássica em que se enquadra o poema.
b) Transcreva a estrofe do poema em que a expressão da natureza aprazível, si-
tuada no passado, domina sobre a expressão do sentimento da personagem po-
emática.
3. Ornemos nossas testas com as flores,
e façamos de feno um brando leito;
prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
gozemos do prazer de sãos amores (...)
(...) aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças
e ao semblante a graça.
(Tomás Antônio Gonzaga)
94Li
t.
Quanto ao estilo, os versos:
a) revelam a presença não só de formas mais exageradas de inversão sintática,
hipérbatos, como também de comparações excessivas, resíduos do estilo cul-
tista.
b) comprovam a predileção pelo verso branco e pela ordem direta da frase, ca-
racterísticos da naturalidade desejada pelos poetas do Arcadismo.
c) denotam - pela singeleza do vocabulário, pela sintaxe quase prosaica - a von-
tade de alcançar a simplicidade da linguagem, em oposição à artificialidade do
Barroco.
d) organizam-se em torno de antíteses, na busca de caracterizar, em atitude pré-
-romântica, o amor ideal e a pureza do lavor da terra.
e) constroem-se pelo desdobramento contínuo de imagens, compondo um qua-
dro em que a emoção é tratada de modo abstrato, de acordo com a convenção
árcade.
4. Mal vi o teu rosto
o sangue gelou-se
a língua prendeu-se,
tremi, e mudou-se
das faces a cor.
Marília, escuta
um triste pastor
Há no texto marcas flagrantes do estilo a que pertence. O subjetivismo e a te-
mática amorosa, entrementes, aproximam-no de outro momento do processo
literário brasileiro.
Informe:
a) O estilo literário a que pertence o texto.
b) O movimento literário que também expressa as características citadas.
95Li
t.
EXERCÍCIOS DE CASA1. Casa dos Contos
& em cada conto te cont
o & em cada enquanto me enca
nto & em cada arco te a
barco & em cada porta m
e perco & em cada lanço t
e alcanço & em cada escad
a me escapo & em cada pe
dra te prendo & em cada g
rade me escravo & em ca
da sótão te sonho & em cada
esconso me affonso & em
cada claúdio te canto & e
m cada fosso me enforco &
(ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.)
O contexto histórico e literário do período barroco- árcade fundamenta o poe-
ma Casa dos Contos, de 1975. A restauração de elementos daquele contexto por
uma poética contemporânea revela que
a) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece so-
bre a observação da realidade social.
b) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e
personalidades da Inconfidência Mineira.
c) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a uto-
pia e sua opção por uma linguagem erudita.
d) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continui-
dade de procedimentos estéticos e literários.
e) o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o
ambiente de opressão vivido pelos inconfidentes.
Texto para as questões 2 e 3:
Lira XIV
Minha Bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos deuses
Sujeitos ao poder do ímpio fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi pastor de gado.
(Tomás Antônio Gonzaga)
96Li
t.
2.
3.
“Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura”
Relacione os dois versos apresentados ao tema do Carpe Diem.
No poema a transitoriedade também é expressa por alterações na paisagem.
Transcreva o verso do poema que comprova essa afirmativa.
4. Leia o poema de Bocage:
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha para,
Ora nos ares, sussurrando, gira:
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
Mais tristeza que a morte me causara.
O soneto de Bocage é uma obra do Arcadismo português, que apresenta, dentre
suas características, o bucolismo e a valorização da cultura greco-romana, que
estão exemplificados, respectivamente, em:
a) Tudo o que vês, se eu te não vira/Olha, Marília, as flautas dos pastores.
b) Ei-las de planta em planta as inocentes/Naquele arbusto o rouxinol suspira.
c) Que bem que soam, como estão cadentes!/Os Zéfiros brincar por entre flo-
res?
d) Mais tristeza que a morte me causara./Olha o Tejo a sorrir- se! Olha, não sen-
tes.
e) Que alegre campo! Que manhã tão clara!/Vê como ali, beijando-se, os Amo-
res.
97Li
t.6.
5. Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quando pode dos anos o progresso!
Árvores aqui vi tão florescentes
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera.
(COSTA, C.M. Poemas. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Aces-
so em 7 jul 2012)
No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite
ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma
a) angústia provocada pela sensação de solidão.
b) resignação diante das mudanças do meio ambiente.
c) dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.
Leia o Soneto LXIII, de Cláudio Manuel da Costa:
Já me enfado de ouvir este alarido,
Com que se engana o mundo em seu cuidado;
Quero ver entre as peles, e o cajado,
Se melhora a fortuna de partido.
Canse embora a lisonja ao que ferido
Da enganosa esperança anda magoado;
Que eu tenho de acolher-me sempre ao lado
Do velho desengano apercebido.
Aquele adore as roupas de alto preço,
Um siga a ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com igual excesso.
Eu não chamo a isto já felicidade:
Ao campo me recolho, e reconheço,
Que não há maior bem, que a soledade.
98Li
t.
7.
Glossário:
1) alarido: gritaria.
2) soledade: solidão.
Qual a perspectiva, no poema, sobre a relação entre campo e cidade?
Quando cheios de gosto, e de alegria
Estes campos diviso florescentes,
Então me vêm lágrimas ardentes
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.
Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes,
Esse mesmo e imagens diferentes
Toda a minha tristeza desafia.
Se das flores a bela contextura
Esmalta o campo na melhor fragrância,
Para dar uma ideia de ventura;
Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se cada flor me lembra a formosura
Da bela causadora de minha ânsia?
(Cláudio Manuel da Costa)
Glossário:
• contextura: tecido, trama.
A visão do campo, para o poeta, ilustra o conceito locus amoenus? Justifique a
sua resposta com elementos do texto.
99Li
t.
QUESTÃO CONTEXTOA banda Skank é uma das bandas de rock alternativo mais queridas no Brasil, for-
mada durante os anos 90. Suas músicas abordam sobre a vida, o tempo, relacio-
namentos, festas, pensamentos e humor.
Uma de suas canções mais conhecidas é “Vou deixar”, leia o trecho abaixo:
“Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é
É, não conte o tempo por nós dois
Pois, a qualquer hora posso estar de volta
Depois que a noite terminar
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer
É, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão, me solta
E deixa a sorte me buscar”
A partir da leitura do trecho e de seus conhecimentos sobre o Arcadismo, diga
qual o lema árcade pode ser relacionado à música e apresente, ainda, o ponto de
vista do eu lírico.
100
Lit.
01.Exercício de aula1. b
2. a) soneto b) 3ª estrofe
3. c
4. a) arcadismo b) romantismo
02.Exercício de casa1. e
2. A passagem do tempo e a instabilidade da
sorte levam o eu lírico a querer aproveitar seu pre-
sente, única certeza.
3. “Apolo já fugiu do céu brilhante”
4. e
5. e
6. No poema, a cidade é vista como um lugar
de ostentação e vaidade, enquanto no campo só se
encontra felicidade.
7. Não, pois o campo, neste poema, lembra
ao eu lírico seu sofrimento amoroso, como se perce-
be nos 3 primeiros versos do poema.
03. Questão Contexto→ Lema Árcade: Carpe Diem
→ Ponto de vista do eu lírico: Visando aproveitar
cada segundo de sua vida, o eu lírico mostra-se de-
sapegado a envolvimentos pessoais e não tem a pre-
tensão de ter uma vida previsível, tem “apetite” pelo
novo, pelo risco.
GABARITO