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Literatura da Espanha Intrudução A literatura espanhola tem os seus inícios com o poema épico Cantar de Mio Cid. Para outros autores, as glossas emilienses e glossas silenses (anotações à margem de textos em latim) devem ser também referidos no estudo da literatura como primeiros usos do espanhol. Outros autores colocam também as "jarchas" ("carjas" em português) como manifestações literárias anteriores ao romanceiro tradicional espanhol, mas dentro da literatura espanhola. Esta visão encontra-se confrontada com outras visões como ser parte da literatura portuguesa por serem dialectos moçarabes mais semelhantes ao português medieval do que ao espanhol. Outros estudiosos qualificam os dialectos moçarabes como línguas independentes e analisando portanto que as carjas não deveriam estar incluídas em nenhuma das literaturas. As jarchas são composições escritas em árabe em que se inclui uma estrofe final ou um refrão em língua moçarabe. Como uma das línguas mais importantes do mundo, o espanhol tem uma literatura muito rica. Obras recentes em castellano O poema épico do Mío Cid é o clássico mais importante da literatura espanhola, trata da vida e atos do héroe nacional Rodrigo Díaz de Vivar, também conhecido como Cid Campeador Os escritores mais importantes do século XIV foram: López de Ayala, o príncipe Don Juan Manuel, sobrinho do rei Alfonso X, cujo Livro dos exemplos do conde Lucanor e de Patronio foi o primeiro livro de contos em espanhol. e o poeta satírico Juan Ruiz. O renascimento e a época dourada da literatura espanhola O espírito do renascimento estava invadindo as letras espanholas e Espanha se estava convertindo também em um

Literatura da espanha

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Page 1: Literatura da espanha

Literatura da Espanha

Intrudução

A literatura espanhola tem os seus inícios com o poema épico Cantar de Mio Cid. Para outros autores, as glossas emilienses e glossas silenses (anotações à margem de textos em latim) devem ser também referidos no estudo da literatura como primeiros usos do espanhol.

Outros autores colocam também as "jarchas" ("carjas" em português) como manifestações literárias anteriores ao romanceiro tradicional espanhol, mas dentro da literatura espanhola. Esta visão encontra-se confrontada com outras visões como ser parte da literatura portuguesa por serem dialectos moçarabes mais semelhantes ao português medieval do que ao espanhol. Outros estudiosos qualificam os dialectos moçarabes como línguas independentes e analisando portanto que as carjas não deveriam estar incluídas em nenhuma das literaturas.

As jarchas são composições escritas em árabe em que se inclui uma estrofe final ou um refrão em língua moçarabe.

Como uma das línguas mais importantes do mundo, o espanhol tem uma literatura muito rica.

Obras recentes em castellano

O poema épico do Mío Cid é o clássico mais importante da literatura espanhola, trata da vida e atos do héroe nacional Rodrigo Díaz de Vivar, também conhecido como Cid Campeador

Os escritores mais importantes do século XIV foram: López de Ayala, o príncipe Don Juan Manuel, sobrinho do rei Alfonso X, cujo Livro dos exemplos do conde Lucanor e de Patronio foi o primeiro livro de contos em espanhol. e o poeta satírico Juan Ruiz.

O renascimento e a época dourada da literatura espanhola

O espírito do renascimento estava invadindo as letras espanholas e Espanha se estava convertindo também em um poder europeo dominante. No reino do emperador Carlos V, se publicou a primeira novela picaresca em 1554, o Lazarillo de Tormes, seu autor é desconhecido.

Os últimos anos do século XVI e a maioria do s. XVII foram os melhores anos da literatura espanhola e se conheceram como os anos dourados. A obra chave deste período é a magnifica prosa que escreveu Miguel de Cervantes Saavedra, Don Quijote de la Mancha..

Nestes anos também houveram grandes dramaturgos como: Lope de Vega Carpio, Tirso de Molina, Guillén de Castro e Bellvís, e Juan Ruiz de Alarcón. Calderón de la Barca foi o último e provavelmente melhor escritor da época.

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Literatura neoclássica

No século XVIII o neoclassicismo francês influenciou enormemente na literatura espanhola. Houveram três autores que destacaram dentro do decline literario, foram: Leandro Fernández de Moratín, Ramón de la Cruz e o poeta Juan Meléndez Valdés.

O Romantismo

Com a morte de Fernando VII em 1833, o romantismo se propagou com muita rapidez, era de origem dramático mas superficial. Muitas das obras dos escritores mais importantes: Ángel de Saavedra, duque de Rivas, José de Espronceda, e José Zorrilla e Moral, foram muito originais em suas peças curtas..

Dois autores pos-românticos importantes foram Rosalía de Castro (que escrevia em gallego) e Gustavo Adolfo Bécquer.

Movimentos de finais do s. XIX e principios do s. XX

Benito Pérez Galdós dominou a novela realista durante a segunda metade do s. XIX, mas Pedro Antonio de Alarcón, José María de Pereda, Armando Palacio Valdés, Juan Valera e Alcalá Galiano, e Emilia Pardo Bazán também escreveram novelas de ficção muito importantes.

Mas foi em poesía onde se conseguiram mais conquistas. A lírica de Antonio Machado e do magnífico Juan Ramón Jiménez são das mais importantes e finas da língua. José Moreno Villa, Rafael Alberti, Vicente Aleixandre, Luis Cernuda, Jorge Guillén, Dámaso Alonso e muitos outros formaram uma geração de poetas brilhante; mas a figura mais cautivadora desta época foi o poeta e dramaturgo Federico García Lorca.

Geração de 98

A finais do século os escritores da Geração de 98 começaram a avaliar e revitalizar a vida cultural espanhola. Migue de Unamuno, ensaista, poeta, novelista e professor, enfatizou o aspecto quijotesco dos valores espanhois e exerceu grande influencia sobre a juventude espanhola. Azorín escreveu uns contos de grande qualidade. Ramón do Valle Inclán impregnou suas novelas e obras de teatro do sentido poético do fantástico e o raro. Pío Baroja e Nessi encheram suas novelas com um espírito feróz que rejeitava os valores tradicionais e tratava de influenciar as pessoas para que se "puzessem en movimento".

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Desde a guerra civil até o presente

Durante a Guerra Civil muitos escritores como: Salinas, Guillén, Juan Larrea, etc, tiveram que ir ao exilio. Entre os novelistas que apareceram depois da Guerra está o Premio Nobel Camilo José Cela, Carman Laforet e José María Gironella. Salvador de Madariaga foi reconhecido como historiados e biógrafo. Nos anos 50 e 60 se viveu um regresso a normalidade política e literária.

Alguns escritores de renome desde a II Guerra Mundial são: Max Aub, Miguel Delibes, Juan Goytisolo, Ana María Matute, Rafael Sánchez Ferlosio, Luís Martín-Santos e Gonzalo Torrente-Ballester; os poetas: Manuel Altoaguirre e Gerardo Diego; e os dramaturgos: Antonia Buero Vallejo, Alejandro Casona e Alfonso Sastre. os escritores pos-franquistas refletiram em suas obras os desenvolvimentos da Europa, entre os mais importantes se encontram: Juan Benet, Carmen-Martín-Gaite, Eduardo Mendonza, Soledad Puértolas, Carmen Riera e Ana Maria Moix. Entre os dramaturgos: Férnando Arrabel, Antonio Gala, Fermín Cabal e Alonso de Santos. e entre os poetas: Ana Rossetti, Antonio Carvajal, Guillermo Carnero, Jaime Silas e Antonio de Villena.