LITERATURA É ARTE

Literatura é arte

Cada artista tem seus materiais e sua matéria-prima, que é lapidada na

construção de sua obra de arte.

O pintor, por exemplo, usa tintas, telas, pincéis para produzir seu quadro; o ator, por sua

vez, precisa de personagem, de história e do espectador para que a arte de representar se

efetive. O escritor, que também é um artista, usa como matéria-prima as palavras.

Mas não basta apenas fazer uso da palavra para produzir Literatura. O escritor

deve estar atento à construção de seu texto, desde a seleção e combinação de

palavras até a estrutura textual e a significação que cada palavra carrega.

Por isso, há uma diferença enorme entre o texto de um manual de instruções e

um texto literário.

Nem tudo é Literatura!

Literatura é arte

A Literatura é uma arte!!!

Entre as várias manifestações artísticas que existem, a literatura é a arte

de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa e verso.

Sugestão:

Dê exemplos do que é prosa e verso.

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...mas a literatura não anda sozinha:

Diálogos entre a literatura e o teatro, a dança, a arquitetura, a pintura,

escultura, a música e o cinema são ricos e frequentes.

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Peça teatral: Alice no país das maravilhas

Catedral de Brasília

Cifra

Balé

Pintura, Tarsila do Amaral

Cinema

O pensador, Auguste Rodin

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Diálogos

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Diálogo: literatura & literatura

Capa da obra original. Capa de uma das edições Brasileiras (tradução).

Capa de livro de jogos e imagens para se colorir, edição brasileira (adaptação).

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Atividade:

1. Analise, juntamente com os estudantes, todos os elementos das capas.

2. Aponte as diferenças, sobretudo do uso do Inglês e do Português.

3. Aborde a questão da tradução. Conte o quanto é comum as obras literárias

serem traduzidas para outras línguas. Fale que há obras brasileiras que são

traduzidas para outros idiomas também.

4. Aborde, panoramicamente, os problemas da tradução: cultura, significado das

palavras, denominações, etc.

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Diálogos

Literatura é arte

Diálogo: literatura & teatro

Livro Peça teatral

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A obra: “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll

Um pequeno resumo:

"Alice no País das Maravilhas é um conto de surpreendente originalidade.

Um dia, na floresta, a pequena Alice, entediada com a mesmice do dia a dia, vê

um coelho branco que caminhava a resmungar como quando se chega tarde a

um encontro.

A menina segue-o até a sua cova e acaba caindo em um buraco profundíssimo.

A partir dali, vê-se em um estranho mundo habitado por criaturas

surpreendentes. Alice, que encontra um bolo e uma bebida que a fazem crescer

ou minguar à vontade, entra no país das maravilhas, onde a rainha, rodeada da

sua corte de naipes, convida-a para uma partida de croquet. [...]

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Alice toma de imediato o chá com o Chapéu Louco, a Lebre de Março e um

Rato do campo, e mantém uma conversação com o gato de Cheshire, que tem

a virtude de aparecer e desaparecer à vontade.

Assiste, por fim, a um julgamento contra a Dama de Copas, mas, antes de

terminar, Alice desperta bruscamente: tudo tinha sido um sonho!

Carroll, o autor, serve-se da capacidade infantil para observar a realidade com

total ingenuidade, capacidade que utiliza para evidenciar os aspectos absurdos

e incoerentes do comportamento dos adultos e para animar jogos encantadores

baseados nas regras da lógica."

http://aqueleblog.blogspot.com/2004/03/alice-no-pas-das-maravilhas-reedio.html, acessado em 20/05/10.

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Instigue os estudantes a lerem a obra.

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A obra “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll,

ADAPTADA para o teatro, por Andréa Elias.

ESPETÁCULO TRANSPORTA ALICE PARA O UNIVERSO NORDESTINO

Depois de encantar um público de quase cinco mil crianças, em 2009, a

nova montagem da Cia Os Bumburistas, “Alice no Sertão das

Maravilhas”, que tem direção de Andréa Elia, adaptada da obra literária

“Alice no país das maravilhas”, escrita por Lewis Carroll no fim do século

XIX, volta a cartaz no dia 19 de março, às 16 horas, na sala do coro do

Teatro Castro Alves, na Bahia.

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A peça conta a história de uma menina chamada Alice, que, entediada com a

repetição de fórmulas e métodos na sala de aula, começa a questionar o fato

de o livro não ter figuras e a falar do quanto é importante dar asas à

imaginação para que as histórias revelem as cores, cheiros e sabores de um

lugar. Nessa viagem, causada pelos questionamentos e inquietudes, ela avista

um Tatu e, no meio da confusão, segue o bicho e cai por sua toca até chegar

ao “Sertão das maravilhas”... onde tudo acontece.

Humor e poesia perpassam todo o espetáculo. Transposto para o universo

folclórico do sertão, o musical infanto-juvenil traz personagens com nomes

divertidos, como o Tatu Avexado, o Repentista Batista e a Cangaceira de

Copas. Música, dança e teatro de bonecos são algumas formas de expressão

da cultura nordestina a serviço do imaginário infantil e pré-adolescente urbano.

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Na adaptação do conto clássico, a direção da montagem ganhou distância das

paisagens europeias, dos chás ingleses e poesias vitorianas para aproximar a

história original de Alice a uma visão latino-americana. “Viajei com o

pensamento, buscando este país das maravilhas no Brasil. Cheguei a pensar na

Amazônia até que, absurdamente, caí no sertão”, lembra Elia, a diretora da peça.

A princípio, a ideia de trazer a personagem para o universo nordestino pareceu

estranha. “Queríamos tratar com propriedade de um mundo que respeitávamos,

mas que era distante à nossa infância, vivida na aridez dos territórios urbanos. O

bom é que logo percebemos que todo o grupo estava vivendo a lógica de Alice,

isto é, descobrindo um novo mundo, cheio de possibilidades”, vibra a diretora do

projeto.

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A adaptação da Companhia Os Bumburistas preserva o clima de mistério e

humor nonsense da obra original de Carroll e traz a ideia de uma trupe

itinerante de atores ali com o público, encenando, criando os efeitos, trazendo

elementos e transformando o espaço para contar aquela história. Como se o

sertão estivesse querendo compartilhar a sua forma única e peculiar de revisitar

um clássico e dividir esse tesouro com o público presente.

 http://www.tca.ba.gov.br/10/0310/alicenosertao.htm

Acessado em 19/05/10

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Exiba o vídeo (VT) da peça “Alice no sertão das

maravilhas” (anexo 2).

Sugestões:

Se possível, leve os alunos ao laboratório de informática para que assistam a outros vídeos da peça e para que

vejam fotos das cenas.

Caso essa peça teatral ou de outra companhia esteja em cartaz na sua cidade, leve os estudantes ao teatro.

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Atividade:

Depois dessa instigante aula expositivo-dialogal, faça o seguinte:

1. Pesquisa, conforme anexo 3.

2. Enquanto os grupos desenvolvem a pesquisa em horário extraclasse, a cada

aula, você, docente, deve ler um trecho do livro “Alice no país das maravilhas”

para a turma.

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3. Depois de o trabalho ser entregue e de a leitura do livro ser finalizada,

promova um debate sobre o diálogo que se estabelece entre a Literatura e o

Teatro, sobretudo na adaptação de obras para o Teatro.

4. Retome a obra “Alice no país das maravilhas” e a peça “Alice no sertão das

maravilhas”. Desenvolva uma atividade de análise, em que a turma compare a

obra original com a adaptação para o teatro, focando primeiro as diferenças:

do espaço em que se passa a história, da cultura, do perfil dos personagens,

dos nomes dos personagens; depois, as semelhanças: o tom poético; o clima

de mistério e humor nonsense, a essência do enredo, etc.

Sugestão:

• Se possível, leve os estudantes para uma visita técnica ao teatro, para conhecer suas dependências, bem como a

um ensaio de peça teatral, de modo que os discentes possam assistir ao ensaio e conversar com os artistas. Essa

prática é corriqueira para artista locais.

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Referências bibliográficas:

AQUELE BLOG. Resumo do livro Alice no país das maravilhas, http://aqueleblog.blogspot.com/2004/03/alice-no-pas-das-maravilhas-reedio.html, acessado em 20/05/10.

AMARAL, Tarsila. Abaporu. Pintura, 1928, http://normandus303.files.wordpress.com/2009/03/tarsila-do-amaralabaporu.jpg, acessado em 20/05/10.

CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. São Paulo: Scipione, 2002.

Capa do livro Alice no país das maravilhas, http://images.portoeditora.pt/getresourcesservlet/image?EBbDj3QnkSUjgBOkfaUbsI8xBp%2F033q5Xpv56y8baM6arnEh4UqE555XgRCNp7An&width=320, acessado em 20/05/10.

Cena do espetáculo Alice no Sertão das Maravilhas,http://www.maisbahia.com.br/fotos%5Cgaleria%5CAlice%20no%20Sert%C3%A3o%20das%20Maravilhas%20-%20cr%C3%A9d.%20Ricardo%20Prado%20(92).jpg, acessado em 20/05/10.

ELIA, Andréa (dir). Alice no sertão das maravilhas. Adaptação da obra literária escrita por Lewis Carroll feita pela Companhia “Os Bumburistas”, 2009.

Espetáculo transporta Alice para o universo nordestino, http://www.tca.ba.gov.br/10/0310/alicenosertao.htm, acessado em 19/05/10.

Imagem Alice no sertão das maravilhas, http://www.atarde.com.br/arquivos/2010/02/155985.jpg, acessado em 20/05/10.

Imagem de Balé, http://www.brasilescola.com/upload/e/danca.jpg, acessado em 20/05/10.

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Imagem da Catedral Metropolitana de Brasília, http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.rotadoconhecimento.com.br/rdc/wp-content/gallery/brasilia/catedral_metropolitana_de_brasilia.jpg&imgrefurl=http://deborawolf.com/2009/10/06/catedral-metropolitana-de-brasilia/&usg=__RenjN6LkWxddoTXniIr4X_20Fjs=&h=427&w=640&sz=118&hl=pt-BR&start=2&um=1&itbs=1&tbnid=OhbBuY6NXHcoVM:&tbnh=91&tbnw=137&prev=/images%3Fq%3Dconjunto%2Barquitet%25C3%25B4nico%2Bbrasil%25C3%25ADa%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26rlz%3D1R2SUNC_pt-BR%26tbs%3Disch:1, acessado em 20/05/10.

Imagem de livros, http://www.colegio-resgate.com.br/Portal/imagens_mini/livros2.jpg, acessado em 20/05/10.

Imagem de cifras, http://www.pagodesamba.com/pagodesamba/wp-content/uploads/2010/02/Cifras.jpg, acessado em 20/05/10.

Imagem teatro, http://opovo.uol.com.br/opovo/buchichoguia/img/839975_not_fot.jpg, acessado em 20/05/10.

RODIN, Auguste. O pensador. Escultura, http://poucaspalavras.files.wordpress.com/2007/11/opensador.jpg, acessado em 20/05/10.

Sala de cinema, http://4.bp.blogspot.com/_LBJW2O0UyRA/SgznDpIrPXI/AAAAAAAAAqE/lu8Mn7UnlOY/s400/Interno_di_un_sala_da_cinema.jpg, acessado em 20/05/10.