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Living NOW ANO 1 NÚMERO 2 PERSONA Claudia Carla: apresentadora e atriz, ela estreará nas telonas em cinebiografia do cantor Frank Aguiar NOSSA CIDADE Em São Paulo, templos religiosos de seitas variadas são locais pouco conhecidos, porém ricos em história e tradição HOBBY Com as câmeras digitais cada vez mais acessíveis e fáceis de manipular, cresce o número de amantes da fotografia pelo Brasil CAMPO BELO Distribuição gratuita nos condomínios e comércio em geral MARTA ELEITA CINCO VEZES CONSECUTIVAS A MELHOR JOGADORA DE FUTEBOL DO MUNDO, ELA É O MAIOR FENÔMENO DO ESPORTE NACIONAL NA ATUALIDADE

Living Now 02

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revista bimestral de entretenimento e variedades, dirigida aos moradores do bairro de Campo Belo, em São Paulo - Brasil

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Living NOW

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PERSONAClaudia Carla:

apresentadora e atriz, ela estreará nas telonas

em cinebiografi a do cantor Frank Aguiar

NOSSA CIDADEEm São Paulo, templos religiosos de seitas variadas são locais pouco conhecidos, porém ricos em história e tradição

HOBBYCom as câmeras digitais cada vez

mais acessíveis e fáceis de manipular,

cresce o número de amantes da

fotografi a pelo Brasil

CAMPO BELODistribuição gratuita

nos condomínios e comércio em geral

MARTAELEITA CINCO VEZES CONSECUTIVAS A MELHOR JOGADORA DE FUTEBOL DO MUNDO, ELA É O MAIOR FENÔMENO DO ESPORTE NACIONAL NA ATUALIDADE

Living

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Í N D I C E

[6] EDITORIAL

[8] ESPECIALDESVENDE O PÔQUER

[12] SAÚDEBENEFÍCIOS DA FITOTERAPIA

[18] NOSSA CIDADETURISMO RELIGIOSO

[20] MODACUSTOMIZAÇÃO EM ROUPAS E ACESSÓRIOS

[34] ESPORTEA POLÊMICA COPA DO MUNDO DE 2014

[38] GASTRONOMIAOS RESTAURANTES ITALIANOS DO CAMPO BELO

[48] DIVIRTA-SE

[28]

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E D I T O R I A L

REALEZA TUPINIQUIM

Nesta edição da revista Living, trazemos como destaque Marta, elei-

ta cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo pela FIFA. Contaremos um pouco da trajetória dessa brasileira que con-quistou fama e reconhecimento in-ternacional, como poucos esportis-tas conseguiram.

Com isso, completamos nossa “trilo-gia feminina”, já que em nossa primeira edição prometemos trazer sempre, na capa, uma personalidade do meio musi-cal (Luiza Possi – edição zero), artístico (Kiara Sasso – edição 1) e esportivo, com a rainha Marta (não poderíamos fechar de maneira melhor). A partir da próxima, inicia-remos nossa trilogia masculina.

Nessa edição, abordamos também a di-versidade religiosa de São Paulo, mostrando que essa variedade estende-se também para o lado arquitetônico, que pode ser notado na construção dos principais locais de culto de cada seita.

Com relação à gastronomia, é a vez dos italianos. Vamos contar um pouco da história da culinária da “velha bota” e indicar três endereços onde você pode “mangiare bene” no Campo Belo.

Para você que gosta de um carteado, ou sempre quis aprender, vamos ensinar como jogar pôquer e dar dicas de onde praticar online, com apostas virtuais verdadeiras ou não. Também é uma excelente oportunidade para conhecer novos amigos na rede, que não conseguem resistir a um “bom blefe” na mesa.

Levamos até você algumas receitas caseiras para aqueles

males comuns ao nosso dia-a-dia, fa-lando sobre � toterapia e seus benefí-cios que vem conquistando cada vez mais adeptos nas grandes cidades, deixando de ser hábito de cidade do interior ou “receitas da vovó”.

Já na parte de lazer, mostra-mos um hobby cada vez mais praticado e difundido - devido à facilidade que a alta tecno-

logia nos proporciona –, a fotogra� a, que, em alguns

casos, passa do hobby para pro� ssão; além de

falar um pouco sobre a Oktoberfest e suas

várias versões e va-riantes espalhadas

pelo Brasil a fora. E como não poderia dei-

xar de ser, damos dicas cul-turais quentes, como o lançamento do novo DVD da

Bandas das Velhas Virgens e do relançamento de diversos títulos do escritor beat Charles Bukowski. Ah, na nossa se-ção de esporte, não deixamos de comentar o assunto do momento: a Copa do Mundo de 2014 e o legado que ela pode ou não deixar para o país.

Para os menos atentos, estamos com novo nome. A partir desta edição, a revista passa a se chamar Living Now e es-tará de casa nova também. Mas continuará sendo a Living de sempre, com a mesma equipe de pro� ssionais, esforçan-do-se para levar a você leitor, sempre o melhor, proporcio-nando momentos de lazer e descontração.

Abraços.Os editores.

LIVING COMUNICAÇÃO

DIRETOR COMERCIAL

LAURO B. OLIVEIRA

ASSESSORIA CONTÁBIL

FATTOR K

REVISTA LIVING NOW

ANO 1 – Nº2 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

EDITOR

JOÃO RUBINATO

REDATORA

IRACEMA DE OLIVEIRA PENTEADO

EDITOR DE ARTE

PAULO SILAS

DISTRIBUIÇÃO

ESPETACULAR TRANSPORTES

FALE CONOSCO

[email protected]

COMERCIAL

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A REVISTA LIVING NOW É UMA PUBLICAÇÃO

BIMESTRAL DA LIVING COMUNICAÇÃO.

RUA JOÃO DE SOUZA DIAS, 719

CEP 04618 - 003 - CAMPO BELO

SÃO PAULO – SP - TEL: (11) 4306 5803

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E S P E C I A L

SEQUÊNCIA REALSEQUÊNCIA REALO PÔQUER ONLINE VEM SE TORNANDO UM PASSATEMPO POPULAR EM SÃO PAULO. PARA NÃO FICAR DE FORA, APRENDA A JOGAR E SAIBA AONDE CLICAR PARA SE DIVERTIR

Um bom programa para o sába-do à noite é uma descontraída e suave partida de pôquer. E

o melhor disso tudo é que esse pas-satempo pode ser jogado de forma online. Caso você tenha vontade de aprender, � que atendo às dicas abaixo, pratique bastante, desa� e seus amigos e boa sorte.

As origens dos jogos de cartas e do pôquer são polêmicas; há muitas ver-sões. Algumas dizem que os jogos de carta foram inventados pelos chineses como uma variação do dominó. Na Europa, as cartas de Tarô usadas para adivinhação são uma conexão óbvia ao jogo de cartas. Os jogos de azar foram se popularizando em todas as culturas no decorrer da história, então, é pro-vável que as muitas versões do jogo de cartas tenham sido desenvolvidas de modo independente por diferentes culturas em diferentes épocas.

Os primeiros colonizadores france-ses que chegaram a Nova Orleans joga-vam um jogo de cartas chamado poque, que envolvia blefes e apostas. No porto de Nova Orleans, os marinheiros per-sas ensinaram aos colonizadores fran-ceses um jogo chamado as-nas, que

usava um baralho com cinco naipes. Provavelmente, estes dois jogos foram transformados num só e os viajantes espalharam o jogo por todo o rio Mis-sissipi. Os trapaceiros que manejavam as embarcações adaptaram o jogo, de modo a livrar suas vítimas do “poke” ou dinheiro. Em algum momento, a versão anglicizada do poque tornou-se “pôquer”. A primeira menção escrita ao “pôquer” apareceu em 1834. A partir de 1800, o jogo espalhou-se rapida-mente para a fronteira oeste. O “oeste selvagem” da história americana foi um período de explosão deste jogo, com um mesa de pôquer em cada bar.

APRENDENDO A JOGARO pôquer tem uma in� nita variação de jogo – por isso, vamos ensinar o mais popular, o Texas Hold’em. Antes de detalhar as regras, há alguns termos usados no jogo que é conveniente sa-ber (ver box no � nal da matéria).

Para começar, os jogadores recebem duas cartas fechadas, que apenas eles podem ver e usar. Em seguida, são distribuídas cinco cartas abertas ou comunitárias, que todos podem ver e usar para formar suas mãos. Os joga-

dores podem formar as suas mãos de cinco cartas usando uma, as duas ou nenhuma das suas cartas fechadas, em conjunto com as cartas comunitárias.

O jogo é dividido em quatro roda-das de apostas, que são efetuadas no sentido horário ao redor da mesa. As apostas começam na posição ao lado do botão do crupiê, que se move uma posição para a esquerda após cada mão. Em jogos online, o botão do cru-piê substitui o crupiê real.

Se dois ou mais jogadores têm mãos do mesmo valor e empatam, o prêmio será dividido entre esses dois jogado-res. Se sobrar uma � cha, o jogador à esquerda mais próximo do botão do crupiê a recebe. O valor de uma � cha de sobra é de 1 centavo.

Escuros: Antes do jogo começar, os dois jogadores à esquerda do crupiê co-locam escuros ou ‘blinds’, apostas assim denominadas porque são feitas antes que os jogadores tenham visto quais-quer cartas (blind signi� ca cego em in-glês). Os escuros asseguram que existirá algum dinheiro para ser apostado desde o início do jogo. O jogador à esquerda do crupiê faz uma pequena aposta escura (‘small blind’) e o próximo jogador à es-

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querda deste faz uma grande aposta escura (‘big blind’).Ação no pré-� op: Cada jogador recebe duas cartas, com

as faces para baixo. Elas são chamadas de ‘cartas fechadas’. A ação começa com o jogador à esquerda do big blind. Ele tem três opções: Pagar a aposta (igualar o valor apostado pelo big blind), repicar (aumentar o valor da aposta) ou de-sistir (entregar as cartas e desistir da aposta no jogo).

O procedimento de aposta continua em sentido horário ao redor da mesa até que cada jogador tenha tido a chance de fazer uma jogada.Se um deles repicar a aposta, os outros jogadores que desejarem continuar na rodada devem colo-car o mesmo valor, contra repicar ou, se quiserem sair da rodada, desistir sem apostar mais nada.

O jogador no big blind (a primeira aposta plena), pode dar mesa, ou seja, optar por continuar no jogo sem adicionar nada ao prêmio. No entanto, se um jogador tiver aumentado a aposta, o jogador big blind tem três opções: desistir, pagar ou contra-repicar. Quando todos os jogadores tiverem aposta-do o mesmo valor ou desistido, as cartas do � op são abertas.

Flop: Nesse estágio, três cartas comunitárias são coloca-das com as faces para cima no centro da mesa. Os jogadores podem usar essas cartas para formar a sua mão de cinco cartas. Segue-se uma segunda rodada de apostas.

Turn: Uma quarta carta comunitária é colocada na mesa. Segue-se a terceira rodada de apostas.

River: A quinta e última carta comunitária é dada, seguida pela rodada � nal de apostas.

Abrindo as cartas: Se mais de um jogador permane-cer no jogo, ocorre a abertura das cartas, onde os jogadores mostram as suas cartas e a melhor mão ganha (veja a clas-si� cação das mãos na imagem da página 10). Se dois joga-dores apresentarem uma mão igual, o prêmio é dividido.

APOSTAS VIRTUAISSe você não tem uma turma de amigos que curtam uma boa jogatina, não precisa � car chateado. Hoje em dia é possível você jogar online e há diversos bons sites para isso. Existe até um aplicativo no Facebook para praticar o pôquer, o Zynga Poker. O assessor de imprensa Marcos Thadeu Var-gas faz apostas virtuais e aprova o passatempo. “É uma di-versão bem bacana. A� nal, além de não gastar um centavo, tenho a oportunidade de conhecer outras pessoas que têm o mesmo amor pelo jogo que eu”. O fato de mencionar que não paga para jogar, é por conta das apostas, que são todas feitas com moeda virtual. “Você entra no jogo com um nú-mero de � chas para apostar”, detalha.

Esse também é o caso do Pokerstars (http://www.pokers-tars.com/). O site é conhecido no mundo inteiro e até cele-bridades se divertem por lá. É o caso do apresentador Otá-vio Mesquita, que já a� rmou em diversas entrevistas que criou um nickname e algumas vezes por mês “frequenta” as mesas virtuais de apostas no site.

É claro que há também os sites onde rola aposta valendo di-nheiro. Nesse caso, os apostadores utilizam o cartão de crédito

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E S P E C I A LPINGO-PINGO - APOSTA FEITA POR TODOS OS JOGADORES ANTES DE RECEBEREM SUAS CARTAS. ESTE É O “CUSTO” PARA JOGAR AQUELA MÃO.

BLIND - É UM PINGO FEITO PELO JOGADOR QUE ESTIVER SENTADO À ESQUERDA DO CARTEADOR ANTES DAS CARTAS SEREM DISTRIBUÍDAS.

BLEFE - BLEFAR É FAZER UMA APOSTA ELEVADA MESMO TENDO UMA MÃO FRACA, NUMA TENTATIVA DE REALIZAR COM QUE OS OUTROS JOGADORES FAÇAM O FOLD.

BUG - O BUG É O CORINGA, USADO EM ALGUNS JOGOS COMO UMA WILD CARD; ÀS VEZES É UMA CARTA CORINGA LIMITADA, VALENDO POR UM ÁS. SE O CORINGA FOR A QUINTA CARTA NECESSÁRIA PARA COMPLETAR UM FLUSH OU UMA SEQUÊNCIA (STRAIGHT), ELE SUBSTITUI QUALQUER UMA DELAS.

BUY-IN - QUANTIDADE DE DINHEIRO NECESSÁRIA PARA ENTRAR NO JOGO.

CALL - COLOCAR DENTRO DO POTE A QUANTIA NECESSÁRIA PARA IGUALAR ÀS APOSTAS JÁ FEITAS PARA AQUELA RODADA. POR EXEMPLO, SE O JOGADOR DA SUA DIREITA APOSTA R$ 10 PARA PERMANECER NESTA MÃO, VOCÊ PRECISA FAZER UM “CALL” PARA ESTA APOSTA, COLOCANDO R$ 10 NO POTE.

PASSAR - NÃO APOSTAR. SE NENHUMA APOSTA FOR FEITA DURANTE A RODADA, O JOGADOR DA VEZ PODE NÃO FAZÊ-LA E PASSAR A OPORTUNIDADE PARA O JOGADOR DA SUA ESQUERDA. SE TODOS NA MESA DE JOGO PASSAREM, A RODADA DE APOSTAS TERMINA.

FOLD - PASSAR A SUA MÃO PORQUE VOCÊ ACHA QUE AS SUAS CARTAS NÃO SÃO BOAS O SUFICIENTE PARA GANHAR. QUANDO VOCÊ FAZ O FOLD, NÃO COLOCA MAIS DINHEIRO NO POTE E PERDE QUALQUER CHANCE DE GANHÁ-LO.

RAISE - AUMENTAR O VALOR DA APOSTA NUMA RODADA APÓS OUTRO JOGADOR TER FEITO SUA APOSTA.

WILD CARD - UMA CARTA CORINGA CUJO VALOR É DECIDIDO PELO JOGADOR QUE A POSSUI.

GLOSSÁRIO DO PÔQUER para comprar as � chas. Um exemplo é o Sporting Bet (http://sportingbet.com). O jornalista Gabriel Rios é um ferrenho apostador do site e, no início desse ano, tirou a sorte grande. “Não sou muito de pôquer, mas no dia estava com sorte. Comprei R$50 em � chas e fui apostan-do. Consegui levantar mais de R$1 mil”, comemora. Mas é bom salientar que apostar virtualmente tem seus riscos. No � nal de setembro, a polícia federal dos EUA caiu em cima do site Full Tilt Poker, um dos maiores portais de pô-quer online. Isso aconteceu porque o site têm recebido milhões de dólares em apostas e repassado para seus proprie-tários, em vez de transferi-los aos joga-dores. Estima-se que, de abril de 2007 até hoje, a empresa havia pago US$ 440 milhões para membros do conselho e outros proprietários. Até março deste ano, alegam os investigadores, a empre-sa devia US$ 390 milhões a jogadores ao redor do mundo, incluindo US$ 150 milhões para usuários dos EUA. Porém, diz a denúncia, a empresa possuía ape-nas US$ 60 milhões no banco.

O PÔQUER É ILEGAL?Não! Segundo o Laudo Pericial O� -cial do Instituto de Criminalistica de São Paulo, o jogo de pôquer é alea-tório, não depende exclusivamente da sorte, apenas na distribuição das cartas. A partir de então, as apostas ocorrem sobre valor real ou � ctí-cio das cartas. A realidade ou � cção depende da habilidade do jogador, especialmente como observador do comportamento do adversário, às vezes bastante so� sticado, extraindo daí informações, que o leva a concluir se ele está ou não blefando. Não por acaso costuma-se dizer que o jogador de pôquer é um blefador. Por sua vez, esse adversário pode estar adotando certos padrões de comportamento, mais ardilosamente, para também blefar. Por exemplo, estando bem, mostra-se inseguro, a � m de que o ad-versário aumente a aposta. Ou estan-do mal, mostra-se seguro e con� ante, a � m de que o adversário desista. Em suma, é um jogo de matemática e de psicologia comportamental. •

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S A Ú D E

SANTO DE CASAMEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS, QUE PODEM SER CULTIVADOS EM JARDINS E PREPARADOS EM CASA, SÃO SUBSTITUTOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS DOS REMÉDIOS SINTÉTICOS

Os chás, óleos e farinhas provenientes de ervas são opções tradicionais para a cura de doenças, princi-palmente entre a população mais antiga e residen-

te em cidades do interior. Nas grandes capitais esse hábito foi substituído quase que integralmente pelo consumo de drogas sintéticas, mas aos poucos o panorama tem mudado.

Com o crescimento do consumo de produtos naturais, a � toterapia (que sigini� ca tratamento vegetal) tem encontra-do fôlego para ganhar reconhecimento popular. Tanto que o comércio de mudas e plantas desidratadas tem se espe-cializado, sendo regulamentado pela Agêncida Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2010.

Hoje, é simples consultar um pro� ssional especializado para conhecer dosagens e indicações de cura de cada erva. E como as plantas/sementes vendidas tem procedência re-conhecida e aprovada, � cou mais seguro cultivar um jardim terapêutico em casa ou no apartamento. “Ao comprar de vendedores ambulantes ou colher de um terreno baldio, é comum que as pessoas se confundam e consumam ervas erradas. Nesses casos, em vez de bene� ciar a saúde, corre--se o risco de intoxicação. Não vale a pena se expor de tal

maneira”, comenta o � toterapeuta Andre Resende. Algumas recomendações para cultivar um jardim me-

dicinal em casa: as ervas podem ser cultivadas em vasos, jardineiras, quintais e até mesmo em apartamentos (desde que haja locais ensolarados no imóvel). A terra precisa ser adubada e deve ser regada a cada dois ou três dias, depen-dendo da umidade da região. “As plantas podem ser usa-das ‘in natura’ colhidas nos quintais, ou então desidratadas, compradas em feiras de produtos orgânicos e supermerca-dos. Ambas mantém todas as propriedades. Ao adquirir erva desidratada, é indicado comprá-la em lojas que tenham far-macêutico responsável”, explica Resende.

O alerta do � toterapeuta faz sentido, já que as regulamenta-das passam por um processo de análise e esterilização antes de serem embaladas. Já as vendidas em barracas na rua contém alto índice de chumbo e fungos, que são provenientes do acú-mulo de poluição. E isso é extremamente prejudicial à saúde.

É bom alertar que a � toterapia pode ser combinada à alo-patia e à homeopatia. “Em sua maioria, as ervas podem ser administradas com medicamentos sintéticos e homeopáti-cos, mas não todas. O hipérico (antidepressivo) por exem-

ABACATE

ERVA CIDREIRA

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plo, se associado a um antiviral tem seu efeito reduzido em até em 60%. O chá de camomila não deve ser associado ao acido acetilsalisílico (Aspirina, Aas), pois pode provocar hemorragia estomacal’.

A seguir, algumas receitas simples de chás, óleos e fari-nhas medicinais que podem ser consumidos e preparados no dia a dia para combater moléstias comuns. Não se es-queça que os chás só fazem efeito no dia e não devem ser armazenadas em recepientes de metal.

CHÁS

DiabetesIngrediente: Pata-de-vacaBenefícios: pode ser utilizada como subs-tituta da insulina e diminui a incidência de hipoglicemia.

Modo de preparo: em 1 xícara de água fervente, coloque ½ colher de chá de folhas de pata-de-vaca. Abafe por dez minutos e beba uma xícara de chá duas vezes ao dia. Contraindicações: gestantes não devem consumi-lo. Problemas de ereçãoIgredientes: um pedaço da parte branca da melancia e duas rodelas de gengibre.Benefícios: funciona como substituto da famosa pílula azul e age como um inusitado afrodisíaco masculino.Modo de preparo: no liquidi� cador, bata a melancia e o gengibre com 1 copo de água e uma colher de mel. Consu-ma até duas vezes ao dia.Contraindicações: não há. MenopausaIngredientes: cimifuga, amora, melissa, anis estrelado e camomila mulungú.Benefícios: diminui os efeitos da menopausa, como o fogacho.Modo de preparo: coloque um punhado de cada erva

em 1 litro de água fervente, ferva mais três minu-tos, coe e tome uma xícara de chá cin-

co vezes ao dia.Contraindicações: não há.

AMENDOIM

MELANCIA

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S A Ú D E

AziaIngrediente: erva-cidreira Benefícios: essa erva confere proteção extra à mucosa do estômago. Assim, a sensação de queimação é aliviada. Modo de preparo: em 1 xícara de chá de água fervente, colo-que ½ colher de chá de folhas de erva cidreira fresca. Abafe por dez minutos, coe e tome uma xicara de chá duas vezes ao dia.Contraindicações: pessoas que sofrem de pressão baixa, devem evitar o uso. ColesterolIngrediente: açafrãoBenefícios: planta antioxidante e anti-in� amatória. Age sobre o metabolismo lipídico, reduz o colesterol ruim e os trigilcerídeos, além de favorecer o aumento do HDL.Modo de preparo: coloque ½ colher de chá de raíz de aça-frão triturado em 1 xíacara de chá de água e leve ao fogo por cinco minutos. Abafe por dez minutos, coe e tome uma xícara duas vezes ao dia.Contraindicações: pessoas com cálculos ou obstruções bi-liares e mulheres grávidas e em período de amamentação devem evitá-lo. GripeIngrediente: alhoBenefícios: além de ser um tempero onipresente na culiná-ria brasileira, o alho tem várias propriedades medicinais por ser um poderoso antimicrobiano. É indicado para o comba-te de gripe e febre por acelerar a recuperação do organismo.Modo de preparo: coloque 1 colher de sopa do bulbo fres-co e picado em 1 xícara de chá de água e ferva por 5 minu-tos. Depois de esfriar, coe e tome até três xícaras por dia.Contraindicações: quem sofre com gastrites e úlceras não deve optar pelo chá de alho no combate de gripes e resfria-dos. Lactentes também deve evitá-lo, pois o alho modi� ca o sabor do leite e causa cólicas no bebê.

FARINHAS NATURAIS (PODEM SER COMPRADAS PRONTAS) EmagrecedoraIngredientes: � bra de soja, farelo de trigo, inulina, ameixa e mamão papaia desidratado e em pó, sucralose, farinha de linhaça, colágeno, canela e polidextrose.Benefícios: composta por � bras e colágeno, é ideal para pessoas que buscam uma alimentação balanceada. É um excelente alimento para substituir uma refeição leve, como café da manhã, lanche da tarde ou jantar em períodos de dietas e controle de peso. Não contém adição de açúcar (é adoçado com sucralose). RejuvenecedoraIngredientes: farinhas de tomate, maçã, babaçu, acerola, açúcar mascavo e thermo colágeno.Benefícios: diminui os sinas de envelhecimento da pele em intervenções cirúrgicas ou uso de cosméticos. ÓLEOS (DEVEM SER COMPRADOS PRONTOS) AmendoimBenefícios: rico em ômega 6 e 9, é antiin� amatório, ótimo para a memória e para o aumento do colesterol bom. Co-nhecido como óleo do bem, pode ser usado em preparos de saladas. AbacateBenefícios: indicado para a hidratação e fortalecimento dos cabelos, também pode ser utilizado como creme para combater a escamação da pele. CravoBenefícios: anestésico para dor de dente e picada de inse-tos. Também combate o mau hálito. •

ALHO

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p e r s o n a

MORENA FURACÃOCLAUDIA CARLA JÁ TRABALHOU NAS PRINCIPAIS NOVELAS DA GLOBO E ATUALMENTE COMANDA PROGRAMA DE ENTREVISTAS. NO FINAL DO ANO, A MORENA ESTREIA NOS CINEMAS, EM FILME QUE RETRATA A VIDA DE FRANK AGUIAR

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p e r s o n aClaudia Carla é mais um grande talento que vem bata-

lhando para conseguir um lugar ao Sol do reconheci-mento. Ela é atriz há mais de dez anos e já participou

de 57 curta-metragens. A moradora do Campo Belo atual-mente é apresentadora do programa On Line, transmitido pela Rede Brasil de Televisão (UHF) e recentemente atuou em Os Sonhos de Um Sonhador, fi lme que conta a trajetória do cantor Frank Aguiar e estreiará ainda esse ano.

A ideia do On Line gira em torno de uma pioneira visão tecnológica. Como o próprio nome já diz, o programa de bate-papo e entrevistas, que é transmitido ao vivo para o estado de São Paulo, tem integração em tempo real a todas as redes sociais, incluindo os populares Facebook e Twitter. “Esse tipo de link é bem maluco. No primeiro programa, um dos participantes chama-do Renato Torelli disse que a Rita Lee parecia o Ozzy Osbourne. Essa citação caiu no Twitter e os seguidores deram tan-to ‘RT’ que fi cou entre os trend topics. A prórpia Rita leu isso e, em seu show na Virada Cultu-ral, comentou a situação com bom humor”, em-polga-se Claudia.

Pelo palco do “On Line” já passaram diver-sas celebridades. Clau-dia teve a oportunidade de entrevistar nomes como Frank Aguiar, Fa-lamansa e Faa Morena. “O público que assiste o programa é bem variado. Recebo milhares de e--mails semanais e noto que há diversas faixas etárias liga-das. Estou muito feliz com isso”, declara a morena.

Mas Claudia é uma personalidade multimídia. Seu lado atriz é bem requisitado. Para se ter uma ideia, ela já atuou nas principais novelas da Rede Globo. Só para citar algu-mas, Malhação, Salsa e Merengue, O Clone e Zazá. E suas participações dentro da emissora não param por aí. Ela também contracenou em diversos episódios de A Turma do Didi e Linha Direta. “Atuar na Globo foi uma vitrine mara-vilhosa para mim. Lá tive a oportunidade de mostrar meu talento e, a partir disso, trabalhei em outras fortes emisso-ras concorrentes, como a Record onde fi z ‘Turma do Gueto’

e o SBT, no ‘Programa Silvio Santos’”, detalha a atriz.Seu mais recente trabalho na teledramaturgia foi em Amor

e Revolução, novela sobre a ditadura militar exibida pela emissora do (ex) Homem do Baú. Nela, Claudia interpre-tou a governanta Joana. “Foi um trabalho especial. Participei de alguns capítulos para amarrar a trama”, conta. Sobre seu vasto currículo em novelas e seriados de TV, Claudia ressalta que um dos momentos mais marcantes foi a atuação com Renato Aragão. “Aprendi muito trabalhando com ele. Renato consegue contagiar o estúdio com toda sua alegria. Confesso

que sempre fui super fã dele e me emocionei bastante”, conta ela.

DESCOBRINDO O DOMA libriana Claudia Carla comenta que descobriu o dom de atuar aos 11 anos de idade. “Eu era uma garota tí-mida e ia mal na escola. Por conta disso, uma professora conversou com meus pais e deu a dica para me matricu-larem em uma escola de te-atro e dança. Logo que apre-sentei minha primeira peça, Adão e Eva, senti o gostinho dos aplausos e decidi que gostaria de levar a coisa a sério”, relembra. Claudia então se matriculou no curso do Teatro Arthur Azevedo e depois passou pelo tablado de Maria Clara Machado. “Atuar é um constate apren-dizado. Todos os dias a gente aprende um pouco. Seja ob-servando os gestos de outras pessoas ou no atual segmen-to que estou, o de apresenta-dora”, comenta.

Mas o fato é que o que mais deu bagagem para

Claudia foi a atuação em diversos curtas metragens. Ao todo, foram 57 pequenos fi lmes que deram bons resultados e muitas histórias para contar. “O curta metragem é um fi lme de, no máximo, 15 minutos e eu tenho que desempe-nhar uma boa atuação nesse curto espaço de tempo. É bem diferente de uma novela, onde você tem todo o tempo de adaptação ao personagem”, comenta.

Por ser uma entendia no assunto, Claudia detalha que a verba governamental destinada aos curtas são escassas. “Já cansei de trabalhar em projetos desse tipo sem receber um centavo. Faço isso por amor à sétima arte. É uma pena que o governo não atente para o universo do curta metragem e

CLAUDIA CARLA FEZ SEU DEBUT NO CINEMA

RECENTEMENTE, NO FILME “OS SONHOS DE

UM SONHADOR”, QUE CONTA A HISTÓRIA DE

FRANK AGUIAR

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p e r s o n acoloque tanto empecílio às leis de incentivo. Existem bons diretores que poderiam levar o nome do Brasil para diversos festivais que existem pelo mundo”, lamenta.

NAS TELONASA morena fez seu debut no cinema recentemente, quando foi convidada para participar do longa Os Sonhos de Um Sonhador, que conta a história do cantor e político Frank Aguiar. Na trama, ela fará Marilene Aguiar, irmã do pro-tagonista. “A previsão de estreia nas telonas é para o final do ano. Já está tudo acertado e estão ocorrendo algumas coletivas para divulgar o filme. Estou muito anciosa para sacar qual será a reação do público”. O filme foi gravado em Itainópolis, no Interior do Piauí e a atriz disse que a principal dificuldade desse trabalho foi ter que enfrentar o (mortal) calor de 42 graus. “Lembro que saí de São Paulo e aqui fazia 20 graus ou menos. As filmagens rolaram legal, mas tive que tomar muita água mineral para me hidratar”.

A experiência de participar de um longa metragem foi tão bacana para atriz que ela tomou uma atitude peculiar. Após ler o blog do ator Anselmo Vasconcellos, onde ele escreveu sobre a personagem Erika, Claudia ficou apaixonada e criou um pro-jeto para levar essas histórias às telonas. “Me identifiquei com as histórias dessa personagem. Ela é selvagem, forte, intuitiva e sensata. Meu sonho é interpretá-la no cinema. Estou corren-do atrás de diretores que endossem meu projeto, pois tenho certeza que dará um excelente filme”, profetiza a morena.

FORA DE CENAQuem vê esse furacão em forma de mulher não sabe que ela, quando não está sob o foco de uma câmera, é bem tranquila. Com 29 anos, Claudia deixa escapar que seu aniversário está perto. “Comemoro mais um ano de vida no dia 12 de outubro. Mas vou apenas confraternizar com amigos e familiares. Algo mais discreto, talvez”, conta ela.

Claudia tem como passatempo a culinária. Além disso, ela costuma assistir filmes também. “Às vezes fico de bo-beira, apenas curtindo um som. Sou bem eclética. No meu iPod toca Lenine, Aretha Franklin, Dave Mathews, Ivan Lins e Foo Fighters. Acho bobagemm curtir apenas um gê-nero musical sendo que podemos conhecer boas músicas de diversos estilos”, divaga.

Quando resolve passear, Claudia não exita em escolher as ruas do bairro para se distrair. Segundo ela, o programa ideal para uma noite fria é tomar uma boa sopa na Tri-gueira e depois ir ao bar Dois Irmãos para ouvir uma boa música ao vivo.

E atenção, marmanjos. A bela morena está solteira. E ela vai muito bem, obrigado. Segundo Claudia, ela está em seu melhor momento da carreira e está se curtindo muito - embora confesse que se apaixone facilmente. Para ilustrar sua atual fase, ela cantarola Foi Um Rio Que Pas-sou Em Minha Vida, de Paulinho da Viola. “Se um dia meu coração for consultado para saber se andou errado, será difícil negar. Meu coração tem mania de amor”. •

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N O S S A C I D A D E

A diversidade de São Paulo não concentra-se apenas em áreas como cultura e gastronomia. Vai além e atinge também a religião. Por aqui, é possível en-

contrar templos das mais variadas seitas. Algumas dessas construções, aliás, são verdadeiros car-

tões postais. A imponência arquitetônica e a beleza de cer-tas construções impressionam e viram referência para estu-dos em escolas de engenharia, arquitetura e artes plásticas do mundo todo. Tanto por isso, São Paulo é hoje apontado como um destino ideal para o turismo religioso em agências de viagem da Europa.

Mas, por incrível que pareça, os moradores da cidade desconhecem a beleza e a importância histórica da maio-ria desses templos que congregam a pluralidade religiosa. Muitos paulistanos jamais visitaram igrejas extremamente populares, como a da Sé.

Que dirá da sinagoga Beth-El, a catedral Ortodoxa, a Mes-quita do Brás ou o templo budista Zu Lai. Para impulsionar passeios a esses templos, criamos um roteiro com informa-ções das mais belas e importantes igrejas da capital. Con� ra:

Catedral da Sé: um dos cinco maiores templos neogóti-cos do mundo, essa igreja foi projetada pelo arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl. A inspiração para a construção foram as grandes catedrais medievais europeias. O início das obras data de 1913, mas sua conclusão só correu em 1954. Com 111 metros de comprimento, 46 de largura, duas torres com 92 metros de altura, uma enorme cúpula e 800 quilos de már-more na fachada, tem capacidade para abrigar 8 mil pessoas.

Curiosidades: na igreja encontra-se o maior órgão de tu-bos do Brasil. Com 12 mil tubos sonoros e 124 registros, o instrumento tem dois corpos e uma “console” (mesa de teclados). Na Catedral da Sé também existe uma cripta de per� l gótico na qual estão sepultados bispos, arcebispos e personagens importantes da história brasileira, como os

índios Tibiriçá e Guaianás e Regente Feijó (governante do Brasil no Período Regencial).

Endereço: Praça da Sé S/N - Centro

Beth-El: aberto somente para as comemorações do Rosh Hashaná (ano novo judaico) e do Yom Kipur (dia do per-dão) e para visitas agendadas, a sinagoga também abriga o Museu Judaico de São Paulo. O prédio de cinco andares é tombado pelo Conpresp e tem estilo arquitetônico inspira-do pelos modelos bizantinos.

Curiosidades: por conta de um desnível no solo, os três primeiros andares � cam no subsolo. Vários aspectos arqui-tetônicos da sinagoga têm ligação com o número sete que, para o arquiteto Samuel Roder tinha um signi� cado espe-cial. As torres e o prédio, por exemplo, foram construídos em formato heptagonal.

Endereço: Rua Martinho Prado, 128 - Centro

Catedral Ortodoxa de São Paulo: edi� cação inspi-rada na arquitetura bizantina, é uma das maiores catedrais ortodoxas do mundo. A princípio, esse templo deveria ser uma réplica perfeita da Basílica de Santa So� a, em Cons-tantinopla (atual Istambul). Mas o projeto teve que ser alte-rado por conta das obras do metrô Paraíso. Nessa catedral,

A BELEZA DA FÉRECONHECIDA PELO PLURALISMO RELIGIOSO, SÃO PAULO CONCENTRA TEMPLOS COM ARQUITETURA IMPONENTE E RICAS HISTÓRIAS

CATEDRAL DA SÉ

TEMPLO ZU LAI

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A MELHOR MANEIRA

DE FICAR EM EVIDÊNCIA JUNTO A 80 MIL LEITORES NO CAMPO BELO

o biombo divisório decorado com ícones, que separa a nave da igreja do santuário (conhecido também como iconostácio), é feito em mármore, quando o o material mais comum a ser utilizado nessa peça é a madeira.

Curiosidades: O rei Faruk do Egito escolheu pessoalmente cada artista que par-ticipou da decoração e pintura da catedral. A maioria dos escolhidos eram russos.

Endereço: Rua Vergueiro, 1515 - Paraíso

Mesquita do Brás: esse é o centro religioso da comunidade xiita de São Paulo, que conta com cerca de 20 mil membros. Sua localização é na região do setor têxtil do Brás, que é controlado principalmente por muçulmanos e coreanos. A construção tem projeto in� uenciado pela arquitetura islâmica contemporânea e da época safávida (entre séculos XVI e XVIII). A decoração é baseada em mosaico de azulejos, elemento característico da arquitetura clássica persa. Tapetes persas com inscrições em inglês e árabe também ajudam a adornar o interior do templo.

Curiosidades: apesar dos xiitas e sunitas travarem grandes batalhas no mundo islâmico, no Brás esses dois segmentos religiosos convivem harmoniosamente. O bairro também conta com duas instituições sunitas: a Mesquita Salah al-Din e a Liga da Juventude Islâmica.

Endereço: Rua Elisa Whitaker, 17 – Brás

Templo Zu Lai: o maior templo budista da América Latina está localizado em Cotia, a 30 km de São Paulo. Sua arquitetura é inspirada nos grandes templos chineses. Aberto a todos, congrega restaurante de culinária vegetariana, cafetei-ra, loja, livraria, cinerário, locais para meditação, jardins com estátuas de buda e uma queda d’água.

Curiosidades: no templo, é possível participar de diversos cursos, como de ikebana, chinês, caligra� a chinesa, Tai-Chi-Chuan, � loso� a budista, entre ou-tros. Grupos acima de dez pessoas podem agendar visitas monitoradas.

Endereço: Estrada Municipal Fernando Nobre, 1461 (acesso pelo km 28,5 da rod. Raposo Tavares) - Cotia

Solo Sagrado de Guarapiranga: Meishu-Sama, falecido líder espiritual e um dos disseminadores da religião messiânica, iniciou no Japão da década de 1940 a construção de protótipos de paraísos terrestres. Em São Paulo, ele é lo-calizado às margens da represa de Guarapiranga, numa área de 330 mil metros². Alamedas � oridas e pedras adornam o local, que não é exatamente uma igreja, mas é um belo retiro para contemplação e meditação.

Curiosidades: o espaço também celebra missas católicas, aluga salas para se-minários corporativos e oferece passeios guiados gratuitos.

Endereço: Av. Profº Hermann Von Ihering, 6567 - Jardim Casa Grande •

CATEDRAL ORTODOXA DE SÃO PAULO

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m o d a

Atitude e exclusividAdeCustomização de roupas e aCessórios e lançamentos de Coleções limitadas de grandes grifes vira tendênCia da moda brasileira

Na década de 1970, o movimento punk surgiu para modificar os rumos da música e os costumes

da sociedade. Baseado na ideologia “do it yourself” (faça você mesmo), o gênero ainda influencia os mais variados seg-mentos artísticos e comportamentais. Na moda, o punk sempre foi fonte de inspi-ração dos estilistas. Vivienne Westwood e Malcom Mclaren (também empresário dos Sex Pistols) foram os pioneiros ao criar a loja Sex, em 1974, que lançou a tendência de customização industrial e individualizada do vestuário.

Ainda hoje, se vestir com peças únicas (ou fabricadas em pequena escala) é uma forma que, principalmente a juventude, encontrou para criar identidades únicas e

pertencer a grupos. Calças, camisetas e tênis têm ganho cada vez mais intervenções de artistas plásticos e designers gráfi-cos. Hoje eles contam com uma gama gigantesca de materiais, técnicas e tecnologias para a customização, que variam entre

tintas, lantejoulas, canetas especiais, bordados, botões e muito mais. “É uma tendência atual não só pela questão de reciclar uma peça e dar vida nova ao guarda-roupa, mas também por ser uma maneira de artistas e desig-ners ganharem mais um suporte de expressão e para os jovens criarem estilos próprios”, comenta a ilustradora e arquiteta Nanda Côrrea.

A customização geralmente é influenciada por cultura pop. Filmes cults, bandas de rock, persona-gens de história em quadrinhos, literatura beatnik e imagens icônicas (como caveiras e flores) são os temas mais populares. Porém, criações e pedidos inusitados são comuns. “Já me solicitaram para de-senhar o rosto do Roberto Justus em um tênis. Achei

sinistro”, revela a ilustradora Andréa Santos. Os tênis são as peças mais customizadas do momen-

to. E dois modelos lideram essa tendência: o Conver-se All Star e os Nike Dunk. O último, aliás, teve sua popularidade aumentada a partir do momento em

tênis tipo converse com customizAção mAnuAl em tintA AcrílicA

cAmisetA personAlizAdA com estAmpA dA Whitney houston

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que integrantes de bandas como Restart e Cine passaram a desfilar com seus pares hiper coloridos por aí. “Essa moda influenciou os mais jovens. Porém antes mesmo dessas ban-das surgirem, os brasileiros antenados já procuravam estilizar suas roupas”, explica o designer gráfico Beto Janz.

Outros objetos e acessórios passam também pelo proces-so de customização. Além das roupas, bolsas, almofadas, instrumentos musicais e até shapes de skate e pranchas têm sido personalizados.

Com o sucesso desse segmento, grifes apostam cada vez mais no lançamento de peças fabricadas em pequena esca-

la (já que o processo industrial dificulta a criação de peças únicas). No ano passado, a marca de calçados femininos Melissa lançou uma coleção limitada em parceria com a estilista Lu Lima. Na mesma época, a Oakley colocou no mercado óculos 3D inspirados no filme Tron. E a La Coste, famosa pela produção de camisas pólo masculinas, criou uma linha de calçados no primeiro semestre de 2011.

Dessa forma, a opção por se vestir com peças exclusivas atin-ge cada vez mais faixas etárias e não só os mais jovens. Porém, optar por peças únicas não é uma escolha barata. A customi-zação de um tênis sai em média R$ 150 e peças de coleções limitadas são sempre mais caras. Ser diferente tem seu preço. •

nike dunk personAlizAdo com desenho que remete A filmes de terror

personAlizAção não se restringe A roupAs: Acessórios e objetos podem receber customizAção tAmbém

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T U R I S M O

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CERVEJA E CULTURASEGUNDA MAIOR FESTA ALEMÃ DO MUNDO, OKTOBERFEST

DE BLUMENAU REÚNE CERCA DE 600 MIL VISITANTES POR ANO, QUE VÃO EM BUSCA DE BOAS CERVEJAS, GASTRONOMIA

TÍPICA E CULTURA TRADICIONAL GERMÂNICA

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T U R I S M OEntre 6 e 23 de outubro será realizada a Oktoberfest,

na cidade catarinense de Blumenau. Segundo maior evento de cultura germânica do mundo (atrás ape-

nas da Oktober de Munique, Alemanha), em 2011 rece-berá cerca de 650 mil visitantes. Os paulistas são maioria nessa conta. Porém, gente de todo o Brasil e até mesmo estrangeiros costumam conferir o festival multicultural.

A primeira edição da Oktoberfest ocorreu em outubro de 1984, 60 dias após uma enchente ter arrasado a cidade-sede. Com a verba arrecadada no evento, a prefeitura local sanou os impactos estruturais dessa tragédia. Porém, com o êxito alcançado logo de cara, a festa voltou a ser realizada nos anos posteriores. Nessa época, o evento era totalmente in� uencia-do pela Oktober alemã, que prioriza o consumo industrial de cerveja e explora super� cialmente as raízes da cultura alemã.

E foi assim durante muitos anos. Mas quando Norberto Mette assumiu a presidência do evento, em 2005, houve um reposicionamento de marketing na estrutura e direcio-namento da Oktoberfest. Desde então, qualquer rastro de cultura e gastronomia não germânica foi extirpado da festa. “Não existem mais barracas de pizza ou caipirinha dentro do parque de exposições. Muito menos a apresentação de bandas de música popular brasileira.”, comenta Mette.

A variedade de cerveja e chopp também aumentou. A Kaiser, única marca que podia comercializar suas bebidas no parque de exposições, foi substituída por cerca de 30

tipos de cervejas artesanais. Em 2011, o número de grupos folclóricos também será grandioso: 44 conjuntos nacionais e seis alemães se apresentarão no local. “A festa já era tran-quila quando o marketing era focado apenas no consumo de cerveja. Mas com o reposicionamento que prioriza a pre-servação da cultura, a Oktober está cada vez mais família e interessante”, garante Mette.

Outras atrações são os des� les o� ciais, danças típicas, concursos de rei do tiro, rainha da Oktoberfest e de chopp em metro. “Pelo interesse prévio do público, parece que acertamos quando � zemos modi� cações na festa. Nesse ano, já em abril, 80% dos pacotes estavam vendidos. Um número bom não só para a festa, como para segmentos re-gionais de hotelaria e gastronomia”, analisa Mette.

OUTROS GOLESA Oktoberfest de Blumenau não é a única opção para quem procura conhecer uma festa tipicamente alemã aqui no Brasil.

No Rio Grande do Sul, as cidades de Santa Cruz do Sul, Igrejinha, Brusque (Fenarreco), Timbó (Festa do Imigran-te), Jaraguá do Sul (Schützenfest), Itapiranga (que foi a pri-meira a realizar a Oktoberfest), Santa Rosa e muitas outras celebram festas nos mesmos moldes básicos.

No Paraná, acontecem eventos semelhantes em Marechal Cândido Rondon, Rolândia, Pato Bragado e Ponta Grossa (München Fest). A última festa, aliás, destaca-se como uma boa

opção de entretenimento, pois conta com um festival de shows de artistas nacionais.

Já a Oktoberfest cearense é a maior do norte/nordeste. Acontece na cidade de Guaramiranga, que sedia festas temáticas de vinho e de � ores também.

Na cidade de São Paulo, a Associa-ção de Empreendedores e Moradores do Brooklin (AEMB) realiza nas ruas Joa-quim Nabuco, Barão do Triunfo e adja-cências uma festa com barracas de comi-das e bebidas típicas, atraindo cerca de 80 mil pessoas por � nal de semana.

TURISMO CERVEJEIROPara aqueles que se interessam mais por uma caneca de cerveja do que pelas festas típicas, conhecer microcervejarias tem se tornado um programa interessante e popular.

Nos últimos anos, o brasileiro descobriu que cerveja não se resume ao tipo pilsen. Desde o início da década passada, consumir cervejas artesanais é um hábito crescente.

E como não poderia deixar de ser, Santa Catarina (por conta da colonização alemã) reúne diversas microcervejarias que me-recem ser visitadas, pois seguem o Rei-nheitsgebot, lei alemã da pureza criada em 1516. Essa norma limita em quatro os

ALÉM DAS LOIRAS GELADAS, LINDAS E QUENTES LOIRAS CATARINENSES

EMBELEZAM A OKTOBERFEST

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T U R I S M Oingredientes utilizados na produção de cerveja: água, lúpulo, malte (de ceva-da ou trigo) e fermento. Em vigor até hoje na Alemanha, a lei proíbe o uso de quaisquer conservantes ou cereais não maltados na fabricação da bebida.

Portanto se você for à Oktoberfest ou apenas estiver visitando a região, não deixe de ir à sede da Eisenbahn. Fundada em 2002, a marca produz uma variedade de 11 cervejas. Desta-que para a Lust, cerveja feita pelo mé-todo champenoise, um licor feito de cerveja (único no Brasil). “As pessoas estão interessadas na cultura da cer-veja mesmo. Em conhecer as cerve-jarias, as regiões e o próprio produtor. Isso é muito legal, enriquece a experi-ência de não somente tomar a cerveja, mas saber das suas origens”, explica o sommelier paranaense Daniel Wolff, editor do site Mestre Cervejeiro.

Para quem está sem tempo e dinhei-ro para viajar, pode conhecer uma cer-vejaria interessante dentro do estado de São Paulo. Trata-se da Baden Baden, localizada em Campos do Jordão. Tra-

ta-se da primeira marca nacional a criar uma linha exclusivamente gourmet. “Dessa maneira, as pessoas começaram a perceber que cerveja é como um bom vinho e pode servir de acompanhamen-to para vários pratos”, detalha Wolff.

Portanto, não são apenas queijos e embutidos que combinam com a bebida. A culinária típica brasileira pode ser harmonizada com cervejas

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artesanais também. “A Estilo Rauch-bier (Cerveja de Malte Defumado) é ótima se combinada com Feijoada. Já o queijo minas cai bem acompanhado de uma pilsen, como a Urquell (Rep Tcheca) ou Wäls Pilsen (Belo Hori-zonte, MG). E para a sobremesa, o bolo Nega Maluca harmoniza saboro-samente com cervejas escuras como a Eisenbahn Dunkel”, determina. •

APRESENTAÇÕES DE BANDAS TÍPICAS ALEMÃS SÃO ATRAÇÕES CONCORRIDAS EM EVENTOS NOS MOLDES DA OKTOBERFEST

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C A P A

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ELA TAMBÉM É PENTA

ELEITA CINCO VEZES A MELHOR JOGADORA DE FUTEBOL DO MUNDO, MARTA É EXEMPLO DE SUPERAÇÃO E

DETERMINAÇÃO NO ESPORTE NACIONAL

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C A P AÉ quase improvável brotar grandes talentos de uma

cidade interiorana com pouco mais de dez mil ha-bitantes e em cujo solo nem grama nasce. Dois

Riachos, em Alagoas, é uma exceção. É de lá que veio a jogadora de futebol Marta Vieira da Silva, ou simplesmente Marta. O reconhecimento local é tanto que no pórtico de entrada do pequeno município há a inscrição “Bem-vindo a Dois Riachos, terra da jogadora Marta” ao lado de fotos da atleta com o troféu de melhor do mundo.

No local, a jogadora dá nome também a um ginásio po-liesportivo erguido a pedido dela. Cinco vezes eleita como melhor do mundo no futebol feminino, ela é - sem exagero - o grande fenômeno esportivo do Brasil na última década. Nem Neymar, Cesar Cielo, Fabiana Murer ou Maurren Maggi superam os feitos da canhota atacante de 1,62m.

Até porque a história dela é repleta de superações. Se hoje Marta é uma vencedora no esporte, teve antes que vencer inúmeras adversidades em sua vida, como a infân-cia pobre, a ausência de uma � gura paterna e até mesmo aprender a ler sozinha.

Aos 14 anos, abandonou o time de base do CSA, saiu de casa e partiu sozinha rumo ao Rio de Janeiro. “Foi um choque. Nunca tinha sequer visitado uma cidade grande antes”, comenta ela.

A adolescente talentosa que jogava melhor que os me-

ninos de seu bairro estava determinada em encontrar um clube carioca que apostasse em suas jogadas desconcertan-tes. Nos primeiros meses que viveu no Rio naquele ano de 2000 teve di� culdades � nanceiras para se manter e só não passou frio porque a cidade tem um clima agradável.

Logo, Marta foi contratada pelo Vasco da Gama, clube em que jogou durante dois anos. Mesmo assim, a situação não melhorou. Ela viveu muito tempo recebendo ajuda de custo e não sobrava dinheiro nem para pegar condução e visitar as paradisíacas praias locais.

Em 2002, transferiu-se para Minas Gerais, para atuar pelo Santa Cruz. Foi nessa época também que a atleta tor-nou-se conhecida no país inteiro, ao jogar bem pela seleção brasileira nos Jogos Panamericanos de 2003, na República Dominicana.

Para ganhar fama em nível internacional, não demorou muito. Surpreso com a habilidade da jogadora, o Umea IK da Suécia contratou Marta em 2004. Ela jogou pelo clu-be até 2009, onde marcou 111 gols em 103 jogos. Nesses cinco anos, tornou-se conhecida no mundo todo e ganhou a visibilidade necessária para ser eleita pela FIFA como a melhor jogadora do mundo por cinco vezes consecutivas (2006, 2007, 2008, 2009 e 2010).

Sair do Brasil foi a maneira encontrada pela jogadora para evoluir pro� ssional e � nanceiramente. Por aqui, o futebol

MARTA VESTINDO A AMARELINHA: APESAR DE TODAS AS CONQUISTAS NA

CARREIRA, A JOGADORA AINDA NÃO VENCEU UM TORNEIO DE RELEVÂNCIA MUNDIAL PELA SELEÇÃO BRASILEIRA

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c a p a

feminino recebe pouco incentivo da CBF, vive de torneios sazonais e, salvo raras exceções, paga no máximo salário mí-nimo para as atletas.

Mas isso não impediu que ela atuasse em duas oportu-nidades pelo Santos - entre 2009 e 2010 e no início desse ano. “Ainda não contamos com um campeonato brasileiro, apenas torneios estaduais e a Copa do Brasil. Isso difi culta muito a permanência de grandes jogadoras por aqui, pois a falta de exposição das partidas também diminui a aproxima-ção de patrocinadores”, lamenta.

Tanto é que a jogadora já trocou o time da baixada San-tista pelo Western New York Flesh, clube que estreou na liga de futebol feminina norte-americana neste ano. Essa é a terceira equipe dos Estados Unidos pela qual Marta joga. Antes atuou pelo Los Angeles Sol (2009-2010) e Gold Pride (2010).

Por lá, o futebol feminino é coisa séria. Uma modalidade tão rentável e respeitada quanto outros esportes populares entre os americanos, como golfe, beisebol, basquete ou fu-

tebol americano. A seleção ianque já venceu duas vezes a Copa do Mundo (1991 e 1999) e levou o ouro nas últimas três olimpíadas.

Enquanto isso, a seleção brasileira amarga campanhas irregulares nos torneios internacionais e ainda não venceu nenhum campeonato com relevância internacional. “Acre-dito que falta confi ança por parte das jogadoras e, ao mesmo tempo, um trabalho bem feito por parte da confederação e que nos dê condições para chegar nas competições em alto nível e desempenhar o nosso melhor. Talento temos, fal-ta trabalhá-lo de maneira correta”, explica Marta, que foi o grande destaque da seleção nas campanhas da Copa de 2007 e Olimpíadas de 2008 (ambas terminadas em segun-do lugar). De todas os desafi os que Marta enfrentou, vencer um campeonato importante com a seleção foi o único que ela ainda não superou.

Mas a jogadora acredita que em breve essa má fase chega ao fi m. Marta comemora a nova geração de talentosas jogado-ras que surgiu no Brasil. “Nos últimos anos, nossas jogadoras

a JOGadORa em Uma daS cincO OcaSiÕeS em QUe ReceBeU O TROFÉU de melHOR dO mUndO daS mÃOS dO PReSidenTe da FiFa, SePP BlaTTeR

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c a p aganharam fama no mundo todo. Isso serviu de exemplo para muitas meninas brasileiras, que apostaram no esporte e hoje formam uma geração nova e talentosa. No Panamericano de Guadalajara (México) - competição que não jogarei, devido a uma lesão sofrida na última partida da liga americana -, alguns desses novos nomes já vão estrear”, explica.

Família em evidênciaMarta sabe que não teria conquistado fama mundial se não contasse com o apoio de alguns membros de sua família. A mãe, Dona Tereza, foi a principal incentivadora. A matriar-ca enfrentou o preconceito local e de alguns parentes para apostar no sonho da filha. E o apoio valeu a pena.

Desde início, Marta ajuda Dona Tereza. No começo da carreira, ganhava salário de R$ 200 e, ainda assim, enviava R$ 60 mensais para sua mãe. Hoje, com ganhos mensais na faixa dos R$ 150 mil, o apoio ficou maior e a jogadora já cons-truiu duas casas para sua família na cidade de Dois Riachos.

Na infância vivida nessa cidade pobre, situada a 250 km de Maceió, Marta jogava bola com meninos e era o desta-que da várzea local.

Apesar da admiração de todos, não é surpresa que ela tenha sofrido preconceito nessa época, até mesmo entre seus familiares. “Isso aconteceu, mas já foi superado. Hoje só comemoro que as novas jogadoras não precisem mais passar por isso e que os homens tenham aceitado bem a evolução do futebol feminino”, detalha.

A aceitação é tamanha, que ela é constantemente con-vidada para jogar partidas beneficentes e promocionais ao lado de craques do futebol masculino. Ronaldo e Zidane já foram parceiros de Marta nessas partidas.

E, como não poderia deixar de ser, em todas as oportuni-dades, ela se destacou entre os marmanjos. E se conseguiu esse rendimento ante ídolos desse calibre, será que entre jo-gadores como os que atuam no futebol nacional atual, Mar-ta não jogaria de igual para igual? “Nunca parei para pensar na hipótese. Sempre joguei com homens na minha infância, mas eram campeonatos amadores. Não tenho vontade de jo-gar profissionalmente em um time masculino. Sei da minha capacidade, mas a força física do homem é superior e esse fator pesaria demais na minha adaptação”, resume.

BelezaMarta já provou que, além de talentosa, é dona de uma be-leza cabocla e rústica. Dessa maneira, ela se transforma em uma mulher exótica no exterior. A jogadora diz que na Suécia e nos Estados Unidos, seus traços e tom de pele chamam a atenção de homens tão acostumados com loiras e ruivas.

Mas apesar de garantir o sucesso entre o público mascu-lino lá e cá, a jogadora jura que está sozinha. E nem pensa em engatar relacionamento a curto prazo. Ter um filho até está em seus planos futuros, mas casar, não. O momento que Marta vive é de dedicação total à bela carreira que ela tanto sonhou e lutou para construir. •

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E S P O R T E

UM NOVO MARACANAÇO?A MENOS DE MIL DIAS DO INÍCIO DA COPA DO MUNDO DE 2014, OBRAS ESTÃO ATRASADAS E POPULAÇÃO NÃO SABE SE EVENTO DEIXARÁ UM LEGADO POSITIVO

O Brasil conquistou a Copa do Mundo em cinco oportunidades. Porém, da única vez que sediou o evento, em 1950, nossa seleção amargou uma der-

rota histórica na � nal, contra o Uruguai. O episódio � cou conhecido como Maracanaço e é considerado até hoje um dos maiores reveses da história do futebol mundial.

Em 2014, nosso país sediará novamente esse torneio. Comemoremos. En� m, uma nova chance para superar a tra-gédia que há mais de 50 anos dói no coração dos torcedores. Cor-reto? Não necessariamente.

Primeiro porque os entu-siastas da seleção nacional são cada vez mais raros. E segundo porque o povo não está assim tão empolgado com a Copa de 2014.

Atrasos nas obras, suspeitas de corrupção e desvio de verba e a eminente ligação do futebol brasileiro com a rejeitada � gura do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foram motivos su� cientes para os brasilei-ros diminuírem o apoio ao evento. O medo da população é de que, dessa vez, o Maracanaço tenha impacto mais profundo do que o de uma simples derrota de � nal de campeonato.

Uma pesquisa do jornal Folha de S. Paulo veri� cou que 57% dos brasileiros não concordam com os investimentos públicos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que abriu linha de cré-dito especí� ca de R$ 4,8 bilhões.

Além disso, o governo federal isentou os estádios da Copa do pagamento de impostos federais.

Outros números e fatos desagradam os brasileiros. A Copa do Mundo por aqui custará aproximadamente R$ 64 bilhões. Um valor absurdo, levando em conta que as últimas três edi-ções do evento custaram juntas R$ 52 bilhões.

O número de sedes também é acima do normal. 12 estádios receberão jogos da Copa em 2014,

quando o normal é cerca de oito. Não seria problema, caso as arenas eleitas conti-

nuassem a ser utilizadas após o evento e � cassem situadas em estados com tradição em futebol.

Mas não é bem assim. Elefantes brancos � carão espalhados em ci-dades como Cuiabá (MT), Natal (RN), Manaus (AM) e Brasília (DF).

A� nal, são locais sem tradição no fu-tebol pro� ssional e que após a Copa

terão um desa� o: o que fazer com as arenas, se não haverá jogos com público

su� ciente para lotar as arquibancadas? As opções aventadas são diversas. Utilizar os es-

tádios para leilão de gado, shows, micaretas ou transformá-los em drive-in, bingos a céu aberto e

igrejas evangélicas são algumas opções. As obras estruturais prometidas também podem

não ser entregues a tempo ou até mesmo ser efetua-das sem processos licitatórios (o que agilizaria o pro-

cesso, mas contribuiria para superfaturamentos). Intervenções para melhorar a acessibilidade, o

transporte público, o trânsito, a qualidade dos aeroportos estão atrasadas a pouco menos de mil dias do início da Copa.

Se forem entregues, podem dei-xar um legado positivo ao país. Mesmo que

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O PRESIDENTE DA CBF, RICARDO TEIXEIRA: SE O EVENTO CONTINUAR

CERCADO DE SUSPEITAS E CAUSAR ROMBOS ASTRONÔMICOS AOS

COFRES PÚBLICOS, O EMPRESÁRIO TERÁ QUE ENSAIAR DESCULPAS

CONVINCENTES PARA SE EXPLICAR

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E S P O R T E

o Brasil não seja o campeão do torneio, já seria um presente considerável à população. Mas o anúncio de que em dias de jogos as cidades poderão decretar feriado despertou descon-� ança geral, inclusive do deputado federal Romário (PSB).

O Baixinho disse que a proposta é uma maneira encon-trada para maquiar problemas de infraestrutura das cida-des. Se o ex-jogador estiver correto, o legado da Copa será quase nulo para a população. Apenas alguns clubes terão o que comemorar, como o Corinthians, que � nalmente terá um estádio próprio (e, infelizmente, � nanciado em partes

por meio de verba pública). Pelo quadro que se pinta, a Copa poderá ser um replay

do Panamericano do Rio. O evento que aconteceu em 2007 não melhorou a estrutura urbana da capital carioca e ainda deixou de presente arenas esportivas ultrapassadas e que não servirão para abrigar competições das Olimpíadas de 2016.

Parece que viveremos um novo Maracanaço. Com um gosto mais amargo que o da década de 1950. E o pior: com causas mais profundas, além de atingir até mesmo quem não é fanático por futebol. •

O EX-JOGADOR E DEPUTADO ROMÁRIO: BAIXINHO

DESCONFIA DO LEGADO POSITIVO DA COPA DE 2014

E, ABAIXO, O PROJETO DO ITAQUERÃO, FUTURO ESTÁDIO

DO CORINTHIANS, QUE SERÁ FINANCIADO PARCIALMENTE

POR MEIO DE VERBA PÚBLICA

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G A S T R O N O M I A

CHARME À ITALIANAA GASTRONOMIA DO CAMPO BELO VAI MUITO ALÉM DA CULINÁRIA ALEMÃ E SURPREENDE QUANDO O ASSUNTO É A COZINHA ITALIANA. CONHEÇA OS PRINCIPAIS E MAIS CHARMOSOS RESTAURANTES DESSE SEGMENTO

Embora o Campo Belo seja um bairro de origem ale-mã, a gastronomia local é bem globalizada. Entre tantas, podemos ressaltar a cozinha italiana.

Há de se ressaltar que entre as principais caracte-rísticas, a culinária italiana preza muito por temperos, principalmente dando um toque a mais nos molhos que acompanham as massas. Isso deve-se ao fato dos vá-rios povos que passaram pela península ibérica através dos séculos e lá deixaram sua marca com a introdução

de novos elementos e alguns pratos hoje apreciados em todo o mundo.

Uma das etnias que mais in� uenciou na formação dessa cultura foram os árabes, que, a partir do século IX, prin-cipalmente na Sicília, implementaram à culinária local o açúcar, o arroz, a canela, o açafrão, a berinjela e os doces de marzipã. Além disso, transmitiram as técnicas de produção de � gos secos e passas.

Por mais que a população ligue o macarrão à Itália, esse

O REBUSCADO RAVIOLLI RECHEADO COM CARNE DE CABRITO, PREPARADO COM

RECEITAS SECRETAS DA FAMÍLIA TATINI

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prato não é originário de lá. A história mais difundida entre os historiadores gastronômicos é de que quando o homem aprendeu a moer cereais, misturar com água e cozinhar ou assar essa “pasta”, o macarrão foi inventado. Textos de civilizações antigas relatam que os assírios e babilônios, por volta de 2.500 a.C., já conheciam um produto cozido à base de cereais e água. E essa história conta ainda que foi Marco Polo quem introduziu o macarrão na Itália, quando voltou de uma viagem à China em 1295. O viajante trouxe em sua bagagem uma receita de um prato feito com uma farinha extraída de arbusto de sagu que, depois de cozida, era cortada e seca.

E os espanhóis também deixaram seu carimbo na culi-nária italiana. A partir de 1600, eles passaram por lá, im-plementando na cultura local o tomate, a batata, o feijão, o milho, o cacau, o rum e o café. Há também pitacos fran-ceses. Na época de Napoleão Bonaparte, eles agregaram à culinária italiana a utilização de pratos com produtos derivados do leite, como manteiga e creme de leite. Eles também ensinaram aos cozinheiros italianos formas mais re� nadas de apresentação dos pratos, com um visual mais elaborado.

O bicho começou a pegar por volta de 1900, com a imi-gração dos italianos para a América (Nova York, Buenos Ai-res e São Paulo). A Itália exportou sua culinária, principal-mente com napolitanos, que passaram a divulgar a pizza e o famoso “spaghetti al sugo”, pratos conhecidos e apreciados em todo o mundo.

VARIEDADE À ITALIANAFica difícil abranger todos os pratos da culinária italiana. Diferente do que muitos pensam, não existem somente as massas. Há também risotos, carnes diversas - como o car-paccio, por exemplo e quitutes em geral, no caso, a fogazza.

Mas, sem dúvida, as massas são as mais tradicionais. Por conta disso, a Living Now percorreu os melhores restau-rantes do Campo Belo para dar algumas dicas aos leitores.

Primeiramente, para uma pasta ser servida de forma correta, ela tem que ser fresca. Isto é, bem importante de observar, seja no restaurante que for. A massa fresca é fei-ta com ovos e farinha de trigo. Elas são elaboradas com semolina de trigo (a parte mais nobre do cereal) que deixa a massa muito mais leve, macia e al dente.

As massas frescas são produzidas através do processo de laminação. Em seguida passam por um processo de pasteu-rização ou de cozimento. A partir daí, são submetidas a uma parcial de secagem para se retirar o excesso de água absorvi-da na fase anterior. Há muitas opções de massas desse tipo, que podem ser servidas à mesa com ou sem recheio. Os tipos de macarrões mais tradicionais feitos com esse tipo de massa são o ravioli, o cappeletti, o tagliatelle e massa para lasanha.

PASTA EM CASAÉ esse um dos diferenciais oferecidos pelo restaurante Tati-ni. No bairro há mais de 5 anos e localizado na rua João de Souza Dias, 307, a casa oferece receitas caseiras da família

O LA CUCINA DI CASA OFERECE O TAGLIATELLI DO CHEF: MASSA,

COBERTA COM O MOLHO DE RAGU DE MIGNON, FUNGHI SECCHI,

COGUMELOS FRESCOS, ASPARGOS, TOMATE CEREJA E MANJERICÃO.

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G A S T R O N O M I A

Tatini. O atendimento diferenciado visa conforto e comodi-dade aos clientes. Isso porque, além de servirem as delícias italianas no salão (que acomoda em torno de 40 pessoas), eles oferecem também o serviço delivery, que é dividido em duas formas: você pode pedir o prato pronto ou então a massa crua, com o molho separado.

A especialidade da casa é a Lasanha. Tradicional e bem recheada, o prato é feito com massa fresca, molho branco e de tomate fresco e mussarela. Outro prato bem vendido no Tatini é o rebuscado raviolli recheado com carne de cabrito. A carta de vinhos também é bacana, contendo rótulos ita-lianos, argentinos e chilenos.

Os horários de funcionamento do Tatini são de terça a sexta das 10h às 19h, sábados e feriados das 9h30 às 16h e domingos das 9h30 às 15h. As entregas em domicílio são feitas apenas aos sábados, domingos e feriados.

RAVIOLLI DO CHEFOutro restaurante que visitamos foi o La Cucina Di Casa. Lo-calizado na rua Gabriele D´Anunnzio 1324, o salão é um dos mais charmosos do bairro. Com interessante decoração italia-na, mesclada com toques ecológicos – há uma parede onde se encontram vasos com diversas mudas. Sem dúvida um espaço bem agradável que acomoda por volta de 100 pessoas.

Entre os diversos e deliciosos pratos, há de se ressaltar dois que são a especialidade do chef. O primeiro é o raviolli recheado com queijo brie e aspargo, feito na manteiga, com geleia de damasco. O outro prato, como não poderia deixar de ser, chama-se Tagliatelli do Chef. A pedida especial tem segredos que não são revelados nem sob tortura. Mas, ao degustá-lo, nota-se que se trata da massa, coberta com o

excelente molho de ragu de mignon, funghi secchi, cogu-melos frescos, aspargos, tomate cereja e manjericão.

Há de se ressaltar que os pratos servidos no La Cucina di Casa são individuais e todas as massas são recheadas na hora. Outro bom ponto positivo do restaurante é o rápido atendimento. Entre o momento em que o pedido é feito, até a hora em que o prato é servido, o tempo de espera é de apro-ximadamente 10 minutos. É bom mencionar também que a casa serve outros pratos típicos da cozinha italiana, como peixes, risotos, salgados e doces. O horário de funcionamen-to do La Cucina di Casa é de terça a sexta das 12h às 15h, no sábado das 12h às 22h e domingo das 12h às 16h30.

ITÁLIA CONTEMPORÂNEAA cantina Alegro Cucina preza pela culinária italiana com um toque contemporâneo. Localizada na rua Sônia Ribei-ro, 33, a casa tem decoração típica e serve diversos pra-tos, além da clássica massa fresca, e do risoto de parmesão acompanhado de costelinhas de porco.

Porém, seria um pecado não detalhar o carro chefe da casa, que é o Spaghetini Negro com grelhados de frutos do mar. O prato – que demora entre 10 e 15 minutos para ser servido – trata-se de uma massa tingida com tinta de lula (isso mesmo!) acompanhada por pedaços grelhados de camarão, robalo, lula e polvo. Para guarnecer essa maravilhosa refeição (que serve apenas uma pessoa) o ideal é pedir uma boa taça do vinho tinto argentino Catena, que também é servido na casa.

A cantina Alegro Cucina � ca aberta de terça a sexta das 12h às 15h e das 19h às 23h. Aos sábados o horário de funciona-mento é das 12h às 17h e das 19h às 23h. Já, aos domingos, a casa fi ca aberta somente para o almoço, das 12h às 17h. •

A CANTINA ALEGRO APRESENTA COMO CARRO CHEFE O SPAGHETINI NEGRO: MASSA TINGIDA

COM TINTA DE LULA ACOMPANHADA PEDAÇOS GRELHADOS DE CAMARÃO, ROBALO, LULA E POLVO

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A Mercatto chega aos seus treze anos reconhecida como uma das melhores

e mais tradicionais pizzarias do Morumbi e de São Paulo. Esta privile-

giada posição é resultado da constante busca pela excelência no serviço e

na qualidade. Tanto as receitas napolitanas como o prazer de bem

servir têm raízes profundas na história, mais precisamente em 1875,

quando Dona Candinha Andrade, trisavó de Paulo Maia, ficou

viúva e, para manter a familia, criou a primeira casa de restauro

(termo da época para restaurante) do Largo São Francisco.

A casa, logo atraiu intelectuais da região e foi frequentada por

celebridades como os poetas Castro Alves, Álvares de Azevedo

e Tobias Barreto.

Hoje é você quem pode saborear as receitas herdadas de Dona

Candinha em uma atmosfera aconchegante, onde a sua

família será recebida com todo o carinho.

Viva os segredos do sucesso da Mercatto,

passados de geração a geração e a força da

tradição, mantida pela família.

De Napoli ao Morumbi e

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AMANTES FOTOGRÁFICOSCOM A DIGITALIZAÇÃO E A MODERNIZAÇÃO DAS CÂMERAS FOTOGRÁFICAS, O HOBBY DE FOTOGRAFAR TORNOU-SE BEM ACESSÍVEL, REVELANDO EXCELENTES ARTISTAS. CONHEÇA ALGUNS E SAIBA COMO SE TORNAR UM PROFISSIONAL NO MERCADO

A paixão e o hobby pela fo-togra� a começam sorrateira-mente. Os fotógrafos – sejam amadores ou

pro� ssionais – iniciam nessa arte de forma despretensiosa, fotografando festas familiares ou reuniões de amigos. Mas atualmente esse não é mais um passatempo caro. Por conta da economia estável, � cou fácil ter um equipamento semi--pro� ssional e fazer fotos de qualidade.

A evolução na fotogra� a é bem clara. Antigamente, os fo-tógrafos de � m de semana permitiam-se tirar a poeira de suas câmeras somente em ocasiões especiais, já que o � lme e a re-velação eram bem caros. Isso fazia com que o hobby não fosse tão praticado e, consequentemente, as fotos tivessem (em sua grande maioria) uma qualidade duvidosa. Atire a primeira pedra quem não tem por aí uma foto antiga onde um parente saiu com a “cabeça cortada” ou então com o enquadramento totalmente

torto, por exemplo.Isso não acontece mais, já que com a moderni-

zação das câmeras e com a digitalização da foto é possível fazer um número in� nito de captação de imagens, vê-las na hora e não pagar nada por isso. Sem contar que a qualidade das imagens também melhorou muito. Não à toa, já que com todas essas facilidades há mais possibilidade de treino.

Na realidade, um bom fotógrafo é aquele que realmente sabe captar com a lente tudo que acontece ao seu redor – seja uma imagem jornalística ou artística. Mas é claro que é sempre bom ter recursos para que isso seja feito.

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Tanto a Canon como a Nikon apresentam ao mercado câ-

meras de alta qualidade para iniciantes (que são chamadas de câmeras de entrada). A atual briga en-

tre as concorrentes estão nos modelos Canon EOS T3i e Nikon 5100. As duas custam por volta de R$ 4 mil, cap-turam imagens acima de 15 MP (megapixels) e � lmam em Full HD. O páreo duro nessa jogada é saber qual é melhor, embora ambas atendam bem ao consumidor que leva a foto-gra� a como um passatempo. Cabe ao fotógrafo testar as duas e escolher qual agrada mais o seu gosto pessoal.

O coreano naturalizado brasi-

leiro Willian Whang escolheu fotografar com uma Nikon. Embora

seu equipamento seja mais antigo que os citados acima (modelo D90), ele não troca a marca

por nada. “Além de ter os comandos clássicos e fácil manuseio, acho a qualidade Nikon superior a Canon”, comenta ele. Japão, como é conhecido, tem hoje 28 anos e fotografa como hobby desde os 14. “Sempre gostei muito de skate e comprava revis-tas especializadas no assunto só para ‘pirar’ nas fotos”, relembra ele, que já pensa em levar o passatempo como futura pro� ssão. “Sempre tive vontade de trabalhar com fotogra� a, mas nunca tive coragem. Assim que concluí a faculdade de Design de Pro-duto, não deixei o sonho morrer e estou fazendo diversos cursos de fotogra� a. Não pretendo parar tão cedo”, comenta.

O interessante de Japão é que ele, embora não tenha tanta experiência pro� ssional em fotogra� a, já tem o pensa-mento de um fotojornalista. “Embora minha fonte de renda ainda não esteja ligada à fotogra� a, ando diariamente com

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Diferente de Japão, Renata Vargas prefere a Canon. Ela usa o modelo EOS Rebel XSi e relembra que sua paixão pela fotogra� a começou cedo, por volta de 8 anos de idade. “Eu era a fotógrafa o� cial das festas em família. Usava uma câmera da Yashica e desde aquela idade não parei mais de foto-grafar”, relembra.

Por conta do seu hobby, Renata fez viagens memoráveis. Entre tantas, ela destaca a última: um mochilão partin-do de São Paulo, passando pelo Mato Grosso do Sul, Bolívia e Peru. “Gostar

de fotogra� a me levou a fazer essa via-gem, onde registrei momentos incríveis. Percebi que em determinados lugares o céu era mais azul e as pessoas tinham o rosto queimado pelo vento frio do inver-no. Fiz as fotos mais bonitas em Cus-co e Machu Picchu, ambos no Peru”, conta. Embora tenha conseguido boas imagens, Renata salienta que seu hobby já ocasionou maus momentos também. “Tenho muito medo de altura, mas mes-mo assim resolvi enfrentar a subida do Wayna Picchu, montanha mais alta de Machu Pichhu. Subi amparada por um cabo de aço e lá em cima � z as fotos mais lindas da minha vida. Porém, � -quei horas para criar coragem na descida. Foi terrível”, diverte-se Renata.

FILTROS FASHIONSAlém de sua câmera, Renata tem tam-bém um iPod e é ferrenha usuária do aplicativo Instagram. “Os � ltros do programa sempre dão um charme a mais nas fotos. O problema é que tem gente que se julga fotógrafo pro� ssio-nal só por tirar uma foto qualquer e usar o aplicativo”, detalha ela.

Para quem não sabe, o Instagram é um programa gratuito que funciona como uma rede social, aonde você tira fotos, adiciona � ltros artísticos e compartilha com amigos, dando a possibili-

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dade de comentários. Vale mencionar que o Instagram pode ser baixado somente por consumidores de produtos da Ap-ple, o que torna o aplicativo uma grife hype.

Para se ter uma ideia, semanalmente, 100 mil novos usu-ários baixam o aplicativo, fazendo com que a rede se torne alvo de grandes especulações empresariais – recentemente, o grupo norte-americano Sequoia fez um aporte de US$ 20 milhões. A última novidade do Instagram é a sua nova versão, 2.0. “Gostei dessa atualização, a� nal ela permite que eu veja o resultado da aplicação de � ltros de edição antes mesmo de tirar a foto. Além do que, quatro � ltros novos foram introdu-zidos”, analisa Renata.

REI DAS FOTOSÉ assim que podemos chamar o fotógrafo pro� ssional Erich Sacco. Atuando desde 1999, ele fotografa para o ramo pu-blicitário, para eventos sociais e o show business. Um dos mais requisitados fotógrafos para fazer capas de CDs, Erich arquiva em seu portfólio as capas dos trabalhos do Grupo Tradição e da cantora Janaynna, por exemplo.

Sobre a popularização do hobby, ele é totalmente a favor. Erich detalha que, quanto mais divulgação existir sobre a área, mais pessoas passam a se interessar pelo assunto. “Fo-togra� a é algo apaixonante. Com essa popularização, podem--se revelar fotógrafos talentosos que estão perdidos em ou-tra pro� ssão. Mas não podemos esquecer que a arte mora dentro de cada um de nós e são poucos os que conseguem realmente descobrir descobrir o dom artístico”, detalha.

O pro� ssional alerta que a pro� ssão é muito mais complexa do que se pensa. “Para ser realmente um fotógrafo é necessário de anos de estudo, várias referências e muitas fotos para che-gar a um aprimoramento visual. Os conceitos são renovados a cada dia e isso não se aprende somente em cursos livres ou com alguns anos de treino. Há de ter muita prática. Grandes fotógrafos, em sua maioria, tem mais de 40 anos”, diz Erich,

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que completa: “É claro que como todas as pro� ssões, na fo-togra� a existem pro� ssionais bem preparados ou não. Esse garimpo tem que ser feito através de quem contrata os nossos serviços. Mas não vejo problema com a popularização da pro-� ssão. Os bons sempre irão se sobressair”, ressalta.

CLIQUE SUADOPara se tornar um fotógrafo pro� ssional, Erich explica que há de se fazer um alto investimento em equipamentos. “Além do que, o fotógrafo precisa ter uma bagagem cultural bem grande também. Tenho minha própria empresa. Nela trabalho com câmeras de 21MP, como as Canon 1 DS Mark III, 5D Mark II e diversas lentes série L bem luminosas. Fora que temos também Mac´s e PC´s para o tratamento das fotos”, detalha.

E engana-se que a fotogra� a é uma área com bons re-tornos � nanceiros. “Tive que diversi� car minha área de

atuação. Tive uma empresa que trabalhava com qualidade impecável, cobrava valores bem superiores aos de mercado. Sempre fui reconhecido pelos meus excelentes trabalhos, mas infelizmente esse ‘trampo’ de alta qualidade não pa-gou minhas contas. Troquei reconhecimento por trabalho em quantidade. Hoje faço fotos com uma qualidade boa, não excelente. Meu objetivo é produzir a preços acessíveis e oferecer um trabalho de boa qualidade”, conta.

Mesmo assim Erich completa dizendo que não tem valor que pague o prazer de trabalhar com o que realmente se gosta e encoraja os novos fotógrafos que estão por vir, dizen-do que a perfeição vem com o treino. “Cada fotógrafo tem que criar sua identidade. E isso acontece a partir da in� u-ência de grandes referências. O melhor caminho para um amador se tornar pro� ssional bom nos cliques é trabalhar como estagiário de um fotógrafo renomado”, dá a dica. •

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LIAN

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SAIBA USAR O FLASH DA MANEIRA CORRETA: UMA DAS COISAS MAIS COMPLICADAS NA FOTOGRAFIA É APRENDER A USAR O FLASH DE FORMA CORRETA. USAR O FLASH MUITO PRÓXIMO, PODE DEIXAR A FOTO TODA CLARA, E MUITO LONGE, ESCURA. LEMBRE-SE QUE O FLASH TEM UM ALCANCE LIMITADO, DE NORMALMENTE TRÊS A CINCO METROS, ÀS VEZES UM POUCO MAIS.

OLHE NOS OLHOS: TIRE FOTOS NA ALTURA DOS OLHOS DA PESSOA. PARA TIRAR FOTO DE CRIANÇA FIQUE DE JOELHOS, SENTE, ATIRE-SE NO CHÃO. FAÇA O NECESSÁRIO PARA FICAR AO NÍVEL DELA.

FOTOS VERTICAIS: MUITOS ASSUNTOS EXIGEM UMA FOTO VERTICAL. SE O FOCO TIVER MAIS LINHAS VERTICAIS, COMO UM FAROL OU UMA ESCADA, VIRE A CÂMERA.

EVITE USAR O ZOOM: CAMINHE ATÉ ACHAR O ÂNGULO PERFEITO. CAMINHE UM POUCO PARA FRENTE, PARA TRÁS, PARA OS LADOS, ENQUANTO OLHA NA TELA PARA DESCOBRIR O ENQUADRAMENTO IDEAL.

5 DICAS PARA UMA BOA FOTO AMADORA

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D I V I R T A - S E

25 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

ROCK IN HOME

RELANÇAMENTO DO GÊNIO

PARA

VER

PARA

LER

PARA

OUV

IRConfesso para vocês que, antes de começar a escrever esse texto, abri

uma cerveja bem gelada. É que não é fácil escrever sobre A Banda das Velhas Virgens, um dos maiores expoentes da cena independente nacional. Em 2011 os boa praças trabalharam demais. Só para vocês terem uma noção, no início do ano a banda lançou o disco Carnavelhas II, que veio recheado de marchinhas de carnaval inéditas e homenageou um dos maiores sambistas do Brasil, Adoniran Barbosa. Desse trabalho, ressalto a bela A Nega, um samba canção melodioso e lindo demais. Tem também as animadas DNA de Malandro, Feijuca na Madruga e Em Tese. “A ideia desse disco foi fazer um baile de carnaval para homenagear São Paulo. É rock com sotaque do Bixiga”, detalhou o guitarrista e fundador da banda, Alexandre Cavalo.

Mas, como disse, esse ano está bem corrido para as Velhas Virgens. Para comemorar o aniversário de 25 anos da banda, eles prepararam um DVD especial, gravado dia 9 de junho, em Porto Alegre (RS). Por conta de ser uma banda independente, com grana curta e sem respaldo de nenhuma gravadora, apostaram em uma fórmula inovadora para lançar este produto, o Crowdfunding, sistema que consiste em “pedir grana” aos fãs para o fi nanciamento do DVD.

A meta para a viabilização do projeto era, em pouco mais de um mês, conseguir levantar exatos R$ 25.556. E como não poderia deixar de ser, os fãs das Velhas Virgens aceitaram e investiram no projeto. Houve mais de 530 colaborações e o total arrecadado foi de R$ 33.323. Para os caridosos fãs, a banda enviará pelo correio prêmios que variam de acordo com a doação (quanto maior a colaboração, maior o mimo).

Neste projeto, poderemos esperar um Velhas Virgens bem mais maduro e afi nado, contando com Juliana Kosso no backing vocal e o eterno bêbado e frontman Paulão de Carvalho detonando nos vocais. Entre os hits, não faltarão Abre Essas Pernas, Uns Drinks e A Minhoca que Acendia o Rabo estão entre as principais. Mas se você não colaborou e mesmo assim quer conferir o DVD, não tem problema. O produto será vendido pelo site ofi cial da banda (www.velhasvirgens.com.br). Vida longa aos bêbados das Velhas Virgens e um brinde ao bom rock and roll!

Em meio a todo esse oba oba dos festivais de grande porte rolando no Brasil, a gravadora MZA Music teve uma ideia bacana de capitalizar em cima da euforia nacional. Ela é a única a lançar em DVD os mais preciosos e inéditos momentos que incendiaram a cidade do Rock desde 1985.

A série Rock in Rio DVD já tem “Barão Vermelho Ao Vivo no Rock in Rio 1”, “Os Paralamas do Sucesso Ao Vivo no Rock in Rio 1”, “Cássia Eller Ao Vivo no Rock in Rio 3”e “Ira! e Ultraje a Rigor Ao Vivo no Rock in Rio 3”. A qualidade dos shows antigos é bem legal, em se tratando da precária forma de captação da época. Essa é uma boa série para que jovens rockeiros saibam o que de fato aconteceu nos palcos desse festival histórico.

E tem mais por vir. A MZA fcaptou áudio e imagem de todos os shows nacionais realizados nos palcos Mundo e Sunset da quarta edição do Rock in Rio. Posteriormente, essas gravações serão lançadas em CD, DVD e Blu Ray. Vamos ver o que acontece.

A editora L&PM teve uma atitude de tirar o chapéu: relançou este ano, no formato pocket, toda a obra do grande escritor Charles Bukowski. Além do preço bem acessível (cada exemplar custa

em média R$20) a editora teve o bom senso de publicar os textos na íntegra e contratar bons tradutores para adaptar as histórias, que foram escritas originalmente em inglês.

Poderia tranquilamente escrever sobre todos os livros do velho Buk, mas não haveria espaço para isso. Portanto, separei somente um, o Misto-Quente.

Nele, o escritor, por meio de seu alter ego Henry Chinaski, conta um pouco sobre sua lazarenta infância, que se passa em pleno EUA, no período de recessão pós-1929. Ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e pela frente apenas a perspectiva de servir de mão-de-obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas são algumas das comoventes histórias que recheiam “Misto-Quente”.

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problemáticas são algumas das comoventes histórias que recheiam “Misto-Quente”.

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E.T. FANFARRÃO

LOBATO NO TABLET

DIVERSÃO NA CIDADE

PARA

VER

PARA

LER

PARA

IR

Embora já circule há tempos e de forma ilegal na internet, estreia por aqui a comédia, com pitadas de animação e fi cção científi ca Paul - Contatos Imediatos Com Essa Figura.

Com previsão de chegar às telonas em 11 de novembro, a história conta a saga dos bri-tânicos Graeme Willy (Simon Pegg) e Clive Gollings (Nick Frost), viciados em história em quadrinhos. Eles fazem uma viagem pela América do Norte para chegar até a Comic-Con. Porém, no caminho, descobrem um alienígena na Área 51.

O alien em questão é Paul, que precisa procurar sua mãe para voltar ao planeta de origem. Começa aí então uma aventura divertida e engraçada de Graeme, Clive e Paul que pode divertir toda a família. Assim que estrear nas telonas, será um bom programa de fi m de semana para pais e fi lhos.

Recentemente a editora Globo Livros lançou para iPad alguns clássicos de Monteiro Lobato. Eles conseguiram de uma forma criativa, interativa e inteligente arrebanhar ainda mais leitores mirins para o mundo de Narizinho e cia.

As versões disponíveis para os tablets são: Reinações de Narizinho, Caçadas do Pedrinho, Memórias da Emília, A Reforma da Natureza, O Saci, O Picapau Amarelo, Viagem ao Céu“ e “A Chave do Tamanho, além de A Menina do Narizinho Arrebitado, lançado pioneiramente em 2010.

Para ler essas obras no tablet, primeiro é preciso baixar o aplicativo grátis “Monteiro Lobato” na App Store. O usuário, então, terá acesso à biblioteca digital com todas as obras do autor que já estão disponíveis. Cada livro é vendido separadamente e custa de US$ 9,90 a US$ 26,90.

D I V I R T A - S E K I D S

JULI

ANA

VARG

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ERRE

IRA

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BO L

IVRO

S

Visitar a Cidade da Criança é uma boa chance de passar um tempo agradável com seu pequeno, realizando junto com ele atividades divertidas e descontraídas.

Localizado em São Bernardo do Campo, o espaço oferece, entre outras coisas, diversos brinquedos como barco vicking, splash, teleférico e até uma montanha russa. A gigantesca área de 42 mil m2 conta também com árvorismo, tirolesa e um simulador em quatro dimensões.

Os valor dos ingressos varia de acordo com a atividade que a família escolher, porém, os preços não passam de R$30. A Cidade da Criança funciona de terça a domingo, das 9h às 17. O endereço é Rua Tasman, 301, no centro de São Bernardo do Campo. Para mais informações, o telefone de contato é:4330-6998

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Living NOW

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Em um depoimento emocionado, o paciente Anderson Alan Couto Guimarães, explica que após passar por um trata-mento na clínica Peso Menor, voltou a ter alegria de viver: “Comecei o tratamento em janeiro. Pesava 145 quilos e me sentia uma pessoa infeliz. Tinha alguns problemas de saúde em decorrência da obesidade, e um dia, conversando com um amigo que é médico, ele indagou se conhecia algum obeso com mais de 65 anos. Pensei um pouco e respondi que não. Então ele me alertou , dizendo que não existe, pois todos acabam morrendo antes dessa idade. Foi aí que comecei a me preocupar. Antes disso, achava que não tinha tempo para fazer exercícios ou seguir dietas. Realmente não controlava meu peso. Foi então que encontrei a clínica Peso Menor. Comecei a fazer um acompanhamento nutricional com os profi ssionais da clínica e, aliado a isso, um trata-mento de aplicação de enzimas. Hoje, seis meses depois, emagreci quase 40 quilos. Isso é uma grande vitória. Mas, mesmo assim, mantenho o tratamento na Peso Menor, pois meu objetivo é pesar mais ou menos 90 quilos”.

Rua Dr. Jesuíno Maciel, 1178 – Campo BeloFones: (11) 5561.1718 - 5561.0995www.pesomenor.com.br

Em um determinado momento da vida, os hábitos devem ser mudados em prol da saúde mental e física. Esse é o primeiro

passo para uma pessoa acima do peso começar a mudar radicalmente sua silhueta.Para alcançar tal objetivo, força de vontade é indispensável.Emagrecer não é tarefa fácil, ainda mais quando a obesidade está diretamente ligada a fatores emocionais e orgânicos, e não somente a um descuido com alimentação e falta de atividade física. É por isso que a clínica Peso Menor trata cada paciente como único, entendendo seus anseios, suas difi culdades e incentivando suas conquistas. Na Peso Menor, o tratamento é personalizado e os resultados positivos são considerados como grandes vitórias para a nossa equipe de profi ssionais.A clínica Peso Menor oferece dois tratamentos diferentes para a perda de peso. O primeiro é através da medicina ortomolecular, que corrige carências e excessos de vitaminas e minerais no organismo. “As vezes, o paciente não come em grande quantidade, mas mesmo assim é obeso. O tratamento ortomolecular corrige as defi ciências do corpo e faz com que o organismo funcione de maneira correta, auxiliando na perda de peso de forma natural.” - explica o médico da clínica, o Dr. Eduardo Henrique Silva (CRM 101420). Já o tratamento com enzimas atua diretamente na agilização da perda de peso. Ao realizar as aplicações de enzimas, abrem-se mais canais nas células para a saída da gordura, facilitando e acelerando o emagrecimento.

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