Livro 8 - Laudos Técnicos

Embed Size (px)

Citation preview

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 1/21

    Livro 8 - Laudos TcnicosLivro 8 - Laudos Tcnicos

    Site: Esaf

    Curso: ITR para Municpios - Turma 2/ 2013

    Livro: Livro 8 - Laudos Tcnicos

    Impresso por: Rafael Henrique de Oliveira

    Data: quarta, 4 setembro 2013, 11:54

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 2/21

    Sumrio

    8.0 Laudos Tcnicos

    8.1 Laudo Tcnico de Benfeitorias8.1.1 Anlise de um laudo tcnico de reas ocupadas com benfeitorias

    8.2 Laudo Tcnico de Uso do Solo

    8.3 reas no Tributveis8.3.1 Anlise de um laudo tcnico de reas no tributveis

    ........

    ........

    ........

    ........

    ........

    ........

    8.4 Laudo Tcnico do Valor da Terra Nua - ABNT

    Concluso do Livro 8

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 3/21

    8.0 Laudos Tcnicos

    Para comprovar as reas declaradas com benfeitoriasteis e necessrias, o uso do solo e/ou as reas notributveis, os Termos emitidos pelo Mdulo deFiscalizao do PITR-MC intimam o sujeito passivo aapresentar laudo tcnico elaborado por engenheirohabilitado com ART - Anotao de ResponsabilidadeTcnica.

    No existe uma orientao especfica de como deveser elaborado cada laudo, porm o Decreto n4.449/02, art. 9, estabelece que:

    "A identificao do imvel rural, na forma do 3 do art. 176 e do 3 doart. 225 da Lei n 6.015, de 1973, ser obtida a partir de memorialdescritivo elaborado, executado e assinado por profissional habilitado e coma devida Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART, contendo ascoordenadas dos vrtices definidores dos limites dos imveis rurais, geo-referenciadas ao Sistema Geodsico Brasileiro."

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 4/21

    8.1 Laudo Tcnico de Benfeitorias

    O laudo tcnico elaborado pelo Engenheiro Agrnomo, Florestal ou Civil, paracomprovar as benfeitorias teis e necessrias dever apresentar em seucontedo pelo menos as seguintes informaes:

    Localizao das benfeitorias em mapa de uso de solo, com ascoordenadas geogrficas;Metragem espacial das edificaes e sua destinao;

    Discriminao das reas com benfeitorias em hectares;Profissional habilitado;

    ART registrada no CREA.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 5/21

    8.1.1 Anlise de um laudo tcnico de reas ocupadas com benfeitorias

    A primeira anlise deve recair sobre os documentos que acompanham o laudo, tais como acpia atualizada da matrcula, o memorial descritivo do permetro do imvel e sualocalizao geogrfica. Em seguida, verificar se as reas discriminadas no mapa de uso dosolo correspondem realidade (benfeitorias teis e necessrias para a atividade rural).

    A primeira opo para verificar a correspondente realidade do imvel a navegao areapor imagens de satlite sobre a rea do imvel. Est disponvel na Internet o Google Earth,em verso gratuita que poder ser baixada, no computador.

    Com as coordenadas geogrficas do mapa do uso do solo, na verso UTM (SistemaUniversal Transverso de Mercator), localizamos a rea e em seguida aproximamos aimagem do solo para a constatao de cada tipo de benfeitoria que iremos verificar.

    Caso no seja possvel utilizar o Google Earth, a alternativa realizar uma diligncia nolocal.

    Em seguida passamos a comparar as imagens/fotos apresentadas, no laudo tcnico, comas imagens/fotos conseguidas em nosso trabalho de pesquisa na internet ou em dilignciano imvel. Abaixo apresentamos a foto area em escala em torno de 1:10.000, de vo dapoca, apresentado em anexo ao laudo.

    Na foto area acima, podemos identificar claramente as benfeitorias existentes no imvelrural e tambm o tipo de vegetao predominante na propriedade.

    importante verificar a poca do vo para certificar-se de que se trata de uma foto do anoanterior ao do fato gerador do ITR.

    Infelizmente, pelo elevado custo de sua produo, poucos proprietrios possuem fotosreas de seu imvel em escala 1:10.000.

    Na foto acima, podemos chegar a duas concluses distintas:

    1 - Se considerarmos que a rea do imvel se resume rea cercada, as benfeitorias nopodem ser entendidas como teis e necessrias atividade rural, por no haver sequeratividade rural no imvel - pode se tratar de um clube, uma associao, ou at mesmo uma

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 6/21

    chcara.

    2 - Se considerarmos a rea cercada inserida em um imvel maior onde efetivamente hajaatividade rural, neste caso toda a rea cercada poder ser considerada til e necessria atividade rural.

    Pelo exposto, podemos dizer que temos que ser cautelosos na anlise dos documentosapresentados pelo sujeito passivo e se possvel buscar as nossas contra provas.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 7/21

    8.2 Laudo Tcnico de Uso do Solo

    O laudo tcnico do Engenheiro Agrnomo/Florestal para comprovar o uso dosolo dever apresentar em seu contedo pelo menos as seguintesinformaes:

    Profissional habilitado;

    ART registrada no CREA;Memorial descritivo identificando o imvel rural;Contedo do laudo tcnico;rea aproveitvel;Benfeitorias teis e necessrias;

    rea utilizada;rea de pastagens;Clculo da quantidade de cabeas do rebanho ajustada;rea de explorao extrativa;Constitucionalidade dos ndices de rendimento.

    Em anexo: Anlise de um laudo tcnico de uso do solo.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 8/21

    8.3 Laudo Tcnico de reas no Tributveis

    O laudo tcnico do Engenheiro Agrnomo/Florestal para comprovar as reasno tributveis dever apresentar em seu contedo pelo menos as seguintesinformaes:

    ART registrada no CREA;Memorial descritivo identificando o imvel rural;Normas (Normativos locais vigentes);Identificao do imvel;Caractersticas da regio.

    Em anexo ao laudo tcnico dever vir:

    Carta planialtimtrica do servio Geogrfico do Exrcito ou similar,plotado o croqui da rea com as coordenadas geogrficas.

    Recomendamos verificar primeiramente se a origem da carta planialtimtrica do servio Geogrfico do Exrcito ou similar, ou seja, uma carta elaboradapor um rgo pblico. Existem cartas no mercado com mais rios traados doque os rios constantes da carta do Exrcito.

    Verificar se as curvas de nvel da planta, entregue em anexo ao laudotcnico, so as mesmas constantes da carta oficial e original. Verificar se osrios traados no mapa de uso do solo so os mesmos da carta oficial (traode cor azul na carta).

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 9/21

    Observem a carta acima e vejam que as cotas, ou curvas de nvel, estotraadas eqidistantes a cada 10 metros, e a cota principal (linha maisgrossa) a cada 50 metros, como, por exemplo, as cotas de 900 metros e de950 metros.

    Imagem em escala em torno de 1:25.000. Escala recomendvel

    1:10.000, no mximo 1:25.000;

    Recomenda-se a utilizao de cartas topogrficas da escala 1:25.000 paramenos, o ideal na escala de 1:10.000 e no mximo na escala 1:50.000.Como vemos nesta imagem acima, na escala 1:25.000 possvel identificarbem as cotas e os rios e fazer uma boa anlise do resultado final dotrabalho do engenheiro - o laudo tcnico.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 10/21

    8.3.1 Anlise de um laudo tcnico de reas no tributveis

    Imagem de reas de Preservao Permanente localizada em margens de rios- imagem extrada de um mapa planialtimtrico anexo ao laudo tcnico,elaborado por engenheiro habilitado.

    Identificamos na imagem acima uma planta planialtimtrica, ou seja, umaplanta que contem todas as cotas altimtricas do solo, os topos de morro,os rios e tambm as estradas.

    A seta preta indica as reas de Preservao Permanente margem dos rios.Neste caso os rios possuem largura mxima de 10 metros e a rea de mataciliar aceita como sendo de preservao permanente de 30 metros paracada margem do rio dentro do imvel.

    Para calcular a rea total de preservao permanente temos que medir ocomprimento total dos rios dentro do imvel e multiplicar por 60 metros.Para os rios que esto na divisa da propriedade, somente pode serconsiderada uma margem dentro do imvel e o seu comprimento deve sermultiplicado por 30 metros, se a sua largura for de at 10 metros (ConformeCdigo Florestal anterior - Lei n 4.471, de 15 de setembro de 1965).

    Imagem de reas de Preservao Permanente em torno de nascentes -imagem extrada de um mapa planialtimtrico anexo ao laudo tcnico,elaborado por engenheiro habilitado.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 11/21

    Da mesma forma que na imagem anterior, a preservao permanentetambm margeia as nascentes dos rios e crregos. O clculo por nascente de 0,3927 ha, que arredondando seria no mximo 0,4 ha de rea depreservao permanente.

    A nascente do rio (bolinha no mapa), indicado pela seta preta, poder serintermitente, ou seja, em determinada poca no verter gua, porm nodeixar de ser considerada uma nascente. Diferente daquela rea que nuncaverteu e nunca verter uma gua, e que se pretende considerar umanascente por ser um fundo de vale. Os clculos precisos destas reasdevero ser realizados atravs de software especficos, tais como o Springou ArcView.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 12/21

    Clculo do permetro das reas de PP por mtodo "caseiro" (vdeos)

    A seguir apresentamos abaixo alguns clipes com imagens de mapas comreas discriminadas de preservao permanente. Os mapas foramapresentados em anexo ao Laudo tcnico de uso do solo e de maneirasimples foram verificadas se as informaes plotadas nos mapas estavamcorretas.

    APP com declividade acima de 45 graus.

    Imagem de reas de Preservao Permanente em rea com declividadeacima de 45 - imagem extrada de um mapa planialtimtrico anexo ao laudotcnico, elaborado por engenheiro habilitado.

    As reas informadas com declividade acima de 45 seriam as que seencontram pintadas na cor vermelha. Porm, sem a utilizao de algumsoftware especfico, como o Spring ou ArcView, que efetua este tipo declculo, no ser possvel calcular com preciso estas reas.

    Podemos fazer um clculo aproximado destas reas de 45 utilizando umrecurso "caseiro", denominado de bolinha preta.

    O primeiro passo verificar se as curvas de nvel plotadas no mapacorrespondem com a situao real do terreno. Podemos comparar o mapaapresentado em anexo ao Laudo com a planta do Exrcito da regio doimvel, se estiver disponvel, ou com a planta elaborada pelo setor decartografia do Estado, e tambm utilizar as imagens disponveis do GoogleEarth, em segundo plano. Verificado que as curvas de nvel estavamcorretas, passamos para analisar o clculo das reas de PP com mais de 45graus de inclinao. Para tanto utilizamos um recurso simples: uma

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 13/21

    transparncia modelo padro para inclinao de 45 graus, representado poruma bolinha preta, ou seja, enquanto a bolinha de 45 graus passar por entreas curvas de nvel, fica caracterizado que estes pontos do mapa noatingiram a inclinao de 45 graus. Quando a bolinha de 45 graus noconseguir passar entre as linhas das curvas de nvel, ento este pontodever ser marcado como incio do clculo de um lado do polgono da reade Preservao Permanente, e quando a bolinha voltar a passar entre ascurvas de nvel dever ser marcado o ponto final deste lado do polgono,como demonstrado no primeiro clipe de imagem abaixo. O polgono da APPde 45 se forma depois de cercado todos os pontos marcados das curvas denvel, lindeiras, onde no passou a bolinha preta de 45 graus.

    Neste mesmo clipe mostramos tambm a bolinha de 17 para uma melhorcompreenso sobre esta tcnica da bolinha preta.

    (Clique aqui para assistir ao vdeo 45 e 17)

    Nesta imagem do mapa estamos vendo a rea discriminada de APP de 45calculada pelo mtodo simples do somatrio do maior quadriltero at omenor quadriltero, que foi traado em cima do mapa de uso do solo.

    Neste exemplo os clculos apresentados da APP 45, na cor vermelha, noestavam corretos.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 14/21

    APP em rea marginal aos rios e nascentes.

    O primeiro passo medir o comprimento dos rios, independente de sualargura. Para realizar a medio utilizamos algumas folhas de papel A 4,onde marcamos em cada folha o ponto zero e indicamos com setas a direoa seguir. Marcamos o ponto zero no mapa onde existe o rio mais cumprido ecomeamos a marcar os pontos seguindo as curvaturas do rio em nossasfolhas de papel. Quanto maior o nmero de pontos marcados nas folhas,maior ser a preciso do nosso trabalho, conforme demonstrado nos clipesde imagem abaixo.

    Em seguida contamos o nmero de nascentes e multiplicamos cada nascentepor 0,3927 ha.

    Depois multiplicamos o cumprimento dos rios de at 10 metros de largurapor 60 metros (30 metros para cada margem do rio).

    A folha utilizada para o exemplo possui as medidas de 21,1 cm e 27,9 cm ea escala do mapa de 1/10.000, portanto cada cm do mapa corresponde a100 metros do rio.

    Clique aqui para assistir ao vdeo sobre clculo da folha e da APP (2)

    Clique aqui para assitir ao vdeo sobre clculo do comprimento dos rios (3)

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 15/21

    Imagem do mapa de uso do solo onde estamos conferindo a largura da reade PP de 60 metros e tambm vemos reas de sobreposio da ReservaLegal sobre as reas de PP.

    Neste exemplo os clculos apresentados da Reserva Legal, na cor verde, nopoderiam ser aceitos, pela fiscalizao, porque a rea informada no tinhaaverbao na matrcula do imvel (Lei n 4.771, de 1965, art. 16, 8, comredao dada pela MP n 2.166-67, de 2001; RITR/2002, art. 12, caput e 1; IN SRF n 256, de 2002, art. 11, 1).

    APP em topo de morro e montanha.

    Antes de comear a fazer uma anlise da rea de preservao permanenteem topo de moro e montanha, precisamos primeiramente interpretar a parteda Resoluo n 303, do Conama(http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html), que definiuesta questo.

    A figura abaixo nos mostra uma superfcie matemtica correspondente a umaelevao do terreno, com o ponto de sela mais prximo. No desenho superiortemos uma vista em perspectiva, e no inferior o respectivo mapa de"isolinhas" ou "curvas de nvel" (linhas que passam por pontos com umamesma cota):

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 16/21

    No mapa de isolinhas vemos a forma tpica da curva de nvel que passa porum ponto de sela: ela corta a si mesma exatamente neste ponto.

    Em levantamentos planialtimtricos, onde as curvas de nvel sodesenhadas a intervalos regulares de cotas (por exemplo, de metro emmetro ou a cada dez metros), muito raramente representada a isolinha quepassa por um ponto de sela, pois extremamente improvvel que a cotadesse ponto seja um "nmero redondo".

    No entanto, a localizao do ponto de sela sempre pode ser inferida a partirdo formato das curvas de nvel vizinhas, e sua posio exata costuma serindicada por um "x" no mapa, com a cota respectiva, como vemos nosexemplos seguintes:

    Neste exemplo acima, a elevao no morro nem montanha, pois odesnvel entre a base e o cume menor do que 50m (974 - 957 = 17m).

    Neste exemplo, o desnvel entre a base e o cume de 1.429m - 1.326m = 103m > 50m. Assim, se a

    inclinao da encosta do morro na linha de maior declividade for superior a 30% ento a elevao ummorro (caso contrrio no ). Independentemente da declividade, a elevao no uma montanha, pois o

    desnvel menor do que 300m.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 17/21

    Tendo definido de forma matematicamente precisa a base da elevao,torna-se simples aplicar as definies de morro e de montanha do art. 2 daResoluo:

    "IV - morro: elevao do terreno com cota do topo em relao base entrecinqenta e trezentos metros e encostas com declividade superior a trintapor cento (aproximadamente dezessete graus) na linha de maiordeclividade."

    "V - montanha: elevao do terreno com cota em relao base superior atrezentos metros;"

    Aps decidir criteriosamente quais elevaes do terreno so morro oumontanha, e definir a base de cada uma delas sem ambigidade, no hmaiores dificuldades na demarcao das APPs segundo o art.3 daResoluo:

    "Art. 3 Constitui rea de Preservao Permanente a rea situada: [...] V -no topo de morros e montanhas, em reas delimitadas a partir da curva denvel correspondente a dois teros da altura mnima da elevao em relao base;"

    No segundo exemplo, supondo que a inclinao da encosta na linha de maiordeclividade seja superior a 30%, temos um morro cujo topo delimitadopela isolinha de nvel 1.394,7m = 1.326m + (2/3) 103m:

    Assim conseguimos fechar o permetro da rea de preservao permanenteexistente no topo do morro do nosso exemplo. Em seguida temos quecalcular a rea do permetro pintado na cor vermelha.

    Em anexo: A integra da Resoluo Conama n 303, com a pertinenteinterpretao sobre o tema do bacharel e mestre em fsica, professorSergio Cortizo.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 18/21

    Nesta imagem vemos a carta planialtimtrica acima j plotada no mapa deuso do solo, com todos os polgonos j calculados e pintados na corvermelha. Neste exemplo apresentamos uma forma simples para conferir oclculo das reas de cor vermelha. Primeiro traamos, dentro das reas aserem calculados, polgonos quadrados e ou retangulares, do maior possvelat o menor possvel, depois calculamos a rea de cada quadriltero esomamos todos os que couberam dentro da rea que estamos calculando.Repetimos este procedimento em todas as reas de cor vermelha. Esta readiscriminada de APP de 45 foi calculada pelo mtodo simples do somatriodo maior quadriltero at o menor quadriltero, desenhado pelo servidor queesteve analisando o laudo tcnico.

    Depois efetuado o clculo das reas de cor vermelha (APP de 45), pelomtodo da bolinha preta e do somatrio do maior quadriltero at o menorquadriltero, comparar com o valor informado no laudo tcnico e no mapa deuso do solo, apresentado pelo sujeito passivo. Havendo muita divergnciaentre os 02 valores apurados, poder ser solicitado ao sujeito passivo umacpia dos clculos do laudo de uso do solo, em meio magntico, para umapossvel conferncia no Software especfico.

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 19/21

    8.4 Laudo Tcnico do Valor da Terra Nua - ABNT

    Valor da Terra Nua (VTN) o valor demercado do solo com sua superfcie, bemassim das florestas naturais, das matasnativas e das pastagens naturais queintegram o imvel rural.

    Em alguns estados, como o caso doParan, existem rgos oficiais queestudam e publicam o VTN por municpio.Esses valores devem ser utilizados apenascomo uma referncia de preos de mercadoem cada municpio.

    Conforme a Lei n 9.393/96, a apurao e o pagamento do ITR deatribuio do contribuinte, nos prazos e condies estabelecidos pela RFB,sujeitando-se a homologao posterior. Assim, o VTN para os efeitos deapurao do ITR, informao de total responsabilidade do contribuinte,sempre se referindo ao valor de mercado no dia 1 de janeiro do exerccio.Caso fique comprovada a subavaliao ou prestao de informaesinexatas, incorretas ou fraudulentas, a RFB proceder determinao e aolanamento de ofcio do imposto, considerando informaes do SIPT -Sistemas Preos de Terras e os dados de rea total, rea tributvel e graude utilizao do imvel, apurados em procedimentos de fiscalizao.

    Em eventual defesa administrativa ou atendimento intimao prvia, emque se discute o VTN, impe-se ao sujeito passivo apresentar elementos deconvico que justifiquem o valor informado. Normalmente, esse instrumento o Laudo de Avaliao do Imvel Rural, elaborado por profissionalhabilitado, conforme o estabelecido na NBR 14.653-3, da ABNT, com grau defundamentao de no mnimo II (item 9.2 da NBR 14653-3).Esse grau defundamentao exige a identificao das fontes de informao (item7.4.3.3), nmero de dados efetivamente utilizados maior ou igual a cinco(item 9.2.3.5), homogeneizao dos resultados obtidos com o comparativodas caractersticas dos imveis (item B.2), clculo da mdia com expurgodos dados, alm do desvio padro.

    Para o sujeito passivo comprovar o Valor da Terra Nua, os Termos emitidospelo Mdulo de Fiscalizao do PITR-MC intimam o sujeito passivo aapresentar:

    Laudo de avaliao do Valor da Terra Nua do imvel emitido por engenheiro agrnomo ou florestal,conforme estabelecido na NBR 14.653, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, com

    grau de fundamentao e preciso II, com Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART registrada noCREA, contendo todos os elementos de pesquisa identificados e planilhas de clculo e preferivelmente

    pelo mtodo comparativo direto de dados de mercado.

    Alternativamente o sujeito passivo poder se valer de avaliao efetuada pelas Fazendas Pblicas

    Estaduais (exatorias) ou Municipais, assim como aquelas efetuadas pela Emater, apresentando osmtodos de avaliao e as fontes pesquisadas que levaram convico do valor atribudo ao imvel.

    Tais documentos devem comprovar o VTN na data de 1 de janeiro do ano a que se referir o DIAT, apreo de mercado. A falta de comprovao do VTN declarado ensejar o arbitramento do valor da terra

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 20/21

    nua, com base nas informaes do Sistema de Preos de Terra - SIPT da RFB, nos termos do artigo 14

    da Lei 9.393/96, pelo VTN/ha do municpio de localizao do imvel para 1 de janeiro do ano a que sereferir o DIAT.

    Documentos que o servidor dever verificar na anlise de um laudo tcnico:

    a) - Profissional habilitado;

    b) - ART registrada no CREA;

    c) - Apresentao do laudo;

    d) - Nmero de dados de mercado utilizados;

    e) - Qualidade dos dados colhidos no mercado;

    f) - Visita dos dados de mercado pelo engenheiro avaliador;

    g) - Utilizao do mtodo utilizado;

    h) - Totalizao dos pontos do grau de fundamentao do laudo;

    i) - Grau de preciso do laudo.

    Em anexo: Anlise do laudo tcnico do Valor da Terra Nua - VTN.

    Em anexo: Um modelo de Laudo de Avaliao de VTN, com base na NBR 14.653-3, de autoria doEngenheiro Agrnomo Carlos Augusto Arantes.

    Em anexo: Laudo tcnico de uso do solo

    Em anexo: Resoluo Conama n 303 - TOPO DE MORRO NA RESOLUO -PARTE 1

    Em anexo: Resoluo do Conama n 303 - TOPO DE MORRO NA RESOLUO -PARTE 2

    Em anexo: COMPETNCIA PROFISSIONAL PARA A EMISSO DE LAUDOS

  • 04/09/13 name

    https://moodle.eadesaf.serpro.gov.br/mod/book/print.php?id=241770 21/21

    Concluso do Livro 8

    Chegamos ao final do Livro 8. No Livro 9 trataremos das Causas dedenncia de Convnio. Bons estudos!