Livro Amilcar Cabral Unidade e Luta

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Pag : 103:(.. ..v.( 21- Unidadee Luta Vamoscontinuaro nossotrabal hoe vamostentarconversarum bocadocom oscamaradas,sobrealgunsprincpiosdonossoPartidoe danossaluta.Oscamaradasquetiveramconheci ment odeum document oquefoipublicadocom o nomedePalavrasdeOrdemGeraisdonossoPartido,feitoem 1965,devemlembrar - sequenapart efinaldessedocument ohum capt uloque AplicarnaprticaosprincpiosdoPartido.Claroquenestaspalavrasdeordemfalou- sedealgunsprincpiosbast ant egeraise hojenspodemosconversarsobremaisprincpiosainda,alm desses.Claroquetodossabemisso,massvezesnosabemqueisso que o fundament al,asbases,princpiodanossaluta.A nossalutatomadanoseuaspectofundament al ment epoltico,noseuaspect oprincipalque o aspect opoltico.Claroque,paradefinirmos,porexemplo,a estratgiae atastcticasqueadapt amosnanossalutaarmadadelibertao,outrosprincpiosforamenunciados,emboraessesprincpiosdelutaarmadanosejammaisdoquea passagemdosnossosprincpiosgeraisparao campodalutaarmada.Um primeiroprincpiodonossoPartidoe danossaluta,quetodosnsconhecemosbem,: Unidadee Luta,que mesmoa divisa,sequiserem,o lemadonossoPartido.Unidadee Luta.Claroqueparaestudarbemo que quequerdizeresteprincpiobast ant esimples, precisosaber mosbemo que unidadee o que luta.E precisocolocar mos,realizar moso problemadaunidade,e o problemadalutanumdadolugar,querdizer,dopont odevistageogrfico,e considerandoa sociedadevidasocial,econmica,etc.doambient eem quequeremosaplicaresteprincpiodeunidadee luta.O que Unidade? Claroquepodemostomarunidadenumsenti doquesepodechamaresttica,parado,queno maisqueumaquest odenmero,porexempl o,seconsi derar moso conj unt odegarrafasquehnomundo,umagarrafa umaunidade.Se considerar moso conjunt odehomensqueestnest asala,o camaradaDanielBarreto umaunidade.E porafora.Essa a unidadequenosinteressaconsiderarnonossotrabal ho,daqualfalamosnosnossosprincpiosdoPartido? e no. , namedi daem quensqueremostransfor marum conj unt odiversodepessoas,numconjunt obemdefinido,buscandoum caminho.E no, porqueaquinopodemosesquecerquedent rodesseconjunt ohelement osdiversos.Pelo cont rrio,o senti dodeunidadequevemosnonossoprincpio o seguint e:quaisquerquesejamasdiferenasqueexistem, precisoserum s,um conjunt o,pararealizarum dadoobjetivo.:(.. ..v.( 3Querdizer,nonossoprincpio,unidade nosenti dodinmico,querdizerdemoviment o.Consideremos,porexemplo,um timedefutebol.Um timedefutebol formadoporvriosindivduos,11pessoas.Cadapessoacom o seutrabalhoconcret oparafazerquandoo timedefuteboljoga.Pessoasdiferent esumasdasoutras:temperament osdiferent es,muitasvezesinstruodiferent e,algunsnosabemlernemescrever,outrossodout oresouengenheiros,religiodiferent e,um podesermuul mano,outrocatlico,etc.Mesmodepolticadiferent e,um podeserdeum Partido,outrodeum outro.Um podeserdasituao,comoporexempl oem Portugal,outropodeserdaoposio.Querdizer,pessoasdiferent esumasdasoutras,considerando- secadaumadiferent edaoutra,masdomesmotimedefutebol.E seessetimedefutebol,nomoment oem queesta jogar,noconseguirrealizara unidadedetodososelement os,noconseguirserum timedefutebol.Cadaum podeconservara suapersonali dade,assuasidias,a suareligio,osseusproblemaspessoais,um poucodasuamaneiradejogarmesmo,maselestmqueobedecertodosa umacoisa:tmqueagirem conjunt o,parametergoloscontraqualqueradversri ocom quemestivera jogar,querdizer, rodadesteobjetivoconcret o,metero mxi modegoloscont rao adversri o.Tm queformarumaunidade.Se noo fizerem,no o timedefutebol,no nada.Isto paraveremum exempl oclarodeunidade.Vocsvemumapessoaa vir,porexempl o,com um balaionacabea;essapessoacost umavenderfrut as.Vocsnosabemquefrutas queestodent r odobalaio,masdizem:elavem com um balaiodefrut as.Podemsermangos,bananas,papaias,goiabas,etc.,dent rodobalaio.Masnanossaidia,elavem com um conjunt oquerepresent aumaunidade,um balaionacabea,um balaiodefrut as.Masvocssabemqueisso umaunidade,tant odopont odevistadenmer o um balaiodefrut as comonoobjetivodeo vender,tudo a mesmacoisa,emborahajavriascoisasdent rodele:frutasdiversas,mangos,bananas,papaias,etc.Masa quest ofundament al,que vircom frutasparavender,fazdetudoumacoisas.Isto paradaraoscamaradasumaidiadoque unidadee paradizeraoscamaradasqueo fundament oprincipaldaunidade queparaterunidade precisotercoisasdiferent es.Se noforemdiferent es,no precisofazerunidade.Nohproblemadeunidade.Oraparanso que unidade?Qual o objetivoem tornodoqualdevamosfazerunidadenanossaterra?Claroquenosomosum timedefutebol,nemum balaiodefrutas.Nssomosum povo,oupessoasdeum povo,quea certaalturadahistriadessepovotomaramum certorumonoseucaminho,criaramcertosproblemasnoseuespritoe nasuavida,orient arama suaaonumcertorumo,puseramcertaspergunt ase buscaramrespost asparaessaspergunt as.Podetercomeadoporumapessoas,porduas,trs,seis.A certaalturaapareceuesteproblemanonossomeio-:(.. ..v.( 4Unidade.E o Partidofoitoadverti do,querdizer,entendeuissotobem,quenoseuprpriolema,comoprincpioprincipal,comobasedetudo,elepsUnidadee Luta.Agorasurgeumapergunt a:essaunidadequesurgiucomoumanecessi dade,eraporqueasnossasidiaseramdiferent esdopont odevistapoltico?No,nsnocost umvamosfazerpolticananossaterra,nemhavianenhumparti donanossaterra.Masmaisainda, quedebaixodadomi naoestrangei racomo o casodanossaterrae deoutrasterrasaindaumasociedadequenoestmuitodesenvolvida,como o casodaGuine CaboVerde,em quea diferenaentreassituaesdaspessoasno muitogrande,embora,comovimos,hajaalgumasdiferenas, muitodifcilosobjetivospolticosseremmuit odiferent esunsdosoutros.Querdizer,o nossoproblemadeunidadenoeranosenti dodereunirvriascabeasdiferent es,pessoasdiferent es,dopont odevistadeobjetivospolticos,deprogramaspolticos,no.Primeiroporque,naprpriaestrut ur adanossasociedade,naprpriarealidadedanossaterra,asdiferenasnosotograndes,paraprovocaremtant asdiferenasdeobjetivospolticos.Mas,segundoe principal,porquecom a domi naoestrangei rananossaterra,com a proibiototalquesempr ehouve,em todaa nossavida,defazerqualquerparti dopolticonanossaterra,nohaviaparti dosdiferent esparateremdeseunir,nohaviarumospolticosdiferent esparaseguiremo mesmocaminho,parasejunt aremparafazera unidade.Entoqualerao problemadeunidadenanossaterra?Fundament al ment e,o problemadeunidadeeraestee simples:em primeirolugar,comotodaa gentesabe,a uniofaza fora.A partirdomoment oem quesurgiunacabeadealgunsfilhosdanossaterraa idiadefazerosestrangeirossaremdanossaterracomodomi nador es,deacabarcom a dominaocolonialistananossaterra,ps - seum problemadefora,umaforanecessriaparaseropost a foradocolonialist a.Portant o,quant omaisgenteseunir,quant omaisunidosestivermos,nscorrespondemosquiloquetodoo mundosabee que: a uniofaza fora.Se eutirarum paudefsforose o quiserquebrar,quebro- o rapidament e;sejuntardois,j no tofcil,trs,quat ro,cinco,seis,chegarum dadomoment oem quenopodereiquebrar, escusado.Masalmdisso,paraalmdessecaso,simples,nat ural,dequea uniofaza fora(e temosqueverquenemsemprea uniofaza fora:hcertostiposdeunioquefazem fraquezae essa que a maravilhadomundo, quetodasascoisastmdoisaspect os um positivoe outronegativo),aquelesquetiverama idiadeunidade,porquea uniofaza fora,puseramo problemadeunidadenoseuespritoe narealidadedanossaluta,porqueelessabiamquenonossomeiohaviamuitadiviso.TantonaGuincomoem CaboVerdehdiviso,querdizer,diviso,em crioulo,querdizercont radio.No meiodanossasociedade,porexemplo,qualquerpessoaquepensaa srionanossaluta,sabequesetodosfossemmuul manos,:(.. ..v.( 5outodosfossemcatlicos,ouanimist as,querdizeracredit arem iran,eramaissimples.Pelo menosnenhumaforacontrriaaosinteressesdonossopovopoderiatentardividir - nosporcausadareligio.Masmaisainda,vejamosCaboVerde.Em CaboVerde,ondenohmuitosproblemasdereligio,a noseralgumaspequenasquest esentreprotest ant ese catlicosnasuaboa- vidadacidade,houtrosproblemasquedividemaspessoas,comoporexemplo:algumasfamliastmterra,outrasnotm.Se todaa gentetivesseterrasouseningumtivesseterras,eramaissimples.O inimigo,porexemplo,foracont rriaa ns,daqualqueremoslibert ara nossaterra,podeprdoseuladoaquelesquetmterra,contrans,naidiadequensqueremostirar - lhesa terra.AssimcomonaGuinele podeprosrguloscontrans,naidiadequelhesqueremostiraro mando.Se nohouvesserguloseramaissimples.Querdizerqueo problemadaunidadesurgenanossaterra,repitobem,noporcausadanecessi dadedejuntarpessoascom pensament ospolticosdiferent es,massim porcausadanecessi dadedejuntarpessoascom situaoeconmicadiferent e,emboraessadiferenanosejatograndecomonout rasterrascomsituaosocialdiferent e,com culturasdiferent es,incluindoa religio,querdizer,pusemoso problemadeunidadenanossaterra,tant onaGuincomoem CaboVerde,nosenti dodetiraraoinimigoa possibilidadedeexplorarascontradiesquepodehaverentrea nossagenteparaenfraquecera nossafora,quetemosqueoporcontraa foradoinimigo.Portant o,vemosquea unidade qualquercoisaquetemosdefazer,parapoder mosfazeroutracoisa.Querdizer,paralavarmos,senoformosdoidos,porexemplo,ouabrindoa torneira,oulavando- senorio,novamosentrarnaguasemnosdespir mos,temosquetirara roupaprimeiro. um atoquefazemos,um prepar ativoquefazemosparapoder mostomarbanho,suponhamos.Mas,melhor,sequiser mosfazerumareunionest asala,com pessoassent adas,etc.,temosqueconvocaraspessoas,prmesasnasala,arranj arlpis,canetas,etc.Querdizer,temosquearranj armeiosparapoder mosfazerumareuniocomodeveser.A unidadetambm um meio,um meio,no um fim.Nspodemosterlutadoum bocadopelaunidade,massensfazemosunidade,issonoquerdizerquea lutaacaba.H muit agentequenest alutadascolniascont rao colonialismo,athoje,aindaestoa lutarpelaunidade.Porquecomonosocapazesdefazera luta,pensamquea unidade que a luta.A unidade um meioparalutare,comotodososmeios,temumacertaquanti dadequechega.No precisoparalutarnumpas,unirtodaa gente.Temosa certezadequetodaa genteestunida?No,bastarealizarum certograudeunidade.Se chegar mosl,entopodemoslutar.Porqueentoasidiasqueestonacabeadessaspessoasavanam,desenvolvem- see servemcadadiamaispararealizaro objetivoquetemosem vista.:(.. ..v.( 6Portant o,oscamaradasj viram,maisoumenos,qual a idiafundament alqueestnestenossoprincpioUnidade.E o que Luta?Luta umacondionormaldetodososseresdomundo.Todosestonaluta,todoslutam.Porexemplo,vocsestosent adosem cadeiras,euestousent adonest acadeira,isto um exempl o:o meucorpoesttodoa fazerumaforasobreo soalho,atravsdobancoqueestem cimadele,masseo soalhonotivesseforasuficient eparameaguent ar,euia parabaixo,furavao soalhoe sedebaixodosoalhonohouvesseumafora,continuavaa furar,e porafora.Portant ohaquiumalutasilenciosaentrea foraqueeuexerosobreo soalhoe a foradosoloquememant mem cima,quenomedeixapassar.Masvocstodossabemquea terraestsempreem moviment o,talvezalgunsaindanoacreditem,massabem,a terrafazum moviment oderotao.Se vocspuseremum pratoa girar,em moviment oderotaoe sepuseremumamoedaporcimadele,veroqueo prat oexpulsaa moeda.Quemusarumafundaparaespant aroscorvosouospardai s,comosefaznaGuinouem CaboVerde,com umapedra,sabeque,quandopusera pedranafundae dervoltase voltas,no precisoarremessar,bastaalargarumapont adafundae a pedrasaicom umaforaenor me.O que preciso terboapont ari aparasepoderfazero quesequiser,parasabero moment oem quesedevelargara pedra.Querdizer:tudoaquiloquegira,nareaem quegiradesenvolveumafora,a quearremessaascoisasparafora.Portant o,nstodosqueestamossobrea terra,quegira,estamossempr ea serrepelidosporumaforaquenosempurr aparaforadaterra,quesechamaforacentrfuga- quenosempur r adocentroparafora.Mashtambmumaoutraforaqueatraiaspessoasparaterra,que a foradagravidade,querdizer:a terra,comoforamagnticaque,atraitodososcorposqueestopert odela,confor mea distanciae a massadecadacorpo.Masnsestamossobrea terrae novamosporafora,porquea foradagravidade muitomaisquea foracentrfugaquenosatiraparafora.O problemademandarcorposparaa lua,etc.,o problemafundament alparaoscientist as, o seguint e:vencendoa foradagravidade,conseguemsairdaterra.E hojesabemosque,paraqueum corpopossaserlanadoforadaterra,vencendoa foradagravidade,ele temqueandar11quilmet r osporsegundo.Se andarnumavelocidadetal,queatinja11quilmet r osporsegundo,j venceua gravidade.Portant o,todaa foraqueatuasobrequalquercoisa,spodeexistirsehumaforacont rri a.Tu quetensa monorost o,a tuamonomoveo rostoporqueo rostotambmresist e.Tu nosentes,masele empur r atambm.Porqueso peso umaformadeempur r ar,etc.:(.. ..v.( 7No nossocasoconcret o,a luta o seguint e:oscolonialist asport uguesesocupar ama nossaterra,comoestrangeirose, comoocupant es,exerceramumaforasobrea nossasociedade,sobreo nossopovo.Foraquefezcom queelestomassemo nossodesti nonassuasmos,fezcom queparassema nossahistriaparaficarmosligados histriadePortugal,comosefossemosa carroadocomboiodePortugal.E criaramumasriedecondiesdent rodanossaterra:econmicas,sociais,culturai s,etc.Paraissoelestiveramquevencerumafora.Durant equase50anosfizeramumaguerracolonialcontrao nossopovo;guerracontramanjacos,cont rapapis,contrafulas,contramandi ngas,beafadas,balant as,contrafelupes,cont raquasetodasastribosdanossaterra,naGuin.Em CaboVerde,oscolonialist asport ugueses,queencont r ar amCaboVerdedesert o,naalturaem queapareceua grandeexploraodehomensafricanos,comoescravosnomundo,dadaa situaoimport ant edeCaboVerde,em plenoAtlntico,resolveramfazerdeCaboVerdeum armazmdeescravos.Gentelevadadefrica,nomeadament edaGuin,foicolocadaem CaboVerde,comoescravo.Mas,poucoa pouco,aument ar amdenmero,asleisnomundomudarame elestiveramquedeixardefazernegciodeescravos.Passaramentoa exercersobreessagenteumapressoparecidacom a pressoqueexercemnaGuin,querdizer,umaforacolonial.Semprehouveresistnciaa essaforacolonial.Se a foracolonialagedumaforma,sempr ehouveumaforanossa,queagecont ra,muitasvezestemoutrasformas:resistnciapassiva,mentiras,tiraro chapu,sim senhor,utilizartodasasartimanhaspossveise imaginrias,paraenganarostugas.Porquenopodamosenfrent - lo caraa cara,tnhamosqueo enganar,mascom asenergiasgastasdebaixodessafora:misria,sofri ment o,mort e,doenas,desgraas,alm deoutrasconsequnciasdecartersocial,comoatrasoem relaoa outrospovosnomundo.A nossalutahoje, o seguint e: quesurgiu,com a criaodonossoPartido,umaforanovaqueseops foracolonialist a.O problema desaber,naprtica,seessaforaunidadonossopovopodevencera foracolonialista:isso que a nossaluta.Isso o quenschamamosluta.Agora,tomadasem conj unt o,unidadee lutaquerdizerqueparalutar precisounidade,masparaterunidadetambm precisolutar.E issosignificaquemesmoentrens,nslutamos;talvezoscamaradasnotenhamcompreendi dobem.O significadodanossaluta,no sem relaoaocolonialismo, tambmem relaoa nsmesmos.Unidadee luta.Unidadeparalutar moscont rao colonialistae lutapararealizar mosa nossaunidade,paraconst r ui r mosa nossaterracomodeveser.Camaradas,todoo resto a aplicaodest eprincpiobsiconosso.Quemnoo entender,ele temqueentender,porquesenoaindanoentendeunadada:(.. ..v.( 8nossaluta.E nstemosquerealizaresteprincpio,em trsplanosfundament ai s:naGuin,em CaboVerdee naGuine CaboVerde.Quemest udouo programadoPartido,sabeque assimmesmo.Da conversaqueeuj fiz,vocsviramqualfoi contradioquetivemose quetemospermanent ement equevencer,parapoder mosgarantira unidadenecessriaparaa lutanaGuin.PelosexemplosquevosdeinaGuin,vocssentirammaisoumenosquaisforame quaissoascontradiesquetemosquevencerem CaboVerde,paragaranti r mosa unidadenecessri apararealizar mosa lutaem CaboVerde.Oscamaradassabemqueostugasnosdividirammuito,nsmesmosnosdividi mos,comoconsequnciadaevoluodanossavida.Na Guin,porexempl o:porum ladohgentedacidade,poroutro,gentedomat o,pelomenos.Na cidadehbrancose pretos.Entreosafricanoshaltosempregadose empregadosmdios,quetma certezadequenofim domstmo seudinheirocerto.Tm aquelaidiadecompr aro seucarrinho,comoeu,porexempl o,quetinhao meuprpriocarro.Com geleira,boaraademulher,filhosquevoaoliceudecertezae quemesmo,seest udaremmuito,voparaLisboa.Depoishaquelesempregadi nhos,maisoumenos,quefazemo seusbado,com o seutintoe o seubacalhau,quepodemcompr aro seurdiotransmi ssor,assuascoisas.Depoishostrabal hador esdecais,reparador esdecarros,podemosmeteraosmotori st ase outrosquevivem um bocadomelhor.Trabal hador esassalariadosem geral.E depoishaquelagentequenotemnadaquefazer,quevive deexpedient escadadia,portodoo lado,quenemmesmosabemquefazerparaarranj aremmaneiradeviver.Quergentedevidafcil,comoasprostit ut as,querpedi nt es,trapaceiros,ladres,etc.,gentequenotemnadaquefazer.Isto que a sociedadedascidades.Massevocsrepararembem,podemverqueessesdescendent esdeguineensesoudecaboverdianosqueestobemnavida,o seuinteresse um s,o seuinteresse comum:todosagarradosaostugas,fingindoserport ugueseso mxi moquepodem,atprobemosfilhosdefalaremoutralnguaem casaquenosejao port ugus,vocssabembem.E sevirmosoutrogrupo,o seuinteresse tambmmaisoumenoso mesmo.OsZ Marias,osJooVaz,e outrostambm,claro,queeramempregados.Algunsdevocs,porexemplo,queeramempregados,masquesonacionalist as,no verdade?Masosinteresseserammaisoumenososmesmos,vivem sempr enamesmaesfera,nomesmogruposocial.:(.. ..v.( 9Assimcomoostrabal hador esdocais,debarcos,carregador es,etc.,j outrogrupo.Vocspodemencont rar - se,conversar,etc.,masquenovosentar - sejunt oscom eles mesaparacomer.Assimcomonogrupodostugas,porexempl o,asfamliasdogovernador,dodiret ordobanco,dodiret ordaFazenda,etc.,novemosanuncaa mulherdotugaoperriooudequalquerum que batedordechapas.S seeletiveralgumafilhamuitolinda,quetodaa genteadmira,e quedevezem quandovaidanarcom a gentedaalta.Masa mequenosabelernemescrever,novai.Acompanhaa filha port ae sai.Vocslembram- sedecasosdessesem Bissau.A sociedade,em CaboVerde, parecida;o mesmognerodesociedade,nacidade.Soment eem CaboVerdeessegrupodeafricanosquetemalgunsmeios,erahtemposmuitomaiorquenaGuin.Tantofuncionrioscomopropriet ri os,donosdaterra.Emboraestejaa terranomato,elesvivem nacidade.E nacidadea posio, maisoumenos,esta:funcionriosouempregadosj com certonvel,pequenosfuncionriose empregados,trabal hador esquepodemserpost osforaqualquerdiae aquelesquenotmnadaquefazer.Esta que a sociedadedacidade,tant onaGuincomoem CaboVerde.Na Guinouem CaboVerde,o nmer odebrancosfoisemprepequeno.Na Guinnuncapassaramdetrsmil,e em CaboVerdeparecemesmoquenuncachegarama mil.Brancoscivis,fazendoumavidanormal,comofuncionrios,tcnicos,comerciant es,empregados,etc.E claroqueestasociedadenacidade,temosquev- la em relao lutaparafazer mosa unidade.Porquens,cont raoscolonialistasport ugueses,queremosatmesmogentedessegrupodebrancos,paralutaremaonossolado,seelesquiserem.Porqueentreosbrancos,podehaverunsquesoa favordocolonialismoe outrosquesoanti - colonialistas.Se essessejunt arema ns, bom, maisforacont raoscolonialist as.Alis,vocssabemqueexploramosissobastant e.O camaradaLusCabral,porexempl o,seconsegui ufugir,foramosbrancosqueo tiraramdeBissau,parapassarem Ensalma,paraseguirparaa front eira.Doisbrancos,todosvocssabem.Umapessoaqueteveinfluncianotrabal hodonossoPartidoem Bissau,foiumaport uguesa.S quemnoestnoPartido quenosabeisso.O Osvaldo,a primeirapessoaquelheensinoucoisasparaa luta,foiela,nofuieu.Eu noconheciao Osvaldo.Querdizer,paralutarcontrao inimigocolonialist a,todasasforasquepossamosjuntar,quevenham,quevenham.Masno scegas,temosquesaberqual a posiodecadaum em relaoaoscolonialist as.Ento,nascidadesverifica- seo seguinte:brancos,muitopoucosfizeramalgumacoisacont raoscolonialist as.Primeiro,porqueelessoa classecolonial,osque,:(.. ..v.( 10represent ammaiso colonialismonanossaterra;segundo,porquevriosnoestoparaisso,porquetma suavida,queremir- seemboraquandoganharemmuitodinheiro,noestoparamaadas;e terceiro,porqueosbrancos,ostugasquevivem nanossaterra,notmem geralformaopolticabastant eparatomarumaatitudeconcret a,abert a,contraum regimequalquer,estejamondeestiverem.E ns,africanos?Entreosgruposa quepodemoschamarpequeno- burgueses,gentecom umavidacerta,sejadescendent esdeguineensesoudecabo-verdianos,aparecemsempretrsgruposdepessoas.Um grupopequeni no,masforte,que a favordoscolonialistas,quenemmesmoqueremouvirfalardisso,dalutacontraostugas.Daquelaspessoasqueforama minhacasaem Pessub,comogentegrande,bemempregada,comendobem,bebendobem,quevaia frias,etc.,sent aram- see disseram:Bom,queremosconversarcontigo.Tu,filhodofulanodetal,nsconhecemos - tebem,ests - tea meterem problemas,estsa estragara tuacarreiradeengenhei ro,nsqueremosaconsel har - te,porquensnotemosnadaquefazercont raostugas,nstodossomosport ugueses.Paraessesnohremdio.Umagrandemaioriadepequeno-burgueses,queestindecisa,queestavaindecisae quecertament eaindaesthoje,porqueelespensam:O Cabralvem com assuascoisas,com a suagente,defatoseriabomquecorrssemoscom ostugas,mas....Quemmaissofrecom ostugassoessagentedacidade,todososdiasostugasestoem cimadeles,a aborrec- los,nascidades,querdizer,Mansoa,Bissau,Bissor,Praia,S. Vicente.Osbrancosquevm comoaspirant esouescriturrios.Se hconcur sos,osbrancospassamlogo frent e.Porexempl o,o paidoCruzPinto,tant agentequelhepassouadiant e,maseleestaval,assi mcomoospaisdeoutrosqueestoaqui. gentequesofrediret ament ecom o colonialismotodososdias.Enquant o,porexemplo,o homemquevive nomat o,l nofundodoOio,ounoFore,porvezesmorresemtervistoum branco.Lembro- me,porexempl o,que,quandoum agrnomoport ugusfoicomigovisitarcertasreasnoOio,ascrianaschegavampert odelee esfregavam- lheo braoparaverporque queeleeraassi m,branco.Algunslhepergunt ar ammesmomasporque quevoc assim?Nuncatinhamvistoum branco.Enquant oquequemvive nacidadev brancostodososdias.Continuando,esse um grupodegente,grandegrupodepequeno- burguesesquetmo seuvenciment onofim doms,e queo seudesejodefato queostugassevoembora,mastmmedo,porquenosabemsenarealidadenspodemosganhar.O Cabralveiocom a suagente,assuasidias,massensperdemos?Perdemosa nossageleira,o nossodinheironofim doms,o nossordio,o nossosonhodeira Portugalpassarasfrias.Friasem Portugalparaviremdepoi sgabar - se(roncar),etc.Tudoissof- losficarnaindecisonabalana.:(.. ..v.( 11Mashum grupo pequenoquedesdeo comeoselevant oucom a idiadelutar,que cont rao colonialismoport ugus,queestpront oa morrer,seforpreciso,contrao colonialismoport ugus.E nessemesmogrupoquesurgirampessoasquepegaramnoPartido.Porquesevocsrepararembem,a maiorpart edaspessoasquecriaramo Partido,nempagaramimpost o,nemlevaramporrada,nemmesmotiveramfaltadeemprego,pelocont rri o,tinhamumavidarazovel.Essa a situaodanossapequena- burguesi adiant edaluta,quernaGuin,querem CaboVerde.E osnossostrabal hador esassalariados? A maioria favorvel luta,pelomenosnocomeo.Nsestamosa falardocomeo.A maioria,carpint eiros,pedreiros,sobret udomarinheiros,mecnicos,motorist asmesmo,quesentiama exploraonoduro,queganhavamum salriomiservel. quequandoum homemquetrabal hacomopedreiroganhadez,e um brancoganha80$00,seno800$00,ele senteumaexploraograndepelasuacondiodevida.Masnessegrupotambmhgentequenoquerlutar,que favorvelaocolonialismo.E nessegrupodegentequenotemnadaquefazer,quenotemtrabalho,em geralnoencont r amosgenteparaa luta.Em geral gentequeservedeagent esdaPIDE, muitosdeles.Enquant oqueoutrossorazoveis.No casodaGuin,concret ament e, precisorepararquehum certogrupodegentequeestentrea pequena- burguesiae ostrabalhador esassalariados,noseibemquenomedar - lhes.Muitosrapazesquenotmempregocerto,sabendolere escrever,trabal handoum bocadoououtro,vivem muitasvezes custadotioqueestnacidadeenstemosmuitodissonanossaterramasquetinhamum contact opermanent ecom o colonialismo:jogadoresdebola,um tant oent usiasmadoscom o tuga,massentiamtambmum bocado,porexemplo:bomjogador,bailenoUDIB, maselenopodeentrar,etc.Essagenteveioparaa lutamuit orapi dament e.E desempenhar amum papelimport ant enest aluta,porque,porum lado,sodacidadee poroutroladoestomuitoligadosaomato.Notinhamnadaa perdera nosero seujogodefutebolouum empregozi nho( alfaiate,carpint ei ro)mas,quepraticament enoqueriamaqueleempregoporquesabiambemqueissonovaliamuito,parapoderemviver( roncar)junt odotuga.Porqueelesqueremroncaraoladodotugae querema fricatambm.Gentequeaprendeunacidadecomo bomtercoisasboas,masqueporcausadahumilhaoquesofre,sent equeo tugaesta mais.E o Partidoajudou- osa aument ara suaconscinciadisso.E nomato?No mato confor me:sefornanossasociedadebalant a,nohproblema.A sociedadebalant a umasociedadechamadahorizont al,querdizer,notemclasses,porcimaumadasoutras.Osbalant asnotmchefes:(.. ..v.( 12grandes,ostugas quelhesarranj ar amchefes.No balant a,cadafamlia,cadamorana,tema suaautonomi ae,sehalgumproblema, o conselhodosvelhosqueo resolve,masnohum Estado,nohnenhumaautori dadequemandaem todaa gente.Se havia,nonossotempo,porquevocssojovens, porqueo tugao psl.H mandi ngaschefesdebalant as,antigoscipaiosquepemcomochefes.Maselesnopodemresistir,que queho- defazer,aceitam- nasesto- semari mbandoparao chefe.Cadaum mandanasuacasa,e entendem- sebem,juntam- separalavrar,etc.,e nohmuit aconversa.E atacontecenogrupobalant ahaverduasmoranaspertoumadaoutrae elasnosedoentreelas.Ou porcausadaterra,ouqualqueroutraquest odopassado.Noqueremnadaumacom a outra.Masissosocost umesantigosqueeraprecisoexplicar,dondevem,setivssemostempo.Coisaspassadas,desangue,decasament o,decrenas,etc.A sociedadebalant a assim:Quant omaisterratulavras,maisricotus,masa riquezano paraguardar, paragastar,porqueum nopodesermuitomaisqueo outro.Esse que o princpiodasociedadebalant a,comodout rassociedadesdanossaterra.Enquant oosfulas,osmanjacos,etc.,tmchefes,maschefenoporqueo tugao psl, a prpriaevoluodasuahistria.Claroquetemosquedizeraoscamaradasque,naGuin,osfulase osmandi ngas,pelomenos,sogentequeveio defora.A maioriadosfulase dosmandi ngasdanossaterra,eragenteantigadaterra,quesetornoufulaoumandi nga. bomsaberembemisso,parapoderemcompreendercertascoisas.Porquesecomparar mosasregrasdavidadosfulasdanossaterracom asdosfulasdeverdadenout rasreasdefrica,hj um bocadodediferena,mesmonoFutaDjalonj diferent e.Na nossaterramuitossetornar amfulas:osmandi ngasantigosviraramfulas.Osmandi ngasmesmoquevieram,conquist ar amata regiodeMansoae mandi ngui sar amaspessoas,transfor mar am- nasem mandi ngas.Osbalant asrecusar am- see muitagentedizquea prpriapalavrabalant asignificaaquelesquerecusam.O Balanta aquelequenoseconvence,quenega.Masnorecusoutant oporqueexistebalant a- maneoumansoanca.Sempreapareceramalgunsqueaceitarame foramaument andoaospoucos,aceitarsermuul manos.Balantas,pepel,mancanhas,etc.,eratudogentedointeriordefricaqueosmandi ngasempur r ar amparajunt odomar.OsSussusdaRepblicadaGuin,porexemplo,vm doFuta- Djalon,osmandi ngase osfulas queostiraramdel.Osmandi ngastirarame depoisvieramosfulasquetiraramtambmmandi ngas.Comodissemos,a sociedadedefulas,porexempl o,a sociedademanjaca,j umasociedadequetemgente( classes)debaixoparacima.Na balant ano,quemlevant armuit oa cabeaj noprest a,j quervirarbranco,etc.Porexemplo,seporacasolavrarmuit oarroz, precisofazerumagrandefesta,paragastar.Enquant oqueosfulase osmanj acostmoutras:(.. ..v.( 13regras,unsmaisdoqueosoutros.Querdizer,associedadesmanjacae fulasochamadasverticais.Em cimaho chefe,a seguirosreligiosos,a gentegrandedareligioquecom oschefesformaumaclasse,a seguirvm osoutrosdeprofissesdiversas(sapateiros,ferreiros,ourives)que,em qualquersociedadenotmdireitosiguaisaosdecima.No costumeantigo,quem ourives,temmesmovergonha.Quant omaisseforDjidiu.Portant o,umasriedeprofisses,em escala,masumasabaixodeoutra.O ferreirono a mesmacoisaqueo sapat eiroe o sapat eirono a mesmacoisaqueo ourives,etc.,cadaum tema suaprofisso,claro.Depoisentovem a grandemassadagentequelavrao cho.Lavrao choparaoschefes,como cost ume.Esta a sociedadefulae a sociedademanj aca.Com todasasteoriasnecessrias,teoriascomo:um dadochefeestligadocom Deus.No manjaco,porexemplo,sealgum lavrador,elenopodelavraro chosemordemdochefe,porqueo chefe quetema palavradeDeusparalhedar.Cadaum livredeacredit arnoquequiser.Mastodoum ciclocriadoparaqu?Paraosqueestoporcimagarantirema certezadequeosqueestoporbaixonoselevant amcontraeles.Masnanossaterraaconteceuvriasvezesentreosfulas,porexemplo,quegentesdebaixo,levant aram- see lutaramcont raosdecima.Houverevoltasdecamponesesem grande,vriasvezes.Temos,porexemplo,o casodeMussaMolo,quedeitouabaixoe tomoucontadolugar.Masacaboudetomarcont adolugar,adapt oua mesmaleiantiga,porqueessa queeraboa,tudocontinuounamesma,porqueassi m queestbem.E esqueceu- selogodondetinhasado.Isso o quemuitagentequerinfelizment e.Nestasociedadedomato,grandenmer odebalant aspegounalutae no poracaso,no porqueosbalant assomelhoresqueosoutros. porcausadotipodesociedadequeelestm,sociedadehori zont al(rasa)mas,dehomenslivres,quequeremserlivres,quenotmnenhumaopressoem cima,a nosera opressodostugas.O balant a elee o tugaporcimadele,porqueo chefequel est,o Mamadu,elesabequeno nadaseuchefe,foio tugaqueo psl.Portant o,maisinteresseeletemem acabarcom issoparaficarcom a sualiberdadeabsol ut a.E porissotambmquequandoqualquerelement odoPartidocometeum errocom osbalant as,elesnogostame zangam- sedepressa,maisdepressadoquequalqueroutrogrupo.Enquant oqueentrefulase manj acosno assi m.A grandemassaquesofredefacto a debaixo,ostrabal hador esdaterra(camponeses).Masentreelese ostugashmuitagente.J sehabit uoua sofrer,a sofrercom a suaprpriagente,soba opressodasuaprpriagente.E quequemlavraa terra,temquetrabal harparatodososchefes,muit oschefes,alm dechefesdepost o.Ento:(.. ..v.( 14verificou- seo seguint e:quandocompreender amdefacto,grandepartedoscamponesespegounaluta,salvoum grupoououtronoqualnotrabalhamosbem.Nosqueestoacimadeles(osprofissionai s)algunspegarame outrosno,masmuitointeresseiros,trabalhammuitoparaelesmesmo( artesos)e entreosreligiosose oschefes,rarosforamosquepegaramnoPartido,porquetmmedodeperderosseusprivilgios,a favordaluta.Nessassociedadesdeclasses,hum grupoquedesempenhaum papelespecial:osquelevammercadoriasdumladoparaoutro,paravenderouparatrocar(dent roouforadaterra).Trocammercadorias,emprest amdinheiroaoschefes,etc.So osDjilas. um grupoespecial,noquadr odanossasociedade.Essassoassociedadesquetmclasses:classedirigent e,classedeartesos,classedecamponeses.Era precisofazerunidade,o mximopossvel,dasforasdediferent esclasses,dediferent eselement osdasociedadeparafazer mosa lutananossaterra.No precisounirtodaa gente,comoj disse,mas precisoterum certograudeunidade.Masissov- senumasociedadeapenasdopont odevistadasuaestrut ur asocial,noseusenti docomum,vulgar.Porquenanossasociedadehvriosgrupostnicos,querdizer,gruposcom culturase cost umesdiferent ese que,segundoa suaprpriaconvico,vieramdegruposdiferent es,deorigensdiferent es:fulas,mandi ngas,papis,balant as,manjacos,mancanha,etc.,incluindotambmdescendent esdecabo- verdianos,naGuin.Em CaboVerde,nocampo,nomat o, complicado.Porqueh:propriet riosdeterra( hgrandese pequenospropriet ri os),hrendeiros(ligadosem geralaosgrandespropriet rios),parceiros,lavrama terraquenolhespert ence,paradepoi sreparti rcom o donoo result adodacolheita.Osrendeiroslavrama terra,mastmquepagara rendaparao donodaterra.E halgunstrabal hadoresagrcolas,massopoucos,nochegamparaformarumaclasse.Trabalhamnaspropriedadesdeoutros.Felizment eem certopont o,e infelizment enout ro,porquehouvemuitadesgraa,osgrandespropriet ri osperderammuitodassuasterras,com ascrisesquehouveem CaboVerdeporfaltadechuvas,masprincipal ment epelamadminist raoport uguesa.Tiveramquehipot ecar,querdizerentregaraoBancoparao Bancolhesdardinheiro,masdepoiselesnopodempagare perdema terra.Entoo Bancoe a.CaixaEconmica quesoosmaioresgrandespropriet ri osnanossaterrahoje.Pequenospropriet riosaindahalgunshoje.Osrendeiros,port ant o,arrendama terraaoBancoou CaixaEconmica,oua um ououtropropriet ri oqueaindaexiste.Querdizer,estegrupo um grupodegentequenotemterra.Enquant onaGuinnopodemosdizera ningum:vamoslutarparaterterra,em CaboVerdej possveldizera estagente,vamoslutarporquequemlutarnanossaterra,podertera suaprpriaterraparacultivar.Esta que a diferenafundament alentreo mat onaGuine o matoem CaboVerde.:(.. ..v.( 15Todoestegrupo,setrabal har mosbem,todoeleserfavorvel luta.Osgrandespropriet riosserocontraa luta,decerteza.Ospequenospropriet ri os,unsseroa favore outroscontra,porquesocomparvei s gentedapequena - burguesia.Unsa favor,outroscontrae outrosindecisos.Unscont raporquepensamquequeremostomara terrae vamosacabarcom a propriedade,ele contra,porqueele est espera.Unsa favorporquepensamquenstomamosa terra,vaihaverliberdadee podemfazera suaterrapequeni naumaterragrande.Outrosnadvidaporquenosabembemo quequeremos,podemganharqualquercoisa,podemperder,aindaestomaisoumenosbemcom o tuga,hesitant es.Masoutrascont radiesh,porexempl onaGuinhgrupostnicos,aschamadastribos,quenschamamosraas.Sabemosquant ascontradieshouveentreeles,em tempospassados,um passadoporvezesnomuitolonge.Nosanos30,em Bissau,nareadeBissalanca,noCho- dos - Manjacos.E sabemosque,porexempl o,noOio,em 1954,eumesmoassisti,contradiograndeentreBalantase Oincas.Tudoporcausadeidiasantigasqueaindaexistemnacabeadaspessoas,masinteressesprticos,concret os,ouporqueroubaramasvacas,ouporquelevaramasbadj udas,ouporquelavrarama terraquenolhespertencia,etc.E queostugaspodemexplorare exploramparaprovocarconflitosentrea nossagente.Estassoalgumasdascontradiesquequeramosexplicaraoscamaradas.TantonaGuincomoem CaboVerde,o nossoobjectivofoieliminarascont radiesdamelhormaneira,levant artodaa genteparapegar mosnumobjectivocomum:corrercom oscolonialist astugas.E noquadr odaGuine CaboVerde,consi deradosconj unt ament e?H algumacont radio?Cadaum podepensarbeme ver.A contradioquehavia,quepodeparecerquehavia,erao seguint e:muitosfuncionriose empregadoscoloniaisnaGuinsocabo- verdianos,vrioschefesdepost osocabo-verdianos,e dadoque,em CaboVerdea instr uofoimaisdesenvolvida,maispossibilidadesexistemparaoscabo- verdianosconsegui rememprego,doqueparaosprpriosfilhosdaGuin.Issopodeparecerqueeles(cabo- verdianos) queestoa tomarnassuasmososinteressesdopovodaGuin.Eles queganham.Massevirmosbem,tambmhfilhosdaGuinqueestonasmesmascondiesdoscabo- verdianos,e quenuncahouvecont radioentreessagentequeestnascidadese a nossagentedomato.Na cidade quehcontradio.Contradioentrequem? Entredescendent esdaGuinquequeriamtervidaquetinhamoscabo- verdianos(comochefedepost o,quesoagentesdocolonialismo),contrao nossopovo.Enquant oque,em CaboVerde,o povo tambmexplorado,como exploradonaGuin.E nalgunsaspect osmuitomaisdurant e,com fomee com export aodehomenscomotrabalhador escont rat adosparaS. Tome paraAngola,comoanimais,praticament e.Entoa :(.. ..v.( 16cont radioquepodiaexistirentreguineensese cabo- verdianos a cont radio buscadeemprego,debonslugares.Porexemplo,um indivduoquetem2.grauou3.anodoliceunaGuin,v um cabo- verdianoquevem e tomaum lugardechefedeposto,quecomegalinha,cabrito,a quemtiramo chapu,etc.,e ele noconsegui uissoainda.Nasceumacertacoisanele.Masseest udar mosbemo problema,vemosquea tendnciageraldessapequena-burguesi aguineense a deviverbemcom a pequena- burguesi acabo- verdiana.A tendnciageral a deseentender em;aoladodostugas.E nuncavimos,nomat o,porexempl o,qualquercontradioentrecabo- verdianose guineenses.Nadaquepossaterqualquerparecenacom a contradioprofundaquevimosentrecertasraasdaGuinmesmo.Quasetodososcamaradaspodemverissobem.Portant o,parans,P.A.I.G.C., parao objectivodanossaluta,deunidadedaGuine CaboVerde,noencont ramostant asdificuldades,dopont odevistadeanlisecomonocasodaunidadenaGuine unidadeem CaboVerde.Se tomamossa Guin,vemosmuitascontradiesdent rodela.Em CaboVerde,tomandosCaboVerde,hmuitascontradies.Mastomandonoconj unt o,ascont radiesdiminuem.A contradiolimita- sea existirapenasentrea pequena- burguesia,l quehaviaalgumascontradies.E dessapequenaburguesi aquesurgemosgruposoport uni st asquetmcombati doo P.A.I.G.C. Gruposdeoport uni st asquenoprimeiromoviment oquefizeramj eramminist rosdistoe daquilo,sentidodecarreira,lugar,maisnada.Claroqueparanso problemadaunidadedaGuine CaboVerdenosepeporumaquest odecaprichonosso,no porqueCabral filhodecabo-verdiano,nascidoem Bafat,quetemamorgrandepelopovodaGuin,mastambmgrandeamorpelopovodeCaboVerde.No nadaporisso,emborasejaverdade.Eu vi gentemorrerdefomeem CaboVerdee vi gentemorrerdeaoitesnaGuin(com bofet adas,pont aps,trabal hoforado)entendem?Essa que a razodaminharevolta.Masa razofundament aldalutapelaunidadedaGuine CaboVerde a prprianat urezadaGuine CaboVerdequenoslevaa isso.So osprpriosinteressesdaGuine CaboVerdequenoslevama isso.Qualquerpessoaquenosejaignorant ee queestudaosproblemasa srio,queconhecea histriaa srio,queconhecetant orelativament esraasdanossaterra,tant onaGuincomoem CaboVerde,como histriacolonial,essapessoa,setemdefactointeresseem queo nossopovoavanceparaa frente,temquesera favordaunidadedaGuine CaboVerde.Masmais,dent rodaspossibilidadesdalutaconcret aparaa nossaterra,naGuine em CaboVerde,qualquerpessoaquequerlutara srio,comoo P.A.I.G.C. consegui ulutare esta lutar,pararealizarumacoisa,naanlise,estudandoo problemaa fundo,que o seguint e:noerapossvela lutanaGuin,senofossejunt o,unido:(.. ..v.( 17P.A.I.G.C.noerapossvela lutaem CaboVerde,senofossejunto,unidoP.A.I.G.C. Vocssabem,camaradas,qual a provaconcret adisso? Porexempl o:nohmoviment onenhumquetenhadito:paranssfilhosdaGuinequetenhaavanado.Vocsconhecemalgum? Nohmoviment oem CaboVerde,sdefilhosdeCaboVerde,quetenhaavanado,nohnenhum.Issoquerdizerquea nossaanlisefoicerta,justa,sobret udosetivermosem vistaasperspectivascomoentidadeeconmicae polticavivelem frica,capazdefactoderealizarumavidanova.Claroquetodosaquelesquelutampelaunidadeafricana,entendemquenssomoso nicoexempl o,com a Tanzni aqueresult oudaUniodaTanganicacom Zanzibar,quelutadefactopelaunidadeafricana.Masnoexisteum problemaverdadeirodelutarpelaunidadedaGuine CaboVerde,porque,pornat ureza,porhistria,porgeografia,portendnciaeconmica,portudo,atporsangue,a Guine CaboVerdesoum s.S quemforignorant e quenosabeisso.O tugasabiaissomuitobem.Carreira,com todososseusabusosnaGuin,sabia- o bem.Maselesfingemnosaberparanosdividirem.A suaesperanaeraseCaboVerdepeganaluta,mobilizarosguineensesparacombat eroscabo- verdianosquenoprest ame queestavamnaGuincomochefesdepost o.Se osfilhosdaGuinpegaremnaluta,mobilizaroscabo- verdianos,tant onaGuincomoem CaboVerdeparacombat erdurocontraosfilhosdaGuin,paranodeixaremlevantar,paranodeixaremserlivres.Orao nossoPartido,passou- lheaquelagranderasteira(bol).A maiorrasteiradavidadostugas essa:naprimeirafornadadegentequefoiparaa cadeia,haviaguineensese cabo- verdianosjunt os.O tugaespant ou- se(mria).E serepararembem,vejam:hmuitagenteem BissauquepodiafalarnaRdio,nonospareceestranho? PodiamfalarnaRdiodescompor - nos,etc.,podiamfazerbonsartigosnaRdiodostugas,masnenhumfazisso.A Rdio sAlfaUmar,MalanNdjaie noseiquemmais,ouentoalgumbandi doquefugiu,daRepblicadaGuinoudoSenegal,e foifalarem Francsem Bissau.Vocsj viramissobem?Como quenohnenhumpatrcionosso,sejadaGuinoudeCaboVerde,quefoi escola,quesabebastant eparafalarnaRdioe queo faananossaGuin?No h,porquehmuit otempoqueo Partidopassoua rasteira.O tugaperdeua confiananessagente,dumavez,e essagentetambmperdeua confianae nosemetenisso,porquenosabe,nosabeo quepodeacont ecer.Masostugas,nohmuitotempo,em port ugus,depoisdealgumtempo,decomeara lutaarmada,em port uguse mesmoem crioulo,j afirmavam:FilhosdaGuine CaboVerdevocssoum s,debaixodabandeiradePort ugal.Vocsnuncaouviram?Mas,enquant oisso,em mandi nga,dizemqueoscabo- verdianosnoprest am.Paraveremseconseguemmanteraindaumacertadiviso.Hojeestoj a acabarcom isso,aospoucos.De vezem quandopemum a dizer:eusoufilhodaGuin,complet o,nosoufilhodeestrangei rocomoalgunsquenasceramaqui.Paraveremsemant mumacertaidiadediviso.:(.. ..v.( 18Assimcomonocomeodalutadiziam:fulas,vocs,com vocs quevamosganharestaguerra,porquevocs quesoosmelhoresfilhosdaGuin,etc.Quandofalamem Manjaco,dizemo mesmo.Dizemqueospapis quefazemmalaosfulas,queosfulas quefazemmalaospapis,paradividir.Masj viramqueissonodnada.No nossoPartidoningumdividiu,pelocont rri o,cadadianosunimosmais.Aquinohpapel,nemfula,nemmandi nga,nemfilhosdecabo- verdianos,nadadisso.O queh P.A.I.G.C. e vamosparadiant e.Ostugasestodesesper ados.Entosoelesmesmo,porexemplo,quehojenassuasrevistas,comoesta,quesechamaUltramar,tmgrandesartigos,est udandoa quest odaGuine CaboVerde,e escrevem:A Guine asIlhasdeCaboVerdea suaunidadehistricae populacional.E sabemquemfezesteartigo? Carreira.Porqueeleconhecedefactomuitosproblemasdehistria.E nest eartigoele reuni utodososdocument osquehnosarquivosdostugase est udouparaonde queosfilhosdaGuinforam,quandoforamenviadosparaCaboVerde.ParaS. Tiago? Balantas,mandi ngas,beafadas,etc.ParaS. Vicente? Foramfulas,etc.Com relatrios,sobrea chegadadest es,etc.No princpioeramcont ra,maselessabiamquenssomosa mesmagente,naGuine CaboVerde.Querdizer,tant odoconheci ment odaHistria,darealidadedanossavidadopassado,comodoconheci ment odosinteressesdonossopovoe dafrica,tant onaquest odeestrat giadeluta(porquequalquerpessoaquepensanalutaa srio,sabequenohindependnciadaGuinsema independnci adeCaboVerdenemhindependnciadaRepblicadaGuin,nemdoSenegalnemdaMauritni a,seelesqueremserpasesa srio,semCaboVerdeserindependent e,ouvembem? Noh.S quemnoentendenadadeestrat gia quepodepensarqueestafricapodeserindependent e,com CaboVerdeocupadopeloscolonialistas. impossvel.Assimcomo,vice- versa,nopodehaverindependnci adeCaboVerdea srio,sema independnci adaGuin,e sema fricaserindependent ea srio)qualquerum quepeo interessedoseupovoacimadosseusprpriosinteressesaanlisesriadosproblemasacimadequaisquermaniasouambies spodechegara umaconclusoque a seguint e:A coisamelhorqueo P.A.I.G.C. fez,queo grupodaquelesquecriaramo P.A.I.G.C. fez,foiestabelecercomobasefundament al Unidadee LutaUnidadedaGuin,Unidadeem CaboVerdee UnidadedaGuine CaboVerde.Quemaindanovirisso,vermaistarde.Masmuit osafricanosj comearama v- lo.Muitasforasamigasnossascomearama ver,mastambmosnossosinimigosj comearama v- lo.A preocupaodosimperialist ashoje, a seguint e:Cabralaceitaouno,a independnci adaGuin,semCaboVerde?. Essa que a grandepreocupao.O P.A.I.G.C., aceitaounoa independnci adaGuinsemCaboVerde?.Isto queo imperialist aquersabere pergunt ar am- nomesmo.Eu disse- lhe:Ponhaostugasa pergunt ar,vocno tuga.Porqueelessabemmuitobemqual a import nci aquetmo nosso:(.. ..v.( 19conj unt o.Um diaum dirigent eafricanodisse- nos:vocssointeligent es( djiro). Pergunt amos - lheporque ele disse:Eu conheoa vossagentenaGuine a vossagenteem CaboVerde.Se vocsconseguiremdefactoo queestoa fazer,apesardeumaterrapequeni na,vocshodeserum pasfortedent rodafrica.Vamosa ver,dissemos.Camaradas,vamospoisparaa frente,reforadospelacertezadanossarazo:a criaodoP.A.I.G.C., nasbasesqueacabodeexpor,foia maiorrealizaodonossopovo,paraa conquist adaliberdadee a const r uodoseuprogressoe felicidadenaGuine CaboVerde.:(.. ..v.( 202 -Partir da realidadeda nossaterraA REALIDADEOutroproblemaquepodemospassara discutir o seguinteprincpiodonossoPartido:Nsavanamosparaa nossalutasegurosdarealidadedanossaterra(com os psfincadosnaterra).Querdizer,em nossoentenderno possvelfazerumalutanasnossascondies,no possvellutardefactopelaindependnci adeum povo,no possvelestabelecerdefactoumalutaarmadacomoa quetivemosqueestabelecernanossaterra,semconhecer mosa srioa nossarealidadee sempartir mosa sriodessarealidadeparafazera luta.QUAL A NOSSA REALIDADE?A nossarealidade,comotodasasoutrasrealidades,temaspect ospositivose aspect osnegativos,temforase temfraquezas.Qualquerquesejao lugarondetenhamosa nossacabea,osnossospsestofincadosnochodanossaterra,naGuine CaboVerde,narealidadeconcret adanossaterra,que o factoprincipalquepodeorient aro trabal hodonossoPartido.H gentenomundoquepensaquea realidadedependedamaneiracomoo homema interpret a.A realidade,coisasquesevem,quesetocam,quesesent em,o mundoqueest voltadecadaserhumano,paraessagente o result adodaquiloqueo homemtemnacabea.H outraspessoasquepensamquea realidadeexistee o homemfazpartedarealidade.No o queele temnacabeaquevaideter mi nara realidade,mas a prpriarealidadequedeter mi nao homem.O homem part edarealidade,o homemest dent rodarealidadee no aquiloquesetemnacabeaquedeter mi naa realidade.Pelo contrri o,a prpriarealidadeem queo homemvive quedeter mi naascoisasqueo homemtemnasuacabea.Oscamaradaspodempergunt ar:Qual a nossaposio,doPAIGC, em relaoa essasduasopinies?A nossaopinio a seguint e:O homem partedarealidade,a realidadeexisteindependent ement edavontadedohomem,e o homem,namedi daem queadqui reconscinciadarealidade,namedi daem quea realidadeinfluenciaa suaconscincia,criaa suaconscincia,ele podeadqui rira possibilidadedetransfor mara realidadea poucoe pouco.Esta que a nossaopinio,digamos,o princpiodonossoPartido,sobreasrelaesentreo homeme a realidade.:(.. ..v.( 21Umacoisamuitoimport ant enumalutadelibertaonacional queaquelesquedirigema lutanuncadevemconfundi raquiloquetmnacabeacom a realidade.Pelo cont rrio,quemdirigeumalutadelibert aonacionaldevetermuitascoisasnacabea,cadadiamais,tant oa partirdaprpriarealidadedasuaterra,comodarealidadedout r asterras,maseledevemedir,fazerplanos,respeitandoa realidadee noaquiloquetemnacabea.Isso muitoimport ant e,e o factodenoo respeit artemcriadomuitosproblemasnalutadelibert aodospovos,principal ment eem frica.Eu possotera minhaopiniosobrevriosassunt os,sobrea formadeorgani zara luta,deorgani zarum Partido,opinioqueaprendi,porexempl o,naEuropa,nasia,atmesmotalveznout rospasesdefrica,noslivros,em document osqueli, com algumquemeinfluenciou.Masnopossopretenderorgani zarum Partido,organi zarumalutadeacordocom aquiloquetenhonacabea.Tem queserdeacordocom a realidadeconcretadaterra.Podemosdarmuitosexemplos.Claroquenopodemospretender,porexempl o,organi zaro nossoPartidodeacordocom osparti dosdaFranaoudequalquerpasdaEuropa,oumesmodasia,com a mesmaformadePartido.Comeamosum bocadoassi m,masaospoucostivemosquemudarparanosadapt ar mos realidadeconcretadanossaterra.Outroexempl o:nocomeodanossaluta,estvamosconvencidosdeque,semobilizssemosostrabal hador esdeBissau,deBolama,deBafatparafazeremgreves,paraprotest aremnasruas,parareclamaremnaAdminist rao,ostugasmudari am,nosdariama independncia.Masissono verdade.Em primeirolugar,nanossaterra,ostrabal hador esnotmtant aforacomonout rasterras.No umaforatograndedopont odevistaeconmico,porquenanossaterra fundament al ment enocampo,queresidea grandeforaeconmica.Masnocampoeraquaseimpossvelfazergreves,dadasascondiesdasituaopolticadonossopovo,dasuaconscinciapoltica,e atdosseusinteressesimediat os.Era impossvelfazero nossopovoparardecultivaraquelascoisasqueoscolonialist asestavama explorar.Alm disso,o tuga,nossoinimigocolonialist a,no comons,quetemosum certorespeit oporcertascoisas.s grevese smanifest aes,ostugasresponder amcaindoem cimadensparamat artodos,paraacabarcom tudo.Assim,tnhamosqueadapt ara nossalutaa condiesdiferent es, nossaterra,e nofazercomosefeznout rasterras.E muitasoutrascoisasmost ramclarament eque precisoterem contadefacto realidadeconcretadaterra,parafazera luta.Mesmonaquest odamobilizao,preparaodegente,etc.,tivemosqueconsi deraro problemanaGuindumamaneirae em CaboVerdedout ramaneira.:(.. ..v.( 22PorquenocasodaGuin,podemosestarounaRepblicadaGuinounoSenegal,ire vir.Em CaboVerdej maisdifcilporqueestnomeiodomar,temosquearranj arum outroprocessoparagarantirmelhora luta,paranohavernecessi dadedemuitovaie vem.E naevoluodaluta,maistarde,quandocomear mosa lutaarmadaem CaboVerde,temqueserumalutaarmadafeitadumamaneiraum bocadodiferent edaGuin.Porquenopodemospro problemacomo,porexemplo,em 1962,nanossaterra,em queosnossoscamaradasestavammuitoafront ados(fronta)nomat o aindanotnhamosarmasensdemosordensparasaremtodososquadros.E sarammaisde200quadrosparaevitarmuitasdesgraas.Atquedepoisentramosdenovoe avanamoscom a luta.Em CaboVerdenopodemosfazerisso,fazermuitagentesairrapidament e.Temosqueconsiderarem cadacasoconcret o,a realidadeconcret a.MesmonaGuin,porexempl o:comet emosum errogravenanossaanliseantesdaluta,emborativssemostomadoem atenobastant eascondiesdevidadopovobalant a,dopovofula,dopovomandi nga,dopovopapel...e quala suaposionaluta.Tivemosem atenoospequeno- burgueses,ostrabal hador esassalariados,empregadosdebalco,empregadosdoport o...e quala suaposionaluta,descendent esdecabo- verdianose quala suaposionaluta.Tomamostudoissoem ateno,mascometemosum errogrande. quenotommosbemem consi deraoa situaodoschefestradicionais,dosrgulos(fulas,manjacos),essesdoissobret udo.Noo tomamosbemem ateno,porqueparti mosdoprincpioseguint e:eles(osseusgrandes)anterior ment elutaramcontraostugas,foramvencidos,port ant odevemtervontadedelutaroutravez.Foi um erro;enganamo- nos.Devemosconsiderarqueaprendemosa fazera luta medi daem quefomosavanando(no caminho).A lutanolitoraldanossaterra uma,entreosmanjacos outra,noOio temqueserdeoutramaneira.H muitasdiferenas.Porexemplo,oshomensgrandesmandi ngas:temosquevera maneiradelidarcom eles,nodamesmamaneiraquetratamoscom oshomensgrandesbalant as.Masem Gabtivemosquefazera lutadumamaneiracomplet ament ediferent e.Se compar ar mosa lutaem Gabcom a lutanoSuldanossaterra,soduaslutascomosesetrat assededuasterrasdiferent es. precisorealismo,considerara realidadeconcret a.Mesmonaquest odecertascoisasqueestoa avanaraospoucos.No comeo,oshomensnoqueriamreuniescom asmulheres.Passoa passo,noforamos,enquant onout rasreasasmulheresentraramlogonasreunies,semproblemas.Nstemosqueterconscinciadarealidade,nosdarealidadegeraldanossaterra,masdasrealidadesparticularesdecadacoisa,parapoder mosorientara lutacorret ament e.Osresponsvei soudirigent esquetmessesenti dodarealidadeem considerao,quenopensamquea verdade aquiloquetmna:(.. ..v.( 23cabea,masquea verdade aquiloqueestforadasuacabea,sesses quepodemorient arbemo seutrabal hodemilitant es,deresponsvei s,numalutacomoa nossa.Infelizment e,devemosreconhecerquemuit oscamaradastomaramresponsabilidadesnest alutasemconsi deraressefator,emboranssempr etenhamosditoisso.Masa realidadeno nenhumacoisaqueexisteelas,porexemplo:o nossocamaradaManuelNandigna umarealidade, um fatoreal.Masele nopodeexistirsozi nho,elesno nada,umarealidadenuncaestisoladadeoutrasrealidades.Qualquerquesejaa realidadequeconsiderar mosnomundoounavida,pormenoroupormaiorqueseja,elafazsemprepart edeoutrarealidade,estintegradanout rarealidade,estinfluenciadaporoutrasrealidades,quetambmtminfluncianout rasoudout rasrealidades.Tantoa nossaterra,Guine CaboVerde,comoa nossaluta,fazempartedeumarealidademaiorqueessa,e influenciadae influenciaoutrasrealidadesnomundo.Porexempl o,seconsi derar mosa realidadedaGuine a realidadedeCaboVerde:primeirament e,existej umarealidademaior,Guine CaboVerde.Masessarealidadeestdent rodarealidadedafricaOcident al;com osnossosdoispasesvizinhosaindamaispert o;podemosalargarum bocadi nhomais,com osnossosdoispasesvizinhosprimeiro,com a fricaOcident aldepois,e com a realidadedafricatodae com a realidadedomundo,emborahajaoutrasrealidadesentreestas.Querdizer,a nossarealidade,parans,estnocentrodumarealidadecomplexa,porque a quemaisnosinteressa.Paraoutrasgentesnoseriaassi m,elaestarianout roladoqualquer,e a realidadecentralseriaa delas.Masmesmoquea consideremosnocentro,a nossarealidadenoestisolada,noests.Em muitascoisasquetemosdefazer,temosquepensarantesqueestamosintegradosnout rasrealidades.Isso muitoimport ant eparanocomet er moserros.Suponhamosa posiodumcorpodonossoExrcitonumladoqualquer.Ele nopodeagirnuncacomosefosseumarealidadeisolada,temqueagirsemprecomointegradonumExrcitodoPAIGC, integradonalutadopovodaGuine CaboVerde.Se agirassi m,esta agirbem,senoagirassim,esta agirmal.Um comissriopoltico,porexemplo,deQuinaraoudequalqueroutrolado,porexemplo,S. Joo,temqueagirsempr ecomointegradoem Quinara,masnosem Quinara,noSul,em todoo Sul,e nosa,naGuininteira,e nosa,naGuine CaboVerdejunt os.Temosqueterem cadamoment o part ee o conj unt o.S assi m quepodemosagirbem,masinfelizment ea tendnciademuitoscamaradas fazerdasuarealidadea nicarealidadequeexiste,esquecendo- sedorest o.A talpont oque possvelencont rar,porexemplo,camaradasnumadeter mi nadareaquesabemqueoscamaradasdeoutrareanotmmuniese nosocapazesdemobilizara suagenteparalevaras:(.. ..v.( 24munies.Issomost raa nossafaltadeconscinciadevera nossaprpriarealidade,e como queestamosintegradosnumarealidademaior,quensprprioscriamos,masquenotemosaindaplenaconscinciadela.Alm disso,temosquecontarcom a realidadedosoutros.Dentrodanossaterra,porexemplo,o trabal hodeum comissriopolticopodesermuitobom,suponhamosem Sara.MassenoOio,em Biambi,ounareadeBafat,o trabal hopolticono bom,o trabal hoem Saranoavanatant o.Um corpodonossoExrcito,suponhamos,deCanchungo,oudareadeNhacra,podelutarbast ant e,atacarostugastodososdias.Masse,nout rasreas,outrasunidadesdonossoExrcitonolutambast ant e,o sacrifcioe asvitriasdeNhacraoudeCanchungonotmo devidovalor.Masparansaindahmais:sea lutanaGuinavanarmuito,masa lutaem CaboVerdenoavanarnada,maisdiasmenosdiasprejudicamosa lutanaGuingrandement e.Bastadizero seguint e,dopont odevistaestrat gico:nopodehaverpaznaGuinseostugastiverembasesareasem CaboVerde, impossvel.Se libertamostotal ment ea Guin,porexemplo,ostugaspodembombar dear - noscom basesareasinstaladasem CaboVerde.Podemconseguirmuitosmaisaviese a fricadoSul,queteminteressesem CaboVerde,podefornecer - lhesgrandequanti dade.Temosqueestudara possibilidadedelevarparaa frenteestasduasrealidadesaomesmotempo,comoumarealidadedeconj unt o,umasrealidade.Massens,naGuine em CaboVerde,lutar mosmuito,e ospovosdeAngolae Moambiquenolutaremnada,seporvent ur aostugaspudessemtirartodasastropasdeAngolae Moambi quee mand- lasparaa nossaterra,noseiquandoconquist aramosa nossaindependncia,porqueostugasiriammorarem todasasnossastabancas.Seriamtantosquepoderiamocupartodasastabancase lavraro arroz.Estamosa ver,port ant o,quea realidadedanossalutafazpartedarealidadedalutadascolniasport uguesas,quensqueiramosouno;no umaquest odavontade,noqueeudecidiisso,nemo BureauPolticodoPartido,nofoinenhumdevocsquedecidiu.Quensqueiramosouno, assi m.Essa que foradarealidade.Tudoest noseguinte:termosconscinciadisso,trabal har mosparapoder moscaminhartodosjunt os,comodeveser. a nicacoisaquepodeexplicara polticadonossoPartido,a teimosiadonossoPartidocom a CONCP, querdizer,com o grupodosmoviment osdascolniasport uguesas,noseuconjunt o.Porquenssabemoso que a realidade.Nsmesmos,tivemosumagrandeinfluncianacriaodaFRELIMO, moviment odeMoambi que,porqueeraprecisolutarem Moambi quee depressa.Masnspodemoslutarem todasascolniasport uguesase atganhara nossaindependncia,masseo racismocontinuarnafricadoSul,com oscolonialist asa mandarainda,diretaouindiret ament e,em muitasterrasdefrica,nopodemosacredit arnumaindependnci aa srioem frica.Maisdia:(.. ..v.( 25menosdiaa desgraavirdenovo.Portant o,nsfazemospartedeumarealidadeconcret aque a frica,lutandocont rao imperialismo,contrao racismo,cont rao colonialismo.Se notemosconscinciadisso,podemoscomet ermuit oserros.E mesmodoladodanossaterra,olhandoparaa RepblicadeGuine o Senegal,com CaboVerde frente,nomeiodomar,tendoem frent e Mauritnia,o Senegal,a Guin.Nsconsti t u mosum conjunt oem queaspart esestodependent esumasdasoutras.Porexemplo,a nossalutadependemuitodaRepblicadeGuine doSenegaltambm.Desdeo princpiorealizamosa import nciaquetinhamparansa RepblicadaGuine o Senegal.Nsorientamostodaa nossalutanosenti dodeavanar moscom eles,decriarcondiesfavorveisparabeneficiardasconseqnci asdessarealidade.Mas precisotermosconscinciadoseguint e: quetant oa RepblicadaGuincomoo Senegaltmconscinciadequea nossarealidadetambm import ant eparaa suarealidade,e dessaconscinciadependea maioroumenorajudaqueelespossamdar.Porquecadaum delesdevepensar:Quem queamanhvaimandarnaquelaterra?Isso import ant eparansou contrao nossointeresse? todoum problema.Masostugastmtambma nooclaradisso.Aindahdias,porexempl o,eufui Mauritnia,e todosasrdiosdomundodisseramquetiveconversaescom o president eOuldDadah,quefuimuitobemrecebido,etc.Imediat ament e,ostugasdesencadear amumacampanhanasuaRdio,a fricadoSultambmdesencadeouporseuladooutracampanha,dizendoqueeufui MauritniaparaestabelecerumabaseparaatacarCaboVerde.E quej disseramhmuitotempoqueo nossoobjetivo prej udicaro pactodoAtlntico.Vocsvem,port ant o,como quetodasasrealidadestmumarelao.Mastodosns,em frica,fazemospartedeumarealidadedoMundoquetemtodososproblemasquevocsconheceme,queiramosouno,estamosmetidosnessesproblemas.Hoje,o homempasseianalua,colhendoospedaosdosolodaluaparatrazerparaa Terra.Parecequeissonotemnadaa verconosco,filhosdaGuine CaboVerde.Nsaindaestamoscom ospsnalamaparatirarostugasdanossaterra.Mastemumagrandeimport nciaparaa nossacausaamanh,e senoestivssemosnest alutadifcil,devamosfazerumafestagrandepelofatodeo homemterchegado lua.Isso muitoimport ant eparao futurodahumani dade,danossaTerra,desteplanet aondevivemos.A realidadedosoutrosteminteresseparans,port ant o.A experinciadosoutrostambm.Se eusouberqueum devocssaiuporum dadocaminho,tropeouportodososlados,magoou- se,e chegoutodoquebrado,e seeutiverdeirpelomesmocaminho,tenhoquetercuidado,porquealgumj conhecea realidadedessecaminhoe euconheoa suaexperincia.Se houveroutrocaminhomelhoreuprocurosegui - lo,massenohouver,entotenhodeapalparcom todoo cuidado,arrast andonochoseforpreciso.A experincia:(.. ..v.( 26dosoutrostemgrandeimport nci aparaquemfazumaexperinciaqualquer.A realidadedosoutrostemgrandeimport nciaparaa realidadedecadaum.Muitagentenoentendeisso,peganasuarealidadecom a maniadequevoinvent artudo:Eu noquerofazero mesmoqueosoutrosfizeram,nadaqueosoutrosfizeram.Isso umaprovadegrandeignorncia.Se queremosfazerumacoisanarealidade,temosqueverquem quej fezigual,quemfezparecido,quemfezaocont rrio,parapoder mosadquiriralgumacoisadasuaexperincia.No paracopiartotal ment e,porquecadarealidadetemosseusproblemasprpriose a soluoprpri aparaessesproblemas.Mashmuitascoisasquepertencema muit asrealidadesjuntas. precisoquea experinciadosoutrosnossirva,temosquesercapazesdetirardaexperinciadecadaum aquiloquepodemosadapt arsnossascondies,paraevitaresforose sacrifciosdesnecessri os.Isso muitoimport ant e.Claroquedent rodanossaluta a mesmacoisa.Um bomcomissriopoltico,porexempl oesta trabal har,outrocomissriopolticoestaolado,masnoseinteressapelotrabal hodopri meiro,noprocuraconhecera suaexperincia,noprocurasaberporqu queeleesta trabalharbem.Viraascostase vaisozi nhofazero seutrabal ho.Um comandant eestnumarea,outroscomandant esestonamesmarea,mesmodenvelmaisbaixodoqueele,masnosocapazesdetrocarimpressescom ele,nosocapazesdelhepergunt ara maneiraderesolvercertosproblemas,porqueeletemmaisexperincia,ele j viveumaisa luta.Masnoqueremsaber.Essessoosdest r ui dor esdaluta.Claroque,paraumalutacomoa nossa, precisoligara realidadecom o desenvolvi ment odaluta.Ontemfalamosbastant esobrecertascont radiesdanossaterra,tant onaGuincomoem CaboVerde,noplanosocial.Paradesenvolver mosa nossalutativemosqueconsi derara realidadegeogrficadanossaterra,a suarealidadehistrica,a suarealidadetnica,querdizer,deraas,deculturas;a realidadeeconmica,sociale cultural.E tudoissoenvolvidopelarealidademaiora nossaterra,noplanodaluta,que a realidadepoltica,querdizer:nsestamossoba domi naocolonialport uguesa,tant onaGuincomoem CaboVerde.REALIDADE GEOGRFICAOscamaradasconhecem,em geral,a realidadegeogrficadanossaterra.Nssomosumaterrapequeni na,aotodocercade40.000Km2,incluindoGuine CaboVerde,sendoa GuinnovevezesmaiorqueCaboVerdequeso10ilhasnacostaocident aldafrica,encravadoentredoispasesafricanos(a Guine o Senegal)e CaboVerde,a cercade400milhasdacosta.Portant o,a nossarealidade quenstemosumapartecontinent ale umaparteinsularouilhas,constit u dapelosilhusdosBijagse ilhasdeCaboVerde,formandoaotodomaisde100ilhase ilhus.:(.. ..v.( 27Muitagentehojetalvezaindanotenhacompreendi doa import nci aqueissotem,masisso muitoimport ant eparatodasascoisasdanossaterra.Desdea defesadanossaterraat economi ae riquezae foradanossaterra.A nossarealidadegeogrfica,ainda, quea Guinnasuaquasemaioria,notemnenhumamont anha,nenhumaelevao,(s paraosladosdoBo quetemalgumascolinas,com o mxi mode300metrosdealtura)e CaboVerdesoilhasvulcnicase mont anhosas.Mesmonesseaspectovemosqueum complet ao outro.Umaterranotemnenhumamont anhae a outra todademont anhas.Issotambmtemgrandeimport ncia,nosnasuaeconomi a,comonavidasocial,culturaletc.,quepodemosencont rarnavidadonossopovo.Na Guin,terracortadaporbraosdemar,quenschamamosrios,masquenofundonosorios:Farim s rioparal deCandjambari;o Gebas riodeBambadi ncaparacimae porvezesmesmoparal deBambadi ncahguasalgadaMansoas riodepoisdeMansoaparacima,j a caminhodeSara,pert odeCaroalo;Buba,esseno riodeladonenhum,porqueatchegar mosa terraseca, sguasalgada;Cumbidj ,Tombali,sotodosbraosdemar,a nosernapart esuperiorcom um bocadi nhodeguadocenapocadaschuvas,sobret udoo riodeBedanda,quevem a Balamabuscarguadoce.O nicoriodefatoa srio,nanossaterra, o Corubal.Esta umarealidademuitoimport ant eparans,porquese,porum lado,temosmuit osport osparaentrarnanossaterra,com barcos,poroutroladopodemvero perigoqueissorepresent aparans.Se a nossaterrafossetodafechada,com asandanastodasem queestamosnestaluta,o tugaj estavadesesper adoporqueosquart isnotinhamcomida.Mascomoelestmbarcose a nossagentenoatacabast ant eosbarcos,elespodemusarosbraosdemarparalevarcomidae materialaosseusquart isdointerior.Enquant o,porexemplo,dopont odevistaeconmico, muitoimport ant ee mesmobom,terriosoubraosdemarnavegveis.Issodopont odevistadofut urodanossaterra.Paraa lutapropri ament e,podemosvera import nci aqueteveparansconsiderartodasessascoisasparapoder mosdesenvolvernossaluta.Se nocomeodalutaeramuitobomhavermuitosriosnanossaterra,muitosbraosdemar,riozinhos,etc.,porqueassi misolamo- nos,podemosdefender - nossempredostugas,criar - lhesdificuldadescom terrenosmolhados,terqueatravessarosriosetc.,hoje,parans,j um bocadomaisdifcil,porqueseBissauestivessenoContinent e,senohouvessea ilhadeBissau,senofosseo Corubalseo rioMansoanoestivessedooutrolado,j estvamosdent rodeBissau,todososdiasdaramostirosem Bissaucomoo fazemosem Mansoa,porexemplo.Mas,porisso,agora favorvelaostugas;assi mcomo favorvelaostugaso riodeBubaqueservebemparaosseusbarcos.Em Farim a mesmacoisa.Vocsvem,portant o,a import nci aquetemconsideraressacoisasimplesque a realidadegeogrfica.:(.. ..v.( 28Quemleuoslivrosdeguerrilhalembra- sedecertezadaafirmaodequemaiorforafsicaparasepoderfazerguerrilhanumaterra,soasmont anhas.MasnaGuinnohmont anhas.Se nsnoligarmosimport nci a nossaprpriarealidade,paraa analisar mose chegarmos conclusodecomoagir,nsteramosditoquenaGuinnosepodefazerguerrilha,porquenohmont anhas.CaboVerdetemmont anhas,isso muitoimport ant e,masqueespciedemont anhas? precisoterissoem contae, almdisso,sasmont anhasnobastam.No soasmont anhasquedotiros, precisomobilizaro povo.Na Guinporexemplo,temosasilhasdeBijags.E porque quenocomeamosa lutanasilhasdeBijagse comeamosdooutrolado,naterrafirme? porcausadumaoutrarealidade,a realidadeeconmica.Em CaboVerdetemosum problemagrave.Se CaboVerdefosseumailhas,comoChipre,oucomoCuba,seriamaisfcil,masso10ilhas.E entotemosdepensarem qualdasilhas quevamoscomeara lutaarmada,paraelaterimport nciadefato.E mesmoa mobilizao,em queilhaouilhas quedevamoscomeara mobilizao?Tudoissotevee temmuitaimport nci a.Problemasdecomunicaodeondeestamosparaasilhas,entreasilhas,etc.Tudoisso consequnciadarealidadegeogrficadanossaterra.REALIDADE ECONMICAOutrarealidadequetemosdeconsi derar a realidadeeconmica.A nossarealidadeeconmicaprincipal quenssomoscolniasport uguesas,porqueao fim e ao caboa situaopoltica umaconsequnciadasituaoeconmica.Ns,a Guine CaboVerde,somosum povoexploradopeloscolonialist asport ugueses,o nossotrabal ho exploradopeloscolonialist asport ugueses.Isso que import ant e.Essa que a realidadeeconmica.Masnssomosumaterradesenvolvida?No.Somosatrasadoseconomicament e,semdesenvolviment oquasenenhum,tant onaGuincomoem CaboVerde:No hindst riaa srio,a agricult ur a atrasada,a nossaagricult ura dotempodosnossosavs.As riquezasdanossaterraforamtiradas,sobret udo,dotrabalhodohomem.Masostugasnofizeramnadaparadesenvolverqualquerriquezadanossaterra,absolut ament enada.Osnossosport osnovalemnada,tant oo deBissau,comoo deS. Vicente.Poderiamterfeitobonsportos,masfizeramunscaisacost veisquenovalemnada.Quandovemoso port odeDacar,oumesmoo port odeConakry,quesobonsport os,e melhoresaindaosdeAbidjanoudeLagos,naNigria,podemosverificarcomo queosfrancesese osinglesesfizeramgrandesport os,ondevintee talbarcos:(.. ..v.( 29oumaispodematracar.E vemosquant otempoo tugaperdeua gozar - nos,a tomar,a levare a brincarconosco.Nofizeramnadaparaa nossaterra.Portant o,a nossarealidadeeconmica essa,e sejaparaa paz,sejaparaa guerra,nssomosum povoeconomicament eatrasadonaGuine cm CaboVerdeum povocujoprincipalmeiodevida a agricult ur a.Cultivara terraparatiraro necessrioparacomere nemsempr etiraro necessri oparacomer,comoem CaboVerde,porexempl o.MesmonaGuin,nalgumasreas,senohouvermuitachuva,hsempr efalta,pelomenosenquant oo fundonoamadurecer.Tantosanosdepresenadostugase a situaosempr enamesma,atrasadoseconomicament e.Nopodemosnemfalardeindst riaa srio,nemnaGuin,nemem CaboVerde.Na Guintemosa chamadafabricazi nhadeleodedescasquedearroz,issono umafbrica,isso um grandepilon; a fabricazi nhadeprepar arborracha(man),umapequenafbricadefarinhadepeixenosBijags.Em CaboVerdetrsfbricasdeconservadepeixe,em queostugastrabal hamo tempoquequerem,enchemosbolsosdedinheiro,fechama fbricae vodescansar.E paraconheceremmelhora poucavergonhadostugas,eulembro-me,porexempl o,quequandoeuestavanoliceu,a minhamefoiparaCaboVerde,empregou- senafbricadeconservadepeixe,porquea cost ur anodavanada.E sabemquant o queelaganhavaporhora?Cincotost esporhorae sehouvessemuit opeixe,podiatrabal har8 horaspordia,ganhando4 pesos(escudos).Masseo peixefossepouco(eraprecisoandarmuitoparachegar fbrica),trabal havaumahorae ganhavacincotost es.Economiaatrasada,port ant o;isso muit oimport ant eparaumaguerra.Vocsvejam:nssomosum povoquenotemfbricas,nopodemostomarasfbricasaostugasparafazeralgumacoisa.Nstemoshojevastasreaslibertadas;sehouvessefbricasali,erabom,talvezpudssemosfazertecidos,talvezpudssemosfazersaboem grandequanti dade,em vezdosabozi nhodocamaradaVasco.Outrascoisaspodamosfazer,setivssemosminas;haveriamuit omaisgentea quererajudar - nos,maisdoquenosajudam,tant oamigoscomoinimigos,elesprocurariamajudar - nosseasminasestivessemtodasa funcionar,com a certezadequehaviamuitabauxite,muitopetrleo.Viriam muitose depressa.E, seo petrleodanossaterraj tivessecomeadoa serexport adotalveza prpri aStandar dOil estivessea nossofavor,contraostugas.Talvezo GovernoAmericanofossea nossofavor,contraostugas.Talvezattivessea coragemdedizeraostugas:ouvocsparame doa independnci a Guinj,ouentotiramo- vostodaa ajuda,atacamo- vosnaONU. E porqu?Porcausadoseuinteresse.Mascomoa nossaterranotemnadadesenvolvido,elespensamquenssomosum corredorentreasRepblicasdaGuine doSenegal,um simpleslugardepassagem.:(.. ..v.( 30Mas,import ant edopont odevistadeguerra,comovosdisse, o atrasodanossaeconomia,atmesmoasdvidassobreasnossasriquezas.Porexemplo,tudoseriadiferent eseo nossopovoj tivesseconheci ment osbast ant essobrea maneiradetrabal haro ferro,parafazerarmas.H povosqueestoa lutare,enquant ounscombat emnafrente,outrosfazemarmasnaretaguar da.Nsnopodemosfazerisso,slongas,masaslongassoineficazes.E se com longasquevamosganhara guerracom ostugasoucontraqualquercolonialistaa nossalutasermuitolonga.Massea nossaeconomi afossedesenvolvida,querdizerqueo nossopovoseriatambmcultural ment emaisfortedopont odevistamoder no,com maisescolas,maisliceus,capazdetrabal harcom morteiros,canhese atcom avies.Oscomandant esseriammaiscapazesdeentendertodososproblemasdeestrat gia,detcticae poderiamtodostrabalharcom mapas.Vemos,port ant o,o significadoquetemdelutarnumpaseconomicament eatrasado.REALIDADE SOCIALTodosvocsconhecemqual a realidadesocialdanossaterraa desgraadaexploraocolonialist a.Masnosejamostoacusadoresdoscolonialist as.Desgraatambmdaexploraodanossagentepelanossagente.Vocsviramontem,quandovosfaleidaestrut ur asocialdanossaterra.Nssomos,defato,exploradospeloscolonialistasnanossaterra,naGuine em CaboVerde.Tantonocomrcioem CaboVerde,comonaGuin,oscolonialist assosempreosqueganhammaisataofim,porqueem CaboVerde,porexempl o,nohnenhumaempresacomercialquenoestejaligadaa umaempresaem Portugal.AssimcomonaGuin,o monopliodetodoo nossocomrcio(o nossono,o seucomrcio)eradaGouveiae daUltramari na,ligadasaosBancos,tudodostugas.Mas,camaradas,temosquedizera verdade.MuitopovodeCaboVerdesofreuporcausadaexploraodosdonosdasterras,cabo- verdianosmesmo.AssimcomonaGuin,umapartedograndesofriment odonossopovoestavanasmosdanossaprpri agente.Issonopodemosesquecerdemaneiranenhuma,parapoder mossabero que quevamosfazernofuturo.H entoumarealidadeconcretaparaisso.Em CaboVerdea nossagentepassamisria.Nosanosem quechovemuitohfart ura,come- sebem,enche- sea barrigae atsepodedeitare descansarum bocado,masnamaiorpartedotempo,em quenohchuvassuficient es,hfome.Em CaboVerdej morreudefomemaisgentedoqueaquelaquevive l hoje,durant eestesltimos50anos.Contrat adosparaS. Tome transpor t adoscomobichosnospores(se :(.. ..v.( 31morremdei ta- seaomar),mandadosparaAngola.Na Guin,comosabem,existiatodaa exploraodoscolonialistas:trabalhoforadonasestradas,todaa espciedevexames,insultos,humil haes.E mdicosport uguesesqueest udar ama situaoem CaboVerdedisseramqueumacertezalevaramcom eles,segura,nasuacabeadecientistas, quetodaa genteestnumasituaodefome.Se no fometotal fomeespecfica,querdizer,faltadecertoselement osquesoprecisosparao corpohumanoviverbem.EssafomeespecficaexistetambmnaGuin.Na Guinquasetodaa gentetempaludi smo,seformosagorafazeranlisesa todososcamaradasqueaquiesto,quasetodostmbichosnabarriga.H lepraem quanti dade,doenadetodoo gnero.Desgraasocialdonossopovo,a qualfezdonossopovoum povofraconopont odevistacientfico,sanitrio.Um homemquecomequasesarroznopodetera mesmaresistnciadoqueum homemquecomearroz,carne,leite,ovos.... verdadeque,quandoum estrangeirovem nossaterrae andacom osnossoscamaradasnomato,ele ficaparatrs.Isso outracoisa.Masdopont odevistaderesist nciadavida,sabemosque,nanossaterra,umapessoacom 30anosj comeaa envelhecer.Na nossaterra raroencont r arvelhosdebarbae cabelosbrancos.A mdiadevidananossaterra,naGuinouem CaboVerde, de30anos.A nossaesperanadevida de30anos:quempassaostrint aj temsorte.Oraa esperanadevidanout rasterrasondesecomebem,sebebebem(nofalodeseembebedar),comodeveser, de60,67anose cadaanosobemais.De qualquermaneira maisagradvel.Se, quandoalgumnasce,tivessea certezaqueia viver70anos,tinhatempodefazeralgumacoisa.Masem trint aanos,que quesepodefazer?Isso devido insuficinciadealiment ao, deficinciadehigienee tratament osmdicos,dasade misria.Essa que a condiosocialdanossaterra.Abusosdostugas,abusosdaquelesfilhosdanossaterraqueabusamdosoutros,misria,sofri ment os,doenas,fomee vidacurt aaindaporcima.Condiodifcil,muitodifcil.REALIDADE CULTURALSe verdadeque,dopont odevistacultural,em CaboVerdeascondiessoum bocadi nhomelhoresquenaGuin,porque,dadasascondiesem quea populaosedesenvolveununcasepsa quest odeindgenae noindgenae entoem princpioqualquerfilhodeCaboVerdepodeir escola(escolaoficial),no menosverdadeque,nototal,haviamuitomenosescolasdoquenaGuin.H certascoisasqueoscamaradasnosabeme quelhespodemfazerconfuso,masa verdade queem CaboVerdemaisgenteaprendeua lere escreverdoquenaGuin,notempodoscolonialist as.Masa percent agemdeanalfabetismo:(.. ..v.( 32em CaboVerde,contrari ament e vaidadedealgumcabo- verdianoquetema maniaquesabemuito, de85%. Ostugasgabavam- se,dizendoqueem CaboVerdenohanalfabet os. falso!Masdaquelesquesabemler,eufiza experinciaem 1949,quandol fuipassarasfrias,haviagentecom o 2. grau(j havia4 ou5 anos)nomato,em Godimouem SantaCatarina,porexempl o,e a quemselhesdavao jornalparalerem,masnosabiamo queestavama ler.Essestambmsoanalfabet osqueconhecemasletras.H muitagenteassi mnomundoe at,svezes,dout ores.Mas precisoperdermuitasiluses.Na Guin,99% dapopul aonopodiair escola.A escolaerasparaosassi milados,oufilhosdosassi milados,vocsconhecema histriatoda,novoucont - la outravez.Mas umadesgraaqueo tugacausounanossaterra,nodeixarosnossosfilhosavanarem,aprender,entendera realidadedanossavida,danossaterra,danossasociedade,entendera realidadedafrica,domundodehoje.Isso um obstculogrande,umadificuldadeenormeparao desenvolviment odanossaluta.Aindahojevosdissequeo povofulaemigrouatravsdafrica,o povomandi ngafeze acont eceu,masmuit osdevocsnosabiam,e muitoscamaradas,porexempl o,um beafadaquesechamaMalam qualquercoisa,nosabequenostemposantigoso nomeMalam,Braimae outros,noeramnomesbeafadas.O quesepassoucom osbeafadaspassa- secom muitagentedanossaterra.Porexempl o,VascoSalvadorCorreia.Antigament e,a suagentenosechamavanemVasco,nemSalvador,quant omaisCorreia.Querdizer,osmandi ngas,domi nandoospovosdanossaterra,praticarama assimilao(noforamostugasospri meirosa quererassi milarnanossaterra)e entoosdomi nadospassar ama adopt arosnomesmandi ngas.Assimcomoosmandi ngasdehoje,notinhamosmesmosnomesdaquelapoca.OsnomesantigosdosfulasnoeramMamadu,nemnadadisso.Isso tudocopiadodorabe,MamaduquerdizerMaom,IussufequerdizerJos,etc.,Mariama Maria,nomesdesemitas.A realidadeculturaldanossaterra,em CaboVerde,(pondoagoraa quest odoscolonialist asquenonosdeixaramavanarmuito) o result adodofatodeoscolonialist asteremdeixadoestudaroscabo- verdianos,namedi daem queprecisavamdegenteparafazeragentesdocolonialismo,comoutilizaramosindianos.Comoosinglesestambmutilizavamosindianosnacoloni zao,e osfrancesesutilizavamosdaomeanos,assi mtambmosport uguesesutilizaramoscabo- verdianos,instr ui ndoum certonmer o.Masa certaalturabarraramo caminhodumavez,nemmaisdoqueum certonmer odeescolasprimrias,nemmaisdoqueum liceu,um liceuapenas,quealisVieiraMachado,antigoMinistrodoUltramar,queriatransfor marem escoladepescador ese carpint eirosnaalturaem queeuentreiparao Liceu.Estivetrsmesessemfrequent aro liceu,porqueo fecharam.Paraeles,j bastavao quetinhamfeito,noeraprecisomais.A partirdeento,sescolasparapescadorese carpint eiros.A popul ao queselevant ou,protest ou,e o liceucomeoua funcionardenovo.Masagoraa realidadedanossaprpri aterraem CaboVerde:(.. ..v.( 33 a seguint e: a transpl ant aodarealidadedaculturaafricanaparaasilhas:Depois;o contact odessaculturaafricana,em grandeparte,com outrasculturasdefora,vindasdePortugaloudeoutroslados.MuitagentepensaqueCaboVerde a PraiaouS. Vicente.Masquemconheceo matoem .CaboVerde,sent equeCaboVerde umarealidadeafricanatopalpitant ecomoqualqueroutropedaodefrica.A culturadopovodeCaboVerde africanssi ma:nascrenas idnticohem Santiagoo polonquealgunsaindaconsideramcomorvoresagrada.Nohmuitospolonporcausadasnumerosassecas.Masosqueexistemainda,ningumtocaneles.Alm disso,a feitiaria( morundade),Almasqueaparecemdenoite,gentequevoa,quefaz;queacontece,comointerpret aodarealidadedavidaque perfeitament eiguala frica.Deitarsortesento,nemfalemos.Em CaboVerdeproduzi u- seo encont rodevriosgrupostnicose houveumafusodasuacultura;masatosanos40,porexempl o,haviaaindadeter mi nadosgruposquemanti nhamcertascaractersticasprpri as.Porexempl o,gruposquesefixaramparaosladosdaPraia,em Santiago,tinhama suatabanca,quedesignavammesmoassi masfestasquefaziameramdumdadotipo,enquant onout r oslados,naAchadaSto Antnio,porexemplo,j outrotipodetabanca,quant omaisa gentedeSantaCatarina,dosPicos,etc.Na Guin,a culturadonossopovo o produt odemuitasculturasdafrica:cadaetniatema suaculturaprpria,mastodastmum fundoigualdecultura,a suainterpr et aodomundoe assuasrelaesnasociedade.E sabemosqueemborahajapopulaesmuul manas,nofundoelestambmsoanimist as,comoosbalant ase osoutros.Acreditamem Ala,mastambmacredit amnosirse nosdjambacosses.Tm Alcoro,mastambmtmo seugri - gri nobraoe outrascoisas.E o sucessodoIslamismonanossaterra,comonafricaem geral, queo Islo capazdecompreenderisso,deaceitara culturadosoutros,enquant ooscatlicosqueremacabarcom issotudorapidament esparacreremnaVirgemMaria,naNossaSenhoradeFtimae em DeusNossoSenhorJesusCristo.A realidadeculturaldanossaterra essa.Masdevemospensarbemnanossacultura:ela ditadapelanossacondioeconmica,pelanossasituaodesubdesenvolvi ment oeconmico.Temosquegostarmuitodanossaculturaafricana,nsqueremo- la muit o,asnossasdanas,asnossascantigas,a nossamaneiradefazerestt uas,canoas,osnossospanos,tudoisso magnfico,masseesperar mosspelosnossospanosparavestirmosa nossagentetoda,estamosmal.Temosqueserrealist as.A nossaterra muit olinda,massenolutamosparamudara nossaterra,estamosmal.H muitagentequepensaqueserafricano sabersent ar - senochoe comercom a mo.Sim,isso certoafricano,mastodosospovosnoMundosesent aramj nochoe comeramcom a mo. quehmuitagentequepensaquesosafricanos quecomemcom a mo.No;todososrabesdafricado:(.. ..v.( 34Norte,masmesmoantesdeseremafricanos,antesdeviremparaa frica(elesvieramdoOrienteparaa frica),comiamcom a mo,sentadosnocho.Temosqueterconscinciadasnossascoisas,temosquerespeit araquelascoisasnossasquetmvalor,quesoboasparao fut urodanossaterra,parao nossopovoavanar.Ningumpenseque maisafricanodoqueoutro,mesmodoquealgumbrancoquedefendeosinteressesdefrica,porqueelesabehojecomermelhorcom a mo,fazerbema boladearroze atir- la paraa boca.Ostugas,quandoeramvisigodosainda,ouossuecos,quenosajudamhoje,quandoeleseramaindaVikings,tambmcomiamcom a mo.Se vocsviremum filmesobreosVikingsdostemposantigos,vocspodemv-loscom grandeschifresnacabea,mesinhosnosbraosparairemparaa guerra.E noiam paraa guerrasemosseusgrandeschifresnacabea.Ningumpensequeserafricano terchifrespegadosaopeito, termesinhonacintura.Essessoosindivduosqueaindanocompreender ambemquala relaoqueexisteentreo homeme a nat ureza.Ostugasfizeramisso,osfrancesesfizeramquandoeramfrancos,normandos,etc.Osinglesesfizeram-noquandoeramanglose saxes,viajandopelosmaresforaem canoas,grandescanoascomoasdosbijags.Temosquetercoragemparadizerissoclarament e.Ningumpensequea culturadefrica,o que verdadei rament eafricanoe que,port ant o,temosdeconservarparatodaa vida,parasermosafricanos, a suafraquezadiantedanat ureza.QualquerpovodoMundo,em qualquerestadoqueesteja,j passouporessasfraquezas,ouh- depassar.H gentequeaindanemchegoua: passama suavidaa subirsrvores,comere dormi r,maisnadaainda.E esses,ento,quant ascrenastmainda!Nsnopodemosconvencer - nosdequeserafricano pensarqueo relmpago a friadeDeus(Deusquipanharaiba).No podemosacreditarqueserafricano pensarqueo homemnopodedomi narascheiasdosrios.Quemdirigeumalutacomoa nossa,quemtema responsabilidadedumalutacomoa nossa,temqueentender,poucoa pouco,quea realidadeconcret a essa.A nossaluta baseadananossacultura,porquea cultura frutodahistriae ela umafora.Masa nossacultura cheiadefraquezadiant edanat ureza. precisosaberisso.E podemosdizermais,porexempl o:hcertasdanasnossas,quemost ramasrelaesdohomemcom a florest a,em queaparecegentevestidadepalha,com ardepssar os,outroscomograndespssaros,com um grande:(.. ..v.( 35bico,gentequecorrecom medo.Podemosfazermuitasdanascom isso,mastemosqueultrapassar,nofiquemosspora.Podemosguardara lembranadetodasessascoisas,paradesenvolvera nossaarte,a nossacultura,queapresent amosaosoutros.Mascomoj ultrapassamosisso,sabemosquenaflorest a,nomato,ns quemandamos,ns,oshomens,no nenhumbicho,nemnenhumespritoqueestl meti do.Isso muit oimport ant e.Masa realidadeculturaldanossaterra essa.Vrioscamaradasqueestoaquisent adostmo mesinhonacint ura,convenci dosdequeissopodeevitar - lhesasbalasdostugas.Masnenhumdevocspodedizer - mequequalquerdoscamaradasquemorreramj nanossalutanotinhamesinhonacintura.Todostinham.Soment e,nanossaluta,tivemosquerespei t arisso,tivemosquerespeitarporqueparti mosdanossarealidade,nopodamosdemaneiranenhumadizeraoscamaradasparatiraremo mesinho , casocontrrioestaramosa trataroscamaradascomosefossemalemes.Osalemes,hmuitosanosatrs,noiam guerrasemmesinho . Aindahalgunsquevocom a imagemdeNossaSenhoradeFtimadent rodumlivrinho, o seumesinho; a Bblia, o seumesinhoe,antesdecomearoscombat es,benzem- se.Ostugasvm com a suagrandecruznopeito,e nomoment oem queo combat ecomea,beijam- na: o seumesinho . E haindaosquefiam nosnossosprpriosmesinhos .Esse que o nossonvelcultural,em relao realidadeconcret aque a guerra.Porissonsaceitamo- la,masqueningumpensequea direodalutaacredit aque,seusarmosmesinhonacint ura,nomorremos.No morremosnaguerrasenofizer mosa guerra,ousenoatacar moso inimigoem posiodefraqueza.Se comet er moserros,seestiver mosem posiodefraqueza,morremosdecerteza,nohsafa.Vocspodemcontar - meumasriedecasosquetmnacabea:- O Cabralnosabe,nsvimoscasosem queo mesinho quesafouoscamaradasdamort e,asbalasvierame voltaramparatrsem ricochet e.Vocspodemdizerisso,maseutenhoesperanasqueosfilhosdosnossosfilhos,quandoouviremisso,ficarocontent esporqueo PAIGC foicapazdefazerlutadeacordocom a realidadedasuaterra,masho- dedizer:osnossospaislutarammuit o,masacreditaramem coisasesquisitas.Estaconversatalveznosejaparavocsagora,estoua falarparao futuro,maseutenhoa certezadequea maioriaentendeo quedigo,e quetenhorazo.O mesinho umacaractersticadafrica.Atadvogadosqueeuconheo,em outrospasesafricanos,andamcom o seumesinhonacint ura(rabada)e,quandovodefendercausasnoTribunal,pemo seugrandemesinho : nuncasesabesepossoganharcom isso.Masatcamaradasdeoutracolniaport uguesamandar am- nospedir,porquea nossalutaavanoumuito,sehaviaalgumgri - gribomquelhesmandssemostambm.Eu schamoa atenodoscamaradasparao fatodesentiramqueisso,seporum lado umafora,poroutrolado umafraqueza. fora,porqueum camaradaquepeo seumesinhoacredit aem algumacoisa,alm daspalavras:(.. ..v.( 36doPartido,e vaicom maiscoragem,nopodemosesquecerisso. umafraqueza,porqueelepodecomet ermuit oserros,fiadonisso.Mashouvecamaradasnossosquemorreramdaseguint emaneira:chegaum avio,todosseatiramparao cho,o aviobombar dei a,masnoacontecenada.De repent e,o camaradalembra- sequenotemo mesinhoconsigo,levant a- se,correa casa,apanhao mesinhoe noregresso metral hadoe morrecom o seumesinhonamo.Talvezalgunsdevocsconheammaiscasosdesses. Masquant osdevocssocapazesdepensaro seguint e:Quebrincadei ra essa,como queissopodeser?A verdade que,parans,a lutatemo seuaspect odeforae o seuaspect odefraqueza.Muitosdensacredit aramquenonosdevamosinstalarem certosmat osporqueestl o ir.Mashoje,graasaosmuitosirsdanossaterra,a nossagenteentendeu,e o ir tambm,queo mato dohomem,e ningummaistemmedodomat o.Ato matodeCobiana,j l estivemosbem,tant omaisqueaqueleir nacionalist a,eledisseclarament equeostugastmdeir- seembora,quenotmnadaquefazernanossaterra.Masoscamaradasdevemcompreenderquetudoisso tambmum obst cul oparaa luta.Muitosdoscamaradasquecomearamestavidae quepegaramteso,muitoscamaradasmeus,queeuestimomuitoe quepassar ammuitotempocomigo,senaquelaalturaeulhesdissesse: Vai aointerior,pegatesonotrabal hodemobilizaodopovo, e seo SecunaBaio ouqualqueroutromourolhesdissesse:Novs,deiteisortee vi muitascoisasmsparatisevaisao interiordopas,talvezelessematassem,com vergonhadoCabral,masnoiriam.Houvecamaradasquenofizeramemboscadassporqueum mourolhescontouquenofizessememboscadasporquealgumhaviademorrer.E oscamaradashabituar am- setant oa queoshomensgrandesmandassemneles,decidissemporelessobrea guerra,quedepoissooshomensgrandesquevieramqueixar - se:Cabralo que o quesepassa,osrapazesagoranonosobedecem,voatacarsemnosconsul t ar.Eu respondi:Homemgrande , olha,sealgumavezosrapazesnoatacaramsemteconsult ar,eununcalhesdissenada,e hojetambmnolhesdigonada.Maseununcatenomeeicomocomandant e,eles quesooscomandant es.Danteselesconsul t avam- te, l com eles,hojej noquerem?Issono comigo.O homemgrandeficouum bocadoaborreci domascomono burro, muitoespert o,porqueaofim e aocabo,esses queeramosintelect uai sdanossasociedade,danossasociedadegenu na,verdadei ra,eles queviam ascoisasclaras,queentendi amtudo(asnossasforase asnossasfraquezas)mudamlogoum bocadi nho,adapt am- se novasituao.O nossoPartido,noplanocultural,procuroutiraro maiorefeitopossvel,o maiorrendi ment opossveldanossarealidadecultural.Quernoproibindoaquiloque possvelnoproibirsemprej udicara luta,quercriandonoespritodoscamaradasnovasidias,novamaneiradevera realidade.E querainda,aproveit andoo melhorpossveltodosaquelesquej tinhamum poucomaisde:(.. ..v.( 37instruo,tant oparadirigira prprialutacomoparaosmandarest udarparaprepararquadrosparao futuro.Podeparecerquetudoisso muitosimples,mas difcil, muitocomplicadochegara umasoluocomoessa.REALIDADE POLTICAA realidadepolticadanossaterra estarealidademaiorquetodosnsconhecemosbem, o fatodequensramosumacolniaport uguesa.O nossopovo,nemnaGuin,nemem CaboVerde,nopodiamandarem simesmo.Ostugas quemandavam,mesmoquepusessemum admi ni st r adorpreto,oquesHonrioBarretotevea sorteoua desgraadeser;averdade que o tugaquemandavananossaterra,o colonialismoport ugus. essarealidademaiorquecriouo conflitoentrense ostugas,a exploraodonossopovo,cobert apelapolticadePort ugal.Isso quegeroua nossaluta,fundament al ment e.A nossalutacresceutant oquetemosqueaproveit arparatransfor marata realidadegeogrfica,namedidaem quepuder mos.Parecequeno,mas verdade.Porque,quandofizer mosbarragens,pontes,etc.,mudar emosa paisagemgeogrficadanossaterra,vamosfazerumageografiahumananova,queestamosa criarnanossaterra.Quandotransfor mar mososilhusdeBijagscomplet ament e,quandofizer mosdeCaboVerdeum centromagnficoparaturismomundial,porexempl o,j serumanovarealidadegeogrficaquecriamos.Osbarcosquepassamagoraaolargo,passaroa pararl.Mastemosquetransfor mar,atravsdest aluta,a realidadeeconmicadanossaterra.Vamosacabarcom a exploraodostugas,masvamosacabarcom a exploraodonossopovopelanossaprpriagente.E temosquedesenvolvera nossaterra,faz- la avanaro maispossvel.Esta que a nossaluta:realidadesocial,realidadecultural,tudovaimudar.E humarealidadepolticanovaquesurgiunanossaterrae que a seguint e:nsmandamosem nsmesmos.Claroquea nossarealidadetemforase fraquezas,comoj vosmost rei.Porque,porexemplo,o fatodenotermosgrandedesenvolviment oeconmico um fraquezagrande,mastambm umafora,porquesea nossaterrativessegrandesminas,grandesfbricas,etc.,osimperialist asj teriamentradonaguerramaisdepressae com maisfora.Talveztivssemosquelutarnoscont raostugas,mascontraoutrosimperialistastambm.Assim,pelomenos,estamosmaistranquilos,smato,desert o.Masnonosdeixemosador mecer.Claroquea realidadesocialdanossaterrananossaterranoh,porexemplo,grandesburgueses,grandescapitalist asisso bomparaa nossaluta,porquenotemoso problemadeterdecombat eraquelesqueexploramdemasiadoa nossagente.Mastambm umafraqueza,porque,nalgumasterras,algunscapitalistasdaprpriaterrapegaramduronaluta,com todososseusmeios,com todoo seudinheiro,etc.,e ajudarammuito.:(.. ..v.( 38Comoem Cuba,naChina,em outrospases,em quemuit oscapitalistasdaterrafizerama revoluoa srio.E algunsdirigentessofilhosdegrandescapitalist as.Umaoutravantagem quenanossaterranohmuitasdiferenasdeclasses,diferenasmuit ograndes,e queasclassesmaisabastadas,quetmmaismeios,sopequenasem nmer o,muit opoucagente.Issoevita- nosmuit osproblemasdedivisodopont odevistasocial.Masnarealidadesocialdanossaterra,ontemfalamosnisso,ha quest odegrupostnicos, umafraquezagrande,porque,mesmonestasala,podehavergenteaindaque capazdepensar:eusoupapel,eusoumancanhae o mancanhanofaltaao seucompanhei ro,eusoumandi nga.Isso umagrandefraquezadanossaluta.E seriamuitomausedefatodeixssemosissoavanar,sedefatonsnofssemoscapazesdeeliminartudoissonocaminhodaluta.Querochamara atenodoscamaradasparaestefato,parapensarembeme veremo que quesepassanafricaondehproblemasdetribos,o chamadotribalismo,guerrasentreetnias,etc.No o povoqueinventaessascoisas,o povonoselembradisso,porqueo povoseguea realidadecom muitorealismo,defendeosseusinteresses.A verdade a seguint e: queo tempodetribosem fricaj passou.Houveum tempoem queastriboslutavamumascom asoutrasporcausadaterra,paratomarema terraparaterpast oparao seugado,etc.,paraencont r aremmelhoresterras,porcausadosfilhos,dasmulheres,parapoderemvera suafora,masissoj passou.DesdequeosnossospovosdefricaconseguiramcriarEstados,mesmoEstadosdetipomilitar,desdequeospovosdefricaconseguiramjuntargentedediversastribosparafazeremum trabal ho,paraservirumaclasse,astriboscomearama acabar.E quandoostugase outroscolonialistasvieram,acabaramcom issodeumavez,masprocuramconservara part edecima(a cpula),querdizer,aquelesquemandavamnastribos,ounosgrupos,paraserviremdeinter medi riosparaosajudarema mandar.Hoje,o nossopovo,oincaoubalant a,ououtro,podeteraindanacabealembranasantigasdefatonse osmandi ngasnonosentendamosmuit obemmassenohouverningumparaosincitar,elesj novonisso.O mesmoacont ececom ibose yorubas,naNigria,oubacongose outrasgentesdoCongo. precisoquealgumincite,quealgumdiga:vamosmesmopegar,elesestocom manias,masosmandi ngas quevofazer.H gentequeattemdesprezopelassuastribos,gentequej noquersaberdissoparanada,queestudounasUniversi dades,em Lisboa,ouOxfordoumesmonacapitaldasuaprpriaterra,masquehoje,porcausadoacessodafrica independnci a,quermandar,querserpresi dent edaRepblica,querserMinistro,parapoderexploraro seuprpriopovo.Ento,comoissonolhes:(.. ..v.( 39foipossvelporqualquerrazo,lembram- se:eusoulunda,filhodelundas,descendent edoreilunda.Povolunda,levant a- teporqueosbacongosqueremcomer - nos.Masno nadaporcausadelundasoubacongos, pelofatodequererserpresi dent e,detertodososdiamant es,todoo ouro,todasessascoisasboasnasuamo,parapoderemfazero quequerem,paraviverembem,teremtodasasmulheresquequiseremnafricaounaEuropa;parapoderempassearpelaEuropa,seremrecebidoscomopresi dent es,parasevestiremcaro,defraqueougrandesbubus,parafingiremquesoafricanos.Mentira,nosoafricanosnada.So lacaiosoucachorrosdosbrancos.O mesmoacont ecenaNigriae a mesmacoisaentrens,dequalquermaneiraqueissoapareaentrens,trata- sedegentequequerservirapenasa suaambiopoltica.Querdizerquetemosquereconhecerquesa ambio quepodedefendero pont odevistadadiviso,sejaquedivisofor.Porexemplo:ostugasfizeram- nosmuitomal,masnopodemosconsi derartugastodososbrancos.S um fulanoambiciosononossomeio que capazdedizer:nsnopodemosaceitara ajudadefulanotal,em Bissau,que branco,oudefulanodetal,em Cati,que branco.Como?No podeser.Se queremosservira nossaterra,o nossoPartido,o nossopovo,temosqueaceitara ajudadetodaa gente.Masele amigo, um companhei ro.Quemquerservirsa suabarriga,arranj arum bomlugar,temquever:seele mesmoespert oouburro,talvezo possamosaceitar,masparalhepormosospsem cima.Massenoforassi m,o melhor eleir- seemborasenoaindametomao