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livro como Retratos do Brasil

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Retratos do

BRASILRural

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Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário

Guilherme Cassel

Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Daniel Maia

Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Rolf Hackbart

Secretário de Agricultura Familiar

Adoniram Sanches Peraci

Secretário de Reordenamento Agrário

Adhemar Lopes de Almeida

Secretário de Desenvolvimento Territorial

Humberto Oliveira

Coordenador-Geral do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural

Carlos Mário Guedes de Guedes

Coordenador de Comunicação Social – MDA

Luiz Felipe Nelsis

Coordenador de Jornalismo – MDA

Ricardo Schmitt

Coordenadora Administrativa – Ascom/MDA

Marcela Silva

Chefe da Assessoria de Comunicação – Incra

Chico Daniel

Ministério do Desenvolvimento AgrárioEsplanada dos MinistériosBloco A – 8º andar – CEP 70054-900Brasília / DF

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Retratos do

BRASILRural

Brasília/DF, setembro de 2008

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Publicação do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Equipe de Criação

Coordenação

Carla Joner

Produção

Andréa Aymar

Redação e Edição de Textos

Rafael Guimaraens

Fotos e Portraits

Edu Simões

Design Gráfico e Edição de Imagens

Clô Barcellos

Fotos Adicionais

Eduardo Tavares, Regina Santos,Tamires Kopp e Ubirajara Machado

B823r Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Retratos do Brasil rural. – Brasília : Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2008. 232 p. : il. ; 28 cm. ISBN 978-85-60548-36-1 1.Fotografia–zonarural–Brasil.2.FeiraNacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil. 3. Política de desenvolvimento – Brasil. I. Título. CDD 770.91734

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Na Feira, estão representadas as conquistas de um Brasil produtivo,

trabalhador, criativo e multicultural. São pessoas que não estão fazendo

nada que seus antepassados não fizessem. A novidade que eu notei é aquele brilho contagiante no olhar

de cada um.

Rafael Guimaraensjornalista de Porto Alegre/RS

A Feira é um microcosmo da Nação, onde todos – agricultores, quilombolas, índios, artesãs, cozinheiros, estilistas e artistas – têm importância. Por isso, a concepção do trabalho foi igualar a

todos sob a mesma ótica, independente de como a sociedade os valoriza. Cada participante é visto da mesma forma

e se coloca da mesma forma, porque cada um tem o seu papel.

Edu Simõesfotógrafo de São Paulo/SP

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UM NovoRural

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Rural

A textura de um novo Brasil rural é tecida em linho do agreste e lã pura

do Sul, em sisal, capim-dourado, palha de buriti e bagacilho de cana. Cerzida

em macramé e ponto batido, pela habilidade das artesãs e bordadeiras em

comunhão solidária. Confeccionada por talentos múltiplos em bolsas, chapéus e

vestidos, jóias para fazer bonito nas passarelas e nos mercados exigentes.

O novo Brasil rural tem gosto de arroz e feijão, trigo e cevada, frutas e

hortaliças, trigo e mandioca, compota doce e licor caseiro. Mas também de

castanha-de-baru e palmito-juçara, cupuaçu e pupunha, feijão canapu e arroz

vermelho. Sabores que o País perdeu e se reencontram em mesas e hábitos

saudáveis.

O novo Brasil é movido a combustível renovável, da mamona e do girassol,

que transforma plantio em energia, trabalho em renda, esforço em dignidade,

no incomparável reciclar da vida em movimento.

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Se os grandes desafios da humanidade são produzir alimentos de

qualidade e preservar o meio ambiente, os homens e as mulheres do campo

assumem o protagonismo.

Mãos, sorrisos e sonhos que desafiam com seu trabalho as fronteiras

do antigo e do moderno. Que unem a sabedoria do agricultor ao talento do

artista, integrando métodos rudimentares à tecnologia mais sofisticada. Do

Brasil ao mundo.

Jovens de todas as idades, brasileiros de todas as raças e lugares tão

diferentes compartilham uma só identidade cultural. Incorporam a tradição ao

futuro, onde luz elétrica, livros, estudo e computador estão cada vez mais perto

da mão de quem planta e colhe, cria e transforma. Que dedilha cordas e

acaricia atabaques, realçando versos de todos os sotaques.

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A Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária é uma

iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para celebrar o

encontro deste novo Brasil rural na sua multiplicidade de cores, texturas,

produtos e talentos. Exposições, estandes e espetáculos demonstram de

que forma homens e mulheres estão transformando a realidade no campo

em cada bioma que integra o País.

Os retratos que compõem este livro representam a riqueza da

diversidade cultural e produtiva do povo brasileiro e ilustram um projeto de

desenvolvimento, no qual a produção de alimentos tem, como condição

essencial, o respeito à dignidade humana. Nos semblantes de cada um,

agricultor familiar, bordadeira, quilombola, indígena, assentado, pescador,

artesã, artista popular, poeta, cantador e violeiro; no olhar da gente dos

povos da floresta, da Serra e do Cerrado, do Semi-árido e das incontáveis

fronteiras, brilha o orgulho de participar da invenção de um mundo mais justo

e saudável, que brota em territórios de cidadania e esperança, nos quais as

diferenças se integram em um projeto de igualdade.

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A ARTE de um País

MAISalimentos

MIL SoNS e tons

216AGRICULTURA FamiliarFeira da

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Em cada peça, uma história. Panelas

de pedra-sabão, tecidos em bagacilho

de cana, tapetes de sisal, bonecas de

pano. A riqueza da cultura brasileira em

artefatos, enfeites, bordados e pedrarias

mostra um povo criativo e arteiro. Nas

mãos do povo, a arte de um País feita

com graça e habilidade. Para muitos

artistas, a técnica ensinada e a habilidade

adquirida significam sustento para sua

família e afirmação de sua identidade

local. Bordadeiras em cooperativas,

índios na manufatura milenar, quilombolas

preservando suas origens compõem a

riqueza do artesanato brasileiro.

A ARTE de um País

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Délia Fonseca Herdeira das habilidades do povo Arapáso

Artesã de Coari / Amazonas

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Nelilton Ezequias de Oliveira Pés no chão, olhos no mundo

Exportador de tapetes de sisal de Valente / Bahia

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Lúcia de Fátima Felix da Silva A arte que nasce na terra

Agricultora e artesã de Lagoa de Dentro / Paraíba

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Yachy Qoran Brasileiro do povo Kariri-Xocó

Artesão de Povo Real do Colégio / Alagoas

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Claudineide Maria de Souza Habilidade de geração a geração

Artesã da comunidade quilombola Conceição das Crioulas em Salgueiro / Pernambuco

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Terezinha Matias Cristovam Rendas que simbolizam uma cultura

Artesã de Riachão do Bacamarte / Paraíba

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Tauna Pataxó Artista orgulhoso de um Brasil que resiste

Artesão de Santa Cruz Cabrália / Bahia

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Lourenço Cardoso da Silva Perfil da diversidade cultural

Artesão de Palmeira dos Índios / Alagoas

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Nará Roupagem típica do povo Kariri Xucuru

Artesã de Palmeira dos Índios / Alagoas

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Nascido em 2005, o projeto Talentos do

Brasil reúne grupos de artesãs de 12 estados.

Muitos desses grupos foram formados em

assentamentos e comunidades rurais. Os

produtos despertam o interesse do mundo da

moda e também são utilizados em festivais

internacionais. Já existem negócios firmados

na Suíça, Estados Unidos, Itália, Japão,

Bélgica, Canadá e Inglaterra. Além de roupas,

as artesãs confeccionam peças em bordado,

flores artificiais, bolsas, acessórios, colares,

brincos e artesanato em madeira. Em muitas

regiões, utilizam matérias-primas típicas, como

a palha-de-buriti para confecção em crochê.

TALENTOSdo Brasil

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Eliete Pereira de CastroMoldura de um novo cenário rural

Artesã de Salinas / Minas Gerais

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Eva Elikuffner A arte feita em lã da fronteira

Artesã de São Borja / Rio Grande do Sul

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Elissandra da Silva Cunah Fios que viram flores

Bordadeira de Valente / Bahia

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Marlene Barbosa Mendonça A arte trançada em couro de peixe

Artesã de Coxim / Mato Grosso do Sul

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Joana D’Arc do Nascimento Ponto a ponto, o desenho de um novo País

Bordadeira de Alagoa Nova / Paraíba

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Ronaldo FragaDesigner de Belo Horizonte / Minas Gerais

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Renato Imbroisi Arte inspirada na cultura popular

Designer do Rio de Janeiro / RJ

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Isabela Pacheco Beleza valorizada pelo talento

Modelo de Brasília / Distrito Federal

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Yolanda Malega Africana vestida de Brasil

Modelo de Angola

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Polliana Xavier Perfil de um Brasil criativo

Modelo de Brasília / Distrito Federal

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Natany OliveiraA beleza da arte na mesa

Modelo de Brasília / Distrito Federal

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Mãos que tiram os alimentos da terra.

Vocação que põe a mesa. Cereais, frutas,

verduras, hortaliças. Arroz e feijão. Café com

leite. Goiabada e queijo artesanal. Aptidão que

transforma a natureza e produz renda. Umbu

em doce, jabuticaba em licor, genipapo em

compota, araticum em geléia, gengibre em patê.

Se desempenho é número, a agricultura familiar

é responsável por 70% dos alimentos que

chegam à mesa dos brasileiros, numa profusão

de produtos e sabores. E faz mais: distribui a

renda em territórios de cidadania e igualdade,

prosperando as economias locais. Semente, terra

boa e manuseio bem feito, mais crédito, acesso

à terra, assistência técnica, agroindústria,

comercialização, saúde, educação, inclusão

digital, preservação da cultura, garantia de

direitos. Como o bom plantio que germina na

agricultura familiar dá cada vez mais resultado.

Mais apoio, mais dignidade. Mais alimentos.

MAISalimentos

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alimentos

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Os sabores do Brasil têm uma marca:

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Agricultura Familiar.

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Uma variedade de delícias.

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O gosto da diversidade.

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Acreditar nesta vocação dá certo.

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Mais dignidade. Mais alimentos.

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Manoel Borges da Costa Dignidade em roupa de festa

Produtor de laticínios de Brasília / Distrito Federal

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Ângelo Falqueto e Bernadete Lorenção Delícias direto de quem produz

Feirantes de Cachoeiro do Itapemirim / Espírito Santo

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José Luís dos Santos Sabores do Brasil para o mundo

Exportador de castanha-de-caju de Cerro Corá / Rio Grande do Norte

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Nélson DiehlResgate do arroz africano

Assessor técnico em agricultura ecológica de Porto Alegre / Rio Grande do Sul

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Paulo Roberto Lenhardt Compromisso com um mundo sustentável

Ecologista de Montenegro / Rio Grande do Sul

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Alceu Ari Henz Produtos com o gosto da saúde

Agricultor do Projeto Ecocitrus no Vale do Caí / Rio Grande do Sul

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Euflosio Pitomba Luta pelo trabalho na terra

Assentado de Vista Alegre, em Cristalina / Goiás

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Uma fundação internacional voltada

à alimentação saudável e à agricultura

sustentável procura manter as tradições

culinárias regionais e salvaguardar produtos

em risco de extinção. No Brasil, o Slow

Food e o Ministério do Desenvolvimento

Agrário constituem as chamadas Fortalezas,

com o objetivo de garantir o futuro das

comunidades locais, organizando os

produtores e procurando novos canais de

comercialização. O projeto é responsável

pela retomada de produtos nativos como

a castanha-de-baru, o palmito-juçara, o

feijão canapu, o arroz vermelho e o néctar de

abelhas nativas sateré-mawé.

SLOWfood

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Mara AlcamimChef de Brasília / Distrito Federal

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Ofir de Oliveira Chef de Belo Horizonte / Minas Gerais

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Dona Lucinha / Maria Lúcia Clementino Nunes Professora em educação alimentar

Cozinheira de Belo Horizonte / Minas Gerais

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A riqueza da cultura brasileira não

cabe em um só estilo, em um único ritmo.

Os mil sons do Brasil multiplicam-se em

uma vastidão de culturas nascida da alma

do povo. Raiz e modernidade namoram em

um generoso palco multicultural. Pesquisa

e experimentalismo dialogam. As vozes das

divas seduzem. Velhos acordes surpreendem.

Novas sonoridades devolvem a identidade

resgatada. Guitarra baiana, violão dedilhado e

viola machete. Berimbau, atabaques e pilão.

Canções do coração e cantos do trabalho. O

compositor do Sul e o declamador do Norte,

reflexão do frio e festa do calor, nas mãos do

habilidoso rabequeiro, do talentoso tecladista

e do virtuoso violeiro. Rock-carimbó, ciranda

e milonga. Samba-chula e samba no pé. Em

todos os sotaques, a trilha sonora de uma

Nação. Mil tons e o mesmo Brasil.

MIL SONS e tons

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e tons

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Lirinha Músico de Arcoverde / Pernambuco

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Beth CarvalhoCantora do Rio de Janeiro / RJ

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Izabel Cipriano dos Santos O som do trabalho

Artista do grupo Destaladeiras de Fumo de Arapiraca / Alagoas

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Simone Soul Comprometimento com a vida, com o respeito e com a música

Cantora e percussionista de São Paulo / SP

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Renata Mattar Pesquisadora dos ritmos do povo

Cantora de São Paulo / SP

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Marco Suzano O gênio do pandeiro ao contrário

Percussionista do Rio de Janeiro / RJ

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Vitor Ramil

Cantor e compositor de Pelotas / Rio Grande do Sul

Os interiores, quando se comunicam, se reconhecem. Me senti em casa, entre aqueles agricultores de todos os cantos do País.

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Yamandú Costa Músico de Passo Fundo / Rio Grande do Sul

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ArmandinhoO mestre dos sons coloridos

Músico de Salvador / Bahia

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Severina Baracho e Dulce Barbosa Herdeiras do mestre cirandeiro Baracho

Cantoras de Nazaré da Mata / Pernambuco

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Lia de Itamaracá Primeira-dama da ciranda

Cantora da Ilha de Itamaracá / Pernambuco

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Selma do Coco Artista popular, de padrão internacional

Cantora de Vitória de Santo Antão / Pernambuco

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Pereira da Viola Músico de São Julião, Vale do Mucuri / Minas Gerais

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Lindaura Rocha Ribeiro Sua majestade do samba-chula

Cantora de São Francisco do Conde / Bahia

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Zé de Lelinha Virtuoso da viola machete

Músico de São Francisco do Conde / Bahia

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Mestre Laurentino Rei do rock e do carimbó

Músico de Belém / Pará

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Dona OneteO chamego do amor brejeiro

Cantora de Cachoeira do Arari / Pará

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Ramiro MusottoMúsico de Buenos Aires / Argentina

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A cada ano, a riqueza produtiva, cultural e

humana do interior do País se encontra na Feira

Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária,

promovida pelo Ministério do Desenvolvimento

Agrário. É o cenário que reflete o fortalecimento

de um novo Brasil rural, assentado na terra, na

diversificação e no respeito ao meio ambiente. Ali,

estão o trabalho, a arte e o capricho de homens e

mulheres que extraem da natureza o alimento e a

alegria de viver. A Feira é o espaço de negócios,

de convívio solidário e de orgulho de um Brasil

que se afirma pela qualidade de sua produção e

criatividade de sua gente.

AGRICULTURA Feira daFamiliar

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Familiar

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Fotos e portraitsEdu Simões Fotos adicionaisEduardo Tavares – pgs. 107, 118, 119, 120, 121, 123, 130, 131, 142/143 e guardas Regina Santos – pgs. 152/153, 154/155, 158/159, 162/163, 164, 165, 166, 167, 174, 175, 176/177, 182, 183, 188, 189, 196, 197, 200, 201, 206, 207, 212 e 213 Tamires Kopp – pgs. 5, 98/99, 100, 102 e 104

Ubirajara Machado – pgs. 101, 103, 105, 106, 116, 117 e 129

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Apoio

Realização

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COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 85

AO LADO DA FOTO DE RONALDO FRAGA

(PÁGINA 84)

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COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 141

AO LADO DA FOTO DE MARA ALCAMIM

(PÁGINA 140)

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Arroz doce

200 g de arroz vermelho

100 ml de leite condensado

50 g de açúcar

Cravo-da-índia a gosto

400 ml de leite integral

50 g de coco fresco ralado

Paçoca

100 g de castanha-de-baru torrada

50 g de açúcar

Arroz vermelho doce

Modo de fazer

com paçoca de baruIngredientes

Arroz doce

Cozinhe o arroz doce com leite integral e quando estiver macio

coloque o açúcar e o leite condensado, deixe por alguns minutos

e, por último, o coco ralado e o cravo-da-índia.

Acerte o açúcar. Reserve.

Paçoca

Bata no liquidificador a castanha com açúcar,

mas não deixe bater muito porque o segredo

é ficar os pedacinhos de castanhas.

Use a criatividade.

Finalização

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COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 147

AO LADO DA FOTO DE OFIR DE OLIVEIRA

(PÁGINA 146)

Page 238: livro como Retratos do Brasil

IngredientesUma lata de creme de leite

Uma lata de leite condensado

300 g de polpa de bacuri

Modo de fazerBata todos juntos no liquidificador

e leve ao congelador.

Sirva gelado como sorvete.

A receita serve sete pessoas

Sobremesa

Creme de bacuri

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COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 157

AO LADO DA FOTO DE LIRINHA

(PÁGINA 156)

Page 240: livro como Retratos do Brasil

Você sabia que o órgão sexual feminino da flor é composto de ovário, estilete e estigma?

E que o colo de uma planta

é o encontro do seu caule com as suas raízes?

A minha avó me contou.

A nossa família tem dedos verdes e raízes aéreas.

A luminosidade, a quantidade e a intensidade de vento,

a temperatura,

interessa a todos

nós.

O nosso plano futuro é misturar a terra,

fazer covas para novas plantas,

transplantá-las,

cortar galhos e raízes,

cicatrizar o corte,

brotar além,

no ciclo do sol.

A nossa família é um gesto.

De dentro pra fora.

Do caroço para luz.

A história da nossa família não está nos livros,

pois não foi escrita.

A nossa família é.

E o meu avô, nas noites de verão,

conta-nos sobre homens vaga-lumes,

almas caiporas,

zumbis de cavalo.

A teoria do sublime.

Eu sei da semente,

da interneza,

da interleza,

do gerador subterrâneo.

A nossa família vive dentro do dentro,

da semente,

no impulso.

Procurando a luz.

Élan *

* Élan ou ê-lã: impulso, arremesso, arrebatamento, movimento

apaixonado, ardor, entusiasmo, ímpeto (ou) movimento que prepara

o lançamento de alguma coisa. Próximo de sopro de vida.

José Paes de Lira

Page 241: livro como Retratos do Brasil

COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 161

AO LADO DA FOTO DE BETH CARVALHO

(PÁGINA 160)

Page 242: livro como Retratos do Brasil

Nada gratifica tanto a labuta dos que

cantam quando estes operários dos

sonhos e das canções podem juntar sua

arte aos que plantam e colhem alimentos,

aos que afagam generosamente a terra,

aos lutadores incansáveis na indispensável

causa da reforma agrária. Assim, senti

meu canto ter a força de uma semente,

que se supera, que, pequenina, se

transforma em árvore gigante, se

transforma em poderosa energia da

vida, quando cantei na Feira da Agricultura

Familiar e da Reforma Agrária.

 

Ali senti a “propícia estação de fecundar

o chão”, juntando a semeadura da

agricultura familiar e dos assentamentos

da reforma agrária com a semeadura da

cultura popular, com a sempre renovada e

fértil lavoura do samba.

Cantei feliz e emocionada, porque cantei

consciente de que precisamos da justiça

e da partilha que a agricultura familiar e

a reforma agrária trazem consigo, por

sua responsabilidade social de gerar

empregos e produzir alimentos, realizando

“o milagre do pão”.

 

Tal como na arte e na música, precisamos

da diversidade e da pluralidade produtivas

para garantir uma agricultura sustentável,

em fraterno e permanente diálogo

com a natureza, semeando a cada dia

o futuro das novas gerações, não a

desertificação da monocultura. Temos

sempre que plantar futuros. E por isso é

tão importante registrar tudo aquilo que vi

ali num livro como Retratos do Brasil Rural.

Eu só poderia terminar este texto com

um pedacinho da “minha semeadura, a

minha agricultura” – já que ando por aí

semeando sonhos –, uma das canções

que gravei: “Esse é o nosso país, esta é

a nossa bandeira, é por amor a esta terra

Brasil, que a gente segue em fileira!”.

Page 243: livro como Retratos do Brasil

COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 181

AO LADO DA FOTO DE VITOR RAMIL

(PÁGINA 180)

Page 244: livro como Retratos do Brasil

na minha aldeiadescansam viajantes e ladrõese as caravanas acampame as mulheresfazem pãonegros e hindusbrancos, índiostodos habitam minha aldeiaeles são artesãosnegros e hindusbrancos, índiostodos trabalham minha aldeiacomo a abelha faz o mel

Vitor Ramil

Aldeia

Page 245: livro como Retratos do Brasil

COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 185

AO LADO DA FOTO DE YAMANDU COSTA

(PÁGINA 184)

Page 246: livro como Retratos do Brasil

Senti uma imensa alegria em aprender coisas simples

que compõem as minhas lembranças da infância, como

os sabores dos legumes colhidos na terra virgem,

o som do trotar dos cavalos bem de manhãzinha para mais

uma jornada de trabalho.

De tardezinha aquele banho de riacho bem atrás da minha casa e depois...

as cantigas e danças em volta de uma fogueira.

São estas saudades que alimentam minhas emoções.

Page 247: livro como Retratos do Brasil

COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 199

AO LADO DA FOTO DE PEREIRA DA VIOLA

(PÁGINA 198)

Page 248: livro como Retratos do Brasil

Embarcação

...Voz de viola navega carrega belezas tons e sinais invade sertões encanta cidades conquista donzelas, anima serões som de viola tem porto É nau caipira, é cabocla caiçara travessando corações...

Autora: Alzira SoaresMusicado por Pereira da Viola

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COLAR ESTE VEGETAL SOBRE A PÁG 215

AO LADO DA FOTO DE RAMIRO MUSOTTO

(PÁGINA 214)

Page 250: livro como Retratos do Brasil

Caminhei pela Feira, conversei com

os agricultores e comprei seus produtos. Eles exalavam dignidade. Tive a certeza de que

a reforma agrária é possível, imprescindível

e bonita.

Para isso, é preciso um esforço de toda

a Nação e, por que não dizer,

do continente. Espero que saibamos

aproveitar o momento que vive a América do Sul.

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