Livro Completo 3ª Série - (1ª Revisão)

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ABRINDO CAMINHOS

ABRINDO CAMINHOS

Religiosidade e Convivncia

3 Srie/Ensino Fundamental

SUMRIO

1. Identidade e Relaes

1.1. Eu e os outros.....................................................................

1.2. Somos diferentes uns dos outros...............................................

1.3. Sinto, logo existo!................................................................

1.4. Eu existo com o outro hbitos e costumes..................................

2. Natureza, cultura e sociedade

2.1. O mundo em que vivemos........................................................

2.2. Conscincia ecolgica e social...................................................

2.3. A teia da vida interdependncia dos seres vivos............................

2.4. Precisamos uns dos outros somos sociedade.................................

2.5. O mundo com que sonhamos.....................................................

3. tica e valores

3.1. Somos responsveis uns pelos outros............................................

3.2. Respeito e tolerncia...............................................................

3.3. Somos todos irmos.................................................................

3.4. Pessoas que ajudaram a mudar o mundo........................................

4. Abertura ao transcendente

4.1. Irmos que se renem em comunidade de f..................................

4.2. Vivendo em comunidade e para a comunidade................................

4.3. Diferentes modos de viver a religiosidade......................................

4.4. Somos comunidade celebrando a vida...........................................

5. Manifestaes religiosas

5.1. Cultura religiosa e suas expresses..............................................

5.2. Ensinamentos que orientam a vida das pessoas................................

5.3. Desesperar, jamais!.................................................................

5.4. As prticas religiosas ...............................................................

TEMA 1: EU E OS OUTROS

BATE-PAPO

Voc j parou para pensar na importncia das diversas pessoas presentes a sua volta? Cada uma com seu jeito de ser, sentimentos, hbitos e costumes?

Desde nosso nascimento no estamos sozinhos no mundo. Muitas pessoas chegam at ns e participam direta ou indiretamente de nossa vida.

Vamos pensar em vrias situaes do nosso dia-a-dia onde o outro tem grande importncia em nossa vida. No espao em branco, escreva o nome de algumas pessoas e o valor que cada uma delas tem para voc.

DADOS NOVOS

Voc no nico no mundo. Desde muito cedo em nossa vida, aprendemos que junto com os outros que somos mais humanos e felizes. atravs da convivncia que nos desenvolvemos, e pouco a pouco podemos perceber, nas pessoas que nos cercam, pedacinhos de ns mesmos. O outro d sentido a nossa vida. Fomos feitos para viver juntos.

VIVNCIA

Ningum consegue viver sozinho, temos necessidade de nos relacionar uns com os outros. Necessitamos do outro para crescermos como seres humanos.

A Seguir faremos a brincadeira dos bales coloridos, isto nos ajudar a pensar sobre a importncia de cada pessoa em nossa vida. Vamos l! Mos obra!

Cada um receber um balo colorido.

Em seguida, voc dever fazer um desenho de um rosto no balo e escrever seu nome.

hora de brincar! Siga as instrues do professor.

PENSAMENTO EM AO

Uma das maneiras de perceber que o outro importante para voc lembrando que ele existe e faz parte de sua vida. Vamos relembrar lugares e momentos de alegrias e tristezas que tivemos em contato com o outro?

.

DESAFIO

Durante a semana, tentaremos valorizar ao mximo a convivncia com as pessoas que nos rodeiam. Procuraremos saber mais sobre as pessoas com que cruzamos todos os dias: seu nome, qual sua profisso, o que mais gosta de fazer, em fim interessar-se, procurando descobrir virtudes e dificuldades do outro. Pensar como podemos ajud-lo em suas dificuldades e ainda como trabalhar suas qualidades a fim de enriquecermos nossa convivncia.

TEMA 2: SOMOS DIFERENTES UNS DOS OUTROS

BATE-PAPO

O ser humano no vive sozinho; depende dos outros para sobreviver e ser feliz. Mas apesar de fazermos muitas coisas em comum, existem caractersticas que so somente nossas. O seu jeito de ser, a maneira como v e sente as coisas, etc. O fato de vivermos juntos no significa que temos que ser iguais as pessoas com as quais convivemos. E na diferena que a nossa convivncia em grupo se torna ainda mais rica. Precisamos respeitar as diferenas e o jeito de ser de cada pessoa.

Fique atento s orientaes do professor, pois esta atividade nos ajudar a compreender um pouco mais sobre nossas diferenas.

DADOS NOVOS

Normalmente as pessoas s gostam de se relacionar com aquelas que tm um jeito bem parecido com o seu, que gostam de fazer as mesmas coisas. bem mais fcil combinar com quem se parece com a gente. Contudo, isso tambm pode representar um grande perigo. As pessoas que aplaudem, elogiam ou pensam igual, vo pouco a pouco perdendo a capacidade de conviver com as outras que pensam diferente. No aceitam outras opinies ou crticas a seu respeito e acabam se fechando para outras possibilidades. Contentam-se em viver em seu mundinho.

O fato de sermos diferentes uns dos outros s contribui para uma boa convivncia, pois assim no estacionaremos, estaremos sempre crescendo atravs da troca que existir entre ns. Respeitando o jeito de ser de cada pessoa, valorizamos o diferente e aprendemos muito.

VIVNCIA

Vamos fazer agora uma gostosa experincia. Fique bem atento as orientaes do seu professor e abuse da criatividade.

PENSAMENTO EM AO

Observe bem as figuras. Elas representam algumas caractersticas do jeito de ser das pessoas.

Vamos selecionar e colorir quatro figuras que mais se identificam com seu jeito de ser.

DESAFIO

Durante esta semana vamos procuram conviver com pessoas diferentes, aquelas de que, justamente por serem diferentes no nos aproximamos muito. Procure conhecer melhor essas pessoas; voc vai se surpreender, vai se encantar pelo diferente. Aproveite este momento para estar mais prximo do colega, procurando conhecer um pouco mais do jeito ser de seus colegas. Voc vai conhecer a riqueza que existe nas diferentes maneiras de agir e pensar.

TEMA 3: SINTO, LOGO EXISTO!

BATE-PAPO

O que ser que aconteceria conosco se no tivssemos sentimentos? Os sentimentos so capazes de mudar alguma coisa na vida das pessoas? O que por exemplo? Existe um sentimento que mais importante que o outro? Voc acha que a razo prevalece sobre os sentimentos ou o contrrio?

Para comearmos a responder estas e tantas outras questes, vamos ler a histria em quadrinhos: O vale dos sentimentos.

PARA O ILUSTRADOR

Transformar a histria: O vale dos sentimentos em uma histria em quadrinhos. Como no exemplo que segue.

O vale dos sentimentos

Um pai, vendo o jovem e inexperiente filho possesso de dio e fria, tomado de cime da namorada que vira conversando com outro rapaz, chamou-o para um canto e contou-lhe a seguinte estria.

Havia um lugar chamado Vale dos Sentimentos e l moravam todos os sentimentos do mundo. Cada qual com seu nome: Alegria, Tristeza, Sabedoria, Determinao e outros. Apesar de serem to diferentes, se davam muito bem. At os sentimentos como Orgulho, Tristeza e Vaidade no tinham problemas entre si. Mas era l no fundo do vale, na ltima casinha que morava o mais bonito dos sentimentos, o Amor. Ele era to bom que, quando os outros sentimentos chegavam perto dele, modificavam-se. Isso acontecia porque dentre todos eles o Amor era o melhor. Porm, no mesmo vale, num lugar mais afastado havia um castelo. L neste castelo tambm morava um sentimento, que apesar de forte no possua nada de bom. Era o lar da Raiva. E a Raiva, de to ruim que era, no gostava dos outros moradores do vale.

Por isso, quando acordava de mau humor, fazia de tudo para estragar a beleza do lugar. Certo dia teve uma idia. Foi at o calabouo e preparou a poo mais esquisita e estraga prazeres de que se tem notcia. A fumaa que se ergueu da poo tomou conta do lugar , atingindo todo o vale; transformou-se numa tempestade como nunca se tinha visto antes. Quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se proteger. O Egosmo foi o primeiro a se esconder, deixando todos para trs. A Alegria deu risadas de alvio por ter se salvado rapidinho. A Riqueza recolheu tudo o que era seu, antes de se abrigar. A Tristeza, a Sabedoria... a Vaidade... todos conseguiram chegar em suas casas a tempo, ...menos o Amor. Ele estava to preocupado em ajudar os outros sentimentos que acabou ficando para trs. Ento algo terrvel aconteceu: um raio cortou os cus atingindo o Amor. Ouviu-se um estrondo gigantesco e um corpo caiu ao solo.

A Raiva deu sua tarefa por cumprida e retirou-se para dormir. Quando a tempestade passou, os sentimentos todos puderam abrir suas janelas aliviados. Mas ao sarem, eles sentiram uma coisa diferente no ar. Algo que nunca tinham sentido antes. Foi ento que eles viram a cena. - O que aconteceu com o amor? - perguntavam entre si - Ele no se mexe! - afirmou outro sentimento - Est to parado que at parece que morreu! - exclamou outro.

Nesse momento a Tristeza comeou a chorar e o Orgulho no aceitava os fatos dizendo que tudo era mentira. A Riqueza afirmava que era um desperdcio e a Alegria, pela primeira vez, verteu lgrimas pelos olhos. Foi nesse instante que uma coisa estranha comeou a acontecer: os sentimentos comearam a ter desavenas; sem o Amor para uni-los, as diferenas apareciam e trincavam as relaes. A situao j estava bem ruim quando eles repararam que estavam sendo observados por algum que nunca tinham visto por ali antes. Ento o estranho se ajoelhou na frente do Amor... tocou-o calmamente... e o mais nobre dos sentimentos abriu os olhos. Ele no morreu! O amor no morreu! - gritavam os outros sentimentos. Foi a que todos puderam ver o rosto do estranho. Ele era ela, o Tempo. Todos comemoraram, porque o Amor estava vivo e sempre estar! Porque no h nada que possa acabar com o amor, enquanto o Tempo estiver ao seu lado para ajud-lo. Assim a paz voltou a reinar no Vale dos Sentimentos. O Amor e o Tempo se casaram e tiveram trs filhos. Os nomes deles so Experincia, Perdo e Compreenso. E moram juntos hoje e para todo o sempre no Vale dos Sentimentos, bem l no fundo daquele lugar que se chama CORAO.

Aps ouvir a estria o jovem, chorando, agradeceu ao pai dando-lhe um abrao e saiu correndo em busca da namorada para pedir desculpas e voltar a viver sua grande paixo com a confiana daqueles que amam de verdade...

a. O que so sentimentos?

b. A histria narra que quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se protegerem.

O egosmo foi o primeiro a se esconder, deixando todos para trs.

A alegria deu risadas de alvio por ter se salvado rapidinho.

A riqueza recolheu tudo que era seu, antes de se abrigar.

comum termos esses mesmos sentimentos seja em relao a ns mesmos ou ao outros?

Voc j se sentiu assim? Por qu?

c. Qual a semelhana entre a histria e o que acontece em nossa sociedade?

d. Voc acha que seus sentimentos revelam o seu jeito de ser? Como?

e. Devemos sentir mais e pensar menos ou o contrrio? Por qu?

DADOS NOVOS

H muito tempo, l na Frana, existiu uma pessoa chamada Ren Descartes que tinha um desejo muito grande de conhecer tudo sobre o homem e o universo. Contudo acabou chegando a concluso que isso era impossvel.

Depois de muito pensar e estudar, ele se convenceu que a razo era o nico meio de se chegar a um conhecimento seguro sobre tudo o que vemos. Voc acredita que ele passou a duvidar de tudo, at mesmo de sua existncia? E foi atravs dessa dvida que ele compreendeu o seguinte a nica certeza que tinha era o fato de que ele duvidava de tudo. Se ele duvidava, isto significa que ele era um ser que pensava. Assim, ele chegou maior concluso sobre o seu pensamento. Se eu penso porque existo da, penso, logo existo.

Voc concorda com este pensamento? Acha que podemos nos reduzir a isto? Ser que hoje no deveramos olhar para este pensamento de maneira diferente? A razo mais importante que os sentimentos? O que fazer quando a razo toma conta de uma pessoa ou de uma sociedade?

Em geral, somos incentivados a desenvolver a conscincia (razo) e por outro lado desprezar e relegar a segundo plano a sensibilidade. Fomos educados com este pensamento, de que temos que ser prticos, simplesmente pensar, olhar as coisas objetivamente. Bom, eu penso, logo existo. Nunca perguntamos se havia possibilidade para algo diferente como: sinto, logo existo. Ser que no a capacidade de sentir que nos distingue de outros seres, mais do que a razo? Ou pelo menos no seriam a razo e o sentimento, a conscincia e a sensibilidade a base de nosso ser?

Somos gente e isso quer dizer que amamos, choramos, rimos, perdoamos, desejamos, sentimos... Ento qual seria a base da vida humana, a razo ou o sentimento?

Se o ser humano for entendido basicamente pela sua capacidade de pensar, ele se tornar um mero espectador de sua vida, ou seja, no participar ativamente dela.

No existimos pelo simples fato de existir. Existimos em funo de algo maior que reservado para cada um de ns. Temos que ter cuidado e responsabilidade com o mundo e com os outros e somos diretamente afetados pela sua alegria ou tristeza, pela esperana ou pela angstia.

Nessa nova maneira de encarar a vida, o sentir ganha um lugar de destaque. Ele passa a ser a referncia de nossas atitudes. Agora sou parte do mundo, tenho que senti-lo e permitir que os outros tambm o sintam. A minha existncia no mais ser definida pela razo; ela passa agora a circular em torno da afetividade, do cuidado, da simpatia e do amor. Nos tempos atuais fica comprovado que o sentimento e a afetividade so aspectos fundamentais do ser humano. Um fato no atinge apenas nosso crebro colocando nosso pensamento em movimento chega tambm a nosso corao, a nossa afetividade, despertando sentimentos e suscitando respostas.

VIVNCIA

Como esto os seus sentimentos? Voc uma pessoa que pensa antes de sentir ou sente antes de pensar? Vamos fazer uma experincia? Aguarde as orientaes do professor.

LBUM (Exemplo)

01. Dos 05 sentidos, qual deles foi mais fcil fotografar? Por qu?

02. O que voc viu que mais impressionou?

03. Voc sentiu algum cheiro agradvel? Qual?

04. Voc tocou em algo que provocou algum sentimento diferente? O qu?

05. Voc ouviu algum som ou rudo desagradvel? Qual?

06. Alguma coisa mexeu com o seu paladar? O qu?

07. Que concluso voc tirou dessa experincia?

PENSAMENTO EM AO

Depois da experincia vivida ficou mais fcil entender porque sentimos antes de pensar? Assim podemos entender e explicar os acontecimentos de acordo com nossos sentimentos. Temos sentimentos e quanto mais verdadeiros eles se tornarem, mais humanos seremos.

Quando estamos em um lugar lindo, maravilhoso, geralmente queremos curtir ao mximo esse local, no verdade? Vamos imaginar que voc est em um local como o da fotografia abaixo. Feche os olhos, pense no lugar e explore o mximo que puder. Olhe toda a paisagem, sinta o cheiro da brisa, o frescor da gua do mar, a areia da ilha... Quando voc participa desta paisagem, todos seus sentidos so aguados.

Quais so os sentimentos que brotam em voc a partir dos sentidos? Anote nos espaos em branco.

DESAFIO

Voc j teve um dia daqueles? A maioria das pessoas, inclusive voc e eu, j vivenciou muitos sentimentos desagradveis - mal-humor, decepo, raiva e tantos outros.

Vamos fazer uma leitura bem gostosa em casa? Leia o livro - Um dia daqueles do autor Bradley Trevor Greive da editora Sextante. Depois da leitura, pense sobre as seguintes questes.

O pensamento permanece e a foto fica como sugesto para o ilustrador

TEMA 4: EU EXISTO COM O OUTRO HBITOS E COSTUMES

BATE-PAPO

Oi gente! J aprendemos que sozinhos no somos ningum. Aprendemos tambm que precisamos dos outros para viver e que nossa convivncia deve ser regada todos os dias, com muito respeito, acolhida, partilha e amor.

Ento j podemos afirmar com convico que eu existo com o outro. E, existir com o outro a mesma coisa que conviver. A convivncia viver com, partilhando a vida, as atividades, as tristezas, as alegrias. Ns s conseguimos viver relacionando-nos com os outros, respeitando as diferenas de hbitos e costumes de cada um. E neste relacionamento que podemos construir nossa felicidade, nos realizar como pessoa. Podemos crescer, desenvolver e nos tornarmos mais gente, mais humanos.

Nos quadradinhos abaixo ainda esto faltando alguns aspectos que demonstram o caminho para acolhermos e servir aos outros. Vamos descobrir quais so e completar os espaos em branco?

DADOS NOVOS

Em todo grupo formado por pessoas, a convivncia necessria. Aos poucos vamos descobrindo que cada vez mais precisamos aprender a conviver. S que essa convivncia depende de uma grande caminhada e de muito aprendizado. Pois na sociedade em que vivemos, os costumes e hbitos das pessoas so bem diferentes. Cada pessoa tem sua maneira caracterstica de ser e viver, seu modo original de resolver problemas, estabelecer regras de convivncia, transmitir valores, demonstrar desejos, apesar de se tratar de uma mesma cultura.

So tantas a diferenas entre as pessoas que muitas vezes d at a impresso que vivemos em mundos totalmente diferentes. Mas essas diferenas nos aproximam ou nos afastam? possvel viver somente com quem escolhemos? A minha vida independe do outro? Essas e outras perguntas sero facilmente respondidas a partir do momento em que as diferenas entre as pessoas nos aproximarem. Aceitar o diferente em sua prpria condio de pessoa algo relativamente novo, pois reflete uma nova mentalidade desse incio de novo milnio, que dever vigorar na civilizao que, certamente, transformar a Terra num mundo de regenerao porque se refere aceitao das diferenas.

Ento, a minha existncia s possvel com o outro, mesmo com seus costumes e hbitos diferentes dos meus. A pessoa que aceita o outro na sua diferena, passa a ser mais fraterna em todos os sentidos, deixando de criticar, julgar e agredir. No h como ignorar o desafio do outro neste milnio que se inicia. O outro constitui caminho essencial para a construo de nossa identidade. Precisamos dialogar para no morrer, e o dilogo s comea a existir quando nos damos conta de nossas incertezas e de que necessitamos do outro. E o sculo XXI estar repleto do outro, um outro cada vez mais numeroso, provocador e exigente. Um outro que distinto, mas no necessariamente inimigo.

VIVNCIA

J no temos mais dvidas. Somos todos diferentes uns dos outros, mas essas diferenas fazem com que cada vez mais valorizemos e respeitemos as pessoas do jeito que elas so. Mas para que isso acontea, no podemos ficar parados, sem fazer nada, precisamos ir ao encontro do outro.

De que precisamos para ir ao encontro das pessoas que so diferentes de ns? Ser que precisamos de muitas coisas? O que fazer?

Agora vamos participar de uma experincia que nos ajudar a responder estas perguntas. Aguarde as orientaes do professor.Quem o outro a partir de?

Foi assim que ns imaginamos fazer o nosso desenho?

O outro grupo acrescentou outros dados que no tnhamos pensado? O que?

O colorido foi diferente? O que ser que o outro grupo quis mostrar?

O que mais vocs perceberam nesta troca de desenhos?

PENSAMENTO EM AOPara irmos e chegarmos ao encontro do outro passamos por vrios caminhos. Alguns so mais difceis de serem trilhados pois possuem espinhos que nos ferem, dificultam e at impedem nossa caminhada. Outros so menos difceis, pois mesmo possuindo algumas dificuldades, acreditamos que o outro muito importante para a nossa realizao pessoal e merece todo o nosso esforo e dedicao. Vencemos barreiras, transpomos obstculos e vamos ao seu encontro, a qualquer preo.Procure dentre os trs caminhos o melhor para ir ao encontro do outro.

DESAFIOQuem so as pessoas que mais necessitam de nossa ateno, amor, pacincia, enfim, de nossa ajuda? s vezes somos to egostas que no conseguimos enxergar as necessidades dos outros. Pensamos demais em ns mesmos e esquecemos que o outro a extenso do prprio eu.

necessrio nos conscientizarmos do quanto podemos ajudar os que mais necessitam de ns. Juntos, somos capazes de partilhar o que somos e temos. Vamos tentar colocar em prtica o mandamento do "Amor" ensinado por Buda, Maom, Cristo, Chico Xavier e outros?

Durante um certo tempo, com todas orientaes e acompanhamento do professor, vocs estaro realizando um projeto chamado: Os outros e eu.

Agora s colocar em prtica. Sucesso!

S vemos nossos prprios erros, atravs dos olhos dos outros".

(Pensamento Oriental)

TEMA 1: O MUNDO EM QUE VIVEMOSBATE-PAPO

Se levarmos o mundo ao mdico para fazer alguns exames e tirar um raio-X, vamos constatar que o nosso planeta est doente. Quer ter certeza disso? Ok! A partir deste momento voc ser um mdico e fazer um diagnstico bem preciso sobre o mundo. O seu objetivo saber como est a sua sade e a partir da concluso do diagnstico, voc receitar os remdios mais eficazes para o tratamento de sua doena.

E ento, doutor, vamos comear a consulta?

A partir do diagnstico feito, o que voc receitaria para seu paciente?

DADOS NOVOS

Pelo diagnstico que voc fez e a partir dos acontecimentos mundiais, fica fcil constatar que o mundo est muito doente. Tudo caminha para um diagnstico preocupante, agravado dia-a-dia pelo progresso incapaz de gerar bem-estar grande maioria das pessoas.

Segundo estatsticas mundiais o mundo em que vivemos est doente porqu:

a. O abismo entre ricos e pobres dobrou nos ltimos 35 anos. H mais de 1 bilho de pobres no mundo, ganhando menos do que R$ 2,00 por dia, e que no tem acesso a alimentao, gua tratada, empregos, escolas, hospitais ...

b. Metade da populao mundial, aproximadamente 3 bilhes de pessoas, esto vivendo nas grandes cidades em pssimas condies.

c. Apesar do aumento na expectativa mdia de vida, a mortalidade infantil ainda altssima nas regies menos desenvolvidas. Algumas doenas, como tuberculose, malria, lepra e hepatite esto ressurgindo. A AIDS vem crescendo assustadoramente sobretudo em alguns pases da frica.

d. No mundo inteiro, mais de 800 milhes sofrem de subnutrio crnica.

e. Todos os anos, 13 milhes de crianas, menores de 5 anos de idade, morrem em conseqncia de doenas que poderiam ser facilmente prevenidas ou por desnutrio. H mais de 200 milhes de crianas de 0 a 5 anos mal nutridas no mundo. H tambm por volta de 200 milhes de crianas, no mundo inteiro, que trabalham. H por volta de 30 milhes de crianas que vivem nas ruas.

f. Segundo a OIT (Organizao Internacional do Trabalho), h mais de 120 milhes de desempregados e outros 700 milhes de subempregados no mundo.

g. Existem aproximadamente 905 milhes de analfabetos no mundo.

h. Em 1994, mais de 125 milhes de pessoas estavam vivendo em outros pases, devido a problemas polticos ou econmicos. H mais de 100 milhes de pessoas em constante movimento pelo mundo.

i. A misria muitas vezes resulta em conflitos sangrentos. Dos 82 conflitos armados que ocorreram entre 1989 e 2001, mais de 79 aconteceram dentro dos pases e no entre naes.

j. S na dcada de 80, mais de 700 mil pessoas morreram em conseqncias de catstrofes climticas. Milhes de outras pessoas ficaram desabrigadas.

k. Das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, 55% so mulheres. Cada vez mais, a pobreza feminina. As disparidades em termo de salrios so imensas: em algumas regies da frica, onde as mulheres representam 60% da fora de trabalho, sua remunerao chega a 10% da dos homens.

l. Podemos dizer que a pobreza quase um problema rural. Nas regies mais pobres do mundo, mais de 75% da populao vivem no campo.

No Brasil a situao uma das piores do mundo. Somos campees da disparidade de rendas do mundo. Na dcada de 60, os 10% mais ricos da populao ainda ganhavam 34 vezes mais do que os 10% mais pobres. Hoje, esta diferena dobrou para mais de 78 vezes. Ou os 10% mais pobres tm direito apenas a 0,8% da riqueza nacional. A partir destes nmeros podemos constatar que este mundo um lugar para uma pequenssima parte de privilegiados, pois o contraste entre ricos e pobres muito grande.

Como diminuir estas diferenas sociais, distribuir melhor a renda e melhorar a qualidade de vida em nosso planeta? No existe uma frmula pronta para mudar esta situao e nem tampouco estes problemas seriam solucionados da noite para o dia. S tenho certeza de uma coisa as mudanas existem e so possveis, s que temos que ter coragem para faz-las. Nossa participao essencial para que alguma coisa mude. Voc topa fazer alguma coisa?

(Fontes Anurio Estatstico 2001 e IBGE)

VIVNCIA

Vamos participar agora de uma dinmica chamada: Brincando com as palavras. Voc vai precisar de tesoura, cola, caneta hidrocor, rgua e revistas usadas. Aguarde as orientaes do professor.

PENSAMENTO EM AO

Depois que todos partilharem suas idias, perceba o que foi mais importante durante a conversa e quais foram os problemas identificados por voc e seus colegas que precisam de mudanas urgentes. Escreva uma carta para o Presidente da Repblica pedindo uma ateno especial para esses problemas. No se esquea de colocar na carta como voc pode contribuir para essas mudanas.

desafio

Para a prxima aula voc ficar responsvel em trazer, para discutirmos em sala, o nome de uma Organizao No Governamental (ONGs) que contribui para melhorar o mundo em que vivemos. Voc ter que falar sobre o que ela faz, o que ela j conseguiu mudar, seus principais desafios e qual a sua importncia hoje na transformao do mundo.

"Seja a mudana que voc deseja ver no mundo. (Mahatma Gandhi)TEMA 2: CONSCINCIA ECOLGICA E SOCIAL BATE-PAPO

Iniciamos um novo milnio com muitos problemas do passado resolvidos, mas, em compensao, surgiram novos problemas . Um dos maiores a falta de proteo ao nosso planeta. A sobrevivncia da humanidade est ameaada. E a causa principal disso que a natureza est sendo destruda. A Terra est gritando e pedindo por socorro.

Ser que ns ouvimos os gritos de dor e o pedido de socorro da Terra? O que ser que ela est sentindo e que tipo de ajuda ela esta pedindo? Vamos ouvir atentamente esses gritos de desespero e socorro, atravs de uma carta chamada: O grito da me Terra de Alan Ghelardi. O professor far a leitura.

Vimos, na da carta que o homem est matando a me Terra. Nela so apontadas vrias situaes responsveis por seu grito de desespero e socorro.

Pinte as aes dos humanos que esto contribuindo para a morte da me Terra.

PARA O ILUSTRADOR

(Todos os desenhos devero estar em preto e branco para que os educandos possam escolher e pintar.)

DADOS NOVOS

So muitas as nossas atitudes que nada contribuem para a preservao da natureza. As matas esto sendo exterminadas, espcies de animais e vegetais esto desaparecendo da face da Terra, os rios esto morrendo devido a grande quantidade de sujeira que jogamos neles, o ar est se tornando irrespirvel, contaminado por poluentes vindos das indstrias e dos veculos movidos base de petrleo. Como se isso no bastasse, ainda temos nas grandes cidades a poluio sonora. Mas ser que esse desrespeito com a natureza sempre foi assim? O que voc acha?

Seria maravilhoso se a nossa me Terra continuasse preservada como ela foi criada, cuidando de seus filhos e sendo cuidada por eles. Ela, que era um jardim, um paraso e est sendo transformada em uma grande lixeira. Diante disso, qual a nossa posio? O que posso e devo fazer? Ficar de braos cruzados adiantar alguma coisa? Acreditamos que o nosso primeiro passo diante dessa situao termos conscincia que a situao muito preocupante. Esta conscincia tem que ser ecolgica e tambm social.

Essa conscincia nos revela que nossa me Terra um organismo vivo e em evoluo e o que for feito a ela repercutir em todos os seus filhos. Ela requer de ns uma conscincia e uma cidadania planetria, isto , o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos desaparecer com a sua destruio ou podemos viver com ela em harmonia, participando de suas transformaes.

A conscincia ecolgica uma urgncia mundial e no nasce no vazio. Ela nasce em funo de uma realidade que no d mais para se admitir, a ameaa qualidade de vida do nosso planeta, onde a tecnologia industrial e a exploso demogrfica so parceiras da grave devastao dos ecossistemas. Aponta, ainda, para a busca de um novo relacionamento com o meio ambiente, ultrapassando as vises individualista e utilitarista que caracterizam os pases ocidentais.

Um segundo passo seria de nos reeducarmos, isto , desenvolvermos a atitude de observar e evitar a presena de agresses ao meio ambiente e de todos outros seres vivos, o desperdcio, a poluio sonora, visual, a poluio da gua e do ar, para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante do planeta e reverter a cultura do descartvel. Criar uma cultura da sustentabilidade a biocultura - uma cultura da vida, da convivncia harmoniosa entre o homem e todas as outras formas de vida existentes na natureza. Essa cultura deve nos levar a saber selecionar o que realmente essencial em nossas vidas, em contato com a vida dos outros.

No estamos fora da natureza; somos parte dela e cada agresso que a ela fizermos como se estivssemos fazendo a ns mesmos. No somos donos da natureza, somos parte dela. Destruir a natureza provocar a nossa destruio. Proteg-la uma questo de sobrevivncia.

VIVNCIA

Hoje vamos fazer um passeio ecolgico e terminar com um pic-nic. O professor passar para vocs as orientaes.

PENSAMENTO EM AO

Apesar de vrias manifestaes sobre o problema da Ecologia, s recentemente as pessoas, instituies e os prprios governos, embora lentamente, comearam a se preocupar e a se organizar para defender o meio ambiente. A natureza, durante muito tempo, tem sido uma vtima sem a possibilidade de se defender. Como no entender que a preservao da vida de cada pessoa depende do respeito para com o Planeta Terra?

Vamos fazer uma viagem na rede mundial de informaes, a Internet? O site escolhido www.uol.com.br/ecokids.

Essa home-page foi especialmente preparada para tratar do tema em questo: Ecologia. Os Ecokids mostram, atravs de jogos, recadinhos, informaes para pesquisa e curiosidades, que a preservao das espcies e do meio ambiente vital para o ser humano e o planeta. Todos estudam na Escola Vila Verde que fica prximo da floresta. A maioria dos Ecokids escolheu bichinhos silvestres para proteger. Outros optaram por bichinhos domsticos, por motivos emocionais. Os Ecokids fundaram o Clubinho dos Ecokids, onde se renem para planejar, mobilizar e discutir aes e trabalho para a preservao da natureza. No Clubinho criaram um jornalzinho para divulgar notcias, alm de elaborarem um manual para ajud-los em consultas sobre os problemas e solues relativos natureza. Vamos navegar? O que voc ir fazer?

1. Todas as vezes que voc passar a setinha do mouse sobre os nomes e aparecer a mozinha, isso significa que um link.

2. Clique no link sobre o site e procure saber o porqu da existncia dessa home-page.

3. Entre no link saiba mais sobre ns e clique em cada Ecokid, veja quem tem mascotinho e saiba mais sobre ele. Escolha aquele com o qual mais se identificou. Por qu?

4. No link salve o planeta clique em cada nmero e veja, atravs de pequenas aes, 30 maneiras de se contribuir para a preservao do nosso planeta. Escolha as cinco aes que voc acha que as pessoas menos praticam. Diga o porqu.

5. No link preserve os bichos fale um pouco sobre a preservao dos animais e sobre a lista dos animais que esto em extino.

6. Entre no link opinio de gente grande e veja o que pessoas pensam sobre ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE e como elas esto contribuindo para a PRESERVAO do nosso planeta! D tambm a sua opinio.

7. No link eco-glossrio procure o significado das seguintes palavras: biodiversidade coleta seletiva desenvolvimento sustentvel ecologia ecologia humana ecossistema gesto ambiental impacto ambiental meio ambiente natureza ong oznio - qualidade de vida recurso natural no renovvel Terra.

8. Entre no link agenda 21- e diga o que Agenda 21.

9. Clique no link direitos dos animais - o que fala a declarao universal dos direitos dos animais?

10. Clique no link ecossistema global e diga como funciona o nosso meio ambiente e como causamos o desequilbrio ambiental.

11. Clique no link cidade e conhea quais so os elementos urbanos.

12. Agora que voc j conhece todo o site hora da diverso. Vamos jogar? Entre no link vamos jogar e brinque vontade.

13. Antes de encerrar a sua viagem pelo site, envie um e-mail para os idealizadores da Ecokids dando sua opinio sobre o que voc achou.

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DESAFIO

Est crescendo o interesse pela Ecologia. o futuro da humanidade que est em jogo. Para atingir seus objetivos, a educao ambiental exige sensibilidade para com os processos que ocorrem na natureza e uma melhor estruturao da sociedade, o que exige uma luta contra a alienao, o descompromisso, o individualismo... impossvel realizar um projeto de educao ambiental tendo em vista apenas as grandes preocupaes com os problemas ecolgicos do mundo. A educao ambiental comea em casa, na rua, na praa, no bairro, na escola, nos clubes... S a partir disso possvel integrar uma luta para a soluo dos grandes problemas ecolgicos do planeta.

Dia 05 de junho o Dia mundial da Ecologia. Independentemente desta data, precisamos colaborar para a preservao da natureza. O jornal Folha de So Paulo publicou um guia de vida ecolgica muito prtico que pode nos ajudar bastante, para mudar nossos maus hbitos. Vamos colocar em prtica estas orientaes? Esse ser o nosso desafio.

TEMA 3: A TEIA DA VIDA INTERDEPENDNCIA DOS SERES VIVOSBATE-PAPO

No h mais do que duvidar, somos responsveis uns pelos outros. A minha vida, como a de todas as pessoas, est interligada s demais por uma grande teia, a teia da vida.

Diariamente somos convidados a cuidar de ns mesmos, do outro e de nossa casa, o planeta Terra, pois este o nico lugar que temos para viver. O cuidado deve estar presente em tudo e em todos e seu objetivo maior permitir a construo da grande teia da vida. O que ser que contribui para construirmos essa teia? E o que no contribui? Vamos fazer essa separao?

Voc vai comear a organizar a teia da vida. No primeiro ba, voc vai colocar as coisas que voc acha que contribuem para a construo da teia. Do segundo ba, voc vai tirar as coisas que voc acha que no contribuem para a construo da teia. Relacione as palavras nas linhas abaixo de cada ba. Vale tudo: objetos, sentimentos, lembranas, medos, acontecimentos, atitudes, gestos, etc...

DADOS NOVOS

Na natureza todos os seres esto ligados uns aos outros atravs de uma relao mtua, onde o mais importante a preservao e o cuidado com a vida. Uma abelha depende do nctar das flores, a flor origina-se de uma planta que se alimenta atravs do solo. O solo, por sua vez, depende da chuva para se tornar mido e frtil. E quando a flor morre, apodrece e se mistura com o solo, tornando-se adubo para outras plantas que serviro de sustento para o homem e outros animais.

Como voc pode observar, ... a terra no pertence ao homem; o homem que pertence terra, faz parte dela, mais um elemento na imensa teia. Todas as coisas esto interligadas, como o sangue que une uma famlia. Tudo quando agride a terra, tambm agride os filhos da terra. O homem no tece a teia da vida; nela ele apenas um fio. O que ele faz para a teia a si prprio far. (Chefe ndio Seattle)

No podemos entender a vida como um ato solitrio, ela uma aventura cooperativa. Somos parte de uma grande orquestra, onde cada um representa uma nota musical. Formamos um grande conjunto, onde pertencemos uns aos outros.

Tudo estaria incompleto se faltasse o toque divino nessa grande teia, onde cada um de ns est representado por um pequeno fio, pois o amor divino que ensina todas as criaturas a fazer o que preciso para sua prpria vida e avanar em direo perfeio. Mesmo quando vidas so sacrificadas, sabemos que isto ocorre na medida certa para o funcionamento de todo o ciclo da vida. Sacrifcios so feitos por indivduos e por espcies a fim de que outras possam transformar-se, atingindo a perfeio. Segundo Radha Burnier: A beleza uma das formas de energia espiritual manifestada na teia da vida. Ela mostrada onde existe vida. As rvores e as plantas ao acaso retiram nutrientes da terra e os transformam em belas formas, em cores encantadoras, em texturas e desenhos variados que nos encantam. Besouros, escaravelhos e outros insetos, grandes ou pequenos, que podemos ou no ter notado - revelam todos, cada um a seu modo, a grandeza da inteligncia divina; a beleza, a harmonia e o amor esto entrelaados numa teia, e so ligados ao plano divino. A nossa vida um milagre e devemos trabalhar para que nossos pensamentos, atitudes, desejos e aes no destruam os fios que tecem a teia da vida. Caso contrrio, estaremos excluindo desse grande crculo, a beleza, a sabedoria e o amor que iluminam a teia. Pois nas palavras do chefe ndio Seattle Somos parte da Terra e ela parte de ns. As flores perfumadas so nossas irms; os veados, os cavalos e a grande guia so nossos irmos. As cristas rochosas, os frutos do prado, o calor do corpo do pnei e o homem - todos pertencem mesma famlia.VIVNCIA

Ao mesmo tempo em que somos fios, tambm tecemos a grande teia da vida, pois somos parte dela, dependemos de muitos e muitos dependem de ns. S que em alguns momentos esquecemos isso e nos julgamos seres especiais e auto-suficientes. Essa a raiz de uma srie de atitudes e sentimentos de destruio dessa teia dio, indiferena, agresso, depredao, medo...

Vamos agora parar um pouquinho e pensar sobre as nossas atitudes que em nada contribuem para fortalecer os fios que formam a grande teia da vida. Vamos meditar um pouco sobre isso? O professor dir como voc deve proceder. Aguarde.

PENSAMENTO EM AO

Vamos agora completar a teia da vida? Escreva na teia ou ao lado dela o que voc considera mais importante em sua relao com:

DESAFIO

Durante a semana pense e observe como nossa sociedade vem contribuindo na construo da teia da vida, atravs da poltica, medicina, religio, cultura e economia. V preenchendo a figura de acordo com suas observaes.

TEMA 4: PRECISAMOS UNS DOS OUTROS SOMOS SOCIEDADEBATE-PAPO

Nos lugares que geralmente freqentamos, escola, clube, casa de amigos e parentes, shopping, lanchonete, restaurante, igreja, nunca estamos sozinhos, sempre estamos rodeados de outras pessoas. Estamos convivendo. H uma grande verdade nisso cada pessoa um ser comunitrio! Ningum se realiza e feliz sozinho. Precisamos constantemente dos outros, para podermos crescer como gente e formarmos uma sociedade interdependente.

Seria possvel uma pessoa viver totalmente isolada sem precisar de ningum? Por que precisamos uns dos outros? Vamos ler e ouvir uma histria que fala da convivncia e da necessidade de nos relacionarmos bem com os outros.

A histria diz assim: Numa cidadezinha do interior, seus habitantes eram muito hostis uns com outros, cada famlia vivia na sua, como se no precisassem de ningum. Um certo dia, algum de fora espalhou a notcia de que, no fundo de um poo abandonado naquela cidadezinha, na ponta de uma corda, se encontrava o segredo da felicidade. A, todos os habitantes da cidade se puseram a procurar o tal poo abandonado com o tal segredo. Depois de muitas buscas, um homem conseguiu encontr-lo, mas no falou para ningum e, sozinho, tentou puxar a corda. Puxa, puxa, mas nada! A corda parecia presa no fundo do poo. Teve de pedir ajuda a um outro homem, mas tambm no adiantou. Vieram outros e outros, quase toda a cidade se juntou e fizeram uma corrente par puxar a corda. Conseguiram! Mas, na ponta da velha corda, veio apenas um velho balde enferrujado e vazio! As pessoas se olharam decepcionadas, quase com raiva. Mas a, algum comentou: - Sabem de uma coisa? Antes a gente nem se conhecia, ramos indiferentes uns para com os outros, no conversvamos; agora, por causa do poo, tivemos ocasio de conversar entre ns; nos aproximamos, nos unirmos e nos ajudamos em busca de um ideal comum. isso mesmo, a felicidade est na ponta da corda, porque descobrimos que ningum pode viver isolado ou ser feliz sozinho! Aprendemos a lio de que o que realiza o ser humano, o que o torna feliz, o dilogo, a comunho, a participao, o amor que nos une na busca do bem comum. saber que estamos juntos para o que der e vier. saber viver em sociedade com todas as suas alegrias e desafios.

1. Por qu o ser humano no se realiza ou feliz sozinho?

2. Qual foi a grande descoberta feita pelas pessoas da cidadezinha?

3. possvel uma pessoa viver sem precisar de ningum? Por qu?

Faa um resumo das principais idias levantadas em nossa conversa.

DADOS NOVOS

Uma das principais caractersticas da pessoa humana o fato de no conseguir viver sozinha ela um ser de relaes. Vive em constante integrao com a sociedade, em relao com o outro. Mesmo sendo diferentes, a convivncia nos aproxima, pois as relaes sociais formam uma corrente de aes mtuas.

Nossa primeira experincia de convivncia nossa famlia. Aos poucos vamos conhecendo e convivendo com outros grupos sociais, aumentando nossa compreenso do que sociedade. Atravs de gestos de carinho, confronto de idias, gostos, histrias de vida, vamos percebendo aos poucos, que precisamos uns dos outros sob vrios aspectos.

Nossa dependncia em relao aos demais nos leva a entender a importncia das outras pessoas em nossa vida. No h como pensar diferente; precisamos uns dos outros. E na dimenso das relaes, ningum maior ou menor, mais ou menos importante do que o outro. Todos somos importantes, necessrios, e, portanto, cada um deve preencher o seu espao na sociedade dando o melhor de si. Assim, nos sentiremos valorizados e parte integrante desse grupo social que luta para que direitos e deveres sejam respeitados com igualdade para todos.

VIVNCIA

Voc conhece algum que se julga completo e no precisa de ningum? Em nossa sociedade muito provvel que existam pessoas que agem dessa maneira. muito triste que algum ache que no precisa dos outros. Vamos imaginar que uma pessoa como essa resolvesse ficar sozinha em uma cidade abandonada, j que no precisa de ningum. Ser que ela conseguiria suportar? Ser que sentiria falta de alguma coisa? O que? Escreva ou desenhe o que ela poderia estar pensando.

Agora decifre os cdigos e descubra porque precisamos uns dos outros.

PENSAMENTO EM AO

Vamos assistir a um filme muito legal? O nome do filme Vida de Inseto. Conta a histria de Flik, uma formiga cheia de idias que, em nome dos insetos oprimidos de todo mundo, precisa da ajuda de guerreiros para defender sua colnia de um faminto bando de gafanhotos liderados pelo malvado Hopper. Mas quando descobrem que o exrcito de insetos na verdade um fracassado grupo de atores de um circo de pulgas, o cenrio est armado para divertidas confuses... com estes improvveis heris. Enquanto Hopper prepara outro ataque areo colnia, Flik e as pulgas do circo organizam-se para o confronto, que resulta numa batalha cmica.

Durante o filme percebam como a colnia de formigas onde Flik mora, vivia isolada de tudo para no precisar de ningum, mas quando se sentem ameaadas, entendem que precisam da ajuda dos outros e se abrem para isto. Deixam o isolamento de lado e vo procura de quem poder defend-las dos famintos gafanhotos.

Elas descobrem tambm que ningum se realiza individualmente, ningum feliz sozinho. Precisamos constantemente dos outros, para podermos crescer como gente e formarmos uma sociedade interdependente e fraterna.

Aps assistirem o filme, iremos conversar sobre algumas partes e dilogos.

DESAFIO

Neste desafio, realizaremos uma tarefa onde precisamos da ajuda e do envolvimento de todos, pois como vimos precisamos uns dos outros. A tarefa consiste em preparar um delicioso bolo de chocolate. Vamos precisar de vrios ingredientes e vocs se organizaro em grupos para traz-los. Para cada ingrediente do bolo vocs devero pesquisar:

a. Das regies do pas, qual a maior produtora?

b. Qual o processo de plantio e industrializao do produto?

c. Como so as condies de trabalho das pessoas que produzem esse produto? (Salrio, benefcios, aposentadoria, sade, expectativa de vida, jornada de trabalho, valorizao do trabalhador...)

d. Qual a importncia desse trabalhador para ns?

e. Geralmente paramos para pensar sobre a importncia das pessoas que produzem nossa comida, vesturio, bebida, diverso, remdios...? Por qu?

f. Como sua convivncia com as pessoas que esto sua volta? Voc d importncia a elas? Por qu?

g. Quando achamos que no precisamos uns dos outros, quais so as conseqncias dessa atitude para ns mesmos e para a sociedade?

INFORMAES GERAISINGREDIENTESMASSAMODO DE PREPAROMASSA

Tempo de Preparo: 20 min Pronto: 50min Rendimento: 10 pores

250gr de margarina2 xcaras de acar4ovos3 xcaras de farinha de trigo1/2 xcara de leite7 colheres de sopa de achocolatado1 colher de sopa de fermento em pBata a margarina, o acar, depois o ovo, a farinha de trigo, o leite e o chocolate. Por ltimo acrescente o fermento e mexa levemente.Asse em forma untada e enfarinhada por 30 minutos.

COBERTURA

Coloque os ingredientes na panela e leve ao fogo at obter o ponto de brigadeiro mole.Se quiser jogue chocolate granulado ou coco ralado em cima da cobertura.

COBERTURA

1 lata e meia de leite condensado 3 colheres de chocolate

TEMA 5: O MUNDO COM QUE SONHAMOSBATE-PAPO

Voc acha que o mundo est bom? Por que ser que ele est desse jeito? um mundo digno de se viver? Voc sonha com um mundo melhor? Qual o seu sonho? possvel realiz-lo? Voc acha que, para o mundo ser diferente, depende de quem? Vamos ler e cantar uma msica que fala sobre isso?

Muitas crianas de nosso pas e do mundo ainda esto nascendo e crescendo sem as mnimas condies de se tornarem cidados, esto vendo os seus direitos sendo desrespeitados, mesmo sendo pessoas humanas iguais a todos ns. No isto que queremos. Por isso ficamos indignados quando vemos um ser humano sendo tratado como bicho, principalmente uma criana. A partir da msica, pinte um quadro que seria totalmente diferente do mostrado na ilustrao abaixo.

(Misria no Brasil foto de Ana Arajo Revista Veja)

DADOS NOVOS

H uma msica do cantor e compositor Milton Nascimento que diz: Quero que a justia reine em meu pas. Quero a liberdade, quero vinho e po. Quero amizade, quero amor, prazer. Quero nossa cidade sempre ensolarada. Os meninos na praa e o povo no poder. Eu quero ver.

possvel construir uma sociedade como a descrita na msica? Pelo que j estudamos at aqui, no mundo que queremos construir ainda falta muito para ser concludo. Pelo diagnstico que voc fez, nosso mundo est doente. A violncia, a fome, a misria, a desnutrio, o desemprego, a corrupo, os atentados a bomba, a explorao dos mais fracos, a distncia entre ricos e pobres, o trabalho infantil e escravo, e tantas outras coisas ruins ainda esto presentes.

Mesmo com tantos sinais de morte espalhados pelo mundo afora, no podemos perder aquilo que ainda nos resta e que ningum pode nos tirar: a capacidade de sonhar. Sonhar com um mundo novo, com uma vida diferente para todos os habitantes do planeta. Mas sonhar s vale a pena quando acreditamos que o sonho se tornar realidade e lutamos por ele.

Sonhar com um mundo melhor, cheio de oportunidades para todos esperana, desejo, o que ainda resta aos mais pobres, querer uma realidade mais humana, uma vida mais digna, uma convivncia civilizada. Sonhos so os nossos projetos e que sempre devem incluir a vida do outro, o bem comum. No podemos nos enganar achando que a minha felicidade no depende da felicidade do outro, principalmente daqueles que so excludos da sociedade e que mais sofrem.

Sonharmos com um mundo novo, e que devemos construir. E no h grandes mistrios na concretizao desse sonho. Queremos uma sociedade onde no haja explorao, fome, misria e desrespeito pela vida. Onde a teia da vida seja respeitada, sem privilgios para ningum. Queremos que todos sejam sujeitos e cooperem entre si como co-responsveis pela construo de um mundo novo, muito melhor.

Precisamos lutar pelo que queremos. E para que possamos viver uma nova realidade, temos que arregaar as mangas e correr atrs dos nossos sonhos..

VIVNCIA

Segundo a msica, quem tem esperana e acredita em um mundo melhor, vale a pena lutar para que este mundo que sonhamos acontea. Para isso, existem muitas coisas que dependem de ns. No primeiro caminho escreva tudo o que depende de ns. No outro caminho escreva o que no depende de ns. Depois explique porqu.

PENSAMENTO EM AO

Todos temos sonhos, uns so mais intensos e outros menos, s depende da maneira como sonhamos. Qual o seu sonho? O que voc gostaria que se tornasse realidade?

Desenhe como ficaria o rosto de uma pessoa quando...

... voc no a inclui em seus sonhos. ... voc sonha que na h mais violncia.

... voc s sonha e no faz nada para ... voc compartilha de seu sonho

que seu sonho se torne realidade. com outras pessoas.

Agora voc pode compartilhar seus sonhos, planos e desejos com outras pessoas que tambm no tm medo de sonhar...

DESAFIO

J vimos que os nossos sonhos para se tornarem realidade depende muito de ns mesmos. Nesse desafio voc vai escolher um dos seus sonhos e coloc-lo em prtica. importante que voc envolva o maior nmero possvel de pessoas na realizao de seu sonho e registre todos os passos.

Aps a concretizao de seu sonho faa uma avaliao dos resultados, dificuldades encontradas, objetivos, mudanas provocadas, envolvimento, etc...

Agora s contar e apresentar para o restante da turma e planejar o prximo.

Eu tenho um sonho...

Que toda criana tenha escola e que toda escola seja um lugar legal para estudar.

Eu tenho um sonho...

Que toda criana tenha o direito de ser criana.

Que crianas no morram de doenas evitveis.

E que no haja violncia muito menos contra crianas e adolescentes.

Eu tenho um sonho...

Que um dia todas as crianas possam sonhar..

www.andi.org.br/direto/direto27 Foto: Mila Petrillo/ANDI

TEMA1: SOMOS RESPONSVEIS UNS PELOS OUTROS

BATE-PAPO

Responsabilidade a capacidade que a pessoa tem de sentir-se comprometida com algo sem sofrer nenhuma presso externa. Ser responsvel assumir uma atitude, cumprir uma tarefa sem ficar esperando que lhe dem ordens ou lhe faam cobranas. Na vida somos responsveis uns pelos outros, a nossa qualidade de vida depende muito da responsabilidade que cada um assume. A tarefa de construir um mundo melhor responsabilidade de todos. Mas muitas vezes ficamos esperando que uma pessoa assuma a responsabilidade de fazer aquilo que eu deveria ter feito. Leia atentamente a histria abaixo e reflita com seus colegas.

DADOS NOVOS

A responsabilidade pode ser entendida sobre dois aspectos: individual e coletiva. Individualmente, ser responsvel saber lidar com as conseqncias das atitudes que tomamos. estar pronto a responder pelos nossos atos. Coletivamente, ser responsvel ter a capacidade de participar ativamente nas decises que envolvem um grupo ou toda a comunidade. Uma atitude responsvel e solidria aquela que a pessoa deixa de lado seus interesses para dar lugar ao interesse coletivo. Existem vrias pessoas que se unem independente de suas diferenas, em favor da defesa da dignidade do ser humano. Essas pessoas percebem que somos responsveis uns pelos outros e que s podemos construir uma sociedade justa se todos tivermos as condies dignas para sobreviver descentemente. Uma sociedade s justa quando todos se sentem responsveis uns pelos outros.

E voc o que acha? possvel construir uma sociedade mais justa do que esta em que vivemos? Como?

VIVNCIA Seguindo as orientaes do professor, vamos fazer uma brincadeira muito gostosa que nos ajudar a compreender a importncia da responsabilidade na nossa vida. Muita animao para essa competio, assim vamos aprender brincando. Vamos l...

GINCANA DA RESPONSABILIDADE

INSTRUES PARA REALIZAR A TAREFA:

a. Leia atentamente as instrues antes de tomar qualquer atitude e em seguida escolha um responsvel pelo grupo.

b. O responsvel pelo grupo, assim como todos os membros, deve zelar pelo bom andamento do trabalho bem como pela conservao do material utilizado.

c. Um grupo no pode comunicar-se com os demais, pois se trata de uma competio educativa entre os grupos.

d. Ao abrir o envelope espalhe as fichas sobre a mesa ou no cho para que todos os membros possam participar da atividade.e. A tarefa do grupo formar uma frase coerente com o tema em pauta: Responsabilidade.f. V colocando as fichas lado a lado, na medida em que forem formando as palavras e posteriormente a frase. Terminado o tempo, o grupo dever escrever a frase que conseguiu formar, fazendo um comentrio sobre ela.

g. Em seguida o grupo dever apontar pelo menos 06 aspectos pelos quais a responsabilidade se torna importante e indispensvel em nossa vida.

h. Por que existe tanta resistncia por parte das pessoas em aceitar a responsabilidade como algo fundamental para a convivncia social? Anote as principais idias do grupo sobre a pergunta.

i. Apresente pelo menos 03 sugestes para o grupo assumir uma tarefa social na nossa escola.

j. Crie uma rima com a palavra responsabilidade. Anote-a.

k. Elabore uma propaganda, procurando convencer os seus colegas sobre a importncia da responsabilidade e da justia na vida das pessoas.

l. Faa um refro, a partir de uma melodia de msica conhecida utilizando as palavras responsabilidade e justia.

m. Crie uma charge ou um desenho ilustrando a necessidade da responsabilidade na vida das pessoas.

n. Organize todas as tarefas numa folha e entregue ao professor. O primeiro grupo que terminar todas as tarefas corretamente vencer.

PENSAMENTO EM AO

Vamos ler e refletir sobre alguns trechos da msica de Ivan Lins e procurar entender o que o autor quis dizer em cada estrofe. Uma vez entendidas as estrofes, selecionar recortes de revistas, jornais ou se preferir pode desenhar algo que represente o que foi dito nas estrofes. Para cada parte da msica, vamos colar duas ilustraes e explicar a relao entre elas.

DESAFIO

A partir de tudo que discutimos e vivenciamos nestas atividades podemos aumentar um pouco mais a nossa responsabilidade social fazendo parte de algum grupo de apoio. Converse com seu professor, pais, parentes e amigos e veja o que voc pode assumir nesta tarefa de construir um mundo melhor para se viver. Vamos viver com alegria a responsabilidade de ser e fazer os outros felizes.

TEMA 2: RESPEITO E TOLERNCIA

BATE-PAPO

Os valores so muito importantes na convivncia entre as pessoas. Cada sociedade cria suas regras e estabelece seus valores, aquilo que qualifica ou desqualifica uma pessoa na convivncia social. Vimos na aula anterior que nossa sociedade valoriza atitudes de responsabilidade. Agora vamos trabalhar o significado do respeito e da tolerncia como valores que envolvem uma srie de atitudes em nosso cotidiano. Analisemos estas situaes:

1. Imagine voc acordando s cinco horas da manh para enfrentar uma fila onde ir comprar um ingresso para o show do conjunto de que mais gosta e, de repente, um garoto ou uma garota entra na sua frente furando a fila.

2. Voc compra uma mercadoria numa loja e quando chega em casa, percebe que est com defeito. Volta para troc-la e, o gerente no aceita.

3. Imagine voc, ou algum de sua famlia, tendo que enfrentar uma fila de um dia para outro, a fim de conseguir uma consulta mdica e, quando chegasse na hora de marc-la, o funcionrio lhe diria que no h mais vagas.

4. Imagine, por exemplo, se ningum respeitasse a sua vez nos semforos do trnsito!

5. Imagine voc num bairro deserto de sua cidade, tentando telefonar para sua casa mas o nico orelho pblico disponvel foi depredado, ou est ocupado por algum que fica uma eternidade no telefone conversando futilidades.

Vamos conversar como os colegas sobre essas e outras situaes em que acontecem o desrespeito aos direitos dos outros.

Por que o respeito fundamental na convivncia entre as pessoas? Em quais situaes discutidas anteriormente acontece transgresso dos direitos do outro? Como voc avalia as atitudes de pessoas em situaes semelhantes a essas que estamos discutindo? possvel agir diferente, respeitando as pessoas? Voc acredita que a melhor maneira de conviver o respeito mtuo, ou seja as pessoas respeitam e querem ser respeitadas?

DADOS NOVOS

O respeito envolve muitas atitudes: a considerao, o reconhecimento do direito alheio, a admirao por uma pessoa, o cuidado pela natureza, pelos animais, pelas plantas, enfim, por tudo no mundo que nos cerca. O respeito aos demais aprendido na convivncia com as pessoas. O respeito se traduz pela valorizao de cada indivduo no seu jeito prprio de ser e nas caractersticas que o constituem. Respeitar o outro entender que devo consider-lo como algum que possui direitos e deveres, independente do fato de ser semelhante ou diferente de mim.

A atitude de respeito pode estar associada a diversas situaes. Pode-se respeitar algum por admirao e considerao. Neste caso respeita-se algum pelas qualidades que possui: carter, sabedoria, coragem etc. O respeito ganha um significado mais amplo, quando se realiza como respeito mtuo: dever de respeitar o outro, tem como contrapartida o direito de ser respeitado. Essas atitudes de respeito mtuo encontram-se mais freqentemente no convvio do dia a dia. No cotidiano podemos por em prtica nosso nossa maneira de respeitar as outras pessoas. Alm de respeitar as outras pessoas, devemos tambm ter respeito por nossa pessoa, por aquilo que somos, por aquilo que de fato nos constitui. Tudo isto est intimamente ligado a nossa dignidade. Mas o que dignidade? Dignidade o respeito que temos por ns mesmos. Portanto, respeito um valor que se refere a ns mesmos e aos demais, sendo que o respeito aos outros a primeira condio para que as relaes aconteam de maneira saudvel.

Respeitar o outro muitas vezes perceber que ele , pensa e age diferente de mim, mas nem por isso deixa de merecer meu respeito. Podemos concluir ento que o respeito est no sentido oposto ao preconceito; numa atitude de preconceito coloco o outro em posio inferior pelo simples fato de ser diferente de mim. Perguntamos ento onde fica o respeito ao outro se eu o rejeito antes mesmo de conhec-lo?

VIVNCIA

Seguindo a orientao do professor, vamos de novo aprender brincando. A atividade a seguir nos ajudar a refletir sobre o respeito e a tolerncia. A partir da brincadeira perceberemos que no to fcil respeitar e acolher todos as pessoas, mas devemos nos esforar. Descobriremos que respeitando as diferenas enriquecemos nossa convivncia e crescemos como pessoa. Respeitar significa olhar para o outro e ver uma pessoa, independente de sua cultura, raa, classe social, aparncia.

PENSAMENTO EM AO

Vamos ver como anda a tolerncia e o respeito s diferenas em nossa sociedade. Selecione duas reportagens de revistas ou jornais. Uma que mostra o desrespeito e a intolerncia nos diversos segmentos da sociedade. Outra que possa ilustrar o respeito s diferenas. Vamos l! Refletindo os acontecimentos, e lanando um olhar atento podemos aprender quais atitudes merecem o nosso respeito.

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Vamos conversar com os 3colegas sobre o que pesquisamos. O que marcou o respeito ou despeito na reportagem? Voc tem o hbito de refletir sobre suas atitudes, reconhecendo as vezes em que desrespeita as pessoas? Voc concorda que antes de cobrarmos o respeito das outras pessoas, devemos primeiramente respeit-las?

DESAFIO

Durante esta semana vamos dividir a tarefa de divulgar pensamentos e atitudes que estimulem o respeito e a tolerncia. Cada grupo ficar responsvel em fazer um cartaz ou faixa com uma frase ou pensamentos e col-lo nos corredores da escola.

TEMA 3: SOMOS TODOS IRMOS

BATE-PAPO

Parece estranho afirmar que todos somos irmos, pois vivemos de forma to diferente uns dos outros, no mesmo? Nem todas as pessoas tm oportunidades de viver dignamente. Mas, se somos todos irmos, por que existe tanta misria no mundo? Prevalecem a injustia e os maus tratos com pessoas que so semelhantes a ns, feitos da mesma essncia, portadoras de sonhos e de vontades. Por que tratamos to mal nossos irmos? Por que no somos capazes de contribuir para que todos vivam dignamente?

Vamos conversar com os colegas sobre o que nos impede de sermos todos irmos.

(www.chargeonline.com.br)DADOS NOVOS

O mundo atual oferece diversas possibilidades de convivncia com o outro. Existem vrias grupos cada qual defendendo suas idias, mas quase sempre de maneira individualista. Existem grupos que mostram-se muito mais preocupados em competir do que partilhar. Somos incentivados por uns a tratar os outros como possveis rivais, e ainda nos alegrarmos com suas derrotas. Considerar o outro como irmo ou como adversrio uma deciso pessoal, sempre muito relacionada com a educao, com os valores que recebemos. Na religio aprendemos que Deus pai de todos e por isso somos todos irmos. Mas no basta reconhecer esta verdade. preciso sentir, viver este pensamento, coloc-lo em prtica, acolhendo e cuidando do outro como meu verdadeiro irmo.

A declarao universal dos direitos do homem em seu artigo 1 diz:Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotados de razo e conscincia e devem agir, em relao uns aos outros, com o esprito de fraternidade. Este artigo mostra que a liberdade faz parte da condio humana, desde seu nascimento, porque o homem tem razo e conscincia. Temos o dever de agir fraternalmente em relao aos outros, pois somos todos irmos iguais em dignidade e direitos.

Somos gente, somos pessoas, capazes de amar e sentir. Isto nos une e nos faz irmos. Por isso nossas relaes e convivncia devem ser construdas na igualdade. No h nenhuma razo para tratarmos com discriminao qualquer pessoa, somos feitos da mesma essncia e filhos do mesmo Pai. Em nossas oraes nos lembremos de nossas milhares de irmos e irms espalhados pelo mundo, mergulhados nas mais diversas culturas.

VIVNCIA

muito comum agirmos na nossa convivncia diria com critrios diferentes para avaliarmos ou atribuirmos responsabilidade aos outros. Com esta atividade vamos fazer uma experincia que nos ajudar a pensar um pouco melhor sobre nossos irmos. Siga as instrues do professor e divirta-se com mais uma oportunidade de aprender brincando.

PENSAMENTO EM AO

Como experimentamos na brincadeira anterior, nem sempre sabemos considerar as pessoas como irmos e desejamos a elas coisas que no gostaramos que desejassem a ns. Mas a busca por uma convivncia fraterna entre os homens bem antiga. Desde a antiguidade os homens primitivos baseavam suas atitudes nos costumes e na religio. medida que fortaleceu-se a vida em comunidade, surgiram leis que garantiam o direito de igualdade entre as pessoas.

Vamos imaginar agora que vocs no tm nenhuma informao sobre leis ou estatutos que regem a convivncia entre as pessoas e foram convocados a elaborar um cdigo de convivncia. O que vocs consideram essencial para garantir a convivncia fraterna entre as pessoas? Quais seriam os artigos e estatutos que vocs criariam? Vamos, em grupos, criar e divulgar nossas idias. Discutir com os seus colegas a importncia da convivncia fraterna. O que nos faz todos irmos? Organize uma srie de artigos que iro ajudar a todos nessa difcil tarefa de construir um mundo de irmos.

DESAFIO

Acredito que o grande desafio para ns, a partir deste tema, estarmos vigilantes quanto a nossas atitudes e pensamentos, reconhecendo o que nos leva a viver como irmos e o que nos impede de formar a verdadeira comunidade. Outro desafio consiste na busca de meios, aes e propostas que nos levem a ser cada vez mais irmos, companheiros na caminhada. Despertar em si mesmo o desejo de minar, combater todas as formas de preconceito e discriminao, ou quaisquer atitudes que nos afastem do outro, que impeam que as pessoas se renam como irmos.

TEMA 4: PESSOAS QUE MUDARAM O MUNDO

BATE-PAPO

Mesmo diante das maiores tragdias, das maiores dificuldades pelas quais os homens passaram sempre existiram pessoas que, em meio a tantas adversidades, trouxeram ao mundo uma mensagem de paz, de solidariedade, de amor ao prximo. Elas buscavam transformao, queriam um mundo melhor, mais fraterno. Quantas atitudes bonitas esses lderes tiveram, muitas vezes arriscando sua prpria vida. Voc conhece algum lder que buscou mudar o mundo para melhor? Qual foi a grande luta desse lder? O que ele fez para melhorar o mundo? Vamos conversar com nossos colegas sobre essas pessoas que ajudaram a mudar o mundo.

DADOS NOVOS

Como podemos perceber nessa troca de idias com nossos colegas, ao longo da histria sempre apareceram pessoas que dedicaram sua vida na transformao do mundo. Pessoas que merecem nosso respeito e admirao. Um dos lderes mais conhecidos no mundo foi Jesus cristo. Ele queria mudar o mundo, nos ensinando a amar uns aos outros.

Outro lder importante foi Gandhi, homem simples que dedicou sua vida na busca da paz, paz para seu povo e paz para o mundo. Existem ainda pessoas que deixaram um exemplo de dedicao e amor ao prximo, de solidariedade aos mais fracos. o caso de Madre Tereza de Calcut, do socilogo Betinho e tantos outros que ajudaram a mudar o mundo. Ns tambm somos convidados a seguir o caminho dessas pessoas e dedicar nossas foras para construir um mundo mais justo e feliz, um lugar onde vivamos em paz e harmonia.

VIVNCIA

Vamos conhecer um pouco mais sobre a vida destas pessoas que contriburam para um mundo melhor. Podemos aprender muito com elas conhecendo sua histria, sua luta. Voc dever escolher um lder ou algum que dedicou a vida a uma grande causa, para fazer este trabalho. Seguiremos os seguintes passos:

a) A nossa proposta de trabalho montar um lbum ou revista da vida do lder que voc deseja conhecer.

b) Selecione fotos, reportagens de revistas, livros, internet sobre o lder.

c) O prximo passo organizar essas informaes em uma pasta. Em primeiro lugar vamos organizar sua vida familiar, seu crescimento, a realidade do lugar onde nasceu , sua formao, as pessoas que mais influenciaram sua vida.

d) Depois buscaremos informaes sobre sua luta. Por que resolveu defender esta causa? Que dificuldades enfrentou?

e) O que foi realmente marcante na luta desse lder. Que exemplos ele nos deixou? Ser que a humanidade entendeu a mensagem desse lder? Ser que soubemos aproveitar seus ensinamentos? Por qu?

PENSAMENTO EM AO

Vamos divulgar em nossa casa, nossa escola, nosso grupo de amigos a histria de luta deste lder fantstico que acabamos de estudar. Para isso, vamos unir foras. Procure um colega que tenha feito o trabalho sobre o mesmo lder que voc e juntos montem uma apresentao com cartazes e faixas. Procure destacar os pontos mais importantes da vida do lder com frases, fatos etc.

Aps a apresentao procure, no caa-palavras abaixo, alguns valores que trabalhamos nesta unidade, procurando refletir sobre tudo que vimos at aqui.

YMEWCFRATERNIDADEGI

UETCOMERNOHSAWAZCXY

EITORESTYUNOLPWSXER

GDERTOPEDCOLBORARET

OMPTOLERNCIABIPRNP

TRECONIECIMDNTORAEA

OMPRNITPRNOAFRETTRR

PAAOPOOPUERCOMPRNT

RESPONSABILIDADEFRW

OMPRNNHOMINEDEOMOGC

YTHUMANIDADDTDEOSUU

EVEUHNMOPUEACOMPRNP

TAMIZADENDEDERTUIOO

LABORAAOODEAMSOPII

AETYUPZVDBHJKIOPLAE

1. Respeito

2. Responsabilidade

3. Tolerncia

4. Solidariedade

5. Fraternidade

6. Amizade

DESAFIO

O grande desafio levar adiante as causas defendidas pelos lderes que estudamos, dar continuidade do que foi semeado. Nos comprometer a acreditar e buscar dentro de nossa realidade mecanismos que ajudem a construir um mundo melhor para se viver. Existem muitas coisas que podemos fazer para ajudar a melhorar o mundo, com boa vontade, trabalho e o desejo de mudana. Voc no precisa mais que isto. Se os ensinamentos dos grandes lderes tocaram voc, no deixe que isto esfrie. Comece hoje mesmo a dar sua contribuio. O sonho no pode morrer!

TEMA 1: IRMOS QUE SE RENEM EM COMUNIDADE DE F

BATE-PAPO

Somos todos irmos, e como irmos que nos juntamos para partilhar. Voc j notou que as pessoas normalmente renem-se a partir de interesses comuns? Alguns se renem para jogar bola, andar de bicicleta, ouvir msica, danar, participar de um culto religioso e tantas outras atividades que fazem com que as pessoas se sintam mais prximas umas das outras. E voc, o que mais gosta de fazer com seus amigos? Voc tem hbito de freqentar algum grupo religioso? Qual? Como vocs se renem? Como sua comunidade? Lembre-se que comunidade no algo que pode ser formado isoladamente; ela surge quando nos unimos para celebrar a vida, vida que pulsa num s corao. Quando as pessoas se renem, partilham suas vidas, amam-se umas as outras, professam a mesma f ajudando-se mutuamente, a existe COMUNIDADE.

DADOS NOVOS

A comunidade no algo novo na vida do homem. H muito tempo o homem sente a necessidade de dividir sua vida, partilhar suas crenas, medos e alegrias. O encontro com o sagrado nos leva para o alto, mas esse encontro se reflete aqui, em nossa vida cotidiana. Quanto mais me aproximo de Deus mais sou atrado, mais me sinto chamado a viver em comunidade. As inmeras comunidades existentes no mundo inteiro comearam de forma simples. Eram inicialmente pessoas que possuam coisas em comum e manifestavam o desejo de estar juntos, partilhando suas vidas. Nela no existem ricos ou pobres, bonitos ou feios, grandes ou pequenos. Somos todos irmos, iguais perante a comunidade. Nesse banquete somos todos convidados. Cada um traz o que tem e recebe o que precisa. Assim caminha o povo de Deus.

VIVNCIA

Vocs devem estar curiosos para saber porque pedimos que cada aluno trouxesse uma fruta, no mesmo? Mas logo vo descobrir. Olhe para a fruta que est em sua mo e tambm para as que esto com os colegas. Observe que cada uma delas tem sabor, cheiro, forma, cor, so diferentes entre si, mas nem por isso deixam de ser frutas e pertencerem ao mesmo grupo. Assim tambm cada membro da comunidade possui caractersticas em comum com os demais e caractersticas que os diferenciam. Ser que para formar uma comunidade precisamos ser todos iguais, pensar da mesma forma, ter a mesma idade, a mesma cor da pele, torcer para o mesmo time? Isto no seria muito bom, pois assim no haveria qualquer variao, qualquer colorido, seria a monotonia total. Mas o somos diferentes: um tem nariz arrebitado o outro tem cabelo cacheado, um gosta de milk shake de chocolate o outro prefere sorvete de morango, um gosta de pique esconde o outro de amarelinha... cada carinha possui um toque todo especial. Voc com seu jeito e eu com o meu, nos encontramos para partilhar nossa vida e com tanta gente diferente a alegria est no ar... nossa comunidade vai brilhar....

PENSAMENTO EM AO

A comunidade se rene para celebrar a f. Cada um de ns possui caractersticas pessoais e somos diferentes em muitos aspectos, mas muito parecidos no sentimento de busca e encontro com Deus. Juntos em comunidade de f, podemos encontrar o sentido maior de nossas vidas, algo que justifique nosso jeito de ser e de viver.

Cada um agora poder trazer sua fruta para a mesa principal, ao coloc-la sobre a mesa pode em voz alta dizer o que gostaria de oferecer para a comunidade. Bem, temos aqui muitas frutas, todas parecem deliciosas. Poderamos fazer ento uma salada, o que vocs acham? O professor ir orientar a preparao da salada.

Saboreando uma sobremesa to gostosa, podemos sentir o sabor das frutas reunidas. Uma banana sozinha no faz salada, uma ma tambm no, uma laranja tambm no, cada uma delas s pode oferecer o seu sabor. Para formarmos esse gostinho que azedo, que doce, um pouquinho amargo, um pouquinho disso e um pouquinho daquilo, s juntando todas as frutas. Uma fruta sozinha jamais ter o sabor da salada, e a salada ser sempre mais que a simples mistura de algumas frutas, ela a unio de todas. S existe salada quando elas se encontram, se misturam e passam a formar uma coisa s: salada. Juntamos gostos diferentes e agora podemos sentir o sabor dessa unio.

DESAFIO

Todos ns somos chamados a compartilhar nossa f, vivendo em comunidade. Voc j participa de alguma comunidade? Que bom seria que a partir dessa reflexo voc pudesse participar de algum grupo de pessoas que queiram celebrar a vida, partilhar sua f. Todas as religies, seitas, grupos formam comunidades, promovem momentos de orao, culto, partilha, etc. Voc pode e deve dar sua contribuio, levando vida nova para seu grupo.

Seu desafio ir para a comunidade, levar seu sabor, unindo-se aos demais. Assim formaremos algo novo, maior e melhor. Voc o sabor que estava faltando em sua comunidade!

TEMA 2: VIVENDO EM COMUNIDADE E PARA A COMUNIDADE

BATE-PAPO

A vida em comunidade pode ser algo muito saboroso. Partilhar nossa vida ao mesmo tempo uma necessidade e uma alegria. Mas a vida em comunidade no feita apenas de momentos de prazer e descontrao. Viver em comunidade exige muito de ns, requer transformao e constante crescimento. Voc j observou que em nossa convivncia diria nem sempre as coisas funcionam do jeito que gostaramos? As vezes encontramos dificuldades de partilhar, de compreender as pessoas que convivem conosco. No grupo de amigos, no esporte, na sala de aula, acabamos nos desentendendo. Estamos juntos, gostamos uns dos outros mas isso no impede que apaream conflitos.

A fbula que ouviremos a seguir nos mostra um pouco das dificuldades que podem surgir quando nos juntamos em comunidade, mas tambm poder nos dar uma dica de como vencer os obstculos da convivncia.

DADOS NOVOS

O homem desde os tempos mais remotos, reuniu-se em comunidades. Sozinho no conseguia se realizar, ser feliz, sequer sobreviver sozinho. Para tudo que fizesse, precisava unir-se aos demais, sem os quais muito pouco poderia fazer. Quando nascemos passamos a fazer parte de uma famlia, depois passamos por vrios grupos: amigos, comunidade escolar, comunidade religiosa, bairro, cidade, estado, pas etc..., assim cada vez mais aumentamos nosso crculo de convivncia. A verdade que nunca estamos sozinhos, nem queremos estar. Porque ficar sozinhos e perder toda a riqueza que conviver com nossos semelhantes, participar da sua vida e permitir que participem da nossa. A vida nos ensina que as coisas boas ficam ainda melhores junto dos outros, e as ruins ficam menos tristes quando temos um ombro para nos apoiar, um amigo para nos consolar.

VIVNCIA

Se buscamos o crescimento temos que ser vigilantes conosco, alm de estar atentos aos demais para auxili-los naquilo que precisam. Podemos dar nossa ajuda de diferentes modos, seja elogiando nosso colega, falando de nossa admirao, nosso orgulho pelas infinitas qualidades que possui, seja mostrando a ele suas limitaes, seus defeitos. Para isto no precisamos ser rudes. Podemos encontrar uma maneira tranqila e fraterna de dizer-lhe que, apesar de gostarmos muito dele, percebemos pontos que precisamos melhorar. Agindo com sinceridade e transparncia seremos cada vez mais amigos. A comunidade realiza esta mgica, rene pessoas e as transforma em amigos e irmos.

Vamos fazer um exerccio de auto-conhecimento. Procure ser sincero consigo mesmo, coerente com suas aes, procurando admitir suas caractersticas, ainda que elas no lhe agradem:

PENSAMENTO EM AO

Vimos at agora que a comunidade nos oferece muito, mas tambm exige de ns. Esta a condio para a existncia da comunidade de f. Procure nas frases e pensamentos ao lado, palavras que possam preencher a cruzadinha. Analise cada uma das palavras e imagine o significado delas para a comunidade, avalie como podemos ser coerentes com estes aspectos. Vamos l, a cruzadinha fcil, mas coloc-la em prtica um compromisso bem maior:

1.ACOLHIDA

2.DOAO

3.AMIZADE

4.UNIO

5.CARINHO

6.CONFIANA

7.PERDO

8.AMOR

9.DEDICAO

10.ESPERANA

OBS.: Deixar a cruzadinha em branco.

DESAFIO

Viver em comunidade por si s j um desafio. Somos desafiados a respeitar os demais, aceitar as diferenas, acolher o outro mesmo em suas maiores limitaes e ainda perdoar a quem nos feriu. Um desafio e tanto, no? Mas todo esse investimento vale a pena, assim como vale a pena a vida que partilhamos, nossas brincadeiras, nossos encontros, nossa amizade, nosso desejo de crescer juntos.

Se voc acha que faz sentido, ento aceite o desafio: engajar-se em sua comunidade. Mas lembre-se: s construiremos comunidade quando pudermos realizar o bem comum, unidos na mesma f e amando-nos uns aos outros.

TEMA 3: DIFERENTES MODOS DE VIVER A RELIGIOSIDADE

BATE-PAPO

Quanta coisa aprendemos at agora, no? Pois , juntos vamos aprender cada vez mais! Hoje falaremos de algo que voc j deve ter observado em seu dia-a-dia: a maneira que cada um tem de realizar as coisas. Imagine, por exemplo, um ato simples como o de alimentar-se. Veja como algo simples assim realizado das mais variadas formas. Uns comem muito e outros comem pouco, uns comem alimentos calricos outros no, uns comem acompanhados outros sozinhos, mas todos procuram saciar a mesma necessidade: alimentar-se.

Na busca do sagrado, na tentativa de um encontro com Deus os homens utilizam-se dos mais diferentes modos. Para escolhermos os caminhos a seguir podemos utilizar os diferentes modos de viver a religiosidade em comunidade. Resta saber se nossa escolha realmente est dando sentido a nossa vida.

No espao abaixo vamos criar um dilogo imaginrio. Usando sua criatividade imagine o surgimento de um profeta, de um lder religioso ou algo parecido. Procure se lembrar de que existem diversos modos das comunidades viverem sua religiosidade. Em seguida faa uma sntese dos pontos bsicos, relacionando os ensinamentos que este profeta deveria passar ao mundo atual. Lembre-se de que ele pretende mudar o mundo, trazer paz, harmonia, justia e fraternidade. Com base nisto, como deveria colocar-se. Boa sorte!!!

DADOS NOVOS

Como vimos nas unidades anteriores cada comunidade se rene para viver os seus princpios religiosos. Vimos tambm que existe um grande nmero de religies, seitas, filosofias de vida, etc. Isto quer dizer que existem diferentes modos de expressar o sentimento religioso. Os homens encontraram ao longo da histria vrias maneiras de se comunicar com o transcendente, e ainda hoje podemos encontrar caminhos novos. O desejo de conhecer o que est alm das aparncias comum a quase todas as culturas. Assim homens e mulheres do mundo inteiro buscam, de acordo com o seu jeito de viver, seus costumes, sua religio, uma forma de expressar sua religiosidade. Budistas, cristos, judeus, taostas, confucionistas e todo tipo de seguidores, ao que tudo indica, tantas denominaes so apenas nomes diferentes para nos referirmos a pessoas que possuem em comum o desejo de encontrar e relacionar-se com Deus. Vamos juntos conhecer um pouco mais sobre como esses grupos se organizam para celebrar a sua f.

VIVNCIA

Voc recorda que na terceira unidade vimos que algumas pessoas transformaram a comunidade com seus ensinamentos e exemplos de vida. Sua experincia de Deus foi algo to marcante que mudou suas vidas e levou-os a empenharem-se na construo de uma comunidade de f. Vamos pesquisar e conhecer como essas pessoas contriburam para a formao de comunidades religiosas e quais os ensinamentos deixados por elas.

PENSAMENTO EM AO

Cada grupo agora dever escolher uma religio pela qual se interessa, saber quem foi seu fundador ou lder religioso. Saber quais as idias desse lder, como a comunidade incorporou esses ensinamentos e como isto influenciou determinada religio. A ttulo de exemplo, quem se interessa pelo Espiritismo poderia pesquisar sobre Allan Kardec, quem se interessa por Cristianismo pesquisaria a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo, quem se interessa pelo Budismo poderia pesquisar a vida e obra de Buda, quem se interessa pelo Islamismo poderia levantar informaes acerca da vida do Profeta Maom e assim por diante. Vamos descobrir coisas muito interessantes, alm de aprender, voc vai se encantar pelos ensinamentos, conselhos e verdades desses lderes!

DESAFIO

Nosso desafio ser o de acolher os diferentes modos de as comunidades religiosas viverem sua f. Mesmo que seja difcil e por mais estranhas que paream, procure respeitar as diversas maneiras de expressar a religiosidade. Como vimos anteriormente, o importante que todas as religies tm um desejo em comum: ajudar a comunidade a caminhar, levar seus membros a dar sentido para suas vidas. E voc, qual sua opo? J encontrou um caminho para relacionar-se com o transcendente? Procure conhecer sua religio, pois sua escolha ser decisiva na busca da felicidade.

TEMA 4: COMUNIDADE CELEBRANDO A VIDA

BATE-PAPO

Vimos nessa unidade que cada comunidade religiosa criou um jeito prprio de celebrar. As pessoas se renem para viver e celebrar como irmos, filhos do mesmo Deus, partilhando os mistrios da f. Juntos buscam uma resposta, algo que preencha o espao reservado ao sentimento religioso existente em cada um de ns.

Voc j deve ter participado de algumas celebraes em sua vida. Talvez de batismo ou outras datas significativas para sua comunidade. Como se sente ao participar de celebraes? Voc procura participar ou simplesmente assiste? Voc se sente unido no mesmo sentimento dos demais participantes, ou fica como peixe fora d`gua? Vamos conversar com os nossos colegas sobre os momentos celebrativos de que voc j participou?

DADOS NOVOS

A religio tem um papel muito importante nos momentos de festas e celebraes da comunidade. Existem vrios feriados e comemoraes que esto diretamente ligados s crenas de um povo. No Brasil, por exemplo temos vrios e claro que voc se lembra, pois eles normalmente trazem um recesso escolar.

Mas a celebrao religiosa no deve existir apenas para se ter um feriado nacional. No pode ser um momento para se esquecer de tudo ou fugir da realidade. Deve caminhar lado a lado com tudo que acontece na vida do povo. Os momentos celebrativos tambm tm o compromisso de refletir sobre a situao de milhares de irmos espalhados pela terra, assim como os mais diversos grupos e segmentos: crianas, velhos, doentes, deficientes, enfim, todas as pessoas que, pela ganncia e desorganizao de alguns, no possuem uma condio digna para viver.

A celebrao religiosa deve expressar a nossa alegria de viver, nossos sonhos, a convivncia fraterna e o nosso desejo de estar com Deus, e deve tambm despertar em todos o desejo e o compromisso de mudar as situaes de injustia existentes no mundo.

VIVNCIA

Se voc j participa de celebraes, sabe o quanto esses encontros so importantes para a vida comunidade. Se voc ainda no participou, prepare-se, pois vamos realizar uma celebrao com a ajuda de todos. Mas nossa celebrao s vai ficar legal se houver a participao e o empenho de todos. Voc pode nos ajudar? Lembre-se que a celebrao um momento da comunidade e, como tudo que feito pela comunidade requer trabalho em conjunto, criatividade, disposio e desejo de realizar. Vamos l? O professor ir ajud-los na preparao da celebrao.

PENSAMENTO EM AO

hora de registrar um pouco da experincia desse momento to legal que vivemos.

DESAFIO

Celebrar a vida em comunidade aceitar o desafio de unir-se aos demais nos momentos alegres e tristes, na tempestade e na calmaria, na vitria e na derrota. Na celebrao buscamos o alimento que nos faz soldados, que nos fortalece para enfrentar o mundo, transformar realidades, buscar solues.

Somos desafiados a no permitir, a no aceitar que nossos irmos sejam sacrificados, martirizados e mortos. Somos desafiados a fechar as portas para a indiferena e assumir nossa responsabilidade na transformao do mundo.

Tema 1: CULTURA RELIGIOSA E SUAS EXPRESSES

BATE-PAPO

Estamos chegando ao final de uma caminhada e ao longo desta ltima unidade voc ir perceber como o religioso est presente e se manifesta em nossas vidas.

Para iniciar o nosso tema, convido voc para brincarmos do jogo da forca. As outras orientaes sero dadas pelo professor.

Que palavra voc acha que est faltando para completar estas perguntas?

Vamos fazer um resumo das principais idias levantadas em nossa conversa.

DADOS NOVOS

Conseguiu descobrir a palavra? Acertou quem colocou cultura. E sobre ela que vamos conversar agora.

certo que voc j deve ter escutado algum falar sobre cultura. Ela pode ser entendida de vrias maneiras, sob vrios aspectos. Como o trabalho da terra para se produzir alimentos ex: cultura do caf. Como criao de certos animais ex: cultura de porcos. Como conhecimento ex: cultura literria.

Vamos aqui usar a palavra cultura como o conjunto de estilos de vida (conhecimentos, crenas, artes, normas, costumes, ritos, mitos...) criados e passados de uma gerao para outra, entre as pessoas que compem uma determinada sociedade. Ela um amplo conjunto de conceitos, smbolos, valores e atitudes que definem a maneira de ser de uma sociedade. Nesse sentido, podemos afirmar que no existe nenhuma sociedade humana sem cultura.

Em cada realidade encontramos prticas, costumes, concepes e transformaes prprias de acordo com a cultura de cada povo. Mesmo dentro de uma mesma cultura, vamos encontrar diversidade cultural de regio para regio. Em meio a essa diversidade cultural marcada pelas maneiras diferentes de viver, destaca-se a cultura religiosa.

O homem primitivo ao tomar conscincia de si mesmo, sentiu-se como um ser frgil, desamparado. O mundo para ele era totalmente desconhecido e os sentimentos de medo, insegurana e angstia faziam parte de sua vida por no conseguir explicar os fenmenos da natureza. Aos poucos, comeou a desenvolver rituais mgicos para proteger-se e explicar o mundo que o cercava.

Com o passar do tempo, os rituai