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Criaturas marinhas ANTOLOGIA DE POESIA E PROSA PROJETO CORRENTES DE ESCRITA | CPA

livro criaturas marinhas

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Criaturas marinhas A N T O L O G IA D E P O E S IA E P R O S A

PROJETO CORRENTES DE ESCRITA | CPA

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COMPOSIÇÃO E GRAFISMO Projeto Correntes de Escrita

Semana do Mar, 2015

AUTORES 8.º A: Joana Villas-Boas, Teresa Batista, Beatriz Simões, Filipa Ramos; 8.º B: Ana Sofia Monteiro, Mariana Alves,

Leonor Ramos, Miguel Martins, Beatriz Gomes, Tomás Lopes; 8.º C: Gabriel Nunes, André Lopes, Rodrigo Vinagre; 8.º D: Ana

Sofia Calado, António Martins, João Silva, Xavier Cerejo, Francisco Peres, Diogo Cabral; 8.º E: Catarina Silva, Madalena

Henriques, Maria João Vidal, João Chasqueira

COORDENADORES Professores Helena Velez e Paulo Tavares

Margarida Figueiredo (10.º A1) Gonçalo Bragança (10.º A2)

IMPRESSÃO

Colégio Pedro Arrupe Lisboa – Portugal

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INTRODUÇÃO

O livro Criaturas Marinhas, editado no âmbito do projeto Correntes de Escrita da Semana do Mar do Colégio Pedro Arrupe, partiu do desafio de se escrever uma antologia de textos em poesia e prosa poética, a partir de pesquisas relativas a criaturas marinhas reais ou mitológicas.

Com este projeto, pretendeu-se desenvolver as capacidades de alunos do 8.º ano no campo de leitura expressiva e a partilha dos textos com comunidade escolar. Para o efeito, foram dinamizadas duas sessões de formação.

Na primeira, com o escritor Tiago Patrício, aprimorou-se a vertente criativa dos alunos, supervisionando e orientando o processo de escrita dos textos. A segunda, com ator Luís Lucas, centrou-se nas técnicas de leitura expressiva e na vertente performativa da mesma, tendo tido lugar na S. I. Guilherme Cossoul, uma associação cultural na qual os alunos puderam, ainda, visitar uma livraria independente e uma galeria de arte.

A cada aluno coube, por fim, a ilustração dos seus textos.

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Narval | Joana Villas-Boas, 8.º A

O Narval é uma baleia dentada de tamanho médio, sendo reconhecida como o animal com os maiores caninos.

Possui um chifre em espiral e vive durante todo o ano no Ártico, sendo uma das maiores espécies vivas das baleias da família Monodontidae. Os narval são predadores do Ártico excecionalmente especializados, sendo baleias de médio porte que medem, geralmente, cerca de 3,95 a 5,5 metros de comprimento. Os machos narval distinguem-se das fêmeas devido ao seu canino superior esquerdo alongado. Esta espécie é caracterizada pelo seu padrão tingido, apresentando manchas castanhas- escuras e pela sua vulnerabilidade às alterações climáticas.

Uma das muitas curiosidades relativas a esta espécie é o facto de esta baleia possuir um período de maturação, atingindo a puberdade dos 5 aos 8 anos (no caso das fêmeas) ou dos 13 aos 15 anos (no caso dos machos).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Narvalhttp://topbiologia.com/narval

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As ondas dançavam uma após outra, ouvindo o coração das misteriosas e infindavelmente oceânicas marés.

O constante movimento do mar salgado, recheado de mistérios e pura imensidão, refletia o desejado alcançar do oriente.

Cada homem, cada alma seguia atenta; a saudade e os calorosos pensamentos que se lhes deparavam no interior da memória, fervilhando dentro de cada um.

E ao longe, um monstro que se aproximava, tingido pelo seu padrão e presença inconfundíveis.

Movidos pela sede de vitória, pela felicidade da conquista, homens e mulheres enraizados num passado sempre presente largavam as cartas e içavam as velas, preparavam as armas e gritavam de emoção.

O monstro deslizava pelos carreiros espelhados e salgados, desafiando tudo o que se pensava impossível. Avançava, monstro medonho e incompreendido, com a sua grande espada de marfim em espiral, guiando-o pela neblina da noite.

Andava o doce luar adormecido e triste, cantando uma canção às suas mágoas, altivos e agonizados corações, que o vento da tormenta levara sob o luar das suas profundas ilusões.

E a derradeira batalha começou, a infinita amargura conquistou, noite sagrada de um anoitecer palpitando em seus corações.

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Corais | Teresa Batista, 8.º A

Quando falamos de corais, nunca nos surge a palavra “animal”; maioritariamente, pensamos neles como plantas. No entanto, os corais, tal como as anémonas e garrafas azuis, são animais. Sendo da mesma família das anémonas, têm muitas parecenças com estas, pelo que ambos são invertebrados.

Os corais estão espalhados por todo o mundo, seja de forma individual (solitários) ou colonial. A maior colónia existente denomina-se Grande Barreira de Coral. Esta colónia, tal como a maioria, forma um recife de coral formado através de uma estrutura maciça de carbonato de cálcio, resultante da sobreposição de popólios, semelhantes a aranhas minúsculas com tentáculos, para se defenderem e alimentarem.

A sua reprodução é sexuada e assexuada, sendo a primeira utilizada para originar novas colónias, enquanto a segunda para aumentar o seu tamanho e a sua continuidade.

Existem recifes de coral continentais, em margens continentais e oceânicos, que se localizam em pleno oceano, especialmente em montanhas submarinas.

Adaptado de “Animais Marinhos – Curiosidades biológicas”,

http://www.ninha.bio.br/biologia/corais2.html

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Tu, meu mar, Onde descansa o coral, Ao qual te vais abraçar, Com teu gosto de sal. Animal no azul profundo, Arco-íris de múltiplas cores Desvanecem o meu ser, Brotando flores. Enorme é a barreira Que com o mundo faz fronteira, Todo ele é um coral, Tornando-se um cristal. Só ou acompanhado, A beleza permanece, Criatura que fortalece Teu movimento, mar.

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Serpente Marinha | Beatriz Simões, 8.º A

A serpente marinha, como criatura mítica, com características exageradas e medonhas, é referida em varias obras, designadamente a Odisseia, de Homero. Tem origem na mitologia nórdica, sendo chamada de Jörmundgander. Seria tão comprida que era capaz de dar a volta ao mundo e morder a própria cauda, pelo que é conhecida também como Serpente do Mundo. O seu veneno era tal que poderia cobrir o céu e a terra. Trata-se de uma criatura fictícia, embora existam serpentes marinhas, como as serpentes venenosas dos mares tropicais, residentes ao largo do Sudeste Asiático, podendo atingir três metros de comprimento e, tal como o nome indica, são muito venenosas.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jormungand;

Animais da Terra dos polos ao equador, Seleções do Reader’s Digest 1974

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Sozinho e incompreendido, Um medonho amedrontado, Único, mas não admirado, Odiado e temido, É aquele que anda sempre despido. Denegado, Exibe a sua revolta, Agitando tudo em volta. Feio e esguio, Horrendo e frio, Medonho, descarado e viscoso. Fúnebre vida a deste bicho horroroso.

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Hipocampo | Filipa Ramos, 8.º A

O Hipocampo é uma criatura mitológica partilhada pela mitologia fenícia e grega. Tem tipicamente sido descrito como cavalo pela parte anterior do seu corpo, como peixe pela parte posterior, e pela cauda de um peixe escamoso como um cavalo-marinho.

Na mitologia grega, o hipocampos servia de companhia e montaria às nereidas e de animal de tração ao carro de Poseidon. Seres com características semelhantes aparecem na arte de outras culturas, inclusive a Mesopotânia e a Índia. Também foi representado em bronzes, pirataria e pinturas desde a Antiguidade romana ao período barroco.

Foi criado por Poseidon a partir de espuma do mar, sendo um animal com cauda de peixe brilhante, semelhante ao arco-íris, com a parte frontal do seu corpo de corcel branco.

Fonte: http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Hipocampo

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Quando ao cair da noite ouvia relinchos do mar, já sabia o que me esperava.

Escapava-me de casa pela janela e sentava-me nas rochas a vê-lo caminhar pelas ondas.

Todas as noites eu vinha vê-lo, sempre à mesma hora, e todas as noites me fascinava ao ver aquele estranho animal.

Houve uma noite que nunca vou esquecer, aquela em que, ao tocá-lo, ele fugiu e nunca mais apareceu.

Ainda me lembro do quão suave e estranha era a sua pele. E à noite, mesmo à noitinha, ainda se pode ver um rapazinho sentado nas rochas à beira mar, esperando alguém que já não vai voltar.

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Adamastor | Ana Sofia Monteiro, 8.º B

Baseado na mitologia greco-romana, acredita-se que este mítico gigante foi contra as ordens de Zeus e que, quando chora, as suas lágrimas de água salgada banham os oceanos Índico e Pacífico. Referido no poema “O Mostrengo”, de Fernando Pessoa, este foi denominado “Adamastor”, quatro séculos antes, em Os Lusíadas, de luís de Camões. Esta figura representa as forças da natureza que atribularam as viagens de Vasco Da Gama, principalmente sob a forma de tempestade.

Fonte: várias páginas da Wikipédia

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O manto de água Faz vibrar o barco Que se avista de longe flutuando Tons dourados Trazem aos semblantes Expressões de leveza e liberdade Brancas pérolas Que aquecem quando o sol As cumprimentam Calma Aquela melodia marinha Que ecoa junto dos corais Mas subitamente Uma nuvem insinua Uma interrupção naquela paz E tudo mergulha na ruína Quando nos mares se eleva Gloriosamente o mostrengo

Jamais se diria que os tons dourados Ficariam negros como o carvão Apenas com o toque do Adamastor E que as outras brancas pérolas Se converteriam Em sombras estarrecidas Para Adamastor Porque o mar não é lugar de dor Agora tudo abrandou tão suavemente como começara Toda aquela devastadora tempestade Tornou-se então numa memória soturna E gradualmente tudo toma a sua rotina Com os seus tons dourados e as suas Brancas pérolas Calmamente à espera do regresso do dono dos mares.

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Cthulhu | Mariana Alves, 8.º B

O Cthulhu é uma criatura mitológica marinha, criada pelo escritor H.P. Lovecraft que vive algures no Pacífico Sul, na cidade submersa R’lyeh.

É conhecido por ser uma entidade gigante e maléfica. Este possui membros humanos e um par de asas de dragão. A sua cabeça assemelha-se à de um polvo gigante cujos tentáculos se encontram à volta da sua boca.

O Cthulhu, com o passar do tempo, começou a ser tratado por vários nomes que tanto variavam na escrita como na fonia. No entanto, após a morte do autor, este ficou apenas conhecido por Cthulhu.

A sua primeira aparição deu-se na revista Weird Tales, surgindo na história The Call of Cthulhu. Esta revista publica essencialmente mitos e histórias de terror.

Adaptado de http://en.wikipedia.org/wiki/Cthulhu

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Estávamos em meados do século XV. O HMS Realm, oriundo

de Port Royal, navegava calmamente sobre as águas límpidas do Pacífico. Os marinheiros cantavam alegremente enquanto puxavam cordas e subiam e desciam escadas em grande azáfama.

Ao anoitecer, o vento começou a soprar fortemente, cavalgando um mar feroz e selvagem.

O capitão disparava ordens para todos os lados até que o inesperado se deu.

Ali, de pé, em frente do barco, uma figura imponente fazia as águas balançar com os seus braços e o vento soprar com a sua boca. Possuía vários metros de altura, asas e uma cara que lembrava um polvo.

Sem perder mais tempo, a criatura soltou um uivo agudo e embateu com o seu pesado corpo contra o casco do navio, virando-o ao contrário.

Algumas semanas depois, a notícia do naufrágio chegou aos ouvidos dos habitantes do porto de onde o navio tinha partido. No entanto, nunca ninguém soube ao certo o que se passou.

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Peixe-leão | Leonor Ramos, 8.º B

O Peixe-Leão, também conhecido por Peixe-Peru, Peixe-Dragão ou Peixe-Escorpião, é um peixe da família Scorpaenidae, composta por peixes venenosos, tendo origem na região indo-pacífica. Devido a um acidente, o Peixe-Leão encontra-se, também, a oeste do Oceano Atlântico e no Mar de Caribe, sendo geralmente encontrado em lagoas, perto de recifes de coral e recifes rochosos.

O Peixe-Leão apresenta uma coloração listrada, podendo ser de cor vermelha, castanha, preta, branca, laranja e amarela, apresentando espinhos grandes e aguçados. A difusão de veneno do peixe-leão é feita através dos seus espinhos, constituindo uma forma de autodefesa contra outros predadores. O seu veneno não é fatal para o ser humano.

Alimenta-se de peixes pequenos, embora em cativeiro sejam habituados a comer camarão e caranguejo. Este peixe pode viver 15 anos e pesar, no máximo, 200 gramas, assim como crescer até 38 cm de comprimento.

Fonte: topbiologia.com/beleza-e-o-perigo-peixe-leao

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A oeste do Atlântico A criatura procura saciar-se, Peixe-Leão, que tenta alcançar Uma constante mudança. Cor listrada, espinhos temíveis, O mar a embalar o seu caminho E o terrível a assarapantar. Recifes cercados. Mares ocupados Pela turbulência. Defender e ocupar. Tentar. Viver na dormência.

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Peixe-palhaço | Miguel Martins, 8.º B

O Peixe-palhaço, ou Amphiprion, é um peixe que pertence à família Pomacentridae. Os peixes-palhaços têm uma intensa coloração corporal e o seu corpo é revestido por um muco que os protege dos espigões venenosos existentes nos tentáculos das anémonas. Quando nascem, os peixes-palhaços são machos, mas, eventualmente, podem mudar de sexo.

Fontes: http://www.oceanario.pt/cms/185/

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Num oceanário, vivia um lindo peixe-palhaço. Todos os animais o

admiravam e os humanos paravam sempre cinco minutos para apreciar a sua cor laranja viva e encantadora.

Certo dia, um humano achou-o tão belo que decidiu comprá-lo. Sentiu-se deslumbrado com as suas variadas cores, que completaram o seu mundo cinzento. Pensava que ia ser transferido para um aquário ainda maior e com mais peixes para brincar.

Quando chegou a casa, foi posto num pequeno aquário sem nenhum amigo para conviver. Sentia-se triste, sozinho e esquecido. Com o tempo, o humano foi-se esquecendo dele e raramente se lembrava de limpar o aquário e de o alimentar. Enfraquecido, foi perdendo a sua cor, o seu charme e a sua identidade.

O seu desejo era agora sair daquele aquário e ser livre de fazer o que quisesse, pois sabia que, assim, seria mais feliz do que alguma vez fora.

Um dia, cheio de coragem, decidiu lutar pela sua liberdade e deu uma valente cabeçada no vidro, em vão. Ao ver que não tinha conseguido, deu outra e outra ainda, até que o vidro se desfez e a água se espalhou pelo chão. De repente, sentiu-se feliz, em liberdade, como se tivesse asas e voasse pelo infinito. A partir de agora, nada mais o poderia deter. Sentia-se radiante por ter alcançado o seu sonho e de todos os outros peixes: a liberdade.

Mal ele sabia que a sua felicidade era efémera. Aos poucos, começou a sentir-se atordoado, com dificuldade em respirar. Apercebeu-se então de que iria morrer, mas isso não o preocupava, pois já tinha realizado o seu sonho e, por isso, morreria livre e feliz.

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Sereias | Beatriz Gomes, 8.º B

A sedução provocada pelas sereias era conseguida através do canto. Os marinheiros, atraídos pelo seu canto, aproximavam-se bastante delas para ouvir a sua belíssima melodia e, por isso, atiravam-se ao mar.

As sereias eram representadas como grandes peixes com cabeça e busto de mulher. Podemos encontrar a sua figura em frisos, monumentos fúnebres, vasos da arte grega, estatuetas, jóias e outras obras.

As mais extensas referências sobre elas estão na Odisseia, de Homero, e na Argonáutica, de Apolónio de Rodes.

Fonte: infopedia.pt/$sereia

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Marinheiros durante o dia Seguem a sua melodia Suas histórias como um livro, Suas vidas como um espírito. Temem-na: A Deusa inalcançável, invencível, Representada por bustos Tal como sua alma, Pedra Pura. Ligeia, larga os marinheiros, Larga aqueles que te amam! Vive com o que tens, O som mais belo do Oceano. Sereias na Odisseia, Saga das marés longínquas. Apareces no rochedo do bem Mas tu, bem sei, és do além.

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Hidra | Tomás Lopes, 8.º B

A Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna. A Hidra tinha várias cabeças de serpente, um corpo de dragão e um hálito que envenenava mortalmente quem o cheirasse. Hércules foi quem matou Hidra, queimando o seu pescoço logo após cortar uma cabeça, cicatrizando desta forma a ferida.

Fontes: livro Seres da mitologia grega

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Num pântano habitava Uma criatura não muito vulgar, A Hidra de Lerna Lá podíamos visitar. Com sete cabeças E corpo de dragão, O seu hálito venenoso Matava até o mais puro de coração. Um dia, o temível Hércules, Herói da Grécia, Dez trabalhos teve que realizar, Um deles seria a Hidra matar. O grande herói Muitas dificuldades teve de enfrentar, A cada cabeça cortada Nasciam duas no seu lugar. Astuto é que era, O grande lutador Hércules,

Que em sua defesa Uma grande ideia tivera: Queimar o pescoço da Hidra Para mais nenhuma cabeça Crescer. Mas mesmo depois Da Hidra morrer, Hércules picou-se sem querer Para assim a sua vida perder.

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Lula-colossal | Gabriel Nunes, 8.º C

A lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni) é, provavelmente, a maior espécie de lula existente e o único membro do género Mesonychoteuthis. Esta criatura marinha é considerada o maior invertebrado em termos de massa do planeta de que se tem conhecimento, podendo ultrapassar os 15 metros de comprimento.

Fonte: cienciasetecnologia.com/lula-colossal

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Era uma vez um marinheiro invulgar que lhe apeteceu ir ao fundo do mar. Como não sabia o que ia encontrar, levou um arpão para pescar. Uma lula colossal foi encontrar, e de si nunca mais se ouviu falar. A lula-colossal não é assim tão terrível, basta um abraço e deixa de ser temível. E depois de muitos cachalotes derrotar, contenta-se a nadar. A lula-colossal após a quinze metros chegar tem força suficiente para um barco rasgar. Mas ela não nos quer magoar, apenas quer um amigo com quem possa conversar.

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Oceânides | André Lopes, 8.º C

As Oceânides ou Oceânidas são as ninfas filhas de Oceano, deus do rio mítico que circundava o mundo, e de Tétis, a sua irmã, a deusa que alimentava as correntes dos seus filhos e filhas, extraindo água de Oceano por meio de aquíferos subterrâneos.

Originalmente, eram descritas como personificações das fontes de água doce, incluindo os riachos, fontes e nuvens.

Algumas das Oceânides personificavam bênçãos divinas, tais como Métis (Sabedoria), Clímene (Fama), Pluto (Riqueza), Tique (Boa Sorte), Telesto (Sucesso) e Peito (Persuasão).

No início, as Oceânides raramente eram descritas como ninfas do mar. Foi só mais tarde, quando Oceano, o mítico rio de água doce que circundava a Terra foi identificado com as águas salgadas do Atlântico (e dos outros oceanos) que a sua irmã e esposa, Tétis, foi vista como deusa do mar e as suas filhas ninfas vieram a ser descritas como ninfas marinhas.

Fonte: http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Oce%C3%A2nidas

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As ninfas filhas do oceano Serão de origem mitológica ou profana? Encantadoras estas beldades do mar Que deixam todos a desejar. Os barcos desejam conhecê-las, Mas acabam por se arrepender, Pois ouvindo o seu belo canto Mais tarde irão desaparecer. Pode parecer absurdo Apaixonar-se por tal divindade, Mas não é humanamente possível Escapar a tal realidade. Será que a certeza, Habita no Atlântico? Só saberão os infortunados, Que escutarem o seu doce cântico.

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Orcas | Rodrigo Vinagre, 8.º C

A Orca (Orcinus orca) é o membro da família dos golfinhos de maior porte e um grande predador versátil, que inclui na sua dieta presas como peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas, tubarões e animais de tamanho maior quando caçam em grupo, por exemplo, baleias. É habitualmente designada por baleia-assassina, apesar de ser parente dos golfinhos, sendo o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica, logo a seguir ao homem. Pode ser encontrada em todos os oceanos e chega a pesar nove toneladas.

Fontes: vários textos da Wikipédia

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Há um sonho recorrente que tenho. É pleno verão, estou em Lisboa, mais precisamente no Rio Tejo. As águas estão calmas e os barcos navegam suavemente. Nas margens do rio, há muitas pessoas: famílias, amigos e crianças a brincar. É um dia de sábado normal. Contudo, ao fim de alguns momentos, alguém começa a gritar e eu fico assustado com esse sinal de perigo, já que estava dentro de água e não sabia o que se passava.

Depois desse grito, olho para a margem e vejo que, entretanto, todas as pessoas me acenam, preocupadas.

Ao sentir a agitação das águas, reparo numa grande sombra à superfície. Um monstro branco e negro vem na minha direção e parece preparar-se para me atacar. Sinto que vou morrer nesse confronto. Quando o monstro chega mais perto, o meu coração palpita e, nesse instante, apercebo-me de uma coisa incrível: trata-se de uma orca. Este animal que vive nas águas glaciares está ali, à minha frente, em pleno rio Tejo.

Nesse momento, todas as pessoas que presenciam o acontecimento mostram sinais de pânico e eu julgo que vou morrer, pois a orca tem um aspeto mortífero e feroz.

Por fim, vejo-a a abrir a boca, sinto a sua presença imponente e, subitamente, acordo, confuso e sem saber onde estou. Tenho sempre este sonho e nunca sei como acaba.

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Moby Dick | Ana Sofia Calado, 8.º D

Moby Dick é um romance da autoria de Herman Melville, escrito no século XIX e publicado no ano de 1851, sendo considerado um clássico da literatura americana.

Este romance retrata a história do capitão Ahab e da sua luta e perseguição de Moby Dick, uma majestosa baleia branca que o havia ferido várias vezes. Como vingança, Ahab reúne uma tripulação de marinheiros para seguir e matar a baleia branca que o deixou sem uma perna e com cicatrizes para toda a vida. É nesta viagem pelos mares que a tripulação começa a questionar-se até onde está disposta a ir, nesta contenda infindável entre baleia e homem vingativo. A obra Moby Dick é, no fundo, um tratado da pesca da baleia, no qual se descrevem todos os pormenores desta atividade. Para além disso, representa a derrota do homem, devido à sua sede de vingança.

Fonte: http://www.infopedia.pt/$moby-dick?termo=caix%C3%A3o

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Majestosa e de cor branca, Moby Dick é o seu nome, Uma baleia esplendorosa, Pelos mares se esconde. Embarcou Ahab numa viagem, Para matar a baleia branca, Homem temerário e ambicioso, Em busca da sua vingança. Múltiplas feridas lhe foram infligidas, Em golpes de furor cego, Ahab foi derrotado, Sem apelo nem agravo. E assim foi a morte de Ahab, Deixado levar pela sua sede de vingança, Tanto ódio e amargura, Apenas a sepultura das águas amansa.

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Lula-Vampiro-do-Inferno | António Martins, 8.º D

A Lula-Vampiro-do-Inferno, ou Vampyroteuthis infernalis, o seu nome científico, devido ao vermelho brilhante do seu corpo, apresenta olhos e membranas luminosos.

Vive nas águas do Atlântico e do Pacífico, entre os 400 e os 100 metros, sendo uma das espécies mais misteriosas.

Ao olhar para esta criatura, parece que tem asas de morcego, porém, são apenas os seus tentáculos que estão colados uns aos outros.

A Lula-Vampiro-do-Inferno foi descoberta há mais de cem anos, em 1903, pelo zoólogo Karl Hoon, mas ainda não se sabe muito sobre ela, por exemplo, os seus hábitos.

Um dos poucos aspetos que se observaram foi atingir uma altura máxima de 30 centímetros.

Fonte: www.gadoo.com.br

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A viagem levou-me às águas do Pacífico e, quando menos esperava, contemplei uma maravilhosa criatura que nunca tinha visto antes. Os meus olhos arregalaram-se.

Não consegui entender o que enfrentava, um morcego ou uma lula. A minha visão nunca falhava e o meu cérebro também não, por isso, segui o meu coração.

A criatura que andei a perseguir não me levou às profundezas, mas quase à superfície, no meio das rochas muito duras e que me magoaram a ponto de me ferir nas costas. Observei aquele majestoso animal de soslaio, escondido, para que este não me visse. As horas foram passando, assim como a minha paciência e concentração até que, repentinamente, a sua asa desapareceu e só sobrou cabeça e tentáculos. De seguida, estes voltaram a aglomerar-se. Apanhei um grande susto.

Pensei até à exaustão e cheguei à conclusão de que há factos que deveriam permanecer em silêncio, pois o mundo pode querer que não saibamos tais acontecimentos e que devem ou não ser descobertos mais tarde.

Levei com uma onda suave que me despertou e concluí que teria de dar um nome à criatura. Então, optei por chamar-lhe “Lula-Vampiro-do-Inferno”, por ser uma lula com tentáculos unidos uns aos outros, lembrando uma asa de um morcego. O seu último nome denomina-se “Inferno”, já que o seu corpo é a chama que o leva a ser assim, uma pequena Lula-Vampiro com “sangue” derramado por todos os lados.

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Peixe-demónio | João Silva, 8.º D

O predador abissal, ou peixe-demónio (Chauliodus danae), é o predador das profundidades oceânicas. Devido à escassez de alimento, tem apenas uns centímetros de comprimento, tendo, por vezes, de capturar presas do seu tamanho.

Em consequência, muitas espécies possuem enormes maxilares entreabertos. Os ocelos esbranquiçados, visíveis ao longo do corpo, são órgãos fosforescentes.

Fonte: Livro Animais da Terra

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Sou pequeno, mas perigoso. Forte, monstruoso. Dentes aguçados, E também afiados. Predo eficazmente, Sou um peixe combatente.

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O monstro do Lago Ness | Xavier Cerejo, 8.º D

No norte da Escócia, fica o Lago Ness - o maior lago de água doce da Grã-Bretanha. Contudo, não foi o tamanho que o tornou famoso, mas o seu especial habitante: o monstro do Lago Ness, ou Nessie, como é chamado na região.

A maioria das pessoas que diz ter visto Nessie descreve-a como uma criatura gigante nadando e uma fêmea com um longo pescoço. As aparições alimentaram a teoria de que a criatura seria, na verdade, um antigo réptil aquático - o plesiossauro - que em tempos foi extinto.

Os relatos de aparições começam no século VI, mas são as aparições atuais e evidências fotográficas que realmente captam a atenção de todo o mundo.

No entanto, na grande maioria dos casos, as fotos são fraudulentas ou captam inadvertidamente barcos e outros animais, o que gera a confusão.

Apesar das fraudes, muitos continuam com a certeza de que o monstro do Lago Ness existe, sendo diversas fotos e filmes analisados considerados verdadeiros.

Fonte: http://www.visitbritain.com/pt/Destinations-and-Maps/National-

parks-and-scenic-areas/Loch-Ness-Monster.html

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A R e a lid a d e Aquilo que os olhos veem Pode ser o que vês Ou uma criação da tua mente. Por vezes atraiçoa-te o que sentes. Algo num relance da vista É diferente de quando tens uma leitura aprofundada. Pensas se está certa ou errada. Por mais que se assemelhe à realidade Poderá nem sempre ser a verdade. Reflete antes de concretizar, Pois na tua vida não queres errar.

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Leviatã | Francisco Peres, 8.º D

O Leviatã é uma criatura mitológica, geralmente de grandes proporções, bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média. Há referências, contudo, ao longo de toda a História, sendo um caso recente o do Monstro do Lago Ness.

No Antigo Testamento, a imagem do Leviatã é retratada pela primeira vez no livro de Job, capítulo 41. Foi considerado pela Igreja Católica, durante a idade Média, como o demónio representante do quinto pecado, também sendo tratado com um dos sete príncipes infernais. Uma nota explicativa revela uma primeira definição: “monstro que se representa sob a forma de crocodilo, segundo a mitologia fenícia”.

Em suma, Leviatã é descrito na Bíblia em diversas passagens, das quais se destaca “ Os seus espirros relampejam fogo, os seus olhos são como clarões da aurora”.

Informação retirada: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leviatã

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Os teus espirros flamejam Os teus olhos são como clarões da aurora Leviatã, tu és perigoso Não mandes mais homens borda fora. Da tua boca saem chamas Como archotes ardentes. Quando te levantas, tremem os heróis, Infundes terror com os teus dentes. Os mares sussurram o teu nome, Trazes morte e perigo contigo, Crocodilo ou Polvo ninguém sabe. Muitas lágrimas foram derramadas por ti. Com a tua força colossal Permaneces adormecido no abismo do Oceano És temido nas profundezas, És o terror dos mares. Quero ver o teu refúgio, Quero ver o fundo do mar, Esse local De onde se desprendem as ondas

E onde a morte beija O lívido rosto das tuas vítimas. Não saberei nunca dizer-te adeus, Não era este o sossego Que eu queria na despedida, Este exílio de tudo, Esta solidão de todos. Nenhuma palavra Alcança o mundo, eu sei. Ainda assim, Escrevo.

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Mishepichu | Diogo Cabral, 8.º D

Mishepishu, cujo nome vem da palavra Algonquin Ojibwe, “Great Water Lynx” ou “Underwater Panther”, é descrito como um felino enorme, com chifres de cobre na cabeça, com escamas de dragão, espinhos nas costas e a cauda de um peixe.

Mishepishu tem a fama de ser a fonte súbita para as enormes tempestades que irrompem sobre os Grandes Lagos (América do Norte), constituindo avisos deste espírito da água para alguém que tenha chegado perto dos seus tesouros. De acordo com os povos nativo-americanos, esta criatura é reconhecida por afundar barcos e matar os “marinheiros”, não se ouvindo falar mais daqueles que tiveram o azar de encontrar este superpredador.

Diz-se que vivem no fundo dos lagos e rios e, muita vezes, em cavernas ou outras concavidades subaquáticas.

Fontes: www.cryptozoonews.com/mishepishu

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Criatura esbelta de pele translúcida,

chifres de cobre e cauda de peixe.

Aparece por entre a bruma do crepúsculo rodeada pelas almas de marinheiros atormentados.

A sua poderosa silhueta de espinhos e garras de felino Perseguem inexoravelmente o derrame de sangue.

Em terras de peles vermelhas e cavalos selvagens, na sua caverna um ser semiadormecido protege tesouros que em tempos foram cobiçados.

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Umibozu | Catarina Silva, 8.º E

O Umibozu é um youkai japonês (demónio, espírito ou

monstro). O Umibozu vive no oceano e amaldiçoa os navios de qualquer pessoa que falar com ele. Dizem que os umibozus têm uma cabeça grande e redonda e a sua cor é normalmente negra.

Acreditava-se que eles eram espíritos de padres afogados e associavam-nos a sacerdotes, pois baixavam a cabeça, parecendo rezar. Para evitar que este monstro afunde o barco, é necessário dar-lhe barris de comida.

A lenda do Umibozu está relacionada com as tradições japonesas que dizem que as almas das pessoas que não têm ninguém para cuidar dos seus túmulos se refugiam no mar.

Fonte: yokai.wiki.com

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Estava perdido no mar. Perdido e sozinho. Ou assim achava

eu. A verdade é que nunca estamos realmente sozinhos. Quando o avistei, o desespero toldava-me a vista e julguei ser uma visão.

Aproximou-se de mim, dissimuladamente, e pude distinguir algumas das suas feições negras. Foi como se fixasse o meu próprio desespero. No início, não lhe prestei muita atenção, mas depois colou-se a mim como se fosse a minha própria sombra.

Estava com medo e, quando os homens têm medo, fazem coisas estúpidas. E foi isso que eu fiz. Gritei-lhe “Vai-te embora” e um pequeno sorriso de escárnio assomou-lhe ao rosto negro.

De repente, lembrei-me de uma história que o meu avô, um marinheiro já há muito aposentado, me contou acerca de um monstro. “Umibozu!” - lembrei-me eu do nome.

Desesperadamente, procurei por um barril com comida que lhe pudesse oferecer, mas já não restava nada.

O navio, lentamente, afundava-se, no mar revolto. Fechei os olhos e esperei, engolido pelo meu próprio desespero.

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Medusa | Madalena Henriques, 8.º E

A Medusa, na mitologia grega, era um monstro ctónico do sexo feminino. Filha de Fórcis e Ceto, era uma das três Górgonas, sendo as outras duas Esteno e Euríale, as suas irmãs. Ao contrário delas, Medusa era mortal.

As Górgonas são terríveis e monstruosas criaturas. Os seus cabelos são serpentes com presas afiadas, as mãos são de bronze, a pele é semelhante à de um lagarto, a língua rodeada por presas de javali e os seus olhos têm o poder de petrificar quem os mire. Medusa é a mais pavorosa.

Temidas pelos mortais e pelos deuses, elas refugiam-se na terra paterna, tornando-se vizinhas do reino noturno, governado por Nix, a divindade da Noite. São vistas como entidades responsáveis pela proteção do limiar dos mistérios ancestrais.

O herói Perseu recebe a tarefa de matar Medusa, com o objetivo de entregar ao rei Polidete a sua cabeça, usando aquela como arma, pois o seu olhar petrificador preservou-se mesmo depois da morte da divindade até a dar à deusa Atena, que a colocou no escudo.

Na Antiguidade Clássica, a imagem da cabeça da Medusa aparecia no objeto utilizado para afugentar o mal conhecido como Gorgoneion.

Fontes: http://www.infoescola.com/mitologia-grega/mito-medusa/

e http://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa_%28mitologia%29

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Filha de Fórcis e Ceto, Irmã de Esteno e Euríale Os seus cabelos eram serpentes, As suas mãos bronze O seu olhar a arma mais fatal Temida por mortais e deuses, Fugindo sem rumo e destino, Esconde-se na terra mãe E de si a obscuridade noturna acabou por emergir.

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Regaleco | Maria João Vidal, 8.º E

O Regaleco ou peixe-remo, cientificamente conhecido como Regalecus Glesne, trata-se de um peixe raro que vive nas profundezas do oceano, podendo chegar até 12 metros de comprimento e 270 quilos.

O Regaleco nem sempre foi um peixe conhecido. Até meados de 2001, não existiam registos deste animal vivo em qualquer parte do mundo. A primeira gravação que mostra o animal foi registada no México, em 2008.

Como é um animal que raramente vem à superfície, acredita-se que, quando o faça, fique preso nas pedras e acabe por morrer sem conseguir voltar ao fundo do mar.

Segundo uma crença japonesa, o peixe-remo é um "mensageiro do palácio do deus do mar" que anuncia acontecimentos catastróficos como terramotos e tsunamis.

Fontes: http://topbiologia.com/regaleco-o-peixe-gigante-

que-inspira-historias-sobre-monstros-marinhos/

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O céu limpo, nenhuma nuvem à vista. Na praia, um pequeno grupo de pescadores, depois de um longo dia de trabalho no mar. O som das ondas a bater nas rochas, um som calmo para o meu coração enquanto pescava. Lentamente, entoo uma pequena melodia. Um puxão na minha cana, algo que não tinha força para segurar. Puxei pela linha com tudo o que tinha, um grande peixe emergiu das águas. Visão inacreditável. Nesse dia, pela primeira vez, pudemos todos comer um farto banquete. Mal eu sabia que aquele gigantesco animal era um aviso de um terrível acontecimento. A terra a tremer. Era difícil firmar os pés no chão. Gritei. Ninguém podia ouvir. Num ato de desespero, dirigi-me à praia, procurando por alguém. Deparei com grandes peixes debatendo-se no chão. "Morte" - pensei - e uma enorme onda me abafou.

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Aglaope | João Chasqueira, 8.º E

Aglaope vem do grego Αγλαόπη e significa “Bela Voz”, sendo metade ave e metade mulher. Habitava os rochedos entre a ilha de Capri e a costa de Itália. Cantava para atrair os tripulantes dos navios que passavam por aquela zona para que colidissem com os rochedos e se afundassem

Odisseu, personagem da Odisseia, de Homero, conseguiu salvar-se, porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro do seu navio, para poder ouvi-las sem se aproximar.

Fonte: http://portal-dos-mitos.blogspot.pt

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As gotas tocam o escuro do céu, No nevoeiro denso, palmilha uma melodia sombria. É Aglaope, a sereia, a semear a loucura. A melodia entoa nos meus ouvidos, O ar gelado à minha volta congela-me os ossos, As artérias estão prestes a rebentar, O som vibra nos meus ouvidos. É Aglaope, a sereia, a semear a loucura.

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ÍNDICE

Narval | Joana Villas-Boas, 8.º A................................... p. 04 Corais | Teresa Batista, 8.º A........................................ p. 06 Serpente Marinha | Beatriz Simões, 8.º A...................... p. 08 Hipocampo | Filipa Ramos, 8.º A.................................. p. 10 Adamastor | Ana Sofia Monteiro, 8.º B.......................... p. 12 Cthulhu | Mariana Alves, 8.º B...................................... p. 14 Peixe-leão | Leonor Ramos, 8.º B.................................. p. 16 Peixe-palhaço | Miguel Martins, 8.º B........................... p. 18 Sereias | Beatriz Gomes, 8.º B....................................... p. 20 Hidra | Tomás Lopes, 8.º B........................................... p. 22 Lula-colossal | Gabriel Nunes, 8.º C.............................. p. 24 Oceânides | André Lopes, 8.º C..................................... p. 26 Orcas | Rodrigo Vinagre, 8.º C...................................... p. 28 Moby Dick | Ana Sofia Calado, 8.º D.............................. p. 30 Lula-Vampiro-do-Inferno | António Martins, 8.º D....... p. 32 Peixe-demónio | João Silva, 8.º D................................... p. 34 O monstro do Lago Ness | Xavier Cerejo, 8.º D................ p. 36 Leviatã | Francisco Peres, 8.º D..................................... p. 38 Mishepichu | Diogo Cabral, 8.º D.................................. p. 40 Umibozu | Catarina Silva, 8.º E..................................... p. 42 Medusa | Madalena Henriques, 8.º E............................. p. 44 Regaleco | Maria João Vidal, 8.º E.................................. p. 46 Aglaope | João Chasqueira, 8.º E.................................... p. 48

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