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___________________________________________________________ Ana Luna Carlos Sena Cleómenes Oliveira Diretor Presidente Edjasme Tavares Felipe Alapenha Gildo Póvoas Jameson Pinheiro João Nelson John Black José Andando de Costas José Fernandes Costa Lucinha Peixoto * * * CIT Ltda – Caldeirões dos Guedes – Bom Conselho – PE 2009

Livro da CIT

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___________________________________________________________ Ana Luna Carlos Sena Cleómenes Oliveira Diretor Presidente Edjasme Tavares Felipe Alapenha Gildo Póvoas Jameson Pinheiro João Nelson John Black José Andando de Costas José Fernandes Costa Lucinha Peixoto

* * *

CIT Ltda – Caldeirões dos Guedes – Bom Conselho – PE

2009

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Prefácio Desde outubro de 2008 o Blog da CIT está no ar. Seu propósito fundamental se encaixa naqueles da empresa de proporcionar risos e emoções através de imagem e som, e, agora com as letras. Nosso objetivo é mover o mundo em direção a algo melhor para todos. Nem sempre isto é possível mas, o uso da Internet permite-nos, pelo menos sonhar. O Blog foi criado para discutir Bom Conselho, nossa cidade natal, e de todos que nela trabalham, de nascença ou coração. Como dizemos: Bom Conselho é a causa. E seguindo o escritor Tolstoi que diz: “Se queres ser universal, começa por pintar tua aldeia”, começamos por lá. Hoje as nossas atividades de imagem, som, letras, aliados a tecnologia da informação, correm paralelas e já não podemos dizer se haverá um vencedor. Neste mundo, tudo anda tão depressa que breve poderemos ter uns robozinhos da CIT dançando na AABB e despertando paixões. Enquanto este tempo não chega, temos que usar e cuidar do que podemos fazer hoje. Durante este período foi escrito um bocada de coisas que versavam deste o Rio Sena até o Papacacinha, passando pela Morada da Sexta Felicidade. Foram muitos os colaboradores do Blog e leitores mais ainda. No momento em que escrevo, fim de junho, tivemos nos últimos trinta dias a visita de mais de 2200 pessoas, com uma média diária de mais de 70 leitores, com quase 9000 em todo o período. Isto para nós é gratificante mas não suficiente. Por isso resolvemos lançar todo o produto do Blog em forma de Livro.

Não pensem que é um livro de papel. Não gastaremos nenhuma árvore em sua impressão. Será igual a quase tudo, hoje, uma livro virtual, no formato que é mais usado, por ser o mais acessível por todos: PDF (Portable Document Format). Este Volume 1, que ora apresentamos, abrange os escritos que vão até o fim do mês de março de 2009. Outros volumes seguirão no devido tempo. Os seus atores são muitos e envolvem aqueles da CIT que escrevem e os autores mais importantes que são nossos colaboradores, a eles nossos sinceros agradecimentos. Diretor Presidente – CIT Ltda.

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ÍNDICE

• CIT Esclarecimentos e Quejandos - Diretor Presidente

• Porque a CIT está deixando o Mural - Diretor Presidente

• Por que não PEDRO DE LARA? - Lucinha Peixoto

• Por que não Eleição? - Lucinha Peixoto

• O Gaspunzão Ladra e a Caravana Passa - Lucinha Peixoto

• Resposta a uma pessoa decente - Lucinha Peixoto

• Matriz de Bom Conselho – Fé e Arte - Diretor Presidente

• Falando para a Lua - Diretor Presidente

• A Mulher e a Serpente - Cleómenes Oliveira

• Reminiscências em torno do Entregador de Doces - Jameson

Pinheiro

• Fragmentos de Português - José Fernandes Costa

• Caminhos de Fé - John Black

• O Homem sem Nome - Diretor Presidente

• Eu já sabia - Lucinha Peixoto

• Quem Foram Meus Pais - Jameson Pinheiro

• Fragmentos de lucidez - Diretor Presidente

• Ecologia: Bom Conselho, Mesas e Pinicos - Cleómenes Oliveira

• A Favorita - Lucinha Peixoto

• DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

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• É de fazer chorar??? - Diretor Presidente

• Lendas Urbanas: O Marcador Nato - Jameson Pinheiro

• É de fazer chorar??? – Complemento - Vários Autores

• Bodas de Ouro e Festas Natalinas - Diretor Presidente

• Bodas de Ouro e Festas Natalinas – Complemento - Vários Autores

• Vamos aprender Brasileiro - José Andando de Costas

• Sonhei - José Fernandes Costa

• Sonhei – Complemento - José Andando de Costas

• Sonhei – Complemento 2 - Vários Autores

• O NONO ENCONTRO - José Fernandes Costa

• Eu Tenho um Sonho - Lucinha Peixoto

• O 10º Encontro - Lucinha Peixoto

• O 10º Encontro - Complemento – Vários Autores

• PESSOAS - Ana Luna

• Habemus Patrono - Lucinha Peixoto

• 10° Encontro Revisitado - Cleómenes Oliveira

• Acordo Ortográfico (1) - José Fernandes Costa

• CHIADO DO CARRO DE BOI - Ana Luna

• MEU CARUARU, CORRA, A VEZ É SUA - Edjasme Tavares

• NOSSA MÃE - Ana Luna

• Acordo Ortográfico (1) – Complemento – José Andando de Costas

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• Encontros e Desencontros - Jameson Pinheiro

• A M O R etc. - José Fernandes Costa

• Jovem atingido por bala perdida chora de tanto rir - Felipe Alapenha

e Diretor Presidente

• Carnaval - Ana Luna

• A M O R etc – Complemento - João Nelson e José Fernandes Costa

• 9º Encontro – Comentando um Resultado - Lucinha Peixoto

• SOBRE BOM CONSELHO, AS ORIGENS DAS ESPÉCIES E O

BOLSA FAMÍLIA - Cleómenes Oliveira

• Fascínio - José Fernandes Costa

• CADERNO DE RECEITAS - Ana Luna

• O Aniversário de Ana Luna e o Licor de Jenipapo - Lucinha Peixoto

• O Rio Sena e o Riacho Papacacinha - Jonh Black e Diretor

Presidente

• A Morada da Sexta Felicidade - Ana Luna

• O Rio Sena e Riacho Papacacinha – Complemento - Carlos Sena

• UMA OBRA DE ARTE QUE REPRESENTA A CRIAÇÃO:

MULHER - Marlos Urquiza Cavalcanti

• O Dia Internacional da Mulher - Lucinha Peixoto

• O Dia Internacional da Mulher - Complemento - Carlos Sena

• Dúvidas - Felipe Alapenha e Diretor Presidente

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• Chegando - José Fernandes Costa

• A “Arapongagem” - Diretor Presidente, José Andando de Costas e

Lucinha Peixoto

• A melhor bebida do mundo!!! - Ana Luna

• O Músico - Diretor Presidente

• O Músico – Complemento - Vários Autores

• PENSAMENTOS – Gildo Póvoas

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CIT Esclarecimentos e Quejandos Foram muitas as mensagens antes de decidir prestar alguns esclerecimentos sobre a participação de funcionários da CIT no Mural do saite de Bom Conselho. Umas eram contra outras a favor como deveria dizer o conselheiro Acácio. O nosso ex-diretor presidente (José Carlos Cordeiro) era contra e eu sou a favor, só para dar um exemplo. Para mim, a liberdade de manifestação é fundamental para o ser humano se realizar plenamente e isto pode e deve ser aplicado às empresas, principalmente àquelas como a nossa que objetivam mexer com as emoções das pessoas. Já havia um grande desejo de participação por parte de todos e aproveitaram minha forma de ser para se engajar neste processo. Aquiesci com a condição de que cada um fosse individualmente responsável pelas suas manifestações e que gostaria de vê-las antes de publicadas em qualquer lugar. Assim sendo, todas as manifestações emitidas por funcionários da CIT, até agora, foram vistas por mim antes de serem publicadas. Muitas não tem minha concordância, outras tem, e como tem!!! Todavia, sou o responsável para responder civil ou criminalmente por elas, caso isto seja necessário. Da mesma forma que o Andarilho, não quero revelar minha identidade, a não ser em juízo. A razão disto é uma pergunta: "Prá que?". A menos que eu algum dia queira me tornar um imortal, como membro de alguma Academia, me candidatar a vereador, deputado ou mesmo Presidente da República. Já pensou se descobrem que Lula é realmente o Fernando Henrique com pseudônimo? Poderia até ser melhor para o país, como o Alex (vendedor criado pelo Andarilho para justificar o anomimato) daria mais lucro nas vendas mas será que isto seria aceitável para o eleitorado ou mesmo bom para o país? Neste ponto sou contra e a favor de Lucinha Peixoto. A favor quando ela diz que, numa Academia real, com cadeira e tudo, o Andarilho deveria dizer quem é. Eu também diria se estivesse como ele à beira da imortalidade. E sou contra, quando ela diz que na Academia Virtual pode participar com pseudônimo. Não vejo diferença nenhuma entre uma e outra. Não demitirei a Lucinha por isto nem ela ficará minha inimiga. Aqui temos um lema que as pessoas deveriam sempre seguir: "DISCORDÂNCIA NÃO É OFENSA PESSOAL E CONCORDÂNCIA NÃO É SINAL DE FRAQUEZA, É APENAS UMA INDICAÇÃO DE QUE PENSAMOS E TEMOS RESPONSABILIDADES MORAIS". Um dos exemplos mais contundentes deste lema foi a participação do nosso diretor Cleómenes Oliveira, em sua discussão com o Andarilho. Não concordamos em quase nada com as posições religiosas, filosóficas e tais do Oliveira mas, a forma de tratar o assunto do Andarilho, quando viu que não era mais uma unanimidade (Oliveira sempre repete um dos seus autores preferidos, Nelson Rodrigues, nosso conterrâneo de Pernambuco: A unanimidade é burra) no saite, desencandeiou sua ira religiosa em uma cruzada contra o nosso pacato ateu. O motivo: Discordância. Não ofensa pessoal. Como não é fraqueza dizer que o Andarilho é um bom escritor, e que, merece até ser um imortal quando se revelar. Não é ofensa dizer que, depois que ele escreveu aquele artigo sobre o mercado financeiro, seu índice de tendência à imortalidade (ITI) desceu muito. Quando no artigo sobre um episódio na China ele coloca a propriedade privada quase como uma dádiva divina, e diz: "Precisamos refletir que a Cultura da China é totalmente diferente da nossa Cultura. Pela forte presença dos valores Cistãos(sic), a vida de um ser humano no Brasil é levado(sic) em conta. (até quando não sabemos...Pois cada dia se mata mais e se pergunta menos. E menos atenção se dá a vida).". Com este estilo morde e sopra o índice de tendência à imortalidade (ITI) cai a zero. Por isso digo ao Andarilho,

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venha para o Mural, é tão bom aqui embaixo. Quando decidir se revelar então faça a enquete entre os membros da Academia Virtual ou Real. Mudando de assunto, desde o início da participação dos funcionários da CIT, eles resolveram elaborar um livro, toda vez que houvesse material suficiente no Mural e, agora na Academia, para ser divulgado no formato pdf (como sempre em inglês: Portable Document Format). Como exemplo do seu uso vejam os excelentes aspectos dos artigos do Jordalino Neto e agora Milton Cavalcanti. No entanto, surgiu um problema que só o nosso Editor-Chefe Saulo pode resolver. O link que leva às páginas anteriores do Mural está inoperante. E precisamos delas para fazer o livro. Esperamos que isto seja resolvido para discutir com o Saulo os detalhes do projeto. Talvez tivéssemos o nosso primeiro livro virtual. Nossa empresa, com os seus funcionários fariam isto e seus pagamentos seriam poder participar deste debate maravilhoso que o saite está nos proporcionando. Algumas mensagens chegaram pedindo para conversar com nossos funcionários de forma individual. Isto é muito simples. O e-email é o mesmo: [email protected]. No "assunto" comece com o nome de quem você falar, exemplo: "Cleómenes - Ateu filho...", "Diretor Presidente - Fala sério Cara", etc. Aqui ninguém lê mensagens cujo assunto é dos outros. Temos outros itens a tratar mas, por hoje, já abusei demais de suas paciências. Saudações Cordiais Diretor Presidente - CIT Ltda.

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Porque a CIT está deixando o Mural Diante do que vimos recentemente no Mural do saite de Bom Conselho, não nos restou alternativa a não ser proibir nossos funcionários, qualquer um, de participação neste grande painel de informações. Poderíamos começar por qualquer dos ítens dos que nos influenciaram, eles são igualmente importantes. Mas comecemos pela censura. Enviamos um e-mail para o editor do mural reclamando de sua censura a um texto nosso publicado abaixo neste Blog. Pasmem, este e-mail foi também censurado. Aqueles que o receberam (mais ou menos 100 pessoas da minha pequena lista de bom-conselhenses) podem verificar que falta uma parte do texto, considerado por nós de importância para entender a mensagem. Assim o texto não foi retirado, foi mutilado. Conheci o Saulo, um homem correto, calmo, decente, e como ele diz em mensagem por nós recebida, um homem simples e estudante de Direito. Ele não pode ter feito isto. Deve ter sido mal assessorado. Reconheço que o desejo pela imortalidade está tisnando os valores de alguns. Mas, ainda cremos que é melhor um mortal decente do que um imortal alma sebosa. No entanto, não poderíamos continuar como se nossas mensagens fossem Ulisses e nós fossemos a Penélope esperando seu regresso no Mural. Outro motivo foi o Andarilho. Não foi pelo o que ele disse ou porque ele é mau. Mas pelo que não sabemos que ele é. Quando fala de religião ele deve inchar o pescoço ficar vermelho, pressão nas alturas. E se ele for um senhor de idade e tiver um enfarte. Não, não queremos este sentimento de culpa. Quando ele se revelar poderemos travar novos e calorosos embates, ele lá e nós cá. Ligado a este motivo, mas um tanto diferente, foi o que escreveu o senhor Paulo Tavares sobre a Academia e sobre o Andarilho. Não o conheci pessoalmente, mas pelas suas fotos ele já é um senhor de idade. No entanto parece forte e não corremos o risco de ao respondê-lo causar qualquer problema à sua saúde. Se ele considerar, como consideramos que discordância não é ofensa pessoal, estaremos livre desta ameaça. Então vamos lá. Só quem fala hoje em Academia Bom-conselhense de Letras é o senhor José Taveira Belo, repetindo um pouco os textos de um ou dois anos atrás. Até o Andarilho, seu ídolo, só fala: Academia de Letras, Artes, Ciências e Tecnologia de Bom Conselho, uma corruptela do título sugerido pelo nosso ex-diretor José Carlos Cordeiro. Academia só de letras é apenas uma tentativa de macaquear nossa Academia Brasileira de Letras que macaqueou a francesa. Hoje, estas letras que escrevemos aqui são formadas de 0's (zeros) e 1's (uns). Outras formas de expressão e conhecimento devem ser abordadas e terem os seus espaços. Onde deverão estar os excelentes músicos que temos? Os Artesãos? Os cantores? Os cientistas? E os xilógrafos (leram a bela e oportuna informação do imortal Jordalino Neto na Academia Virtual sobre Dila?). Isto tudo é para perguntar: Por que não PEDRO DE LARA como patrono? Foi um homem sério, trabalhador honrado, grande artista, divulgador de nossa terra, não matou nem mandou matar, nem bateu a bota na saída da cidade para não levar a terra de Bom Conselho. Devemos esperar um teatro? Não. Elitismo tem limite. Depois o senhor pergunta: quem foi o "fraco das idéias" que "bolou" o afastamento do Andarilho da academia? Pelo que pesquisamos, o primeiro foi Alexandre Tenório, o segundo o José Arnaldo Amaral com a anuência do José Taveira Belo, depois nós no artigo em que fomos censurados. Confesso que destes só nós nos consideramos fracos das idéias, os outros três deveriam ser imortais de nossa academia. Um já é imortal. Dois deles saíram, porque ficarmos? Ou o senhor sabe quem é o Andarilho? Para nós, é um ex-seminarista jesuíta que anda perguntando se chinês tem alma. Enfim, a CIT se retira do mural e vem para o seu Blog, mas não esquece Bom

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Conselho, isto é impossível. Está no sangue. Cordiais Saudações Diretor Presidente

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Por que não PEDRO DE LARA? Sempre é bom ver alguém com amor filial assim. Teresa Tavares, penso ser filha de Paulo Tavares (ou neta? vi você nas fotos do saite de Bom Conselho e não deve ter mais de 30 anos. Acertei? Desculpe se errei para cima) e vem concordar com o seu pai. É menos específica do que ele. Ainda não sabe qual a homenagem digna para Pedro de Lara. Desde que não seja a Academia, que é lugar de homens de letras, então tudo bem. E isto acontece em qualquer lugar do mundo. Vamos por partes. Qual a homenagem digna para Pedro de Lara? Se não temos sugestões, ainda, passemos adiante. Academia é um lugar de homens de letras. Será? Você sabia que a Academia original foi uma escola fundada em 387 a.C., próxima a Atenas, pelo filósofo Platão. Nessa escola, dedicada às musas, onde se professava um ensino informal através de lições e diálogos entre os mestres e os discípulos, o filósofo pretendia reunir contribuições de diversos campos do saber como a filosofia, a matemática, a música, a astronomia e a legislação. Platão, que homem inteligente, que sentimento nobre. Já naquela época sentia que outros conhecimentos além das letras puras eram essenciais ao ser humano. A Academia Francesa - que serviu de modelo à Academia Brasileira - foi fundada, em 1635, por iniciativa do Cardeal Richelieu que obteve a autorização para seu funcionamento do rei Luís XIII, com a principal finalidade de tornar a língua francesa "pura, eloqüente, e capaz de tratar das artes e ciências. Tudo isto está escrito no saite: http://www.casadobruxo.com.br/ com pouquíssimas modificações. Vejam que as artes outras e ciências eram para ser contempladas. Veio então a Academia Brasileira de Letras macaqueando a Francesa, no seu estatuto diz: Art. 1º - A Academia Brasileira de Letras, com sede no Rio de Janeiro, tem por fim a cultura da língua e da literatura nacional, e funcionará de acordo com as normas estabelecidas em seu Regimento Interno. Por que isto? Porque quando de sua fundação, no final do século XIX, as outras artes além da literatura, e a ciência eram incipientes. Hoje mudamos. Existe Teatro, existe Televisão, também existe Ciência e até e Enganação (Esta última palavra foi usada só porque estou treinando para ser poeta rimista, quem sabe se só teremos letras na nossa Academia). Então, porque privilegiar só as letras, como o faz o senhor José Taveira Belo no seu projeto? Eis um trecho do Estatuto proposto por ele em caráter embrionário: OBJETIVO – Parágrafo § 1.1 – ACADEMIA BOMCONSELHENSE DE LETRAS – ABCL, tem como objetivo congregar toda classe literária de Município de Bom Conselho a fim de divulgar estudos literários, como romance, poesias, artigos, conscientizando e motivando o desenvolvimento o potencial literário. Peço mil desculpas ao senhor José Taveira, porque pesquisei o seu empenho na criação desta Academia e leio sua coluna com interesse e emoção porque sou de Bom Conselho e moro, atualmente, em Recife, mas, isto só me lembra os Grêmios Literários que curtíamos muito nas aulas de D. Diva Albuquerque no Ginásio São Geraldo (por favor

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não fiquem fazendo contas sobre minha idade, eu fui a mais nova da turma, precoce mesmo). Com a ousadia que é peculiar aos ex-alunos daquele educandário sugiro que o parágrafo fosse assim reescrito: OBJETIVO – Parágrafo § 1.1 – ACADEMIA DE BOM CONSELHO - ABC, , tem como objetivo congregar toda classe intelectual do Município de Bom Conselho a fim de divulgar e incentivar a produção de estudos e obras que foram ou sejam de importância para o desenvolvimento humano, feitos por pessoas de nossa cidade. O restante do Estatuto seria adaptado a este parágrafo. Quanto a isto só mais uma coisa. A idéia da Academia ser completamente desvinculada do poder público parece-me ser "um tiro no pé, ainda sem sapato". Talvez tenha sido influência do nosso conterrâneo José Arnaldo Amaral, quando era anarquista. Penso que não é mais. Sendo ou não, lia

lte ou venha para o nosso Blog, Bom Conselho é uma boa ca

muito ele no saite. Vo usa.

Todo este gasto de bites para dizer o seguinte: Uma academia

e

uem reuniria todas estas condições? PEDRO DE LARA. Os mais velhos lembram

hegaram alguns e-mails na CIT, depois que o lançamos para patrono, dizendo que ele

a dos

os

xismo, me escupem, mas tem um assunto a mais. Você

ã e

como esta pode e deve ter como patrono uma pessoa que foi umgrande intelectual, sério, trabalhador, amante da terra, artista em várias frentes (tem até livros escritos, embora não fosse sua atividade principal), ator (esta sim sua atividade principal), homem de televisão, e, principalmente, o maior divulgador dBom Conselho.

Qmuito bem, Teresa não, porque é jovem. Quando nos perguntavam de onde éramos e respondíamos: De Bom Conselho. O ignorante perguntador sempre dizia: Ah! Bom Conselho de Papacaça, a terra de Pedro de Lara? Não há excesso em dizer que ele lançou o nome de Bom Conselho no mapa do Brasil como nenhum outro.

C

trabalhou em filmes pornográficos, etc, etc. A estes eu pergunto: Vocês já leram "A CasBudas Ditosos", do nosso mais recente imortal da Academia Brasileira de Letras, João Ubaldo Ribeiro? Eu recomendo que todos leiam, é um livro excelente, e João já deveria esta a mais tempo na Academia. Tenho certeza que aquelesque leram não me disseram mais nada. Se o Pedro de Lara o leu, ficou corado junto aseus lírios brancos de pureza. No saite eu era censurada por prolidfala do seu tio Di. Como admiro este amor o bem escritos e ele deve ser um canditado fort

à ABC por isto. No entanto, como ex-aluna da Escola Pratt de datilografia, se fosse familiar! Li os escritos de Di no saite, s

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votar, o Di seria imortal pela exímia habilidade na tecnologia da máquina de escreverLembro, passávamos, eu e algumas colegas (naquela época moça não andava com rpela rua, ficava falada) e no cartório ficávamos observando suas habilidades com a Remington (ou era outra marca?). Se ele hoje domina o teclado de um computadocomo o fazia com as velhas máquinas, é imortalidade certa.

. apaz

r

audações Cordiais S Lucinha Peixoto.

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Por que não eleição? Recebi alguns e-mails sobre o artigo no Cit Blog (http://citltda.blogspot.com/2008/11/por-que-no-pedro-de-lara.html) no qual defendi o Pedro de Lara como patrono da Academia de Bom Conselho (ABC). Alguns acertaram meu endereço colocando no assunto Lucinha e depois o assunto. Estes, somente eu li. Outros mandaram para CIT em geral e quase todas da empresa leram. Como sempre, alguns merecem resposta e outros não. Meu critério de escolha é quase sempre o de relevância para assunto tratado. Alguns podem ser classificados como escritos por Analfabetos Funcionais neste mundo de internet. Eles quando vêem escrito "naum", em vez de entenderem "não", fazem um discurso para se escrever correto. Mas sempre tem um lugar para eles neste mundo, menos para eu responder seus e-mails. Alguns outros, como a mensagem do Carlos Sena, me comoveram deste o início. Primeiro um jovem, pela foto, pois não o conheço pessoalmente e não me lembro dele enquanto vivi em Bom Conselho. Mas, Carlos (como gosto deste nome, posso chamá-lo assim?), ainda não sou um velha coroca, e entendi muito bem a inversão do título do nosso escrito anterior. Por que Pedro de Lara? Tentei explicar as razões e fiquei tão feliz que você tenha gostado que por uns momentos esqueci até o Andarilho. Fugimos do site mas ele continua nos assediando. Ainda se fosse assédio sexual, eu o repeliria veementemente, mas, como qualquer mulher ficaria um pouco vaidosa. Todavia, o deixemos de lado por enquanto.

scolher

Confesso, fazendo já um pouco de campanha política, que lancei o nome de Pedro de Lara porque, além de ser para mim o melhor nome, achava-o também melhor do que os outros lançados anteriormente: Coronel José Abílio e o Marechal Dantas Barreto. Agora você lança o nome de Waldemar Gomes de Santana. E deu a idéia genial de uma eleição. (O Andarilho - aqui está ele de novo, oh karma - deu uma idéia de votar para e

os primeiros imortais, fiquei um pouco em dúvida pela dificuldade de escolher os votantes). Mas numa eleição para patrono todos os Bom-conselhenses podem votar. E porque não todo o Brasil? Se alguém, porque não o saite de Bom Conselho, promover uma eleição pela internet (orkut, e-mails,etc.) isto pode ser feito. E aí, a idéia de Democracia, e a idéia por trás dela de "deselitizar" um pouco mais nossa sociedade, que você defende, e eu também, seja sobejamente contemplada (o que será meu carro chefe de campanha da candidatura Pedro de Lara). Você diz que o saite está bombando e eu espero que nossos blogs também, para promovermos e operacionalizarmos (este cargo na CIT me deixa usando termos como estes, desculpem) esta votação. Inicialmente temos quatro candidatos, em ordem alfabética: Dantas Barreto, José Abílio (quando José Arnaldo lançou a idéia da Academia, lançou-o como patrono, já que faz um tempo, não sei se ele ainda mantém a indicação, decidi que é melhor deixar por enquanto), Pedro de Lara e Waldemar Gomes.

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Espero que outras pessoas se manifestem e lancem seus candidatos. Até o fim de novembro eles serão aceitos. Enquanto proponho a Carlos Sena que pensemos como fazer a eleição. Por hoje é só, aguardo respostas. (Meu e-mail é [email protected] , e não esqueçam, no assunto coloquem Lucinha antes dele). Cordiais Saudações Lucinha Peixoto Coordenadora Administrativa

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O Gaspunzão Ladra e a Caravana Passa Em meu artigo anterior, concordei com a idéia do Sr. Carlos Sena de fazer uma eleição que nos desse uma indicação para o patrono da Academia de Bom Conselho. Enviei uma mensagem a ele sobre isto. Recebi uma resposta. Uma resposta nos dando apoio para ir em frente com o projeto de eleição, dentro do modelo apresentado. Tentando ser justa, como sempre, tudo foi elaborado pelo Jefferson da Silva, um dos nossos técnicos em informática. Passo a palavra a ele publicando sua resposta ao meu memorando pedindo ajuda: "Dona Lucinha, eh sempre um prazer coloborar c/ seus projeto. pra este caso q a senhora diz, o melhor eh fazer pelo orkut. Naum intendo bem o q eh plebiscit, mais penso ser um eleção. A senhora deve pidir permição ao diretor, e criar uma comunidade no orkut e fazer uma enquete. Tudo muito simples mais eh bom testar antes. Depois falo pessoalment com a senhora. Tchau." Pensei em colocar o nome deste artigo de PlebisCIT em homenagem ao Jefferson, mas fatos novos aconteram. Todavia, falar do Jefferson é essencial. Ele é de Bom Conselho, mais precisamente de Caldeirões dos Guedes. Começou no nosso escritório de lá agora está no de Recife. De estudo formal, foi até o terceiro primário. De estudo para vida é Doutor. Grande técnico grande pessoa. Com ambições que só os grandes homens (pelo amor de Deus mulheres, não precisamos modificar frases consagradas para provar que somos iguais a eles) tem. Desculpem, mas esta eu tenho que contar. Alguém pediu a ele uma orientação sobre um assunto de informática. Ele escreveu como sempre escreve, muita coisa errada dentro dos padrões ou chavões linguísticos tradicionais. A pessoa ficou surpresa quando ele resolveu o problema, mas não com o seu nível de educação formal. Logo o aconselhou a fazer 1° e 2º graus, Supletivo, Faculdade, etc. O Jefferson disse para ela mais ou menos isso: Quando vim do interior vinha pensando nisto. Fui no sindicato porque gosto daqueles movimentos e de lutar pela minha classe. Falei aos companheiros de meus planos para estudar. Então o Tonho perguntou: mas tu não tavas dizendo que tinhas sonhos políticos, e querias ser até Presidente da República? Então para com este troço de estudo e te concentra no essencial. Agora eu já sou primeiro secretário do meu sindicato. Voltemos ao que nos interessa aqui. Resolvemos criar um modelo de votação, eu e o Jefferson sempre, quase não entendo nada disso. Primeiro vamos testá-lo com uma pergunta menos polêmica - Qual o nome da Academia de Bom Conselho? - e depois passaremos para a que causou mais celeumas até agora - Quem deve ser o patrono da Academia? Criamos, no Orkut, uma comunidade chamada Academia de Bom Conselho. Quem for cadastrado no Orkut pode acessá-la digitando no lugar onde se pesquisa: Academia de Bom Conselho. Abre-se a página da comunidade e nela está a enquete como três alternativas: - Academia Bom-conselhense de Letras - ABCL- Academia de Letras, Artes, Ciências e Tecnologia - Academia de Bom Conselho - ABC.

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Perguntei ao Jefferson porque não pode ser colocado o nome completo da segunda alternativa. Ele explicou que o modelo adotado só permite um certo números de

caracteres. Pedi para ecolocar uma obsesobre isto e ele o fez. O prazo que escolhemos para o término da enquete é o mesmo que demos para que sugestões sobre nomes de patronos sejam apresentados e ai, se decerto, faremos uma

nova eleição. O Jefferson me garante que cada conta do Orkut só pode votar uma vez. Não pode haver influência do dono nos resultados, a não ser apagar toda a enquete. Todos podem acompanhar dia a dia o resultado. Penso que o modelo é sólido do ponto de vista da segurança. No entanto, observem e fiscalizem. Se alguém da CIT correr com a urna.

Prenda-o. Este é apenas um teste para outras perguntas, mas, não é uma brincadeira. Observem que por trás de cada nome está um objetivo

declarado do que será a Academia de Bom Conselho, que, talvez influenciará na escolha do patrono. Tenho certo que os bom-conselhenses que estão em Bom Conselho, e bom-conselhenses que estão fora de lá nos indicarão um caminho. Mudando só um pouquinho de assunto, artigos atrás tive a ousadia, que digo ser de ex-aluna do Ginásio São Geraldo, de escolher, um conjunto de imortais, seguindo um critério específico e indicando o critério da idade para assumir a presidência desta academia. Até me precipitei, correndo o risco de ofendê-lo dizendo que o José Tenório

seria o presidente, cargo que ele, com sua gentileza que só os poetas possuem, recusou. Alguém chegou a escrever que idade não era um bom critério. Eu repito, é o único no momento para fazer as coisas andarem. Quando os imortais se reunirem podem escolher outro, levando em conta

outros critérios. Lá vai eu correr o risco outra vez de usar o critério sem conhecer os dados completos dos imortais. Penso que o próximo da lista de idade é o José Taveira Belo (não estou levando em conta alguns que entraram como colunistas depois de

le rvação

r

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15/10/2008). Caso assim seja, pela recusa de José Tenório, ele é o presidente. Com o seu empenho, que tenho visto, para que as coisas caminhem, o senhor tem todas as condições para fazer acontecer. Desculpem mais uma vez a ousadia.Peço a todos que, se houver algum problema, contate-me (Lucinha - Assunto tal) ou contate o Jefferson (Jefferson - Assunto tal), que estaremos dispostos a esclarecer dúvidas sobre o PlebisCIT, se pudermos, é claro. Saudações Cordiais Lucinha Peixoto

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Resposta a uma pessoa decente Tenho recebido várias sugestões de nomes para serem candidatos a patrono da nossa tão sonhada (agora literalmente depois do sonho do senhor José Taveira) Academia, e, dentre as pessoas que me escreveram houve uma a que não pude deixar de responder. Como se dizia no nosso tempo, uma pessoa de caráter sem jaça. Ou, enfantizando aquilo que diz nosso poeta Carlos Sena, uma singularidade, singular. Era minha intenção publicar neste Blog o diálogo completo, entretanto, não recebi sua autorização para tal, então publico somente minha resposta. Não sei os motivos, mas, se o veículo de comunicação (nosso Blog) não for interessante, ela poderia autorizar ao Site de Bom Conselho sua publicação. (O Diretor Presidente da CIT proibe terminantemente a publicação de qualquer mensagem sem autorização das pessoas que a escrevem, o que acho a política correta, um e-mail é como nós usávamos antigamente: Uma carta). Na mensagem abaixo foram retirados todos termos e sentenças que identificassem meu interlocutor. Ilações podem surgir, mas, elas são livres. "Caro Interlocutor, Em primeiro lugar devo manifestar a satisfação que me envolve por receber uma mensagem sua. Esperei tanto e toquei tanto no seu nome (com todo o respeito que você merece) naquilo que escrevi anteriormente que você deve pensar que eu estaria doida para receber um mensagem sua. Se você pensou isto, está absolutamente certo. As vezes converso com os meus familiares e conto algumas das estórias que vivi em Bom Conselho e, quase sempre, fatos que o envolvem estão presentes. Perdoe-me este intróito tão longo, mas sou prolixa mesmo. Concordo inteiramente com você que devemos levar a sério as indicações para patrono da Academia de Bom Conselho. Como você diz, a história nos julgará. Foi por isso que, escritos atrás, atrevi-me a lançar para este posto o nome do nosso conterrâneo Pedro de Lara, que é o nosso canditado ainda. Neste ínterim surgiram indicações de outros candidatos além daqueles que eu conhecia na época, que eram o Marechal Dantas Barreto e o Coronel José Abílio. Como Pedro, eles tem seus méritos e seus deméritos. Mas ainda prefiro Pedro. Depois que o conterrâneo Carlos Sena lançou a idéia de uma consulta, a qual estamos tentando colocar em prática, surgiram muitos outros e outros surgirão. Entre eles já estavam o professor Waldemar Gomes de Santana mas não o do Dr. Joaquim Cirilo de Araújo Pereira (confesso que não sabia o nome dele completo, obrigada pela informação). Devo dizer que o nome destes dois grandes homens de Bom Conselho, além do de Florisbello que você menciona, de quem não tive a honra de ser amiga, mas apenas admiradora, mostram que nossa eleição, plebiscito, enquete, pesquisa ou que nome tenha, se pecar, será por excesso de candidatos e não por falta. De forma alguma aproveitarei esta resposta para fazer campanha para Pedro de Lara (Meu Deus, nunca pensei que a esta altura da vida, me tornaria uma política em campanha, mas quem sabe estarei treinando para cabalar voto dos imortais para galgar a uma cadeira na nossa academia) todavia, li os motivos que você deu para suas indicações. Sei quanto tem de verdade nisto, pois como já declarei muitas vezes, sou ex-aluna do Ginásio São Geraldo, e ouvia as reclamações feitas pelo prof. Waldemar. Não alcancei o auge desta luta (sou um pouquinho, só um pouquinho mais nova do que você) mas sei muito bem da história. Na minha época, nossa luta já era para fazer o curso científico ou clássico. Devo ao São Geraldo e a D. Lourdes Cardoso (a quem proporei como patronesse de uma cadeira em nossa Academia) o primário e o ginasial.

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Talvez este mínimo lapso de tempo tenha nos feito indicar diferentes candidatos. Menina pobre fui. Dificuldades para estudar fora, tive mais do que os meninos, você sabe bem porque. E não pertencia à chamada sociedade de Bom Conselho. Elite da época. Nunca cheguei a ter vergonha de ser pobre, mas mesmo no ginásio, a farda única vestida a semana inteira quase sempre não era um motivo de satisfação. A "sociedade" muitas vezes sabe ser cruel. Paixões juvenis esbarravam na falta de um curso de pintura ou de corte e costura. Fico pensando se hoje estaria aqui escrevendo se tivesse feito um curso destes. Mas, foi muito duro. Muito tempo depois ouvi falar em Pedro de Lara. Gaita de padaria. Homem do povo. Emigrante. Lutador. Artista. Vencedor. Pensei. Num empreendimento de caráter tão elitista, só um homem do povo, para torná-lo mais humano. Machado de Assis era um negro pobre do Rio de Janeiro. Melhor escritor do que Pedro de Lara? É claro que sim. Como seria na época de hoje, o nosso Machado de Assis? Melhor jurado de calouros do que Pedro? Não sei. O que sei, é que não podemos perder a oportunidade de tornar nossa Academia uma organização cultural que, pela primeira vez pensa em povo na sua criação. Indicando alguém que escreva sem tristeza nem remorso: "O filho quando não presta é espermatozóide estragado." "Corrigir o incorrigível é buscar o impossível." "É melhor doer na carne do que arder na consciência." "A mulher quando é direita nem canhota perde a linha." "O cinema ensina matar, a tevê ensina depravar, a droga ensina viciar e a JUSTIÇA ensina deixar pra lá." "Casar só pra casar é prato feito pra outro usar." "No mercado da vida o homem é sempre um produto de oferta." "Quanto mais dízimos, mais igrejas. Quanto mais igrejas, menos fé." "O forte enfrenta a morte, o fraco vive correndo dela." "Tapar a velhice com plástica é esquecer que a natureza é drástica." Estes entre outras frases são do Livro da Sabedoria de Pedro de Lara. Faria Machado de Assis enrubecer, como deveria ficar enrubecido por ser negro e nunca ter dito palavra contra a escravidão. Na certa era um "preto de alma branca" como se dizia em Bom Conselho sobre negros que foram grandes homens de bem em nossa cidade. Meu caro Interlocutor, já fiz campanha demais por hoje. Mas devo dizer. Suas indicações são de pessoas que todo Bom Conselho deveria referenciar e lembrar. E serão sérios concorrentes em nosso plebiscito. Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. Lucinha Peixoto

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Matriz de Bom Conselho – Fé e Arte Saimos do saite de Bom Conselho mas continuamos seu frequentador. O seu mural, o útero da Academia Virtual Pedro de Lara, dita a tendência dos bom-conselhenses em termos de movimentos artísticos e culturais. Alguma meses atrás foi a nostalgia que tomou conta das pessoas, provocada pela passagem do sexagésimo aniversário do Ginásio São Geraldo e por fotos antigas da cidade e de ex-alunos, as quais a CIT, vendo o filão mercadológico, transformou em produto gerando alguns vídeos, pelos quais fizemos grandes lucros para enfrentar este mundo em crise. O Mural e a Academia Virtual vivem um novo momento. A palavra correta para defini-lo foi escrita pelo Sr. Gildo Póvoas: Reminiscência. Termo tão bonito quanto nostalgia mas, sem muita dor. O grande iniciador do movimento foi o sonho do Sr. José Taveira. Passando pela união de Freud e Pedro de Lara feita pelo Carlos Sena, levando à emoção do Gildo Póvoas e Pedro Ramos, terminando, por enquanto, com o choro do "amarelinho magrelo", o conterrâneo Beto Guerra. Alguns da CIT se emocionaram, outros riram e ainda choraram. No entanto, como enfrentar este momento novo? O que fazer? Reunimos todos. Quando falamos em reunião, significa cada um sentado à frente de um computador, ouvindo, falando, perguntando, respondendo, gritando, provocando. Uma profusão de bites difícil de imaginar pouco tempo atrás. Um teclou: alguém pode me dizer aqui o que é "reminiscência"? Teclamos todos: Usa um dicionário, idiota. Numa reunião presencial poderia até haver alguns sopapos, mas o que houve foi uma abundância de palavrões nas telas e alto-falantes. Reminiscência é uma imagem do passado que fica na memória e de vez em quando sai com as devidas emoções. Então vamos provocar mais as reminiscências. Se isto acontecer teremos muito fácil uma história sentimental de Bom Conselho. Será que existe algum lugar em Bom Conselho que provoque imagens em nossa memória mais do que qualquer outro? Nove entre dez dos presentes responderam: Tem sim, a Igreja Matriz. Não sabemos muito sobre ela. Mas estamos instando aqui os bom-conselhenses mais sabidos, para que, vendo o filme abaixo, lembrem e escrevam suas reminiscência da nossa Igreja de Jesus, Maria e José. Se quiser, veja no YouTube: Matriz de Bom Conselho - Fé e Arte Diretor Presidente CIT Ltda

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Falando para a Lua Um grande poeta da nossa língua cantava (poetas não dizem, cantam música para os nossos olhos e ouvidos):

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.

Bem que gostaríamos de ter um poeta na CIT, um, que tivésse um coração para entreter a razão. Ainda fingiríamos mas, não tão completamente. Chegamos a fingir que somos nós, e, não sendo poeta sabemos que a dor é nossa sem fingir. Felizmente, para aqueles que nos lêem, tentamos não passar a dor para ninguém.

Ana Luna escreveu um artigo em sua coluna do saite de Bom Conselho, e pergunta: Cadê a CIT????? Só a citação da nossa empresa por esta - pensamos, pensamos, pensamos e os bons adjetivos são tantos que resolvemos arredondar - linda mulher, nos enche de orgulho, mesmo se mal de nós falasse. Apenas nos procura. Estamos aqui, noutro endereço, com os mesmos objetivos de antes. Vender, em nossa própria moeda, risos e emoções. Não somos uma

pessoa só. Não sabemos fingir que somos, não podemos, como o poeta, fingir uma solidão que deveras não sentimos. Temos muitas cabeças pensantes, que não cabem numa só, e todas elas querem se expressar, gritar, discordar, ... em muitos temas. Não somos uma "singularidade" do Carlos Sena, mas, uma "pluralidade" de coisas. O chefe, administrador, diretor, animador, ou que seja, de uma "pluralidade" como a CIT, reescreveria assim o poema acima:

O Diretor é um fingidor

Finge tão completamente

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Que chega a dizer que é Aquilo que ele não sente

E os que ouvem o que ele fala,

Na fala se sentem bem, Não a fala que ele ouve, Mas aquela que faz bem

E, assim nas altas rodas

De nossa sociedade É díficil de engolir

Esta tal "pluralidade". Que fazer? Ficar sem as cabeças ou reduzí-las, ficticiamente, a uma? A decisão tomada foi, dentro dos padrões éticos que permeiam nosso coletivo, dar o direito de expressão para todos. Ocorreram algumas desavenças dentro do nosso querido saite devido a multiplicidade de opiniões. Previmos outras, quando aumentassem nossos participantes (temos muita gente querendo participar ainda, aguardem) e resolvemos escolher um lugarzinho nosso para fazer a mesma coisa. Não temos, nem nunca tivemos intenção de concorrer com ele, e sim gerar um espaço a mais para expressão de idéias e que é de todos. Sabemos que brevemente teremos a Gazeta "On-line". Não falamos com o nosso conterrâneo Luis Clério sobre isto, mas é a tendência natural dos órgãos de informação. E, como acontece com o site(sic), estamos aqui para colaborar com ele. Afinal de contas para os três, como deveria ser para todos: Bom Conselho é a causa. Continuamos com a mesma idéia sobre a Ana, desde que ela nos autorizou o uso do seu filme para exibição no nosso Projeto na Praça. Seu único defeito é não ter nascido em Bom Conselho, porém, isto é um mero acidente geográfico que pode ser sanado facilmente por uma boa Câmara de Vereadores. P.S. : a) Em tudo que escrevemos fizemos a suposição de que o que está na coluna de Ana Luna, CTI, tenha sido um erro de digitação para CIT. Esta suposição é justificável, pois a procura de uma CTI seria para Alexandre e Zé Arnaldo. Pelo que sabemos estão vendendo saúde. Mas, mesmo se fosse assim, tudo que escrevemos é válido. O poeta está certo, fingir é fundamental. b) A paráfrase do poema acima foi feito por Lucinha Peixoto a partir de nossa idéia. Entre a distribuição de um santinho e outro de Pedro de Lara em sua campanha para patrono da Academia, ela cometeu estas rimas. Saudações Cordiais Diretor Presidente

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A Mulher e a Serpente Em entrevista a uma revista da Perdigão (Nº 74 - Novembro/Dezembro 2008) a futura prefeita do município Judith Alapenha declara, depois de ver com entusiasmo a chegada

da empresa ao município que: “No entanto, Bom Conselho ainda não está inteiramente preparada para receber um projeto desse porte. Vai ser preciso trabalhar muito e criar um plano diretor para dar condições para isso.” Como todos já sabem, quase todos da CIT são originárias deste grande município, que me acolheu muitas vezes durante meu trabalho, mesmo não sendo de lá. Não sou um bom-conselhense da gema, como se diz, e talvez por isto, vendo um pouco de longe, ou pelo menos numa distância

segura para não perder o foco, fiquei sem entender direito a frase. Alguém já disse que política é a arte do possível. Os prefeitos são pessoas políticas, ou deveriam ser. Será que nossa Prefeita usou sómente sua arte na frase? Com a primeira parte é difícil deixar de concordar. Pelo que vejo lá atualmente, a cidade não está preparada nem para receber um carro a mais, uma escola a mais, um hospital a mais. Até mesmo alguém de fora, turista ou não, não cabe no município, sem muito sofrimento. E a Prefeita está falando de um uma empresa de razoável porte, para qualquer cidade média no Brasil. Na segunda parte da citação temos duas questões diferentes. Uma provocada pela afirmação de ser preciso trabalhar muito, que ninguém pode contestar. A outra que determina criar um plano diretor para dar condições para isso (Bom Conselho preparada, imagino). Eu pertenço a uma época, embora não seja tão velho, a qual, no serviço público, não se dava um suspiro sem que houvesse uma plano para isto, e normalmente tinha uma sigla, por exemplo, nesta cpoderia ser PPIEE (Plano Para Inspirar e Expirar Eficientemente). Depois esqueo significado e, quando alguém perguntava, o que é PPIEE, era logo tachado de ignorante. Será que algum jovem hoje sabe o que é DNOCS? Hoje estamos na época dos planos diretores. Depois da Lei 10257/2001 que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição, e determina obrigatoriedade de planos diretores para cidades com mais de 20000 habitantes, todos, no município querem planejar tudo. Primeiro contrata-se uma equipe de técnicos que trazem debaixo do braço um modelo padrão no qual mudam-se apenas os nomes e os números das planilhas. Alguns técnicos locais reunem-se com a população, em encontros onde, fora os técnicos, quando vão, aparecem duas ou três pessoas. Fazem-se um breve histórico, colhem-se alguns dados e mapas (quando há), elabora-se um documento bem encadernado e envia-se a Câmara de Vereadores. Este documento contém, ou deveria conter, idéias sobre o que será o município nos próximos 10 anos quanto ao seu desenvolvimento. Onde deverão ser instaladas as escolas, hospitais, fábricas, comércio, atividades rurais e outras, além de quando isto poderia ser feito e como. Não cairia uma folha de mato se não fosse pela vontade do

aso ciam até

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Estatuto da Cidade e seu plano diretor. Iria atuar sobre cada pessoa ou coisa dentro do município com orientações e regras sobre projetos e obras públicas e privadas. Normalmente vai ser aprovado e haja solenidades. São tantas que não se percebe o Plano Diretor ir para o arquivo e sómente ser olhado na hora de criar argumentos para impedir a construção de um empreendimento de algum adversário político. Eu não sei em que pé estar o Plano Diretor para Bom Conselho. Não sei se já existe ou não. Pela declaração da Prefeita, acho que não. Mas noto sua legítima preocupação, levantando a idéia de um Plano. Isto pode mostrar que, se hoje a Perdigão é um sonho em via de realização, pode-se tornar um pesadelo. Devemos deixar de sonhar por medo de pesadelos? Penso que não. No entanto, deve ser uma preocupação permanente do homem público (a Lucinha Peixoto já avisou, e eu concordo, que não devemos mudar os hábitos de escrever quando estamos falando especificamente sobre um mulher e colocamos o genérico como homem, neste caso pega até mal) tratar dos pesadelos que podem surgir, no final dos sonhos. Fazendo um rápido e caricatural histórico, até 1824 Bom Conselho era uma fazenda de criação, passando a distrito em 1837 e chegando a vila em 1848. Em 1898 tornou-se cidade. Em 2008 elegeu para prefeito a primeira mulher. E aí chegou a Perdigão. Bom Conselho não era um paraíso antes da Perdigão, não o é agora. A não ser no encontro de papacaceiros, no qual este ano estarei presente, onde a cidade se transforma no paraíso pela força dos odores etílicos. Todavia, não permitamos que a primeira mulher submerja à tentação da serpente pela segunda vez. Prefeita Judith, mesmo que não a esmague, controle a cabeça da serpente (salcicha?). Um plano diretor sério é uma ajuda, mas tenho certeza a senhora precisará de muito mais. Cleómenes Oliveira Diretor de Operações

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Reminiscências em torno do Entregador de Doces Faz algum tempo estou tentando escrever alguma coisa para ser publicado pela CIT. Desde a época do site, desculpem, saite (que saco este negócio de seguir manual), eu tentava. O Diretor presidente dizia, depois de lê meus escritos, nem que a vaca tussa, será censurado, não adianta. Agora, sem censura - sómente do saite, porque a censura da direção continua - resolvi tentar de novo. Apresentei um rascunho do que vem abaixo colocado e, graças a Deus foi aprovado. Pensei em não dizer quem sou. Neste nosso mundo de fantasmas, seria mais prudente, pois poderia até ir a Bom Conselho, e na primeira reunião da Academia, me apresentar como O Andarilho. Provas? Começaria meu discurso assim: Comunidade de Bom Conselho, representada pelos cidadãos e cidadãs de boa estirpe. Na Dignidade. Ética e Postura Honrada. Ficarei aqui na porta, recebendo os que aqui adentram e dizendo-lhe da felicidade de ler algum coisa sua, mesmo que não tenham escrito, e já sei que são boas. Bom Conselho é uma cidade sem problemas. Boas vindas, benvenute, welcome. Bom Conselho conta com praças limpas e aconchegantes, bancos higienizados. Bom Conselho conta com Parque agradável e arborizado. Bom Conselho conta com hoteis familiares e agradáveis. Bom Conselho conta com Igrejas atuantes, limpas e bem cuidadas. Bom Conselho conta com Escolas bem estruturadas. ..... (fico pensando porque a oposição ganhou as eleições para prefeito, que povo louco). Tenho certeza nem precisaria terminar, assumiria minha cadeira. Desconfiem também se aparecer por lá alguém dizendo que é o nosso Diretor Presidente. Pode mandar prender que é falso. Sucintamente, meu nome é Jameson Pinheiro. Sou natural de Bom Conselho de onde saí com, não sei ao certo, mas acho que tinha uns 20 anos. O lugar onde a gente nasce nunca esquecemos. E quando nos tocam na mente como o saite de Bom Conselho nos faz, a saudade se aguça, o peito aperta e vamos lá dar uns bordejos. Hoje, não conhecemos quase mais ninguém, salvo Zezinho Ponta Baixa sentado na porta de Jordalino, ninguém mesmo. Só nos resta falar do passado. E aqui começa meu rascunho. Li o excelente escrito do nosso, agora imortal, Gildo Póvoas: O Entregador de Doces. Meu Deus, apareceram tantas pessoas que comeram das cocadas sujas do Gildo que fiquei com uma bruta inveja. Não me lembro de ter comido delas. Mas vejam senhores o nosso destino, uma pequena peripécia de criança contribui de maneira decisiva para imortalidade de uma homem. O Gildo merece a imortalidade pela peripécia e pelo que escreveu dela. É pena que não comi. Sou mais velho. Na época já deveria comer

mariola. Que pena. Todavia, tive uma coisa que também fiz. Já fui na barraca de seu Belon. Comprava balas com figurinhas. Todo dinheirinho que ganhava era para isto. Álbuns e málbuns imcompletos. Também joguei "bafo" para trocar figurinhas. Quem não souber o que é "bafo" não continue a lê. Não vale a pena. O problema de reminiscências é que é um produto datado. Tem prazo de validade por idade.

ais

Mas o que me fez escrever não foi só isso. É a outra barraca. A barraco do Neco. Era um pouco maior do que a de seu Belon e o estoque era mais variado. Mas, não é isto. Gostaria de escrever sobre o Neco.

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Onde estará o Neco. Eu era um adolescente. E o via numa cadeira de rodas. Rosto bonito, de óculos, branco-vermelho, dando ordens aos que trabalhavam na barraca e falando com os clientes em potencial. Um comerciante de nossa terra. Inteligente e conversador. Senso de humor à flor da pele. Vejam um exemplo. Na passagem de ano de 1959 para 1960, começo de uma nova década, surgiam sempre boatos de que o mundo ia acabar, etc. etc. Neste ano surgiu um boato a mais. Na virada do ano todos os negros -não me forcem dizer afro-decedentes, é melhor respeitar todas as raças, se existirem, do que ser políticamente corretos - iam virar macacos. Foram raras as vezes que ouvi a voz de Neco. Ia passando em frente sua barraca, ainda menino, ele me chamou e disse: Menino! Sabe que hoje, meia noite, todos os negros vão virar macacos. Com o meu espanto de sabedor o mesmo completou: Mas, tome cuidado que todos os brancos vão virar bananas. E começou a rir. Naquela época, não entendi muito o motivo do riso. Será que ele estava pensando no Barack Obama? Onde estará o Neco? Sua família. Um filho dele que ainda vi bebê. Um grande empreendedor. Eu trabalhava no comércio. Acordava cedo. Não o cedo da capital, mas o cedo da roça do interior. Três da matina. Era eu que abria a mercearia ou venda, como dizíamos. Encontrava com outro bom-conselhense (será que ele nasceu em Bom Conselho?) famoso, Zé Bebinho. Quando chegava nas vendas, já tinha ido levar as malas de alguns palguns trocados. No balcão dizia: Bota uma ai prá mim. A resposta quase sempre era: Não, Zé eu não vou contribuir pra te matar. Ele, com as mãos trêmulas e ar de apavorado dizia: Pelo amor de Deus. Só hoje. E isto se repetiu e repetiu por muito tempo. Dizem que um dia parou de beber. Era um alcoólatra e trabalhador. Na hora do almoço encontrav

assageiros no ônibus das cinco horas, para Recife. Ganhava

a com outro famoso. Zé Bias. Trabalhando na Sapataria s,

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Confiança de Dona Teté. Deste, também deficiente físico, temos histórias maravilhosaalgumas contadas por Alexandre Tenório no saite de Bom Conselho. E aqui eu devo abrir um parêntese, espero que breve, para dizer algo quentalado a muito tempo. Sempre lia os artigos do Alexandre. De repente, por motivque não vem ao caso aqui, ele deixa o saite. Procurei estes artigos já escritos e lidos pomim. Simplesmente eles sumiram de lá. Eles foram publicados. Depois sumiram. Quem tem a culpa? Podem perguntar, culpa de que? Meu Deus, este lugar onde hoje fluem informações de Bom Conselho para lá e para cá é uma fonte para os historiadores do futuro. Não se pode simplesmente, pela vontade de um ou de outro, desaparecerem. Vejam o mal que nosso Rui Barbosa fez à historiografia deste país queimando papéisrelativos à escravidão. Quando escritos se tornam públicos não pertencem mais ao editor e sim à comunidade (me ajudem os historiadores de Bom Conselho, Celina FJordalino Neto, Manuel Galdino, entre outros). Eu adoraria reler as históris do Zé Bias contadas pelo Alexandre como gostaria de ler sobre a Cristiania do Zé Arnaldo. Onde posso conseguí-los? No Arquivo ou Biblioteca Municipal? Fecha parêntese. Outra figura que conheci foi Seu Carlos. Era cego. Hoje, diríamos, deficientePassava por ele e as vezes ia com ele. Cedíssimo. Seu Carlos, como o senhor conseguvir sozinho de casa até aqui? Deus dá o jeito, respondia ele. E lá ia ele com uma bengalinha, paletó, chapéu e alegria. Conheci também alguns dos seus filhos (se d

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que um deles já trabalhou aqui comigo, vão dizer que eu estou querendo puxar saco, mas é verdade), que o vinham buscar do trabalho para casa. Nesta época não se falavaem melhorar a acessibilidade para o deficiente. Quando não eram empreendedores ou mesmo tinha um pouquinho de chance ia pedir esmolas. Quantos passavam em minha casa na sexta-feira: Uma es

molinha pelo amor de Deus!

u até aqui está cansado, e perguntando, o que este cara quer dizer? Eu só queria

meson Pinheiro a

Perdoe, meu bom homem, hoje não tem. Alguns aceitavam a resposta de bom grado, outros resmungavam. Nisto o Brasil melhorou e Bom Conselho também. Ainda temos a Casa da Caridade, mas hoje, tenho certeza, ela é financiada pelos internos. E viva a aposentadoria para deficientes e idosos. O Bolsa Família não tanto, mas isto, já é outraestória. Quem lefalar dos doces de Gildo e terminei entrando em suas Reminiscências. Desculpem. JaAnalista de Sistem

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Fragmentos de Português Certa vez, eu disse a um colega que discordava de alguns pontos de vista da professora Maria Tereza Piacentini. Alguém pode perguntar-me: "Quem és tu para discordar dela?”. Reporto-me aos verbos adequar e explodir, tratados na lição 218, da nossa mestra. Diz ela que o verbo adequar comporta a conjugação na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. Estudiosos do nosso idioma, a quem tenho acesso e com alguns me comunico, afirmam que o verbo adequar, no presente do indicativo , só é conjugado nas 1ª e 2ª pessoas do plural: adequamos, adequais. Como não tem a 1a. pessoa do singular do presente do indicativo, por conseqüência, não tem o presente do subjuntivo. Assim, não existem adequo, adéqüe, adéqües etc., como a professora Maria Tereza defendeu. O mesmo vale para explodir. Não existe "eu explodo", tampouco "que eu exploda". Explodir não tem a 1a. pessoa do presente do indicativo. Por isso, não tem, também, o presente do subjuntivo, porque este deriva daquela. A mesma regra vale para abolir, implodir. Desse modo está no Aurélio Século XXI. E é isso que afirmam Maria Aparecida Ryan, Evanildo Bechara, Pasquale Cipro Neto* e outros . Diz ainda Maria Tereza que o trema é pouco usado em jornais e revistas. Desconheço essa prática. Mas, se jornalistas não usam trema, é grande equívoco, porque o trema existe e é de uso obrigatório onde lhe cabe: freqüência, eloqüência, agüentar, argüir etc. Até que o novo Acordo Ortográfico passe a vigorar. E há até quem se exceda em bobagens ao escrever e pronunciar inqÜérito, qüestão etc. (?). * Pasquale até admite que, na linguagem linguagem informal, certas formas defeituosas são usadas. E dá como exemplo o " eu expludo, explodo". A seguir, ressalva ele que, "o que conta é o registro culto , formal ." Tereza Piacentini invoca Antônio Houaiss como defensor do "eu explodo, que eu exploda". Mas se o Houaiss registra essas formas hoje, poderá mudar numa próxima edição . Isso já ocorreu com o Aurélio, que em determinada edição, também ensinou, de modo tortuoso, essa conjugação de adequar. Mas corrigiu na edição seguinte. E ela mesma, Piacentini, recomenda que se evitem essas conjugações em concursos, vestibulares etc. - Por quê? Naturalmente porque o candidato perderia os pontinhos tão almejados. - Então, amigos (as), quando se depararem com a possibilidade de empregar adéqüe / adéqüem, não tenham dúvidas e substituam essas formas esdrúxulas. Lancem mão de um sinônimo ou recorram aos verbos auxiliares: - Em vez de eu adequo ou eu me adéquo, digam eu me adapto, amoldo-me, vou adequar, ajusto-me, quero me adequar. A regra é simples: - O verbo adequar só é conjugado nas formas arrizotônicas, isto é, aquelas em que a sílaba tônica recai fora do radical . Ex. Adequarei, adequarias, adequamos, adequasse, adeqüei etc.

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NOTAS – 1. Os criadores de modismos estão lançando o falso adjetivo massivo. “Desenvolvimento massivo; presença massiva” etc. Não existe massivo em nenhum dicionário. O adjetivo é maciço. Assistência maciça; comparecimento maciço, investimento maciço, desenvolvimento maciço; presença maciça etc. 2. Vossa Excelência , Vossa Senhoria , Vossa Reverendíssima etc. são pronomes de tratamento da 3ª pessoa do singular . Portanto, erra quem diz: “V. Exª foi injusta na vossa decisão!” O certo é: “V. Exª foi injusto na sua decisão”. Só caberia injusta se fosse uma juíza. Mas, vosso ou vossa, jamais. 3. No Sudeste do Brasil impera a moda desta pronúncia : contróle (quando substantivo), éxtra, féchar, subzídio, gratuíto. Também: "eu falei pra ele..." (em vez de: eu disse a ele...) - Não é por aí! A pronúncia é : controle (trô), extra (ê), fechar ( fê ), subsídio (ssí) – {o S está entre consoante e vogal } –, gratuito , fortuito (tui), eu disse a ele, e assim por diante . Quem fala, fala de, fala sobre, fala para, fala em, etc. Falar exige sempre preposição. - Dizer é dar recado certeiro. Falar, muitas vezes, é blablablá. Daí o adágio: “falou, falou e nada disse”. Mais: constitui vício bobo a pronúncia naicer, creicer, naicimento etc. Escreve-se e pronuncia-se deste modo: nascer (nacer), crescer (crecer), nascimento (nacimento). O S é mudinho da silva . José Fernandes Costa – [email protected]

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Caminhos de Fé Continuamos nosso trabalho no Velho Mundo. Confessamos, um trabalho cada vez mais difícil. A vantagem de sempre crescer explorando o mundo foram claras, pelo menos para alguns países europeus, como a Inglaterra onde está nossa sede. O processo começou a se reverter quando, decadentes, começamos a ser explorado pela nossa mais pujante colônia: O Estados Unidos da América (EUA). Conseguimos nos últimos anos minorar um pouco esta exploração, unindo nossas forças. Agora somos a Europa. Deixamos de sofrer um pouco com a exploração americana, no entanto, não porque ficamos mais fortes e sim por eles ficaram mais fracos. Nos últimos anos todos nós esperávamos o estouro, no mau sentido, da economia americana. Nos iludimos tanto com a sua criatividade (não há como negar) que pensamos que ela funcionasse mais uma vez. Descobrimos, a duras penas, ser seu estoque de criatividade um recurso não renovável. Como foi para nós um belo dia, depois da segunda guerra. Os EUA deram um flato e estamos caindo com o mau cheiro. Com a globalização, estamos num quarto fechado, onde a melhor solução é todos cheirarmos juntos para

s vezes, o cheiro é insuport Nosso escritório em Ca

acabar depressa. Estamos cheirando, todavia, muita ável.

nterbury - glaterra quase fechou. Tivemos

es

o

lho abaixo mostra Fátima, em Portugal. Podemos dizer que é uma cidade que asceu por milagre. E ainda hoje se mantém pelo milagre. Somos Anglicanos, temos

outros países mas com tamanha emoção ensamos que é impossível.

mou a igreja do santuário, nem notou a luz belíssima que i produzida pela câmara. Na edição alguém disse, isto é obra divina, obra de Nossa

Inque diminuir nossa equipe e dar férias coletivas ao que sobrou. A crise pegou a CIT aqui. Quando sabemos que no Brasil, isto ainda não está ocorrendo, ficamos alegrno momento, mas preocupados, se nossos governantes pensarem que ela não chega lá. Mas estamos vivose enviando parabéns pela criação dBlog.

O trabandivergência da Igreja Católica, porém, jamais duvidamos da força da fé. Mesmo em períodos não festivos, nos quais foram feitas nossas filmagens, aquele local passa uma energia positiva difícil de não sentir. A fé está nos rostos das pessoas que pagam suaspromessas com a devoção dos gratos. Veremos no futuro outros trabalhos emp Quando nosso cinegrafista filfoSenhora de Fátima. Será? Vejam, homens de pouca fé.

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John Black Chefe de Equipe - Canterbury - Inglaterra (*) Tradução: Lucinha Peixoto.

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O Homem sem Nome Aqui, na sede da CIT em Recife temos quase a Hora do Mural. Talvez por isso Ana

Luna nos disse que sentíamos saudades do saite de Bom Conselho. Sendo isto ou não, como tudo gira em torno de Bom Conselho, pelo menos em nosso Blog, podemos dizer que enos inspira. Numa dessas horas vi uma nota do José Fernandes Costa, que muito nos honrou, e, espero nos honrará com sua colaboração em nosso Blog, onde ele dizia: "Foi-me encaminhado pelo diretor-presidente (o homem não tem nome) da CIT, um pedido seu.", dirigindo-se a um interlocutor, que admiramos, e agora

não vem ao caso citá-lo. Vejam bem nossa sorte. Por um longo período, desde que assumimos a diretoria da CIT, explicamos e reexplicamos porque não assinamos nosso nome nas comunicações da empresa. Logo agora, quem nos dar a deixa, para mais um esclarecimento, é o poeta e estudioso de nossa língua o conterrâneo Jose Fernandes Costa. Para começar citamos um colega dele, o Fernando Pessoa, poeta português: "A obra pseudónima é do autor em sua pessoa, salvo no nome que assina; a heterónima é do autor fora da sua pessoa; é duma individualidade completa fabricada por ele, como

seriam os dizeres de qualquer personagem de qualquer drama seu". Mantivemos o texto em português de Portugal. Os que gostam de literatura, prosa e poesia, já leram autores maravilhosos e se emocionaram com pseudônimos e heterônimos. Quem já leu Policarpo Quaresma Neto, Julinho de Adelaide, Alvaro de Campos, Lara, Piolho Viajante, Susana Flag, Cora Coralina, talvez nunca tenha pensado que estaria lendo Carlos Drummond de Andrade, Chico Buarque, Fernando Pessoa, Machado de Assis, D. Pedro II, Nelson Rodrigues e Ana Lins dos Guimarães Peixoto, respectivamente. E vejam isto:

"Temos, inclusive, histórias curiosas a respeito de pseudônimos, como é o caso do lançamento de O Quinze, onde muitos acreditaram que Rachel de Queiroz era o pseudônimo de algum escritor. Inclusive Graciliano Ramos teimou, diante da linguagem do romance, e quase não aceitou a idéia de que o drama sobre a tão devastadora seca de

le

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1915, no Ceará, tivesse sido escrito por uma mulher." (Eugenio Brauner - PPG-LET-UFRGS – Porto Alegre – Vol. 01 N. 01 – jul/dez 2005). Algum tempo atrás, depois de convidado, sómente aceitamos a direção da empresa se mantivéssemos nossa identidade reservada. Em nosso saite, não fomos o primeiro. Temos um nome, como todos os acima citados tem, escrevemos e assinamos com outro nome por muitos e variados motivos como eles. Chico Buarque para fugir da censura. D. Pedro II para defender a abolição da escravatura. Fernando Pessoa, usando o heterônimo Alvaro de Campos, para escrever uma obra que não era do mesmo estilo da que escrevera, e que, pela sua genialidade estava dentro dele. Nossos objetivos eram mais modestos. Levar a empresa a cumprir os objetivos, que eram, produzir risos e emoções nas pessoas, de Bom Conselho, e de outros lugares, sem aparecer, sem querer imortalidade, sem ofender (pelo menos para aqueles que entendem que discordância não é ofensa pessoal), mas discordando de opiniões que só prejudicam nossa cidade, debaixo de um manto de puxa-saquismo e falso moralismo. A forma de fazer isto vem mudando. Tivemos que construir o nosso próprio espaço de divulgação, pois o que tínhamos estava se tornando pequeno para o número de pessoas que estavam querendo se manifestar. Todos aqui tem liberdade de expressão no mesmo veículo e não queríamos entrar em querelas internas em consequências de discriminações externas. O Blog da CIT é aberto para todos que não firam a ética e bons costumes de nossa sociedade (ás vezes ferimos o bom português e pedimos perdão ao José Fernandes por isto, mas ninguém é perfeito), e não nos consta que pseudônimos ou heterônimos em si estejam fora destes padrões. Temos que observar mais o conteúdo do que está escrito ou feito, e não quem fez ou escreveu. Temos certeza que o interlocutor citado acima, pelo que conhecemos dele, pelo que fez e pelo que escreve, jamais usaria um pedido de filiação para bisbilhotar a vida dos outros, mas nem todos assim procedem. Sempre reconhecemos que o Saulo, diretor do nossa saite tinha o direito, e as vezes o dever de censurar quem quer que fosse. Mas, tínhamos também o direito, e o usamos de procurar um veículo alternativo. Alguns, muito poucos, pensam que agimos errados, e muitos menos ainda, torcem contra, mas cada um pensa como quiser.. Continuaremos nosso trabalho. Aqueles que quiserem saber quem somos perguntem a cada um individualmente. Eles são livres para dizer quem são. Mas não serão demitidos

se não o quiserem dizer. Nosso pseudônimo ou heterônimo é Diretor Presidente. Talvez a CIT seja única no mundo que tem um Diretor Presidente que se chama Diretor Presidente. Sabemos que o José Fernandes Costa, agora sabendo nosso nome, continuará escrevendo suas maravilhosas poesias, as quais, sem fazer nenhum favor a ele porque tem qualidade, publicaremos em nosso Blog, quando ele quiser. Oxalá todos tivessem a mesma idéia inteligente dele ao descobrir que a boa arte mostrada em dois lugares diferentes, produz mais de duas vezes mais emoções. Estamos aberto para todos Como o Enéias dizemos: Nosso nome é Diretor Presidente! Mas pode nos chamar de Tristão de Ataíde. Não iremos nos zangar.

Saudações Cordiais Diretor Presidente. - [email protected]

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Eu já sabia Aquilo que nosso Diretor Presidente falou, sobre a Hora do Mural, é verdade. Aqui em Recife todo dia abrimos o saite de Bom Conselho e o discutimos. Eu estava viajando a trabalho nos últimos dias e acumulei matéria. Duas me chamaram atenção. Não sei se começo pela ruim ou pela boa. Bem, vamos terminar bem. Nunca mais havia falado do Andarilho. Mas ele não me tira da cabeça. Traduzi um simples texto do John Black, jovem educado, fino, inteligente e lá estou eu na boca do andante sem causa, a não ser a sua, de se tornar um imortal. Defendi antes que ele pudesse participar na Academia Virtual, quase estou mudando de idéia. No início seus artigos tinham conteúdo, hoje parece que o fôlego acabou, ou só existe para elogiar todas as pessoas que entram no mural, como se tivesse medo de discordâncias ou críticas. Será que o artigo sobre os espiões é um texto humorístico? Porque se é, atingiu seu objetivo, ri muito ao ler. Só faltou o nosso andante dizer que o John Black é um ignorante por que não sabe escrever em português. Só estou aqui respondendo a este senhor, pelo John. Ele não merece. Passei o texto para o inglês e mandei para ele. Outra vez, ele riu a beça. Ele e todos os espiões da realeza inglesa, o 007, 008, 171, 172, até onde nosso andante saiba contar. Ele mesmo lhe dará a resposta devida se achar que vale a pena. Me poupe. Corramos para a notícia boa. O Di é um imortal. Isto justifica o título deste escrito e também meu prazer de ler todos os seus artigos tanto na Gazeta, no saite, e, (seria sonhar demais?) no nosso Blog, no futuro. Não é necessário repetir tudo que todos já disseram no Mural sobre a pessoa de Di. Ele poderia se tornar uma unanimidade. Já escreveram e eu concordo, isto pode se se tranformar em burrice. No entanto, como posso fugir dela? Lembrei, o Di não tecla mais no computador com a rapidez que fazia nas máquinas de datilografia. Ufa. Consegui uma falha dele e ao mesmo tempo me penitencio de haver dito, alguns escritos abaixo, que este seria um sério ponto para ele atingir a imortalidade. Pelo amor amor de Deus não me desminta quanto a velocidade de teclar. Pareço muito íntima do Edjasme Tavares mas não sou. Tenho certeza nunca falei com ele. Só o vi, no cartório quando passava vindo da Escola Pratt. Chamá-lo de Di vem de alguns e-mail trocados e, principalmente, daquela relação professor aluno que marca um pouco as pessoas, que tiveram a sorte de estudar, pois o considero meu mestre de datilografia. Portanto, Di, me perdoe. Parabéns, pela imortalidade. Pela sua crença, que também é a minha, e pela sua fé, isto não tem muita importância, você já sabia, independente de murais, academias virtuais ou não. Para qualquer tipo de coisa você é imortal. Eu já sabia. Lucinha Peixoto - [email protected] Administrativa

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Quem Foram Meus Pais Me foi perguntado, através de e-mail que a direção da CIT nos repassou, os nomes dos meus pais e profissão do meu genitor. Já agradecendo ao nosso interlocutor por ter gostado do meu artigo, digo-lhe, meu pai não era do SNP (Serviço Nacional da Peste). Posso dizer, pela suas condições sócio-econômicas, estava mais para usuário do serviço. Graças a Deus nunca precisou. Meu pai se chamava Júlio, minha mãe se chamava Maria. Morreu de parto. Meu parto. Nestes casos de assassinato onde o assassino não tem intenção de matar. Homicídio culposo. Não fui condenado por nenhum juri, e a nossa sociedade, neste tipo de ocorrência, também nos perdoa. O difícil de ser perdoada era a pobreza do meu pai. Era padeiro. Também fazia artesanato de couro, que vendia nas feiras livres para sobreviver melhor com a segunda mulher. Não me lembro muito de sua vida. Fui criado em Bom Conselho, mas em outra casa. O contacto com ele era mínimo. Lembrei um pouco de mim quando li recentemente o artigo do senhor José Tenório de Medeiros, sobre o

contacto com os seus pais, "mutatis mutandis". Poderia ficar por aqui. Não sei se satisfiz o seu desejo, mas tentei. Prolongo minha descrição de mim mesmo falando da nossa terra, e de outros assuntos que possam interessar a todos, já que estamos ansiosos para participar deste seu redescobrimento. Nasci na Rua da Cadeia, hoje Rua José do Amaral, que ficou famosa por hospedar por alguns tempos nossa imortal e

paixão a primeira vista. A casa onde nasci, se não me engano, era a última da rua. Comse dizia, e talvez se diga até hoje, na ponta da rua. Se dissesse sómente isto, seria o bastante para dizer, que nasci pobre. Hoje quem mora na ponta da rua, que é a entradade Bom Conselho, com suas casas maravilhosas são os ricos. Naquela época não. Aqueles que nasciam no "meio" da rua eram mais ricos, ou classe média, e os mais aquinhoados nasciam na cabeça da rua. Cheguei a completar o curso primário, já orientado por uma tia que morava no "meio" da rua, que tinha um filho besta, que só dizia que morava na cabeça da rua. Nem sempre as meninas levavam isto em conta. Eu era mais eu. Depois do primário, já existia o Ginásio São Geraldo, meu primo foi, eu não. Só restava o óbvio, trabalhar no comércio, o que fiz até quando saí de lá já rapaz. Fui para São Paulo (o motivo porque fui é uma longa história, conto depois). Quem tinha o curso primário, em São Paulo, naquela época, podia até ser metalúrgico. Não gostava muito, mas já casado, tinha que sobreviver. Eu era esforçado. Cheguei até ao trabalho de escritório na fábrica. Neste tempo apareceram por lá umas coisas estranhas enormes, que tomavam uma sala inteira. Eram computadores. Ninguém entendia daquilo. "Curiosando", pensei, é uma chance. Fiquei junto de quem sabia e fui aprendendo, aprendendo e aprendendo. E aquela coisa crescia de importância. E eu junto. Fiz um exame que me deu o curso médio e curso (não superior) que dizia Analista de Sistema. Adotei isto até hoje e evolui com os computadores. Hoje ninguém

conterrânea Ana Luna. Eu não a conheci na época. Vendo o seu retrato, se a visse seria o

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me cobra o diploma de "bacharé" porque, quem me conhece sabe que manjo da coisa. Mas já sofri muita discriminação. O Brasil, com sua grande tradição bacharelesca, que está mudando, graças a Deus, leva os pais a, em vez de mandarem os filhos aprenderem, mandarem obter um diploma. Chega de falar de mim. E a Rua da Cadeia? Como tive amigos lá. Na melhor fase da vida. Zé de Olga, Jurandir, Miguelzinho, Rubens de Miguel Gordo, Rui, Geraldo de Alves (ou Alvares), Zézinho de Anália, Carlinhos Mouco. Quase todos da ponta para o "meio" da rua. Do "meio" para cabeça, só conhecidos com jeito de amigos ou vice-versa. João de Vitinho, Zé Carlos, Damuriez, Damário, Zé Piulinha, Tanzinho, João Antônio Amaral e alguns que não me lembro. Veja bem. Isto é antes da década de 70. Portanto, não perguntem se eu só gostava de homem. Naquela época ter amizade com mulheres era mais difícil, devido aos preconceitos. Se alguém com menos de 60 ler isto, por favor, peçam ajuda aos pais para entenderem direito. Já que estou tentando satisfazer o desejo de alguém, deixem eu satisfazer o meu contando um causo. Quem viveu na Rua da Cadeia, neste período, ouviu falar em Melquizedeque (não sei se é assim que se escreve). Ele era filho de militar reformado, sargento Moisés. Sua mãe, que não me recordo o nome, usava sempre óculos escuros, diziam que ela tinha uma doença nos olhos que as pálpebras caiam sempre e ela usava uns esparadrapos para segurar,( não sei se é verdade, nas nada desabonava sua conduta). Tinha uma irmã, muito bonita chamada Inês e um irmão, que também era militar chamado Benone. Melquizedeque (Melqui daqui por diante), foi uma das pessoa mais briguentas que eu conheci. Eles moravam em Garanhuns, e quando Melqui vinha a Bom Conselho, era para brigar. Os meninos e rapazes da cidade se reuniam, para escolher quem era que ia brigar com ele quando chegasse. Era difícil encontrar uma vítima. Certa feita, Geraldo de Alves, também metido a valentão e que contava, quando em Recife, enfrentou até a Rádio Patrulha, com detalhes de locais e tudo (só quando uns amigos vieram ao Recife procurar estes lugares, viram que tudo era invencionice), decidiu enfrentar Melqui na próxima visita. Veio menino até da Praça da Bandeira para saber os detalhes. Quando Melqui chegou, mandaram avisar Geraldo. Os dois compareceram ao local da luta. Parecia luta de profissionais de boxe, "comparando má". Alguns concordavam com a luta outros não. Mas começou. Os contendores se estudavam a turba se agitava. Geraldo de Alves aproveitou um descuido de Melqui e tacou-lhe um murro nos dentes que ele caiu. Nisto apareceram alguns adultos moradores das proximidades. Quase de frente da casa de D. Noca e de seu Domingos Guarda. Apartaram a briga. Melqui se levantou e saiu andando normalmente. Fomos brincar juntos de "lonha" (o termo usado era este, outros diziam brincar de bicho) no Correio. Melqui, ao pular o muro, caiu, e disse que tinha quebrado um dente na queda. Ele morreu anos depois assassinado num bar de Bom Conselho. Dizem que ainda possuia o dente quebrado. Zezinho de Anália, jurava que quem quebrou o dente dele foi Geraldo. Entrou por uma perna de pinto saiu por um perna de pato, senhor rei mandou dizer que você contasse quatro. Jameson Pinheiro ([email protected])

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Fragmentos de lucidez "Ele procura mel no traseiro da vespa." "O chacal engoliu a foice; ouçam seus uivos depois para expeli-la."

"Bastou elogiarmos a limpeza do gato, e ele foi e defecou no depósito de farinha." "Não aconselhes o tolo: em qualquer caso ele te culpará depois."

"Não dá trela ao desocupado: ele fará de ti a sua ocupação."

"Com a mentira se consegue o almoço, mas não o jantar."

"Só se atiram pedras em árvores carregadas de frutos."

"Os cães ladram e a caravana passa." (Provérbios Árabes) "Gente ruim é como dor de dente; quanto mais se presta atenção a ela, mais incomoda." (Provérbio Brasileiro) "Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos." "Se parares cada vez que ouvires o latir de um cão, nunca chegarás ao fim do caminho." (Provérbios Chinêses) "O sapo do poço, não conhece o oceano." (Provérbio Japonês) "Se você quer que as pessoas pensem que você é muito inteligente, simplesmente concorde com elas." (Provérbio Judaico) -------------------------- P.S. - a) Junto com estes fragmentos de lucidez, Lucinha nos pede para apresentar nossa enquete sobre o nome de preferência para ser Patrono da Academia de Bom Conselho. As opções se encontram no início do nosso Blog, à esquerda. Estes foram os nomes indicados por e-mail, ou retirados do saite de Bom Conselho, e outras fontes. Tem todos os seus méritos e deméritos. Cada um deve julgá-los e votar. Esta é uma enquete aberta para todo Brasil. Esperamos que o seu resultado sirva como uma boa indicação para a

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escolha definitiva, quando a Academia se reunir. Fizemos a nossa parte, desde a sugestão do nosso conterrâneo Carlos Sena, alguns dias atrás. - b) Ainda aproveitando os fragmentos, vi que alguns não suportam meu pseudônimo: Diretor Presidente. Quando fiz opção preferencial pelo anonimato, quis adotar outro: Sílvio Santos. Descobri que ele já era um pseudônimo do grande empresário brasileiro Senor Abravanel. Confesso que nem o conhecia. Isto não o impediu, sendo chamado de Sílvio Santos, produzir muito mais do que alguns que amam a claridade só para aparecerem. Minha segunda opção foi O Andarilho. Mas, quanta pouca sorte, já havia um militando no saite, saudando as pessoas e pedindo passagem. Então fiquei mesmo como Diretor Presidente, mas podem me chamar de Barão de Itararé, pseudônimo de Apparicio Torelly, outro empresário de sucesso, e não ficarei zangado. Tanto que o cito aqui em mais uns fragmentos de lucidez: "De onde menos se espera, daí é que não sai nada. "

"Dize-me com quem andas e eu te direi se vou contigo. " "Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades. " "Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância." Saudações Cordiais Diretor Presidente – [email protected]

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Ecologia: Bom Conselho, Mesas e Pinicos Por quase todo tempo de existência do homem sobre a face da terra, usando todos os recursos que, alguns dizem, Deus nos deu, nunca se pensou que chegaríamos o dia em que pudéssemos dizer: Se não soubermos usá-los eles vão faltar. Recentemente, para o tempo da ciência, surgiu o que se chama Ecologia. Ela tenta dar explicações sobre o relacionamento dos seres vivos entre si, e destes com o meio ambiente, que nada mais é do que o conjunto de coisas que cerca estes seres vivos. Hoje ela já é um ramo de estudo avançado, prenhe de termos complicados para nós, quase leigos. Não precisaremos deles aqui, com algumas exceções. Um deles é ecossistema. Esse palavrão indica tudo que existe na terra (e talvez fora dela quando formos lá). Animais (inclusive nós humanos), plantas, bactérias, (tudo que é vivo ou é considerado vivo), água, solo, gelo, vento, (considerados não vivos). Desta forma definido podemos observar que toda atividade humana e sua relação com o meio ambiente pode ser visto como uma forma de sobrevivência do homem, e outros seres vivos, sobre a terra. Grande parte dos recursos necessários para que fossem satisfeitas as necessidades humanas proveio dnatureza, ou recursos naturais, desde semPara sermos enfáticos, durante toda sua história o homem usou a natureza como sua mesa e seu pinico. Se o que ele comesse em sua farta mesa e quando, o que, em consequência, fosse devolvido ao seu pinico não causasse a degeneração de nossos recursos naturais, teríamos um equilíbrio que garantiria sua vida na terra para sempre. Cse diz modernamente, teríamos um

a pre.

omo

desenvolvimento auto-sustentável. Ou seja "comer" e "descomer" deveriam ser ações que, em conjunto, mantivessem um equilíbrio entre seres vivos e natureza, preservando nossa vida de forma perene, salvo acidentes de percurso, principalmente a partir de causas externas a este relacionamento. Alguns economistas que estudam esta relação dizem que o uso da mesa e do pinico não podem ser do tipo que "causem estresse", em sua relação com a natureza. Não se pode exceder no que retiramos da natureza para satisfazer nossas necessidades, nem, devido a isto sujá-la em excesso com os dejetos da nossa ação. Um filósofo inglês, A. N. Whitehead (A Função da Razão - UNB, 1988), desde de 1929, onde preocupações ecológicas eram, praticamente inexistentes, já nos dizia que, nesta luta ou relação do homem com a natureza, temos três etapas, ou três formas de ação: Viver, viver bem e viver melhor. Viver, para todos os seres vivos, é uma "imposição". Talvez esta etapa seja a mais fácil de conciliar com a natureza, e com a não geração de estresse, porque é quase institivo. Os animais, fora o homem a usam para encontrar sua comida, se reproduzir, e viver sem desequilíbrio por muito tempo. Viver bem, já é uma noção que foge do simples instinto, nela entram decisões que devem ser tomadas para redução do estresse, que pertencem, em grande parte ao gênero humano. Mas é na etapa onde se pretende viver melhor, que a razão é um recurso supremo, e que só o homem tem. São as opções modernas para viver melhor que nos causam aqui preocupação. "Lamentavelmente, o reducionismo de nossa visão de mundo tem feito com que essa

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busca haja se convertido na idéia exclusiva do crescimento econômico: aumento do PIB a qualquer custo."(Clóvis Cavalcanti - DP - 09/11/2008). O PIB é o que se produz de bens e serviços numa sociedade durante certo período. Esta hoje é quase a única medida de felicidade. O Brasil cresceu 4%, quer dizer hoje temos mais 4% de bens e serviços do que no ano passado, o PIB cresceu 4%. Quem os comeu ou os usou? Isto, quase sempre não tem muita importância. Quanto disto tiramos da natureza ou de nós mesmo, e que não podemos devolver no futuro? Menos importância ainda. E nossos filhos, nossos netos, poderão ter o mesmo que nós? Nenhuma importância. Com esta mentalidade, onde podemos chegar? Ao lugar que estamos chegando hoje. Alguns cientistas estão apavorados, em pânico mesmo. Nosso estilo de vida, nossa forma de comermos e jogarmos o pinico fora, tem um custo de tal ordem, em termos de depredação do mundo físico, que qualquer tentativa de generalizá-lo levará inexoravelmente ao fim da raça humana como a conhecemos até hoje. Chegamos a um estágio, do ponto de vista do meio ambiente, que a crise pela qual passa o mundo atualmente, se torna benquista pela suas consequências de diminuir o nível de algumas atividades, e, desta forma, diminuir o tamanho da depredação. A pergunta importante é: O que está errado em nossa tentativa de viver melhor? A resposta completa é muito complicada, não a temos, e se tivéssemos o espaço aqui não seria suficiente para destrinchá-la. Usaremos um exemplo do acontece e aconteceu na cidade de Bom Conselho, para triscar a resposta. Bom Conselho como forma físico-geográfica existe a milhões de anos. Na linguagem ecológica, seu ecossistema ou ecossistemas existem desde ai, e sofreram e sofrem transformações ao longo do tempo. Chegou o homem. Onde existiam florestas, matas, arbustos, rios e córregos foram criadas fazendas de gado. "O gado era criado solto no pasto. Contava apenas com a marca de uma flor-de-lis, que identificava a propriedade da família. Os escravos trabalhavam na lavoura nas proximidades da mata e da lagoa do Bulandin, que derramava suas águas entre as serras até desembocar no riacho Lavapés, que recebeu este nome porque os trabalhadores tinham como hábito lavar os pés quando voltavam do trabalho diário. O curioso era que estas águas serviam também para atividades domésticas, para beber e cozinhar." (De Capacaça a Bom Conselho - Celina C. Ferro) . Fora os escravos, isto é uma descrição de

uma bela paisagem. Além disto, a fauna e a flora eram tão previsíveis que os habitantes castravam os veados e caititus, certos de que um dia voltariam menos felizes e mais gordos para a mesa. Isto deu até nome ao povoado, Capacaça, depois Papacaça e..... O importante aqui é que aumentou a mesa e aumentou o pinico. Com a abundância existente os desequilíbrios gerados no ecocossitema era mínimos, e despreocupantes, inicialmente. O tempo foi passando, a população aumentando, e, consequentemente, mudando a forma de se relacionar com a natureza. Uma

próxima etapa neste aspecto foi a construção do Colégio N. S. do Bom Conselho, liderada por Frei Caetano de Messina. "Povo de Papacaça, faz penitência! Quem não carregar pedra e tijolo para fazer a casa de Deus está nas profundas do inferno! Faz penitência povo! Deita na rua e te cobre para a procissão passar por cima!" (ibidem). O frei foi atendido ao ponto de Bom Conselho ser um dia chamado Cidades das Escolas. Já barrando rios, canalizando água, novos métodos de caça, fauna escasseando,

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o nível de estresse ecológico aumentava a cada dia. Talvez se passasse da etapa de viver para a de viver bem. Água ainda em abundância, secas um fenômeno não localizado, clima ameno e agradável dentro de uma comunidade feliz, apesar da cólera. Com o desenvolvimento das comunicações a cidade descobriu o "progresso" dos outros e passou à tentativa de viver melhor. Bom Conselho se transformaria na Cidade do Leite. O café, as matas, os rios, quase tudo, eram eliminados para sustentar a fama da cidade com a maior bacia leiteira do estado. O nível de estresse ecológico chegou ao máximo. Chove pouco, a água é escassa, caça sumiu, a temperatura aumentou. Mas havia o leite. O ouro branco. Foi a fase onde um colega meu aqui na empresa me contou a história de um fazendeiro que destruia todas as árvores de suas terras para plantar capim. Uma árvore morta dava para criar mais um boi. Perguntado se não poderia estar comprometendo suas terras no futuro, com a desertificação, altas temperatura, e compromentendo a vidas dos filhos, ele respondeu: Eles que cuidem dos filhos deles como eu cuidei dos meus. Será que conseguirão? Atualmente, está mudando alguma coisa? Parece que sim. Bom Conselho, deverá passar a se chamar de Cidade do Chester, ou outro nome qualquer que o identifique com uma grande empresa que lá se instala, a Perdigão. Esta empresa promoveu um evento na cidade cujo tema é: Preservar o meio ambiente: Responsabilidade de todos nós. Que, seguindo nosso argumento, poderíamos chamá-lo de Vamos ter cuidado com o pinico. Nada contra. Além disso promete em seu saite todo cuidado com a sustentabilidade e ecologia da região. Que bonito. Que responsabilidade social. Pode-se comparar a vinda da Perdigão para a cidade à construção do Colégio por Frei Caetano. A partir dela tudo será diferente. Pode-se dizer, Bom Conselho decidiu viver melhor e decidiu isto de uma forma racional? Será que foi feito um estudo ou pelo menos perguntaram qual a maneira com que esta empresa vai se relacionar com o meio ambiente além das promessas do saite? Sua atuação vai melhorar ou piorar o desequilíbrio com os ecossistemas? Teremos água amanhã? Teremos rios limpos e bonitos? Teremos ar puro para respirar, ou deveremos comprar oxigênio caro? Alguns, talvez a maioria, dirão. Se não tivermos, temos emprego e renda suficiente para comprar ar puro em Garanhuns. Esquecem que outras perdigões invadiram Garanhuns e seus habitantes querem comprar também. Vamos para Caruaru. Lá é que tem perdigões a mancheias. E assim por diante. Os mais práticos, aqueles que seguiram as regras para viver melhor dirão: Se não pudermos viver melhor, é melhor não viver. Como passarei sem uma TV de plasma de 42 polegadas? E sem um carro novo na garagem? Sem uma viagem ao exterior? Mais modestamente, sem a geladeira, sem fogão a gás, sem o celular GSM com banda larga, sem computador (ai até eu morrerei)? Será que esta é a única saída? Morrer, sucumbir, escafeder-se se não pudermos viver melhor. Para mim, existe uma, embora não perfeita e imcompleta. Uma sociedade mais igualitária. Isto só pode ser conseguido de forma coletiva, através de órgãos públicos que se conscientizem do problema, e passem a tentar resolvê-lo. Para que isto ocorra, uma mobilização social é fundamental, mas não só a partir das empresas.

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Todos não podem viver melhor. Mas todos podem viver. Se todos os que vivem melhor hoje, pensarem que sua forma de vida é inadequada para todos, talvez haja uma chance. Para isto Educação é fundamental. Se pudéssemos, com o desenvolvimento de formas de conhecimento novas e convincentes fazer como Frei Caetano de Messina fez com sua forma de conhecimento não mais muito aceita, dizendo: "Povo de Papacaça, chega de tanta paciência! Quem não fiscalizar as empresas e órgãos público que não tratem bem o meio ambiente está nas profundas do inferno! Chega de paciência povo! Levanta-te e vai às ruas. Cobra dos seus governantes uma posição firme diante daqueles que, em nome de viver melhor, esquecem do teus filhos e netos." Quem sabe se assim, com o medo do inferno, um dia todos possam viver bem, diminuindo a diferença entre o tamanho das mesas e pinicos dos pobres e dos ricos. Ora, dirão os de pinico grande, isto só é possível se diminuirmos o pinico de todos. Ora, dirão os cidadãos conscientes e responsáveis pelo nosso futuro, que sejam diminuidos, para garantirmos que nossos filhos e netos tenha força para sentar numa mesa e usar um pinico. Cleómenes Oliveira - [email protected] Diretor de Operações.

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A Favorita Dias atrás, depois de um dia de trabalho, estava vendo TV com meu marido e minha filha mais nova, a única que os homens nos deixaram. Temos quatro filhos, só dois do meu gênero. Os sogros dos nossos dois homens deverão estar dizendo e sentindo o mesmo que nós. Hoje eu acordei família. Outros dias acordo Flora. Quem vê novela sabe que estou falando do personagem de Patrícia Pilar na novela A Favorita. Quem não vê esteja avisado. Não continue a ler, seria pura perda de tempo. Ou passe logo para

parte final. A Favorita era o que estávamos vendo. Quando o Halley ia ser informado pela Donatela que ele não era irmão da Lara, o telefone tocou. É óbvio que, nestes momentos, a diferença entre os sexos fala mais alto. Para nós mulheres, pelo menos nesta época dita moderna, em algumas ocasiões, não atendemos telefone, nem que chova canivete ou as esquerdas se unam. Sabemos de antemão que nenhuma amiga terá o desplante de ligar numa hora crucial destas, e se tiver, será só para antecipar o que vai acontecer na novela. Não queremos saber. Isto é uma função de homem. Querem o que? Não fazer nada? E lá vai meu marido atender o telefone. E com aquele ar de contrariado pelo risco de perder a revelação da novela, atende (os ...... indicam o que não estava ouvindo, era o outro).

- Alô! ...... - Oi, Oliveira, estava acabando de ler o teu artigo no Blog, sobre Ecologia e Pinicos, mas ainda não terminei. ...... - Foi mesmo, rapaz? ...... - Tás brincando, não tás? ..... - Não acredito que tu ficas perdendo tempo com estas bobagens. Sinceramente. ..... - Eu, nunca. Eu sou espada, cara! .....

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Tá, vai te catar. Vai fazer alguma coisa de útil. Tchau!!! Eu pergunto, quem era, filho? (Quando estou Flora só o trato de criatura prá baixo). Ele responde. Era o Oliveira para dizer que no capítulo de ontem de Pantanal, o Tenório pega a Maria Bruaca com o Alcides. Hoje, eu não posso perder.Vejam que disparate. Papagaio come milho periquito leva a fama. Homem vê novela e mulher leva a culpa sozinha. Foi sempre assim. Quantos feitos grandiosos foram devidos as mães e as esposas. Mas elas não apareceram. No máximo eram homenageadas por cumprirem as suas obrigações. Lembro, quando menina, em Bom Conselho de uma festa na Igreja Matriz no dia das Mães. Não sei se só houve um ano. Foi organizada por, entre outros, um homem chamado Zé Coletor (não o conhecia bem, mas, pelo nome, deveria ser coletor). Seu Gabriel na serafina, Dona Lourdes no coro e a igreja cheia. Eram homenageadas as

s funções. A mãe mais nova, a mmais velha, a com mais tempo de casada, a que teve mais filhos (me lembro até de quem ganhou neste ítem, a mãe de Gervásio Matos, de quem conheci mais de perto os irmãos, Zé Matos Grande e Zé Matos Pequeno, que era Zé Milton).Mas, não me lembro de nenhuma homenagem, por ter elas terem feito alguma coisa fora das funções de mãe. Foi sempre assim. Hoje está mudando, mas não tantQuandomensagens indicando pessoas para

patrono da nossa Academia, ficava torcendo para surgir um nome de mulher. Torctorci, torci e cansei de torcer. Não apareceu. Como organizadora do processo, fiz minhacampanha por fora destas escolhas, e todos sabem que meu candidato é também um homem. Acabou a época de campanha, agora é eleição. No entanto, nada me impede de fazer e poderiam muito bem terem sido indicadas como favoritas ao título de patronesse (estamos querendo dizer o feminino de patrono, mas nem isto existe de forma clara,patrona é algo muito diferente. A CIT está contratando um professor de português paestes e outros casos, José Andando de Costas, dizem que ele é cobra.) da nossa Academia. Jamais me lembrarei de todas. E nem as conheci todas. Outros lembrarão e reportarão aos historiadores. Tentarei seguir uma ordem cronológica, mas para não querendo ser tão explicíta quanto a idade, me desculpem se falhar, em alguns anos. -Penso que este negócio de querer ser ou parecer jovem é um pouco de doença hereditária. Uma hipótese, a ser verificada, é que isto se devia ao abandono a qlevadas as mulheres mais velhas, em priscas eras. Isto explicaria a lenda de que nós mulheres éramos clientes da Avon desde a época das cavernas. - Calma, amigas, é sóuma hipótese, e depois da cirurgia plástica, ela é de somenos importância.

mães que participaram de feitos memoráveis em sua ãe

o. recebi um bando de

i,

justiça a algumas mulheres que são de nossa terra

ra

ue eram

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A que lembro primeiro, sem colocar mãe no meio, é D. Lourdes Cardoso. Foi minha professora. Morava na Rua Joaquim Nabuco e a escola era lá. Dos meus colegas, nesta época, me lembro sómente dos seus filhos, Zé Dário, Pedro, Maria, João Batista, uns mais velhos outros mais novos do que eu. O marido sapateiro, meu Deus, como posso esquecer seu nome? Isto não é velhice, são lapsos de memória. As aulas eram dadas na sala da casa, dentro da maior simplicidade. Qual a corrente pedagógica seguida? Racional-Tecnológica? Neocognitivista?

Sociocrítica? Ou Holística com pitadas de Pós-Modernismo? Disto eu me lembro muito bem, era o Palmatorismo. Esta linha pedagógica me acompanhou dquase toda a etapa de alfabetize primário, e teve o seu expoente máximo em Dona Lourdes, com alguns repiques no Ginásio São Geraldo, com o professor Waldemar. Muitas vezes havia variantes como o

urante ação

cabelismo e Puxaro Tapismo mesmo. Como era eficiente aquela corrente pedagógica. No primeiro ano primário já sabia ler e escrever. Ler correto e escrever correto. Fazia

conta e sabia a tabuada. Lucinha, 5 vezes 8? Ahn! Ahn! ... Maria? 40. Um bolo na Lucinha e se der devagar, eu vou dar. Até hoje sei a tabuada. Mas não sei mais fazer raiz quadrada que já aprendi com outros métodos, mas temos hoje as maquininhas "Made in China". No final do ano havia exame oral, e num deles, lembro bem, até o prefeito (João Felino) foi. As perguntas eram feitas na frente dele e as respostas também. Isto já aconteceu quando a escola mudou para o Posto de Saúde, um pouco mais acima na rua. Era uma forma do prefeito avaliar o emprego do dinheiro público. Simples mas eficiente. Lembro, em sua casa não havia banheiro, quando tínhamos necessidades, havia a Pedra. Não, gente moderna, não era para fazer na Pedra. A pedra ficava em cima da mesa da professora. Como o mato era o único local para atuar, não havia as divisões de hoje entre feminino e masculino, nem se admitiam conversas nas horas de necessidade. Professora, eu preciso ir fora. Lucinha você não está vendo que a pedra não estar aqui? Espere. Isto indicava que outro estava fazendo suas necessidades. Se o caso fosse de emergência, ela mesma iria ver porque a pessoa que estava fora demorava tanto. Se estivesse flanando, o Palmatorismo era utilizado. Entretanto, não seria sómente por ter sido minha professora, que indicaria D. Lourdes para patronesse da academia (para patronesse de uma das cadeiras indicarei, quando e se a Academia for criada). Ela foi de muita gente, uma grande educadora religiosa. Só que nem enxerga a importância da religião para formação individual e social das pessoas são estes ateus (como o Oliveira), que pensam, por serem eles homens de bem, isto ocorreria com qualquer um, mesmo sem religião. Um fato me vem à mente. Quando chego hoje nas igrejas vejo o comportamento, muitas vezes, relaxado e mesmo desrespeitoso de certas pessoas dentros dos templos, sejam eles de que religião forem. Até hoje, quando me sento num banco de igreja, não cruzo as minhas pernas. Porque? Pelo beliscão que ela me deu certa feita numa igreja, por ter feito isto. (Esta é outra

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variante do Palmatorismo, o Beliscaocionismo). Além disto, era muito boa cantora sacra, e duvido que alguém no nosso tempo, não conhecesse sua voz na igreja cantando: A nós descei divina luz.... (Caro Gildo Povoas, nobre imortal, poderia ser o hino que você lembrou, Achei Jesus..., mas todos conheciam a voz dela. Será que alguém teria estes hinos gravados? A CIT não tem só ateus mandem prá cá e divulgaremos de alguma forma). E eu queria falar de outras mulheres, falei de uma e olha onde já estou. Continuaremos depois. Se escrever mais, ninguém ler, mesmo que veja a novela A Favorita.

Lucinha Peixoto - [email protected]

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro

de 1948

Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum, Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão, Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,

A Assembléia Geral proclama

A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. Artigo I Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Artigo II Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Artigo III

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Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo IV Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo V Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VI Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. Artigo VII Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo VIII Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo IX Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo X Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo XII Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo XIII 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. Artigo XIV 1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XV 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar

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de nacionalidade. Artigo XVI 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. Artigo XIX Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo XX 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo XXI 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de sue país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo XXII Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo XXIII 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença,

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invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI 1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo XXVII 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo XXIV 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XXX Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. --------------------------- Neste ano em que comemoramos tantos 60 anos, aqui vai mais um sessentão. Esperamos que todos leiam e reflitam, sobre a situação do mundo e do nosso país, e, principalmente, sobre a paróquia em que habitamos, e sobre cada um de nós em particular. Àqueles um pouco mais velhos ou um pouco mais novos do que esta Declaração, levem seus filhos e netos a lerem. Ela é um conjunto de palavras que influiu no mundo moderno para sua melhoria, serão nossos filhos e netos que a farão influir muito mais. CIT Ltda - Uma homenagem aos 60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos. - [email protected]

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É de fazer chorar???

Pouco tempo atrás a CIT era criada. De Companhia Inimiga do Trabalho, passando por Coçando Intensamente os Testículos, Correta Informática e Tecnologia até, simplesmente, CIT como é chamada hoje, ela se mantém. No pequeno povoado de Caldeirões dos Guedes uma reunião de poucas pessoas a criou. Seu objetivo fundamental, provocar emoções nas pessoas através de imagem e som, foi perseguido até hoje, com pequenas variações. Desde um processo de distribuição anacrônico e pouco eficiente de seus produtos por um período, há quase um ano, com a entrada no YouTube, esta empresa deu um salto em quantidade e qualidade na sua produção. No endereço http://br.youtube.com/citltda , quando lançamos nosso primeiro vídeo, C. na Chuva (http://br.youtube.com/watch?v=nvWYvM3KlAY), lembramos bem, comemoramos efusivamente os seus primeiros 50 acessos. (Concurso Público: Quem descobrir o significado do C., no título deste filme, ganhará um curso de português grátis com o nosso professor José Andando de Costas, no Recife). Hoje, depois de mais de 30000 (trinta mil) acessos aos vídeos deste endereço, mais de 7000 (sete mil) acessos á subsidiária voltada para Bom Conselho(http://br.youtube.com/citlimitada), com escritórios fixos em Recife e no exterior, podemos dizer que tivemos sucesso na empreitada. Ainda, dentro deste tempo, melhoramos nossa infra-estrutura, comprando equipamentos e construindo sedes maravilhosas e condizentes com o nosso bom êxito, muitos deles apresentados aos nossos clientes em filmes, fotos e mensagens. Nos tempos mais recentes criamos seu Blog, por exigências das circunstâncias que exigem, no processo de comunicação, além da imagem e do som, a velha e boa palavra. Não é nosso objetivo fazer aqui uma história da CIT, deixemos isto aos historiadores. Nosso assunto é outro, e muito ao

contrário desse, um tanto desagradável. Para fazer isto, como todo empresário numa economia capitalista, recorremos ao crédito. Fizemos o nosso PAC (Programa de Acelereção da CIT), mas sem recursos públicos. Isto não quer dizer que não temos clientes no setor público. Temos e muitos. Nosso vídeo campeão de acessos até o momento (http://br.youtube.com/watch?v=u_z1Cb1k0Qg) , onde mostramos nosso

nosso balão sobrevoando a Região Nordeste, (quase 4000 exibições) é visto em vários Estados e, junto com outros mostrando as demais regiões são quase obrigatórios nas escolas públicas. No entanto, neste afã de crescer, procuramos mais os bancos privados nacionais e, mais ainda, bancos estrangeiros. E como todos fizeram, apelamos para as transações exdrúxulas do mercado financeiro, que são ao mesmo tempo o benfeitor e o algoz do sistema capitalista. Éramos subprime, os bancos sabiam. Mas a continuação da farra americana parecia não ter fim. Corremos riscos e perdemos. Mas, com esta crise, quem não perdeu? Uma pequena e incompleta informação. A moeda usada pela CIT chama-se Risos e Emoções ($RE), já conhecida, por quem transaciona com a empresa por RECIT. Obviamente, a empresa, para se relacionar com o mundo exterior, tem que usar outras

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moedas como Real, Dólar, Euros, etc. Temos uma taxa de câmbio que é normalmente referida ao Dólar Americano. Hoje ela é de 2,50 Recit por Dólar. E quase sempre de 1 Recit para 1 Real. Tomamos empréstimos em Reais e em Dólares. Aqueles que estão em Reais, puderam ser honrados até agora. Mas aqueles em Dólar, não. Pois os empréstimos foram adquiridos quando a taxa de câmbio era 1,50 Recit por Dólar. Alguns perguntarão porque não apelamos para o Mercado de Opções e outros, para diminuir o risco. Respondemos, com outra pergunta: Quem apelou na medida certa? Estamos esperando agora que o governo nos ajude. Este negócio de capitalismo liberal é história para boi dormir. Por enquanto continuamos trabalhando, mas tivemos que tomar decisões que afetaram nossa empresa no exterior (ver artigo do John Black - http://www.citltda.com/2008/11/caminhos-de-f.html) e em Caldeirões. O que está

acontecendo neste povoado é o motivo principal deste escrito. A chegada da CIT a Caldeirões só não pode ser comparada melhor com a chegada da Perdigão a Bom Conselho porque a CIT chegou e a Perdigão ainda não. Mas tem e terão muitos pontos em comum. Por isso o primeiro caso merece uma análise. O nosso povoado era uma comunidade quase rural. Seus habitantes gozavam de todas as delícias e agruras deste tipo de vida. Paz, silêncio, tranquilidade, trabalho

duro, maior taxa de analfabetismo, rios ainda quase limpos, ar puro, etc. Com a chegada da CIT, ela começou a ser uma comunidade quase urbana, e a curtir também todas as agruras e delícias deste modo de vida. Barulho, poluição, computadores, internet, mais empregos, mais escolas, mais orgulho, mais crimes, menor comunicação pessoal e mais via equipamentos de comunicação. Pelo que sentimos, ao trabalhar na nossa sede, tudo gerava uma aparente sensação de orgulho e medo. Orgulho por ter tudo aquilo e medo de suas consequências. Um dia vimos um carro, dos muitos que chegaram ao lugarejo, buzinar para que um habitante, que andava no meio da rua, desse passagem àquela máquina de ferro. Foi grande o susto do homem, mas não o suficiente para evitar que ele puxasse sua peixeira de 12 polegadas e partisse para a janela do veículo. O motorista fechou o vidro, já os pneus, estavam sem nenhuma proteção. No posto policial o homem explica, diante da reclamação do delegado pelo ocorrido. Se fosse um jegue que urrasse eu não faria a mesma coisa por pena do animal. Com esta gerigonça, furei o que achei de mole. Entretanto, vimos este mesmo homem, dias depois, vendo o filme da Ana Luna - Bom Conselho: Ontem e Hoje - lá de um cantinho, evitando os carros, acompanhando a música com o pé e sorrindo. Hoje, depois da crise, o que vemos? Uma volta, forçada aos tempos rurais. O prédio da empresa foi retirado (era de pré-moldados), o projeto de Cinema na Praça também. O entusiasmo pelo novo deu lugar ao saudosismo por ele. E a pergunta é: É de fazer chorar??? Será que quando chega a quarta-feira de crise, devemos chorar? Sabemos que a comunidade de Caldeirões nunca mais será a mesma. Não sabemos se será mais feliz ou menos feliz. O filme a seguir foi feito logo após decidirmos enxugar os quadros da CIT em Caldeirões. O nosso prédio voltou para os bancos. Esperamos que não tenham a quem vender. Alugamos uma pequena casa para o nosso escritório, que

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aparece no filme, e possui só um funcionário e um computador. O povoado não ficou feio por causa da crise. Tire um minutinho do seu tempo quando vier a Bom Conselho (quem sabe nos Encontros de Papacaceiros) e visite-nos. Não podemos sair de lá. Nossa sede ainda é lá. Continuamos da filial em Recife trabalhando dentro dos nossos objetivos. Seus risos e emoções são a nossa realização e lucro. Quem sabe um dia a crise acaba.

Diretor Presidente - [email protected]

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Lendas Urbanas: O Marcador Nato Lá pelo início da década de 50, o futebol era talvez o único esporte praticado em Bom Conselho. Nesta época surgiram grandes jogadores em nossa cidade. Tivemos, Jorge Torres, Naduca, Ananias, Natalício, Adnizio e Audizio Padilha, Manoel Luna e outros. Queremos falar aqui de Natalício, esposo de dona Lourdes Cardoso. Pai de Zé Dário, Pedro, Maria, Fátima, João Batista, Francisco. Sapateiro dos bons. Lembro-me dele morando na Rua Joaquim Nabuco, na casa ao lado da de Vigário. Jogador de futebol de primeira. Considerado um dos melhores do Estado na época. Conta-se que no ano da graça de 1951 (ou por aí) esteve em Bom Conselho um time de Maceió, cuja principal estrela era, nada mais nada menos do que Dida. Não confundam com aquele goleiro do Milan, atualmente, ao qual não ensinaram a sair do gol. Dizem,

quando alguém quis ensiná-lo, gritou, sai Dida, sai Dida, e ele terminou nas cabines de rádio. Este, de quem falamos, chamava-se Edivaldo Alves de Santa Rosa (1934-2002), conhecido como Dida, ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira. Foi o maior artilheiro do Flamengo até chegar o Zico, marcando 244 gols entre 1953 e 1966. Zico o tinha como um dos seus maiores ídolos. Na seleção brasileira, até a Copa de 58, ele era titular absoluto. Uma contusão

deixou o caminho livre para sua substituição pelo jovem Edson Arantes do Nascimento, nosso querido, Pelé. Pois bem, no jogo mencionado entre o time de nossa cidade e o de Maceió, presenciado

ex-estádio de futebol, que ficava em frente da Boate Tio Patinhas (embora na época do jogo ainda não existisse) e onde hoje é o Centro Social Urbano, um fato aconteceu.Dida não pôde jogar. Não por contusão ou por outros fatores fora do campo, e sim pelamarcação exercida por Natalício ou Nato sobre ele. Foi completamente anulado peloNato. Ao ponto de quase pedir para sair no segundo tempo, não o fazendo porque não tinha muito o que alegar. Não faltou a verdade ao declarar depois, que não hav

até aquele jogo, encontrado um marcador tão bom quanto ele. O jogo terminou 0 x 0. Dizem ainda, nos tempos do Flamengo emarcador dizia: Este foi quase igual a Nato. Será que Bom Conselho ainda tem ummarcador como este? Quando já concluida aGazeta, encontrei a foto ao lado. É o time da ABA em 1967. Entre o risco de ser processado pelo Luiz Clério por não ter pedido permissão para publicá-la e o riscoprivar aqueles que nos leem de apreciar um dos melhores times de Bom Conselho que vi jogar, escolhi correr o primeiro risco. Defendam-me aqueles que jogaram com muito

por um bom público, para época, no nosso

ia,

da Seleção, quando encontrava um bom

exposição desta estória, ao folhear números atrasados de A

de

s

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deles. Pela ordem em pé e agachados: Petrúcio, Adonis, Gena, Zezinho Macaxeira, Zezinho Durinho, Everaldo, Géo, Neco, Zé Dileu, Tonho de Raul, Edmundo(ou seri

Eduardo mesmo?), Esdras(ou seria Deda ou Dede?) e Elizênio. Timaço.

a

) A partir de uma informação inicial do

tltda.com

(*nosso conterrâneo Alberto Guerra. Jameson Pinheiro - jamesonpinheiro@ci

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É de fazer chorar??? - Complemento No período de tempo em que CIT trabalha, procurando, na medida do possível, levar emoções as pessoas, tem recebido mensagens de vários tipos. Com elogios, com incentivo, com desdém, com críticas, com reclamações, etc. Depois que criou este Blog, elas continuaram a chegar. Antes dele não cogitávamos de sua publicação, não tínhamos espaço na mídia. Agora temos. O seu prazer maior era publicar todas elas. Entretanto, a empresa mantém a política de só publicar aquilo que nos autorizam publicar. Nem sempre os autores das mensagens autorizam, por isso, quando isto acontece, ela não pode ser publicada. Recebemos, esta semana, duas mensagens, que além de serem de elogio e de agradecimento, são também um complemento ao filme, sobre Caldeirões dos Guedes, apresentado sob o título: É de fazer chorar??? (http://br.youtube.com/watch?v=Li4P5PkAfNI). Os autores lembram de Caldeirões, citando nomes que merecem ser lembrados por Bom Conselho, porque participaram de sua vida, eles ou descendentes, de forma substanciosa. Pedimos permissão para publicá-las aqui, e esta permissão nos foi dada, mostrando o espírito público elevado dos dois autores em foco: Marlos Urquiza e o Diácono Edjasme Tavares, a quem agradecemos a deferência já contando com suas participações em outras ocasiões. Diretor Presidente --------------------------------------------------------- Fiquei muito feliz quando recordei a minha infância quando vi Caldeirões que não via faz uns 60 anos. Recordo que estive na casa do Sr. Paulo Tenório e do Sr. Tide Tenório, pai da Dra. Joscelene, medica de uma grande capacidade profissional... Meu pai era amigo e parente dos citados senhores. Todas as crises passam, o que não podemos perder é a vontade de vencê-las... Um afetuoso abraço... Marlos Urquiza ---------------------------------------------------------- Respeitável Diretor Presidente da Cit Ltda Caldeirões dos Guedes - Bom Conselho - PE Sensibilizou-me bastante essa mensagem que, depois de uma longa esplanação, levou-me, como se estivesse num sonho real dos meus tempos de jovem/adulto, voando sobre meu admirável Caldeirões dos Guedes. Distante, mais ou menos, 18 kms. da minha casa (cidade de Bom Conselho) estava sempre ligado àquele segundo Distrito de nossa Comarca, devido a minha inesquecível colega e amiga NICÉIAS TENORIO DE OLIVEIRA(nome de casada. Era casada com meu velho amigo Amaury) e em solteira, quando logo lhe conheci, era NICÉIAS TENORIO DE ALBUQUERQUE, titular do Cartório do Registro Civil daquela comunidade. Eu, era cartorário na sede (Oficial do Registro Civil do primeiro Distrito (sede) da Comarca de Bom Conselho, Pernambuco). Era uma criatura tão amiga de minha família que era considerada membro da família. Por isso, andei muito por lá. Muitas vezes era para instruí-la sobre a atividade profissional (notícias novas do Tribunal de Justiça) outras vezes era passeio (canjicada, pamonhada, peru gordo, etc).

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Minha presença por várias vezes, também, foi registrada na qualidade de acólito do Pe. Alfredo (Pároco) que mensalmente celebrava lá (vi a capela no seu filme). Certo dia, fui com meu amigo de infância, concunhado, compadre e confidente MARCOS QUIRINO VILELA, a quem chamava, familiarmente de Marcolino. Sda cidade de bicleta. Imagine Presidente, sair da cidade de Bom Conselho até Caldeirões de bicleta (o montão de ladeiras altas na estrada)! Só a força da juventude tem poderes para essas imprudências. Contudo, foi muito divertido. Também, como você

sabe, naquela época (outro montão) as cancelas que existiam. Na penúltima delas indo para lá, era na fazenda/sítio do sr. Ursulino Pacheco, bom amigo, seus filhos eram nossos colegas de Ginásio (o querido Ginásio São Geraldo). Ao transpormos a mesma, pela manhãzinha, ele nos avistou do alpendre de seu casarão. Paramos, cumprimentamos. Ele, conforme a tradição naquela época, não nos deixou passar sem um cafèzinho. (nós com uma fome de lascar). Aceitamos o desafio porque estávamos cansados da viagem. E o cafèzinho? E o diálogo na hora do cafèzinho? Foi o máximo!

Um mesa bem recheada de alimentos: cuscus, macacheira, tapioca, inhame, carnes, leite, café, frutas, manteiga, queijos. É o que me lembro agora. Quando "partimos para avançar", foi outra coisa interessante que nos chamou a atenção: de tudo, o sr. Ursulino Pacheco tinha uma explicação. Quando pegávamos no prato do cuscus, por exemplo, ele dizia: este cuscus é da nossa roça, milho plantado por nós lá na várzea (vage); o leite, ao deslizar no nosso bom pedaço de cusca, ele dizia: este leite é da nossa vaca chamada... boa

de leite e dá ...tantos litros por dia; a macacheira e a batata doce, ele afirmava: essas raizes arrancamos já hoje, bem cedinho, podem comer que merece confiança; lá vamos nós partindo para a manteiga e os queijos (de coalho e manteiga), ele "em cima da bucha", mostrava o armazém onde ele fabricava o queixo e a manteiga e dizia: fiz com

aimos

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muito gosto e sei que é bem feito meu trabalho e as vacas são de qualidade. E assim por diante. Depois, despedidas e seguimos para Caldeirões, casa de Nicéias a quem devemos todo nosso carinho. Chegado aqui em Garanhuns, deu-se uma coincidência formidável. Como Diácono da Igreja Católica, tive a obrigação de me apresentar ao sr. Bispo e em seguida ao Pároco da Paróquia onde resido a fim de prestar minha devida colaboração e o dever de servir, e logo depois, o Bispo e o Pároco, pediram que escolhesse a comunidade que deveria participar (assim como o Padre tem sua Paróquia o Diácono tem a sua comunidade) e depois de visitar quase sua totalidade, optei por uma cujo coordenador e administrador do centro de treinamento era o sr. Joaldi Tenório, filho legitimo de Caldeirões dos Guedes, filho do sr. Paulo Tenório (Paulo Vigário), conheceu? E ele não se esquece desse torrão. Pediu-me quando fosse por lá, ele desejaria ir para matar as saudades. Vou levá-lo, sim. Nas suas fotos, veja se descobre e aponte a casa de Tide Tenório, Paulo Vigário, Nicéias, Jornes e outras lideranças! Lá pelos idos de 1963, Jornes Tenório foi vereador comigo, representando essa comunidade. Valeu sua reportagem. Parabéns. Com a graça de Deus. Diác. Edjasme ------------------ ------------------------------------ Adorei o vídeo sobre "Carderão dos Guede" - era como as pessoas mais simples falavam quando era criança. Hoje eu só gosto assim, porque adoro o falar do povo, mas admito e gosto do nome certo e do bom idioma falado e escrito. Quanto ao "é de fazer chorar" é mesmo. Tive a sensação de que o progresso bateu a porta de lá, mas as portas não foram abertas. Como ninguém abriu as portas, o progresso se instalou em cima das casas, mesmo simpre, mas com sua PARABÓLICA. Isso é "mara"! Contudo, vi coisas lindas que precisava rever: o carro de boi com um cachorro mago em cima, o bucolismo, o verde, a "casa rosada", contrastando com a buraqueira das ruas a chão batido. É de fazer chorar. Mas "toda araruta tem seu dia de mingau", enquanto isto, a CIT vai Citando, CITando, CITando. Carlos Sena

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Bodas de Ouro e Festas Natalinas Estive em Bom Conselho para cumprir uma obrigação social. Atender a um convite de um amigo para assistir a suas Bodas de Ouro de casamento. Na frase anterior escrevemos duas coisas estranhas. Primeiro, nunca é obrigação atender a um amigo, é sempre um prazer, segundo uma festa de Bodas de Ouro de casamento. Antigamente, completar 50 anos de casamento era difícil pela limitação na idade dos cônjuges. Morria-se cedo. Hoje morre-se mais tarde, mas há muitos descasamentos. De qualquer modo é difícil chegar lá, e por isso é estranho. O bom destas festas é ver quanto pode se contruir em 50 anos. E como se “constrói” gente. Filhos, noras, genros, cunhados, cunhadas, netos e de outros tipos. Eu ainda sou solteiro e portanto não posso pensar em Bodas de Ouro de casamento, mas com minha idade ainda posso chegar lá aos 106 anos. Embora, algum dia já me passou pela cabeça adotar o pseudônimo de Brás Cubas em vez do que uso. Desisti pelas últimas palavras deste personagem magistral de Machade de Assis, no romance homônimo: "...não conheci o casamento...Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria." Eu sou mais positivo. Vou várias vezes a esta cidade, onde tenho muitos amigos. Todavia, numa festa assim eles estão todos concentrados num pequeno espaço. Foram tantos com quem falei que fatalmente, cometeria alguma injustiça ao citar alguns sem citar todos. Uns lembram de nós outros não, e somos reapresentados. Não se lembra de mim? Eu me lembro de você. Aquele carnaval onde dançamos o “pata-pata” com duas dose de rum no quengo! Ou, lembra das estórias do papa-figo? Fulano ainda é vivo!? São tantas perguntas e respostas que ficamos roucos. Como tocam alto estas orquestras. Temos que gritar todo o tempo para nos fazer ouvir e cansar nossos tímpanos para ouvirmos os outros. Lembram daquelas festas de vitrola onde todos conversavam sem gritos? Ah, que saudade. É óbvio que uma estada em Bom Conselho nunca se resume a uma festa, por melhor que ela tenha sido, e esta foi das melhores. Mas, vejamos seu entorno. Ao chegar de automóvel, vindo de Garanhuns, segui o curso que faço todas as vezes. Ao chegar ao lado da prefeitura avistei algo assustador. Ao pé da ponte do Colégio um conjunto de ferro retorcido jazia. Muitas idéias me vieram ao cérebro sobre aquilo. Um meteorito.

Um míssil. Um vulcão. Batidas de vários automóveis envolvendo 31 veículos. Cheia no Papacacinha trouxe estes dejetos para cima da ponte. Alguém que vinha comigo disse: É um Parque de Diversões. Ali? Naquele local? Não pode ser. Esperava encontrar parques de diversão, é quase Natal. Mas, ali? Não podia ser. Era. Depois de me certificar da veracidade da informação de que aquilo era na verdade um Parque de Diversões, e ter saudades dos de como chegaria ao centro da

cidade. Aquele era o meu caminho natural. Ponte do Colégio, Siqueira Campos, Sete deSetembro e centro. Não havia placas sinalizadoras nem nenhuma indicação de comopudesse fazer isto. Eu era de casa. E se fosse um turista? Será que nossa Prefeitura apensa que Bom Conselho não pode atrair turistas? Mesmo com problemas sérios de

trivolis e das barcas, comecei a procurar uma forma

inda

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infra-estrutura nesta área, eles, os turistas, existem, e, tenho certeza, serão cada vez emaior número no futuro. Não deu tempo verificar se aquele estranho parque também atrapalhava a entrada para o Colégio N. S. do Bom Conselho, uma das nossas grandes atrações turísticas (quem viver verá). Se atrapalhar, é melhor colocar uma placa lá naquele deslocado portal da entrada: Não aceitamos turistas. Se quiserem entrar, façamno por sua conta e risco. Não podemos desprezar mais esta atividade. O turismo pode ser uma boa fonte de renda, além das outras que crescerão com aumento do parque industrial, preservada a sustentabilidade ambiental (física e cultural). No entanto, qualquer turista que passasse pelo portal, em direção ao centro, como eu fiz, voltaria da prefeitura. Isto me fez, depois de escolher vias diferentes, a inquirir as pessoas da cidade sobre a causa daquela interdição de uma das vias mais movimentadas da cidade. Primeiro disseram que a culpa era da Prefeitura. Claro. Se ela é o órgão público responsável pela utilização do espaço urbano, ela será a principal culpada. Quando comecei a me aprofundar sobre a culpa da prefeitura surgiu uma nova versão. Teria sido a Igreja ou o padre que havia proibido o funcionamento do parque no centro, nas cercanias da Igreja Matriz. Não indaguei sobre os motivos do pároco. Qualquer que tenham sido eles não seriam justificativas para a prefeitura ter escolhido um local tão inadequado. Dentro destas lucubrações, fui levado a uma estória antiga contada em Bom Conselho que, mesmo diferente daquela citada anteriormente, tem como mesmo tema os atritos entre autoridades públicas. Avisamos, no que vem a seguir qualquer semelhança com as autoridades atuais será mera coincidência. Certa feita chegou à cidade um delegado novo. Homem brabo e resolvedor de problemas da lei e dos foras da lei. No Natal, como todos de minha idade sabem, havia a “festa” cujas atividades eram exercidas no entorno da Igreja Matriz. Ao comércio já existente, Sebastião Siqueira, passando por Zé Gordo, padaria de seu Vitinho, mercearia de seu Marçal, bar de João Jararaca, indo ainda para venda de D. Etelvina, - não me lembro se Ivan abria a Farmácia nas festas, mas sem os alto-falantes de João Prezideu não passávamos, nem sem o picolés da sorveteria de Juarez, - repito, a este comércio juntavam-se as barraquinhas onde se vendia de tudo, além daquelas fixas de Neco e seu Belon, para quem não quisesse entrar na casa de D. Lila para ver o seu presépio

maravilhoso. Mas, o que é importante para nós aqui são as atividades de jogos de azar que também invadiam a festa. Roletas, jogo de dados (bozó), jogo do jacaré (quase inocente mas de azar, perdia quase todo meu dinheiro tentando levar um perfume horrível para casa, se o jacaré parasse com a boca onde joguei), caipira (jogo com dados de seis números), e outros mais inocentes como derruba latas, pescaria, etc. Corria um bom dinheiro nestas quem ganhava, que em 100% (cem

por cento) das vezes eram os donos dos artefatos da jogatina. Num destes natais maravilfesta. Os argumentos dele eram os normais para um bom católico aceitar e até para os não católicos, porque o jogo de azar é proibido no Brasil desde 1946.

m

-

atividades. Elas animavam a festa, pelo menos para

hosos, o pároco da cidade decidiu proibir o jogo de azar na

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Os que não aceitavam isto eram os donos das roletas e aproximados. Pdelegado. Os argumentos também normais. Jogo quase inocente, animação para a feanos anteriores na mais perfeita paz, pressão dos quase viciados para jogar, etc. O delegado, resolveu procurar o padre para um diálogo franco e sério do poder de polcom o poder religioso. Ficou surpreso e cabisbaixo quando veio o sacristão (não me lembro se era o Paulo), veio ao seu encontro e disse: O padre manda lhe dizer que, sefor a respeito da liberação do jogo, não há conversa possível.

rocuraram o sta,

ícia

o

u e contou para os interessados na liberação do jogo seu quase diálogo

outra vez. Antes que ele repita tudo o delegado diz: Quero

Bom dia, padre, sua bênção. que o traz aqui fardado desta forma?

minha presença é

u o atendi porque o senhor mandou dizer que queria falar sobre a

re. Eles estão dispostos a dar uma boa contribuição a

isa muda de figura. Pois veja bem. Se não houvesse Igreja não haveria os a

quele parque de diversão, naquele local, sei não. Precisamos de um bom delegado.

audações Natalinas [email protected]

Ele espera que o senhor entenda por agir como protetor das festas religiosas e dos bons costumes da família de Bom Conselho. O delegado voltocom o padre. Todos ficaram consternados e chateados. Um deles, mais esperto do que os outros, disse: Mas logo agora que havíamos decidido dar uma boa contribuição paraa Igreja! Sem mais delongas, tendo entendido o sentido da frase o delegado partiu outra vez para a casa paroquial. Na porta, lá vem o sacristãofalar com o padre sobre a Igreja Matriz. O sacristão voltou, depois de alguns minutos mandou o delegado entrar. Lá dentro conta-se que ouve o seguinte diálogo: - - Deus te abençoe meu filho, o - A farda é do meu dia a dia padre, não a leve em conta. O motivo datrazer uma proposta das pessoas responsáveis pelo jogo de azar sobre as festas da Sagrada Família. - Caro delegado, eIgreja e não sobre jogo de azar. - Mas é sobre a Igreja mesmo padela, depois das festas e estão contando com sua permissão para que o jogo possa anima-los como tem feito, dentro da ordem, por muitos anos. - Uma boa contribuição? - É, padre. - Assim a coSantos, se não houvesse os Santos não havia festa e se não houvesse a festa não haverijogo. Então, é justíssimo que a Igreja receba alguma coisa deles. Comecem o jogo só depois da novena, por favor. AMas, o padre não é o mesmo. SDiretor Presidente - di

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Bodas de Ouro e Festas Natalinas - Complemento Alguns dias atrás enviei para os clientes da CIT o primeiro e-mail abaixo. Recebemos várias respostas. Como é nossa política no momento, tentamos publicá-las, quando houver relevância para o tema, em forma de complemento ao artigo. Óbvio que surgem mensagens polêmicas, as quais discutimos internamente a oportunidade de publicá-las. Depois de feito isto decidimos pela publicação, recebidas as devidas permissões. Neste caso particular não houve mensagens só de um lado mas, uma espécie de diálogo entre eu e o CARLOS SENA e eu e JOÃO NELSON, nos quais minha participação foi mais de forma do que de conteúdo. Publicamos deste modo para tornar mais claras as mensagens além de manter suas formas originais (sem edição nenhuma), resguardando a responsabilidade de cada um. Agradeço a ambos conterrâneos a permissão para publicação, e estamos a disposição deles e de todos para outras participações. Diretor Presidente ---------------------------- Caros Bom Conselhenses, Estive por estes dias em Bom Conselho e cometi algumas frases. Estão no link: http://www.citltda.com/2008/12/bodas-de-ouro-e-festas-natalinas.html Lucinha Peixoto pede para avisar sobre a enquete. Placar de hoje: Pedro de Lara 22, Waldemar Gomes 14, são os mais votados. Restam 5 dias para o término da votação, e temos 53 computadores votantes, o que superou todas as nossas expectativas. Votem e Bom Conselho agradecerá o interesse. Saudações Natalinas Diretor Presidente ([email protected]) -------------------------- (DIÁLOGO COM CARLOS SENA) Meu presidente Citeiro: Adorei suas considerações sobre sua ida a terrinha. Lembrei de uma passagem que a gente saiu daqui, do Recife, para a festa de São Sbastião exatamente por conta do "baile", tipo "encontro de brotos", sei lá que nome tinha. Pra nossa surpresa, Pe. Carício suspendeu a festa e a gente ficou lambendo o dedo. Coisas dessa igreja cujo dirigente maior vive preocupado se homem trepa com homem e mulher com mulher, esquecendo que grande maioria de padres estão jogados à mingua, com AIDS nos hospitais. Como vês, macaco não olha pro rabo. Claro que há excessões que justificam a regra, mas é demais esse tipo de preocupação quando o mundo vive em plena barbárie, que ainda chamam de violência. Em janeiro estarei na terrinha. Espero encontrar muitos, mas já me vejo como vc: não me conhece? E quem é você? Mas a gente repagina a vida e os amigos. abraços csena ------------ Caro Carlos Sena, Obrigado pelo comentário, como sempre preciso e oportuno. Eu, nunca na história desta empresa tinha visto tanta polêmica, quanto a decisão de publicar uma mensagem, que foi a sua. Como você sabe, temos pessoas de todos os tipos aqui, católicos, evangélicos, ateus e até budistas, ficando na religião. De qualquer maneira, temos um passo anterior a nossas brigas internas que é perguntar a você se podemos publicar a mensagem, como o fazemos sempre como um complemento do tópico. Sabemos que ela já foi publicada no seu Blog, de uma forma mais extensa e clara, que gostamos muito. Mas sempre

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perguntamos se o permite fazê-lo em nosso Blog. Como sempre diga permito, se permitir, e não diga nada se for ao contrário e fique certos que, independente de nossa decisão interna, admiramos seus comentarios. Um abraço Diretor Presidente -------------- Caros Citeiros: Eu não quero estar vivo um só dia se o que eu penso não puder ser publicado. Evidentemente que considero sempre as excessões que, neste caso, são muitas. Até porque não se trata de fé, mas de igreja. Aliás, esta expressão "igreja" anda tão carregada de outros significados que, quando a gente quer se referir a um grupo sectário ou similalr, fala "alí, só entra quem for da "igrejinha". Mera coincidência? Talvez. Se interessar a alguém eu sou denominadamente, católico. Mas adoro a expressão "Cristão", pois ela me congrega. Nesse mister, Dom Helder foi perfeirto:conta-se que uma porstituta, em Fortaleza, teria lhe procurado com a seguinte indagação: "Dom Helder, sou prostituta e todos os anos, por não ter dinheiro pra dar um presente de natal, "deito" com um detento da cadeia pública de graça, como forma de presente de natal. O que o senhor acha"? Ele respondeu: "é a tua consciência que tem que te responder"! Se a prostituta foi ou não deitar com o detento, não sei. Mas sei que houve sabedoria na resposta, pois tudo depende de como a gente se constrói por dentro. Se nos construirmos com base no respeito, na noção de que todos têm o direito de fazer tudo, desde que não ponha em risco a integridade do outro, que mal ha nisto? Às vezes me pergunto: se Deus, grandioso como é, nos deu um corpo harmônico e cheio de funções definidas, como podemos bloquear o "tesão", ou a "Pulsão" na linguagem psicanalítica? Passa alguém por você e você sente que mexeu contigo por dentro e até chegou a excitação. A pessoa é solteira (só pra falicitar a construção), independente financeiramente, cidadã honesta, pratica o bem e faz caridade, enfim, vive uma vida digna. Se for uma "pulsão envolvendo HOMEM X MULHER, dez! Se for "HOMEMXHOMEMXMULHERXMULHER, safadeza! Por que Deus, oniciente, onipresente e outros "ente" não "cortou" esse sentimento pecaminoso na fonte? Não seria mais fácil e ajudaria enormemente a vida das igrejas "donas da verdade"? Não! Deus de fato é grande. Ele deixou as pessoas livres para saber quais seriam aqueles, mesmos os que se dizem defensores das sua palavras, que teriam a grandeza de conviver com os diferentes. Que mérito existe nas pessoas que não querem construir um processo político novo de igreja? Repetir antigas lições do passado na lógica dos "sepúlcros caiados"? A igreja católica está precisando de pastores legítimos, que botem a mão na "massa"; que saiam dos palácios e vivenciem o evangelho no cotidianos dos mais necessitados, sem aquela história ultrapassada de "teologia da libertação", mas uma teologia da razão, tipo: quem tá passando fome quer comida e depois a salvação da alma. Agora, entender que quem passa fome seja conformado porque na "outra vida" terá a bênção de Deus, me poupe, pois contra fatos não existem argumentos. Aqui eu coloco também o papel do Estado, pois não podemos entender essas instituições tão importantes se digladiando, nem uma se metendo na outra. Mas pdem muito bem se darem as mãos em função dos mais necessitados, ou não? Pra finalizar esta resposta que virou uma enciCLICAR ( de clicar no mouse ), adianto aos meus amigos que adoro a igreja católica e o seu ritual me omociona, mas uma coisa não justifica a outra, principalmente essa postura entediante de alguns membros ( será que posso falar em membros? ) se metendo onde não devem. Outro dia vi numa padaria lá em Maranguape onde mamãe mora: "se banco não vende pão, padaria não empresta dinheiro". Fazer o que?Obrigado pela oportunidade e podem cortar o que quiserem e

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publicar o que não aceitarem. Ninguém poderá deixar de saber que esta é uma opinião particular e "priu"! csena ------------- (DIÁLOGO COM JOÃO NELSON) Presidente, academia de quê? De letras? Jogo de azar, luta livre, luta de classes? Voto na última. ---------- Votaria, tâ(o)mbém, no diretor presidente [email protected] pelo ótimo comentário BODAS DE OURO FESTAS NATALINAS. Que seria excelente caso tivesse acrescentado a desordem no trânsito (veículos), a falta de sinalização a buraqueira que, decerto, afastariam os turistas ou os fariam morrer antes do tempo: o complexo do avestruz, se cabe aqui. Se houver tempo nomei a ACADEMIA. Se possível acrescetem ACADEMIA LUTA DE CLASSES, ACADEMIA DE ESTUDOS POLÍTICOS, ACADEMIA DA INÉRCIA, DA CORRUPÇÃO. Se, antecipo meu voto: LUTA DE CLASSES. Vão em frente. Um abraço grande. JN ---------------- Caro JN, Penso ser JN as iniciais de João Nelson. Peguei seu e-mail no saite de Bom Conselho. A CIT queria colocá-la em sua lista desde um seu comentário no mural: "Saulo, Sinais da existência de Deus - ótimo. Agora te pergunto: o que Deus fazia antes de criar o mundo? Um abraço grande, João Nelson", e que tanto chamou a atenção do nosso companheiro Cleómenes Oliveira. Ele me disse, será que temos mais uma ateu? O Oliveira andou discutindo com outros no saite, sobre suas descrenças e encontrou outra ateu: Milton Cavalcanti. Ai ele disse que tinha pelo menos um leitor entre os nascidos nesta cidade católica, apostólica e romana que é a nossa. Será que terá dois leitores agora? Ele estava escrevendo, mesmo atrasado "O Natal do Bom Ateu", não sei se publicará ainda este ano ou no próximo. Ele gosta destes temas, Deus existe não existe, Luta de Classes que classes, etc. E adorou o seu Chico de Juvita, que passa bem perto do Macunaíma, com um pouco mais de caráter. Quanto a enquete quem está á frente é Lucinha Peixoto, ela diz que já lhe viu, mas conhece bem Balinho. Torcedora fanática do Pedro de Lara para amainar um pouco o elitismo do emprendimento, o qual ela defende, também eu, não só de letras mas de muitas coisas. Pela religiosidade dela certamente não concordará com os nomes sugeridos por você, mas os incluirá numa próxima enquete se a atual for levada em conta por nossa elite pensante. Vamos ver o que é que dar. Desculpe, se usei o seu e-mail em vão. Mas, não nos processe. Se não estiver gostando de recebê-los, basta um clique, apague-os.Outra coisa, nossa empresa mantém um política de publicação de comentários no seu Blog que não é a tradicional (com aqueles quadradinhos horrorosos), mas ela gostaria de publicar comentarios recebidos por e-mail que tem importancia para nossos temas, como é o caso deste seu agora recebido, com o qual concordamos quanto a buraqueira e o trânsito. Se você permitir sua publicação basta responder este e-mail, dizendo: Permito. Se não permite, não diga nada, e tenha certeza de que agradecemos da mesma forma os seus comentários. Abraços. Diretor Presidente. ---------- CARÍSSIMO PRESIDENTE. Boa madrugada para BONS DIAS séculos à frente amem.

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Quanto ao companheiro Cleómenes Oliveira, ele permitindo tratá-lo-ei (kakaka) como camarada. Ora, sobre os nascidos nesta cidade católica, apostólica romana faço uma obseração: a maioria não são católicos apostólicos romanos; são católicos, apostólicos do IBGE, pra rimar. isto é, somente por ocasião do censo. Quanto ao Balinho, a Lucinha Peixoto conhece a figura mais impoluta, sem jaça, incorrobuvel e esquipática do mundo. Vou dizer pra ele da lembrança dela. Até encontrá-la vai passar anos sem dormir (kakaka). Pelo uso em vão do e-mail foi apropriado e no lugar certo. Usem e abusem. Processo é com os tempos de chumbo. Já era. Volto a questão: DEUS. SAULO (PAULO), o apóstolo de Jesus Cristo, em sua Epístola aos Colossenses diz: (CRISTO, DEUS) "Vigiai para que ninguém vos apanhe no laço da filosofia, esse vão embuste fundado na tradição dos homens, nos elementos do mundo e não mais em Cristo. Pois neste habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e vós vos achais plenamente cumulados naquele que é o chefe de toda Autoridade e de seu poder". O que Deus fazia antes de fazer o mundo encontramos a resposta em JOÃO, "Eu te glorifiquei sobre a terra, conclui a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha junto a ti antes que o mundo existisse. João, 17 4-5. Einstein elucida: "A ciência sem a religião é imperfeita, a religião se a ciência é sega". Ora, presidente, nossa visão holística do mundo faz-nos duvidar de tudo, menos da existência de Deus. E continuemos duvidando, perguntando, questionando e descobrindo novos mundos, novos horizontes. Neste modo de pesquisar/questionar e agir até uma criança faz ciência e encontra Deus que está conosco. "Estarei contigo até o final dos tempos". A categoria ou denominação ateu está para nós como uma abstração. É parte do nossos fundamentalismos, farisaismos. "Creu ou não crer eis a questão". As idiossincrasias ideológicas ficam por conta de ZEBEDEU. Chico de Juvita num dorme pensando/sonhando com vcs fazendo mundo. Ele manda abraços e um cheiro pras PEIXOTAS. JN ---------------- Mais duas contribuições ao tópico, dos conterrâneos Gildo Povoas e Carlos Sena. ----------------------- Ilustre Diretor Presidente Muito engrandecedor este tipo de "diálogo", criado entre estes dois escritores da nossa terrinha. Parabéns ao Carlos Sena pela bela 'desconstrução" do ego do deus da salvação criado pela maioria das religiões. Espero que mais e mais opiniões sejam projetadas. E a todos vcs da CIT parabéns pela coragem. Imprensa livre é isso , não só elogios, mas clareza e amplidão de visão. Abraços fraternos Gildo Póvoas -------------------- Citeiros: Passeei no Blog e adorei o que li: minhas repostas ali, literalmente transcritas como eu gosto. Parabéns pela ousadia do ousado escri(dor) que não acha graça em textos que, embora dizendo o que sabemos, não acrescentam nada. Sei que tudo tem que ser responsável, respeitando pessoas e instituições, mas neste viés, lembro de um jóvem que, dentro de um ônibus lotado, deu a seguinte resposta a um ancião: após sentir-se ofendido pelo "velho", o jovem respondeu a altura e na ponta lingua. Um

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outro passageiro tomou as dores do "velho" e disse: "deveria pelos menos respeitar os mais velhos." "Os canalhas também envelhecem, respondeu o jovem"... E tudo ficou quieto por alí, pois a atitude do senhor fora totalmente desrespeitosa para com o jovem. Portanto, respeito é fundamental. Coerência é regra, decência, nem sempre se observa! Mas comigo não, violão. Carlos Sena ---------------------------

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Vamos aprender Brasileiro Começo me apresentando. Sou José Andando de Costas. José porque nasci laçado. Não foi em Bom Conselho mas vou me esmerar para conquistar o tão sonhado título de Cidadão Honorário. Pelo menos foi o que prometi ao Diretor Presidente da CIT, em minha entrevista para este honroso cargo de revisor das bobagens escritas em seu Blog. Isto quando forem escritas em Português, em Inglês a tarefa pertence a Lucinha Peixoto. Andando pela minha mãe, de ascendência espanhola, mas especificamente de Cuba, onde a família Andando, no período recente, orientou Fidel Castro a deixar o poder, com o lema, vá andando na frente que atrás vem gente. De Costas pelo meu pai. Família importantíssima em Portugal, da região de Monsanto, onde há tanta pedra que não foi preciso muito esforço para ele se adaptar ao agreste pernambucano, onde vivi grande parte da minha vida. Estudei línguas neolatinas, com especialização em português, língua com a qual lido, algumas vezes como professor e outras como revisor. Esta última, minha tarefa atual na CIT. No entanto, tenho uma teoria e prática da língua portuguesa, sobre sua importância e seu uso, as quais não considero tradicionais. Talvez tenha sido por isso que hoje sou um contratado desta empresa inovadora e de nobres objetivos pela qual comecei a trabalhar recentemente. Desculpem-me se for óbvio demais. Mas, para algumas pessoas, se não falarmos o óbvio ululante, eles pedem para desenhar senão não entendem. Usamos a linguagem para nos comunicar uns com os outros. Os monólogos são formas de expressão onde

tentamos, e muitas vezes não conseguimos, nos comunicar com nós mesmos, vamos deixá-los de lado. A comunicação através da linguagem, foneticamente, envolve o falar e o ouvir, o escrever e o ler. Quando o que falamos ou escrevemos não é entendido por quem ouve ou lê a comunicação é inexistente. Se esta situação se repete, se repete e se repete, a língua morre. Um exemplo simples. Quando o Brasil foi descoberto a língua mais falada nele não era o português. Não imagino, na história, Pedro Álvares Cabral ter dito para uma índia: Tu és uma rapariga mui fremosa! Nem tampouco a índia responder: Rapariga é a tua mãe. Não sei como este diálogo poderia ter acontecido em Tupi,

nem tem importância aqui. Para o Tupi, língua falada na época do descobrimento, existiram muitos estudos e até gramáticas foram escritas pelos jesuítas. Mas, hoje é uma língua morta (com algumas exceções na Amazônia). Por que? Falta de comunicação em Tupi dando vez á língua usurpadora que era o Português. Mas como isto pôde acontecer, se cada um falava uma língua diferente. Por que não ficaram cada um com a sua? Isto ocorreu por um período de tempo. Entretanto, não pôde perdurar. Em alguns setores, a própria sobrevivência dependia do aprendizado da outra língua. Aquele que sobrevivia melhor vencia até na língua ou, vice-versa. Quando a índia do exemplo acima, compreendeu o que Cabral queria dizer, já respondeu em português: Castrar!

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Castrar! Se ela tivesse dito castrar em Tupi, mesmo falando errado para Cabral ir entendendo aos poucos, talvez castrar hoje fosse: Apiaocar, que é parecido com castrar em Tupi. Mas, deve ter surgido um índio professor de Tupi, já tendo decorado as regras gramaticais, prosódia, fonética, ortoépia e outras coisas que aprendemos para ser professor, e disse, você está falando erradamente, fale corretamente, diga apiaók. Nem é preciso dizer que a índia preferiu dizer castrar, porque era mais difícil o gringo entender o que ela falava corretamente. Talvez, se tivesse dito apiacar, apiacar, a língua estaria morta de qualquer jeito, mas a influência do Tupi seria muito maior, e assim ela sobreviveria noutra, como sói acontecer. Nossa teoria é que o a língua inglesa, contemporaneamente, saiu na frente porque a civilização que a fala e escreve teve e tem um peso enorme sobre nossa economia, sociedade e cultura e o inverso ainda não é verdadeiro. Voltemos a meados do século XX período em que vim ao mundo. O que tínhamos em nosso país? Uma população quase rural, onde imperava o coronelismo, mulher não votava, o homem mandava, não havia luz elétrica, a taxa de analfabetismo chegava a 50% da população adulta, uma carta demorava um mês ou mais entre o Oiapoque e o Chuí, e era privilegiado quem tinha um rádio ou um relógio de pulso de corda. Estamos no século XXI. Não preciso citar muitos fatos e dados para ver como são tantas as diferenças. Fomos redescobertos, agora pelo mundo digital. Vivemos num mundo globalizado onde da rapidez da informação depende a sobrevivência. A língua inglesa começou e domina neste mundo novo. Queremos manter nossa língua portuguesa mas, nossos filhos aprendem primeiro inglês para teclarem no computador com os colegas coisas que não entendemos. Isto quando são de classe média e tem acesso ao computador. Nas classes menos favorecidas, onde o computador próprio ainda é um bem de luxo, usa-se as Lan Rauses para aprender inglês e não português. O que fazem? Jogam video geimes. Que só acabam quando aparece na tela Game Over (gueime ôver). Em breve cessa a comunicação entre nós, pais e filhos, igual ao que aconteceu aos índios no passado. Novos professores, novas gramáticas, novas regras para que o português seja preservado, preservado para quê? Para fazer o vestibular, ofícios para repartições públicas e concursos públicos. Então alguns proclamam: “A língua é, depois do território, o maior patrimônio de um povo. Como é dever inalienável defender a integridade territorial, não é menor obrigação preservar o idioma do país. (Waldênio Porto – DP – 12/12/2008). Se posicionando contra a reforma ortográfica. Ora, ele frisou bem, depois do nosso território, e perguntamos, qual território? O do sul do país invadido por empresas estrangeiras ou o do norte invadido por ONG,s internacionais? Qual a língua falada pelos habitantes da amazônia atualmente? Inglês ou Português? Vamos supor que se consiga não fazer nenhuma reforma ortográfica, não se aceite nenhum neologismo ou estrangeirismo, e tudo continue como antes. O que ocorrerá? A língua portuguesa, que ai está, com tremas, acentos, cedilhas, hífens, que tanto se chocam com os computadores, será desprezada pelas novas gerações, sendo estudada, sem nenhum entusiasmo, somente para fazer vestibular, ofícios e concursos públicos. E,

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assim sendo, tenho convicção, em breve só se falará inglês nesta terra, abençoada por Deus e bonita por natureza. Se usarmos termos como saite, internetes, blogues, mauses (em Portugal é rato, parece piada de português), imeio, deletar (já consta de alguns dicionários de autores mais realistas), baites, gigabaites, pendraive, agadê, cepeú ou similares, serão portugueses, pelo menos foneticamente, e poderemos sobreviver mais tempo com nossa língua. Hoje já existe o Português Brasileiro e outros Portugueses, no futuro nossa língua poderá ser o Brasileiro. Todavia se continuarmos com nossa tradicional rejeição ao novo, brevemente falaremos inglês nas ruas e estudaremos português nas escolas, para os fins citados anteriormente. Quem sabe, se acordarmos para o óbvio, o Brasileiro, um dia não será uma língua falada em todo mundo? Para isto temos que avançar econômica, tecnológica e culturalmente com todas as influências sem xenofobia lingüísticas baratas. O Latim morreu há muito tempo mas, vive em outras línguas, inclusive no Português. Se o Português morrer, viva o Brasileiro. Disse acima que minhas teorias sobre a língua portuguesa, pelo menos ao usá-la não eram muito tradicionais. Retificamos em parte, porque nossa atitude já estava prevista pelos lingüistas (o trema foi o processador de texto que colocou por conta própria, se a função de professor de português fosse esta, eu estaria desempregado há muito tempo) que orientaram a inclusão de estrangeirismos e neologismos de uso corrente no Brasil ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) de 1942, aprovado por unanimidade pela Academia Brasileira de Letras. Apenas o que estamos propondo é a inclusão deles pela absoluta necessidade de comunicação entre as pessoas. Deve-se se ter uma maior agilidade na atualização deste vocabulário oficial, antes que esta comunicação seja feita somente em Inglês, enquanto nas escolas se estuda o Português. Portanto, nossa filosofia de trabalho resume-se em deixar as pessoas se expressarem com o potencial que têm. Ajudemos àquelas que querem usar o português de uma forma mais tradicional. Mas, não ajamos feitos cães raivosos contra aqueles que cometem erros gramaticais, prosódicos, fonéticos, ortoépicos e outros triviais, e, no entanto, se comunicam bem, e mantém nossa língua viva. Ao invés de nos preocuparmos em pesquisar se o indivíduo é doutor ou não, mestre ou não, analfabeto ou não, para corrigi-lo, antes disto, tentemos entender o que ele diz. Se entendermos não o sacrifiquemos com cultura inútil. Vamos encarar a realidade. Um pessoa que não terminou o curso primário é considerada como analfabeto funcional pelo IBGE (menos de quatro anos de estudos completos). No Brasil em 1992 a taxa de analfabetismo funcional era de 36,9%, melhorando em 2002 para 26%. No Nordeste estas taxas eram de 55,2% e 40,8%, respectivamente, entre a população acima de 15 anos (http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/educacao.html). Vamos ouo que eles falam, vamos ler o que eles escrevem. Se quiserem nossaajuda para se enquadrar dentro da gramática, prosódia, ortoépia e outros nomes feios, devemos estar à disposição.. Senão, critiquemos o que disserem ou deixarem de dizer de forma clara mais não vamos criticá-los quando disserem ou escreverem que “os companheiro precisam trabalharem para o Brasil comer melhor, o povo tão com fome”. Sabemos que estes jamais passarão no vestibular,

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nem escreverão um ofício, nem farão concurso público. Mas, com inteligência e argúcia, poderão até contribuir com a Reforma Ortográfica e falar à Academia Brasileira de Letras começando a vislumbrar nossa língua num futuro bem próximo: O Brasileiro. Um deles conseguiu e lançou recentemente um neologismo: Sifu, que brevemente estará no Volp ou Volb (Vocabulário Ortográfico da Língua Brasileira - Ver foto). Poucos dias atrás Luis Fernando Veríssimo escrevia se sentindo culpado por nunca ter usado o trema. Diz ele, quando começou a escrever para o público, continuou o ignorando, deixava os trabalhos para os revisores, se eles quisessem botassem o trema. Eu juro para todos neste momento, no meu trabalho como revisor da CIT, jamais colocarei um trema em artigo de ninguém. E se alguém usá-lo eu não o tiro, pois tenho certeza de que foi o processador de texto que colocou, e que ele desaparecerá com a Reforma Ortográfica. Conto uma estória ilustrativa do assunto. Num desfile de Sete de Setembro, em Bom Conselho, o locutor que narrava a parada estudantil, vendo o povo invadir o local por onde passariam as escolas, gritava: Polícia, polícia... o povo estão invadindo, o povo estão invadindo! Eu estava perto de um colega, professor de português dos mais conceituados da cidade. Então disse para ele: Por que você não corrige este locutor? Ele com a calma que é peculiar aos bons professores de português, disse: Se ele falar correto o povo não entende. Como eu aprendi naquele dia! Resumindo e finalizando. O papel do revisor é melhorar a comunicação dentro dos padrões lingüísticos de mais altos níveis. Mas, não os dele e sim dos de quem escreve ou fala. Afinal de contas, se todos sempre seguissem os gramáticos, ainda estaríamos falando Latim. Deixa o Brasil falar e escrever. Português nós já sabe. Queremos aprender é Brasileiro. José Andando de Costas - [email protected] Revisor

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Sonhei Tive um sonho estapafúrdio. Pra mim. Para outros, seria legal paca. Sonhei que o jurista Pontes de Miranda ainda era vivo. E havia botado fogo em tudo quanto havia na sua biblioteca. Isto é, tudo que fora escrito em língua portuguesa. Obras e mais obras do professor Pontes iriam de ponte abaixo. Sem contar as inúmeras coleções de autores outros, que compunham a sua vasta biblioteca. Por quê? - O professor Pontes de Miranda decidira morar em Quebrangulo, cidadezinha das mais atrasadas(*) do Estado de Alagoas. E lá ele se dedicaria a ensinar inglês a todos os habitantes daquela cidade. (*) Com todo respeito e carinho por aquela gente injustiçada e vítima dos maus políticos. Morei em Quebrangulo e ali tenho centenas de parentes. Prosseguindo no meu sonho: sonhei que Waldênio Porto havia abandonado Recife. Nem mais queria saber da Academia Pernambucana de Letras. E se mudara para Caldeirão dos Guedes, onde iria ensinar inglês a toda aquela gente pacata. Sonhei que o George Buche passara a presidência dos Estados Unidos da América do Norte para Barack Obama e viera fixar residência em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. E a Margarete Tátixa havia vindo com o Buche. Mas a Tátixa iria morar no Morro do Alemão, no Rio. Porque ela não encontrou o Morro do Inglês. Ambos, o Buche e a táctica, iriam dar aulas de língua inglesa. Buche ensinaria a todos os habitantes da baixada, até que não sobrasse um só sem dominar a língua inglesa. E a Tátixa ficaria com toda a cidade do Rio de Janeiro. Essa foi a parte mais chata do sonho. Logo o Buche e a Tátixa? Por que não a Britney Spears e Buchetinha, a filha do Buche? Nesse ponto G (de gata), com a minha teimosia em não aceitar o Buche e a Tátixa no Brasil, eu fazia inflamada argumentação oral para trocar o Buche pela Britney e a Tátixa pela Buchetinha. Em vão. Vencia o mal. E ficavam o Buche e a Tátixa, para minha tristeza. O Buche e a Tátixa haviam trazido 69 aviões cargueiros, entupidos de teclados para computadores - sem nenhum sinal gráfico -, para que os brasileiros se esquecessem logo dos tremas, hifens e outros sinais da língua portuguesa, por demais inconvenientes. Continuando o mesmo sonho: sonhei que o Evanildo Bechara, abandonara a Academia Brasileira de Letras, a tudo renegando. E se mudara para Cornélio Procópio, no interior do Paraná, a 440km de Curitiba, porque queria tão-somente ensinar inglês aos cornélios. Além de ter de suportar mais uma das intromissões do Buche e da Tátixa - a de teimarem em viver no Brasil -, a minha maior angústia era imaginar como todo esse imenso contingente de brasileiros iria submeter-se a concursos vestibulares, sabendo-se que centenas de faculdades estão com datas marcadas para seus exames, visto que estamos no mês de janeiro. E os que vão concluir defesas de teses, terminar dissertações ou elaborar seus relatórios?

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Ter de refazer tudo isso, passando para o inglês! Com tempo tão curto para se modificar tanta coisa, como iria ser isso possível? Sem contar os milhares de inquéritos policiais já em andamento e com prazos exíguos para a sua conclusão. Delegados de polícia, juízes togados e promotores de justiça entraram em polvorosa. Porque, esses agentes, que devem fazer cumprir as leis, estavam com seus inquéritos, sentenças e pareceres quase prontos. Todos haviam sido escritos em língua portuguesa. E teriam de ser passados e repassados para a língua inglesa. Não haveria tempo, porquanto muitas dessas peças continham cerca de 400 ou mais páginas. A menor das peças era uma sentença de 112 páginas, do juiz Fausto de Sanctis, que condenava o banqueiro coroinha, Daniel Dantas, a 108 anos de reclusão, por haver este tentado subornar um delegado da polícia federal. No meu confuso sonho (e que sonho!), aquela sentença, mesmo em português, já havia sido publicada. O processo transitara em julgado, porque a defesa do sacristão Daniel Dantas havia cochilado e perdido o prazo para ingressar com recurso. Com a decisão de refazer tudo, aquele julgamento ficaria sem efeito. Os advogados de Dantas estavam rindo à-toa. E Dantas, então, nem se fala. Era só alegria. Defecando e andando. Pois Dantas sabia que, com essa reviravolta, o recurso impetrado por seus advogados iria cair justo no colo do Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. E aí seriam favas contadas. Nessa confusão toda eu tentava lembrar-me de uma grande comunidade que dominava a língua inglesa de cabo a rabo. Sem tirar nem pôr. Se eu me lembrasse onde habitava essa grande família, tudo estaria resolvido. Porque, em 72 horas (no máximo, estourando, em oito dias), o português já era! Não o português dono do bar ali da rua ao lado. Mas, a língua portuguesa. Essa coisa ultrapassada. E tudo que necessário fosse, doravante, seria processado na língua inglesa, sem nenhuma dificuldade. Graças a sapiência daquela grande comunidade, cujo nome e endereço ora me escapavam. Foi quando lembrei-me do meu tempo na Associação Brasil Estados Unidos, crente de que eu mesmo seria gente para tamanha tarefa. Qual o quê? De pronto, entendi que sou um analfabeto de carteirinha. A única palavra que decorei, em todo o aprendizado, foi yes! Mas o sotaque e a pronúncia são horríveis! E quem disse que eu me lembrei da briosa comunidade, que fala, escreve e traduz o inglês, como quem toma sorvete lá na esquina? Na minha cabeça, só vinha a lembrança do novo acordo ortográfico da língua portuguesa, que entrara em vigor, mesmo insipiente, no dia 1º de janeiro de 2009. Outra ingrisia para os meus miolos. O que fazer com tanta coisa que se discutiu e se escreveu em torno desse acordo ortográfico? Acordo esse que é uma grande besteira. Acordo que não tem acordo. Porque não unifica nada nos oito países que falam e escrevem em língua portuguesa. E que passaram 22 anos debatendo o pretenso acordo. Para, ao final, ele só trazer mais confusão do que solução. Ou melhor, trazer muita confusão e nenhuma solução. Nisso fui acordando. Olhei em volta e vi os meus livros velhos, com as mesmas frases em português. Alguns já rotos, mas com a mesma serventia. Avistei um com o nome de Eça de Queirós na capa. Fui ver de perto. Tratava-se de O primo Basílio. Aí cismei: essa de Queirós!!!

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Mais adiante, um punhado de papel que havia imprimido antes de me deitar. Eram alguns sonetos de Raul de Leôni. Todos em português. Sãos e salvos. Aqui, chegamos ao ponto G (de Giménez), isto é, da Lucianta Gimenez. Entendi que havia sonhado. E o quanto aquele sonho fora nebuloso. Dei de ombros, guardei os sonetos de Raul de Leôni e voltei a dormir, tranqüilo que nem um anjo. Não quero mais sonhar com essas baboseiras, NÃO. José Fernandes Costa.

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Sonhei – Complemento O bom filho à casa torna, já dizia o brocardo popular. O senhor José Fernandes Costa, homem das leis e das letras, nos envia um tópico para publicação. Todos estão de férias, aqui na CIT. Sendo eu a mais recente aquisição desta empresa, fiquei responsável pelos recebimentos de imeios, ou mensagens eletrônicas se preferirem, em nossa caixa comum, e se possível, providenciar o que foi pedido. No tópico abaixo ele, José Fernandes, nos permite, caso queiramos, publicar o seu tópico. De minha parte, caro colega das artes linguístiscas, você será sempre bem-vindo ao nosso blogue. Não o conhecia nem aos seus escritos, por isso ganhei um tempo muito bom ao ler o que você publicou no saite de Bom Conselho e uma parte, pequeníssima, de sua biografia, o que foi o bastante para ver sua intimidade com as palavras e frases no uso do português, digo, língua portuguesa. Confesso, sem intenção nenhuma de fazer crítica literária, que gostei mais de sua linha poética do que a prosística. Para ser sucinto, diria que você é um proeta. Um simples neologismo que mostra uma pessoa com as mesmas habilidades na prosa e na poesia e que odeia qualquer “libertinagem escrotora e poetera.” (Adorei os neologismos na prosa Passos do Português, que comecei a ler pensando ser uma receita de como se dançava uma música do Roberto Leal, mas não era. Era um libelo bem organizado contra os maus escritores da língua portuguesa. Bravo). Além disso, nesta leitura descobri suas amizades e inimizades na empresa, o que não me dizem respeito. Numa delas sou acusado de ser um apelido pela similaridade dos sons e grafias dos nossos nomes. Confesso-lhe que acho o seu de sonoridade mais agradável. Mas o meu não é apelido. Depois deste intróito, um pouco longo por necessidade, passemos ao ponto chave. Minha função aqui é de revisor dos textos publicados no Blog da CIT – o diretor presidente ainda não está convencido de minhas propostas quanto à grafia de palavras estrangeiras muito usadas – e , seria o que deveria fazer com o texto do José Fernandes Costa. Claro que para entender melhor o que proporei deve-se ler meu artigo: Vamos Aprender Brasileiro no linke: http://www.citltda.com/2008/12/vamos-aprender-brasileiro.html e, claro, o de José Fernandes no linke: http://www.citltda.com/2009/01/sonhei.html . Isto ajudaria muito na compreensão deste texto. Antes de entrar no artigo propriamente dito vale um comentário sobre uso que ele faz da palavra blogue. Perfeito. Maravilhoso. Só falta constar do Volb (Vocabulário Ortográfico da Língua Brasileira). Duvido que alguém não entenda sua frase nos dias de hoje, com exceção dos analfabites (veja bem, “i” tem som de “i” e não de “ai”. Em inglês “bite” pronuncia-se “baites”, em brasileiro “bites”), que infelizmente ainda são muitos em nosso país. Imaginem, ainda temos um alto grau de analfabetismo, e qual o grau de analfabitismo (Analfabite é aquele que não tem acesso às modernas tecnologias da informação digital, por não poder, não querer ou mesmo por pensar que dar câncer). Quanto ao título, Sonhei, eu sugeriria, pelo teor do sonho, um novo título: O Pesadelo de Policarpo Quaresma. O Policarpo é um personagem criado por Lima Barreto (se alguém daqueles que nos lêem, lerem pelo menos um pouco de Lima Barreto, já valeu a pena o que escrevemos neste blogue) continuando, Policarpo, era o burocrata exemplar, pragmático, vivendo uma rotina rigidamente determinada. Funcionário público, patriota nacionalista extremado. O interesse primordial de sua vida era o Brasil. Por isso, seu desejo ufanista de aprender tudo sobre a sua terra. Monta uma biblioteca tipicamente brasiliana. Começa estudar violão, modinha, folclore, e deseja fazer com que o o tupi-guarani seja a língua oficial do Brasil. Eu fico imaginando se ele tivesse o mesmo

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sonho, ou pesadelo, que teve o José Fernandes. Certamente, ele teria um fim mais triste do que aquele que teve. (Que fim? Leiam o livro, vale a pena). Pensei muito no Policarpo quando propus, não voltar, mas, avançar para o Brasileiro como língua oficial do Brasil. Talvez tenha um triste fim como ele teve, mas alguém tem que acabar com o nosso Complexo de Vira-Lata. Porque ter medo de palavras estrangeiras e de outras culturas pensando que ao usá-las estamos nos subestimando? Muito ao contrário. É o não uso das boas influências que nos fazem patinar, em termos de desenvolvimento, na rabeira de outras nações, este é o verdadeiro Complexo de Vira-Lata. O Japão descobriu isto a duras penas. A China, A Índia, os países asiáticos, e nós? Com medo de anglicismos, francesismos, e ficando no latinismo dentro da nossa tradição bacharelista retrógrada, quando os europeus aprendem Japonês e Chinês. Um

dia, se diminuirmos nossa xenofobia lingüística e tradição bacharelesca, eles é que irão querer aprender o Brasileiro. Continuando nossa análise do sonho, tarefa que seria mais bem executada por Pedro de Lara ou por Freud, diríamos ao José Fernandes que, os nomes próprios de pessoas e lugares não devem sofrer modificações. Eles devem continuar sendo escritos como o são no idioma de origem: Bush, Thatcher, etc. Da mesma forma que o trema, que Deus o tenha, deve ser usada em nomes de origem estrangeira, e.g., Gisele Bündchen, Müller, etc. O pesadelo se tornaria mais palatável grafológicamente. No entanto, como ele é terminantemente contra a recente reforma ortográfica, os efeitos do pesadelo podem ser muito diminuído com a participação, durante o carnaval, no bloco criado

recentemente, parece-me que em Boa Viagem: Os Órfãos do Trema. Li o excelente tópico do blogue do Carlos Sena sobre o trema, (ver linke: http://ca.sena.zip.net/arch2009-01-01_2009-01-31.html#2009_01-05_10_29_45-128348707-27 ) não sei se foi ele quem criou o Bloco mas deverá ser um dos componentes. Quanto aos outros aspectos do artigo, digo, quem sou eu para criticar o colega ao escrever usando a língua portuguesa. Seriam apenas humildes comentários dentro da nossa visão de como ela deve se comportar em novas reformas que fatalmente virão. E virão, porque um país não é só formado por linguistas ou professores de português. Existem fatos políticos, econômicos, sociais e culturais que nos levam a sermos práticos, sem os exageros do Policarpo Quaresma, mas tentando preservar a unidade do país aceitando o fato de que não estamos sós, e os outros, inclusive na língua, também contam. Não é à-toa que Portugal foi quase unanimemente contra à reforma. O status quo (não quero voltar para o Latim) lhe favorecia. Como diz o angolano, favorável à reforma, José Eduardo Agualusa: “Portugal acha que a língua é dos portugueses, isso quando eles foram colonizados pelos árabes, esquecendo ainda que o centro, hoje, é o Brasil, com 95% dos falantes.” Mesmo admitindo que esta é uma

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defesa política da reforma, isto não deixa de ser um fato importante para acreditar que sonhar com o Brasileiro ou Língua Brasileira, pode ser um sonho bom e não um pesadelo. Outros acordos virão e nossos netos – ou bisnetos? – nos agradecerão. Isto é um trabalho de muitas gerações. O angustiante, e ao mesmo tempo importante, aspecto do sonho mau do José Fernandes é o fato de tudo acontecer de repente. Na pena (que saudade), na tecla dele, pela sua capacidade de escrever corretamente, ele leva imediatamente Pontes de Miranda para Quebrangulo e Waldênio Porto para Caldeirões dos Guedes. Não sou o diretor presidente da CIT, mas posso assegurar que os dois seriam bem-vindos ao nosso humilde escritório em Caldeirões, pois nesta época já estaremos falando a Língua Brasileira, e os dois, mesmos já velhinhos ou em espírito, terão a capacidade de aprendê-la. Outros aprenderam a escrever farmácia ao invés de

pharmacia, e terão muitas ideias com a mesma força das idéias que tiveram antigamente com menor gasto de tinta, e o mais importante, atingindo de uma forma mais eficiente um número maior de leitores. Quando chegarmos a esta época, também já teremos capacidade tecnológica para exportar os nossos teclados com os nossos acentos, se necessários, e nossos processadores de textos, sem trema, aos quais outros países terão que se adaptar. Todos estarão aprendendo brasileiro. Quem não aprender não toma banho e pode até morrer de sede. Para fazer os pedidos de compra de petróleo, vindos do pré-sal, só aceitamos escritos em brasileiro. Os turistas devem saber a língua para pedir um sorvete de pitanga, e este será muito caro. Quando exportado, a forma de usar será em brasileiro. Quem não aprenderá a língua brasileira

para tomar um sorvete de pitanga? Isto leva tempo. Mas quanto mais cedo despertarmos para o mundo em que vivemos, melhor. Não é evitando o contágio de outras línguas e culturas que salvaremos a nossa. É o contágio, a interação com elas, com confiança e alta-estima que criaremos uma língua e cultura fortes. Basta olhar para história. Meus Deus, pensei no Triste Fim do Policarpo Quaresma, e me lembrei da epígrafe que o autor usou, originalmente, em francês, e cito uma tradução dela, para terminar: “O grande inconveniente da vida real e que a torna insuportável para o homem superior é que, se para ela são transportados os princípios do ideal, as qualidades se tornam defeitos, tanto que muito freqüentemente aquele homem superior realiza e consegue bem menos do que aqueles movidos pelo egoísmo e pela rotina vulgar.” José Andando de Costas

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Sonhei – Complemento 2 Eis um diálogo que é um verdadeiro complemento para o tópico: Sonhei, apresentado abaixo. O João Nelson me dá oportunidade, através dele, de divulgar o Lima Barreto, muitas vezes só lembrado nos vestibulares para marcar a questão c) Representante do pré-modernismo brasileiro. Agora todos tem a indicação das fontes do TRISTE FIM DO POLICARPO QUARESMA. Leiam-no e se sintam em alguma cidade do agreste na metado do século XX. Ele parece descrever as relações sociais de minha cidade. Obrigado João Nelson, só você phode. José Andando de Costas ------------------------- Meu caro José, de Costa Andando rodopio e vou de banda como carangueijo. E fuçando na lama. Li, debruçei os queixos nas maõs, acordei, sorvi com o Barreto lima com pitú. Saimos pras bandas do Caboje cantarolando a POLÍTICA DE CURUZU. Quaresma, meu bem, Quaresma! Quaresma do coração! Deixa as batatas em paz. Deixa em paz o feijão. Jeito não tens para isso Quaresma; meu coçumbi! Volta a mania antiga De redigir em tupi. Caríssimo de Costa andando, brilhante o texto. Um abraço grande. João Nelson ------------------------------------ Caro João Nelson, Já havia lido alguns escritos seus nos saites e blogues da vida. Por isso sinto um prazer enorme em receber estes seus comentários, mesmo com os trocadilhos com meu nome, o que já aguento desde criança dizendo que estando de costas olho para trás, mas quando ando vou em frente, vejo dos dois lados, mas não convenço. O importante de sua mensagem foi ter me levado a tentar reler o Policarpo do Lima Barreto. Com os anos, muda prá lá, muda prá cá, não encontrei o livro. No entanto, nestes tempos de internete tudo é mais fácil para nós privilegiados alfabitizados. Encontrei a obra no seguinte endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf Não sei se é um boa edição, mas dar para sentir o Lima (e melhor com pitú). Confesso que não me lembrava das quadrinhas que você citou e as revi. Me senti na pele do próprio Quaresma, quando nos próximos dias olhar o principal jornal do nosso Curuzu, digo Bom Conselho, O Municipio, digo, A Gazeta e encontrar o seguinte: De Costas, meu bem, De Costas!

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De Costas do coração! Deixa as batatas em paz. Deixa em paz o feijão. Jeito não tens para isso De Costas, seu encrenqueiro! Esquece esta mania De escrever em Brasileiro. Assinado por algum Olho Vivo de nossa terrinha católica do IBGE (gostei desta). Não sei qual será o meu fim, se será triste como o do Policarpo. Penso que não, ele andava de frente e eu ando de costas. Não sou também de Curuzu, digo Bom Conselho, e me esforço para não me meter em política, igual a Policarpo. Tudo isto para lhe pedir permissão para publicar em nosso blogue esta nossa conversa e o que você puder e quiser acrescentar a ela. Abraços ou choro à moda Tupinambá José Andando de Costas. ---------------------- José de Viés Andando, Phodendo, publique até o impublicável pros de CURUZU (BC). Dado o descambalho, necessitam e merecem a partir dos VELHO TOMÉ DE SOUZA e PÉ DE MESA, Jorge Amado; FABIANO, Velho Graça; ao JUIZ DE IGARASSU, Gregório de Matos. O Quaresma encontrado no endereço: http://www.dominiopublico.gov.br, a edição é ótima. Na Livraria Cultura, Cais da Alfândega, Reciflis Antigo, tem TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA. Texto integral, edição Martin Claret. Sobre a entrada escrita pelo filólogo e historiador francês Ernest Renan: "Le grand inconvénient de la vie réelle et ce qui la rend insupportable à l'homme supérieur, c'est que, si l'on y transporte les principes de l'idéal, les qualités deviennent des défauts, si bien que for souvent l'homme accompli y réussit moins bien que celui a pour mobiles l'egoisme ou la routine vulgaire"; ou seja "O grande inconveniente da vida real e o que a torna insuportável ao homem superior é que, se para ela transportamos os princípios do ideal, as qualidades se tornam defeitos, de tal modo que frequentemente o homem íntegro aí se sai menos bem que aquele que tem por causa o egoísmo e a rotina vulgar". Uma referência brilhante a vida do Lima Barreto, a nossa aqui dos quebras(angulos), à sociedade do Rio de Janeiro do Lima Barreto e para nossa imaculada de CURUZU. Manuscrite cabo a rabo. Um abraço grande. JN

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O NONO ENCONTRO Eis aí o 9º encontro papacaça É riso, é graça São abraços amigos Sem perigos. Agora, os avisos: Somente sorrisos Alegrias, enfim Tim-tim por tim-tim Nada de cara amarrada Qual é, moçada? Pra que viemos? Aqui veremos. Em Bom Conselho Nosso espelho Nosso chão Nossa educação, Começou aqui E saiu por aí Por outras terras Por mares e por serras. O que fizemos? Aqui estamos. Viemos Pra rever e nos rever. Conhecer mais recantos Homens, mulheres e santos Tudo é possível O ser humano deve ser flexível É a nossa missão De coração a coração. Nossos pais, irmãos Quantas bênçãos Parentes e mais parentes Todas as gentes. Viemos, chegamos E aqui nos encontramos Mais uma vez Neste mês de janeiro Poderia ser o ano inteiro. Rever nossas terras Ladeiras e serras Padroeiro, padroeira Coisa séria e também brincadeira São Sebastião A todos, a nossa gratidão. E voltaremos noutros anos Em festa, sem enganos Tudo pela saudade

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Que nos invade Os corações, com amor À vida, demos louvor. Porque estamos bem vivos Pra que mais motivos? Temos o ar e as estradas Os irmãos, camaradas Temos o céu bem ali E o sol por aqui. Ao longe, temos o mar É só querer e mirar O firmamento A cada momento. A vida, pra ser vivida Seja volta ou seja ida Tanto faz Estejamos em paz É noite, é dia É poesia. Venha se divertir Cantar, rir Brinque, dance Converse, alcance Seja companheiro Verdadeiro Boa praça Seja papacaça. José Fernandes Costa

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Eu Tenho Um Sonho Quando os constituintes de nossa mais recente república escreveram as magníficas palavras da Constituição Cidadã de 1988, estavam assinando uma nota promissória de que também todos os bom-conselhenses seriam herdeiros. Esta nota foi a promessa de que todos os seres humanos teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade. Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da nossa Academia de Letras. No processo de consecução de nosso

legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de felicidade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso desejo gere violência. Muitas vezes, precisamos elevar-nàs majestosas alturas do encoforça física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividadque engolfou a comunidade a fa

de sua criação não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas que dela discordam. Isto porque muitos de nossos irmãos discordantes, como ficou evidenciadoem sua presença no site de Bom Conselho e nos Encontro de Papacaceiros, vieracompreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender qsuas metas estão inextricavelmente unidas à nossa. Não podemos caminhar sozinhosquando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremNão podemos voltar. Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho bom-conselhense. Eu tenho um sonho de que um dia, este município se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os bom-conselhenses são criados iguais e com direito a almejar um lugar na Academia". Eu tenho um sonho de que, um dia, nas verdes colinas de nossa terra , os filhos de fazendeiros e os filhos de seus empregados poderão sentar-se juntos à mesa da Academia. Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo empresas como a CIT, e seu blog, até agora um antro de maus escritores, será transformada num paraíso de bons artistas, que possam escrever com pretensões acadêmicas. Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos, um dia, poderão viver num município onde não serão julgados pelos cargos que ocupam e sim pelo conteúdo de seu caráter, com chances de serem acadêmicos.

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Quando deixarmos soar as trombetas da educação, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada sítio e em cada casa, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Bom Conselho, homens ricos e homens pobres, religiosos e não religiosos, aqueles que veem o programa da Ana Luna e os que não veem, os que leem o Blog da CIT e os que não leem, os que votaram em Judith e os que não votaram, poderão dar-se as mãos e gritar com as palavras do Andarilho: "Academia quae sera tamem". ---------------------------- Esta é uma paráfrase do grande discurso de Martin Luther King, Jr., de 28/08/63, em Washington, na luta pela igualdade racial nos Estados Unidos. A tradução que usamos para fazê-la está no endereço: http://www.english-zone.com/holidays/mlk-dreamp.html Fiz isto porque o debate sobre a Academia parece que parou. Onde estás Andarilho, que não falas mais nisso? (Este artigo foi enviado para publicação no mural de site de Bom Conselho desde a indicação de Barack Obama como candidato do Partido Democrata nos EEUU. Por alguns motivos, não foi possível a sua publicação. Ao relê-lo agora, dia de sua posse, com algumas pequenas modificações, vi que ele era ainda atual. Resolvi pedir ao José Andando que fizesse a revisão e o publicasse. Ainda estou de férias mas, louca para voltar. Soube de babados fortíssimos do encontro de papacaceiros. ) Saudações Papacaceiras Lucinha Peixoto Coordenadora Administrativa

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O 10º Encontro Dias atrás, os colegas que participaram do 9º Encontro de Papaceiros, me deram um endereço de uma página do Orkut onde havia uma carta de duas jovens, filhas do José Quirino Filho. Li o que estava lá escrito com atenção e no final fiquei possessa. Aquela missiva de extrema importância para Bom Conselho jazia lá num endereço difícil sem a devida divulgação. Sou muito apegada aos filhos que defendem os pais. Certa feita discordei de uma jovem, Tereza Tavares, que defendeu as ideias do seu pai, agora só posso concordar com as filhas do Quirino, se o que elas dizem for verdade. Com este “se”, falando com o nosso Diretor Presidente, este ofereceu nosso Blog para, se elas quisessem, publicar qualquer coisa que esclaresse o episódio.

Hoje, ao entrar no saite de Bom Conselho, estava lá o que as meninas (desculpem pelo tcarinhoso, é coisa de mãe) pediamna carta: Uma relação dos participantes e um resumo de ata, ealém, disto fotos e mais fotos. Foi um momento de prazer no meu contínuo espanto com os fatos. Revi Ivan, Walfrido (que cabelo lindo, rapaz!), Ismênia, e, meu Deus, Maria de Dona Lourdes Cardoso. Não sei se eles lembram de mim, mas me lembro de todos eles, dos

mais velhos é claro, e não cito outros porque sei que as conjecturas sobre idade, são fatais. Voltando ao assunto, o que eu gostaria de saber é muito simples, e já sei a resposta se as meninas contaram tudo direitinho na carta: O Quirino foi convidado para esta reunião? Pelo menos na lista de presença e fotos não consta seu comparecimento. Não o conheço pessoalmente mas pelas outras fotos onde aparece, daria para identificar. Talvez tenha mandado um representante. Não sei. Estes encontros de papacaceiros já pertencem ao calendário turístico e sentimental da

cidade e está se tornando uma festa, cada dia, mais popular. Não se incomodem aqueles que a propõem incluir em algum calendário oficial. Os políticos sabem quando isto deve acontecer. Eles tem um olfato bastante apurado. Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. O Andarilho, que na maioria das vezes escreve torto por linhas certas, desta vez escreveu certo por linhas certas sugerindo uma reunião deste tipo. Mas, ainda admitindo que as filhas de Quirino

uma fiel frequentadora de todos os encontros, fui a alguns, mas como boa bom-conselhense, os acompanhei por notícias, amigos e saites. Penso que desde seus primeiros anos, ouvi falar do Quirino. Poderia até ser chamado o encontro do Quirino.

ratamento

,

estejam corretas, ninguém, de bom senso, proporia deixar o Quirino de fora. Eu não sou

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Como não ouvi-lo nas horas em que deve ser ouvido? Se a reunião foi uma tentativajudá-lo nos próximos encontros, como diz o saite, porque suas filhas escreveriam uma carta, falando em processo, calúnia, difamação e golpes? Será que o Quirino nãser ouvido? O fato é que, sem ele, esta reunião, independentemente do que foi discutidoe sugerido, foi um caso de

a de

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s de Conselho

orque, para ele,

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so Diretor Presidente, es

ver

nico? Os ateu,

caso do

ra ter

paralasia infantil. Os seus pais não tiveram os cuidadovaciná-la no seu nascedouro. Porque isto é a volta de um vírus que ataca Bomdesde que eu era menina. O Cinema deu certo, pau no cinema. O Ginásio deu certo, pau no ginásio. A praça deu certo, pau na praça. O encontro deu certo, pau no encontro. De todos os relatos que li sobre o encontro (o do Andarilho não vale, pmesmo não tendo participado, foi ótimo), todos fizeram ressalvas a alguns aspectos de organização, mas sempre acentuaram momentos de alegria e contentamento da população. O senhor Etiene Miranda, novo imortal do saite, chega até a ser maisexplícito quando escreve: “Mas, apesar de tudo de negativo que narrei aqui, o POVBom Conselho não desanima nunca. É um povo alegre que gosta de festas, a alegria contagia a todos chega a lembrar os velhos tempos da "Turma do Funil" e, acima de tudo, é hospitaleiro, haja visto, que os reclamantes da desorganização, na sua maioriaforam os Papacaceiros visitantes.” Aí eu pergunto, este não será o segredo da persistência, durante anos, deste encontro? Há alguma coisa mais chata do que

festa muito organizada? Vocês viram o Barack Obama dançando com sua bela mulher Michelle duro admitir mas é verdade)? O presidente desorganizou a festa afalar no ouvido da mulher. Foi lindo. Turma do Funil com organização? Caro Ivan, já pensose o criticassem por querer levar um menino dentro do Funil? Eu vi. Quanto aos visitantes, que eu considero aqueles que não moram lá, como o nosque chegou reclamando horror

porque o “tour rural” não passou em Caldeirões e ele, Oliveira e Jameson ficaram a navios com sua mesa de bebidas na frente da CIT, adorou outras partes da festa. O Oliveira ainda perguntou se os encontros eram uma festa exclusivamente católica. Se há uma missa na programação, porque não um culto evangélico ou mais ecumêateus divertem-se de qualquer jeito, segundo ele, mas sem exageros, ele é um bomtoma cachaça como qualquer católico. Mas, criticou a organização do evento por isto também. O caso que li de mais insólito de denúncias das falhas organizatícias foi o do senhor Gildo Povoas. Foi realmente lastimável que tenha havido um desencontropúblico procurando as consultas que ele daria (e se o Gildo é um pediatra, pelo númerode crianças precisando de consultas, isto é mais grave) e não houve comunicação adequada de qual o local, nem o local apropriado (o denunciante o senhor Pedro Ramos não nos dar detalhes), para estas consultas. Isto foi sério, mesmo assim ele declacurtido muito a seresta e outros momentos da festa. O mais importante do seu depoimento foi ele declarar que é vegetariano e abstêmio, mesmo assim fruiu a festa aaltas horas. Para um encontro que tempos atrás foi chamado de Encontro dos Pacachaceiros, isto foi um elogio e tanto. Em suma, o que quero dizer é que entre mortos e feridos, todos se divertiram no 9º Encontro. Todos devemos ao Quirino. O elefante está enorme mas andou, cantou,

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serestou (o pessoal da CIT voltou encantado com José Povoas. Oliveira disse: Estecom o fôlego em dia e sabe das notas). O problema é que o Encontro está tão grande que cada um (como a estória dos cegos que definem um elefante) viu só uma parte. Espero que alguns não tenham ido para sua traseira de propósito para fazer críticas infundadas e gratuitas. Diante de tudo isto, longBlog, onde os participantes do encontro podem avalia-lo. O saite de Bom Conselho poderia também fazer o mesmo. Vamos ver o resultado. Intuitivamente, como qualqmulher que se preza, digo: O 10º Encontro vai ser melhor do que o 9°, ajudem o Quirinoa fazer isto. Em tempo, cda sugestão da Reunião no resumo de ata publicado: “Faltou explorar o noivo de Ana Luna”. Dependendo... Ana, cuidado!!! LCoordenadora Ad

está

e de superação ainda, estamos lançando uma nova enquete no

uer

omo não conheço o noivo de Ana Luna fiquei sem saber o sentido preciso

ucinha Peixoto ministrativa

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O 10º Encontro - Complemento Os comentários dos conterrâneos Edjasme Tavares, Carlos Sena e Ana Luna (de coração), numa forma de diálogo comigo, onde eu falo mais do que eles (desculpem, todos já conhecem minha prolixia) são publicados como contribuição valiosa ao meu artigo. ---------------------- Ana Luna Lindo....lindo......é tão maravilhoso o que acontece na festa , que as mazelas não são esquecidas mas amenizadas......bjussssssss Ana Luna ...chegando de Pe e....lendo tudo .....observando....analizando....ah! amei o texto da Lucinha, bem escrito, atenta e delicada. Ana, Recebi seu e-mail encaminhado pelo Zé Andando e mais uma vez lhe agradeço a gentileza dos seus comentários. O encontro foi uma festa supimpa. Infelizmente não pude ir. Só as notícias chegam, e as más chegam mais rápido. Mas enfim somos humanos. Peço-lho perdão se, ao aproveitar uma má redação de uma boa intenção não resisti em comentar sobre o seu noivo, numa forma carinhosa de humorismo. Peço perdão a seu noivo também, embora sabendo que um "pão" daqueles (com todo o respeito, o vi nas fotos) jamais deixaria de perdoar a esta pobre escriba. No próximo encontro o exploraremos (no bom sentido) sim.Tudo isto é para pedir autorização (são normas da empresa) para publicar o seu comentário e mais qualquer coisa que você tenha a dizer. Basta dizer, permito. Se não permitir, não precisa responder, pois fique certa que já nos proporcionou as devidas emoções. Obrigada e Abraços. Lucinha Peixoto. Querida sim, Lucinha! Jamais pensei em você fazendo algo que me aborrecesse....ao contrário , adoro a forma como se expressa. Comentei no site sobre a "exploração" do meu Portuga, como carinhosamente o chamo, para explicar o porque da nota. Sempre que quiser publicar o que escrevo, fique a vontade, não precisa pedir , eu sim, agradeço todas as vezes que gentilmente vocês me citam. E.....olha, quem "explora" o noivo sou eu.....de carinho , atenção, afagos....hahahaha beijos sinceros Ana Luna ------------------------ Diácono Edjasme Tavares Lucinha Até que sua mensagem valeu, pois, botou o nosso juizo para funcionar, despertando várias ideias, dando "regulagem" em uns e aplaudindo outros. Lamentei demais não

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termos terminado o circuito rural. Tinha muito interesse em passar em Calodeirões, pois, na minha juventude fui dezenas e dezenas de vezes por lá. Agora, ao tomar conhecimento que o seu PRESIDENTE estava com a "barraca armada" para receber os amigos, fiquei triste porque além de não ter ido com meu irmão Paulo Tavares visitar a sua tenda em Caldeirões, não completei meu prazer e nem do meu estimado irmão. Tem o velho costume, tradicional de nossa terra que diz "o coração pediu, o coração opinou, o coração bem que me disse". Pois, aconteceu comigo, quando meu coração apitou: - vá de carro, chame seu irmão e seus amigos; você não tem carro? - mas, aconteceu a acomodação. Querida (com todo respeito) Nicinha, nada a reclamar, já estamos mais próximos de 2010 para um novo encontro. Vamos juntos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Com a graça de Deus Diác. Edjasme Caro Edjasme, Sempre é um prazer e uma honra receber um comentário seu às nossas mal traçadas linhas. Entendi o porque de sua não passagem por Caldeirões, mas não faltará oportunidade. O único problema foi, segundo o Diretor Presidente, controlar o pessoal com a quantidade de álcool sobrante. Ele teve que levar o povo da localidade a cometer o pecado, venial eu penso, de tomar umas pequenas doses. Às crianças, só refrigerantes. Fizeram o seu encontro particular, e ficou conhecido como o 1º

Encontro de Caldeireiros. Espero que no próximo ano possa realizar o 2º, agora com a sua presença e a minha.Tudo isto é para lhe pedir permissão para publicar seus comentários como complemento do meu artigo. Como sempre, basta dizer permito, ou pode escrever o que quiser a mais. Se não permitir, fique certo que agradecemos do mesmo jeito. As emoções já foram sentidas, agora só queremos que os outros as sintam. Que Deus nos proteja, abraços Lucinha Peixoto Está permitido Com a graça de Deus Diác. Edjasme

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------------------------- Carlos Sena Pois é, Lucinha. Estive lá e gostei. Só que gosto é meio como "C" cada um tem o seu. Agora bom gosto é outra história que a gente pode filosofar. Considero-me de bom gosto e, como gosto do bom senso, asseguro que gostei, pois é muito bom "fazer cortesia com o chapéu dos outros". Quirino, bom ou ruim, fez a festa acontecer. Quem, por acaso tenha algo a acrescentar, pois o faça. Claro que houve senões, mas tudo na vida é processo, pois enquanto a festa não integrar o calendário turístico da cidade, via prefeitura, será sempre assim. Pessoa ´física tem limites e fazer eventos requer norrau (falo assim mesmo) e este é próprio dos profissionais de eventos o que não é o caso do meu amigo Quirino, posto que seu labor é engenharia. Juntemos todos e façamos melhor, se for assim. csena Caro Carlos, O nosso colega Zé Andando adorou "norrau". A proposta dele de implantar o Brasileiro, em vez do Português, no país passa por aí. Estou aqui para agradecer os seus comentários. Cometerei a grosseria de discordar um pouquinho de você quando diz que o labor de Quirino é engenharia. Eu penso que ele já é turismólogo pela experiência adquirida no Encontro, embora isto seja só uma hipótese, não o conheço pessoalmente. E, repito, os políticos estão despertando para festa, não se apoquente, ela breve estará no Calendário. O nosso Diretor Presidente, ao ficar em Caldeirões esperando o "tour rural", e deparar-se com a quantitade de bebida que sobrou, resolveu, junto com o povo, criar o 1º Encontro de Caldeireiros. Sendo a CIT uma pessoa jurídica espero o 2º no próximo ano. Espero que você esteja lá e eu também. Carlos, mesmo dentro das discordâncias, não desisti ainda de formar a nossa dupla sertaneja. Como sempre ocorre, esta xaropada toda é para lhe pedir permissão para publicar seus comentários (norma da empresa). Basta dizer permito, ou escrever o que você quiser a mais. Se não permitir fique certo que adorei os comentários. Abraços Lucinha Peixoto. pOIS É, LUCINHA. NÃO GOSTO MUITO DESSE EXAGERO DE INGLÊS QUE INVADE NOSSA LINGUA. ADORO NORRAU E OUTROS QUE SEMPRE FALO. AUTORIZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZO PUBLICAR O MEU E-MAIL SOBRE A FESTA DOS PAPACACEIROS. A DE CALDEIRÕES DOS GUEDES VAI FERVER, POIS CALDERÃO BOM NÃO NEGA FOGO. ----------------------- Depois de pronto este tópico recebemos um e-mail do nosso grande músico José Póvoas que publicamos com os nossos sinceros agradecimentos. Devido a pressa em publicar este tópico não pedimos autorização para publicá-la. Caro Póvoas se houver qualquer problema, desculpe-nos, avise-nos e a retiraremos do ar. Muito obrigada. José Póvoas

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LUCINHA PEIXOTO, ME PERMITA TRATA-LA COMO AMIGA: GOSTEI MUITO DO CONTEÚDO DESSA MENS, PRIMEIRO: MOSTRASSE UM Q.I. ALTO, RELATANDO TODO EVENTO, SEM FERIR A OU B. PARABENS A VOCÊ, E A TODOS DA CIT..MUITA GARRA;;;; --------------------- Lucinha Peixoto Coordenadora Administrativa

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PESSOAS " Para Ana Luna, pelo encontro e pelo encanto desta festa ! " 18/01/2009 Assim, Carlos Sena entra em cena para um encontro inesquecível de amizade, sorrisos, risos, alma! Assim ele lançou seu livro que roubo o nome nesse artigo ,não me

importando se existe um CPF em nossas vidas e sim vidas em nossos CPFs..........assim também, outros entraram em minha vida da forma mais bonita que existe, com sinceridade.....sem esquecer , e como? Dos que já moram aqui dentro do peito. Foram chegando , na praça, devagar e os abraços apertados, as efusões de carinhos gritando bem alto! A festa foi boa sim. Também , como não ser? No rosto de cada um estampava a beleza do momento. Em cada olhar , aperto de mão , abraço ou

simplesmente um cumprimento gentil, o sucesso do encontro. Comovente , porque envolve muita emoção. Ver Pedro e Póvoas tocando seus instrumentos como a tocar a festa....é gratificante! Assim como rever parentes e amigos......chegar a Bom Conselho é sempre reconfortante, já disse em outras ocasiões....rever a terra adorada por meus pais , é torná-la minha também. É minha. Sem dúvida ! Subir a serra e olhar lá de ciiima com olhos que já fizeram anos alí.....quantas emoções vividas , que paisagem tão familiar, que saudade de tudo! Do abrigo do lar. Li as notas , e-mails , falas , sobre o encontro. Todos têm razão. A festa melhorou muito desde a primeira que fui. São quatro anos! Mas.....há muito a melhorar ainda ,

indiscutível! Li algumas notas agressivas e creio que não precisamos agir assim. Sem ataques nem intenções de MPaulina ou Calcutá.....foi boa sim MAS precisa melhorafato. E isso se faz com calma. A cidade precisa também dar condições para essa melhoria: bom clube, banheiros químicos na praça ....chega de correr pra casa da tia.........boas lanchonetes....aos poucos, a organização acrescentando algo aqui , algo acolá e a Festa dos Papacaceiros Ausentes , não é assim o título? Ficará tão presente que será presente no calendário oficial. Seja ou não, o que importa são as PESSOAS. Pessoas tem sentimento , emoção. Vamos cuidar sempre para sermos melhores. Como diz Carlos Sena,

" A palavra dita Não basta apenas, Além é o gesto, o jeito, o olhar ! " Meu gesto.... agradecimento Meu jeito...... franco Meu olhar......diz tudo.

adre r. É

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A festa foi um encanto ! Saio de cena. boa semana bjusssssssssssssss Ana Luna -------------- (*)As fotos foram retiradas do saite de Bom Conselho, que fez uma cobertura fotográfica excelente do 9º Encontro. Aos autores (Alfredo Camboim, Niedja Camboim, Saulo Bezerra, Priscilla Bezerra, Ana Luna, Gloria Fernandes, Camila Póvoas, José Povoas e Rafaela Ramos) a CIT agradece e está pronta para pagar pelos seus direitos autorais em sua moeda: $RE (Risos e Emoções). Contacte-nos: [email protected]

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Habemus Patrono Desde o ano passado, por uma sugestão de um conterrâneo, tentamos usar as tecnologias de informação para obter algum indício de como aferir a opinião dos bom-conselhenses, sem se limitar a grupinhos, grupelhos ou grupões. Depois de tentativas e erros chegamos ao formato de enquete. Opções são dadas ao público e eles escolhem, no nosso caso, através dos computadores e internet as opções desejadas. Dizer que isto leva à representatividade total de uma comunidade é forçar a barra. Isto nem o sistema de urnas eletrônicas ou não, na base de uma pessoa um voto, consegue. Mas o sistema a que chegamos, temos certeza, é mais representativo do que opiniões isoladas (inclusive a nossa) ou de grupos específicos.

Nossa surpresa não foi o desempenho do sistema de enquete já bastante difundido na mídia, mas sim o número de pessoas que acorreram a ele, através de seus computadores para externar sua opinião sobre um nome. No primeiro turno, tivemos 96 computadores envolvidos. Conjecturando, se para cada voto de um computador tivemos uma troca de opiniões de 4 pessoas de uma família, em média, tivemos a participação de quase 400 pessoas. No segundo turno, com 11 candidatos saindo do páreo, e não sendo o voto obrigatório como na democracia brasileira, ainda tivemos 47 computadores participantes. O resultado, no primeiro turno, foi realmente inusitado. Um empate entre os candidatos Pedro de Lara e Waldemar Gomes de Santana. Foi tão não

usual que pensamos em proclamar ambos vencedores. E realmente o foram (veja resultado na foto). No entanto, como só deveremos ter uma Academia, deveríamos ter somente um patrono. Abrimos as urnas de novo, agora com os mais votados. Obviamente, não esperávamos tantos votantes mas, ainda tivemos um número expressivo de computadores envolvidos. Produzindo o resultado apresentado na segunda imagem. A ninguém podemos esconder nossa preferência por Pedro de Lara manifestada muito antes neste Blog e, confessamos, no primeiro turno, pedimos votos para ele de maneira frenética, em particular, evitando o Blog para não sermos acusada de fazer boca de urna. Para esta preferência já expliquei os motivos, sucintamente, a importância do Pedro na divulgação do nome de Bom Conselho e a inclusão de uma pessoa do povo num empreendimento que considero elitista. Quando houve o empate, com seu Waldemar, meu professor de História, sério, competente, disciplinador, batalhador pela causa da Educação em nosso município, ficamos mais feliz ainda. Se realmente o conhecemos, ele pertencia a elite, mas não era elitista, e seu esforço pela educação fez Bom Conselho aparecer através dos seus alunos e do Ginásio São Geraldo. Votamos em Pedro de Lara mas aqui na CIT deu Waldemar. Mas o resultado está aí. Pedro de Lara é o escolhido para Patrono. Paramos em patrono para perguntar: Patrono de que? Nestes últimos tempos, o tema “academia” desapareceu dos órgãos de informação da cidade, com exceção do nosso Blog, porque havia a enquete, e em alguns sonhos do Zetinho. Parece até que, com o sucesso da Academia Virtual Pedro de Lara, a Academia real além de sumir do

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noticiário, sumiu dos corações e mentes dos bom-conselhenses. Talvez seja o que possamos ter agora, uma Academia Virtual, e já é muito. Mas, deveremos parar por aí? Temos excelentes escritores e poetas de nossa terra, e poderemos ter músicos, artesãos, cineastas, escultores e tantas outras formas de arte e tecnologia. Vamos dar imortalidade plena a eles e não só a hoje existente “imortalidade virtual”. Zetinho teve vários sonhos, o da votação se realizou, e, agora, nós temos os nossos. Ver em pleno funcionamento a Academia de Bom Conselho – aguardem outra enquete para um

nome pois a primeira falhou por falta de tecnologia adequada – com sede, apoio da sociedade, apoio do poder público, sem fantasmas, com ajuda dos meios eletrônicos para sua viabilização e uma placa na porta, abaixo do nome da Academia, Patrono: Pedro de Lara. Será este nosso sonho grande demais, ambicioso demais, irreal demais? Será que Alexandre Tenório estava certo em suas considerações sobre este assunto? Talvez, mas, lembrem-se, a utopia nos ajuda a progredir, no entanto, com cetecismo e sem liderança não há utopias. A falta de liderança leva ao “mesmismo” social. Escrevo de longe, e de longe não tenho força para liderar um processo destes. Que falem os líderes da terra, com a terra ou pela a terra, e, principalmente que morem na terra. Sem citar nomes, seguindo o conselho de um sábio de nossa terra, o Di Tavares, “vamos aguardar que apareça um espontaneamente, porque se convocar ou adular, ninguém sai do canto”. No entanto, com ou sem Academia, temos convição de que ganhamos todos, filhos da terra. Por enquanto damos por encerrada nossa missão quanto ao patrono. Obrigada a todos pela participação e apoio. Lucinha Peixoto Coordenadora Administrativa

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10º Encontro Revisitado Estive em Bom Conselho no 9º Encontro de Papacaceiros. Menos no segundo dia, dia do “tour rural”, no qual fiquei esperando pela caravana em Caldeirões, na sede da CIT com o Diretor Presidente, Jameson e Jefferson – nosso funcionário lá no escritório. Quando eu era menino e adolescente, lembro que havia, em meu quarto um desses azulejos, que são brancos, com uma frase, “Saber esperar é uma grande virtude”. Vi isto durante muitos anos ao acordar e ao deitar. Não sei como me tornei alguém tão impaciente. Fui o primeiro a dizer, depois de algumas horas de espera, eles não veem mais. O que fazer? – título de livro de Lênin, já elogiado e criticado mais do que o próprio Encontro a que me refiro. Para entender melhor o que fizemos devo relatar alguns acontecimentos desde o primeiro dia do Encontro. Estava eu no Hotel Raízes, lotado, como fica nestas ocasiões, mostrando que os papacaceiros de dentro tem bons lucros com os papacaceiros de fora, quando um amigo disse: “Olha, vai haver uma entrevista na Rádio Papacaça com os papacaceiros.” Pensei, será que eu, por não ter nascido em Bom Conselho, não sou considerado um papacaceiro? Então, comprei uma camisa! Peguei meu carro e fui piorar ainda mais o tráfego da cidade, normalmente, já um pouco caótico. Imaginei uma multidão em frente à Radio Papapaça. Não havia. Os papacaceiros restringiam-se a algumas pessoas da Colônia do Rio de Janeiro, seu regional e o José Arnaldo, cumprindo com brio, sua profissão de político, dizem, um bom político. Outros, de outras plagas eram poucos, como o Luiz Clério, Saulo e alguns de quem, me desculpem, não sei os nomes. Alguém me fala novamente: “Eles ainda serão recebidos pela prefeita Judith Alapenha na Prefeitura”. Foi aí que perguntei com aquele ar de ateu inocente: Mas só este grupo? Com uma resposta afirmativa parti de volta para o meu Hotel, em cujo trajeto liguei o rádio e o sintonizei na Rádio Papacaça onde José Povoas se sobressaia com seu Sax, o que aconteceu outras vezes onde vi o Regional se apresentar. O problema dos hotéis, ou dos seus quartos, é esgotar rapidamente o que temos para fazer, e começarmos a pensar. E não achem que isto se aplica apenas a pequenos hotéis. O problema é que, quando os hotéis são pequenos os pensamentos se agigantam. Cadê o José Quirino? Será que ele já estará esperando lá na Prefeitura? Deve estar sim. Como alguém que organizou toda a festa, não está lá, na linha de frente? Quirino foi? Agora, muito tempo depois, não o encontro nas fotos do encontro da Prefeitura. Por que? Ah! O fotógrafo não o quis captar. E porque só aquele grupo? Agora sei. Foi a Colônia Papacaceira do Rio de Janeiro, cujos membros “resolveram conversar com ela (a prefeita) tendo em vista que há muito não se viam e para intervir e pedir junto ao governo solução para problemas que o município enfrenta de água nas torneiras. Após colocar a conversa em dia, em um rápido encontro. A Colônia Papacaceira do Rio de Janeiro convidou Judith para ir ao Rio de Janeiro e colocaram-se a disposição do governo municipal. O Trio sacou instrumentos e tocou música para a ilustre conterrânea, a música chamou a atenção dos funcionários da Prefeitura e a todos contagiou por sua beleza e alegria.”(Fonte: Saite de Bom Conselho). Ou seja, eu fui enganado desde o início por quem me disse que todas estas atividades envolveriam os papacaceiros em geral. Como fui burro em acreditar no primeiro papacaceiro que passa. Perdi o resto do primeiro dia. Bem feito! Antes de viajar para Caldeirões, tenho um comentário a fazer. Não sei quem foi que deu a ideia de colocar naquela camisa do Encontro uma representação da Virgem Maria. Todos sabem sou um ateu convicto e praticante, mas sou um bom ateu e não critico a fé daqueles que a tem, seja de qualquer crença, religião, credo, seita ou outra. Mas quando

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olhava para a camisa que comprei, e que me dava a honra de me tornar um papacaceiro, parecia estar vestindo uma bandeira de uma festa religiosa em minha cidade, que ficava num mastro, no centro da praça. Compreendo que Bom Conselho é uma cidade de maioria católica. Mas, esta camisa, além de não beneficiar em nada os verdadeiros católicos, reforça a crença, esta errônea, de que na cidade não há outras religiões, algumas até provenientes da católica, que gostariam e deveriam participar da festa. Lucinha Peixoto já falou num artigo o que disse a ela sobre a missa na programação. Repito aqui, porque não uma cerimônia mais ecumênica? Evangélicos, Muçulmanos, Hindus, Budistas, Judeus, Espíritas, Umbandistas, Logosofistas (desculpe senhor Marlos Urquisa, de quem leio todos os artigos, em não estar certo se a Logosofia é uma religião ou não), outras, e até Ateus (porque não? Todos somos filhos de Deus, é o que dizem). Além disto, isto pode incentivar uma espécie de Fundamentalismo Católico, com o qual não concordo, mas que alguns poucos ainda teimam em divulgar. Vamos ampliar a festa. Finalmente em Caldeirões. Na janela esperando o cortejo festivo. Deu nove. Deu dez. Deu onze. Deu três horas da tarde e nada. Retomo minha impaciência do início deste

escrito. Eles não veem mais. Ou vsomente a Colônia Papacaceira do Rio de Janeiro? Fui enganado outrvez? Enquanto remoia os pensamentos da véspera os outros preparavam as comidas e as bebidas que ofereceríamos à comitiva. Nada de comitiva. A resposta ao que fazer foi dada pelo Jameson, quando na porta do nosso escritório já estava sformando um pequena multidão, para os padrões populacionais da localidade. Vamos fazer nossa a, jovem, farreiro e inteligente disse

será o 1º Encontro de Caldeireiros. Quem poderia ser contra. Ao anunciar aboa nova, naquele linguajar simples daquela boa gente, foi um alarido geral. Alguéavisou ao senhor Jornes em sua casa, que mesmo dando apoio à festa não pôde comparecer. Outras lideranças locais apareceram e, apesar do não planejado, a festum sucesso. Isto não indica, como deu a entender a Lucinha, em artigo anterior, que, festa, quanto menos planejada melhor. Já falei com ela sobre isto. Qualquer atividade humana sem planejamento é fadada ao fracasso e à volta do método da tentativa e erro que já era usado no tempo das cavernas ou nas paqueras das praças do interior. É óbvio que coincidências acontecem e desta vez, a falta de planejamento deu um gostinho especial à festa. Brincamos até à noite. Um cartão de Caldeirões

irá

a

e

festa!!! Festa morta, festa posta. O Jefferson da Silv , o povo a

m

a foi

by night, não venderia muito. Quem sabe num próximo encontro. Jefferson disse que vai ser seu organizador. No futuro poderá ser chamado o Quirino de Caldeirões. No terceiro dia houve a feijoada. Nesta estavam todos, ou quase todos os papacaceiros. Devo dizer que não conheço muitos. Não sou da cidade. Conheço apenas os que nela habitam por força de meu emprego na CIT. Fui apresentado a alguns mas, apresentações de festa e no último dia não atam nem desatam. Bom mesmo foram as conversas anônimas e com os jovens ou não tão jovens.

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- Está gostando da festa? - Tá massa!!! As músicas é que deveriam ser mais para jovens, ou pelo menos mesclada... Só dar forrozão. Tou fora!!! - Mas tem outros ritmos, não tem? - Até agora não vi nada que preste. - Está gostando da festa? - Não muito, deveriam ter trazido a Super Ohara. Aquilo sim. - Esta eu não conheço. - Não conheces? Estás por fora, cara!! E por aí vai. A festa tocando, o feijão passando pela garganta, conduzido pela cerveja não estupidamente gelada, os casais dançando, as pessoas se encontrando e fazendo aquele barulho que torna impossível qualquer conversa maior. E para mim terminando o 9º Encontro. Quando cheguei no Hotel o feijão resolveu sair de forma mais rápida e desorganizada, e com dor. Terminada a festa vem a quarta-feira. Hora de avaliá-la e avaliar suas conseqüências. Houve falhas graves de organização e isto é dito por todos. Para o próximo encontro deve-se planejar mais. Profissionalizar mais a festa. Isto não quer dizer, como dão a entender alguns, que deva fatalmente ter o dedo do poder público. Muitas vezes isto desorganiza mais ainda. O poder público deve se ater àquilo que é sua obrigação, prover os bens públicos para realização da festa. Sua infra-estrutura básica. Para sua organização, deve-se formar um equipe de bons profissionais e que entendam do traçado. Isto pode muito bem ser feito sob a coordenação do José Quirino Filho, e aliás, deve ser. Esta estória de formar comissão de organização, depois da festa, cheira a luta pelo poder. Qualquer comissão de organização do 10º Encontro deve ser formada pelo José Quirino, ou com sua concordância. Bem ou mal, com interesse ou sem interesse (político, financeiro ou qualquer outro) ele vem organizando isto por muito tempo. Vamos passar isto para outros? Para quem? Apresentem-se os candidatos para o 11º Encontro, que tal uma eleição em janeiro de 2010? Todos votariam e seria uma forma de avaliar a gestão anterior, como acontece normalmente nas democracias ocidentais. Mas, uma comissão de organização agora, sem a concordância do José Quirino, para gerir o próximo encontro, é querer cuspir no prato em que comemos a ótima feijoada. Mesmo que ela tenha tido alguns efeitos adversos, estes não foram sentidos por todos. Cleómenes Oliveira Diretor de Operações

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Acordo Ortográfico (1)

"No Brasil, escreve-se português com açúcar." Eça de Queiroz.

Reportando-se ao acordo ortográfico que sentou praça em nossas praças, o Millôr Fernandes diz que teme perder o chapéu, ops!, o circunflexo no Millôr. Eu lhe disse que sossegue, porque o circunflexo é nosso. Depois me lembrei de que o circunflexo também é de muitas outras línguas. Vêem, antevêem, revêem, dêem, crêem, descrêem devem perder o circunflexo. Mas vêm, intervêm, provêm, têm, mantêm, detêm não vão perdê-lo. Vão mantê-lo. Porém, sempre há um porém. O Millôr tem outras indagações: se houve plebiscito nessa história de acordo; se alguém ouviu um grande escritor ou algum dedicado professor de português, dos tantos quanto existem por aí. Segundo o Millôr, só os velhinhos da ABL daqui e de lá (Portugal) foram auscultados. Mas eu ouvi alguns professores. E senti a preocupação deles com as dificuldades que advirão para os seus alunos. Até porque a muitos professores, que não sejam tão dedicados, faltam conhecimentos e sensibilidade para lidar com essa problemática. E ninguém pensou como será a capacitação desses professores já meio capengas. Pois precisam preparar-se para dizerem aos seus alunos que eles podem escrever das duas maneiras - a de antes e a pós-acordo. E dizerem que nenhum professor, nem banca nenhuma pode tirar ponto de aluno ou candidato que escreveu paranóia, antiinflacionário, idéia, heróico, freqüente, argüir, vêem, crêem, auto-escola numa prova ou concurso público. Que eles, os alunos e nós todos, temos quatro anos para nos adaptar a essa barafunda. E a confusão se vai instalar na cabeça de muitos: ao dizer que idéia, heróicos, Coréia, paranóico não têm mais acento agudo, o professor tem que dizer por quê. Ao explicar que papéis, heróis, anéis, carretéis, anzóis, caracóis vão manter seus acentinhos, também precisa ele dizer por qual razão. Deixar claro que o acento só morreu para os ditongos abertos das palavras paroxítonas. E está vivinho da silva para os das oxítonas. Haja dúvidas por cima de dúvidas. Porque nós vamos continuar escrevendo em língua portuguesa. E os alunos têm que escrever muito vida afora. Agora mesmo o Instituto Rio Branco está abrindo inscrições para concurso de admissão à carreira de diplomata. O concurso abrange quatro fases de provas. Quem lograr êxito na primeira fase, que consta de várias matérias, vai para a segunda fase, somente de língua portuguesa escrita, com caráter eliminatório e classificatório. Se passar, submete-se às outras duas fases. Pergunto: quem não quer melhorar de vida? Todos queremos, novos e velhotes. Mas, para isso, é preciso saber escrever na língua-padrão. Do contrário, o Itamaraty dá-lhe um pé-na-bunda.

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Quem já tinha dificuldades com a língua, vai ficar pior. Então, dentro do Brasil, nenhum ganho para nós. Só há ganhos para os comerciantes de livros didáticos, dicionários, manuais de redação etc. Assim, chamamos isso de grande acordo comercial. Se houver um pequeno ganho nas relações internacionais, isso não justifica os gastos, que serão lançados na coluna de prejuízos. Prejuízos para nós, pagantes de impostos. Não tenham dúvidas: sobrou pra nós, os macaquinhos que votam e pagam impostos! E se é certo que outros medalhões não foram consultados, também é certo que foram muitas as viagens para seminários, congressos, conferências etc., para tratar dessa minirreforma. As conversações começaram em 1986. Portanto, foram 22 anos de proveitosas (para quem?) viagens e convescotes. E os países africanos, que falam o português, quase nem foram ouvidos. Pra que ouvir africanos? - Devem ter pensado os grandes reformadores. Ocorre que há bons escritores nos países africanos de língua portuguesa. Gastaram-se alguns milhões nessas idas e vindas. Mas os milhões já gastos com os convescotes, não são nada, se comparados com os milhões e milhões que se vai começar a gastar para reeditar tudo. O Ministério da Educação pode falar sobre o material escolar que se deve importar, satisfazendo os editores, que são pouquíssimos, mas vão ganhar muitíssimo, à custa desse acordo. Muito dinheiro nosso vai rolar por baixo e por cima desse miniacordinho. Portanto, os velhinhos de lá e de cá, obraram muito bem quando puseram o nome acordo. Porque se trata de um acordo financeiro. Acordo comercial. E em acordo comercial, ninguém se une. Apenas existem os ganhos financeiros. Cada qual defende os seus. Ou seja, ninguém deixa o seu na reta. Depois, havendo civilidade (se é que há civilidade entre comerciantes) - havendo civilidade, comemora-se o resultado com o perdedor. E sai-se pra outra. Esse é o jogo das finanças! O que se contém nesse esboço de acordo, que teve uma gestação de 22 anos, é um fiasco. Veio mais para confundir do que para explicar. Isso não é teimosia, nem apego a velhos costumes, nem radicalismo, nem saudosismo, nem conservadorismo. É constatação! Tenho encontrado esse texto em vários veículos de comunicação. Do "Estadão" ao portal de internet "Corto cabelo e pinto". Muitos o reproduzem. No Corto cabelo e pinto, há comentários de leitores. Alguns deles se viram contra o presidente Lula que assinou o acordo. Dizem que o presidente da República é semi-analfabeto e, por isso, tal aberração haveria de ter a sua chancela. Apesar de dicionários registrarem semi-analfabeto, eu nem concordo com esse termo. Porque ou você é alfabetizado, ou semi-alfabetizado ou é analfabeto. Mas, deixa pra lá. O danado é que os que dão essas opiniões usam o português sinuoso e subnutrido. Por essas e outras, resolvi dar os meus palpites sobre o acordo que se diz ortográfico e que está aí na praça. Nunca vislumbrei nele mudanças para melhor. Também não acredito que ele vá unir coisa nenhuma. Então, julguei-me no direito de me intrometer.

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Antes, porém, quero citar alguns pontos de vista de quem entende do assunto. Leiam o que escreveu a respeito, Marcelino Freire, escritor e ganhador do Prêmio Jabuti, pelo seu livro "Contos negreiros": “Essa coisa é, repito, mais financeira. Não acredito que seja para melhorar. Nunca acredito nisso. Em projeto para unificar. Eu quero desunificar a língua. Como escritor, deixem que eu mesmo mexa nela. Requebre e rebole. Bote ou não bote trema. Deixem que eu trema. Que eu junte ou não junte. Minha pátria é minha língua. Logo, única. Viciada. Por que, ora, em vez disso, atenção e aviso: o pessoal não se preocupa em banir o estrangeirismo excessivo pelas ruas e 'shoppings'? Pelos edifícios. Xô, MacFish. Quero o peixe, o tubarão. Certo? Chega de 'all right', meu irmão." E o escritor angolano, Ondjaki, autor de "Os da minha rua", pensa do mesmo jeito de Marcelino. O escritor e jornalista português, João Pereira Coutinho, que tem excelente coluna no jornal Folha de São Paulo, considera o acordo "um brutalíssimo erro". E notem que Coutinho, nos seus artigos assinados, procura usar os vocábulos empregados na nossa escrita e não os de uso em Portugal. O professor e estudioso da nossa língua portuguesa, Pasquale Cipro Neto, disse: "Estamos fazendo a reforma no susto." Pasquale ainda acredita nesse ensaio de reforma. Mas nem deveria acreditar. Os retoques finais desse acordo, saíram da luneta do renomado professor e acadêmico da ABL, Evanildo Bechara. Na redação do miniacordo, há impropriedades de colocação pronominal e redundâncias. Mas isso é de somenos. Não é a redação que está em debate. É a essência do projeto; é o que ele poderia representar de avanço. Mas, não houve avanço. Trocamos seis por meia dúzia. Basta que o leitor atento veja a quantidade de observações e pendências que estão no texto. São exceções que não vieram para confirmar a regra. Essas exceções vieram para mostrar os desacertos. Se ao menos houvessem escrito Chico em vez de Francisco, haveria um ganho: menos letras no texto. Mas, do jeito que está posto, quem não sabia usar hífen, vai continuar sem saber. Porque o hífen continua existindo. Apenas mudou de lugar. Ele não sumirá das nossas penas, nem dos nossos teclados. Até o trema permanece nos nomes próprios, de língua estrangeira, e seus derivados: Müller,mülleriano,Jünger,Bündchen. Mas o trema praticamente nos abandonou. O hífen, teimoso que é, não nos vai abandonar. E como ficam as mentes de quem mal acabou de se alfabetizar, ao deparar-se com quente e frequente; com aquilo e arguir; com banquete e consequente? Como pronunciar? Os defensores do miniacordo dizem que o espanhol é falado por 400 milhões de pessoas e tem escrita única. Matreiramente, esses defensores não dizem que dentro da Espanha existem quatro idiomas: o castellano (oficial); o gallego; o catalán e o bascuense. São

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idiomas com escritas diferentes. Não são dialetos. Deixemos o espanhol, para nos ater às incongruências do pretenso acordo. Basta-nos observar o emprego do hífen. Na forma anterior, pouca gente sabia usá-lo. Na forma hoje pretendida, tornou-se o samba do crioulo doido: muitas palavras mantêm o hífen; muitas outras das que o tinham, deixaram de tê-lo; e outras que não o tinham, adotaram-no. Ora, quem corta o trema / que diz onde está o fonema / e que dá o tom da pronúncia do que é conseqüente / e mostra tudo quanto é quente. Por que manter o hífen em vice-presidente? É muita desordem num só pacote! Exemplos de palavras que mantêm o hífen: ano-novo (o ano entrante: feliz ano-novo); bom-dia, boa-tarde, bem-vindos, guarda-chuva, recém-nascido, recém-iniciado, pré-histórico, pré-natal, pós-graduação, pós-acadêmico, pró-reitor, conta-gotas, azul-claro, pró-empresários, cor-de-rosa, segunda-feira, sexta-feira, erva-doce, vice-rei, mal-me-quer, sem-vergonha, sem-terras, além-fronteira etc.

Agora, cantem comigo:

Eu estava em Pernambuco / e um velho maluco me apareceu. Vinha com um acordo enrolado, emaranhado e dizia: "Toma, que ele é teu."

Voltarei ao assunto. - José Fernandes Costa - [email protected]

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CHIADO DO CARRO DE BOI

Assim, sem mais delongas, aqui entre carros de última geração, lembrei que não ouvi dessa vez o som triste do chiado do carro de boi......será que mataram todos os bois em nome do progresso? Será que todos eles se modernizaram e são agora carros

silenciosos? Que coisa mais sem graça! Lembro das idas ao sítio de tia Osana , nossa, que nome mais moderno hoje, lembra Obama....Osama....Osana.....bem, íamos eu, meus pais, minha irmã e meu irmão mais novo. Lembro de olhar pela janela dos fundos da casa, isso mesmo, aquelas casas típicas dos sítios de Pernambuco e admirar a imensa quantidade de pés de manga do "quintal".Quintal? Era muita manga, lembro também que minha mãe e minha irmã quase se perdiam de

tanto chupar as doces mangas.......voltavam com mãos e bocas amarelas...então me pareciam sujas, hoje, de um colorido incrível, difícil de esquecer e que nenhum pintor imitaria tal nuance......seria a cor da saudade? Lembro da tarde caindo......uma mansidão que não tem explicação e.... lá longe, uma mancha e um gemido tão sofrido, tão agudo , que nem sei porque lembrei dele agora. Ficava olhando aquele quadro como a saber que muitos anos depois ele

renasceria em minha mente! O carro se aproximava e na frente um homem com uma vara? Um pedaço de madeira? Um bambú? Vinha confiante, como a comandar uma tropa! E o carro gemia e aquele chiado entrava em meus ouvidos a marcar para sempre aquele momento. Houve outros carros, muitos! E dessa vez não os ouvi......... Soube que os bois se acostumam tanto com o cque com um simples chamado dele, já se alinham paserem encangados...a eterna parceria.....pes

pouco: "O carro é composto por duas rodas, uma mesa de madeira e um eixo. As rodas são feitas de madeira de boa qualidade, com um anel de ferro de forma circular nas extremidades, para garantir maior resistência. Primitivamente, o carro não era ferrado e as pessoas diziam que “o carro andava na madeira”. A grade possui cerca de três metros de comprimento por um e meio de largura, com duas peças mais resistentes de cada lado e uma terceira no meio, mais comprida, destinada a atrelar o carro à canga, uma peça, também de madeira, com mais ou menos um metro de comprimento, contendo um corte anatômico para assentar bem no pescoço do boi, sendo segura por uma correia de couro chamada de brocha. A grade é apoiada sobre um eixo. O ponto de apoio da grade sobre o eixo são duas peças de madeira chamadas cocão. O chiado ou cantiga característica do carro de boi é produzido pelo atrito do cocão sobre o eixo."

ondutor, ra

quisei um

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É isso mesmo....a cantiga..... esse é o nome certo ...a cantiga do carro de boi. Tenho uma foto em algum lugar , em pé, feliz no carro de boi, em Calderões. Naquele tempo , o chiado não era melancólico....nem triste. Era lindo! O chiado do carro de boi se mistura a saudade e a beleza de tudo que vivi. Deus, me livre de no próximo encontro não procurar um carro de boi.....e cantar êeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee boi!!! boa semana bjussssss Ana Luna - São Paulo

------------------- (*) Fotos da CIT e uma de Gildo enviada por Ana Luna. Todos dos arredores de Bom Conselho.

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MEU CARUARU, CORRA, A VEZ É SUA! De alguns anos para cá, vimos alimentando uma convicção absolutamente viável. Não sabemos quanto aos demais leitores ou observadores essa convicção já chegou em si, tão forte. Nosso Pernambuco, líder na região, famoso pelos seus filhos, forte pelo seu patriotismo, não pode mais, de maneira alguma ter sua Capital (sede do Governo) onde está. O progresso, as lideranças interioranas e o poder de comunicação social e implantação industrial, já reclamam isso. Estamos na fase das mudanças. A civilização e o comércio, já não suporta mais a absorção da nossa Capital onde se encontra. Estruturalmente falando, está insuportável.

Será, ilustrados amigos e conterrâneos, que a lição de Brasília não satisfez? Até nisso, precisamos mudar, tendo em vista, sua posição estratégica para quaisquer fins, que nos leva a tal providência. Sabe quem está positivamente pronto para receber essa inevitavel mudança? É o MEU CARUARU. Podem acreditar, todos aqueles tradicionalistas, acomodados, insensíveis ou coisa que o valha, mais cedo ou mais tarde, irão ver isso acontecer.

Esse sonho, desta oportunidade, abrindo os olhos da,

vras ergam

s espantados com o progresso do MEU CARUARU. No comércio, na indústria,

ão é

ras.

ra

estradas, Recife/Caruaru por Jarbas Vasconcelos.

s autoridades, já vem de muitos anos como já dissemos no início. Hoje uma realidade que muita gente não quer aceitarmas vai acontecer. Por isso, começamos a tecer os fios da esperança com essas palasimples, sem tanta tecnologia, sem tanta ciência política, pois, nossos olhos enxuma verdade nua e crua. Estamona tecnologia, no ensino é uma coisa fantástica. MEU CARUARU, está forçando o Governo Federal, o Governo Estadual e o Poder Judiciário a andar com ele, sinão o povo e o seu crescimento vão embora e eles ficam. Observemos bem, se nverdade: no Poder Judiciário(Justiça comum) veio o aumento de Varas, prédio novo, bonito e confortável. Veio a Justiça do Trabalho, aumentando suas VaVeio a Policia Federal, instalou-se aqui e não vai durar muito tempo, terá seu efetivo aumentado com suas instalações modernamente implantadas na nossa cidade e maior número de Delegacias paatender todo interior do Estado. MEPernambuco. As duplicações dasAgora vem o jovem Eduardo Campos, Governador atual "taca" a estrada do jeans,

U CARUARU é geográficamente o coração de

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Caruaru/Toritama/Santa Cruz do Capibaribe, e apostamos "todas as fichas", nGoverno sai Caruaru/Garanhuns. É isso ai, queridos amigos leitores. Em turismo, nem se fala, MEU CAR

o próximo

UARU, é raça, já está conhecido no mundo todo. É

abricantes, queremos dizer, indústria

lmeida (nosso bom e

da". Precisamos

m desafio, porque é de

rdade, pelo

e

no, o s da

d os bem mais fácil àqueles menos providos de condições de

nte, até e

raça de Deus iác. Edjasme Tavares Lima

rque concorda com o que ele pleiteia e, caso se realize, um dos grandes beneficiados.

grande fonte de atração até para empresários estrangeiros conhecer a verdadeira "Boa Terra" que os nossos colonizadores já afirmavam. No mundo dos remédios, já temos bons e famosos fou laboratório. Os nomes ficam para os seus profissionais, o importante saber é que já temos. Será que pecaríamos em dizer: raramente são levados pacientes para os hospitais recifense; mas, que temos bons hospitais e casas de saúde, temos. Agora, não é mais só a bonita e adequada letra/música de Onildo Aquerido amigo), não. Além do que ele disse da feira, hoje é muito mais forte, é tudo aquilo que dissemos acima, é somente para provar que MEU CARUARU tem condições físicas, estratégicas e econômicas para absorver a Capital do Estado. Vamos esperar qual o Governador e seus Deputados, "topam essa para

de líderes para dá o ponta pé inicial,o povo pernambucano aceita o desafio. Falamos enossa índole, lutar pela independência, pela libeprogresso e pela segurança. Com fortes e contundentes campanhas dconvencimento e hábeis esclarecimentos, o agrestisertanejo,também,os irmãozinhozona da mata, estariam a postos, por uma só razão: ser mais fácil e mais perto, mais cômodo e mais es que oferecem seus serviç

locomoção, de finanças e de oportunidade ao acesso as mesmas. Esperamos ser estimulados nessa ideia, nesse projeto, nessa oportunidade, a fim de podermos voltar ao assunto, insistentemeque o Poder Legislativo abrace a causa, junto com o Poder Executivo. Precisamos dalguém que assanhe (no bom sentido) a causa. Com a g

econômico para eles no atendimento pelas autorida

D----------------------- (*) A CIT publica este artigo poBom Conselho será

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NOSSA MÃE Adoro tomar vinho.Tinto. Seco. Uma taça ao dia, apenas.....Para o coração, para o prazer, seja qual desculpa eu queira dar.......Hoje tomei na taça da minha mãe. Presente de meu irmão, fiquei como lembrança.Como se disso precisasse....Ele trouxe para ela , se recordo bem,de Minas Gerais. É de estanho , retém o frio e é dos frades... Ele sempre trazia algo para ela.TODOS nós,sempre trazíamos um mimo, algo para ela. NOSSA MÃE. Como o título do livro da Senhora Leandro Dupré, " Éramos Seis".Um se desgarrou e voou em outubro de 2006 e ela, valente pernambucana, foi cuidar dele 04 meses depois. Seria muito ficar sem o seu caçula,nosso pequeno. Fiquei com ela por 08 meses em Bom Conselho. Morei nas terras entre as serras , por 02 vezes: em 1965 por um ano, ano esse que me deu tudo o que amo hoje nesse lugar, amigos , parentes , chão. E em 2007 por 08 meses. Camaleoa, a readapdação foi fácil. Venham Calderões, Bom Conselho, Cingapura,China, Estados Unidos....tudo igual !!! Mas o que conta é a essência. O ser. Humanamente possível. Dediquei a ela, minha mãe, cada momento desse período.Fiz comidinhas especiais, levei, trouxe, pintei cabelo, joguei "RUMIKUB" e a fiz , sutilmente, ganhar.....Conhecem esse jogo? Recomendo. Ela amava. Dancei para ela com a bengala que se recusava usar....ou timidamente usava com meus incentivos....das terras de papacaça como a caçadora tornou-se caça? Em que momento crescemos? Ao menor desejo, uma ordem.O céu era perto.Peça , mãe , como mágica realizamos.Ela mereceu.Contei com o apoio sincero, profundo , amigo , de meus irmãos.Sem eles, não poderia ser fada. Contei com toda nossa família : São Paulo, Brasilia, Recife, Atibaia ,

Surubim, Caruarú...Com afeto , presença. Lembrança. Contei com a gente amiga de Bom Conselho: na praça, no hospital,nas visitas...lá estavam eles, sinceros, solícitos , carinhosos......Precisava aferir a pressão? Era só telefonar. Rapidamente chegava a providência. Remédio? Fisioterapia? Milho verde?Pamonha? Manga? Tudo se provia. Bolos deliciosos chegavam .....presenças , doces palavras. Confie! Creia, em Deus!!!! Tenho muito a agradecer. Tudo isso para dizer

que hoje faz 02 anos que a dona Josefa de Miranda Luna se foi... encontrou nosso pai , nosso irmão e hoje vivem felizes para sempre! Assim os sinto. O sentimento é um só: GRATIDÃO. A mãe das virtudes. "Obrigado, minha mãe, por tudo que sou. Obrigado , mãe, que se sacrificou. Muito obrigado por me amar assim. Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu e a vida que você me ofereceu." beijos dos seus filhos. boa semana bjussssssss

Ana maria miranda Luna - São Paulo

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Acordo ortográfico (1) - Complemento

Recebi do Diretor Presidente um artigo enviado pelo José Fernandes Costa (http://www.citltda.com/2009/02/acordo-ortografico-1.html ). Antes de qualquer escaramuça devo esclarecer que Diretor Presidente é o pseudônimo do nosso dirigente maior, ou nosso diretor-presidente, por isso não tem o famigerado hífen. Confesso que tenho minhas dúvidas se o hífen continua e se o próprio hífen mantém o acento ou não. Dizem que é uma exceção das paroxítonas, mas no plural perde o acento. Já começo concordando com o articulista que existe uma certa confusão mas, temos quatro anos para saná-la. No artigo sobre a reforma ortográfica o José Fernandes mostra ser um verdadeiro proeta. Se antes arrasou na poesia, agora arrasou na prosa. Muito bem escrito, o artigo. No ecomo se dizia no interior, não há bom sem

ntanto,

as faias, mesmo que pequenas. Farei algumlucubrações sobre tópicos específicos com a devida vênia dele. Logo no início há uma constatação. O acordo só vigorará plenamente em 2013. Até lá, além de termos sido campeões de futebol novamente, já deveremos estar em campanha para que Lula volte ao poder e assine nova reforma. Esta, a atual, já terá sido ensinada normalmente, pelos professores que ensinaram, antes dela, por que idéia tinha acento, e estarão aptos a ensinar por que agora não tem mais. Os alunos que, por esta época, queiram melhorar de vida fazendo o teste do Itamarati, “podes crer”, já estarão com a nova língua portuguesa na ponta da língua (sem trocadilho). Os que hoje estão reclamando que a reforma foi sómente um acordo comercial, hoje devem estar pensando no custo de aprender coisas novas, no futuro próximo já terão verificado que estes não eram tão grandes assim. Concordo com o articulista quando diz que tudo isto gera muita confusão. Discordo quando diz que isto não traz nenhum benefício. A simples ideia de unificação da língua já é um benefício imenso para o nosso país e para aqueles países que não querem ter a hegemonia dela como forma de manter privilégios ultrapassados, como é o caso de Portugal, com seus históricos ranços colonialistas. Os outros benefícios virão como consequência. Por estas e outras dos portugueses é que radicalizamos e propomos que a próxima reforma seja feita para implantar o Brasileiro. Como dizia o Eça de Queirós, tão bem citado por José Fernandes, o Português com açúcar. De qualquer forma chegaremos lá. Mas com estudo, ousadia, e a verve dos nossos linguistas, chegaremos mais cedo. A reforma que está sendo implantada é muito modesta e restrita. Isto gera mais exceções do que regras compreensíveis e claras. Já está na hora de nos libertarmos do jugo português, novamente, agora na língua. Talvez estejamos esperando (olha o nosso complexo de vira-lata aí, gente!) que os linguistas americanos criem o Americano a partir do Inglês Americano. Aí aparecerão os Juracis Magalhães da vida para justificar : ...o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Aparecerão centenas de jovens professores pedindo bolsas para lá

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estudarem e sorverem a experiência deles. E continuaremos na rabeira, tecnologicamente, a eles pagando royaltes (Este já é uma palavra do Brasileiro, pois agora temos o y. Em Inglês era royalties, economizamos uma letra). Partamos na frente. Eliminamos o trema. Que Deus o tenha. Não mudamos nada na pronúncia, que é o guia para a escrita e não o contrário. Aquele que pronunciar frequente como fre-quente, é porque não fala nem ouve frequentemente. E este hífen, porque deve continuar? Realmente a reforma foi muito tímida. Mas chegaremos lá. Sem hífen e sem acento, e quem sabe com ideogramas como os chineses. Se ainda não chegamos ao Brasileiro, o que nos resta é divulgar e ensinar a todos como se escreve, com a Reforma. Hoje vejo em tudo que é jornal, saites, televisões, comentários contra e a favor da reforma. Muitos incorrem no erro de criticá-la sem mencionar que ela já foi aprovada em 29 de setembro de 2008 em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deste erro o José Fernandes está isento de culpa, ele avisa que não se pode cobrá-la de ninguém, oficialmente, até dezembro de 2012. Mas a reforma foi tão pequena que os meios de comunicação escritos, pelo menos os mais lidos, já a adotaram. Até já nos mandaram imeios com o resumo desta reforma. Agora me lembrei de como me ensinaram o catecismo. Nasci católico mas não posso me considerar um verdadeiro praticante, todavia dar para lembrar, quando meu pai perguntava: Quantos são os Mandamentos das Leis de Deus? Eu respondia na lata: Os Mandamentos das Leis de Deus são dez mas, se encerram em dois: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Agora pergunto, quantas coisas mudaram na Reforma Ortográfica? Resposta: Foram umas vinte mas estas quase vinte se encerram em três: O trema morreu, alguns acentos foram seqüestrados e o hífen nos fez reféns do novo Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Português) que deve sair em breve. Se isto não ocorrer logo alguns escritores mais conservadores invadirão a Academia Brasileira de Letras e sequestrarão o Evanildo Bechara. Enquanto se espera com calma use o saite desta instituição para tirar dúvidas: http://www.academia.org.br/, no linque, ABL Responde ou no próprio Volp (que ainda não foi atualizado). Vamos caminhando para a grande reforma, o Brasileiro: o Português com açúcar. Eça ficará mais doce do que o Primo Basílio. José Andando de Costas - Imeio: [email protected] Revisor ---------- (*) Foto da internete. Uma barbearia em Portugal.

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Encontros e Desencontros

Chega de avaliação dos encontros. Tal qual a Procissão do Encontro, que eu presenciei algumas vezes na Matriz de Bom Conselho, onde havia um misto de tristeza pela perda próxima e alegria pelo momento, o 9º Encontro, para mim foi feito de bons momentos. Mesmo tendo ficado chateado pela espera em Caldeirões, transformei o limão em limonada, e haja festa e alegria. Muitos descreveram e continuam descrevendo o evento, penso que chegou a minha vez. Serei atemporal, pois a narração linear não condiz com a própria festa. Encontrei Zé Piulinha, quando o cumprimentei, pelo seu olhar, não me reconheceu, talvez pelo fato de eu ser um pouco mais novo. Como em todas outras situações destas, eu não disse quem eu era. Guardei minha felicidade em ver as pessoas só pra mim num ato de egoismo, algumas vezes, e noutras num gesto de altruísmo ao ver que tanto eu quanto elas sofreram com o passar do tempo, pelo menos fisicamente. Vi Marinho mas não o abordei. Como também não o fiz com Beto Guerra com sua indefectível camisa vermelha e sua bela esposa. Tinha prometido falar com ele, devido uma troca de e-mails no passado, sobre o futebol em nossa terra. Como se dizia em nossa época, fiquei com vergonha, ainda sou muito matuto. Conversei com Solinge. De longe avistei Terezinha Miranda. Moramos na mesma rua. A casa de Dona Mariazinha, sua mãe, era minha passagem obrigatória para o trabalho. Avistei outra pessoa, que também morava nesta casa. Será que só o animal homem lembra do passado? Será que um burro lembra o tempo em que ainda não levava carga? Acho que não. Esta dádiva divina Deus deu só ao homem. Houve uma época em que a casa de Dona Mariazinha virou mais do que um ponto de passagem para mim. Se alguém me visse olhando para lá, pensaria que eu estava

olhando o paraíso. E estava. Principalmente, quando no pequeno terraço, uma jovem ficava sentada numa cadeira de balanço. Nunca me notou, nem mesmo as batidas do meu coração que eram tão altas quanto o som do Paga-Nada em dia de carnaval. Não importava. Falei com Zé Carlos, que morava numa casa quase de frente, para me deixar ficar ali no terraço esperando alguma coisa, só como pretexto para olhar a jovem. Neste 9º encontro a vi

várias vezes, de longe. Mesma beleza, mesmo sorriso mas com os cabelos grisalhos, lindos. Morri de vergonha por ter aplicado um acaju básico no meu. Mas, até hoje, quando ouço: “Índia teus cabelos nos ombros caindo. Negros como a noite que não tem luar...”, relembro aqueles momentos. Encontrei Bastinho, nunca havíamos nos falado, mas eu o via em Bom Conselho. Hoje qualquer pessoa menos avisada pensará que é um sósia do Roberto Carlos, se não o próprio. Pela aparência, estava com os irmãos mais jovens, que não cheguei a conhecer. Conheci Zé Oião, desculpe, Dr. José Tenório, o responsável por eu ainda ter alguns dos dentes meus. Vi Daniel Brasileiro, que conheci menino, é mais novo do que eu. Nem tentei falar com ele. Desde pequeno tinha pinta de doutor. Só poderia ser médico ou prefeito. Foi os dois. Uma ótima pessoa.

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Também vi Lourdinha Amaral. Apesar de morarmos na mesma rua, nunca nos falamos, mas a vi várias vezes saindo de casa para o ginásio. O tempo só passou para seu esposo, Zé Milton, do qual me lembro, além de suas crônicas sobre nossa cidade nos jornais, dos nossos encontros no futebol, como jogador (talvez não chegasse a uma Seleção Brasileira se continuasse no ramo) e como juiz, enérgico, raciocínio rápido, entendedor das regras e muito mais (nesta carreira, se continuasse, certamente hoje estaria nos quadros da FIFA). Vi Lourdinha e me lembrei de João Antônio, seu irmão, que não vi no encontro. Conto um causo, desculpem, não resisto. Certo dia, lá pelos anos 60, vinha do trabalho, e como sempre tinha que passar pela Rua José do Amaral. Ao chegar na frente da casa de seu Júlio Porqueiro (assim chamado por comercializar, em todas as etapas de produção, a carne de porco, e que carne, uma verdadeira tentação para vegetarianos e adeptos de algumas religiões), estava formada uma pequena roda de pessoas, e no meio delas dois cachorros brigavam feio. Pareciam uma bola de pelo cor de cachorro. Um mordia o outro e outro mordia, o um, e rolavam no calçamento pra lá e pra cá. Logo mais um pouco para dentro da roda de pessoas encontrava-se João Antônio que dizia gritando: “Para com isso Tupã. Para com isso...” Do outro lado, Zé Cocó (funcionário de seu Júlio), com um cinto na mão batia nos dois cachorros e gritava: “Para... fi da peste”, aos berros. Me explicaram depois: a rixa entre Tupã (cachorro de João Antônio) e Darru (cachorro de seu Júlio) era antiga. Não se sabe o motivo. Uns dizem que era mulher, digo, cadela. Outros dizem que era devido a diferença de raças. Tupã era um cachorro grande raciado com Pastor Alemão, enquanto Darru era um quase vira lata, raciado com Pitt Bull. Outros ainda dizem que era um problema de classe social, Darru era mais pobre do que Tupã, e resolveu distribuir renda na tapa, digo, na mordida. Penso que não foi nada disto. É porque cachorro gosta mesmo de brigar, estar no sangue. Não existem as guerras? Finalizando, os cachorro se separaram. Tupã saiu um pouco ferido e Darru saiu na dele. João Antônio culpou o cinto de Zé Cocó pelos ferimentos de Tupã. No entanto, conta-se que não registrou queixa. Falei em Zé Carlos, acima, também não o vi no encontro. Trabalhamos juntos recentemente na CIT. Agora diz que não quer mais nada com a vida. Está aposentado, curtindo o neto. Segundo ele, dizer que ser avô é ser pai com açúcar, é só uma meia verdade. Para a verdade ser completa tem que acrescentar a cachaça e o limão. Avô é pai com caipirinha. Foram tantos encontros e desencontros que peço desculpas por não ter citado todos com quem falei. Quem sabem num número 2 da série eu fale desses outros amigos, ou não. Por hoje já foi muito grande o prazer destas lembranças. Jameson Pinheiro - E-mail: [email protected] Analista de Sistemas ------------- (*) Fotos do saite de Bom Conselho e da internet.

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A M O R etc.

Procuro os lábios. Imito os sábios. No amor. Sem nenhum favor.

A mão desce. Tudo estremece.

Os olhos se fecham. Corpos: que se mexam!

E nesse embalar. Sem nada mais importar

Nesses momentos, esquecem-se outros eventos

Acaso existam. Que o bem-bom e o doce tom, persistam.

Passando pelo lindo colo. De pólo a pólo

A mão esbarra na concha cheiínha. De amor. E calor.

Há bem pouco, tão calminha.

Porém, viva, impulsiva. À espera, que tal?

Do que é real. Não da quimera.

Do tudo que têm. Assim, vêm. E chegam mais carinhos

Nesses ninhos alucinantes. Circunstâncias e circunstantes

Entrâncias sem atenuantes. Reentrâncias abundantes.

Corpos que se dão, de coração. Amor carnal, que não admite rival

Como disse o poetinha, sem sair da linha: Vinícius - de Moraes

Com ou sem vícios, poeta mais e mais.

Suspiros, gemidos, beijos não contidos.

Enfim, extasiados, corpos suados.

Felizes, calam por instantes.

Os amantes, ficam abraçados, colados.

Pronunciam palavras puras, doçuras

E se afagam. Mas não se apagam.

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E dormem. Agarradinhos, num só cantinho

Até que outras ondas se formem.

Acordam na madrugada, nova chamada

Do amor puro, bem maduro. E recomeçam-se as carícias

Delícias, intensas, densas, vibrantes

Estonteantes, até que enfim

Assim, assim, alcançam o previsto

Naquele doce e misto. Amor vivo, altivo, gostoso, carinhoso

Bulindo, explodindo. Descargas, na excitação. Coroam essa relação.

José Fernandes Costa - [email protected]

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Jovem atingido por bala perdida chora de tanto rir

A CIT existe há alguns anos. Assumimos sua direção há quase um. Além do seu trabalho com sons e imagens, há pouco tempo, resolvemos atender o pleito de nossos funcionários para se expressarem de outra forma: com palavras. Começamos no valoroso saite de Bom Conselho, no seu mural, do qual sentimos saudade, e voltamos lá de vez em quando. Resolvemos criar nosso próprio espaço: O Blog da CIT. Todos na empresa gostaram e nem todos fora dela tiveram o mesmo sentimento. Dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras é subestimar o poder da palavra. Para o bem e para o mal. Durante o período em que estamos no ar (José Andando diria "onlaine"), recebemos muitas mensagens, com elogios e críticas. Faz parte. No entanto, poucos dias atrás, recebemos uma que nos chamou atenção pela importância que deu ao nosso trabalho. Mas isto, outras mensagens já tinham feito. O que havia de novidade nesta? Simplesmente, ela nos foi enviada por um jovem , pela idade. Já recebemos mensagens de jovens de 80, 70, 60, 50, 40, 30 anos, mas achamos que este tenha menos anos de idade do que todos os anteriores. Aqui na empresa foi uma alegria. Não tinha outra coisa a fazer a não ser pedir permissão para publicar o nosso diálogo. Aproveitamos para mostrar o que é a CIT, da forma como mostramos a outros de uma maneira isolada. Todavia, o mais importante é que agora nossa responsabilidade aumentou, pois o nosso interlocutor quer divulgar o nosso trabalho, principalmente, com os jovens de sua idade. Não tenho a menor dúvida que ele conseguirá. Abaixo o nosso diálogo, sem nenhum revisão, propositalmente, como se todos estivessem dele participando como quando escrevemos as mensagens eletrônicas: apressados. Diretor Presidente. ************************ ************************ Fenomenal! Fantásticas são as postagens no blog do CIT! É pena que só fui descobrir essa semana que ele existia (perdoem-me a minha ignorância), mas agora me sirvo das postagens antigas pra satisfazer a minha vontade de ler os textos, até que apareça algo novo, todos os dias. Vocês estão de parabéns. Perdoem-me a ignorância mais uma vez, mas por que o blog não é tão divulgado? Descobri ao acaso em uma pesquisa no Google. Esse trabalho tem que ser conhecido por todos os Bom Conselhenses!!! E o que é a CIT na verdade? Ainda não entendi essa parte também! Um cordial abraço e parabéns mais uma vez pelo trabalho Felipe Alapenha **************

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Caro Felipe, Não o conheço, mas pelo o e-mail e pelo sobrenome deve ser de Bom Conselho. Em primeiro lugar, agradeço os parabéns. A CIT vive disto. O "Fenomenal" causou comoção de risos e emoções aqui na nossa modesta empresa. Abaixo transcrevemos um e-mail enviada a alguém que tinha a mesma pergunta que você. O que é a CIT?. De vez em quando alguém nos pergunta isto e é com prazer que o atualizamos. Espero que ele seja esclarecedor para sua pergunta. ------------- O que é CIT? Algum tempo atrás eu tinha um e-mail pronto para explicar o que é CIT. Em termos de sigla, hoje CIT é CIT, porque ninguém, ha muito tempo havia me perguntado isto. Um dos primeiros a perguntar isto, mandou também um possível significado: Companhia Inimiga do Trabalho. Fiquei chateado até ele me explicar porque havia chegado a ele. É que via tanto os filmes da CIT que estava faltando ao trabalho. Por isso a CIT lançou a campanha: Veja com Moderação. Outro, mais ousado, interpretou como: Coçando Intensamente os Testículos. Enfim, eram tantos os significados que a Diretoria, resolveu mudar os estatutos, e agora CIT é só CIT. Mais precisamente CIT Ltda. Muitas pensam que as letras finais significam a figura jurídica de Companhia Limitada. Não é isto. Elas são a abreviatura de Limitada porque, no início, nossa empresa era muito limitadinha mesmo. Hoje, com sede em Caldeirões, e filiais no Recife e na Inglaterra (Canterbury), não é mais tão limitada, mas o nome pegou. Fora da sigla a CIT é uma empresa com fins lucrativos como qualquer outra dentro do nosso capitalismo selvagem e socialismo besta. A única diferença é não receber em moeda do país. Ela usa uma moeda própria: Risos e Emoções ($RE). Sua receita é proveniente dos clientes que, ao consumirem ser produtos, se emocionem de alguma forma (o riso vale mais, mas não tanto quanto chorar de tanto rir). Temos despesas também e muitas. Hoje temos mais de 100 pessoas trabalhando para a empresa e recebem nesta moeda. Muitas vezes usamos filmes dos outros e pagamos royalties na mesma moeda. Não temos do que nos queixar neste ano de 2008. O nosso risômetro contabilizou um lucro extraordinário nos mais de 20000 acessos a nossos produtos no YouTube. Claro que houve indiferença, pela qual não recebemos nada, e até críticas ácidas que são receitas negativas, mas não foram o suficiente para nos abalar. Basta um sorriso bonito e nossos lucros voltam a crescer. ---------------- Escrevi o texto acima meses atrás, para responder a um pergunta similar a que você faz . Tudo continua verdade exceto alguns números, por exemplo já temos quase 50.000 acessos aos nossos filmes no YouTube (http://www.youtube.com/citltda e http://www.youtube.com/citlimitada) e já não temos mais de 100 pessoas trabalhando para nós. A crise nos pegou em cheio no velho mundo e tivemos que restringir nossa sede em Caldeirões dos Guedes a um simples escritório. Mas estamos trabalhando. O Blog da CIT ( http://www.citltda.com/ ) nasceu de uma necessidade de expressão. O ser humano tem isto. Quer falar, quer ser ouvido, quer participar e, nem sempre isto pode ser feito com a linguagem que usávamos, e ainda usamos, de imagens e sons. A palavra tinha que ser usada. Com a mudança de Diretor (eu assumi há um ano atrás, mais ou menos) resolvi deixar que nossos funcionários e técnicos escrevessem para o site de Bom Conselho. Por motivos que agora não vem ao caso, porque foram expostas em postagens antigas do Blog, resolvemos ter um espaço nosso, dando ênfase a coisas

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relativas a Bom Conselho (motivos: somos de lá, os nossos funcionários quase todos são de lá, a empresa nasceu lá e tem sede lá). Veio o problema da divulgação. Temos uma lista de e-mails que não é grande. Quando lançamos uma postagem, avisamos por esta lista. Mas nem todos abrem. Não sabem o que é CIT, nem me conhecem, Diretor Presidente, que é um pseudônimo de uma pessoa de Bom Conselho, e que por um capricho (alguns dizem que é covardia, medo, etc,) quero ter incógnito o meu nome. Então muitos pensam que é vírus neste tempo de maldades. No entanto, o Blog está andando, já temos uns 20 acessos diários, já lançamos enquetes bem sucedidas, etc. E contamos com pessoas como você, que gostaram do Blog, para divulga-lo. Não podemos satisfazer a todos. Deus tentou, mas Eva queria a maçã. Todavia o nosso objetivo essencial ainda é provocar risos e emoções nas pessoas. Se há choro ou emoções ruins por nossos escritos, é porque achamos que alguns, às vezes tem que chorar. Podemos estar errados, e quando descobrimos choramos também. Mas, fique certo, a CIT quer é que todos chorem de rir. Meu Deus, olha o tamanho deste e-mail. Fui escrevendo e nem vi que você deve ser uma pessoa ocupada. Mas, leia por etapas. Qualquer dúvida mais sobre a CIT, pergunte... ---------- A partir de hoje você estará incluido na nossa lista. Espero que continue gostando do nosso trabalho. Saudações Cordiais Diretor Presidente. ******************* Só de ler sua resposta, já gastei toda a minha cota de $RE diária! Principalmente na parte do "Veja com moderação" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mais uma vez, FENOMENAL! O mais fenomenal de tudo isso é a capacidade de vocês escreverem um humor inteligente, diferenciado, misturando com coisas da nossa terra, nossa Bom Conselho! Sou de lá sim, você acertou. Reparando bem no meu endereço de correio eletrônico, o "F", como você já deve imaginar, é de Felipe. Já o "ALIRA" corresponde à Alapenha de Lira. Sou o filho mais novo de Judith Alapenha e Dr. José Alípio. Nascido e criado em Bom Conselho, papacaceiro com orgulho, que veio morar no Recife pela necessidade de buscar um futuro melhor. Mas só por causa disso mesmo, porque sempre que posso eu volto pra terrinha! E quando não, eu mato as saudades pelas postagens de vocês e pelo excelente site do Saulo Bezerra. E não se preocupe com meu tempo! Li todo o e-mail, porque pra mim é uma grande diversão acompanhar o trabalho da CIT. Pode contar com esse cliente assíduo, porque que gasta $RE com o blog e os vídeos da CIT tem muito a ganhar! É a única empresa, mesmo entre tantas do capitalismo selvagem, que dá lucros prazerosos para o consumidor. Continuem esse trabalho, porque além do entretenimento, sem se dar conta vocês estão resgatando e preservando a memória de nossa terrinha, e isso é muito importante! Ah sim, gostaria de, se possível, visitar as instalações da empresa quando for à Caldeirões, conhecer a equipe... Um grande abraço a todos que fazem a empresa! Do mais novo cliente da CIT Felipe Alapenha

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---------------- Só um detalhe: Vou começar a divulgar o blog no meu profile do orkut e no msn. Também já estou indicando pros amigos. Não pode uma raridade dessas ficar restrita a tão poucas pessoas! Felipe Alapenha ******************* Caro Felipe, Mais uma vez a CIT agradece suas palavras gentis e até carinhosas com seu trabalho e agradece também seu esforço de divulgação. O nosso risômetro disparou quando você se identificou. Conheci seus pais de vista, nunca com eles falei pessoalmente. Sua mãe, hoje, na posição que ocupa, temos que conhecer, afinal de contas devemos ter a quem reclamar quando pagarmos nossos impostos. O IPTU em Caldeirões está escorchante. Mas, não foi pelo seus pais em si que o risômetro disparou e sim, porque sendo seus filhos, só pode ser um jovem. Se um jovem gosta do que fazemos temos certeza de um futuro promissor. Não divulgo a idade média dos que escrevem no Blog da CIT, porque a Lucinha Peixoto me mata. Mas tentamos atingir os jovens. Quem sabe se os seus amigos, da mesma idade ou similar também não se interesse pelo nosso trabalho? O seu primeiro e-mail nos deixou um pouco tristes, porque você dizia ter encontrado a CIT no Google e por acaso. Dai pensamos, queremos atingir os jovens e, em vez deles serem atingidos por uma divulgação pertinente os atingimos pelo mecanismos de busca. Ou seja, caro Felipe, lançamos balas de risos e emoções e você foi atingido por uma "bala perdida". Para que outros não sejam atingidos somente desta forma, peço a você que divulgue nosso trabalho, se gostar, e peço sua permissão para publicar este nosso diálogo em nosso Blog. Já tenho uma sugestão para o título: "Jovem atingido por bala perdida chora de tanto rir" (sugira a vontade). Se você não nos permite publicar não diga nada, porque o que você nos disse já aumentou nossos lucros. Saudações Cordiais Diretor Presidente ****************** Sobre o diálogo, já está autorizado a divulgar! Gostei do título! kkkkkkkkkkkkk E sobre o público jovem, tenho certeza que se realmente eles conhecessem o trabalho da CIT, com certeza acompanhariam as postagens. Uma boa leitura não tem idade, porque se fosse assim os clássicos nunca seriam clássicos. Basta a vocês que fazem a CIT, e a nós leitores, calibrar a mira e dar um tiro de cheio nesse público, pra que essa história aconteça diferente, e que eles não fiquem esperando por uma bala perdida! Mas agora chega de metáforas!!! um grande abraço Felipe Alapenha

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Carnaval

Foi na Grécia que ali pelos anos de 600 a 520 a.C., que tudo começou...pois é....... o carnaval tem veia grega.Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Então , entraram eles, os romanos e a coisa começou a esquentar.Ai...ai...ai.. Gregos e romanos juntos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornándo-a intolerável para

a igreja.Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos. Hummmmmm, não é que eles sabiam das coisas? A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos

pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo já que fugia das reais origens da festa como o festejo pela alegria e pelas conquistas. Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Foi assim nesse vai e volta, nessa coisa de festa da igreja ou pagã , que o carnaval se fortalecia , tomava forma, se chegava... Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência européia. OBAAAAAAAA! Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas da forma semelhante à de hoje. Hoje?? Bem , fantasias sim em algumas partes do Brasil. Nudez em outras... Recife se destaca com um carnaval tradicional, com blocos, fantasias e muito folclore.....eu sei, eu sei, Olinda exagera um pouco mas....nada que não possamos reverter....a voz do povo..... Bem , voltando,pesquisei sobre a origem da palavra CARNAVAL e achei bem interessante......."A palavra carnaval significa adeus à carne e sua origem remota os tempos antigos nos quais por falta de métodos de refrigeração adequados, os cristãos tinham a necessidade de acabar, antes do inicio da Quaresma, com todos os produtos que não podiam consumir durante esse período (não somente carne, mais também leite, ovos, etc.) Com este pretexto,em muitas localidades se organizavam na terça-feira anterior à quarta-feira de cinzas, festas populares chamadas de carnavais nos quais se consumiam os produtos que podiam estragar durante a Quaresma." Pronto. Foi o suficiente. De pretexto em pretexto..............Exagere quem quiser , prerrogativa do ser humano, mas hoje , o carnaval continua bom...........para quem pula ,brinca,dança, desfila , assiste na TV ou simplesmente aproveita e descansa. O bom é que reina uma alegria no ar, a energia contagia , algo de bom acontece , sorrisos aparecem.........mesmo que você , assim como eu , não vá brincar no salão, nas ruas , brinque no seu colchão.....opa...opa...opa.......como você pensou ...ou não. Uma boa soneca , um cochilão pode ser boa desculpa para começar o ano de verdade. Bommmmm. Ou alguém duvida que no Brasil o ano começa só após o Carnaval?? boa semana bjussssssssssssss Ana maria miranda Luna - São Paulo

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A M O R etc. - Complemento

Transcrevemos a comunicação entre pessoas interessadas em Amor etc. --------------------- Caríssimo José Fernandes Costa. Teu amor excitado leva-me a refletir sobre o seguinte: "o amor é um fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói e não se sente" (CAMÕES). "O amor é a forma mais radical de "ir ao outro", de se reconhecer intimamente num ser humano diferente" (GOETHE). "O amor é aquilo que une, que reduz a cisão, que reduz, também, o medo e a insegurança" ( HEGEL). "O amor, a despeito de suas manifestações mais requintadas e sublimes, possui sempre um substrato físico, corporal, libidinial" (FREUDE). "O amor essencial é aquele que une duas almas perpetuamente", disse Simone de Beavoir a respeito de seu amor por Sartre. "Amar é negar a própria individualidade a fim de viver intensamente e (...) inserir-se ativamente na comunidade humana" (CARLINHOS (MARX). "Amai, jóvens, as mulheres bonitas" (MACHADO DE ASSIS). "Eu amo as mulatas dos freges/ de São Sebastião do Rio de Janeiro./ A mulata cor de canela/ que tem tradição, que tem vaidade/ que tem bondade./ Essa bondade que faz com que ela abra/ as suas coxas morenas/ fortes serenas/ para a satisfação dos instintos insatisfeitos/ dos poetas pobres e dos estudantes vagabundos. Nestas noites mornas do Brasil/ quando ha muitas estrelas no céu/ e muitos desejos na terra. (JORGE AMADO). E haja amor, José. João Nelson ------------------ Caro José Fernandes Costa, O e-mail abaixo chegou para nós quando deveria ir para você. Não sei se ele mandou para você também. É do nosso conterrâneo João Nelson. Estamos lhe repassando. Caso queira que nós a publiquemos como Complemento ao tópico Amor etc. avise-nos e o faremos com todo o prazer pois gostamos também do estilo João Nelson. Isto depois de pedir-lhe a devida autorização. Saudações etc. Diretor Presidente. ------------------ Meu Caro Presidente, O João Nelson não me mandou esse imeio. Mas você mandou e eu gostei muito. Também, das citações que ele fez. PODE PUBLICAR, SIM. E MUITO OBRIGADO. Caso queira, pode publicar este trecho, também: NOTA: - Agradeço ao João Nelson, pela referência ao meu nome e ao meu amor excitado e verdadeiro. Inteiro. É o amor imune, que une. Amor que dá e recebe segurança. É o amor na sua pujança. - Agradeço-lhe também pelas citações, aos montões, sobre o amor, com louvor e destemor. Abraço,

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José Fernandes Costa ----------------- Caro João Nelson, Estou sendo só a ponte entre você e o José Fernandes Costa. Enviei a ele seu e-mail, e estou pedindo permissão para publicá-la em forma de complemento ao tópico como sempre. Agradeço, desde já sua resposta. Diretor Presidente. ----------------- Diretor Presidente, publique. Até porque tornarmo-nos público é cidadania que não rima com maçonaria. João Nelson

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9º Encontro – Comentando um Resultado

Em artigo anterior ( http://www.citltda.com/2009/01/o-10-encontro.html ) eu propus à CIT, e foi aceito, o lançamento de uma enquete para as pessoas que quisessem avaliar o 9º Encontro de Papacaceiros. Hoje temos o resultado exposto na imagem ao lado. Ele não requer uma análise detalhada pois os resultados obtidos não são nada diferentes das análises mais qualitativas feitas, aqui por nossos colegas, e em outros lugares. Aproximadamente 66% acham que a festa foi boa e ótima, sem ninguém chegar a votar no nível de excelência. Dos restantes, 23% gostaram menos e apenas 9% consideraram-na um péssima festa. Achei baixo o número de votantes. Talvez não achassem este fato importante ou, simplesmente, hipótese mais provável, não sabiam como avaliar a festa com um conceito único. Já citei o caso do elefante ao ser avaliado por três homens cegos. Dependendo do que cada um responda, é muito difícil se compor o elefante inteiro com fidedignidade. Mas, valeu a tentativa e o resultado. Se, mesmo com estas restrições queira-se usá-lo para alguma ação posterior, não há como fugir, da idéia defendida por mim e por alguns outros de entregar o próximo encontro ao José Quirino Filho. Não sabemos se houve ou não consequências práticas da reunião feita logo após o encontro, e comentada por mim. Espero que não, a não ser o de ter despertado o José Quirino para o aumento de sua responsabilidade no próximo encontro. A idéia do nosso colega, Cleómenes Oliveira, de fazer eleições no próximo ano, para o 11º Encontro, me parece importante e viável. Só uma coisa ainda me intriga nisto tudo e penso que deveria ser esclarecida. O poder público participou ou não da reunião acima? Primeiro O Andarilho nos diz: Não sei quem fez a pauta da reunião. Mas, como se trata de algo sério, além de envolver o poder público, sugira que vai retirar o item que se refere ao noivo da Ana Luna ou peça para que fique melhor esclarecido e complemente. Depois vem Bia Ferro (não a conheci Bia, mas penso que você é a moça que está, talvez, no centro da reunião e assim posso lhe chamar de Bia, pois minha idade permite esta ousadia) e diz: Acho que está havendo um mal entendido, em relação a reunião que houve, primeiro o poder Público não tem nada com isso, e a reunião poderia ter sido até na Praça, com a intenção de um bate papo, ninguém foi avisado pessoalmente, foi um convide feito pelo carro de som, para que pudesse ter a participação de todos, e também a do organizador do evento. E mais recentemente, o Sr. Pedro Ramos, depois de uma romaria ao Juazeiro onde já fui uma vez há muito tempo, e ainda recomendo, diz, referindo-se a artigo escrito por Etiene Miranda, no saite de Bom Conselho: Acabei de visitar a ACADEMIA e lá vi sua excelente matéria sobre o 9ºENCONTRO DOS PAPACACEIROS. Achei muito importante porque foi um testemunho de tudo que comentamos na reunião promovida pela secretária de Cultura da prefeitura de Bom Conselho BIA FERRO, onde fiz comentário de alguma falha que você descreveu com muita clareza e com isso prova o que eu disse e que não foi só eu que percebi a desorganização, a ponto de receber recados que eu teria que provar o que todos perceberam. Pergunto outra vez: o poder público participou ou não participou da reunião? Alguns poderão pensar que isto não tem nenhuma importância, que só uma velha coroca como eu poderia se importar com isto. A estes eu diria, se tivesse em dias bons e

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tranquilos, que é de grande importância. Ora, se o poder público participou, já reconheceu o evento oficialmente, como muitos querem, e melhor, já participa de sua organização. Cobraremos o próximo encontro da prefeita Judith Alapenha, que é responsável pelos atos de sua secretária de Cultura. Se não participou, ela, a prefeita, tem a ver com o encontro de outra forma. Cuidando para que, mesmo sendo um evento de natureza privada, ela possa colocar o poder público para ajudar no evento naquilo que é sua obrigação pela Lei Orgânica do Município. Poderá ser cobrada ainda, mas de uma forma totalmente diferente. Eu, pessoalmente, torço para que não tenha havido nenhuma participação do poder público, e se houve, já se tenha reconhecido o engano disto. Primeiro, porque a principal pessoa que deveria estar presente (o José Quirino), não estava, segundo, tenho certeza, o poder público de Bom Conselho, e aqui eu incluo outros poderes, tem muito mais o que fazer do que organizar encontros de papacaceiros, por melhores que eles sejam. No entanto, só quem pode esclarecer isto tudo são as pessoas que compõem o poder público. Bem, o resultado da enquete está aí. Espero ter colaborado com a nossa terra e com o próximo encontro, que farei tudo para estar presente. Saudações Cordiais Lucinha Peixoto ([email protected])

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Sobre Bom Conselho, as Origens das Espécies e o Bolsa Família

Recentemente se comemorou o 200º aniversário de nascimento do cientista inglês Charles Darwin (1809-1882), conhecido, principalmente, pelo seu livro Sobre a Origem das Espécies*. Nele, depois de viajar pelo mundo colhendo evidências e fazendo hipóteses, Darwin levantou a mais polêmica de todas: os ancestrais do homem são mais parecidos com os macacos do que com Adão. Aqueles que achavam que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança começaram a dar algum valor aos chimpanzés, mesmo que todas as afirmações a este respeito, até agora, tenham seus prós e seus contras, sem conclusões fatais para um lado ou para o outro.

O que todos sabem de fato, sobre esta viagem, é de sua passagem, entre outros lugares, pelo Brasil, pelas cidades de Salvador (Bahia) eRio de Janeiro. Em Salvador o SMS Beagle, navio em que viajava, aportou em 29 de fde 1832, local onde ele ficou maravilhado com a floresta tropical, e mostrou sua sensibilidade ao classificar a escravidão como uma atitude humana ofensiva e, por isso, quase foi banido da expedição. O que muitos não sabem é que durante esta parada na Bahia, ele fez uma esticada pelo interior do Brasil, - ver roteiro no Mapa - atingindo Sergipe, Alagoas, e depois, indo até

uma área com as seguintes confrontações: “

evereiro

as terras ao Sul de Alagoas (Palmeira do Índios, Tanque d’Arca, Campo de Anadias); em Pernambuco ao Norte faziam divisas com o município de Garanhuns, próximo ao povoado de Brejão de Santa Cruz, a Leste com o Poço do Veado e a Oeste com o município de Águas

Belas.” Esta região foi a ele indicada por pessoas que, ao saber dos seus objetivos como estudioso, havendo passado por ela, souberam de algumas espécies, parecidas com veados e caititus (porco-montês), que já nasciam gordos e castrados. Na época a

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localidade em lide já se chamava de Papacaça. Ao chegar lá, com sua curiosidade à flor da pele, como convém aos cientistas, ele perguntou a origem daquele nome. Foi lhe contado por um morador local (poderia ser um ancestral de Zé Bias, fala-me alguém no ouvido) ser um costume antigo pegar os animais que serviam de alimentação, castrá-lo e soltá-lo para que depois, pela sua abundância, fossem pegos mais gordos. Daí, começaram a chamar aquela localidade de Capacaça. Já mais tarde, continua o respondente, por volta de 1774 o povoado, que tinha à frente Matias da Costa Villela, que construiu uma igreja sob a invocação de Jesus, Maria e José, se tornara um homem influente entre os colonos e os comerciantes. Não era só o chefe da família patriarcal. Era também chefe político da região e muito conhecido pelo nome de Comandante. Possuidor de grande autoridade e por não gostar do nome Capacaça, mudou o nome do povoado para Papacaça.*** A mente brilhante de Darwin logo deduziu, de sua ideia fundamental sobre a origem e evolução das espécies, a seleção natural, uma explicação para os acontecimentos. Os pais dos animais castrados, ao verem a judiação que se fazia com os menos afortunados de sua espécie, sofreram mutações casuais, e algumas modificações dos seus genes (isto só se descobriu modernamente) fazendo com que seus filhos já nascessem castrados e gordinhos, evitando o sofrimento posterior. Isto foi corroborado pelo fato de, cada vez mais, aumentar a escassez destas espécies na região. Os castrados não podiam se reproduzir. Não se sabe o que as hipóteses feitas pelas observações nesta região, onde hoje fica o município de Bom Conselho, influenciaram nas conclusões de seu brilhante livro. O fato comprovado é que não temos mais veados ou caititus nesta área. Aqui o mecanismo da seleção natural funcionou às avessas, pelo menos para os bichos. Num salto no tempo, como convém a quem escreve sobre a Teoria da Evolução das Espécies, lá pelos anos de 2000, nesta mesma região, de Bom Conselho, o que preocupava era a existência de muitas pessoas com rendimento tão baixo, a ponto de

ução adequado da sua força de trabalho (Karl Marx mexeu com estes conceitos e foi contemporâneoCharles Darwin, mas nada indica que tenha estado em Bom Conselho). Isto poderia ter sido provocado pela escassez da flora e fauna, provocada pela castração danimais e seu consequente desaparecimento? Eram hipóteses a serem levantadas pelo agora forte setor público com todas suas pesquisas, planos e programas, mais conhecidos nesta época como políticas públicas. Depois de alguns estudos, com o apoiouma associação de prefeitos da região, descobriu-se então que se estes trabalhadores tivessem escolas

dignas, remuneração decente, alimentação farta e de qualidade, seria melhor parafuturo de todos. Os governos, os empresários e os homens que pareciam ser de boa vontade, começaram a fazer esforços no sentido de prover tudo isto a partir de políticas públicas voltadas para os pobres. Todos ficaram maravilhados com o sucesso das medidas adotadas. O analfabetismo quase acabou. Os indicadores de mortalidade infantil quase foram a zero. O número de pobres quase contraria as Sagradas Escrituras quando Jesus diz que “pobres sempre existirão na face da terra”. Parecia que todos seriam felizes para sempre, ou pelo menos por um bom tempo, ao ponto de se desmentir o dito popular de que “alegria de pobre dura pouco”. Com outro salJoseph Darwin, bisneto do Charles Darwin, visitou Bom Conselho. O motivo de sua

não se atingir um nível de reprod de

os

da CODEAM,

o

to no tempo, agora no ano de 2056, um cientista inglês, por nome de

123

Page 124: Livro da CIT

visita inusitada a este município fora uma estória, ouvida por ele ou lida em The Economist, que, nesta região, todos nasciam magros e continuavam magros pelo da vida. Isto era importante para ele, pois não sendo mais um cientista interessado apenas nos estudos, como seu bisavô, uma fórmula da magreza geral deveria rendebom dinheiro, já que ainda persistiam os padrões estéticos do século anterior que privilegiavam os magros. E vinda da terra que um dia teve Gisele Bündchen, era tubom. Chegasignificando que o que eles comiam era apenas o suficiente para permaneceremNo entanto, ele também constatou que todos comiam três vezes ao dia. Todos trabalhavam numa empresa chamada Perdigão, que era produtora de alimentosmotivos óbvios, era inteiramente voltada para exportação, já que todos consumiam o mínimo dentro do MCurioso como seu ancestral, procurou então alguém para esclarecê-lo sobre este fenômeno. Dentão à Academia dLetras da cidade. Neé necessário dizer qdiante das pessoas que encontrava, mesmo se considerando magro, ele se sentia um JôSoares. Quando entrou na casa, sededa Academia, de arquiteturacolonial, com varandas e alpendres, tendo pertencido a um Coronel de muita importância no passado político da cidade, se viu diante de uma cadeira grande de estiloLuis XV. Nela, sentado, de óculos e com seu fardão inconfundível, o seu presidente, ATenório Vieira Neto. Deu para o visitante observar, acima da cadeira, na pareretrato grande, quase como se fosse uma pintura, de um senhor com bigodes e cabelos

longos segurando um ramo de lírios brancos que dava paz e serenidade àquele ambiente de sapiência e cultura. Soube depois ser o Patrono da Academia. Ao ver entrar o visitante, o presidente levantou-se para cumprimentar aquele representante dCharles II, bisneto da Rainha Elizabeth II, que reinara noReino Unido no início do segundo milênio, tendo abdicado em favor do seu filho Charles. O Joseph Darwin foi logo aque interessava, indagando-lhe se havia uma explicação plausível para aquele fenômeno peculiar a algumas regiões do Brasil. Tudo começou, disse o Presidente da Academia, lá pelos

anos de 20Era um auxílio financeiro às famílias de baixa renda. Na sua língua poderíamos chamnuma tradução livre, de Family Benefit. Como promessa de campanha ele tinha a meta

resto

r um

do de

ndo lá, encontrou uma população vivendo ao nível de subsistência, isto vivos.

, e por

unicípio.

irigiu-se e m

ue

quase

.

de, um

e Sua Majestade o Rei

o

03, quando um governante criou um mecanismo chamado de Bolsa Família. ar,

124

Page 125: Livro da CIT

de fazer com que todas as pessoas tivessem pelo menos três refeições por dia. E este auxílio foi a solução encontrada por ele. Pelo menos para esta região do Brasil, esta promessa foi cumprida. Dentro de 10 antodos já comiam três

os vezes ao dia. A comida não era muita. Seria impossível engordar

o

s

-h

pouco e portanto todos eram magros. Dizem que até aumentou a expectativa de vida na

ara lógicas sobre a permanência da magreza pela a transmissão de genes,

os

ão as

s

ao chegar em Londres, o Espécie

a área de beleza e emagrecimento

"On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of the Struggle for Life" - Sobre a origem das espécies através da

com ela. Entretanto, as horas de trabalho, exigidas de quem participava do programa, eram as mínimas possíveis. Conta-se que pessoas antes trabalhadoras tenazes ganhavamum pouco mais, no entanto, achavam que seu trabalho era demasiado para aquilo que ganhavam, então se tornaram cada vez mais invejosas daqueles que ganhavam o Bolsa Família, e trabalhavam muito menos. Estes, participantes do programa, diziam: o pouc

com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada. E cada dia faziam mais inveja aos poucos remanescentes de fora do programa. Todoque trabalhavam, certo dia, deixaram de fazeavam pouco, comiam

área e o número de "modelos", desta região, trabalhando nas passarelas no exterior aumentou muito. Isto passou de geração para geração. Antes que o nosso cientista visitante apelasse psuas hipóteses biomutações, etc. nosso respondente, que havia aderido também recentemente ao programa, disse: os genes, mutações, adaptação ao meio, e outras causas biológicas não tem nada a ver com isso. O fato principal foi que, ao longo do tempo, os políticdescobriram que, sem o programa do Bolsa Família jamais seriam eleitos. E todos o apoiaram, da situação ou da oposição. Agora todos defendem com unhas e dentes oauxílio. Quando chega algum político propondo que se deve voltar ao trabalho ou compromessas mirabolantes como, vamos engordar de novo, ou vamos comer mais, tem seus 3 ou 4 votinhos e logo que podem, deixam para lá estas idéias, e aderem ao programa. Eis ai, caro cientista, a explicação é simples assim. É um processo de seleçnatural da classe política ou poderia dizer espécie política. Os políticos dizem quecrianças já nascem com um cartãozinho de filiação ao programa, embora não ouve até agora comprovação empírica desta hipótese. Na última pesquisa feita descobriu-se que sempre que isto ocorria, havia entrado um político na maternidade. Temos muitoestudos pela frente ainda. Até agora, não houve desmentido do governo britânico à notícia de que, cientista, ia lançar o livro: Sobre o Destino dastentando influenciar os pilares da ciência moderna npropondo, à moda inglesa, o Bolsa Família. Já se foi a nossa biodiversidade agora se vai também nossa magreza. -------------------- *Favoured Races inselecção natural ou a preservação de raças favorecidas na luta pela vida

lo, e reivindicaram o auxílio. Até que todos aderiram a ele. Gan

s.** Com isto, ele estaria

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Page 126: Livro da CIT

**"On the Destiny of Species by Means of Family Benefit or The PreserFatravés do Bolsa Família ou a preservação da classe política favorecida na luta pelavida. ***Alaa Bom Conselho. As fotos são da CIT, Internet (vários sites) e do Saite de Bom Conselho (Agradecemos a Saulo Neto, administrador do saite em 2056 pela autorização). -----------------C

vation of avoured Political Classes in the Struggle for Life" – Sobre o destino das espécies

guns trechos que soem como algum fato histórico real deve-se a várias fontes, e queles relacionadas com Bom Conselho, deve-se a Celina Ferro no livro: De Capacaça

- leómenes Oliveira ([email protected])

ções. Diretor de Opera

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Page 127: Livro da CIT

Fascínio Ao fitar os teus olhos lindos e miúdos Num arremate que me vem e me arremete Belos olhos nesse tom tal qual veludos Cristalinos como água que no calor derrete. Os teus braços roliços sempre abertos E eu chegando, vinha vindo a te encontrar Meu corpo vibra e com os olhos bem espertos Vejo a noite e a lua clara pra te amar. Que fascínio teu olhar tem sobre mim Na jornada que por ora se inicia Sinto-me preso ao teu corpo até o fim E numa prece me dirijo à Mãe Maria. Peço ajuda dos poderes da Mãe Santa Pra esse amor que não mede conseqüências Sinto a força de um poder que se alevanta Salve amor sereno e supremo em eloqüências. Que tem a marca dos eternos namorados Que se apegam e se amam sem rodeios Que se querem e bem assim são afagados Que descobrem essas coisas sem receios. Por mais tempo que sejamos bons amantes Não cansamos desse amor que arrebata

127

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Que reflete como espelho esses semblantes Nessas noites de cantiga e serenata. Por que tu me trouxeste esse feitiço? Nem pensei que pudesses fazer tanto Com teu corpo carregando tanto viço Tive sorte e recebi teu amor santo. José Fernandes Costa

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Page 129: Livro da CIT

CADERNO DE RECEITAS Uma amiga me presenteou certo dia, algo que me trouxe muitas lembranças. Um caderno de receitas!! Achei de muito bom gosto , porque ali ela colocou as melhores receitas que ao longo de sua vida foram provadas e apreciadas. Não poupou segredos , nem mesmo aqueles famosos , de família. Foi generosa. Durante nosso convívio, sempre admirava aqueles vidros de conservas que ela tinha em casa. E claro , os saboreava também.....mas sempre existiu um certo mistério a envolver aqueles quitudes. As receitas.....uma conserva em especial me atraia. Eram dentes de alho enormes, e que derretiam na boca , com um sabor diferenciado e sem aquele ardor ou gosto típico ......Alho sim, mas suave, saboroso, podia até beijar depois!

Agora a receita estava alí , em minhas mDevoreiUm caderno de receitas. Lembrei como eu adoravavendo a anotando tudo ,nos programas de culinária na TV. Essa memória afetiva me levou , é claro, as receitas da minha mãe, questão fora de qualquer julgamento para nós, óbvio....comidinha de mãe?? Não tem preço. Aprendi a cozinhPrimeira memória. Depois, com a entãomamma italiana, pratos saborosos...e aprenditambém com a vida! Gosto de cozinhar. De inovar , ousar. Bebericando um vinhoentão.....coisa de louco !!! Fui buscar e nãoprocurar meu caderno de receitas. Sempre

soube exatamente onde ele se encontrava , apenas não mais o utilizava. Meu Deus!! Otempo teima em passar ...até manchas de ovo? Óleo? Manteiga? Não importa. Houve um breve momento de passado. Retorno. Era muito mais que um simples caderno de receitas. Era a minha vida! Percebi alí as várias fases que passei. Tem receitas do temque casei , depois com os filhos crescidos , conhecidas que o tempo levou , amigo tempo fortificou, receitas dos típicas dos lugares onde morei, que não foram poucos....meu lado cigana é forte! A maioria tem data. E como hábito meu, muitas vobservações do momento.....cada momento ! Jamais poderia imaginar que encontrandoo caderno de receitas da minha amiga, iria pegar o meu caderno e mais que isso, resgatar momentos lindos! Afinal, comida é celebração ! De vida!!! Feita com o tempero do carinho , do amor, transfórma-se em energia. Se você tem umantigos , prepáre-se para grandes emoções. Se vocnão tem um , pegue o da sua mãe, irmã , tia , amiga edescubra um pouco sobre os gostos, momentos e vida dessa mulher e sem qualquer tipo de discriminação , homem também vale, viu???? Ah!!!! tenho a certeza que vocereceita , aquela , do alho que pode até beijar depois, lembram???? Pois bem , eis aqui .

aõs!! com os olhos.........

passar as tardes

e

ar com ela.....

sogra e como toda boa

po as que

ezes

caderno de receitas ....daqueles , e

s gostarão de saber a

129

Page 130: Livro da CIT

RAtibaia, 1990 Querida comad Aos ingredientes na dosagem exata, pois se tratava de uma espécie de "alquimia". Pelo sim, pelo não, sempre fiz a receita exatamente como me foi dito. E sempre ficou muito bom. CONSERVA DE ALHO Ingredientes:

ECEITA DA VALÉRIA

re

í vai a receita. É uma receita austríaca. Quem me ensinou disse que era para colocar

1/2 k de alho espanhol descascado

de sopa de orégano

e oliva

REPARO:Colocar todos os ingredientes, menos o alho, em uma panela e levar para

a para baixo até

s) , acrescentar ao caldo 1 colher de sopa de

spero que fique bom e que todos comam com muita

Ana Luna ão se esqueçam dos cuidados especiais para os vidros que armazenam conservas.

pode existir em uma simples receita.....ela colocou nesse caderno

jussssssssssssssss

lo

- - 1/2 litro de vinagre de3 maçã - 1/2 copo de vinho branco seco- 1 copo de água - 4 folhas de louro- 2 cravos - 3 colheres- 20 grãos de pimenta jamaicana- 20 grãos de pimenta branca - 2 colheres de sopa de azeite d- 4 colheres de sopa de açúcar - 1 colher de chá de sal Pferver. Após a fervura, colocar o alho e desligar após 2 minutos. São 2 minutos mesmo!

Escaldar o vidro bem lavado com tampa. Colocar o alho com o caldo. Deixar de cabeçesfriar. * Para fazer a conserva de cebola ( aquelas bem pequenamolho inglês e proceder da mesma maneira. É isto! Esaúde. Com carinho Valéria

Nota de NVejam quanto afetoum tributo a VIDA e a AMIZADE ! Boa Semana b Ana Luna - São Pau

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O Aniversário de Ana Luna e o Licor de Jenipapo O nosso Diretor Presidente sempre nos avisa para não personalizar nosso Blog de forma extrema evitando, pelo menos, títulos com nomes de pessoas, fotos que possam comprometer ou ferir alguém, citações maliciosas sobre pessoas, etc. Eu concordo em parte, mas, como convém, não em tudo. Se Ana Luna, minha amiga, embora não nos conheçamos pessoalmente, e, só não confidente pela distância que nos separa – confidência tem que ser ao pé do ouvido, por e-mail perde a graça – nos manda uma mensagem dizendo que seu aniversário é hoje (28/02), não posso repetir aquele artigo dele: Falando para a Lua (http://www.citltda.com/2008/11/falando-para-lua.html), desculpe-me. Este, que agora escrevo, foi motivado pelo o aniversário de Ana. Tratarei de outras

coisas para não perder o ensejo. Ana nos brindou, poucos dias atrás, com uma receita culinária. Confesso que tentei fazer o seu Alho em conserva. Deve ficar divino. Mas, esbarrei na falta de alguns ingredientes aqui nestas terras de Recife, mais chegadas a Galinha de Cabidela. Começou com o alho espanhol e empacou mesmo na pimenta jamaicana, que nem no Mercado de São José tinha. Cara amiga, cozinho direitinho, no entanto, não tenho o

mínimo de criatividade na substituição de ingredientes. Deixei para fazer depois. Meu contacto com a cozinha vem do interior, como acontecia com todas as moças casadoiras da minha época. Minha mãe vivia repetindo: Como queres te casar se não sabes nem fritar um ovo? Hoje quando tenho a petulância de dizer às minhas filhas uma coisa como esta, elas dizem: Mamãe, hoje as mulheres não fritam mais ovos de ninguém, às vezes, chutam neles. Penso em ralhar com elas, mas me lembro de que já está na hora de pedir um Frango Xadrez num restaurante chinês qualquer. Oh vida! Voltando ao assunto, aprendi a cozinhar o básico: feijão, arroz, um bife, e até um macarrão no domingo. Saladas e verduras não, ninguém comia naquela época. Meu pai dizia que não era boi prá comer capim. Quando conto isto hoje, a uma amiga de minha filha, que é nutricionista, ela fica perguntando como cheguei a esta idade. Mas, vê logo, gorda. O meu nível de renda familiar não ajudava na diversidade culinária. Demorei mais a aprender a fazer o bife do que o feijão com arroz. Atualmente, não estaríamos engajados num Bolsa Família, mas só fui para o Ginásio com uma Bolsa de Estudo. Era estadual mas foi o prefeito, Dr. Raul, que falou com seu Waldemar. Muitas vezes criticam o Programa Bolsa Família, eu, nem sempre. Só os desvirtuamentos. Meus pais não votaram no canditato A ou B porque me deram a bolsa, e se eles pedissem isto seria inútil. Ambos eram analfabetos e ainda não votavam. Dentro desta realidade o que me propus, neste artigo, foi tratar de uma receita de um licor que meu pai fazia. Antes, porém, uma explicação. Na minha época de criança e adolescente, em Bom Conselho, havia uma tradição de oferecer uma bebida aos visitantes das mulheres paridas recentemente. A mais conhecida era o “cachimbo”. Tenho dúvidas se o “cachimbo” se referia ao

131

Page 132: Livro da CIT

acontecimento de tomar a bebida, qualquer bebida (hoje vou a casa de fucachimbo”, a mulher dele deu à luz, foi “corno”, é mulher), ou, se era referente à

lano tomar o

e

te

ã usava na sua prBom Conselhotambém uma re Ingredientes:

4 jenipapos grandes -- 1 litro de água; 1 kg de açúcar;

em

na calda, apertando

bebida num coador de flanela e depois num

. Depois de pronto, guardar em

esso de preparo era bem este, mas é muito rente é que vi meu pai usar mel de

“mistura de cachaça com açúcar ou mel de abelha que se oferecia. Lá em casa, meu pai ia além. Ele gostava de servir um Licor de Jenipapapo. Pesquisando, com as facilidades de hoje, descobri que o jenipapo é o fruto do jenipapeiro, árvore nativa das Américas do Sul e Central, chega a medir 14m de altura 60 cm de diâmetro. A fruta de polpa aromática, ácida, de cor marrom clara que chega a ter 10 cm de comprimento e 7 cm de diâmetro. Pode ser usada em compotas, doces, xaropes, bebida, refrigerante, licor. O jenipapo é utilizado como fortificante, estimulan

do apetite, indicado contra a anemia e doenças do baço e do fígado. É rico em ferro, contém cálcio, hidratos de carbono, calorias, gorduras, água, vitaminas B1, B2, B5 e C. Nunca pensei que tivesse tantas utilidades.

o sei onde meu pai encontrava os jenipapos queodução doméstica e de parturição. Será que em mesmo? De qualquer forma, procurei e encontrei ceita de Licor de Jenipapo. Aqui vai:

Assumo que n

1/2 litro de aguardente (cachaça),de boa qualidade. Preparo: Lavar bem os jenipapos, cortá-los ao meio e deixá-los durante 10 dias, num vidro fechado, juntamente com a aguardente. Passado esse período, fazer uma calda grossa, misturando o açúcar e a água —fogo alto, gastam-se aproximadamente 45 minutos. Deixar ferver bastante. Retirar do fogo, esperar esfriar, e despejar a cachaça (aguardente)os frutos com as mãos. Retirar os pedaços do jenipapo e passar a coador de papel. Se o processo estiver muito lento, trocar o filtrogarrafas, bem fechadas.

Não sei também se o procparecido. A única coisa difeuruçu, e dizia ser o seu segredo. Se era o seu segredo, morreu com ele. E aquele ficou sendo o nosso Licor de Jenipapo. Parabéns Ana e tintim com o nosso licor. P.S. – Antes da publicação mostrei este artigo ao Diretor Presidente,ele ficou um pouco reticente com medo de transformar o Blog da CIT num blog de receitas. Só quando o ameacei de mudar seu

pseudônimo para Louro José ele concordou. Lucinha Peixoto ( [email protected] ) Coordenadora Administrativa

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O Rio Sena e o Riacho Papacacinha Quase toda grande cidade tem um grande rio. Sempre este acidente geográficoinfluência muito grande no seu crescimento e na vida do seu povo. Londres temTâmisa, que já morreu e ressuscitou pelo milagre do conhecimento humano e seu uso como um auxiliar na conservação da Natureza. Bonn tem o Reno. Quem já não apreciou a beleza de suas margens, com seus castelos majestosos e suas barcaças belas e funcionais como tudo que é alemão? Em Lisboa vemos o Tejo que, para os brasileiros, tem um significado especial, por ser o ponto de partida para o início da história do seu

e sua importância validam ainda mais esta afirmação. elam mais das cidades do que todos os outros aspectos juntos

ão Paulo temos o Tietê, em Recife o Capibaribe e o Beberibiacho Papacacinha, onde aprendi a nadar sem aprender a pescar. todas as cidades são grandes, e os riachos tornam-se rios ito bem das viagens secretas (para os pais) ao Papacacinha. O V de Novembro, passagem pela casa do Major Zé Pedro, ra o açude de Seu Lírio. Sebastião Preto cobrava “

tem uma o

eMuitas vezes os rios rev . Por exemplo, em São S e, e em Bom Conselho, o RQuando somos criançascaudalosos. Lembro mutrajeto, o mesmo, Rua XManeléu, e em frente pacada um, mas, chorando um quinhentos réis”, e, às vezes, até de

m do dia em que consegui “boiar”. Não sei se isto representa vida de outras pessoas: “boiar”. Para aqueles que não sabem, porque

“boiar” é o ato de se manter resenta. Para mim, o dia em que

eira vez, foi um dos mais felizes da minha vida. A sensação de e

iga,

dade r”, e de graça, livre de qualquer tarifa ou taxa. Até hoje penso

nha vida, e tento encontrar umconvicção da imporcom o nível de polu e eu “boiei”? Abaixo, a CIT apresum passeio pelo Rio erando se disséssemos que há uma confusão entre Paris e o Rio Sena. Eles esimaginar um sem o O Sena é um rio fra s,

de radicional em Paris, com seus famosos

o levou a equipe de produção a optar por uma música francesa que é um resumo perfeito deste sentimento. Não resisto, e cito aqui o belo

país. Em Roma, o Tibr

deztões” de pouquinho, saia por “

graça, se fosse muito conhecido. Ainda recordo muito bealguma coisa na nunca “boiaram” e para aqueles que não se lembram,dentro d’água sem afundar. Para eles este ato nada rep“boiei” pela primdominar a água, de impor nossas regras a ela, dizendo, agora você não vai ter que mengolir. Meu corpo reagia a qualquer ação dela, até a véspera deste dia, minha inimque poderia ser até mortal, assim dizia minha mãe. Era a vitória do meu corpo e mente sobre um notório adversário, que parecia me discriminar, pois, até então só engolia a mim. Todos os meus amigos já “boiavam”, impávidos, majestosos e, pasmem, dando-se ao luxo de mexer braços e pernas sem serem levados pela goela abaixo deste pantagruélico inimigo. Além disto, neste dia específico, não tive que pagar entrada no açude de seu Lírio. Entramos escondidos no trecho do Papacacinha que ficava na fazendo de seu Artur Gordo, bem pertinho de Chico de Antunino. Vejam bem o que é o ápice da felicihumana, aprender a “boia

dia mais feliz. Fico sempre com a mesma tância dos rios em nossas vidas. Será que uma criança, atualmente, ição e descaso por eles, conseguiria “

e repenso mi

boiar”, pela primeira vez, ond

enta um filme produzido pelo seu escritório na Europa onde mostra Sena. Não estaríamos exag

tão ligados de uma forma que não se pode outro. ncês que tem 776 Km de extensão e, um dos seus principais mérito

corta Paris. É também conhecido como o Rio dos Namorados. O transporte turísticopassageiros, pelo Rio Sena, é uma atividade tBateaux Mouches, barcos moscas. O número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita Paris. O romantismo que cerca este ri

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poema que é a sua letra. E, tenho que confessar, ao oue, algum dia, eu “boei” no Papacacinha.

uví-la, cheguei quase a esquecer q “E se você não existisse, Diga-me porque eu existiria. Para andar por esse mundo sem você, Sem esperança e sem saudades. E se você não existisse, Eu tentaria inventar o amor, Como um pintor que vê de seus dedos Nascer as cores do dia. E que não voltam. E se você não existisse, Diga-me porque eu existiria. Pessoas adormecidas em meus braços, Que eu jamais amaria. E se você não existisse, Eu não seria mais que um ponto a mais, Nesse mundo que vem e que vai, Eu me sentiria perdido, Teria necessidade de você. E se você não existisse, Diga-me como eu existiria. Poderia fingir que seria eu, Mas nunca seria verdadeiro. E se você não existisse, Eu acredito que eu teria encontrado, O segredo da vida, o por quê, Simplesmente para te criar, E para te olhar.” John Black e Diretor Presidente (*) A tradução das informações enviadas por John Black foi feita por Lucinha Peixoto.

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A Morada da Sexta Felicidade Para a maravilhosa filoso

contentamento , ventura. Convido você afelicidade" , onde para aChina ! Vale a pena ver desiste até realizar sua felicidade. Creio que essa conquista vem no aprendizado diário de saber aceitar e expressar desejos e metas , constrPercebi também que o foco da sexdiferente , de acordo com o Qual será minha sexta moradA riqueza é uma bênção de DEUS. Estar deAlguém pode negar isso? Emuma necessidade. Ponto. NãoA longevidade ...feliz de quemguerras , doenças,epidemias , todas as épocas , envelhA saúde , vai bem , obrigada! Tentando uma alimentação sadia , um vinhozinhhumor.....você é bem humoradodas coisas , o lado bom das pa aceitação das coiAliparte de meu aprendizado.... Qual será minha sexta morada agora? Penso na quarta felicidade chinesa............VIRTUDE. A virtude , em seu mais alto grau,

fia chinesa, existem seis (6) felicidades: 1/ RIQUEZA 2/ LONGEVIDADE 3/ SAÚDE 4/ VIRTUDE 5/ MORTE TRANQUILA NA VELHICE 6/ ???? E a sexta ? Bem , essa felicidade , cada pessoa DECIDE qual é a morada da sua sexta felicidade. Segundo o dicionário , felicidade é qualidade ou estado de ser feliz;

assistir ao filme " A morada da sexta personagem , a sexta felicidade é morar e ser missionária na o quanto ela se empenha em ser feliz. Não mede esforços e não

uindo e indo atrás dos projetos. ta felicidade muda com o tempo, e tem significado

momento...... a agora?

bem com o dinheiro é bom e importante ! sentido lato é tudo quanto pode satisfazer um desejo ou entraremos em má distribuição de renda.....

consegue envelhecer. Isso vale para todos os tempos. As desastres e muitos fatores não me deixam mentir ! Em

ecer foi problema e meta. Envelhecer bem , então...dádiva!

o tinto, natação , caminhadas , bom ? Ri muito? Eu sou. Procuro sempre ver o lado positivo

essoas. E a maturidade , o envelhecer , me presenteou com sas que antes teimavam em me incomodar.

saúde mental e a física se unem , se confundem...procuro ver coisas boas, ler bons vros, mensagens positivas...mas claro vivo em um mundo cheio de coisas ruins...fazem

é o conjunto de todas as qualidades essenciais que formam um homem de bem. A virtude tem origem na Grécia e segundo o filósofo Aristóteles é uma disposição adquirida de se fazer o bem. Você procura fazer o bem? Ser bom ,caridoso, paciente, modesto, ter honra...e muitas outras.... A virtude é um traço de caráter que é valorizado socialmente. É sempre sublime. A quinta felicidade, morte tranquila na velhice, é muito desejada. É realização. Lembram de " morreu" como um passarinho? Teve uma morte tranquila? Suspirou e morreu? Pois é........quando isso acontece, é a comprovação que a pessoa percorreu seu tarefa aqui na terra. Nasceu , construiu , viu seus frutos e.....morreu

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Page 136: Livro da CIT

tranquilo na velhice ! Que glória! ual será minha sexta morada agora? Q

E a sexta morada é a completa realização de cada um. Os chinesesfilosofia não era vã. Feliz de quem chega no ponto da vida que pode se dar ao luxo de

nte um desejo material para mim, é uma lista de coisinhas

lindas da vida são as mais simples!

ivendo.

bjussssssss Ana maria miranda Luna

sabiam que a

e , uma viagem , uma compra! É mais , muito mais! A sexta moradagostosas, até escrever aqui e melhor, você ler o que escrevo. Minha sexta morada é viver, agradecer, ter consciência que as coisas maisNinguém tem felicidade garantida..... Onde está a felicidade? Aprendi que sou feliz simplesmente porque estou vGostaria de saber...... - Qual é a sua sexta felicidade?? boa semana

pensar e realizar a sexta felicidade ! Ir buscar!! Sabia que minha sexta morada não seria simplesm

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Page 137: Livro da CIT

O Rio Sena e o Riacho Papa Mais uma vez o conterrâneo Carlos Sena comenta nossos artigos (

cacinha – Complemento

http://www.citltda.com/2009/03/o-rio-sena-e-o-riacho-papacacinha.html). Modestamente, ele diz no seu e-mail, que podemos publicar se quisermos. Perguntamos: como não publicar um comentário que é muito melhor do que o artigo? Inclusive corrigindo seus erros, como usar seu Lírio em vez do correto seu Liro e ampliando a real saga do nosso Papacacinha. Além de tudo, me envergonhando e ao mesmo tempo me curando do trauma japrendi a nadar, depois de "boiar", mas nunca tive coragemLiro, mesmo diante dos xingamentos, de molenga prá cima. padrão literário de qualidade que ele possui, como vocêsCarlos Sena. Diretor Presidente

uvenil, ao ter que confessar finalmente que: de atravessar o açude de seu Isto tudo, escrito dentro do

podem ver abaixo. Obrigado,

**************************************** Aceitei o convite. Passeei pelo rio Sena, lembrando os dias em que lá estive e percorri, naquele mesmo barco, aqueles mesmos caminhos. Remiti ao rio Papacacinha e adorei a proeza do "boiar". Comigo foi semelhante e no mesmo açude de seu Liro: a gente era cobrado em função de saber nadar ou não. Mas saber nadar, implicava em atravessar o

açude de seu Liro e isto pra mim era um desafio que me consumia por dentro. Afinal, a vaidade humana está presente em nós em todas as idades. Pois bem: um belo dia fui atravessar o açude de seu Liro e quando cheguei mais ou menos mo meio, tive medo e quis retornar. Em tempo, com a inteligência de bom papacaceiro, raciocinei "SE EU TIVER QUE RETORNAR, MELHOR SEGUIR EM FRENTE, POSTO QUE A

DISTÂNCIA É A MESMA". Fui e atravessei o rio e fui eleito, entre os amigos, como mais um que sabia nadar. Que felicidade, tal qual a que foi "boiar", para o Diretor Presidente da CIT. Igualmente me senti feliz e cheio de mim, pois parecia que eu tinha ganho um troféu. Coisas de um tempo que em nós não se apaga, mas que nos remete aos atuais, pois os jovens de hoje precisam de muitas outras coisas para serem felizes e, não raro, "viajam" na fumaça dos cigarros lícitos e ilícitos em busca de emoções e sentido pra vida. A minha vida, bem como dos meus amigos contemporâneos era feliz naturalmente, calcada no simples, na profundidade das mais ingênuas atitudes e atividades lúdicas. Sem saudosismos, pois que cada idade tem seu encanto, mas nos sentimos privilegiados por ter vivido um tempo em que a gente se bastava no sobe-desce ladeiras, serras, ruas, becos, etc, da nossa terrrinha, bem como nadando no açude da nação, no de seu Liro, como que navegando sonhos que mais na frente nos serviriam de inspiração literária. Bendito tempo que em nós restou e deixou pegadas fortes na relação do tempo, das pessoas e dos acontecimentos.

137

Page 138: Livro da CIT

A relação com os rios é, sem sombra de dúvidas, visceral. As grandes cidades como ntológica

ente inha. Afinal, sou

etade,

s e

provoca. ia ter aprendido nadar no açude de seu Liro e pela frustração de não bem descreveu o articulista que me provocou esta prosa em final de

Paris e aquelas não tão grandes como Bom Conselho se nivelam na lógica aos seus rios. Neste passeio que o vídeo proporciona por Paris, senti-me duplamd

pleno: afinal, sou Sena; afinal, sou de Bom Conselho e do Papacacsonhos e sou realidade. Inteiro e maceno e saudade, caro e caridade. Sou viola, jamais violência; do "quero", nunca da mal-querência; da vida e da vidência - pela capacidade real de me ver em ti, Sena, aopés da torre Eifel, da ponte de Neuf (penso quse escreve assim), margeando a Notre Dame, mas na completude de ti, Papacacinha - sorrateiro, estilete de água a desfilar ingênua irrompendo a solidão da terra seca que a estiagemPelo prazer de um dsaber "boiar", comonoite. Valeu. Carlos Sena

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Page 139: Livro da CIT

UMA OBRA DE ARTE QUE REPRESENTA A CRIAÇÃO:MULHER

Essa Obra d ro de si a Naturez ouver e elimin gestos, nas suas palavras, nos seus sorrisos e em todos os encantos femininos: o equilíbrio de sua natureza psicológica e de sua natureza espiA mulher hincontávlar para trab

colaborar com o companhrecentes, conquistou o direito de possuir novos conhecimentos profissionais. Essas lpela suafi

um

e ta Feminina Deverá descobrir os defeitos se h

á-los com virtudes que façam surgir nos seus

ritual. á várias décadas, por

eis necessidades, foi saindo do alhar, com a intenção de

eiro e familiares. Nas décadas mais

utas, pelas novas conquistas materiais e espirituais, e liberdade de pensar e de expressar a sensibilidade,

zeram desse SER FRÁGIL FISICAMENTE, mas dotado de a vontade e de uma fortaleza espiritual extraordinárias, um ser

capaz de vencer os preconceitos seculares. Porém por falta de certos conhecimentos, muitas vezes, o seu ser delicado, afável, sensível, carinhoso no falar, suave no andar, delicado nos seus gestos femininos e a sua feminilidade, foi sofrendo dentro dos ambientes de trabalho a influência de pensamentos frios, pensamentos pobres de delicadeza, pobres de afeto, pobres de gentileza e pobres de atitudes e gestos de bondade. A mulher não pode esquecer de sua graciosidade, a sua feminilidade e a sua doçura não deve desaparecer de sua alma feminina e não deve esquecer de

que trouxe dentro de si a representação da beleza, e da harmonia dos encantos da Natureza... O que fica deste estudo é algo que traz muita felicidade. A mulher é o grande jardim da Criação, onde as flores do seu caráter devem exalar o aroma inesquecível e puro das virtudes, mas para as flores e o aroma serem constantes será necessário um bom e capaz jardineiro que saberá podar no tempo certo, com delicadeza os galhos prejudiciais à vida e assim poder colher flores perfeitas de essência inebriantes. A mulher deverá conquistar para ser a mulher IDEAL, a perfeição contida no seu arquétipo DIVINO. A Obra Divina foi completada com a criação da mulher que trouxe o encanto da Natureza em sua Natureza Feminina. Deus a dotou com uma grande sensibilidade que simboliza o aspecto Divino da existência do homem. Salve o dia da Mulher Marlos Urquiza Cavalcanti

Arte chamada de mulher que traz den

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Page 140: Livro da CIT

O Dia Internacional da Mulher

do minha bolsa e apetrechos na CIT, para ir curtir mais uma noite no lar, q ndo veem em minha direção o Diretor Presidente e o Oliveira.

oDisse o Diretor, secun- Você não gostaria deEu, na lata: - E por que vocês não a? Quem deveria escreveInternacional do Hom ondo. D vocês nos exploraram, vida de subserviência, ao mesmo tempo que de nossa sociedade.

sem nós, mulheres, como ivas, sensíveis e fomos, vocês não darão

querem nos agradecer e m dia prá nós, e ainda

sobre ele? s nos tiraram todos os

Dia

la

pés aleijado fato de seremachismo Eu não sou Conselho, s

Isto não porque batalhar da

e

ras, efeita,

rtigos

erna e, talvez, mais civilizada. Isto dos os povos e citamos alguns lugares acima, como exemplo,

ia (o que a novela da Globo mostra, é só uma caricatura da é muito pior. Desculpem, todos sabem, adoro novelas e

meu marido também) onde as mulheres ainda sofrem uma terrível discriminação, este detalhe se torna chocante e mesmo revoltante. Basta ir na internet para encontrar citações como a seguinte:

Estava eu ajeitanmeu sacrossanto ua

Dia Internacional da Mulher dado por Oliveira que falou: escrever alguma coisa para nosso Blog?

escrevem? Por acaso, só mulher pode escrever sobre o seu dir, sobre ele, eram os homens. Por falar nisso, existe um Dia em? Não. Por que? Eu mesmo resp nos humilharam, nos submeteram a umaforam responsáveis por todas as mazelas

Agora descobriram que pessoas inteligentes, criattrabalhadoras que sempremais conta do recado, pedir perdão criando uquerem que escrevamos Simplesmente, os homendias, todos os dias eram deles. Então pra quede Homem? Eles sempre tiveram todos. Agora nos querem dar um só, e para que ninguém

, dizem que é Internacional. Será? E as mulheres castradas na África? E os s das Gueixas no Japão? E aquelas mortas na China e na Índia, pelo simplesm mulheres? E as mulheres de Pernambuco que estão sendo dizimadas pelo

doentio e reinante durante anos? uma feminista. Com a minha idade (não pensem besteira) e nascida em Bomeria muito difícil sê-lo. O que fui foi

muito mulher. Mulher no sentido de ser gente sexo, e que sempre exigiu respeito do outro. implica sair por aí queimando sutiãs, só os homens não queimam cuecas. Implica sim, pela sobrevivência e lutar por uma vida digna mesma forma que devem fazer todos os gêneros, e junto com todos eles, mesmo que admitamos a existência de mais de dois. Estoulembrada de uma nota que escrevi no Mural do sitde Bom Conselho (agora o Mural cabe poucas letcruzes!) logo após a vitória de nossa atual prJudith Alapenha, criticando o fato de alguns alouvarem seu feito, não pelo o feito em si, mas por elaser uma mulher. Quando ser mulher, era apenas um detalhe. E assim ainda penso hoje. Ser mulher é apenas um detalhe, em nossa época modnão ocorre ainda com tomuito atuais. Voltemos à Índmulher indiana, na realidade

- Lucinha, amanhã é

urante toda a história

note a bur

de um

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Page 141: Livro da CIT

Não são poucas as mazelas sofridas pelo sexo feminino aqui na Índia. Supondo que a

erecer isso?’, 'meu karma é muito ênero. bem, o que é raridade,

t da-

“menina escapou do aborto seletivo, ela corre o risco de receber um “nome frase”, ou um nome pejorativo, ridículo ou humilhante, que indique o descontentamento do pai emter tido uma filha ao invés de um filho; algum destes nomes próprios são: ‘espero que seja a última’, ‘nossa que castigo’, ‘o que fiz pra mmau', 'devo ter sido mau na encarnação passada' e coisas do gNa casa de uma pessoa aqui na Índia vi a empregada limpandoentão perguntei o nome dela e a pessoa respondeu “empregada”. Pensei não ter entendido bem e tornei a perguntar e a resposta foi a mesma. Para esclarecer eu

perguntei ‘o nome da moça é “empregada”?’ e a pessoa respondeu SIM, o nome dela é Empregada!!!! “:(

p://indiagestao.blogspot.com/2007/03/trajetria-htvida-da-mulher-na-india.html)

uém pediria à mulher indiana, vivendo nesta

ulher? Claro que não, mesmo porque ela não eria escrever, nem ler. Lá, ser mulher, não é, da, apenas uma detalhe como aqui. Será no uro, mas não por causa do nosso dia. E sim que, com o avanço das comunicações, as

mulheres indianas descobrirão que para serem mulheres, devem antes ser gentealgumas de nós ocidentais aprendemos, a duras penas. E vocês vem ainda pedir para escrever sobre o meu dia? Escrevam vocês homens, comoMarlos Urquiza fez, num belo texto, abaixo publicado, apesar de algumas pequenas discordâncias. Mas, pelo amor de Deus, não me venham com aquela estória de rainha do lar (me desculpem as majestades), aqui P.S. - Para sua reflexão: Se você descobrisse que sua filha ou neta, de 9 anos de idade, foi estuprada e está esperando filhos gêmeos, d ho, do bispo ou do médico? Lucinha Peixoto - E-mail:

Alg situação, para escrever sobre o seu dia, só porque ela é msabainfutpor

, como

em .

e quem você aceitaria um consel

tda.com

casa temos o rei do lar, também

lucinhapeixoto@citl

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Page 142: Livro da CIT

O Dia Internacional da Mulher - Compleme ***************************************** Caro Carlos Sena, Mais uma vez agradecemos sua participação em nosso Blog. Penso que foi Voltaire quem disse, ou talvez tenha visto na folhinha de algum calendário: "Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres". Isto se eu discordasse totalmente de você. Imagine o que penso, concordando parcialmente. Lucinha, quando

nrada sendo colocada como símbolo de Mulher, ito fã do nosso bispo, embora se considere uma

r todos os ritos da Igreja. Obrigado.

ia de reflexão. Penso que Lucinha pode, sem sombra genérica deste dia. Claro que não a conheço

agino assim. A mulher que queria neste dia Maria Jó, como era mais conhecida no alto do

colégio. Também Dona Pretinha, minha mãe, poderia ser esse símbolo. A própria Gonga (uma mulher tida como ´"de vida fácil" dos meus tempos de adolescente), ou essa mulher que a gente não sabe ao certo seu nome, mas que MARIA já basta - diferente de "empregada", "secretária", ou assemelhados títulos reducionistas da condição de gente. Apenas Maria. Apenas Lucinha. Apenas Pretinha. Apenas Mãe Jó. Sem penas, mas com louvores às atitudes de mulheres fortes, decididas, que sabem faza diferença. Neste dia Internacional das Mulheres, quem mais deveria comemorar era o HOM

nto

oprincipalmente porque ela não é mucatólica praticante tentando cumpri Diretor Presidente ******************************************* Dia Internacional de mulher é um dde dúvidas, simbolizar essa mulherpessoalmente, pois é por isto que imhomenagear seria Mãe Jó, ou dona

er

EM.

al gente feliz é o que precisamos em todos os lugares, inclusive

e presente: "façam uma revolução na igreja caótica, digo, católica" no sentido de que um dia a gente possa ter uma mulher como arcebispa de Recife e Olinda. Pois se assim já fosse a gente não estaria passando por esse vexame desse bispo antipático que só provoca a discórdia em nossa arquidiocese: fechou o seminário teológico, persegue padres que eram amigos de Dom Hélder, suspendeu Padre Edvaldo de Casa Forte, meteu-se em fuxico com um padre e uma suposta amante que até hoje nada ficou provado e por aí vai. Agora se sai com essa pérola da excomunhão de pessoas que são conscientes do dever profissional como os médicos que fizeram o aborto induzido da menina de 9 anos já alardeado pela imprensa do mundo inteiro. Mas como falar desse "bispinho", mais espinho do que bispo, é "gastar vela boa com defunto ruim", retomo a prosa das mulheres neste dia de REFLEXÃO. Portanto, Lucinha, a bola é sua. Na verdade é de todos, posto que toda mulher tem um homem dentro de si e todo homem uma mulher, não necessariamente nesta mesma ordem. Parabéns, portanto, a todas a mulheres que são felizes independente da condição

ler seu comentário deve se sentir h

Ele, afinal, tem sobrevidido na sombra delas, haja vista que no carnaval do Recife só dá homem se vestindo de mulher. Neste tempo todo de Recife, nunca vi mulher vestida de homem, exceto aquelas que são, naturalmente, masculinizadas. Se elas forem felizes é tudo que importa. Afinnos altos cargos da igreja. Portanto, neste dia, invoco às mulheres que nos deem ess

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Page 143: Livro da CIT

que tenham. Afinal, são fiéis representande de Maria, mãe de Jesus, final, representam a grande frustração dos homens que, por mais fortes que se digam

aqui na terra.

amais irão conceber dentro deles Aser; por mais sábios e inteligentes que se digam ser, j

e nós) uma criança - missão delegada por Deus às MULHERES. (d Carlos Sena

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Page 144: Livro da CIT

Dúvidas O que segue é mais um diálogo, bem humorado, com um jovem, mais jovem do que eusupunha, maduro e inteligente de nossa terra: Felipe Alapenha. Sua

publicação tenta

de sua idade ao prazer da escrita, da discussão e da reflexão sobre os mundo, com ênfase no nosso que é Bom Conselho. Espero que a CIT

esteja no caminho certo. Como disse anteriormente, já temos aqui jovens de 40, 50, 60, 70 e até de 80 anos, agora temos um jovem de 20 anos, que venham os precoces de 10. Se os jovens mais velhos divulgarem o Blog com os filhos e netos (não posso esquecer de nosso conterrâneo Zé Tenório, que além de ter uma linda neta, escreveu A Floresta das Garças que resume a situação de quase todas fazendas de Bom Conselho, brilhante) conseguiremos. Diretor Presidente ******************************************** Dando uma esticadinha no carnaval, tive a oportunidade de passar por Bom Conselho e aproveitar o final de semana pós folia na terrinha. E chegando lá eu tive a alegria de receber um convite de minha mãe, pra acompanha-la em uma festa num distrito: Caldeirões dos Guedes! Festa do padroeiro da localidade. Logo me veio a cabeça a idéia de passar pelas instalações da CIT e conhecer todo o pessoal. Estávamos em 6: eu, minha mãe, minha irmã do meio Natália, a vereadora Ivete, secretário Washington e a Drª Izabel Lima. Uma comissão bem animada e uma viagem divertida até aquele lugar. Eu não conheço muito Caldeirões, mas confesso que não foi dificil andar por lá! Pelos vídeos postados por vocês da CIT, eu pude me familiarizar com aquele lugar e fui me localizando... Logo procurei a sede da empresa. Descendo por uma ladeira, logo depois da praça, pude ver de longe a casa bege que eu tanto conheço pelas fotos. Ao não ver o letreiro da empresa, que agora eu sei que só é virtual (kkkk), já pude perceber que alguma coisa estava errada! E ao ir cumprimentar as pessoas daquela casa, pensando que ia lidar com um cenário Hightec, como eu sempre imaginei ser a sede da empresa, me deparei com uma gente muito boa e simples, que de longe se parecem com programadores de um blog. Aí me veio a dúvida na cabeça: A CIT existe mesmo, digo, fisicamente? Ninguém melhor que o Sr. Diretor da empresa pra me responder essa também! Agora eu penso se tratar da CIT uma organização secreta! Niguém sabe, ninguém viu, mas todo mundo sabe que funciona! Acredito que isso seja para manter o anonimato, mas confesso que fiquei meio decepcionado por não conseguir falar com vocês pessoalmente. Quer dizer, até desconfio que conheci um dos integrantes da empresa nesse mesmo dia, na casa do vereador Vavá Caréu, em uma conversa descontraida acompanhada de uma cerveja servida pelo nosso anfitrião. Mas como eu disse, é só uma desconfiança! Desconfio de tudo e de todos agora quando se tratar da CIT, no bom sentido, é claro! kkkkkkkkkkk um grande abraço Felipe Alapenha ********************************************** Caro Felipe,

atrair pessoasproblemas do

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Page 145: Livro da CIT

Em primeiro m momento bom

lugar agradeço o e-mail. Receber notícias suas, mesmo antes de ler, já é . Lendo então, só tenho a agradecer à visita em nossa sede em

ir

confusão na casa e resolvemos ficar num quarto mais isolado. Diante deste desencontro, você e a

itiva tem toda razão para esmo,

rteza que, as 6

ais simples de Bom bém como Vavá Caréu e outros de Caldeirões farão, independentemente

uCaldeirões. Se vocês tivessem me avisado eu teria pelo menos mandado contratar, se não uma banda de música mas, pelo menos, um conjunto de forró para recebê-los. Infelizmente, o Jefferson, nosso funcionário único, tinha ido para Bom Conselho curtseu Carnaval. Você tem razão, mandamos retirar o letreiro da casa, pelo motivo que você presenciou a gente muito boa e simples que divide a casa conosco. Apareciam muitas visitas, alterando sua rotina. O nosso funcionário só ocupa um quarto que fica fechado. Lá você iria encontrar um cenário mais Hightec, como você diz. Um computador em forma de pinico. É uma criação nossa. Um monitor em forma de um retrato na parede. Um mouse em forma de faca peixeira. Você precisava ver o Jefferson usando o pinico olhando para o monitor com a faca na mão. Isto causava muita

comperguntar: a CIT existe mfisicamente? Para responder a esta pergunta estou enviando os anexos com fotos de sede em Recife e naInglaterra. Nestas subsedes você poderá encontrar uma tecnologia mais desenvolvida. Por exemplo, em Recife, criamos uma impressora em forma de Galo. Alguns a chamam de Galo da Madrugada

mas, é só para chatear seu criador (Cleómenes Oliveira). Coloca-se o papel no bico, comanda-se a impressão, e o texto impresso sai perfeito pelo outro lado. Adaptamos uma câmera de vídeo com um aparelho que tira foto como uma espécie de raio X. Esta foi uma invenção do Jameson Pinheiro. Aplica o princípio que todo "corrupto" vem comuma placa no corpo que pode ser detectada pela nossa câmera. Recentemente, emprestamos uma destas a Jarbas Vasconcelos. Dizem que ele a usou numa reunião do PMDB e, vendo as fotos, resolveu dar um entrevista à revista Veja. O problema é que estas fotos ainda não podem ser usadas como prova. No futuro, quem sabe. Diante disto tudo, a CIT não pode ser uma organização secreta. Pelo contrário, ela tenta ser transparente. Mas, de quaquer maneira, sendo você um jovem, pode não só desconfiar mas, tem que desconfiar, inquirir, pesquisar e tentar melhorar a vida do nosso povo, nem que seja proporcionando-lhes Risos e Emoções. Tenho cepessoas que foram a Caldeirões, depois de terem visto aquelas pessoas simples e boas que dividem a casa com a CIT, lutarão pela Inclusão Digital do povo mConselho, tam

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Page 146: Livro da CIT

de credos políticos. Aí sim, a CIT ganhará ainda mais $RE. Pedindo desculpas pela decepção em não nos encontrar pessoalmente, digo, não foportunidade. Colabore com nosso Blog e com nossa empresa divulgando-os, como vem fazendo, e também com suas idéias, que teremos o prazer de publicar. Já peço permissão para publicar este nosso novo diálogo, acrescido de sua permisão e de qualquer outra coisa que queira escrever. Isto serve para seu colegas e amigos principalmente, os jovens. Saudações Cordiais Diretor Presidente. ****************************************

u questionamento principa

o diálogo.

a física e transparência. Devo o mostra mais nossa realidadeo prédio alegando o mesmo não

seguir as normas arquitetônicas para o local. Mas estamos no mesmo endereço no prédio que foi restaurado. Quando quiser, visite-nos, será um prazer recebê-lo. A sedena Inglaterra continua no mesmo lugar, parece que não mudou o prefeito (notou a Bandeira de Bom Conselho ao lado da Brasileira, os ingleses morrem de curiosidade). Como disse, no outro e-mail, nosso Blog precisa de colaboradores jovens, (nãoconheço mas, tenho certeza você deve ter abaixo de 30). Sempre que tiver algum artigo interessante sobre nossa temática principal, que é Bom Conselho, mande prá gente e temos o prazer de submetê-lo ao nosso Conselho Editorial. Atualmente só tecolaboradores jovens com mais de ouvir as opiniões de jovens mais jocolegas e demais jovencolaboradores atuais estão muitAgradecemos pela divulgação e pConselho é a causa maior. Diretor Presidente ************************ Eu fico lisonjeado pelo convite dea minha criatividade não me peassim que tiver alguma inspitambém aos meus amigos. Ah sim, e só por curiosidade, acredito que eu seja o mais novo da turma mesmo! Sou

altará

e l! kkkkkkkkkkkkkkkkk Sobre a permissão, já está dada para publicar o noss Obrigado pela atenção mais uma vez Felipe Alapenha **************************************** Caro Felipe, Que bom você ter se convencido de nossa existênciconfessar que a foto mostrando a sede e Recife já nã . A prefeitura (o novo prefeito) mandou desmontar noss

o

mos 5vens. Este convite é extensivo aos seus amigos,

s de nossa cidade. Pagamos a todos em $RE. Os nossos o satisfeitos com o que ganham.

edimos: continue divulgando, tenha certeza, Bom

*****************

ter essa honra de escrever para o blog. Confesso que rmite isso agora, mas certamente vou fazê-lo em breve,

ração sobre as coisas da nossa terra. Vou estender o convite

0, e eu me incluo entre eles, no entanto queremos

As imagens e suas descrições já responderam ao m

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Page 147: Livro da CIT

um jovem de 20, que não canso de aprender e apreciar as his60... um grande abraço Felipe Alapenha

*Saudações Juvenis Diretor Presidente

tórias dos jovens de 50,

****************************************

- E-mail: [email protected]

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Page 148: Livro da CIT

Chegando

E a Maria Caliel vem chegando de mcomo abelha que f

ansinho az mel

eça devagarinho.

vem estreitar esse laço. De pouco em pouco nós vamos aumentando essa corrente por isso que aqui estamos cercados de tanta gente. A vida é quem nos ensina a vivê-la intensamente ser mulher é ser menina para que ser diferente? Caliel já nos honrou com sua nobre chegança na Academia aportou com tempero e temperança. Veio emprestar seu valor e juntar-se a outros tantos na mão trazia uma flor no coração seus encantos. Trouxe prosa com doçura juntou-se a seus semelhantes trouxe o traço da ternura veio dócil, sem rompantes. E por que ser diferente nessa vida passageira onde a vontade da gente é ser gente a vida inteira. Seja bem-vida, Maria nesse espaço que é de tantos tua estréia me alumia e alumia a não sei quantos. Trilhando pela humildade nós só queremos saudá-la saudar com maturidade

com Vem chegando pro Mural sem nem apressar o passo numa prosa sem igual

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Page 149: Livro da CIT

e agora és tu qu

em fala.

.br

E eu fico por aquicheio de contentamento deixo um abraço pra ti no meu arrebatamento. Só quis fazer um lembrete da tua ilustre chegada vou deixar-te um ramalhete vou ouvir a passarada. Deus te ilumine a estrada onde haverás de passar usa a porta de entrada pois vieste pra ficar. José Fernandes Costa - [email protected]

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Page 150: Livro da CIT

A “Arapongagem

Deixaram-me um pacoteTrouxeram-me o pacote. Havia uma fita gravada com letras de forma, tira“Vejam o que estão conversando em sua empresaabaixo duas letras: P.Q. Se bastava o “vá para” na frentduas letras. Fui ouvir a fita pnas letras. Havia algum chiado, poréDistinguiam-se bem as vozAndando de Costas. Vi tda Lucinha, que tem o que fica tocando baixreque foi conversado entre os dois era quase lugar comoutras reuniões mas, longe de mim dizer que o q

na sede da CIT, em Recife. Ao Senhor Diretor Presidente. Abri-o com cuidado, mas sem susto. Um pacote é um pacote.

e um bilhete. Neste estava escrito das de algum jornal ou revista:

”. Logo houvesse mais um P. no final, e para fazer sentido. Mas eram só ara ver se achava algum sentido

m, era absolutamente audível. es de Lucinha Peixoto e de José

ambém que a conversa era na mesa hábito de levar um radinho de pilha

inho (ela diz que são “Clássicos” laxantes), mas não tanto para escapar do gravador clandestino. Ouvi a fita até o fim. O

um na empresa, já discutido em ue se conversou ou foi dito represente a

posição da CIT, aqui cada um é livre para opinar. Chamei Lucinha e Zé Andando mostrando-os a gravação. A reação de Lucinha foi taxativa e veemente: - Então estão gravando conversas aqui na CIT? Isto só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Grampos na CIT? Meu Deus aonde estamos? Eu os acalmei e disse: como castigo para vocês, por conversar na hora do expediente, vocês vão transcrever, sem cortes nem edição todo o teor desta fita, e o publicaremos. Assim foi ordenado e assim foi feito. A transcrição da fita está aí em baixo, sendo

assinada pelos dois. Lucinha diz que continuará conversando, embora, agora na hora do almoço, e olhando para os lados. No entanto, fiquei encafifado por não saber o que significava o bilhete e principalmente as letras P.Q. no final. Ainda quero saber quem é o autor da brincadeira de “arapongagem”. No dia seguinte li em num jornal: “Prorrogada pela quinta vez, a CPI dos Grampos começou ontem novo capítulo de atividades convocando para prestar depoimento o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz....” As iniciais, meu Deus, a ABIN, nãoooooooooo.... Diretor Presidente ***************** C O N V E R S A: - Bom dia, Lucinha! - Bom dia, Zé Andando, como estão as coisas? - Mais ou menos. O pessoal está reagindo aos meus conselhos, como revisor. Não

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Page 151: Livro da CIT

querem mais saber de Reforalguns cometem de concordância ou

ma Ortográfica, nem mesmo para os erros crassos que regência. Inclusive você, Lucinha.

poentendimentos, no passado, com este tempo de escrita Me poupe, né Zé. rdade, não a virtual, mas a

tudo isto não passaria de uma

lançou a ideia, sumiu do agora só fala em imo ano, saúda os

ano escreveu mais de 100

, como Geraldo Guedes, Fernando Benjoino, João Nelson, Edjasme Tavares que agora

o- Até parece que tu não conhecespara sair daqui? Lembra que agora não temos mais nem hospedagem em Caldeirões? Se eu lutar mais um pouquinho p e confesso, caro amigo, só o faço por causa do Pedro de Lara. Não só pela pessoa que foi mas pelo que ele representa panos. Gente do povo era considelá no Centro, até hoje não sei po

tasia

menos o Zetinho, que apesar de lutar quete. Dos outros interessados,

. Mesmo começando pela

Existem bons escritores lá, mas outros entraram porque

articipação, a e criação de uma

nsagens, mas há a limitação de caracteres, e se torna um meio Imortais. Poderão ficar conhecidos como Imortais de 1000 ão sei mais qual o processo de escolha.

propõe ao Diretor Presidente que a CIT entre neste processo de

os de escrever para o Mural do site de

- Zé, pelo amor de Deus, eu escrevo há séculos, todo mundo me entende, já fui até convidada uma vez para Academia Virtual Pedro de Lara, no site de Bom Conselho. Falando nisso, agora chegou outra escritora lá. Maria Caliel, dizem que é boa, mas ainda não tive tempo de lê-la; o Zé Fernandes escreveu umela, o Diretor aprovou a divulgação. Apesar de alguns desacho Zé Fernandes um ótimo poeta. Como estava falando, você vem me dizer que devo escrever “saite” em vez de site.

ema em homenagem a

- Por falar em Academia, a quantas anda a Academia de Veoutra para a qual Pedro de Lara venceu a eleição para patrono?- Sei lá. Já estou pensando que aqueles que disseram quefogueira de vaidades, é que estavam certos. Zé Arnaldo que site. O Andarilho, quando chegou lá só falava em Academia,encontros de papacaceiros, que acontecerão apenas no próxvisitantes do mural, e lança candidatos a deputado. Só esteartigos, li alguns, academia zero. O único que atualmente demonstra ainda um certo interesse é o Zetinho mas, penso que ele não mora em Bom Conselho nem consegue um líder da terra para tocar o projeto. O único que eu achava capaz de faze-lo é o Alexandre Vieira, mas é contra a Academia. Não vejo muita saída não. - Por que você não vai a Bom Conselho conversar com os intelectuais que moram lá

utros, que agora não lembro?está morando em Garanhuns, e minha vida aqui. Eu, por acaso, tenho algum tempo

or esta Academia, tem que ser no virtual mesmo. E lh

ara Bom Conselho. Vivi em Bom Conselho durante rada maluca. Um vez fui entrar num baile de carnaval rque chamavam de Centro, pois lá havia um baile de

clube chamado O Amigo da Onça, onde só entravam os meninos da chamada sociedade. Me barraram, porque eu não estava fanJoãozinho Trinta: estou fantasiada de pobre. Sendo Pedro de Lara o patrono, nossa elite intelectual tirou o corpo fora. Para ser justa, pelo Dantas Barreto, aceitou o veredicto da nossa enninguém mais deu um pio.

da. Se fosse hoje eu dizia como

- E aquela tua ideia de começar pela Academia virtual? Pensastes alguma coisa mais?- Não tem jeito. Ninguém quer botar o guizo no gatoAcademia Virtual, alguém tem que tomar a iniciativa. grande parte escreveu alguns artigos há muito tempo,escreveram quatro linhas no mural, e daqueles que realmente tem pmaioria gosta mesmo é de escrever e não coordenar um processo dAcademia Real, via Academia Virtual. Agora, com o Mural do site, eletrônico, não há mais censura às meperigoso de escolha detoques. Confesso que n- Por que você não organização? - Você não estava aqui na época em que deixamBom Conselho. A forma como saímos, e tivemos nossas razões, deu a impressão,

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principalmente para aqueles que, quando tem contrariados os seus interesses de aparecer, ficam botando cabelo em ovo, que estávamos brigando com o academia virtual, quando nunca tivemos esta intenção. Hoje já conseguimos convenalguns que o Blog da CIT foi criado para complementar o site, e não para substituí-loAlguns já publicam seus artigos nos dois veículos, e também na A Gazeta. Isto só podmais do que triplicar o que a arte de escrever pode fazer por Bom Conselho. No entanto, alguns, felizmente uma minoria tão pequena que quase passa à categoria do Eu Sozinho, ainda teima em boicotar nossas ações. Ao invés de verem o que escrevemficam o tempo todo indagando quem somos nós. Dizendo que eu não sou eu, vovocê, o Diretor Presidente é outro, como se houvesse importância que a pessoa que escreveu o Evangelho de São Marcos se chamasse Plínio, ou que Mméritos em escrever o Pentateuco por se chamar Davi. Defendo que mesmo O Andarilho só deve ser criticado pelo que escreve e não porque é um Capelão e se chama Osório. Mas, o Blog da CIT, está cumprindo o seu papel de ser mais umcultural e informativo para Bom Conselho sem fugir do objetivo maior da empreproporcionar aos seus clientes Risos e Emoções. São quase 1000 acessos por mês, até agora. Lembre-se Zé, existem emoções de todo tipo.

site e com a cer

. e

os cê não é

oisés teria menos

órgão sa de

risco eu amigo, a

- Em suma......? - Seria difícil mesmo que alguns não fossem tão vaidosos ao ponto de colocar emos desejos de uma comunidade inteira para aparecer, e havendo estes, mcoisa torna-se ainda mais complicada. Mas, como dizia meu pai, quando eu queria umvestido novo no dia de ano: Se não tiver o vestido novo, vista um velho e faça uma caranova, alegre, confiante e tranqüila. - Lucinha, vendo você falar quase perdi a hora, tem um artigo do Jameson pra ler. Seeyou later! - Zé, tu vistes algum ruído aqui por perto, parecia um gravador? Não, nada...Té. José Andando de Costas - [email protected] Lucinha Peixoto (Protestando contra a "Arapongagem") - [email protected]

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A melhor bebida do mundo!!! Não há vinho raro, whisky de quantos anos mesmo? Sucos, refrigerantes, licores, nada disso chega perto da boa e velha.....água de beber, camarada! Muitas pessoas continuam

com a visão infinita da água. As previsões internacionais dizem que em 2025 , dois terços da população mundial, não terão acesso a água potável. Parece distante? Não, não é . Está aí, ó. É para se preocupar sim. É preciso uma mobilização mundial. Não é um problema estatal. A sociedade deve estar atenta! Eu, você , nossos filhos, os vizinhos, as pessoaem geral....... Água não se repõe portanto .......cui! Ela é para o nosso século , o que o petróleo foi no século 20 : fator determinante de riqueza das nações. Surpreso? Acho que não. Atenção! ÁGUA , water, acqua....a vida na terra depende totalmente dela.

Curiosamente, na interpretação dos sonhos, a água é odependendo do tipo de água , você terá um significado para seu sonho........acredite ou não. Fonte de vida , que hoje precisa de um controle social, é foco de estudos, campanhas , incentivos. Você ainda lava a louça sem fechar a torneira? Faz a barba com a torneira aberta? Lava seu quintal sem varrer, usando toda a água que bem entender? Sua vassoura é a mangueira? Escova os dentes com a torneira escancarada?? E seu banho? Faz dele um relaxamento ou é para se "banhar" como se diz ? É preocupado com vazamentos? Não só em sua casa , mas também no trabalho , academia, escola, ou seja onde vcnosso sim. As indústrias também se preocupam. A evolução técnica de alguns tipos de

s dado

símbolo da vida! Portanto ,

ocê enxergar um , aponte, obre, exija solução! É problema

chuveiros e torneiras acionam menos água. Dê preferência para descarga com caixa. Economiza água. Os modernos prédios hoje são construídos com reutilização de água. Além de cooperar com o ambiente, coopera com o bolso dos moradores, pois diminue o condomínio. Já decretaram até,os 10 mandamentos para usar bem a água. Pode ler, reler , mas principalmente , fazer uso deles. Adote esses hábitos,se já é adepto, divulgue. Se imprimir,imprima só o necessário. Consumo consciente de água !!!! Água na natureza, na vida e no coração dos homens !! Isso sim é de dar água na boca!!!!! bjussssssss boa semana Ana Luna , São Paulo Evite o desperdício, seguindo os dez mandamentos. 1.No banho: Se molhe, feche o chuveiro, se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique com o chuveiro aberto. O consumo cairá de 180 para 48 litros. 2. Ao escovar os dentes: escove os dentes e enxágüe a boca com a água do copo. Assim você economiza 3 litros de água.

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3. Na descarga: Verifique se a válvula não ão jogue lixo e restos de comida no vaso sanitário.

está com defeito, aperte-a uma única vez e

e7. Na lavagem de louças: Lavar a até 105 litros. Ensaboe a louça covez. Na máquina de lavar são gas 8. Regar jardins e plantas: No imanhã ou à noite. Use mangueira9. Lavar carro: Com uma mangpor mês, com balde de 10 litros, sobra da máquina lavar roupa. 10. Na limpeza de quintal e cal

n4. Na torneira: Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa, 1.380 litros por mês. Feche bem as torneiras. 5. Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento desperdiça cerca de 3

transbordar e mantenha-a tampada. louças com a torneira aberta, o tempo todo, desperdiçm a torneira fechada e depois enxágüe tudo de uma tos 40 litros. Utilize-a somente quando estiver cheio.nverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela com esguicho-revólver ou regador.

ueira gasta 600 litros de água. Só lave o carro uma vez para ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da

çada USE VASSOURA - Se precisar utilize a água que sai do enxágüe da máquina de lavar. ANA LUNA -------------------------- (*) A segunda foto é do distrito de Rainha Isabel (Gildo Póvoas) do site de Bom Conselho.

caixas d’água de mil litros. 6. Na caixa d’água: Não a deix

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O Músico Como alguns já sabem, nasci em Bom Conselho, mais especificamente na Praça LMachado. Livio Machado pertence à nossa história, foi um grande com

ívio

ele e tinha o seu

de

-me,

onsciência disto, mas, olhando a Matriz de José, foi um privilégio, que poucos tiveram. Era do centro, Jameson da

isto hoje a ele, rimos muito, e comentamos: a Lucinha é dos

a. pré-adolescente, caminhava pelas redondezas. Uma delas me era muito

familiar. A Rua da Cadeia. Como temos história naquela rua. Não me lembro bem do episódio todo mas contavam: - Vim soltar fulano de tal! Disse Padre Alfredo subindo as escadas da cadeia. - Se o senhor subir eu atiro! Disse o soldado apontando o fuzil para ele. - Atire soldado, mas cuidado para não errar, pois se errar eu solto o preso. O padre levou o homem com ele. Eu ouvia aquilo e cada vez mais o admirava como cristão. Mas, já estou perdendo a paciência comigo mesmo. Vamos ao ponto. Ele tem a ver com a Sede da Música. Alguém já ouviu falar disto? Se não ouviu, é muito jovem ou não é

de Bom Conselho. Era uma casa que ficava na Rua da Cadeia, hoje José do Amaral, e abrigou, durante muito tempo a maior fábrica de artistas que Bom Conselho já teve. Ficava ao lado da casa de Seu Carlos Cordeiro (pai de Zé Carlos que muitos confundem comigo, nada contra, mas sou mais jovem) e pegado com a Casa de Dona Teté, mãe de Tanzinho, quase de frente da casa de D. Júlia, mãe de Naduca, avó de Jorge. Eu sempre ia lá, na época em que Zé de

Apolinário, Zé de Puluca, José Duarte Tenório ou seu Zé, era o maestro e o grande “fazedor” de músicos de nossa terra. Ficava olhando os ensaios. Cito de cabeça, e me desculpem se esquecer alguém, me lembro de Zé de Dinda, Zezé Não me Mui, Mané

erciante e prefeito da cidade. Durante minha infância era um busto no meio da praça qunome. Hoje a praça continua lá mas, não sei qual o nome dela. Onde está o busto? Parece que está numa praça no Corredor. Sobre ela lembro, minha mãe contava, eu a chamava a “peste” preta, mas não me lembro o porque“peste”, só do preta, porque era a sua cor. Algumas vezes colocavam um auto-falante em cima dela. Era a Voz da Verdade? Ajudem

historiadores. “Mãe, a peste preta tá falando”. Minha mãe ouviu isto várias vezes. Não é sobre Livio Machado nem sobre onde nasci, que estou tentando escrever. No entanto, viver ali um período, sem muita cJesus, Maria eperiferia. Quando digo“arredores” (obrigado, Carlos Sena), da Praça da Bandeira. Sorry, periferia! Escrever sobre coisas do passado dar nisso, queremos ir ao ponto e ficamos parado na praçComo todo

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Guadêncio, Artelhor arroz doce que já com

ur de Paizinho, Seu Abdon (não sei se se escreve assim. Ele vendia o i, no recreio do Ginásio), Seu Luis, Zé Delicado, Zé m

Povoas, Reginaldo e outros. Presenciei um diálogo do mestre Zé de Puluca (que recebeu uma homenagem da CIT um tempo atrás ver: http://www.youtube.com/watch?v=tpYoav-2uEc ou ver filme no

ou a atenção. Seu Abdon queria aprender , começam pensando no instrumento que

am belo e importante. Ele queria tocar

u Abdon?

ou para os outros?

- Então vamos tirar a dúvida. Vamos começar aprendendo as notas. Depois vi seu Abdon marchar garbosamente, na linha de frente da Banda Villa Lobos,tocando Tuba. Certo dia, estava olhando outros rapazes aprenderem com ele. Ele virou-se pra mim e disse: E você não quer aprender? Tinha pensado nisto algumas vezes, gostava do resultado, mas não sabia se estava disposto a algum dia participar na produção daquelresultado tão bonito. Falei com meus pais, minha mãe foi silenciosamente a favor. Mpai ainda disse: é melhor do que ficar jogando sinuca em João Jararaca. Decidi comPrimeiro dia, primeira aula. Seu Zé: já conhecAprendi os nomes das notas e algumas outras coisas e chegdizia ser de solfejo. Eu tinha que levantar e baixar a mdizendo: dó, sol, lá, fá, sol, dó por exemvendo uma pauta. Quando comecei a fanão agüentei, tive um ataque de riso, destes qvocê não consegue parar mesmo que esteja na frente de um pelotão de fuzilamento, e morresorrindo. Óbvio que seu Zé ficou uma fera comigo e me mandou embora. Minha mmorta pelo meu riso. Apesar disto, ainda rio quando lembro deste “causo”. O riso salvou Bom Conselho de um músico que, certamente, iria desonrar a Sede da Música. Todos os outros alunos, pelo menos os que acompanhei, a honraram. Gosto de ouvir música, boa música. Existe uma

Na dúvida, aqui na CIT, mando outros

e de Bom Conselho ou Orkut de Niedja evidamente pagos. Esperem os cheques em

final), com um futuro artista que me chammúsica. Penso, como todos que se iniciamquerem tocar, influenciados pelo que achclarinete. - Por que o senhor que tocar clarinete, se- Porque é o que mais gosto de ouvir. - O senhor vai tocar para o senhor mesmo- Pros dois, disse seu Abdon.

e eu

eçar. e

amos numa aula que ele ão numa determinada cadência

plo, zer isto

ue

úsica foi

escolherem. O riso matou o músico. Diretor Presidente. ---------------------------------- (*) Todas as fotos foram obtidas no SitCamboim (belo trabalho), todos serão d$RE.

má música? Será o Brega ou a Ópera?

alguma coisa de música? Não, respondi.

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Page 157: Livro da CIT

O Músico - Complemento

Abaixo estão alguns comentários ao nosso escrito: O Músico, e algumas respostas do autor.

Diretor Presidente

*********

[Ana Luna] Muito bonita a forma exposta do meu artigo , agradeço mais uma vez Gostei do Músico , muito bem colocado, adoro a rua da cadeia, já leu meu artigo "Rua José do Amaral"? Frequentei e ouvi muito o som da casa citada....saudades! Ah!....mas onde estah o busto? Vamos procurar? bjussssssssssLa Luna ---------------------------- Ana Luna, Temos é que agradecer a você pela oportunidaartigos sobre a Rua José do Amaral. O Jamesoonde foi parar o busto. Durante este tempo mMas, vamos procurar o busto e as outras coisamaiúscula. De vez em quando escreveremos sobre outros Bustos.

audações

*******************

.

n nasceu por lá. Eu realmente não sei uita coisa se perdeu em Bom Conselho. s, que poderia se chamar Busto, com

etor Busto um caminho para encontrar muitas coisas perdidas em BC.

de de publicar seus textos. Já li seus

S Diretor Presidente ---------------------------- Sr. Dir

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enhor Diretor Presidente:

Braga-Canto Orfeônico- se não me re prazeroso, mesmo que saibamos

ue aquela Bom Conselho, só existe na nossa memória, por isso sempre louvo quando lguém resolve abrir a sua memória e compartilha-la conosco.

na minha empreitada com a música, naquela época. Enfim o nossas células vão aos poucos se revelando sobre o que querem se revelando, enfim descobri que a minha vocação na época

tocar qualquer instrumento mas para ouvir os instrumentos.

eu estava certo, naquela época, senão, seria hoje um soprador de instrumento. E veja a onia do destino: Hoje estou numa aula de música. Estou aprendendo a "bater" no

ar

ildo

---------------

bro de você lá na sede da música, talvez, talvez pela idade. Lembro do seu mão, Zé Póvoas. Dona Iracema foi minha professora no Ginásio, bons tempos. Mas, se esmo com ela e Zé de Puluca querendo me ensinar eu não aprendi música, já tenho

r, mas admiro muito

Gostei da idéia... bjussssss Ana Luna ************************* [Gildo Póvoas] S Muito me sensibilizou a sua crônica sobre a escola de música, pois eu também a frequentei. Como ouvinte a princípio, depois aprendendo a rabiscar as notas, nesta época auxiliado pelas aulas da professora Iracemafalha a memória. Recordar Bom Conselho é sempqa Não fui bem sucedido tempo foi passando e as ser e os nossos dons vãonão era para Eirteclado. Ai chega-se a uma conclusão : Uma vez começado algo nunca deve se deixpela metade. Conclua-o Abraços fraternos G -------------- Caro Gildo, Não me lemirmsinal dos deuses suficiente para não mais tentar. Sou só um ouvido

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Page 159: Livro da CIT

qoutras áreas, Fran Aqui na CIT quase toSfufaConselho do armário, no bom seo O S D ************************ [Felipe Alapenha] Excelente o artigo do nosso Diretor Presidente, seguindo bem a tônica da CIT. Adecepcionado por não ter continuado a discussão sobre as praças, pois já estava começando a viajar pelas ruas daquela Papacaça, quando subitamente interrompeu-shistória para contar uma tão interessante quanto a outra. Mas mesmo assim fica a sugestão de escrever umatecomo ninguém! Umvd grande abraço F ---------------------------- Caro Felipe,

uem faz mais do que isto. Parabéns pelo teclado. Com sua capacidade demonstrada em k Aguiar que se cuide.

dos (dos que escrevem em nosso Blog) são de Bom Conselho. empre que podemos relembramos o passado, falamos um pouco do presente, e do turo, mesmo pertencendo a Deus, Ele mesmo nos deu a capacidade de influir, e o zemos, ou tentamos fazer para o bem. Dentro do nosso estilo, vamos tirando Bom

ntido, é claro, e o mostrando a nós mesmos e aos utros.

brigado pelo comentário, que nos incentiva, e, estamos a sua disposição.

audações Fraternais

iretor Presidente

pesar de não ter vivido nessa época, é como se eu estivesse lá! Confesso que fiquei

e a

continuação dessa história das nossas praças. Muitas delas m muito o que contar, e eu tenho certeza absoluta que você, Diretor, sabe fazer isso

a dose de saudosismo sempre é bom, para nós jovens também alorizarmos o que a gente vai guardar para o nosso futuro, e também contar na forma e um passado bom para as gerações que vêm por ai. um

elipe Alapenha

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Page 160: Livro da CIT

Obrigado pelo comentário cortês e animador. Que bom que a juventude goste das nossas lembranças. Quanto às praças, se formnpreparando alguma coisa do tipo. Aguarde. Chega dar vontade de escrever. Quando eu tinha menos um pouco do que a sua idadpolítica em Bom Conselho, envolvia a todos, até de forma bastante inusitada. Você sabia, que eu nem votava mas não faltava a um comício? Eu e mais alguns colegascomo voránós, era ficar ouvindo os candidatos, prestando atenção aos erros de portugucpe Lcidadãos ou cidadõNéc V S D ------------------------------- Sobre o artigo do Jameson, já estou aqui na expectativa para ler... Mas o nobre Diretor lembrou um assunto que me interessa muito, e não precisa nem dizer o porque, que é a política! Se não bastasse o proprio ambiente da minha casa,trasnpira política, a gente tem que reconhecer que a política em Bom Conselho, e em qualquer interior, é mais que um processo de escolha, é umk Dsem número dedleimidade eu devia terndesconfortável, no bancomcomeçava a vp

os escrever sobre o que vivenciamos elas, passaremos todo o tempo fazendo isto. Agora, parece que Jameson Pinheiro está

e, a

, que cê, se interessavam pelas coisas da terra. Sem televisão, nem Internet e sem

dio, para nós, ir aos comícios, além da diversão (algumas jovens iam também), para ês que eles

ometiam. Depois de cada comício discutíamos aqueles discursos dos mais letrados e erguntávamos o que os outros estavam fazendo alí. Hoje, este elitismo "letrista" não xiste mais, e talvez, com razão. Mas, naquela época!

embro de um panfleto em que um canditado discutia se o plural certo para cidadão, era es. Fomos procurar o Dr. Cirilo (seus pais devem ter conhecido).

esta época de Reforma Ortográfica, o nosso revisor José Andando diria: O importante o que os cidadãos fazem e não como se escreve os seus plurais. Mas, não o leve em onta, é um radical da linguística.

amos contando aos poucos...

audações

iretor Presidente

que

a manisfestação popular! kkkkkkkkkkkkk

ando um poquinho de substrato a essa nossa conversa eu consigo me lembrar de um histórias vividas sobre política. Ela entrou na minha vida mais

iretamente por ocasião da candidatura de minha mãe para vereadora, em 2000 (ainda mbro do número... 23.611). Quem conhece hoje o quanto eu gosto de política nem agina que no começo não era assim! kkkk Eu era mais jovem ainda, uns 12 anos de

, e política pra mim era uma obrigação chata de acompanhar meus pais o comicio pra não ficar sozinho em casa, além de ter uma noite de sono bem

do carro, enquanto não acabava os discursos. Mas aquilo udou naquele ano mesmo! Percebi, mesmo bem jovem, a importância da política e

er uma esperança de mudança pra nossa cidade naquela candidatura, a olítica como a arma mais poderosa de mudança da vida das pessoas (para os bem

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Page 161: Livro da CIT

intencionados, mudança de vida do povo, e para os maus intencionados, mudança dvida dos políticos). No dia da eleição, eu estava na casa da minha avó, anotando os resultados, ouvindo escondido pela rádio... Tão logo foi anunciada a vitória, tanto de DrDaniel como a eleição dela pra vereadora, a irvamos embora!". Eita que alegria!!! Confesso que nesse dia eu estava torcendo mais pra que o prefeito ganhasse do que minha própria mãe, porque representava uma mudanmaior, um pensamento de quem ama Bom Conselho e queria ver as coisas mudando... pena que não aconteceu daquela vez... Se for pra falar de política, pode ter certeza que essa conversa será mais longa que as suas histórias sobre as praças! kkkkkkkk E olhe que eu nem falei dos bastidores dessa campanha, além das histórias de 2004 e 2008, essa ultima com um gostinho especial. Quando fui convidado pelo Diretor a escrever para o bluvisão de quem viveu intensamente aquele dia, sob o olhar de alguém da família da candidata, um dia inesquecível pra mim. Até comecei a escrever, ainda há algo salvo aqui no computador, mas depois recuei na idéia, por não conhecer as bandeiras políticas que frequentam o Blog da CIT, e assim parei, temendo uma repercussão negativa parablog. Mas depois faço questão de ta u F -- C Você me dá uma oportunidade de esclarecimento. O Blog da CIT não pensa, é um descerebrado. Quepórgão de comunicação, sabemos e estamos cientes disto. Aí o meu pode ir prá seringa, está pronto. Por isso que raras vezes não publico alguns textos, mas eles não sãseparados aqui por política, religião, sexo, futebol ou qualquer outro critério, e sim pelaminha consciência (e a de alguns a quem ouço). Ao longo da minha vida ela foi se abrindo, se abrindo, e abriu tanto que agora, posso dizer que o Blog publicaria um artigcom o título: Viva Hitler, se o autor me autorizar a publicar um em seguida, com o título: Morra Hitler. Vão os dois, e que julguem os leitores. O mesmo se aplicatítulos: D. José está Certo e D. José está Errado. No entanto, não publicaremos um co título: Atirei o Pau no Gato, se minha consciência julgar que levará os animais a serem maltratados.

e

. campainha já estava tocando. Era meu

mão e alguns amigos: "Corre rapaz, a gente ganhou! A festa tá grande lá embaixo,

ça

og, eu falei que quando buscasse ma boa história até faria isso. Pensei em escrever sobre o 5 de outubro de 2008, numa

o erminar essa, ao menos pra que o senhor leia, se

ssim interessar...

m forte abraço

elipe Alapenha

-----------------------------

aro Felipe,

m pensa são os que escrevem nele, que são responsáveis pelos seus ensamentos palavras e obras. Mas o Blog pode ter influência política como qualquer

o

o

aos om

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Page 162: Livro da CIT

Portanto pode enviar seus artigos sobre política desde que permita opiniões distintas, ese responsabilize pelas suas idéias. Será um grande prazer publicá-las. Isto, como lhdisse, se aplica a todos. Aqui na CIT as bandeiras políticas são de tantas cores, que se você disser que é um aíris não está longe da verdade, sem insinuações preconceituosas, por favor. O lema maior que usamos certas horas, quando as dúvidas e discordâncias imperam, é aquele dito de Voltaire: "Discordo daqud Saudações Diretor Presidente

e

rco

ilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu ireito de o dizeres".

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Page 163: Livro da CIT

PENSAMENTOS Tem dias que o processo criativo entra emolho a tela branca do visor, um sinalzinho piscando como a me dizer: "pode começar a escrever". Mas, nada me vem à mente...branco e vazio como a tela a minha frente. Tento começar...Uma palavra - pausa- Mais uma... e mais uma...Eis que consigo formar uma frase e diante desta frase fico a meditar....e de repente como num lampejo as idéias cometocom este textibetano, a isto é manter um remedo, expectativas ou ressentim

greve... Sento-me em frente ao computador,

eçam a fluir e a scrita vem toda formatada em minha mente e ai rna-se fácil, fácil coloca-las na telinha. Foi assim

to que você está lendo. Em palavra "chog shes", significa aceitação da vida simplesmente como ela é,

lacionamento direto com nossas experiências sejam de alegria, entos. "Chog Shes" é, portanto, a ausência de neurose,

pois, quando estamos neuróticos, fazemos exatamente o contrário: rejeitamos a vida como ela é. Em geral, quando algo nos desagrada nossa primeira reação é dizer: "não acredito"!. Na tentativa de não sofrer, buscamos, sem nos dar conta, de métodos para nos anestesiarmos da frustração eminente. Alguns destes métodos podem funcionar

temporariamente, mas quando somos tomados pela indignação estamos fadados a sofrer mais, pois estamos exagerando, pondo fogo no fogo das emoções que já estão fervilhando dentro de nós. Quando lidamos com as emoções tal como elas chegam até nós começamos a atenuar nossa visão neurótica da vida. O segredo está em não resistir ao que emerge em nós e, ao mesmo tempo, saber não adicionar algo a mais a esta experiência. Mas não é tão simples assim, uma vez que fomos educados para sermos bons e eficientes e, por isso, aprendemos a ver nossos defeitos como

inaceitáveis. Não aprendemos a nos auto-acolher ou a termos compaixão de nós mesmos. Como não sabemos como lidar com nossos defeitos, passamos a rejeitá-los, e rejeitando a nós mesmos, rejeitamos a vida. Podemos reconhecer que estamos nos perdendo quando exageramos nossas reações emocionais. Por exemplo, quando nos pegamos dizendo:" Eu não devia estar sentindo isso", "Não acredito que fiz isso de novo, "Que vergonha, nunca mais quero mostrar a minha cara". Se algo é visto como inaceitável, não tem reparo nem negociação. Então instintivamente escondemos e negamos estes impulsos inaceitáveis. Assim, mais uma vez nos afastamos de nós mesmos. O medo de não ser capaz de lidar com a nossa sombra ou de sermos excluidos pelo outro, caso ele a veja, nos leva cada vez mais a negar nosso lado não desenvolvido. O que não combina com o desenvolvimento do nosso ego ideal, torna-se sombra. Neste

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Page 164: Livro da CIT

sentido, na medida em queagem idealizada de nós m

procuramos ser bons e fazer o bem, vamos reforçando uma esmos. Desta forma, vamos criando polarizações cada vez

s, t

a ser "Um" em nosso mundo

s: "Você prefere ser inteiro ou

immais distintas: " Sou assim e não assado". Vamos empurrando para longe de nós o que não somos e sem nos darmos conta, deixamos de cuidar de nossas sombras! Por isso quando surgem os sentimentos inadmissíveide frente o que, até então estavamos evitando. Só quando aceitamos sentir o inadmissível, voltamos interno. Dizem que Jung teria perquntado a um de seus pacientebom?". Para refletir. Gildo Póvoas

emos oportunidade de encarar

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