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LIVRO DA DISCIPLINA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO.pdf

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Coordenadoria Institucional de Educação a Distância

Prof. Dr. Luiz Paulo Leopoldo Mercado

Direção do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente Prof. Dr. José Vicente Ferreira Neto

Coordenação Geral Geografia Licenciatura EAD Profa. Dra. Cirlene Jeane Santos e Santos

Layout, Diagramação e Finalização

Prof. Esp. Ricardo Santos de Almeida

Logomarca Geografia Licenciatura EAD Igor Sampaio Sousa de Freitas

Revisão Ortográfica Prof. Msc. Albani de Barros

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO UAB-UFAL-IGDEMA

Geografia Licenciatura EAD Livro de Conteúdos

Ementa Disciplinar

As ciências e o conhecimento científico: sua natureza e o modo de construção nas ciências humanas e sociais. Diferentes formas de

conhecimento da realidade. A construção do conhecimento científico e a pesquisa em educação. Aspectos técnicos do trabalho científico. Diretrizes para leitura, análise e interpretação de textos.

Carga Horária: 60 horas/aula.

Apresentação dos Professores

Olá pesso@l!!!

Estaremos juntos em mais uma disciplina do curso de Geografia Licenciatura EAD, que tratará de aspectos estruturantes do trabalho

acadêmico.

Ricardo Santos de Almeida é mestrando em Geografia na Universidade Federal de Sergipe, graduado em Geografia Licenciatura pela

Universidade Federal de Alagoas, concluiu Graduação em Gestão de Pequenas e Médias Empresas pela Faculdade Alagoana de Administração

(FAA), Especialização em Formação para a Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário CESMAC, Especialização em Educação do

Campo, e Especialização em Geografia e Meio Ambiente ambas pela Universidade Cândido Mendes. É pesquisador do Núcleo de Estudos

Agrários e Dinâmicas Territoriais [WWW.NUAGRARIO.COM].

Introdução a Disciplina

Olá alunos,

Nesta disciplina enfatizaremos elementos norteadores para a sua prática de pesquisa. De modo sucinto, destacaremos a importância do

conhecimento, da ciência e da pesquisa.

É a partir deste momento que você se perceberá enquanto pesquisador, pois será através de seus questionamentos sobre o que te cerca que a

ciência geográfica, por exemplo, é pensada, organizada e sistematizada.

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SUMÁRIO

Unidade I. Professor também pesquisa: Aprender e apreender sobre o Espaço

Geográfico ao qual estamos inseridos

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Aula 1. A importância da leitura e da escrita 6

1. A Leitura e a Escrita como Habilidades Fundamentais para a aquisição de conhecimentos

7

2. Compreender para ler e escrever 10

2.1. Afinal, o que seria a escrita? 11 2.2. Afinal, o que seria a leitura? 11

3. Ler, interpretar e analisar paisagens para escrever 12 4. Escrever: Como, onde e para quem? 13

Aula 2. Os tipos de Conhecimento, A ciência e a Pesquisa 19 1. Os tipos de Conhecimento 20

2. A Ciência 24 3. A Pesquisa 25 3.1 Os tipos de pesquisa 26

Aula 3. O Conhecimento científico e sua metodologia 31 1. Os métodos e técnicas de pesquisa 32

2. A metodologia da pesquisa 35 Aula 4. Pesquisar para compreender as dinâmicas socioespaciais 39

1. Pesquisar: escolher e qualificar 40 2. A redação técnico-científica como ponto de partida para a socialização de

Conhecimentos

41

Aula 5. Os caminhos da Pesquisa 46 1. Roteiro para o planejamento de uma pesquisa 47

Unidade II. Ler, Interpretar e Analisar: Compreender o papel e a importância da Pesquisa

60

Aula 1. A instrumentalização científica como suporte a análise da Pesquisa 60 1. As ferramentas de busca na Era da Informação 61

Aula 2. O Fichamento e o ato de Sublinhar como ferramentas para maximizar a compreensão da análise da pesquisa

68

1. Fichamento 69 Aula 3. O Resumo e a Resenhas como ferramentas para maximizar a compreensão da análise da pesquisa

78

1. Resumo 79 2. Resenha 80

Aula 4. As Pesquisas Bibliográficas e Infográficas como suporte à análise e estruturação de textos

85

1. As fases de desenvolvimento de uma pesquisa 86 2. As fontes primárias e secundárias de uma pesquisa 87

Aula 5. Orientações para Trabalhos Acadêmicos 91 1. O trabalho científico e as ações norteadoras da pesquisa 92 2. A área pesquisada e a escolha de um tema pertinente 95

3. O planejamento como caminho seguro da estruturação textual 96

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SUMÁRIO

Unidade III. Roteiro de Pesquisa: Que caminho seguir? 99

Aula 1. A escolha de um tema e os objetivos da Pesquisa 99 1. Como escolher o tema de uma pesquisa 100

2. A delimitação de um assunto abordado por uma pesquisa 101 3. Os objetivos da pesquisa 102 Aula 2. Produzir conhecimento em Pesquisa: o fazer ciência 105

1. A redação científica como fio condutor do trabalho acadêmico 106 2. Citação: respeito aos referenciais teóricos 107

3. Como configurar a citação utilizando o editor de textos 110 4. As notas de rodapé 112

Aula 3. O Trabalho Científico e a Revisão de Literatura 114 1. A estruturação do trabalho científico 115

1.1. Os elementos pré-textuais 115 1.2. Os elementos textuais 116 1.3 Os elementos pós-textuais 116

2. A Revisão de Literatura 116 Aula 4. Mapas Conceituais 120

1. Tutorial dos Mapas Conceituais 121 Aula 5. O artigo científico 147

1. A organização do artigo científico 148 2. A estruturação do artigo científico 148

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 1

A importância da leitura e da escrita

UNIDADE I PROFESSOR TAMBÉM PESQUISA:

APRENDER E APREENDER SOBRE O ESPAÇO GEOGRÁFICO AO

QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Sejam bem-vindos ao Curso Geografia Licenciatura e a disciplina Organização do Trabalho Acadêmico.

Esta disciplina tem como intuito lhe proporcionar reflexões sobre a

prática da leitura e da escrita como suporte para a preparação de trabalhos acadêmicos, dentre os quais se destaca o Trabalho de

Conclusão de Curso. Além disso, também lhe proporcionará norteamentos de como estruturá-lo, tendo como base a compreensão do conhecimento, produto da racionalidade sobre o que nos cerca.

A contribuição desta disciplina para sua formação é fundamental,

pois lhe possibilitará ao longo do curso desenvolver com base nas normatizações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

seus trabalhos acadêmicos. Sendo assim, será também através desta disciplina que você

compreenderá que todo professor é acima de tudo pesquisador.

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Compreender a importância da leitura e escrita para o

desenvolvimento das ciências e da prática docente.

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1. A leitura e a escrita como habilidades fundamentais para a aquisição de conhecimentos

O ser humano ao longo da história sofreu uma série de transformações biológico-

estruturais que condicionaram também seu desenvolvimento individual e social estando neste

processo atribuídas as particularidades cognitivas1 que possibilitam desde o desenvolvimento

de estratégias de repetições e associações, o ato de se comunicar, apreender e aprender.

A tomada de consciência pela humanidade para Foulin e Mouchon (2000) é o ponto

de partida para os pressupostos teóricos e metodológicos referentes ao processo de ensino e

aprendizagem, pois é no âmbito psicológico que a organização e regulação das expressões

humanas se processam. Ainda de acordo com os referidos autores, com base em leituras

vygotskianas, é a partir do desenvolvimento das funções mentais superiores (memória,

linguagem e consciência) que a leitura (interpretação para a codificação de signos) e a

escrita (decodificação de signos) de forma associada direcionam o desenvolvimento

sociocognitivo para uma dupla formação: social ao individual. Estas formações se dão de

modo interno (orientações a partir da interação entre adulto e criança, pois ninguém aprende

sozinho) e externo (auto-regulação do que é aprendido e apreendido para um melhor

convívio na sociedade).

1 A cognição trata-se do processo que engloba a aquisição de conhecimentos pelos indivíduos. São levados em consideração aspectos envolvendo todos os sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão), que possibilitam por meio da percepção sobre o que está a sua volta a compreensão, reflexão e ação referente a um conjunto de informações.

Objetivos Específicos

- Associar o desenvolvimento da leitura e da escrita ao

desenvolvimento da humanidade; - Aprender que para realizar uma pesquisa é necessária a leitura, não apenas a textual, e a escrita, não apenas o escrever por

escrever. - Perceber as transformações da paisagem para compreender as

dinâmicas socioespaciais; - Apreender que para revigorar as ciências serão necessárias a

leitura e a interpretação de textos e ter como base o foco da pesquisa (o que se quer pesquisar).

- Considerar os pressupostos referentes aos elementos constitutivos sobre o ensinar e aprender levando em consideração as

perspectivas educacionais.

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Saiba Mais

Lev Vygotsky (1896-1934) foi um

dos pesquisadores que enfatizou em suas pesquisas o socioconstrutivismo,

pautado na compreensão do ensino enquanto processo sócio histórico.

Conheça mais sobre este autor em:

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/biografia_vygotsky..htm Fonte da imagem: http://revistaescola.abril.com.br/img/histori

a/lev-vygotsky.jpg

Mazoyer e Roudart (2010) destacam que há milhares de anos atrás, após a tomada

de consciência humana, as sociedades neolíticas desenvolveram precários artefatos técnicos,

como machados, picaretas, cajados e facas. Estes artefatos técnicos só puderam ser

produzidos a partir da associação e identificação das carências e necessidades humanas, que

também potencializaram a transformação das paisagens. Consequentemente, neste processo

evolutivo é preciso levar em consideração as estratégias de (re) produção social, ou seja, os

conhecimentos transmitidos geração a geração.

É compartilhando as leituras vygotskianas que Foulin e Mouchon (2000) destacam que

as primeiras interações das crianças no âmbito familiar as norteiam para a compreensão das

primeiras orientações sobre as paisagens que os

cercam. Posterior a este processo, há a

sociabilização com outros membros da sociedade,

comumente desenvolvidos em outras instituições

sociais, como por exemplo a Educação ou a

Religião. É a partir destas novas socializações que

surgem os primeiros conflitos sociocognitivos, ou

seja, a oposição social sobre pontos de vista

interindividuais. As condições de conflito

sociocognitivo para Foulin e Mouchon (2000)

perpassam pelo confronto de argumentos

fundamentados na heterogeneidade de ideias que

devem ter circunstancialmente relações de simetria,

fundamentadas em estatutos sociais que leva a

compreensão da possibilidade ou não de imitações,

Figura 1.Imagem ilustrativa sobre a evolução da espécie humana.

Fonte: http://img337.imageshack.us/img337/1108/evolution331999862fw7.jpg

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Novas palavras novas ideias

Símbolo: Emblema, figura, sinal que representa objeto ou alguma coisa; imagem que se designa uma coisa puramente moral. Código: Coleção de leis, coleção de regras, preceitos, de fórmulas, etc., vocabulário convencional ou secreto para correspondência telegráfica. Signo: Qualquer unidade significativa, de qualquer linguagem, resultante de uma união solidária entre significante e significado. Representação: Ação ou efeito de representar, exposição, exibição, reprodução de ideias.

Consulte sempre o dicionário. Ele poderá ajudá-lo!

Como sugestão recomendamos a utilização de dicionário online (clique no

link ao lado) http://www.priberam.pt/dlpo/

generalizações ou particularizações.

Partindo desta premissa, para Franco et al (1997), compreender as aprendizagens

escolares nos leva a identificar que fatos ou informações só terão sentido a partir do momento

em que são compreendidos e apreendidos pelos sujeitos. Estes aspectos são facilmente

identificáveis ao longo da aprendizagem escolar.

Assim, Foulin e Mouchon (2000) atribuem às abordagens socioconstrutivistas2

[...] às intervenções sociais o papel preponderante no desenvolvimento cognitivo da criança e contestam as explicações intra-individuais do desenvolvimento. Um nível de análise estritamente individual é certamente insuficiente para explicar as aquisições e os desempenhos cognitivos. Todo aprendiz é, certamente, um sujeito confrontado individualmente com um certo número de tarefas cujos conhecimentos e habilidades são, na maioria, fruto de uma intervenção social. Centradas na análise do funcionamento cognitivo em um contexto social, as abordagens sociocognitivas podem, consequentemente, mostrar-se mais apropriadas à compreensão dos fenômenos da educação. (FOULIN; MOUCHON, 2000. p. 52).

Contidos nas bases da aprendizagem, a importância da leitura e da escrita é

fundamental para o desenvolvimento da humanidade, mas este processo aparentemente é

simples, na verdade é sistemático e complexo, pois o ato de codificar e decodificar símbolos

devem estar associados às relações existentes entre significantes e significados. A leitura é um

processo abrangente, pois envolve autor e leitor, não se trata apenas da decodificação de

sinais gráficos, mas de sua associação com um entendimento universal.

2 As teorias socioconstrutivistas levam em consideração a organização e experiência dos indivíduos ao longo do processo de ensino e aprendizagem, pois ninguém aprende e apreende conhecimento sozinho. Devem também ser levados em consideração que os alunos também trazem conhecimentos e, por sua vez, estes devem ser aproveitados na compreensão de temas discutidos em sala de aula.

Ninguém aprende sozinho! Todo ser humano é único!

Cada um tem um modo de aprender e apreender conhecimentos!

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2. Compreender para ler e escrever

Para compreender o significado da leitura, compreensão e escrita, Foulin e Mouchon

(2000) realizam alguns apontamentos, dentre os quais associa a leitura (cujo principal

objetivo é extrair a significação de um conteúdo escrito, ou seja, decodificar códigos) à

compreensão, que parte da análise sobre uma informação gráfica a apreensão e

representação sob a forma de informação linguística, a escrita.

Etapa Logográfica: Aproximadamente aos três anos, as crianças já são

capazes de reconhecer signos ou símbolos referentes ao que está a sua volta.

Esta etapa consiste no reconhecimento visual, ignorando as dimensões

fonológicas e linguísticas. Ao reconhecer o ambiente que o cerca, a criança está

realizando as primeiras associações de elementos contidos nas paisagens, bem

como sua quantificação.

Etapa Alfabética: Advém da mediação fonológica, ou seja, a partir das

correspondências entre o que está escrito com o que é falado. É nesta etapa

que as crianças identificam novas palavras e reforçam as associações entre

Figura 3. Estudantes praticando a leitura e a escrita para compreender o que está a sua volta. Fonte: http://www.kangaroo.com.br/educablog/images/2010/09/cursos-

tecnico-588x480.jpg

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grafemas e fonemas. É graças à analogia (comparação) que as palavras são

mais bem apreendidas, a exemplo das palavras pão e cão, ou pá e lá.

Etapa Ortográfica: É o início da especialização em leitura. É quando se

reconhecem as palavras a partir das suas características ortográficas, sem

apelo sistemático à conversão fonológica. As palavras serão apreendidas e

consequentemente deverão estar armazenadas na memória. É a partir desta

etapa que há a conversão fonológica, ou seja, o ser humano estará apto a

reconhecer, a situar-se e a manipular o controle intencional do que irá ser

comunicado, potencializando assim em reconhecer silabas e fonemas e a

também rimar palavras.

2.1. Afinal, o que seria a escrita?

Para Azevedo (2012), a escrita faz parte do processo de aprendizagem centrada no

exercício operacional e evolutivo da inteligência, correspondendo ao entendimento das

representações (signos), símbolos (códigos), dos sons da fala, discriminando e distinguindo as

formas das letras. Desta forma, sendo necessário também compreender as diferenças

existentes entre sons da fala e suas variações de acordo com as expressões de sentimento

humano.

2.2. Afinal, o que seria a leitura?

Para Azevedo (2012) a leitura é um processo que consiste na conscientização da

percepção auditiva ou visual, captando sons de/ou palavras, estabelecendo relações entre

significante e significado.

Figura 4. Aprendemos todos juntos. Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_NRRE2P8SUY8/TJeJ3gcP3FI/AA

AAAAAABuw/c8uGAeIZ9xY/s320/39-educacao021.jpg

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Figura 5. Ler desprende os preconceitos. Fonte: http://www.educacaocompartilhada.com/wp-content/uploads/2012/04/tecendo-historias.jpg

3. Ler, interpretar e analisar paisagens para escrever.

Para Almeida (2012), o estudo da Paisagem na Geografia é ressaltado pela sua

transformação. A paisagem não se transforma sozinha, ela é produto e produtor da

sociedade, que por sua vez estão relacionados aos aspectos existentes entre as pessoas e a

natureza. Além disso, também correlacionando seus

laços com o local e dependente de fatores externos.

A Paisagem é composta pelo visto, sentido e

percebido.

Foulin e Mouchon (2000) destacam que nos

processos cognitivos a associação entre elementos de

interação cooperativa possibilitam a valorização das

dimensões sobre o vivido, o percebido e o concebido

pelos indivíduos, os remetendo a interesses que

viabilizam a leitura sobre o que os cerca e sua

consequente escrita, interpretando inicialmente o que

é visto. Há de se enfatizar que este processo

complexo não é padronizado, ocorre de acordo com

idade ou local onde se mora.

Com base nesses elementos, enfocamos neste estudo sistemático a importância da

interpretação sobre as atividades mentais de compreensão. Estas atividades, a priori, partem

da combinação de duas fontes complementares, a primeira é fornecida pelos elementos de

natureza textual e a outra advém das decodificações de dados gráficos compostos ou não de

elementos pré-existentes na memória do individuo, adquiridas

em longo prazo.

Exercício de Reflexão

Observe a imagem ao lado. Ela representa algo? O quê? O que

contem nela? Realmente é o que parece ser? Como ter certeza do que ela representa? Há alguma informação nela que te ajude? Cuidado, pois nem tudo é o que parece ser! Saiba que

tudo isso decorre após aprendermos e apreendermos os significantes e significados.

Fonte da imagem: http://visaodigital.org/tiatati/wp-

content/uploads/2011/03/mapadobrasil+politico+desenho+do+mapa.jpg

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Foulin e Mouchon (2000) enfatizam que este processo deve levar em consideração o

modo que o leitor tratará as informações linguísticas do texto, produzindo informações a

partir da interpretação da gestão textual do autor. A contento, no ato de decodificar e

compreender, o leitor realizará interpretações com base nos significantes, podendo também

perceber que ao ler um texto oral e de modo silencioso, possibilitará modos diferenciados de

compreensão. É identificando esses aspectos que se percebe a importância da bagagem de

conhecimentos, pois será deste modo que se possibilita ao escritor ou leitor uma produção

textual com ampla estrutura de interpretação e coesão.

O ser polivalente no âmbito da leitura e da escrita, para Foulin e Mouchon (2000),

possibilitará a integração das significações e exploração da base de conhecimentos, ou seja,

caberá ao leitor ou escritor gerir em tempo real diferentes operações, pois competirá a ele

refletir sobre quem e como irá ler ou compreender a mensagem transmitida, de modo oral ou

escrita, por exemplo.

4. Escrever: Como, onde e para quem?

Os processos da produção de escrita devem levar em consideração a leitura e a

compreensão sobre o que é lido, visto ou vivenciado pelo autor. Além disso, devemos levar em

consideração que a mensagem textual deverá ser remetida a um ou mais receptores de

informações, que consequentemente tem modos diferenciados de ler e interpretar, afinal, todo

ser humano é um ser único e específico.

Foulin e Mouchon (2000) deixam bem claro que os processos da produção escrita são:

Conceitualização: O ato de planejar e organizar as operações de pesquisa

de conteúdos, articulando de modo sequencial as informações essenciais para

uma boa comunicação. Neste momento se desenvolverá as estratégias de

transformação do conhecimento, pois será dado um tratamento diferenciado de

conteúdos para possibilitar sua socialização. Qualquer produção linguística se

permeará pelas intervenções comunicativas do locutor e exigências da situação

enunciativa, ou seja, deverá conter essencialmente um tema sobre o qual se

tratará uma discussão, um ou vários objetivos, a relação entre autor e o

público alvo, não se esquecendo do tempo-espaço aos quais estarão inclusos

no processo de escrita.

Formulação: Ocorre quando as ideias são organizadas de modo a seguir um

roteiro, enfatizando a introdução, o desenvolvimento e a conclusão ou

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considerações finais. É neste momento que o autor se norteará com relação ao

seu posicionamento, concordando ou não sobre um conteúdo, possuindo

elementos suficientes para construir frases e coordenar com coerência e coesão

o texto escrito;

Transcrição: O ato de escrever deve levar em consideração a codificação de

um estudo decodificado e interpretado. Tem como função essencial enriquecer

o conhecimento do autor através de suas reflexões sobre o que já foi lido,

escrito e interpretado por ele. É natural demorar a escrever, pois os dois

processos anteriores demandam tempo e leitura.

Revisão: É o momento de intervenção no ato da produção escrita, pois

podemos detectar anomalias entre a intenção que o autor tem em escrever e o

conteúdo do texto, diagnosticando eventuais erros de coerência e coesão, de

forma a possibilitar sua modificação ou correção.

Gestão de atividade: Neste momento é repensado pelo autor o nível de

organização e planejamento utilizados para a construção textual,

reconhecendo que cada produção escrita carrega consigo um novo

aprendizado.

Deverão também estar associados ao processo de produção escrita os conhecimentos

temáticos, que para Foulin e Mouchon (2000) devem levar em consideração o real objetivo da

pesquisa. O autor deverá utilizar-se dos recursos linguísticos para transmitir a mensagem aos

leitores de modo a possibilitar a fluidez de compreensão, fazendo com que o autor pratique

também a prática da ortografia e reconheça as operações de produção, detectando

discordâncias entre o que era pensado no inicio da pesquisa e o seu produto final. Sendo

assim, a partir do momento em que o autor utilizar-se dos conhecimentos, de modo estratégico

também poderá potencializar ainda mais sua capacidade de administração cognitiva,

realizando leituras e compreensões mais sistemáticas, sempre observando sua coerência e

coesão ortográfica no produto final escrito.

Por fim, deveremos refletir sobre nossa leitura e nossa escrita. Será que somos bons leitores?

Será que somos bons escritores?

Saiba que nunca é tarde para reaprender!

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Atividade

O fazer-se pesquisador consiste da organização de ideias e sua consequente

análise. Sendo assim, realize uma associação entre as transformações das paisagens existentes ao seu redor. Como você compreende este fenômeno? Em

que isso lhe potencializa a refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem, no âmbito da leitura e da escrita?

Utilize o espaço baixo e/ou colabore na ferramenta fórum no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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Auto avaliação

Você se recorda de seu processo de aprendizagem? Conte-nos como foi. Para você, o que este momento de sua vida te potencializou para

compreender o mundo que te cerca? Utilize o espaço abaixo e/ou colabore na ferramenta fórum no

Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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Resumo

Nesta aula compreendemos a importância da leitura e da escrita para a produção de conhecimentos. Vimos que este processo é

sistemático e encontra-se diretamente associado ao processo de evolução do homem. Por sua vez, o ser humano para se sociabilizar

precisou tomar consciência de sua existência e comunicar-se sobre o aprendido e apreendido. Refletirmos sobre os processos de comunicação e expressão, a priori enfatizados no processo de

produção da escrita, potencializando em cada autor um

pesquisador.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de entrevistas com

abordagens específicas que lhe possibilitará uma melhor compreensão de aspectos estruturantes da alfabetização e da

cultura escrita. Boa leitura!

BLOG DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO. Emília Ferreiro – Alfabetização e cultura escrita. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/emilia-ferreiro-

alfabetizacao-e-cultura-escrita/>. Acesso em: 18 ago. 2013.

GENTILE, Paolla.Ana Teberosky: ''Debater e opinar estimulam a

leitura e a escrita''. In: Nova Escola, São Paulo, n. 187, nov. 2005. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-

portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar-estimulam-leitura-

escrita-423497.shtml>. Acesso em: 18 ago. 2013.

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ALMEIDA, Ricardo Santos. Monitoria da Disciplina Geografia Agrária: Iniciação à Docência

para a Formação Acadêmica em Nível Superior. 2012. 98 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Formação Para a Docência do Ensino Superior) – Centro Universitário CESMAC, Alagoas. 2012.

AZEVEDO, Angelita Aparecida. Práticas de Alfabetização e Letramento. Disponível em: <http://goo.gl/M7Y2N7>. Acesso em: 18 ago. 2013. Coronel Fabriciano: Editora Prominas,

2012.

FOULIN, Jean-NöelFoulin; MOUCHON, Serge. Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FRANCO, Ângela; ALVES, Ângela Christina Souza; ANDRADE, Rosamaria Calaes. Construtivismo: uma ajuda ao professor. 4. ed. Belo Horizonte: Lê, 1997.

MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: Do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: UNESP, 2008.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 2

Os tipos de Conhecimento, A ciência e a Pesquisa

UNIDADE I PROFESSOR TAMBÉM PESQUISA:

APRENDER E APREENDER SOBRE O ESPAÇO GEOGRÁFICO AO

QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula aprenderemos como a curiosidade humana sobre o que temos a

nossa volta proporcionou no processo evolutivo da espécie a capacidade de se perceber, de se conhecer e de socializar informações.

Muitos de vocês devem estar se perguntando: Para quê pesquisar? Pensando nisso, visamos a partir desta aula possibilitar reflexões sobre a

prática da pesquisa no sentido de fazer ciência, ou seja, de se colocar a serviço da humanidade sob o olhar crítico e geográfico para solucionar

problemas sociais. Este processo não é fácil, pois poderemos nos

surpreender ao longo da pesquisa e mediante seus resultados.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Compreender a importância da ciência, da pesquisa e dos tipos de

conhecimento para o desenvolvimento técnico-científico-informacional.

- Aprender que a sociedade se estrutura compartilhando compreensões e expectativas;

- Conhecer os tipos de conhecimento, identificando por meio de fragmentos de textos suas reais conotações;

_ Apreender sobre o desenvolvimento das ciências ao longo do tempo e suas intencionalidades;

- Potencializar reflexões sobre a prática da pesquisa e sua

importância para o revigoramento das ciências.

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1. Os tipos de conhecimento

Neste momento você deve estar se perguntando, o que é conhecimento? Antes de

respondermos a esta pergunta, enfatizamos o conhecimento como sendo essencial para

repensarmos nossas atitudes e práticas de pesquisadores, no sentido de nos perceber no

espaço que nos cerca, quais as nossas curiosidades e quais as nossas posturas. A atitude do

pesquisador é essencial ao longo do processo de investigação, pois devemos reconhecer a

possibilidade de incertezas, relatividades e percebermos também que não há uma verdade

absoluta, por isso a necessidade de manter uma atitude sempre autocrítica.

Na aula anterior verificamos que o processo evolutivo do homem se constitui a partir

da busca pela minimização de carências e necessidades. Partindo desta premissa,

concordamos com Richardson (2008) ao enfatizar que o conhecimento advém da busca pela

compreensão sistemática de algo que é analisado, investigado e conhecido por alguém, ou

seja, resultante da subjetividade humana sobre o que o cerca. Para adquirir conhecimentos e

suprimir essas carências e necessidades o ser humano precisa ir à busca de respostas. Esta

busca se chama Pesquisa, seu caminho ou modo se chama Método. Todo o resultante deste

processo nos leva a compreender que o produto da inteligência humana se chama

conhecimento.

Richardson (2008) destaca que o processo de desenvolvimento do conhecimento se dá

em três fases. A primeira compreende a ausência da consciência no sentido amplo da

representação de estímulos, ou seja, que deixa

o pesquisador inquieto, um tema específico; a

segunda, pela qual o homem percebe que

ocorre algo a sua volta, mas ainda não sabe a

real causa das relações sistêmicas, que

desencadeiam as transformações das paisagens,

por exemplo; e a terceira que compreende a

reflexão racional sobre um tema específico,

visando compreender como, onde e por que um

fato ocorreu. Nesta última fase, o pesquisador

deverá realizar uma investigação minuciosa a

fim de descobrir a essência, a propriedade e os processos que permeiam as transformações

da natureza de modo visível ou não. Afinal, a aparência e a essência dos fenômenos nem

sempre são diretamente percebidas de imediato, por isso devemos estar sempre atentos ao

Figura 7. Qual caminho seguir? Fonte:

http://fortium.edu.br/blog/arquimedes_paiva

/files/2012/03/Tipos-de-conhecimento.jpg

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que está a nossa volta. A partir da análise da figura 6. tem-se explicita a relação

indissociável que envolve conhecimento, atitudes, competências e habilidades.

Conhecimento: Busca pela compreensão sistemática de algo pesquisado,

analisado, interpretado e socializado;

Atitudes: É a postura do pesquisador que pressupõe o ato de saber fazer e

como conduzir a pesquisa;

Habilidades: Não se trata apenas do ato de saber fazer, mas sim de como

correlacionar os conhecimentos às atitudes e as competências no sentido mais

amplo. Estará diretamente vinculada ao desenvolvimento de um planejamento

sistemático, permitindo ao pesquisador intuir sobre como realizar abordagens

sobre o conteúdo pesquisado e os modos mais viáveis para a análise,

interpretação e socialização;

Competência: Trata-se do modo como são coordenados e desenvolvidos os

conhecimentos, as habilidades e as atitudes;

Esses elementos são componentes principais para o bom desenvolvimento de uma

pesquisa no nível acadêmico.

São vários os tipos de conhecimentos. Eles podem estar subdivididos e estruturados de

modo a atender uma demanda social, política e ideológica. Richardson (2008) deixa bem

Diagrama 1. Conhecimento, atitude e habilidade.

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claro que devemos compreender que em uma mesma pesquisa poderão estar contidos em sua

análise diferentes tipos de conhecimento.

Conhecimento empírico: é o tipo de conhecimento sem nenhuma forma de

análise crítica que esteja respaldada em reflexões ou investigações lógicas. É

de cunho popular e espontâneo. Um clássico exemplo é o modo intuitivo que

temos ao acreditar que o simples fato de estar nublado significa que teremos

chuva. Este tipo de conhecimento carrega consigo a superficialidade,

acreditando julgar ou comprovar algo apenas pelo fato de ser observado; a

sensitividade; a subjetividade – o vivenciado pela pessoa; e a inexistência de

um método para sua aquisição, bem como a inexistente averiguação que

comprove a veracidade.

Conhecimento Filosófico: é o tipo de conhecimento oriundo da reflexão sobre

o que está a nossa volta, ou seja, leva em consideração as experiências

humanas a partir de uma lógica racional que não se pode confirmar,

experimentar ou mesmo observar, todavia, possibilitando ao indivíduo a

compreensão geral e sistemática das relações envolvendo os fenômenos gerais

que regem o universo.

Conhecimento Teológico: é o tipo de conhecimento diretamente associado à

religião, ou seja, são considerados aspectos fundamentados na fé e apoiados

em doutrinas, baseados na crença e na formação moral. Exemplos deste tipo

de conhecimento são: o ato de acreditar na reencarnação, e ou em fadas e

duendes, que podem proporcionar uma vida de paz e harmonia.

Figura 8. Tarcísio Meira interpretando. Para interpretar foi preciso ler. Fonte: http://portal.oregional.net/wp-

content/uploads/2013/08/tarcisio-meira-saramandaia1.jpg

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Conhecimento Técnico: é o tipo de conhecimento que possibilita ao homem

operacionalizar, levando em consideração todos os tipos de conhecimento, pois

se trata basicamente do saber fazer, colocando em segundo plano o pensar e

a compreensão sistemática dos fenômenos existentes.

Conhecimento Científico: é o tipo de conhecimento que proporciona ao homem

transformar a natureza que o cerca a melhorando ou piorando.

No processo de conhecimento cientifico deve ser levado em consideração o modo que

será conduzido a busca pelo entendimento de um fenômeno, a conexidade e a coesão dos

acontecimentos, respaldados em comprovações de indagações realizadas ao longo de uma

pesquisa. É necessário analisar que neste processo serão também realizadas experimentações

a fim de facilitar a comprovação ou reformulação de um fenômeno, podendo ou não ocorrer

constantemente.

Conhecimento Artístico: é o tipo de conhecimento que proporciona ao ser

humano a identificação do que lhe é belo ou não, reproduzindo nas artes e

estéticas que retratam cotidianos.

Considerando que o intuito deste curso de graduação visa proporcionar a

compreensão sistemática do que está a sua volta, acreditamos que o mais viável é utilizarmos

o conhecimento científico, pois será através da compreensão sistemática das experiências

docentes que são e serão desenvolvidas atividades, pesquisas e experimentações.

Figura 9. Materiais utilizados no processo de pesquisa.

Fonte: http://www.coladaweb.com/files/conhecimento2.JPG

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2. A Ciência

Goldenberg (2011) destaca a ciência como o confronto entre o possível e o impossível,

ou seja, quando em uma pesquisa sistematicamente estruturada, devem estar dissociados o

conhecimento e a ignorância.

A ciência é um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto contidos através da observação e da experiência. Ao contrário do que muitos professam a ciência não é universalmente neutra, mas efeito de uma realidade particular. É um corpo de conhecimentos sistemáticos, adquiridos com um método próprio, em um determinado meio e momento. O conhecimento de hoje pode ser negado amanhã, o que faz da ciência um processo em constante criação e não uma verdade absoluta. A ciência dá soluções na medida em que levanta novos problemas. Assim, a ciência está muito mais próxima de nossa ignorância do que nossas certezas. (GOLDENBERG, 2011. p. 103).

Não devemos estar presos ao que vemos, mas deveremos de modo conjuntural

fomentar uma construção a partir de elementos de uma mesma natureza, verificando e

racionalizando.

Para Richardson (2008) a ciência é diretamente

relacionada a capacidade de pensar do homem sobre

o homem, respaldado em instrumentos básicos que o

leve a compreender como responder indagações a

partir de um específico processo de investigação (o

método).

Coincidentemente os autores trazem consigo

elementos estruturantes que nos faz perceber a ciência

como forma específica para distinguir através de

objetivos específicos a relação do homem no ambiente

em que vive. Isto ocorre por meio do conhecimento,

observando-se que cada ciência tem uma abordagem

específica para responder perguntas sobre o que de

fato se quer conhecer.

Figura 10. Geógrafo Milton Santos. Fonte da imagem: http://4.bp.blogspot.com/_YhZkCE-ozmc/TOQW2u83hWI/AAAAAAAAEqw/6KkPOKjrSz8/s400/miltonsant

os.jpg

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3. A Pesquisa

O ato de pesquisar nos remete a busca do ser humano se compreender e tentar

resolver problemas específicos sobre algo que nos inquieta, mas não somente isso. É

necessário frisar que muitos pesquisadores realizam pesquisas para seu beneficio próprio. A

Geografia em primeiro lugar visa essencialmente atender aos anseios da sociedade

objetivados de modo conjuntural relativizado por procedimentos racionais.

Para Goldenberg (2011), a pesquisa é tratada como um processo no qual é impossível

prever todas as suas etapas, pois ao construirmos um conhecimento original, devemos ter em

mente uma pergunta que se deseja responder, um conjunto de metas a estabelecer e graduar

a confiabilidade da resposta obtida, delimitando um problema.

Já Andrade (2010) enfatiza a pesquisa enquanto conjunto de procedimentos

sistemáticos que leve em consideração o raciocínio lógico com intuito de solucionar problemas

propostos, utilizando-se de métodos científicos.

Pesquisar é uma ferramenta para adquirir conhecimentos, desnudar a realidade com

objetivos que inviabilizem a exclusão e a arbitrariedade. Richardson (2008) trás consigo estas

colocações, pois o papel da pesquisa é além de buscar resolver problemas práticos, é

estabelecer e descobrir relações entre fenômenos que também possam ser testadas a fim de

constituir um ideal a ser alcançado.

De acordo com Andrade (2010), os

principais pré-requisitos de uma pesquisa deve

conter sintonia com as qualidades intelectuais e

sociais do pesquisador, pois quanto mais

qualificado ele for, mais tempo terá para a sua

pesquisa. Observa-se que a prática da pesquisa

deva levar em consideração o domínio pelo

pesquisador do assunto pesquisado, a

curiosidade, a criatividade, a integridade

intelectual, a atitude auto corretiva, a relação

do problema estudado com a sociedade, a

imaginação disciplinada, a perseverança e a

paciência, bem como a confiança naquilo que faz.

Acreditamos que, por mais que você após ler esta afirmação acredite não estar em

condições sociais adequadas de se considerar um bom pesquisador, seja capaz de refletir

Figura 11. A curiosidade move a pesquisa. Fonte:

http://4.bp.blogspot.com/__P_etDqWQVU/T

Lg_E6QOvdI/AAAAAAAAAEM/I7jh6kHBpHw/s

200/prof_pesquisador.jpg

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sobre o seu local de trabalho, suas vivências e interações sociais, dessa forma, você perceberá

sim que possui todos os pré-requisitos essenciais à boa prática da pesquisa, basta apenas

você se permitir.

Andrade (2010) deixa claro que existem vários tipos de pesquisa, que deverão

respeitar a natureza que as envolve (no sentido de estar fundamentada em métodos analíticos

de pesquisa que possibilitam a evolução do conhecimento científico); respeitar o objetivo da

pesquisa (podendo ser exploratória; descritiva ou explicativa); baseada na observação dos

fatos ou fenômenos como acontecem na realidade levando também em consideração os

procedimentos utilizados; quanto ao objeto de estudo (por meio de pesquisa bibliográfica,

pesquisa infográfica, pesquisa laboratorial, ou pesquisa de campo).

3.1 Os tipos de pesquisa

A pesquisa, para Richardson (2008) pode ser classificada de acordo com o modo de

abordagem:

Pesquisa quantitativa: Leva em consideração tudo aquilo que pode ser

quantificado, ou seja, pauta-se somente na análise de informações

restritivamente numéricas para compreender as dinâmicas existentes na

sociedade. No âmbito da ciência geográfica, a quantificação é muito utilizada

para analisar aspectos populacionais e geofísicos.

Pesquisa qualitativa: Leva em consideração as relações existentes entre as

vivências do pesquisador e o mundo que o cerca, não podendo ser esta

relação mensurada (calculada), são analisados e interpretados os dados com

base na compreensão sistemática dos componentes socioestruturais, a exemplo

da Geografia.

Devemos lembrar que ao realizarmos uma pesquisa poderemos sim utilizar estas duas

classificações ao mesmo tempo, principalmente na Geografia, pois não há como compreender

a população, ignorando o quantitativismo e também as relações qualitativas que proporciona

a transformação das paisagens.

Existem os tipos de pesquisa:

Pesquisa descritiva: Neste tipo de pesquisa são descritos elementos contidos

em um dado objeto pesquisado, bem como as relações que os envolvem. Nela

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está presente o estudo exploratório, com o intuito de desenvolver hipóteses; e o

estudo de caso, para compreender leis gerais sobre uma dada conjuntura ou

situação estudada;

Pesquisa exploratória: Tem como intuito a constatação de um fenômeno em um

local, visando compreender suas relações com o ambiente que os cerca;

Pesquisa intervencional: Tem como intuito ir além do simples fato de observar.

O ato de intervir positiva ou negativamente potencializa uma transformação

estrutural no que se refere ao objeto estudado;

Pesquisa observacional: Tem como intuito observar, sem interferir no objeto

estudo.

Pesquisa experimental: Tem como intuito realizar a experimentação através

da seleção de variáveis que fomentem o controle e a observação dos efeitos

causados pela ação do homem;

Pesquisa metodológica: Visa analisar sistematicamente o caminho da própria

pesquisa, adotando neste processo métodos essenciais para uma analise crítica

e sucinta sobre o que é pesquisado.

Pesquisa documental: É quando o pesquisador se utiliza de documentos

oficiais e registros midiáticos de empresas públicas ou privadas que

potencializem a compreensão de um tempo e de um espaço, mas sem um

tratamento específico que conduza a interpretação ou uma análise mais

precisa;

Pesquisa teórica: É quando o pesquisador, por meio de uma teoria, busca

compreender de modo objetivo os pilares da ciência estudada;

Pesquisa bibliográfica: É a forma de pesquisa mais utilizada pelos

pesquisadores, pois é através do levantamento de dados que podemos

encontrar a contribuição científica significativa para potencializar a prática do

entendimento sobre o objeto estudado. Geralmente utilizamos sempre artigos,

livros, monografias como suporte para nossas pesquisas;

Pesquisa infográfica: É um tipo específico de pesquisa bibliográfica, que se

resume aos documentos oriundos da Internet.

Pesquisa transversal: É quando se utilizam elementos estruturantes de um

objeto pesquisado que visam descrever fenômenos ou situações não definidas

previamente.

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Acredite: não há pesquisa sem referências, por isso, verifique sempre no Ambiente

Virtual de Ensino e Aprendizagem um espaço específico onde contém acervo bibliográfico, o

que, por sua vez, poderá lhe auxiliar no desenvolvimento da sua pesquisa. Falando nisso, a

pesquisa bibliográfica para Andrade (2010) deve ser elemento obrigatório das pesquisas

exploratórias e no desenvolvimento da escrita da redação.

Atividade

A partir das informações tratadas nesta aula, desenvolva um texto contendo as ideias centrais do artigo intitulado “Uso e ocupação de um espaço

socialmente apropriado por uma Comunidade pesqueira em Maceió/AL e suas resistências”. Esta atividade tem como intuito fazer com que o discente

identifique quais os tipos de pesquisa utilizados pelo referido autor. Acesse o artigo pelo link:

http://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/usoeocupacaodeumespacosocialmenteapropriadoporumacomunidadepesqueiraemmaceio-alesuasresistencias.pdf

Após isso, envie por meio do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem o

arquivo contendo a produção do texto com base no referido artigo o relacionando com suas experiências e vivências nas escolas em que estudou

ou atua como professor. Afinal, para você como deveria ser o ensino de

Geografia?

Resposta

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Auto avaliação

Você já realizou alguma pesquisa?

Conte-nos sua experiência. Foi algo fácil? Você realizou a leitura do conteúdo pesquisado?

Relate em Fórum no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem, suas

experiências nos Ensinos Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio, e Ensino Superior.

Para você há alguma distinção sobre como pesquisar em cada uma dessas

modalidades de ensino?

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 107p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula compreendemos a importância dos tipos de

conhecimento, da ciência e da pesquisa para o desenvolvimento da humanidade. Tivemos um primeiro contato sobre o que é a ciência

geográfica e sua importância para a sociedade.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações acadêmicas sobre a prática da pesquisa.

BARROS, José D‘Assunção As hipóteses nas Ciências Humanas —

considerações sobre a natureza, funções e usos das hipóteses. SÍSIFO Revista de Ciências da Educação. n. 7. set/dez 2008. Disponível

em: <http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo7outrosPT.pdf>. Acesso em 15 ago. 2013.

PESSOA, Vera Lúcia Salazar. Geografia e Pesquisa Qualitativa: um

olhar sobre o processo investigativo. Geo UERJ. ano 14. n. 23, v. 1, 1. semestre de 2012. p. 4-18. Disponível em: <http://www.e-

publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/3682>. Acesso

em: 15 ago. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 3 O Conhecimento científico e sua metodologia

UNIDADE I PROFESSOR TAMBÉM PESQUISA:

APRENDER E APREENDER SOBRE O ESPAÇO GEOGRÁFICO AO QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula daremos continuidade a compreensão sobre o

conhecimento científico. Serão também enfatizados os caminhos percorridos na busca pelo

conhecimento (a metodologia), que te farão refletir sobre a importância do pesquisador frente às transformações existentes na

sociedade.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Compreender que a ciência se difere do senso comum, e é resultante

de um trabalho racional.

- Identificar pressupostos que potencializem a identificação de características das ciências por meio dos métodos de pesquisa; - Entender que a ciência não é o único meio de acesso ao conhecimento

e à verdade; - Valorizar o estudo referente aos métodos científicos.

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1. Os métodos e técnicas de pesquisa

Richardson (2008) destaca que o conceito de ciência está relacionado ao conceito de

método cientifico, pois para se chegar a um objetivo em comum numa dada pesquisa é

essencial pensarmos em um procedimento que seja capaz de validar um objeto. Sendo assim,

é por meio de uma investigação estruturada e minuciosa que podemos, ao analisarmos leis

comuns, contribuir com o desenvolvimento da sociedade, através de um conhecimento racional.

No que se refere às origens do método científico, Richardson (2008) destaca que

devemos compreender primeiramente a escola do conhecimento positivista. Nesta escola de

pensamento, desenvolvida durante os Séculos XVIII e XIX, os cientistas acreditavam que

através da utilização do método indutivo se conseguiria por meio da investigação do real

imaginar e argumentarmos com base no que é observado. O positivismo, na prática, é

um movimento que enfatiza o método científico (a física) como única fonte de conhecimento, estabelecendo forte distinção entre fatos e valores, e grande hostilidade com a religião e a metafísica. Insiste na existência de uma ordem natural com leis que a sociedade deve seguir. Além disso, a realidade não pode ser conhecida em sua totalidade; portanto, apenas se estudam dados individuais. (RICHARDSON, 2008. p. 33).

Nota-se que o método indutivo busca na generalização de um caso particular a chave

para se chegar a conclusões sobre fatos ou informações não observadas, desconsiderando

aspectos históricos.

Diagrama 3. Método indutivo.

Adaptado de Richardson (2008).

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A título de exemplo, podemos citar a generalização de que toda criança se

desenvolve físico e psicologicamente do mesmo jeito em todas as partes do mundo. Ao

pensarmos desta maneira estamos ignorando que cada criança se desenvolve de modo

distinto, recebendo ou não influência do ambiente em que vive, seja por meio da alimentação

ou da conjuntura social que a envolve.

Vejamos um exemplo do método indutivo proposto por Richardson (2008): Todo

cobre conduz energia. Toda prata conduz energia. Se cobre e prata são metais, logo, todo

metal conduz energia. Como exemplo, temos a seguinte afirmativa: O calor dilata o ferro

(particular); o calor dilata o bronze (particular); o calor dilata o cobre (particular); logo, o

calor dilata todos os metais (análise geral ou universal).

O método indutivo, para Andrade (2010) se confunde com o método experimental,

que é estruturado da seguinte forma:

Prática da observação: compreende as manifestações da realidade, sejam

elas espontâneas ou provocadas;

Formulação de hipóteses: na busca pela explicação de um fenômeno;

A experimentação: como entendimento das relações de causa e efeito,

diretamente associada à formulação de hipóteses;

A comparação ou analogia: É o momento em que se classifica, analisa e se

critica os dados recolhidos;

A abstração ou verificação: Ao analisarmos os dados verificamos se, de fato,

há ou não coerência no processamento das informações;

A generalização: É quando temos um conceito obtido com base nos dados

observados ou analisados, estendendo a outros casos da mesma espécie.

Em contraponto a esta vertente, Andrade (2010) explica a ideia central defendida

pelo francês Descartes, que por meio de seu livro Discurso do Método contribui

significativamente com o intuito de esclarecer por meio do método dedutivo, como poderia se

chegar a resultados, explicando o porquê dos fatos. Ao utilizar o método dedutivo, o

pesquisador deverá partir das teorias ou leis gerais para o particular. Como exemplo, temos

a seguinte afirmativa: Todo animal é mortal (análise universal ou geral); ornitorrinco é um

animal (particular); logo, o ornitorrinco é mortal (conclusão).

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Diagrama 4. Método dedutivo.

Adaptado de Andrade (2010).

De acordo com Andrade (2010), o método hipotético-dedutivo não se limita à

generalização empírica das observações realizadas, podendo através dele, construir teorias e

leis gerais. No que se refere ao método histórico, o mesmo consiste na investigação dos

acontecimentos do passado para a compreensão da atual conjuntura socioespacial. Já o

método comparativo é utilizado para compreender as relações existentes entre grupos de

objetos específicos a fim de encontrar divergências ou semelhanças. Sobre o método

estatístico, a autora enfatiza a utilização de cálculos para obter generalizações. Destaca

ainda o método funcionalista como meio de analisar a sociedade a partir do desempenho

de suas funções, ou seja, trata-se de um método interpretativo.

Sobre o método estruturalista, Richardson (2008) afirma que devemos em primeiro

lugar, perguntarmos quais serão os fatos observados, descritos e analisados, identificando sua

pertinência, bem como os elementos constitutivos do que é pesquisado, partindo do concreto

ao abstrato e vice-versa. Na prática é uma decomposição de informações. Construindo uma

estrutura, parte das menores unidades e estabelece regras ou associações com as demais.

Como exemplo, temos: Letra A é anterior a B, e B é anterior a C, logo A será anterior a C.

Já o método dialético é tratado por Andrade (2010) como princípio de unidade e

luta de contrários, pois os fenômenos analisados trarão consigo não apenas aspectos

contraditórios, mas conterão em sua essência questões ideológicas que se apresentam de

modo indissociável. Richardson (2008) também analisa que neste método que é possível a

transformação de aspectos quantitativos em qualitativos e vice-versa, pois qualquer objeto e

fenômeno o apresentarão. É compreendido de modo espiralado, pois é através da lei da

negação da negação, que as fases de estudo são repetidas. Como exemplo, temos: A história

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da natureza e da sociedade nos mostra que o desenvolvimento da sociedade está ligado à

morte do velho e ao nascimento do novo.

Respeitando a totalidade solidária entre os grupos, Andrade (2010) destaca o

método monográfico como meio de estudarmos conjunturas sem dissociá-las de seus

elementos. Isto significa que a partir do momento em que nos debruçamos em leituras

específicas e sobre conteúdos específicos, estamos praticando o método monográfico, seja por

meio de análise de monografias regionais (só da Região Nordeste) ou mesmo sobre aspectos

identitários de grupos sociais específicos, como, por exemplo, de comunidades indígenas.

Sendo assim, o método científico para Goldenberg

é a observação sistemática dos fenômenos da realidade através de uma sucessão de passos, orientados por conhecimentos teóricos, buscando explicar a causa desses fenômenos, suas correlações e aspectos não-revelados. É a maneira como o homem usa os instrumentos de pesquisa para desvendar o conhecimento do mundo. É por meio do Método Científico que novas teorias estão sendo incorporadas e que conhecimentos anteriores são revistos, de acordo com os resultados de novas pesquisas. (GOLDENBERG, 2011. p. 105).

Compartilhando desta definição, Richardson (2008) enfatiza o método científico como

aquele que proporciona ao pesquisador descobrir o problema a partir de elementos

conjunturais, identificando o ontem para compreender o hoje, possibilitando a resolução de

problemas a partir de questionamentos. Permite também, solucionarmos problemas a partir de

meios identificados para criar e recriar hipóteses, ou obter soluções empíricas. Fomenta a

investigação de como uma teoria foi desenvolvida, seja através de provas ou contraprovas

para com isso corrigir hipóteses, teorias, ou a partir de algum dado incorretamente analisado.

2. A metodologia da pesquisa

Andrade (2010) contribui no sentido de destacar a metodologia como um conjunto de

métodos ou caminhos percorridos na busca pelo conhecimento. Para Goldenberg (2011), a

metodologia faz um questionamento crítico da construção do objeto cientifico,

problematizando a relação sujeito-objeto construído. Diante de uma objetividade impossível,

a Metodologia busca uma subjetividade controlada por si mesma (autocrítica) e pelos outros

(crítica) (GOLDENBERG, 2011. p. 105).

Cada ciência possui um caminho específico para examinar e analisar as técnicas de

pesquisa utilizadas para solucionar problemas. A metodologia científica vai descrever quais

os métodos utilizados e sob quais parâmetros foram analisados ou interpretados.

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Atividade

Para você qual dos métodos estudados pode proporcionar, na Geografia, a uma reflexão mais crítica sobre o que está a nossa volta?

Realize uma pesquisa na Internet levando, em consideração aspectos

conjunturais encontrados em portais de notícia, a exemplo do UOL EDUCAÇÃO (http://educacao.uol.com.br/). O intuito é de identificar como o jornalista realizou a abordagem e a análise dos fatos. A partir disso, formule

questões que viabilizem a compreensão dos fatos expostos.

Observações: disponibilize o link da notícia pesquisada (endereço da página da Internet). Sempre referencie o conteúdo pesquisado, isto comprova seu

embasamento teórico e metodológico.

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar essas informações e tire suas dúvidas no fórum.

Resposta

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Auto avaliação

No cotidiano escolar estudamos diferentes ciências para aprender e

apreender as dinâmicas existentes na Terra. Tal como afirma Goldenberg (2011), devemos considerar que cada

indivíduo é uma síntese individualizada e ativa da sociedade, pois reapropria de modo singular o universo social e histórico que o

envolve.

Partindo desta premissa, relembre e identifique no seu passado escolar, características que lhe possibilitem refletir sobre quais

métodos e metodologias utilizadas e como estas te possibilitaram analisar o espaço geográfico ao qual estamos inseridos.

Exponha estas informações no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos alguns métodos e como estes possibilitam no

desenvolvimento da pesquisa uma compreensão mais prática da realidade que nos cerca. Compreender a conjuntura que nos envolve é fundamental, pois propicia uma análise mais pertinente do que

questionamos e do que queremos aprender, resgatando assim, o ideário de que juntos compreendemos mais.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações

acadêmicas sobre a prática da pesquisa. ROSA, Sanny S. O sentido da pesquisa na formação inicial de

professores: políticas e práticas do curso de pedagogia. In.: Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 21, n. 47, p. 591-610, set./dez. 2010.

Disponível em: <www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1610/1610.

pdf>. Acesso em: 20 ago. 2013.

OLIVEIRA, Eliana; ENS, Romilda Teodora; ANDRADE, Daniela B. S. Freire; MUSSIS, Carlo Ralph. Análise de Conteúdo e Pesquisa na

área da educação. In.: Revista Diálogo Educacional: Metodologia, Política e Filosofia da Educação v. 4 n. 9 Maio/Ago, 2003.

Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=637&dd9

9=pdf>. Acesso em: 20 ago. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 4

Pesquisar para compreender as dinâmicas socioespaciais

UNIDADE I PROFESSOR TAMBÉM PESQUISA: APRENDER E APREENDER SOBRE

O ESPAÇO GEOGRÁFICO AO

QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula enfatizaremos a integração entre os métodos

quantitativos e qualitativos, sendo essa necessária para a compreensão das dinâmicas socioespaciais existentes.

Será também destacado o compromisso social do professor de Geografia para a transformação da sociedade a qual está inserido

de modo positivo.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Potencializar reflexões sobre a busca e procedimentos que lhe

viabilizem solucionar problemas.

- Valorizar a importância da pesquisa; - Compreender como as classificações e tipos de pesquisa podem

contribuir para o desenvolvimento da ciência geográfica; - Identificar a possibilidade de correlacionar variados tipos de

pesquisa como modo de complementação a resposta de um único

problema.

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1. Pesquisar: escolher e qualificar

Na segunda aula nós vimos que a pesquisa deve levar em consideração os aspectos

ideológicos contidos na abordagem realizada pelo pesquisador, dessa forma, pode-se

compreender sistematicamente o que o indaga ou o que é questionado.

Goldenberg (2011) enfatiza que no âmbito das ciências sociais o pesquisador deverá

se esforçar para não inventar um objeto, ou seja, terá de construir um objeto de pesquisa

pautado na reflexão análoga e crítica do que é vivido, percebido e concebido. Quanto mais

consciência o pesquisador tiver sobre suas preferências pessoais, maior rigor ele terá para

realizar metas. Por sua vez, essas metas deverão estar diretamente associadas ao modo que

o pesquisador terá de conseguir coletar os dados, os analisar e interpretar. Este processo não

é fácil, pois o autor terá de compreender que nem tudo deverá ser como ele quer, em outras

palavras, deverá respeitar a hierarquia da credibilidade.

Richardson (2008) contribui significativamente a partir de sua análise sobre o processo

investigativo. Segundo este autor, o processo deve compreender o reconhecimento do ser

humano sobre os atos de sua espécie para ter conhecimento de sua realidade, reconhecendo

que nada age isoladamente. Será através da atitude do pesquisador que podemos perceber

sua real contribuição no desenvolvimento técnico-científico. Um dos principais meios de

descobrir esta possível qualidade é a prática da leitura, análise, interpretação e socialização

do que foi aprendido e apreendido, de forma a permitir por meio de uma variedade de

pesquisas a reflexão sobre as suas próprias práticas.

Na aula 2 nós vimos que:

O ato de pesquisar nos remete a busca do ser humano se compreender e tentar resolver problemas específicos sobre algo

que o inquieta, mas não somente isso. É necessário frisar que muitos pesquisadores realizam pesquisas para seu beneficio

próprio. A Geografia, em primeiro lugar, visa essencialmente atender aos anseios da sociedade objetivados de modo

conjuntural e relativizado por procedimentos racionais.

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2. A redação técnico-científica como ponto de partida para a socialização de

conhecimentos

Bahiense (2005) nos chama atenção para a prática da escrita, no sentido de escrever

uma redação técnico-científica que proporcione ao leitor compreender a mensagem do autor.

Quando nós pesquisadores desenvolvemos um tema, não devemos nos desvincular da real

proposta argumentativa para explicar, defender ou contradizer o que se quer pesquisar.

Já Andrade (2010) destaca que a qualidade do conteúdo escrito é considerada um

dos pré-requisitos para a obtenção de graus, seja graduando, mestrando ou doutorando.

Sendo assim, a linguagem científica suscita:

Defender o tema escolhido;

Escrever preferencialmente na terceira pessoa do singular;

Priorizar a utilização do acredita-se, compreende-se. Por sua vez, evitar ―eu

acho que‖, ―eu penso que‖, ―parece-me‖. Isto por que devemos enfatizar que

o texto apresentado é uma redação técnico-científica;

Conter no texto uma linguagem de cunho informativo e racional, que possibilite

ao leitor compreender um ponto de vista científico;

Utilizar um vocabulário formal ou técnico, pois cada ciência traz consigo

algumas terminologias ou palavras específicas para compreender conceitos,

categorias de análise, leis ou fenômenos;

Estar atento à ortografia e a formatação que deverá atender as normas

vigentes referentes a trabalhos acadêmicos;

Evitar deter-se apenas ao conteúdo textual, o autor deverá utilizar como

suporte: imagens, gráficos, tabelas e quadros, citando suas fontes.

Argumentar é a capacidade de informar a outra pessoa de maneira objetiva o que

pensamos. Argumentar não pode existir isoladamente, deverá estar associada, tal como

afirma Bahiense (2005), ao ato de dissertar, que é o ato de escrever expressando sua

opinião sobre um determinado assunto. Não devemos contradizer ideias e tampouco faltar

com clareza as informações sobre nossos estudos, pois o segredo de uma boa redação é

seguirmos uma sequência lógica.

Para seguirmos uma sequência lógica, Goldenberg (2011) enfatiza que devemos

verificar como são as abordagens utilizadas ao longo da pesquisa e como estas privilegiam a

compreensão do significado do que será analisado. Os pesquisadores na prática deverão

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estabelecer um equilíbrio, isto ocorrerá por meio do desenvolvimento de um roteiro de

questões claras e objetivas que proporcione o rigor científico sobre o que é pesquisado.

Bahiense por sua vez, defende a coerência como ponto de partida após a

estruturação escrita do texto científico, pois

Redigir com objetividade, clara, argumentação e coerência. Esta é a nossa meta. Às vezes diante do computador o telefone toca. Atendemos e – mesmo continuando a olhar para a tela – nos distraímos. Levantamos e bebemos água, por exemplo, e retornamos ao trabalho sem prestar muita atenção onde paramos. Podemos pensar em um determinado assunto e já estamos em outro. Ao reler o texto, observamos uma total falta de coerência entre as partes. É claro, a coerência é a capacidade de um texto manter um fluxo de pensamento, com início, meio e fim. Para tal, o encadeamento das ideias e o uso do bom vocabulário são condições básicas para um texto claro, sem ―ruídos‖ na comunicação. (BAHIENSE, 2005. p. 47).

A partir desta narrativa, a autora contribui no sentido de nos intuir a minimização de

clichês e modismos. Devemos estar atentos a utilização da estruturação sujeito-verbo-

complemento, ordenando frases de modo a seguir uma lógica, um sentido completo.

Na hora da Redação - Redija de modo que o leitor possa ler e compreender a mensagem;

- Estejam atentos(as) as regras sugeridas, no caso de submissão de trabalhos ou atividades;

- Leia atentamente o tema quantas vezes forem necessárias, verificando se está condizente a ideia central do que foi redigido;

- Cuidado com os tempos verbais utilizados, pois podem dificultar a compreensão sobre fenômenos e fatos analisados na pesquisa;

- Obedeça aos tipos de composição propostos: seja narração, descrição, dissertação. - Utilize os processadores de dados adequados ou utilize, caso seja algo

escrito a punho, redija com caneta preferencialmente de coloração azul. - Não copie e nem utilize frases como se fossem sua;

- Jamais utilize gírias e tampouco codifique a mensagem de modo a simbolizar significados. Por exemplo, evite as expressões comumente

utilizadas na Internet, como vc (você), pq (porque). Lembre-se que você estará estruturando um conteúdo cientifico;

- Não escreva parágrafos com apenas uma linha. Não utilize frases longas. Utilize frases com abertura e encerramento que objetivem responder a uma proposição estudada;

- Quando utilizar palavras estrangeiras as coloque em itálico, por exemplo, geography.

- Quando inserir uma sigla no corpo do texto somente a insira entre parênteses após o nome por extenso, caso apareça pela segunda vez

apenas insira a sigla.

Adaptado de Bahiense (2005).

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Atividade

Leia os textos:

1. Redes, rios e cesta básica regionalizada no Amazonas, Brasil. Autor: Andre de Oliveira Moraes e Tatiana Schor, disponível no link:

http://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/view/298/463. 2. Tipologia urbana: o exemplo do Estado do Rio de Janeiro. Autor:

Miguel Angelo Ribeiro, Vera Maria d'Ávila Cavalcanti, disponível em:

http://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/view/524/518

Após isso, informe qual a ideia central? Quais as ideias secundárias? Qual a proposta dos autores com estes textos? A mensagem do autor é facilmente compreendida?

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar

essas informações, tirando dúvidas.

Resposta

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Auto avaliação

Você utiliza caça-palavras? Lê jornais ou revistas? Lê ou escreve

poesias ou contos? Você sabia que esta experiência pode te proporcionar um melhor ensino e aprendizado?

Escreve a punho todos os dias? Já verificou que desse modo você enriquece o seu vocabulário?

Quando você escreve um texto o relê atentamente e o corrige? Você

é crítico consigo mesmo?

Tem dificuldades para interpretar textos? Conte-nos, podemos ajudá-lo(a).

Que tal você socializar todas essas questões? Caso você responda que não realiza nenhuma dessas atividades cotidianas, que tal

repensar e começar a rever-se enquanto futuro pesquisador. Lembre-se: nunca é tarde para recomeçar.

Exponha estas informações no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p. 150

p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos a importância da prática da pesquisa e do ato da dissertação para compreender as dinâmicas socioespaciais, a

exemplo das contidas nos materiais disponíveis na Internet, que foram utilizados na realização de atividades. É através da

valorização da leitura e da escrita, respeitando as referências estudadas, que a ciência revigora.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações

acadêmicas sobre a prática da pesquisa. MORAES, Andre de Oliveira; SCHOR, Tatiana. Redes, rios e cesta

básica regionalizada no Amazonas, Brasil. In.: ACTA Geográfica, Boa Vista, v. 4, n. 7, jan./jul. 2010. Disponível em:

<http://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/view/298/463>. Acesso em: 01 set. 2013.

RIBEIRO, Miguel Angelo; D‘ÁVILA, Vera Maria. Tipologia urbana: o

exemplo do Estado do Rio de Janeiro sob autoria de Miguel Angelo Ribeiro, Vera Maria d'Ávila Cavalcanti. In.: ACTA Geográfica, Boa Vista, v.5, n.10, jul./dez. 2011. Disponível em:

<http://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/view/524/518>

. Acesso em: 01. set. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 5

Os Caminhos da Pesquisa

UNIDADE I PROFESSOR TAMBÉM PESQUISA: APRENDER E APREENDER SOBRE

O ESPAÇO GEOGRÁFICO AO

QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula teremos como ponto de partida a roteirização como modo de estruturar a sua pesquisa. Para tal, devemos ter em mente

que para tudo na vida devemos ter um foco, um planejamento. Devemos também realizar estratégias de aplicabilidade e análise

interpretativa, conferindo a todo o momento se tudo está no caminho certo.

Se você ainda não tem nada em mente a ser pesquisado, repense o espaço que o cerca, certamente você poderá se surpreender com o

que pode te chamar atenção.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Compreender a organização de um Trabalho de Conclusão de Curso, seguindo as prerrogativas contidas no Projeto Político Curricular do curso Geografia Licenciatura EAD, no exercício de um

projeto de pesquisa.

- Conhecer as diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos;

- Evidenciar a importância de uma linguagem técnica e pedagógica para o desenvolvimento de um trabalho acadêmico de sucesso, que

leve em consideração a sequência lógica dos fatos; - Reafirmar o rigor científico pautado na resolução de um problema

pesquisado/estudado.

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1. Roteiro para o planejamento de uma pesquisa

Em primeiro lugar, devemos estar atentos ao objeto de estudo que vamos pesquisar,

no sentido de delimitar o assunto a ser questionado. Para Richardson (2008), a estruturação

da pesquisa deve se constituir prioritariamente para além da formulação de um problema

enquanto pergunta. Portanto, deve conter o ato de referenciar ou basear-se em outros

estudos e a análises a partir do entendimento do autor, a escala da pesquisa e quais as suas

contribuições para a sociedade.

As fases de uma pesquisa bibliográfica para Andrade (2010) constituem-se na:

Escolha e delimitação de um tema: A maioria das pesquisas no âmbito

acadêmico é sugerida pelos professores com base em alguns critérios, dentre

os quais são observados, o acesso aos materiais de pesquisa, como livros e

vídeos; a relevância do tema pesquisado e o tipo de abordagem.

Vejamos um exemplo de tema: Ensino de Geografia. Observe que esse tema é muito

generalista, pois em cada parte do

mundo este ensino se dá de modo

bastante específico. Neste caso, por

exemplo, existem várias leis vigentes,

tal como no Brasil, por meio da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação

(LDB) n° 9394/96 que norteia

professores a estruturarem currículos

específicos a realidade escolar em

cada parte do país. Sendo assim,

deveremos neste tema partir da

análise sobre Onde esse Ensino de

Geografia ocorre? (no âmbito do

Estado de Alagoas? Será analisado

um conjunto de escolas? É especificamente em alguma escola?); Este ensino ocorre em qual

nível de ensino (Fundamental I, Fundamental II, Ensino Médio, ou Ensino Superior?).

Devemos também verificar que o tema, tal como afirma Richardson (2008), deve ser

estruturado a partir da experiência refletida, construindo hipóteses, ou seja, observando-se

os fatos, incluindo resultados de outras pesquisas e as adaptando aos conhecimentos do autor,

de forma a levar em consideração a relação do pesquisador com a sociedade a qual está

Figura 12. As interações humanas possibilitam novos modos de pensar. Fonte: http://www.ideiademarketing.com.br/wp-content/uploads/2013/03/figura12.jpg

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inserido, sem julgamentos de valores. É necessário ressaltar que na construção de uma boa

hipótese, o autor deverá desenvolvê-la de modo claro, coeso, objetivo e específico, sendo

possível relacioná-la com teorias a operacionalizando-a. Deve-se enfatizar que a hipótese

por si só não é a resposta para a pesquisa em desenvolvimento, pois ela é apenas um

norteamento que poderá ou não ser de fato a real resposta para o problema a ser resolvido

pela pesquisa.

Vejamos um exemplo de hipótese clara: Em Alagoas, a reduzida quantidade de

empresas e a queda na produção influenciam nos baixos Índices de Desenvolvimento Humano.

Observe que, neste exemplo, foram enfatizadas informações de natureza empírica,

não contendo juízo de valores. Porém, os elementos contidos nesta hipótese precisam de

respostas que só nos serão dadas com base em uma pesquisa.

Vejamos um exemplo de hipótese confusa: O desaquecimento da economia leva as

empresas em Alagoas a desenvolverem políticas de contenção de pessoal.

Neste exemplo, é identificada a imprecisão de informações, pois existem diversos tipos

de políticas de contenção de pessoal e o desaquecimento da economia se dá de alguma

forma.

Vejamos um exemplo de hipótese inadequada: Maus professores devem ser expulsos

de Alagoas, pois são a causa dos baixos índices de desenvolvimento da educação e dos

elevados índices de analfabetismo.

Note que neste último exemplo, são levados em consideração apenas o juízo de valor

do autor e isto não deve acontecer na formulação de hipóteses.

Continuando a discussão sobre a roteirização de pesquisa temos:

Coleta de dados: Com um tema escolhido, é hora de o pesquisador procurar a

biblioteca física ou virtual para escolher e utilizar bibliografias sobre o assunto

e a elaborar o trabalho.

Localização de informações: Com a lista de obras pesquisadas, o autor as

deverá ler (recomendamos a visualização do conteúdo no Sumário, pois nem

todo o conteúdo de um livro poderá ser utilizado para a pesquisa); realizar

uma leitura mais específica dos títulos, subtítulos e conteúdos mais específicos, a

fim de fomentar uma nova seleção de materiais; apreender o conteúdo a partir

de uma leitura mais específica crítica e analítica; e, por fim, interpretar todo o

conteúdo estruturado e estudado anteriormente, confirmando ou não opiniões a

partir das relações existentes entre as teorias e a prática realizada na

pesquisa.

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Documentação de dados a partir de anotações, resumos e fichamentos:

Recomendamos que registre todas as informações ao realizar uma pesquisa

bibliográfica. O primeiro passo é a leitura, o segundo é a anotação e,

consequentemente, a produção de fichamentos.

Seleção de materiais: O pesquisador poderá consultar um significado número

de obras relativas ao assunto que quer pesquisar. Contudo, devemos estar

atentos que em muitas obras nem todos os autores poderão trazer as mesmas

ideias. Sendo assim, em primeiro lugar, escolha os materiais tendo como base a

busca por informações sobre o autor ou conjunto de autores, o sumário (caso

seja livro), e em seguida classifique os materiais selecionados, facilitando ainda

mais a estruturação de fichas.

Planejamento do trabalho: A partir do momento em que se tem posse do

material selecionado, é elaborado o plano provisório de trabalho, estruturado

tal como uma redação e devendo conter orientações sobre o desenvolvimento

do trabalho, ou seja, ter em sua estrutura o tema, os objetivos, a justificativa, as

hipóteses e o cronograma (da coleta de dados à ação da escrita).

Redação: Expressar-se não é uma tarefa fácil, pois o autor traz consigo uma

série de limitações estruturais, isto ocorre por querer sempre começar o

trabalho escrito, em um artigo ou em uma monografia, iniciando pela

introdução. A redação neste momento deverá ser considerada como o ato de

escrever um artigo (exigência do curso Geografia Licenciatura EAD) ou

monografia (outros cursos de graduação). Dessa forma, recomendamos iniciar a

escrita de seu texto a partir do primeiro capítulo, deixando para o fim da

escrita de um artigo ou monografia a redação da introdução (local onde

estará a apresentação da sua produção textual, que deverá trazer em si

elementos contidos ao longo de todo o texto, afinal, trata-se de um convite a

leitura do conteúdo de toda uma produção textual). Ressaltamos também que a

escrita deverá trazer em si coerência, coesão e entrosamento entre todos os

elementos estruturantes, como um roteiro de cinema, com começo, meio e fim.

Leitura crítica e analítica para a redação final: A primeira versão da redação

não deve ser a versão final, pois sempre conterá erros de concordância,

ortografia e poderão trazer consigo evidencias de uma má lógica de

raciocínio. Por isso, leia e releia sempre o que está escrevendo, principalmente

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em voz alta, pois ao nos ouvir, poderemos perceber se outras pessoas que

estão próximas a nós compreendem a mensagem escrita.

Organização das referências utilizadas ao longo da pesquisa: Como vimos

anteriormente, a partir da coleta de dados temos o início da criação de um

banco de dados e que nem sempre será utilizado completamente. No decorrer

da pesquisa, verifica-se que nem sempre todo o material coletado será

utilizado. Ao informarmos as referências ao fim do trabalho acadêmico,

devemos inserir as indicações bibliográficas apenas dos materiais que de fato

foram utilizados ao longo do texto. Estas indicações deverão obedecer às

normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que por meio da

norma 6023 de 2002, fixou elementos estruturantes da identificação de uma

obra (livro, revista, jornal, documento eletrônico, artigo, etc.) devendo conter:

Autor (Sobrenome, nome), Título da obra, edição, local da publicação, editora,

ano da publicação e quantidade de páginas.

Vejamos alguns exemplos de organização de referências:

AUTOR: Deverá estar estruturado de modo a iniciar-se com o sobrenome em maiúsculo e após vírgula o nome com apenas a

primeira letra em maiúsculo. Caso haja algum nome e sobrenome acompanhados pelas relações de parentesco filho, neto, júnior ou

sobrinho, deverão estar contidos junto ao outro sobrenome. Há também sobrenomes que não poderão ser separados:

Exemplos: SANTANA SOBRINHO, Joaquim.

ALMEIDA, Ricardo Santos. PEREIRA JÚNIOR, Manuel Diegues.

ESPIRITO SANTO, Valdirene.

AUTOR-ENTIDADE: Quando a autoria é atribuída a uma entidade

(como órgãos públicos ou empresas particulares): Exemplos:

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Geotecnologias. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso

em: 20 jul. 2013.

INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE. Institucional. Disponível em:

<http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/igdema/>. Acesso em: 19 ago. 2013.

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Andrade (2010) nos chama atenção para os exemplos utilizados ao longo desta aula,

pois constam de modo abreviado nomes de editoras, a exemplo da Editora do Instituto de

Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), logo, recomenda-se que o nome da Editora não deva

ser utilizado no corpo da referência de obras.

O alinhamento das referências deverá conter espaçamento simples, e estar de modo

alinhado a estrutura da página (sem paragrafação) na margem esquerda da página. Cada

referência deverá estar separada por um espaçamento de dois espaços duplos e seguindo a

ordem alfabética. Vejam o exemplo abaixo:

ALMEIDA, Rosângela Doin; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. 15. ed. São Paulo: Contexto, 2008. 90 p.

BUARQUE, Sérgio; LIMA, Ricardo. Manual de estratégia de desenvolvimento para aglomerações urbanas. Brasília: IPEA, 2005. 76 p.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de conhecimentos. 16. ed. Campinas: Papirus, 1998. 192 p.

TÍTULO DA OBRA: Deverá estar escrito tal como aparece na obra, contendo a primeira letra em maiúsculo (bem como nomes próprios),

o subtítulo sempre deverá estar após dois-pontos: Exemplo: CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de

conhecimentos. 16. ed. Campinas: Papirus, 1998. 192 p.

No que se refere a inserção de números de edição de livros, apenas a insira caso não seja a primeira, na referência.

Exemplo: BUARQUE, Sérgio; LIMA, Ricardo. Manual de estratégia de

desenvolvimento para aglomerações urbanas. Brasília: IPEA, 2005. 76 p.

Quando o título do livro for acompanhado por um subtítulo, apenas o título deverá estar em negrito. Caso haja mais de um autor, os

separe utilizando ponto-e-vírgula (;): Exemplo:

ALMEIDA, Rosângela Doin; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. 15. ed. São Paulo: Contexto,

2008. 90 p.

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52

Não utilizou todo um livro, apenas uma parte, então como referenciar esta indicação

bibliográfica?

Leu uma notícia ou artigo de jornal impresso o quer referenciar em seu trabalho?

Observe todo o jornal para inserir as seguintes informações, pois nem todas as matérias são

assinadas por um autor, por exemplo:

Há casos em que alguns autores permanecem no anonimato (impossível identificar a

autoria). Nesse caso, não deveremos utilizar a expressão anônimo para substituir autor

desconhecido.

Vejam o exemplo abaixo:

O OLHAR e o ficar: a busca do paraíso. 170 anos de imigração dos povos de língua alemã.

São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1994. 50 p.

Caso hajam vários livros utilizados de um mesmo autor, utilize um traço (equivalente a

seis toques no teclado). Vejam o exemplo:

INDICAÇÃO DE CAPÍTULO OU PARTE DE LIVRO: Deverá estar estruturado de modo a conter o sobrenome e nome do autor, o título

do capítulo ou parte do texto utilizada. Em seguida, deverá conter a expressão In acompanhada de dois pontos e espaço. Além disso,

devem constar os demais elementos, como local da edição, nome de editora, o ano, e a paginação.

Exemplo: CASTELLS, Manuel. O debate sobre a teoria do espaço. In: A

questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. p. 181-197.

INDICAÇÃO DE ARTIGO DE JORNAL: Deverá estar estruturado de modo a conter o sobrenome e nome do autor, o título do artigo ou

matéria. Em seguida, deverá conter o nome do jornal, a cidade ou local, o dia da publicação, seção, o caderno ou parte e o número da

página.

Exemplo de artigo de jornal com autoria: CONY, Carlos Heitor. Justa Causa. Folha de São Paulo, São Paulo,

17 jun. 2001. Caderno A, p. 2. Exemplo de artigo de jornal sem autoria:

O AVANÇO da tuberculose. O Estado de São Paulo, São Paulo, 5

jun. 2001. Caderno A, p. 3.

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ALMEIDA, Ricardo Santos; SANTOS, Cirlene Jeane Santos. O Impedimento ao real desenvolvimento: A tessitura territorial promovida pela ação de políticas públicas agrárias

subservientes a agroindústria em Alagoas. In: 5º Encontro da Rede de Estudos Rurais - Desenvolvimento, Ruralidades e Ambientalização: paradigmas e atores em conflito, 2012,

Belém. Belém: Rede de Estudos Rurais, 2012. p. 01-12.

______; ______. O Transporte Multimodal e a Geopolítica em Alagoas: Do Século XIX aos

tempos atuais. In: VI Fórum e I Encontro Nacional Estado, Capital, Trabalho: A Geopolítica Imperialista dos Estados/Nações e a Política de Ocupação de Terras/Território, 2011, São Cristóvão/SE. São Cristóvão/SE: Grupo de Pesquisa Estado, Capital, Trabalho, 2011.

Pesquisou em alguma revista acadêmica um artigo, resenha ou entrevista e quer inserir

em suas referencias? Anote o nome dos autores, o título e o subtítulo (caso haja), local da

publicação e editora, numeração do ano e/ou o volume, bem como a numeração do fascículo

ou volume, períodos e datas de publicação e outras informações que nos possibilite a

identificar o artigo.

Você observará que em alguns livros, artigos ou revistas utilizados para o

desenvolvimento de sua pesquisa, constarão as seguintes abreviações:

Organização (Org.);

Coordenação (Coord.).

Série ou Coleção (Col.).

Caso não haja a data/ano da publicação, deve-se anotar uma data aproximada

contida em colchetes. Vejam alguns exemplos:

[1887?] = data provável;

[ca. 1982] = data aproximada;

[198] = década certa;

INDICAÇÃO DE REVISTA ACADÊMICA Exemplo:

ALMEIDA, Ricardo Santos; PONTES, Ariane de Almeida; SANTOS, Cirlene Jeane Santos. Uso e Ocupação de um espaço socialmente

apropriado por uma comunidade pesqueira em Maceió-AL e suas resistências. Revista Científica Semana Acadêmica, n. 24., v. 1, p.

769022013, jan. 2013. Disponível em: <http://semanaacademica.org.br/uso-e-ocupacao-de-um-espaco-socialmente-apropriado-por-uma-comunidade-pesqueira-em-

maceioal-e-suas>. Acesso em: 15 ago. 2013.

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[199-?] = década provável;

[17--] = século certo;

[17--?] = século provável.

Caso sejam utilizados materiais contidos em anais de eventos, trabalhos acadêmicos,

como monografias, dissertações e teses, devemos seguir as seguintes estruturações:

Já no caso das monografias, dissertações ou teses, estas deverão estar estruturados de

modo a conter sobrenome, nome do autor, título do trabalho, data ou ano, número de folhas,

tipo de trabalho, grau conferido ao autor (graduado, mestre, doutor, pós-doutor), a

vinculação acadêmica ou Instituição de Ensino Superior, local e data ou ano da defesa.

TRABALHOS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS

Exemplo: PONTES, Ariane de Almeida; ALMEIDA, Ricardo Santos; SANTOS, Cirlene Jeane Santos. Comunidade Vila dos Pescadores Artesanais

do Jaraguá, Maceió-AL: Territorialidade e Resistência. In: Anais..., I Seminário Nacional do Grupo de Geoecologia e Planejamento

Territorial e IV Seminário do GEOPLAN. São Cristóvão/SE: Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial da

Universidade Federal de Sergipe, 2012. p. 01-11.

MONOGRAFIA

Exemplo: ALMEIDA, Ricardo Santos. Monitoria da Disciplina Geografia

Agrária: Iniciação à Docência para a Formação Acadêmica em Nível Superior. 2012. 98 f. Trabalho de Conclusão de Curso

(Especialização em Formação Para a Docência do Ensino Superior) –

Centro Universitário CESMAC, Alagoas. 2012.

DISSERTAÇÃO

Exemplo: COSTA, Terezinha Otaviana Dantas. Avaliação do corpo docente no contexto da avaliação institucional: reflexão crítica a partir do

discurso de docentes de uma instituição do 3° grau. 1996. 179 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Mackenzie,

São Paulo, 1996.

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55

Você já deve ter notado ao longo desta aula algumas referências utilizadas a partir

de documentos eletrônicos. Elas são estruturadas do mesmo modo que os outros modelos de

referencias bibliográficas, com o acréscimo das seguintes informações: Disponível em: <inserir

endereço da Internet>. Disponível em: data de acesso do mês abreviado e ano. Vejam

exemplo abaixo:

BLOG DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO. Emília Ferreiro – Alfabetização e cultura escrita. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/emilia-ferreiro-alfabetizacao-e-

cultura-escrita/>. Acesso em: 18 ago. 2013.

Os elementos complementares da referência são:

Ilustrador (il.);

Outros autores (et. alli);

Tradutor (tradução – escrito por extenso);

Revisor (rev.);

Adaptador (adap.);

Compilador (comp.);

Número de páginas (p.);

Volume (v.);

Ilustrações (il);

Dimensões (altura deverá estar em centímetros - cm);

Série editorial ou coleção (escrito tal como escrito anteriormente, por extenso);

Notas (mimeografado; no prelo; não publicado; título do original, etc.);

ISBN (International Standard Book Numbering);

Índices (remissivo, de assuntos, etc.).

TESE

Exemplo: BATISTA, Maria de Fátima de Mesquisa. O romanceiro tradicional

do Nordeste do Brasil: uma abordagem semiótica. 1999. 862 f. Tese (Doutorado em Semiótica e Linguística Geral). Faculdade de

Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

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Vejamos alguns exemplos:

HOUAISS, Antônio. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: INL/MEC, 1967. v. 2.

GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Cultrix, [1979?].

SHELDON, Sidney. Um estranho no espelho. Tradução Ana Lúcia Deiró Cardoso. São Paulo: Círculo do Livro, 1981. 296 p. Título original: A stranger in the mirror.

SAADI. O jardim das rosas. Tradução de Aurélio Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: J. Olímpio, 1944. 124 p. il. Versão francesa de Franz Toussaint. Original árabe (Coleção Rubayat).

CASSIRER, Ernest. Linguagem e mito. São Paulo: Perspectiva, 1972. 131 p. 20,5 cm. (Série Debates 50).

FERRAZ, Augusto. Memória dos condenados: contos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983. 150 p. (Coleção Vera Cruz. Literatura Brasileira, n. 349).

VICENTE, Gil. Auto da alma. Notas de Idalina Resina Rodriguez. Lisboa: Seara Nova, 1980.

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Atividade

Você já pensou em um tema para a produção de sua pesquisa

acadêmica? Desenvolva um tema pertinente ao curso de Geografia e o delimite

de acordo com o enfoque desejado. Apresente argumentos que tornem sua pesquisa importante para a sociedade, destacando os

objetivos e as hipóteses.

Utilize a ferramenta de envio/anexo de documentos para enviar sua roteirização de pesquisa.

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar essas informações tirando dúvidas.

Resposta

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Auto avaliação

Você certamente deve ter percebido a complexidade de

informações contidas ao longo desta aula. Como você acredita que os tipos de conhecimento podem ter

contribuído para a sua formação enquanto ser humano? Todos eles são importantes realmente? A ciência é realmente o único ponto de

partida para o desenvolvimento da humanidade?

Você gosta de ler? Tem curiosidade em pesquisar? Já pensou que a sua pesquisa está mais próxima que parece? O que falta para

começar a coletar dados e estruturar sua roteirização de pesquisa? Pratique, não apenas tenha essa aula como informativo educacional.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro:

Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos alguns caminhos da pesquisa, bem como

reconhecemos mediante as normas da ABNT as referências utilizadas para alimentar nosso banco de dados coletados. Proporcionamos também, por meio desses caminhos da pesquisa, condições para o

estudante repensar sistematicamente sua percepção sobre o que o cerca, possibilitando estruturar sua pesquisa científica.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações

acadêmicas sobre a prática da pesquisa. Acreditamos ser essencial o acesso ao material referente ao Padrão UFAL de normatização para trabalhos acadêmicos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/>. Acesso em: 30 ago. 2013.

GUEDES, Enildo Marinho; LENZI, Lívia Aparecida Ferreira; VALE, Helena Cristina Pimentel; RIZZI, Iuri Rocio Franco. Padrão UFAL de normatização. Maceió: EDUFAL, 2012. Disponível em:

<http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao>. Acesso em: 30

ago. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 1

A instrumentalização científica como suporte a análise da Pesquisa

UNIDADE II LER, INTERPRETAR E ANALISAR:

COMPREENDER O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula, teremos a apresentação e a análise dos recursos e

ferramentas disponibilizadas na Internet que nos facilita a estruturação de nossos trabalhos acadêmicos.

Você certamente notará a conexão desta, com as aulas anteriores,

justamente para lhe auxiliar no desenvolvimento de sua pesquisa.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Compreender a importância dos recursos e ferramentas

disponibilizadas na Internet e bibliotecas físicas que nos oferecem suporte a realização de pesquisas (Criação de banco de dados de

artigos que subsidiarão as discussões e temas de pesquisa).

- Proporcionar reflexões sobre a utilização da Internet como ferramenta para o desenvolvimento da pesquisa e do ensino;

- Propor a utilização de buscadores da Internet para maximizar a pesquisa e o ensino;

- Sugerir o acesso a sites com conteúdo geográfico.

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61

1. As ferramentas de busca na Era da Informação

De acordo com Andrade (2010), a pesquisa bibliográfica através da Internet é

considerada uma ação inovadora por recuperar informações de variadas áreas do

conhecimento. É importante ressaltarmos que é através deste tipo diferenciado de pesquisa

que podemos minimizar as distâncias entre o autor, seu referencial teórico e o leitor. Contudo,

é importante mencionar que nós, pesquisadores, não podemos ignorar a existência das

bibliotecas físicas (com infraestrutura presencial), pois nem todos os livros são disponibilizados

facilmente na Internet.

Para o acesso a sites o pesquisador deverá estar conectado a Internet e conhecer o

endereço Uniform Resource Locator (URL) do site a ser pesquisado, por exemplo,

http://graduacao.ead.ufal.br. No referido site, que comumente utilizamos, verifique que em

cada área do mesmo há como realizarmos discussões ou nos embasarmos para a produção de

textos sobre uma temática específica, a exemplo, da temática, Ambientes Virtuais de Ensino e

Aprendizagem. Além disso, que tal buscarmos informações sobre como ter acesso as

publicações em uma biblioteca física, a exemplo da localizada na Universidade Federal de

Alagoas, através do site www.sibi.ufal.br. Devemos também verificar na nossa cidade a

existência de bibliotecas físicas. Você já foi a alguma?

Podemos também conferir outros sites que contém obras digitalizadas, tais como a

Bibliotecas Virtuais Temáticas, acessível pelo site http://prossiga.ibict.br/bibliotecas/, o portal

SciELO, acessível através do site www.scielo.br, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e

Dissertações do Ministério da Ciência e Tecnologia, acessível no site http://bdtd.ibict.br/en/a-

bdtd.html, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo,

acessível no site www.tcc.sc.usp.br, ou mesmo o Google Acadêmico, pelo site

scholar.google.com.br.

Figura 13. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: Google (2013).

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Figura 14. Google Acadêmico.

Fonte: Google (2013).

Figura 15. Página de busca do portal SciELO.

Fonte: Google (2013).

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63

Figura 16. Página da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo.

Fonte: Google (2013).

Para Andrade (2010), as ferramentas de busca permitem ao pesquisador o encontro

de informações sobre temas, conteúdos ou outros sites que ainda desconhecemos. Na Era da

Informação o pesquisador deverá processar um conjunto sistemático de estudos, tendo como

base estruturante para tal um dado, que, por sua vez, se tornará uma informação que

analiticamente será atrelada a referenciais teóricos. Dessa forma, promove um conhecimento

embasado por conteúdos, o que potencializará o pesquisador ao aprimoramento de suas

competências, despertando cada vez mais a criatividade. Temos como exemplos os

buscadores:

Quadro 1. Exemplos de buscadores.

Site Endereço (URL) Tipo

Alta vista HTTP://br.altavista.com Genérico, dividido por áreas

Google HTTP://www.google.com.br Genérico

Guby Network HTTP://www.achei.com.br Genérico, dividido por áreas

Lycos HTTP://www.lycos.com.br Genérico, dividido por áreas

Microsoft HTTP://www.bing.com.br Genérico, disponível como barra no

navegador Internet Explorer

StarMedia HTTP://www.cade.com.br Genérico, dividido por áreas

Universo Online (UOL) HTTP://busca.uol.com.br Genérico

Yahoo! Brasil HTTP://br.search.yahoo.com Genérico

Fonte: Andrade, Maria Margarida (2010).

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64

É também, no processo sistemático da pesquisa na Internet, que o pesquisador constrói

um banco de dados. Esse banco de dados pode ser sistematizado por meio virtual ou

impresso.

Quadro 2. Sites interessantes para a realização de pesquisas acadêmicas.

Site Endereço (URL)

BARSA http://brasil.planetasaber.com/

Biblioteca Digital Acessível http://ada.mec.gov.br/

Biblioteca Nacional http://www.bn.br/

Bibliotecas virtuais do Programa de Informação para

Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação, do

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e

Tecnologia

http://prossiga.ibict.br/bibliotecas/

Brasil Escola http://www.brasilescola.com/

Biblioteca Pública na Internet http://www.ipl.org/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br/

Portal Domínio Público http://www.dominiopublico.gov.br/

Portal do Professor http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

Adaptado de: Andrade, Maria Margarida (2010).

A utilização de dispositivos móveis para o desenvolvimento de banco de dados

também são amplamente utilizados. Os principais são: pen drive, HD externo, CD ROM

(gravável), CD RW (regravável), DVD ROM (gravável), DVD RW (regravável).

Figura 17. Alguns dispositivos móveis de armazenamento e outros locais de armazenamento e compartilhamento

de dados.

Fonte: Google (2013).

Os arquivos em meio digital são selecionados e organizados pelo pesquisador de

forma a facilitar o encontro do material bibliográfico para o estudo. O mesmo é realizado

com materiais impressos, porém, o que nesse caso teremos é uma estrutura parecida com uma

biblioteca física. Há também outros formatos de banco de dados, como o armazenamento em

nuvens, a exemplo do Google Drive HTTP://www.google.com/drive.

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Atividade

Estruture uma pesquisa relacionando ao desenvolvimento da ciência, da

pesquisa e do conhecimento que, de forma a proporcionar compreender a Ciência Geográfica.

Para tal, realize uma pesquisa nos sites: SciELO, acessível através do endereço eletrônico www.scielo.br; na Biblioteca Digital Brasileira de

Teses e Dissertações do Ministério da Ciência e Tecnologia, acessível no site http://bdtd.ibict.br/en/a-bdtd.html; na Biblioteca Digital de Teses e

Dissertações da Universidade de São Paulo, acessível no site www.tcc.sc.usp.br, ou mesmo no Google Acadêmico, pelo endereço

scholar.google.com.br, procurando a temática Ciência Geográfica. Após isso, compartilhe no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem

inserindo os links (endereços dos artigos, livros encontrados na pesquisa, na Internet).

Leia os artigos e socialize com seus colegas o que compreendeu.

Resposta

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Auto avaliação

Você já realizou alguma pesquisa na Internet? Você já pesquisou

algo especificamente voltado a estudos científicos? Conte-nos sua experiência. Foi algo fácil? Você realizou a leitura do

conteúdo pesquisado?

Ainda não realizou nenhuma pesquisa com este foco? Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para compartilhar sua

experiência. Caso tenha sugestões de outros sites de pesquisa com conteúdo acadêmico, utilize o fórum para socializar com os colegas.

Saiba que é a partir da socialização de conhecimentos que

desenvolvemos nosso intelecto e a ciência geográfica.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos alguns sites específicos para a socialização

de conhecimentos.

Sugestões de acesso a sites

Portal de Periódico de Acesso Livre:

http://www.periodicos.capes.gov.br/ Os 100 sites mais úteis da Internet, por Youpix:

http://youpix.com.br/top10/top-101-sites-uteis-para-favoritar/

Sites interessantes, sugeridos pela Revista Revelação Online: http://www.revelacaoonline.uniube.br/deolho03/olho3.html

Blog Fórmula Geo escolhe alguns sites interessantes para utilizarmos

na pesquisa em Geografia: http://formulageo.blogspot.com.br/2010/09/sites-interessantes-para-geografia.html

Site com sugestões de materiais didáticos específicos - Só Geografia:

http://www.sogeografia.com.br/

Site Geografia para o Ensino Médio: Geografia Geral e do Brasil para Todos: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php

Site Jogos-Geográficos: http://www.jogos-geograficos.com/

Site da Secretaria de Educação do Estado do Paraná com conteúdos específicos para o ensino de Geografia:

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/

Site Olimpíada de Geografia do Brasil: Viagem do Conhecimento:

http://www.viagemdoconhecimento.com.br/

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 2

O Fichamento e o ato de Sublinhar como ferramentas para maximizar a compreensão da análise da pesquisa

UNIDADE II LER, INTERPRETAR E ANALISAR:

COMPREENDER O PAPEL E A

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula abordaremos algumas técnicas utilizadas para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Essas técnicas potencializam um estudo mais organizado e estruturado, o que lhe proporcionará um

melhor argumento e escrita de seu trabalho de conclusão de curso.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Apontar meios para a interpretação de conteúdos que

potencializarão a revisão de literatura na pesquisa (Produção de resumos, fichamentos e resenhas, dando as coordenadas e

diferenciando o que é cada um está exercitando).

- Apontar a diferença entre resumo e resenha; - Enfocar como realizar fichamentos, resumos e resenhas, para analisar

e interpretar conteúdos em textos; - Demonstrar como resumir, fichar e resenhar.

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69

1. Fichamento

Segundo Andrade (2010), o sistema de produção de fichas foi criado por Abade

Rozier, seu principal intuito é registrar o material bibliográfico em fichas impressas ou

digitalizadas, contendo de modo ordenado referências sobre o conteúdo resumido do

material.

Figura 18. Significado de Fichamento (mapa de nuvens).

Fonte: Google (2013).

Na prática, o fichamento tem como intuito realçar para o autor as ideias centrais de

um texto. A utilização da técnica de sublinhar palavras para esquematizar uma temática

estudada, bem como, o desenvolvimento de um bom resumo, advém da prática do fichamento,

tal como afirma Andrade (2010). Recomenda-se não sublinhar parágrafos ou textos inteiros,

pois isso poderá dificultar a compreensão da ideia original. Utilize sempre as palavras-chave

ou grupos de palavras que tragam consigo evidencias do entendimento global do texto.

Figura 19. A técnica do sublinhar como suporte ao fichamento.

Fonte: Google (2013).

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Ao abordar as dificuldades que os autores têm ao escreverem, Bahiense (2005)

enfoca a prática da leitura, correlacionando a prática do fichamento como um caminho para

a valorização da coerência e da própria produção textual. Vale salientar que é a partir do

ato da escrita que o autor será compreendido, porém, deverá antes organizar as ideias.

Como exemplo de fichamento temos o texto abaixo, que contém apenas as partes

mais importantes da ideia original do autor:

DIONÍSIO. Eva Maurice. A Formação Docente e a Metodologia do Ensino nos Cursos Superiores da Improvisação Docente ao (Des)Preparo Metodológico. In.: SANTOS, Adriana Cavalcanti. Formação para Docência do Ensino Superior I – Disciplina Metodologia do Ensino Superior I. CESMAC: Maceió, 2012. 1 CD-ROM. 6 p. ―[...] A maneira como cada um de nós ensina é diretamente dependente daquilo que somos como pessoa quando exercemos o ensino.‖ (pág. 1). ―[...] a visão de cada professor é de certo modo parcial, [...] capaz de provocar tanto a percepção de contradições antes não percebidas por eles, quanto uma nova reflexão sobre as possibilidades da disciplina. [...].‖ (pág. 1). ―Os professores têm [...], na tentativa de se racionalizar os fatores aleatórios e imprevisíveis do ato educativo, eliminando do quotidiano pedagógico todas as práticas, de todos os tempos, que não contribuam para o trabalho escolar propriamente dito.‖ (pág. 1). ―[...] Por que fazemos o que fazemos na sala de aula? [...]. Cada um tem o seu modo próprio de organizar as aulas, de se movimentar na sala, de se dirigir aos alunos, de utilizar os meios pedagógicos, um modo que constitui uma espécie de segunda pele profissional (NÓVOA, 1995, p. 16).‖ (pág. 2). ―[...]. Os profissionais de ensino são [...] rígidos, manifestando uma grande resistência em abandonar certas práticas, principalmente quando foram empregadas com sucesso em momentos difíceis da sua vida profissional.‖ (pág. 2). ―[...], a alienação deixa de ser uma causa do imobilismo superável pela simples da conscientização, [...]. Deixa de ser um estado, ou uma forma de consciência, para ser um processo que se repõe continuamente, [...] se produz por uma alteração no equilíbrio de forças nele envolvidas, pode ser superado em direção à liberação dos homens que o vivem.‖ (pág. 5). ―[...] entre titulares e auxiliares de ensino, numa Universidade; entre efetivos e contratados, no Ensino Superior; entre [...] instituições ―públicas‖ e ―particulares‖; entre os intelectuais que mandam junto com os burocratas ou transformados em burocratas e os intelectuais que executam ordens; entre os intelectuais especialistas, que produzem idéias, livros e projetos, e os intelectuais subalternos que os consomem, os repetem, os executam.‖ (pág. 6). ―[...], não podemos deixar-nos enganar pelos preconceitos elitistas da profissão como monumento, intocável, [...] a contínua busca por soluções pedagógicas, que se revela cada vez mais imperiosa, quanto mais lucidamente se impõem os seus limites como ação social transformadora.‖ (pág. 6).

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Seguem abaixo algumas instruções sugeridas por Andrade (2010) para a realização

de um bom fichamento:

1. A leitura integral do artigo, monografia, fragmento do texto ou etc., para

identificarmos a conotação textual;

2. Recorrer sempre ao dicionário para minimizar as dúvidas que eventualmente

ocorrem no processo da leitura e compreensão textual;

3. Reler o texto novamente, identificando as ideias centrais;

4. Ler e sublinhar, em cada parágrafo, palavras que contenham a mesma ideia e que

as lendo se percebe a ideia central do texto;

5. Escrever nos espaços existentes ao lado do texto, disponíveis para a escrita, os

tópicos principais contidos na estrutura do texto. Neste momento, recomenda-se

também a utilização de um traço que interligue a área do texto que se refere a

estrutura textual analisada;

6. Escrever nos espaços existentes ao lado do texto, disponíveis para a escrita, os

sinais de interrogação ou exclamação, possibilitando num diálogo com o docente,

identificar os parágrafos específicos para tirar dúvidas ou os expor em debates;

7. Ler em voz alta o conteúdo sublinhado a fim de identificar se a leitura possui

sentido e expressa de fato as ideias centrais dos parágrafos;

8. Reconstruir o texto o esquematizando para a produção de um resumo ou resenha.

Para Andrade (2010) o fichamento é estruturado observando-se os tamanhos

internacionalmente padronizados das fichas: o pequeno (7,5 cm de altura x 12,5 cm de

largura) utilizado para indicações bibliográficas; o médio (10,5 cm de altura x 15,5 cm de

largura) para anotações sucintas; e o grande (12,5 cm de altura x 20,5 cm de largura) para

facilitar a leitura por meio manuscrito, geralmente é utilizada folha em formato paisagem.

Veremos como estruturar tudo isso, com mais calma na última unidade.

Andrade (2010) ainda frisa a existência de vários tipos de ficha:

Ficha de apreciação: São anotadas críticas referentes ao conteúdo estudado.

Ficha de esquema: Visa facilitar a revisão e memorização de conteúdos a

partir da elaboração de anotação sucinta e objetiva contendo estruturalmente

palavras-chave ou fluxogramas.

Ficha de resumos: O resumo inserido na ficha tem como intuito descrever ou

informar o conteúdo de uma bibliografia estudada a fim de apontar as partes

principais e ideias centrais do conteúdo.

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Ficha de ideias sugeridas pelas leituras: São ideias referentes a utilização de

bibliografias ou eixos temáticos que nem sempre são associados de imediato a

leitura realizada no decorrer da pesquisa e deverão ser anotadas de

imediato, pois podem na maioria das vezes ser esquecidas no desenvolvimento

da pesquisa.

Quanto ao conteúdo, as fichas de indicação bibliográfica deverão estar estruturadas

da seguinte forma. Vejamos alguns exemplos de fichas:

Exemplo 1: Ficha de indicação bibliográfica: autor, obra (título) e assunto.

CASTELLS, Manuel. A questão urbana. A teoria do espaço.

O debate sobre a teoria do espaço. In: A questão urbana. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 2000. p. 181-197.

Exemplo 2: Ficha de transcrição.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONDI, Marina.

Metodologia científica.

Métodos científicos.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONDI, Marina. Metodologia cientifica. 5 ed. São Paulo: Atlas 2007. Pág. 81-97.

―Mais de um século depois, Aristóteles reintroduz princípios dialéticos nas explicações, [...]

dominadas pela metafísica‖. [...] coisas possuem potencialidades, sendo o movimento a atualização delas, [...] potencialidades ou possibilidades transformando-se em

realidades efetivas. [...], Aristóteles defende [...] colocação contra as idéias de Platão, afirmando a concepção do universal, imanente e não transcendente ao individuo; [...] relações entre a razão e a experiência, cuja necessidade interna deve ser revelada pelo

pensamento; [...] concepção do movimento, do vir-a-ser, como passagem da potencialidade para o ato ou a realidade‖. (Pág. 81).

―[...]. Entretanto, o estudo monográfico pode, [...], em vez de se concentrar em um

aspecto, abranger o conjunto das atividades de um grupo social particular, como no exemplo das cooperativas e do grupo indígena. A vantagem [...] consiste em respeitar a

‗totalidade solidária‘ dos grupos ao estudar, em primeiro lugar, a vida do grupo em sua unidade concreta, evitando, portanto, a prematura dissociação de seus elementos‖. (Pág. 93).

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Exemplo 3: Ficha de resumo.

CASTELLS, Manuel.

A questão urbana.

A teoria do espaço.

CASTELLS, Manuel. O debate sobre a teoria do espaço. In: A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. p. 181-197.

O texto aborda as teorias urbanas, seus fundamentos, seu momento histórico e sua importância para sua época e influência nos dias atuais, destacando ainda a ultrapassagem do estudo empírico da descrição geográfica para compreender as

relações existentes na cidade, em especial as relações sociais.

O autor relata a importância de observar a cidade como projeção da sociedade no espaço através do processo dialético, pois ―o homem‖ transforma-se e transforma o

ambiente em que vive. Sendo assim, a este espaço, ―o homem‖ cria forma, função, dando significação social a um produto material. E através desta observação é necessário frisar

que a teoria do espaço é parte integrante de uma teoria social geral.

Andrade (2010) destaca que toda ficha deverá ter indicações precisas a respeito de

seu conteúdo (verifique os exemplos anteriores), pois deverão estar enfatizados os assuntos

abordados nos textos lidos. Recomendamos a você que nunca misturem em uma mesma ficha

conteúdos de produções bibliográficas diferentes, pois isso poderá dificultar o processo de

pesquisa. Lembre-se que é organizando-se que o desenvolvimento da pesquisa torna-se mais

eficaz.

Além dessas instruções, Andrade (2010) ressalta que os leitores devem estar atentos a

utilização de alguns materiais que proporcionarão ao ato de sublinhar uma observação mais

prudente, tais como: a utilização de lápis preto para não danificar o texto; sublinhar com dois

traços as ideias principais e um traço as ideias secundarias. Sugere também utilizar caneta

hidrocor rosa para focar as ideias principais e hidrocor verde para focar as ideias

secundárias contidas nos textos; há ainda a sugestão de utilizarmos nos espaços das margens

dos textos, um traço vertical para os trechos mais importantes e dois traços para os que são

importantíssimos.

Após seguir essas instruções prévias, recomendamos a elaboração de um esquema, tal

como propõe Andrade (2010), este consiste nos seguintes aspectos:

1. Fidelidade ao texto original sem alteração, transcrevendo e citando a página (ver

página 75);

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2. Reconhecendo a ideia principal, elabora-se a organização de ideias das mais

importantes às subsequentes;

3. É realizada a readequação das informações, possibilitando uma nova

funcionalidade ao conteúdo estudado;

4. O esquema deverá auxiliar ao estudante no ato da revisão, por isso, devemos

sempre frisar quais as páginas e o relacionamento existente entre os conteúdos de

páginas diferentes. Com isso, poderá possibilitar condições para que o aluno

identifique que num texto completo há um enredo, ou seja, existe uma introdução,

um desenvolvimento e uma conclusão ou consideração final;

5. O esquema é estruturado de acordo com a leitura individual e traz consigo

elementos de nossas leituras e experiências pessoais. Alguns estudantes preferem

seguir uma lógica, seja ela cronológica ou psicológica na disposição das ideias, ou

seja, empregando apenas palavras ou conotações que possam expressar os

sentimentos do autor.

Vejamos abaixo um modelo de esquema:

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional,

2005. p. 98. ―Para se desenvolver pontos de vista diversos há de se ter argumentação. E

para obtê-la, vale lembrar: leitura é imprescindível. Essa última competência diz respeito a redações para concursos. No último parágrafo, o de conclusão, é

importante sugerir algo. As sugestões devem ser plausíveis, claras, objetivas. Cuidado – nada de radicalizar. Devemos apresentar nossas opiniões de forma

simpática, atenciosa, cortês. Escrever com desenvoltura, com argumentação, clareza e coesão é uma habilidade a ser desenvolvida por todos – desde

cartas comerciais a teses. A competência número 5 também cabe quando discordamos de alguém e é preciso intervir em uma determinada situação. Normalmente, são circunstâncias

delicadas, em que nos sentimos como se pisássemos em ―campos minados‖. É comum, também, em empresas – principalmente – não gostarmos de todas as

pessoas. Com algumas, temos mais afinidades; com outras, menos. E é exatamente com a turma menos afinada que temos problemas. A linguagem

correta, então, se faz mais necessária ainda, para que a tensão diminua e não seja mais um ponto de discórdia.

Dito isso, vamos à prática.‖. (BAHIENSE, 2005, p. 98).

Essas sugestões certamente te possibilitarão uma melhor leitura e compreensão

objetiva sobre os conteúdos abordados nos textos que serão estudados ao longo do curso

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Atividade

Utilize as técnicas do fichamento e do sublinhar, tendo como base o texto:

VIEIRA, Jorge Luiz Gonzaga. Povos do Sertão de Alagoas:

confinamento, diáspora e reterritorialização. Revista Incelências. v. 1, n. 1, 2010. Disponível em: <http://www.fejal.com.br/revista/index.php/incelencias/article/vie

w/90/55>. Acesso em: 30 ago. 2013.

O fichamento e o ato de sublinhar texto devem ser enviado em um único documento, utilizando-se a ferramenta de envio/anexo de

documentos para enviar sua atividade. Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar

essas informações e solucionar suas dúvidas.

Resposta

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Auto avaliação

Ao realizarmos uma leitura e ao produzirmos um texto não

conseguimos perceber a priori a dimensionalidade de análises que podemos realizar.

É também por meio da criação de banco de dados que podemos utilizar os fichamentos, os resumos e as resenhas para

potencializarmos uma análise mais aprofundada de nossos conhecimentos.

Quais as suas maiores dificuldades no ato da produção de

fichamentos, resumos e resenhas? Socialize suas dúvidas utilizando o

Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos a importância do fichamento e do ato de

sublinhar para facilitar nossa leitura, a análise e a interpretação textual. Consequentemente, nós estudamos que ao realizarmos esta sistemática elaboração textual, também nos potencializamos

enquanto escritores.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo te possibilitarão reflexões sobre a

prática da leitura e da escrita, pois, sem ela, não conseguimos desenvolver a prática do fichamento, do resumo e da resenha.

AQUINO, Adair Francisco; PIMENTA, Mirian Carla Longo. Leitura e

Interpretação de Texto. Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes. v. 1, n. 2, ago./dez. 2010. Disponível em:

<http://www.olharcientifico.kinghost.net/index.php/olhar/article/viewFile/52/49>. Acesso em: 01 set. 2013.

KRAUSE, Gustavo Bernardo Galvão. Como interpretar bem um texto? Revista Eletrônica do Vestibular: Departamento de Seleção

Acadêmica. Ano 3., n. 9, 2010. Disponível em: <http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_colun

a=50>. Acesso em: 01. set. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 3

O Resumo e a Resenhas como ferramentas para maximizar a compreensão da análise da pesquisa

UNIDADE II LER, INTERPRETAR E ANALISAR:

COMPREENDER O PAPEL E A

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula abordaremos algumas técnicas utilizadas para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Essas técnicas potencializam um estudo mais organizado e estruturado, o que lhe proporcionará um

melhor argumento e escrita de seu trabalho de conclusão de curso.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Apontar meios para a interpretação de conteúdos que

potencializarão a revisão de literatura na pesquisa (Produção de resumos, fichamentos e resenhas, dando as coordenadas e

diferenciando o que é cada um está exercitando).

- Apontar a diferença entre resumo e resenha; - Enfocar como realizar fichamentos, resumos e resenhas, para analisar

e interpretar conteúdos em textos; - Demonstrar como resumir, fichar e resenhar.

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1. Resumo

Conforme Andrade (2010) menciona, é a partir da leitura do modelo de esquema,

que são estruturados os resumos. Em síntese, o resumo é a elaboração de um texto contendo

as ideias originais do autor.

Andrade (2010) aponta que existem vários tipos de resumo, são eles:

1. Resumo descritivo: Para desenvolvê-lo, o leitor/autor deverá indicar de modo

objetivo as reais ideias do texto, utilizando-se frases curtas. Em geral, não

ultrapassa quinze ou vinte linhas digitadas ou escritas;

2. Resumo informativo ou analítico: Nesse tipo, é mantida apenas a ideia original.

São ignorados gráficos, tabelas, citações e exemplificações mais abrangentes. É

dispensável a leitura do texto original;

3. Resumo crítico: É a condensação do texto original, porém, mantendo sua ideia

original, permitindo a opinião do leitor/autor do resumo;

4. Sinopse: É o tipo de resumo mais utilizado nas monografias. É na sinopse que estão

contidas as indicações sobre o tema abordado no texto e suas partes principais. É

elaborado apenas pelo autor(es) das obras ou pelos editores;

5....Resenha: É um resumo crítico e abrangente. É caracterizado por ser objetivo e

permite a opinião do leitor/autor, possibilitando um diálogo mais sistemático,

dialogando com o texto e expressando analogias entre obras, apontando, ou não,

atributos referenciais, ou seja, atribuindo julgamento da obra e do autor do texto lido

e analisado.

Temos como exemplo o resumo de um parágrafo referente a esquematização da

página 77. Abaixo temos o seguinte resumo:

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. p. 98. Ao desenvolver pontos de vista o individuo têm para si a argumentação para afirmar que a leitura é imprescindível. Sempre no parágrafo de conclusão devemos sugerir informações plausíveis, claras, objetivas, ou seja, nada de radicalizar. Ao apresentar opiniões com argumentação, clareza e coesão potencializamos uma linguagem correta, pois é a partir de uma postura sistemática que se faz necessária ao autor refletir. Ao repensar suas práticas minimiza-se a tensão e vamos à prática.

É com base na esquematização que escrevemos os resumos dos textos. Como foi

exposto, percebe-se que esta sequência lógica condicionará ao autor de textos a elaboração

de produções acadêmicas mais coerentes e enxutas.

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Seguem abaixo algumas sugestões propostas por Andrade (2010) para a escrita de

um bom resumo de texto:

1. Realizar a leitura integral do conteúdo analisado para conhecermos o tema e a ideia

central do texto;

2. Utilizar a técnica de sublinhar, realçando as ideias importantes e os detalhes

relevantes;

3. Identificar por meio do sumário os elementos concisos sobre o conteúdo do texto geral

do autor estudado;

4. Realizar um plano de redação para objetivar a estruturação de um rascunho de

resumo;

5. Após rascunhar, verifique se há como resumir ainda mais o conteúdo a fim de

identificar omissões ou, caso necessário, refaça a redação, transcrevendo o conteúdo

das fichas e seguindo as normas de fichamento sugeridos em atividades.

É através do plano de redação que também podemos planejar a recriação de nossa

produção textual. Ter como base as sugestões de Andrade (2010) só nos possibilita uma

melhor prática de leitura, análise e escrita.

2. Resenha

Como exposto anteriormente, a resenha é um tipo específico de resumo que possibilita

ao leitor/autor expressar suas ideias, com embasamento em outras referências. A resenha

pode ser desenvolvida tendo como base referencial uma produção em vídeo, em áudio ou a

mais comumente utilizada, a textual.

Existem dois tipos de resenha, a resenha-resumo cujo principal intuito é destacar o

conteúdo de um texto, vídeo ou áudio de modo sucinto; e resenha-crítica que além de resumir

o que é estudado, possibilita ao leitor à apreciação de um texto com informações e de

opiniões sobre um estudo específico.

Na estruturação de uma resenha o autor deverá identificar no corpo da resenha, o

material analisado (vídeo, texto, áudio) e o referenciar. Após isso, devem ser inseridas

informações referentes ao resenhista (autor da resenha) e sua vinculação acadêmica, e o

objetivo da resenha de modo resumido em um parágrafo. Deverá conter também informações

sobre a data em que a resenha foi escrita.

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Veja um exemplo de resenha crítica: YOUTUBE. Mudança de Hábito 2. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8rMxKjxUrTM>. Acesso em: 03 mar. 2012. Resenha por Denes Damaceno Carvalho, Janieide Lins dos Santos, Nira Linda Lima Pereira e Ricardo Santos de Almeida. Centro de Estudos Superiores de Maceió. 10 de março de 2012. O filme aborda a transformação de uma escola localizada em São Francisco nos Estados Unidos, antes dominada pela insegurança de seus professores com metodologias de pouca ação, mas que passa a resgatar por meio da música, aulas mais agradáveis e que possibilitaram aos alunos um melhor desenvolvimento de seus talentos. Para tal melhoria, um grupo de irmãs da igreja recorre a uma amiga do passado, retornando assim a cantora famosa de Las Vegas, Deloris, ou mais conhecida como Irmã Mary Clairence. Sob produção de Bill Duke e produzido em 1993 o filme ―Mudança de Hábito 2‖ tem como protagonista a atriz Whoopi Goldberg, que interpreta uma cantora de cassino, sem formação para lecionar, que se transforma, por convite da Madre Superiora da igreja, em uma professora de uma escola noturna, a Academia Francisco. Nesta escola, não identificamos qual o real modo de ingresso. Irmã Mary Clairence ao receber o convite para ficar por uma semana inicia uma série de transformações não apenas em sua vida, mas na vida de todos os que o cercam. De início foi ministrar sem saber, aula de música, e em reunião sobre a entrega desta informação sobre a aula que ela iria ministrar, o Padre Mourise comenta que não saberia o propósito da aula de música e sua importância e indiretamente ao dizer ―essa precisa de uma oração‖ duvida do talento de um dos colegas cozinheiros. Na prática, Mary Clairence teve de se adaptar e a seu modo ministrar as aulas, apesar de não possuir formação para tal, não caracterizando este ato como um dom, mas como compromisso de ajuda a suas amigas do filme anterior, ―Mudança de Hábito 1‖. Ao conhecer a escola, Mary Clairence verifica com susto que ao longo das salas de aula, os professores, em geral pessoas ligadas a igreja, possuem metodologias que impossibilitam um melhor desenvolvimento dos alunos, que estão desmotivados e muitas das vezes além de falar mal, dormem e ignoram o que o professor ensina. Quando vai iniciar sua aula, chama atenção dos alunos de modo diferenciado, arranhando o quadro. Reclamando por melhores condições de ensino e da sala de música, Mary Clairence solicita ao Padre Mourise dinheiro, mas é negado. Ao caminhar pelos corredores escuta uma reunião com membros da arquidiocese sobre o fechamento da escola e fica indignada, principalmente ao ouvir que construir um estacionamento é mais importante que ter uma escola, mesmo sendo a Academia Francisco a única escola de todo o bairro. Após se chocar com tamanhas declarações, Mary Clairence, ao entrar na aula realiza uma série de transformações, dentre as quais: se respeitar e respeitar ao próximo; se estiver incomodado com as melhorias e silêncio, se retire da sala; e avisa que se não tiverem educação não seriam nada para a sociedade. Na sala de reunião, Padre Mourise informa sobre o que pode acontecer com a escola após o fim do ano letivo, ser fechada. Os professores ficam indignados e sem saber o que fazer, mas irmã Mary Clairence resolve relembrar os velhos tempos e os professores propõem reformas no currículo para possibilitar uma melhoria substancial, encarando os fatos e não omitindo suas relações com a sociedade que os cerca, ou seja, na prática, adotaram a Tendência Progressista Crítico Social dos conteúdos ou Histórico-Crítica. Para iniciar este processo, as irmãs se juntam e realizam um evento onde se apresentam para pessoas da terceira idade e conseguem arrecadar dinheiro para realizar a reforma de uma das salas de música fechada. Mesmo com essa série de transformações o Padre Mourise solicita à todos da escola que haveriam cortes, principalmente as ―saídas em campo‖. Mesmo com essa transformação, nem todos os alunos foram motivados, pois sem a motivação da família nada estará tranquilo, e esse foi o caso de Rita, uma aluna que gostava de cantar, mas não recebia o apoio da mãe. Mary Clairence, mediante o desaparecimento da aluna nas aulas chegou a ir na casa dela e conversar com a mãe, mas identificou que um talento não poderia se perder e batalhou para que a menina, que se excluiu da aula após a repreensão de Mary Clairence quanto ao comportamento dos alunos em sala de aula, para que ela voltasse a fazer o que mais gosta, cantar. Quanto à relação do filme com o ensino superior, é claro que todo professor não pode se abater mediante todas as adversidades, pois se não houver desafios de nada vai importar potencializar meios para amenizar situações conflitantes,.mas não devendo este sozinho encarar essa transformação, pois basicamente, se os alunos não quisessem essas melhorias, tudo estaria perdido. O envolvimento de todos os participantes do processo é fundamental, pois contextualizar as relações socioespaciais é fundamental, pois não podemos ignorar o verdadeiro foco da educação.

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Andrade (2010) frisa que é a partir um texto bem elaborado, através de resumos ou

de resenhas, que estaremos por meio da recriação de um texto, valorizando os nossos

estudiosos.

Atividade

Utilize a técnica do resumo e da resenha, tendo como base o texto:

VIEIRA, Jorge Luiz Gonzaga. Povos do Sertão de Alagoas: confinamento, diáspora e reterritorialização. Revista Incelências. v.

1, n. 1, 2010. Disponível em: <http://www.fejal.com.br/revista/index.php/incelencias/article/view/90/55>. Acesso em: 30 ago. 2013.

O fichamento, o resumo e a resenha devem ser enviados em um

único documento, utilizando-se a ferramenta de envio/anexo de documentos para enviar sua atividade.

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar

essas informações e solucionar suas dúvidas.

Resposta

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Auto avaliação

Ao realizarmos uma leitura e ao produzirmos um texto não

conseguimos perceber a priori a dimensionalidade de análises que podemos realizar.

É também por meio da criação de banco de dados que podemos utilizar os fichamentos, os resumos e as resenhas para

potencializarmos uma análise mais aprofundada de nossos conhecimentos.

Quais as suas maiores dificuldades no ato da produção de

fichamentos, resumos e resenhas? Socialize suas dúvidas utilizando o

Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos a importância do fichamento, do resumo e

da resenha para a leitura, a análise e a interpretação textual. Consequentemente, nós estudamos que ao realizarmos esta sistemática elaboração textual, também nos potencializamos

enquanto escritores.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo te possibilitarão reflexões sobre a

prática da leitura e da escrita, pois, sem ela, não conseguimos desenvolver a prática do fichamento, do resumo e da resenha.

AQUINO, Adair Francisco; PIMENTA, Mirian Carla Longo. Leitura e

Interpretação de Texto. Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes. v. 1, n. 2, ago./dez. 2010. Disponível em:

<http://www.olharcientifico.kinghost.net/index.php/olhar/article/viewFile/52/49>. Acesso em: 01 set. 2013.

KRAUSE, Gustavo Bernardo Galvão. Como interpretar bem um texto? Revista Eletrônica do Vestibular: Departamento de Seleção

Acadêmica. Ano 3., n. 9, 2010. Disponível em: <http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_colun

a=50>. Acesso em: 01. set. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 4

As Pesquisas Bibliográficas e Infográficas como suporte à análise e estruturação de textos

UNIDADE II LER, INTERPRETAR E ANALISAR:

COMPREENDER O PAPEL E A

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula enfatizaremos a importância da utilização das pesquisas bibliográficas e infográficas como modo de articular os conteúdos coletados, lidos e analisados, negligenciando assim o simples ato de

descrever informações.

Você certamente notará a conexão desta com aulas anteriores,

justamente para te auxiliar no desenvolvimento de sua pesquisa.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Valorizar a leitura, a análise e a interpretação de textos para pautar-se na estruturação de um novo texto, produto de uma

pesquisa.

- Apontar meios de reunir ideias e apontar erros no desenvolvimento de um texto referente a pesquisa;

- Compreender a importância da criação de um banco de dados bibliográficos e infográficos como alicerces que lhe auxiliarão na

continuidade da pesquisa acadêmica.

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1. As fases de desenvolvimento de uma pesquisa

Richardson (2008) enfatiza a prática da pesquisa bibliográfica como um dos caminhos

utilizados pelo pesquisador para a realização de um levantamento e análise do que já foi

produzido sobre um tema específico. Com as mesmas feições é desenvolvida a pesquisa

infográfica, ou seja, a pesquisa em materiais oriundos da Internet.

Já Andrade (2010) informa de modo sistemático as fases de desenvolvimento da

pesquisa, são elas:

1. A fase de preparação (O que se quer pesquisar?): Nessa fase, o pesquisador

definirá os aspectos gerais do assunto por ele escolhido. Com base nessas

informações, ele deverá recortar em nível escalar (do local para o global, do

global para o local), escolhendo as palavras-chave que suscitarão ao leitor um

chamamento sobre a temática abordada;

2. O levantamento infográfico e bibliográfico: O pesquisador deverá escolher quais

as fontes que contribuirão significativamente para o desenvolvimento de sua

pesquisa. É recomendável ao autor que sempre verifique nos livros o sumário, ele

poderá ajudá-lo na escolha dos principais referenciais teóricos;

3. Consulta de documentos científicos: A utilização de sites de busca é fundamental.

Recomendamos que reveja o conteúdo da aula 1. É interessante também que você

conheça as bibliotecas dos polos ou as bibliotecas na Universidade;

4. Como e quais as fontes de pesquisa escolhidas? Considerando que a ciência

está diretamente associada à prática da observação, devemos considerar que nem

tudo é concluso. Pois bem, com base no tema escolhido, converse com um professor

orientador. Ele poderá te ajudar e contribuir significativamente para a construção

de seu trabalho de conclusão de curso;

5. A escrita da redação: O pesquisador deverá escrever de modo impessoal,

empregando os tempos verbais, a concordância e a ortografia de modo coerente.

Acreditamos que o autor deva perceber que sua produção acadêmica é

direcionada a um público alvo;

6. A logística da pesquisa: O pesquisador deverá saber quais os caminhos que sua

pesquisa terá, dessa forma, deverá pontuar quais os problemas ou hipóteses, o

tema abordado, quais os objetos de estudo e os tipos de pesquisa utilizados ao

longo do estudo. Como defesa à ideia, o pesquisador deverá realizar uma

justificativa, proporcionando ao leitor um diálogo mais próximo com o conteúdo e o

autor. Devem ser levadas em consideração as técnicas de coleta de dados

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utilizadas, como e quais os materiais escolhidos para a realização do estudo e suas

respectivas fontes. Além do mais, merece serem observados os principais pontos na

sistematização da produção acadêmica, se coincidem com a prática do fichamento,

resumo e resenha, de forma a maximizar a organização e a estruturação da

produção acadêmica. Consequentemente, o estudo deverá ser montado, lido,

escrito e relido;

Goldenberg (2011) destaca que a prática da pesquisa é fundamental, pois é a partir

dela que o pesquisador adquirirá conhecimentos suficientes sobre o que já foi publicado e,

com base neste conhecimento, surgem novas pesquisas e as ciências cada vez mais atenderão,

a seu modo, as demandas sociais e a resolução de problemas. O pesquisador terá como

compromisso social, a partir da articulação de conceitos e temas, auferir um nível de análise

crítica e coesa, potencializando sua contínua formação acadêmica.

Bahiense (2005) por sua vez sugere a análise crítica de textos como ponto de partida

para o desenvolvimento das pesquisas bibliográficas e infográficas, pois será a partir da

apuração do senso crítico que haverá a depuração de um texto, ou seja, sua dessecação.

2. As fontes primárias e secundárias de uma pesquisa

Para Andrade (2010), são consideradas fontes primárias os textos ou obras originais

de alta relevância sobre um determinado assunto. São também documentos históricos,

fotográficos, recursos audiovisuais, desenhos, pinturas, músicas, esculturas, etc. Já as fontes

secundárias são constituídas com base nas fontes primárias.

Figura 20. No ensino de Geografia, o professor realiza a leitura de outros livros, além do didático. Já o

pesquisador realizará a leitura e a aplicação de seus conhecimentos, podendo refletir sobre sua prática.

Fonte: Google (2013).

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Cabe ao pesquisador identificar, no caminho da pesquisa junto a seu orientador, quais

serão os autores que o auxiliarão a compreender um determinado fenômeno. Enfatizamos

também, que nem toda pesquisa se debruça apenas na pesquisa bibliográfica. Como estamos

num curso de licenciatura, cabe a nós utilizamos vários tipos de pesquisa para compreender a

Geografia na sala de aula, a Geografia na escola, e no cotidiano da sociedade.

Atividade

Que tal irmos à escola? Que tal verificarmos as bibliotecas das escolas? Há laboratórios de informática com acesso à Internet para que esses alunos

procurem informações em bibliotecas digitais?

Pois bem, como atividade, sugerimos a realização de uma pesquisa na biblioteca de uma escola próxima.

Será interessante que você registre essa ida à biblioteca com fotos e verifique quais os livros voltados à Geografia que nela existem. Será que

os alunos conseguirão realizar uma boa pesquisa?

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar essas informações a partir do envio de arquivos.

Resposta

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Vídeos Complementares

Temos como sugestão algumas entrevistas que lhe possibilitarão compreender como alguns pesquisadores se desenvolveram desde a

graduação até alcançar a pós-graduação.

INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA. Entrevistas com Pesquisadores Eméritos do IMPA: Elon Lages Lima. Disponível em:

<http://www.impa.br/videos/entrevista_emeritos2.html>. Acesso em: 15. set. 2013.

INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA.

Entrevistas com Pesquisadores Eméritos do IMPA: Maurício Peixoto. Disponível em:

<http://www.impa.br/videos/entrevista_mauricio.html>. Acesso em:

15 set. 2013.

Auto avaliação

Você gosta de escrever? É pertinente estruturar um texto com

introdução, desenvolvimento e considerações finais ou conclusão? Socialize essas informações no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos a importância das fontes primarias e secundárias que nos potencializarão a realizar os caminhos da pesquisa de modo mais sucinto, no que se refere ao embasamento

teórico e metodológico utilizado pelo pesquisador.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 5

Orientações para Trabalhos Acadêmicos

UNIDADE II LER, INTERPRETAR E ANALISAR:

COMPREENDER O PAPEL E A

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula você aprenderá a estruturação de um trabalho acadêmico. É necessário ressaltar a ênfase dada ao Trabalho de

Conclusão de Curso no formato artigo científico, tal como é proposto no Projeto Político Curricular do curso Geografia Licenciatura EAD.

Frisamos que anterior a escrita do trabalho acadêmico é

imprescindível a realização do planejamento de pesquisa.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Apontar elementos constitutivos da estrutura externa e interna dos

trabalhos acadêmicos, com ênfase a normatização de trabalhos acadêmicos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), além dos

elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

- Detalhar os elementos contidos em trabalhos acadêmicos e seus elementos, bem como, citações, referências, notas de rodapé,

numerações, resumos, e a elaboração de sumário. - Proporcionar a produção e a formatação de textos acadêmicos,

conforme as exigências universitárias com base na Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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1. O trabalho científico e as ações norteadoras da pesquisa

Andrade (2010) destaca que para a estruturação do trabalho científico o pesquisador

deverá estruturar sua produção textual em:

1. Introdução: A dissertação deverá trazer a justificativa do tema abordado, e sua

delimitação, informando também o processo metodológico utilizado para a realização

da pesquisa e apontando também as hipóteses;

2. Desenvolvimento: É neste recorte que estarão contidas a lógica do trabalho, expondo

e caracterizando as principais ideias extraídas por meio da pesquisa. É necessário que

o autor explique o contexto envolvendo o objeto de pesquisa visando contribuir e

argumentar, explicando as conexões entre as bibliografias utilizadas e/ou

modalidade de pesquisa utilizada; e a construção do raciocínio por meio da

demonstração lógica do trabalho;

3. Conclusão: Na prática, ela será sistematizada ao fim do trabalho acadêmico com um

resumo das principais ideias debatidas e argumentadas durante o desenvolvimento.

4. Referências: O pesquisador tem por obrigatoriedade informar quais os autores

utilizados ao longo da pesquisa realizada. Afinal, ninguém aprende sozinho.

Para realizar este percurso, Richardson (2008) informa que deveremos realizar um

roteiro que nos guiará no desenvolvimento de nossas produções acadêmicas, dentre os quais

se destacam:

1. A identificação do tema estudado: É o primeiro passo para a realização da

produção textual, pois é a partir do momento em que o pesquisador realiza as

conexões entre o conteúdo pesquisado e o conteúdo escrito que se dá sentido ao

trabalho acadêmico. Afinal, o que se quer pesquisar?

2. O fichamento, o resumo e as resenhas: O pesquisador deverá criar um banco de

dados com esses referenciais, isso permite um ordenamento de informações sobre o

que se quer pesquisar. Será por meio desta estruturação que ele terá também

como maximizar o levantamento bibliográfico e infográfico utilizado, o inserindo

nas referências ao término do texto;

3. A localização e identificação das obras pesquisadas: É nesta fase que o

pesquisador deverá utilizar-se dos fichamentos, resumos e resenhas que o

possibilitarão uma melhor escrita sobre o que está sendo pesquisado. É importante

que o pesquisador tenha seu banco de dados organizado para facilitar a sua

escrita monográfica;

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4. A reunião sistemática de materiais pesquisados: Será por meio das produções

textuais utilizadas, lidas, analisadas e interpretadas que o autor terá mais

coerência no ato da escrita monográfica;

5. A análise, a crítica e a interpretação: A produção textual deverá receber pelo

autor do trabalho acadêmico, de modo investigativo, a crítica apreciativa, na qual

este perceberá a representação de ideias contidas na estruturação da

monografia. É também em seu desenvolvimento textual, que o autor poderá

receber, mediante orientação, as primeiras críticas externas, que tem como intuito

investigar a origem textual a fim de encontrar ou não possíveis plágios, bem como,

verificar se a ideia original do autor é desenvolvida ao longo da produção

textual.

Bahiense (2005) chama atenção para a revisão textual, no sentido de identificar por

meio da base de sustentação da pesquisa científica, os elementos contributivos do que está

sendo estudado para a sociedade. Ela nos sugere algumas recomendações:

Realize leituras, ela é uma necessidade objetiva para o pesquisador;

Seja coerente e coeso ao abordar o tema e escrever sobre o que está sendo

pesquisado;

Evite modismos, tenha uma linha de pesquisa e a siga para evitar incoerências

científicas;

Roteirize a elaboração de sua produção textual;

Dissertar não significa o mesmo de argumentar, pois será por meio da escrita que o

pesquisador discorrerá conteúdos e com isso poderá fazer com que seu público alvo

– o leitor – consiga compreender o conteúdo por você estudado;

Ao defender suas ideias não ofenda ninguém, pois o juízo de valor às vezes pode

causar conflitos e impossibilitar seu desenvolvimento científico;

Sempre referencie em sua produção acadêmica as produções bibliográficas e

infográficas utilizadas, pois você não aprende sozinho.

Ainda como sugestões, Andrade (2010) indica por meio de sua compreensão que as

fases de elaboração do trabalho acadêmico possuem as seguintes prerrogativas:

1. Escolha um tema: O defina para dar sentido a pesquisa. Um exemplo de tema é:

―A formação do professor de Geografia nas séries iniciais e a utilização de

materiais didáticos‖;

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2. Realize a delimitação de um assunto: O assunto estudado terá um recorte

específico. Com base no exemplo anterior, o pesquisador, por exemplo, delimitará

a formação do professor de Geografia e a utilização de materiais didáticos a

partir de uma experiência de pesquisa em uma escola pública localizada no

bairro Benedito Bentes em Maceió/AL;

3. Tenha como referências materiais acadêmicos que objetivamente respondam as

suas inquietações: Existem alguns autores na Geografia que vão estudar

especificamente sobre a utilização de materiais didáticos, a exemplo de Elza

Passini e Rosângela Almeida;

4. Classifique os referenciais teóricos utilizados: Realize a abordagem do mais

complexo ao mais objetivo;

5. Realize a leitura do conjunto de informações que se tem até o momento: É por

meio de um agrupamento de dados que você poderá incluir e identificar novos

pressupostos que serão utilizados no desenvolvimento da pesquisa. Será neste

momento que você verificará os fichamentos, os resumos e as resenhas;

6. Destaque quais serão as principais ideias extraídas e aproveitadas: Informe

sempre no corpo do texto informações que realcem o autor utilizado na pesquisa

acadêmica, pois será por meio destas que serão atribuídas as informações

referenciais, por isso insira sempre num campo específico as referências utilizadas,

destacando-as na seguinte estrutura:

SOBRENOME, Nome do Autor. Título da obra. Edição. Local da publicação: editora e

data/ano e informando também as páginas estudadas.

7. Apuração das ideias: Será por meio de uma esquematização que o autor poderá

rotulando ideias contribuir significativamente para a sistematização de seu

referencial teórico;

8. Organização das ideias: Estruture sua produção textual, o faça de modo

subdividido e intitule por meio de subdivisões as principais ideias extraídas através

de um conjunto de informações abordadas ao longo do texto. Não

necessariamente ter um roteiro pronto e fechado é importante, pois nem sempre

este modelo é o recomendado, não estando fechado, o trabalho acadêmico estará

sempre em constante movimento de recuperação de dados;

9. Dê preferência a autores que realmente contribuam: É por meio de uma

sequência lógica de autores que a produção textual será abordada pelo

pesquisador;

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10. Identifique na conclusão: As principais ideias deverão estar contidas e discutidas

no texto, apontando reflexões sobre a prática da pesquisa informando a real

contribuição desta para a sociedade e para a ciência.

2. A área pesquisada e a escolha de um tema pertinente

Richardson (2008) contribui significativamente para nós, na condição de produtores

textuais e de conhecimentos, pois será a partir de uma área do conhecimento que

desenvolveremos nossas pesquisas. Com base nesta prerrogativa, você pesquisador deverá

integrar e permitir-se a realização de um trabalho acadêmico relevante, argumentativo,

estruturado e delimitado, pois dessa forma sua produção textual poderá se desenvolver mais,

a ponto de te potencializar na continuidade de sua carreira acadêmica.

Andrade (2010) nos chama atenção para as fontes consultadas que nos darão o

embasamento teórico e metodológico para o desenvolvimento da escrita monográfica, pois é

por meio dela que elaboraremos nossos trabalhos científicos.

Recomendamos a utilização de artigos científicos e também os contidos em jornais,

revistas e sites acadêmicos. Como vimos em aulas anteriores, existem sites nos quais

poderemos acessar diversas revistas acadêmicas e até mesmo enviar, mediante o processo de

submissão, uma produção acadêmica nossa.

Acreditamos também que a utilização de livros impressos ou digitais são relevantes

para um melhor embasamento teórico e metodológico de nossa pesquisa, pois será por meio

da interpretação de uma significativa quantidade de informações que o trabalho acadêmico

terá coerência e coesão.

É necessário também frisarmos a importância da utilização de artigos apresentados

em eventos acadêmicos, pois ele nos aproxima do real significado do que é pesquisado e das

reais contribuições analíticas da prática do pesquisador.

Devemos também destacar a utilização de referenciais acadêmicos como as

monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado. São os modos mais complexos

de produção acadêmica, justamente por explicitar a prática do pesquisador.

Sempre referencie os autores pesquisados, evite a apropriação indébita do conhecimento. Afinal, ninguém

aprende sozinho.

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3. O planejamento como caminho seguro da estruturação textual

Se toda história, ou a maioria, tem um começo, um meio e um fim, acreditamos que na

escrita monográfica não seja diferente, pois caberá ao autor realizar uma sequência de

informações, dentre as quais:

1. Analise da ideia: O autor elencará os conteúdos, recursos e ferramentas utilizadas

para a produção textual com o intuito de identificar se o que está sendo estudado

realmente está relacionado ao conteúdo do tema escolhido;

2. A temática abordada realmente é útil? Deveremos sempre no ato da produção

textual destacar sobre o que se trata o assunto pesquisado, quais os reais

interesses da pesquisa e informando ainda os principais autores utilizados como

referencial teórico. É necessário também frisarmos que o autor da pesquisa deverá

trazer também na escrita informações referentes aos conceitos abordados pelos

autores estudados, com isso poderá maximizar as reais vantagens e desvantagens

da pesquisa a comparando a outras, situando o leitor no tempo e no espaço

estudado.

3. A reunião das ideias: Será através da reunião de diferentes ideias comuns que o

pesquisador-autor relacionará o conteúdo do tema estudado, dialogando com suas

referências pesquisadas e identificando também se os autores utilizados trazem

consigo pressupostos teóricos que se convergem ou se divergem;

4. Identificar os erros e os minimizar: Consulte sempre um professor-orientador para

que ele contribua significativamente na sua produção textual, apontando erros de

leitura e interpretação, potencializando também a você a realização de uma

revisão ortográfica e que leve em consideração os autores utilizados na pesquisa,

não esquecendo a grande área de estudo (Geografia, por exemplo).

Será por meio desse processo sistemático que nós pesquisadores deveremos observar

se estamos realmente utilizando as referências informadas no corpo do projeto de pesquisa.

Devemos também resumir as ideias principais abordadas no texto, organizando previamente

os conteúdos pesquisados, viabilizando reflexões sobre o referencial teórico utilizado e dando

prioridade as obras mais atualizadas. É bom lembrar que nem sempre o escrito há cinquenta

décadas irá corresponder a uma reflexão para compreender o hoje, a não ser que sejam

realizadas comparações. Sugerimos a utilização de variadas fontes primárias e secundárias,

desde que sejam dados os reais tratamentos analíticos. Recomendamos também que não

exagerem na utilização de citações (veremos sobre o que se trata na unidade seguinte).

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Atividade

Com base nos estudos realizados, identifique no texto abaixo os

caminhos da pesquisa realizada pelo autor, seu referencial teórico (como ele é estruturado), o processo metodológico adotado e se de fato há contribuições significativas no processo de ensino e

aprendizagem da sociedade a qual ele está inserido.

SILVA, Maria Edney Ferreira. Tecendo redes de circulação e produção de livros didáticos de Geografia nas primeiras décadas

do Século XX. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, v. 4, n. 6, p. 66-81, jan./jun. 2013. Disponível em:

<http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N.6/Art4v4n6.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2013.

Utilize o envio de arquivo de texto no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas,

2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula verificamos que é árduo o caminho da pesquisa à produção textual. É com base nesse processo árduo que também são

desenvolvidos o ensino, a pesquisa e a extensão.

Referências

Auto avaliação

Você concorda com as sugestões dadas nesta aula? Em alguma

oportunidade seguiu um esquema parecido? Conte-nos como foi sua experiência.

Socialize essas informações no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 1

A escolha de um tema e os objetivos da Pesquisa

UNIDADE III ROTEIRO DE PESQUISA: QUE CAMINHO SEGUIR?

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula te ajudaremos a escolher um tema e a pontuar quais são os objetivos da pesquisa que será desenvolvida por você ao longo

deste curso de graduação.

Você certamente notará a conexão desta aula com as anteriores, isto é importante justamente para lhe auxiliar no desenvolvimento de

sua pesquisa.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Refletir sobre o problema e as hipóteses da pesquisa, a fim de norteá-la.

- Proporcionar ao aluno-pesquisador como seguir diretrizes no ato

da pesquisa, possibilitando também sugestões para responder a perguntas que surgirão no decorrer da mesma. - Afirmar a importância do Plano ou Projeto de pesquisa como

elemento norteador de atividades para os alunos-pesquisadores desenvolverem suas pesquisas.

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1. Como escolher o tema de uma pesquisa

Andrade (2010) ressalta que para o pesquisador, a escolha do tema conduzirá ao

êxito do trabalho que será desenvolvido. É com base nesta argumentação que poderemos

refletir sobre nosso processo de pesquisa.

Pois bem, verifique quais as fontes bibliográficas e infográficas utilizadas em suas

pesquisas. Identifique também que você não terá apenas esses tipos de pesquisa te

auxiliando na escrita de sua produção textual. Escolheu um tema? Ainda não?

Figura 21. Ao escolhermos um tema deveremos contextualizar nossas ideias.

Fonte: Google (2013).

Andrade (2010) sugere ao pesquisador que considere apenas aspectos práticos que

elucidem o tema escolhido. Em toda a pesquisa deveremos realizar estratégias logísticas que

nos conduzirão a práticas de interpretação que visem contribuir significativamente com a

sociedade que está a nossa volta.

Para Richardson (2008), o tema da pesquisa é a proposta argumentativa do autor

sobre um assunto específico e deverá corresponder à subjetividade do sujeito pesquisador,

pois só o autor saberá como a pesquisa será conduzida com base em seus argumentos e

leituras. Sabe-se que um pesquisador frustrado é aquele que utiliza um tema, ignorando suas

concepções enquanto estudioso e relegando leituras de mundo sobre um assunto específico.

Andrade (2010) reafirma que embora o trabalho acadêmico seja uma releitura de

bibliografias, o autor deverá ter a prudência e realizar uma contribuição, ressaltando a partir

de uma abordagem diferenciada e enfatizando pressupostos não compreendidos até o

presente momento.

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2. A delimitação de um assunto abordado por uma pesquisa

Após a escolha do tema que será abordado na pesquisa, devemos o delimitar. Um

exemplo utilizado em uma das aulas da primeira unidade foi a comum utilização por

estudantes de graduação deste curso sobre aspectos relacionados ao Ensino de Geografia.

Pois bem, este ensino ocorre em vários lugares do mundo e de modo muito específico em cada

lugar. Caberá ao pesquisador identificar e recortar onde será estudado o Ensino de

Geografia, como (aspectos logísticos – deslocamento), as faixas etárias dos indivíduos

pesquisados e os conteúdos abordados na faixa etária escolhida. Com base nestas

informações, ainda caberá ao pesquisador identificar quais os tipos de pesquisas utilizadas

para realização de sua análise.

Diagrama 5. A escolha do tema e a delimitação do assunto da pesquisa.

Adaptado de Andrade (2010).

Andrade (2010) contribui no sentido de sugerir aos pesquisadores a seleção de

aspectos de um tema, o limitando e fomentando a escolha sobre o que realmente se quer

estudar, isto é necessário para que o assunto seja debatido com maior profundidade. Será a

partir de uma análise mais aprofundada que o pesquisador estará contribuindo

significativamente para o desenvolvimento das ciências, pois a objetividade deve ser tratada

como um dos meios norteadores na prática da leitura e da escrita.

Bahiense (2005) sugere a depuração do texto como um dos caminhos para a

delimitação de um tema, pois isso proporciona a análise crítica de textos. O questionamento

sobre nossas atitudes também contribui significativamente para os caminhos da pesquisa, pois

caberá ao autor defender suas ideias. Considerando a diversidade de informações com

leituras e visões diferenciadas sobre um mesmo tema, o pesquisador jamais se deve utilizar o

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102

julgamento de valor como caminho para a compreensão do mundo. É através dos pontos de

vista diferenciados e por meio do diálogo que a ciência se renova.

3. Os objetivos da pesquisa

O autor, ao desenvolver a pesquisa, deverá saber o que é de fato proposto, quais

são os reais caminhos e respostas de suas indagações com base em leituras.

Para a estruturação dos objetivos da pesquisa, o autor, segundo Richardson (2008),

deverá compreender que ao estruturarmos, deveremos utilizar verbos no infinitivo que visem

contribuir para uma roteirização geral e posteriormente a uma particularização (os objetivos

específicos).

Para realizarmos a argumentação desses objetivos Bahiense (2005) nos possibilita o

entendimento dos aspectos conceituais do que se pretende estudar e, consequentemente, a sua

relação com os sujeitos existentes no local de pesquisa. Estará diretamente relacionado aos

objetivos da pesquisa a introdução, o desenvolvimento e a conclusão ou considerações finais,

além do mais, deve ser utilizada a linguagem culta, apropriada para a produção de

materiais acadêmicos e fundamentados em argumentações e problematizações.

Atividade

Já tem em mente seu projeto de pesquisa?

Que tal iniciarmos uma proposta de pesquisa levando em consideração a escolha de um tema pertinente ao estudo da Geografia e sua aplicabilidade em sala de aula? Será necessário também identificarmos a

delimitação do tema e justificá-la. Devemos nos indagar ainda sobre os reais objetivos da pesquisa.

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para socializar essas

informações no fórum.

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Auto avaliação

Você já estruturou alguma pesquisa? Como foi? Foram levados em

consideração os aspectos discutidos nessa aula? Socialize essas informações no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem.

Resposta

Resposta

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104

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula identificamos que para realizarmos uma pesquisa

deveremos saber qual o tema abordado, sua delimitação, bem como os principais objetivos que potencializarão a este trabalho contribuir

significativamente para o desenvolvimento da ciência.

Sugestão de Leitura

Desonestas memórias imemoriáveis

Por Ricardo Santos de Almeida

Acreditamos piamente que não necessariamente Acrescentamos de modo eloquente a contradição sentimental

Repensamos consequentemente a admiração pelo irreal Repartilhamos experiências coerentes sobre vivências

Desenvolvemos armadilhas dentro de nossas próprias mentes

Delineando ardores contraditórios sobre perspectivas intrínsecas

Esquecendo-se que outrora enriqueceste de memórias Entristecendo-se por entre as florestas da incompreensão

Laborando sobre si próprio possuindo amor próprio

Livrando de todo o mal sua própria vida desonesta que castigas Intrigando-se por não despir-se sem vergonha de si próprio

Instigando-se com sentimentos de vitórias

Realizando esbravejamentos que entoam seu discurso político

Refletindo sobre sua prática diária possuída por contradições Observando-se os contextos que permeiam as conexões

Objetivando esquecer-se das desilusões que permeiam a existência

Salivando por desejar conquistar um lugar ao sol Sublimando turbulentas sensações realizadas

Urtigando o desejo de se amar imemoráveis sensações

Ultimatos lhe são dado por esquecer-se de si próprio

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 2

Produzir conhecimento em Pesquisa: o fazer ciência

UNIDADE III ROTEIRO DE PESQUISA:

QUE CAMINHO SEGUIR?

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula você compreenderá que é necessária na prática da pesquisa a sistematização de conhecimentos. Para tal, é importante

que tenhamos clareza e coesão do tema utilizado no estudo realizado. Desta forma, poderemos no ato da escrita monográfica

apresentar as reais ideias e contribuições que temos sobre um determinado assunto.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa: - Potencializar reflexões sobre a produção de conhecimentos em

torno de um objeto de pesquisa.

- Possibilitar aos alunos-pesquisadores a identificarem que os problemas de pesquisa variam de acordo com o tipo de estudo;

- Proporcionar aos alunos experimentar por meio de uma pesquisa em aula de Geografia (no nível fundamental ou médio) apontamentos sobre conteúdos e/ou como as aulas são ministradas

(perspectivas educacionais), correlacionando leituras bibliográficas a análise da realidade.

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1. A redação científica como fio condutor do trabalho acadêmico

Desenvolver um enredo textual é fundamental para evitar rupturas ou fugas ao tema

proposto durante o desenvolvimento do trabalho acadêmico. Bahiense (2005) destaca que a

fuga ao tema, em geral, se deve ao mau entendimento da leitura das referências estudadas.

Isso também ocorre em razão de uma série de fatores, dentre os quais se destacam: o

planejamento incoerente e a má articulação das ideias dos materiais coletados.

Será por meio da objetividade, que Andrade (2010) enfatizará o conteúdo intelectual

adotado pelo autor, pois será a partir da escrita de frases mais objetivas e curtas que a

mensagem deverá ser estruturada, utilizando-se de um vocabulário adequado. Deve-se

também minimizar a utilização de muitas frases ditas (citações) ou expressões estrangeiras.

Ainda para a referida autora, no trabalho acadêmico deveremos também ser impessoais, ou

seja, substituir o ―eu‖ por ―se‖, por exemplo: ―percebe-se que o estudo das páginas 105 e

106 contêm informações relevantes para nosso aprendizado sobre técnicas de pesquisa‖.

Bahiense (2005) e Andrade (2010) compartilham da ideia sobre o estilo adotado na

escrita dos trabalhos científicos, devendo os mesmos conter apenas informações relevantes e

com utilização de uma postura cuidadosa no ato da escrita ou digitação. O estilo destacado

pelas autoras segue em consonância com as sugestões sobre a não utilização de gírias, de

adjetivações ou até mesmo do eruditismo, pois o autor da produção textual deverá

compreender que o que é por ele escrito deverá ser socializado com outras pessoas.

Andrade (2010) compartilha com as mesmas recomendações de Richardson (2008) no

que se referem a clareza e coesão textuais, pois nem sempre uma frase longa é capaz de

esclarecer o que realmente o que se quer dizer, ou seja, nem sempre concentrar num mesmo

parágrafo um conjunto grande de informações possibilitará ao leitor uma leitura agradável.

De forma contrária, essa quantidade grande de informações tornará a leitura cansativa ou

possibilitará uma interpretação errônea. Ainda para Richardson (2008), não bastará inserir a

ideia central da pesquisa de modo extensivo, mas caberá ao autor em um parágrafo

destacar as ideias primárias, as secundárias e os detalhes mais significativos da pesquisa.

O autor deverá, ao realizar críticas no texto, ser cordial e modesto. Andrade (2010)

destaca que isso servirá para minimizar eventuais problemas de relacionamento interpessoal

entre grupos de pesquisa, por exemplo, e até mesmo com autores e leitores.

Deveremos ao utilizar conteúdo de texto oriundo de outro autor, utilizar a chamada,

ou seja, destacar entre parênteses o sobrenome do autor, o ano e a página. Caso esse autor

cite uma informação com texto de outro autor, deveremos inserir entre parênteses o

sobrenome do autor, o ano e a página e inserir também a expressão latina apud. Vejamos

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107

exemplos: (SANTOS, 2005, p. 38); outro exemplo, para citação da citação: (ANDRADE, 2010,

p. 92 apud LAKATOS, 1992, p. 29).

2. Citação: respeito aos referenciais teóricos

De acordo com Andrade (2010), a citação contribui significativamente para a

compreensão da produção textual, pois não se trata apenas do ato de transcrever no

trabalho o que um autor já escreveu, mas trata-se da valorização de um recorte textual,

devendo este ser transcrito parcialmente ou totalmente. O principal intuito da citação é

esclarecer, exemplificar e confirmar a interpretação das ideias pelo autor da nova produção

textual. Recomenda-se a sua utilização moderadamente, pois se torna cansativo um texto em

que apenas existam citações, sejam elas diretas ou indiretas. Ao utilizarmos as citações,

deveremos exibir sempre a fonte utilizada.

Existem dois tipos de citação, direta e indireta. No que se refere a citação direta, esta

se trata da transcrição ou reprodução total das ideias e palavras de um autor/produção

textual já existente, podendo ser longa ou curta:

Exemplo de citação direta longa considerando as caracterizações: É utilizada quando

o conteúdo ultrapassa a transcrição em mais de três linhas completas. Deverá ser inserida fora

do corpo do texto em um bloco no canto direito da visão, contendo espaçamento simples entre

as linhas, fonte tamanho dez e sem utilizar aspas entre o texto transcrito. Ao configurar a

paragrafação o autor deverá também configurar para 4,0 cm o recuo da margem esquerda

a fim de facilitar no campo de visão do leitor a identificação do conteúdo transcrito.

É com base na boa estruturação da produção textual, tal como sugere Bahiense

(2005), que nós pesquisadores ao escrevermos sobre o que estudamos devemos

Redigir com objetividade, clareza, argumentação e coerência. Esta é a nossa meta. Às vezes, diante do computador, o telefone toca. Atendemos e – mesmo continuando a olhar para a tela – nos distraímos. Levantamos, bebemos água, por exemplo, e retornamos ao trabalho sem prestar muita atenção onde paramos. Pensamos estar em um determinado assunto e já estamos em outro. Ao reler o texto, observamos uma total falta de coerência entre as partes. É claro! Coerência é a capacidade de um texto manter o mesmo fluxo de pensamento, com início, meio e fim. Para tal, o encadeamento das ideias e o uso de um bom vocabulário são condições básicas para um texto claro, sem ‗ruídos‘ na comunicação. (BAHIENSE, 2005, p. 47).

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Exemplo de citação direta curta considerando suas especificações: Deverá conter

apenas conteúdo textual em até três linhas completas. Note que no exemplo abaixo há

aparentemente quatro linhas utilizadas, porém, a última linha não está totalmente utilizada

pelo conteúdo textual citado.

―Algumas pessoas acreditam que, ao usar palavras sofisticadas, as dita elegantes, da moda, impressionarão o leitor. Cuidado! O fato de as usarmos, sem a atenção devida em relação à coerência lógica, não nos faz bons escritores‖. (BAHIENSE, 2005, p. 47).

Há ainda a citação indireta, nesse caso, trata-se das transcrições de uma produção

textual com base nas ideias do autor pesquisado. Existe também a citação indireta paráfrase

que consiste na reprodução interpretativa das ideias do autor, comumente utilizada ao longo

deste livro. Já a citação indireta condensação apresenta apenas uma síntese de dados

retirados de uma fonte pesquisada. Nas duas, devemos ao final do texto transcrito (citado)

realizar a indicação do autor, do ano da produção textual e da página onde encontraremos

o conteúdo citado.

No caso da citação da citação o autor deverá utilizar a expressão latina apud,

facilitando a indicação da obra a qual um autor se baseou para extrair a ideia original.

Vejamos algumas sugestões de Andrade (2010) para as técnicas de citações:

Para a indicação da fonte das citações no corpo do trabalho, anota-se entre parênteses e em maiúsculas, o SOBRENOME do autor, seguido de vírgula, o ano da publicação, vírgula, abreviatura de página (p.) e o número da página ou páginas, separadas por um traço. Exemplo: Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. (LAKATOS; MARCONI, 1992, p. 29).

Quando o trecho citado foi retirado da obra de outro autor, tem-se a chamada citação de citação de ―segunda mão‖. Caso a citação acima tenha sido encontrada na obra Introdução à metodologia do trabalho científico, de Maria Margarida de Andrade, 9° edição, publicada pela Editora Atlas, em São Paulo, 2009, a definição de seminário transcrita será indicada pela expressão latina apud, da seguinte maneira: Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. (LAKATOS; MARCONI, 1992, p. 29. Apud ANDRADE, 2009, p. 99). Observe-se que só em último caso, quando a localização do autor do trecho for muito difícil, emprega-se esse tipo de citação no trabalho cientifico. Sempre que possível, deve-se consultar e citar diretamente o autor da citação.

Quando o sobrenome do autor já consta no texto, grafa-se apenas a inicial em maiúscula, e depois a data. Esses elementos aparecem entre parênteses. Exemplo: Segundo Ruiz (1991) citações são os textos documentais levantados com a máxima fidelidade durante a pesquisa bibliográfica.

Se o nome do autor não consta no texto e aparece dentro dos parênteses, será então grafado em maiúsculas ―Citações são os textos documentais levantados com a máxima fidelidade durante a pesquisa bibliográfica.‖ (RUIZ, 1991, p. 83) Adaptado de: Andrade (2010).

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Continuando...

Caso o autor tenha mais de uma obra publicada no mesmo ano, acrescentam-se, diante da data as letras a, b, c... Esta indicação deve aparecer também na bibliografia. Exemplo: ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001 a. ANDRADE, Maria Margarida. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções básicas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001 b.

No trecho de citação direta, especificar página, volume, tomo ou seção da fonte consultada, além do sobrenome do autor e da data da publicação.

A citação direta, com até três linhas de extensão, no corpo do trabalho, poderá estar contida entre aspas duplas, empregando-se o mesmo tipo de fonte usado no texto.

A citação que ultrapassar três linhas deve constituir parágrafo à parte, em espaço simples, sem aspas, fonte tamanho 10, ou seja, menor que o texto e recuado 4 cm da margem esquerda.

Quando houver aspas no interior do trecho transcrito, elas serão ‗simplificadas‘.

Se um trecho ou uma frase do texto citado for omitido, indica-se o fato pelo emprego de reticências entre colchetes: [...].

Se houver necessidade de acrescentar palavras ao texto citado, para melhor compreensão, elas devem aparecer entre colchetes. Exemplo: ―Já foi muito comentado que o recurso [do aumento dos juros] não pode ser a única arma de combate à inflação.‖

No caso de informação verbal (palestras, debates, seminários) indicar, em nota de rodapé, as informações disponíveis e no corpo do texto, após a transcrição da referência, anotar, entre parênteses: (informação verbal)3.

Para trabalhos em fase de elaboração, adota-se o mesmo procedimento: anotam-se as informações disponíveis em nota de rodapé e acrescenta-se, no corpo do texto, em seguida à referência, entre parênteses: (em fase de elaboração).

Quando a citação em língua estrangeira for traduzida pelo autor do trabalho, incluir, após a chamada da citação, dentro dos parênteses, a notação: tradução nossa: (FULANO, . ..., 19..., p. ..., tradução nossa).

Para a citação conceitual ou indireta não se usam aspas, elas deverão constar após a paráfrase ou resumo do trecho, anota-se entre parênteses o SOBRENOME do autor, a data da publicação e número da página, como na citação textual.

As citações indiretas de vários documentos do mesmo autor, publicadas em datas diferentes, são separadas por vírgula. Exemplo: (COSTA, 1995, 1999, 2003, 2005).

Se diante do nome do autor coloca-se apenas o ano da publicação da obra, sem o número da página, a citação refere-se à obra toda. Observação: Nos trabalhos de graduação (e nos de pós-graduação), é preferível fazermos citações e indicações das fontes no corpo do texto, por serem as notas de rodapé mais complexas, exigindo o emprego de expressões latinas, que nem sempre fazem parte do conhecimento de quem redige o trabalho. Adaptado de: Andrade (2010).

3Palestra proferida pelo Prof. Dr. Fulano de Tal, no X Congresso Brasileiro de Geografia, realizado na UFAL, de 23 a 27 de setembro de 2108.

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3. Como configurar a citação utilizando o editor de textos

Em primeiro lugar, digite o texto em um processador de textos, a exemplo, o Word

2010. Será com base nesse material que realizaremos a configuração do mesmo para a

inserção de uma citação direta. Após isso selecione o texto (clique com o botão direito do

mouse, o segure e arraste em cima do que se quer selecionar) que é a transcrição da ideia de

um autor pesquisado.

Figura 22. A Imagem de seleção de informações contidas em um processador de textos.

Fonte: Almeida (2013).

Em seguida, clique com o botão direito do mouse em cima desse texto selecionado.

Escolha a opção Parágrafo. Após isso, escolha na opção Recuo Esquerdo 4,0 cm, Espaçamento

antes 0 pt e depois 0 pt, e Entre linhas a opção simples.

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Figura 23. A Imagem de seleção de informações contidas em processador de textos.

Fonte: Almeida (2013).

O texto selecionado e formatado ficará assim:

Figura 24. A Imagem de seleção de informações contidas em um processador de textos.

Fonte: Almeida (2013).

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4. As notas de rodapé

Para Andrade (2010), as notas de rodapé têm como finalidade indicar textos

paralelos que complementam o sentido da ideia abordada; indicar observações relevantes e

informar as fontes das citações. Os textos contidos nesta estrutura textual devem conter fonte

em tamanho reduzido, sendo necessária a inserção de dados referenciais, tais como os

aprendidos anteriormente.

Atividade

Para produzirmos ciência é necessário pesquisar. Com base nesta premissa, socialize no fórum referências de textos já lidos por você a fim

de contribuir significativamente, tirando dúvidas sobre a estruturação das referências do trabalho acadêmico.

Utilize o fórum como local para a socialização de conhecimentos no

Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

BAHIENSE, Raquel. Comunicação escrita. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005. 150 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula proporcionamos ao aluno refletir sobre a prática da

pesquisa para o fortalecimento da ciência. Bem como, também informamos sobre o ato de citar, formatar e valorizar a prática da leitura e da escrita.

Referências

Auto avaliação

O conhecimento não é produzido sozinho. Todos necessitam realizar

leituras e interpretações para compor um banco de dados informações e poderem escrever a sua produção textual. Conte-nos como é essa nova experiência: o ato de referenciar.

Socialize essas informações no Ambiente Virtual de Ensino e

Aprendizagem.

Resposta

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114

ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 3 O Trabalho Científico e a Revisão de Literatura

UNIDADE III ROTEIRO DE PESQUISA:

QUE CAMINHO SEGUIR?

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula você aprenderá sobre os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, possibilitando por meio da subdivisão de assuntos, um melhor entendimento sobre a produção textual.

Estará em ênfase os componentes estruturantes de um trabalho científico.

Será também destacada a prática da leitura, da análise e da interpretação de textos, de forma que o autor possa exprimir seu

pensamento.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Destacar a estruturação do trabalho científico seguindo um enredo

que possibilite ao leitor a compreensão da pesquisa.

- Relembrar as fases de instrumentalização científica como aporte à

pesquisa; - Enfatizar a revisão de literatura, como caminho para minimizar problemas de coesão e de coerência textual.

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115

1. A estruturação do trabalho científico

Será por meio do planejamento que será confeccionada a estruturação do texto,

elencando os conceitos e os temas sobre um assunto específico, proporcionando ao autor

dialogar com seus referenciais.

Como já foi discutido em aulas anteriores, o trabalho científico tem como norteamentos

o estilo e as propriedades técnicas-científicas que caracterizarão por meio da coesão e da

coerência, consistência e comunicabilidade em uma boa produção textual. Todo trabalho

científico é estruturado da seguinte forma:

1. Elementos pré-textuais: Contém as informações iniciais sobre o trabalho científico, tais

como: a folha de rosto, a errata (opcional), a folha de aprovação, a dedicatória

(opcional), os agradecimentos (opcional), a epígrafe (opcional), o resumo em língua

vernácula, o resumo em língua estrangeira (inglês, francês, espanhol), a lista de

ilustrações (opcional), a lista de abreviaturas e de siglas (opcional), a lista de símbolos

(opcional), e o sumário;

2. Elementos textuais: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão;

3. Elementos pós-textuais: Contém as referências, o glossário (opcional), o apêndice

(opcional), o anexo (opcional), e o índice (opcional).

Com base nessas informações verifique em Leituras Complementares a sugestão do

livro intitulado ―Padrão UFAL de normatização‖.

1.1. Os elementos pré-textuais

Na Capa, como afirma Andrade (2010), deverá estar contido as seguintes

informações: nome da instituição, nome do autor, titulo e subtítulo, local da instituição onde o

trabalho científico será apresentado e o ano da entrega do material. Todas essas informações

deverão estar digitadas em maiúsculo e em negrito.

Deverá existir a Folha de Rosto, nela estarão contidas as informações referentes a

ficha catalográfica.

Consequentemente, os nomes dos componentes da banca de análise do trabalho de

conclusão de curso deverão estar inseridos na Folha de Aprovação.

Já o resumo expressará as principais ideias abordadas pelo autor sobre sua produção

textual. É praticamente um convite a leitura do texto.

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116

O sumário também é um convite ao leitor, ele além de nos possibilitar conhecer

informações referentes ao conteúdo das páginas, também nos proporciona perceber a

estruturação do texto como um enredo.

1.2. Os elementos textuais

A introdução esclarecerá ao leitor informações referentes as metodologias e

referenciais teóricos delimitados e utilizados pelo autor.

Serão no desenvolvimento que estarão argumentados e discutidos os conhecimentos

contidos ao longo da exposição das ideias da pesquisa.

Já na conclusão, o autor resumirá seus argumentos com o intuito de contribuir por meio

de uma síntese interpretativa as possíveis soluções para os problemas pesquisados.

1.3 Os elementos pós-textuais

As referências acadêmicas são obrigatórias, pois se trata de um conjunto aprofundado

que permite ao leitor identificar quais foram os autores consultados e também qual o processo

de pesquisa adotado pelo autor.

Com base nessas informações verifique em Leituras Complementares a sugestão do

livro intitulado ―Padrão UFAL de normatização‖.

2. A Revisão de Literatura

Considerando que o referencial teórico é o norteador de qualquer pesquisa científica,

também é necessário conhecermos previamente o que já foi desenvolvido por outros

pesquisadores. Richardson (2008) sugere alguns caminhos que nos possibilitam uma

contribuição significativa para a construção de um bom trabalho acadêmico, dentre os quais

se destacam:

A escolha de um tema pertinente a pesquisa;

A organização de um banco de dados específicos para o tema;

A partir desse banco de dados, a identificação das obras de maior

importância;

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Ler, fichar, resumir e resenhar sobre os textos contidos nesse banco de dados.

Dessa forma, é possível fomentar um melhor argumento de defesa do autor

sobre sua pesquisa, identificando quais as ideias centrais desses autores;

Organizar as ideias pesquisadas seguindo uma lógica de raciocínio que

possibilite ao leitor uma análise mais enxuta;

Identifique as principais ideias discutidas nos materiais pesquisados.

Ao escolhermos o tema de estudo e de análise, o autor fará um trabalho relevante e

significativo, podendo tornar este escritor em um especialista sobre temas específicos por ele

estudados. Para isso, o autor precisa compreender o que se pesquisa, para quem e quais as

reais intenções.

Atividade

Com base no Padrão UFAL de normatização estruture em um processador de textos as formatações e nos envie para correção.

GUEDES, Enildo Marinho; LENZI, Lívia Aparecida Ferreira; VALE, Helena Cristina Pimentel; RIZZI, Iuri Rocio Franco. Padrão UFAL de normatização.

Maceió: EDUFAL, 2012. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-

normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao>. Acesso em: 30 ago. 2013.

Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para enviar seu

documento/arquivo.

Resposta

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Auto avaliação

Você certamente deve ter percebido a complexidade de

informações contidas ao longo desta aula. Como você acredita que os vários tipos de conhecimentos podem

contribuir para a sua formação enquanto ser humano. Todos eles são importantes realmente? A ciência é realmente o único ponto de

partida para o desenvolvimento da humanidade?

Você gosta de ler? Tem curiosidade em pesquisar? Já pensou que a sua pesquisa está mais próxima que parece? O que falta para

começar a coletar dados e estruturar sua roteirização de pesquisa?

Pratique, não apenas tenha essa aula como informativo educacional.

Resposta

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119

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula conhecemos a estruturação do trabalho acadêmico.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações

acadêmicas sobre a prática da pesquisa. Acreditamos ser essencial o acesso ao material referente ao Padrão UFAL de normatização

para trabalhos acadêmicos.

GUEDES, Enildo Marinho; LENZI, Lívia Aparecida Ferreira; VALE, Helena Cristina Pimentel; RIZZI, Iuri Rocio Franco. Padrão UFAL de

normatização. Maceió: EDUFAL, 2012. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao>. Acesso em: 30

ago. 2013.

Referências

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ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 4 Mapas Conceituais

UNIDADE III ROTEIRO DE PESQUISA:

QUE CAMINHO SEGUIR?

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula você aprenderá que existem recursos tecnológicos (a exemplo de um programa que produz Mapas Conceituais) que poderão te auxiliar a transformar seu trabalho acadêmico mais

interessante e sistemático.

Devemos lembrá-lo(a) de que todo esse conjunto de recursos deverão estar associados ao tema estudado com rigor científico,

tendo como ênfase uma argumentação textual coeso e com conteúdo, formatação e estrutura adequados á instituição que você

está vinculado.

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Destacar que existem recursos inseridos na Internet que poderão lhe auxiliar no desenvolvimento de suas pesquisas e na estruturação

de seu trabalho acadêmico.

- Relembrar as fases de instrumentalização científica como aporte à pesquisa;

- Enfatizar a revisão de literatura, como caminho para minimizar problemas de coesão e de coerência textual.

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1. Tutorial Mapas Conceituais CmapTools

Segue abaixo material postado na Internet por Maria Pohlmann da Silveira referente

à tutorial sobre Mapas Conceituais:

Para baixar o programa CmapTools clique no link abaixo:

http://www.baixaki.com.br/site/dwnld46531.htm

O CmapTools é um software desenvolvido pelo Instituto for Human and Machine

Cognition da The University of West Florida.

Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam

relações entre conceitos ligados por palavras. Representam uma estrutura que vai desde os

conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para auxiliar a ordenação

e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos

adequados ao aluno.

Esta abordagem dos mapas conceituais está embasada em uma teoria construtivista,

entendendo que o indivíduo constrói seu conhecimento e significados a partir da sua

predisposição para realizar esta construção. Servem como instrumentos para facilitar o

aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz.

Novak é considerado o criador dos mapas conceituais e refere ter usado este em

várias pesquisas, contemplando as diversas áreas do conhecimento.

Introdução do Tutorial

Os mapas conceituais decorrem naturalmente da teoria de aprendizagem de

David Ausubel, psicólogo educacional da linha cognitivista/construtivista que destaca a

aquisição de conceitos claros, estáveis e diferenciados como fator preponderante na

aprendizagem subseqüente.

A elaboração de mapas conceituais é um recurso que dispensa equipamentos

sofisticados ou instalações especiais, possibilitando, assim, o seu uso em quaisquer

condições de trabalho.

O Software para construção de mapas conceituais do Institute for Human and

Machine Cognition (IHMC) permite aos utilizadores construir, navegar, partilhar e criticar

modelos de conhecimento representados como Mapas Conceptuais. A ferramenta funciona

com uma plataforma independente com capacidade para navegar na web, permitindo aos

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122

utilizadores construir e colaborar durante a construção dos mapas conceituais com colegas em

qualquer ponto do globo, assim como partilhar e navegar através de outros modelos

existentes nos servidores usando a Internet.

Os mapas conceituais são ferramentas usadas para organizar e representar um corpo

de conhecimento. Incluem conceitos, geralmente envolvidos por círculos ou caixas, e as

relações entre os mesmos ou proposições, que aparecem como uma linha, contendo uma

palavra, que liga dois conceitos. Essa palavra (de ligação) especifica a relação entre os dois

conceitos, atribuindo um significado à relação.

Outra característica dos mapas de conceitos é que os mesmos são representados de

uma forma hierárquica, com os conceitos mais gerais e inclusivos no topo do mapa e os

mais específicos, portanto os conceitos menos gerais, dispostos hierarquicamente por

baixo. A estrutura hierárquica para um domínio particular do conhecimento também depende

do contexto no qual esse conhecimento está a ser aplicado ou considerado. Desse modo, é

preferível construir mapas conceptuais com referência a uma determinada questão que se

procura esclarecer ou alguma situação ou acontecimento que se procura perceber, através

da organização hierárquica de um corpo de conhecimento, na forma de um mapa

conceptual.

Os mapas conceptuais foram desenvolvidos no decurso da investigação de J. Novak

e D. Gowin, na qual procuraram seguir e perceber a evolução de conhecimentos e ideias de

ciência nas crianças. Este programa baseou-se na Teoria de aprendizagem de David Ausubel

- pdf (1963, 1968, 1978, 1999).

(Joseph D. Novak, Cornell University (adaptado do texto original em Inglês).

Por quê construir mapas conceptuais?

A construção de mapas conceituais oferece perspectivas de melhoria das práticas

educativas e são valiosos instrumentos para a investigação educativa. Dirigem a atenção,

tanto do estudante como do professor, sobre um reduzido número de idéias importantes nas

quais se deve concentrar qualquer tarefa específica de aprendizagem. Uma vez

terminada uma aprendizagem, os mapas podem proporcionar um resumo esquemático de

tudo aquilo que se aprendeu.

A elaboração de mapas de conceitos permite desenvolver novas relações conceituais,

principalmente se, de uma forma ativa, construímos relações proposicionais entre conceitos

que previamente não considerávamos relacionados: os estudantes e os professores que

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123

elaboram mapas conceituais referem frequentemente que se apercebem de novas relações e,

por isso, de novos significados (pelo menos, de significados que não possuíam de uma

maneira consciente antes de elaborar o mapa).Nesse sentido, a elaboração de mapas

conceptuais pode ser uma atividade criativa, ajudando a fomentar a criatividade.

Pode-se considerar que construir e reconstruir mapas conceptuais e partilhá-los

com os outros é um esforço solidário e uma atividade reflexiva. Visto que os mapas

conceptuais são uma representação explícita e visível dos conceitos e proposições que uma

pessoa tem, permitem a professores e alunos trocar pontos de vista sobre a validade de

um vínculo proposicional determinado, ou aperceber-se das conexões que faltam entre os

conceitos e que sugerem a necessidade de uma nova aprendizagem.

Para assimilar novas aprendizagens é necessário relacionar com os conhecimentos

prévios, tendo estes um papel fulcral no estabelecimento de pontes entre o novo e o velho.

Os mapas conceptuais ajudam, a quem aprende, a tornar mais evidentes os conceitos-chave

que vão ser aprendidos, uma vez que sugerem conexões entre os novos conhecimentos e

aquilo que o aluno já sabe. Como construir um Mapa de Conceito?

Utilização de Mapas

Conceituais na Educação

São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos

de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. Mapas Conceituais podem

ser usados como um instrumento que se aplica a diversas áreas do ensino e da

aprendizagem escolar, como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em educação.

A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na idéia fundamental da

Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação

de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aluno. Novas idéias e

informações são aprendidos, na medida em que existem pontos de ancoragem.

Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas em acréscimos.

Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:

As entradas para a aprendizagem são importantes.

Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.

Novas idéias e conceitos devem ser "potencialmente significativos" para o aluno.

Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno fará com que

os novos conceitos sejam relembrados.

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124

Nesta perspectiva parte-se do pressuposto que o indivíduo constrói o seu

conhecimento partindo da sua predisposição afetiva e seus acertos individuais. Estes mapas

servem para tornar significativa a aprendizagem do aluno, que transforma o conhecimento

sistematizado em conteúdo curricular, estabelecendo ligações deste novo conhecimento com

os conceitos relevantes que ele já possui.

Esta teoria da assimilação de Ausubel, como uma teoria cognitiva, procura explicar

os mecanismos internos que ocorrem na mente dos seres humanos. A referida teoria dá ênfase

à aprendizagem verbal, por ser esta predominante em sala de aula. Incluídas na

aprendizagem significativa estão a aprendizagem por recepção e a por descoberta.

Podemos verificar isto através do mapa conceitual abaixo:

Mapas conceituais podem ser utilizados como:

Estratégia de estudo

Estratégia de apresentação de itens curriculares

Instrumento para a avaliação de aprendizagem escolar

Pesquisas educacionais

Como uma ferramenta de aprendizagem, o mapa conceitual é útil para o estudante,

por exemplo, para:

Fazer anotações

Resolver problemas

Planejar o estudo e/ou a redação de grandes relatórios

Preparar-se para avaliações

Identificar a integração dos tópicos

Para os professores, os mapas conceituais podem constituir-se em poderosos auxiliares nas

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125

suas tarefas rotineiras, tais como:

Tornar claro os conceitos difíceis, arranjandos em uma ordem sistemática

Auxiliar os professores a manterem-se mais atentos aos conceitos chaves e

às relações entre eles

Auxiliar os professores a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e

suas relações para seus estudantes

Reforçar a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos

Permitir a visualização dos conceitos chave e resumir suas inter-relações

Verificar a aprendizagem e identificar conceitos mal compreendidos pelos alunos

Auxiliar os professores na avaliação do processo de ensino

Possibilitar aos professores avaliar o alcance dos objetivos pelos alunos através

da identificação dos conceitos mal entendidos e dos que estão faltando

Segundo KAWASAKI (1996), é importante:

Escolher o tema a ser abordado

Definir o objetivo principal a ser perseguido

Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada

com as interligações necessárias

Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz

de realizar após a utilização do processo de aprendizagem

Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus

conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar

sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e

promovendo recursos de ajuda.

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Criar um Projeto

Para construir um mapa conceitual neste programa:

1º) Selecione o diretório

2º) Selecione no menu File a opção New Project...

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3º) Digite o nome do projeto a ser construído

Criar um mapa

4º) Depois de criado o projeto, selecione-o

5º) Selecionado o nome do projeto, no menu File escolha a opção New Map

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6º) Esta janela serve para a construção do mapa conceitual

Abrir um mapa:

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Para abrir um mapa é necessário selecionar previamente o nome do mapa que deseja ser

aberto. Depois de feita esta seleção escolha no menu File a opção Open.

OBS: Não esqueça que para fazer qualquer modificação no seu mapa ele precisa estar no modo

Switch to Edit Mode, o qual pode ser modificado através do menu Edit e que será explicado em

outra página deste tutoria, basta clicar no link acima e irá para está página.

Fechar o programa:

Para fechar o programa escolha o menu File e a opção Exit.

Adicionar uma caixa de texto

Modificar tamanho, fonte, estilo de texto

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Alinhamento das caixas de texto

Para alinhar as caixas de texto, em primeiro lugar você já deve ter aberto um mapa e

criado as caixas.

Depois você deve selecionar as caixas que deseja que sejam alinhadas, pressionando

continuamente a tecla Ctrl e clicando em cada uma das caixas a qual deseja alinhar, conforme

mostrado abaixo:

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Após a seleção das caixas de texto, através do menu Edit, escolha a opção Align.

Aparecerá esta janela, na qual você deve escolher a maneira a qual voce deseja alinhá-las:

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Como exemplo, escolhi o alinhamento conforme mostrado acima,Veja como ficou:

Modificar tamanho, fonte, estilo de texto

Para modificar tamanho, fonte, cor e estilo de um texto, voce deve ter aberto o mapa e

selecionado a caixa de texto a qual deseja fazer estas modificações.

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Depois disto, através do menu Edit escolha a opção Style...

Aparecerá a janela mostrada abaixo, na qual você vai escolher o que deseja modificar:

Veja as nossas escolhas e como elas ficaram ao lado:

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Modificamos novamente as cores, selecionamos o negrito, pedimos que a caixa de texto tenha o

formato arredondado e sombreamento, conforme será mostrado abaixo:

Como transformar um mapa em figura

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Para transformar o seu mapa em figura, no momento em que ele ainda esteja aberto, você deve em

primeiro lugar escolher o menu File, a opção Export to GIF...

Depois escolha o diretório o qual deseja salvar o seu mapa como figura no Look in: e o

nome da sua figura no campo File name:, depois clique em Save e estará salvo. No exemplo

abaixo o meu mapa vai ser salvo no diretório Mary e o nome o qual ele será encontrado neste

diretório é teste1.gif.

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Enquanto ele salva aparece esta tela em movimento, conforme mostrada abaixo:

Para verificar se deu certo é só abrir a figura através do programa Paint Shop Pro.

Recortar, copiar e colar

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Inserir figuras:

Iª Parte

Para inserir figuras no mapa, é necessário escolher o menu File a opção Import

Ressource... e depois na janela abaixo onde diz: Look in: deve ser selecionado o

local de onde voce deseja buscar a figura, em pastas, subpastas. Depois de

selecionada a figura clique em Add, para adicioná-la e Ok para concluir.

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Inserir links (URLs):

Para inserir um Link no mapa que está sendo

construído, selecione na tela inicial do programa o menu File e a opção Import Internet

Resource..., depois disto aparece a janela demonstrada abaixo:

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Nesta janela deve ser colocado no item Description: uma breve descrição da página, no item URL:

endereço completo da página que deseja inserir como link. Nos itens Server: e Project: dizem

respeito respectivamente ao local onde foi salvo o projeto e ao nome deste último.

Ex.: Depois de responder a janela para importar um link e adicioná-lo, ele aparece criado dentro do

seu projeto, como pode ser observado acima.

Como inserir links (URLs):

Para inserir o link no seu mapa conceitual, selecione a caixa de texto onde deseja inserir o link e

escolha o menu Edit e a opção

Resources... Abrirá a caixa Add Resources to Concept Map como demonstrado abaixo:

Esta janela serve para adicionar a página desejada, primeiro escolha a página e

aparecerão as informações sobre o projeto, a página e o local onde foi salva a mesma. Depois

clique em Add e ok para adicioná-la. Observe o exemplo abaixo de um mapa conceitual

contendo um link na caixa de texto Mapas conceituais.

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Visualizar um mapa:

Para visualizar o mapa construído selecione o menu Edit e Switch to Browse Mode. Para

retornar a tela anterior escolha Switch to Edit Mode, podendo ser feitas quaisquer

alterações.

Visualizar um mapa:

Para visualizar o mapa construído selecione o menu Edit e Switch to Browse Mode. Para retornar

a tela anterior escolha Switch to Edit Mode, podendo ser feitas quaisquer alterações.

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Como salvar um mapa conceitual

Para salvar um mapa conceitual neste programa:

1º) Para salvar o mapa conceitual, escolha no menu File, a opção Save...

2º) Vai aparecer a tela abaixo:

Nela deve ser colocado:

Map Name: o nome que voce deseja salvar o mapa,

Description: a descrição do mapa construído,

Creator: o nome da ou das pessoas que criaram o mapa,

Server: o local onde deve ser salvo o mapa, neste exemplo ele vai ser salvo no servidor

netuno.pop-rs.rnp.br e

Project: o projeto que o mapa pertence.

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Após este processo é so clicar em Save e está salvo o seu mapa

conceitual.

Como salvar um mapa conceitual que já foi salvo no servidor, após

modificações:

1º) O mapa conceitual que está sendo contruído e foi

feito modificações precisa estar no modo Switch to Edit Mode, para poder ser salvo, veja

abaixo como modificá-lo para este formato, através do menu Edit:

2º) Depois de modificá-lo para este formato, basta escolher no menu File, a opção

Save.

Se voce quiser ou trocar o nome do mapa, ou salvá-lo em outro projeto ou local,

escolha o menu File e selecione a opção Save As... Vai aparecer a mesma tela descrita

anteriormente, mas agora ela se encontra preenchida. Faça as alterações necessárias e

clique em Save. Veja as figuras abaixo:

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Como adicionar um servidor

Para adicionar um servidor neste

programa:

1º) No menu Edit, escolha a opção Server

List...

2º) Vai aparecer a tela abaixo, na qual você deve clicar em

Add...

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3º) Na janela Add Server você só deve digitar o nome do servidor, o qual neste exemplo

é:

cmaps.pgie.ufrgs.br e clicar em

ok:

4º) Depois de adicionado o servidor, clique em Done para fechar esta

janela.

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BAIXAKI. CMapsTools. Disponível em:

<http://www.baixaki.com.br/download/cmaptools.htm>. Acesso em: 10 set. 2013.

SILVEIRA, Maria Pohlmann. Tutorial do CmapTools. Disponível em:

<http://www.slideshare.net/mraquelss/tutorial-do-cmap-tools>. Acesso em: 10 set. 2013.

Resumo

Você teve acesso ao conteúdo estruturante de um Mapa Conceitual.

Foi utilizado um tutorial para facilitar o desenvolvimento de sua atividade.

Atividade

Com base no tutorial elabore um Mapa Conceitual considerando os temas

abordados ao longo das aulas anteriores. Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para enviar seu

documento/arquivo e socialize nos fóruns informações relevantes ao

desenvolvimento de sua atividade.

Resposta

Referências

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147

ORGANIZANDO E PLANEJANDO A PESQUISA: O COMPROMISSO

SOCIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA

AULA 5 O Artigo Científico

UNIDADE III ROTEIRO DE PESQUISA:

QUE CAMINHO SEGUIR?

Apresentação

Caro(a) aluno(a),

Nesta aula você aprenderá como organizar o seu artigo científico. Antes disso, acreditamos serem necessárias algumas observações, dentre as quais se englobam a prática do planejamento com ênfase

no tema proposto. Recomendamos previamente que você verifique no Ambiente Virtual

de Ensino e Aprendizagem o livro ―Padrão UFAL de Normatização.‖

Objetivos Específicos

Objetivo Geral

Espero que ao final dessa aula você possa:

- Possibilitar aos alunos-pesquisadores compreenderem o que

significa e quais os tipos de artigo científico.

- Identificar as especificidades existentes na elaboração de artigos científicos ressaltando a prática da pesquisa como norteador de sua

escrita; - Viabilizar a produção de um primeiro artigo científico com base

nas atividades desenvolvidas ao longo da disciplina.

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1. A organização do artigo científico

Conforme visto nas aulas anteriores será por meio de um planejamento prévio que

você pesquisador elaborará os textos científicos. É devido à boa organização e gestão do

tempo que o autor de produções acadêmicas respeita as propostas iniciais sugeridas sobre o

tema escolhido montando a partir das leituras, análises e interpretações a produção textual,

tendo também como suporte as técnicas do fichamento, do resumo e da resenha acadêmica.

Andrade (2010) sugere que ao escrevermos devemos organizar previamente nossas

ideias. Das mais importantes às secundárias. É por meio da estruturação de um sumário,

também, que o autor da produção textual acadêmica poderá preservar a ordenação, tal

como um enredo, o resultado da pesquisa. Sendo assim, a apresentação da produção textual

deverá ser objetiva, clara, coesa e sem rodeios, repetições de palavras excessivas ou ideias

bem como fuga do tema abordado e analisado.

Todo artigo científico possui uma normatização e organização regidas. Em nosso caso,

seguiremos a proposta da Universidade Federal de Alagoas, que por meio da produção

―Padrão UFAL de Normatizações‖ nos apresenta uma uniformização gráfica e redacional.

2. A estruturação do artigo científico

É a partir deste momento que compreenderemos o modo como o autor do artigo

científico organizará os componentes textuais, do começo ao fim da produção textual, ou seja,

a ordenação do conteúdo pesquisado, analisado e finalmente escrito.

A estrutura do artigo científico é centrada basicamente em:

Elementos pré-textuais: Tem como componentes as seguintes informações: O

título, o subtítulo (caso exista); nome e informações sobre o autor, o resumo, as

palavras-chave ou descritores (em língua portuguesa e estrangeira).

Elementos Textuais: Tem como componentes as seguintes informações:

Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.

Elementos Pós-textuais ou Referências: As referências pesquisadas e

analisadas para a produção do artigo.

Demais informações sobre as normatizações você encontrará através do link:

http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao

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Atividade

Com base no Padrão UFAL de normatização estruture em um

processador de textos as formatações e nos envie para correção, um artigo científico tendo com base todas as atividades desenvolvidas ao longo desta disciplina.

GUEDES, Enildo Marinho; LENZI, Lívia Aparecida Ferreira; VALE, Helena

Cristina Pimentel; RIZZI, Iuri Rocio Franco. Padrão UFAL de normatização. Maceió: EDUFAL, 2012. Disponível em:

<http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao>. Acesso em: 30 ago.

2013. Utilize o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem para enviar seu

documento/arquivo.

Resposta

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ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10 ed. São

Paulo: Atlas, 2010. 158 p.

GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 12. ed. Rio de Janeiro:

Record, 2011. 107 p.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 334 p.

Resumo

Nesta aula você aprendeu que será a partir do conjunto de todas as

atividades contidas nas três unidades desta disciplina que poderemos dar início a nossa produção de artigos científicos.

Leituras Complementares

As recomendações abaixo se pautam na leitura de publicações

acadêmicas sobre a prática da pesquisa. Acreditamos ser essencial o acesso ao material referente ao Padrão UFAL de normatização

para trabalhos acadêmicos.

GUEDES, Enildo Marinho; LENZI, Lívia Aparecida Ferreira; VALE, Helena Cristina Pimentel; RIZZI, Iuri Rocio Franco. Padrão UFAL de

normatização. Maceió: EDUFAL, 2012. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/arquivos/prograd/manuais/padrao-ufal-de-normalizacao-2/padrao-ufal-de-normalizacao>. Acesso em: 30

ago. 2013.

Referências