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LIVRO DE RESUMOS ISBN: 978-85-7566-378-3
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA QUÍMICA
CAMPUS PELOTAS
VII Simpósio de Energia e Meio
Ambiente
LIVRO DE RESUMOS
Régis da Silva Pereira (Organizador)
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Campus Pelotas
Instituto Federal Sul-rio-grandense
Editora da FURG
PELOTAS, RS
03 e 04 de setembro de 2015
ORGANIZAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA QUÍMICA
CAMPUS PELOTAS
Coordenador do Evento Diego Gil de los Santos
Comissão Organizadora IFSul Daiani Luche Dorow Daniel Ricardo Arsand Jander Luis Fernandes Monks Kátia Regina Lemos Castagno Karen Gularte Peres Mendes Patrick Campos Teixeira Regis da Silva Pereira Ricardo Peraça Toralles Roberto Tomedi Sacco
Comissão de Apoio Walter Augusto Ruiz (FURG) Gabriela Silveira da Rosa (UNIPAMPA) Ana Paula Lopes de Melo (ANHANGUERA) Marcos de Souza Almeida (ANHANGUERA)
Comissão Científica Ana Paula Lopes de Melo (ANHANGUERA) Andrea Fischer (IFSul-Pelotas) Clenio Rene Kurz Bohmer (IFSul-Pelotas) Demétrius da Silva Martins (IFSul-Pelotas) Eduardo Teixeira da Silva (UFBA) Eliete Regina Bertazzo Canterle (IFSul-Pelotas) Elisa Bald Siqueira (IFSul-CaVG) Endrigo Pino Pereira Lima (IFSul-Pelotas) Francine Ferreira Cassana (IFSul- CaVG) Gabriela da Rosa (UNIPAMPA) Jocelito (IFSul-Pelotas)
Juliana Castelo Branco Vilella (IFSul- CaVG) Kátia Regina Lemos Castagno (IFSul-Pelotas) Lúcia Helena Ribeiro Rodrigues (UFRGS) Luciana Machado Rodrigues (UNIPAMPA ) Lúcio Hecktheuer (IFSul-Pelotas) Luis Alberto Echenique Dominguez (IFSul- CaVG) Marcelo (IFSul-Pelotas) Marcos de Souza Almeida (ANHANGUERA) Maria de Fátima Magalhães Jorge (IFSul- CaVG) Marilice Chapper (IFSul- CaVG) Roberto Tomedis Sacco (IFSul-Pelotas)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Catalogação na Publicação: Renata Braz Gonçalves CRB 10/ 1502
ENDEREÇO
Campus Pelotas: Praça Vinte de Setembro, 455 - Centro - Pelotas/RS - CEP 96.015-360 -
Telefone: (53) 2123-1000 FAX: (53) 2123-1006
S612 Simpósio de Energia e Meio Ambiente (7. : 2015 : Pelotas).
Livro de Resumos [do] VII Simpósio de Energia e Meio
Ambiente, 3 e 4 de setembro de 2015 / Simpósio de Energia e
Meio Ambiente; Régis da Silva Pereira (organizador) - Rio
Grande: Editora da FURG, 2015.
70 p. ; publicado eletronicamente usando formato PDF
ISBN: 978-85-7566-378-3
1. Energia. 2. Meio Ambiente. 3. Engenharia. I. Pereira,
Régis da Silva (Org.) II. Título. II
CDU: 620.91
APRESENTAÇÃO
O Simpósio de Energia e Meio Ambiente (SEMA), foi idealizado pelo curso de Engenharia
Química e o grupo ETEQ da FURG, tendo sua primeira edição em maio de 2009, com o
objetivo de expor iniciativas que fomentassem principalmente as atividades de ensino,
pesquisa e extensão nas áreas de Energia e Meio Ambiente. O simpósio passou então a
promover um espaço para o congraçamento, consolidação, e aquisição de um novo
conhecimento. Desde então, o evento tem adquirido maiores dimensões, com o incremento
na participação de discentes, docentes, técnicos, autoridades governamentais e
profissionais da indústria.
A 7ª edição do SEMA ocorreu em setembro de 2015 com a realização do IFSul Campus
Pelotas. O enfoque do VII SEMA leva em conta a grande demanda por energia, a
diversificação e inovação das fontes energéticas, e a busca pelo aumento da eficiência e
melhor aproveitamento da energia. Paralelamente às questões de energia, a preocupação
com o meio ambiente é parte fundamental para a manutenção da qualidade de vida,
permitindo o desenvolvimento de cultura e política compatíveis com o progresso tecnológico
e científico de maneira sustentável. As iniciativas que possibilitem ir ao encontro deste
enfoque como as apresentadas a seguir devem ser promovidas e incentivadas,
principalmente no âmbito universitário, que é um local privilegiado para a promoção de
discussões e intercâmbio de informações e ideias.
Comissão Organizadora do VII SEMA
SUMÁRIO
ALQUILBENZENOS LINEARES EM LIMNOPERNA FORTUNEI .......................................................... 8
PERFIL DOS CONSUMIDORES DA FEIRA LIVRE EM PELOTAS-RS .................................................... 9
SECAGEM DE FOLHAS DE OLIVEIRA COM ETANOL: EFEITO SOBRE O CONTEÚDO DE
COMPOSTOS FENÓLICOS ............................................................................................................ 10
CONSUMIDORES DA FEIRA LIVRE DE HORTIFRUTIGRANJEIROS EM PEDRO OSÓRIO-RS ............ 11
PRESERVAÇÃO DO CAMPO NATIVO NO BIOMA PAMPA, UMA OPÇÃO DE ALIMENTAÇÃO
NATURAL PARA BOVINOS DE CORTE .......................................................................................... 12
RENDIMENTO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS DE BAIXA POTENCIA NO RECALQUE DE EFLUENTE
INDUSTRIAL ................................................................................................................................. 13
EXTRAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SEDIMENTO DA DRAGAGEM ...................................... 14
ALTERNATIVAS DE GESTÃO DO RESÍDUO ELETRÔNICO .............................................................. 15
A EVAPORAÇÃO SOLAR DE SOLUÇÕES DILUÍDAS ........................................................................ 16
USO DE AGROTÓXICOS EM PROPRIEDADES RURAIS NA REGIÃO DE PELOTAS, RS: RESULTADOS
PARCIAIS ...................................................................................................................................... 17
DETERMINAÇÃO DE DIETILNITROSAMINAS EM PRODUTOS CARNÍCOS ÚMIDOS PARA PETS:
RESULTADOS PARCIAIS ................................................................................................................ 18
PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS E ANÁLISE DE
PRODUÇÃO .................................................................................................................................. 19
AVALIAÇÃO DO TESTE DE IMERSÃO EM ÁGUA DE DIÁSPOROS DE BUTIA ODORATA COLETADOS
NO ANO DE 2014 ......................................................................................................................... 20
PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE CÉLULA COMBUSTÍVEL MICROBIOLÓGICA .................... 21
CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DA COMPOSIÇÃO DO BIO-ÓLEO DA SPIRODELLA SP. OBTIDO
POR HIDROEXTRAÇÃO ................................................................................................................. 22
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE FITORREMEDIAÇÃO E DE BIOINDICAÇÃO DA S.
MONTEVIDENSIS ......................................................................................................................... 23
POTENCIAL AGROENERGÉTICO RENOVÁVEL DA BACIA LEITEIRA DE SÃO LOURENÇO DO SUL .. 24
PROCESSO DE ADSORÇÃO EMPREGANDO A SEMENTE DE MAMÃO FORMOSA ........................ 25
DETERMINAÇÃO DE FENÓIS NO BIO-ÓLEO OBTIDO POR PIRÓLISE RÁPIDA DA SPIRODELA SP.. 26
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE CORNICHÃO (LOTUS CORNICULATUS
L.) PARA RECOBRIMENTO EM LEITO DE JORRO .......................................................................... 27
DETERMINAÇÃO DO APORTE DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) EM
UM PONTO DO CANAL DO PEPINO PELOTAS-RS ........................................................................ 28
ANÁLISE DE UM EVAPORADOR SOLAR ECOLÓGICO. .................................................................. 29
OBTENÇÃO DO ÓLEO DA SEMENTE DE UVA VITIS VINÍFERA E DE ISOLADOS DE ÁCIDOS GRAXOS
INSATURADOS ............................................................................................................................. 30
DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA CABERNET FRANC EXTRAÍDO
POR PRENSAGEM ........................................................................................................................ 31
CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR DO BIO-ÓLEO DA CASCA DO ARROZ PUITÁ E SEUS
RENDIMENTOS ............................................................................................................................ 32
ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE N-ALCANOS NO SEDIMENTO DE UM PONTO DO CANAL DO
PEPINO PELOTAS-RS .................................................................................................................... 33
APLICAÇÃO DA EQUAÇÃO DE MONOD NA FERMENTAÇÃO DA LEVEDURA PICHIA PASTORIS X-
33 EM EFLUENTE DE ARROZ PARBOILIZADO ............................................................................... 34
COMPARAÇÃO ENTRE TRATAMENTOS DE PRENSAGEM PARA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE
SEMENTE DE UVA DA VARIEDADE CABERNET FRANC ................................................................ 35
ANÁLISES TÉRMICAS DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA VITIS VINÍFERA E DE SEUS ISOLADOS DE
ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ................................................................................................. 36
DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA EM COLETORES SOLARES DE BAIXO CUSTO ................. 37
NOTAS SOBRE A PRESENÇA DE LIMNOPERNA FORTUNEI NA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO
SUL ENTRE 2013 E 2015 .............................................................................................................. 38
AJUSTE MENSAL DA INCLINAÇÃO DE UM COLETOR SOLAR ........................................................ 39
PROPOSTA DE USO INOVADOR DO SUBPRODUTO DE FGD VISANDO A MINIMIZAÇÃO DO
DESCARTE INADEQUADO ............................................................................................................ 40
DETERMINAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS EM INFUSÕES DE
ACHYROCLINE SATUREIOIDES ..................................................................................................... 41
REMOÇÃO DE FÓSFORO EM EFLUENTE DA PARBOILIZAÇÃO DE ARROZ VIA CULTIVO DE
SACCHAROMYCES BOULARDII ..................................................................................................... 42
SIMULAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO DO GÁS DE SINTESE E POSTERIORMENTE A QUEIMA NUMA
MICRO TURBINA GERADORA ...................................................................................................... 43
INTERPRETAÇÃO DA FASE EXPONENCIAL DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DA EQUAÇÃO DE MONOD EM
FERMENTAÇÃO DA LEVEDURA S. BOULARDII EM EFLUENTE DE ARROZ PARBOILIZADO ..................... 44
OBTENÇÃO DE VALORES DE TAXA DE EVAPORAÇÃO EM UM EVAPORADOR SOLAR ................. 45
ESTUDO COMPARATIVO DAS TAXAS DE EVAPORAÇÃO D´ÁGUA POR ENERGIA SOLAR EM
DIFERENTES LOCALIDADES .......................................................................................................... 46
CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR E RENDIMENTOS DO BIO-ÓLEO OBTIDO DA PIRÓLISE DA CASCA
DO ARROZ VARIETAL ................................................................................................................... 47
CARACTERIZAÇÃO DA CINZA DA CASCA DE ARROZ OBTIDA POR PROCESSO DE PIRÓLISE ........ 48
DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTO DE CANAL DE DRENAGEM PLUVIAL NA
ZONA URBANA ............................................................................................................................ 49
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO EM UMA COOPERATIVA DE TRIAGEM DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................................................................................... 50
LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE AQUÁTICA DE AMBIENTES ASSOCIADOS À IRRIGAÇÃO
DO ARROZ EM TERRAS BAIXAS DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RS .................................................. 51
RECUPERAÇÃO DE MATÉRIA CARBONOSA PARA USO ENERGÉTICO POR MEIO DE FLOTAÇÃO . 52
AVALIAÇÃO FISICO QUIMICA DE BIOFILMES A BASE DE GELATINA ............................................ 53
AVALIAÇÃO DA CORROSIVIDADE DO AÇO ASTM 106 EM ATMOSFERAS ÁCIDAS ....................... 54
A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE COMO UM INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O CASO
DOS ESTUDANTES DO 8° ANO DA ESCOLA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, DE PEDRO OSÓRIO
(RS) .............................................................................................................................................. 55
PRÉ-DIMENSIONAMENTO DO VOLUME DE CÉLULAS MICROBIOLÓGICAS DE COMBUSTÍVEL
PARA O TRATAMENTO DE SEDIMENTO MARINHO ..................................................................... 56
RESÍDUOS SÓLIDOS NA MARGEM DO ARROIO BASÍLIO, PRÓXIMO À CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA
CORSAN PARA O MUNICÍPIO DE PEDRO OSÓRIO-RS .................................................................. 57
DETERMINAÇÃO DOS COMPOSTOS FENÓLICOS E ANTOCIANINAS TOTAIS NA POLPA E BAGAÇO
DE UVA CV. ‘MERLOT’ DA REGIÃO DA CAMPANHA/RS............................................................... 58
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO BAGAÇO DE AZEITONA PROVENIENTE DA EXTRAÇÃO DE AZEITE
DE OLIVA DA REGIÃO DA CAMPANHA/RS ................................................................................... 59
DETERMINAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) EM INFUSÕES DE
ILEX PARAGUARIENSIS................................................................................................................. 60
REUSO DA ÁGUA CONDENSADA POR APARELHO DE AR CONDICIONADO ................................. 61
APERFEIÇOAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ........................................ 62
ANALISE DO USO DE MINI E MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA EM PROPRIEDADES RURAIS A
PARTIR DO USO DE PEQUENOS AEROGERADORES E PAINÉIS FOTOVOLTAICOS ........................ 63
ATIVIDADE MICROBIANA E METAIS PESADOS EM SOJA CULTIVADA COM LODO DE ESGOTO .. 64
CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO EM UMA
RESIDÊNCIA URBANA PARA FINS NÃO POTÁVEIS ....................................................................... 65
COMPARAÇÃO DA CORROSIVIDADE DE ÁGUAS NATURAIS DO SUL DO RS ................................ 66
ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO PELA SEMENTE DE MORINGA OLEIFERA LAM ................... 67
EXTRAÇÃO DE INVERTASE SOLÚVEL A PARTIR DE LEVEDURA DE PÊSSEGO: EFEITO DA
CONCENTRAÇÃO DE NAHCO3 E DA VELOCIDADE DE AGITAÇÃO ............................................... 68
SEPARAÇÃO VIA ELUTRIAÇÃO DE SEDIMENTO DE DRAGAGEM ................................................. 69
A INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA EM TORRES DE RESFRIMENTO: ESTUDO DE CASO DA
ÁGUA DE RESFRIAMENTO DE UMA USINA TERMELÉTRICA. ....................................................... 70
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
8
ALQUILBENZENOS LINEARES EM LIMNOPERNA FORTUNEI
MACEDO, A. R.1, VAZ, B. S.2, PEREIRA, J. S.3, SANCHES FILHO, P. J.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 01
O Arroio Pelotas, Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul é um importante manancial hídrico
para o Município de Pelotas sendo utilizado como fonte de água para abastecimento público.Porém
recebe diferentes poluentes orgânicos de águas residuais como detergentes, que são tensoativos
formando agregados com diferentes íons e micelas. Os tensoativos aniônicos mais usados são os
alquilbenzeno sulfonato linear (LAS) que tem um significante potencial tóxico em organismos aquáticos,
como peixes, crustáceos e moluscos. O mexilhão dourado Limnoperna fortunei, é uma espécie invasora
originária da Ásia e que vem causando sérios danos à biodiversidade dos locais onde se instala, no entanto
este molusco bivalve possui características de organismo bioindicador: alta distribuição, recolha fácil,
tolerância ao stress e capacidade de acumular diversos poluentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
presença de LAS na água em um ponto próximo a urbanização no Arroio Pelotas bem como analisar a
capacidade bioindicadora do Limnoperna fortunei para este composto. Amostras de água foram
coletadas nos períodos de verão e outono de 2015. LAS em água foram analisados de acordo com
Standard Methods (APHA, 21ed.) e o potencial bioacumulador em Limnoperna foi analisado usando
extração Soxhlet de 10g de tecido, seguido de coluna cromatográfica e eluição com Hexano e
Diclorometano, seguido de leitura em modo SIM usando Cromatografia Gasosa com Espectometria de
Massas (GC-MS). Análise de água apresentou valores em torno de 0,32 mg/L (+-1%) de LAS. Na análise
por GCMS foi detectado o analito em modo scan, no entanto não foi detectado sua presença no mexilhão
dourado através do método colorimétrico. Conclui-se assim, que o Arroio Pelotas possui índices
preocupantes de poluição doméstica, mas o Limnoperna fortunei não se mostra um bom bioindicador
para este analito.
Palavras-Chave: Mexilhão dourado, Alquilbenzeno linear, Bioindicação, Bivalve
Revisores do Trabalho
Dr. CARLA MOREIRA, UFPEL
Dr. HEDEN LUIZ MARQUES MOREIRA, UFPEL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
9
PERFIL DOS CONSUMIDORES DA FEIRA LIVRE EM PELOTAS-RS
MENNA, A. E. O.1, CAMPOS, A. M.2, PEVERADA, D. D.3, OLIVEIRA, T. M.4, NORONHA, A. P.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 02
As feiras livres são um instrumento de comercialização para estabelecer a venda direta ao consumidor
pelotense, no cotidiano do balcão com frutas e legumes expostos ao olhar do freguês, possibilitando
provar o sabor das frutas e perfume de temperos como cebolinha e salsinha à venda antes dos
consumidores comprem. Frequentadores das feiras livres na cidade de Pelotas-RS procuram por
alimentos frescos. A relação de compra e venda organiza-se em redes de relações sociais entre familiares,
amigos e relações de amizade. Esse consumo tradicional, normalmente, passado de gerações para
gerações, tem intuito de adquirir os alimentos diretamente dos produtores. A pesquisa empírica
desenvolvida para compreender o perfil dos consumidores que periodicamente frequentam as feiras
livres na cidade de Pelotas-RS. Objetivou identificar o perfil dos consumidores. Foi realizada uma pesquisa
exploratória, com 20 entrevistas com questionário fechado (BARDIN, 2011), realizada para identificar o
perfil dos consumidores da Feira Livre na cidade de Pelotas-RS. As feiras livres na cidade de Pelotas-RS
ocorrem todos os dias, realizando um itinerário de bairro a bairro, variando de dois a dez pontos
diferentes espalhados na cidade para atender uma população de mais de 320 mil habitantes (BRASIL,
2010). A pesquisa constatou que a maioria dos consumidores é do sexo feminino, com idade superior a
50 anos. Conclui-se que os entrevistados costumam frequentar semanalmente a feira livre e as mulheres
são mais frequentadoras.
Palavras-Chave: Biodiversidade, Meio ambiente, Feira Livre, Frutas e Verduras
Revisores do Trabalho
Msc. MARIA DE FÁTIMA MAGALHÃES JORGE, IFSUL
Msc. ELISA BALD SIQUEIRA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
10
SECAGEM DE FOLHAS DE OLIVEIRA COM ETANOL: EFEITO SOBRE
O CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS
CAGLIARI, A.1, NASCIMENTO, R.2, ROSA, G. S.3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 03
No cultivo de oliveiras para obtenção de azeitona e extração de azeite de oliva, as folhas obtidas a partir
da poda são um resíduo com potencialidade de aproveitamento na indústria farmacêutica por apresentar
compostos bioativos, como os fenóis, os quais agem eficientemente como agentes antioxidantes. A
secagem torna-se necessária para que haja melhor conservação das características originais da folha e
melhor rendimento em processos que a utilizem como matéria prima. Sendo assim, torna-se de grande
importância o estudo de diferentes métodos de secagem das folhas de oliveira de forma a minimizar a
perda de compostos bioativos. O presente trabalho objetivou estudar a influência do pré-tratamento das
folhas de oliveira na secagem convectiva e no rendimento de compostos bioativos. Foram realizados dois
ensaios de secagem em um secador de leito fixo com fluxo paralelo de ar na temperatura de 80 ºC e
velocidade do ar de 2 m/s, sendo que em um dos ensaios as amostras foram submetidas a um pré-
tratamento em etanol 95 % antes de serem levadas ao secador. A determinação de compostos fenólicos
totais foi realizada através de análise colorimétrica em espectrofotômetro, seguindo a metodologia de
Singleton e Rossi (1965). Através dos resultados verificou-se que o utilizando etanol houve uma redução
do tempo de secagem de aproximadamente 22 %. As amostras in natura e secas sem e com etanol
apresentaram conteúdo de fenóis de 13,72, 9,57 e 10,22 mg.g-1 s.s., respectivamente. Sendo assim, pode-
se concluir que o pré-tratamento das folhas de oliveira com etanol facilitou a retirada de umidade durante
a secagem e permitiu menor degradação dos compostos fenólicos.
Palavras-Chave: Secagem, folha, fenóis, etanol
Revisores do Trabalho
Dr. ELIZANGELA GONÇALVES DE OLIVEIRA, UFRGS
Dr. CATARINA MOTTA DE MOURA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
11
CONSUMIDORES DA FEIRA LIVRE DE HORTIFRUTIGRANJEIROS EM
PEDRO OSÓRIO-RS
CAMPOS, A. M.1
1 IFSUL
Trabalho nº 04
A procura por alimentos frescos e o crescente interesse sobre segurança alimentar, atrai a atenção dos
consumidores. Observa-se de uma maneira geral que as mulheres que compram os alimentos consumidos
pela família estão cada vez mais preocupadas em conhecer a qualidade dos alimentos. É nesse cenário
que os produtos frescos ganham espaço na sociedade. Os consumidores de produtos frescos tem com
objetivo a aquisição direta dos produtores rurais, muitas vezes sem levar em consideração os aspectos
visuais do marketing tradicional das grandes redes de supermercados. Pesquisa realizada sobre a
percepção dos consumidores da feira livre da praça central de Pedro Osório-RS observou-se uma resposta
positiva em relação a compra direta dos hortifrutigranjeiros. Objetivo foi identificar o perfil dos
consumidores que frequentam a feira livre que é realizada aos sábados em Pedro Osório - RS, para
obtenção do perfil dos consumidores. Foi realizada uma pesquisa exploratória, com 20 entrevistas com
questionário fechado, realizada com consumidores na Feira Livre de Hortifrutigranjeiros que ocorre
semanalmente na praça Satte Alam no município de Pedro Osório-RS. A feira livre de Pedro Osório é
considerada de pequeno porte. No entanto, suficiente para atender os consumidores da população
urbana de entorno de 7 mil habitantes. Os resultados indicaram que os consumidores que frequentam a
feira constituem em 56% do sexo feminino e 44% do sexo masculino, 63% tem como renda principal a
aposentadoria. Observada que a faixa etária no sua maioria entre 50 a 70 anos. Todos entrevistados
apresentaram predisposição a pagar mais para comprar direto do produtor do que ir a supermercado. Os
consumidores da feira livre são em geral mulheres em busca de uma melhor qualidade de vida com
produtos mais saudáveis para sua família. Estão dispostos a pagar mais por esses benefícios.
Palavras-Chave: Segurança Alimentar, Biosegurança, Consumidor, Feira Livre
Revisores do Trabalho
Dr. FRANCINE FERREIRA CASSANA, IFSUL
Dr. MARIA DE FÁTIMA MAGALHÃES JORGE, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
12
PRESERVAÇÃO DO CAMPO NATIVO NO BIOMA PAMPA, UMA
OPÇÃO DE ALIMENTAÇÃO NATURAL PARA BOVINOS DE CORTE
CAMPOS, A. M.1, MENNA, A. E. O.2, PEVERADA, D. D.3, MAGALHÃES, R. S. C.4, OLIVEIRA, T. M.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 05
Introdução
A pecuária de corte no extremo sul do país está baseada no campo nativo como principal fonte de
forrageiras. As espécies do bioma Pampa que compõe o campo nativo são predominantemente
gramíneas, que apresentam crescimento acentuado na primavera/verão, reduzido no outono e
praticamente paralisando-o durante o inverno. Nesta situação os bovinos ganham peso na
primavera/verão, mantém peso no outono e perdem peso durante o inverno. Os Campos Sulinos são
formados por ecossistemas naturais com alta diversidade de espécies vegetais e animais, oferecem
benefícios ambientais importantes e constituem uma fonte forrageira natural para a pecuária do sul do
Brasil. A diversidade das pastagens naturais possibilita uma dieta variada aos ruminantes, o que confere
características particulares ao produto animal e podemos avaliar o desempenho pelo ganho de peso
médio diário (GMD). Foi realizada uma pesquisa com dois lotes de bovinos machos e fêmeas, utilizando
como forrageira o campo nativo durante um ano com pesagens periódicas para avaliar o ganho de peso
médio diário. Os valores de GMD oscilaram entre 0,520 e 0,657 gramas, com valor médio de 0,569 gramas
para o lote de bovinos macho e entre 0,524 e 0,619 gramas, com valor médio de 0,578 gramas para o lote
bovinos de fêmeas. O peso final médio após um ano do desmame foi de 277 kg para os machos e de 252
kg para as fêmeas. A pesquisa mostra a possibilidade da preservação do campo nativo no bioma Pampa
como opção de alimentação natural para bovinos de corte, mantendo a rica biodiversidade das gramíneas
dos campos sulinos, para ganho significativo de peso médio diário.
Palavras-Chave: Pampa, Biodiversidade, Campo Nativo, Campos Sulinos
Revisores do Trabalho
Dr. JULIANA CASTELO BRANCO VILLELA, IFSUL
Msc. MARIA DE FÁTIMA MAGALHÃES JORGE, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
13
RENDIMENTO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS DE BAIXA POTENCIA NO
RECALQUE DE EFLUENTE INDUSTRIAL
SILVEIRA, A. F.1, SÁ, J. S.2, CORRÊA, I. B.3, FABIÃO, B. R. P.4, HECKTHEUER, L. A.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 06
As bombas centrífugas são amplamente utilizadas em estações de tratamento de água, efluentes
domésticos, industriais e em drenagem pluvial urbana. Porém, em muitos casos as características
hidráulicas do fluido recalcado são variáveis ao longo do tempo e com o processo produtivo, o que pode
acarretar sérios problemas no dimensionamento e no funcionamento de sistemas de bombeamento. O
objetivo desse trabalho foi avaliar o comportamento hidráulico de bombas centrífugas de baixa potência
submetidas ao recalque de efluente industrial obtido do processamento de uma indústria alimentícia do
município de Pelotas, RS. Foram determinados os seguintes parâmetros: vazão, altura manométrica,
potência útil e rendimento das bombas. Foram utilizadas bombas disponíveis nas potências de 1/4 CV e
de 1/2 CV, ambas com rotação de 3500 rpm, rotor fechado, motor monofásico de 220 V e freqüência de
60 Hz. As bombas foram instaladas em um circuito fechado constituídos por tubulações de PVC de 32 mm
de diâmetro e um reservatório de 60 litros. O comportamento hidráulico das bombas foi analisado de
acordo com as curvas características Vazão (Q) versus Altura manométrica (Hman); Vazão (Q) versus
Potência (P) e Vaz
de 25%, 50%, 75%, sendo a diluição realizada em água limpa. A pressão foi monitorada no ponto de sucção
e de recalque por meio de manômetros digitais com precisão de 0,01 bar. A vazão foi determinada pelo
método volumétrico e fluxo controlado por meio de um registro de gaveta de 32 mm de diâmetro. Os
resultados preliminares mostram uma interferência no rendimento das bombas devido a presença de
sólidos no liquido recalcado, o que pode representar um aumento do consumo de energia elétrica.
Palavras-Chave: Bombas Centrífugas, Eficiência, Recalque, Energia
Revisores do Trabalho
Dr. ENDRIGO PEREIRA LIMA, IFSUL
Dr. MARCELO PESKE HARTIWG, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
14
EXTRAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SEDIMENTO DA
DRAGAGEM
FIGUEIRÓ, A. P.1, MESQUITA, D. V.2, FRIGERI,S.B3, OGRODOWSKI, C. S.4, SANTANA, F. B.5
1,2,3,4,5 FURG
Trabalho nº 07
Energia e Meio Ambiente se apresentam como grandes desafios para o futuro. Pois sabemos que a
sobrevivência humana no planeta pode ficar comprometida, se não utilizarmos os seus recursos de
maneira sustentável. Nesse contexto, a busca por fontes renováveis de energia e a necessidade de
tratamento dos resíduos gerados pelas populações, têm sido alvo de muitas pesquisas por todo o mundo.
Com esse intuito, surge a tecnologia da célula combustível microbiológica (CCM), com vastas
potencialidades no que se refere à produção de eletricidade pela degradação de matéria orgânica, sendo
assim uma possível alternativa para ambos os problemas. Tendo em vista o grande volume de sedimento
oriundo da dragagem do Porto de Rio Grande, com considerável teor de matéria orgânica, identificou-se
a oportunidade de produção de energia a partir desse sedimento, agregando valor e, principalmente,
apresentando uma alternativa para um possível problema ambiental causado pelo descarte do material
dragado. Tendo este trabalho como objetivo a extração da matéria orgânica do sedimento para posterior
alimentação da CCM, estudou-se, através de um planejamento experimental, a influência das variáveis
independentes: massa de sedimento, concentração do solvente e o volume de solvente, obtendo-se
como resposta o percentual de carbono na fase sólida, bem como na fase líquida. Os ensaio foram
realizados de maneira aleatória, utilizando sedimento centrifugado e caracterizado e NaOH como
solvente. Cada ensaio foi realizado num período de 24 horas, sendo após centrifugado e recolhido o
sobrenadante congelado para posterior análise de carbono orgânico. Já a fase sólida é seca em estufa a
35°C e realiza-se análise de carbono total. Com o uso do Soft statistica, obteve-se a melhor condição para
a extração da matéria orgânica.
Palavras-Chave: CCM, sedimento, matéria orgânica, célula combustível microbiológia
Revisores do Trabalho
Msc. EDUARDO DA ROSA, FURG
Msc. PAOLA SILVEIRA MORAES, FURG
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
15
ALTERNATIVAS DE GESTÃO DO RESÍDUO ELETRÔNICO
LAUERMANN, B.1, MELO, P. F. S.2, BATMER, L.3, WOHLENBERG, J. C.4, SOUZA, T.R.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 08
Atualmente há um crescente aumento no consumo de produtos eletrônicos, incentivado por inúmeros
novos lançamentos e pelo marketing. Por conseqüência, o equipamento da versão anterior ao
lançamento torna-se obsoleto, acelerando seu descarte. Geralmente o ser humano descarta os
equipamentos em lixões clandestinos ou lugares inapropriados, por falta de informação, sem pensar na
toxicidade dos componentes eletrônicos. Algumas cidades adotam mecanismos adequados para a coleta
seletiva deste tipo de descarte, o lixo tecnológico, de maneira sustentável. Apesar da falta de leis mais
rigorosas no tratamento deste resíduo, a conscientização de que é necessário criar sistemas de produção
e consumo que operem de modo a não agredir o meio ambiente, tem ganhado espaço e está cada vez
mais presente no pensamento das pessoas. O ideal seria encontrar o equilíbrio entre a evolução
tecnológica e a sustentabilidade. Esse trabalho visa uma avaliação do descarte do lixo eletrônico da
Faculdade de Tecnologia (FATEC) campus Sorocaba, estado de São Paulo. A metodologia empregada é a
aplicação do programa Recicl@tesc, instalado na Universidade de São Paulo (USP), cidade de São Carlos.
Os resultados demonstram que o programa não está sendo seguido na sua totalidade. Este trabalho
sugere algumas atividades complementares para ampliar o alcance do programa Recicl@tesc, como
quando possivel, remontar computadores em desuso e encaminhá-los a instituições sem fins lucrativos,
na forma de empréstimo, para que retornem no final de sua vida útil e sejam então encaminhados aos
recicladores.
Palavras-Chave: Resíduo, Eletrônico, Sustentabilidade, Tecnologia.
Revisores do Trabalho
Dr. LUCIANA MACHADO RODRIGUES, UNIPAMPA
Dr. ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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A EVAPORAÇÃO SOLAR DE SOLUÇÕES DILUÍDAS
LAUERMANN, B.1, BARTMER, L.2, LIMA, F. R. M.3, RODRIGUES, L. M.4, SOUZA, T. R.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 09
A evaporação é uma operação unitária que tem por objetivo concentrar soluções formadas de solventes
voláteis e solutos considerados não voláteis, pela evaporação parcial do solvente. A evaporação com
aquecimento direto pode empregar a energia solar como combustível, para que ocorra a evaporação do
solvente. Visando essa tendência, o objetivo deste trabalho foi o uso de um evaporador tipo placa plana
para concentrar soluções, com a utilização da energia solar como fonte de aquecimento. A metodologia
utilizada empregou um planejamento experimental fatorial, com as variáveis vazão de líquido que escoa
sobre a placa (nível mínimo de 1,5.10-3 kg/s e nível máximo de 4,5.10-3 kg/s), e a inclinação da placa (de
20° a 60°), obtendo como resposta a porcentagem de evaporação da solução. Os experimentos de
evaporação solar foram realizados em duas cidades brasileiras, São Paulo – SP e Bagé – RS, para a
comparação de resultados da taxa de evaporação. Os experimentos utilizaram solução de cloreto de
sódio. Notou-se que os maiores valores de porcentagem de evaporação foram obtidos mantendo-se a
inclinação da placa plana de 20º e vazão de alimentação de 1,5. 10-3Kg/s, tanto em Bagé, quanto em São
Paulo, por volta do meio dia, sendo os valores médios de 23 ± 2% em Bagé, e valores de 15 ± 3% em São
Paulo. Essa diferença pode ser explicada por Bagé ter apresentado (no período dos experimentos) maiores
valores médios de temperatura ambiente e radiação solar incidente. Outro fator que contribui para essa
diferença é a velocidade do vento, que em Bagé apresentou valores médios de 8,2 ± 3,1m/s, enquanto
em São Paulo este valor foi de 4,3 ± 1,2m/s. Espera-se utilizar esse método para concentrar efluentes
industriais.
Palavras-Chave: Evaporação, Energia, Solar, Efluente.
Revisores do Trabalho
Dr. LUIS BRUDNA, UNIPAMPA
Dr. ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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USO DE AGROTÓXICOS EM PROPRIEDADES RURAIS NA REGIÃO DE
PELOTAS, RS: RESULTADOS PARCIAIS
SOUZA, C. N.1, MULLER, A.2, NEVES, I.3, PINTO, F.R.4
1,2,3,4 UFPel
Trabalho nº 10
A utilização de agrotóxicos na produção agrícola pode causar sérios problemas ambientais e de saúde. O
objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento sobre o uso de agrotóxico em propriedades rurais.
Para isso, foram realizadas entrevistas, com auxílio de um questionário, aos moradores de dez
propriedades na região de Pelotas. Em 90% das propriedades havia produção agrícola, com destaque para
o cultivo de milho (70%) e pastagem (50%). O destino dessa produção era principalmente para consumo
próprio (70%). Das nove propriedades com produção agrícola, 80% usavam agrotóxicos. O uso de
equipamento de proteção individual (EPI) nunca era usado em 37,5 % das propriedades para a diluição do
agrotóxico, e nunca em 25% no momento da aplicação. A maioria das propriedades (87,5%) não fazia o
descarte correto das embalagens de agrotóxicos. A diluição do produto era feita numa distância de até
cinco metros a fonte de água em 12,5% das propriedades. Conclui-se que o uso desses produtos químicos
era expressivo, e existiam fatores de risco de contaminação ocupacional, como falta de uso de EPI no
manuseio dos agrotóxicos, e de contaminação ambiental, pelo descarte inadequado das embalagens e
proximidade de fonte de água.
Palavras-Chave: produção agrícola, problemas ambientais, EPI, descarte inadequado
Revisores do Trabalho
Dr. PEDRO JOSÉ SANCHES FILHO, IFSul
Dr. JOÃO CARLOS MAIER, UFPel
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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DETERMINAÇÃO DE DIETILNITROSAMINAS EM PRODUTOS
CARNÍCOS ÚMIDOS PARA PETS: RESULTADOS PARCIAIS
SOUZA, C. N.1, DA ROSA, N.N.2, MEDEIROS, E.F.3, SANCHES FILHO, P.J.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 11
As Nitrosaminas são compostos químicos potencialmente carcinogênicos tanto para os humanos como
para os animais, as quais ocorrem em alimentos como produtos da reação entre aminas secundárias e
agentes nitrosantes. A presença de Nitrosaminas em alimentos a base de carne pode ter consequências
desastrosas como o problema ambiental. Além de ter efeitos cancerígenos, também pode acarretar
problemas hepáticos. Este trabalho teve como objetivo avaliar 02 marcas de rações tipo úmida para
alimentação de animais de companhia (cães e gatos). Os resultados preliminares obtidos fazem parte do
trabalho sobre Determinação de Nitrosaminas em Produtos Carnícos para Alimentação Animal. Foram
feitas avaliações de umidade de rações A e B em triplicata. As Nitrosaminas foram extraídas pelo método
de extração a vácuo com arraste de vapor. Neste processo foram utilizadas além da amostra de ração tipo
úmida enlatada, os reagentes cloreto de sódio, carbonato de potássio e água destilada. Foram respeitados
o tempo previsto pela metodologia. Depois da amostra extraída, o seguinte procedimento envolve passar
a amostra no carvão ativado, em seguida eluídas com acetona e diclorometano. Após evaporação, os
extratos fora avolumados a um ml com diclorometano e armazenados em frasco âmbar .As
determinações foram realizadas por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas no modo
SIM. As amostras apresentaram os seguintes resultados: amostra A apresentou 18,9 µg kg-1 ± 10,2% de
dietilnitrosamina, a amostra B apresentou 5,90 µg kg-1 ± 13,2% de dietilnitrosaminas em base úmida.
Analisando os resultados das 02 amostras, podemos perceber uma elevada concentração de
dietilnitrosaminas nas rações que são comercializadas para animais de pequeno porte, tendo com isso
uma preocupação com a saúde dos animais como cães e gatos.
Palavras-Chave: cancerigênos, produtos carnícos, rações, animais de companhia
Revisores do Trabalho
Dr. FERNANDO BANDEIRA, UFPEL
Dr. JOÃO CARLOS MAIER, UFPel
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
ORGÂNICOS E ANÁLISE DE PRODUÇÃO
KONRADT, D.D.1, SCHWANKE, C. M.2, SANTA HELENA, R. D.3
1,2 UNIPAMPA, 3 IDEAL
Trabalho nº 13
Quando descartados de maneira incorreta, resíduos sólidos urbanos, representam um grave problema
ambiental, pois facilitam a proliferação de insetos, pequenos roedores, podendo contaminar cursos
d’água e disseminar doenças. A produção de biogás a partir dessa biomassa representa uma solução
ambientalmente correta, sustentável, econômica e cada vez mais difundida mundialmente. O biogás é
um combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural, composto,
principalmente por hidrocarbonetos de cadeia curta e linear, podendo ser utilizado para geração de
energia elétrica, térmica ou mecânica. A sua produção é baseada em diferentes parâmetros, tais como:
tipo de resíduo, volume de substrato, tamanho de partícula, tempo de retenção, temperatura, pH da
amostra e agitação. Assim, o objetivo deste trabalho foi à montagem de um sistema para produção de
biogás e análise do processo para posterior utilização como combustível em um protótipo de um veículo
híbrido, construído na UNIPAMPA/Campus Bagé/LSFA. Destaca-se neste sistema o reator, os
componentes utilizados e as modificações realizadas ao longo do processo. Como matéria prima, foram
utilizados resíduos sólidos orgânicos provenientes do lixo doméstico, de escolas, cantinas e restaurantes.
Foi montado um sistema de digestão anaeróbica a partir de um biorreator com controle de temperatura,
rotação e pH. A matéria prima foi tamponada com fosfato de sódio a 0,25 mol/L de pH de 6,63, agitada
em 250 rpm à 35oC e mantida confinada por 15 dias. Os parâmetros observados foram: temperatura, pH,
tempo de retenção e volume de gás produzido. Concluiu-se que, o sistema montado e matéria prima
empregada, funcionaram adequadamente, com formação de biogás; a temperatura média ficou em
37,5oC, pH 6,46 com volume médio estimado 2m3 de biogás. Com estes resultados, se dará início ao
estudo dos parâmetros (vazão, composição química e poder calorífico) para utilização deste biogás
produzido como combustível.
Palavras-Chave: Biogás, Carro híbrido, Biorreator, Resíduos sólidos orgânicos
Revisores do Trabalho
Dr. ANA ROSA COSTA MUNIZ, UNIPAMPA
Dr. GERALDO LOPES CROSSETTI, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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AVALIAÇÃO DO TESTE DE IMERSÃO EM ÁGUA DE DIÁSPOROS DE
BUTIA ODORATA COLETADOS NO ANO DE 2014
PEVERADA, D. D.1, HEIDEN, Gustavo2, BARBIERI, Rosa Lía3, VILLELA, Juliana C.B.4, CASSANA, Francine F.5
1,4,5 IFSUL, 2,3,4 EMBRAPA
Trabalho nº 14
No Sul do Brasil ocorrem várias espécies de butiá, sendo que Butia odorata é uma das espécies mais
utilizadas pelas comunidades locais. Embora sendo um importante recurso genético regional,
principalmente devido à adaptação edafoclimática, sua produção comercial é limitada pela dificuldade de
obtenção de mudas. Dessa forma, devem ser intensificadas ações de pesquisas com a perspectiva de
identificar procedimentos que visem a fácil identificação de diásporos (coquinhos) inviáveis. Assim, o
objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do teste de imersão em água em diásporos coletados no ano
de 2014 na Fazenda São Miguel (Tapes/RS). Teoricamente, aqueles diásporos potencialmente inviáveis,
infestados por insetos, fungos e microorganismos, deverão emergir, ficando sobrenadantes. Para avaliar
a eficácia desse teste, foram utilizados 1065 diásporos de Butia odorata. Todos os diásporos
sobrenadantes foram abertos com auxílio de um torno de bancada, e as sementes foram isoladas. Foi
realizada uma inspeção visual com auxílio de lupa para comprovação dos danos causados pela infestação
de pragas. O número de sementes e/ou diásporos danificados foi expresso em termos de porcentagem
(%) em relação: (a) ao número total de diásporos (b) ao número total de sementes dos diásporos. Do total
de diásporos utilizados no teste, 670 permaneceram submersos enquanto que 395 ficaram
sobrenadantes. Embora nem todos os diásporos que permaneceram submersos tenham sido
potencialmente viáveis, do total de diásporos utilizados no teste de imersão, 37% se apresentaram
sobrenadantes, indicando a provável inviabilidade de sementes. Destes, comprovamos através da
abertura dos diásporos, que realmente, 77% dos diásporos estavam ocos, sem a presença de sementes,
ou ainda, com a presença de sementes danificadas ou de larvas.
Palavras-Chave: butiá, recursos genéticos, viabilidade, produção de mudas
Revisores do Trabalho
Msc. MARIA DE FÁTIMA MAGALHÃES JORGE, IFSUL
Msc. ELISA BALD SIQUEIRA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE CÉLULA COMBUSTÍVEL
MICROBIOLÓGICA
SILVA,M.C1, CELESTINO,M.2, MESQUITA,D.V.3, OGRODOWSKI, C. S.4, SANTANA, F. B.5
1,2,3,4,5 FURG
Trabalho nº 15
A produção de bioenergia, na forma de energia elétrica a partir de biomassa renovável, resíduo e efluente
através da célula combustível microbiológica (CCM), tem grande potencial de desenvolvimento, tanto em
termos de auto-suficiência de energia, como para reduzir a concorrência com a produção de alimentos,
que é uma preocupação no que diz respeito aos métodos convencionais de produção de biocombustíveis.
Espera-se que nos próximos anos, com a melhoria desta tecnologia, custos mais baixos, maior variedade
de substratos serão usados, levando a uma sustentabilidade econômica e energética. Para isso, se buscou
neste trabalho a operação de uma CCM com sedimento oriundo da dragagem do porto de Rio Grande. A
célula foi montada com peças de acrílico e borracha, sendo fixada com auxílio de um grampo sargento,
inoculada com sedimento e meio de cultivo, alimentada diariamente com extrato obtido do sedimento
de dragagem, com pH e temperaturas são controlados, e retiradas amostras diárias para a realização de
análises de DQO e carbono orgânico. A célula é conectada a um circuito elétrico que, através de um
multímetro e computador, faz a aquisição da voltagem a cada 60 segundos. Com os resultados obtidos
pode-se observar o consumo da matéria orgânica do sedimento, bem como a geração de corrente
elétrica.
Palavras-Chave: célula combustível microbiológica, bioenergia, operação, matéria orgânica
Revisores do Trabalho
Msc. PAOLA SILVEIRA MORAES, FURG
Msc. EDUARDO ROSA, FURG
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DA COMPOSIÇÃO DO BIO-ÓLEO
DA SPIRODELLA SP. OBTIDO POR HIDROEXTRAÇÃO
SAMPAIO, D. M.1, FRIO, G. S.2, SANCHES FILHO, P. J.3, MEDEIROS, E.4, MEDEIROS, E.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 16
O grande desenvolvimento da economia mundial, juntamente com a globalização, a busca por facilidades
e uma crescente modernização levou a um uso contínuo (e demasiado) de combustíveis fósseis,
ocasionando uma crise energética crescente e acelerada, agravando problemas ambientais, tais como o
aquecimento global e poluição. Como consequência, a conversão de matérias-primas naturais, baratas e
abundantes em bio-óleo tem chamado cada vez mais atenção. Para isso, diferentes tipos de biomassas
estão sendo testadas, destacando-se a biomassa aquática. O objetivo deste trabalho é caracterizar os
compostos orgânicos presentes na Spirodella sp., que são encontradas nos córregos da cidade de Pelotas.
Lentilhas d’água, especificamente a espécie Spirodella sp., foram coletadas de um canal de drenagem da
cidade de Pelotas, em outubro de 2014. Uma amostra, previamente seca a 60 °C por 1 h, com massa
aproximada a 2,5 g e com adição de 150 mL de água destilada, foi submetida a aquecimento, com
temperatura de 270 °C, durante 1 h em um vaso de pressão de aço inoxidável confeccionado no IFSul. A
amostra, após resfriada, foi filtrada e a posterior separação do bio-óleo foi realizada através de uma
extração líquido-líquido com diclorometano. O bio-óleo extraído foi analisado por cromatografia gasosa
acoplada a espectrometria de massa (GC/MS). Os compostos foram identificados por similaridade com os
espectros de massas da biblioteca do aparelho e pelo cálculo dos índices de retenção de Van Den Dool.
Os resultados apontam que os compostos majoritários são oxigenados, destacando-se a vanilina, o 2,3-
dihidro-benzofurano, mas também se encontram compostos nitrogenados, como Pirrol[1,2-a]pirazino-
1,4-diano, hexahidro-3-(fenilmetil)-. Conclui-se que, através dos resultados obtidos, a hidroextração pode
ser utilizada na identificação de compostos orgânicos presentes na Spirodella sp.
Palavras-Chave: energia, bio-óleo, spirodella, hidroextração
Revisores do Trabalho
Msc. SUELEN RODRIGUES ALMEIDA, UFPel
Msc. MARCELO MÖLER ALVES, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE FITORREMEDIAÇÃO E DE
BIOINDICAÇÃO DA S. MONTEVIDENSIS
Ferrer, E. M. K.1, BETEMPS, G.R.2, DA ROSA, N. N.3, SANCHES FILHO, P. J.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 17
Diversos estudos comprovam a eficiência da remoção de metais tóxicos, utilizando a técnica de
fitoextração em áreas contaminadas por esses elementos. A utilização de plantas aquáticas
fitorremediadoras, além de ser um processo natural e de baixo custo, é indicada para o tratamento de
esgotos contaminados. A exemplo disso, destacam-se as macrófitas aquáticas, que possuem crescimento
rápido e grande produção de biomassa, com alta capacidade de absorção de poluentes metálicos. Apesar
de existirem inúmeros estudos sobre plantas aquáticas, “wetlands” construídos e fitorremediação de
metais-traço, não há registros na comunidade científica de estudos relacionados à utilização da Sagittaria
montevidensis Cham. & Schltdl para estes fins. A S. montevidensis é uma macrófita aquática emergente
muito comum em canais receptores de esgotos urbanos. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi
avaliar a capacidade de fitorremediação e de bioindicação da S. montevidensis, utilizando como
parâmetro o Fator de Bioconcentração (FBC) planta/sedimento e o Fator de Translocação (FT) planta/raiz
para níquel (Ni). Foi realizada uma amostragem simples em um canal de escoamento pluvial e de esgoto
da região de Pelotas, sul do Brasil, no qual foram coletados sedimento e planta. A extração do metal níquel
nas partes da planta (raiz, caule, folha, fruto/semente) foi por digestão nítrico-perclórica e o sedimento
foi submetido à digestão por água-régia-perclórica. O metal foi determinado por espectrometria de
absorção atômica em chama. A macrófita aquática estudada apresentou pouca variação de FBC de Ni na
raiz e nas partes aéreas, variando entre 9,41 a 10,95. O Fator de Translocação também apresentou pouca
variação para esse elemento, ficando entre 1,15 a 1,16. Considerando os resultados obtidos, conclui-se
que a macrófita aquática da espécie Sagittaria montevidensis possui capacidade de fitoextração para Ni e
potencial para bioindicação.
Palavras-Chave: Metais tóxicos, fitoextração, Sagittaria montevidensis, bioindicação
Revisores do Trabalho
Dr. JANDER LUIS FERNANDES MONKS, IFSUL
Msc. KAREN GULARTE PERES MENDES, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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POTENCIAL AGROENERGÉTICO RENOVÁVEL DA BACIA LEITEIRA DE
SÃO LOURENÇO DO SUL
FARIAS, E. S.1
1 ETESI-Esc. Téc. Est. Santa Isabel
Trabalho nº 18
O Território Zona Sul abrange uma área de aproximadamente 40 mil km², e é composto por 25 municípios,
tendo Pelotas como cidade pólo. O município com a maior produção leiteira do território é São Lourenço
do Sul, que gera em média 100 mil litros de leite por dia. Tal capacidade produtiva não é devidamente
acompanhada pelos órgãos governametais e não-governamentais quando se pensa no imenso potencial
passível de aproveitamento em processos de digestão anaeróbica para produção de biogás e
biofertilizante. Este estudo tem por objetivo chamar a atenção destes órgãos para a delineação de
programas específicos que visem o aproveitamento dos resíduos gerados na atividade leiteira, indicando
a possibilidade da geração de energia e produção de biofertilizante, onde este último é um produto de
excelente qualidade, apto ao aproveitamento na produção agroecológica. Também, destacamos a grande
economia gerada diariamente pela substituição do GLP pelo biogás e da adubação química pelo
biofertilizante.
Palavras-Chave: Biodigestor, Ecologia leiteira, Biofertilizante, Biogás
Revisores do Trabalho
Dr. IRAJÁ FERREIRA ANTUNES, EMBRAPA
Dr. JOÃO PEDRO LLANOS ZABALETA, EMBRAPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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PROCESSO DE ADSORÇÃO EMPREGANDO A SEMENTE DE MAMÃO
FORMOSA
SILVA, E.O.1, ALMEIDA, A.R.F.2, RODRIGUES, L. M.3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 19
O desenvolvimento industrial tem contribuído para o aumento da contaminação das águas naturais. Os
órgãos de controle ambiental têm estabelecido padrões rigorosos para o descarte de efluentes. Os
corantes são poluentes perigosos ao ambiente aquático por causar cor indesejável à água, além de reduzir
a penetração da luz e a fotossíntese. Corantes sintéticos podem ser carcinogênicos e/ou mutagênicos. A
adsorção é empregada para a remoção da cor presente em solução. Adsorventes alternativos de baixo
custo tem sido foco de pesquisas, principalmente, resíduos agroindustriais. As sementes de mamão
constituem em média 14% do peso bruto do fruto, sendo materiais de descarte. Neste trabalho é proposto
um método para a adsorção do corante azul de metileno por sementes de mamão Formosa. A
metodologia foi o processo de adsorção seguindo as etapas de mistura da biomassa/solução (nas razões
0,01 ou 0,02) sob agitação mecânica em mesa agitadora, a 150 rpm, durante 15 ou 30 min; centrifugação
a 3400 rpm, durante 15 min; determinação da eficiência de remoção do corante por absorbâncias obtidas
via espectrofotometria na região do UV-Vis, analisado a 660 nm. A biomassa foi empregada na forma
moída e seca, em túnel de convecção forçada nas condições de 60 °C, velocidade do ar de 2,0 m/s e altura
da bandeja de 5,0 mm. As soluções a serem tratadas foram sintetizadas em laboratório, sendo compostas
por azul de metileno 25 ou 50 mg/L, conforme literatura. Para uma solução de corante mais diluída (25
g/mL), os maiores valores de razão biomassa/solução (0,02) e tempo de agitação (30 min), propiciaram o
elevado valor de 99,8% de eficiência na adsorção do corante. Para uma solução de corante mais
concentrada (50 mg/L), a melhor condição para remoção do corante foi o maior valor de razão
biomassa/solução (0,02) em menor tempo de agitação (15 min), obtendo-se 99,7% de eficiência.
Destacam-se as elevadas eficiências obtidas para as condições de processo aqui propostas, viabilizando o
tratamento.
Palavras-Chave: Adsorção, Semente, Efluente, Corante
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. TÂNIA REGINA DE SOUZA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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DETERMINAÇÃO DE FENÓIS NO BIO-ÓLEO OBTIDO POR PIRÓLISE
RÁPIDA DA SPIRODELA SP.
MEDEIROS, E. F.1, ALMEIDA, S. R2
1IFSUL, 2UFPEL
Trabalho nº 20
Hoje em dia tem-se buscado novas fontes para obtenção de energia, neste contexto, as pesquisas têm se
voltado para o uso de biomassas. Dentre essas, as macrófitas aquáticas com importante função
fitorremediadora, apresentam propriedades adequadas para este fim. Foi então, desenvolvido o estudo
para obtenção de bio-óleo através de pirólise rápida (queima em altas temperaturas sob atmosfera inerte)
utilizando a spirodela sp. e, a obtenção de diferentes compostos é alcançada variando parâmetros e
métodos. A biomassa vegetal, possui constituintes complexos que quando despolimerizados, apresentam
compostos variados, em sua maioria, oxigenados como, álcoois, éteres, ésteres e fenóis. Os fenóis,
importantes na produção de resinas, desinfetantes, tintas e, caracterizados neste estudo, estão presentes
nesta biomassa originários da celulose e da lignina. O objetivo deste trabalho é caracterizar a presença de
fenóis no bio-óleo obtido por pirólise rápida da spirodela sp. As amostras foram levadas ao forno de
pirólise e os gases condensados, coletados e, o volume de óleo é controlado por gravimetria, e fracionado
por separação liquido-liquido com diclorometano e hexano. Uma alíquota de cada fração, foi analisada
por GC/MS shimadzu QP2010 em coluna OV-5, 30m × 0,25mm × 0,25μm acoplado à espectrômetro de
massas. Os compostos foram identificados por comparação com os espectros de massas obtidos e os da
biblioteca do equipamento. Foram obtidos 21,52% de compostos na fração com hexano e 42,78% na
fração com DCM, tais como o-metil-fenol, p-metil-fenol, 2-etil-fenol, 2-4, dimetil-fenol seguidos de
ésteres e éteres cíclicos em hexano e DCM com valores respectivos de 37,25% e 1,88%, 37,43% e 5,13%.
Estes compostos, caracterizam a biomassa não apenas como fonte de energia mas, como insumo químico
à produção de resinas e outros materiais de origem fenólica característicos da indústria petroquímica.
Palavras-Chave: spirodela sp., pirólise rápida, fenóis, biomassa
Revisores do Trabalho
Dr. KATIA REGINA LEMOS CASTAGNO, IFSUL
Msc. ELOISA ELENA HASSE, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE
CORNICHÃO (LOTUS CORNICULATUS L.) PARA RECOBRIMENTO
EM LEITO DE JORRO
ZORZI, B.1, ECHEVARRIA, E. R.2, NORA, F. B. D3, OLIVEIRA, J. C. P.4, ROSA, G. S.5
1,2,3,5 UNIPAMPA, 4EMBRAPA
Trabalho nº 21
O cornichão (Lotus corniculatus L.) vem se destacando na região sul devido a vantagem na produção de
matéria verde tanto na primavera como no verão, decorrentes da sua resistência à seca e ao
encharcamento do solo. Porém, algumas problemáticas como, por exemplo, a dormência tegumentar e o
tamanho afetem seu desenvolvimento e manuseio. Métodos e tecnologias de beneficiamento como, por
exemplo, o recobrimento de sementes, além de agregar valor, exercem papel protetor para sementes
tratadas contra dormência tegumentar e aumenta a área superficial facilitando a regulagem de
equipamentos de plantação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar física e fisiologicamente as
sementes de cornichão, verificar possíveis correções para um melhor desenvolvimento a campo, além de
verificar se as sementes se adequam as condições exigidas pelo leito de jorro para um futuro
recobrimento. Na caracterização física foram determinados o diâmetro de Sauter das sementes, a massa
específica real, a massa específica aparente, a porosidade do leito de sementes e a esfericidade. A
caracterização fisiológica consistiu na determinação da umidade e do índice de germinação das sementes.
Verificou-se que as sementes apresentam diâmetro de Sauter de 1,13 mm, massa específica real de
1301,6 kg/m³, massa específica aparente de 790,72 kg/m³, porosidade do leito de partículas de 0,39 e
esfericidade de 0,99; a umidade das sementes foi de 9,5 % (b.u.) e o índice de germinação foi de 53 %.
Para um futuro trabalho de recobrimento o tamanho da partícula e a massa específica real estão de
acordo com os valores exigidos para uso do leito de jorro.
Palavras-Chave: cornichão, caracterização, dormência, recobrimento
Revisores do Trabalho
Dr. CATARINA MOURA, UNIPAMPA
Dr. ELIZANGELA OLIVEIRA, UFRGS
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
28
DETERMINAÇÃO DO APORTE DE HIDROCARBONETOS
POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) EM UM PONTO DO CANAL DO
PEPINO PELOTAS-RS
BOHM, E. B.1, SANCHES FILHO, P. J.2, BETEMPS. G. R.3, BOHM, G. B.4, MONTENEGRO, G. O.5
1,2,3,4,5 IFSul
Trabalho nº 22
Recentes estudos vêm demonstrando uma relação direta entre níveis de HPAs no ambiente (ar, solo,
sedimento e biota) com a presença humana local. Por exemplo, em grandes centros urbanos, o runoff
urbano destaca-se como via de transporte destes contaminantes hídricos. Desta forma o objetivo geral
deste trabalho foi determinar as concentrações de HPAs transportados pelo Canal do Pepino até o Canal
São Gonçalo, para melhorar o entendimento a respeito da recente distribuição espacial, possíveis fontes
e os fatores governantes na distribuição destes contaminantes no Canal. As amostras foram coletas em
agosto de 2014, com uma draga tipo Van Veen e as determinações foram realizadas por cromatografia
gasosa acoplada ao espectro de massas (CG-EM) no modo SIM. De maneira geral, observou-se que as
concentrações de HPAs foram elevadas, o que caracteriza um ponto altamente impactado. Detectou-se a
presença dos 16 HPAs listados como contaminantes prioritários pela Environmental Protection Agency
destacando-se as concentrações em peso seco (µg kg-1 ± RSD %) de Benzo Antraceno 9.319,6 ± 12,1;
Criseno 9.957,4 ± 8,9; Pireno 10.805,1 ± 5,6 e Fluoranteno 13.434,1 ± 13,4; todos bem acima dos limites
CONAMA 357. O somatório de todos HPAs atingiu o valor de 90.709,8 ± 4,8, o que caracteriza altos níveis
de contaminação Cabe salientar que são resultados de uma única coleta, indicando a necessidade de
maiores e mais amplos estudos.
Palavras-Chave: HPA, CONTAMINANTE, CANAL, RUNOFF
Revisores do Trabalho
Dr. MICHEL GERBER, IFSUL
Dr. REGINA DE CARVALHO OLIVEIRA, IFG
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
29
ANÁLISE DE UM EVAPORADOR SOLAR ECOLÓGICO.
LIMA, F. R. M.1, SOUZA, T. R.2, RODRIGUES, L. M.3, VARGAS, A. C. G.4, LAUERMANN, B.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 23
O Brasil apresenta uma extensão territorial e clima favorável ao uso da energia solar, mas atualmente
utiliza apenas parte desse potencial. Nesse sentido torna-se importante, portanto, construir
equipamentos que utilizem esse tipo de energia. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um
evaporador de placa plana, em escala laboratorial, empregando material reciclado como matéria prima,
sendo 90% em madeira de descarte. Este projeto possui baixo investimento contribuindo com a economia
verde, mudando o destino de materiais que a curto prazo estariam em aterros sanitários. A metodologia
de testes de funcionamento empregou água como fluido a evaporar modificando inclinação da placa e a
vazão de alimentação do fluido. Como resposta avaliou-se a taxa de evaporação ao ar livre - em ambiente
aberto, obtida por balanço de massa. Resultados preliminares indicaram uma taxa de evaporação de até
15%. Esse valor foi obtido para experimentos realizados durante a estação do inverno, na cidade de Bagé
– RS, com a placa na inclinação de 40º e uma vazão de 3,0.10-3 kg/s. Os testes continuam e novos
resultados estão sendo obtidos. Espera-se que o equipamento se destaque como uma solução ecológica
e economicamente atrativa para evaporar soluções diluídas contribuindo com saneamento ambiental.
Palavras-Chave: Ecológico, Saneamento ambiental, Energia solar, Economia verde
Revisores do Trabalho
Dr. ALEXANDRE DENES ARRUDA, PROF. DR., UNIPAMPA
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, PROFª. DRª., UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
30
OBTENÇÃO DO ÓLEO DA SEMENTE DE UVA VITIS VINÍFERA E DE
ISOLADOS DE ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS
OLIVEIRA, M. O.1, BRUNI, G. P.2, SANTOS, R. B.3, MORAIS, M. M.4, CREXI, V. T.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 24
As sementes de uva compõem aproximadamente 15% dos resíduos sólidos produzidos nas indústrias de
vinho, e são consideradas excelente fonte de óleo para o consumo humano por possuírem cerca de 10 a
20% de óleo de excelente qualidade nutricional, além de serem fonte de fibras (40%), proteínas (8 a 11%),
compostos fenólicos complexos, açúcares e sais minerais (7%). A qualidade do óleo de semente de uva
deve-se ao seu elevado nível de ácidos graxos insaturados (cerca de 90%), onde se pode citar o ácido
graxo linoleico (essencial para o metabolismo humano) e o ácido graxo oléico, que apresentam atividade
antioxidante devido à presença de vitamina E. A utilização completa de uvas no seu processamento reduz
a quantidade de resíduos gerados, o que é um aspecto importante do ponto de vista ambiental. A
obtenção de isolados de ácidos graxos insaturados e de produtos nos quais estes ácidos podem ser
incorporados, possui um grande potencial para a produção de suplementos alimentares de alto valor
nutricional. A complexação com uréia é uma técnica bem estabelecida para a redução de ácidos graxos
saturados e monoinsaturados, sendo que as condições para a complexação devem ser cuidadosamente
observadas. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo obter isolados de ácidos graxos insaturados
provenientes do óleo da semente de uva (Vitis vinífera) extraído por prensagem. Para obtenção do óleo,
as sementes foram submetidas a pressão de 20 ton por tempo de 4h. Os isolados de ácidos graxos
insaturados foram elaborados a partir da reação de hidrólise química no óleo resultante da prensagem,
para obtenção dos ácidos graxos livres e sua posterior complexação com uréia. Após a reação de
complexação com uréia obteve-se os isolados de ácidos graxos insaturados contendo um total de 96% de
ácidos graxos insaturados e 3,43% de ácidos graxos saturados, os quais se apresentaram como uma rica
fonte de ácidos graxos insaturados, principalmente os ácidos graxos oléico e linoléico.
Palavras-Chave: linoléico, hidrólise química, prensagem, resíduo vinícola
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, UNIPAMPA
Dr. CATARINA MOTTA DE MOURA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
31
DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA
CABERNET FRANC EXTRAÍDO POR PRENSAGEM
OLIVEIRA, M. O.1, BRUNI, G. P.2, MORAIS, M. M.3, CREXI, V. T4
1,2 UFPEL, 3,4 UNIPAMPA
Trabalho nº 25
A qualidade de um óleo vegetal varia de acordo com uma série de parâmetros físicos e químicos que são
determinados pela natureza dos ácidos graxos que os constituem, dependendo tanto da espécie que lhe
deu origem, como das condições climáticas e de cultivo. Somente a partir de um óleo vegetal bruto de
boa qualidade é possível a obtenção de um bom óleo refinado. Para isto, a análise e o monitoramento
das características físico-químicas de óleos vegetais são importantes para a avaliação de alternativas de
aplicação e da qualidade do óleo. A extração de óleo por prensagem é um método que mantém as
propriedades físico-químicas devido a não empregar solvente e temperaturas elevadas durante a
extração. Portanto, esse método se mostra eficaz na extração do óleo de semente de uva devido sua baixa
estabilidade térmica por apresentar alto conteúdo de ácidos graxos insaturados como linoléico (58 - 78%)
e oléico (12 - 28%). A partir do exposto, este trabalho teve por objetivo analisar o óleo de semente de uva
Cabernet Franc extraído por prensagem através dos índices de peróxido, acidez, refração, iodo e
saponificação e comparar estes índices com a legislação vigente para óleos vegetais. A prensagem foi
realizada utilizando pressão de 20 ton por 4h. A partir das análises realizadas foi possível constatar que
os valores encontrados para o índices de peróxido, acidez, refração, iodo e saponificação mostraram-se
dentro dos limites estabelecidos pela legislação, podendo-se concluir que o óleo de semente de uva
extraído por prensagem apresenta boa qualidade para o consumo humano.
Palavras-Chave: peróxido, ácidos graxos insaturados, acidez, resíduo vinícola
Revisores do Trabalho
Dr. CATARINA MOTTA DE MOURA, UNIPAMPA
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
32
CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR DO BIO-ÓLEO DA CASCA DO
ARROZ PUITÁ E SEUS RENDIMENTOS
Montenegro,G.O.1, SANCHES FILHO,P.J.2, ALMEIDA,S.3, SILVEIRA,L.A.4, BETEMPS,G.R.5
1,2,4,5 IFSUL, 3UFPEL
Trabalho nº 26
A biomassa é um dos muitos grupos de resíduos sólidos gerados principalmente na agricultura,
silvicultura, indústria alimentícia e etc. Dentre as atividades agroindustriais do sul do Brasil destaca-se a
produção do arroz sendo a casca um dos seus principais resíduos.Este trabalho teve como objetivo a
caracterização qualitativa dos principais constituinte do bio-óleo obtido através da pirólise rápida da casca
de arroz da espécie Puitá.O bio-óleo foi obtido através do processo de pirólise rápida, utilizando um forno
e reator de quartzo na temperatura de 700 °C por 10 minutos. Foram avaliados o rendimento dos
produtos líquidos e sólidos. As fases orgânica e aquosa do bio-óleo bruto foram separadas por extração
liquido-líquido. A fração orgânica diluída a 5 ml em diclorometano foi analisada por Cromatografia gasosa
acoplada a um espectrômetro de massas. O máximo rendimento em líquido (bio-óleo+água) foi de
aproximadamente 27,02±13,7% %, e 38,09% de carvão. O bio-óleo bruto apresentou 91,2% ±1,02% em
fração aquosa e em fração orgânica 8,8% ± 16,8% em relação a pirólise . A presença majoritária de fenóis
destacando-se Phenol, 2-methoxy-4-methyl-; Phenol, 4-ethyl; Benzofuran, 2,3-dihydro, Ethanone, 1-(2-
hydroxy-5-methylphenyl)- etc, caracteriza o bio-óleo como matéria prima para produção de:
desinfetantes (fenóis e cresóis), preparação de resinas e polímeros, como a baquelite. Conclui-se que com
os resultados encontrados os principais constituintes do bio-óleo obtido da casca de arroz foram
encontrados.
Palavras-Chave: BIO-ÓLEO, PIRÓLISE RÁPIDA, FENÓIS, GCMS
Revisores do Trabalho
Msc. ELOISA HASSE, IFSUL
Dr. KÁTIA CASTAGNO, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
33
ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE N-ALCANOS NO SEDIMENTO DE
UM PONTO DO CANAL DO PEPINO PELOTAS-RS
BETEMPS, G. R.1, SANCHES FILHO, P. J.2, MONTENEGRO G. O.3, VAZ, B. S.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 27
O Canal do Pepino é um dos principais canais de escoamento de águas pluviais da cidade de Pelotas/RS,
atravessando uma grande área urbana. Nasce no ponto de convergência das avenidas República do Líbano
e Salgado Filho, e deságua no Canal São Gonçalo. O fato de seu deságue dar-se no Canal São Gonçalo
torna importante o estudo das condições de seu sedimento, por representar ameaça ao equilíbrio do
ecossistema deste Canal. Neste trabalho foram investigados os níveis de presença e concentração, de n-
alcanos e também as fontes potenciais de contaminação dos sedimentos no Canal do Pepino. Com o
propósito de avaliar as entradas naturais e antropogênicas de n-alcanos, uma amostra de sedimento foi
coletada no Canal de Pepino em setembro de 2014. A extração dos sedimentos foi realizada de acordo
com o método EPA 3540 e a separação de hidrocarbonetos alifáticos foi feito por cromatografia em coluna
preparativa. As análises cromatográficas foram realizadas por cromatografia gasosa com espectrômetro
de massas acoplado. Para quantificação dos n-alcanos (nC8 - nC40) foram preparados padrões entre 0,5
e 4 mg/L. O índice preferencial de carbono (IPC) foi calculado para identificar as contribuições de origem
biogênica e ou petrogênica. A relação terrígeneo/aquático (TAR) foi calculada para avaliar a origem da
matéria orgânica biogênica. Através da quantificação da mistura complexa não resolvida (UCM)
relacionada com o somatório de n- -alcanos) pode-se avaliar se a contaminação é crônica. De
acordo com os resultados, o IPC apresentou índice de 1,6 o que pode sugerir contribuições de origem
-
alcanos apontou um índice de 9,3 indicando contaminações recentes. Os altos níveis de n-alcanos
(200351.7ug kg-1) associado a composição de peso molecular entre C9 e C40 refletem a alta carga de
contaminantes transportados.
Palavras-Chave: n-Alcanos, transporte de contaminantes, cromatografia gasosa, sedimento
Revisores do Trabalho
Dr. DANIEL ARSAND, IFSUL
Dr. JULIA ÁVILA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
34
APLICAÇÃO DA EQUAÇÃO DE MONOD NA FERMENTAÇÃO DA
LEVEDURA PICHIA PASTORIS X-33 EM EFLUENTE DE ARROZ
PARBOILIZADO
FERREIRA, G. L.1, SANTOS, D.G.2, CENTENO, L.H.3, PERES, L.R.4, PEREIRA, R.S.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 28
O Brasil está entre os dez maiores produtores de arroz, produzindo em 2011 13.500.000 toneladas, sendo
20% do arroz consumido do tipo parboilizado. Considerando-se, que para cada quilo da produção gera-se
2L de efluente, é de importância industrial a busca por novos métodos de tratamento de efluentes, e uma
das alternativas que tem sido estudada é o cultivo de microrganismos. A exemplo disso tem-se a levedura
Pichia pastoris X-33, que quando cultivada em efluente de arroz parboilizado alcança níveis satisfatórios
de crescimento celular, redução de DQO e fósforo. O objetivo desse trabalho foi determinar
matematicamente a geração de biomassa da levedura Pichia pastoris X-33 em biorreator, através da
aplicação da equação de MONOD, comparando com o resultados reais da fermentação. A biomassa foi
determinada em onze amostras coletadas ao longo de 48h de um cultivo em biorreator e, com esta,
calculada a taxa máxima de crescimento celular (µmax), dado este necessário para aplicação na equação
pré-estabelecida por MONOD. Através de cálculos realizados com os dados fornecidos, o valor de µmax
encontrado foi igual a 0,1205. A equação de MONOD foi então adaptada ao tipo de cultivo realizado,
considerando o valor de ks próximo ao valor do µmax ,resultando em: x= x0. eµmaxt , sendo x, incógnita
referente a biomassa e t, ao tempo de fermentação. Utilizando essa equação para obter a quantidade de
biomassa ao longo do tempo e comparando com os resultados reais, pode-se concluir que equação
adaptada de MONOD representa a fermentação até às dezesseis horas.
Palavras-Chave: Pichia pastoris x-33, Fermentação, Monod, Efluente
Revisores do Trabalho
Msc. GABRIELA DA ROCHA LEMOS MENDES, FURG
Dr. ARIADNE HENRIQUES, UFPEL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
35
COMPARAÇÃO ENTRE TRATAMENTOS DE PRENSAGEM PARA
EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA DA VARIEDADE
CABERNET FRANC
BRUNI, G.P.1, OLIVEIRA, F.M.2, MORAIS, M.M.3, CREXI, V.T.4
1,2 UFPel, 3,4 Unipampa
Trabalho nº 29
Nos últimos anos a vitivinicultura vem se tornando uma atividade muito importante para a economia no
Brasil. Dentre as videiras finas cultivadas no Rio Grande do Sul, destaca-se a variedade Cabernet Franc
(Vitisvinifera) a qual é destinada para a fabricação de vinho tinto jovem. Do ponto de vista ambiental, a
utilização completa de uvas no processo industrial é um aspecto importante na redução da emissão de
resíduos, pois do processo de fabricação de vinhos são gerados em torno de 35% de resíduos (cascas,
engaços e sementes), os quais geralmente são descartados no ambiente pelas vinícolas. As sementes
descartadas representam em torno de 15% deste total, sendo consideradas excelentes fontes de óleo
para o consumo humano por possuírem cerca de 10 a 20% de óleo.A prensagem mecânica é o método
mais utilizado para extrair o óleo de sementes oleaginosas, pois utiliza baixas temperaturas e não
emprega solventes orgânicos, o que mantém as propriedades físico-químicas do óleo.O rendimento do
processo pode ser otimizado através da definição de parâmetros, como a pressão e tempo de
prensagem.Assim, este trabalho teve por objetivo realizar uma comparação de tratamentos do processo
de prensagem de semente de uva da variedade Cabernet Franc, utilizando-se pressões de 20 e 40 ton
durante 4 h, para verificar em qual condição de pressão obtinha-se maior quantidade de óleo. Constatou-
se que não houve diferenças significativas (p≤0,05) entre as quantidades de óleo obtido nas duas
diferentes condições, logo não há necessidade da utilização de equipamentos de grande capacidade de
prensagem que utilizem pressões superiores a 20 ton para a extração do óleo de sementes de uva da
variedade Cabernet Franc.
Palavras-Chave: óleo, uva, prensa, ácidos graxos
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, Unipampa
Dr. CATARINA MOTTA MOURA, Unipampa
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
36
ANÁLISES TÉRMICAS DO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA VITIS
VINÍFERA E DE SEUS ISOLADOS DE ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS
BRUNI, G.P.1, OLIVEIRA, F.M.2, SANTOS, R.B.3, MORAIS, M.M.4, CREXI, V.T.5
1,2 UFPel, 3,4,5 Unipampa
Trabalho nº 30
A qualidade nutricional do óleo de semente de uva deve-se ao seu elevado nível de ácidos graxos
insaturados (cerca de 90%), podendo citar o ácidos graxo linoléico (58 - 78%), que é essencial para o
metabolismo humano e o ácido graxo oléico (12 - 28%) que possuem também atividade antioxidante
devido à presença da vitamina E. Devido ao alto conteúdo de ácidos graxos insaturados, este óleo
apresenta baixa estabilidade térmica, podendo degradar-se ao longo de processamentos com emprego
de temperaturas elevadas. Dentre as análises térmicas mais utilizadas, a análise termogravimétrica (TGA)
é uma importante análise realizada em óleos vegetais, pois esta mostra os efeitos da temperatura de
processamento sobre o óleo e os seus componentes. Esta análise fornece uma curva de variação de massa
de uma determinada amostra conforme a mesma é aquecida; além disso, a análise fornece também a
curva da variação diferencial da perda de massa com a temperatura (DTG). Portanto, este trabalho teve
por objetivo caracterizar termicamente o óleo de semente de uva Cabernet Franc e os seus isolados de
ácidos graxos insaturados através de análises termogravimétricas. Os isolados de ácidos graxos
insaturados foram elaborados a partir da reação de hidrólise química no óleo resultante de prensagem
(20 ton, 4h) das sementes de uva, para obtenção dos ácidos graxos livres e sua posterior complexação
com uréia. A partir dos resultados obtidos, observou-se que a temperatura de máxima taxa de
decomposição do óleo de semente de uva ocorreu em torno de 420°C e dos isolados de ácidos graxos, em
torno de 260°C, demonstrando que estes últimos apresentaram uma menor estabilidade térmica devido
ao seu alto teor em ácidos graxos poli-insaturados, os quais são mais suscetíveis a degradação térmica.
Palavras-Chave: uva, prensagem, uréia, ácidos graxos
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, Unipampa
Dr. CATARINA MOTTA MOURA, Unipampa
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
37
DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA EM COLETORES SOLARES
DE BAIXO CUSTO
CORREA, I.B1, SILVEIRA, A.F.2, SA,J.S3, CECCONELLO, S.T.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 31
A utilização da energia solar em sistemas de aquecimento de água residencial significa uma economia de
energia elétrica para o consumidor final e também um incentivo ao uso de energias renováveis. Um dos
sistemas de aquecimento solar utilizado tem por princípio o fluxo forçado da água nos coletores por meio
de bombeamento. Porém, o controle inadequado da vazão nesses sistemas, pode acarretar em um
acréscimo da perda de carga e consequentemente maior consumo de energia elétrica, reduzindo a
eficiência do sistema de aquecimento. Esse trabalho teve como objetivo quantificar a perda de energia
relacionada com a variação do fluxo de água em coletores solares de baixo custo (CSBC) por meio do
monitoramento da pressão dinâmica nos coletores. Foram analisados três modelos: Coletor construído
com tubos de policloreto de vilina (PVC) de 20 mm de diâmetro e garrafas de politereftalato de etileno
(PET); Coletor de tubos de PVC de 25 mm de diâmetro e forro de PVC com 200 mm de largura e 8 mm de
espessura e Coletor constituído por tubos de PVC de 25 mm de diâmetro e forro de PVC com 140 mm de
largura e 14 mm de espessura. Ambos CSBC apresentavam uma área útil de 1,0 m2. Os coletores foram
instalados em um circuito fechado, constituído por tubos de PVC, reservatório de água de 60 litros de
capacidade e uma bomba centrifuga monofásica de 1/2 CV de potência. A pressão foi monitorada por
meio de um manômetro diferencial digital com precisão de 0,001 psi. A vazão foi determinada pelo
método volumétrico e fluxo controlado por meio de um registro de gaveta de 25 mm de diâmetro. Para
vazões variando de 0,5 a 2,40 m³/h, foram observadas perdas de carga de 0,06 a 1,57 mca para o coletor
de tubos de PVC, de 0,076 a 0,90 mca para o coletor de forro de PVC de 200 mm e de 0,09 a 0,60 mca
para o coletor de forro de PVC 140 mm. A perda de energia foi diretamente relacionada com as dimensões
do conduto do fluido.
Palavras-Chave: Aquecimento, Energia solar, Baixo custo, Pressão
Revisores do Trabalho
Dr. LUCIO ALMEIDA HECKTHEUER, IFSUL
Dr. ENDRIGO PEREIRA LIMA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
38
NOTAS SOBRE A PRESENÇA DE LIMNOPERNA FORTUNEI NA
REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2013 E 2015
PEREIRA, J. S.1, VAZ, B. S.2, MACEDO, A. R.3
1,2,3 IFSUL
Trabalho nº 32
O mexilhão dourado Limnoperna fortunei é uma espécie invasora originária da Ásia que vem causando
sérios danos à biodiversidade dos locais onde se instala, sendo que o controle da sua propagação e
presença em diferentes corpos d’água é de interesse da comunidade científica. Apesar desta prerrogativa
negativa este molusco possui características de organismo bioindicador: alta distribuição, recolha fácil,
tolerância ao stress e capacidade de acumular diversos poluentes. Tendo em vista estudos sobre a
capacidade bioindicadores deste organismo foram realizadas diversas coletas e observações da presença
de Limnoperna fortunei no Canal São Gonçalo, Lagoa Fragata, Arroio Pelotas, entre março de 2013 e junho
de 2015. Neste período verificou-se a ausência de salinização nas áreas de estudo até o mês de maio de
2015, onde a Lagoa dos Patos e parte do Canal São Gonçalo apresentou salinidade entre 25-27 durante
cerca de 20 dias até a última observação. Para fins de observação, separamos os mexilhões em grupos
jovens (até 1,5cm) e adultos (maiores que 1,5cm), de acordo com a literatura. No Canal São Gonçalo, no
Canal da CORSAN, observamos em coletas sazonais entre julho de 2013 e maio de 2015 colônias bem
estabelecidas, com indivíduos jovens e adultos. Em julho de 2014 colônias bem estabelecidas com adultos
e jovens na Lagoa do Fragata e na extensão do Canal São Gonçalo entre o Canal da CORSAN e a Barra do
Laranjal, no entanto em locais com grande aporte de matéria orgânica (próximo ao Canal Santa Bárbara,
Docas do Porto e Canal do Pepino), não foram encontrados mexilhões. No Arroio Pelotas observamos
colônias com predomínio de mexilhões jovens até maio de 2015. Na localidade Colônia Z3, na Lagoa dos
Patos, observamos mexilhões com colônias bem estabelecidas desde outubro de 2013, sendo que em
maio de 2015 estas apresentaram grande mortalidade devido à salinidade. Conclui-se que Limnoperna
está presente em todos os ambientes estudados, sendo um real problema para o ambiente.
Palavras-Chave: limnoperna fortunei, salinidade, mexilhão dourado, bioindicador
Revisores do Trabalho
Dr. JANDER LUIS FERNANDES MONKS, IFSUL
Msc. SUELEN SUELEN RODRIGUES ALMEIDA, UFPEL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
39
AJUSTE MENSAL DA INCLINAÇÃO DE UM COLETOR SOLAR
WOHLENBERG, J. C.1, BARTMER, L.2, LAUERMANN, B.3, SOUZA, T.R.4, RODRIGUES, L.M.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 33
O coletor solar é um dispositivo que promove o aquecimento de um fluido de trabalho, como água, ar ou
fluido térmico, através da conversão da radiação eletromagnética proveniente do Sol em energia térmica.
A escolha de um tipo de coletor solar depende basicamente da temperatura de operação requerida em
determinada aplicação prática. Por exemplo, para temperaturas elevadas ou produção de vapor é
necessário o emprego de coletores concentradores e para aquecimento de fluidos até temperaturas da
ordem de 150oC, recomenda-se o uso de coletores planos. A maioria dos artigos publicados no Brasil
fixam o coletor no valor de inclinação próximo a latitude de São Paulo (23°33’ S). O presente trabalho de
pesquisa teve o objetivo de verificar se o ajuste de inclinação de um coletor solar tipo placa plana
influencia os valores de taxa de evaporação. A metodologia empregada foi o planejamento fatorial,
apresentando como as variáveis de entrada a inclinação do coletor (valor mínimo de 20º e valor máximo
de 60º) e a vazão de alimentação (nível mínimo de 1,5.10-3 kg/s e nível máximo de 4,5.10-3 kg/s) e a
variável de saída a taxa de evaporação. Verificou-se que o ajuste da inclinação da placa proporciona
elevação de até 36,4% na porcentagem de evaporação, justificando a necessidade do ajuste mensal.
Palavras-Chave: Coletor Solar, Energia Térmica, Eficiência, Inclinação
Revisores do Trabalho
Msc. JANAÍNA WOHLENBERG, UNIPAMPA
Dr. LUIS ROBERTO BRUDNA HOLZLE, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
40
PROPOSTA DE USO INOVADOR DO SUBPRODUTO DE FGD
VISANDO A MINIMIZAÇÃO DO DESCARTE INADEQUADO
PRADO, J. M.1, SILVA, S. N.2, RODRIGUES, L. M.3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 34
Um dos principais problemas das usinas termoelétricas (UTE’s) são as emissões gasosas causadas pela
queima de combustíveis fósseis. Essas emissões contribuem para o aquecimento global e causam chuvas
ácidas devido, principalmente, ao dióxido de enxofre (SO2), advindo de combustíveis com alto teor de
enxofre, como é o caso do carvão mineral. A técnica utilizada para a dessulfuração dos gases é a FGD (Flue
Gas Desulfurization), tecnologia de remoção do SO2 a partir da reação do gás de combustão com um
absorvente alcalino, em geral Ca(OH)2. O subproduto da FGD é formado por uma mistura rica em sulfato
e sulfito de cálcio (CaSO4 e CaSO3) entre outros. São formados cerca de 250 kg de subproduto por MWh
de energia gerada. Em outras palavras, não há como evitar a produção desse resíduo. Atualmente
somente 30% do resíduo gerado é reaproveitado, enquanto o restante é descartado. Nesse sentido, é
importante desenvolver novas aplicações para esses resíduos sólidos. Novas alternativas não são apenas
opções inovadoras, mas sim opções que vão ao encontro de uma filosofia de preservação ambiental.
Neste trabalho, caracterizou-se um subproduto de FGD de uma UTE da região da Campanha. O
subproduto foi purificado e moído. A seguir, realizou-se a classificação por tamanho e medida da
superfície específica (BET) e as análises químicas de Difração de Raios-X (DRX), Termogravimetria (TGA) e
Infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). O subproduto purificado é rico em CaSO4.0,5H2O
cristalino, com superfície específica de 540 cm2/g e diâmetro máximo de 0,4 mm. Diante dessas
propriedades, sugere-se a utilização como carga em revestimentos anticorrosão, para melhorar a
propriedade barreira conferida pelo revestimento. Dessa forma, além de minimizar o descarte
inadequado do resíduo, tem-se uma alternativa aos cromatos, cargas tóxicas amplamente utilizadas em
revestimentos anticorrosão.
Palavras-Chave: Impacto ambiental, geração termoelétrica, FGD, reaproveitamento de resíduos
Revisores do Trabalho
Dr. PROF. LUCIANO VIECELI TAVEIRA, UNIPAMPA
Dr. PROFA. TÂNIA REGINA DE SOUZA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
41
DETERMINAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS
AROMÁTICOS EM INFUSÕES DE ACHYROCLINE SATUREIOIDES
ARDUIM, J.1, SILVA, R. C.2, SANCHES FILHO, P. J.3, BETEMPS, G. R.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 35
Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são um grupo de compostos formados durante a
combustão incompleta de material orgânico, como a queima de óleo ou madeira. Tais compostos têm
recebido muita atenção nos últimos anos devido ao fato de que muitos compostos desse grupo são
potentes carcinógenos. Estes compostos, muitas vezes relacionados às emissões automotivas, costumam
estar presente às margens das rodovias. Na região sul do Brasil costuma-se coletar ervas de chá nessas
áreas. Entre essas ervas destaca-se a Achyrocline Satureioides (marcela). Este trabalho teve como objetivo
analisar os níveis de HPAs em infusões obtidas em amostras de marcelas coletadas às margens da BR 293.
As amostras foram coletadas em março de 2015, conduzidas ao laboratório onde a infusão foi preparada
com aproximadamente 2 g de marcela, 100 mL de água destilada a temperatura de 80°C por 10 minutos.
Após este período o extrato foi filtrado a vácuo. Os HPAs presentes na infusão foram extraídos em fase
sólida (C18) sendo eluídos com 5 mL de acetona e 5mL de DCM. Este extrato foi posteriormente
fracionado em coluna de sílica gerando a fração 1 (eluída com 5 mL de hexano) e a fração 2 (eluída com
25 mL de DCM/hexano 1:4). As frações foram injetadas em cromatógrafo gasoso acoplado à
espectrômetrio de massas. Os resultados obtidos para benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno,
benzo(g.h.i)perileno e indeno(1,2,3-c,d)pireno foram de 0,756±0,026 µg/L, 0,758±0,07 µg/L, 0,750±0,14
µg/L, 0,602±0,11 µg/L, respectivamente. Estes valores se encontram acima do permitido pela União
Europeia que apresenta o limite de 0,1 µg/L destes contaminantes. O somatório total de HPAs foi de
11,34±1,09 µg/L. Conclui-se que os níveis de HPAs presentes na infusão de marcelas estão acima do
permitido pela União Europeia e com isso torna-se prejudicial à saúde humana.
Palavras-Chave: hidrocarbonetos, infusões de marcela, cromatografia gasosa, contaminantes
Revisores do Trabalho
Dr. DANIEL ARSAND, IFSUL
Msc. RÉGIS DA SILVA PEREIRA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
42
REMOÇÃO DE FÓSFORO EM EFLUENTE DA PARBOILIZAÇÃO DE
ARROZ VIA CULTIVO DE SACCHAROMYCES BOULARDII
CENTENO, L. H.1, MEIRELES, T.P.2, GABOARDI, G.C.3, CONCEICAO, F.R.4, DE LOS SANTOS, D.G.5
1,2,5 IFSUL, 3,4 UFPEL
Trabalho nº 36
No Brasil o processo de parboilização de arroz foi implantado em 1950 e, atualmente, o país destaca-se
mundialmente por deter a tecnologia mais avançada. Este processo hidrotérmico pode gerar até 4 litros
de efluente por kilo de arroz, sendo rico em compostos orgânicos e inorgânicos, com destaque na
presença do elemento fósforo. As tecnologias tradicionais de tratamentos apresentam dificuldades para
remoção desse nutriente e o cultivo de leveduras em biorreatores tem sido uma alternativa, que
indústrias alimentícias japonesas têm utilizado. Estudos mostram que a levedura Pichia pastoris X-33,
quando cultivada neste efluente acrescido de glicerol residual de biodiesel, gera considerável remoção de
fósforo. A levedura Saccharomyces boulardii possui comprovado efeito probiótico e prebiótico e sabe-se
ser satisfatório o cultivo desta em agitador orbital, no mesmo efluente, quando adicionada fonte extra de
carbono. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento celular e a remoção de fósforo
em efluente de arroz parboilizado, acrescido de 1% de sacarose, por meio do cultivo de S. boulardii, em
bioreator. Quatro ensaios em iguais condições foram realizados, sendo o inóculo produzido em agitador
orbital no meio YM (Yeast Medium), a 150 rpm e 28 °C, por 72h, e os cultivos a 250 rpm e 28ºC, por 48h.
Amostras foram coletadas em horários entre 0 h e 48 h para determinar a viabilidade celular por unidades
formadores de colônias (UFC.mL-1). Os sobrenadantes obtidos por centrifugação foram usados para
quantificar, em triplicata, o elemento fósforo. A análise de viabilidade celular apontou crescimento médio
de 1,8.108 UFC.mL-1. A taxa média de remoção de fósforo foi de 75%, atingindo os índices
regulamentados pela FEPAM. Concluiu-se que o cultivo da levedura nas condições pesquisadas
proporciona, em 48h, um aumento da viabilidade celular em 2log e remove altos índices de fósforo.
Palavras-Chave: efluente de arroz parboilizado, fósforo, S. boulardii, bioreator
Revisores do Trabalho
Dr. JANDER LUIS FERNANDES MONKS, IFSUL
Msc. GABRIELA LEMOS MENDES, FURG
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
43
SIMULAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO DO GÁS DE SINTESE E
POSTERIORMENTE A QUEIMA NUMA MICRO TURBINA GERADORA
FURMAN, L. P.1, PARIZZI, J. B.2, MUNIZ, A.R.C3, METH, S.4
1,2,3,4 UNIPAMPA
Trabalho nº 37
O carvão mineral tem por característica ser combustível, preto, fóssil, sólido, rico em carbono, formado
durante milhões de anos abaixo das camadas geológicas através dos restos vegetais solidificados. Uma
das maiores reservas de carvão se encontra em Candiota-RS. Na gaseificação do carvão, são gerados gases
combustíveis ricos em H2 a partir de reação do carvão com os agentes gaseificantes. Uma das aplicações
dos gases (gás de síntese) é a geração de energia elétrica; plásticos e gás natural substituto. Este trabalho
tem como objetivo simular o processo de enriquecimento do gás de síntese, visando obter potência e os
gases produzidos pela micro turbina geradora através do simulador comercial Aspen Plus disponível na
internet. Como resultado da simulação, a saída do primeiro reator do processo em temperatura 701K
produziu 2,36 Kmol/s de H2O; 0,01 Kmol/s de N2; 1,69 Kmol/s de H2; 0,1 Kmol/s de CO; 1,26 Kmol/s de
CO2; 0,01 Kmol/s de H2S; 1E-3 Kmol/s de CH4; 5,5E-5 Kmol/s de H3N. A segunda saída do reator esteve a
525K e produziu: 2,28 Kmol/s de H2O; 0,01 Kmol/s de N2; 1,77 Kmol/s de H2; 0,01 Kmol/s de CO; 1,35
Kmol/s de CO2; 0,01 Kmol/s de H2S; 1E-3 Kmol/s de CH4; 5,5E-5 Kmol/s de H3N. Aplicando os valores na
turbina geradora, para a primeira saída do reator obteve uma exaustão de gases seguinte: 4,06 kmol/s de
H2O; 8,45 Kmol/s de N2; 0 Kmol/s de H2; 0 Kmol/s de CO; 1,36 Kmol/s de CO2; 0,01 Kmol/s de H2S; 0
Kmol/s de CH4; 5,5E-5 Kmol/s de H3N. A potência produzida pelo sistema foi de 22072,44 Watt. A segunda
saída do exaustor produziu as mesmas quantidades de gases que a primeira. A potência produzida foi de
22072,44 Watt para primeira saída do reator e 22073,045 Watt para segunda saída do reator. Com base
nos dados obtidos, pode se afirmar que queima do gás do primeiro reator em comparação ao gás do
segundo resulta em emissões iguais. Energeticamente houve diferença de 0,002% a mais no segundo
reator na potência gerada.
Palavras-Chave: Simulação, Gás de Sintese, Micro Turbina Geradora, Potência
Revisores do Trabalho
Dr. TÂNIA REGINA DE SOUZA, UNIPAMPA
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
44
INTERPRETAÇÃO DA FASE EXPONENCIAL DE CRESCIMENTO ATRAVÉS
DA EQUAÇÃO DE MONOD EM FERMENTAÇÃO DA LEVEDURA S.
BOULARDII EM EFLUENTE DE ARROZ PARBOILIZADO
PERES, Letiane Rocha1, SANTOS, Diego Gil de los2, FERREIRA, Graziela Lemos3, CENTENO, Larissa Herter4,
GABORDI, Giana5
1,2,3,4 IFSUL, 5UFPEL
Trabalho nº 38
O Brasil é o nono produtor mundial de arroz, sendo 20% deste paraboilizado. O processo de parboilização
gera grandes volumes de efluente, totalizando cerca de 504 milhões de litros por ano no Brasil. O efluente
da parboilização contém alto teor de matéria orgânica e pode ser biorremediado pelo cultivo de
microrganismos, reduzindo o impacto ambiental e sendo uma nova alternativa de tratamento para essas
indústrias. Uma alternativa que vem sendo estudada nesse tipo de efluente é o cultivo da levedura S.
boulardii, que em estudos anteriores foi comprovada a eficiência na redução de DQO, fósforo e
nitrogênio, além de alcançar um bom crescimento celular. O objetivo desse trabalho foi analisar a equação
proposta por MONOD empregada para explicar a geração de biomassa comparando com os dados reais
de uma fermentação. O crescimento celular foi determinado através de uma fermentação com duração
de 48h em biorreator, no qual foram coletadas amostras em horários específicos. A primeira definição foi
a taxa de crescimento celular máxima (µ máximo), sendo este determinado a partir de um gráfico criado
na planilha Excel. O coeficiente angular da curva gerada igual a 0,1584 foi usado como µmáx, pois dentre
os valores calculados foi o mais representativo. Para indicar o valor desejado de biomassa (x), foi feita
uma adaptação a equação, foi considerado que a constante de saturação (Ks) é muito próxima do valor
de µmáx, o que gerou a melhor representação do cultivo da levedura S. boulardii, sendo x= x0. eµmaxt a
equação modificada, no qual t é o tempo de coleta da amostra e x0 é a biomassa inicial em g/L. A utilização
adaptada da equação de MONOD permitiu a conclusão de que ela é representativa até quinze horas de
cultivo.
Palavras-Chave: cultivo, equação, biomassa, levedura
Revisores do Trabalho
Msc. GABRIELA LEMOS MENDES, FURG
Dr. ARIADNE HENRIQUES, UFPEL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
45
OBTENÇÃO DE VALORES DE TAXA DE EVAPORAÇÃO EM UM
EVAPORADOR SOLAR
BARTMER, L1, LAUERMANN, B2, WOHLEMBERG, J. C.3, RODRIGUES, L. M.4, SOUZA, T. R5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 39
O uso da energia solar se mostra eficaz em indústrias que apresentam alto consumo de energia em
diversas etapas do processo produtivo, tais como: evaporação, secagem, cozimento, limpeza, extração e
dessanilização, como substituinte do combustível. O uso da evaporação solar para concentrar soluções
diluídas mostra-se eficaz com solutos prejudiciais a saúde ou ao meio ambiente e vem solucionar um
problema encontrado por muitas empresas que por questões ambientais não podem mais liberar tais
soluções para o ambiente. Observando essa tendência, o objetivo geral deste trabalho foi desenvolver
um evaporador de filme descendente com promotor de película, em escala de laboratório, empregando
energia solar para evaporação, contribuindo para a obtenção de um procedimento ecologicamente
correto de concentrar soluções. A metodologia empregada foi o planejamento fatorial 22 com 6 pontos
centrais, para cada hora do dia em que as variáveis de entrada foram a inclinação da placa e a vazão de
alimentação e a taxa de evaporação como variável de saída. Dentre todos os experimentos realizados, os
que apresentaram maiores valores de taxa de evaporação, ao longo de todo o dia, foi mantendo-se a
inclinação da placa plana de 20º e vazão de alimentação de 1,5. 10-3 kg/s. A taxa de evaporação mais
elevada foi verificada por volta do meio dia, sendo os valores médios de 23 ± 2%. Os valores elevados de
taxa de evaporação mostram um futuro promissor para esse tipo de equipamento.
Palavras-Chave: evaporação, energia, solar, efluente
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. SERGIO METH, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
46
ESTUDO COMPARATIVO DAS TAXAS DE EVAPORAÇÃO D´ÁGUA
POR ENERGIA SOLAR EM DIFERENTES LOCALIDADES
BARTMER, L1, LAUERMANN, B2, LIMA, F. R. M.3, RODRIGUES, L. M.4, SOUZA, T. R5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 40
A energia solar é uma fonte limpa, renovável e inesgotável, mas é pouco utilizada até o momento. O Brasil
apresenta elevados valores de radiação solar incidente, podendo utiliza-la como alternativa viável na
substituição de combustíveis fósseis em diversas etapas dos processos industriais. Visando essa
tendência, esse projeto desenvolveu um evaporador tipo placa plana com inclinação ajustável com o
objetivo de evaporar soluções diluídas. Para tanto a metodologia empregada, foi a variação através de
um planejamento fatorial da inclinação da placa e da vazão de liquido que escoa sobre a placa tendo como
resposta a porcentagem de evaporação da solução. Os resultados obtidos na cidade de Bagé foram
comparados com os resultados da cidade de São Paulo. Em ambas localidades o equipamento obteve uma
taxa de evaporação mais elevada por volta das 12:00 horas, sendo valores médios de 23±2% para Bagé e
valores de 15±3% para São Paulo.
Palavras-Chave: Energia, Solar, Evaporador, Taxas
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. LUIS ROBERTO BRUDNA HÖLZLE, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
47
CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR E RENDIMENTOS DO BIO-ÓLEO
OBTIDO DA PIRÓLISE DA CASCA DO ARROZ VARIETAL
SILVEIRA, L. A.1, MONTENEGRO, G. O.2, SANCHES FILHO, P. J.3, BETEMPS, G. R.4, ALMEIDA, S. R.5
1,2,3,4IFSUL, 5UFPEL
Trabalho nº 41
Pode ser considerado biomassa todo recurso renovável que provêm de matéria orgânica - de origem
vegetal ou animal - tendo por objetivo principal a produção de energia. A casca de arroz é uma fonte
considerável de biomassa. A casca do arroz é um dos resíduos agroindustriais que são gerados em maior
quantidade no sul do Brasil, tendo em vista que a produção do arroz se destaca na região. O principal
objetivo deste trabalho é a caracterização qualitativa dos principais constituintes do bio-óleo obtido
através da pirólise rápida da casca de arroz da espécie Varietal. O processo de obtenção do bio-óleo foi
realizado em um reator de quartzo e utilizando um forno, na temperatura de 700 °C por 10 minutos.
Foram avaliados o rendimento dos produtos líquidos e sólidos. As fases orgânica e aquosa do bio-óleo
bruto foram separadas por extração líquido-líquido. A fração orgânica, foi diluída a 5 mL em
diclorometano e analisada por cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massas. O máximo
rendimento da pirólise em líquido (bio-óleo + água) foi de aproximadamente 29,02% ±13,29% e 37,81%
±0,89% de carvão. O bio-óleo bruto apresentou 89,87%±0,63% em fração aquosa. A análise por
cromatografia identificou a maioria dos compostos como sendo da função fenol, sendo os mais
abundantes: 2-methoxi-4-methil-fenol-; 4-ethil-fenol; 2,3-dihidro Benzofurano, 1-(2-hidroxi-5-
methilfenil) Etanona, entre outros, o que pode caracterizar o bio-óleo como matéria-prima para produção
de desinfetantes (fenóis e cresóis), preparação de resinas e polímeros, como a baquelite. Os resultados
encontrados mostram os principais constituintes do bio-óleo obtido através da casca de arroz, sendo que
esses contituintes habilitam o óleo a ser utilizado como matéria prima para produção de produtos com
valor comercial.
Palavras-Chave: Arroz, Bio-óleo, Pirólise, Biomassa
Revisores do Trabalho
Msc. ELOISA ELENA HASSE DE SOUSA, IFSUL
Dr. KÁTIA REGINA LEMOS CASTAGNO, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
48
CARACTERIZAÇÃO DA CINZA DA CASCA DE ARROZ OBTIDA POR
PROCESSO DE PIRÓLISE
FALCK, L. R.1, ALMEIDA, S. R.2, SANCHES FILHO, P. J.3, CASTAGNO, K. R. L4
1,3,4 IFSUL, 2UFPEL
Trabalho nº 42
O desenvolvimento de novas fontes energéticas é um assunto a ser investigado, devido a problemas
ambientais e ao esgotamento de recursos fósseis. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB), na safra de 2014/2015, foram produzidas mais de 12 milhões de toneladas de arroz,
destacando-se a região Sul nesse cenário como maior produtor brasileiro, sendo responsável por mais de
75% do volume produzido. Devido à elevada produção, tem-se um grande volume de resíduo gerado,
sobretudo casca de arroz. O processo de pirólise é uma possibilidade para o destino de resíduos, pois se
baseia na conversão termoquímica, reduzindo o impacto ambiental, possibilitando diversas
aplicabilidades para seus subprodutos. Neste trabalho estudou-se a pirólise rápida da casca de arroz,
usando um forno tubular e um reator de leito fixo com os seguintes parâmetros: 7 g de casca de arroz
moída, pirolisada a 700ºC com uma taxa de aquecimento de 100ºC/m e um fluxo de nitrogênio de 5 L/min.
Para a caracterização do resíduo utilizaram-se técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV),
onde foi realizada em equipamento modelo JSM 5800 10 KV, com 250 e 1000 vezes de magnitude, para
observar através da sua imagem a morfologia da amostra e Espectroscopia de Infravermelho (FTIR). Os
espectros no IR foram obtidos em pastilhas de KBr. O intervalo de varredura variou de 4000 a 400 cm-1,
com resolução de 4 cm-1. Para a análise utilizou-se o equipamento VARIAN 640-IR, ambas realizadas na
UFRGS. As análises de umidade, voláteis, cinza e teor de carbono fixo foram realizadas segundo a Norma
ABNT 8112/86. Com os resultados obtidos, foi possível observar que o resíduo sólido da pirólise apresenta
alto teor de cinzas e sílica, indicando a sua possível utilização como adsorvente em processos industriais
ou purificação de água.
Palavras-Chave: Arroz, Pirólise, Cinza, Sílica
Revisores do Trabalho
Dr. JANDER LUIS FERNANDES MONKS, IFSUL
Dr. CLÁUDIO RAFAEL KUHN, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
49
DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTO DE CANAL
DE DRENAGEM PLUVIAL NA ZONA URBANA
Grimmler, M.U.1, Betemps, G.R.2, SANCHES FILHO, P. J.3
1,2,3 IFSUL
Trabalho nº 43
O crescimento não planejado das cidades tem acarretado, cada vez mais, impactos por ações antrópicas
em ecossistemas, tanto aquáticos como terrestres. Durante o processo de urbanização são projetadas e
construídas estruturas para captar águas residuais, esgotos e runoff resultante de precipitações
pluviométricas, drenando e conduzindo estas águas a destinos finais como rios e mares. As águas que
constituem o runoff escoam pelas superfícies impermeabilizadas urbanas, carregando sólidos suspensos,
coloidais e substâncias dissolvidas, constituindo uma mistura heterogênea que inclui compostos
orgânicos e inorgânicos como nutrientes, óleos, graxas e metais pesados. Assim, com o objetivo de
determinar a presença e a concentração dos metais Cr, Cu, Ni, Pb e Zn nestas águas em sistemas de
captação, este estudo foi realizado em um canal de drenagem pluvial da zona urbana da cidade de Pelotas-
RS, no prolongamento da Av. São Francisco de Paula. A coleta de sedimentos superficiais foi realizada em
cinco pontos ao longo do canal; a fração menor que 63 µm sofreu de extração pseudo total nítrico-
perclórica e os extratos foram analisados por espectrofotometria de absorção em chama. As
concentrações encontradas dos metais e seus coeficientes de variação foram de 2,9 mg kg-¹±15,4% a
7,9mg kg-¹±16,4% de Cromo; de 4,7 mg kg-¹ ±11,0% a 20,5mg kg-¹±6,2% de Cobre. O Níquel foi detectado
apenas em um ponto do canal, com concentração de 2,2 mg kg-¹±2,0%; Chumbo entre 5,4 mg kg-¹±2,9%
e 22,6 mg kg-¹±3,5% e Zinco entre 49,0 mg kg-¹±4,1% e 100,2 mg kg-¹±6,8%. Cabe ressaltar que estes
analitos são bioacumulativos e mesmo em baixas concentrações podem, ao longo do tempo, vir a causar
danos a saúde ambiental. Ficou evidenciado o transporte destes contaminantes gerados na zona urbana
para zonas de extrema importância econômica, turística e ambiental. Desta forma, pode-se concluir que
os metais analisados não ultrapassaram os limites estipulados pelo CONAMA 344/2004.
Palavras-Chave: sedimento, Elementos traços, Runoff, ações antrópicas
Revisores do Trabalho
Dr. DANIEL ARSAND, IFSUL
Msc. KAREN GULARTE PERES MENDES, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
50
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO EM UMA
COOPERATIVA DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
SERRAT, Nathana1, AYRES, G. Isabel2, OTTO, Iliane3
1,2,3 IFSUL
Trabalho nº 44
As cooperativas de triagem de resíduos sólidos urbanos (CTRSU) exercem expressivas funções sociais,
econômicas e ambientais, tendo em vista que constituem fontes geradoras de trabalho e de renda, além
de minimizarem o volume de resíduos dispostos a céu aberto ou em aterros sanitários. Contudo, estudos
científicos apontam para uma precariedade com relação ao apoio oferecido pelo poder público e pela
sociedade civil a estes grupos, sobretudo no que se refere à informações sobre gestão e legislação
ambiental. Diante do exposto, destaca-se a relevância de ações que visem orientar as CTRSU sobre as
exigências técnicas e legais na área ambiental, seja da esfera nacional, estadual ou municipal. Neste
trabalho foram mapeados todos os processos de uma CTRSU, localizada na metade sul do Rio Grande do
Sul, e foi analisada a conformidade das atividades realizadas por esta cooperativa frente as exigências
técnicas e legais vigente. Durante esta análise, foram diagnosticadas dez oportunidades de melhoria,
relacionadas a aspectos e/ou a impactos ambientais encontrados na CTRSU, sendo que para cada uma
destas oportunidades foram elencados os requisitos técnicos ou legais, além de sugeridas ações corretivas
e preventivas. Diante dos resultados obtidos, destaca-se a importância da continuidade deste trabalho,
através do planejamento e da execução de ações corretivas ou preventivas na CTRSU estudada, evitando,
assim, danos ao ambiente e/ou sanções legais que impeçam ou limitem a operação desta cooperativa.
Palavras-Chave: Diagnóstico Ambiental, Meio Ambiente, Resíduos Sólidos, Cooperativas
Revisores do Trabalho
Dr. ENDRIGO PINO PEREIRA LIMA, IFSUL
Dr. JOCELITO SACCOL DE SÁ, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
51
LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE AQUÁTICA DE AMBIENTES
ASSOCIADOS À IRRIGAÇÃO DO ARROZ EM TERRAS BAIXAS DA
PLANÍCIE COSTEIRA DO RS
GAYER, R. P.1, SOSINSKI, W. T. L.2
1IFSUL, 2EMBRAPA
Trabalho nº 45
Os canais de irrigação são ecossistemas aquáticos artificiais inseridos no ambiente para atender à
demanda de água das lavouras. Essas estruturas associadas às lavouras permanecem na paisagem
servindo de local para manutenção da biodiversidade. Dentre a fauna que pode estar presente nesses
locais estão os macroinvertebrados bentônicos que desempenham importantes funções no ambiente
aquático como dinâmica de nutrientes, transformação da matéria, fluxo de energia e controle biológico,
além de ser importante fonte de alimento para outros organismos como peixes e aves. O município de
Santa Vitória do Palmar, localizado na planície costeira do estado do Rio Grande do Sul, está entre os
maiores produtores de arroz irrigado do Brasil. Essa região está associada a um complexo sistema de
banhados e lagoas, além de canais de irrigação devido à intensa utilização no município para o cultivo de
arroz. O objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento da comunidade de macroinvertebrados
bentônicos presentes nas áreas associadas à irrigação. A pesquisa foi realizada em dois canais de irrigação
e dois canais de drenagem localizados em Santa Vitória. Nesses canais foi demarcada uma área de 150m2
em cada, sendo feita uma varredura com rede de malha 5mm. Os organismos coletados foram
acondicionados em sacos plásticos e fixados a campo com formol 10% e enviados para o laboratório, onde
foram lavados em peneiras de 212 μm, triados, quantificados e identificados com auxílio de
estereomicroscópio e chaves de identificação apropriadas. Foi analisada a riqueza e abundância dos
organismos. Um total de 26.980 organismos foi encontrado, distribuídos em 44 famílias, 2 subclasses, 2
classes e 2 ordens. A classe dos gastrópodes apresentou à maior abundancia. Os predadores, raspadores
e coletores foram os grupos tróficos funcionais predominantes. Os canais apresentaram uma grande
variedade de macroinvertebrados, dentre eles indicadores de boa qualidade de água como a ordem das
odonatas.
Palavras-Chave: macroinvertebrados bentônicos, riqueza, lavouras de arroz, colonização
Revisores do Trabalho
Dr. ENIO SOSINSKI, EMBRAPA
Dr. ENDRIGO PEREIRA LIMA, IFSUL - Campus Pelotas
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
52
RECUPERAÇÃO DE MATÉRIA CARBONOSA PARA USO ENERGÉTICO
POR MEIO DE FLOTAÇÃO
ZANCAN, P. M.1, GONZÁLEZ D. G. B.2, JOHANN, D. F.3, HAUSCHILD, C. K.4
1,2,3,4 UFRGS
Trabalho nº 46
O Brasil tem grandes reservas de carvão (32 bilhões de toneladas), localizadas predominantemente no sul
do país. Apesar da relativa facilidade de extração, estes recursos têm sido subestimados como fonte de
energia. Entretanto, o planejamento estratégico do país tem buscado minimizar a diferença na utilização
entre carvão e recursos tradicionalmente usados na matriz energética brasileira. Nesse cenário, o
processo de flotação, tendo sido um bem sucedido em sistemas minerais contendo partículas finas,
aparece como uma alternativa promissora para o processamento de carvão brasileiro. O objetivo deste
estudo é analisar o processo de flotação para um tipo especifico de matéria carbonosa (obtida a partir de
rejeitos do carvão mineral brasileiro), recuperar a matéria carbonosa e reduzir o nível de poluentes e
cinzas. O material utilizado neste estudo é composto de rejeitos finos que normalmente são descartados
depositados em barragem de rejeitos de carvão e as variáveis analisadas foram a influência do tamanho
da partícula, concentração de sólidos na polpa, a concentração de coletores e espumantes empregados.
Os resultados mostraram que é possível, a partir de uma alimentação com cerca de 65% de cinzas, obter
produtos com aproximadamente 35% de cinzas com recuperações de massas de cerca de 40%. Os tipos
de reagentes coletores e espumantes empregados resultaram em diferentes concentrados.
Palavras-Chave: carvão, beneficiamento, flotação, cinzas
Revisores do Trabalho
Dr. IRINEU ANTÔNIO SCHADACH DE BRUM, UFRGS
Dr. CARLOS HOFFMANN SAMPAIO, UFRGS
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53
AVALIAÇÃO FISICO QUIMICA DE BIOFILMES A BASE DE GELATINA
RIBEIRO, P.B.1, ALVES, R. C.2, RICARDO, L. P.3, MORAIS, M. M.4, ROSA, G. S. da5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 47
Devido ao grande impacto ambiental causado por embalagens plásticas, revestimentos com filmes
biodegradáveis têm sido o foco de muitas pesquisas. Esse tipo de filme se caracteriza por uma fina película
que age como uma barreira a elementos externos, conferindo assim maior proteção ao produto revestido
e aumentando seu tempo de armazenamento. Este trabalho teve por objetivo elaborar e analisar as
propriedades de biofilmes de gelatina. Utilizaram-se morangos da variedade Fragraria x ananassia Duch
como produto a ser coberto pelos filmes biodegradáveis. O recobrimento das amostras foi realizado em
ensaios de imersão, visando analisar a influência deste na perda de massa dos morangos, durante o
período de 10 dias. Posteriormente, foram formulados filmes à base de gelatina e glicerol utilizando a
metodologia de casting. Os filmes obtidos foram analisados através de ensaios de permeabilidade ao
vapor d’água (PVA), tensão de ruptura, análise visual e Espectroscopia de Infravermelho com
Transformada de Fourier (FTIR) através da técnica de Refletância Total Atenuada (ATR). Avaliando todos
os parâmetros analisados concluiu-se que a formulação utilizada apresentou bons resultados para a
conservação dos morangos, por possuir baixa perda de massa, aspecto visual brilhante e transparente,
elevada tensão de ruptura (9,11 ± 1,23 MPa) e baixa permeabilidade ao vapor d’água (2,41 ± 0,37
g.mm.kPa-1.dia-1.m-2). Os resultados de FTIR mostraram que não ocorrem interações químicas entre o
biopolímero e o plastificante na formação dos biofilmes, sendo esta apenas física. Diante dos resultados
alcançados, a gelatina é um biopolímero com potencial para ser utilizado na formação de biofilmes
comestíveis, principalmente quando se deseja revestimentos flexíveis e que forneçam propriedades de
barreira a umidade.
Palavras-Chave: polímeros biodegradavéis, revestimento de produtos naturais, biopolímeros, gelatina
Revisores do Trabalho
Dr. ELIZANGELA OLIVEIRA, UFRGS
Dr. CATARINA MOURA, UNIPAMPA
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54
AVALIAÇÃO DA CORROSIVIDADE DO AÇO ASTM 106 EM
ATMOSFERAS ÁCIDAS
PALHARIM, P.H.1, RODRIGUES , L. M.2, SILVA, S. N.3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 48
Um dos principais problemas das usinas termoelétricas (UTE’s) é o impacto ambiental causado pela
queima de combustível, em especial os fósseis, o que resulta na emissão de gases residuais na atmosfera.
Esses gases, além de contribuir para o aquecimento global por meio do “efeito estufa”, causam a
formação de atmosferas ácidas ou “chuvas ácidas”, devido a hidrólise no meio atmosférico dos óxidos de
enxofre (SOx), principalmente, o dióxido de enxofre (SO2), advindos de combustíveis como o carvão
mineral. A chuva ácida é altamente corrosiva e pode aparecer a centenas de quilômetros das fontes
poluidoras. Em UTE’s, a corrosão externa de estruturas metálicas, como, por exemplo, de tubos de
trocadores de calor, é frequentemente observada. Nesse trabalho propõe-se estudar o efeito de
atmosferas ácidas sobre a corrosão do aço ASTM 106, comumente utilizado em tubos de trocadores de
calor. O enfoque inicial é a medida das taxas de corrosão e a análise por imagem da morfologia da
corrosão. As amostras metálicas foram lixadas até #1000 e posteriormente foram expostas a diferentes
atmosferas ácidas. Para simular tais atmosferas ácidas utilizou-se o ácido sulfúrico (H2SO4). Durante a
exposição, foi avaliada a variação da massa e a morfologia da corrosão por microscopia. Foi observado
que mesmo em baixas concentrações de H2SO4, em poucos dias, já houve formação de produtos de
corrosão na superfície metálica e, consequentemente ganho de massa. Pretende-se ainda estimar as taxas
de corrosão em tempos de exposição mais longos e assim, entender como se processa a corrosão. O
estudo é especialmente importante para projetar ações no sentido de minimizar os efeitos da corrosão e,
dessa forma, prolongar a vida útil dos componentes tubos de trocadores de calor.
Palavras-Chave: Poluição atmosférica, Chuva ácida, Geração termoelétrica, Corrosão
Revisores do Trabalho
Dr. LUCIANO VIECELI TAVEIRA, UNIPAMPA
Dr. TÂNIA REGINA DE SOUZA, UNIPAMPA
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55
A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE COMO UM INSTRUMENTO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O CASO DOS ESTUDANTES DO 8° ANO
DA ESCOLA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, DE PEDRO OSÓRIO
(RS)
MAGALHAES, R.S.C.1, PEREIRA, A.W.2, PEREIRA, C.C.W.3, VILLELA, J.C.B.4, NORONHA, A.P.5
1,4 IFSUL - CAVG, 2,5 UFPEL, 3ANHANGUERA
Trabalho nº 49
A manutenção da biodiversidade está relacionada à qualidade dos recursos naturais e aos impactos
causados pela ação antrópica. As margens dos rios são ambientes com importante papel ecológico e que,
no entanto, sofrem com diversos tipos de impactos ambientais provenientes de atividades de uso e
ocupação inadequadas do solo, como: agricultura, indústria, turismo, entre outros. Esta pesquisa teve
como objetivo avaliar a percepção dos estudantes, do 8° ano da Escola Sagrado Coração de Jesus do
município de Pedro Osório, sobre duas áreas ocupadas por campings às margens do rio Piratini. Foram
realizadas duas visitas orientadas: na primeira os estudantes foram convidados a representar, através de
desenhos, o ambiente observado e descrevê-lo de forma textual. Os dados foram coletados como
ferramentas da análise de conteúdo. Na segunda, foram orientados a analisar os elementos que não
faziam parte do ambiente natural. Após discussão sobre impactos ambientais e conservação da
biodiversidade, os estudantes fizeram um novo desenho com descrição. Os desenhos iniciais
demonstraram que eles não reconheciam elementos relacionados aos impactos ambientais da região, tais
como: lixo doméstico, restos de construção e assoreamento. Já os desenhos finais apontaram para uma
mudança da percepção ambiental, pois muitos relataram o quanto o ser humano modificou o ambiente,
comprometendo as relações ecológicas do local, especialmente a biodiversidade. Diante disto, fica
evidente a necessidade de desenvolver um senso crítico e perceptivo dos jovens em relação ao ambiente
em geral através de ações de Educação Ambiental, a fim de que possam vislumbrar a realidade de seu
entorno e desta forma, produzirem ações que minimizem os impactos que comprometem a qualidade
dos recursos ambientais.
Palavras-Chave: biodiversidade, conservação, meio ambiente, Rio Piratini
Revisores do Trabalho
Dr. MARILICE CHAPPER, IFSUL - CAVG
Msc. MARIA DE FÁTIMA MAGALHÃES JORGE, IFSUL - CAVG
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56
PRÉ-DIMENSIONAMENTO DO VOLUME DE CÉLULAS
MICROBIOLÓGICAS DE COMBUSTÍVEL PARA O TRATAMENTO DE
SEDIMENTO MARINHO
BASTOS, R. B.1, OGRODOWSKI, C. S.2, SANTANA, F. B.3
1,2,3 FURG
Trabalho nº 50
Devido à atividade humana em regiões industrializadas, o sedimento marinho removido durante a
dragagem do canal de acesso de portos possui uma grande porcentagem de nutrientes em sua
composição. Combinado com sua característica salina, a remoção desses compostos torna-se um desafio,
qualificando um processo eletroquímico microbiano como uma alternativa para o tratamento desse tipo
de resíduo. Na geração biológica de energia, os compostos orgânicos podem ser convertidos em
eletricidade baseados na atividade exoeletrogênica de alguns tipos de micro-organismos. Esse processo
metabólico produz elétrons que são transferidos a um aceptor de elétrons insolúvel. Para esse processo,
são utilizados reatores conhecidos como células de combustível microbianas (CCMs). Este trabalho tem
como objetivo estimar a quantidade de energia elétrica e o volume total dos reatores necessários para a
remoção da matéria orgânica presente no sedimento do canal de acesso do Porto do Rio Grande. Neste
sentido, foram consideradas vazões de sedimento dragado entre 4 e 7 milhões de m³ por ano em oito
diferentes pontos compreendidos entre as coordenadas geográficas 32º18’21’76’’S/ 52º0’52.15’’O e
32º02’28.85’’S/ 52º4’17.96’’O e seus respectivos teores de Carbono Orgânico Total (COT). Utilizando
como base uma média do percentual dos sólidos totais do sedimento de 46,85%, tornou-se possível
calcular a concentração de COT disponível e estimar a corrente elétrica que pode ser gerada.
Considerando resultados obtidos em escala de laboratório, onde tem-se uma corrente específica de 1,05
A/m2 e uma relação entre área e volume para grânulos de grafite de 2700 m2/m3, estima-se um volume
de reator na ordem de grandeza entre 150.000 e 600.000 m3. Estes resultados demonstram a necessidade
de incrementar a corrente especifica, ultrapassando valores de 100 A/m2, que resultaria na redução do
volume dos reatores necessário.
Palavras-Chave: Sedimento Marinho, Células microbiológicas de combustível, Corrente Elétrica,
Dragagem
Revisores do Trabalho
Msc. PAOLA SILVEIRA MORAES, FURG
Msc. DANIELA MESQUITA, FURG
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57
RESÍDUOS SÓLIDOS NA MARGEM DO ARROIO BASÍLIO, PRÓXIMO
À CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CORSAN PARA O MUNICÍPIO DE PEDRO
OSÓRIO-RS
VARA, R. C.1, CAMPOS, A. M.2, PEREIRA, J. A.3, MARTHA, A. L. M.4, NORONHA, A. P.5
1,2,3,4,5 IFSUL
Trabalho nº 51
Em cidades de pequeno porte e com pouca industrialização, as fontes antrópicas de contaminação
costumam ser reduzidas, como é o caso do município de Pedro Osório-RS:, banhado pelo arroio Basílio e
rio Piratini, com população de 8024 habitantes (BRASIL, 2015). Segundo TELLES (2002, p.12), o arroio
Basílio é o principal afluente do rio Piratini, arroio no qual é realizada a captação de água bruta que a
Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) utiliza para o abastecimento os municípios de Pedro
Osório-RS e Cerrito-RS com água potável. A disposição de resíduos sólidos na margem do arroio Basílio,
próximo à captação de água da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) está desconforme
com a Lei Federal 12.305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos, no artigo 3º. Segundo Berté (2013,
p.155) escreveu sobre os RSU e a degradação ambiental: “É do poder municipal a responsabilidade, desde
a coleta até a disposição final, do Resíduo Sólido Urbano (RSU)”. Utilizou-se de um método qualitativo
para diagnosticar a disposição de resíduos sólidos próximo ao ponto de captação de água bruta para
CORSAN no arroio Basílio. Foi realizada uma pesquisa de natureza exploratória com a população local para
saber até que ponto a população tem conhecimento das ocorrências; e com o poder público municipal
sobre a disposição indevida de resíduos sólidos e as medidas de mitigação. A população local desconhece
a Politica Nacional dos Resíduos Sólidos e a Prefeitura pretende implementar práticas de Educação
Ambiental para os alunos da rede escolar e comunidade local. Pode-se concluir que a Prefeitura Municipal
de Pedro Osório-RS utiliza a Educação Ambiental na escola e no centro comunitário para orientar a
população para disponibilizar corretamente os Resíduos Sólidos em local adequado e como mitigação
urgente ocorrerá remoção dos resíduos sólidos para local adequado.
Palavras-Chave: Resíduos sólidos, PNRS, Educação Ambiental, Mitigação
Revisores do Trabalho
Msc. ELISA BALD SIQUEIRA, IFSUL
Msc. SABRINA ROSA PAZ, IFSUL
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58
DETERMINAÇÃO DOS COMPOSTOS FENÓLICOS E ANTOCIANINAS
TOTAIS NA POLPA E BAGAÇO DE UVA CV. ‘MERLOT’ DA REGIÃO
DA CAMPANHA/RS
TEIXEIRA, R. F.1, BALBINOT FILHO, C. A.2, FABRIS, S. F.3, AZEVEDO, M. L.4, GAUTÉRIO, F. G. A.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 52
O Rio Grande do Sul é o maior estado produtor de uvas e derivados do país, com destaque atualmente
para a Região da Campanha. Por esta razão, este trabalho teve por objetivo comparar o teor de compostos
fenólicos e antocianinas totais em polpa e bagaço de uva tinta cv. ‘Merlot’ (Vitis vinifera L.), provenientes
da Região da Campanha do Rio Grande do Sul. Para isto, amostras de uva tinta cv. ‘Merlot’(Vitis vinifera
L.), não fermentadas foram despolpadas e inativadas termicamente (85ºC, 30min). As determinações de
fenóis e antocianinas totais, no bagaço e polpa, foram realizadas em triplicata, empregando medidas
espectrofotométricas; para antocianinas totais o método que utiliza solvente etanol acidificado com HCl
até pH 1,0; e para fenóis totais o método de Folin-Ciocalteau. Os resultados obtidos foram tratados
estatisticamente por Análise de Variância e Teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Ambos os
teores diferiram significativamente (p<0,05) para polpa e bagaço nas duas determinações. Obteve-se para
fenóis totais 15,1 (±0,60) e 76,2 (±2,46) mg de ácido gálico.g-1 de fruto fresco para polpa e bagaço,
respectivamente. A diferença pode ser explicada pelo fato destes compostos estarem em maior
proporção nas sementes de uva, porção esta, presente no bagaço estudado. Quanto ao teor de
antocianinas, foi detectado 13,3 (±0,80) e 25,9 (±0,80) mg cianidinda-3-glicosídeo.100g-1 de fruto fresco,
respectivamente, para polpa e bagaço. Estes teores também foram superiores no bagaço, fato que era
esperado, pois as antocianinas presentes em uvas estão concentradas principalmente na casca. A partir
do estudo pode-se dar destaque para bagaço por ter apresentado elevados teores de fenóis e
antocianinas totais quando comparado com a polpa de uva da mesma cultivar. Tais resultados geram
expectativas para um melhor aproveitamento deste co-produto na indústria de alimentos, reduzindo,
desta forma, impactos ambientais.
Palavras-Chave: Fitoquímicos, Meio-ambiente, Vitis-vinifera-L, Aproveitamento
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, UNIPAMPA
Dr. ANA PAULA MANERA, UNIPAMPA
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59
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO BAGAÇO DE AZEITONA
PROVENIENTE DA EXTRAÇÃO DE AZEITE DE OLIVA DA REGIÃO DA
CAMPANHA/RS
ANTUNES, B. F.1, PONS, C. S.2, TEIXEIRA, R. F.3, AZEVEDO, M. L.4, GAUTÉRIO, F. G. A.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 53
A Oliveira (Oleaeuropaea L.), árvore responsável pela produção das azeitonas, é considerada uma das
frutíferas mais antigas cultivadas pelo homem. Seus frutos servem como matéria-prima para extração de
azeite e produção na forma de conserva, molhos e pastas que são produtos muito apreciados
mundialmente. O resíduo proveniente da extração do azeite de oliva, o bagaço de azeitona, vem sendo
empregado atualmente como fertilizante, fonte de energia e na produção de ração animal. O bagaço de
azeitona é composto por pele, polpa e caroço e apresenta um alto teor de compostos bioativos, em
especial os polifenóis, que são considerados os maiores contribuintes para a atividade antioxidante dos
alimentos, que por sua vez captam os radicais livres, inibindo os mecanismos de oxidação que conduzem
a doenças degenerativas. A fim de proporcionar um melhor destino aos resíduos gerados pela extração
do azeite de oliva, bem como sua valorização como fonte natural de compostos fenólicos, este trabalho
teve como objetivo determinar a atividade antioxidante do bagaço de azeitona do cultivar Arbequina,
proveniente da Região da Campanha do Rio Grande do Sul, para posterior aplicação em formulações no
desenvolvimento de produtos alimentícios. A atividade antioxidante foi determinada através da
capacidade dos compostos presentes na amostra em sequestrar o radical estável DPPH (2,2-difenil-1-
picrilhidrazila). Os ensaios foram realizados em triplicata e os resultados obtidos mostraram que o bagaço
de azeitona da cultivar estudada apresentou uma elevada atividade antioxidante, cerca de 91,3(%) ± 0,1.
Assim, pela considerável atividade antioxidante, o bagaço de azeitona estudado apresenta potencial para
ser empregado no desenvolvimento de produtos alimentícios, de forma a ser fonte natural de compostos
bioativos e por representar uma alternativa para minimizar o descarte de resíduos ao meio ambiente.
Palavras-Chave: Resíduo-da-extração, Meio-ambiente, Porcentagem-de-inibição, Arbequina
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRESSA CAROLINA JACQUES, UNIPAMPA
Dr. ANA PAULA MANERA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
60
DETERMINAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS
AROMÁTICOS (HPAS) EM INFUSÕES DE ILEX PARAGUARIENSIS
SILVA, R.C1, ARDUIM, J.2, SANCHES FILHO, P. J.3, BETEMPS, G. R.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 54
Os HPAs são compostos formados durante a combustão incompleta de material orgânico em elevadas
temperaturas. Consideram-se quatro fontes como as principais responsáveis de HPAs em alimentos e
bebidas: fontes naturais; poluição ambiental; alguns tipos de processamento e materiais de embalagem.
O processo de produção da erva-mate (ilex paraguariensis) possui etapas com elevadas temperaturas, o
que pode contribuir significativamente para a formação e aumento da concentração de hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos na erva-mate. Do ponto de vista toxicológico, o principal problema da presença
dos HPAs em alimentos são as evidências de sua associação a diversos tipos de câncer em seres humanos,
principalmente os de pulmão, bexiga, colo, reto e esôfago.Este trabalho teve como objetivo analisar os
níveis de HPAs em infusões obtidas em amostras de erva-mate. A amostra foi analisada no laboratório
com aproximadamente 20 g de erva-mate, 125 mL de água destilada a temperatura de 80°C por 10
minutos. Após este período o extrato foi separado por filtração a vácuo. Os HPAs presentes na infusão
foram extraídos em fase sólida (SPE) com colunas de c18 sendo eluídos com 5 mL de acetona e 5 mL de
diclorometano (DCM). Este extrato foi posteriormente fracionado em coluna com sílica gel 70-230 mesh
gerando fração 1, eluída com 5 mL de hexano e, a fração 2, eluída com 25 mL de DCM/hexano 1:4. As
frações foram analisadas por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas. Os compostos
foram identificados por comparação com os tempos de retenção dos padrões, bem como seus espectros
de massa. Os resultados para naftaleno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno e pireno tiveram
um somatório de aproximadamente 5,88 ± 0,42 µg/L, e os níveis para benzo(a)pireno não foram
detectados. Os dados obtidos foram relevantes, porém requer estudos mais aprofundados, visto que
esses são resultados preliminares de apenas uma marca.
Palavras-Chave: hidrocarbonetos, chimarrão, cromatografia gasosa, contaminantes
Revisores do Trabalho
Dr. RODRIGO NOGUEIRA OLENDZKI, IFSUL
Dr. JULIA MARIA MACHADO DE AVILA, IFSUL
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61
REUSO DA ÁGUA CONDENSADA POR APARELHO DE AR
CONDICIONADO
MARTINS, R. A.1, RODRIGUES, L. M.2, SOUZA, T. R.3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 55
O crescente desenvolvimento populacional requer cada vez mais recursos naturais para abastecimento,
desta forma a preocupação com o aproveitamento sustentável da água é alvo de estudos. Atualmente
investiga-se a possibilidade de reuso da água de condensação proveniente de aparelhos de ar
condicionado. O ar atmosférico se resfria em contato com a parede do evaporador do ar condicionado, a
parte fria onde o gás refrigerante se evapora. Nesse resfriamento ocorre a condensação do vapor de água.
Esse é descartado nas ruas e redes coletoras de esgotos das cidades. Este trabalho caracteriza físico-
quimicamente amostra de água condensada por aparelho de ar condicionado, e compara os índices
obtidos com as legislações nacionais vigentes, a fim de propor uma classe de reuso a este tipo de água
residual. Foi coletada uma amostra de água condensada por aparelho de ar condicionado tipo industrial
rooftop, de elevada capacidade, instalado em agência bancária de Bagé-RS. As análises realizadas para a
caracterização da água foram a determinação do valor de pH, da condutividade elétrica, do índice de
turbidez, do teor de sólidos dissolvidos totais e teor de O2 dissolvido. A amostra de água de condensação
foi considerada pouco contaminada. No entanto, apesar do índice de turbidez da amostra de água estar
dentro do limite aceitável pela legislação, foi visualmente observada a existência de sólidos particulados
insolúveis sedimentáveis, que não foram detectados pelo turbidímetro, pois precipitavam rapidamente.
Esta ocorrência não é adequada para uma água do tipo potável, pois segundo a Resolução n°. 357/2005
do CONAMA para águas doces serem da classe 1, 2, ou 3, não se pode visualizar sólidos objetáveis.
Portanto, não se indicaria este tipo de água para fins de abastecimento para consumo humano,
enquadrando-se na classe 4 de águas doces, para harmonia paisagística e usos secundários, sem contato
direto com o corpo humano, como limpezas gerais em instalações fechadas ou áreas abertas.
Palavras-Chave: Água, Reuso, Condensação, Meio ambiente
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. ÉDSON ABEL DOS SANTOS CHIARAMONTE, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
62
APERFEIÇOAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
LIMA, R.R1, RODRIGUES, L. M.2, SOUZA, T. R.3, MEDEIROS, C. O. F.4, MARTINS, R. A.5
1,2,3,4,5 UNIPAMPA
Trabalho nº 56
A água pode ser considerada um fator determinante no desenvolvimento de uma região e por
consequência, o seu tratamento tem fundamental importância. Em indústrias alimentícias, a água de
processo deve ser água potável, pois determina a qualidade do produto final, bem como facilita o
tratamento do efluente gerado. Assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver um estudo de
implantação de melhorias na estação de tratamento de águas de uma indústria beneficiadora de arroz na
região da Campanha. Para garantir as características de potabilidade a uma amostra de água, realizou-se
uma análise dos parâmetros biológicos, físicos e químicos, comparando-os com padrões estabelecidos
pela Portaria nº. 2914/2011 do Ministério da Saúde. A metodologia utilizada envolveu o desenvolvimento
de uma nova planta com equipamentos devidamente dimensionados e que se adequassem à demanda
de produção atual da empresa. O estudo trouxe como implantações à planta um sistema de agitação,
antes inexistente, modificações na captação de afluente pré-clarificado e inserção de tanque pulmão. As
sugestões previamente testadas promovem maior qualidade na água de processo, enquadrando a água
tratada à legislação.
Palavras-Chave: Água, Tratamento, Agitação, Areia
Revisores do Trabalho
Dr. ANDRÉ RICARDO FELKL DE ALMEIDA, UNIPAMPA
Dr. ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
63
ANALISE DO USO DE MINI E MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA EM
PROPRIEDADES RURAIS A PARTIR DO USO DE PEQUENOS
AEROGERADORES E PAINÉIS FOTOVOLTAICOS
AZEVEDO, M.R.1, BÖHMER, C. R. K.2, BRIGNOL, S. W.3, SEUS, C. M.4, REISSER, J.C.5
1,2,3,4 IFSUL, 5 EMBRAPA
Trabalho nº 57
A concepção brasileira para a geração de energia elétrica está fundamentada em usinas hidrelétricas de
grande porte. Em 2014, a crise hídrica se acentuou e a maioria dos reservatórios das usinas hidrelétricas
ficou abaixo da normalidade. Assim sendo, houve a necessidade de ativar termoelétricas, as quais
possuem um elevado custo. Nesse cenário, a microgeração emerge como uma opção na matriz energética
brasileira. A resolução 482/2012 da ANEEL regulamentou a mini e microgeração distribuída e o sistema
de compensação de energia elétrica, porém a utilização desta modalidade de geração de energia no Brasil
conectada à rede ainda está longe do desejado. Com o objetivo de estudar a viabilidade técnica e
econômica da inserção de pequenos aerogeradores e painéis fotovoltaicos na rede de energia elétrica em
propriedades rurais familiares no Rio Grande do Sul, se formou uma parceria entre o Ministério de
Desenvolvimento Agrário e a Embrapa Clima Temperado e posteriormente firmado convênio de
cooperação técnica com o Instituto Federal Sul-Rio-Grandense e a Universidade Católica de Pelotas. Os
sistemas geradores são compostos por quatro unidades de 2 kW, sendo 1 kWp solar fotovoltaica e 1 kW
eólica e mais duas unidades de 2,25 kW com 1,25 kWp de solar fotovoltaica e 1 kW eólica. Atualmente
quatro sistemas estão conectados a área de concessão da Companhia Estadual de Energia Elétrica. Os
outros dois sistemas, em fase de elaboração do projeto elétrico, estão na área de permissão da AES-SUL
e da Rio Grande Energia, RGE. Dos quatro sistemas instalados a média mensal de geração de energia
elétrica é de 127 kWh. Os resultados demonstram que, em alguns meses, obteve-se uma produção de
energia elétrica maior que o próprio consumo das residências e desta forma estas unidades tiveram sua
conta de energia elétrica zerada e com créditos a serem utilizadas nos meses seguintes. Os resultados
prévios do projeto mostram uma boa perspectiva para este tipo de cenário de geração de energia.
Palavras-Chave: Geração Distribída, Aerogerador, Painel Fotovoltaico, Compensação de Energia
Revisores do Trabalho
Msc. CHARLES MARQUES FARIAS, IFSUL
Msc. DREIFUS COSTA, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
64
ATIVIDADE MICROBIANA E METAIS PESADOS EM SOJA CULTIVADA
COM LODO DE ESGOTO
SCHWANZ, S. M.1, BOHM, E.2, SANCHES FILHO, P. J.3, BOHM, G. M. B.4
1,2,3,4 IFSUL
Trabalho nº 58
Tendo em vista a crescente preocupação com o ambiente e a necessidade de aproveitamento de resíduos
orgânicos na agricultura como forma de torná-la mais sustentável, o lodo de esgoto tratado, resultante
de estação de tratamento de esgoto, é um resíduo de composição predominantemente orgânica que tem
potencial para ser usado como fonte de nutrientes no cultivo de plantas. Nesse contexto, esse trabalho
objetivou avaliar a atividade microbiana do solo e os teores de metais pesados na parte aérea da planta
de soja cultivada com diferentes dosagens de lodo de esgoto visando uma aplicação segura e eficiente
desse resíduo. O experimento foi realizado em vasos, com cinco tratamentos, num delineamento
inteiramente casualizado: testemunha sem adição de lodo; adubação mineral; tratamentos com 50g;
100g e 200g lodo. Foram realizadas análises de carbono da biomassa microbiana, carbono orgânico total,
respiração basal, quociente metabólico no solo e os teores de zinco e chumbo na parte aérea das plantas.
A atividade microbiana foi determinada com base nos métodos descritos por Anderson e Domsch (1978).
Os metais pesados foram analisados de acordo com o método descrito por Hortellani et al. (2008) com
detecção por absorção atômica. As aplicações de lodo de esgoto proporcionaram maior atividade
microbiana do solo, resultando em maiores teores de carbono orgânico total do solo e taxa de respiração
basal, esse resultado é consequência do aumento da atividade microbiana, com maior liberação de CO2
por unidade de carbono da biomassa, promovido pela presença de substrato facilmente assimilável para
o desenvolvimento da planta. Os teores de metais avaliados não foram afetados pela aplicação de lodo
de esgoto. Os níveis médios de zinco foram de 99,75 mg.kg-1, o metal chumbo não foi detectado na parte
aérea das plantas. Isto pode ser devido à capacidade de absorção do solo com a formação de quelatos
não ficando totalmente disponível para a planta.
Palavras-Chave: resíduo, solo, metais pesados, atividade microbiana
Revisores do Trabalho
Dr. DANIEL RICARDO ARSAND, IFSUL
Dr. VERIDIANA KROLOW BOSENBECKER, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA UTILIZANDO MATERIAIS DE
BAIXO CUSTO EM UMA RESIDÊNCIA URBANA PARA FINS NÃO
POTÁVEIS
CUNHA, S. S.1, FABIÃO, B. R. P.2
1,2 IFSUL
Trabalho nº 59
Nas ultimas décadas o crescimento populacional tem feito com que a demanda por água doce aumente
diariamente, ocasionado problemas como a escassez e redução da qualidade desse recurso em seus
mananciais de abastecimento. Para amenizar estas questões, faz-se necessário a criação e uso de
alternativas para captação e armazenamento da água pluvial. O município de Pelotas-RS apresenta um
ótimo potencial para captação em virtude de suas constantes precipitações. O presente trabalho tem
como objetivo avaliar a captação de água da chuva utilizando materiais de baixo custo, em uma residência
na área urbana, e destiná-la para fins não potáveis como: irrigações de jardins, lavagens de pisos, carros,
máquinas e nas descargas em vasos sanitários. Foi confeccionada uma calha e um condutor vertical
reutilizando garrafas de Politereftalato de etileno (PET) de 2 litros para coletar a água da chuva, um filtro
de tela para a remoção de impurezas grosseiras como folhas e galhos e um reservatório fechado, para o
armazenamento da água captada. O aproveitamento de água da chuva pode contribuir para uma redução
de 20% no consumo de água tratada, priorizando o uso desta para ingestão, alimentação e higiene
pessoal, colaborando para a conservação dos recursos hídricos. O reaproveitamento de 102 garrafas PET
também auxiliou na redução dos resíduos sólidos enviados ao aterro sanitário, contribuindo para o
aumento da vida útil do mesmo.
Palavras-Chave: água da chuva, captação da água, aproveitamento de água, garrafas PET
Revisores do Trabalho
Dr. JOCELITO SACCOL DE SA, IFSUL
Dr. MARCELO PESKE HARTWIG, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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COMPARAÇÃO DA CORROSIVIDADE DE ÁGUAS NATURAIS DO SUL
DO RS
Steffany Rincon Peters1, Sabrina Neves da Silva2, Luciana Machado Rodrigues3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 60
As águas naturais são meios corrosivos complexos constituídos por poluentes, sais, matéria orgânica,
gases dissolvidos e icroorganismos. A corrosividade das águas naturais não se restringe à ação dos sais, e
sim a um conjunto de fatores. Outros parâmetros que podem influenciar a degradação de metais em
águas naturais são a temperatura, o biofouling, o oxigênio, a movimentação das águas e o tipo de metal.
No caso de aços carbono, as formas de corrosão mais comuns nestes meios são uniforme, por pite ou
alveolar, segundo a literatura. Neste trabalho foi estudada a degradação de um aço carbono por imersão
em água do mar (Rio Grande), água de rio (Bagé) e água de açude (Dom Pedrito), durante o período de 2
meses. O objetivo deste trabalho foi analisar o tipo, a morfologia, e intensidade do ataque corrosivo em
águas naturais, na presença de seus poluentes. O aço utilizado no estudo foi o API 5L Grau B, comumente
utilizado em tubulações, tanques de armazenamento e plataformas offshore. A metodologia de análise
foi a exposição de amostras metálicas aos meios, seguindo de análise gravimétrica e microscópica, com o
tempo de exposição. As amostras metálicas com área geométrica de 2 cm2, foram polidas com lixas
d´água até granulometria 2000#, lavadas em álcool e secas com jato de ar frio. As amostras de águas
naturais foram monitoradas quanto ao valor de pH e condutividade elétrica (CE), observando-se o
aumento de ambos os parâmetros, durante a exposição, sendo maior para a amostra de água do mar.
Este incremento provavelmente se deve à oxidação do aço, formação e precipitação de Fe2O3 como
produto de corrosão. As amostras metálicas em água do mar apresentaram o maior aumento de massa
detectado, proveniente do acúmulo de espessa camada de produtos de corrosão ao longo de toda a
superfície exposta. A água do mar ocasionou um ataque uniforme e mais intenso ao aço carbono. Destaca-
se a importância da proteção de metais submersos e do controle da poluição hídrica.
Palavras-Chave: corrosão, mar, rio, aço
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. LUCIANO VIECELI TAVEIRA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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ADSORÇÃO DE AZUL DE METILENO PELA SEMENTE DE MORINGA
OLEIFERA LAM
CARVALHO, S. C.1, RODRIGUES, L. M.2
1,2 UNIPAMPA
Trabalho nº 61
Uma alternativa promissora para o tratamento de efluentes é o processo de adsorção, e adsorventes
naturais, vêm sendo empregados para este fim. Recentes pesquisas destacam o uso da espécie vegetal
Moringa oleífera Lam (Moringaceae) como um adsorvente natural, para o tratamento de águas. No Brasil,
a cultura da Moringa oleífera Lam é difundida em todo o território semi-árido nordestino, pois suas
sementes são empregadas no tratamento da água para consumo. Este é um trabalho preliminar que
analisa o emprego da semente de Moringa Oleifera Lam como um adsorvente natural no tratamento de
efluentes industriais à base de corantes. Foram empregadas sementes colhidas no estado do Tocantins,
e sua anatomia foi observada por microscopia ótica. Para o tratamento do efluente sintético, utilizaram-
se as sementes nas seguintes formas: fresca (in natura); fresca moída; seca; seca moída. A moagem foi
realizada em gral de ágata, e a secagem em estufa com circulação de ar à 40°C, por 24 h. O efluente foi
uma solução aquosa de azul de metileno 50mg/L. E o tratamento foi constituído das etapas de agitação
do adsorvente com a solução, em mesa agitadora (20min a 200rpm), seguida por decantação (10min).
Neste trabalho preliminar a eficiência do tratamento foi obtida por análise visual da coloração final do
efluente tratado. O efluente tratado obteve significativa alteração de coloração. Notam-se maiores
remoções do corante quando foram empregadas as sementes inteiras, seja fresca ou seca. Acredita-se
que o óleo presente no embrião da semente tenha dificultado o processo de adsorção do corante. Quando
moída, o óleo da semente é liberado e envolve as demais partes componentes da anatomia da semente,
provavelmente, impermeabilizando-as. Tendo em vista o caráter promissor do trabalho, este estudo
continua.
Palavras-Chave: adsorção, moringa, efluente, corante
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. TÂNIA REGINA DE SOUZA, UNIPAMPA
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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EXTRAÇÃO DE INVERTASE SOLÚVEL A PARTIR DE LEVEDURA DE
PÊSSEGO: EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE NAHCO3 E DA
VELOCIDADE DE AGITAÇÃO
AVILA, T. L.1, FERREIRA, M.V.2, ROSSLER, A.F.3, TORALLES, R.P.4, ROMBALDI, C.V.5
1,3,4 IFSUL, 2,5UFPEL
Trabalho nº 62
Estudou-se o efeito combinado da concentração de bicarbonato de sódio (NaHCO3) e da velocidade de
agitação na extração de invertase de levedura nativa, isolada em purê de pêssego cv. Jubileu. A extração
foi realizada através de um processo de autólise, com enzimas que degradam as estruturas celulares e
liberam o conteúdo citoplasmático ao meio extracelular. O processo de autólise foi conduzido em shaker
com diferentes velocidades de agitação (50 - 350 rpm) e concentração de bicarbonato de sódio (50 -350
mM NaHCO3), a 40 °C, por 24 horas, usando um planejamento experimental composto central adaptado
para duas variáveis e cinco níveis. A eficiência da extração foi acompanhada através da atividade da
invertase, usando sacarose a 120 mM como substrato em pH 5 a 30 ºC. A dosagem de glicose resultante
da hidrólise da sacarose foi determinada pelo método colorimétrico do ácido 3,5-dinitrosalicílico (DNS) a
490 nm. Os teores de proteínas foram quantificados segundo a metodologia de Lowry. A influência da
concentração NaHCO3 e da velocidade de agitação na extração da enzima invertase resultaram em
efeitos linear, quadrático e interativo. O modelo polinomial de segunda ordem conseguiu explicar o
fenômeno de extração da invertase com uma variância explicada de 80%, e a atividade enzimática foi
significativamente dependente de ambas variáveis. Finalmente, observou-se uma concordância superior
85% entre o ponto central experimental (200 mM e 200 rpm) e o estacionário (176 mM e 186 rpm)
determinado por análise canônica, sendo este um ponto de máximo.
Palavras-Chave: Invertase, Levedura, Pêssego, Autólise
Revisores do Trabalho
Msc. REGIS DA SILVA PEREIRA, IFSUL
Dr. PATRICK TEIXEIRA CAMPOS, IFSUL
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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SEPARAÇÃO VIA ELUTRIAÇÃO DE SEDIMENTO DE DRAGAGEM
CORTELINI, T. S.1, ROSA SILVA, E.2, PASSOS, T. R.3, OGRODOWSKI, C. S.4, SANTANA, F. B.5
1,2,3,4,5 FURG
Trabalho nº 63
O aumento populacional e tecnológico tem como consequência o crescimento acelerado na demanda
energética atual, consequentemente, é imprescindível pesquisas a fim de apurar novas fontes renováveis.
Analogamente a este problema, a intensa operação em portos estimula processos de dragagens, que, por
sua vez, removem um grande volume de sedimento. Além disso, sabe-se também que o sedimento é
composto de frações sólidas como areia, silte, argila e matéria orgânica, além da fração líquida. Através
disso, uma forma de utilizar o sedimento e de gerar energia elétrica renovável é a utilização de células
combustíveis microbianas (CCM), uma vez que, microrganismos encontrados no sedimento, oxidam a
matéria orgânica gerando elétrons e metabólitos. Dessa forma, é necessário utilizar métodos de
separação com a finalidade de conhecer a fração sólida de substrato mais vantajosa, para um favorável
rendimento de metabolização dos microrganismos, acarretando em menores volumes de reator. Assim
sendo, um processo de separação foi realizado com o sedimento do Porto de Rio Grande, em que o
mesmo é retirado em sua composição pura, e separado utilizando o processo de elutriação; este método
consiste em um fluido, com velocidade conhecida, que é bombeado de forma ascendente em um leito de
partículas. A elutriação foi aplicada para separação das fases sólidas e realizada em triplicata, registrando-
se a média e o desvio padrão. Em suma, averiguando as elutriações, observou-se que a fração com maior
potencial de separação é a mistura de argila e silte que representa 34,55% do sedimento e contém 2,42%
de material orgânico; isso ocorre, pois sua morfologia de grão tem aspecto poroso, aderindo material
orgânico em sua superfície.
Palavras-Chave: Operações unitárias, Material particulado, Velocidade terminal, Leito fluidizado
Revisores do Trabalho
Msc. RAFAEL CENTURIÃO BRINKERHOFF, FURG
Msc. PAOLA SILVEIRA MORAES, FURG
VII Simpósio de Energia e Meio Ambiente 3 e 4 de setembro de 2015, IFSul Campus Pelotas
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A INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA EM TORRES DE
RESFRIMENTO: ESTUDO DE CASO DA ÁGUA DE RESFRIAMENTO
DE UMA USINA TERMELÉTRICA.
Thamiris Renata Martiny1, Luciana Machado Rodrigues2, Tânia Regina de Souza3
1,2,3 UNIPAMPA
Trabalho nº 64
Com a atual preocupação com as questões ambientais, sobretudo no que diz respeito ao despejo de
efluentes líquidos, é cada vez mais relevante adotar formas de economizar água. A torre de resfriamento,
dentro das indústrias, é um equipamento que demanda grande volume de água, sendo definida como um
resfriador a contato de ar e água. O mecanismo da torre de resfriamento segue os princípios de
transferência de calor e massa, simultaneamente, tendo como objetivo resfriar e recuperar a água,
promovendo o contato com o ar de baixa umidade. A água aquecida, proveniente da troca térmica
realizada nos trocadores de calor do processo industrial, perde calor para a atmosfera resfriando-se,
podendo então, ser reutilizada nos trocadores de calor. Este fato torna o uso de torres de resfriamento
cada vez mais comum, pois a água de resfriamento de processos adquire grande valor, logo seu reuso
gera economia. O monitoramento e a manutenção da qualidade da água de resfriamento são de
fundamental importância para o processo, evitando-se danos aos equipamentos, custos desnecessários,
e gerando economia no tratamento da água e sua reposição. O presente trabalho tem como objetivo geral
avaliar a influência da qualidade da água em torre de resfriamento da Usina Termelétrica Presidente
Médici Fase C, em Candiota-RS. Foram realizadas análises físico-químicas para a avaliação da qualidade
da água, abrangendo os parâmetros pH, condutividade elétrica, alcalinidade, índice de turbidez,
corrosividade, etc. A alteração dos parâmetros físico-químicos monitorados indicam, que neste caso,
ocorre uma contaminação da água com poeiras de cal, subproduto e cinza leve advindas da planta de
dessulfurização e do sistema de captação de material particulado. Destaca-se a importância do controle
da qualidade da água de resfriamento, evitando-se custos excessivos com seu tratamento e o desperdício
da água de reposição. É Importante alertar sobre medidas para a mitigação das emissões de poeiras
contaminantes.
Palavras-Chave: Torre de resfriamento, Água de resfriamento, Usina termelétrica, reuso de água
Revisores do Trabalho
Dr. MARIA ALEJANDRA LIENDO, UNIPAMPA
Dr. SABRINA NEVES DA SILVA, UNIPAMPA