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23 a 25 de setembro de 2016 VIII CONGRESSO DA SOCIEDADE PAULISTA DE PARASITOLOGIA LIVRO DE RESUMOS Data 23 a 25 de Setembro de 2016 UNIVERSIDADE DE FRANCA FRANCA - SP- BRASIL 2016

LIVRO DE RESUMOS - Unifran

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23 a 25 de setembro de 2016

VIII CONGRESSO DA SOCIEDADE PAULISTA DE PARASITOLOGIA

LIVRO DE RESUMOSData 23 a 25 de Setembro de 2016

UNIVERSIDADE DE FRANCA

FRANCA - SP- BRASIL

2016

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investigação, 15(7): 1-161, 2016

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REALIZAÇÃO

PATROCINADORES

APOIO

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COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA

Presidente do VIII Congresso da Sociedade Paulista de Parasitologia: Dra. Lizandra Guidi Magalhães.

Presidente da Comissão Científica: Dra. Coléte Fonseca.

COMISSÃO CIENTÍFICA

Dra Antonella Cristina Bliska Jacintho (UNIFRAN)

Dra. Daniele da Silva Ferrreira (UNIFRAN)

Dr. Danilo Ciccone Miguel (UNICAMP)

Dra. Fabiana Martins de Paula (FM USP)

Dra. Fernanda de Freitas Anibal (UFSCar)

Dr. João Aristeu da Rosa (UNESP)

Dra. Mara Cristina Pinto (UNESP)

Ms. Nilson Branco (UNICAMP)

Dr. Rafael Paranhos de Mendonça (UNIFRAN)

Dra. Regina Maura Bueno Franco (UNICAMP)

Dra. Rosa Domingues Ribeiro (UNIFRAN/FCFRP)

Dr. Sérgio de Albuquerque (FCFRP)

Dra. Silmara Marques Allegretti (UNICAMP)

Dr. Vanderlei Rodrigues (FMRP – USP)

Dra. Viviane Rodrigues Esperandim (UNIFRAN)

COMISSÃO ORGANIZADORA INSTITUCIONAL

Dr. Carlos Henrique Gomes Martins (UNIFRAN)

Dra. Denise Crispim Tavares Barbosa (UNIFRAN)

Dra. Dora Lucia Carrara Moreti (UNIFRAN)

Dra. Raquel Alves dos Santos (UNIFRAN)

Dr. Rodrigo Cassio Sola Veneziani (UNIFRAN)

Dr. Sérgio Ricardo Ambrósio (UNIFRAN)

Alunos da Pós Graduação em Ciências UNIFRAN

Funcionários da Pós-Graduação UNIFRAN

Núcleo de Design UNIFRAN

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Núcleo de Projetos e Pesquisas de Design

Coordenação: Ana Márcia Zago

Supoervisão: Rodrigo Aparecido de Souza

Execução: Cíntia Corsi Lourenço

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Sumário

EPIDEMIOLOGIA / OUTROS .............................................................................................................................................................................................................................................................. 12

Achatina fulica VETOR DA ANGIOSTRONGILÍASE HUMANA: PAPEL DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO SANITÁRIA .......................................................................................................................................................... 13

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA PEDICULOSE DA CABEÇA EM CRIANÇAS DE UBERLÂNDIA-MG ..................................................................................................................................................................................... 14

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA TRATADOS NA ENFERMARIA DE PEDIATRIAS DO HOSPITAL ESTADUAL DE BAURU (BAURU – SP) - RESULTADO PARCIAL ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 15

CONHECIMENTO SOBRE PREVENÇÃO DE PARASITOSES EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE AVARÉ-SP .......................................................................................................................................... 16

DERMATOFITOSE POR Microsporum gypseum: RELATO EM EQUINO .................................................................................................................................................................................................................................................... 17

DIFERENCIAÇÃO MOLECULAR DE ESPÉCIES DE Ancylostoma EM CÃES E GATOS DE UM CANIL MUNICIPAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................................................ 18

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CRECHE DA CIDADE DE FRANCA-SP NOS ANOS DE 2010 E 2015 ......................................................................................................................................................................... 19

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CABO VERDE, MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL/SUDOESTE DE MINAS GERAIS ............................................................................................ 20

DIFERENCIAÇÃO MOLECULAR DE ESPÉCIES DE Ancylostoma EM CÃES E GATOS DE UM CANIL MUNICIPAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................................................ 21

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CRECHE DA CIDADE DE FRANCA-SP NOS ANOS DE 2010 E 2015 ......................................................................................................................................................................... 22

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CABO VERDE, MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL/SUDOESTE DE MINAS GERAIS ............................................................................................ 23

EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL DA DENGUE EM ARARAQUARA, SÃO PAULO, BRASIL ......................................................................................................................................................................................................................... 24

ESTRATÉGIAS LÚDICAS APLICADAS AO ENSINO DE PARASITOLOGIA, EM PROJETO DE EXTENSÃO COM CRIANÇAS DE ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................... 25

ESTUDO DO IMPACTO DAS PARASITOSES SOBRE A SAÚDE PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2003 A 2013 ............................................................................................................................ 26

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO COM POPULAÇÕES DE Aedes aegypti DO MUNICÍPIO DE SALINAS-MG ..................................................................................................................................................................................... 27

ESTUDO SOROLÓGICO PARA ANTICORPOS ANTI Toxoplasma gondii EM POPULAÇÃO ALVO ATENDIDA EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE BAURU-SP .............................. 28

FREQUÊNCIA DE ECTOPARASITOSES EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DO IFPB, CAMPUS SOUSA-PB .......................................................................................................................... 29

FREQUENCY OF GASTROINTESTINAL HELMINTHS IN BUFFALOES IN THE STATE OF PARAIBA, BRAZIL ................................................................................................................................................................................ 30

INCIDÊNCIA DE NEMATÓIDES PRESENTES EM AVES COMERCIAIS DE POSTURA E AVES CAIPIRAS ......................................................................................................................................................................................... 31

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE E A ESQUISTOSSOMOSE EM MINAS GERAIS .................................................................................................................................................................................................................. 32

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E LABORATORIAIS DRS XVI – SOROCABA ......................................................................................................................................... 33

LEISHMANIOSE VISCERAL – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA .................................................................................................................................................................................................................................................. 34

LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA X HIV NO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2013 .................................................................................................................................................................................................... 35

LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA: AVALIAÇÃO DOS CASOS DE LETALIDADE NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, NO PERÍODO DE 2008 A 2015 ........................................................................ 36

NEUROCISTICERCOSE EM PACIENTES DO MUNICÍPIO DE ITANHOMI, NO VALE DO RIO DOCE, EM MINAS GERAIS .................................................................................................................................................. 37

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM CADELAS E FILHOTES SUBMETIDOS A EXAMES COPROPARASITOLÓGICO ................................................................................................................... 38

OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................................................................................................................................... 39

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EM MINAS GERAIS ........................................................................................................................................................................................................... 40

PRESENÇA DE ENTEROPARASITAS EM CRIANÇAS DE 0-6 ANOS, USUÁRIAS DE CRECHES NA CIDADE PATROCÍNIO-M.G ....................................................................................................................................... 41

PRESENÇA DE NEMATOIDES RHABDITIFORMES E ÁCAROS EM BOVINOS LEITEIROS DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS- CAMPUS SALINAS ...................................................... 42

PRESENÇA DE OVOS, CISTOS E OOCISTOS DE PARASITAS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DO IFNMG - CAMPUS SALINAS, ATRAVÉS DE DUAS TÉCNICAS DE DETECÇÃO .................................................. 43

PREVALÊNCIA DE CISTICERCOSE EM CARCAÇAS DE BOVINOS CONDENADOS EM FRIGORÍFICO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................................................. 44

PROJETO SAÚDE ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 45

Pythium insidiosum: RELATO EM EQUINO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 46

SAZONALIDADE DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM BOVINOS LEITEIROS DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS- CAMPUS SALINAS .................................................................. 47

HELMINTOLOGIA ........................................................................................................................................................................................................................................................................ 48

A BUSCA DE NOVOS COMPOSTOS PARA O TRATAMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE: REVISÃO DE LITERATURA DA CLASSE DAS IMIDAZOLIDINAS ................................................................................... 49

ABORDAGEM IMUNOPROTEÔMICA DA UTILIZAÇÃO DA FRAÇÃO DE Taenia saginata PARA O DIAGNÓSTICO DA NEUROCISTICERCE HUMANA ...................................................................................... 50

AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 EM LARVAS FILARIÓIDES DE Strongyloides venezuelensis ............................................................................................................................................................................................................. 51

ANÁLISE PROTEÔMICA DE FRAÇÃO DE LARVAS FILARIOIDES DE STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS A PARTIR DA DETECÇÃO DE IGG S. stercoralis-ESPECÍFICA ......................................................... 52

AVALIAÇÃO In vitro DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA DE EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DE SEMENTES DE Tabebuia impetiginosa EM Schistosoma mansoni ........................................................ 53

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA In vitro DO EXTRATO DE Phallusia nigra .................................................................................................................................................................................................54

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA In vitro E In vivo DE ANÁLOGOS DE CURCUMINA CONTRA O PARASITO SCHISTOSOMA MANSONI ............................................................................... 55

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE In vitro DE MENADIONA CONTRA VERMES ADULTOS DE Schistosoma mansoni ............................................................................................................................................................... 56

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS MENTOL E MENTONA NO ESTUDO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA .................................................................................................................... 57

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DE COMPOSTOS DERIVADOS DA MOLÉCULA DIBENZILIDENOACETONA NO MODELO DO Caenorhabditis elegans .................................................... 58

AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO CURCUMINA E PRAZIQUANTEL EM Schistosoma mansoni ...................................................................................................................................................................................................... 59

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA CLÍNICA DE UMA FORMULAÇÃO ANTIPARASITÁRIA CONTENDO MOXIDECTINA E PRAZIQUANTEL1, ADMINISTRADA VIA ORAL EM EQUINOS ............................. 60

AVALIAÇÃO DO EFEITO In vitro DO ANÁLOGO DE CURCUMINA EF-24 E PRAZIQUANTEL SOBRE O PARASITO Schistosoma mansoni ............................................................................................................... 61

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ESQUISTOSSOMICIDA DOS FUNGOS ASSOCIADOS ÀS ASCÍDIAS Botrylloides giganteum E Phallusia nigra ....................................................................................................... 62

COLORAÇÃO DE TRICRÔMICO DE MASSON NA HABRONEMOSE CUTÂNEA ............................................................................................................................................................................................................................. 63

DETECÇÃO DE IGG SÉRICA DE PACIENTES COM ESTRONGILOIDÍASE REATIVAS A ANTÍGENOS DE Ancylostoma ceylanicum E Ascaris suum ................................................................................................. 64

DETECÇÃO DE Strongyloides stercoralis EM AMOSTRAS DE FEZES DE PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTES POR BIOLOGIA MOLECULAR ...................................................................................... 65

DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA EM PACIENTES ALCOOLISTAS E NÃO ALCOOLISTAS EM UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS, BRASIL .............................................. 66

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE Strongyloides venezuelensis NA INFECÇÃO EXPERIMENTAL .............................................................................................................................................................................................. 67

Dictophyme renale EM CAVIDADE ABDOMINAL DE UM FELINO DOMÉSTICO – RELATO DE CASO .................................................................................................................................................................................. 68

EFEITO DA ATIVIDADE DO ÁCIDO ARTESÚNICO SOBRE A LINHAGEM SE DE Schistosoma mansoni ................................................................................................................................................................................ 69

EFEITO DA ATIVIDADE MOLUSCICIDA E ESQUISTOSSOMICIDA In vitro DO EXTRATO DE Mikania glomerata ............................................................................................................................................................... 70

EFEITO DOS COMPOSTOS MENTOL E MENTONA NA REDUÇÃO DA CARGA PARASITÁRIA DURANTE ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EXPERIMENTAL ...................................................................... 71

EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DA FORMULAÇÃO CONTENDO MOXIDECTINA E PRAZIQUANTEL (PEGASUS TRIO – NOXON DO BRASIL) EM EQUINOS NATURALMENTE INFECTADOS ............. 72

ELISA/FOTOLUMINESCÊNCIA DE Quantum dots NO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA .......................................................................................................................................... 73

ESTUDO DO POTENCIAL GENOTÓXICO E ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA In vivo DA 4-AMINO-1, 2-NAFTOQUINONA SINTÉTICA DURANTE A ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EXPERIMENTAL .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 74

ESTUDO In vivo DO OLEORRESINA DE Copaifera duckei DURANTE A ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA ...................................................................................................................................................................... 75

EURITREMATOSE PANCREÁTICA EM BOVINO NA CIDADE DE TUBARÃO, SC, PRIMEIRO RELATO DA REGIÃO ............................................................................................................................................................... 76

EXPRESSÃO, PURIFICAÇÃO E ENSAIOS DE ATIVIDADE DAS ENZIMAS UCK1 E UCK2 DA VIA DE SALVAÇÃO DE PIRIMIDINAS DO PARASITA Schistosoma mansoni ..................................................... 77

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FOTOSSENSIBILIZAÇÃO SECUNDÁRIA A LESÃO HEPÁTICA NA FASCIOLOSE BOVINA NA CIDADE DE TUBARÃO, SC ................................................................................................................................................ 78

FRAÇÕES ANTIGÊNICAS DE Taenia crassiceps OBTIDAS POR HIDROFOBICIDADE NO IMUNODIAGNÓSTICO DAS FORMAS ATIVA E INATIVA DA NEUROCISTICERCOSE EM LÍQUOR ................. 79

IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS MARCADORES DE DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA USANDO ANTÍGENO HETERÓLOGO .............................................................. 80

IDENTIFICAÇÃO DE PROTEINAS DE LARVA FILARIOIDE DE Strongyloides venezuelensis POR Shotgun ........................................................................................................................................................................... 81

IMUNOSSENSOR POTENCIALIZADO COM NANOCRISTAIS DE ZNO MODIFICADOS COM PRATA PARA A DETECÇÃO DE NEUROCISTICERCOSE EM AMOSTRAS DE LÍQUOR ................................ 82

INFECÇÃO PARASITÁRIA POR Dictophyme renale ASSOCIADA A NEFRITE INTERSTICIAL EM UM CANINO ................................................................................................................................................................... 83

INFESTAÇÃO POR Strongyloides spp: RELATO EM BOVINO ............................................................................................................................................................................................................................................................... 84

LINHAGENS FÚNGICAS ASSOCIADAS À ASCIDIA Didemnum perlucidum E SEU POTENCIAL ESQUISTOSSOMICIDA ................................................................................................................................................ 85

MODULAÇÃO DA INFECÇÃO PARASITÁRIA APÓS IMUNIZAÇÃO COM ENZIMAS DE NUCLEOTÍDEOS DE Schistosoma mansoni ........................................................................................................................ 86

NEMATÓIDES PARASITOS DE LAGARTOS ( SQUAMATA , SAURIA ) NO BIOMA CERRADO NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL .................................................................................................................... 87

NOVO MÉTODO PARA DETECÇÃO DA ESTRONGILOIDIASE HUMANA EM AMOSTRAS DE SORO UTILIZANDO BIOSSENSOR ELETROQUÍMICO ........................................................................................... 88

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS PARASITOS DE Amphisbaena mertensi, COLETADAS NO SUDESTE BRASILEIRO ......................................................................................................................................................... 89

PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS COM A ESTRONGILOIDÍASE EM PACIENTES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, MG .................. 90

PEPTÍDEO SINTÉTICO PARA O DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA NEUROCISTICERCOSE HUMANA ................................................................................................................................................................................. 91

PERFORMANCE DIAGNÓSTICA DE PEPTÍDEOS SINTÉTICOS NA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA ...................................................................................................................................................................................... 92

PRIMEIRO REGISTRO DE Athesmia SP. (TREMATODA, DICROCOELIIDAE) EM Caracara plancus (MILLER, 1777) (FALCONIFORMES: FALCONIDAE) NO BRASIL ................................................................ 93

PRODUÇÃO, FRACIONAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE ANTICORPOS IGY ANTI-LARVAS FILARIOIDES E ANTI-FÊMEAS PARTENOGENÉTICAS DE Strongyloides venezuelensis EXTRAÍDOS DE GEMAS DE OVOS DE GALINHAS ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 94

REDUÇÃO DA CARGA PARASITÁRIA DE Strogyloides venezuelensis PELA COINFECÇÃO COM Syphacia muris EM RATOS (RATTUS NORVEGICUS) WISTAR ......................................................................... 95

USPS (UBIQUITIN-SPECIFIC PROTEASES) SÃO DIFERENCIALMENTE EXPRESSAS ATRAVÉS DO CICLO DE VIDA DO Schistosoma mansoni ...................................................................................................... 96

PROTOZOOLOGIA ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 97

A ASSOCIAÇÃO DE PRAVASTATINA E SINVASTATINA EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES É CAPAZ DE INIBIR A PROLIFERAÇÃO DE Toxoplasma gondii (CEPA RH) EM CÉLULAS HeLa ....................... 98

ABORDAGEM MOLECULAR COMO ALTERNATIVA À EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL: AVALIAÇÃO UTILIZANDO PROPÍDIO MONOAZIDA (PMA) ............................................................................................... 99

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ADMINISTRAÇÃO DE EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DE Trichoderma stromaticum REDUZ DEPOSIÇÃO DE HEMOZOÍNA NO FÍGADO DE CAMUNDONGOS C57BL/6 INFECTADOS COM Plasmodium berghei ANKA ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 100

ANÁLISE DOS EXAMES REALIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CHAGAS NO LABORATÓRIO CLÍNICO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 101

ANÁLISE FILOGENÉTICA DE SUBTIPOS DE Blastocystis spp. ISOLADOS DE INDIVÍDUOS ACOMPANHADOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO (HC/FMUSP), BRASIL ................ 102

ANÁLISE MOLECULAR DE Sarcocystidae EM TECIDOS DE OVINOS EM FEIRA DE SANTANA, BA ............................................................................................................................................................................... 103

ATIVIDADE DE DERIVADOS SEMI-SINTÉTICOS DO ÁCIDO CAURENÓICO CONTRA Leishmania amazonensis ...................................................................................................................................................... 104

ATIVIDADE TRIPANOCIDA In vitro DE EXTRATO ACETÔNICO DE Usnea steineri E SEUS CONSTITUÍNTES QUÍMICOS MAJORITÁRIOS ........................................................................................................ 105

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DE CAMUNDONGOS INFECTADOS PELA CEPA MC DE Trypanosoma cruzi ..................................................................................................................................................................... 106

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE ALGUNS ANÁLOGOS DE CURCUMINA CONTRA Leishmania amazonensis ......................................................................................................................... 107

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO DITERPENO ÁCIDO CAURENÓICO CONTRA Leishmania amazonensis .................................................................................................................................. 108

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA In vitro DE ALGUNS ANÁLOGOS DE CURCUMINA ................................................................................................................................................................................ 109

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA In vitro DE FRAÇÕES OBTIDAS DOS EXTRATOS: HEXÂNICO BRUTO DE FOLHAS E CASCA, E ETANÓLICO BRUTO DAS FOLHAS, FLORES E CASCA DE TABEBUIA IMPETIGINOSA (IPÊ ROXO) ................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 110

AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO NEGATIVA COM VERDE MALAQUITA E DA NESTED PCR PARA DETECÇÃO DE Cryptosporidium spp. EM AMOSTRAS FECAIS DE PSITACÍDEOS ............................ 111

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES CITOTÓXICA E LEISHMANICIDA DE Stizophyllum perforatum (cham.) Miers (Bignoniaceae) ............................................................................................................................... 112

AVALIAÇÃO In vivo DA ATIVIDADE DO ÁCIDO ASCÓRBICO DURANTE A FASE AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS EXPERIMENTAL .................................................................................................................. 113

AVALIAÇÃO In vitro DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE Hymeneae courbaril ...................................................................................................................................................................................................................... 114

BIOPROSPECÇÃO DE EXTRATOS BRUTOS OBTIDOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS DE MANGUEZAIS COM ATIVIDADE LEISHMANICIDA ........................................................................................................... 115

COMPLEXO DE OURO, UM POTENCIAL CANDIDATO PARA TRATAMENTO DA FASE AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS ........................................................................................................................................ 116

Cryptosporidium parvum EM POMBOS DOMÉSTICOS (COLUMBA LIVIA) ADULTOS ............................................................................................................................................................................................................ 117

DETECÇÃO MOLECULAR DE Giardia duodenalis E Blastocystis spp. EM AMOSTRAS FECAIS ENCAMINHADAS PARA DIAGNÓSTICO EM UM LABORATÓRIO CLÍNICO DE BAURU, SP..........118

DETECÇÃO MOLECULAR DE ISOLADOS DE Blastocystis spp E Dientamoeba fragilis EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM CRECHE ................................................................................................................... 119

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DITHIOCARBAZATE AND YOUR METAL COMPLEXES AS TRYPANOCIDAL ACTIVITY ............................................................................................................................................................................................................ 120

EFEITOS DO FATOR DE INIBIÇÃO DE MACRÓFAGOS (MIF) NA MIGRAÇÃO DE TROFOBLASTO EXTRAVILOSO (HTR8 SV/NEO) E NA PROLIFERAÇÃO INTRACELULAR DE Toxoplasma

gondii............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 121

ENTEROPARASITOSES EM ALFACES COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE ITUVERAVA-SP ........................................................................................................................................................................................... 122

ESTUDO DA CINÉTICA DA INFECÇÃO CHAGÁSICA EXPERIMENTAL PELA VIA ORAL ........................................................................................................................................................................................................... 123

ESTUDO DO EFEITO CITOTÓXICO E TRIPANOCIDA DE Chenopodium ambrosioides, Commiphora myrrha E Melissa officinalis ........................................................................................................................ 124

FREQUÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM AMOSTRAS DE TECIDOS DE FRANGOS E EM CÉREBRO DE CAMUNDONGOS AVALIADOS PELA PCR EM TEMPO REAL SEGUIDA ANÁLISE DE ALTA RESOLUÇÃO DE CURVAS DE DISSOCIAÇÃO (QPCR-HRM) .............................................................................................................................................................................................................................................................. 125

IDENTIFICAÇÃO DE Cryptosporidium GENÓTIPO III DE AVES EM CALOPSITAS DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE ARAÇATUBA, SÃO PAULO ....................................................................................... 126

INFECTIVIDADE DE CISTOS DE Giardia duodenalis APÓS OZONIZAÇÃO EM ÁGUA SUPERFICIAL ............................................................................................................................................................................... 127

INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA À ERLIQUIOSE CANINA – RELATO DE CASO .............................................................................................................................................................................................................. 128

INVESTIGAÇÃO PARASITOLÓGICA DE OOCISTOS DE Cryptosporidium SPP. EM Nymphicus hollandicus ................................................................................................................................................................ 129

LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS COM ATIVIDADE ANTILEISHMANIA ................................................................................................................................................................................................................. 130

MÉTODOS ESTATÍSTICOS NA AVALIAÇÃO DE REAÇÕES CRUZADAS ENTRE Leishmania spp. E Ehrlichia spp. POR MEIO DE TÉCNICAS SOROLÓGICAS E MOLECULARES .................................. 131

OCORRÊNCIA E PREVALÊNCIA DE HEMOPARASITAS DO GÊNERO Trypanosoma (KINETOPLASTIDA: TRIPANOSOMATIDAE) EM CASCUDOS Liposarcus anisitsi (SILURIFORMES:

LORICARIIDAE) ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 132

PERFIL HEMATOLÓGICO DE CÃES COM Babesia spp. ...................................................................................................................................................................................................................................................................... 133

PHENOTYPIC ANALYSIS OF MACROPHAGE SUBSETS IN CHAGASIC RATS TREATED WITH GHRELIN ............................................................................................................................................................................ 134

POTENCIAL LEISHMANICIDA DE LICOCHALCONA-A CONTRA Leishmania amazonensis ............................................................................................................................................................................................. 135

Sarcocystis neurona: RELATO DE CASO .......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 136

THE INHIBITION OF MIF WAS COUNTER-REGULATED IN PLACENTAL EXPLANTS INFECTED BY Toxoplasma gondii ........................................................................................................................................ 137

Toxoplasma gondii, Cryptosporidium spp. E Giardia spp. EM PISCINAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS, SP ............................................................................................................................... 138

Trypanosoma vivax: RELATO EM BOVINO ......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 139

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VETORES .................................................................................................................................................................................................................................................................................... 140

ESTUDO MORFOMÉTRICO DE Triatoma circummaculata Stal, 1859 E Triatoma pintodiasi JUBERG ET AL.,2013 (HEMIPTERA, REDUVIIDAE, TRIATOMINAE) ............................................... 141

AÇÃO ACARICIDA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE GENGIBRE E MENTA NO CONTROLE DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus - TESTE In vitro ............................................................................. 142

AÇÃO CARRAPATICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE BERGAMOTA E LIMÃO TAHITI NO CONTROLE DE Rhipicehalus (Boophilus) microplus - TESTE In vitro .......................................................... 143

AÇÃO CARRAPATICIDA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE SÂNDALO E TOMILHO NO CONTROLE DE Rhipicehalus (Boophilus) microplus - TESTE DE IMERÇÃO DE ADULTOS ............................ 144

ATUAÇÃO In vitro DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CANELA E CAFÉ VERDE NO CONTROLE DO CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus ............................................................................. 145

AVALIAÇÃO DE CURCUMINA EM CARAMUJOS E EMBRIÕES DE Biomphalaria glabrata E EM CERCÁRIAS DE Schistosoma mansoni ................................................................................................. 146

AVALIAÇÃO DO PESO E DO COMPRIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DE Chrysomya albiceps (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM DIFERENTES TEMPERATURAS: PERSPECTIVAS PARA ESTIMAR O TEMPO DE MORTE ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 147

AVALIAÇÃO In vitro DO EXTRATO FOLIAR DE FURCRAEA FOETIDA CONTRA FÊMEAS INGURGITADAS DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus (ACARI: IXODIDAE) .................................. 148

COLEOPTERA (INSECTA) ASSOCIADO À CARCAÇA DE SUÍNO EXPOSTA EM AMBIENTE MISTO: UM ESTUDO DE CASO ...................................................................................................................................... 149

DESCRIÇÃO DO TERCEIRO ESTÁDIO LARVAL DE Fannia sabroskyi SEAGO, 1954 (DIPTERA, FANNIIDAE): ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA MÉDICA E FORENSE ................................................................ 150

DESENVOLVIMENTO DE Chrysomya megacephala (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM DIFERENTES DIETAS ARTIFICIAIS VISANDO AO TRANSPORTE DE LARVAS PARA USO TERAPÊUTICO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 151

DETECÇÃO DE Triatoma virus (TRV) EM Triatoma rubrovaria (HEMIPTERA, REDUVIIDADE, TRIATOMINAE) ................................................................................................................................................... 152

EFEITO DO DIFLUBENZURON EM LARVAS DE Haematobia irritans (MOSCA-DOS-CHIFRES) PRESENTES NAS FEZES DE BOVINOS ............................................................................................................. 153

Escherichia coli PRODUTORA DE VEROTOXINA (VTEC) ISOLADAS DE DÍPTEROS MUSCÓIDES EM PROPRIEDADE LEITEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................. 154

ESPÉCIES DE CARRAPATOS COLETADOS EM ÁREA PREDISPOSTA PARA A FEBRE MACULOSA BRASILEIRA ................................................................................................................................................................ 155

ESTUDO HISTOLÓGICO DE ESPERMATECAS E TRAQUEIAS DE SEIS ESPÉCIES DE TRIATOMINAE (HEMIPTERA, REDUVIIDAE, TRIATOMINAE) ............................................................................................. 156

LEVANTAMENTO DA FAUNA FLEBOTOMÍNICA EM ÁREA RURAL DE ARARAQUARA – SP .................................................................................................................................................................................................. 157

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DE Calliphoridae E Muscidae (INSECTA: DIPTERA), POTENCIALMENTE VETORAS, EM TRÊS FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 158

LEVANTAMENTO DE FANNIIDAE (INSECTA: DIPTERA) EM QUATRO FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E SUA RELEVÂNCIA NO CONTEXTO DE SAÚDE PÚBLICA E ANIMAL .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 159

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PARASITISMO DE AVES CAIPIRAS E DE POSTURA Gallus gallus POR ESPÉCIES DE PHTHIRAPTERA NO SETOR DE PRODUÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS - CAMPUS SALINAS ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................160

TAXA DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DE Chrysomya albiceps (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EXPOSTOS A DUAS VARIÁVEIS COMBINADAS SIMULTANEAMENTE: RECURSOS ALIMENTARES E TEMPERATURA ..................................................................................................................... ......................................................................................................................................................................................... 161

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EPIDEMIOLOGIA / OUTROS

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Ao final da década de 1980, o Brasil passou a receber um hóspede que se tornou intensamente indesejado por causar muitos problemas, o Achatina fulica, também conhecido por “Caramujo Gigante Africano”, o que é considerada uma das cem piores espécies exóticas invasoras do planeta. A espécie também é considerada um problema de saúde pública, devido à potencialidade de ser hospedeira de nematóides causadores da angiostrongilíase humana. Como os ovos ficam retidos na parede intestinal e a larvogênese é um fenômeno raro em humanos, isso impossibilita o diagnóstico parasitológico da angiostrongilíase pelo exame de fezes, o que pode provocar febre alta, vômito, irritabilidade, rachaduras na pele, ausência de reflexos nos tendões, retenção urinária, incontinência anal, meningite, perfuração intestinal, peritonite e sepse, podendo até levar a morte. Como até o momento não há tratamento medicamentoso para o problema em questão, e a cirurgia só é indicada em casos de oclusão ou perfuração intestinal, o enfermeiro, dentro deste contexto, é um profissional por ter no cuidado a essência de sua prática, pode contribuir na formação de profissionais da saúde, como por exemplo pode citar-se o treinamento de agentes de saúde, através da elaboração de manuais de procedimentos, planejamento e supervisão dos cuidados de higiene ensinado, por exemplo, a técnica correta de lavagem das mãos. A partir do treinamento dispensado por enfermeiros, os agentes de saúde podem levar para as famílias

atendidas informações corretas e seguras sobre hábitos saudáveis, contribuindo assim para redução de parasitoses em geral. A erradicação do molusco de qualquer comunidade é de difícil alcance, pois ainda não desenvolveram moluscicidas sintéticos ou naturais legalmente autorizados para combater A. fulica. Com isso nota-se que, a melhor e mais eficiente solução para a redução da Angiostrongilíase é a prevenção através da educação sanitária.

PALAVRAS-CHAVE: Achatina fulica, Angiostrongiliase, Educação sanitária.

Achatina fulica VETOR DA ANGIOSTRONGILÍASE HUMANA: PAPEL DO

ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Ângela Mariela Schumann1; Júlio César Ribeiro1; Viviane Rodrigues Esperandim1

1Universidade de Franca, Franca – SP

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Os piolhos são ectoparasitos hematófagos exclusivos de mamíferos. A infestação em humanos é chamada de pediculose e a transmissão pode ocorrer de forma direta mediante o contato entre as pessoas (infestada e não infestada) e indireta via fômites: pentes, escovas e bonés. O objetivo principal foi verificar a ocorrência da pediculose da cabeça em crianças frequentadoras de um hospital público de Uberlândia-MG. Além de analisar associações com idade, sexo, etnia e características dos cabelos e obter informações dos responsáveis a respeito da epidemiologia, transmissão, prevenção e controle. Foi realizada uma inspeção visual direta dos cabelos por 3 minutos em crianças de 2 a 12 anos, sendo consideradas infestadas as que apresentavam lêndeas viáveis, ninfas e/ou adultos. Após os exames, foi preenchida uma ficha de caracterização, com informações sobre a idade, sexo, etnia e características dos cabelos: tamanho, tipo, cor, espessura e densidade. O projeto foi aprovado pelo CEP/UFU parecer número 929.012. A ocorrência geral da pediculose foi de 2,7% em 370 crianças examinadas. Houve uma maior ocorrência em crianças do sexo feminino (5%) e em não negros (3,3%). A faixa etária com maior prevalência foi de 2 anos (1,1%). Quanto às características dos cabelos, foi observado maior ocorrência nos cabelos de coloração escura (2,7%), densidade baixa (2,9%) e espessura fina (4,4%). Nota-se a necessidade da implementação e/ou aperfeiçoamento de programas de forma integrada no

controle da pediculose da cabeça na instituição pesquisada.

PALAVRAS-CHAVES: Brasil, Crianças, Hospital, Pediculose, Uberlândia.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq/UFU.

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA PEDICULOSE DA CABEÇA EM CRIANÇAS

DE UBERLÂNDIA-MG

Mariana M. Marinho1; Raquel Borges-Moroni1 , Júlio Mendes1, Fábio Tonissi Moroni1, Daniela

M. de L. M. Ferreira1.

1Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG,

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Desde a introdução no Estado de São Paulo em 1999, a Leishmaniose Visceral Americana (LVA) tem afetado um grande número de pessoas se tornando um problema de saúde pública emergente em grupos específicos como no caso de crianças e portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). O Hospital Estadual Bauru é o serviço referenciado para tratamento dos casos procedentes das cidades que compõem a Divisão Regional de Saúde VI – Bauru, sendo importante conhecer o espectro clínico e prognóstico destes pacientes, contribuindo assim para aprimoramento da assistência e redução da letalidade. Resultados parciais de 143 casos estudados junto ao serviço de pediatria a partir 2005 mostraram predomínio da infecção pela Leishmania chagasi no sexo masculino (55,24%), com idade média de 5,5 anos. Deste, 93,71% foram diagnosticados por meio de exame parasitológico direto de aspirado de medula óssea e os demais (6,29%) tratados de maneira empírica, baseado nos aspectos clínicos e epidemiológicos. O tratamento medicamentoso foi realizado na totalidade com Anfotericina B Lipossomal, conforme protocolo vigente, com percentual de recidiva de 9,09%. A comorbidade mais prevalente na admissão foi alteração na anatomia hepatoesplênica, conforme apontamento realizado pelo avaliador clínico em prontuário, tendo a esplenomegalia presente em 90,91% dos casos e hepatomegalia em 88,11%, seguido da elevação média dos valores séricos das enzimas hepáticas,

Aminotransferase de Aspartate (AST) 133,95 U/L e Aminotransferase de Alamina (ALT) 59,55 U/L, Fosfatase Alcalina 244,0 U/L e gama-GT 78,95 U/L. Ao hemograma os resultados médios encontrados foram hemoglobina (Hb) 8,19 g/dl, hematócrito (Ht) 21,18%, leucócitos totais 4000/mm3, neutrófilos 35,85/mm3 e plaquetas de 82.732/mm3. As combinações multifatoriais como sequestro esplênico, destruição de eritrócitos, supressão medular e carência nutricional por deficiência de ferro, ácido fólico e vitamina B12, comprometem o sistema imunohematológico favorecendo a recidiva da doença neste grupo, além de retardar a reabilitação clinica devido este comprometimento hepatoesplenico acentuado.

PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Leishmaniose Visceral, Parasitologia, Pediatria, Recidiva.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES COM

LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA TRATADOS NA ENFERMARIA DE

PEDIATRIAS DO HOSPITAL ESTADUAL DE BAURU (BAURU – SP) - RESULTADO

PARCIAL

José Cláudio Simão1; Milena Agostinho Tunes Simão2; Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza3

1 Programa de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Botucatu-SP, Brasil

2 Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Botucatu-SP, Brasil3Departamento de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de

Mesquita Filho. Botucatu-SP, Brasil

[email protected].

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A ‘Doença Diarreica Aguda’ (DDA) é uma enfermidade causada por diferentes agentes etiológicos, como protozoários e helmintos. No município de Avaré-SP, foi reportado que a DDA tem prevalência importante em crianças, especialmente na região central do município, e está relacionada a parasitoses, adquiridas devido a medidas higiênicas inadequadas. Sabe-se que as parasitoses podem comprometer o desenvolvimento físico e intelectual, principalmente de crianças em idade escolar. Assim, é importante averiguar o conhecimento sobre esse tema que os escolares e as pessoas responsáveis por seu cuidado possuem. Este trabalho avaliou o conhecimento sobre as parasitoses em uma EMEB do município de Avaré-SP, localizada na zona urbana, onde a DDA ocorre. Para tanto, foram aplicados questionários para professores, funcionários e escolares. Este foi aplicado individualmente para professores e funcionários contendo questões objetivas, podendo-se assinalar mais de uma alternativa. Aos alunos, foi aplicado oralmente em sala de aula. Após a aplicação, foi realizado um diagnóstico do conhecimento. Ao todo, 476 pessoas responderam aos questionários, sendo 12 professores, 09 funcionários, 264 escolares e 191 pais. A avaliação do questionário permitiu perceber que há grande fragilidade no conhecimento de alguns sintomas causados por parasitas, como a tosse, que é de desconhecimento de todos os professores (100% desconhecem) e da maioria dos funcionários (78%). Percebeu-se também o desconhecimento de

outros sintomas, como disenteria (98%) e perda de apetite (98%), pelos pais dos alunos. Em relação às crianças notou-se, principalmente, o desconhecimento das formas de prevenção (68%) e de informações básicas, como o que são vermes (65%). O conhecimento sobre parasitoses é essencial para controlar essas doenças e, consequentemente a DDA, pois promove a conscientização e a aquisição de hábitos que melhoram a qualidade de vida da população. Notou-se, portanto, a necessidade de promover intervenções educativas nesta comunidade escolar, constituindo na próxima etapa deste projeto.

PALAVRAS-CHAVE: Comunidade Escolar, Educação em saúde, Parasitoses e Profilaxia.

SUPORTE FINANCEIRO: PRX - Pró Reitoria de Extensão do IFSP.

CONHECIMENTO SOBRE PREVENÇÃO DE PARASITOSES EM UMA

COMUNIDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE AVARÉ-SP

Beatriz Bello de Miranda¹, Tamires Castilho dos Santos¹ e Tarsila Ferraz Frezza¹

¹Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto Federal de São Paulo,

câmpus Avaré-SP

tamirescastilhos@ gmail.com

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A dermatofitose, enfermidade cutânea contagiosa, pode ser causada pelo contato direto ou por fômites contaminados com Microsporum ou Trichophyton, considerados fungos filamentosos e queratolíticos, os quais podem causar graves alterações na pele e anexos. Diante do caráter zoonótico da doença, o objetivo do presente trabalho foi discorrer o caso de uma égua Mangalarga no terço final da gestação, 14 anos, atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Franca, com comprometimento cutâneo disseminado pelo dorso e face, há um mês. No exame específico observaram-se lesões de pele alopécicas, circulares, crostosas, hiperpigmentadas, descamativa, pruriginosas, além de pelos quebradiços e facilmente removidos em forma de pincel após leve tração. Os exames laboratoriais estavam dentro dos parâmetros de normalidade para a espécie e o raspado cutâneo e a análise em microscopia direta dos pelos, utilizando a técnica de clarificação por hidróxido de potássio a 10%, evidenciaram micélios do gênero Microsporum sp. Ato contínuo realizou-se histopatológico, o qual notificou hifas fúngicas septadas e esporos ovais dentro dos folículos pilosos; no entanto, a cultura fúngica confirmou o diagnóstico de Microsporum gypseum. A terapia tópica foi instituída com banhos diários com xampu manipulado à base de cetoconazol a 2% associado com peróxido de benzoíla a 2%. Concomitantemente, o tratamento sistêmico baseou-se na administração oral de Griseofulvina (50 mg/Kg), uma vez ao dia,

até a remissão completa dos sinais cutâneos (dois meses consecutivos). Corroborando com os dados literários, o fator determinante da suscetibilidade à doença está relacionado diretamente com o estado imunológico do animal, como o período pré-parto. Com base no caso descrito, conclui-se que mesmo com a disponibilidade de exames complementares, a cultura fúngica foi definitiva no diagnóstico, considerando que as dermatofitoses podem ser confundidas com outras afecções cutâneas pela similaridade das lesões; ademais facilitou a instituição terapêutica específica, minimizando o contágio para outros animais e humanos.

PALAVRAS - CHAVE: Cavalo, Dermatófitos, Fungo, Zoonose.

DERMATOFITOSE POR Microsporum gypseum: RELATO EM EQUINO

Mariana Reato Nascimento1, Jéssica Cristina de Barros1, Vanessa Yurika Murakami¹, Rafael

de Melo Alves², Leonardo Lamarca de Carvalho1, Marina Laudares da Costa1, Eráldio da Silva

Oliveira1, Douglas Gomes Borges1, Amanda Garcia Pereira1, Fernanda Gosuen Gonçalves Dias1,

Vítor Foroni Casas1, Lucas de Freitas Pereira1

¹ Universidade de Franca (UNIFRAN)

² Médico Veterinário autônomo

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Em saúde pública, os cães e gatos representam importante fonte de agentes zoonóticos, sendo que as infecções causadas por espécies da família Ancylostomidae incluem-se entre as mais importantes. Além da relevância em sanidade animal, as espécies Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensesão agentes etiológicos da síndrome denominada Larva Migrans Cutânea (LMC), referida popularmente como “bicho geográfico”. Diante dessas considerações e do fato de que ainda são escassos os dados sobre a prevalência individual desses ancilostomídeos, no presente estudo, amostras fecais de 146 animais (134 cães e 12 gatos) capturados e encaminhados ao Canil Municipal de Botucatu foram avaliadas por meio de exames coproparasitológicos e o DNA extraído de todas as amostras foi submetido a reações baseadas na PCR para amplificação de fragmentos do gene ITS1–5.8–ITS2. Nos exames de fezes, ovos de ancilostomídeos foram detectados em amostras de 44 (32,8 %) cães e de dois gatos (16,7%), sendo que a amplificação foi observada em 20,1% das amostras (26 cães e 1 gato). Os resultados falso-negativos nas reações de PCR podem ser devido à presença de inibidores e à baixa quantidade de ovos nas fezes, interferindo assim na extração e amplificação do DNA. De acordo com o tamanho dos fragmentos de DNA de 27 amostras, infecções simples por A. caninum e A. braziliense foram detectadas, respectivamente, em 18 (66,7%) e dois (7,4%) animais, enquanto que infecções por ambas as espécies

foram constatadas em sete (25,9%) animais. Não obstante A. caninum ser a espécie mais prevalente em diferentes regiões do mundo, há evidências que sugerem A. braziliense como o agente etiológico mais frequentemente envolvido nos casos de LMC. No entanto, vale ressaltar que do ponto de vista epidemiológico, a ocorrência de ambas as espécies em cães e gatos errantes é um fator de risco para a população humana.

PALAVRAS-CHAVE: Biologia Molecular, Helmintos, Larva Migrans Cutânea.

DIFERENCIAÇÃO MOLECULAR DE ESPÉCIES DE Ancylostoma EM CÃES E

GATOS DE UM CANIL MUNICIPAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ana Paula Oliveira Arbex1, Érica Boarato David1, Gabriela Nogueira Bittencourt1, Selene Daniela

Babboni2, Semíramis Guimarães1

1Departamento de Parasitologia/IB/UNESP/Botucatu2Vigilância Ambiental em Saúde/Secretaria Municipal de Saúde

[email protected]

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As enteroparasitoses estão relacionadas com a falta de saneamento básico e a pobreza, sendo um problema de saúde pública. Estima-se que as infecções parasitárias afetam 3,5 bilhões de pessoas no mundo, sendo a maioria crianças. Pesquisas relatam a giardíase como a principal enteroparasitose encontrada e destacam a importância da profilaxia uma vez que esta tem sido correlacionada com diarréia em crianças de creches. Conhecendo a gravidade das parasitoses em crianças, este trabalho teve como objetivo estudar a prevalência de enteroparasitoses em pré-escolares nos anos de 2010 e 2015 correlacionando com a presença de anemias e eosinofilia. Foram coletadas amostras de fezes e de sangue contendo EDTA de 118 crianças de uma creche pública de Franca-SP. No exame coproparasitológico foi empregado o método de Hoffman e a avaliação hematológica realizada pelo contador Mindray BC-3200. No ano de 2010, das 67 participantes do estudo, 10 (14,9%) apresentaram parasitológico positivo, sendo a prevalência de 8 (80%) casos com Giardia lamblia, 1 (10%) com Endolimax nana e 1 (10%) com Enterobios vermiculares. Houve correlação com eosinofilia em 8 (80%) casos, não havendo a presença de anemia em nenhum deles. No ano de 2015 das 51 crianças, 15 (29,4%) delas apresentaram positividade

no parasitológico, com 10 (66,7%) casos de Giardia lamblia, 2 (13,3%) de Entamoeba coli, 2 (13,3%) de Endolimax nana e 1 (6,7%) apresentando larva de Strongyloides stercoralis. Houve correlação com eosinofilia em 4 (27%) casos sem a presença de anemia. Concluímos em nosso estudo que as creches podem ser utilizadas como área estratégica para orientação e prevenção das enteroparasitoses na tentativa da redução das mesmas.

PALAVRAS-CHAVE: Crianças pré-escolares, Enteroparasitoses, Saneamento.

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CRECHE DA CIDADE DE FRANCA-

SP NOS ANOS DE 2010 E 2015

Angelica Alto da Silva1, Fernando Soares1, Marcos Aurélio Stoppa2, Cristiane Tavares 3

1Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade de Franca2Biomédico do Laboratório de Análises Clínicas da Universidade de Franca3Docente do Curso de Biomedicina da Universidade de Franca

[email protected]

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Este trabalho constitui parte de um projeto intitulado “Esquistossomose e enteroparasitoses: vigilância epidemiológica associada à educação ambiental e em saúde”, que vem sendo desenvolvido com o objetivo de dimensionar o problema da esquistossomose e das enteroparasitoses, para planejamento e implantação de um programa de vigilância e controle das mesmas, em municípios localizados na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas-MG (SRS-Alfenas), na região sul/sudoeste do estado. A pesquisa de enteroparasitoses em uma população infantil constitui instrumento valioso para se conhecer a qualidade de vida e as condições de saneamento às quais estão sujeitos os moradores daquela comunidade. O presente estudo teve como objetivo verificar a frequência de enteroparasitos na população escolar de Cabo Verde, MG, um dos municípios da SRS-Alfenas, localizada a cerca de 90km da cidade sede, Alfenas, tendo como público alvo crianças do 4º e do 5º ano do ensino fundamental. Foram convidadas para participarem do projeto 237 crianças, de cinco escolas da rede municipal, duas na zona rural e três, na urbana, e uma escola da rede estadual, na zona urbana. Destas, 182 crianças (76,8%) apresentaram o termo de compromisso, com assinatura dos pais ou responsáveis concordando em participar da pesquisa. As taxas de participação, com fornecimento de material para exame parasitológico de fezes, foram de 57,1% (120/210) e 66,7% (18/27), respectivamente, nas escolas

da rede municipal e estadual. As amostras fecais foram processadas pelo método de Lutz (sedimentação espontânea) e as taxas de positividade encontradas variaram de 2,9% a 18,7%, de acordo com a escola envolvida. Não se diagnosticaram casos de helmintoses e entre os protozoários foram detectados Giardia lamblia (4 casos), Entamoeba coli (5 casos) e Endolimax nana (4 casos). Os resultados sugerem diferenças nos graus de risco de aquisição de enteroparasitoses de acordo com o bairro de localização das escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Enteroparasitoses, Frequência, Helminto, Protozoário, Educação.

SUPORTE FINANCEIRO: Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CABO

VERDE, MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL/SUDOESTE DE MINAS GERAIS

Diego Fernandes Vilas Boas 1, Leonardo Felipe Silva Borges 2, Raquel Lopes Martins Souza 3,

Hermínia Yohko Kanamura 3

1 Instituto de Ciências Biológicas; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas; 3 Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL-MG

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Em saúde pública, os cães e gatos representam importante fonte de agentes zoonóticos, sendo que as infecções causadas por espécies da família Ancylostomidae incluem-se entre as mais importantes. Além da relevância em sanidade animal, as espécies Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensesão agentes etiológicos da síndrome denominada Larva Migrans Cutânea (LMC), referida popularmente como “bicho geográfico”. Diante dessas considerações e do fato de que ainda são escassos os dados sobre a prevalência individual desses ancilostomídeos, no presente estudo, amostras fecais de 146 animais (134 cães e 12 gatos) capturados e encaminhados ao Canil Municipal de Botucatu foram avaliadas por meio de exames coproparasitológicos e o DNA extraído de todas as amostras foi submetido a reações baseadas na PCR para amplificação de fragmentos do gene ITS1–5.8–ITS2. Nos exames de fezes, ovos de ancilostomídeos foram detectados em amostras de 44 (32,8 %) cães e de dois gatos (16,7%), sendo que a amplificação foi observada em 20,1% das amostras (26 cães e 1 gato). Os resultados falso-negativos nas reações de PCR podem ser devido à presença de inibidores e à baixa quantidade de ovos nas fezes, interferindo assim na extração e amplificação do DNA. De acordo com o tamanho dos fragmentos de DNA de 27 amostras, infecções simples por A. caninum e A. braziliense foram detectadas, respectivamente, em 18 (66,7%) e dois (7,4%) animais, enquanto que infecções por ambas as espécies

foram constatadas em sete (25,9%) animais. Não obstante A. caninum ser a espécie mais prevalente em diferentes regiões do mundo, há evidências que sugerem A. braziliense como o agente etiológico mais frequentemente envolvido nos casos de LMC. No entanto, vale ressaltar que do ponto de vista epidemiológico, a ocorrência de ambas as espécies em cães e gatos errantes é um fator de risco para a população humana.

PALAVRAS-CHAVE: Biologia Molecular, Helmintos, Larva Migrans Cutânea.

DIFERENCIAÇÃO MOLECULAR DE ESPÉCIES DE Ancylostoma EM CÃES E

GATOS DE UM CANIL MUNICIPAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ana Paula Oliveira Arbex1, Érica Boarato David1, Gabriela Nogueira Bittencourt1, Selene Daniela

Babboni2, Semíramis Guimarães1

1Departamento de Parasitologia/IB/UNESP/Botucatu2Vigilância Ambiental em Saúde/Secretaria Municipal de Saúde

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As enteroparasitoses estão relacionadas com a falta de saneamento básico e a pobreza, sendo um problema de saúde pública. Estima-se que as infecções parasitárias afetam 3,5 bilhões de pessoas no mundo, sendo a maioria crianças. Pesquisas relatam a giardíase como a principal enteroparasitose encontrada e destacam a importância da profilaxia uma vez que esta tem sido correlacionada com diarréia em crianças de creches. Conhecendo a gravidade das parasitoses em crianças, este trabalho teve como objetivo estudar a prevalência de enteroparasitoses em pré-escolares nos anos de 2010 e 2015 correlacionando com a presença de anemias e eosinofilia. Foram coletadas amostras de fezes e de sangue contendo EDTA de 118 crianças de uma creche pública de Franca-SP. No exame coproparasitológico foi empregado o método de Hoffman e a avaliação hematológica realizada pelo contador Mindray BC-3200. No ano de 2010, das 67 participantes do estudo, 10 (14,9%) apresentaram parasitológico positivo, sendo a prevalência de 8 (80%) casos com Giardia lamblia, 1 (10%) com Endolimax nana e 1 (10%) com Enterobios vermiculares. Houve correlação com eosinofilia em 8 (80%) casos, não havendo a presença de anemia em nenhum deles. No ano de 2015 das 51 crianças, 15 (29,4%) delas apresentaram positividade no parasitológico, com 10 (66,7%) casos de Giardia lamblia, 2 (13,3%) de Entamoeba coli, 2 (13,3%)

de Endolimax nana e 1 (6,7%) apresentando larva de Strongyloides stercoralis. Houve correlação com eosinofilia em 4 (27%) casos sem a presença de anemia. Concluímos em nosso estudo que as creches podem ser utilizadas como área estratégica para orientação e prevenção das enteroparasitoses na tentativa da redução das mesmas.

PALAVRAS-CHAVE: Crianças pré-escolares, Enteroparasitoses, Saneamento.

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE CRECHE DA CIDADE DE FRANCA-

SP NOS ANOS DE 2010 E 2015

Angelica Alto da Silva1, Fernando Soares1, Marcos Aurélio Stoppa2, Cristiane Tavares 3

1Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade de Franca2Biomédico do Laboratório de Análises Clínicas da Universidade de Franca3Docente do Curso de Biomedicina da Universidade de Franca

[email protected]

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Este trabalho constitui parte de um projeto intitulado “Esquistossomose e enteroparasitoses: vigilância epidemiológica associada à educação ambiental e em saúde”, que vem sendo desenvolvido com o objetivo de dimensionar o problema da esquistossomose e das enteroparasitoses, para planejamento e implantação de um programa de vigilância e controle das mesmas, em municípios localizados na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas-MG (SRS-Alfenas), na região sul/sudoeste do estado. A pesquisa de enteroparasitoses em uma população infantil constitui instrumento valioso para se conhecer a qualidade de vida e as condições de saneamento às quais estão sujeitos os moradores daquela comunidade. O presente estudo teve como objetivo verificar a frequência de enteroparasitos na população escolar de Cabo Verde, MG, um dos municípios da SRS-Alfenas, localizada a cerca de 90km da cidade sede, Alfenas, tendo como público alvo crianças do 4º e do 5º ano do ensino fundamental. Foram convidadas para participarem do projeto 237 crianças, de cinco escolas da rede municipal, duas na zona rural e três, na urbana, e uma escola da rede estadual, na zona urbana. Destas, 182 crianças (76,8%) apresentaram o termo de compromisso, com assinatura dos pais ou responsáveis concordando em participar da pesquisa. As taxas de participação, com fornecimento de material para

exame parasitológico de fezes, foram de 57,1% (120/210) e 66,7% (18/27), respectivamente, nas escolas da rede municipal e estadual. As amostras fecais foram processadas pelo método de Lutz (sedimentação espontânea) e as taxas de positividade encontradas variaram de 2,9% a 18,7%, de acordo com a escola envolvida. Não se diagnosticaram casos de helmintoses e entre os protozoários foram detectados Giardia lamblia (4 casos), Entamoeba coli (5 casos) e Endolimax nana (4 casos). Os resultados sugerem diferenças nos graus de risco de aquisição de enteroparasitoses de acordo com o bairro de localização das escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Enteroparasitoses, Frequência, Helminto, Protozoário, Educação.

SUPORTE FINANCEIRO: Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG

ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CABO

VERDE, MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL/SUDOESTE DE MINAS GERAIS

Diego Fernandes Vilas Boas 1, Leonardo Felipe Silva Borges 2, Raquel Lopes Martins Souza 3,

Hermínia Yohko Kanamura 3

1 Instituto de Ciências Biológicas; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas; 3 Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL-MG

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Mapas de incidências de doenças desempenham um papel importante dentro dos estudos epidemiológicos. Técnicas de análise espacial têm sido amplamente utilizadas para fornecer informações sobre a distribuição de doenças infecciosas e avaliar a disseminação viral em áreas urbanas. Em 2015 o Brasil apresentou uma das mais importantes epidemias de dengue de sua história com mais de um milhão e meio de casos notificados. Araraquara, cidade da região central do Estado de São Paulo, tem apresentado um aumento no número de casos de dengue, e apresentou em 2015 epidemia alarmante. Nós utilizamos uma abordagem espacial para avaliar dados de oito anos de dengue em Araraquara com o objetivo de identificar populações sob risco e padrões na ocorrência da doença. Casos confirmados de dengue entre 2008 e 2015 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e geocodificados na base cartográfica da cidade com eixos de ruas e setores censitários. Foram realizadas duas técnicas de geoestatística para identificar e investigar áreas com aparente aumento da incidência da doença que caracterizem aglomerados estatisticamente significantes. O método global Ripley’s K function foi usado para avaliar se houve agrupamento evidente na região de estudo e o método local Getis-Ord Gi* para definir a localização e extensão dos aglomerados identificados. Foram notificados 15729 casos de dengue no período e pelo menos um aglomerado em cada ano analisado. No entanto

não foi possível identificar uma persistência dos setores com aglomerados ao longo dos anos, uma vez que um mesmo setor se repetiu no máximo três vezes em oito anos. O próximo passo será avaliar as variáveis que podem ajudar a prever a ocorrência desses aglomerados e identificar um modelo que otimize as estratégias para reduzir o risco de transmissão ou que sejam úteis para determinar os melhores locais para administração de vacinas num futuro próximo.

PALAVRAS-CHAVE: Análise Espacial, Dengue, Vigilância Epidemiológica.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP 2013/02338-9

EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL DA DENGUE EM ARARAQUARA, SÃO PAULO,

BRASIL

Aline Chimello Ferreira1, Francisco Chiaravalloti-Neto2, Adriano Mondini1

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista (FCFAR/UNESP) 2 Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (FSP/USP)

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Este trabalho é parte do projeto “Esquistossomose e enteroparasitoses: vigilância epidemiológica associada à educação ambiental e em saúde”, desenvolvido com o objetivo de dimensionar o problema da esquistossomose e das enteroparasitoses para implantação de programa de vigilância e controle das mesmas em municípios localizados na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas-MG. Esta apresentação descreve as atividades educativas realizadas em Cabo Verde, um dos municípios da regional, tendo como público crianças dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental de escolas públicas. O objetivo foi despertar nas crianças a capacidade crítica sobre as doenças parasitárias, sensibilizando-as quanto à necessidade de adquirir hábitos higiênicos promovendo a prevenção das mesmas, sendo utilizadas aulas teóricas e práticas complementadas com atividades lúdicas, como jogos educativos e laboratório móvel de parasitologia. As ferramentas lúdicas e educativas foram avaliadas quanto ao processo de sensibilização das crianças através da aplicação de questionários abordando questões socioeconômicas, sanitárias, higiênicas, ambientais e medidas profiláticas. O resultado da análise das questões de conhecimentos gerais acerca dos parasitos mostrou que o número de acertos foram superiores ao número de erros tanto nos questionários iniciais quanto nos finais, 61,05% e

63,99% respectivamente. Foi observado ainda, maior desempenho entre os alunos do 5º ano, onde a porcentagem de respostas corretas foi de 69,47% no questionário final e 60,85% no inicial. Entre os escolares do 4º ano o número de respostas corretas foram superiores na primeira avaliação com 61,45%, enquanto a porcentagem de acertos no questionário final foi de 55,22%. A análise comparativa dos questionários permitiu identificar variação no desempenho do projeto de acordo com a classe, 4º ou 5º anos e foi possível concluir ainda que tais metodologias foram além da assimilação do conhecimento científico, mas também contribuíram no favorecimento da interação entre os alunos e estímulo ao trabalho em equipe.

PALAVRAS-CHAVE: Educação, Esquistossomose, Estratégias de Ensino, Jogos Educativos, Parasitoses Intestinais.

SUPORTE FINANCEIRO: Pró-Reitoria de Extensão da UNIFAL-MG.

ESTRATÉGIAS LÚDICAS APLICADAS AO ENSINO DE PARASITOLOGIA, EM

PROJETO DE EXTENSÃO COM CRIANÇAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

Diego Fernandes Vilas Boas1, Elda Gonçalves dos Santos1, Pâmela Ingrid Alves1,Raissa Rosa da

Silva1, Isabella Maria Monteiro de Souza1, Ivo Santana Caldas1, Hermínia Yohko Kanamura1.

Departamento de Patologia e Parasitologia - Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)

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O uso da informação contida nas bases de dados e sistemas de informação sobre saúde e ambiente, torna-se um recurso estratégico para a elaboração de estudos capazes de contribuir para as ações em promoção de saúde. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto das doenças parasitárias sobre a saúde da população paulista e o Sistema Único de Saúde (SUS) no período de 2003 a 2013 a partir dos dados de óbitos, internações hospitalares e despesas associadas. As variáveis epidemiológicas foram obtidas no sítio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e as variáveis de renda, educação e saneamento nos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após organização e armazenamento, os dados foram apresentados de maneira descritiva e as internações por doenças parasitárias entre 2003 e 2013 foram convertidas em taxas de internação e tratadas estatisticamente em um modelo de regressão linear simples para estimar a tendência. Os resultados demonstram que o Estado de São Paulo apresentou melhorias para todos os indicadores socioeconômicos e ambientais estudados. Os óbitos por doenças parasitárias (DP) corresponderam, em média, a 43 mortes por ano, ou seja, cerca de 0,03% do total. A média anual de hospitalizações por estes agravos foi de 1.219, com uma despesa total de R$

16.878.222,66 neste período. Verificou-se também uma tendência decrescente e significativa (p < 0,01) para as taxas de internação por DP, com uma queda anual de aproximadamente 0,03 internações a cada 10.000 habitantes. Os resultados sugerem que as melhores condições de habitação, renda e educação podem estar associadas aos inexpressivos impactos causados pelas doenças parasitárias sobre a saúde da população paulista e o SUS no período estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Estudos de Séries Temporais, Estudos Ecológicos, Parasitoses, Serviços Hospitalares.

ESTUDO DO IMPACTO DAS PARASITOSES SOBRE A SAÚDE PÚBLICA NO

ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2003 A 2013

Mateus Henrique Amaral1, Salvador Boccaletti Ramos1

1Universidade de Franca

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O Aedes aegypti é vetor de grande importância na atualidade, o mosquito transmite as arboviroses: degue, chikungunya e zika. Nesse contexto, a proposta desse trabalho foi realizar um estudo epidemiológico com as populações de A. aegypti do município de Salinas-MG, com o intuito de monitorar as taxas de infestação das populações encontradas na cidade. Para isso, utilizamos para coleta de ovos do mosquito as armadilhas ovitrampas, estas foram instaladas em 10 bairros do município, alojadas no peridomicilio das residências. Semanalmente as armadilhas foram vistoriadas, as palhetas contidas em cada uma das 10 ovitrampas foram recolhidas, identificadas e acondicionadas em saco plástico param serem transportadas ao Laboratório de Biologia. Após a vistoria, as armadilhas foram lavadas, preenchidas com 300 ml de água e uma nova palheta afixada. Esse procedimento foi realizado, durante o período de junho a dezembro de 2015. Em laboratório, as palhetas recolhidas foram colocadas para secagem em temperatura ambiente, posteriormente os ovos presentes na palheta de cada ovitrampa foram contabilizados com o auxílio de um microscópio esteroscópico (20X) e contador manual. Foram coletados 9.526 ovos, com variações entre os locais e ao longo do período de monitoramento. Os locais que registraram maior número de palhetas positivas foram as armadilhas instaladas nos bairros: Centro, São Geraldo, Nova Esperança e Alvorada, Juntas representam 66,6% do total de ovos coletados. Já os

lugares que registraram menores quantidades dos ovos foram as armadilhas instaladas nos bairros Vila sobradinho, São José e Silvio Santiago. Os dados coletados foram repassados para a vigilância sanitária do município para que as medidas cabíveis fossem tomadas. Através do mapeamento de áreas de risco, foi possível detectar pontos críticos de concentração populacional, podendo transformar o monitoramento com ovitrampas em um instrumento para a vigilância vetorial, como indicador de prioridades para ações de controle.

PALAVRAS-CHAVE: Aedes aegypti, Epidemiologia, Monitoramento.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPEMIG.

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO COM POPULAÇÕES DE Aedes aegypti DO

MUNICÍPIO DE SALINAS-MG

Laís Brito e Silva¹; Wêudson Alves Mendes¹ ;Lucas Almeida Oliveira¹; Tatianne Gizelle Marques

da Silva Silva ¹, Filipe Vieira Santos de Abreu¹

¹Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

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Os testes sorológicos para toxoplasmose em mulheres com idade fértil e no pré-natal tem grande importância para a prevenção da toxoplasmose congênita, a fim detectar possível infecção latente. Este estudo teve como objetivo foi estabelecer os níveis sorológicos dos anticorpos anti Toxoplasma gondii e sua prevalência entre mulheres em idade fértil atendidas em instituições públicas de saúde no município de Bauru – SP. Foram incluídas mulheres com idade entre 15 a 49 anos e com níveis sorológicos anti Toxoplasma gondii detectados por metodologia de Imunoensaio Quimioluminescente para investigação dos níveis de anticorpos IgG e IgM, através do equipamento ABBOTT Architect® i2000. O total de 2.340 casos foram estudados, sendo que para estabelecer a influência da faixa etária em relação a positividade de anticorpos anti Toxoplasma gondii, foi dividido 2 grupos dicotomizados considerando a idade mediana. Os anticorpos IgG positivos foram 1.034 (44,1%) casos, sendo 13 (0,6%) inconclusivos e 1.293 (55,3%) negativos. Já para anticorpos IgM, a positividade foi encontrada em 40 (1,7%) das mulheres, sendo deste 36 (1,5%) inconclusivos e 2264 (96,8%) negativos. Os achados mostraram que o Grupo 2 (33 a 49 anos) possuem maior tendência em apresentar sorologia positiva para Toxoplasmose que o Grupo 1 (15 a 32 anos), tanto para anticorpos IgG (RR 2,20; IC95% 2,07-2,34; p<0,001), quanto para doença ativa, anticorpos IgM (RR 1,92; IC95% 1,02-3,64; p=0,03). Estes dados indicam que o contato com o protozoário

é comum, pois a prevalência de positividade para anticorpos IgG atinge quase a metade das mulheres do estudo, no entanto, encontramos uma baixa ocorrência de doença ativa, sendo possível observar a influência do tempo sob risco para positividade sorológica no grupo de mulheres com idade de 33 a 49 anos, indicando a importância da prevenção primária por meio do diagnóstico prévio, tratamento e acompanhamento sorológico, principalmente em gestantes.

PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Gestação, Imunoglobulina, Toxoplasmose.

ESTUDO SOROLÓGICO PARA ANTICORPOS ANTI Toxoplasma gondii EM

POPULAÇÃO ALVO ATENDIDA EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE NO

MUNICÍPIO DE BAURU-SP

José Cláudio Simão1; Lais Pereira S. Carvalho2; Adriana Aparecida Feltrin Correa2; Fátima

Haddad Barrach2, Milena Agostinho Tunes Simão3

1 Programa de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Botucatu-SP, Brasil

2 Universidade Paulista – UNIP. Bauru-SP, Brasil3 Faculdade Integradas de Bauru - FIB. Bauru-SP, Brasil

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As sarnas são patógenos zoonóticos de grande interesse na clínica médica de pequenos animais por serem as mais frequentes causadoras de dermatopatias. Em cães, Sarcoptes scabiei e Demodex canis são as de maior ocorrência, sendo esta última patogênica quando os animais apresentam imunossupressão. Nos gatos, a infestação por Notoedres cati é uma dermatose intensamente pruriginosa, localizada principalmente nas orelhas, podendo causar lesões transitórias nos seres humanos em contato com animais infestados. Realizou-se o levantamento da ocorrência de sarnas em cães e gatos atendidos no Hospital Veterinário do IFPB, campus Sousa- PB, no período de Agosto 2015 a Julho 2016. Os animais previamente avaliados foram submetidos a Raspado Cutâneo para avaliação pelo Exame Microscópico Direto (EMD), objetivando visualização dos ácaros. Neste período, foram realizadas 62 análises, sendo 53 cães e nove gatos. Do total de cães, 20,7% foram positivos (11/53), sendo 81,8% para Demodex sp. (9/11) e 18,2% para Sarcoptes spp. (2/11). Dos gatos atendidos, apenas 22,2% (2/9) foram positivos, ambos para Notoedres spp. Dos cães positivos para sarnas 66% eram machos. As raças positivas mais frequentes dos cães foram 18,2% Pitbull (2/11), 27,3% Poodle (3/11) e 36,5% SRD (4/11). Conclui-se que são frequentes as sarnas em pequenos animais atendidos no Hospital Veterinário do IFPB. Demodex sp em cães e Notoedres spp em gatos.

PALAVRAS-CHAVE: Ácaros, Animais Domésticos, Sarna, Zoonose.

FREQUÊNCIA DE ECTOPARASITOSES EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DO IFPB, CAMPUS SOUSA-PB

Bianca Alves Valencio1, Paulo Wbiratan Lopes Costa1, Roberto Alves Bezerra1, Émerson Timóteo

de Alcântara1, Vinicius Longo Ribeiro Vilela1

1Laboratório de Parasitologia Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Instituto Federal da Paraíba -IFPB, Sou-sa-PB

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Buffaloes are known for their rusticity, tolerance and resistance to infectious and parasitic diseases, and are thus better adapted to adverse environmental conditions than are cattle. Although, increasing productivity and technification within buffalo-raising has favored the introduction of infectious and parasitic diseases into herds, as a result of management changes, higher animal density and confinement. In this context, gastrointestinal helminthiasis have taken on an important role. The aims of this study were to determine the frequency of gastrointestinal helminthes in buffaloes in the state of Paraiba, and to identify the risk factors associated with these infections. The study was conducted on 127 buffaloes on 14 farms. Visits were made to collect feces in order to perform fecal egg counts (FEC) and fecal cultures. The frequency of buffaloes affected by helminthes was 11% (14/127). In the fecal cultures, Haemonchus spp. was the most frequent helminthic genus (59%), followed by Trichostrongylusspp. (34%) and Oesophagostomum spp. (7%). Purchasing animals at livestock auctions/fairs (odds ratio = 25.44; 95% CI = 2.17 – 297.68; P = 0.010) was identified as a risk factor. It was concluded that the frequency of gastrointestinal parasites in buffaloes in the state of Paraiba was relatively high, being Haemonchus spp. the most prevalent genus.

KEYWORDS: Buffalo, Epidemiology, Haemonchus spp., Northeastern.

FREQUENCY OF GASTROINTESTINAL HELMINTHS IN BUFFALOES IN THE

STATE OF PARAIBA, BRAZIL

Vinícius Longo Ribeiro Vilela1, Bianca Alves Valencio1, Arthur William de Lima Brasil2, Roberta

Nunes Parentoni2, Thais Ferreira Feitosa1, Sérgio Santos de Azevêdo2

1 Laboratory of Veterinary Parasitology, Department of Veterinary Medicine, Instituto Federal da Paraíba -IFPB, Sousa-PB 2 Post-Graduating Program of Veterinary Medicine, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Patos-PB

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Os nematóides de aves são considerados os parasitas mais patogênicos para esses animais, podendo levar a aumento da mortalidade e queda no desempenho, resultando em prejuízos econômicos. Dentre os principais nematóides parasitas de aves destacam-se a Capillaria spp, Ascaridia galli e o Heterakis gallinarum. O objetivo do presente trabalho foi avaliar e incidência de helmintos presentes em aves caipiras e aves comerciais de postura. Para realização do estudo, foram colhidas 200 amostras de fezes de aves de postura, provenientes de granja comercial e 100 amostras de fezes de aves caipiras, oriundas de diversas propriedades particulares. A avaliação dos animais positivos para verminose foi realizada utilizando o método de Willis-Mollay, através do qual foi possível detectar a presença de helmintos tanto nas aves de postura como nas aves caipiras. Os resultados indicaram uma incidência de nemotóides nas aves poedeiras de 23,5%, dos quais a incidência de Capillaria spp, Ascaridia galli, Heterakis gallinarumforam de 12,8%, 31,9%, 38,3%, respectivamente. Nas aves caipiras a incidência de nematóides foi de 30%, dos quais 70% dos animais apresentaram resultados positivos para Heterakis gallinarum, 20% para Capillaria spp e 26,7% para Ascaridia galli. Observou-se uma maior incidência de Heterakis gallinarumtanto nas aves caipiras como nas aves comerciais de postura. Por meio da análise dos resultados foi possível concluir que nas duas criações ocorreram casos de parasitismos por nemotóides, o que reforça

a importância de um controle adequado das endoparasitose em aves.

PALAVRAS-CHAVE: Avinocultura, Parasito, Verminose.

INCIDÊNCIA DE NEMATÓIDES PRESENTES EM AVES COMERCIAIS DE

POSTURA E AVES CAIPIRAS

Maria Cecília Soares1, Sabrina Nathália Louzada Nogueira2, Rafael Paranhos de Mendonça2,

Kelvin Fernando Quim da Silva3.

1 Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia2 Universidade de Franca

3 Faculdade Doutor Francisco Maeda

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No Brasil algumas propostas de avaliação de indicadores de saúde foram realizadas, como por exemplo, o Atlas de Desenvolvimento da Saúde, elaborado pela Organização Pan-Americana de Saúde cuja proposta foi descrever a evolução de indicadores dentro do conceito de Sustentabilidade, nas dimensões social, econômica e ambiental. Materiais e métodos - Em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, bem como a proposta do Atlas de Desenvolvimento sustentável em Saúde, foram escolhidos três indicadores. O indicador da dimensão econômica foi a proporção da população em pobreza, o da dimensão social foi a proporção da população analfabeta, e o da dimensão ambiental foi o acesso à água encanada. A analise foi feita utilizando-se mapas condicionais, com o uso de uma variável de análise e duas variáveis condicionantes que são divididas em grupos, no caso a divisão por quantil. O limite para os valores extremos foi de 1,5 vezes o intervalo interquartil (IQR). Os outliers superiores englobaram 148 municípios, cuja incidência de esquistossomose é muito alta. Resultados e discussão - Nos mapas condicionais, foram identificadas três situações, considerando as combinações das variáveis, utilizando como mapa base o boxmap da media de esquistossomose entre os anos de 2007 a 2014. Os quantis das variáveis: extremamente pobres e sem água encanada, demonstram que, o maior número de outliers ocorre nos terceiros quantis. Os quantis das variáveis: analfabetismo e

sem água encanada, apresentaram o maior número de outliers nos terceiros quantis. Os quantis das variáveis: analfabetismo e extremamente pobres, também apresentaram o maior número de outliers nos terceiros quantis. Conclusao – Os valores extremos ocorrem nos terceiro quartis e nos três o maior número de notificações de esquistossomose ocorrem em municipios com os piores indicadores de sustentabilidade nas dimensões social, econômica.

PALAVRAS-CHAVE: Esquistossomose, Promoção de Saúde, Sustentabilidade.

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE E A ESQUISTOSSOMOSE EM MINAS

GERAIS

José de Paula Silva 1, 2, Mônica de Andrade 1

1Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Franca2Núcleo de Ciências Biológicas e Saúde - Universidade do Estado de Minas Gerais

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A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil as principais espécies são L (L.) amazonensis, L (V.) braziliensis e L (V.) guyanensis, transmitidas pelo flebotomíneo do gênero Lutzomya. As manifestações clínicas acometem pele e mucosas, podendo apresentar lesões únicas, disseminadas ou difusas. O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento dos exames laboratoriais dos casos suspeitos de LTA diagnosticados no IAL –CLR- Sorocaba, no período de 2012 a junho de 2016, provenientes da DRS XVI que abrange as GVEs de Sorocaba e Itapeva num total de 48 municípios. Os casos notificados foram obtidos no site do CVE por GVEs e os dados referentes à idade, sexo, município e resultados de exames, nos registros internos do IAL Sorocaba – Parasitologia. Foram realizados exames de 423 pacientes com suspeita clínica de LTA, nas faixas etárias: <10 anos (20), 11-30a (78), 31-50a (112), >50a (183) e 30 sem informação. Os métodos laboratoriais foram: Pesquisa direta 192 (50 positivos e 142 negativos); RIFI 275 (73 positivos e 202 negativos); Histopatológico 161 (34 positivos e 127 negativos); Imunohistoquímico 139 (32 positivos e 107 negativos); Cultura 24 (2 positivos e 22 negativos); PCR 185 (74 positivos e 111 negativos) e IDM 10 (9 positivos e 1 negativo). Obtivemos 143 pacientes com dois ou mais resultados positivos para LTA, sendo 55 do sexo feminino e 88 masculino. Observamos 22 municípios com casos de LTA, sendo 17 da

GVE - Sorocaba e cinco GVE Itapeva. A faixa etária >50 anos foi a que apresentou o maior número de casos, predominantemente no sexo masculino. O diagnóstico da LTA deve ser baseado nos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, visto que é necessário diferencia-la de outras patologias.

PALAVRAS-CHAVE: DRS XVI, Epidemiologia, Leishmaniose Tegumentar Americana.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

E LABORATORIAIS DRS XVI – SOROCABA

Aline Akemi Pablos Inoue¹, Thalita Carolina Haak¹, Aparecida Helena de Souza Gomes1, Sueli

Vieira Cortez1, Wendel Tadeu da Silva1, Cristina Takami Kanamura2, Silvia D’Andretta Iglesias2,

Ricardo Gava2, Vera Lucia Pereira Chioccola2

1Instituto Adolfo Lutz (IAL) – CLR - Sorocaba - Parasitologia

²Instituto Adolfo Lutz (IAL) - Laboratório Central São Paulo

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O progresso e a globalização contribuem para alterar o equilíbrio biológico, social e cultural, repercutindo no processo saúde-doença na população. A Leishmaniose Visceral destaca-se como doença emergente da saúde pública pela alta letalidade quando não diagnosticada e tratada precocemente. Seguindo o referencial teórico de Robert K. Yin, o estudo teve como objetivo subsidiar a sistematização da assistência conhecendo o perfil epidemiológico e sócio demográfico dos pacientes internados em hospital geral de referência para DRS VI Bauru no período de agosto/09 a agosto/10. Para isto, foram realizadas 22 entrevistas semiestruturadas, sendo 15 do sexo masculino (19%) e sete do sexo feminino (31,81%), com faixa etária entre 20 e 66 anos, e idade média de 42 anos. O elevado número de sujeitos com baixa escolaridade (72,74% com 1º Grau Incompleto) chamou atenção e corrobora com a hipótese que esta variável pode ser considerada fator de predisposição para infecção por Leishmania chagassi, influenciando a maneira de viver e interagir com o ambiente, contribuindo para prevalência das doenças relevantes em saúde pública. Na totalidade o diagnóstico parasitológico foi realizado por meio do mielograma a fim de evidenciar a forma amastigota do parasita. Ao exame físico foi detectado prevalência de hepatoesplenomegalia (68,19%), sendo que a hepatomegalia ao reduzir o suprimento sanguíneo comprometendo a absorção de nutrientes, contribuindo para perda ponderal em 63.63%

dos casos. Já a esplenomegalia contribuiu para supressão medular pela deficiência orgânica de vitamina B12 e ácido fólico. A febre esteve presente na totalidade dos casos como resposta do centro termorregulador frente ao agente agressor a fim de manter homeostase corporal. Ao comprometer o organismo sistemicamente, a Leishmaniose Visceral ocasiona várias repercussões clínicas refletidas em sinais e sintomas, o que exige conhecimento sobre a doença e reflexão constante da prática assistencial para restabelecimento da saúde dos sujeitos acometidos.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Individualizada de Saúde, Epidemiologia, Fisiopatologia, Leishmaniose Visceral, Parasitologia.

LEISHMANIOSE VISCERAL – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

José Cláudio Simão1; Milena Agostinho Tunes Simão2; Jairo Aparecido Ayres3; Carlos Magno

Castelo Branco Fortaleza4.

1Programa de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu-SP, Brasil2Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu-SP, Brasil

3Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu-SP, Brasil

4Departamento de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu-SP, Brasil

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A coinfecção Leishmaniose Visceral Americana-HIV (LVA-HIV) é caracterizada pela associação do protozoário Leishmania spp. e pelo Vírus da Imunodeficiência Humana. É considerada uma doença emergente e que constitui um grande problema de saúde pública. A coinfecção apresenta um aumento no número de casos, devido à sobreposição geográfica de ambas as doenças, agravada pelas formas de transmissão já estabelecidas no passado e por novas possibilidades, como por exemplo, transmissão vertical, entre casais heterossexuais, idosos, compartilhamento de perfurocortantes e por transfusão sanguínea. A leishmaniose possui um caráter oportunista em pacientes imunocomprometidos e os efeitos deletérios sobre a imunidade dos pacientes são potencializados. A falta de integração entre as informações nas plataformas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde dificulta a análise dos dados. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento dos casos suspeitos de LVA-HIV no Brasil entre os anos de 2007 a 2013 e realizar uma unificação das informações abrangendo aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. O levantamento de dados foi realizado através da plataforma do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizada pelo site do DATASUS, utilizando as variáveis: coinfecção, características demográficas e exames laboratoriais. Foram registrados 26.112

pacientes com suspeita de LVA-HIV, sendo 1.602 coinfectados, com uma maior incidência no sexo masculino na faixa etária de 20-59 anos e predominantemente na região Nordeste. Dentre os exames laboratoriais para a leishmaniose visceral, preconizados pelo Ministério da Saúde observou-se uma maior positividade nos métodos parasitológicos (direto e cultivo) e molecular (PCR). A importância da unificação das informações reunindo os aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais favorecem as análises dos dados. Entretanto foi observado grande número de casos ignorados, inclusive a respeito da coinfecção Leishmaniose Tegumentar Americana / HIV.

PALAVRAS-CHAVE: Coinfecção, Diagnóstico, Epidemiologia, HIV, Leishmaniose Visceral Americana.

LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA X HIV NO BRASIL NO PERÍODO DE

2007 A 2013

Thalita Carolina Haak¹, Aline Akemi Pablos Inoue¹, Aparecida Helena de Souza Gomes²

¹Instituto Adolfo Lutz – Bolsista FUNDAP do Programa de Parasitologia em Saúde Pública

²Instituto Adolfo Lutz – Orientadora FUNDAP do Programa de Parasitologia em Saúde Pública

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Leishmaniose visceral (LV) é uma doença zoonótica de transmissão vetorial, sendo o cão doméstico o principal reservatório. Doença potencialmente fatal quando não tratada. Geograficamente, encontra-se distribuídos nos quatros continentes. Nas Américas 90% dos casos registrados de LV concentra-se no Brasil, sendo considerada reemergente, e elevadas taxas de incidências e letalidades. O objetivo do estudo foi avaliar os casos de letalidade por LV em pacientes notificados nos serviços de saúde na região de São José do Rio Preto, no período de 2008 a 2015. Utilizou-se dados descritivos obtidos do Sistema de informações de Agravos de Notificações (SINAN) do Grupo de Vigilância Epidemiológica de São José do Rio Preto e Jales. Foram analisadas as seguintes variáveis: taxa de letalidade, município de residência, período de notificação, sexo, faixa etária, sinais e sintomas e tratamento. A região de São José do Rio Preto é composta de 102 municípios, destes 27 possuem transmissão humana e/ou canina de LV. Foi registrada para o período 192 casos confirmados de LV na região, com 20 óbitos, a taxa de letalidade foi de 10,4%. Os municípios com maiores índices de letalidade por LV na região foram Votuporanga 50% e Jales e 25%. Entre 2011 e 2013 concentraram-se os maiores números de casos de óbitos. A maioria dos óbitos foi de pessoas do sexo masculino (15/20), e a faixa etária mais acometida foi em idosos acima de 51 anos de idade (16/20). Os sintomas mais relatados foram fraqueza, febre, emagrecimento

e hetoesplonomegalia com 99% dos casos, enquanto que tosse e palidez obtiveram 75%. A droga mais utilizada para tratamento da LV foi a Anfotericina b lipossomal (15/20), enquanto que o Antimonial Pentavalente (Glucantime) foi (5/20) pacientes. Conclui-se que a região possui alto índice de incidência e letalidade de LV e a doença está em franca expansão na região.

PALAVRAS-CHAVE: Incidência, Leishmaniose visceral, Letalidade .

LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA: AVALIAÇÃO DOS CASOS DE

LETALIDADE NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, NO PERÍODO DE

2008 A 2015

Rosa Maria Zini1, Marcella Kelvya Pierre1; Mônica Regina Bocchi2, Nestor Cyriaco da Silva

Junior3, Denise Maria Bussoni Bertollo1

1 Centro de Laboratório Regional – Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto 2 Grupo de Vigilância Epidemiológica - São José do Rio Preto

3 Superintendência de Controle de Endemias – São Josédo Rio Preto

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A cisticercose do sistema nervoso central representa a parasitose de maior prevalência mundial e a causa mais frequente de epilepsia. O agente da neurocisticercose humana é o Cysticercus cellulosae, larva deT. solium, que tem o porco como hospedeiro intermediário. Os ovos ingeridos pelo homem originam embriões hexacantos que caem na corrente sanguínea e iniciam a invasão de diferentes órgãos: olhos, músculos, pele e SNC. Quando isso ocorre, o homem passa a ser o hospedeiro intermediário do ciclo dessa parasitose. Esclarecer o diagnóstico da doença em pacientes com epilepsia e cefaleia no município de Itanhomi, em Minas Gerais, conduzidos ao ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias-DIP, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-UFRJ, - Avaliar a evolução dos pacientes em suas áreas de origem. No período de 2013 a 2015, cinco habitantes da área, do grupo etário entre 32 e 56 anos, sexo masculino, referindo queixas de cefaleia intensa, crônica, frequente, e episódios de epilepsia, realizaram sorologia para detecção de anticorpos no sangue pelos métodos de ELISA e EITB (enzyme-linked immunoelectrotransfer blot) e exames de imagem: tomografia cerebral-TC e ressonância magnética-RM. Houve positividade de anticorpos no soro, e exames de imagem compatíveis com neurocisticercose em quatro dos cinco pacientes. Tratamento: albendazol, via oral, 15 mg/kg peso, durante 8 dias, com ampliação deste prazo em três dos quatro pacientes. Regressão dos sintomas em três pacientes, óbito

em um deles por acidente vascular cerebral. Eficácia do albendazol. Investimento em saneamento básico e o tratamento dosinfectados para interromper a perpetuação do ciclo dessa parasitose. Orientar a população para que a criação de porcos não ocorra próximo à instalação de poços, e enfatizar que a ingestão de água contaminada com os ovos da Taenia solium é a principal forma de aquisição da doença na região.

PALAVRAS-CHAVE:Água contaminada, Albendazol, Neurocisticercose, Saneamento Básico, Taenia solium.

SUPORTE FINANCEIRO: Laboratório de Doenças Parasitárias - Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz, Hospital Universitário - Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias - DIP – UFRJ.

NEUROCISTICERCOSE EM PACIENTES DO MUNICÍPIO DE ITANHOMI,

NO VALE DO RIO DOCE, EM MINAS GERAIS

Isabel Cristina Melo Mendes1, Jéssica Alvanessa1, Daniele Maiumi Yamamoto1,

Juliana Freiha1,Pedro Raychtock1, Renata Costa Azevedo1, Maurício Petroli1,

Rosalie Correa1, 2, Maria José Conceição1, 3, 4

1Faculdade de Medicina-UFRJ- Curso de Graduação2Hospital Universitário ClementinoFraga Filho-UFRJ, Serviço de Neurologia

3Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias4Instituto Oswaldo Cruz- Laboratório de Doenças Parasitárias, Chefe Prof. José Rodrigues Coura

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Ancylostoma spp e Toxocara canis são os parasitos mais comuns em cães filhotes recém-nascidos, devido a sua forma de transmissão galactogênica e transplacentária. Durante a gestação, por ocasião da queda da imunidade, as larvas encistadas na fêmea gestante são reativadas e migram através corrente sanguinea para atingir o feto ou o lactente, ocorrendo então, a infecção neonatal dos filhotes através do leite ou no feto por via transplacentária. Nesse, contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de helmintos gastrointestinais em fêmeas recém paridas e nos seus respectivos filhotes. Para isto, foram coletadas 4 gramas de fezes de dez fêmeas em lactação e 19 filhotes lactentes. As amostras foram submetidas ao método de sedimentação espontânea e foi identificados helmintos do genero Ancylostoma spp e Toxocara canis. Nas fêmeas em lactação, quatro foram positivas, sendo uma por Ancylostoma spp e três por Toxocara canis. Destas fêmeas, apenas uma tinha sido vermifugada recentemente. Dos 19 filhotes avaliados, constatou-se que três estavam infectados por Toxocara canis e um por Ancylostoma spp. Em um dos filhotes positivos para Toxocara canis, a respectiva mãe estava livre de infecção. Sendo assim, pode-se dizer que uso de vermífugo em cadelas gestantes nem sempre tem sido feito de maneira apropriada, possibilitando a transmissão entre mães e filhotes. Desse modo, conclui-se que o uso correto de anti-helmínticos nas fêmeas gestantes, em lactação e em filhotes com 21

dias de idade deve ser preconizado, pois pode contribuir para diminuir o risco de infecção por helmintos gastrointestinais entre mães e filhotes.

PALAVRAS-CHAVE: Ancylostoma spp, exame coproparasitológico, helmintos, Toxocara canis.

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS GASTRINTESTIN AIS EM CADELAS E FILHOTES

SUBMETIDOS A EXAMES COPROPARASITOLÓGICO

André Luiz Mascoli Nascimento1, Aline Gomes de Campos2, Jennifer Diniz dos Santos1, Leticia

Nascimento Ramalho3, Cléber Jacob Silva de Paula2 , Rafael Paranhos de Mendonça2

1Graduando(a) em Medicina Veterinária – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP

2Professor(a) Doutor(a) – Curso de Medicina Veterinária – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP

3Bacharelada em Medicina Veterinária - – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP

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As leishmanioses são zoonoses, causadas por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania e sua transmissão ocorre por flebotomínios do gênero Lutzomyia. No Brasil, a incidência de leishmaniose tegumentar americana (LTA) está aumentando, com surtos epidêmicos nas regiões sudeste, centro-oeste e nordeste. O objetivo do trabalho foi identificar o número de casos diagnosticados de LTA no estado de São Paulo (ESP) no período de janeiro/2007 a dezembro/2013. Trata-se de um estudo de caráter retrospectivo epidemiológico, onde foram coletados dados sobre o diagnóstico da LTA no período selecionado. Os dados foram obtidos através de consulta no banco do SINAN, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Por se tratar de um banco de domínio público, não foi necessário submeter o projeto ao Comitê de Ética e Pesquisa. Os resultados e análise estatística foram conduzidos no programa Excel. Avaliamos um total de 2.144 indivíduos diagnosticados com LTA no ESP no período selecionado. Através dos dados obtidos, foi construído um diagrama de controle determinando o índice endêmico por ano, onde os meses com maior pico de casos foi março e agosto. Dos 2144 indivíduos diagnosticados com LTA, 64.9% (1391) eram do sexo masculino e 35.1% (753) feminino. Menor número de casos por 1000000 de habitantes foi visto em 2007 e o maior em 2009. O número de casos em 2008 aumentou significativamente em relação ao

ano anterior, isso pode ter ocorrido pela subnotificação no banco do SINAN. Além disso, a LTA segue flutuações sazonais e interanuais em sua incidência, as quais podem estar relacionadas com as mudanças climáticas. Concluímos que meses com temperaturas elevadas e alto índice de chuva favorecem o aumento populacional do vetor. Problemas com notificações no banco do SINAN existem, passando um retrato infiel da realidade de casos de LTA no ESP.

PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Leishmaniose Tegumentar Americana, Saúde Pública.

OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

NO ESTADO DE SÃO PAULO

Amanda Feba Tetila1, Bianca Ayumi Lima Taniguchi1, Rogério Giuffrida2

1Mestrado, Programa de Pós Graduação em Ciência Animal, Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), Presidente Pruden-te – SP, Brasil2Professor Doutor titular, Departamento de Microbiologia, UNOESTE, Presidente Prudente – SP, Brasil

Email: [email protected]

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A esquistossomose mansônica é uma parasitose endêmica no Brasil e em especial no estado de Minas Gerais. O objetivo do trabalho foi determinar perfil da esquistossomose no estado de Minas Gerais, a partir dos dados das notificações compulsórias da parasitose no Sistema Nacional de Agravos (Sinan), entre os anos de 2007 a 2014. Os dados coletados, disponíveis no sistema nacional de agravos, foram: faixa etária, evolução, zona de residência, sexo e escolaridade. O total de notificações cujo ano do primeiro sintoma ocorreu entre os anos de 2007 a 2014 foi de 60.125 notificações, com média de 7515 notificações/ano, 50,2% são de indivíduos residentes na área urbana e 42,01% na área rural. Existem diferenças significativas nas proporções Urbana e Rural de Minas Gerais em relação aos demais estados (X2= 1610, p<0,001). Considerando o sexo das notificações em Minas Gerais, a ocorrência de esquistossomose em homens, foi maior do que em mulheres (62% e 38%, respectivamente). De acordo com o grau de instrução das pessoas com esquistossomose em Minas Gerais, o maior número de notificações é de pessoas com 1ª a 4ª série do ensino fundamental incompleto (29%). A evolução da doença, 64,6% dos casos evoluiu para a cura e apenas 0,56% para a não cura, porém, mais de um terço (34,6%) não possui menção da evolução. Considerando as maiores frequências das notificações em Minas Gerais, e as variáveis faixa

etária, evolução, zona de residência, sexo e escolaridade, podemos concluir que: o indivíduo típico com a doença mora na região urbana (com risco maior na zona rural), é do sexo masculino, possui de 20 a 39 anos, seu grau de instrução é de 1 a 4ª série do ensino fundamental incompleto e quando tratado evolui para a cura.

PALAVRAS-CHAVE: Esquistossomose, Promoção de Saúde, Perfil Epidemiológico.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EM MINAS

GERAIS

José de Paula Silva1, 2, Mônica de Andrade1

1 – Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Franca

2 – Núcleo de Ciências Biológicas e Saúde - Universidade do Estado de Minas Gerais

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As enteroparasitoses representam um grave problema de saúde pública, com prevalência na faixa etária de 0-6 anos em crianças usuárias de creches e escolares. Acredita-se que exista um aumento nas doenças parasitárias, principalmente nos casos de doenças em locais institucionalizados, as quais podem estar relacionadas a fatores como a aglomeração e contato direto ou indireto entre as pessoas que convivem nestes ambientes. Objetivos: Este estudo teve como objetivo realizar o levantamento de enteroparasitas em crianças usuárias de creches e escolares com idade entre 0-6 anos, na cidade de Patrocínio, MG. Metodologia: Foi realizado um questionário com os responsáveis pelos menores, sobre os hábitos de higiene e saneamento básico nos locais de moradias, após a autorização dos pais, foram coletadas amostras fecais das crianças, que foram encaminhadas ao laboratório de parasitologia - Unicerp, processadas pelo Método de Hoffmann Pons & Janer (Método de sedimentação espontânea). Resultados: No período de setembro de 2014 a julho de 2015, foram analisadas 188 amostras, dentre as amostras analisadas 79 (42%) apresentaram positividade para um ou mais enteroparasitas e negatividade em 109 amostras (58%). Ressalta-se que os enteroparasitas mais prevalentes das análises realizadas foram representados pelo Endolimax nana em 42% (33 amostras) e a Giardia intestinalis em 38% (30 amostras), foram registrados ainda a ocorrência de Entamoeba coli em 13% (10 amostras), Hymenolepis nana em 4%

(3 amostras) e Ascaris lumbricoides em 2% (2 amostras), verificou-se ocorrência de larvas de Strongyloides stercoralis em 1% (1 amostra) das análises. Discussão: Estes resultados demonstram que apesar de todas as crianças possuírem acesso a saneamento básico e água tratada, a quantidade de amostras positivas para enteroparasitas é relevante. Conclusão: Este estudo permite ressaltar a importância do diagnostico, tratamento dos doentes e da prevenção principalmente através da conscientização dos indivíduos.

PALAVRAS-CHAVE: Creches, Crianças, Enteroparasitoses.

SUPORTE FINANCEIRO: FUNCECP (2014/11755-2).

PRESENÇA DE ENTEROPARASITAS EM CRIANÇAS DE 0-6 ANOS, USUÁRIAS

DE CRECHES NA CIDADE PATROCÍNIO-M.G

Jéssica Souza¹, Maria de Fátima Pereira², Wagner Antônio Bernardes¹.

1Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio/MG (UNICERP)

Universidade Federal de Franca (UNIFRAN)

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A rhabditiose causada por nematoides Rhabditis spp. e a parasitose causada pelo ácaro Railiettia spp. são enfermidades que acometem principalmente animais de orelha longa como os da raça Gir, em regiões de clima quente e úmido. Elas causam prejuízos econômicos, principalmente relacionadas com queda de produção e tratamento. Esse trabalho teve o intuito de avaliar a presença de nematoides rhabditiformes e ácaros em bovinos leiteiros do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais- Campus Salinas. O estudo foi realizado no mês de abril de 2016, onde foram utilizados 37 bovinos leiteiros da raça Girolando, incluindo 26 fêmeas, 10 bezerros e um macho. Para avaliação da presença do ácaro Railiettia spp., foi realizada a lavagem do pavilhão auricular direito, com auxílio de uma seringa automática (LEITE et al., 1989). Foi utilizado em cada animal, 50 mL de água e o material obtido da lavagem foi acondicionado em tubos de falcon de 50 mL, sendo posteriormente enviados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do IFNMG – Campus Salinas para análise em microscopia de luz. Para avaliação da presença de nematoides rhabditiformes, foi empregada a técnica para o diagnóstico descrita por Leite et al. (1993), utilizando uma zaragatoa através de movimentos giratórios no pavilhão auricular esquerdo para a coleta do cerume dos animais. O material contido em tubos falcon de 10 mL que permaneceram em contato com o sol, para assim observar a presença do nematoide, sendo posteriormente fixados em álcool 70º GL e remetido

ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do IFNMG – Campus Salinas para análise em microscópio esterioscópico. Após as análises não foi observada a presença de nematoides rhabditiformes e ácaros em bovinos leiteiros do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais- Campus Salinas.

PALAVRAS-CHAVE: Girolando, Parasitologia, Parasitose.

PRESENÇA DE NEMATOIDES RHABDITIFORMES E ÁCAROS EM BOVINOS

LEITEIROS DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS- CAMPUS

SALINAS

Renata Costa Guedes¹, Antônio Barbosa da Silva Júnior¹, Isabella Maxwell Paulino Fernandes¹,

Luana da Silva Furini¹ e Vanessa Paulino da Cruz Vieira²

1-Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas

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A água é considerada uma grande vinculadora de agentes potenciais causadores de doenças, podendo acarretar surtos com altas taxas de morbidade e mortalidade tanto em pessoas como em animais. Dentre esses agentes, estão os parasitas, que são um grande problema para a saúde pública. A presença de ovos, cistos e oocistos de parasitas em águas próprias para o consumo, podem indicar que a técnica utilizada para seu tratamento não é adequada para eliminar tais transmissores de doenças. Pensando nisso, esse trabalho teve o objetivo avaliar a presença de ovos, cistos e oocistos de parasitas em amostras de água do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG)– Campus Salinas, através de duas técnicas de detecção. Para isso, foram coletadas 20 amostras de um litro de água de diferentes pontos do Campus, como bebedouros, água utilizada no preparo das refeições, água fornecida aos animais e utilizada na irrigação da horta. As amostras foram acondicionadas em recipientes plásticos identificados, previamente higienizados com detergente neutro e água destilada, sendo encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Veterinária para análise. Foram realizadas as técnicas de Faust e de Ritchie, baseadas nos princípios de flutuação e sedimentação, respectivamente, com lâminas observadas em microscópio óptico, nas objetivas de 10x e 40x. Após a leitura das lâminas das duas técnicas, não foram encontrados ovos, cistos ou oocistos de parasitas em nenhuma amostra. Os resultados sugerem que o sistema de

tratamento da instituição é eficiente na eliminação de parasitas. Sendo assim, pode-se concluir que não observou-se presença de ovos, cistos e oocistos de parasitas em amostras de água do IFNMG – Campus Salinas, através das duas técnicas de detecção utilizadas.

PALAVRAS- CHAVE: Água, Parasitas, Técnicas de Detecção.

PRESENÇA DE OVOS, CISTOS E OOCISTOS DE PARASITAS EM AMOSTRAS

DE ÁGUA DO IFNMG - CAMPUS SALINAS, ATRAVÉS DE DUAS TÉCNICAS DE

DETECÇÃO

Laís Brito e Silva¹, Jefferson Bruno Bretas¹, Carla Patrícia Leolina de Sá¹, Vanessa Paulino da

Cruz Vieira¹, Isabella Maxwell Paulino Fernandes1

¹ Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

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A cisticercose bovina está entre as enfermidades mais frequentes encontradas durante a inspeção de carcaças bovinas em abatedouros e frigoríficos. Esta enfermidade apresenta distribuição mundial, presente principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. É considerada uma antropozoonose que causa grandes prejuízos econômicos e traz riscos à saúde pública. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de cisticercose em bovinos abatidos em frigorífico do interior de São Paulo, relacionando o número de casos encontrados com os municípios de origem dos bovinos. Foram analisados os registros de 3425 carcaças inspecionadas, oriundas de 104 municípios, os dados foram obtidos no período de julho de 2010 a julho de 2015. Os municípios com maior número de casos de cisticercose foram Colômbia, Patrocínio Paulista e Barretos, com 10,3%, 8,8% e 6,8% respectivamente. Conclui-se que os registros de inspeção sanitária, podem auxiliar no controle e prevenção das enfermidades nos municípios mais acometidos, além de orientar os criadores sobre os prejuízos ocasionados devido à condenação das carcaças.

PALAVRAS-CHAVE: Cisticerco, Inspeção sanitária, Parasitologia, Zoonose.

PREVALÊNCIA DE CISTICERCOSE EM CARCAÇAS DE BOVINOS CONDENADOS

EM FRIGORÍFICO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Osmani Buranello Filho1, Maria Cecília Soares2, Sabrina Nathália Louzada Nogueira1, Rafael Paranhos

de Mendonça1

1 Universidade de Franca2 Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia

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Tendo em vista as grandes consequências que as doenças infecciosas e parasitárias causam no organismo humano, mesmo após a evolução dos meios de diagnósticos e tratamento destas, é possível afirmar que a educação em saúde ainda é a melhor forma de prevenção para tais patologias. O Projeto Saúde tem como objetivo a promoção da saúde e a prevenção de ecto e enteroparasitoses, por meio de atividades realizadas em creches e escolas públicas de Alfenas-MG. As atividades do projeto visam levar informações sobre os principais agentes causadores de infecções parasitárias e prevenção, tendo em foco a higiene pessoal, coletiva e ambiental, atingindo um público total de 522 pessoas no último ano. Para o desenvolvimento das atividades, foram utilizados recursos pedagógicos adequados às faixas etárias dos jovens e crianças atendidos como: folhetos ilustrativos, cartilhas, apresentações em slides, microscópio para visualização do piolho e lêndeas. O teatro de fantoches também é um recurso utilizado e conta com 2 peças, onde fantoches representando crianças, uma professora, profissionais de saúde, materiais de higiene e alguns agentes parasitários como: piolho, Ascaris lumbricoides e Taenia sp. são utilizados para levar informações às crianças e professores de uma forma lúdica e interativa. Além destas, o projeto conta com outras ações como orientações e treinamento de higienização correta

das mãos, dentes e boca. A avaliação da aprendizagem foi feita por meio de desenhos de mãos nos quais as crianças diferenciavam a mão suja contendo micro-organismos da mão limpa, utilizando colorações diferenciadas. Segundo os professores e coordenadores das instituições parceiras, após as ações do projeto, houve maior preocupação por parte das crianças de realizarem a lavagem de mãos antes das refeições e escovação correta dos dentes após, dentre outras ações, mostrando, dessa forma, a assimilação adequada dos conceitos ministrados provocando a mudança de hábitos de higiene e favorecendo a aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde, Higiene, Parasitoses.

SUPORTE FINANCEIRO: PROBEXT UNIFAL-MG.

PROJETO SAÚDE

Vinícius Nério Silva1, Brenda de Oliveira1, Fernanda Moreti Buzelli1,Jéssica Gonçalves

Rangel1, Jorge Octavio Felix Santos1, Leandra Andreza Fernandes1, Raissa Pereira Rabelo1,

Thaís Cristina de Novaes1, Alex Junqueira Esteves2,Brenda Casimiro Pires2, Rosângela Vieira

Siqueira1, Verônica Ferreira Magalhães1

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNIFAL-MG2Faculdade de Odontologia - UNIFAL-MG

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A pitiose, doença granulomatosa causada pelo oomiceto Pythium insidiosum, acomete várias espécies, sendo prevalente em equinos, principalmente na forma cutânea, caracterizada por massas granulomatosas eosinofílicas, com pontos necróticos, que quando se calcificam, denominam-se kunkers. Diante do caráter zoonótico e da importância patológica da doença, o objetivo do presente trabalho foi discorrer o caso de um equino, de 10 anos, atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Franca, com ferida no membro torácico direito, de evolução rápida após acesso a água de lagoa. Pelo exame físico, detectou-se tecido de granulação infiltrativo e exuberante de 30 cm de diâmetro, secreção serosanguinolenta, pruriginosa, consistência friável com pontos necróticos, superfície irregular e ulcerada, envolvendo a região carpo-metacárpica. Os exames laboratoriais sugeriram anemia e leucocitose. A punção biópsia aspirativa foi inconclusiva e o exame histopatológico incisional com coloração especial de impregnação por metenamina de prata de Gomori, evidenciou hifas do Pythium insidiosum, que confirmou o diagnóstico de pitiose. O tratamento clínico instituído baseou-se na administração sistêmica de antibiótico/antifúngico, anti-inflamatório, analgésico, anti-hemorrágico e protetor gástrico, acrescido de curativos tópicos diários com solução fisiológica e pomada à base de

antibiótico e antifúngico. Concomitante realizou-se exérese cirúrgica parcial do tecido comprometido, pois a significativa extensão e infiltração do agente impossibilitou a remoção com margem de segurança. Após um mês do tratamento, o paciente não demonstrou melhora e o tutor optou pela eutanásia. Corroborando com a literatura, a pitiose acomete com frequência as regiões corpóreas mais expostas a águas contaminadas com zoósporos, como extremidades dos membros e abdômen. Com base no caso descrito, concluiu-se que o exame histopatológico é definitivo no diagnóstico, visto que a pitiose pode ser confundida com outras enfermidades pela similaridade das lesões cutâneas. Ademais, devido às características da parede celular do agente etiológico e da gravidade das lesões, a resposta ao tratamento clínico-cirúrgico é desfavorável.

PALAVRAS-CHAVE: Cavalo, feridas cutâneas, oomiceto, pitiose.

Pythium insidiosum: RELATO EM EQUINO

Mariana Reato Nascimento1, Jéssica Cristina de Barros1, Fernanda Gosuen Gonçalves Dias1,

Priscila Pavini Cintra1, Isadora Helena de Sousa Melo1, Vítor Foroni Casas1, Adriana Torrecilhas

Jorge1, Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias2, Daniel Kan Honsho1, Raquel Alves dos Santos1,

Emilly Cristina Ferreira1, Lucas de Freitas Pereira1

1Universidade de Franca2Universidade Estadual Paulista (UNESP-Jaboticabal)

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Os helmintos gastrintestinais são responsáveis por causar sérias perdas econômicas na pecuária de leite e corte bovino. Em função disso e dos poucos estudos na região do município de Salinas-MG, esse trabalho foi realizado com a finalidade de verificar a sazonalidade de helmintos gastrintestinais em bovinos leiteiros do IFNMG - Campus Salinas. O estudo foi realizado entre os meses de fevereiro de 2015 a janeiro de 2016, utilizando uma média de 62 animais, os quais foram divididos nas seguintes categorias: gado solteiro, vacas secas, vacas em lactação e bezerros. Mensalmente, foram realizadas coletas de amostras de fezes da ampola retal para a realização de exames de contagem de ovos por grama de fezes (OPG), segundo a técnica de Gordon e Whitlock modificada. Todas as amostras positivas do exame de OPG foram utilizadas na coprocultura, onde após 7 dias foi feita a avaliação e identificação das larvas. Os resultados obtidos foram comparados com dados de temperatura, pluviosidade e registros de umidade relativa do ar da região. Os resultados encontrados evidenciaram a presença de helmintos gastrintestinais da Superfamília Trichostrongyloidea, em todos os meses de coleta, principalmente do gênero Haemonchus, seguido de Oesophagostomum, Trichostrongylus e Cooperia. Após o período de um ano, pode-se concluir que as maiores quantidades de OPG ocorreram nos meses de fevereiro a agosto

de 2015, representando as estações com condições climáticas adversas, com condições mais amenas de temperatura, porém com baixas pluviosidade e umidade relativa do ar favorecendo a presença de maior carga parasitária nos animais.

PALAVRAS-CHAVE: Haemonchus, Parasitologia, Pluviosidade.

SAZONALIDADE DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM BOVINOS

LEITEIROS DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS- CAMPUS

SALINAS

Leonarda Rocha Magalhães¹, Renata Costa Guedes¹, João Marcos Pereira de Almeida¹, João

Herbert Pereira de Almeida¹ e Vanessa Paulino da Cruz Vieira¹

1-Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas

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HELMINTOLOGIA

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No Brasil, praziquantel é o único medicamento empregado para tratamento da esquistossomose, mas seu extensivo uso, inevitavelmente culminou em baixas taxas de cura, aparecimento de isolados de Schistosoma mansoni refratários, foram observados efeitos colaterais causados por esse medicamento. Assim torna-se relevante a busca por novas moléculas esquistossomicida. As imidazolidinas são representadas por um grupo de substâncias heterocíclicas pentagonais possuidoras de diversas atividades biológicas, inclusive atividade esquistossomicida. O trabalho teve como objetivo buscar através de uma revisão integrativa novos compostos para o tratamento da esquistossomose. Foi realizada uma revisão integrativa sobre a utilização de compostos imidazolinicos como uma ferramenta no tratamento de esquistossomose, por meio da busca em banco de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO, além de livros e periódicos do acervo da biblioteca do Centro Universitário CESMAC, em um período retroativo a 2016, utilizando os seguintes descritores, esquistossomose, imidazolidinas, compostos sintéticos. Diversos estudos visaram confirmar o conhecimento científico sobre o uso de derivados imidazolidinicos com atividade esquistossomicida. Com base na pesquisa em diferentes bases de dados, foi visto que ao total foram identificados 20 compostos da classe das imidazolidinas, demonstrando atividade sobre vermes

adultos de S. mansoni. Ao longo da análise dos parâmetros descritos nos artigos incluídos no estudo, notou-se também que de forma geral as concentrações que apresentaram atividade esquistossomicida variaram entre 5 a 644 μM, onde o tempo de atividade sobre os vermes adultos ocorreu entre 24 a 144h, demonstrando mortalidade acima de 40%. Os compostos descritos na literatura da classe das imidazolidinas demonstraram em testes “in vitro” e “in vivo” a atividade anti-Schistosoma, se apresentando dessa forma como moléculas interessantes para realização de mais estudos na busca de moléculas para o tratamento da esquistossomose.

PALAVRAS-CHAVE: Esquistossomose, Imidazolidinas, Praziquantel.

A BUSCA DE NOVOS COMPOSTOS PARA O TRATAMENTO DA

ESQUISTOSSOMOSE: REVISÃO DE LITERATURA DA CLASSE DAS

IMIDAZOLIDINAS

Karla Karoline Simões Santos1, Susane Marina de Santana Barros1, Carlos Henrique Barbosa

Silva1, Thiago José Matos-Rocha1

1Centro Universitário Cesmac, Universidade de Alagoas

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Neurocisticercose (NC) humana é uma parasitose negligenciada, sendo necessário o aprimoramento de técnicas de diagnóstico, para melhorar o controle da doença por razões econômicas e médicas. O imunodiagnóstico da NC pode ser aperfeiçoado através da busca de fontes antigênicas novas e alternativas, como os antígenos heterólogos. Esse estudo teve como objetivo obter, através de cromotagrafia em gel filtração (Sephacryl S-100) do extrato salino de formas metacestódeas de Taenia saginata (ES), caracterizar e aplicar uma fração de gel filtração (FGF) no imunodiagnóstico da NC. Os perfis proteicos do ES e da FGF foram caracterizados em gel de poliacrilamida unidimensional (1D). Para detecção de anticorpos IgG pelos testes ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) e immunoblotting, 160 amostras de soro humano de pacientes com NC (G1, n=45), pacientes com outras infecções parasitárias (G2, n=65) e indivíduos saudáveis (G3, n=50) foram analisadas. Sensibilidade (Se), especificidade (Es), área sob a curva (AUC) e likelihood ratios (LR) foram calculadas. Os polipeptídeos de interesse no imunodiagnóstico da NC presente na FGF foram identificados por espectrometria de massas e foi realizada a predição de epítopos de célula B (BepiPred). Bandas polipeptídicas nas regiões de 64-68 kDa foram evidenciadas. A fração antigênica FGF apresentou os melhores parâmetros de diagnóstico, em relação ao ES (Se: 93,3% e 84,4%; Es: 93% e 86%; AUC: 0,990 e 0,928; LR+: 13,42 e 6,07 e LR-: 0,07 e 0,18 respectivamente) e

mostrou reatividade com pool de amostras de soro de pacientes com NC no immunoblotting. Na análise proteômica duas proteínas foram identificadas: enolase e calcium binding protein calreticulin precursor, e essas proteínas apresentaram 18 e 10 epítopos de célula B preditos, respectivamente. Foi possível identificar importantes marcadores da fração antigênica FGF com alta eficiência e potencial aplicação no imunodiagnóstico da NC humana.

PALAVRAS-CHAVE: Antígeno Heterólogo, Gel Filtração, Imunodiagnóstico, Neurocisticercose, Proteômica.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG.

ABORDAGEM IMUNOPROTEÔMICA DA UTILIZAÇÃO DA FRAÇÃO DE Taenia

saginata PARA O DIAGNÓSTICO DA NEUROCISTICERCE HUMANA

Daniela da Silva Nunes¹, Henrique Tomaz Gonzaga¹, Vanessa da Silva Ribeiro1, Jair Pereira da

Cunha-Júnior2, Julia Maria Costa-Cruz¹

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia2Laboratório de Imunoquímica e Imunotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia

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A estrongiloidíase é uma doença parasitária de prevalência global, causada por helmintos do gênero Strongyloides, podendo apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade em indivíduos imunocomprometidos devido a falhas terapêuticas e outras complicações. As fosfolipases A2 (PLA2) são um grupo de enzimas responsáveis por efeitos tóxicos e farmacológicos como miotoxicidade, neurotoxicidade, ação contra células tumorais, efeitos leishmanicidas, entre outros. O presente estudo objetiva avaliar a citotoxicidade de um subtipo de PLA2 em larvas filarióides de Strongyloides venezuelensis. Nos ensaios foram utilizadas 100 larvas por poço em placa de 96 poços, tratadas com ivermectina (316 ug/ml), albendazol (1000 ug/ml) e incubadas com diferentes concentrações de PLA2 (50, 25 e 10ug/ml) por 48 horas a 27°C. A citotoxicidade foi avaliada pelo método colorimétrico quantitativo usando 3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina (MTT) e a viabilidade do parasito foi avaliada pelo método de marcação de fluorescência usando Iodeto de Propídeo (PI). Todos os testes foram realizados em triplicata. Os resultados do ensaio com MTT apresentaram citotoxicidade em larvas tratadas com ivermectina e PLA2 nas diferentes concentrações. No ensaio com PI foram observadas a fluorescência por microscopia usando filtro de excitação Green (Nikon Eclipse Ti). Concluiu-se que a citotoxicidade da PLA2 na menor concentração utilizada, foi similar às drogas já utilizadas no tratamento

da estrongiloidíase e, portanto, deve-se considerar a fosfolipase A2 como potencial terapêutico em futuros estudos.

PALAVRAS-CHAVE: Strongyloides venezuelensis, PLA2, Iodeto de Propídeo, MTT.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG.

AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 EM LARVAS FILARIÓIDES DE Strongyloides

venezuelensis

Jéssica Peixoto Rodrigues1, Fernanda Van Petten V. Azevedo2, Júlia Maria Costa-Cruz1, Veridiana

de Melo Rodrigues2, Luís Ricardo Goulart Filho3

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

2Laboratório de Bioquímica e Toxinas Animais, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

3Laboratório de Nanobiotecnologia, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

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Strongyloides stercoralis, nematódeo parasito intestinal negligenciado, infecta milhões de pessoas. Os testes sorodiagnósticos apresentam os parâmetros reduzidos devido à complexidade dos preparados antigênicos. Este estudo avaliou frações antigênicas de larvas filarioides de S. venezuelensis. O extrato salino (ES) heterólogo foi fracionado por cromatografia em resina de gel filtração (Sephacryl S-100). O perfil proteico foi caracterizado em eletroforese 1D e para a definição das frações (F1, F2, F3 e F4). ES e frações foram testados em amostras de soro (n=50/grupo): pacientes com estrongiloidíase (G1), com outras infecções parasitárias (G2) e indivíduos saudáveis de área endêmica (G3) para detecção de IgG por ELISA (enzyme linked immunosorbent assay). Sensibilidade (Se), especificidade (Es), area under curve (AUC), likelihood ratios (LR), intermediate range (IR) e valid range proportion (VRP) foram calculados. A identificação de proteínas por espectrometria de massas foi realizada após seleção da fração por ELISA-IgG. Os epítopos de células B foram preditos (BepiPred) e foi realizado o alinhamento de sequências múltiplas de proteínas da mesma família (nematódeos e homem; COBALT). Os valores de IR e VRP foram melhores para F2 (IR 23; VRP 98,9%). Resultados de índices obtidos para F2: Se 94%, Es 93%, AUC 0,980, LR+ 13,43 e LR- 0,06. A média do índice ELISA (IE) no G1 foi maior para o ES, quando comparado às frações F1-F4 (P<0,0001); enquanto a F2 manteve a porcentagem de amostras IgG-positivas. A redução do IE foi acompanhada da não detecção de IgG no G2. No G3 apenas F2 mostrou redução de IE em relação

ao ES (P<0,0001). Foram excisadas as bandas de 13, 30, 33, 45 e 60 kDa de regiões polipeptídicas de F2 para espectrometria. Foram identificadas cinco proteínas homólogas de Strongyloides: aspartic protease 4, actin variant 1, 14-3-3 zeta, heat shock protein 60 e acidic ribosomal protein P1. Concluiu-se que a fração F2 é composta por proteínas imunodominantes com potenciais epítopos, localizados em blocos não conservados, para utilização, após síntese de peptídeos, em ensaios vacinais ou de diagnóstico da estrongiloidíase humana.

PALAVRAS-CHAVE: ELISA, Espectrometria, Imunodiagnóstico.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG.

ANÁLISE PROTEÔMICA DE FRAÇÃO DE LARVAS FILARIOIDES DE

Strongyloides venezuelensis A PARTIR DA DETECÇÃO DE IgG S. stercoralis-

ESPECÍFICA

Henrique Tomaz Gonzaga1, Daniela da Silva Nunes1, Vanessa da Silva Ribeiro1, Jair Pereira da

Cunha-Júnior2, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

2Laboratório de Imunoquímica e Imunotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

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Tabebuia impetiginosa, conhecida popularmente como ipê-roxo é uma árvore nativa das Américas Central e Sul. Partes da planta como casca, folhas flores, frutos e sementes podem fornecer substâncias ativas promissoras que podem ser empregadas na obtenção de medicamentos. A esquistossomose, causada pelo Schistosoma mansoni é uma doença negligenciada com altas taxas de mortalidade e que é encontrada em vários países, principalmente quem vive em áreas de precárias condições de higiene. O fármaco praziquantel é utilizado para o tratamento dessa parasitose mesmo sendo relativamente tóxico devido à sua baixa solubilidade, e de relatos acerca de parasitas resistente ao medicamento. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade esquistossomicida de extrato etanólico bruto (EEB) de sementes de T. impetiginosa contra vermes adultos de S.mansoni in vitro. Machos de vermes adultos de S.mansoni foram recolhidos por perfusão do sistema porta-hepático mesentérico a partir de camundongos após 52 dias de infecção com cercárias. Nos testes, EEB das sementes de T. impetiginosa foi eficaz no tegumento e nos movimentos interno e externo de machos adultos de S. mansoni, mesmo em baixa concentração, ou seja 12,5μg/mL, a partir de 24h de incubação. Casais dos parasitas tratados com EEB de sementes a partir de 12,5μg/mL a 200μg/mL separaram-se entre 24 e 72h, totalizando 87%. O EEB

de sementes apresentou concentração inibitória (IC50) igual a 96,33μg/mL, 64,375μg/mL e 26,945μg/mL sobre a atividade do S. mansoni após 24, 48 e 72 horas, respectivamente. O EEB de sementes reduziu a motilidade causando a morte dos parasitas de forma dependente diretamente da concentração, do tempo de incubação dos vermes adultos. Desse modo, outros ensaios serão realizados para melhor conhecimento do efeito desses extratos sobre estes parasitas.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade esquistossomicida, EEB, Schistosoma mansoni, Tabebuia impetiginosa.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq, FAPESP e Capes.

AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA DE EXTRATO

ETANÓLICO BRUTO DE SEMENTES DE Tabebuia impetiginosa EM

Schistosoma mansoni

Daniel Luis Montagnini, Daniela de Paula Aguiar, Fernanda Rafacho Badoco, Alice Monique

Pacheco Souza, Roberta Lopes, Wilson Roberto Cunha, Lizandra Guidi Magalhães, Márcio Luis

de Andrade Silva

Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca

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A Phallusia nigra é um tunicado bentônico séssil, muito comum na costa brasileira e em mares tropicais no mundo, possuindo um número reduzido de predadores, o que sendo desenvolvidos com tunicados e citotoxinas foram isoladas desses animais, mostrando serem eles uma rica fonte de compostos biologicamente ativos, porém os estudos e dados ainda são escassos. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade esquistossomicida in vitro do extrato de P. nigra. Na avaliação das frações provenientes da coluna cíclica (PN1_1B à PN1_1F), os resultados obtidos permitiram concluir que as frações PN1_1D e PN1_1E foram as mais ativas. A fração PN1_1D foi letal para 50% dos vermes adultos na dose de 100 μg/mL após 48 horas e para 100% dos vermes na mesma dose após 72 horas. Por sua vez, a fração PN1_1E ocasionou a morte de 50% dos vermes adultos na dose de 200 μg/mL após 24 horas. No critério redução da atividade motora, que leva em conta a mobilidade dos vermes, todas as frações apresentaram atividade, merecendo destaque a fração PN1_1E, a qual apresentou significativa redução da atividade motora na dose de 25μg/mL após 24 horas. Ressalta-se que, com base em levantamentos bibliográficos na literatura científica, os estudos químicos e biológicos anteriores relacionados ao potencial esquistossomicida da ascídia P. nigra são inexistentes. Devido à falta de informações químicas e biológicas sobre P. nigra e a importância biológica do gênero, esta espécie marinha foi selecionada para estudo visando uma melhor compreensão de seu potencial.

PALAVRAS-CHAVE: Ascídias, Atividade esquitossomicida, Phallusia nigra.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES (2308.009588/2013-68), FAPESP (2014/19184-7).

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA in vitro DO EXTRATO DE

Phallusia nigra

Nayanne Larissa Cunha1, Arthur Alves Ragozoni1, Gustavo Muniz. Dias2, Lizandra Guidi

Magalhães1, Márcio Luís Andrade e Silva1, Wilson Roberto Cunha1, Patrícia Mendonça Pauletti1,

Ana Helena Januário1

1Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais, Universidade de Franca, Franca - SP2Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Ilhabela

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Esquistossomose é uma doença conhecida mundialmente, controlada pelo praziquantel, para o qual acredita se ter linhagens de parasitos resistentes. Assim, o encontro de novos alvos terapeuticos faz-se necessário. Estudos com produtos naturais vêm sendo realizados como anti-esquistossomicidas. Destes tem-se a curcumina e seus análogos. Objetivo foi avaliar o efeito de seis análogos de curcuminain vitro e in vivo contra Schistosoma mansoni. Houve uma triagem inicial in vitro com os análogos na concentração de 100 μM. Destes, quatro análogos causaram a morte de 100% dos parasitos adultos nos períodos de 24-72 horas de incubação, destes dois análogos foram mais ativos, os análogos 1 e 2 apresentaram valores de CL50 (concentração letal) de 11,71 μM e 10,20 μM em 24 horas, respectivamente. A citotoxicidade em células de fibroblastos de pulmão humano para CC50(concentração citotóxica) dos análogos selecionados em 24 horas foi 56,83 e 20,21μM respectivamente. Ultraestruturalmente os análogos 1 e 2, demonstraram inchaço, alteração mitocondrial e tegumentar do parasito. Ensaios in vivo em camundongos Swiss tratados com 200 e 400 mg/kg com os análogos, demonstraram ausência de genotoxicidade e citotoxicidade. Ensaio in vivo em camundongos Balb/c infectados com S. mansoni, tratados oralmente nas dosagens de 40 e 400 mg/Kg com os análogos 1 e 2 no 49º dia de infecção,

demonstraram que houve uma redução da carga total de vermes, para análogo 1 de 14,3% e 57,2%, e para análogo 2 de 31,7% e 66,3% nas respectivas dosagens. A redução de ovos no fígado foi de 31,34% e 42,5% para o análogo 1 e 56,5% e 71,09% para análogo 2, nas respectivas dosagens. Ressalta-se ainda a redução no número de granulomas hepáticos nos animais avaliados. A atividade dos análogos 1 e 2 da curcumina in vitro e in vivo possibilita perspectivas futuras, como agentes anti-esquistosomicidas associados ou não ao praziquantel.

PALAVRAS-CHAVE: Análogos, Atividade Esquistossomicida, Curcumina, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2013/11164-4).

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA in vitro E in vivo DE

ANÁLOGOS DE CURCUMINA CONTRA O PARASITO Schistosoma mansoni

Maria de Fátima Pereira1, Fernanda Rafacho Badoco1, Daniela de Paula Aguiar1, Govind

Kapadia2, Lizandra Guidi Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas,Universidade de Franca2Department of Pharmaceutical Science Howard University

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A esquistossomose é uma doença parasitária que afeta aproximadamente 262 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo considerada como grave problema de saúde pública. Atualmente, o Praziquantel é o medicamento disponível, no entanto, relatos demonstram uma redução na eficácia do tratamento e há indícios de linhagens menos sensíveis. Portanto, há uma necessidade urgente de descobrir novas terapias. As naftoquinonas fazem parte de um grupo importante conhecido como quinonas que representam uma ampla e variada família de metabólitos de distribuição natural. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da naftoquinona intitulada Menadiona (MEN) in vitro contra o parasito Schistosoma mansoni.Para isso casais de vermes adultos foram recuperados por perfusão de camundongos previamente infectados (protocolo comissão de ética n°048/15), e cultivados em diferentes concentrações de MEN. A viabilidade dos casais foi analisada utilizando microscópio invertido e a análise ultraestrutural foi avaliada por microscopia de transmissão. Foi utilizado o método de NBT (Nitroblue tetrazolium) para verificar o aumento de ânion superoxido. Para avaliar a citotoxicidade in vitro foram utilizados fibroblastos de pulmão e a técnica colorimétrica de XTT (2,3-bis-(2-Metoxi-4-nitro-5-sulfofenil)-2H-tetrazólio-5-carboxalinida). A partir dos resultados foi determinada a CL50 de 11,7μM em 24 horas. Ao avaliar as alterações ultraestruturais desencadeados por MEN, observou-se que a substância induziu a

formação de vacúolos, inchaço e ruptura da membrana mitocondrial e a alteração do tegumento do parasito, e por análise bioquímica verificou-se que MEN estimula a produção de ânion superóxido nos vermes adultos na concentração de 12,5 μM. Na avaliação citotóxica foi determinado o CC50 menor que 12,5μM. A atividade in vitro de MEN abrem perspectivas para estudos de novas formulações que podem aumentar a eficácia in vivo sendo ela um bom protótipo para síntese de derivados de naftoquinonas que podem apresentar uma melhor atividade esquistossomicida.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade Esquistossomicida, Naftoquinona Sintética, in vitro, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2013/11164-4).

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE in vitro DE MENADIONA CONTRA VERMES

ADULTOS DE Schistosoma mansoni

Ana Carolina Gonçalves1, Govind J. Kapadia2, Ingrid A. O. Soares1, Fernanda R. Badoco1, Ricardo

A Furtado1, Mariana B. Correa1, Denise C. Tavares1, Wilson R. Cunha1, Lizandra G. Magalhães1.

1 Núcleo de Pesquisa em Ciências e Tecnologia – UNIFRAN, Franca-SP, Brasil.2 Departamento de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia - Universidade Howard, Washington, USA.

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A esquistossomose mansônica é uma doença tropical negligenciada que afeta mais de 249 milhões de pessoas mundialmente e é causada pelo helminto Schistosoma mansoni. No Brasil, estima-se que cerca de 7 milhões de pessoas estão infectadas. O tratamento atual é realizado com Praziquantel, entretanto, a perda de sensibilidade de vermes ao fármaco, torna-se um problema no controle da doença. Um dos caminhos na busca por novos alvos terapêuticos é a fitoterapia. Em trabalhos do nosso grupo, a planta Mentha piperita L. demonstrou potencial antiparasitário e assim, seus principais componentes mentol e mentona, foram escolhidos no presente estudo. Avaliamos a citotoxicidade destes compostos in vitro em macrófagos (J774A.1) de camundongos Balb/c, utilizando o método MTT. Utilizou-se placas de microtitulação (96 poços), onde foram distribuídas 200 μL de uma suspensão celular (macrófagos) na concentração de 3x104 células/mL dispersas em meio de cultura RPMI e mantidas em estufa a 5% de CO2 a 37°C. Após aderência celular, estas foram expostas aos compostos mentol (70%) + mentona (30%) em diferentes concentrações (62,5 μg/mL, 125 μg/mL, 250 μg/mL, 500 μg/mL, 1000 μg/mL e 1500 μg/mL) por 24 e 48 hs. O sobrenadante foi descartado e adicionado 100 μL de uma solução de MTT (Sigma-Aldrich) a 1mg/mL em meio RPMI incompleto e incubadas por 3hs. O sobrenadante foi descartado e adicionado 100 μL de álcool isopropílico para a solubilização dos cristais de formazana formados. A leitura da absorbância foi determinada em espectrofotômetro em UV/visível, a 540nm. A viabilidade celular foi calculada em percentagem, considerando-se o controle negativo como 100%. Nossos resultados

demonstraram que as concentrações testadas em ambos períodos permitiram o crescimento celular em mais de 70%, correspondendo ao mínimo de células viáveis. Assim, mentol e mentona não possuem citotoxicidade nestas condições, o que contribui para estudos in vivo em modelos de esquistossomose mansônica.

PALAVRAS CHAVES: Citotoxicidade, Macrófagos, Mentol, Mentona.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2015/01562-8/ e 2014/07331-5) / CAPES.

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS MENTOL E MENTONA

NO ESTUDO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA

Karina Alves Feitosa¹, Ricardo de Oliveira Correia¹, Débora Meira Néris¹, Célio Lopes Silva²;

Fernanda De Freitas Anibal¹

¹ Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) - Depto. De Morfologia e Patologia - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

² Departamento De Bioquímica e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- FMR (USP)

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Cerca de 2 bilhões de pessoas do mundo estão infectadas por algum helminto. Além de humanos, os vermes também infectam animais de importância para a pecuária, afetando a produção de alimentos e impactando na economia. O aumento da resistência ou perda de sensibilidade aos anti-helmínticos sugere a necessidade de estudos para descoberta de novos fármacos. A molécula dibenzilidenoacetona é capaz de originar uma classe de compostos semelhantes a chalconas e curcuminas. Estudos demonstram que estes compostos possuem diversos efeitos terapêuticos. Este trabalho visa demonstrar o potencial dos compostos sintéticos A1K2, A2K2, A8K2 e A11K2 como anti-helmínticos utilizando como modelo o nematódeo Caenorhabditis elegans. Nematódeos adultos foram mantidos em placas de 24 poços contendo meio NGM (Nematode Growth Medium), onde foram expostos aos compostos nas concentrações de 100 a 500 μM. Como controle negativo, foi utilizado DMSO 10% (dimetilsulfóxido) e como controle positivo o Albendazol 40 mg/mL. A atividade anti-helmíntica foi observada em estereomicroscópio nos períodos de 6, 24, 30 e 48 horas, por meio da contagem de vermes vivos e da observação de alteração na motilidade e o aparecimento de ovos e larvas do verme. Após o tratamento com os compostos observamos discreta alteração na motilidade e presença de ovos e larvas. Os compostos A2K2 e A11K2 não apresentaram efeito contra o verme C. elegans. Os compostos A1K2 e A8K2 na concentração máxima reduziram a motilidade após 6h, sendo reestabelecida após 48h. Para

melhor entendimento do funcionamento desses compostos será realizado microscopia confocal para observar o tempo necessário para a penetração dos compostos e a sua localização no corpo do verme. Além da terapia fotodinâmica como alternativa de aumentar o efeito biológico dos compostos.

PALAVRAS-CHAVE: Anti-helmínticos, curcumina, fármacos, in vitro, tratamento.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (Processo Nº: 2015/18745-8).

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DE COMPOSTOS DERIVADOS

DA MOLÉCULA DIBENZILIDENOACETONA NO MODELO DO Caenorhabditis

elegans

Yulli Roxenne Albuquerque1, Ana Afonso1,2,3, Clóvis Wesley Oliveira de Souza4, Edson Rodrigues-

Filho5, Fernanda de Freitas Anibal1

1 Laboratório de Parasitologia, Universidade Federal de São Carlos;2 Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo;

3 Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa;4 Laboratório de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de São Carlos;

5 Laboratório de Bioquímica Micromolecular de Microorganismos, Universidade Federal de São Carlos.

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A esquistossomose causada pelo Schistosoma mansoni é uma infecção helmíntica, responsável por grave morbidade. No tratamento é utilizado o Praziquantel (PZQ), porém existem linhagens menos sensíveis ao PZQ. Estudos do nosso grupo,demonstrou que Curcumina (CUR), isolada da Curcuma longa, apresenta atividade contra S. mansoni. Considerando que a interação entre substâncias é uma alternativa para aumentar a eficácia, diminuir toxicidade e resistência no tratamento de doenças, essa estratégia tem sido investigada na esquistossomose. O objetivo foi avaliar a viabilidade de vermes adultos após incubação com a interação CUR-PZQ in vitro e alterações ultraestruturais após incubação com CUR, PZQ e CUR-PZQ. Casais de vermes adultos foram recuperados por perfusão do sistema porta-hepático de camundongos após 52 dias de infecção, cultivados duas concentrações acima e três abaixo dos valores de CL50 para a interação, os valores de Índice de combinação (CI) e isobolograma foram calculados usando o software CompuSyn, ou cultivados na Concentração Letal de 50% de CUR e PZQ e a interação na razão 0.5 e 0.75 (concentração que afeta 50 e 75%), durante 24h, e a análise ultraestrutural foi avaliada utilizando microscópio de transmissão. Os resultados da interação mostraram efeito sinérgico em 24h de incubação com valores de CI de 0,83, 0,89, 0,99, no CL50, CL75 e CL90, os resultados de microscopia apresentaram alterações como formação de vacúolos, inchaço na concentração de 38,5uM de CUR. Parasitos incubados

com 0,81μM de PZQ apresentaram intensa alteração do tegumento. Já os parasitos incubados com a interação CUR-PZQ na razão 0.5, apresentaram drásticas alterações nas células vitelínicas e alteração no tegumento. Por fim, na interação 0.75, apresentaram inchaço de microtúbulos e presença de glóbulos vitelínicos fundidos. Os resultados até o momento mostra que a interação apresenta efeito sinérgico em 24h de incubação e sugere que CUR, PZQ e a interação podem desencadear alterações morfológicas em S. mansoni.

PALAVRAS-CHAVE: Curcumina; Interação; Praziquantel; Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: Processo FAPESP (2014-26116-8, 2013-11164-4).

AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO CURCUMINA E PRAZIQUANTEL EM Schistosoma

mansoni

Daniela de Paula Aguiar1, Fernanda Rafacho Badoco1, Karen Ramos da Silva1, Vanderlei Rodrigues2,

Lizandra Guidi Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas,Universidade de Franca2Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

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Devido aos problemas causados pelos parasitos nos animais, novas associações são continuamente pesquisadas para controle destas parasitoses. Porém, mesmo com o desenvolvimento de novos produtos, estes devem atender a três quesitos básicos, segurança, eficácia e relação custo benefício. Nesse contexto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento exige testes de inocuidade para registro de produtos veterinários. Desta forma, o presente estudo avaliou um produto antiparasitário contendo moxidectina e praziquantel (com glutamina), aplicado pela via oral em equinos. Para isto, foram selecionados 16 equinos, mestiços, machos e fêmeas, comprovadamente hígidos, avaliados por meio de exames clínicos e laboratoriais. Após seleção os animais foram divididos em grupo tratado (Pégasus Trio1) e grupo controle (não tratado). Os animais do grupo tratado receberam o produto Pégasus Trio (moxidectina 0,24g e praziquantel 1,5g), por via oral e os do grupo controle não receberam qualquer tipo de tratamento. Tanto os animais do grupo tratado como os dos grupos controle foram submetidos a avaliações clínicas detalhadas, incluindo colheita de sangue para análise laboratorial, antes e após o tratamento. As avaliações pós-tratamento foram realizadas nos dias +1,+ 2, +3 e +24 nos dois grupos de animais. Os resultados demonstraram que não houve alterações clínicas significativas nos animais do grupo tratado em comparação com os animais do grupo controle. Nos exames hematológicos e

bioquímicos também não houve diferença estatística entre os grupos avaliados. Deste modo, concluiu-se que, a formulação contendo moxidectina 0,24g e praziquantel 1,5g (Pégasus Trio1) administrada pela via oral em equinos é segura, de acordo com a dosagem recomendada pelo fabricante.

PALAVRAS-CHAVE: Antiparasitários, Cavalos, Glutamina, Segurança.

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA CLÍNICA DE UMA FORMULAÇÃO

ANTIPARASITÁRIA CONTENDO MOXIDECTINA E PRAZIQUANTEL1,

ADMINISTRADA VIA ORAL EM EQUINOS

Rui Pedro Vieira Godinho1, Karla de Melo Lima2, José Maciel Rodrigues Júnior2, Rafael Paranhos

de Mendonça3, Sabrina Nathália Louzada Nogueira3, Roberto Popolim1, Cláudio Floriano

Stefanoni1, Daniela Miyasaka Silveira Cassol1

1Noxon do Brasil2Nanocore Biotecnologia S/A

3Universidade de Franca

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A esquistossomose é uma doença debilitante crônica causada por vermes do gênero Schistosoma. Ao longo de 30 anos o tratamento da parasitose vem sendo realizado com um único fármaco, o Praziquantel (PZQ), o que pode levar ao aparecimento de linhagens resistentes ao tratamento. EF-24 é um análogo de curcumina, que possui como características estabilidade e rigidez em sua estrutura química. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro do análogo de curcumina EF-24 e PZQ sobre o parasito Schistosoma mansoni. Para isso casais de vermes adultos foram recuperados por perfusão de camundongos previamente infectados (protocolo comissão de ética n°049/15), e cultivados em diferentes concentrações de EF-24 e PZQ e em diferentes tempos de incubação. A viabilidade dos casais foi analisada utilizando microscópio invertido e a análise ultraestrutural foi avaliada por microscopia de transmissão. Foi utilizado o método de NBT (Nitroblue tetrazolium) para verificar o aumento de ânion superoxido, para verificar a atividade de caspase 3 foi realizado técnica bioquímica com o substrato Acetyl-Asp-Glu-Val-Asp-p-nitroanilina (p-Na). Para os parasitos incubados com EF-24 foi determinado a CL50 de 9,60 μM em 24 horas, e para parasitos incubados com PZQ o valor de CL50 foi 0,81 μM em 24 horas. Na análise ultraestrutural foi possível verificar que após incubação com EF-24 observa-se a formação de vacúolos nas células e alterações no tegumento do parasito, no material incubado com PZQ é possível

verificar principalmente alterações no tegumento do parasito. Não foi obervado alterações na atividade de caspase 3 e na produção de ânion superoxido em vermes incubados com EF-24 e PZQ. Os resultados obtidos até o momento indicam que a morte ocasionada nos parasitos após incubação com EF-24 e PZQ não seguem os processos de apoptose, sendo necessário realização de outras técnicas para verificar a ação destas substâncias no parasito.

PALAVRAS-CHAVE: Curcumina, EF-24, Esquistossomicida, Praziquantel, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (Processos 2013/11164-4, 2014/02018-7, 2015/01394-8).

AVALIAÇÃO DO EFEITO in vitro DO ANÁLOGO DE CURCUMINA EF-24 E

PRAZIQUANTEL SOBRE O PARASITO Schistosoma mansoni.

Fernanda Rafacho Badoco1; Daniela De Paula Aguiar1; Vanderlei Rodrigues2; Lizandra Guidi

Magalhães1

1.Núcleo de Pesquisa em Ciências e Tecnologia – UNIFRAN, Franca-SP, Brazil.2 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Ribeirão Preto-SP, Brazil.

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Botrylloides giganteum e Phallusia nigra, selecionados para este estudo são espécies de ascídias abundantes na costa brasileira. Dados de literatura relatam que o extrato metanólico de B. giganteum apresentou atividade antibiótica moderada contra Staphylococcus aureus resistente à oxacilina, no entanto a ação antiparasitária destas ascídias contra a esquistossomose ainda é desconhecida. Portanto, o objetivo deste trabalho foi averiguar o potencial esquistossomicida dos extratos de duas linhagens fúngicas associadas às ascídias em estudo. Os fungos selecionados foram cultivados em meio BDA por 14 dias. As culturas foram extraídas em metanol, fornecendo os respectivos extratos 5A-18 e 8A-8. O potencial esquistossomicida in vitro dos extratos obtidos foi avaliado frente aos vermes adultos de Schistosoma mansoni. As amostras foram testadas nas concentrações de 12,5 a 200 μg/mL num intervalo de 3 dias, e o praziquantel foi utilizado como controle positivo. O extrato 5A-8 ocasionou 50% da morte do parasita na concentração de 200 μg/mL em 48 horas, enquanto 8A-8 não se mostrou ativo nas condições avaliadas. Quanto ao critério de mobilidade, o extrato 5A-18 diminuiu a atividade motora significativa 50% nas concentrações de 25 e 100 μg/mL em 48 e 72 horas, respectivamente. Já o extrato 8A-8 restringiu a movimentação em 50% na dose de 25 μg/mL em 48 horas de tratamento. A avaliação química dos extratos 5A-18 e 8A-8 estão em andamento com vistas ao isolamento dos constituintes ativos presentes.

PALAVRAS-CHAVE: Ascídias, Atividade Esquistossomicida, Botrylloides giganteum, Fungos Associados,Phallusia nigra.

SUPORTE FINACEIRO: CAPES (2308.009588/2013-68), FAPESP (2014/19184-7).

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ESQUISTOSSOMICIDA DOS FUNGOS

ASSOCIADOS ÀS ASCÍDIAS Botrylloides giganteum E Phallusia nigra

Letícia Pereira Pimenta1, Rita Cássia Nascimento Pedroso1, Kátia Aparecida de Siqueira2,

Luís Claúdio Kellner Filho1, Jéssica Potomatti Batista1, Bruno William Picão1, Marcos Antônio

Soares2, Gustavo Muniz Dias3, Lizandra Guidi Magalhães1, Patrícia Mendonça Pauletti1, Ana

Helena Januário1

1Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais, Universidade de Franca, Franca - SP2Instituto de Biociências- Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT

3Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Ilhabela – SP

letí[email protected]

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A coloração pelo tricrômico de masson é uma combinação de tintura usada em um protocolo de três cores em histologia, sendo um nuclear. É uma técnica de histoquímica, não derivado da hematoxilina, muito usada por ser um procedimento bastante simples, que fornece resultados uniformes. Esta coloração demonstra detalhes do citoplasma e do núcleo, bastante utilizada para evidenciar microrganismos em geral, incluindo larvas de parasitas. A habronemose cutânea é uma infecção com larvas de moscas dos estábulos que ocorre nos equinos e é caracterizada macroscopicamente por lesões circulares na pele de até aproximadamente 15 cm de diâmetro, com superfície ulcerada e que ao corte apresenta um tecido brancacento contendo áreas focais branco amareladas e ocasionalmente com focos mineralizados. As características das lesões da habronemose cutânea não são específicas e por isso deve ser feito diagnóstico diferencial principalmente para pitiose, tecido de granulação exuberante, sarcóide e neoplasias. A biópsia é um método importante para o diagnóstico, onde realiza a coleta de amostras, preferencialmente das bordas da lesão, abrangendo áreas com e sem pele, não podendo ser muito superficial. Microscopicamente, é caracterizada por uma dermatite com acentuado infiltrado eosinofílico, contendo áreas de infiltrado misto e áreas multifocais de necrose (geralmente mineralizadas) com macrófagos delimitando as larvas de nematódeos. Apresenta células epitelióides

e gigantes, e superfície epitelial geralmente ulcerativa. Diante da importância patológica da doença, o objetivo do presente trabalho é discorrer sobre a importância e auxílio da coloração do Tricrômico de Masson no diagnóstico da habronemose cutânea, o qual permite a melhor visualização do parasita no tecido, que muitas vezes não é evidenciado nas colorações de rotina e, observação do número médio de larvas/campo/lâmina, independentemente da fase do ciclo de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Equino, Histoquímica, Larvas.

COLORAÇÃO DE TRICRÔMICO DE MASSON NA HABRONEMOSE CUTÂNEA

Amanda Garcia Pereira1, Vanessa Yurika Murakami¹, Mariana Reato Nascimento1, Jéssica

Cristina de Barros1, Leonardo Lamarca de Carvalho¹, Eraldio da Silva Oliveira1, Douglas

Gomes Borges1, Marina Laudares da Costa¹. Larissa Fernandes Magalhães¹, Fernanda Gosuen

Gonçalves Dias1, Lucas de Freitas Pereira1.

¹ Universidade de Franca

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Os métodos de diagnóstico imunológico para a estrongiloidíase, embora apresentem grande sensibilidade e utilidade na identificação da doença, inclusive em pacientes assintomáticos, podem apresentar limitações devido à ocorrência de reatividade cruzada com outros parasitos. Estes problemas podem ser atribuídos principalmente à complexidade antigênica e proximidade filogenética de outros grupos de helmintos. Dessa forma, o estudo visa avaliar a ocorrência de reatividade cruzada pelo reconhecimento de antígenos de adultos de Ancylostoma ceylanicum e Ascaris suum em amostras de soro de indivíduos com estrongiloidíase. Foram utilizadas 35 amostras de soro de pacientes com estrongiloidíase e 35 amostras de soro de indivíduos sem parasitismo detectado, ambas confirmadas por métodos parasitológicos. A reatividade cruzada foi avaliada pela detecção de IgG sérica frente a antígenos do extrato salino total de A. ceylanicum e A. suum por Enzyme Linked-Immunosorbent Assay (ELISA), e comparadas com antígeno do extrato salino total de larvas filarioides de Strongyloides venezuelensis. Os resultados foram expressos em Índice ELISA (IE) e considerados positivos quando IE > 1,0. Dentre as amostras de soro de pacientes com estrongiloidíase, 27 (77%) foram reativas com o antígeno de S. venezuelensis, 24 (69%) foram positivos frente aos antígenos de A. ceylanicum e 25 (71%) reagiram com os antígenos de A. suum. Dentre as amostras de indivíduos sem parasitismo, 1 (2,9%), 3 (8,6%) e 7 (20%) reagiram com os antígenos de S. venezuelensis, A. ceylanicum e A. suum, respectivamente. A reatividade cruzada observada comprova a necessidade da utilização de técnicas de fracionamento antigênico objetivando melhores dados de

sensibilidade e especificidade nos imunoensaios para o diagnóstico sorológico de parasitoses. Além disto, mostram a preocupação que deve ser tomada referente a parasitas próximos evolutivamente e que apresentam ciclo parasitário e composição proteica semelhante.

PALAVRAS-CHAVE: Ancilostomatídeos; Ascaridídeos; Reatividade Cruzada; Strongyloides venezuelensis.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES; FAPEMIG.

DETECÇÃO DE IgG SÉRICA DE PACIENTES COM ESTRONGILOIDÍASE

REATIVAS A ANTÍGENOS DE Ancylostoma ceylanicum e Ascaris suum.

Lucas Silva de Faria1, José Eduardo Neto de Sousa1, Gabriela Borges da Silva1, Camila de

Almeida Lopes1, Vivian Jordania da Silva2, Élida Mara Leite Rabelo2, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará 1720, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil

2Laboratório de Parasitologia Molecular, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos, 6627, 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil

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A estrongiloidíase pode ocorrer assintomática, como uma hiperinfecção ou doença disseminada potencialmente fatal, principalmente em pacientes immunodeprimidos. O presente estudo tem como objetivo avaliar a aplicação de reação em cadeia da polimerase convencional (cPCR) e em tempo real (qPCR), utilizando a subunidade 18S do DNA ribossomal para a detecção de Strongyloides stercoralisentre os candidatos a transplante. As amostras de fezes obtidas de 150 candidatos a transplante foram preliminarmente analisadas por métodos parasitológicos. Larvas de S. stercoralis foram visualizados em candidatos de transplante 10,0% por métodos parasitológicos. DNA especifico de S. stercoralis foi amplificado em 17,3% e 32,7% das amostras de fezes de pacientes candidatos ao transplante, utilizando cPCR e qPCR, respectivamente. Os resultados sugerem que os métodos moleculares, especialmente qPCR, pode ser utilizado como ferramenta diagnóstica alternativa para a detecção de S. stercoralis entre os candidatos a transplante.

PALAVRAS-CHAVE: Strongyloides stercoralis, Métodos parasitológicos, PCR Convencional, PCR em Tempo Real, Candidatos a Transplantes.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2010/51110-2).

DETECÇÃO DE Strongyloides stercoralis EM AMOSTRAS DE FEZES DE

PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTES POR BIOLOGIA MOLECULAR

Fabiana Martins de Paula1,3, Fernanda Mello Malta2,3, Priscilla Duarte Marques1,3, Maiara

Gottardi1, Marcelo Andreeta Corral1, João Renato Pinho2,3, Elenice Messias Nascimento

Gonçalves4, Vera Lucia Paglioli Castilho4, Ligia Câmera Pierrotti5, Edson Abdala5, Silvia

Figueredo Costa5, Pedro Paulo Chieffi6, Ronaldo Cesar Borges Gryschek1,3,5

1Laboratório de Investigação Médica (LIM/06), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, USP, São Paulo, SP, Brasil.2Laboratório de Investigação Médica (LIM/07), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, USP, São Paulo, SP, Brasil.

3Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.4Seção de Parasitologia da Divisão de Laboratório Central, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, USP, São Paulo,

SP, Brasil.5Faculdade de Medicina, USP, São Paulo, SP, Brasil.

6Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa, São Paulo, SP, Brasil.

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A estrongiloidíase é uma enteroparasitose com condições de negligenciamento relevante principalmente em indivíduos imunossuprimidos, entre os quais se incluem os alcoolistas. O objetivo deste estudo foi realizar e comparar o diagnóstico de Strongyloides stercoralis em indivíduos alcoolistas e não alcoolistas utilizando dois métodos parasitológicos no município de Uberlândia-MG. Foram analisadas três amostras de fezes de 120 indivíduos do sexo masculino, divididos em dois grupos: 60 alcoolistas (G1) atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS-ad), com faixa etária entre 34 e 65 anos; e 60 indivíduos não alcoolistas (G2) provindos da Unidade Básica de Saúde Custódio Pereira (UBS), com idades entre 28 e 63 anos. Utilizou-se o método de Cultura em Placa de Ágar (CPA) e o método comumente utilizado na rotina laboratorial, Hoffman, Pons e Janer (HPJ) para análise das amostras. As 360 amostras foram observadas por três examinadores, totalizando 1151 lâminas analisadas (HPJ=1080 e CPA=71). A análise estatística foi realizada pelo teste exato de Fisher e pelo teste McNemar mid-p. A presença de larvas de S. stercoralis foi observada em 11 (18,3%) indivíduos alcoolistas e em 1 (1,7%) indivíduo não alcoolista, com p=0,0042. Outros parasitos diagnosticados no G1 foram Entamoeba histolytica/dispar (n=3; 5%) e Hymenolepis nana (n=1; 1,7%); e no G2 Ancylostoma sp (n=1; 1,7%) e Enterobius vermicularis (n=1; 1,7%). Comparando-se os métodos utilizados, houve uma maior precisão

na detecção de S. stercoralis quando se utilizou o método de CPA, pois 27 (7,5%) das 360 amostras de fezes analisadas foram positivas por esse método e somente 13 (3,6%) por HPJ. A CPA detectou mais casos de infecção por S. stercoralis do que o HPJ quando analisadas a segunda (p=0,01562) e terceira (p=0,03125) amostras fecais. Em conclusão, o método parasitológico CPA é essencial no diagnóstico da estrongiloidíase e esta parasitose tem maior prevalência em pacientes alcoolistas.

PALAVRAS-CHAVE: Alcoolistas, Diagnóstico Parasitológico, Imunossuprimidos, Strongyloides stercoralis.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq.

DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA EM

PACIENTES ALCOOLISTAS E NÃO ALCOOLISTAS EM UBERLÂNDIA, MINAS

GERAIS, BRASIL

Camila de Almeida Lopes1, Alana Arantes Santos Gonçalves2, Marcelo Arantes Levenhagen1,

Henrique Tomaz Gonzaga1, Julia Maria Costa-Cruz1, Luiz Carlos Marques de Oliveira2

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

2Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

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Strongyloides venezuelensis é um parasito intestinal de ratos frequentemente utilizado como modelo para estudo da estrongiloidíase humana e animal. O objetivo foi comparar os métodos parasitológicos e molecular no diagnóstico da infecção experimental por S.venezuelensis em ratos (Rattus norvegicus). Amostras de fezes e soro foram coletadas e analisadas até o 60º dias pós- infecção (d.p.i.). Os métodos parasitológicos (contagem de ovos por grama de fezes e cultura em carvão) foram positivos do 5º ao 45º d.p.i. A reação em cadeia da polimerase (PCR) detectou DNA específico de S. venezuelensis, nas amostras de fezes do 5º até o 21º d.p.i. e do 2º até o 8º d.p.i nas amostras de soro. Com base nos resultados, pode-se concluir que a detecção de DNA de S. venezuelensis, a partir de amostras de soro, é uma ferramenta diagnóstica promissora. Portanto, este estudo apresenta uma importante contribuição na melhoria do diagnóstico da estrongiloidíase experimental.

PALAVRAS CHAVE: Diagnóstico Molecular, Diagnóstico Parasitológico, Estrongiloidíase Experimental, Reação em Cadeia da Polimerase.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2013∕ 03304-0).

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE Strongyloides venezuelensis NA INFECÇÃO

EXPERIMENTAL

Priscilla Duarte Marques Fonseca1, Fernanda Mello Malta1,2, Dirce Mary Correia Lima Meisel3,

Marcelo Andreetta Corral3, João Renato Rebello Pinho1,2, Julia Maria Costa-Cruz4, Pedro Paulo

Chieffi1,5, Ronaldo César Borges Gryschek1,3, Fabiana Martins de Paula1,3

1Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo2 Departamento de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São

Paulo, SP, Brasil3Laboratório de Investigação Médica (LIM06), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo

4 Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil5 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

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A dioctofimose é causada pelo parasito Dioctophyme renale, ordem Enoplida, classe Nematoda e família Dioctophymetidae, que parasitaespecialmente caninos e raramente felinos, além de animais silvestres e também o homem. Objetiva-se relatar um caso de parasitismo por D. renale em cavidade abdominal de um felino doméstico. Atendeu-se urgencialmente uma paciente felina, fêmea e adulta, com histórico de prenhez e parto distócico. A paciente foi encaminhada para estudo ultrassonográfico abdominal em que foi observado inviabilidade fetal e ainda identificadas estruturas cilíndricas e arredondadas, com bordos hiperecogênicos e centro hipoecogênico, em cortes longitudinais e transversais no abdome sugerindo tratar-se de um exemplar de D. renale. A paciente foi submetida à cesariana e laparotomia exploratória para remoção do parasito livre na cavidade abdominal. Removeu-se um exemplar fêmea de aproximadamente 40 cm de comprimento, não houve complicações pós-cirúrgicas. O ciclo de vida do parasito é complexo e requer um oligoqueta aquático (Lumbriculus variegatus), como hospedeiro intermediário. Ademais, peixes e rãs geralmente servem como hospedeiros paratênicos por albergarem larvas infectantes em sua musculatura, as quais são adquiridas pelo consumo dos oligoquetas infectados. O hospedeiro definitivo (neste caso, o felino) foi infectado por ingerir oligoquetas infectados ou por consumir os hospedeiros paratênicos. Atualmente, não há nenhuma opção farmacológica antiparasitária

eficaz para tratamento de D. renale. Assim, a laparotomia exploratória é eleita na remoção de parasitos livres na cavidade abdominal e a nefrectomia quando o rim é acometido. Com base nos escassos relatos de literatura sobre dioctofimose em felinos, pode-se concluir que apesar de ser um carnívoro, assim como o cão, possui baixa incidência e aparentemente a cavidade abdominal é mais acometida do que os rins, tratando-se de um caso raro e de grande importância da atuação do médico veterinário como agente de saúde pública.

PALAVRAS-CHAVE: Dioctofimose, Gato, Laparotomia, Parasitologia.

Dictophyme renale EM CAVIDADE ABDOMINAL DE UM FELINO DOMÉSTICO

– RELATO DE CASO

Charles Silva de Lima1, Suelen Maia1, Raquel Baroni1, Cristiane Alves Cintra1, Ilan Ayer1, Priscila

Cury2, Soliane Carra Perera2, Josaine Cristina da SilvaRappeti2, Leandro Zuccolotto Crivellenti1

1Universidade de Franca, Franca, SP2Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS

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A esquistossomose mansônica é considerada uma das doenças negligenciadas mais prevalentes e debilitantes. Relatos de tolerância/ resistência ao praziquantel têm impulsionado pesquisas visando ampliar as opções de tratamento. Desde a descoberta do potencial esquistossomicida da artemisinina, derivados com atividade superior à substância original vêm sendo desenvolvidos e avaliados em diferentes linhagens que demonstram responder de forma diferenciada aos tratamentos. O presente trabalho se propôs a avaliar danos tegumentares através de sonda fluorescente após tratamento in vitro com ácido artesúnico, um derivado da artemisinina, e avaliar o efeito in vivo desta substância sobre a linhagem SE do S. mansoni, tendo o praziquantel como controle farmacológico. A fim de melhorar a solubilidade aquosa, o polímero polivinilpirrolidona (PVP K30 em etanol 99%) foi incorporado às amostras na proporção 1:4. Para os ensaios com a sonda, os parasitas foram expostos a 200 μg/mL de ácido artesúnico por 2h e a 5 μg/mL de praziquantel por 15min e, em seguida, lavados, incubados por 15 min com 10 μg/mL da sonda Hoechst 33258 e observados em microscópio de fluorescência. Foram constatadas regiões fluorescentes em ambos os tratamentos indicando ocorrência de danos no tegumento que permitiram a penetração da sonda e sua ligação ao DNA. As análises in vivo realizadas 21, 45 e 60 dias pós-infecção mostraram as maiores taxas de mortalidade de parasitas e de redução de ovos eliminados nas fezes, com predomínio de ovos mortos e maduros, nos tratamentos com 100 mg/Kg de ácido artesúnico. Resultados similares foram observados para a concentração de 300 mg/kg de

praziquantel para os períodos de 45 e 60 dias. Estes resultados indicam efeito esquistossomicida do ácido artesúnico sobre a linhagem SE do S. mansoni em uma concentração menor que a do praziquantel, além desta substância atuar também sobre a fase jovem do parasita.

PALAVRAS CHAVE: Schistosoma mansoni, Linhagem SE, Tratamento, Derivados da Artemisinina, Sonda Fluorescente.

EFEITO DA ATIVIDADE DO ÁCIDO ARTESÚNICO SOBRE A LINHAGEM SE DE

Schistosoma mansoni

Sheila de Andrade Penteado Corrêa1, Rosimeire Nunes de Oliveira1, Vera Lúcia Garcia2, Sinésio

Boaventura Jr2, Verônica de Lourdes Sierpe Jeraldo3, Silmara Marques Allegretti1

1Instituto de Biologia, Depto Biologia Animal, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, SP, Brasil2Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, CPQBA, UNICAMP, SP, Brasil

3Instituto Tecnológico de Pesquisa, Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias, Aracajú, SE, Brasil

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Esquistossomose, causada pelo trematóide Schistosoma mansoni, é uma doença endêmica no Brasil e em muitos outros países tropicais. A transmissão desta doença é determinada pela existência e distribuição geográfica de seu hospedeiro intermediário, o caramujo do gênero Biomphalaria. O objetivo foi avaliar o potencial do extrato de Mikania glomerata contra caramujos adultos e embriões de Biomphalaria glabrata, em vermes jovens e adultos de Schistosoma mansoni. Caramujos adultos e embriões foram mantidos em água declorada e expostos ao extrato nas concentrações de 12,5; 25; 50 e 100μg/mL durante 24h. Após exposição, foram lavados e observados durante sete dias para avaliação da mortalidade e malformações. Vermes jovens e adultos foram recuperados por perfusão do sistema porta-hepático de camundongos, cultivados em meio RPMI com diferentes concentrações do extrato por 72h e a viabilidade foi analisada utilizando microscópio invertido. Os resultados demonstram que M. glomerata causa morte em caramujos adultos apenas na concentração de 100 e 50 μg/mL, apresentando valor de IC50 acima de 100μg/mL para caramujos adultos. Foi observado uma redução de 8,9; 97,2 e 100% nas concentrações de 25,50 e 100μg/mL no desenvolvimento dos embriões, apresentando IC50 de 29,64ppm comparado com o controle negativo. Na avaliação dos vermes jovens também observou uma redução na viabilidade dos parasitos, sendo de 25% nas concentrações de 12,5 a 50μg/ml e 75% nas

concentrações de 100 e 200μg/ml, apresentando IC50 de 23,80μg/ml. Em vermes adultos foi observado que o extrato de M. glomerata altera a viabilidade nas concentrações de 12,5 a 100μg/mL, e em 200ug/ml causa 100% de mortalidade em 24h de incubação, apresentando IC50 de 67,39μg/ml. Pode-se concluir que M. glomerata causa redução no desenvolvimento de embriões de caramujos e altera a viabilidade de vermes jovens e adultos de S. mansoni.

PALAVRAS-CHAVE: Biomphalaria glabrata, Esquistossomose, Mikania glomerata, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq.

EFEITO DA ATIVIDADE MOLUSCICIDA E ESQUISTOSSOMICIDA in vitro DO

EXTRATO DE Mikania glomerata

Karen Ramos da Silva1, Jaqueline Lopes Matos¹, Gabriela de Paula Aguiar¹, Vladimir Constantino

Gomes Heleno¹, Vanderlei Rodrigues², Lizandra Guidi Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca.2Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

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A esquistossomose mansônica, causada pelo Schistosoma mansoni (S. mansoni), afeta mais de 249 milhões de pessoas mundialmente. O único tratamento dessa parasitose recomendado pela OMS é feito com o fármaco Praziquantel (PZQ). Porém há relatos de possível perda de sensibilidade, sendo assim necessário o desenvolvimento de novos tratamentos. Mentol e mentona são componentes mais abundantes das plantas do gênero Mentha sp., no qual apresenta espécies com efeitos antiparasitários demonstrados. Este estudo propõe avaliar os compostos mentol e mentona frente à redução da carga parasitária durante esquistossomose mansônica. Foram utilizados camundongos Balb-C infectados com 80 cercárias de S. mansoni. Sendo divididos nos seguintes grupos: (G1) Controle positivo (sem tratamento); (G2) Tratados com PZQ (400 mg/Kg); (G3) Tratados com 70 mg/kg de mentol + mentona (70% e 30% respectivamente) e (G4) Tratados com 100 mg/kg de mentol + mentona (70% e 30% respectivamente). Os tratamentos foram iniciados no 45° dia após a infecção com doses diárias durante 15 dias para o mentol e mentona e dose única para o PZQ. Realizou-se a técnica de Kato-Katz para quantificação de ovos de S. mansonie para recuperação dos vermes adultos realizou-se a técnica de perfusão do sistema porta hepático. Podemos observar que o grupo tratado com PZQ obteve redução significativa de 83% no número de ovos e de 55% no número de vermes. Dentre os grupos tratados com mentol e mentona, o grupo G4 apresentou melhores resultados, quando comparado ao G3, com 14% de redução do número de ovos e

38% na redução de vermes adultos. Enquanto que G3, não obteve redução no número de ovos, porém reduziu em 13% o número de vermes. Dessa forma, sugerimos que o mentol e mentona podem auxiliar na redução da carga parasitária, porém novos testes serão realizados para melhor compreensão destes compostos na esquistossomose mansônica.

PALAVRAS-CHAVE: Anti-Helmíntico, in vivo, Mentha sp, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2015/01562-8/ e 2014/07331-5) / CAPES.

EFEITO DOS COMPOSTOS MENTOL E MENTONA NA REDUÇÃO DA CARGA

PARASITÁRIA DURANTE ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EXPERIMENTAL

Karina Alves Feitosa¹, Ricardo de Oliveira Correia¹, Elisandra de Almeida Montija¹; Túlio Di Orlando

Cagnazzo¹; Ana Carolina Maragno Fattori¹, Sandra Regina Pereira de Oliveira¹; Rosimeire Nunes de

Oliveira²; Silmara Marques Allegretti²; Fernanda De Freitas Anibal¹

¹Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)- Depto. De Morfologia e Patologia - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

²Instituto de Biologia- Depto. De Biologia Animal- Universidade Estadual de Campinas – (Unicamp)

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A fauna de helmintos na espécie equina é extensa e abrange várias famílias distintas, podendo acometer animais de todas as idades. Os danos causados por essas enfermidades vão desde lesões em órgãos vitais do sistema digestório até graves distúrbios nos processos enzimáticos e hormonais. O que torna o controle das parasitoses nos equinos fundamental. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia anti-helmíntica do produto Pégasus Trio (moxidectina 0,24g e praziquantel 1,5g, com glutamina), administrado em equinos, por via oral. Foram pré-selecionados 43 equinos e submetidos aos exames de OPG e coprocultura, para determinação da quantidade de ovos por grama de fezes e do gênero dos helmintos presentes, dos quais foram selecionados 30 equinos e distribuídos em dois grupos (tratado e controle). Os animais do grupo tratado receberam o produto Pégasus Trio por via oral, na dose de, aproximadamente, 1,6 g para cada 100 Kg de peso corpóreo, em dose única. Os animais do grupo controle não receberam qualquer tipo de tratamento. Todos os equinos foram submetidos a inspeções clínicas e coletas de amostras de fezes, no dias -7, -5, -3 e 0 (antes do tratamento) e +2, +4, +6 e +7 (pós-tratamento). A eficácia do produto foi avaliada por meio da redução de ovos de helmintos nas fezes (OPG – ovos por grama) e coprocultura. Os resultados das coproculturas demonstraram a porcentagem de eficácia de, 93,51%, 95,95%, 96,99%, 95,62% e 93,96% respectivamente para os helmintos Trichostrongylus

axei, Cyathostomum spp., Strongylus equinus, Strongylus edentatus e Strongylus vulgaris. Com base nos resultados de OPG, dois dias após o tratamento já houve redução de 78,36% da oviposição e a partir 6o

dias após o tratamento, não foram detectados ovos nas fezes dos animais. Com base no delineamento experimental proposto, foi possível constatar que o produto Pégasus Trio contendo moxidectina e praziquantel apresentou eficácia na redução de ovos dos principais helmintos de equinos.

PALAVRAS-CHAVE: Antiparasitário, Glutamina, Moxidectina, Praziquantel, Verminose.

EFICÁCIA ANTI-HELMÍNTICA DA FORMULAÇÃO CONTENDO MOXIDECTINA

E PRAZIQUANTEL (PEGASUS TRIO – NOXON DO BRASIL) EM EQUINOS

NATURALMENTE INFECTADOS

Rui Pedro Vieira Godinho1, Karla de Melo Lima2, José Maciel Rodrigues Júnior2, Rafael Paranhos

de Mendonça3, Sabrina Nathália Louzada Nogueira3, Roberto Popolim1, Cláudio Floriano

Stefanoni1, Daniela Miyasaka Silveira Cassol1

1Noxon do Brasil2Nanocore Biotecnologia S/A

3Universidade de Franca

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A estrongiloidíase humana é uma helmintíase intestinal com ampla distribuição mundial, podendo acarretar cronificação e hiperinfecção, se não for diagnosticada precocemente. O diagnóstico parasitológico dessa parasitose é pouco sensível devido à pouca e irregular eliminação de larvas nas fezes. Em relação ao diagnóstico, os métodos imunológicos como o  enzyme-linked immunosorbent assay  (ELISA) apresentam elevada sensibilidade e especificidade. No sentido de aprimorar os testes imunológicos, alguns nanocompostos como Quantum dots podem oferecer uma plataforma analítica para detecção sensível de pequenas quantidades de proteínas, o que minimizaria a quantidade de amostras e o consumo de reagentes. Este estudo teve como objetivo o desenvolvimento de um novo método de diagnóstico imunológico para a estrongiloidíase humana, com enfoque na utilização de Quantum dots. Para realização do ELISA, placas de microtitulação foram sensibilizadas com o extrato total do antígeno heterólogo de  Strongyloides venezuelensis  e a fração detergente do extrato total obtida por fracionamento com Triton X-114. Às placas adicionou-se pool de amostras de soro positivas para estrongiloidíase humana, positivas para outras parasitoses e de indivíduos saudáveis para detectar anticorpos IgG anti-  Strongyloides  stercoralis. Para detecção de IgG foram utilizados os anticorpos secundários anti-IgG humana conjugado com peroxidase (ELISA convencional) ou anti-IgG humana biotina e Quantum dots conjugados à estreptavidina (QLISA). Observou-se diferença significativa

nas densidades óticas (492nm) e intensidades de fluorescência (655nm) na detecção de IgG anti-  S. stercoralis, com maiores valores para pool de soros positivos para estrongiloidíase em relação a pool de soros positivos para outras parasitoses e pool de soros de indivíduos saudáveis, independentemente do extrato antigênico e do anticorpo secundário. O novo método de detecção demonstrou ser eficaz no diagnóstico da estrongiloidíase humana utilizando pool de soro de pacientes, entretanto, novos estudos necessitam ser realizados utilizando amostras de soro individuais de pacientes para que se possa melhorar acurácia diagnóstica do método.

PALAVRAS-CHAVE: ELISA, Estrongiloidíase, Imunodiagnóstico, Quantum dot.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq, FAPEMIG.

ELISA/FOTOLUMINESCÊNCIA DE Quantum dots NO DIAGNÓSTICO

SOROLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA

Renata Araújo Cunha1, Marcelo Arantes Levenhagen1, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia.

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A esquistossomose é uma doença parasitária endêmica em áreas tropicais e subtropicais, datada desde a civilização antiga. Possui como agente etiológico mais comum o helminto Schistosoma mansoni que provoca uma condição crônica de má saúde. Estima-se que mais de 249 milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo. Mesmo sendo possível reduzir a gravidade e taxa de mortalidade, a erradicação é impossibilitada devido ao tratamento limitado a um único fármaco, o Praziquantel. Substâncias químicas obtidas a partir de plantas têm proporcionado uma das mais importantes fontes de pesquisa para desenvolvimento de novos fármacos. As plantas produzem variedade de metabólitos secundários, dentre os quais, naftoquinonas, que apresentam potencial uso para fins medicinais devido a suas propriedades biológicas. Estudos revelam que as naftoquinonas e substâncias sintéticas derivadas desse metabólito, como a NAP-14 (4-amino-1,2-naftoquinona) têm efeito antiparasitário notável. Nesse sentido, o presente trabalho avaliou a genotoxidade e atividade esquistomicida do NAP-14 in vivo. Para tanto, o teste do micronúcleo em medula óssea de camundongos Swiss, utilizando doses de 50 e 75 mg/Kg foi empregado para avaliação da genotoxidade e a atividade esquistossomicida da substância na dose de 40 mg/Kg por meio da avaliação dos parâmetros parasitológicos. Os resultados obtidos revelaram que a NAP- 14 apresentou frequências de micronúcleos que não diferiram significativamente daquelas encontradas no controle negativo, revelando ausência de genototoxidade. Em relação à

atividade esquistossomicida, observou-se, redução dos ovos/g de tecido do fígado e fezes, proporcionais à redução da carga parasitária total encontrada, 72,91%. No oograma realizado, havia 52,3 % de ovos imaturos, 32,71 % ovos maduros e 13,88% de ovos mortos. O presente estudo revela que a NAP-14 demonstrou-se promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos contra a parasitose.

PALAVRAS-CHAVE: Esquistossomose, Genotoxidade, Naftoquinona, Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

ESTUDO DO POTENCIAL GENOTÓXICO E ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA

in vivo DA 4-AMINO-1, 2-NAFTOQUINONA SINTÉTICA DURANTE A

ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EXPERIMENTAL

Larissa Daniela Ribeiro de Souza1, Francisco Rinaldi Neto1, Fernanda Rafacho Badoco1, Govind

G. Kapadia3, Lizandra Guidi Magalhães1, Denise Crispim Tavares1, Juliana Marques Senedese2.

1Universidade de Franca, Franca, São Paulo, Brasil2Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

3Faculdade de Farmácia da Universidade de Howard, Washington, DC 20059, EUA

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A esquistossomose mansônica é uma doença negligenciada. Os maiores responsáveis pela patologia são ovos liberados pelos casais de parasitas. As árvores do gênero Copaífera tem aplicações farmacológicas e potencial antiparasitário. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade esquistossomicida do oleorresina de Copaifera duckei (Cdo) no modelo experimental de esquistossomose mansônica. Foram utilizados camundongos BALB/c fêmeas entre 20-23 gramas, infectados com cerca de 100 cercarias cada, divididos em 4 grupos, sendo grupo controle negativo (infectado não tratado), grupo diluente, e os grupos que foram infectados com cercaria e após 1 dia tratados com Cdo nas concentrações de 40mg/kg e 400mg/kg 48 dias consecutivos via oral. Após o tratamento coletou as fezes dos animais para análise do método quantitativo de Kato-Katz. Na avaliação da carga parasitária foi feito a perfusão da veia porta-hepática recuperando os vermes adultos. Na análise do oograma coletou-se 1cm da porção intermediária do íleo, avaliando os estágios de maturação dos ovos. Os leucócitos intraperitoneais foram obtidos por injeção de 10 ml de meio RPMI na cavidade peritoneal dos animais e contados numa câmara de Neubauer. Nos resultados obtidos, o Kato-Kats houve redução significativa de ovos na concentração de 400mg/kg com redução de 55,28% em relação ao controle negativo. Na concentração de 400mg/kg observou-se que os parasitos estavam menos desenvolvidos quando comparados com o controle negativo.

Na avaliação do oograma no grupo tratado na concentração 400mg/kg apresentou 51,4% de ovos imaturos, 25,99% de ovos maduros, 40,15% de ovos mortos, o que apresentou redução significativa no número de ovos maduros e aumento do número de ovos imaturos e mortos quando comparado com o controle negativo. Na contagem de leucócitos intraperitoneais houve redução significativa de 43,5% na concentração de 400mg/kg em relação ao controle negativo. Concluiu-se que o experimento obteve resultados significativos, sendo de grande importância dar continuidade aos ensaios biológicos com Cdo.

PALAVRAS-CHAVE: Copaífera duckei, Esquistossomicida, in vivo.

ESTUDO in vivo DO OLEORRESINA DE Copaifera duckei DURANTE A

ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA

Ana Flávia de Freitas Cruz1, Fernanda Rafacho Badoco1, Rodrigo Cassio Sola Veneziani1, Sergio

Ricardo Ambrósio1, Jairo Kenupp Bastos2, Lizandra Guidi Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas,Universidade de Franca, Franca, Brasil2Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil

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Dentre as diversas parasitoses, a euritrematose, além de ser uma zoonose, é uma importante doença do pâncreas de bovinos. Eurytrema pancreaticum e E. coelomaticum são parasitos encontrados nos ductos pancreáticos e ocasionalmente em ductos biliares e intestino delgado dos ruminantes. A parasitose é um dos principais fatores de maior perda produtiva de bovinos em todo Brasil. Na cidade de Tubarão, SC, em um rebanho de aproximadamente 30 animais, da raça Nelore, não vacinados para Clostridium spp. uma fêmea foi encontrada morta. Realizada a necropsia, observou-se pulmão com edema, congestão e dilatação vascular; além de hidrotorax; intestinos com hiperemia difusa, sangue em cólon maior e coágulos de sangue em cólon transverso; pâncreas edematoso, manchado com áreas brancas entremeadas a áreas enegrecidas. No exame microscópico o intestino apresentou destruição e necrose de vilosidades difusa com miríades bacterianas e alguns bacilos; o pâncreas apresentou infiltrado inflamatório peri-ductal composto de eosinófilos, linfócitos, macrófagos e células epiteioides apresentando no interior do ducto estruturas morfologicamente compatíveis com Eurytrema sp e ovos do trematódeo. Caracterizando enterite fibrinonecrótica associada á proliferação bacteriana, além de pancreatite leve (grau II) associada à euritrematose. Posteriormente foram coletadas 9 amostras fecais do rebanho, as quais foram analisadas pelas técnicas de MacMaster e Sedimentação espontânea. Desses, duas foram negativas para a presença de ovos, cisto e oocistos de enteroparasitos, quatro foram positivas para Superfamília Trichostrongyloidea com OPG variando entre 200 e 500 ovos, duas amostras positivas

para a presença de ovos de Fasciola hepatica e uma positiva para Eurytrema sp., ambos identificados pela técnica de sedimentação. Este é o primeiro relato de euritrematose bovina na região Sul de Santa Catarina.

PALAVRAS CHAVE: Eurytrema, Pâncreas, Sedimentação, Zoonose.

EURITREMATOSE PANCREÁTICA EM BOVINO NA CIDADE DE TUBARÃO, SC,

PRIMEIRO RELATO DA REGIÃO.

Pâmela da S. Corrêa1, Aline Alborgheti1, Bianca Thomazi1, Daniela Boaventura1, Cintia da L.

Marques1, Ramon S. Ghizzo1; Luísa L. Vieira2, Rene D. Blazius3

1Universidade do Sul de Santa Catarina2Universidade do Sul de Santa Catarina, Laboratorio de Patologia Animal

3Universidade do Sul de Santa Catarina, Laboratório de Parasitologia

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O Schistosoma mansoni é o parasita responsável pela esquistossomose, doença que afeta cerca de 258 milhões de pessoas no mundo. A via de síntese e salvação de pirimidinas tem sido citada como um alvo potencial para o desenvolvimento de fármacos. A uridina citidina quinase (UCK), atua na via de salvação de pirimidinas, catalisando a fosforilação de uridina e citidina para seus respectivos monofosfatos (UMP e CMP). As duas isoformas da enzima (UCK1 e UCK2), foram expressas em bactérias a 20 ºC por 16 horas, a expressão foi induzida com 1 mM de IPTG após 4 horas de crescimento. Devido a presença de uma cauda poli-histidina, a purificação foi feita por cromatografia de afinidade em coluna de cobalto. As proteínas UCK1 e UCK2 foram dialisadas, concentradas e submetidas à ensaios cinéticos, que foram analisados por HPLC, utilizando a coluna Supelcosil™ LC-18S. Foram feitos controles para determinação do tempo de retenção da citidina, CMP, ATP, ADP e um Mix com os compostos citados para confirmar a separação dos picos. Para a reação com uridina foi feito o mesmo procedimento usando os controles uridina, UMP, ATP, ADP e o Mix. Não foi observado atividade catalítica para a enzima UCK1, uma vez que não foi detectado a presença do produto após a realização dos ensaios cinéticos. A UCK2 mostrou-se ativa para ambos os substratos, citidina e uridina. A UCK2 não apresenta uma sequência adicional no

C-terminal, que está presente na UCK1. Por ser uma proteína putativa, é possível que essa sequência adicional, seja na verdade um erro na predição da sequência proteica, e por tanto, não se trate de duas proteínas e sim de apenas uma. A compreensão da estrutura juntamente com a atividade enzimática, contribuirão para o entendimento bioquímico do parasita e colaborará para o desenvolvimento de futuros inibidores específicos.

PALAVRAS-CHAVE: Schistosoma mansoni, Pirimidinas,Uridina Citidina Quinase.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2014/23659-0).

EXPRESSÃO, PURIFICAÇÃO E ENSAIOS DE ATIVIDADE DAS ENZIMAS UCK1

E UCK2 DA VIA DE SALVAÇÃO DE PIRIMIDINAS DO PARASITA Schistosoma

mansoni

Sarro, G. V.1, Torini, J. R.1, Serrão, V. H. B.1, Romanello, L.1, Brandão-Neto, J.2, Pereira, H. M.1

1 Laboratório de Cristalografia de Proteínas e Biologia Estrutural, Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo2 Diamond Light Source. Harwell Science and Innovation Campus Didcot. Oxfordshire

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A fotossensibilização pode ser classificada em três tipos: tipo I caracterizada pela ingestão de substâncias fotodinâmicas, contida em plantas, a tipo II, que ocorre por interferência no metabolismo da porfirina e tipo III caracterizada pela deposição de pigmentos fotodinâmico na pele, secundário a lesão hepática prévia. Em bovinos, a fotossensibilização mais comum de ocorrer é a tipo III, sendo ela relacionada á alterações hepáticas, dentre as quais, a fasciolose e ingestão de plantas hepatotóxicas são mais frequentes. A Fasciola hepatica, é parasito da classe Trematoda, que acomete mamíferos, silvestres e domésticos, inclusive o homem, e apresenta ampla distribuição na região litorânea catarinense. Descreve-se o relato de fotossensibilização tipo III no município de Tubarão – SC, acometendo 2% de um rebanho composto por 2.000 bovinos da raça Nelore. Os animais acometidos apresentavam quadro de anorexia, diarreia, lesões de pele exsudativas, evoluindo para lesões crostosas. Ao exame hematológico, um bovino apresentou anemia normocítica e nomorcômica, leucocitose seguida de neutrofilia e hipoalbuminemia. Perfil hepático revelou enzimas hepáticas Aspartato aminotransferase e Gamaglutamil transferase aumentadas. O mesmo animal veio a óbito e na necropsia apresentou icterícia generalizada, fígado reduzido de tamanho, firme e com manchas acinzentadas na superfície capsular e, ao corte, demonstrou diversos trematódeos de morfologia compatível com Fasciola hepatica. Ao exame histológico, observou-se fibrose hepática, acúmulo de pigmento biliar e infiltrado polimorfonuclear em espaço porta, além de espessamento de epitélio ductal. O caso foi caracterizado como fibrose hepática,

secundária à fasciolose, resultando na ausência de metabolização hepática e consequente acumúlo de substancias fotodinâmicas encontradas na pastagem que o animal estava inserido (Brachiaria spp). O restante do rebanho foi removido da área de exposição solar e tratado com Nitroxinil 34% e protetor hepático, e pomada à base de vitamina A para as feridas.

PALAVRAS CHAVE: Anemia, Fasciola hepatica, Hepatopatia, Histopatológico.

FOTOSSENSIBILIZAÇÃO SECUNDÁRIA A LESÃO HEPÁTICA NA FASCIOLOSE

BOVINA NA CIDADE DE TUBARÃO, SC

Pâmela da Silva Corrêa1, Alexandra Adam2, Camila Todeschini2, Guilherme W. Dandolini2,

Kessya Niero2, Paulo H. Rodrigues2, Luísa L. Vieira3, Alexandre S. de Abreu1

1Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC.2Facudade Murialdo, Caxias do Sul, RS.

3Laboratorio de Patologia Animal, UNISUL, Tubarão, SC.

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Neurocisticercose (NCC) é uma parasitose que acomete o sistema nervoso central causada pela forma metacestódea de Taenia solium. O diagnóstico da NCC ainda é um desafio em muitos pacientes, apesar dos avanços na neuroimagem e testes imunológicos, uma vez que a maioria das manifestações clínicas são inespecíficas. O objetivo do estudo foi avaliar o extrato salino total de metacestódeos de Taenia crassiceps (TC) e suas frações antigênicas (detergente – DC e aquosa – AC) obtidas por hidrofobicidade através do uso de Triton X-114 em amostras de líquor no diagnóstico das formas ativa e inativa NCC humana. Para detecção de IgG foram analisadas 79 amostras de líquor de pacientes provenientes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia: 40 pacientes com NCC (20 pacientes com NCC ativa e 20 com NCC inativa) (G1), comprovados por diagnóstico clínico, epidemiológico e por imagem, e 39 com outras desordens neurológicas (G2): cefaleia, crise convulsiva, esclerose múltipla, hidrocefalia, meningite viral, meningite bacteriana, neurotoxoplasmose, neurocriptococose, utilizando o enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). Sensibilidade (Se), especificidade (Es) e área sob a curva (AUC) foram calculadas. As frações de T. crassiceps (DC e AC) demonstraram altos índices de Se e Es (100% e 97,5%), respectivamente, no imunodiagnóstico da NCC ativa e inativa. As frações de T. soliumutilizadas nos testes (detergente – DS e aquosa – AS) apresentaram variabilidade de Se e Es (DS na NCC

ativa – Se: 100% e Es: 92,9%; Inativa: 95,2 e 92,9%; AS na NCC ativa/inativa: 100 e 95%), respectivamente. Os resultados demonstraram que as frações antigênicas de T. crassiceps são eficientes e potencialmente aplicáveis no diagnóstico da NCC ativa e inativa, e, assim, podem ser utilizadas como antígeno alternativo, técnico e financeiramente viável.

PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico; Neurocisticercose; Taenia crassiceps; Triton X-114.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq; CAPES; FAPEMIG.

FRAÇÕES ANTIGÊNICAS DE Taenia crassiceps OBTIDAS POR

HIDROFOBICIDADE NO IMUNODIAGNÓSTICO DAS FORMAS ATIVA E

INATIVA DA NEUROCISTICERCOSE EM LÍQUOR

Gabriela Borges da Silva1, Daniela da Silva Nunes1, José Eduardo Neto de Sousa1, Maria do

Rosário de Fátima Gonçalves-Pires1, Marcelo Arantes Levenhagen1, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil

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A estrongiloidíase é uma infecção potencialmente grave em pacientes imunodeprimidos. O diagnóstico parasitológico pelas técnicas tradicionais tem baixa sensibilidade. Dessa forma, a disponibilização de técnicas diagnósticas sensíveis e específicas é desejável, sobretudo no contexto das imunodepressões, pois a identificação e o tratamento da helmintíase são fundamentais. As técnicas sorológicas buscam melhores parâmetros de diagnósticos, entretanto os resultados são muito variados. O objetivo deste trabalho é aprimorar o imunodiagnóstico da estrongiloidíase humana identificando proteínas imunodominantes, utilizando a técnica de Western-blotting (WB). Foram utilizadas as frações solúvel (TSL) e de membrana (TML) do estágio evolutivo de larvas filarioides Strongyloides venezuelensis. Foram utilizadas amostras de soros de individuos positivos para S. stercoralis, para outras parasitoses e negativos. Para identificação das bandas imunogênicas foi realizado o WB e as proteínas reveladas foram recortadas de géis réplicas para digestão em peptídios trípticos e posterior análise por espectrometria de massas. Diferentes componentes antigênicos foram reconhecidos por anticorpos IgG de pacientes com estrongloidíase, sendo as bandas de 30-40kDa como as mais frequentes. Após análise por espectrometria de massas, as proteínas imunoreativas identificadas correspondiam a enzimas e proteínas de citoesqueleto, destacando galectinas e actina como as proteínas de maior abundância.

PALAVRAS-CHAVE: Actina, Antígenos, Galectina, Imunodiagnóstico, Strongyloides venezuelensis.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2013/04236-9).

IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS MARCADORES DE DIAGNÓSTICO

IMUNOLÓGICO DA ESTRONGILOIDÍASE HUMANA USANDO ANTÍGENO

HETERÓLOGO

Marcelo Andreetta Corral1, Fabiana Martins de Paula1,2, Dirce Mary Correia Lima Meisel1, Vera

Lucia Pagliusi Castilho3, Elenice Messias do Nascimento Gonçalves3, Débora Levy4, Sérgio Paulo

Bydlowski4, Pedro Paulo Chieffi5, William de Castro Borges6, Ronaldo Cesar Borges Gryschek1,2

1Laboratório de Investigação Médica (LIM-06), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo.

3Divisão de Laboratório Central, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo4Laboratório de Investigação Médica (LIM-31), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo

5Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo.6Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto

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A estrongiloidíase humana tem assumido grande importância em saúde pública, no contexto das doenças negligenciadas do Brasil e do mundo. Sabe-se que a espécie de roedores, Strongyloides venezulensis, tem sido utilizada para o desenvolvimento de métodos de diagnóstico molecular e sorológico da estrongilodíase humana. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo a análise preliminar utilizando a metodologia de shotgun, para identificar proteínas do estágio evolutivo de larva filarioide. Foram identificadas 276 e 321 proteínas nos extratos solúvel (TSL) e membrana (TML), respectivamente. Ao realizar a sobreposição das proteínas identificadas nos dois extratos (TSL e TML), pode-se observar que 138 proteínas são comuns, enquanto que 138 e 183 proteínas são únicas de cada extrato, TSL e TML, respectivamente. Das proteínas identificadas pela espectrometria de massa, diversas categorias funcionais foram encontradas, como defesa celular, resposta ao estresse, energia, metabolismo, função de ligação ou cofator (estrutural ou catalítica), síntese proteica, comunicação celular/mecanismo de transdução de sinal, interação com o ambiente, proteína desconhecida. Pode-se concluir que estudos relacionados com análises proteômicas de larvas filarioides de S. venezuelensis possam contribuir para a elucidação de proteínas envolvidas na relação parasita-hospedeiro e direcionar novos estudos que visem a identificação de alvos diagnósticos.

PALAVRAS CHAVE: Strongyloides venezuelensis, Larva Filarioide, Espectometria de Massa, Shotgun.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2016/06185-0).

IDENTIFICAÇÃO DE PROTEINAS DE LARVA FILARIOIDE DE Strongyloides

venezuelensis POR SHOTGUN

Marcelo Andreetta Corral1, Priscilla Duarte Marques1,2, Dirce Mary Correia Lima Meisel1, Débora

Levy3, Sérgio Paulo Bydlowski3, Pedro Paulo Chieffi4, William de Castro Borges5, Ronaldo Cesar

Borges Gryschek1,2, Fabiana Martins de Paula1,2

1Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo.2Laboratório de Investigação Médica (LIM-06), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo3Laboratório de Investigação Médica (LIM-31), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo

4Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo5Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto

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Neurocisticercose (NC) é uma grave infecção parasitária, causada pela forma metacestódea de Taenia solium que acomete o sistema nervoso central. A combinação de dados clínicos, neuroimagem, dados imunológicos e epidemiológicos, estabelecem o diagnóstico definitivo. O interesse no desenvolvimento de imunossensores decorre da necessidade de uma análise rápida aplicada na rotina com grande número de amostras, com alta sensibilidade e especificidade em relação aos testes imunológicos, como o ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) e o immunoblotting. O objetivo deste estudo foi desenvolver um imunossensor potencializado com nanocristais de óxido de zinco (ZnO) modificados com 0,9% de prata (ZnO:Ag) ou compósitos de nanocristais de óxido de zinco e óxido de prata (ZnO:Ag O) usando como sonda um antígeno fracionado AG1 de mestacestódeos de Taenia saginata, para detecção de anticorpos contra NC em amostras de líquor. Sondas AG1 foram imobilizadas por adsorção em eletrodo screen-printed de grafite (C110), em seguida o indicador 4-dimetilamino-2,3-dimetil-1-fenil-Δ3-pirazolin-5-ona (4-DMAA), enriquecido com nanocristais de ZnO modificados com Ag ou misturados com Ag O foram adicionados, e posteriormente 2 μL de amostras de líquor (diluição 1/100). Dois pools de líquor foram utilizados: um com 10 amostras de pacientes com diagnóstico confirmado para NC e um como controle com o mesmo número de amostras de pacientes com outras desordens neurológicas. Medidas

de voltametria de pulso diferencial foram obtidas. Os parâmetros diagnósticos de sensibilidade e especificidade, foram calculados. O imunossensor foi capaz de discriminar amostras de pacientes com NC daquelas com outras desordens neurológicas. Notou-se que o uso de nanocristais de ZnO modificados com Ag apresentaram melhores parâmetros de diagnóstico em relação ao ZnO:Ag O, houve aumento de 12,6 e 27% em relação a sensibilidade e especificidade, respectivamente. O estudo apresenta uma nova ferramenta com potencial aplicação no diagnóstico rápido da NC, além de requerer menor volume de amostra em relação ao teste ELISA.

PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico, Imunossensor, Nanocristais, Neurocisticercose.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG, PROPP-UFU.

IMUNOSSENSOR POTENCIALIZADO COM NANOCRISTAIS DE ZnO

MODIFICADOS COM PRATA PARA A DETECÇÃO DE NEUROCISTICERCOSE

EM AMOSTRAS DE LÍQUOR

Daniela da Silva Nunes¹, Vanessa da Silva Ribeiro1, João Pedro Tannus Goulart2, Renata P.

Alves-Balvedi2, Luciano P. Rodrigues2, Henrique Tomaz Gonzaga¹, Anielle C. A. Silva2, Noelio O.

Dantas2, Luiz Ricardo Goulart2, Jair Pereira da Cunha-Júnior3, Julia Maria Costa-Cruz¹

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia2Laboratório de Nanobiotecnologia, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia

3Laboratório de Imunoquímica e Imunotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia

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O Dioctophyme renale é considerado o maior nematódeo, podendo medir até 1m de comprimento e podem ser encontrados em infestações únicas ou múltiplas em seus hospedeiros. Ralata-se um caso de dioctofimose renal em um cão culminando com nefrite intersticial do rim contralateral. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas um canino, macho, senil e sem raça definida. O animal possuia vida errante em região de ambiente plano e alagado, próximo à comércio de pescados, sem histórico prévio de saúde. Aprensentava-se apático, desidratado, com mucosas pálidas e dor à palpação abdominal. Exames hematológicos identificaram anemia e elevação sérica de ureia e cratinina. Colheu-se amostra de urina onde na sedimentoscopia observou-se hematúria, leucocitúria e estruturas de forma elíptica, castanha e de casca espessa sugerindo-se tratar de ovos de D. renale. Após, foi encaminhado para apreciação ultrassonográfica abdominal onde verificou-se estruturas cilíndricas em cortes longitudinais e transversais com centro hipoecogênico envoltas pela cápsula renal direita, sugerindo a presença de parasitas adultos de D. renale.O paciente permaneceu hospitalizado para estabilização clínica, porém, devido as severas debilidades foi à óbito e encaminhado para necropsia. Observou-se parasitas no rim direito ocupando a totalidade do parênquima renal onde apenas cápsula estava presente. O rim esquerdo estava aumentado de tamanho e histologicamente foram verificados

presença de nefrite intersticial multifocal moderada e pielite. Nesse contexto, apesar da possível infecção bacteriana do rim contralateral ser a causa da nefrite intersticial, sugere-se que o D. renale possa ser o desencadeador do processo inflamatório indicando que o rim contralateral também pode sofrer injúrias indiretamente.

PALAVRAS-CHAVE: Cão, Dioctofimose, Necrópsia, Nefropatia, Parasitologia.

INFECÇÃO PARASITÁRIA POR Dictophyme renale ASSOCIADA A NEFRITE

INTERSTICIAL EM UM CANINO

Charles Silva de Lima1, Vanessa Milech2, Felipe Cunha2, Jéssica Lavadouro2, Ceres Nakasu2,

Vanessa Murakami1, Paula Costa1, Jessica Barros1, Leandro Zuccolotto Crivellenti1

1Universidade de Franca, Franca, SP2Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS

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Strongyloides papillosus é um nematóide gastrointestinal que acomete ruminantes. A infecção pode ocorrer via cutânea, por penetração ativa da larva infectante, por ingestão de pastagens contaminadas ou ainda galactogênia. Devido às prejuízos proporcionados à produção animal, o objetivo do presente trabalho foi discorrer o caso de uma vaca Girolanda, adulta, atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Franca com histórico de aborto no terço final da gestação, apatia, hiporexia, perda de peso e diarreia há dez dias. Segundo o proprietário, o animal estava com o protocolo de vermifugação desatualizado e os contactantes apresentavam sinais clínicos semelhantes, porém de menor intensidade. No exame clínico observou-se desidratação, dispneia, mucosas hipocoradas e diarreia não sanguinolenta. O hemograma evidenciou anemia, leucocitose e hipoproteinemia. Para diagnóstico, foi feito exame coproparasitologico de OPG (ovos por grama de fezes) obtendo a contagem de 21.300 ovos larvados de casca fina de característico estrongilóides. O tratamento baseou-se na administração sistêmica de cloridrato de levamisol, ivermectina, diaceturato de diaminazeno, oxitetraciclina, fluidoterapia, cálcio e complexos vitamínicos. Três dias após o início do protocolo terapêutico, o animal veio a óbito. O exame pós-mortem identificou espessamento generalizado de alças intestinais e efusão pleural, alterações provavelmente desencadeadas pela verminose com consequente hipoproteinemia. No

exame histopatológico foi observado lesões características de parasitismo, como atrofia das vilosidades e hipertrofia das criptas intestinais, contudo não foi possível visualizar o parasita. De acordo com a literatura, infestações por Strongyloides spp são comumente relatadas em animais jovens; no entanto, o fator determinante da doença está relacionado ao estado imunológico do paciente, dentre eles o período gestacional. Com base no caso descrito, conclui-se que infestação severa por estrongilídeos predispõe a perdas significativas no sistema de produção, deste modo, protocolos de vermifugação regulares devem ser preconizados no rebanho, visando o bem-estar dos animais e evitando consequentes perdas econômicas ao produtor.

PALAVRAS-CHAVE: Estrongilídeos, Parasitologia, Ruminante, Vermifugação.

INFESTAÇÃO POR Strongyloides spp: RELATO EM BOVINO

Mariana Reato Nascimento1, Natacha Alves Alexandre1, Isadora Helena de Sousa Melo¹, Luisa

Pucci Bueno Borges1, Soraia Rage Rezende1, Lucas Varalonga Quaresemin1, Fernanda Gosuen

Gonçalves Dias1, Vítor Foroni Casas1, Lucas de Freitas Pereira1

¹Universidade de Franca (UNIFRAN)

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A ascídia Didemnum perlucidum é um invertebrado marinho notório por sua capacidade invasora em ecossistemas marinhos costeiros de regiões tropicais, com introdução recentemente no Brasil. Ascídias do gênero Didemnum são reconhecidas por seu relevante potencial biológico com destaque para as atividades antitumorais e antimicrobianas. Por esta razão, decidimos avaliar in vitro o potencial esquistossomicida dos fungos 4A3 (Penicillium) e 4A5 (Trichoderma saturnisporum) isolados a partir de D. perlucidum. Os extratos em AcOEt/MeOH destas duas linhagens fúngicas foram avaliados quanto à morte dos vermes adultos do parasita Schistosoma mansoni e a diminuição da atividade motora no intervalo de concentração entre 12,5 e 200 μg/mL, diariamente por 3 dias, em comparação com o controle positivo praziquantel. Os resultados obtidos demonstraram que o extrato de 4A5 quando avaliado na dose de 200 μg/mL ocasionou 75% e 100 % da morte dos parasitas em 24 e 48 horas de tratamento, respectivamente. Quanto ao critério mobilidade, os dois extratos reduziram a atividade motora em 100% na dose de 12,5 μg/ml em 24 horas de tratamento. Estudos do potencial esquistossomicida de D. perlucidum e seus fungos associados são inexistentes, ressaltando o ineditismo e importância desta abordagem na busca de fontes alternativas de novos agentes terapêuticos esquistossomicidas.

PALAVRAS-CHAVE: Ascidia, Atividade Esquistossomicida, Didemnum perlucidum, Penicillium sp, Trichoderma saturnisporum.

SUPORTE FINACEIRO: CAPES (2308.009588/2013-68), FAPESP (2014/19184-7).

LINHAGENS FÚNGICAS ASSOCIADAS À ASCIDIA Didemnum perlucidum E

SEU POTENCIAL ESQUISTOSSOMICIDA

Natália Juliana Andrade1, Larissa de Oliveira Silva1, Urias Junior de Oliveira Soares1, Rhenner

Nicolas Ávila Assis1, Kátia Aparecida Siqueira2, Marcos Antônio Soares2, Gustavo Muniz Dias3,

Lizandra Guidi Magalhães1, Ana Helena Januário1

1Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais – Universidade de Franca, Franca-SP.2Instituto de Biociências- Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, Cuiabá-MT

3Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Ilhabela – SP

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O aumento significativo da esquistossomose nas últimas décadas sugere que os métodos conhecidos de eliminação em massa deixaram de ser totalmente eficazes, uma vez que o Schistosoma sp. é um parasita complexo capaz de desenvolver estratégias de evasão do sistema imune do hospedeiro. No Brasil, a doença ainda ocasiona cerca de 800 mortes anualmente. Somado aos crescentes relatos de perda de sensibilidade a fármacos, a não prevenção à reinfecção torna o uso dos anti-helmínticos cada vez menos eficaz. Assim sendo, o uso de proteínas recombinantes mostra ser uma estratégia promissora para produção de vacinas visando diminuir a disseminação da doença. Avaliação da carga parasitária e contagem de eosinófilos do lavado da cavidade peritoneal (LCP) em camundongos previamente imunizados com a enzima Nucleosídeo Difosfato Quinase (NDPK) da via de salvação de purinas de S. mansoni. Foram utilizados 6 camundongos Balb/c por grupo, sendo estes: Controle, Não imunizado/Infectado e Imunizado/Infectado. Este último foi vacinado com 3 doses da enzima NDPK, com intervalo de 15 dias. Depois de 15 dias da última imunização, os animais foram desafiados com cercarias de S. mansoni. Após eutanásia, realizou-se perfusão do sistema porta-hepático, para avaliação da carga parasitária, e LCP, para contagem de eosinófilos. A imunização com a enzima NDPK promoveu diminuição da carga parasitária nos animais do grupo Imunizado/Infectado, através da redução de vermes recuperados nos sistema porta-hepático. Em relação a contagem de eosinófilos no LCP, a imunização

com NDPK apresentou redução significativa desse tipo celular quando comparado ao grupo Não imunizado/Infectado. A partir desses resultados, sugere-se que a enzima da via de salvação das purinas tem potencial para ser candidata à produção de vacinas como método preventivo à esquistossomose, entretanto, outros ensaios devem ser realizados.

PALAVRAS-CHAVE: Carga Parasitária, Eosinófilos, Esquistossomose, NDPK, Vacina

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP.

MODULAÇÃO DA INFECÇÃO PARASITÁRIA APÓS IMUNIZAÇÃO COM

ENZIMAS DE NUCLEOTÍDEOS DE Schistosoma mansoni

Túlio di Orlando Cagnazzo1, Maurício Grecco Zaia1,Débora Meira Neris1, Joice Margareth de

Almeida Rodolpho1, Luciana Camillo1, Luciana Pagiatto1, Karina Alves Feitosa1, Tiago Mendes2,

Juliana Roberta Torini de Souza3, Silmara Marques Alegretti2, Humberto D’Muniz Pereira3,

Fernanda de Freitas Anibal1

1 Departamento de Morfologia e Patologia – LAP - UFSCar2 Departamento de Biologia Animal – IB - UNICAMP

3 Instituto de Física de São Carlos – IFSC – USP

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Os estudos helmintológicos com lagartos do em Minas Gerais podem ser considerados escassos e fragmentados. Até a presente data são relatadas 13 espécies de helmintos distribuídos entre seis espécies de lagartos. O objetivo deste estudo é registrar a biodiversidade de helmintos parasitos de lagartos de uma localidade de Cerrado em Ingaí, Minas Gerais (21° 20’ 47” S e 44° 59’ 27” W). Os lagartos estavam depositados na Coleção Herpetologica da UFJF - Répteis, em Juiz de Fora. Os nematóides coletados foram fixados em formalina 4% e posteriormente acondicionados em etanol 70°GL. Para identificação, os nematóides foram clarificados em lactofenol de Amann e montados em lâminas provisórias. Foram necropsiados 101 hospedeiros, distribuídos por oito espécies (Ameiva ameiva, Aspronema dorsivitatum, Enyalius bilineatus, Heterodactylus imbricatus, Notomabuya frenata, Ophiodes striatus, Tropidurus itamberee Urostrophus vautieri), dos quais 24 estavam parasitados. Foi observada uma riqueza total de 10 espécies de nematóides (Oswaldofilaria sp., Parapharyngodon sp., Skrjabinodon heliocostai, Skrjabinodon spinulosus, Skrjabinodon sp., Physaloptera retusa, Physaloptera lutzi, Physaloptera sp., Skrjabinelazia sp., Rhabdias sp.). Os lagartos com maior riqueza de nematóides foram Aspronema dorsivitatum e Ophiodes striatus, com um total de três espécies de cada. São relatados sete novos registros de hospedeiro (NRH) e nove novos registros geográficos (NRG) de nematóides em Minas Gerais. Portanto, podemos afirmar que

pelo número de hospedeiros estudados e o número de novos registros de nematóides, o presente estudo até a presente data se constitui no estudo mais abrangente acerca da biodiversidade de helmintos em lagartos de Minas Gerais. Entretanto, diante da grande extensão territorial do Estado e da diversidade de biomas, podemos também deduzir que essa helmintofauna ainda é subestimada nesse grupo de hospedeiros em Minas Gerais, sendo evidente a necessidade da realização de mais estudos com esse enfoque para que se possa estimar com mais precisão essa biodiversidade parasitária.

PALAVRAS CHAVE: Biodiversidade, Cerrado, Parasitos, Squamata.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES/FAPEMIG/PMPD, Processo BPD – 00492-14 (Bolsista Fabiano M. Vieira); CNPq/PQ (Bolsista Bernadete M. Sousa); PROBIC/UFJF (Bolsista Thais T. Souza).

NEMATÓIDES PARASITOS DE LAGARTOS ( SQUAMATA , SAURIA ) NO BIOMA

CERRADO NO ESTADO DE MINAS GERAIS , BRASIL .

Fabiano Matos Vieira1,2, Thais Teixeira de Souza1, Iara Alves Novelli1, Sueli de Souza Lima2 e

Bernadete Maria de Sousa1

1Laboratório de Herpetologia - Répteis, Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, Minas Gerais2Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Helmintos - Odile Bain, UFJF, Minas Gerais

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A estrongiloidiase é uma das doenças parasitarias mais negligenciadas no mundo. O diagnóstico desta parasitose possui uma série de desafios e várias pesquisas têm sido realizadas para desenvolver plataformas diagnósticas rápidas, de baixo custo e com alta eficiência. O objetivo deste estudo foi desenvolver um biossensor de baixo custo utilizando a fração detergente de Strongyloides venezuelensis, previamente obtida e utilizada com sucesso para detectar estrongiloidiase em amostras de soro, validada nos testes ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) e Immunoblotting. Um total de 124 amostras de soro foram testadas em pools de: pacientes com estrongiloidiase confirmada (n=40), indivíduos com outras parasitoses (n= 44) e indivíduos saudáveis de área endêmica (n=40). A fração foi imobilizada em um sensor com eletrodo de trabalho em ouro (BT 220). Após o bloqueio dos sítios inespecíficos utilizando soroalbumina bovina as amostras de soro diluídas (1:80) foram aplicadas e após a incubação e lavagem do eletrodo as medidas da voltametria de pulso diferencial (DPV) foram obtidas. Observações nas modificações na superfície do sensor pela imobilização dos antígenos ou ligação destes com as imunoglobulinas presentes nas amostras de soro foram realizadas por microscopia de força atômica (AFM). A DPV mostrou que a fração detergente foi capaz de discriminar os pacientes com estrongiloidiase daqueles com outras parasitoses ou saudáveis devido ao aumento da resistividade verificada no teste eletroquímico. Os dados da AFM demonstraram mudanças na superfície do eletrodo após cada passo

do processo confirmando esta discriminação entre os grupos. Corroborando dados prévios de ELISA e immunoblotting o sensor contendo a fração detergente se mostrou altamente eficiente na diferenciação dos grupos pela DPV e AFM. O biossensor apresentado é de fácil construção e se mostrou aplicável na detecção da estrongiloidíase em amostras de soro representando uma alternativa promissora aos atuais métodos de diagnóstico disponíveis para a parasitose.

PALAVRAS-CHAVE: Biossensor, Estrongiloidiase, Diagnóstico, Soro.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG, UFU.

NOVO MÉTODO PARA DETECÇÃO DA ESTRONGILOIDIASE HUMANA EM

AMOSTRAS DE SORO UTILIZANDO BIOSSENSOR ELETROQUÍMICO

Luiz Ricardo Goulart1, Vanessa da S. Ribeiro2, Renata P. Alves-Balvedi1, Francielli Cristine C.

Melo1, Patricia da S. Lopes1, Bruna F. Matias-Colombo1, Nagilla D. Feliciano2, Julia Maria Costa-

Cruz2

1Laboratório de Nanobiotecnologia, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais2Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Minas

Gerais

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As Amphisbaenia, pertencentes à ordem Squamata, são popularmente conhecidas por cobras-cegas e apresentam ampla distribuição no Brasil. Entretanto, são escassos os trabalhos sobre a helmintofauna deste animal, especialmente a brasileira. Conhecer sua fauna helmintológica é importante, pois o estudo da relação parasito-hospedeiro permite inferir sobre a ecologia do hospedeiro, comportamento e suas interações tróficas. O objetivo deste trabalho foi realizar a identificação de helmintos encontrados em Amphisbaena mertensi oriundas da região rural do município de Avaré/SP e cedidas por moradores desta região, além de exemplares de vermes obtidos de A. mertensi (oriundas de coleções zoológicas nacionais de museus e universidades), coletadas em diferentes áreas do Sudeste Brasileiro. As cobras-cegas, cedidas vivas ao projeto, foram mantidas no Laboratório de Zoologia da instituição e, posteriormente, realizou-se a eutanásia e a necropsia (protocolo 235/2015). Os órgãos foram separados, colocados em placa de Petri com solução salina e analisados em estereomicroscópio. A musculatura e a cavidade visceral também foram analisadas. Os nematódeos encontrados foram mortos em álcool 70% aquecido e fixados nesta mesma solução. Os vermes oriundos de A. mertensi de coleções zoológicas, foram cedidos ao projeto já fixados em formol 10%. Todos os vermes foram fotografados e medidos em fotomicroscópio. Para a identificação dos helmintos foram utilizados os trabalhos de Yamaguti (1971), Vicente et al. (1993)

e Rossellini (2007). Nos exemplares de A. mertensi oriundos de Avaré-SP, foi encontrada uma larva de nematódeo na gordura abdominal e 47 nematódeos adultos, machos e fêmeas, da família Oxyuridae no conteúdo estomacal. Os vermes obtidos de A. mertensi de coleções, encontrados no mesentério, gordura abdominal e músculos intercostais, totalizaram 29 larvas de Acantocephala e sete de nematódeos, ambas encistadas. Devido à ausência de aparelho reprodutor maduro e de estruturas características não foi possível definir o sexo, ordens ou famílias para todos os vermes em estágio larval.

PALAVRAS CHAVES: Acantocephala, Amphisbaena mertensi, Larvas de Nematoda, Oxyuridae.

SUPORTE FINANCEIRO: PIBIFSP do IFSP.

OCORRÊNCIA DE HELMINTOS PARASITOS DE Amphisbaena mertensi,

COLETADAS NO SUDESTE BRASILEIRO

Cassia dos Santos Dornelas Alvares1, Lívia Cristina dos Santos1, Tarsila Ferraz Frezza1

1 Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto Federal de São Paulo, Avaré

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A estrongiloidíase humana é uma helmintíase intestinal causada pelo nematoide Strongyloides stercoralis potencialmente fatal em índividuos imunossuprimidos. O estudo teve como objetivo analisar os parâmetros epidemiológicos da estrongiloidíase em pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, MG. Para tal, foi realizado um estudo retrospectivo entre o período de 2000 a 2015 e foram colhidos dados básicos do paciente (sexo, faixa etária, origem, cor, tabagismo e etilismo), manifestações clínicas (lesão cutânea, tosse, dispneia, dor torácica, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, anemia, astenia, hiporexia, eosinofília e febre), doenças associadas (HIV/AIDS, hepatite, tuberculose, diabetes, câncer, hanseníase, lúpus e artrite) e agentes infecciosos e parasitários associados. No total, 235 pacientes apresentaram estrongiloidíase durante o período de estudo. A ocorrência da doença foi maior em pacientes do sexo masculino (75%), faixa etária de 31-59 anos (59%), de origem urbana (98%), de cor branca (62%), tabagistas (45%) e etilistas (37%). As manifestações clínicas frequentemente observadas foram dor abdominal (43%), diarreia (40%), febre (32%), tosse (21%) e eosinofília (17%). HIV/AIDS (28%), hepatite (13%), tuberculose (9%), diabetes (9%), câncer (6%) hanseníase (4%) lúpus (2%) e artrite (2%). foram as doenças comumente associadas. Os principais agentes relacionados com a infecção foram Cryptococcus spp. (7%), Toxoplasma gondii (4%) e Trypanosoma cruzi (4%). Dentre os pacientes 82 (35%)

foram à óbito. O perfil epidemiológico demonstrado ressalta a necessidade de diagnóstico precoce desta parasitose em indivíduos imunossuprimidos.

PALAVRAS-CHAVE: Estrongiloidíase, Epidemiologia, Minas Gerais, Saúde Pública.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq; CAPES; FAPEMIG.

PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS COM A

ESTRONGILOIDÍASE EM PACIENTES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, MG

José Eduardo Neto de Sousa1, Edson Fernando Goulart de Carvalho1, Gabriela Borges

da Silva1, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil.

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A neurocisticercose (NC), causada pelas formas metacestódeas de Taenia solium, é listada pela Organização Mundial da Saúde como uma zoonose endêmica negligenciada, além de ser uma das principais causas de convulsões e epilepsia. O diagnóstico clínico da doença é difícil pela variedade de sintomas e o imunodiagnóstico é limitado pela reatividade cruzada. Pesquisas têm sido realizadas buscando antígenos altamente sensíveis e específicos com aplicabilidade em plataformas diagnósticas de baixo custo como ELISA (enzyme linked immunosorbent assay). O objetivo deste estudo foi aplicar o peptídeo sintético NC41, cuja sequência deriva de um peptídeo mimético obtido anteriormente por phage display, no imunodiagnóstico da NC e verificar o alinhamento de sua sequência com proteínas do gênero Taenia. A síntese do peptídeo foi realizada repetindo a sequência, com um espaçador GGGS, e modificações na extremidade N-terminal (BSA) e carboxi-terminal (amidação). O teste ELISA para a detecção de IgG,utilizando como controle de antígeno o extrato salino total de metacestódeos de T. solium (ES), foi realizado em amostras de soro de indivíduos: com NC (n=40), outras parasitoses (n=40), e indivíduos aparentemente saudáveis com três amostras de fezes negativas (n=40). Os parâmetros diagnósticos de sensibilidade (Se), especificidade (Es), likelihood ratio (LR) e área sob a curva (AUC) foram calculados utilizando as curvas receiver operating characteristic (ROC). O peptídeo sintético apresentou

parâmetros diagnósticos superiores àqueles apresentados pelo antígeno total, respectivamente: Se: 97,5% x 85%; Es: 97,5% x 83,8%; LR: 39 x 5,23; AUC: 0,9973 x 0,9253 (P = 0,0019). O alinhamento com proteínas do parasito revelou similaridade com proteínas de conhecida aplicação diagnóstica na NC e relacionadas com sobrevivência do parasito, tais como: citocromo oxidase subunidade III, glutationa S transferase e fosfoenolpiruvato carboxiquinase. Os ótimos parâmetros diagnósticos alcançados pelo peptídeo NC41 indicam sua potencial aplicabilidade como ferramenta diagnóstica na NC humana.

PALAVRAS-CHAVE: ELISA, Imunodiagnóstico, Neurocisticercose, Peptídeo.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG, UFU.

PEPTÍDEO SINTÉTICO PARA O DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA

NEUROCISTICERCOSE HUMANA

Vanessa da Silva Ribeiro1, Henrique Tomaz Gonzaga1, Daniela da Silva Nunes1, Luiz Ricardo Goulart2,

Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais2Laboratório de Nanobiotecnologia, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

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A estrongiloidíase humana, causada pelo geohelminto Strongyloides stercoralis, é descrita como doença negligenciada. Milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo, porém há uma subestimativa dos acometidos, devido à baixa sensibilidade dos métodos de diagnóstico e da liberação irregular das larvas nas fezes. A doença pode ser assintomática, mas em pacientes imunocomprometidos pode levar ao óbito. Considerando a cronicidade, o potencial de mortalidade da doença e as dificuldades de diagnóstico, vários esforços têm sido feitos para o desenvolvimento de ferramentas com alta sensibilidade e especificidade. O objetivo deste estudo foi avaliar os peptídeos sintéticos C10 e D3, cujas sequências foram obtidas a partir da técnica de phage display, na detecção de IgG em soro de pacientes com estrongiloidíase. Cada peptídeo sintetizado foi construído com duas sequências separadas por um espaçador GGGS e modificações estruturais nas extremidades N e carboxi terminais. Amostras de soro de 40 indivíduos, em cada grupo: positivos para estrongiloidíase, com outras parasitoses e com parasitológico negativo de área endêmica, foram avaliadas no teste ELISA. Parâmetros diagnósticos foram calculados utilizando curvas ROC. Ambos os peptídeos apresentaram AUC>0,960, sensibilidade 95% e, respectivamente para C10 e D3, especificidade 86,3% e 92,5%, e likelihood ratios LR+: 6,91 e 12,67 e LR-: 0,06 e 0,05. A predição de epítopos conformacionais de células B (EpiSearch) foi realizada após o alinhamento com proteínas do parasito pela plataforma BLAST. Para a proteína citocromo c

oxidase foram preditos, com base na sequência de C10, um epítopo conformacional com 12 resíduos e resíduo central na posição 67; e dois epítopos, com base em D3, de 15 resíduos de aminoácidos cada, em posições distintas. Com base nos resultados descritos pode-se concluir que os peptídeos testados possuem ótima performance diagnóstica e reproduziram epítopos conformacionais de proteínas de S. stercoralis, podendo ser aplicados no diagnóstico da estrongiloidíase humana.

PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico, Estrongiloidíase, Epítopos, Peptídeos, Soro.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG, UFU.

PERFORMANCE DIAGNÓSTICA DE PEPTÍDEOS SINTÉTICOS NA

ESTRONGILOIDÍASE HUMANA

Nágilla Daliane Feliciano1, Vanessa da Silva Ribeiro1, Henrique Tomaz Gonzaga1, Daniela

da Silva Nunes1, Fabiana de Almeida Araújo Santos2, Patricia Tiemi Fujimura2, Luiz Ricardo

Goulart2, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

2Laboratório de Nanobiotecnologia, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

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O presente estudo tem o objetivo de registrar o parasitismo por digenéticos do gênero Athesmia Looss, 1899 (Trematoda, Dicrocoeliidae) em Caracara plancus no Brasil. Foram analisados cinco espécimes de Caracara plancus, conhecido popularmente como Caracará, oriundos da microrregião de Juiz de Fora, Minas Gerais. Os espécimes foram cedidos, sob congelamento, pelo Centro de triagem de animais silvestres (CETAS) do IBAMA/JF, MG. Os digenéticos coletados foram fixados em formalina 4% por 48 horas, acondicionados em etanol 70° GL, corados em carmalúmen de Mayer para identificação. Todos digenéticos foram coletados no fígado. Foi observada uma prevalência de 40% do parasitismo por Athesmia sp., intensidade média de 20 parasitos por hospedeiro infectado e abundância média de cinco parasitos por hospedeiro analisado. O gênero Athesmia atualmente possui aproximadamente 11 espécies nominais, que parasitam aves e mamíferos por todo o Mundo. Desse total, nove espécies são registradas em Aves. No Brasil, a única espécie desse gênero registrada é Athesmia heterolecithodes (Braun, 1899), que também ocorre em mamíferos no país. Estudos prévios registraram essa espécie no Brasil em aves dos gêneros Jacana, Guira, Eurypyga, Milvago, Theristicus, Cariama, Psophia, Athene, Pardirallus, Netta e Dendrocygna. Caracara plancus se distribui desde o sul do rio Amazonas até o sul da Argentina, porém

são inexistentes os registros de Athesmia sp. nessa espécie de hospedeiro no Brasil e também em outros países. Portanto, o presente estudo se constitui no primeiro registro de ocorrência de Athesmia sp. em Caracara plancus.

PALAVRAS CHAVE: Aves, Caracará, Parasitos.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES/PNPD, Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, IOC, FIOCRUZ (Bolsista Fabiano Matos Vieira); BIC/UFJF (Bolsista Filipe do Carmo Souza Fernandes).

PRIMEIRO REGISTRO DE Athesmia sp. (TREMATODA, DICROCOELIIDAE)

EM Caracara plancus (MILLER, 1777) (FALCONIFORMES: FALCONIDAE) NO

BRASIL

Filipe do Carmo Souza Fernandes1, Fabiano Matos Vieira1, 2 e Sueli de Souza Lima1

1Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Helmintos - Odile Bain, Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, Minas Gerais2Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados, IOC, FIOCRUZ, Rio de Janeiro

E-mail: [email protected]

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Diante da magnitude da estrongiloidíase e da importância do diagnóstico rápido e eficaz, a fim de evitar os casos crônicos e as hiperinfecções, o desenvolvimento de novas ferramentas biotecnológicas para o estudo desta geohelmintíase torna-se essencial. A tecnologia IgY é uma ótima alternativa para a produção de anticorpos com alto grau de especificidade e rentabilidade. O objetivo deste estudo foi a produção, fracionamento e caracterização de anticorpos IgY a partir de gemas de ovos de galinhas imunizadas com antígenos salinos totais de Strongyloides venezuelensis. As galinhas de postura foram divididas em três grupos com dois animais cada: I) larvas filarioides; II) fêmeas partenogenéticas; III) solução salina tamponada - PBS. Foram realizadas seis imunizações sendo a primeira com adjuvante completo de Freund e as demais com adjuvante incompleto de Freund com intervalo de 15 dias e acompanhado por 13 semanas. Ovos e sangue para obtenção de soro foram coletados semanalmente para acompanhar a produção dos anticorpos específicos. As gemas passaram por três etapas de purificação: deslipidação; precipitação de proteínas com sulfato de amônio a 20%; fracionamento com coluna de afinidade HiTrap IgY Purification, em sistema de cromatografia completo Akta prime plus. O fracionamento e a especificidade dos anticorpos foram confirmados por Dot-blot, SDS-PAGE 8%, ELISA para avaliar a cinética de produção e ELISA avidez. Todas as amostras fracionadas foram positivas no

Dot-Blot e apresentaram título de anticorpos específicos a partir da segunda semana de imunização. As etapas de purificação foram confirmadas pela presença das bandas proteicas dos anticorpos IgY em SDS-PAGE 8%. Os anticorpos mostraram altos índices de avidez variando de 72,5% a 95,4%. Concluiu-se que a tecnologia IgY pode ser uma excelente ferramenta para o estudo da estrongiloidíase e com possibilidades para aplicação como método de diagnóstico sorológico e para terapêutica da doença.

PALAVRAS-CHAVE: Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, Estrongiloidíase, Imunoglobulina Y, Strongyloides venezuelensis.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES; FAPEMIG, CNPq.

PRODUÇÃO, FRACIONAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE ANTICORPOS

IgY ANTI-LARVAS FILARIOIDES E ANTI-FÊMEAS PARTENOGENÉTICAS DE

Strongyloides venezuelensis EXTRAÍDOS DE GEMAS DE OVOS DE GALINHAS

Lucas Silva de Faria1, José Eduardo Neto de Sousa1, Dayane Lorena Naves de Souza2, Raphaella

Paula Ribeiro3, Veridiana de Melo Rodrigues Ávila2, Álvaro Ferreira Júnior3, Julia Maria Costa-

Cruz1

1 Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará 1720, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil

2 Laboratório de Bioquímica e Toxina de Animais, Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará 1720, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil

3Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos, Universidade de Uberaba, Campus Aeroporto. Av. Nenê Sabino, 1801, sala 2D05, 38055-500, Uberaba, MG, Brasil

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O nematódeo Syphacia muris infecta naturalmente ratos sendo um problema em biotério convencionais. A espécie Strongyloides venezuelensis é um parasito de roedores utilizado no estudo da relação parasito/hospedeiro devido à semelhança do ciclo biológico de Strongyloides stercoralis. O presente estudo teve como objetivo avaliar a carga parasitária entre ratos (Rattus norvegicus) Wistar naturalmente infectados com S. muris e experimentalmente infectados com S. venezuelensis. Foram utilizados 40 animais divididos em quatro grupos de 10 animais: Grupo I ratos sem infecção, Grupo II ratos infectados com S. venezuelensis, Grupo III ratos infectados com S. muris, Grupo IV ratos coinfectados com S. muris e S. venezuelensis. A carga parasitária foi avaliada por meio da quantificação dos helmintos recuperados dos intestinos dos animais no 21º dia após infecção (d.p.i) e também da contagem de ovos por gramas de fezes (OPG) diariamente até 21 d.p.i. Para análise estatística foi utilizando o teste de Mann Whitney U seguido pelo pós-teste de Bonferroni e também utilizado o programa eggCounts R para determinar a porcentagem de redução de ovos. Os parasitos adultos recuperados do intestino dos ratos dos Grupos II e III foram maiores comparados com o grupo IV (p<0,0001). A eliminação de ovos de S. venezuelensisdos grupos II e IV começou no 5 d.p.i. e teve o pico de eliminação no 8 d.p.i. No entanto, o Grupo II eliminou mais ovos (p<0,0001) quando comparado com o grupo Grupo IV. Ao analisar os dois grupos

com os pacotes eggCounts R, em 5-9, 14, 15 e 19 dpi, houve uma redução de mais de 50% na eliminação de ovos, enquanto que 16, 18, 20 e 21 dpi, teve redução menor que 50%. Foi demonstrado que a eliminação de ovos bem como a quantidade de fêmeas partenogenéticas de S. venezuelensis diminui significativamente pela coinfecção por S. muris.

PALAVRAS-CHAVE: Biotério, Egg Counts R,.Strongyloides venezuelensis, Syphacia muris.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES; FAPEMIG; CNPq.

REDUÇÃO DA CARGA PARASITÁRIA DE Strogyloides venezuelensis PELA

COINFECÇÃO COM Syphacia muris EM RATOS (Rattus norvegicus) WISTAR

José Eduardo Neto de Sousa1, Edson Fernando Goulart de Carvalho1, Marcelo Arantes

Levenhagen1, Lucas Silva de Faria1, Julia Maria Costa-Cruz1

1Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Av. Pará 1720, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil.

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O processo de ubiquitinação é reversível e ocorre através das enzimas desubiquitinadoras (DUBs), as quais são proteases envolvidas no processamento de ubiquitinas e na reciclagem dos monômeros de ubiquitina das cadeias poliubiquinadas. A diversidade funcional das DUBs é devido ao número e variedade de domínios catalíticos, além de sua estrutura 3D. São divididas em cinco subclasses: ubiquitin C-terminal hydrolases (UCHs), ubiquitin-specific proteases (USPs ou UBPs), ovarian tumour proteases (OTUs), Machado-Joseph disease proteases (MJDs) and JAB1/MPN/Mov34 metalloenzymes (JAMMs). Esse trabalho teve como objetivo identificar e caracterizar a expressão de membros da família USP durante o ciclo de vida do parasita S. mansoni, pois as mesmas estão envolvidas no sistema ubiquitina-proteassoma, presente no desenvolvimento do parasita. Para tanto, foi avaliada a expressão dos genes através da técnica de Real-time PCR e bioinformática. Foi possível identificar 17 membros da família USP em S. mansoni, apresentando o domínio conservado UCH, identificados em todos os estágios do parasita, porém com níveis de expressão distintos, havendo uma expressão maior para os genes: SmUSP7, SmUSP8, SmUSP9x e SmUSP24. Conclui-se que os genes das USPs de S. mansoni possuem diferença em seus níveis de expressão durante o ciclo de vida do parasita, o que indica estarem envolvidas nos processos celulares requeridos para o desenvolvimento do mesmo, o que serve como base para estudos funcionais dessas enzimas no parasita.

PALAVRAS-CHAVE: Enzimas desubiquitinadoras (DUBs), Desubiquitinação, Ubiquitinaçao.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPEMIG, NuBio UFOP e CNPq.

USPs (Ubiquitin-specific proteases) SÃO DIFERENCIALMENTE EXPRESSAS

ATRAVÉS DO CICLO DE VIDA DO Schistosoma mansoni

Roberta V. Pereira, Matheus de S. Gomes1, Roenick P. Olmo1, Daniel M. Souza1, Fernanda. J.

Cabral2, Liana K. Janotti- Passos3, Elio. H. Baba1, Andressa B.P. Andreollli2, Vanderlei Rodrigues2,

William Castro-Borges1, Renata Guerra-Sá1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto2Departamento de Bioquímica e Imunologia.- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

3Departamento de Ciências Biológicas/Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas - Instituto de Ciências Exatas e Biológi-cas - ICEB2, Universidade Federal de Ouro Preto

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PROTOZOOLOGIA

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Toxoplasmose é uma infecção ocasionada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Trata-se de um parasito intracelular obrigatório capaz de infectar aves e mamíferos. Devido à toxicidade apresentada pelos fármacos convencionais utilizados no tratamento da toxoplasmose, outros compostos vêm sendo pesquisados como tratamento alternativo para a mesma, destacando-se entre eles as estatinas. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de associação das estatinas pravastatina com sinvastatina em baixas concentrações frente à infecção pela cepa RH de T. gondii em células HeLa. Células HeLa (1×105) foram dispostas em placas de 24 poços sobre lamínulas redondas e levados à estufa a 37 C e 5% de CO2. Após 24 horas as células foram infectadas com taquizoítas de T. gondii (5 x 105). Em seguida, as células infectadas foram tratadas com pravastatina (12 g/ml) mais sinvastatina (3,1 g/ml) associadas. Após a fixação e coloração, foram analisadas 200 células por lâminas para análise do índice de infecção e proliferação intracelular do parasito. A estatística foi realizada por análise de variância (One Way ANOVA) e pós-teste de Bonferroni, (*p 0,05). Em relação ao número de células infectadas e proliferação intracelular o tratamento da associação dos fármacos pravastatina (12 g/ml) mais sinvastatina (3,1 g/ml) promoveram redução significativa de 36% em número de células infectadas e 62% na proliferação

intracelular do parasito, se comparados ao controle negativo (células infectadas e tratadas somente com meio RPMI) (P=0,0001). Conclui-se que a associação de pravastatina mais sinvastatina em baixas concentrações apresentaram efeito antiproliferativo sobre formas taquizoítas de T. gondii demonstrando resultados promissores como composto alternativo no tratamento da toxoplasmose.

PALAVRAS-CHAVE: Associação de Estatina, Célula HeLa, Toxoplasma gondii.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq.

A ASSOCIAÇÃO DE PRAVASTATINA E SINVASTATINA EM BAIXAS

CONCENTRAÇÕES É CAPAZ DE INIBIR A PROLIFERAÇÃO DE Toxoplasma

gondii (cepa RH) EM CÉLULAS HeLa

Raquel Arruda Sanfelice1, Larissa Rodrigues Bosqui1, Marcelo Andreetta Corral2, Laís Fernanda

Machado1, Naara Cristina Carvalho1, Suelen Santos da Silva1, Milena Menegazzo Miranda-

Sapla1, Fernanda Tomiotto-Pellissier1, Luciano Aparecido Panagio2, Italmar Teodorico Navarro3,

Ivete Conchon-Costa1, Wander Rogério Pavanelli1, Fabiana Martins de Paula4, Ricardo Sergio

Almeida2, Idessania Nazareth Costa1

1Departamento de Patologia Experimental, Laboratório de Parasitologia, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil2Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brasil

3Departamento de Microbiologia, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil4Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil

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O emprego de Propídio Monoazida (PMA) seguido por PCR tem como premissa detectar a viabilidade de organismos por meio da integridade de sua membrana: ao atravessar membranas danificadas (organismos não viáveis), o PMA entra em contato com DNA e esta ligação passa a ser irreversível, impedindo a amplificação do DNA em PCR. O presente estudo visou comparar os resultados obtidos com uso de PMA/PCR com infectividade animal após aplicação de agente desinfetante em água superficial contendo 105 cistos de Giardia duodenalis. Os cistos foram recuperados por filtração em membrana e concentrados por centrifugação. Alíquotas da suspensão contendo aproximadamente 6.750 cistos foram transferidas para tubos Eppendorf: uma das alíquotas foi tratada com PMA (concentração final de 200 μM; fotoativados por 15 minutos) em duplicata, antes da extração de DNA; outra alíquota foi submetida a extração de DNA sem PMA para controle, também em duplicata. Todas as amostras foram submetidas à PCR. A amostra contendo PMA apresentou amplificação com intensidade muito reduzida quando comparada com a amostra sem PMA, indicando que uma elevada quantidade de cistos foi danificada. No ensaio de infectividade animal, 15 camundongos BALB/c Specific Pathogen Free de 28 dias de idade foram inoculados experimentalmente e separados em grupos de cinco animais cada: A, controle positivo; B, com cistos após agente desinfetante; C, controle negativo. Análises histológicas dos intestinos do grupo B revelaram a presença de trofozoítos em quatro, dos cinco animais. Embora um grande número de cistos tenha sofrido danos, é possível que os cistos não afetados pelo tratamento

tenham causado infecção, mesmo em baixa quantidade, uma vez que apenas 10 cistos são capazes de causar infecção em hospedeiros suscetíveis. As análises indicam que os resultados obtidos por ambos os métodos foram similares. Recomenda-se a realização de PCR em tempo real para estimativa de cistos íntegros após o tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: Giardia duodenalis; Infecção Experimental; PCR.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2014/21602-1).

ABORDAGEM MOLECULAR COMO ALTERNATIVA À EXPERIMENTAÇÃO

ANIMAL: AVALIAÇÃO UTILIZANDO PROPÍDIO MONOAZIDA (PMA)

Vagner Ricardo da Silva Fiuza1, Liane Yuri Kondo Nakada1, Gabriela dos Reis1, Luciana Urbano

dos Santos2, Nilson Branco3, Regina Maura Bueno Franco3, José Roberto Guimarães1

1Departamento de Saneamento e Ambiente - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), UNICAMP 2Centro Universitário Padre Anchieta (UniAnchieta)

3Departamento de Biologia Animal - Instituto de Biologia (IB), UNICAMP

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A hemozoina é um pigmento produzido a partir da degradação da hemoglobina em hemácias infectadas por Plasmodium, sendo que esse pigmento pode acumular nos tecidos e ser internalizado pelos macrófagos residentes. O aumento nos depósitos de hemozoína no fígado tem sido associado com aumento da parasitemia. Alguns extratos fúngicos foram testados anteriormente como possíveis fontes de compostos com atividade antimalárica, porém o extrato etanólico bruto de Trichoderma stromaticum (Ext-Ts) ainda não. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito do tratamento com Ext-Ts sobre a parasitemia e deposição de hemozoína em um modelo de malária experimental. Camundongos C57BL/6 inoculados intraperitonealmente com 5x104 hemácias infectadas com Plasmodium berghei ANKA e tratados ou não diariamente com 2,5 ou 5,0 mg de extrato etanólico bruto de T. stromaticum foram eutanasiados no sétimo dia de tratamento e infecção, e fragmentos de fígado foram coletados, fixados e incluídos em parafina. Cortes histológicos foram feitos e analisados através de microscopia de luz convencional e microscopia de luz polarizada. Foram fotografados 10 campos microscópicos por animal com aumento de 200X. As fotografias foram analisadas através de software ImageJ 1.50i. O número de pixels representados pela hemozoína em cada figura foi mensurado e expresso como percentagem da área da hemozoína. A parasitemia foi também mensurada nos animais tratados ou não com Ext-Ts através de citometria de fluxo. Observou-se uma diminuição no acúmulo de hemozoína no

fígado dos camundongos tratados com 5,0 mg de Ext-Ts quando comparado com os animais não tratados. Além disso, foi observado que os animais tratados apresentaram uma diminuição da parasitemia em relação aos animais não tratados. Sugere-se que o tratamento com o Ext-Ts é capaz de reduzir os níveis de parasitemia durante a infecção por Plasmodium berghei ANKA, assim como diminuir a deposição do pigmento malárico no fígado, sugerindo um melhor prognóstico ao curso da doença.

PALAVRAS-CHAVE: Extrato Fúngico, Hemozoína, Malária, Plasmodium berghei ANKA, Trichoderma stromaticum.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, FAPEMIG, CNPq.

ADMINISTRAÇÃO DE EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DE Trichoderma

stromaticum REDUZ DEPOSIÇÃO DE HEMOZOÍNA NO FÍGADO DE

CAMUNDONGOS C57BL/6 INFECTADOS COM Plasmodium berghei

ANKA

Cariaco, Y.1,Lima, W.R.2, Nascimento, L.A.C.1, de Sousa, R.O.1 dos Santos, J.L.3, Silva, N.M.1

1Laboratório de Imunopatologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais

2Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Federal de Mato Grosso, Rondonópolis, Mato Grosso3Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia

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A Doença de Chagas (DC), causada pelo Trypanosoma cruzi, é uma doença negligenciada em todo o mundo, endêmica em 21 países latino-americanos. Atualmente existem aproximadamente 8 a 10 milhões de pessoas infectadas no mundo, sendo 3 milhões no Brasil, representando cerca de 6.000 mortes por ano. Grande parte dos infectados não desenvolvem sinais e sintomas clínicos, dificultando o diagnóstico. O diagnóstico laboratorial consiste em testes parasitológicos e sorológicos, que devem ser selecionados de acordo com a fase da doença. O objetivo do trabalho foi quantificar número de testes por imunoquimioluminescências (IC) e hemaglutinações (HA) em pacientes com suspeita de DC e verificar positividade nos testes. Foram incluídos todos os testes sorológicos para diagnóstico de DC realizados no Laboratório Clínico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu de setembro de 2014 a setembro de 2015. Foram realizados neste período 3.048 IC, onde 315 (10,33%) foram positivos para DC. Não foi possível avaliar sensibilidade e especificidade já que os resultados com valores de IC abaixo de 0,80 não realizavam HA. Conforme fluxograma estabelecido pelo Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 315 testes foram submetidos a HA, sendo 92 (29,21%) reagentes (ou seja, positivo para DC) e 223 (70,79%) não reagentes (indeterminados, já que a IC foi positiva). Para confirmação

de diagnóstico, os 223 testes não reagentes na HA deveriam ser repetidos e caso permanecessem o mesmo, realizado testes de PCR. Não houveram diferenças significativas quanto ao gênero e idade dos pacientes que realizaram os testes. Assim, podemos concluir que, devido ao alto número de testes falso-positivos (com IC positiva e HA não reagente) somente um método sorológico não deve ser utilizado para confirmação de diagnóstico de DC, reforçando a necessidade de outras técnicas, com testes mais sensíveis e específicos para se evitar resultados falso-positivos e inconclusivos.

PALAVRAS-CHAVE:  Diagnóstico, Doença de Chagas, Hemaglutinação, Quimioluminescência, Trypanosoma cruzi.

ANÁLISE DOS EXAMES REALIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DA DOENÇA

DE CHAGAS NO LABORATÓRIO CLÍNICO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA

FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

Luiz Roberto de Oliveira Junior1, Thaysa Buss Carvalho1, Leonardo Teixeira Lopes Medeiros1,

Ana Laura Ortega Dezen1, Cilmery Suemi Kurokawa1

1Departamento de Doenças Tropicais, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista

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Blastocystis spp. é um protozoário comumente encontrado em amostras fecais de humanos e animais, envolto por aspectos patogênicos e zoonóticos ainda controversos. Estudos recentes têm demonstrado a distribuição dos subtipos (STs) de Blastocystis spp., porém são escassos os relatos sobre a sua caracterização molecular na América Latina, sobretudo no Brasil. O objetivo do presente estudo foi investigar os STs presentes em isolados fecais de indivíduos acompanhados no Hospital das Clínicas de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP). Para tanto, amostras fecais positivas para Blastocystis spp. diagnosticadas na Seção de Parasitologia do Laboratório Central (HC/FMUSP) foram utilizadas para o isolamento de DNA. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi realizada utilizando iniciadores específicos para a subunidade 18S do DNA ribossomal. Os produtos amplificados foram sequenciados, e as sequências foram alinhadas e comparadas na base de dados. Foram identificados os STs (ST1, ST2, ST3 e ST6), sendo o ST3 o mais prevalente entre os isolados humanos seguido pelo ST1. Os alelos de número 34 e 36 foram os mais frequentes. Em conclusão, estes resultados contribuem para a caracterização molecular de Blastocystis spp. em amostras de fezes humanas no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Análise Filogenética, Blastocystis spp., Brasil, Subtipos.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2015/18213-6).

ANÁLISE FILOGENÉTICA DE SUBTIPOS DE Blastocystis spp. ISOLADOS

DE INDIVÍDUOS ACOMPANHADOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO

PAULO (HC/FMUSP), BRASIL

Gessica Baptista de Melo1, Fabiana Martins de Paula1, Fernanda de Mello Malta1, Celina

Wakisaka Maruta2, Paulo Ricardo Criado2, Vera Lucia Pagliusi Castilho3, Elenice Messias do

Nascimento Gonçalves3, Ronaldo Cesar Borges Gryschek1

1Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo2Ambulatório de Dermatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo

3Seção de Parasitologia, Hospital das Clínicas de São Paulo, Universidade de São Paulo

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Com distribuição mundial, os protozoários da família Sarcocystidae são caracterizados por serem parasitos formadores de cistos em diversos tecidos de hospedeiros intermediários, distribuídos em sete gêneros: Sarcocystis, Frenkelia, Toxoplasma, Besnoitia, Cystoisospora, Hammondia e Neospora. Esses parasitos podem causar abortamento em animais, apresentando associação com perdas econômicas significativas no comércio de ovinos em diversas regiões do mundo. Conhecer a prevalência de protozoários da família Sarcocystidae em produtos comercializados em mercados públicos é o primeiro passo para reduzir o risco de contaminação que estes podem representar para o ser humano. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de contaminação de amostras teciduais de órgãos de ovinos (Ovis aries) por protozoários da família Sarcocystidae. Os órgãos (baço, fígado e rins) obtidos de mercados públicos de Feira de Santana-BA foram levados para o laboratório do Grupo de Pesquisa em Zoonoses e Saúde Pública, sendo pesados 25g dos órgãos, num total de 90 amostras, que foram trituradas com 125ml de solução salina 0,18% estéril. A seguir 1ml da suspensão de tecidos foi coletada e armazenadas a -20°C para posterior extração de DNA. O DNA foi extraído utilizando dois kits comerciais (A e B) e quantificado em NanoDrop®, realizando-se a qPCR para uma sequência do gene rDNA de Sarcocystidae seguida de análise de alta resolução de curvas de dissociação (HRM) para diferenciação dos amplicons. Das 90 amostras avaliadas, uma apresentou amplificação, mas a HRM não foi compatível com os controles utilizados (Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Sarcocystis neurona e Cryptosporidium parvum). A sequência

amplificada será submetida ao sequenciamento para determinação do microrganismo envolvido. O kit de extração A foi mais eficiente na extração de DNA das amostras de tecidos, com médias de extração entre 79,4ng/μl e 683,4ng/μl, enquanto que o kit B apresentou média de 3,2ng/μl.

PALAVRAS-CHAVES: Ovino, qPCR, Sarcocystidae.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESB.

ANÁLISE MOLECULAR DE Sarcocystidae EM TECIDOS DE OVINOS EM FEIRA

DE SANTANA, BA

Taise Cristina Santa Barbara Silva Queiroz¹, Aristeu Vieira da Silva¹

¹Grupo de Pesquisa em Zoonoses e Saúde Pública, Universidade Estadual de Feira de Santana

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A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania. Infecções causadas por L. amazonensis podem causar lesões locais e difusas graves em humanos. Atualmente, a abordagem terapêutica para a LTA é baseada em fármacos que apresentam alta toxicidade e pouca eficiência. É conhecido que o ácido caurenóico, um diterpeno obtido a partir de várias espécies de plantas brasileiras, possui atividade contra L. amazonensis, sendo assim, modificações moleculares foram feitas nessa molécula com o objetivo de otimizar seu potencial leishmanicida. Para os ensaios foram utilizadas formas promastigotas de L. amazonensis (cepa PH8), mantidas em meio RPMI (GIBCO) suplementado com 10% de soro bovino fetal e 1% de estreptomicina, em seguida as culturas foram incubadas a 25 °C por 48 horas. O número de células por concentração foi determinado utilizando microscópio e hemocitometro. Foram testados 10 derivados do ácido caurenóico, sendo as substâncias (4R, 4aS,6As,9R,11aR,11bS)-N-(2-hidroxietil)-4,11b-dimetil-8-metilenotetradecalino-6,9-metanociclo hepta [a]naftaleno-4-carboxa mida;((4R,4 a, 6aS,9R,11aR,11bS)-4,11b-dimetil-8-metilenotetradeca hidro-6,9metanociclohepta[a]naftalen-4il) (4-metil piperazi-1il)metanona;(4R,4aS,6As,9R,11aR,11bS)-N-ciclohexil-4,11b-dimetil-8-metilenotetra decalino-6a, 9-metanociclo hepta [a] naftaleno- 4 –carboxamida, são as mais ativas apresentando valores de IC50 menores que 16μM. Nossos

estudos mostraram que essas substâncias são eficientes em relação à atividade leishmanicida, porém outros estudos precisam ser realizados para a avaliação no estágio amastigota e avaliação dos possíveis efeitos sinérgicos.

PALAVRAS-CHAVE: Ácido Caurenóico; Derivados; Leishmania amazonensis; Leishmanicida.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP, CAPES e CNPq.

ATIVIDADE DE DERIVADOS SEMI-SINTÉTICOS DO ÁCIDO CAURENÓICO

CONTRA Leishmania amazonensis

Carly Henrique Gambeta Borges1, Júlia Medeiros Souza1, Rodrigo Cassio Sola Veneziani1,

Lizandra Guidi Magalhães1, Sérgio Ricardo Ambrósio1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca

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A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo principalmente nas áreas endêmicas de 21 países da América Latina causando aproximadamente 14.000 mortes por ano, e ainda outros 100 milhões de indivíduos que vivem em áreas de risco de infecção. Considerando que, atualmente está disponível somente o benzonidazol para a quimioterapia da doença de Chagas, com baixa taxa de cura na fase crônica da doença, apresentando efeitos hepato e nefrotóxicos, ausência de formulações e apresentações específicas de uso pediátrico, observa-se uma necessidade em novos fármacos, com menos efeitos colaterais, aumentando a tolerabilidade dos pacientes no tratamento e favorecendo uma maior adesão à terapêutica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade tripanocida in vitro do extrato acetônico obtido do líquen Usnea steineri e seus constituintes químicos majoritários. Através do estudo químico do extrato acetônico da U. steineri foi possível isolar quatro constituintes químicos majoritários: ácido úsnico, ácido difractáico, ácido norstíctico e ácido galbínico. As identificações moleculares foram realizadas através de RMN-1H, RMN-13C e espectrometria de massas. O extrato liquênico acetônico de U. steineri apresentou atividade in vitro frente às formas tripomastigotas de T. cruzi (CI50=49,4 μg/mL). Dos constituintes químicos isolados do extrato, o ácido úsnico exibiu a melhor atividade tripanocida in vitro (CI50=67,4 μM), seguido dos ácidos

difractáico (CI50=77,6 μM), galbínico (CI50=129,7 μM) e norstíctico (CI50=157,2 μM). Todas as substâncias avaliadas apresentam efeito dose-dependente. Os resultados promissores apresentados pelo extrato acetônico de Usnea steineri e pelo ácido úsnico abrem perspectivas para continuidade destes estudos visando suas aplicações como antiparasitários.

PALAVRAS-CHAVE: Ácido Úsnico, Atividade Tripanocida, Usnea steineri.

SUPORTE FINANCEIRO: UNIFRAN, CNPq, CAPES e FAPESP.

ATIVIDADE TRIPANOCIDA In vitro DE EXTRATO ACETÔNICO DE Usnea

steineri E SEUS CONSTITUÍNTES QUÍMICOS MAJORITÁRIOS

Luiz A. Ferreira1, Lúzio G. Bocalon Flauzino1, Marcos G. Tozatti1, Daniele da Silva Ferreira1,

Viviane R. Esperandim1, Márcio L. Andrade e Silva1, Wilson R. Cunha1

1Universidade de Franca, Av. Dr. Armando Salles de Oliveira, 201, Franca, SP

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A infecção chagásica tem se apresentado, desde a sua descrição por Carlos Chagas em 1909, como uma doença difícil de ser combatida, devido à multiplicidade de suas características. As diferenças fisiológicas e hormonais associadas ao sexo desempenham importante papel na suscetibilidade às infecções parasitárias, atuando diretamente no sistema imunológico. Sendo assim, o trabalho em questão teve como objetivo verificar as alterações bioquímicas desencadeadas pelo parasitismo nos tecidos de machos e fêmeas de Mus musculus infectados com 2 x 410 formas tripomastigotas da cepa MC de T. cruzi, isolada de Cerdocyon thousazarae por RIBEIRO e BARRETO, 1968. Para a realização desse trabalho, utilizou-se quatro grupos: controle (macho e fêmea) e infectados (macho e fêmea). No pico parasitêmico, ocorrido no 10° dia pós-infecção, foi colhido o sangue desses animais para a análise dos parâmetros bioquímicos (glicose, uréia, creatinina, aspartato-transaminase-TGO, alanina-transaminase-TGP e glutamiltransferase-GGT). Dos resultados obtidos, os parâmetros bioquímicos mostraram alterações dos níveis de glicose no plasma, caracterizando uma hipoglicemia mais acentuada nos machos do que nas fêmeas infectadas com relação aos grupos controle. Valores aumentados de uréia e creatinina foram significativos somente para os machos infectados. Com relação ao TGO, TGP e GGT, valores aumentados também foram observados nos grupos infectados, onde os machos apresentaram maiores níveis desses parâmetros. Essas alterações estão, provavelmente, associadas à parasitemia, a qual foi maior nos machos do que nas fêmeas. Sendo assim, as alterações dos parâmetros bioquímicos

observadas possivelmente estão relacionadas com o dimorfismo sexual e características inerentes da cepa em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Cepa MC, Parâmetros bioquímicos, Trypanosoma cruzi.

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DE CAMUNDONGOS INFECTADOS PELA CEPA

MC DE Trypanosoma cruzi

Coléte Fonseca1, Viviane Rodrigues Esperandim1, Janaina Fernanda Gonçalves Neto2, José

Clovis do Prado Júnior3, Sérgio de Albuquerque3

1Universidade de Franca, Franca – SP2Faculdade de Educação São Luís

3Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP

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A leishmaniose, causada por espécies de Leishmania sp, é uma doença negligenciada debilitante e potencialmente fatal. O tratamento é realizado utilizando os antimoniais pentavalentes e Anfotericina B, apesar da sua toxicidade. Por isso, há uma intensificação na pesquisa de produtos antiparasitários que sejam eficazes contra a leishmaniose. Curcumina é uma substância extraída da planta Curcuma longa e apresenta atividades biológicas contra vários parasitos incluindo os parasitos do gênero Leishmania sp. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade de seis análogos de curcumina contra L. amazonensis. A atividade leishmanicida foi avaliada nas concentrações de 0,19 a 100 μM contra as formas promastigotas após 24 e 48 horas. A atividade citotóxica foi avaliada contra macrófagos peritoneais, nas mesmas condições descritas anteriormente. A atividade hemolítica foi avaliada nas mesmas concentrações citadas anteriormente por um período de 30 minutos. Após avaliação contra os parasitos, os valores de concentração inibitória de 50% (CI50) dos parasitos para os análogos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 foi de 134,8, 0,62, 1,38, 0,16, 0,44 e 0,04 μM em 24 horas e 50,42, 0,41, 0,48, 0,15, 0,29 e 0,04 em 48 horas, respectivamente. Em relação a atividade citotóxica as amostras 1, 2, 3, 4, 5 e 6 apresentaram concentração citotóxica de 50% (CI50) das células de 455,9, 143,20, 109,10, 69,98, 33,62 e 12,75 μM em 24 horas e 110,70, 5,34, 51,13, 45,43, 20,05 e 3,37 μM em 48 horas, respectivamente. Nenhuma das amostras apresentou lise das hemácias, com valores de concentração hemolítica de 50% das células >100 μM. Diante dos resultados obtidos, novos experimentos serão realizados para avaliar o efeito dos

análogos de curcumina no estágio de amastigota bem como avaliar o seu mecanismo de ação e o seu potencial in vivo.

PALAVRAS-CHAVE: Análogos de curcumina, Leishmania amazonensis, in vitro.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, FAPESP, CNPq.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE ALGUNS ANÁLOGOS DE

CURCUMINA CONTRA Leishmania amazonensis

Julia M. Souza1, Karla R. da Silva1, Rosangela da Silva1, Govind J. Kapadia2, Subba Rao3, Lizandra

G. Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca, Franca, Brasil2Department of Pharmaceutical Sciences, Howard University, Washington, USA

3Global Biotechnology Resource Center, Rosewood Drive, Streamwood, USA

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A leishmaniose é uma doença parasitária negligenciada, causada por espécies de Leishmania sp. O tratamento primário é realizado utilizando os antimoniais pentavalentes (Sb+5) e em casos de resistência da cepa ao tratamento, outras substâncias como Anfotericina B, são utilizadas apesar da sua grande toxicidade para o hospedeiro. Com a necessidade de novas substâncias contra os parasitos que causam a leishmaniose, o interesse pela pesquisa cresce com o intuito de obter compostos que atuam com maior eficácia e baixa toxicidade. Dentre as plantas com propriedades medicinais, as do gênero Copaifera se destacam pelas suas aplicações farmacológicas, incluindo sua atividade antiparasitária, com significante propriedade leishmanicida apresentada pelo óleoresina de diversas espécies deste gênero. Estudos com o diterpeno Ácido Caurenóico (ácido 16-caure-18-óico) (AC), encontrado na parte fixa da óleoresina das espécies de Copaifera, indicaram uma significante atividade antiparasitária. Assim, o presente trabalho tem o propósito estudar a atividade leishmanicida do AC contra as formas promastigotas do parasito, a atividade citotóxica contra macrófagos peritoneais e a atividade hemolítica. Em todos os ensaios o AC foi avaliado nas concentrações de 0,19-50μM. A atividade leishmanicida contra as formas promastigotas do parasito foi avaliada nos períodos de 6, 12, 24 e 48h, a atividade citotóxica contra macrófagos peritoneais e a atividade hemolítica foram avaliadas durante 24h e 30min, respectivamente. AC apresentou um CH50de 293,3μM e um valor de CC50 (Concentração citotóxica de 50% das células) de 2,39μM. Os valores de

CI50 obtidos após avaliação contra as formas promastigotas foram de 0,36; 0,21; 0,07 e 0,009 μM nos períodos de 6, 12, 24 e 48h, respectivamente. Desta forma além dos resultados obtidos até o momento com o AC, serão realizados outros ensaios da interação entre o ácido caurenóico e o ácido polialtico e também ensaios com as formas amastigotas do parasito.

PALAVRAS-CHAVE: Ácido caurenóico; Copaifera; Leishmania amazonensis.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2016/08135-0).

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO DITERPENO ÁCIDO

CAURENÓICO CONTRA Leishmania amazonensis

Ana Carolina Bolela Bovo Candido1, Júlia Medeiros Souza1, Mariana Cintra Pagotti1, Carly

Henrique Gambeta Borges1, Sergio Ricardo Ambrósio1, Rodrigo Cássio Sola Veneziani1, Jairo

Kenupp Bastos2, Lizandra Guide Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas,Universidade de Franca.2Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

[email protected]

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A leishmaniose cutânea é uma doença causada por parasitos do gênero Leishmania, que ocorre frequentemente em países das regiões tropicais e subtropicais O seu tratamento consiste basicamente de poucos fármacos como antimoniais pentavalentes e anfotericina B. Uma vez que os medicamentos utilizados na prática clínica são altamente tóxicos, torna- se clara, a necessidade de se pesquisar novos fármacos com potencial leishmanicida. Recentemente pesquisadores têm mostrado que análogos da curcumina possuem um bom potencial para inibir alguns parasitos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar alguns análogos de curcumina contra as formas promastigotas de L. amazonensis, sua atividade citotóxica e hemolítica. Na avaliação contra promastigotas, os análogos de curcumina foram adicionados em concentrações de 6,25 a 100 μM por 24 e 48 horas e a contagem dos parasitos foi realizada em câmara de Neubauer. A avaliação da atividade citotóxica foi realizada utilizando macrófagos peritoneais e a viabilidade celular foi determinada após 24 e 48 horas pelo método enzimático quantitativo de MTT (Brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio). A atividade hemolítica foi realizada nas mesmas concentrações citadas anteriormente e incubado por 30 minutos. Os resultados demonstram que os análogos de curcumina 1, 2 e 3 apresentam uma concentração inibitória de 50% das formas promastigota (CI50) de 33,30, 17,25 e 78,89 μM após 24 horas e 7,99, 2,26 e 29,43 μM após 48 horas de cultivo, respectivamente. As amostras 1, 2 e 3 apresentaram uma concentração citotóxica de 50% das células (CC50) de 57,25, 47,52 e 123,50 μM após 24 horas e 45,41, 36,91 e 117,60 após 48 horas,

respectivamente. Todas as amostras apresentaram concentração hemolítica de 50% das células (CH50) maior que 100 μM. Através dos resultados obtidos, podemos realizar mais estudos para verificar a atividade dos análogos de curcumina contra as formas amastigotas de L. amazonensis e in vivo.

PALAVRAS-CHAVE: Citotoxicidade; Curcumina; Hemólise; Leishmania amazonensis.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP; CNPq; CAPES.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA In vitro DE ALGUNS ANÁLOGOS

DE CURCUMINA

Karla Ramos da Silva1, Julia M. Souza1, Rosangela Silva1, Govind J. Kapadia2 ,Subba Rao3,

Lizandra G. Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca2Department of Pharmaceutical Sciences, College of Pharmacy, Howard University

3Global Biotechnology Resource Center, 145 Rosewood Drive, Streamwood, IL 60107, USA

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A doença de Chagas ainda é considerada um problema de saúde pública na América Latina e no Brasil não existindo um tratamento terapêutico eficaz e seguro disponível no mercado, visto que a substância utilizada na terapêutica atual apresenta sérios efeitos colaterais. Assim, o presente trabalho descreve a avaliação atividade tripanocida in vitro das frações obtidas dos extratos etanólico bruto (EEB) de folhas, flores e casca, e extrato hexânico bruto (EHB) de folhas e casca de Tabebuia impetiginosa, conhecida popularmente como Ipê roxo. As frações obtidas, então, apresentaram atividade significativa contra as formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi. Sendo que a porcentagem de lise foi maior do que 50% para todas as frações na concentração de 400μg/mL. Além disso, os resultados de IC50 foram promissores para as frações acetato de etila obtidas de EEB das folhas e flor sendo respectivamente, 13,20 μg/mL e 15,46 μg/mL. Para as frações obtidas de EEB observamos que as frações metanólica e diclorometano apresentaram valores de IC50 de 15,28 μg/mL e 17,84 μg/mL, respectivamente. Já para as frações obtidas de EHB de casca e folhas observaram-se que nenhuma das frações obtidas da folha apresentou IC50 significativo. No entanto, a fração aquosa da casca apresentou IC50 de 28,27 μg/mL podendo ser considerado um resultado promissor. Os resultados foram promissores quando comparado ao Benzonidazol (IC50 = 9,8 μg/mL), princípio ativo do fármaco disponível no mercado e utilizado como

controle positivo. Assim, os resultados obtidos para as frações obtidas do EEB abrem perspectivas para o isolamento, caracterização e avaliação das substâncias presentes nestas frações, bem como outras que se mostraram promissoras.

PALAVRAS CHAVES: Atividade Tripanocida, Ipê Roxo, Tabebuia impetiginosa.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq, FAPESP e CAPES.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA In vitro DE FRAÇÕES OBTIDAS

DOS EXTRATOS: HEXÂNICO BRUTO DE FOLHAS E CASCA, E ETANÓLICO

BRUTO DAS FOLHAS, FLORES E CASCA DE Tabebuia impetiginosa (IPÊ

ROXO)

Roberta Lopes Mariano1, Viviane Rodrigues Esperandim1, Daniel Montagnini1, Ana Carolina

Bolela Bovo Candido1, Mariana Cintra Pagotti1, Jairo Kenupp Bastos3, Wilson Roberto Cunha1,

Icaro E.F. Silva2, Márcio Luis Andrade e Silva1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade de Franca, UNIFRAN2Faculdade de Medicina da Universidade de Franca, UNIFRAN

3Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP

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Cryptosporidium spp. são protozoários pertencentes ao filo Apicomplexa, classe Sporozoea, ordem Eucoccidiida e família Cryptosporidiidae, que completam seu ciclo biológico na superfície de células epiteliais dos tratos gastrintestinal, respiratório e urinário de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, causando doença clínica e subclínica. O presente trabalho tem como objetivo determinar a ocorrência deste parasito em psitacídeos do sul de sudeste do Brasil, utilizando as técnicas de coloração negativa com verde malaquita e nested PCR (nPCR), além de observar o índice de concordância entre os testes por meio do coeficiente de correlação Kappa. Coletaram-se, por conveniência, 473 amostras de fezes provenientes de aves de 38 criatórios de diversos estados das regiões sul e sudeste do Brasil. A purificação e concentração dos oocistos foram realizadas por meio de centrífugo-flutuação em solução de Sheather. Para análise microscópica, utilizou-se a coloração negativa com verde malaquita e, após, todas as amostras foram submetidas à extração do DNA genômico dos oocistos e analisadas por meio de nPCR para amplificação de fragmento parcial da subunidade 18S do rRNA de Cryptosporidium spp.. Pela microscopia, a ocorrência do protozoário foi de 3,59% (17/473) e, na nPCR, 5,50% (26/473). O índice de correlação Kappa entre a coloração negativa com verde malaquita e a nPCR foi quase perfeito (Kappa=0,93). A partir destes dados,

nota-se que há presença do parasito nos criatórios de estados do sul e sudeste do Brasil e que os testes possuem elevada concordância entre seus resultados.

PALAVRAS CHAVE: Cryptosporidium spp., ,Nested PCR, Psitaciformes.

AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO NEGATIVA COM VERDE MALAQUITA E DA

NESTED PCR PARA DETECÇÃO DE Cryptosporidium spp. EM AMOSTRAS

FECAIS DE PSITACÍDEOS

Elís Domingos Ferrari¹, Alex Akira Nakamura¹,Bruna Nicoleti Santana¹, Vinícius da Silva

Camargo¹, Mariele Fernanda da Cruz Panegossi¹, Bruno César Miranda Oliveira¹, Ana Rita

Moraes Nardi², Katia Denise Saraiva Bresciani¹, Marcelo Vasconcelos Meireles¹

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, FMVA - UNESP, Araçatuba – SP/ Brasil

²Fundação Municipal de Ensino Superior, Bragança Paulista – SP/ Brasil

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A espécie Stizophyllum perforatum pertence à família das Bignoniaceae que possui 110 gêneros e 800 espécies, sendo constituídos por árvores, arbustos e lianas. Stizophyllum possui cerca de 20 espécies e estudos com espécies desse gênero evidenciaram esteróides e triterpenos com atividade citotóxica. Os objetivos deste trabalho foram avaliar as atividades leishmanicida e citotóxica das folhas de S. perforatum e analisar o extrato etanólico por CLAE-DAD (Cromatografia de Alta Eficiência acoplada ao Detector de Arranjo de Diodos. As folhas de Stizophyllum perforatum foram secas em estufa e trituradas. Uma alíquota (5 g) foi extraída com etanol. Após filtração, o solvente foi removido sob pressão reduzida, fornecendo 0,54 g de extrato. O extrato foi então submetido ao ensaio com as formas promastigotas de Leishmania amazonensis durante 24 h de incubação nas concentrações entre 50-3,12 μg/mL. Como controle positivo foi utilizado Anfotericina B e negativo DMSO 0,1%. As formas viáveis foram contadas em câmara de Neubauer. A avaliação da atividade citotóxica foi realizada na linhagem celular GM07492A (fibroblastos normais de pulmão humano) pelo ensaio colorimétrico de toxicologia in vitro - XTT. O extrato das folhas apresentou um valor de CI50 (concentração que inibe 50% dos parasitos) de 6,06 ± 2,82 μg/mL e um valor de CC50 (concentração citotóxica de 50% das células) de 173,5 ± 6,4 μg/mL, o cálculo do índice de seletividade (IS) forneceu um valor de 28,67, mostrando que o extrato foi bem

seletivo para a forma promastigota de L. amazonensis. O cromatograma do extrato apresentou oito bandas cromatográficas principais, entre elas o pico em tR 30,06 min apresentou um espectro de UV semelhante ao das flavonas. Deste modo o extrato será avaliado quimicamente com o objetivo de isolar os componentes responsáveis por esta atividade biológica.

PALAVRAS-CHAVE: Bignoniaceae; Citotoxicidade; Leishmania; Stizophyllun perforatum.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq, FAPESP.

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES CITOTÓXICA E LEISHMANICIDA DE

Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers (Bignoniaceae)

Osvaine Júnior Alvarenga Alves1, Valéria Maria Meleiro Gimenez1, Heloiza Nicollela Diniz1,

Ricardo Andrade Furtado1, Denise Crispim Tavares1, Márcio Luis Andrade e Silva1, Wilson

Roberto Cunha1, Ana Helena Januário1, Lizandra Guidi Magalhães1, Patricia Mendonça Pauletti1

1Núcleo de Pesquisa em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franca.

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Acometendo aproximadamente sete milhões de pessoas em todo o mundo, a doença de Chagas faz parte do grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN) e apresenta caráter endêmico na América Latina. Os fármacos existentes apresentam eficácia limitada na fase crônica e trazem inúmeros efeitos tóxicos, podendo ser relacionados principalmente ao estresse oxidativo gerado. Com isso, o uso de antioxidantes vem sendo estudado na terapia da doença. Estudos envolvendo o ácido ascórbico (vitamina C) mostram que essa substância é capaz de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes, além de estar envolvida em processos imunológicos importantes. Nosso objetivo foi avaliar a ação da vitamina C durante a fase aguda da doença, de modo isolado ou associado ao benzonidazol, verificando sua influência no desenvolvimento parasitário. Foram utilizados camundongos BALB/C machos, inoculados intraperitonealmente com 104 formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi , cepa Y. As doses utilizadas no tratamento foram: ácido ascórbico 7,14 mg/kg e benzonidazol 10 mg/kg, além da associação dos compostos onde utilizou-se as mesmas concentrações. Os animais foram tratados durante 20 dias por via oral e tiveram sua parasitemia averiguada a cada 48 horas. A sobrevida foi analisada mediante acompanhamento diário dos animais por um período máximo de 60 dias. Os resultados mostram uma redução parasitêmica nos grupos tratados com benzonidazol (BZ10), ácido ascórbico isolado (AA) e ácido

ascórbico associado ao benzonidazol (AA+BZ10) em relação ao grupo infectado sem tratamento (CT). Essa redução representa em porcentagens 56%, 39% e 24%, respectivamente. A análise de sobrevida mostra que o grupo AA+BZ10 apresentou taxa de sobrevida de 80%. Nossos resultados sugerem que mesmo a redução na parasitemia do grupo AA+BZ10 ser a menor entre os grupos avaliados, a alta taxa de sobrevida no mesmo indica que uma possível atividade imunomoduladora tenha ocorrido e com isso, testes que demonstrem e justifiquem esse fato devem ser realizados.

PALAVRAS-CHAVE: Ácido Ascórbico; Doença de Chagas; Estresse Oxidativo; Trypanosoma cruzi.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

AVALIAÇÃO in vivo DA ATIVIDADE DO ÁCIDO ASCÓRBICO DURANTE A FASE

AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS EXPERIMENTAL

Maiara Voltarelli Providello1, Zumira Aparecida Carneiro1, Gisele Bulhões Portapila1, Sérgio de

Albuquerque1

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP)

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 88 países se encontram atingidos pela leishmaniose, sendo que cerca de 12 milhões de pessoas estão infectadas e, aproximadamente 350 milhões de pessoas estão expostas ao risco de contrair a doença. As dificuldades quanto à administração dos medicamentos usados nos dias de hoje e a duração do tratamento, paralelamente aos efeitos colaterais, tem estimulado pesquisadores a buscar novas substâncias com atividade leishmanicida, principalmente de fontes naturais. Hymenaea courbaril (Família Fabaceae) também conhecida popularmente como jatobá, jitaí, aboti-timbaí, fava-doce, jatobá-da-caatinga, farinheira, entre outros. Estudos anteriores realizados em nossos laboratórios demonstraram uma atividade leishmanicida in vitro promissora tanto para o extrato hidroalcoólico das cascas como para o extrato hidroalcoólico da polpa de H. courbaril. Ambos os extratos apresentaram CI50=0,26 μg/mL. Através da CLAE preparativa do extrato hidroalcoólico das cascas foi possível isolar uma substância codificada como F-1B-3. A análise dos dados de RMN-1H e RMN-13C permitiram a identificação de F-1B-3 como o diterpeno ácido isoózico. Os resultados da atividade leishmanicida in vitro frente à Leishmania amazonensis indicaram uma valor de CI50 de 42,39 μM (12,80 μg/mL) para a substância F-1B-3. Foi realizada também a atividade citotóxica desta substância contra macrófagos peritoniais, resultado em um CC de 31,56 μM (9,53 μg/mL). Os

resultados obtidos até o presente momento apontam para um possível efeito sinérgico das várias substâncias presentes no extrato.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade Leishmanicida, Estudo Fitoquímico, Hymenaea courbaril, Jatobá.

SUPORTE FINANCEIRO: UNIFRAN, CNPq, FAPESP e CAPES.

AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE Hymeneae

courbaril

Breno Mumic Sequeira1, Romeu M. Rocha Neto1, Lúzio G.Bocalon Flauzino1, Marcos G. Tozatti1,

Júlia M. Souza1, Lizandra G. Magalhães1, Márcio L. Andrade e Silva1, Wilson Roberto Cunha1

1Universidade de Franca, Av. Dr. Armando Salles de Oliveira, 201, Franca – SP

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Micro-organismos endofíticos são aqueles que colonizam o interior dos tecidos de plantas, sem apresentar efeito patogênico ao hospedeiro, relacionando-se de forma simbiótica. Desde que o primeiro fungo endofítico foi identificado, muita atenção tem sido dada à exploração de novas substâncias que podem ser sintetizadas por eles, entre elas, substâncias que apresentam ação leishmanicida. As leishmanioses estão entre as doenças tropicais negligenciadas e constituem um sério problema de saúde pública em várias partes do mundo. A Leishmaniose Visceral (LV), causada por Leishmania infantum chagasi, se não tratada é uma doença fatal. Dos casos registrados nas Américas, 90% ocorrem no Brasil. Neste trabalho foram testados 8 extratos brutos (EBs) sintetizados por fungos endofíticos dos gêneros Diaporthe e Phomopsis, isolados de plantas de manguezais, em cepas sensíveis à óxido nítrico de L. infantum chagasi. As células foram cultivadas em garrafas de cultura e ajustadas à 1x105 e, em placas de 96 poços, foram adicionados 100 μL dessa suspensão e, no mesmo momento, 100 μL de cada EB nas concentrações finais de 10 mg.mL-1, 1 mg.mL-1 e 0,1 mg.mL-1. As placas foram incubadas a 23º C por 24, 48 e 72 horas. Para a avaliação da viabilidade celular foi utilizado o teste colorimétrico do Alamar Blue®. A leitura foi realizada em espectrofotômetro com absorbância de 650 nm. Os resultados indicam que dos 8 EBs testados, 4

apresentaram atividade leishmanicida nas concentrações de 10 mg.mL-1 e 1 mg.mL-1 nos três diferentes períodos de incubação. Dessa forma, esses dados sugerem potencial para esses extratos, como fonte de novas moléculas bioativas no controle da leishmaniose.

PALAVRAS-CHAVE: Biomoléculas; Endófitos; Leishmaniose.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

BIOPROSPECÇÃO DE EXTRATOS BRUTOS OBTIDOS DE FUNGOS

ENDOFÍTICOS DE MANGUEZAIS COM ATIVIDADE LEISHMANICIDA

Carla Cristina Moreira2, Genoveva Flores Luna1, Paulo Henrique Andrade1, Bianca Soriano1,

Rafael Cavicchioli2, Fernanda de Freitas Anibal2, Paulo Teixeira Lacava1

1Laboratório de Microbiologia e Biomoléculas - LaMiB, Universidade Federal de São Carlos2Laboratório de Parasitologia - LAP, Universidade Federal de São Carlos

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A Doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Estima-se que essa doença atinja 100 milhões de indivíduos na América Latina e atualmente, vem sendo diagnosticada em regiões atípicas como EUA, Canadá, Espanha e oeste Asiático. Está entre as cinco primeiras causas de doenças cardiovasculares e é responsável por um alto índice de morbidade e mortalidade com alto impacto econômico no serviço público. Atualmente, o tratamento consiste em dois fármacos heretocíclicos, com baixo efeito na fase crônica da doença, diversos efeitos colaterais e desenvolvimento de resistência ao tratamento. Portanto, o surgimento de novas drogas contra T. cruzi são emergenciais. Compostos associados à metais tem emergido como promissores agentes tripanocida. Dentre eles, os tiossemicarbazonas associados ao ouro (III) formam complexos estáveis. De uma biblioteca de complexos tiossemicarbazona associado ao ouro III, AuL5Damp, destacou-se por uma notável atividade tripanocida contra a cepa Tulahuen modificada de T. cruzi sem aparente toxicidade em células mamíferas. Diante do resultado promissor, investigamos a atividade do complexo AuL5Damp no tratamento da fase aguda de T. cruzi. Surpreendentemente, quando administrado via oral, a suspensão de AuL5Damp reduziu drasticamente a parasitemia em uma quantidade 100 vezes menor do que a dose clínica do tratamento padrão (controle). Doses elevadas de AuL5Damp, próximas ao benznidazol, foram tóxicos para o camundongo e não reduziram a quantidade de parasitos sanguíneos. AuL5Damp (100x) também diminuiu a carga parasitária em órgãos alvos como coração, baço e músculo esquelético. Além disso,

AuL5Damp (100x) protegeu 100% dos camundongos BalB/C após infecção com dose letal da cepa Y de T. cruzi sugerindo que AuL5Damp é um potencial composto para o tratamento da fase aguda da Doença de Chagas.

PALAVRAS-CHAVE: Doença de Chagas, Fase Aguda, Organometalo de Ouro, Tiossemicarbazona, Tratamento.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CRID (Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias).

COMPLEXO DE OURO, UM POTENCIAL CANDIDATO PARA TRATAMENTO

DA FASE AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS

Carla Duque Lopes1, Zumira Aparecida Carneiro1, Stanley Fonseca Motta1, Pedro Ivo Maia da

Silva2, João Santana da Silva1

1 Laboratório de Imunoparasitologia, Departamento de Bioquímica e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo/USP

2 Departamento de Química, Universidade Federal do Triângulo Minerio, Uberaba, MG

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Os pombos domesticos (Columba livia) têm um papel importante na epidemiologia da criptosporidiose. Atualmente, essas aves são consideradas sinantrópicas e ocupam extensas áreas nas cidades, o que representa um grave problema ambiental, já que abrigam e disseminam alguns parasitos com potencial zoonótico, como os do gênero Cryptosporidium spp. Estes são protozoários intracelulares obrigatóriose se desenvolvem nas microvilosidades das células epiteliais do trato gastrintestinal, respiratório e urinário de mamíferos, aves, répteis e peixes. O objetivo do nosso trabalho foi caracterizar a infecção por Cryptosporidium spp. em aves da espécie Columba livia. Um total de 100 amostras fecais foram colhidas individualmente de pombos domésticos da zona urbana dos Municípios de Formiga e Araçatuba, localizados nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, Brasil, respectivamente. A faixa etária das aves estava compreendida entre um a 12 anos, sendo que 56 eram fêmeas e 44 machos. As fezes foram obtidas do fundo das gaiolas, com auxilio de uma espátula de madeira descartável e, posteriormente, transferidas para um microtubo de 2 mL e concentradas pela Técnica de Centrífugo-Flutuação em solução de Sheather. Após este procedimento, o material foi congelado e destinado à investigação molecular. A extração de DNA foi realizada por meio do kit comercial QIAamp DNA Stool (Qiagen). Posteriormente, a técnica de nested-PCR foi utilizada para a amplificação de fragmentos do gene da subunidade 18S

do RNA ribossômico. Por meio da nested-PCR, sete amostras fecais de pombos (quatro fêmeas e três machos) demonstraram positividade para Cryptosporidium spp, sendo que quatro eram provenientes de Formiga, MG e três de Araçatuba, SP. Os amplicons foram confirmados por sequenciamento e o DNA de Cryptosporidium parvum encontrado mostrou 99% de similaridade genética com amostras isoladas no Brasil, Espanha e Estados Unidos. Assim, a infecção por C. parvum foi constatada em pombos domésticos adultos.

PALAVRAS-CHAVE: Aves, Criptosporidiose, Nested-PCR.

Cryptosporidium parvum EM POMBOS DOMÉSTICOS (Columba livia) ADULTOS

Bruno César Miranda Oliveira1, Elís Domingos Ferrari1, Mariele Fernanda da Cruz Panegossi1, Alex

Akira Nakamura1, Walter Bertequini Nagata1, Weslen Fabricio Pires Teixeira1, Milena Araúz Viol1,

Marcelo Vasconcelos Meireles1, Katia Denise Saraiva Bresciani1

1UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatuba, São Paulo

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Espécies de protozoários intestinais patogênicos podem causar gastroenterite aguda ou crônica em seres humanos e são altamente prevalentes nas populações residentes nos países em desenvolvimento. A despeito da importância em saúde pública, o diagnóstico da infecção por protozoários como Giardia duodenalis e Blastocystis spp tem sido realizado na maioria dos laboratórios clínicos por meio da técnica de sedimentação espontânea, e com isso, o número de casos na população é subestimado. No presente estudo, empregando-se a reação em cadeia da polimerase (PCR), propõem-se avaliar a ocorrência de G. duodenalis e Blastocystis spp em amostras fecais de pacientes atendidos pelo serviço de um laboratório clínico de referência conveniado ao SUS. O serviço recebe de cada paciente uma única amostra de fezes sem conservante. Até o momento, 50 amostras de fezes previamente processadas no referido laboratório e disponibilizadas para o descarte foram submetidas a extração de DNA para a amplificação de sequências iniciadoras do gene β-giardina e da região “barcode” do gene SSU rRNA para a identificação de Giardia e Blastocystis, respectivamente. Das 50 amostras processadas por sedimentação espontânea, quatro (8%) foram positivas para Giardia e Blastocystis não foi detectado em nenhuma delas. Já o diagnóstico molecular revelou a presença de 13 (26%) amostras positivas para Giardia e 28 (56%) positivas para Blastocystis. Esses resultados preliminares chamam a atenção para a alta prevalência de Blastocystis em

amostras submetidas à PCR e a ausência desse protozoário no exame coproparasitológico. Vale destacar que, será realizada a caracterização genética dos isolados desses protozoários, a fim de se obter dados sobre os genótipos circulantes nesse grupo de indivíduos.

PALAVRAS-CHAVE: Blastocystis, Diagnóstico, Giardia, PCR.

DETECÇÃO MOLECULAR DE Giardia duodenalis E Blastocystis spp. EM

AMOSTRAS FECAIS ENCAMINHADAS PARA DIAGNÓSTICO EM UM

LABORATÓRIO CLÍNICO DE BAURU, SP

Mariana Rodrigues de Oliveira1, Juliana Siqueira Carvalho1, Silvana Torossian Coradi1, Mayra

Augusta Tambara Velho1, Ana Paula Oliveira2, Semíramis Guimarães2, Érica Boarato David1,2

1Departamento Ciências da Saúde/ Universidade do Sagrado Coração/USC, Bauru, SP2 Parasitologia/Instituto de Biociências/UNESP, Botucatu, SP

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As infecções causadas por protozoários intestinais destacam-se como causa de doenças diarreicas agudas ou crônicas, particularmente na infância em idades precoces. Entre as principais espécies, Blastocystisspp. e Dientamoeba fragilis têm sido diagnosticados com frequência em indivíduos residentes nos países desenvolvidos, entretanto nos países de baixa renda, a prevalência das infecções ainda é subestimada. A despeito das controvérsias sobre o status patogênico, há evidências de que o parasitismo por esses protozoários possa contribuir para problemas de saúde a longo prazo, incluindo doenças autoimunes como a doença do intestino irritável. No presente estudo, o DNA extraído de amostras de fezes de 123 crianças (0 a 6 anos) e de 14 funcionários da Creche Municipal de Vitoriana em Botucatu foi submetido à amplificação dos fragmentos de 300 bp e de 600 bp do gene SSUrRNA para D. fragilis e Blastocystis, respectivamente. Das 137 amostras, 54 (39,4%) foram positivas pela PCR para Blastocystis (50 de crianças e quatro de funcionários) e seis (4,8%) positivas para D. fragilis. Blastocystis foi o parasita mais prevalente e o sequenciamento de 43 produtos de amplificação revelou os seguintes subtipos: ST1 (24/43; 55,8%); ST2 (4/43; 9,3%), ST3 (13/43; 30,2%) e ST7 (2/43; 4,7%). Até o presente 17 subtipos distintos de Blatocystisjá foram identificados, dos quais nove (ST1-ST9) estão associados à infecção humana. Os subtipos ST1-ST4 têm sido encontrados em 90% das infecções humanas, no entanto ST4, subtipo associado à infecção

sintomática e à síndrome do intestino irritável, não foi identificado no presente estudo. Além disso, todos os isolados foram obtidos de indivíduos assintomáticos. Quanto à Dientamoeba, os isolados obtidos ainda serão sequenciados. Apenas dois genótipos (1 e 2) já foram descritos, porém nos poucos estudos de caracterização molecular, o genótipo 1 tem sido o mais frequente tanto em infecções sintomáticas quanto assintomáticas.

PALAVRAS-CHAVE: Biologia Molecular; Crianças, Protozoários intestinais.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2011/52100-3).

DETECÇÃO MOLECULAR DE ISOLADOS DE Blastocystis spp E Dientamoeba

fragilis EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM CRECHE

Ana Paula Oliveira Arbex1, Érica Boarato David1, Semíramis Guimarães1

1Departamento de Parasitologia/IB/UNESP/Botucatu

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American Trypanosomiasis or Chagas disease is endemic in Latin America. Chagas disease is caused by the parasite T. cruzi. According to the World Health Organization (WHO), 12 million people are infected with the T. cruzi, resulting in an annual death toll of 50,000. The pharmacotherapy developed many decades ago is ineffective in most patients and has serious side effects. There is also a lack of interest from pharmaceutical companies in the development and production of new such drugs. Here we report gold(III) complexes exhibits high in vivo trypanocidal activity when compared to benznidazole®. The present work reports in vivo trypanocidal activity in a murine model (The Animal Ethics Committee - nº 15.1.713.60.7.) of acute of Chagas disease. The mice were infected with Y strain trypomastigote forms of T. cruzi and distinct groups were treated with benznidazole®, or gold(III) complexes, at the same concentration. After treatment, the parasitemia was evaluated and the mortality curve and PCR analysis were performed. This work revealed that gold(III) complexes was effective in reducing the parasitemia of mice treated with a concentration 20 times lower than the concentration normally used in the treatment benznidazole (Clinically used at a concentration of 100 mg. Kg-1. day-1). In addition, gold(III) complexes was effective in reducing liver and heart inflammation infected mice. The gold(III) complexes, therefore, presented as a potent trypanocidal agent.

KEYWORDS: Chagas disease, Gold(III) Complexes, Trypanocidal agent.

FINANCIAL SUPPORT: FAPESP, CAPES, CNPQ.

DITHIOCARBAZATE AND YOUR METAL COMPLEXES AS TRYPANOCIDAL

ACTIVITY

Zumira A. Carneiro1, Andressa R. Rettondin2, Ana C. R. Gonçalves2, Pedro I. S. Maia2 , Sérgio

de Albuquerque1

1Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – FCFRP-USP, Universidade de São Paulo, Avenida do Café s/n, 14040-903, Ribeirão Preto, SP, Brazil

2Departamento de Química, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Av. Dr. Randolfo Borges 1400, 38025-440, Ubera-ba – MG, Brazil

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A migração e a invasão das células trofoblásticas extravilosas nos tecidos maternos são eventos essenciais para o sucesso da implantação embrionária. Essas secretam MIF e outras citocinas fundamentais na regulação da resposta imunológica. MIF está envolvido na patogênese de doenças causadas por alguns protozoários como Toxoplasma gondii. O objetivo do trabalho foi avaliar a participação de MIF nos mecanismos de multiplicação de T. gondii e de migração de células trofoblásticas extravilosas (células HTR8/SVneo) infectadas por este parasito. Células HTR8/SVneo foram infectadas e tratadas com MIF ou com o inibidor de MIF (ISO-1). Assim, os seguintes grupos experimentais foram definidos: controle; células não infectadas e tratadas com MIF; células não infectadas e tratadas com ISO-1; células infectadas e não tratadas; células infectadas e tratadas com MIF e células infectadas e tratadas com ISO-1. Para verificação da viabilidade celular (ensaio de MTT), análise do parasitismo (ensaio da β-galactosidase) e análise de migração (Scratch), células HTR8/SVneo foram infectadas com taquizoítas (cepa RH (2F1)) e tratadas com MIF ou ISO-1. Nossos resultados demonstraram que a viabilidade celular não foi alterada em células infectadas e/ou tratadas com MIF ou ISO-1. As células tratadas com MIF apresentaram maior carga parasitária comparadas ao controle. No ensaio de migração celular, as células tratadas com ISO-1 migraram menos que as células do controle não infectado ou tratadas com MIF. Quando foram infectadas, observamos menor migração nas células tratadas com MIF ou ISO-1 comparadas com o controle não

infectado. Também foi verificado menor migração das células infectadas e tratadas com MIF quando comparadas com as células apenas infectadas. Podemos concluir que o tratamento com MIF ou ISO não interferiu na viabilidade de células HTR8/Svneo, que o tratamento com MIF aumentou a proliferação de T. gondii e que a ausência de MIF diminuiu a migração de células HTR8/Svneo não infectadas.

PALAVRAS-CHAVE: ISO-1, MIF, Migração celular, Toxoplasma gondii.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPEMIG, CNPq e CAPES.

EFEITOS DO FATOR DE INIBIÇÃO DE MACRÓFAGOS (MIF) NA MIGRAÇÃO

DE TROFOBLASTO EXTRAVILOSO (HTR8 SV/NEO) E NA PROLIFERAÇÃO

INTRACELULAR DE Toxoplasma gondii

Iliana Claudia Balga Milián1, Priscila Silva Franco1, Camilla Manzan-Martins1, Rafaela José da

Silva1, Franscesca Ietta2, Eloisa Amália Vieira Ferro1

1Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil2Universidade de Siena, Itália

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As enteroparasitoses podem ser veiculadas através do consumo de hortaliças cruas, sendo um grande problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho foi analisar a presença de cistos de parasitos nas hortaliças comercializadas na cidade de Ituverava – SP. Este estudo ainda está em andamento, mas algumas amostras já foram analisadas. Foram coletadas e analisadas alfaces da variedade lisa ou crespa, em supermercados, restaurantes e lanchonetes de diferentes bairros da cidade. Dezesseis amostras de diferentes locais foram recolhidas entre os meses de Maio a Junho de 2016. Para avaliação da presença de cistos foi utilizado o método de sedimentação espontânea de Hoffman, Pons & Janer. As avaliações laboratoriais mostraram que do total de 16 amostras, 6% continha alguma contaminação por protozoários. Em 2% das amostras foram encontrados cistos de Entamoeba histolytica, Entamoeba coli e Endolimax nana. Desses achados, 4% eram de amostras de hortaliças prontas para consumo provenientes de restaurantes da cidade, 2% de hortaliças provenientes de feiras ainda não processadas para o consumo. Dos três protozoários diagnosticados, tem maior importância patogênica a E. histolytica, pois pode levar a quadros de disenterias graves. Desse modo, diante dos dados preliminares obtidos pode se inferir que, a presença de protozoários patogênicos em hortaliças, mesmo prontas para o consumo, pode ser uma importante fonte de infecção para humanos, uma vez que são ingeridas cruas.

PALAVRAS-CHAVE: Enteroparasitas, Enteroparasitoses, Entamoeba, Hortaliças.

ENTEROPARASITOSES EM ALFACES COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE

ITUVERAVA-SP

Renê Pedro Marques1, Ricardo Lima Salomão1, Rafael Paranhos de Mendonça 1, Larissa De

Oliveira Da Silva Diego1, Karison de Oliveira Carvalho1

1Faculdade Dr. Francisco Maeda - FAFRAM

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A doença de Chagas cujo agente etiológico é o Trypanosoma cruzi afeta mais de 18 milhões de pessoas na América Latina, causando cerca de 400.000 mortes por ano. Embora a transmissão vetorial da doença de Chagas pelo vetor domiciliado (Triatoma infestans), esteja sendo controladas no Brasil, outras formas de contaminação podem ser responsáveis por novos casos de infecção com T. cruzi, como por exemplo, a via oral. A contaminação de alimentos por vetores silvestres e reservatórios vertebrados do Trypanosoma cruzi, é provavelmente um importante fator para a transmissão oral da doença de Chagas. Este estudo teve como objetivo avaliar a cinética de transmissão da doença de Chagas por via oral e intraperitoneal, utilizando a cepa Y de Trypanosoma cruzi. A cepa Y de Trypanosoma cruzi, que consistem em tripomastigotas delgado foi utilizada para este estudo. Os grupos de animais infectados foram inoculados por via oral e intraperitoneal com 1x106 formas tripomastigotas. A parasitemia foi realizada por coleta de sangue da cauda 5 μL de cada animal, a cada dois dias, e o número de parasitas determinado pela contagem em 50 campos microscópicos aleatórios. Ao analisarmos as curvas parasitêmicas, a partir da infecção dos animais, foi observado um pico parisitêmico, para os dois grupos em questão, no sétimo dia da infecção. No entanto, ao analisar a quantidade de parasitas por mL de sangue, observamos uma quantidade reduzida de parasitas para o grupo de animais infectados por via oral em comparação com

infectados intraperitonealmente. A partir dos resultados mostrados pela parasitemia, conclui-se que, ao comparar as duas vias de infecção da doença, a infecção intraperitoneal mostra parasitemia aumentada pelo hospedeiro.

PALAVRAS CHAVE: Doença de Chagas; Transmissão Oral; Trypanosoma cruzi.

ESTUDO DA CINÉTICA DA INFECÇÃO CHAGÁSICA EXPERIMENTAL PELA

VIA ORAL

Caroline Tazinafo Rossi1, Ana Carolina Bolela Cândido1, Mariana Cintra Pagotti1,Júlio César

Ribeiro1, Viviane Rodrigues Esperandim1

1Universidade de Franca, Franca – SP

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A doença de Chagas é uma doença negligenciada que afeta aproximadamente 7 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente em áreas endêmicas de 21 países da América Latina. Pesquisas vem sendo desenvolvidas em busca de novos medicamentos que cumpram os preceitos de um bom fármaco para o tratamento e cura da doença, em conformidade com os critérios da Organização Mundial da Saúde. Os óleos essenciais têm sido investigados quanto às suas atividades biológicas, apresentado resultados promissores. Este estudo teve por objetivo explorar a atividade tripanocida sobre a forma amastigota e a atividade tripanocida in vivo dos óleos essenciais de Chenopodium ambrosioides, Commiphora myrrhae Melissa officinalis. A atividade tripanocida das amostras sobre formas amastigotas foi avaliada in vitro nas concentrações de 200 a 12,5 μg/mL utilizando-se as células da linhagem LLCMK2 e as formas tripomastigotas de Trypanosoma cruzi da cepa Y. A determinação da atividade foi verificada através da contagem de células infectadas e determinação da porcentagem de redução parasitária, através da comparação com o controle. Já na atividade tripanocida in vivo foram utilizados camundongos albinos, machos, linhagem BALB/C, pesando aproximadamente 25g cada, divididos em 5 grupos de tratamento e controles. Para atividade tripanocida com as formas amastigotas os valores de IC50 variaram de 76,7 e 24,7 g/mL. No ensaio in vivo melhores resultados para redução parasitária e tempo de sobrevida foram observados para M. officinalis. De acordo com os resultados demonstrados, podemos concluir que os óleos essenciais analisados apresentaram resultados tripanocidas in vitro e in vivo promissores devido

aos baixos valores de Coeficiente de Inibição em comparação ao controle negativo e, além disso, são desprovidos de efeitos citotóxicos, uma vez que os valores de CC50 estão próximos a 200 μg/mL.

PALAVRAS CHAVE: Atividade Tripanocida; Chenopodium ambrosioides; Commiphora myrrha; Melissa officinalis.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2014/13914-3).

ESTUDO DO EFEITO CITOTÓXICO E TRIPANOCIDA DE Chenopodium

ambrosioides, Commiphora myrrha E Melissa officinalis

Mariana Cintra Pagotti1, Ana Carolina Bolela Bovo Candido2, Antônio Eduardo Miller Crotti3,

Maria Gabriela Marçal2, Viviane Rodrigues Esperandim¹

1Núcleo de Pesquisa em Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade de Franca.2Universidade de Franca

3 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

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O Toxoplasma gondii é o agente etiológico responsável por causar a toxoplasmose, uma zoonose de distribuição mundial. Esta alta disseminação ocorre principalmente pelas diversas formas de transmissão possíveis, como ingestão de carne crua ou mal cozida, contendo cistos teciduais de Toxoplasma gondii e a transmissão por água ou alimento contaminado com oocistos esporulados. Esse trabalho teve por objetivo detectar T. gondii em amostras de tecidos de frangos oriundos de feiras livres e pequenas propriedades, pela bioprova em camundongos e pela reação em cadeia pela polimerase em tempo real (qPCR) seguida de análise de alta resolução de curvas de dissociação (HRM) para uma sequência de DNA ribossômico de Sarcositidae. A qPCR-HRM foi padronizada para diferenciar Toxoplasma gondii, Sarcocystis neurona, Neospora caninum e Cryptosporidium parvum. Tanto os frangos de que se extraíram DNA dos tecidos quantos os camundongos provenientes da bioprova apresentavam anticorpos anti-T. gondii pelo método de aglutinação direta modificada (MAT). Foram analisadas 96 amostras de tecidos de frangos e 35 amostras de cérebro de camundongos. Das 35 amostras de cérebro de camundongos cinco apresentaram amplificação significativa para DNA de T. gondii. No entanto, entre as 96 amostras de tecidos de frangos não houve amplificação significativa para o DNA de T. gondii. Uma das justificativas

para os resultados negativos na avaliação direta do DNA parasitário nas amostras de tecido é a dispersão dos cistos teciduais, bem como a interferência de DNA do hospedeiro na performance da qPCR.

PALAVRAS-CHAVE : Camundongos, Frangos, Toxoplasma gondii .

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP, CNPq.

FREQUÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM AMOSTRAS DE TECIDOS DE

FRANGOS E EM CÉREBRO DE CAMUNDONGOS AVALIADOS PELA PCR EM

TEMPO REAL SEGUIDA ANÁLISE DE ALTA RESOLUÇÃO DE CURVAS DE

DISSOCIAÇÃO (qPCR-HRM)

Caroline Araújo da Silva1, Taise Cristina Santa Barbara da Silva Queiroz1, Jadson Nascimento

Borges2, Kathleen de Almeida Ferreira2, Maria Vilmária Fontes Carvalho3, Luciara Alves da

Cruz4, Joelande Esquivel Correa5, Aristeu Vieira da Silva6

1Bolsista PIBIC/FAPESB, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)2Bolsista CNPQ, Graduanda em Ciências Biológicas, UEFS

3Mestre em Biotecnologia/UEFS, Técnica Veterinária do Centro Municipal de Controle de Zoonoses4Especialista em Educação Ambiental pela Faculdade de Ciências Educacionais, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em

Zoonoses e Saúde Pública (GPZSP)/UEFS5Mestre em Engenharia Civil e Ambiental, GPZSP/UEFS

6Doutor em Doenças Tropicais, Professor Titular do Departamento de Ciências Biológicas/UEFS; Bolsista de Produtividade em Pesquisa CNPq.

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A criptosporidiose já foi descrita em aves, porém são poucos os relatos dessa infecção em psitacídeos.Atualmente, as calopsitas tem sido mais comumente encontradas em lares dos seres humanos, sendo imprescindível atentar para medidas de higiene, prevenção, controle e diagnóstico de possíveis parasitoses nessa espécie animal. Este projeto de pesquisa teve como objetivo realizar a caracterização molecular de Cryptosporidium spp. em calopsitas domésticas. No presente estudo, foram colhidas 100 amostras fecais da espécie Nimphycus hollandicus, provenientes da zona urbana do Município de Araçatuba, São Paulo. Após a colheita, o material foi purificado por meio da técnica de Centrífugo-flutuação em solução de Sheather e todas as amostras foram submetidas à extração de DNA com posterior amplificação pela nested PCR para o gene da subunidade 18S do rRNA seguida de sequenciamento dos fragmentos amplificados. Os resultados alcançados foram submetidos à análise estatística descritiva. Entre as aves analisadas, 30 eram machos, 27 fêmeas, 43 não tinham identificação do sexo e possuíam de dois meses até 17 anos de idade. Com relação à procedência, 50 eram provenientes de criadores, 29 de petshops, 18 de origem desconhecida, três foram encontradas na rua, e sete apresentaram diarreia. Por meio da nPCR, foram positivas para Cryptosporidium spp. nove amostras, sendo que destas, cinco foram sequenciadas, com identificação de Cryptosporidium genótipo III de aves. Diante dos dados obtidos, pode-se concluir que nós detectamos Cryptosporidium genótipo III de aves em calopsitas domiciliadas.

PALAVRAS CHAVE: Nymphicus hollandicus, PCR, Sequenciamento.

IDENTIFICAÇÃO DE Cryptosporidium GENÓTIPO III DE AVES EM CALOPSITAS

DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE ARAÇATUBA, SÃO PAULO

Mariele Fernanda da Cruz Panegossi¹, Bruno César Miranda Oliveira¹, Walter Bertequini

Nagata¹, Marcelo Vasconcelos Meireles¹, Elis Domingos Ferrari¹, Alex Akira Nakamura¹, Juliana

Calçado Perossi¹, Katia Denise Saraiva Bresciani¹

¹UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatuba, São Paulo

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Este estudo visou avaliar o desempenho da ozonização de água superficial inoculada com cistos de Giardia duodenalis por meio de experimento de infectividade animal. A ozonização (5 mg/L) foi realizada em uma coluna de contato contendo 1 litro de água bruta (23 °C; pH 7,1; 22 NTU), inoculada com 1,25 x 105 cistos de G. duodenalis. Os cistos foram concentrados por filtração em membrana seguida de centrifugação. O protocolo do experimento de infectividade animal, registrado sob o número 3120-1, foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Campinas. Foram utilizados 15 camundongos BALB/c Specific Pathogen Free de 28 dias de idade, divididos em três grupos com cinco animais cada: A - grupo controle positivo; B - grupo inoculado com os cistos após ozonização; e C - grupo controle negativo. Os inóculos (dose individual de 104 cistos) dos grupos controle foram higienizados com hipoclorito de sódio a 1% (60 minutos, 4 ºC). Foram utilizados mini-isoladores mantidos em rack com sistema de ventilação filtrada, e fornecidas água filtrada e ração autoclavada. Amostras fecais foram coletadas diariamente, purificadas por centrífugo-flutuação com solução de sacarose (1,28 mg∙mL−1) e analisadas por Reação de Imunofluorescência Direta (RID). Todos os animais foram eutanasiados no décimo sexto dia pós-infecção (p.i.). Foram analisadas lâminas: a) de esfregaço da mucosa interna intestinal; e b) de cortes histológicos. A observação de cistos ou trofozoítos em qualquer das lâminas foi interpretada como evidência direta de infecção. Cistos foram detectados em RID nas amostras dos dias

3, 6 e 8 p.i.. Todos os animais do Grupo A, e quatro do grupo B foram infectados. Os resultados indicam que a infecção do grupo controle positivo foi fraca, indicando possíveis problemas com o inóculo; e que a dose de desinfetante aplicada foi insuficiente para inativar a totalidade dos cistos.

PALAVRAS-CHAVE: Camundongo BALB/c, Desinfecção, Protozoário Patogênico, Tratamento de Água.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2012/50522-0).

INFECTIVIDADE DE CISTOS DE Giardia duodenalis APÓS OZONIZAÇÃO EM

ÁGUA SUPERFICIAL

Liane Yuri Kondo Nakada1, Vagner Ricardo da Silva Fiuza1, Luciana Urbano dos Santos2, Nilson

Branco3, Gabriela dos Reis1, Sidnei Lima Siqueira4, Regina Maura Bueno Franco3, José Roberto

Guimarães1

1Departamento de Saneamento e Ambiente - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), UNICAMP

2Centro Universitário Padre Anchieta (UniAnchieta)

3Departamento de Biologia Animal - Instituto de Biologia (IB), UNICAMP4Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA

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Erlichia canis é uma ricketsia transmitida através do carrapato Rhipicephalus sanguineus que pode causar alterações hematológicas e renais importantes em cães. A insuficiência renal secundária à erliquiose se manifesta devido à resposta da formação de imunocomplexos no glomérulo, no qual o antígeno fixa-se ao mesmo, juntamente com os anticorpos circulantes e também devido à irregularidade da hemodinâmica renal e queda acentuada da contagem de células sanguíneas aliada a vasculite causadas pelo aumento da resistência vascular renal. Desta forma, objetivou-se relatar um caso de insuficiência renal secundária à erliquiose. Uma cadela, fila brasileiro, 7 anos, 40,3 kg foi atendida no Hospital Veterinário da FAFRAM em Ituverava/SP com presença de carrapatos, polidipsia, poliúria e claudicação em membro pélvico esquerdo há 30 dias. Os demais parâmetros aferidos no exame físico encontravam-se normais. Realizou-se sorologia para E. canis, confirmando o diagnóstico de erliquiose. Posteriormente, solicitou-se hemograma que acusou anemia e plaquetopenia acentuada, bioquímica renal com uremia (188mg/dl) e creatinina elevada (5.5 mg/dl) e urinálise com densidade baixa (1.015), proteinúria (30mg/dl) e hematúria, indicando de acordo com os achados clínicos e laboratoriais um quadro de insuficiência renal. Prescreveu-se fluralaner 1400mg/VO, doxiciclina 10mg/kg/BID/VO/28 dias, cloridrato de ranitidina 2mg/kg/BID/VO/28 dias e fluidoterapia com ringer lactato IV por 10 dias. Até a presente data o animal ainda estava sendo medicado e verificou-se que, após o tratamento, houve melhora nos parâmetros

hematológicos e de urinálise, mas os valores de uréia e creatinina ainda se encontravam acima dos valores normais, mantendo o tratamento de fluidoterapia para insuficiência renal. Desta forma, acredita-se que o conjunto de ações terapêuticas visando à melhora do quadro mórbido deve ser preconizadas para reabilitar as funções renais, combater a causa inicial e os carrapatos transmissores da erliquiose.

PALAVRAS CHAVES: Alteração Renal, Creatinina, Doença do Carrapato, Erlichia canis, Uremia.

INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA À ERLIQUIOSE CANINA – RELATO DE

CASO

Jennifer Diniz dos Santos1, Aline Gomes de Campos2, André Luiz Mascoli Nascimento1, João

Vitor Garcia Soares3, Rafael Paranhos de Mendonça2 , Tassiana Marques Vacaro de Oliveira3,

Karine Lopes Pinto3, Ricardo Lima Salomão4

1Graduando(a) em Medicina Veterinária – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP 2Professor(a) Doutor(a) – Curso de Medicina Veterinária – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP

3Aprimorando em Medicina Veterinária – Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP4Médico Veterinário – Hospital Veterinário da Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM – Ituverava/SP

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Protozoários do gênero Cryptosporidium causam manifestações clínicas ou de caráter assintomático em aves e, ainda, promovem infecções de curso agudo envolvendo os tratos respiratórios e digestivos de várias espécies de Psitaciformes. O objetivo deste estudo foi realizar a investigação parasitológica de oocistos de Cryptosporidium spp. em 50 aves da espécie Nimphycus hollandicus. Amostras fecais de consistência pastosa e coloração amarelada foram colhidas de um criatório, localizado na Cidade de Amparo, São Paulo. O material foi obtido do fundo da gaiola de cada animal, com posterior purificação por meio da técnica de Centrífugo-flutuação em solução de Sheather. Após isso, as lâminas coradas com a Técnica de Kinyoun foram destinadas à pesquisa de oocistos de Cryptosporidium spp.. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística descritiva. Em relação ao sexo, 29 eram machos e 21 fêmeas e apresentavam de seis até 12 meses de idade. A ocorrência de Cryptosporidium spp. em amostras fecais de calopsitas foi de 10%, sendo detectados oocistos nesta espécie animal por investigação microscópica.

PALAVRAS-CHAVE: Calopsita, Kinyoun, Microscopia.

INVESTIGAÇÃO PARASITOLÓGICA DE OOCISTOS DE Cryptosporidium spp.

EM Nymphicus hollandicus

Mariele Fernanda da Cruz Panegossi¹, Elis Domingos Ferrari¹, Lucas Vinicius Shigaki de Matos¹,

Murilo Catelani Ferraz¹, Bruno César Miranda Oliveira¹, Walter Bertequini Nagata¹, Weslen

Fabricio Pires Teixeira¹, Katia Denise Saraiva Bresciani¹

¹UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatu-ba, São Paulo

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Leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, considerada endêmica ao redor do mundo, ocasionando elevado índice de morbidade e mortalidade. O tratamento das leishmanioses é realizado com o Glucantime®, fármaco de primeira escolha. Diversas plantas estão sendo estudadas por possuírem atividades biológicas para tratar vários tipos de doenças. Com isso, há uma busca por substâncias que conduzam à síntese de uma nova classe de fármaco para tratamento de leishmaniose. O objetivo do trabalho foi avaliar a literatura existente referente as plantas medicinais com atividade experimental antileishmania. Foi realizado um estudo do tipo descritivo de revisão integrativa, onde as bases de dados utilizadas como fonte de pesquisa foram Pubmed, SciELO e BVS com as palavras –chaves “Leishmaniose experimental”, “atividade leishmanicida” e “produtos naturais contra leishmaniose”. Foram obtidas 131 obras bibliográficas, e utilizadas 40 de acordo com os critérios de inclusão. Dos 40 artigos analisados, 47,5% foram extratos, 45% substâncias isoladas e 7,5%% substâncias isoladas e extratos. De maneira geral observa-se que extratos com melhor atividade são aqueles que utilizam o hexano e o metanol como solvente extrator. As espécies que apresentaram mais susceptibilidade aos vegetais foram Zanthoxylum moifolium Lam., Ageratum conyzoides L. e Dipteryx alata Vogel com IC50 de 0,030 μg/mL, 0,0625 μg/mL e 0,08 μg/mL, respectivamente. Diante deste estudo a espécie das espécies

causadoras de leishmaniose tegumentar a que mais apresentou maior susceptibilidade aos compostos naturais foi a L. amazonensis com 45%. Alguns artigos apresentaram atividade em mais de uma espécie de Leishmania, por tanto as espécies mais citadas estão na seguinte ordem: L. amazonensis com 45%, L. major com 22,5%, L. braziliensis com 10%, L. tropica com 10%, L. panamensis com 2,5% e L. aethiopicacom 2,5%. Novos estudos relacionado a dose e posologia de uso e parceria empresas, poderá contribuir com a aplicabilidade nos pacientes infectados.

PALAVRAS-CHAVE: Atividade Leishmanicida, Leishmaniose Experimental, Produtos Naturais.

LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS COM ATIVIDADE

ANTILEISHMANIA

Susane Maria de Santana Barros1, Karla Karoline Simões Santos1, Maria Patrícia da Silva1,

Nayanne Lara de Lima Souza1, Saskya Araújo Fonseca1, Thiago José Matos-Rocha1

1Centro Universitário Cesmac, Universidade de Alagoas.

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Entre as diversas enfermidades existentes na clínica veterinária de pequenos animais, em particular nos cães, pesquisas relacionadas à leishmaniose e a erliquiose têm se destacado na busca, não só de melhorias na sanidade, como também na prevenção, diagnóstico e tratamento. O objetivo do presente estudo foi investigar, por métodos estatísticos, a ocorrência de reações cruzadas por Leishmania spp. e Ehrlichia spp. com o uso de técnicas sorológicas e moleculares. Um total de 100 amostras sanguíneas de cães foram colhidas e processadas por meio do Ensaio Imunoenzimático indireto e Reação em cadeia da polimerase. A análise estatística consistiu nos testes Qui-quadrado e McNemar. As estatísticas foram consideradas significativas quando p<0,05. A partir das análises pode-se verificar que 48,0% dos animais foram reativos na ELISA e 58,0% apresentaram positividade na PCR, no caso da Leishmania spp. Para Ehrlichia spp., a ocorrência de anticorpos pelo ELISA, foi de 54,0% e pela PCR, 48,0% dos cães foram positivos. Nota-se também que 35,0% e 37,0% dos animais foram reativos e positivos para os dois parasitos por meio do teste sorológico e molecular, respectivamente e quatro cães foram reativos no teste ELISA para ambas as doenças e tiveram resultado negativo apenas no teste molecular de Ehrlichia spp. Estes resultados na sorologia podem sugerir a possibilidade de reatividade cruzada entre a Leishmania spp. e Ehrlichia spp . Entretanto, é mais provável que eles estejam relacionados com a coinfecção desses agentes. Tanto a leishmaniose canina, quanto a erliquiose, são responsáveis pela

ocorrência de muitos sinais clínicos similares e inespecíficos no cão: febre, apatia, anorexia, perda de peso. Isso torna mais difícil a sua distinção e detecção e, consequentemente, exige o uso de técnicas de diagnóstico adequadas para a sua identificação. Há mais evidencias de coinfecção destes dois agentes patogênicos no cão do que reatividade cruzada.

PALAVRAS-CHAVE: Bioestatística, Ehrlichia, Leishmaniose, Reatividade Cruzada.

SUPORTE FINANCEIRO: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). N°2014/26413-2.

MÉTODOS ESTATÍSTICOS NA AVALIAÇÃO DE REAÇÕES CRUZADAS ENTRE

Leishmania spp. E Ehrlichia spp. POR MEIO DE TÉCNICAS SOROLÓGICAS E

MOLECULARES

Walter Bertequini Nagata1, Bruno César Miranda Oliveira1, Milena Araúz Viol1, Mariele Fernanda

da Cruz Panegossi1, Katia Denise Saraiva Bresciani1, Silvia Helena Venturoli Perri1.

1UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatu-ba, São Paulo

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A ocorrência de Trypanosoma em peixes vem sendo documentada há mais de cem anos, porém, o número de trabalhos ainda é pequeno se comparado com os de outras espécies que acometem mamíferos. O objetivo deste trabalho é reportar a ocorrência e prevalência de Trypanosoma spp. em peixes da família Loricariidae, popularmente conhecidos como cascudos. Foram coletados 31 espécimes de Liposarcus anisitsi entre julho de 2008 e junho de 2009 em duas lagoas marginais do rio Mogi-Guaçu modificadas para finalidade de piscicultura no município de Barrinha, SP (21º, 11’, 37”S 48º, 9’, 50”W). Os espécimes foram pesados com balança de precisão de decigramas e medidos com auxílio de trena. Peso médio- PM= 282,58 +/- 202,5 g; Comprimento médio- CM= 30,4 +/- 8,5 cm. De cada indivíduo foi colhido uma amostra de sangue através de punção do pedúnculo caudal com auxílio de seringa e agulha. Foram feitos esfregaços sanguíneos posteriormente corados com Panótico rápido e Giemsa e analisados ao microscópio óptico. Dos 31 espécimes coletados, 25 apresentaram Trypanosoma, mostrando uma prevalência de 80,64%. Procedeu-se as medidas dos tripanosomas com o uso de curvímetro e através de um sistema para digitalização de imagens capaz de fornecer medidas em micrômetros (Axion vision program Carl Zeiss). Os itens medidos foram: (CC) comprimento do corpo, (NA) distância dentre o núcleo e a extremidade anterior, (PN) distância dentre o núcleo e a extremidade posterior, (LN) largura do núcleo,

(CN) comprimento do núcleo, (AN) área do núcleo, (LK) largura do cinetoplasto, (CK) comprimento do cinetoplasto, (AK) área do cinetoplasto, (F) flagelo livre e (CT) Comprimento total. Após análise em microscopia óptica, nenhuma forma evolutiva do parasita foi encontrada em cortes de fígado, coração, intestino e músculo esquelético. A importância deste trabalho reside no fato de descrever pela primeira vez a ocorrência de Trypanosoma em peixes de “pesque-pague”.

PALAVRAS CHAVE: Liposarcus anisitsi, Rio Mogi-Guaçu, Piscicultura, Trypanosoma.

OCORRÊNCIA E PREVALÊNCIA DE HEMOPARASITAS DO GÊNERO

Trypanosoma (Kinetoplastida: Tripanosomatidae) EM CASCUDOS

Liposarcus anisitsi (Siluriformes: Loricariidae)

Franklin Oliani Salgado1, José Augusto Borges Ribeiro1, Maria Antonia Noventa1

1Universidade de Franca, Franca – SP

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A babesiose canina é uma hemoparasitose cosmopolita que se destaca pela intensidade das alterações clínicas. Doença de caráter zoonótico, tem como principais agentes etiológicos espécies de Babesia canise Babesia gibsoni, sendo transmitida por meio de carraças ixodídeos, como Rhipicephalus sanguineuse Dermacentor reticulatus. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil hematológico de cães com diagnóstico parasitológico positivo para Babesia spp. Nessa pesquisa, foram avaliados dados de hemogramas de 101 caninos domiciliados no Município de Araçatuba, São Paulo. Os animais analisados eram de ambos os sexos, com e sem raça definida, e a faixa etária foi classificada em jovens, adultos e idosos. Os resultados alcançados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial para verificar possíveis associações das variáveis de interesse. A anemia esteve presente em 50,5% dos casos e a trombocitopenia em 84,2%. A ocorrência da Babesia spp. foi mais elevada em cães com raça definida, adultos e fêmeas. Nesse estudo, pode-se concluir que houve diminuição na quantidade eritrocitária e plaquetária no grupo estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Anemia, Babesiose, Caninos.

PERFIL HEMATOLÓGICO DE CÃES COM Babesia spp.

Mariele Fernanda da Cruz Panegossi¹, Walter Bertequini Nagata¹, Milena Araúz Viol¹, Monally

Conceição Costa de Aquino¹, Sílvia Helena Venturoli Perri¹, Elis Domingos Ferrari¹, Bruno César

Miranda Oliveira¹, Katia Denise Saraiva Bresciani¹

¹UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, Araçatu-ba, São Paulo

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Trypanosoma cruzi is an intracellular protozoan parasite causing Chagas disease, which affects thousands of people around of world. The treatment remains partially ineffective, involving targeted therapies directed to the parasite. Ghrelin is a peptide hormone and evidences support its role in regulating cell proliferation and immunity. Macrophages are one of the first barriers against intracellular pathogens, producing cytokines and effector molecules. The objective of this study was to evaluate the effects of ghrelin treatment in macrophages during the acute phase of Chagas disease. Twenty male Wistar rats (100-110g) were grouped in: control (C), control/ghrelin supplied (CG), infected (I) and infected/ghrelin supplied (IG). Rats were infected with 2x105trypomastigotes (Y strain) subcutaneously supplied with 100μg of ghrelin/Kg/day during 14 days. Animals were killed on the 15th day after infection and peritoneal macrophages were collected. Phenotypic analysis of macrophage subsets and macrophage receptors (RT1B+; MHC class II) was determined by labeling with anti-rat macrophage subset (PE) and anti-rat RT1B (PerCP) monoclonal antibodies (Becton Dickinson). Data were assessed by flow cytometry FACScan and FACSDiva software. Our results showed no difference in macrophage subsets percentage in the IG group when compared to infected group. However, a statistical difference in RT1B+ macrophages percentage was observed in IG group when compared to its counterparts. Our data reveal that during

Chagas disease a strong innate immune response is mounted, and ghrelin supplementation seems to improve RT1B+ macrophages activation during the acute phase of infection, contributing to improve the innate immune response.

KEY WORDS: Chagas disease, Ghrelin, Macrophages, Rat.

FINANCIAL SUPPORT: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP - 2014/18682-3); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

PHENOTYPIC ANALYSIS OF MACROPHAGE SUBSETS IN CHAGASIC RATS

TREATED WITH GHRELIN

Ferdinando de Paula Silva1, Cássia Mariana Bronzon da Costa1, Diego Fernando Silva Lessa1,

Luiz Miguel Pereira1, José Clóvis do Prado Júnior1, Ana Amélia Carraro Abrahão1

1School of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão Preto – University of São Paulo

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A leishmaniose é uma doença parasitária negligenciada causada por espécies distintas do protozoário Leishmania sp. O tratamento é realizado usando antimoniais pentavalentes e Anfotericina B, no entanto esses medicamentos possuem grande toxicidade para o hospedeiro. As chalconas tem se mostrado uma fonte riquíssima para obtenção de novos princípios ativos, uma vez que apresenta um amplo espectro de atividades biológicas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade leishmanicida in vitro da substância Licochalcona-A (LicoA) contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis. As atividades foram realizadas utilizando Câmara de Neubauer e o método colorimétrico do MTT (brometo de 3- (4,5-Dimetil-2-tiazolil) -2,5-difenil-2H-tetrazólio). Os resultados demonstraram que a LicoA causou uma baixa atividade citotóxica em macrófagos com CC50 (concentração citotóxica 50%) de 123,01 uM às 48 horas, e uma baixa atividade hemolítica (34% de hemólise na concentração de 400 uM). Por outro lado, a Anfotericina B mostrou atividade citotóxica com um valor de CC50 de 21,09 uM às 48 horas e uma atividade hemolítica elevada (56, 96 e 100 % em concentrações de 100, 200 e 400 uM, respectivamente). Além disso, a substância LicoA mostrou atividade leishmanicida com valores de IC50 (concentração inibitória 50%) de 3,81 uM e 20,26 uM em 24 e 48 horas, para promastigotas, respectivamente. Para amastigotas intracelulares, os valores de IC50 da LicoA foi 2,83 uM às 48 horas,

para a Anfotericina B os valores de IC50 foram de 0,04 uM e 0,01 uM as 24 e 48 horas, em promastigotas, respectivamente, além disso, para as formas amastigotas, o valor de IC50 de 0,20 uM às 48 horas. A baixa toxicidade para os macrófagos e a baixa atividade hemolítica e ainda os efeitos contra promastigotas e amastigotas são sugestivos que a LicoA pode ser um agente promissor para o tratamento da leishmaniose cutânea.

PALAVRAS-CHAVE: Leishmania amazonensis, Leishmanicida, Licochalcona-A.

SUPORTE FINANCEIRO: CNPq.

POTENCIAL LEISHMANICIDA DE LICOCHALCONA-A CONTRA Leishmania

amazonensis

Rosângela Silva1, Érica Alves Arantes1, Júlia Medeiros Souza1, Karla Ramos Silva1, Rodrigo

Cássio Veneziani1, Lizandra Guidi Magalhães1

1Núcleo de Pesquisas em Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade de Franc.

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A mieloencefalite protozoária eqüina (EPM) acomete o sistema nervoso, e frequentemente desencadeia invalidez do animal em relação à submissão de esforço físico. O equino é hospedeiro acidental, se contamina ao ingerir alimentos com fezes de gambás (hospedeiros definitivos) contendo esporocistos infectantes do Sarcocystis neurona; contudo, não ha transmissão entre os cavalos. Devido à gravidade da doença, o objetivo deste trabalho foi descrever o caso de uma égua, 12 anos, Mangalarga atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Franca,com histórico de ataxia há 15 dias. O tutor relatou ausência de traumatismos, mas piora na incoordenação após administração de anti-inflamatório esteroidal feito por colega veterinário em atendimento anterior. No exame clínico verificou-se atrofia dos músculos masseter e temporal, ptose auricular, palpebral e labial esquerda, dificuldade de deglutição e incoordenação motora. Exames laboratoriais evidenciaram eosinofilia, neutrofilia e aumento das enzimas aspartato aminotransferase e gama-glutamiltransferase. Ato contínuo coletou-se líquor e soro para realização do exame SAG ELISA combinado, sendo este, um importante teste para diagnostico laboratorial. No resultado, o índice obtido entre a relação de anticorpos foi favorável à infecção ativa do Sarcocystis neurona; este, associado à sintomatologia neurológica permitiu confirmar o diagnóstico de EPM. A terapia clínica baseou-se na administração sistêmica de diclazuril por sessenta dias consecutivos, ainda foram utilizados sulfa com trimetoprim e dimetilsulfóxido, houve melhora significativa no quadro

neurológico, porém um ano depois o animal veio a óbito, seguido de um episódio com acentuada queda de imunidade. Em conformidade com a literatura, a imunossupressão pode ser um dos fatores envolvidos na forma ativa do parasita, predispondo recidivas. De acordo com os resultados do presente caso, pode-se admitir que os exames complementares são imprescindíveis no diagnóstico, sendo os sinais neurológicos similares aos encontrados em outras doenças neurológicas, ademais o diagnóstico precoce permite a instituição correta do tratamento, apesar do prognóstico desfavorável.

PALAVRAS CHAVE: Equino, Sistema Nervoso, Parasitismo, Protozoário.

Sarcocystis neurona: RELATO DE CASO

Soraia Rage Rezende1, Bruna Nonato Carrijo1, Daniel Paulino Junior1

, Fernanda Gosuen

Gonçalves Dias1, Vítor Foroni Casas1, Mariana Reato Nascimento1, Lucas de Freitas Pereira1

¹Universidade de Franca (UNIFRAN)

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Macrophage Migration Inhibitory Factor (MIF) is a cytokine that was first described as a protein able to inhibit the random migration of macrophages. Nowadays, MIF has been associated with several others functions related to physiology pathology and control of infection by intracellular parasites. In this sense, some methodologies have been proposed to inhibit MIF as therapeutic strategy or to clarify the roles of MIF in physiology and parasitology. In the present study we aimed to investigate anti-MIF and ISO-1 strategies to inhibit MIF in human placenta and to evaluate how these inhibitors can affect MIF production and secretion, intracellular signaling, production of pro-inflammatory factors and control of T. gondii proliferation. To accomplish this goal, human placental were treated with ISO-1 and anti-MIF followed by T. gondii infection. Then, villi and supernatant were collected following the kinetic of 24, 48 and 72 hours. Untreated and treated and uninfected villi were used as control. Supernatants from cultured explants were used for quantification of cytokine secretion. Explants were processed for morphological analysis, immunohistochemistry, ELISA, parasite quantification and Western blotting assays. Our results demonstrated that MIF secretion by placenta was reduced during the first 24 hours of treatments. However, this secretion was completely restored at 48 and 72 hours. Also, MIF production was increased instead of being inhibited in all treatment times. Likewise, MIF signaling pathway was

stimulated by inhibitors, once ERK1/2 phosphorylation was increased in the presence of inhibitors. Moreover, the production of pro-inflammatory cytokine was maintained after treatment with inhibitors and T. gondii proliferation was decreased. In conclusion our study showed that ISO-1 and anti-MIF failed as MIF inhibitors in human placenta. The inhibitory activity of MIF was counterbalanced by increase in intracellular MIF production. This mechanism caused intensification in intracellular signaling and IL-6 secretion and reduction in T. gondii proliferation.

KEY WORDS: Anti-MIF, ISO-1, MIF, Placental Explants, T.gondii.

FINANCIAL SUPPORT: CAPES, FAPEMIG, CNPq.

THE INHIBITION OF MIF WAS COUNTER-REGULATED IN PLACENTAL

EXPLANTS INFECTED BY Toxoplasma gondii

Angelica de Oliveira Gomes1, Deivid Willian da Fonseca Batistão2, Aline Cristina Menezes2,

Priscila Silva Franco2, Andressa da Silva Castro2, Pâmela Mendonça Guirelli2, Rafaela José da

Silva2, Mayara Ribeiro2, Bellisa de Freitas Barbosa2, José Roberto Mineo2, Eloisa Amália Vieira

Ferro2

1Instituto de Ciências Biológicas e Naturais, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)2Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

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Os protozoários Toxoplasma gondii, Cryptosporidium spp. e Giardia spp. são frequentemente associados a surtos pela contaminação de fontes de água, água potável e águas para atividades de recreação, especialmente em piscinas onde a desinfecção da água ocorre somente pela cloração. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ocorrência de Toxoplasma gondii, Cryptosporidium spp. e Giardia spp., em piscinas públicas do Município de Campinas, SP. Para tanto, foram colhidas 29 amostras de água de piscinas públicas de Campinas, sendo 22 de água da retrolavagem dos filtros e 7 de água das piscinas. A detecção de Giardia spp. e Cryptosporidium spp. foi realizada pelo método de membrana filtrante (MF) proposto por Franco et al., 2001, com modificações (Centrifugo-concentração a 1500 x g/15minutos e separação imunomagnética (IMS) com dissociação térmica), sendo o produto analisado por teste de imunofluorescência direta (IF) e confirmação morfológica com Contraste Interferencial Diferencial (DIC). Para a detecção dos oocistos de Toxoplasma gondii, foi utilizado o liquido de descarte da etapa de purificação por IMS, o qual foi submetido à flutuação em solução de sacarose (gr. sp.=1,20 g/mL), o produto foi filtrado em uma membrana de 22 mm, sendo examinada ao microscópio sob luz UV. Quando detectadas formas similares aos oocistos de T. gondii, a membrana foi lavada e o liquido resultante empregado para realizar a análise molecular para a confirmação da presença de T. gondii,

utilizando o fragmento do Elemento de Repetição de 529 pb. T. gondii foi detectado em 1 piscina (4,7%) mediante FM e PCR, Giardia spp. foi detectada em 3 (10,3%) piscinas e Cryptosporidium spp. em 2 (6,8%), por visualização (IF e DIC). Os resultados obtidos são relevantes em Saúde Pública, pois foi detectada a presença de três protozoários patogênicos nas águas das piscinas, representando um risco para a saúde dos usuários destes locais.

PALAVRAS CHAVES: Cryptosporidium spp., Giardia spp., piscinas, Saúde Pública Toxoplasma gondii.

Toxoplasma gondii, Cryptosporidium spp. E Giardia spp. EM PISCINAS

PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS, SP

Regina M. B. Franco1, Carolina Ortiz1, Diego Averaldo Guiguet Leal2, Vagner R. S. Fiuza1

1Instituto de Biologia, Unicamp, SP. 2Universidade Federal do Paraná

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A tripanossomíase é uma enfermidade parasitária resultante da infecção no sangue por uma das espécies existentes no gênero Trypanossoma, possui distribuição cosmopolita e acomete tanto humanos quanto animais. Na América do Sul, três espécies tem maior importância patológica e econômica, sendo Trypanossoma cruzi, Trypanossoma evansi e Trypanossoma vivax. Nos bovinos a doença ocorre pelo Trypanossoma vivax, é comumente observada na forma de surtos, e sua transmissão é feita por vetores mecânico ou de forma iatrogênica. Diante da gravidade e da atenção que a doença tem recebido na atualidade, o presente trabalho teve como objetivo descrever o caso de um bovino, fêmea, girolando, 6 anos, atendido na região de Franca-SP, com histórico de hiporexia, emagrecimento progressivo, letargia e queda abrupta de lactação. O animal encontrava-se no pós-parto, ao exame clínico evidenciou-se taquicardia, taquipnéia, desidratação, mucosas hipocoradas e febre, pelo hemograma verificou-se anemia e trombocitopenia. Observaram-se por microscopia direta formas tripomastigotas característico de T. vivax, confirmando o diagnóstico. O tratamento clínico instituído baseou-se na administração sistêmica de Diaceturato de diminazene (3,5 mg/kg) por dois dias consecutivos. A terapia realizada proporcionou melhora clínica do animal, entretanto este medicamento não é suficiente para cura da doença, considerando que, as drogas indicadas para tal tratamento não são autorizadas no país. A doença manifesta-se de diversas formas, geralmente associado à anemia. O número de casos da doença

tem multiplicado exponencialmente na região sudeste, principalmente na forma aguda e sub aguda. A susceptibilidade dos animais infectados, a presença de genótipos cada vez mais virulentos do parasita, o uso indiscriminado de medicamentos injetáveis e o aumento de vetores tem contribuição favorável para o aumento no número de casos e severidade da doença. Este fato tem despertado a atenção de autoridades e profissionais sobre a emergência da tripanossomíase por T. vivax, que vem ocasionando danos irreparáveis na bovinocultura leiteira.

PALAVRAS – CHAVE: Anemia, Bovinos, Tripanossomas.

Trypanosoma vivax: RELATO EM BOVINO

Vanessa Yurika Murakami¹, Rafael de Melo Alves², Mariana Reato Nascimento1, Jéssica Cristina

de Barros1, Leonardo Lamarca de Carvalho¹, Marina Laudares da Costa¹, Eráldio da Silva

Oliveira1, Douglas Gomes Borges1, Amanda Garcia Pereira1, Fernanda Gosuen Gonçalves Dias1,

Lucas de Freitas Pereira1

¹Universidade de Franca

²Médico Veterinário Autônomo

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VETORES

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Os transmissores de Trypanosoma cruzi ao homem são os triatomíneos que possuem hábitos hematófagos e fazem parte da subfamília Triatominae, que conta com 18 gêneros e 151 espécies, das quais duas fósseis. Os triatomíneos encontram-se distribuídos em todo território brasileiro, no estado do Rio Grande do Sul podem ser encontradas seis espécies no subcomplexo Triatoma rubrovaria: T. carcavalloi, T. circummaculata, T. klugi, T. oliverai, T. pintodiasi e T. rubrovaria. Os estudo morfométricos tem grande importância epidemiológica, pois auxiliarão os agentes de saúde na identificação desses vetores. O objetivo do trabalho foi analisar parâmetros da cabeça, tórax e abdômen que podem distinguir Triatoma circummaculata de T. pintodiasi. Os espécimes foram retirados da coleção do Insetário de Triatominae UNESP- Araraquara, foram utilizadas 15 fêmeas e 15 machos de T. pintodiasi e 4 fêmeas e 8 machos de T. circummaculata. As imagens foram feitas em microscópio Leica MZ APO e sistema de analise de imagem Motic Advanced 3.2 plus e as análises estatísticas foram obtidas por meio programa graphpad prism 5.01. Nas fêmeas dentre os oito parâmetros mensurados dois caracteres apresentaram significância para diferencia-las: a distância interna entre os olhos e região pós-ocular. Entre os machos três caracteres se mostraram distintos: a região anteocular, tubérculo antenífero e comprimento do tórax. Há várias dúvidas quanto aos estudos filogenéticos dos Triatominae, portanto são fundamentais

os estudos morfométricos. Quando o estudo envolve espécies crípticas alguns autores utilizam também outras metodologias, tais como geometria morfométrica, perfil enzimático e biologia molecular que gerarão mais informações. Conclui-se que para distinguir as espécies T. circummaculata e T. pintodiasi é importante levar em conta os cinco caracteres que apresentaram diferenças quanto à morfometria.

PALAVRAS-CHAVE: Filogenia, Morfometria, Triatominae.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

ESTUDO MORFOMÉTRICO DE Triatoma circummaculata Stal, 1859

e Triatoma pintodiasi Juberg et al.,2013 (HEMIPTERA, REDUVIIDAE,

TRIATOMINAE).

Lucas Abrantes da Silva¹, Tiago Belintani¹, Jader de Oliveira¹, João Aristeu da Rosa¹.

1Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, Araraquara, SP- Brasil.

[email protected]

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As substâncias produzidas pelas plantas são usadas como medicamentos desde o início do século XIX. Os óleos essenciais extraídos a partir de uma grande variedade de plantas possuem propriedades medicamentosas contra diversos organismos, podendo reduzir os impactos econômicos e ambientais causados pelo uso de pesticidas sintéticos, além de levar ao descobrimento de novos produtos terapêuticos, motivo pelo qual, pesquisas envolvendo fitoterápicos para o controle de carrapatos são comumente encontradas na literatura. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação acaricida dos óleos essenciais de gengibre e menta sobre o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Para isto, os óleos supracitados foram testados in vitro, nas diluições de 0,5% e 1,0% por meio de teste de imersão de adultos (TIA), para o qual, foram utilizados exemplares de teleóginas de colônia mantida em laboratório. Os resultados demonstraram que o óleo de gengibre obteve eficácia de 28,98% e 38,14%, nas diluições de 0,5% e 1,0%, respectivamente. O óleo de menta obteve eficácia de 25,58% na concentração de 0,5% e de 44,04% na diluição de 1,0%. Após análise dos resultados pode-se concluir que os dois óleos essenciais avaliados tiveram eficácia insatisfatória.

PALAVRAS-CHAVE: Bovinocultura, Carrapato, Ectoparasito.

AÇÃO ACARICIDA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE GENGIBRE E MENTA NO

CONTROLE DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus - TESTE in vitro

Sabrina Nathália Louzada Nogueira1, Rodrigo Lucarini1, Guilherme Luiz Gomes da Silva1, Thacia

Rodrigues Guerra1, Ana Clara Santos Pereira1, Rafael Paranhos de Mendonça1

1 Universidade de Franca

Email: [email protected]

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O Rhipicephalus (Boophilus) microplus é um carrapato conhecido como um dos principais ectoparasitos dos bovinos, causando grandes prejuízos na pecuária de corte e leite. Seu controle tem sido feito de forma indiscriminada, sem muito critério e utilizando medicamentos sintéticos. Devido à resistência destes ixodídeos frente aos produtos químicos convencionais, justifica-se a investigação de plantas medicinais que visam à descoberta de novos ativos no controle de carrapatos. Dessa forma, o presente estudo avaliou a eficácia carrapaticida in vitro dos óleos essenciais de Bergamota e Limão Tahiti. Para isto, os óleos foram diluídos nas concentrações de 0,5% e 1% e avaliados por meio do teste de imersão de adultos (TIA). Nos resultados obtidos observou-se que o óleo essencial de Limão Tahiti obteve eficácia de 22,02% e 84,25% para as concentrações de 0,5% e 1,0% respectivamente. O óleo essencial de Bergamota na concentração de 0,5% apresentou resultados superiores (35,01%) aos obtidos pelo óleo de Limão Tahiti, porém na concentração de 1,0% obteve índice de eficácia inferior (70,08%) ao do limão. Por meio do delineamento experimental proposto, conclui-se que os óleos essenciais avaliados podem servir como fonte de novos ativos para o controle do carrapato.

PALAVRAS-CHAVE: Bovino, Carrapato, Fitoterápicos.

AÇÃO CARRAPATICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE BERGAMOTA E LIMÃO

TAHITI NO CONTROLE DE Rhipicehalus (Boophilus) microplus - TESTE in

vitro

Guilherme Luiz Gomes da Silva1,Sabrina Nathália Louzada Nogueira1, Rodrigo Lucarini1, Thacia

Rodrigues Guerra1, Ana Clara Santos Pereira1, Rafael Paranhos de Mendonça1

1Universidade de Franca

[email protected]

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O carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus é conhecido nacionalmente como carrapato do boi, causando grande insucesso na bovinocultura de corte e leite. O uso excessivo e indiscriminado de produtos carrapaticidas nos bovinos tem acelerado o processo de resistência dos carrapatos a diversas bases químicas. Em virtude das vantagens apresentadas por medicamentos fitoterápicos, do crescente problema de resíduos e da resistência dos carrapatos frente aos produtos quimioterápicos convencionais, o presente estudo avaliou a eficácia carrapaticida in vitro dos óleos essenciais de Sândalo e Tomilho no controle do Rhipicephalus (B.) microplus. Para isto, os óleos essenciais foram diluídos nas concentrações de 0,5% e 1% e avaliados por meio do teste in vitro (Teste de imersão de Adultos). Para as diluições foi utilizado água destilada, propilenoglicol e o óleo essencial nas suas devidas concentrações. Nos resultados obtidos foi possível observar que os óleos essenciais extraídos das plantas avaliadas apresentaram efeito acaricida nas duas concentrações, porém teve um maior destaque ao óleo de Sândalo que na concentração de 1% atingiu máxima eficácia de 100%. Outro fato digno de nota é que, mesmo na concentração de 0,5% obteve índices de eficácia acaricida de 94,43%. Em comparação, o óleo de Tomilho apresentou eficácia de 68,57% na concentração de 0,5% e de 94,68% na diluição de 1,0%.

Pode-se concluir que, os óleos essenciais estudados apresentaram elevado potencial acaricida e podem servir como fonte de pesquisas de novos ativos no controle de carrapatos.

PALAVRAS-CHAVE: Bovinos, Quimioterápicos, Resistência, Teleóginas.

AÇÃO CARRAPATICIDA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE SÂNDALO E TOMILHO

NO CONTROLE DE Rhipicehalus (Boophilus) microplus - TESTE DE IMERÇÃO

DE ADULTOS

Guilherme Luiz Gomes da Silva1,Sabrina Nathália Louzada Nogueira1, Rodrigo Lucarini1, Thacia

Rodrigues Guerra1, Ana Clara Santos Pereira1, Rafael Paranhos de Mendonça1

1Universidade de Franca

[email protected]

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O Rhipicephalus (Boophilus) microplus causa anualmente um prejuízo na bovinocultura estimado em U$ 3,4 bilhões, somente no Brasil. Gerando queda da produtividade nos setores de carne e leite, além da depreciação do couro e gastos com o controle. Os casos de resistência desse ectoparasita frente aos medicamentos convencionais são crescentes em diversas regiões do mundo, causando à ineficiência de diversas bases químicas. Diante disso, a pesquisa de novos acaricidas derivados de plantas pode descobrir novos ativos, em virtude das substâncias químicas naturais, presentes nas plantas, que podem conter propriedades pesticidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atuação in vitro dos óleos essenciais fitoterápicos de canela e café verde, no controle do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Para isto, os óleos foram diluídos nas concentrações de 0,5% e 1,0% e avaliados por meio do teste in vitro, em exemplares de fêmeas ingurgitadas (teleóginas) e larvas provenientes de colônia isolada e mantida em laboratório. Onde foram analisados o peso da postura, percentual de eclodibilidade e eficiência reprodutiva para cálculo do percentual de eficácia de cada óleo e de cada diluição e a mortalidade das larvas em papel filtro. Os resultados demonstraram um percentual de eficácia do óleo de café verde, de 68,18% e 69,57% nas diluições de 0,5% e 1,0%, respectivamente em fêmeas ingurgitadas. A maior eficáfia foi observada na diluição de 1,0% do óleo de canela, que alcançou 96,98% contra teleóginas e a

concentração de 0,5%, o óleo de canela obteve eficácia de 51,38%. No teste contra larvas, os dois óleos avaliados apresentaram mortalidade de 100% nas duas diluições. Os resultados indicam que os óleos essenciais estudados possuem ação acaricida. Portanto o estudo dos óleos essenciais fitoterápicos pode descobrir uma importante fonte de ativos para o desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas para controle do carrapato.

PALAVRAS-CHAVE: Acaricida, Bovinocultura, Medicamento, Plantas.

ATUAÇÃO in vitro DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CANELA E CAFÉ VERDE NO

CONTROLE DO CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus.

Sabrina Nathália Louzada Nogueira1, Rodrigo Lucarini1, Guilherme Luiz Gomes da Silva1, Thacia

Rodrigues Guerra1, Ana Clara Santos Pereira1,. Rafael Paranhos de Mendonça1

1Universidade de Franca

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A esquistossomose é uma doença tropical causada por helmintos do gênero Schistosoma, sendo somente Schistosoma mansoni presente no Brasil e que tem como hospedeiros intermediários caramujos do gênero Biomphalaria. Pesquisa tem mostrado que a oleoresina e o óleo essencial de Curcuma longaapresentam atividade moluscicida e que a substância curcumina, apresenta atividade esquistossomicida contra os vermes adultos do parasito. O objetivo foi avaliar a atividade de curcumina em caramujos adultos e embriões de Biomphalaria glabrata e em cercarias de S. mansoni. Cinco caramujos com 15-18mm de diâmetro da concha foram expostos à curcumina nas concentrações de 25; 50 e 100 μg/mL durante 24 horas a 26ºC. Após a exposição, os caramujos foram lavados e observados diariamente durante sete dias, onde a taxa de mortalidade foi registrada. Caramujos foram mantidos por 24 horas em aquário contendo como substrato folhas de plástico para ovoposição. Após este período, os embriões foram expostos à curcumina nas concentrações de 6,25; 12,5; 25; 50 e 100 μg/mL por 24 horas. Após a exposição, os embriões foram lavados e observados diariamente durante 7 dias usando microscópio invertido. As cercarias foram colocadas em contato com a curcumina sob as concentrações de 3,125; 6,25; 12,5; 25; 50; 100 e 200 μM, cujas taxas de mortalidade foram observadas em um período de 1 hora após a exposição à curcumina usando microscópio invertido. Contra caramujos adultos de B. glabrata, curcumina causou mortalidade entre 13,33±1155%; 33,33±11,55% e 53,33±11,55% respectivamente,

após 24 horas de tratamento e causou 100% de mortalidade em embriões nas concentrações de 50 e 100 μg/mL. Na atividade cercaricida, curcumina apresentou resultados eficazes, causando mortalidade de 100% de cercárias em várias concentrações. Curcumina mostrou-se uma substância interessante para o controle da esquistossomose, visto que ela atua nas desovas dos caramujos B. glabrata e nas cercarias, larvas infectantes do parasito.

PALAVRAS-CHAVE: Biomphalaria glabrata, Curcumina, Esquistossomose Schistosoma mansoni.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP (2013/11164-4), UNIFRAN.

AVALIAÇÃO DE CURCUMINA EM CARAMUJOS E EMBRIÕES DE Biomphalaria

glabrata E EM CERCÁRIAS DE Schistosoma mansoni

Jaqueline Lopes Matos¹, Karen Ramos da Silva¹, Lizandra Guidi Magalhães¹

¹Laboratório de Pesquisa em Parasitologia, LAPPA, UNIFRAN

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A presença de insetos e outros artrópodes associados a corpos em decomposição pode fornecer importante informação para o andamento ou conclusão de um processo investigativo. Entre as principais aplicações de entomologia forense estão a estimativa do intervalo pós-morte (IPM), a determinação da possível causa da morte e se houve movimentação do corpo. Temperatura, umidade relativa e tipo de substrato alimentar, entre outros fatores podem influenciar na taxa de desenvolvimento destes insetos, levando a erros no cálculo do IPM. Saber a idade do inseto associado ao cadáver é de fundamental importância para esse cálculo, podendo ser calculada por diferentes parâmetros. Este estudo teve como objetivos avaliar o tempo de desenvolvimento de imaturos de Chrysomya albiceps (Diptera: Calliphoridae) criados em diferentes temperaturas (20, 25, 30 e 35°C) em fígado de suíno doméstico (Sus scrofa L.) e comparar as curvas de desenvolvimento mediante dois parâmetros utilizados para calcular o IPM, variação de peso e comprimento. Para cada grupo experimental, 10 larvas foram retiradas do tecido, pesadas e medidas individualmente a cada 12 h até à fase de pupa. A diferença entre o tempo total de desenvolvimento entre os imaturos criados na temperatura mais elevada (35°C) e na temperatura mais baixa (20°) foi de 132 horas, valor que deve ser observado com atenção, pois pode levar equivocadamente a sub ou superestimativa do IPM. Foi realizada ANOVA de um fator e foram encontradas diferenças significativas tanto para o peso (F = 32,45; p<0,0001) quanto para o comprimento (F = 9,18; p<0,0001). O teste de

comparações múltiplas de Tukey mostrou que a variável comprimento apresenta maior capacidade de apontar as reais diferenças entre os dados obtidos, em relação à variável peso, o que, aparentemente, indica que o tamanho do imaturo apresenta maior acurácia para o cálculo da estimativa do IPM.

PALAVRAS-CHAVE: Entomologia Forense, Intervalo Pós-Morte, Mosca Varejeira.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP.

AVALIAÇÃO DO PESO E DO COMPRIMENTO NO DESENVOLVIMENTO

DE IMATUROS DE Chrysomya albiceps (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM

DIFERENTES TEMPERATURAS: PERSPECTIVAS PARA ESTIMAR O TEMPO DE

MORTE

Fábio Rezende1, Thamiris Gomes Smania1, Patrícia Jacqueline Thyssen1, Arício Xavier Linhares1

1Departamento de Biologia Animal, UNICAMP

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Rhipicephalus (Boophilus) microplus é um dos principais ácaros que causam a redução na produção de leite e no ganho de peso animal. Acaricidas químicos são usados para o controle da sua infestação, porém o uso indiscriminado pode causar resistência e danos ambientais. Necessita-se, portanto, de alternativas naturais para o controle deste ácaro. O objetivo deste trabalho foi avaliar se o extrato de folhas de Furcraea foetida possui atividade carrapaticida contra R. (B.) microplus. Aproximadamente dez fêmeas ingurgitadas R. (B.) microplus foram acompanhados in vitro na presença de água destilada, extrato bruto (EB) de folhas adultas de F. foetida, EB fervido (100°C/10 min.), EB de folhas jovens, EB liofilizado e acaricida comercial. Ao final de sete dias, 87,5% dos carrapatos morreram na presença de EB de folhas adultas de F. foetida, enquanto, a mortalidade na presença da dose e super-dose do acaricida comercial foi, respectivamente, 37,5% e 62,5%. Apesar do tratamento de 100°C, o extrato de folhas adultas de F. foetida ainda manteve uma taxa de mortalidade de 62,5%. Por outro lado, o extrato de folhas jovens de F. foetida ocasionou a morte de aproximadamente 37,5% dos carrapatos. Adicionalmente, 50 mg, 25 mg e 12 mg do EB liofilizado causou, respectivamente, a morte de 80%, 40% e 10% dos carrapatos. Finalmente, observações visuais apontam que o EB de folhas adultas de F. foetida inibiu a oviposição das fêmeas. Estes dados indicam a presença de atividade acaricida no EB de folhas de F. foetida, sugerem

ainda que o agente responsável pela atividade é termo-resistente, está presente principalmente em folhas adultas e tem ação dependente da dose. Portanto, nossos ensaios in vitro demonstram o potencial carrapaticida de EB de folhas adultas de F. foetida e a torna uma alternativa de baixo custo para o controle da infestação de R. (B.) microplus.

PALAVRAS-CHAVE: Acaricida, Carrapaticida, Extrato Bruto, Mortalidade.

AVALIAÇÃO in vitro DO EXTRATO FOLIAR DE Furcraea foetida CONTRA

FÊMEAS INGURGITADAS DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus (ACARI:

IXODIDAE)

Henrique Aparecido de Sousa Martins1, Maria de Fátima Pereira1, Wellington Ferreira Campos1

¹Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Instituto de Ciências Agrárias (ICA), Unaí-MG

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A Entomologia Forense, dentro das ciências forenses, utiliza-se do conhecimento adquirido sobre insetos e outros artrópodes, tais como os da Ordem Coleoptera (Arthropoda: Insecta), para solucionar casos judiciais. Por estarem frequentemente associados à matéria orgânica de origem animal em decomposição, usando-a como substrato para reprodução, forrageamento e proteção, os besouros podem auxiliar em investigações relacionadas a crimes violentos e sem esclarecimento. Assim, o conhecimento e acesso às informações sobre a biologia, ecologia e distribuição geográfica de insetos necrófagos podem ser úteis para estimar o intervalo pós-morte (IPM), bem como para confirmar se houve deslocamento de um cadáver do local de onde originalmente a morte ocorreu. Neste estudo objetivou-se listar as principais espécies de coleópteros atraídos por carcaças em um ambiente misto no estado de São Paulo. Coletas foram realizadas diariamente nos períodos de janeiro (verão) e de junho a agosto (inverno) de 2015 no município de Cabreúva. Como modelo experimental foram selecionadas quatro carcaças de suínos domésticos (Sus scrofa L.) no verão e quatro no inverno. Quatro armadilhas de queda do tipo pitfalls trap foram dispostas regularmente (1 m) ao redor de cada carcaça para coleta dos insetos, além das coletas ativas sobre as carcaças. Quinze famílias foram registradas: Histeridae, Staphylinidae, Scolytidae, Chrysomelidae, Cerambycidae, Mordellidae, Dermestidae, Cleridae, Scarabaeidae, Carabidae, Nitidulidae, Trogidae, Silphidae e Leiodidae, sendo Euspilotus azureus (Sahlberg, 1823), Dermestes maculatus DeGeer,

1774 e Oxelytrum discicolle (Brullé, 1840) as espécies mais abundantes. O estudo da fauna necrófaga em diferentes regiões representa um importante passo para ampliar o conhecimento sobre a distribuição geográfica das espécies de relevância forense no mundo. Espera-se que levantamentos sobre a fauna regional, como a conduzida no presente estudo, estimulem futuras investigações sobre coleópteros na região para reforçar sua importância no contexto forense e ecológico, visto que mais ênfase é dada aos dípteros atualmente.

PALAVRAS-CHAVE: Besouro, Checklist, Entomologia Forense, Necrófagos.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

COLEOPTERA (INSECTA) ASSOCIADO À CARCAÇA DE SUÍNO EXPOSTA EM

AMBIENTE MISTO: UM ESTUDO DE CASO

Cristhyan Comini Dourado¹, Vinícius Costa-Silva¹, Natane de C. S. Purgato¹ e Patrícia J. Thyssen¹

¹ Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia, UNICAMP

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Fanniidae (Insecta, Diptera) representa uma família de moscas, em geral com tamanho diminuto, de ampla distribuição geográfica e com aproximadamente 300 espécies descritas. De hábitos alimentares e ecológicos diversificados, os fanídeos podem desde causar miíases facultativas até serem encontrados criando-se em carcaças. No último caso estão particularmente associadas aos estágios tardios da decomposição e por isso ganham importância na área forense para estimar o intervalo pós-morte, embora pouco se conhece sobre a bionomia e a taxonomia das fases imaturas desses dípteros. Assim, no presente estudo foram realizadas análises morfológicas descritivas para o terceiro estádio de Fannia sabroskyi Seago, 1954, espécie comumente coletada no Brasil e atraída por substratos em decomposição. Colônias foram estabelecidas em laboratório sob condições controladas (27±1 ºC; 70±10 UR; 12:12 h). O estímulo à postura e a alimentação das larvas foram feitos com fígado bovino cru. Para os estudos morfológicos, amostras (N=20) foram retiradas do substrato, após 96 horas de desenvolvimento, preservadas em solução fixadora e examinadas em microscópio eletrônico de varredura e estereomicroscópico. Ao todo, foram levantados 32 caracteres diagnósticos, internos e externos, para o terceiro estádio de F. sabroskyi assim descritos: achatamento dorsoventral dos segmentos corporais (N=12); segmentos torácicos, abdominais e divisão anal com pares de processos ramificados (dorsolaterais, laterodorsais,

dorsomedianos, láteroventrais, ventrolaterais e ventromedianos); esqueleto cefalofaríngeo com dentes longos e arqueados, cornos dorsal e ventral amplos, com comprimento do corno dorsal pouco menor que o ventral, fragma tentorial com comprimento maior que a altura e ponte dorsal com numerosas perfurações em toda sua área; espiráculo anterior contendo nove lobos; e tegumento recoberto em toda sua extensão por pequenas placas esclerotizadas. Dessa forma, a descrição detalhada para F. sabroskyi comparando-a com a descrição de espécies proximamente relacionadas, além de ampliar o conhecimento sobre Fanniidae, permitirá identificar corretamente as espécies de importância médica e forense.

PALAVRAS-CHAVE: Insetos Necrófagos, Miíases, Morfologia Larval, Moscas, Taxonomia.

DESCRIÇÃO DO TERCEIRO ESTÁDIO LARVAL DE Fannia sabroskyi SEAGO,

1954 (DIPTERA, FANNIIDAE): ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA MÉDICA E

FORENSE

Aline Marrara do Prado1, Maicon Diego Grella1, Cauê Trani de Mira1, Patricia Jacqueline Thyssen1

¹Depto de Biologia Animal, IB, UNICAMP

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Terapia larval (TL) é o nome dado à técnica de aplicação de larvas vivas em feridas necróticas crônicas visando o desbridamento e desinfecção. Para a TL, podem ser utilizadas as espécies que se alimentem unicamente de tecido necrosado, tal como Chrysomya megacephala (Diptera), selecionada a partir de estudos prévios em laboratório que certificaram sua segurança para aplicação terapêutica. Dietas artificiais são úteis para a criação de moscas em laboratório por garantir padronização, obtenção de um grande número de indivíduos em um curto espaço de tempo e maior facilidade no manuseio dos imaturos. Na literatura estão disponíveis diversas dietas, mas nenhuma apropriada para o transporte de larvas para fins terapêuticos. Objetivou-se, no presente estudo, avaliar o desenvolvimento de C. megacephala em três diferentes dietas – a base de (I) gérmen de trigo, (II) levedo de cerveja e (III) ovo –, que pudessem assegurar a sobrevivência da origem até o destino no decorrer do transporte. Foram feitas seis réplicas para cada grupo experimental. Carne bovina moída crua foi usada como controle. Foram dispostas 100 larvas por frasco contendo cada dieta na proporção de 1g /larva, mantidas sob condições controladas (25±1°C; 70±10% UR; 12/12h fotoperíodo). Dez larvas de cada grupo experimental foram retiradas, aleatoriamente, e pesadas individualmente a cada 12h até a idade de 72h. As análises estatísticas foram feitas com o software SAS®. Os pesos médios das larvas as 72h foram de: 60mg para

carne, 38mg para dieta II, 25mg para dieta I e 24mg para dieta III. Não foram observadas diferenças significativas entre carne e dieta II (p>0,05) e entre as dietas I, II e III (p>0,05). Dessa forma, considerando as propriedades físico-químicas (consistência, odor e estabilidade) e ganho de peso, concluiu-se que a dieta I é a mais adequada para garantir a sobrevivência de imaturos durante o transporte para aplicação terapêutica.

PALAVRAS-CHAVE: Desbridamento, Mosca Varejeira, Terapia Larval.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

DESENVOLVIMENTO DE Chrysomya megacephala (DIPTERA:

CALLIPHORIDAE) EM DIFERENTES DIETAS ARTIFICIAIS VISANDO AO

TRANSPORTE DE LARVAS PARA USO TERAPÊUTICO

Marina Ferrari Klemm de Aquino¹, Rafaela Tonin Cavalcanti¹, Patricia Jacqueline Thyssen¹

¹Depto. Biologia Animal, IB-UNICAMP, Campinas, SP

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Triatoma virus (TrV) é um vírus que infecta triatomíneos provocando alta taxa de mortalidade, atraso no desenvolvimento e diminuição da fertilidade. Atualmente são descritas 151 espécies de triatomíneos, potenciais vetores de Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas que acomete 6-7 milhões de pessoas. O objetivo do trabalho foi contribuir para a utilização de TrV como ferramenta de controle biológico de Triatominae. O isolamento e a purificação de TrV utilizado como controle, foram realizados a partir de amostras de fezes de insetos da Argentina. Triatoma virus e as partículas vazias de TrV, foram purificados na Unidade de Biofísica (CSIC-UPV/EHU), Espanha. Os espécimes de Triatoma rubrovaria estudados são oriundos do Laboratório de Parasitologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara. Para a identificação molecular de TrV foi realizada a extração de RNA com o Kit M-MLV Reverse Transcriptase. Para a reação de PCR foram utilizados 5 μl de cDNA obtidos de RT-PCR. O produto foi submetido à eletroforese em gel de agarose a 1,5% corado com brometo de etídio. Os resultados mostraram um fragmento de 800 pb para T. rubrovaria, que corresponde à região ORF2, responsável pela codificação de proteínas estruturais VP2 e VP3 o que sugere que a infecção viral pode estar difundida em todo Cone Sul. Um estudo mais abrangente de triatomíneos que ocorrem no Brasil poderia fornecer informações sobre a distribuição geográfica de TrV e estabelecer a relação filogenética entre cepas de TrV do Brasil e da Argentina. Neste sentido, os resultados em conjunto direcionam para

a utilização de TrV como ferramenta no controle biológico de Triatominae. Essa hipótese se justifica pois, a partícula apresenta potencial biotecnológico como transportador de moléculas benéficas para o organismo animal, assim como moléculas tóxicas, pesticidas, por exemplo, o que permitiria uma liberação mais segura e eficaz no ambiente.

PALAVRAS CHAVE: Doença de Chagas, Triatoma virus, Triatominae, Trypanosoma cruzi

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CYTED (Consórcio Ibero-americano - Red Iberoamericana para el Estudio del Control Biológico de Triatominos Transmisores de Chagas - Acción 209RT0364 (www.redtrv.org).

DETECÇÃO DE Triatoma virus (TrV) EM Triatoma rubrovaria (HEMIPTERA,

REDUVIIDADE, TRIATOMINAE)

Aline Rimoldi Ribeiro1, Jailson Querido Brito2, Bruno Luiz Soares Campos3, Juliana Damieli

Nascimento1, Fernanda Mello4, Felipe Passero5, Gerardo Marti6, Carlos Robello7, Marcelo Sousa

Silva8,9, Diego Guerín10, João Aristeu da Rosa11

1Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Brasil2Institut de Biologie Moléculaire et Cellulaire, Estrasburgo, França

3Faculdade de Medicina de São Paulo, Universidade de São Paulo, Brasil4Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil

5Instituto de Biologia, Campus do Litoral Paulista, Universidade Estadual Paulista, Brasil6Centro de Estúdios Parasitológicos y de Vectores, Universidad Nacional De La Plata, Argentina

7Unidad de Biología Molecular do Institut Pasteur de Montevideo, Uruguai8Global Health and Tropical Medicine, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, Portugal

9Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil

10Universidad del País Vasco, Bizkaia, Espanha11Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Departamento de Ciências Biológicas, Brasil

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A mosca Haematobia irritans, conhecida popularmente como mosca-dos-chifres, é um parasito hematófago que, devido a sua picada dolorida, causa intenso estresse, diminuindo o consumo de alimento, afetando os índices produtivos, gerando prejuízos importantes na pecuária de corte e leite. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do diflubenzuron sobre o desenvolvimento de larvas de Haematobia irritans (mosca-dos-chifres) em bovinos leiteiros. Para isto foram utilizados 32 animais adultos, da espécie bovina, mestiços, divididos em dois grupos: tratados e controle. A estratificação foi realizada por meio da contagem de moscas presente nos animais, de modo que foram formados dois grupos homogêneos quanto à quantidade de moscas. Os animais foram mantidos em sistema extensivo, com alimentação complementar com silagem de milho, ração e suplementados com sal mineral. Nos animais do grupo tratado foi adicionado, ao sal mineral, o diflubenzuron durante todo o período experimental, enquanto que, os animais do grupo controle receberam apenas sal mineralizado sem adição de diflubenzuron. Amostras de fezes foram colhidas nos dias 0 (antes do tratamento), 1, 2, 3, 7, 14, 21 e 28 pós-tratamento para avaliação da eficácia do produto analisado quanto ao desenvolvimento das larvas de H. irritans nas fezes. As fezes provenientes dos animais tratados e controle foram coletadas

e armazenadas em caixas com telas mosqueteiras. Todas as amostras foram mantidas nas mesmas condições, em campo aberto, simulando o ambiente de pastagem. Para avaliar a eficácia do produto, foi contabilizado o número de moscas adultas presentes nas caixas. Os resultados obtidos demonstraram que o produto avaliado não apresentou eficácia satisfatória contra larvas de Haematobia irritans nas fezes de bovinos leiteiros tratados pela via oral. Desse modo, conclui-se que o produto não interferiu no desenvolvimento das larvas nas fezes de bovinos tratados com diflubenzuron.

PALAVRAS-CHAVE: Eficácia, Haematobia irritans, Mosca-dos-Chifres, Diflubenzuron.

EFEITO DO DIFLUBENZURON EM LARVAS DE Haematobia irritans (MOSCA-

DOS-CHIFRES) PRESENTES NAS FEZES DE BOVINOS

Rafael Mamede Tosi1. Sabrina Nathália Louzada Nogueira2. Thacia Rodrigues Guerra2, Rangel

Rodrigues Silva1, Rafael Paranhos de Mendonça2.

1 Faculdade Doutor Francisco Maeda2 Universidade de Franca

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Embora as moscas sejam conhecidas como vetores de vários patógenos, poucos trabalhos discutem a participação desses dípteros na transmissão de VTEC no ambiente. Considerando que o principal reservatório de VTEC é o gado saudável, este estudo buscou verificar a presença de tais cepas em dípteros muscóides e bovinos com aptidão leiteira. Cepas de Escherichia coli foram isoladas da superfície externa de moscas coletadas no ambiente de ordenha e das fezes de bezerros e vacas, aparentemente saudáveis, de uma propriedade leiteira da região de Botucatu, SP. A presença de Verotoxina foi investigada por PCR para os genes stx1 e stx2 e ensaio in vitro de citotoxicidade em células Vero. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o teste exato de Fisher. De 57 moscas foram isoladas 135 cepas de E. coli sendo que 7/135 (5,2%) apresentaram genótipo positivo apenas para stx1. Das 286 cepas isoladas de 58 bezerros, 84/286 (29,4%) foram positivas para stx1, 12/286 (4,2%) para stx2 e 3/286 (1%) apresentaram stx1 e stx2. As 240 cepas isoladas de 48 vacas não apresentaram genótipo positivo para nenhum dos genes. Para o ensaio de citotoxicidade, 17 cepas com genótipo positivo para stx1 e/ou stx2 foram randomicamente selecionadas e todas causaram efeito citotóxico nas células Vero. As espécies de dípteros muscóides com maior abundância foram: Musca domestica (Linnaeus, 1758) 20/57 (35,1%), Fannia spp. 14/57 (24,6%) e Stomoxys calcitrans (Linnaeus, 1758) 10/57 (17,5%), sendo que a presença de VTEC foi associada à M.

domestica. Os resultados indicam que M. domestica pode atuar na veiculação de VTEC, o que constitui um sério risco para a saúde pública uma vez que se trata de uma espécie sinantrópica, isto é, que tem grande capacidade de proliferação em ambientes modificados pelo homem, tais como o urbano e o rural.

PALAVRAS-CHAVE: Bovinos Leiteiros, Moscas, STEC, Vetores.

Escherichia coli PRODUTORA DE VEROTOXINA (VTEC) ISOLADAS DE

DÍPTEROS MUSCÓIDES EM PROPRIEDADE LEITEIRA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

Taila dos Santos Alves1, Mirtis Maria Giaciani Ferraz1, Natane de Cássia Sibon Purgato2, Gustavo

Henrique Batista Lara3, Patricia Jacqueline Thyssen2, Márcio Garcia Ribeiro3, Domingos da Silva

Leite1

1Depto. Genética, Evolução e Bioagentes, Instituto de Biologia, IB-UNICAMP, Campinas, SP 2Depto. Biologia Animal, IB--UNICAMP, Campinas, SP

3Depto. Higiene Veterinária e Saúde Pública, FMVZ-UNESP, Botucatu, SP

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A Febre Maculosa Brasileira é uma zoonose cujo agente etiológico é a bactéria Rickettsia rickettsii, sendo que, no Brasil, o principal vetor é o carrapato Amblyomma sculptum. Para que um local apresente casos da doença é indispensável a presença de um hospedeiro vertebrado que age como amplificador da doença, além de carrapatos que são vetores biológicos de patógenos. Porém, a doença é endêmica em algumas regiões e ausente em outras. O município de Mogi Mirim, nunca apresentou notificação de casos da febre maculosa, embora apresente hospedeiros e carrapatos vetores da bactéria. Por isso, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de carrapatos coletados em áreas predispostas para a febre maculosa, localizadas em Mogi Mirim. A coleta dos carrapatos foi realizada mensalmente, desde janeiro de 2015 até maio de 2016, nas margens do rio Mogi Mirim e no Lago do Complexo Lavapés, em Mogi Mirim/SP (área predisposta), ambos locais com presença de capivaras. As coletas foram feitas através de armadilhas de gelo seco e arrasto, e os carrapatos coletados foram identificados utilizando-se chave de identificação de Guimarães et al. (2001). Através da armadilha de gelo seco, coletou-se um total de 237 carrapatos e com o método de arrasto 211 carrapatos, totalizando 448 carrapatos nas duas áreas de coleta. A espécie A. sculptum, considerado o principal vetor brasileiro, estava presente, além de A. dubitatum e estágios imaturos do gênero Amblyomma. Portanto, existe a possibilidade de transmissão

da Febre Maculosa Brasileira no local estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Amblyomma, Carrapatos, Ixodidae.

SUPORTE FINANCEIRO: Bolsa CAPES.

ESPÉCIES DE CARRAPATOS COLETADOS EM ÁREA PREDISPOSTA PARA A

FEBRE MACULOSA BRASILEIRA

Caroline Siqueira Franco1, Arício Xavier Linhares1

1Laboratório de Parasitologia, Universidade Estadual de Campinas

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A grande maioria das 151 espécies da subfamília Triatominae distribuem-se por toda América Latina e apresentam importância epidemiológica por serem vetores do protozoário Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. As espécies de Triatominae podem ser identificadas por meio de caracteres morfológicos, porém existem aquelas que trazem dificuldades para a caracterização específica e que são agrupadas em complexos. Embora existam publicações recentes referindo novos caracteres morfológicos externos que auxiliam a identificação, são poucos os estudos dos órgãos internos desses vetores com essa finalidade. Diante disso foi feito o estudo histológico da espermateca de seis espécies: Panstrongylus lignarius (Walker, 1837), Panstrongylus megistus (Burmeister, 1835), Rhodnius montenegrensis (Rosa, 2012), Rhodnius prolixus (Stal, 1859), Triatoma infestans (Klug, 1834) e Triatoma tibiamaculata (Pinto, 1926) com o intuito de contribuir para a definição específica. Subsidiariamente foi feito também estudo histológico das traquéias dessas seis espécies. O estudo mostrou que P. megistus apresenta espermatecas com epitélio simples cilíndrico próximo ao oviduto comum e P. lignarius apresenta epitélio simples cúbico alto em sua porção final. A espermateca de R. montenegrensis é constituída por epitélio pseudoestratificado cilíndrico enquanto que em R. prolixusapresenta epitélio simples cilíndrico. A espermateca de T. infestans é constituída por epitélio cúbico alto. Triatoma tibiamaculata possui epitélio simples cilíndrico em sua porção inicial e epitélio simples cúbico alto na porção final. As traqueias possuem tenídeos na luz traqueal seguidos por células epiteliais e

externamente à membrana basal, os traqueoblastos estão dispostos aleatoriamente sobre as traqueias. Nos três gêneros as traqueias não mostraram caracteres diferenciais, no entanto foi observado que os traqueoblastos servem como depósito de oxigênio. Dadas às diferenças histológicas observadas nas espermatecas das seis espécies propõe-se a utilização desse órgão para estudos taxonômicos da subfamília Triatominae.

PALAVRAS-CHAVE: Morfologia, Reprodução, Triatominae.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

ESTUDO HISTOLÓGICO DE ESPERMATECAS E TRAQUEIAS DE SEIS ESPÉCIES

DE TRIATOMINAE (HEMIPTERA, REDUVIIDAE, TRIATOMINAE)

Juliana Damieli Nascimento¹, Breno Henrique Caneguim², Mariana de Paula Campos³, Aline

Rimoldi Ribeiro¹, Estela Sasso-Cerri², João Aristeu da Rosa4

1Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil

²Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Odontologia (UNESP), Araraquara, São Paulo, Brasil

³Centro Universitário de Araraquara (UNIARA), Araraquara, São Paulo, Brasil4Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Farmacêuticas (UNESP), Araraquara, São Paulo,

Brasil

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A descrição das espécies de flebotomíneos presentes em uma região é importante para o conhecimento dos possíveis vetores envolvidos na transmissão das leishmanioses. Em algumas cidades da região de Araraquara, município localizado na região central do estado de São Paulo, já foram reportados casos humanos de leishmaniose cutânea. Esse estudo realizou um levantamento da fauna flebotomínica em uma região de mata residual modificada dentro de uma fazenda na zona rural de Araraquara. Foram realizadas coletas durante quatro noites mensalmente, nos meses de junho a setembro de 2016, utilizando 11 armadilhas luminosas CDC – modificadas por noite, colocadas às 18:00h e retiradas às 7:00h, totalizando 44 armadilhas. As armadilhas ficaram distantes por pelo menos 20 metros. Os flebotomíneos foram triados e identificados em nível específico seguindo a nomenclatura de Galati (2003). As temperaturas variaram entre 11,6 e 25,3 °C e a umidade entre 43 e 91% sendo que a maior captura ocorreu de insetos ocorreu o mês de agosto (17,4 - 25,3°C / 43 – 71%). Foram coletados e identificados 3828 insetos de 8 espécies, sendo 59% fêmeas e 41% machos e em média 87 flebotomíneos por armadilha. A espécie mais abundante foi Nyssomyia whitmani (2761), seguida por Nyssomyia neivai(471), Migonemyia migonei (345), Brumptomyia sp (114), Pintomyia pessoai (78), Pintomyia. fischeri (54), Pintomyia monticola (4) e Expapilata firmatoi (3). A predominância de Nywhitmani em área de mata mais conservada contrasta com outros dados da região, onde as coletas realizadas em área com maior ação

antrópica (pesqueiro), e às margens do rio Mogi-Guaçu a espécie predominante é Ny. neivai chegando a 99,9 dos flebotomíneos coletados.

PALAVRAS-CHAVE: Flebotomíneos, Araraquara, Área Rural.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES, CNPq.

LEVANTAMENTO DA FAUNA FLEBOTOMÍNICA EM ÁREA RURAL DE

ARARAQUARA – SP

Vicente Estevam Machado1, Dennys Ghenry Samillan Ortiz2, Flávia Benini da Rocha Silva1, Thais

Marchi Goulart2, Wanderson Cruz Oliveira1, Mara Cristina Pinto1

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”2Instituto de Biologia – Universidade Estadual de Campinas

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Calliphoridae e Muscidae (Insecta: Diptera) possuem ampla distribuição geográfica e grande diversidade de hábitos alimentares sendo encontrados frequentemente no lixo, fezes e matéria orgânica de origem animal em decomposição e, por essa razão, são importantes no campo médico e veterinário. Muscidae figura como um dos principais vetores mecânicos de patógenos tais como bactérias, protozoários, helmintos, fungos e vírus, além de ovos de uma mosca causadora de miíase primária, Dermatobia hominis (Oestridae). Algumas espécies de Calliphoridae, além de vetores, podem causar miíases primárias ou secundárias. Insetos que circulam em mais de um tipo de ambiente, por exemplo, entre fragmentos de mata e zona rural, podem promover a veiculação e permuta de patógenos entre homem e animais domésticos. Neste estudo objetivou-se realizar um levantamento da fauna de dípteros muscóides, com ênfase em Calliphoridae e Muscidae, em fragmentos de Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Armadilhas do tipo Van-Sommery Rydon contendo iscas (fígado e rim bovinos, peixe, moela de frango e todas iscas misturadas) permaneceram expostas por quatro dias em Itapira, Serra Negra e Atibaia, durante abril e maio de 2016 para coleta de indivíduos adultos. Ao todo foram coletados 579 espécimes pertencentes a 22 espécies, entre Calliphoridae (N=9) e Muscidae (N=13). As mais abundantes foram

Chrysomya albiceps (Calliphoridae) (N=170) e Atherigona orientalis (Muscidae) (N=73). Seis espécies, Paralucilia fulvinota, Hemilucilia semidiaphana (Calliphoridae), Pseudoptilolepis spp, Neomuscina sp, Morellia sp, e Graphomya maculata. (Muscidae), têm sido registradas na literatura como essencialmente silvestres, as demais são coletadas frequentemente no ambiente rural. Por terem sido atraídos a iscas em processo inicial de decomposição e por transitarem entre os ambientes de mata e zona rural, os dípteros coletados neste estudo merecem especial atenção para o controle e monitoramento no que diz respeito à veiculação de patógenos para os animais de criação e mesmo ao ser humano.

PALAVRAS-CHAVE: Moscas Necrófagas, Sinantropia, Vetores Mecânicos.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DE Calliphoridae E Muscidae (INSECTA:

DIPTERA), POTENCIALMENTE VETORAS, EM TRÊS FRAGMENTOS DE MATA

ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Natane de Cássia Sibon Purgato1, Kátia de Pádua Silva1, Cauê Trani de Mira1, Bruno Barbugiani1,

Patrícia Jacqueline Thyssen1, Arício Xavier Linhares1

1Depto. Biologia Animal, IB-UNICAMP, Campinas, SP

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No Brasil são registrados apenas dois dos cinco gêneros de Fanniidae (Diptera: Muscomorpha) conhecidos: Fannia com 44 espécies e Euryomma com quatro. Os adultos podem ser encontrados em áreas urbanas, rurais e silvestres alimentando-se, em geral, de matéria orgânica em decomposição e fezes, por isso atuam como vetores mecânicos de patógenos (bactérias, vírus, protozoários e helmintos). Podem ocasionalmente se envolver em miíases facultativas, principalmente gastrointestinais (quando os ovos são ingeridos) e urogenitais, além de carrearem ovos de Dermatobia hominis (Oestridae), a mosca do berne, responsável por uma miíase primária que gera grandes perdas econômicas na criação de animais domésticos. Neste estudo, objetivou-se realizar um levantamento da fauna de Fanniidae em quatro fragmentos de Mata Atlântica no Estado de São Paulo, circunvizinhas de áreas rurais, e avaliar a relevância destes dípteros dentro do contexto médico e veterinário. Coletas foram feitas utilizando armadilhas do tipo Van-Sommery Ryden, contendo iscas, as quais permaneceram expostas por quatro dias consecutivos durante os meses de abril e maio de 2016. Ao todo foram coletados 534 indivíduos pertencentes a oito espécies de Fannia e uma espécie de Euryomma. As espécies coletadas foram: F. femoralis, F. heydenni, F. obscurinervis, F. paraisensis, F. pusio, F. sabroskyi, F. trimaculata, F, yenhedi e Euryomma carioca. A grande

abundância e diversidade de indivíduos corrobora que matéria orgânica decomposta compõe a dieta preferencial de fanídeos. Os machos foram identificados até espécie, enquanto fêmeas até gênero devido a inexistência de chaves dicotômicas para fêmeas. Dentre os exemplares coletados, indivíduos fêmeas de Fannia foram encontrados com ovos de D. hominis aderidos ao abdômen oriundas de Serra Negra (N=6) e Atibaia (N=4). Conclui-se assim que maior atenção deve ser dada aos fanídeos no que diz respeito ao seu papel de vetor e de forésia.

PALAVRAS-CHAVE: Dermatobia hominis, Miíase, Mosca da Latrina, Vetor Mecânico.

SUPORTE FINANCEIRO: CAPES.

LEVANTAMENTO DE FANNIIDAE (INSECTA: DIPTERA) EM QUATRO

FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E SUA

RELEVÂNCIA NO CONTEXTO DE SAÚDE PÚBLICA E ANIMAL

Cauê Trani de Mira1, Natane de Cássia Sibon Purgato1, Bruno Barbugiani1, Arício Xavier

Linhares1, Patrícia Jacqueline Thyssen1

1Depto. Biologia Animal, IB-UNICAMP, Campinas, SP

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As aves são hospedeiras de uma grande variedade de parasitos, incluindo os piolhos, que são responsáveis por infestações na pele e pena das aves, causando irritação local, diminuição da postura, perda de peso, anemia, podendo levar a óbito. Objetivou-se determinar o parasitismo de aves caipiras e de postura Gallus gallus, por espécies de Phthiraptera no setor de produção do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais-Campus Salinas (IFNMG-Campus Salinas). Vinte e cinco aves caipiras criadas em sistema extensivo e 25 aves de postura, criadas em sistema intensivo, foram inspecionadas para busca de piolhos, pois apresentavam sinais como inquietação e perda de penas. Após a contenção manual das aves, foram observados e coletados piolhos nas áreas de pescoço, asas, dorso e ventre. Para tal, utilizou-se algodão umedecido com éter, acoplado na extremidade de uma pinça anatômica de dissecção, permitindo a imobilização dos espécimes de ectoparasitos, auxiliando a sua coleta. Os piolhos foram acondicionados em frascos plásticos contendo álcool 70%, devidamente identificados de acordo com o sistema de criação das aves e encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do IFNMG- Campus Salinas. Os espécimes foram clareados em solução de hidróxido de potássio a 10%, por aproximadamente três minutos, sendo montados entre lâmina e lamínula, quantificação e identificação em microscopia óptica. Foram coletados 849 piolhos mastigadores, sendo 585 das galinhas caipiras, com 454 da espécie Menopon gallinae (77,6%), 70 da espécie Lipeurus caponis (11,96%), 33 da espécie Menacanthus stramineus (5,64%)

e 28 da espécie Goniocotes gallinae (4,78%). Nas galinhas de postura foram coletados 264, com 172 da espécie Menopon gallinae (65,15%), 88 da espécie Menacanthus stramineus (33,33%) e 4 da espécie Goniocotes gallinae (1,51%). Das 50 aves caipiras e de postura Gallus gallus, do setor de produção do IFNMG-Campus Salinas inspecionadas, 100% apresentavam-se parasitadas por piolhos, pertencentes a Ordem Phthiraptera, com parasitismo misto.

PALAVRAS-CHAVE: Identificação, Parasito, Piolhos.

PARASITISMO DE AVES CAIPIRAS E DE POSTURA Gallus gallus POR ESPÉCIES

DE PHTHIRAPTERA NO SETOR DE PRODUÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DO

NORTE DE MINAS GERAIS - CAMPUS SALINAS

Isabella Maxwell Paulino Fernandes¹, João Vitor Queiroz de Oliveira¹, Renata Costa Guedes¹,

Vanessa Paulino da Cruz Vieira¹

¹Laboratório de Parasitologia Veterinária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais- IFNMG - Campus Salinas

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A entomologia forense pode auxiliar em investigações criminais, uma vez que dados biológicos e ecológicos de insetos associados à cadáveres podem ser utilizados para estimar o intervalo pós-morte (IPM) ou levar a descoberta da causa da morte. A temperatura e o substrato alimentar são variáveis relevantes no desenvolvimento de insetos, já que podem favorecer ou retardar a eclosão e o crescimento das larvas de dípteros. Grandes variações na temperatura e também na umidade podem influenciar a qualidade do substrato no qual os imaturos se alimentam. Dentre os dípteros mais relevantes do ponto de vista forense estão os Calliphoridae, com aproximadamente 100 espécies na região Neotropical e sempre associados às primeiras fases da decomposição de cadáveres. Neste estudo objetivou-se avaliar a taxa de desenvolvimento de imaturos de Chrysomya albiceps (Diptera: Calliphoridae), expostos a duas variáveis combinadas simultaneamente: recursos alimentares (fígado, intestino e músculo) e temperatura (25ºC, 30ºC e 35ºC). Os grupos experimentais foram formados por 100 larvas, depositadas em frascos plásticos contendo cada qual um tipo de tecido animal em uma proporção aproximada de 1,0g/larva, oferecidos como única fonte alimentar e mantidos sob distintas temperaturas. A cada 12h, 10 larvas foram retiradas aleatoriamente para a mensuração de sua massa corporal. As médias das massas larvais nos diferentes tecidos e temperaturas estudadas apresentaram diferenças significativas,

como mostrou a ANOVA de dois fatores (F 9,99; p< 0.0001). Diferenças pontuais foram observadas entre esses dados, após o teste de comparações múltiplas de Tukey. Concluiu-se que a massa corporal pode variar de acordo com o substrato alimentar e a temperatura sob a qual os imaturos estão expostos. Uma vez que o parâmetro massa pode ser usado para estimar o IPM, tais dados devem ser observados com atenção, a fim de evitar possíveis erros em investigações criminais.

PALAVRAS -CHAVE: Desenvolvimento Larval, Forense, Mosca Varejeira.

SUPORTE FINANCEIRO: FAPESP - (2015/20164-3).

TAXA DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DE Chrysomya albiceps

(DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EXPOSTOS A DUAS VARIÁVEIS COMBINADAS

SIMULTANEAMENTE: RECURSOS ALIMENTARES E TEMPERATURA

Thamiris Gomes Smania¹, Fábio Rezende¹, Arício Xavier Linhares¹, Patrícia Jacqueline Thyssen¹

¹Laboratório de Parasitologia - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

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