Livro - Dicionario AIDPI

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    Concepo grfica

    Foto capa: Rayna Victoriapor Marilena Santiago

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    Este dicionrio apresenta os termos mais comuns da estratgia de Aten-o Integrada s Doenas Prevalentes na Infncia AIDPI. No pretende subs-tituir os livros textos, mas sim ser uma referncia rpida sobre a estratgia.

    Os autores gostariam de receber crticas e sugestes, com vistas a me-

    lhor-lo, pois pretendem mant-lo atualizado com novas edies e, assimcontribuir para o avano dessa estratgia.

    Fortaleza, janeiro de 2005

    PREFCIO

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    ABAULAMENTO DE FONTANELAPesquisar em crianas pequenas (abaixo de umano) que ainda no apresentam fechamento dafontanela anterior. Para examinar a fontanela, acriana no deve estar chorando. Observar e pal-par para verificar se existe abaulamento e aumen-to da presso.

    ACALMAR A TOSSE COM MEDIDAS CASEIRASAumentar a oferta de lquidos. Para os menoresde seis meses em fase de aleitamento materno

    exclusivo, oferecer o peito mais vezes. Nas outrascrianas utilizar mel de abelha ou outra medidacaseira culturalmente aceita.

    CIDOS GRAXOS ESSENCIAISGorduras que so necessrias para o desenvolvi-mento da viso e do sistema nervoso central dacriana. Esses cidos esto presentes no leite ma-terno, mas no esto presentes em quantidadesadequadas no leite de vaca e, na maior parte dos

    leites preparados para crianas.

    CIDO NALIDXICOConhecido como a primeira quinolona de uso cl-nico, a droga de escolha para as infeces gas-trintestinais produzidas por cepas resistentes deShigella (disenteria com comprometimento doestado geral da criana). A dose mdia recomen-dada de 40 mg/Kg/dia, administrada de seis emseis horas por cinco dias.

    ACONSELHAR ME OU ACOMPANHANTEImplica avaliar a forma pela qual a criana estsendo alimentada e proceder s recomendaesa serem feitas me sobre os alimentos e lquidosque devem ser dados criana, assim como ins-tru-la quanto ao retorno ao servio de sade.

    ADMINISTRAR TRATAMENTOS

    NO SERVIO DE SADESo os tratamentos utilizados na prpria unidade b-sica de sade, como, por exemplo, terapia de hidrata-o oral (TRO), nebulizao e aplicao de vacinas.

    ADMINISTRAR TRATAMENTOS PRVIOSANTES DE REFERIR A CRIANA AO HOSPITALComo a primeira dose de um antibitico, umadose de vitamina A, uma injeo de quinina ouo tratamento para evitar uma hipoglicemia, antes

    de referir a criana.

    ALEITAMENTO MATERNO quando a criana recebe o leite materno e ou-tros alimentos ou lquidos.

    ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO quando a criana recebe apenas o leite mater-no, sem nenhum outro tipo de alimento, gua ououtros lquidos.

    ALIMENTAO ATIVAEncorajar a criana para que ela se alimente sozinha,sentando-se com ela, levando-lhe a colher boca.

    ALIMENTOS DE TRANSIOOU ALIMENTOS COMPLEMENTARESSo alimentos administrados criana que estsendo amamentada, a partir dos seis meses de

    idade. Toda criana a partir dos seis meses deidade deve receber alimentos complementarespastosos e nutritivos, como cereal misturado comazeite e pedacinhos de carne, verduras ou peixes.Esses alimentos eram, anteriormente, denomina-dos alimentos de desmame.

    ALIMENTAO DILUDAAlguns alimentos oferecidos criana (sopinhas,mingaus ralos e sucos), principalmente se a mama-

    deira utilizada, podem apresentar baixa consistn-cia e ter, portanto, uma quantidade baixa de energiapor grama de alimento (baixa densidade energtica),no se constituindo assim alimentos adequados.

    ALIMENTAO ADEQUADA DA CRIANAEntende-se por alimentao adequada para crian-as menores de dois anos a pratica do aleitamentomaterno e a introduo em tempo oportuno (seismeses completos) de alimentos complementares

    adequados (que supram os requerimentos ener-gticos e nutricionais), seguros (livre de conta-minao no preparo, oferta e armazenamento) eoferecidos de modo apropriado.

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    ALIMENTAO COMPLEMENTARA partir dos seis meses, oferecer de forma lenta egradual outros alimentos, mantendo o leite ma-terno at os dois anos de idade.

    ALIMENTO PRINCIPAL OU DE BASEEm geral, eles so cereal, gro, tubrculo ou raiz.So exemplos arroz, macarro, trigo, fub de mi-lho, farinha de mandioca, etc. Esses alimentos debase so excelentes para preparar os primeirosalimentos da dieta complementar.

    ALIMENTOS COMPLEMENTARESOs bons alimentos complementares so ricos emenergia e nutrientes e devem respeitar os hbitos

    culturais da famlia. So alimentos da safrarecente, de boa qualidade e acessveis ao nvelsocioeconmico familiar. So exemplos deles oscereais, frutas, verduras e legumes; carnes, vsceras,ovos, peixe e produtos lcteos (leite, coalhada,iogurtes naturais e queijos).

    ALTO CONTEDO ENERGTICOAlimentos ricos em energia (ou calorias), como osamidos ou leo.

    AMAMENTAO EXCLUSIVAQuando a criana recebe apenas leite materno,sem nenhum outro tipo de alimento, gua ou l-quidos (com exceo dos remdios e vitaminas,caso necessrio).

    AMOXICILINAA amoxicilina a droga de escolha para o trata-

    mento das infeces agudas do trato respiratriosuperior e inferior de gravidade leve a moderada,como, entre outras, otite, sinusite e pneumonia. Adose mdia recomendada de 40mg a 50mg/kg/dia, administrada em trs tomadas durante sete adez dias.

    ANALGSICO/ANTITRMICOMedicao utilizada para dor e febre quando atemperatura axilar for igual ou superior a 38,5 C.

    ANEMIAClinicamente identificada pela palidez palmar

    leve e laboratorialmente por nveis de hemoglo-bina inferior a 11 gr/dl na criana.

    ANEMIA FERROPRIVAAnemia causada pela deficincia de ferro.

    ANEMIA GRAVEClinicamente identificada pela palidez palmargrave e laboratorialmente por nveis de hemo-globina inferior a seis gr/dl

    APARECIMENTO OU PIORA DA FEBREOrientar as mes de todas as crianas, as quais estoindo para casa como um sinal indicativo de gravidade,que, caso a criana apresente ou piore da febre, tem

    de ser levada urgentemente ao servio de sade.

    APNEIAConsidera-se apnia quando na criana existe a au-sncia da respirao espontnea por mais de vintesegundos, acompanhada de cianose e bradicardia.

    ARTEMETERDroga antimalrica derivada da artemisina indi-

    cada para as formas graves de malria (malriacerebral). esquizonticida sangneo de ao r-pida, apresentando atividade contra os parasitasresistentes cloroquina.

    ASMADoena inflamatria crnica caracterizada porhiper-responsividade das vias ereas inferiores epor limitao varivel do fluxo areo, reversvel es-pontaneamente ou com tratamento, manifestan-

    do-se clinicamente por episdios recorrentes desibilncia, dispnia, aperto no peito e tosse, parti-cularmente noite e pela manh ao despertar.

    AVALIAR A CRIANAImplica a preparao de um histrico de sade dacriana, mediante perguntas adequadas formula-das me ou acompanhante, e um exame fsicocriterioso.

    AVALIAR A CRIANA COM TOSSEOU DIFICULDADE PARA RESPIRAR avaliada perguntando h quanto tempo a crian-

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    a est com tosse ou dificuldade para respirar, sea criana apresenta sibilncia ocasional ou fre-qente; e observando se a criana tem respiraorpida; tiragem subcostal; estridor e sibilncia.

    AVALIAR A CRIANA MENORDE DOIS MESES COM DIARRIAAs fezes, normalmente freqentes ou amolecidasda criana que mama no peito, no constituemdiarria. A causa mais comum de diarria comsangue nessa faixa etria a doena hemorrgi-ca do RN, secundria deficincia de vitamina K.Nesta faixa etria, todas as crianas com sanguenas fezes e com diarria persistente devem ser re-feridas para investigao urgentemente.

    AVALIAR A DESNUTRIO E ANEMIASistematicamente, todas as crianas atendidasdevem ser avaliadas quanto ao estado nutricionale presena ou no de anemia. Para isto, utilizam-se sinais clnicos (emagrecimento acentuado vis-vel; edema em ambos os ps; palidez palmar gra-ve ou palidez palmar leve) e a evoluo do pesona curva do carto da criana (peso/idade e evo-luo do peso no carto da criana).

    AVALIAR A DIARRIAUma criana com diarria se avalia para saber seh sinais de desidratao; se h sangue nas fezespara determinar se a criana tem disenteria, e porquanto tempo a criana tem tido diarria paradeterminar se a diarria aguda ou persistente.

    OFERECER LQUIDOS CRIANAPea me que oferea criana um pouco

    de gua em um copo ou colher. Observe acriana beber. Uma criana no consegue be-ber se, ao levar o lquido boca, ela no con-seguir engolir. Uma criana bebe mal se estdbil e no pode beber sem ajuda. Uma crian-a tem o sinal bebe avidamente, com sede se evidente que a criana quer beber. Observese a criana trata de alcanar o copo ou a co-lher quando a gua lhe oferecida. Quando agua retirada, veja se a criana est descon-

    tente porque quer beber mais.

    VERIFICAR O SINAL DA PREGA NO ABDMEN

    Pea me que coloque a criana na mesa deexame de modo que esteja deitada de barrigapara cima com os braos encostados junto aocorpo (no sobre a cabea) e as pernas esten-

    didas; ou pea me que fique com a crianano colo, com ela virada de barriga para cima.Localize a regio do abdome da criana queest entre o umbigo e o costado do abdome.Para verificar o sinal da prega na pele, use opolegar e o indicador. No belisque com aponta dos dedos porque causar dor. Coloquea mo de modo que, quando fizer o sinal daprega na pele, ela estar no sentido longitu-dinal ao corpo da criana e no no horizon-

    tal. Levante firmemente todas as camadas dapele e o tecido debaixo delas. Segure a pelepor um segundo e solte em seguida. Quandosoltar, certifique-se de que, ao sinal da prega, apele voltou ao seu estado anterior.

    SINAL DA PREGA VOLTA LENTAMENTE OU MUITO LENTAMENTE

    Caso a pele ainda fique levantada por um bre-ve momento depois de solt-la, decida que, ao

    sinal da prega, a pele volta ao seu estado an-terior lentamente e, se demorar mais de doissegundos, considere muito lentamente.

    OBSERVAR SE OS OLHOS ESTO FUNDOSOs olhos da criana desidratada podem pa-recer fundos. Se estiver em dvida, pergunte me se acha que os olhos da criana estodiferentes do habitual. Sua confirmao o aju-dar na deciso. Apesar de o sinal olhos fun-dos poder estar presente nas crianas grave-mente desnutridas, mesmo sem apresentaremdesidratao, este sinal deve ser consideradocomo presente para o diagnstico da desidra-tao.

    AVALIAR A FEBREA febre deve ser avaliada em todas as crianasquando referida pelas mes, determinada peloprofissional de sade pelo toque ou pela medioda temperatura axilar (igual ou superior a 37,5 C).Decida o grau de risco de malria (reas com riscoalto, baixo ou sem risco). A seguir, avalie a crianacom febre para averiguar a quanto tempo tem

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    tido febre; e determine se tem rigidez da nuca oupetquias ou abaulamento da fontanela.

    AVALIAR A ALIMENTAO o processo de averiguar, durante a consulta,qual a alimentao que a criana recebe emcasa. Deve ser realizada em todas as crianas me-nores de dois anos e nas de peso muito baixo,peso baixo ou ganho insuficiente de peso, ane-mia e diarria persistente. Fazer perguntas sobrequal a alimentao habitual da criana e, emparticular, qual a alimentao durante uma doen-a. Voc amamenta criana ao peito? Quantas ve-zes durante o dia? Tambm amamenta noite? Acriana ingere algum outro alimento ou consomeoutro lquido? Quais? Que quantidades? Comoprepara? Quantas vezes por dia? Como alimentaa criana? O que usa para alimentar? Qual o ta-manho das pores? Quem d de comer e como?Durante esta doena, houve mudana na alimen-tao da criana? Se houve, qual?

    AVALIAR A AMAMENTAOPergunte se a criana mamou no peito na ltimahora. Observe se a criana consegue fazer a pega

    e se a criana est sugando bem. Verifique se hulceraes ou placas brancas na boca (monilaseoral).

    AVALIAR A SIBILNCIAA sibilncia uma condio muito comum nosservios de sade em algumas regies. Alm dis-so, pode-se confundir ou estar associada a umquadro infeccioso das vias respiratrias. Conside-rar a presena de sibilncia se for observada pelo

    profissional ou citada pela me, mesmo que naconsulta no tenha sido escutada a sibilncia e acriana apresente respirao rpida ou tiragem.

    AVALIAR OS PROBLEMAS DE OUVIDOEm uma criana com problemas de ouvido, ava-lia-se a dor de ouvido; a secreo purulenta noouvido; se h secreo, h quanto tempo ela vemapresentando-se e se h tumefao dolorosa aotoque na parte posterior do pavilho auricular.

    AVALIAR OUTROS PROBLEMASComo a estratgia AIDPI no engloba todos os

    problemas de uma criana doente, voc avaliaroutros problemas que a me lhe tenha comu-nicado. Por exemplo, a me pode ter dito que acriana tem uma infeco na pele, coceira ou asglndulas do pescoo inflamadas. Reconhea etrate qualquer outro problema de acordo com

    sua experincia e critrio clnico. Refira a crianapor qualquer outro problema que voc no pos-sa tratar no seu servio de sade.

    ATENO INTEGRADAViso conjunta do atendimento s doenas nosdiferentes aspectos da promoo, preveno etratamento.

    AUSNCIA DE ALIMENTAO ATIVAAs crianas pequenas necessitam geralmente deum estmulo e ajuda para comer a quantidade dealimentos de que necessitam. Isto pode aconte-cer particularmente se uma criana tem o pesomuito baixo.

    ATENDIMENTO DA MEDurante uma vista para ateno de uma crianadoente, escute e pergunte sobre qualquer pro-

    blema que a me ou acompanhante possa ter,em especial se est grvida. Talvez ela precise deacompanhamento no pr-natal, tratamento ouhospitalizao para resolver seus prprios pro-blemas.

    ATIVIDADE FSICA NO CONTROLE DA ASMAA criana deve e pode praticar atividades fsicas.Mesmo que tenha tosse, chiado ou falta de arao fazer algum exerccio, isso no deve impedir

    a participao em atividades. H medicamentosque previnem o aparecimento de tais sintomas.

    BAIXO PESO AO NASCERAs crianas que nascem com menos de 2.500 gramasso consideradas como baixo peso, seja por causa docrescimento insuficiente no tero ou porque a crian-a prematura (nascida antes do tempo).

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    BEBE AVIDAMENTE, COM SEDEUma criana tem o sinal bebe avidamente comsede, se evidente que ela queira beber. A crianatenta alcanar o copo ou a colher quando a gualhe oferecida

    BEBE MUITO MALA criana bebe muito pouca quantidade de lqui-dos e, segundo a me, tem dificuldade para beber.No contexto da estratgia, sugere incapacidadepara beber.

    BOM ESTADO NUTRICIONAL DA CRIANAQuando as necessidades ou requerimentos nutri-cionais determinados pela idade, sexo, tamanho

    e composio corporal, estatura, estado fisiolgi-co, dotao gentica, atividade e meio ambientecorrespondem s quantidades de nutrientes queasseguram a integridade e o bom funcionamen-to orgnico, nas citadas situaes. Na prtica, acriana que mantm os seus parmetros antro-pomtricos adequados para a idade (peso/idade,peso/altura, altura/idade, etc.) e clinicamente noapresenta carncias nutricionais especificas (ane-mia, hipovitaminoses, etc.)

    BOAS TCNICAS DE COMUNICAOAo fazer recomendaes me na consulta, importante perguntar e escutar; elogiar pelo queela faz de positivo; recomendar, utilizando umalinguagem que ela entenda; e verificar se a meentendeu as suas recomendaes e o que precisaser mais bem explicado (no faa perguntas deverificao que possam ser respondidas com umsim ou no).

    BRONCODILATADORESMedicamentos utilizados na asma para melhoriados sintomas. Os mais usados na prtica clnicaso os beta 2-agonistas, que podem ser classifi-cados, em de curta durao, como o salbutamol,fenoterol e a terbutalina, cujo efeito broncodila-tador dura aproximadamente quatro a seis horas,ou de longa ao, como o salmeterol e o formote-rol, com efeito de doze horas.

    CLCULO DO GANHO MDIO DE PESOSubtraia do peso da criana no primeiro retornoao quinto dia (P2) o peso da primeira consulta (P1),anotando o resultado em gramas. Divida o valorobtido por cinco (no de dias do retorno) para es-timar a mdia diria de ganho de peso da crianapor dia e depois divida de novo por P1(em kg),obtendo assim o ganho mdio de peso por kg/dia. Esse mesmo clculo dever ser utilizado cadavez que a criana retornar para controle. Conside-re o peso da ltima consulta como P1 e o peso dacriana na consulta atual como P2.

    CARTO DA CRIANA um documento importante para acompanhara sade da criana. Ele contm informaes paraauxiliar s mes nos cuidados sobre a sade dacriana no momento do nascimento; sobre cadaetapa do desenvolvimento infantil; sobre o cres-

    cimento observando o grfico peso-idade; e so-bre as vacinas.

    CAUSAS DE DESNUTRIOA desnutrio se deve a diversas causas. A mes-ma se desenvolve quando a criana no obtmde seus alimentos suficiente energia ou prote-nas para satisfazer suas necessidades nutricionais.Uma criana que tenha tido doenas agudas comfreqncia tambm pode desenvolver esta des-

    nutrio. Caso a dieta no fornea as quantidadesrecomendadas de vitaminas e sais minerais essen-ciais, pode desenvolver carncia nutricional espe-cfica (hipovitaminose A, anemia ferropriva, etc.).

    CEGUEIRA NOTURNAAlterao na viso noturna decorrente de hipovita-minose A. identificada inicialmente pela grandefreqncia de acidentes da criana com os mveisda casa (tropeando nas cadeiras, mesas, etc.).

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    CERTIFICAR-SE DE QUE A CRIANAEST SEMPRE BEM AGASALHADA muito importante manter a criana pequena aga-salhada principalmente quando doente, porm nomuito aquecida. Quando o tempo estiver frio, cobrir

    a cabea e os ps da criana e vesti-la com roupasadicionais. A hipotermia pode causar a morte.

    CONTRA-INDICAES GERAISPARA A VACINAOVacinas que contenham bactrias ou vrus vivosatenuados devem ser administradas sobre orien-tao mdica em comunicantes e pacientes por-tadores de imunodeficincia congnita ou adqui-rida, inclusive AIDS. No vacinar indivduos com

    histria de reaes anafilticas graves aps usoanterior de qualquer componente da vacina a seraplicada. A DPT contra-indicada em crianas quetenham apresentado encefalopatia nos primeirossete dias, convulses nas primeiras 72 horas, ouepisdio hipotnico-hiporesponsivo aps 48 ho-ras da aplicao da dose anterior, respectivamen-te. Neste caso, complementar o esquema com aDPT acelular ou DT (dupla bacteriana infantil).

    CONTROLE AMBIENTAL DA ASMAPara a preveno de fatores ambientais desenca-deantes da asma, deve-se evitar fumaa de cigarro,mofo, poeira, animais domsticos, bichinhos de pe-lcia, objetos que acumulem poeira, produtos comcheiro forte, tais como perfume, inseticida e talco.

    CORIZAEliminao de secreo mucosa ou mucopuru-lenta pelas narinas decorrente de inflamao do

    revestimento mucoso das fossas nasais. impor-tante a observao da presena de coriza para aclassificao da criana com febre na rea combaixo risco de malria. Quando a criana tem co-riza ou outra causa evidente da febre, classifiquea febre como malria pouco provvel.

    CLASSIFICAO GRAVEDoena muito grave que requer ateno urgentee indica a necessidade de referir o paciente a um

    hospital para internao. As classificaes de do-enas graves aparecem nas faixas vermelhas noquadro de AVALIAR E CLASSIFICAR.

    CLASSIFICAR A DOENASignifica determinar a gravidade da doena. Vocselecionar uma categoria ou classificao paracada um dos sinais e sintomas principais que in-diquem a gravidade da doena. As classificaesno constituem um diagnstico especfico da do-

    ena, mas, ao contrrio, so categorias utilizadaspara identificar o tratamento.

    CLASSIFICAR A DIARRIADiarria geralmente definida como a ocorrnciade trs ou mais defeces amolecidas ou lquidasem um perodo de 24 horas. A maioria dos epi-sdios de diarria aguda provocada por umagente infeccioso e dura menos de duas semanas.Caso a diarria dure catorze dias ou mais, deno-minada diarria persistente. At 10% dos epis-dios de diarria so persistentes, ou seja, causamproblemas nutricionais e contribuem para morta-lidade na infncia. A diarria com sangue, com ousem muco, chamada disenteria. A causa maiscomum da disenteria a bactria Shigella.

    CLASSIFICAR A DIARRIANAS CRIANAS MENORES DE DOIS MESESA diarria classificada de maneira similar nacriana de mais de dois meses de idade. A formade beber no se avalia para desidratao. Elejauma classificao adicional se a criana tiver diar-ria por catorze dias ou mais, ou se h sangue nasfezes. Diarria persistente e disenteria sempre de-vem ser referidas para investigao.

    CLASSIFICAR A DIARRIA PERSISTENTEClassifique com diarria persistente caso a crian-

    a tenha tido diarria por catorze dias ou mais.H duas classificaes para a diarria persistente:diarria persistente grave (diarria e desidrata-o) e diarria persistente.

    CLASSIFICAR A PALIDEZ PALMARSegundo a intensidade da palidez palmar, classifi-ca-se a criana como portadora de anemia gravee anemia.

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    CLASSIFICAR A TOSSE OUA DIFICULDADE PARA RESPIRARExistem trs possveis classificaes para umacriana com tosse ou dificuldade para respirar.So elas pneumonia grave ou doena muito gra-

    ve, pneumonia e no pneumonia.

    CLASSIFICAR O ESTADO DE HIDRATAOH trs tipos de classificao possveis para a de-sidratao numa criana com diarria: desidrata-o grave, desidratao e sem desidratao.

    DESIDRATAO GRAVEQuando a criana apresenta dois ou mais dossinais que se seguem: letrgica ou inconsciente;

    olhos fundos; no consegue beber ou mamar eo sinal da prega retorna ao estado anterior mui-to lentamente (mais de dois segundos).

    DESIDRATAOQuando a criana apresenta dois dos sinais quese seguem: inquieta ou irritada; bebe avidamen-te com sede; olhos fundos; e o sinal da prega re-torna ao estado anterior lentamente.

    SEM DESIDRATAONo h sinais suficientes para classificar comodesidratao grave ou desidratao.

    CLOROQUINATem atividade antimalrica, sendo eficaz contraas formas intra-eritrocitrias (esquizonticida san-guneo), porque se concentra dentro do eritr-cito parasitado. eficiente contra trs espciesde Plasmodium: vivax, malariae e ovale. Poucas

    cepas de P. falciparum so ainda sensveis clo-roquina, o que ocorre com freqncia nas reasendmicas, devendo o seu uso ser evitado empacientes acometidos por esta espcie. A dosetotal de 25 mg de base/Kg, administrada nodecorrer de trs dias.

    COM RISCO DE MALRIALocais onde h casos autctones de malria.

    COMO REFERIR A CRIANA AO HOSPITALSiga estes quatro passos para enviar a criana aohospital: 1) explique a necessidade de referir a

    criana e obtenha a aprovao da me; 2) tranqi-lize a me e ajude-a a resolver os problemas detransporte; 3) faa uma nota de encaminhamen-to da criana para o hospital; 4) entregue meou acompanhante todos os insumos e instruesnecessrias para a ateno da criana durante o

    trajeto (SRO, manter a amamentao, etc.).

    CONSULTA DE RETORNOConsulta a ser solicitada pelo profissional de sa-de para reavaliar a criana, ou seja, certificar se otratamento est fazendo efeito ou se necess-rio tratamento adicional ou encaminhamento dacriana ao hospital. Ao final de uma visita, quandoa criana est doente, diga me quando deveregressar. s vezes, a criana pode precisar de

    ateno de seguimento para mais de um proble-ma. Neste caso, diga me o prazo - limite mni-mo em que deve retornar. Informe-a tambm dequalquer atendimento complementar que possaser necessrio, caso um problema como a febrepersista. Certos problemas necessitam de aten-o de seguimento dentro de um determinadonmero de dias. Por exemplo, a pneumonia, adisenteria e a infeco aguda do ouvido exigemateno de seguimento para assegurar que o an-

    tibitico est fazendo efeito.

    RELACIONADA COM A NUTRIOQuando uma criana tem um problema de ali-mentao e voc recomendou modificaes,oriente a me para voltar em cinco dias para ve-rificar se ela fez tais modificaes. Voc lhe darmais orientaes, se forem necessrias. No casode crianas menores de seis meses com proble-mas de amamentao, marcar retorno com dois

    dias.

    PALIDEZ PALMARQuando uma criana apresenta palidez palmar,oriente me para voltar em catorze dias paradar-lhe mais orientaes e sulfato ferroso quedeve ser dado por um perodo mnimo de doismeses.

    PESO MUITO BAIXO

    Quando a criana tem peso muito baixo, so ne-cessrias consultas de retorno em cinco dias, emcatorze dias aps o primeiro retorno e depois a

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    cada trinta dias. Nessas consultas, a criana serpesada, reavaliada nas prticas de alimentao esero dadas outras recomendaes necessrias.Nas crianas menores de dois meses com pesobaixo, o acompanhamento dever ser mais ri-goroso at que o peso deixe de ser baixo para

    idade.

    PNEUMONIAQuando uma criana que est recebendo umantibitico para a PNEUMONIA voltar ao serviode sade depois de dois dias para o consulta deretorno, siga estas instrues: examine a crianaquanto a sinais gerais de perigo. Avalie-a quan-to tosse ou dificuldade para respirar e pergun-te ao responsvel se a criana est respirando

    mais lentamente? A febre baixou? A crianaest alimentando-se melhor? A seguir, oriente otratamento conforme o quadro clnico.

    DIARRIA PERSISTENTEDepois de cinco dias, pergunte se a diarria me-lhorou? Quantas vezes por dia o paciente estevacuando? H sangue nas fezes? Determine opeso. Se a criana no melhorou ou piorou dadiarria (continua com o mesmo n. de evacu-

    aes ou mais) e apresenta uma ou mais dasseguintes alteraes:perda de peso, sinais dedesidratao, recusa alimentar, sangue nas fezesou qualquer outro problema que requeira aten-o imediata, referir ao hospital. Se a crianano melhorou mais est hidratada, aceitando

    a alimentao ou ganhando peso, recomen-dar a me para manter a dieta (ou tentar a dietasem lactose) e marcar novo retorno em cincodias. Se a diarria tiver melhorado ou parado(a criana apresenta menos de trs evacuaesamolecidas por dia), recomendar a me parasubstituir gradativamente a dieta para DIAR-RIA PERSISTENTE por dieta adequada para aidade. As crianas em convalescena devem re-ceber suplementao de polivitaminas (cidoflico e vitamina A) e sais minerais (zinco, cobree magnsio).

    DISENTERIAQuando uma criana de dois meses a cinco anosde idade classificada como tendo DISENTERIA,volta depois de dois dias para a consulta de re-torno, siga estas instrues: examine a criana

    quanto a sinais gerais de perigo. Avalie a crianaquanto diarria. Pergunte se as evacuaes di-minuram? H menos sangue nas fezes? A febrebaixou? A criana est alimentando-se melhor?Caso a criana esteja em uso de acido nalidixico eno tenha melhorado, refira para investigao.

    DOENA FEBRILSe depois de dois dias a febre persistir, fazeruma reavaliao completa da criana. Consultaro quadro AVALIAR E CLASSIFICAR e determi-nar se h outra causa para a febre. Se a crianaapresentar qualquer outra causa para a febre,tratar. Se a febre persiste h mais de sete dias,referir para avaliao.

    POSSVEL INFECO AGUDA DO OUVIDODepois de dois dias, reavaliar o problema de ou-vido. Se a dor de ouvido persiste,caso o quadrotenha ficado inalterado ou apresentado piora,iniciar antibioticoterapia. Marcar retorno emcinco dias. Caso tenha apresentado melhoria dador, manter a conduta.

    INFECO AGUDA OU CRNICA DO OUVIDODepois de cinco dias, reavalie o problema de

    ouvido da criana e verifique a temperatura.Depois escolha o tratamento de acordo com ossinais da criana conforme o quadro AVALIARE CLASSIFICAR os problemas de ouvido. Na in-feco crnica, aps o segundo retorno como mesmo quadro clnico, sendo possvel, refirapara o especialista.

    PROBLEMA DE ALIMENTAODepois de cinco dias, reavalie a alimentao. Per-

    guntar sobre quaisquer problemas de alimen-tao constatados na primeira consulta. Orientea me com respeito a quaisquer problemas dealimentao novos ou persistentes. Se foi acon-selhado fazer mudanas de alimentao impor-tantes, recomendar a me para voltar para novaconsulta de retorno em cinco dias.

    PESO BAIXO OU GANHO INSUFICIENTEQuando uma criana que tem peso baixo ouganho insuficiente volta ao servio de sadepara a consulta de retorno depois de trinta dias,verificar se h aumento de peso da criana paradeterminar se as mudanas introduzidas na

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    alimentao esto sendo seguidas e ajudandoa criana. Se estiver perdendo peso, referir ouacompanhar a criana mais freqentemente.

    PESO MUITO BAIXODepois de cinco dias, pesar a criana para deter-

    minar se est ganhando peso ou no. Se estiverganhando peso, elogiar a me e incentiv-la acontinuar. Retornar em catorze dias e fazer novocontrole em trinta dias. Se mantiver o peso, in-dagar se as orientaes de como a me devetratar a criana com peso muito baixo estosendo seguidas. Reforar a orientao. Retornarem cinco dias. Se julgar que a alimentao novai melhorar, ou se a criana tiver perdido peso,referir a criana.

    ANEMIADepois de catorze dias pergunte se a crianaest tomando o sulfato ferroso como foi indica-do. Se estiver tomando, dar mais sulfato ferrosoe orientar a me a retornar em catorze dias parareceber mais ferro e manter o sulfato ferrosodurante trs meses, com reavaliaes a cada ca-torze dias. Reforar a orientao sobre alimen-tos ricos em ferro.

    INFECO BACTERIANA LOCALNas crianas menores de dois meses depois dedois dias, examine o umbigo. Apresenta-se eri-tematoso ou com secreo purulenta? O erite-ma estende-se pele? Examinar as pstulas napele. As pstulas so muitas e extensas? Exa-minar as conjuntivas. Apresenta muita secreopurulenta? Edema acentuado das plpebras?Depois, selecione o tratamento apropriado.

    MONILASE ORALDepois de dois dias, verifique se h ulceraoou placas brancas na boca (monilase oral). Sea monilase oral estiver pior, ou se a crianaestiver tendo problemas com a pega ou coma suco, verificar se o tratamento est sendofeito corretamente, dando nova orientao emarcando retorno em dois dias. Se a monilaseoral estiver igual ou melhor, e se a criana es-tiver alimentando-se bem, continuar usando asoluo de nistatina oral de seis em seis horas,at completar sete dias .

    CONTAR AS RESPIRAES POR MINUTOVoc deve contar quantas vezes a criana respi-ra em um minuto para decidir se tem respiraorpida. A criana deve estar quieta e tranqila en-quanto voc observa sua respirao.

    CONTINUAR A ALIMENTAOUma criana com diarria e sem desidratao devemanter a sua alimentao habitual para idade.Desta forma, evita-se maior prejuzo nutricional.

    CRIANA APRESENTOU CONVULSESAssegure-se se a criana teve convulses durantea doena atual. Use palavras que a me entenda,como ataques e espasmos.

    CRIANA COM DOR DE OUVIDOA dor de ouvido pode significar que a criana temuma infeco de ouvido. Caso a me no estejasegura de que a criana tem dor de ouvido, certi-fique-se do grau de confiabilidade desta informa-o. Use otoscpio se disponvel.

    CRIANA COM TEMPERATURAAXILAR DE 37,5C OU MAISMea a temperatura axilar da criana. Caso tenhauma temperatura de 37,5 C ou mais, a criana temfebre.

    CRIANA COM TEMPERATURAAXILAR DE 35,5C OU MENOSMea a temperatura axilar da criana. Caso tenhauma temperatura de 35,5 C ou menos, a crianatem hipotermia.

    CRIANA COM TOSSEOU DIFICULDADE PARA RESPIRARA dificuldade para respirar qualquer formapouco comum de respirar. Em geral, as mes res-pondem de diferentes maneiras. Talvez digamque a respirao da criana rpida ou a crianaest cansada ou utilizem outros termos regio-nais, como pontada ou outros.

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    CRIANA CONSEGUE BEBEROU MAMAR NO PEITOUma criana que apresente o sinal no conseguebeber ou mamar no peito est muito debilitada.

    CRIANA VOMITA TUDO O QUE INGEREA criana que no retm nada do que toma estcom o sinal de perigo vomita tudo que ingere,portanto no poder reter alimentos, lquidos,nem medicamentos de administrao oral. Acriana que vomita vrias vezes, porm que con-segue reter algum lquido, no apresenta este si-nal de perigo.

    CREDEIZAO

    Mtodo utilizado para prevenir a conjuntivitebacteriana com a utilizao de nitrato de prataa 1% nos olhos do recm-nascido aps o nasci-mento.

    DAR ANALGSICO CONTRA A DOR DE OUVIDOCaso a criana tenha dor de ouvido, entregue me paracetamol ou dipirona e diga-lhe que duma dose a cada seis horas ou at que a dor deouvido tenha desaparecido.

    DAR ARTEMETER INJETVELPARA A MALRIA GRAVE

    Uma criana em rea de risco para malria comfebre pode ter malria grave. Para diminuir aparasitemia o mais rapidamente possvel, apsconfirmao atravs do teste de gota espessa, duma injeo de artemeter (3,2 mg/kg/dose 1dose) antes de referir (se no for possvel IM, darantimalrico por via oral).

    DAR FERROUma criana com palidez palmar pode ter ane-

    mia e precisar de ferro durante um perodo pro-longado de trs meses (3mg/Kg/dia). Fornea amedicao para cartoze dias e recomende me

    para dar uma dose diria criana. Lembrar que avitamina C aumenta a absoro de ferro.

    DAR MEBENDAZOLCaso as parasitoses intestinais por ancilstomosou tricocfalos sejam um problema em sua re-gio, uma criana anmica de um ano de idadeou mais precisa de mebendazol (5 ml/ 100 mg,duas vezes ao dia durante trs dias) . Este tipo deinfestao contribui para a anemia por perda deferro atravs do sangramento intestinal.

    DAR ANTITRMICO CONTRA A FEBREDar criana preferencialmente paracetamol oudipirona (10 mg/Kg/dose) de seis em seis horascontra a febre alta (acima de 38,5 C).

    DAR LQUIDOS ADICIONAISD criana tanto lquido quanto ela possa acei-tar. O propsito de dar lquidos extras repor oslquidos perdidos durante a diarria e, assim, pre-venir a desidratao. A medida mais importante dar mais lquidos do que de costume, to logo adiarria inicie. Se a criana no estiver em regimeexclusivo de leite materno, d-lhe um ou mais dosseguintes complementos: soluo de SRO, lqui-dos preparados com alimentos, lquidos caseiros(soro caseiro, sucos, gua, etc).

    DAR MEDICAMENTOS PARA TRATARA SIBILNCIAAo ser detectada a sibilncia, a conduta terapu-tica a ser adotada administrar uma droga bron-codilatadora, por via inalatria - nebulizao comsalbutamol ou fenoterol - ou por meio de aeros-

    sis, sprays ou bombinhas. Administrar o bronco-dilatador por via inalatria. Se depois da primeiranebulizao no melhorar, repetir a nebulizao acada vinte minutos por duas vezes se necessrio.

    DAR POLIVITAMINAS E SAIS MINERAISAs crianas em convalescena da DIARRIA PER-SISTENTE devem receber suplementao de poli-vitaminas (vitamina A e cido flico) e sais mine-rais (zinco, cobre e magnsio) na quantidade que

    corresponda pelo menos a duas Ingestes DiriasRecomendadas (IDR).

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    DAR PRIORIDADE S RECOMENDAESQuando uma criana tem apenas um problema atratar, diga me todas as instrues pertinentesao tratamento e os conselhos enumerados nosquadros. Quando uma criana tem vrios proble-mas, as instrues que so dadas me podem

    ser bastante complicadas. Neste caso, ter de li-mitar as instrues e explicar as que forem maisimportantes.

    DAR RECOMENDAES MECOMO TRATAR A CRIANA EM CASAQuando ensinar me como dar o tratamento criana, use trs passos bsicos: 1. Proporcioneinformao; 2. Demonstre um exemplo; 3. Deixe-

    apraticar.

    DAR UM ANTIBITICO DEADMINISTRAO ORAL RECOMENDADOEm muitos servios de sade, existem vrios tiposde antibiticos disponveis. Voc deve aprender a

    selecionar o antibitico mais apropriado do-ena da criana (pneumonia, infeco aguda doouvido, disenteria com comprometimento do es-tado geral, clera). Se a criana capaz de beber,

    d-lhe um antibitico de administrao oral.

    DAR UM ANTIBITICOPOR VIA INTRAMUSCULARUma criana pode precisar de um antibiticoantes de ir para o hospital (penicilina G procanaou cloranfenicol). Se esta criana no capaz debeber ou mamar ao peito; ou vomita tudo o queingere; ou tem convulses ou est letrgica ou

    inconsciente; ou tem algum outro sinal para clas-sificao de doena grave, deve tomar um antibi-tico por via IM antes de ser transferida.

    DAR UM ANTIMALRICODE ADMINISTRAO ORALQuando no disponvel o diagnstico da malria,seja pelo exame parasitolgico ou pelo imuno-teste, a presena de sinais e sintomas sugestivosda doena pode ser suficiente para a indicaodo tratamento antimalrico (tratamento de casosuspeito). Nesse caso, em reas onde predominao P. falciparum, o tratamento ser primeiramente

    dirigido contra essa espcie. Persistindo a sinto-matologia ou agravando-se os sinais clnicos, opaciente dever ser encaminhado para uma uni-dade de sade de maior complexidade.

    DAR VITAMINA AA vitamina A administrada nas crianas comDESNUTRIO GRAVE, se a criana no recebeuvitamina A nos ltimos trinta dias. A vitamina Aajuda a combater as infeces oculares e a repa-rao das camadas das clulas que cobrem ospulmes, o intestino, a boca e a garganta. Tam-bm pode ajudar o sistema imunolgico a preve-nir outras infeces. A opacificao da crnea, umsinal de carncia de vitamina A, pode avanar ecausar cegueira, caso no administrada.

    DAR TRATAMENTO PRVIO REFERNCIAQuando referir uma criana, administre o trata-mento rapidamente. Muitos casos graves preci-sam de um antibitico ou antimalrico injetvel,ou vitamina A, ou de tratamento para prevenir ahipoglicemia. No d nenhum tratamento crian-a ou aconselhamento me que possa retardardesnecessariamente a referncia ao hospital.

    DAR TRATAMENTO PRVIO REFERNCIA AO HOSPITALQuando uma criana precisa ser referida comurgncia ao hospital, voc deve comear a admi-nistrar rapidamente os tratamentos necessrios adepender da classificao da doena como anti-bitico injetvel, antimalrico, vitamina A, ou pre-venir a hipoglicemia (leite materno, leite ou guaaucarada). Tratar com antitrmico/analgsico a

    febre alta ou dor, soluo de SRO para que a mepossa oferecer durante o trajeto.

    DECISO SOBRE RISCO DE MALRIAPara determinar o grau de risco do municpioou da regio, necessrio conhecer seu IPA (ndiceParasitolgico Anual). Este ndice dar o nmero decasos positivos de malria por cada mil habitantesem um determinado ano. Municpios de alto riscoso que apresentam IPA maior ou igual a cinqenta.

    Municpios de mdio risco apresentam IPA maior ouigual a dez e menor que cinqenta e os municpiosde baixo risco apresentam IPA menor que dez.

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    DEIXE A ME PRATICARDeixar que a me pratique a parte mais impor-tante de como ensinar uma tarefa. Quando a merealiza a tarefa enquanto voc observa, podersaber se ela entendeu ou se achou difcil. A meir recordar mais facilmente da tarefa se praticar,

    em vez de apenas escutar.

    DEMONSTRAR COMO MEDIR AS DOSESObtenha um frasco da medicao e ensine a mecomo medir o nmero correto de mililitros (ml)para uma dose. Use o copo ou colher medida emostre-lhe como medir a dose correta dos medi-camentos. A seguir, observe a me a medir umadose.

    DESCREVER AS ETAPAS DO TRATAMENTOO tratamento das crianas, freqentemente, co-mea na unidade de sade, sendo necessrio darcontinuidade em casa. O plano de tratamentolhe diz por quantos dias e quantas vezes ao diao medicamento deve ser utilizado, os cuidadosdomiciliares e a orientao para as consultas deretorno.

    DESIDRATAOA criana que apresenta dois ou mais dos seguin-tes sinais tem desidratao e necessita do planoB de tratamento (TRO): inquieta ou irritada, olhosfundos, bebe avidamente com sede, sinal da pre-ga (a pele volta lentamente, em menos de doissegundos, ao estado anterior).

    DESIDRATAO GRAVEA criana que apresenta dois ou mais dos sinais

    que se seguem tem desidratao grave e necessi-ta do plano C de tratamento (terapia intravenosa):letrgica ou inconsciente, olhos fundos, no con-segue beber ou bebe muito mal, sinal da prega, apele volta muito lentamente ao estado anterior.

    DESNUTRIO GRAVEQuando a criana apresenta emagrecimentoacentuado visvel, e/ou edema em ambos os ps.

    DESVIO PADRO (DP) o desvio observado para um determinado indi-viduo, do valor da mdia da populao de refe-

    rncia, dividido pelo desvio padro para a popu-lao de referncia.P=valor observado - valor mdio da referncia /Desvio padro da populao de referncia

    DETERMINAR A QUANTIDADEDE SRO PARA AS PRIMEIRAS QUATRO HORASCrianas com diarria e desidratao necessitamem mdia de 75 ml/kg de Soluo de Sais de Rei-dratao Oral (SRO) nas primeiras quatro horasna unidade de sade.

    DETERMINAR O PESO PARA IDADE

    Na avaliao do peso para a idade, compara-se opeso da criana com o peso de outras crianas damesma idade. Voc identificar as crianas cujopeso para a idade estiver abaixo da curva inferiordo Quadro Peso por Idade (-3 DP da curva NCHS).Estas so crianas com PESO MUITO BAIXO PARAA SUA IDADE. As crianas que estiverem acima dacurva inferior do grfico (P 0,1) tambm podemestar desnutridas, porm as que esto abaixo dacurva inferior tm peso muito baixo e necessitam

    receber ateno especial na maneira como soalimentadas. Elas sero consideradas de PESOBAIXO PARA A IDADE se o peso estiver entre acurva inferior (P 0,1) e a curva mdia do grfico(P 3) e o PESO NO BAIXO, se estiver na linha ouacima da curva mdia (P3).

    DETERMINAR SE NECESSRIO REFERIRURGENTEMENTE AO HOSPITALEsta indicao significa que a criana deve ser re-

    ferida ao hospital imediatamente depois que lhefor administrado qualquer tratamento necessrio.No lhe d nenhum tratamento que possa retar-dar desnecessariamente a referncia ao hospital.

    DIARRIA PERSISTENTECriana com diarria por catorze dias ou mais esem desidratao.

    DIARRIA PERSISTENTE GRAVECriana com diarria por catorze dias ou mais etambm desidratada.

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    DIETAS MONTONAS freqente a me oferecer o mesmo tipo de ali-mento criana durante as diferentes refeiesdo dia e durante vrios dias. importante variaro cardpio da criana para aumentar a aceitaoda dieta.

    DIFICULDADE PARA O ALEITAMENTOA me pode indicar que a amamentao incmoda para ela ou que o filho parece terdificuldade para mamar. Caso seja assim, vocprecisar avaliar o aleitamento, como estdescrito no quadro da criana de zero a doismeses de idade. Essa me talvez necessite derecomendaes ou ajuda especficas para algumadificuldade, como ensinar a posio e a pega

    correta para amamentao.

    DIFICULDADE PARA BEBEROferea criana um pouco de gua em um copoou colher e observe a criana beber. A criana temdificuldade para beber ou bebe mal se est dbile no pode beber sem ajuda. Talvez consiga beberapenas quando se coloca o lquido na boca dela.

    DIFICULDADE PARA RESPIRARA dificuldade para respirar qualquer formapouco comum de respirar. Em geral, as mes res-pondem de diferentes maneiras. Talvez digamque a respirao da criana rpida ou a crianaest cansada ou utilizando outros termos regio-nais, como pontada ou outros.

    DISENTERIADiarria com sangue nas fezes.

    DOENADoena ou grupo de doenas especficas, clas-sificadas segundo sinais e sintomas, como, porexemplo, DOENA FEBRIL MUITO GRAVE. Essaclassificao inclui vrias doenas como menin-gite, malria cerebral e septicemia.

    DOENA FEBRILCriana com febre em rea sem risco de malria e

    que no apresenta nenhum sinal de doena febrilmuito grave.

    DOENA FEBRIL MUITO GRAVECriana com febre em rea sem risco de malriae que apresenta um sinal geral de perigo, ou ri-gidez da nuca, ou abaulamento da fontanela oupetquias.

    DOR DE OUVIDOAps avaliao clnica criteriosa de uma crianacom dor de ouvido, se no for possvel utilizar ootoscpio, classifique a criana como tendo Pos-svel Infeco Aguda do Ouvido.

    EDUCAO EM SADEO profissional de sade deve necessariamenteenvolver a comunidade no apenas como alvo deinformaes, mas repartindo com ela a respon-sabilidade de buscar alternativas para um eficaztrabalho preventivo. Para isto, dever conhecer asprticas da populao, valorizar as adequadas emodificar as inapropriadas.

    ELOGIAR A ME PELO QUE TEM FEITO BEM provvel que a me faa algo positivo com acriana, por exemplo, amament-la. Elogie-a peloque ela faz de positivo. Assegure-se de que o elo-gio seja verdadeiro e que seja feito unicamentepara as aes que realmente ajudem a criana.

    EMAGRECIMENTO ACENTUADOUma criana com emagrecimento acentuado vi-

    svel tem marasmo que constitui uma forma dedesnutrio grave. Para observar, dispa a crianae verifique se existe atrofia muscular nos ombros,braos, ndegas e pernas. Quando a atrofia ex-trema, h numerosas pregas na pele das ndegase da coxa. A criana fica com a aparncia de estarusando calas muito largas.

    ENSINAR A ME A ADMINISTRAR

    MEDICAMENTOS ESPECFICOS EM CASASignifica orientar a me ou acompanhante deta-lhadamente sobre como administrar um antibi-

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    tico oral, um antimalrico oral ou um suplementovitamnico ou alimentar especfico.

    ENSINAR ME A EXTRAO MANUALDO LEITE E A SUA CONSERVAO

    A extrao manual do leite uma tcnica simplese de grande valia, que deve ser ensinada a todasas mes, com a finalidade de permitir que a crian-a continue em aleitamento materno, mesmoque a me e o filho tenham de se afastar duranteum perodo, por motivo de doena, trabalho ououtro. Conservao do leite: duas horas aps acolheita em temperatura ambiente, 24 horas nageladeira e no congelador ou freezer at quinzedias. Aquecer em banho-maria e, uma vez ofereci-do, o restante deve ser desprezado.

    ENSINAR A POSIO E A PEGA CORRETAPARA AMAMENTAOUma boa posio pode ser reconhecida pelos se-guintes sinais: o pescoo da criana est ereto ouum pouco curvado para trs; o corpo da crianaest voltado para a me; o estmago da crianaest encostado na barriga da me; o corpo dacriana est prximo da me, assim todo o corpo

    da criana recebe sustentao. Os quatro sinaisde boa pega so o queixo est tocando o seio,a boca est bem aberta, o lbio inferior est vol-tado para fora e a arola mais visvel acima daboca do que abaixo.

    ENSINAR A ME COMO TRATAR CONJUNTIVITE(INFECO BACTERIANA LOCAL)A me deve lavar as suas mos; lavar os olhos dacriana com soro fisiolgico freqentemente e

    utilizar cloranfenicol colrio, uma gota quatro ve-zes ao dia, durante sete dias.

    ENSINAR A ME COMO TRATAR INFECOUMBILICAL OU HIPEREMIA PERIUMBILICALLOCALIZADAA me deve lavar as mos e fazer a limpeza doumbigo com lcool a 70%.

    ENSINAR A ME COMOTRATAR MONILIASE ORALA me deve (duas a trs vezes ao dia) lavar as

    mos; lavar a boca da criana usando um panomacio enrolado no dedo e umedecido com guae sal. Deve-se utilizar Nistatina- 25 a 50.000 UI/kg/dose, um a dois ml oral de seis em seis horas,espalhando-se bem na boca da criana durantesete dias.

    ENSINAR A ME COMO TRATAR PSTULASNA PELE (INFECO BACTERIANA LOCAL) A me deve (duas a trs vezes ao dia) lavar asmos; retirar o pus e crostas com gua e sabo;banho de permanganato de potssio (soluo de100 mg para quatro litros de gua) ou pomadatpica de neomicina e passar nas pstulas; secara regio afetada.

    ENSINAR A ME COMO DARMEDICAMENTOS POR VIA ORAL EM CASADecidir quais so os medicamentos apropriadose as doses para a idade ou o peso da criana.

    Tentar certificar-se de que a criana no alr-gica ao medicamento proposto.

    Justificar me por que dar o medicamento criana:

    Demonstrar como medir as doses.

    Pedir me que d a primeira dose ao seu fi-lho.Explicar em detalhes como dar o medicamen-to.Explicar que todos os comprimidos ou suspen-so de administrao oral devem ser usadosat o tratamento terminar, ainda que a crianamelhore.

    Verificar se a me compreendeu as explicaesantes de deixar o servio de sade.

    ENTREGAR ME TODOS OS INSUMOSE INSTRUES NECESSRIOS PARA A ATENODO FILHO DURANTE O TRAJETO PARA OHOSPITAL

    Caso o hospital fique longe, entregue medoses adicionais de antibitico e explique-lhequando us-las durante a viagem.

    Explique me como deve manter a crianaagasalhada.

    Recomende a me que continue amamentando.Caso a criana tenha desidratao e possa be-ber, entregue me uma quantidade de solu-

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    o de SRO para que a criana beba com freq-ncia durante o trajeto para o hospital.

    ESCREVER UMA NOTA DE ENCAMINHAMENTODA CRIANA, COM LETRA LEGVEL, PARA QUE

    A ME POSSA APRESENT-LO NO HOSPITALEscreva o nome e idade da criana; a data e ahora da referncia; a descrio dos problemas dacriana, a razo pela qual referiu ao hospital (sin-tomas e sinais que levam a classificao grave);o tratamento que voc j administrou; qualqueroutra informao que o profissional de sade dohospital necessite saber para atender a criana,como o tratamento inicial ou vacinas que sejamnecessrias.

    ESTADO NUTRICIONALCondio de nutrio da criana. A desnutriograve avaliada clinicamente pela presena deemagrecimento acentuado visvel, ou edema emambos os ps. Peso muito baixo, peso baixo, ouganho insuficiente de peso, e peso no baixo vaidepender da curva de peso / idade do carto dacriana.

    ESTRIDORO estridor um som spero produzido quandoa criana inspira. O estridor, em geral, representaum sinal de gravidade e aparece quando h in-flamao da laringe, traquia e epiglote ou pelapresena de corpo estranho nas vias areas supe-riores.

    FALTA DE APETITE DURANTE A DOENAA criana doente freqentemente perde o apeti-te. Nessa condio, o alimento que melhor aceita o leite materno e, portanto, deve ser oferecidoem livre demanda. A ateno deve ser redobradano momento da refeio. importante ajud-la acomer e oferecer alimentos macios e de sua pre-

    ferncia. A prioridade diettica para a criana do-ente a manuteno da ingesto adequada deenergia, utilizando alimentos complementarespastosos ou em forma de purs com alta densi-

    dade energtica. Um dos recursos para aumentara densidade energtica a adio de leo vege-tal na refeio salgada (uma colher de sobremesapara menores de um ano e uma colher de sopapara maiores de um ano).

    FAZER PERGUNTAS PARA AVERIGUARO QUE A ME EST FAZENDO PARATRATAR A CRIANA EM CASAAs boas perguntas de verificao requerem quea me descreva como est tratando o seu filho.Estas perguntas comeam com palavras interro-gativas, tais como por que, como, quando, quan-tos (quantas). Depois de fazer uma pergunta, faauma pausa. D me a oportunidade de pensar.

    No responda a pergunta por ela. No faa outrapergunta de imediato.

    FENOTEROLBroncodilatador Beta-2 Adrenrgico de curta du-rao. utilizado na sibilncia por via inalatria(VI) na dose de 0,25 mg ou 1 gota/ 3kg, diludoem cinco ml de soro fisiolgico. Dose mxima dedez gotas.

    FERRO um componente fundamental na produo dehemoglobina e, sempre que se avaliam alteraesdecorrentes da deficincia de ferro, enfatiza-seespecialmente a anemia.

    FOLHETO EXPLICATIVOPode ser til por muitas razes. Dentre elas:

    Servir para recordar a vocs ou ao pessoal doservio de sade os pontos importantes que

    foram recomendados me e verificar na con-sulta de retorno se foram ou no seguidos;

    A me pode mostrar o folheto a outros familia-res ou vizinhos para que mais pessoas se intei-rem das mensagens nele contidas;

    A me agradecer que lhe tenham dado algodurante a visita.

    FRMULAS INFANTISSo frmulas de dietas lcteas preparadas espe-

    cialmente para crianas menores de um ano deidade.

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    FORMULRIO DE REGISTRO um formulrio especial para registrar a infor-mao a respeito da criana doente. Ele apre-senta uma lista das perguntas que sero feitas me e os sinais que voc dever observar eidentificar.

    FREQNCIA AO SEIOA recomendao que a criana seja amamen-tada com a freqncia e pelo tempo que ela de-sejar, dia e noite, em livre demanda. A freqnciaser de oito vezes ou mais durante 24 horas.

    FREQNCIA RESPIRATRIA o nmero de vezes em que a criana respira

    em um minuto.Com a criana quieta e tranqila,voc deve contar quantas vezes a criana respi-ra por um minuto para decidir se tem respiraorpida. Nos menores de dois meses, sessenta oumais; dois meses a menor de doze meses, cin-qenta ou mais; um ano a menor de cinco anos,quarenta ou mais.

    GANHO INSUFICIENTE DE PESOQuando o sentido da curva de peso est estacio-nrio ou descendente em um intervalo mnimode trinta dias.

    GOTA ESPESSAO exame da gota espessa de sangue continua sen-

    do um mtodo simples, eficaz, de baixo custo e re-alizado em qualquer lugar para o diagnstico demalria. Sua tcnica baseia-se na visualizao doparasito atravs de microscopia tica, aps colora-o com corante vital (azul de metileno e Giemsa).

    GRUPO 1 DE ALIMENTOS: CEREAIS, PES,TUBRCULOS (TRS A CINCO PORESDIRIAS)Alimentos ricos em carboidratos devem aparecerem quantidades maiores nas refeies principal-mente nas papas, pois aumentam a densidadeenergtica, alm de fornecerem protenas. Acon-

    selhar as mes o uso de farinha com ferro. Alimen-tos usuais: arroz, milho, fub, inhame, po, centeio,car, amido de milho, aveia, macarro, creme dearroz, aipim, batata-inglesa, batata-baroa (man-dioquinha).

    GRUPO 2 DE ALIMENTOS: VERDURAS E LEGU-MES (TRS PORES DIRIAS) Alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras.A quantidade para crianas, por refeio, deveser menor do que para adulto, pois um volumegrande desses alimentos pode prejudicar a den-sidade energtica. Devem ser variados, uma vezque existem diferentes fontes de vitaminas nes-se grupo. Os alimentos coloridos so ricos embeta-caroteno (pr-vitamina A). As folhas verdeescura possuem tambm boas quantidades deferro no-heme, cuja absoro melhorada comvitamina C. Alimentos usuais: abbora, azedinha,abobrinha, escarola, quiabo, acelga, espinafre,serralha, almeiro, couve-flor, repolho, beldroega,tomate, taioba, bertalha, vagem, folhas de beter-raba, brcolis, couve, bredo ou caruru, beterraba,radite, chicria, cenoura.

    GRUPO 3 DE ALIMENTOS: FRUTAS

    (TRS A QUATRO PORES DIRIAS)Alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras.So tambm importantes fontes de energia. Reco-menda-se a oferta de duas frutas por dia. Alimen-tos usuais: abacaxi, ameixa (in natura), framboesa,morango, ara, amora, fruta-do-conde, pupunha,abiu, cupuau, graviola, maa, abric, caqui, goia-ba, pra, birib, caju, laranja, mamo, buriti, caj,limo, melancia, bacuri, carambola, manga, psse-go, banana, figo, maracuj, acerola, abacate, kiwi,mangaba. Restries: no h restrio do pontode vista nutricional, mas necessrio evitar oconsumo de morango antes do primeiro ano devida pelo risco de contaminao por agrotxico.

    GRUPO 4 DE ALIMENTOS: LEITES E PRODUTOSLCTEOS (TRS PORES DIRIAS)Para crianas menores de dois anos, o leite ma-terno pode ser o nico alimento desse grupo.Para as crianas maiores de 4 meses totalmente

    desmamadas, no se recomenda a oferta de leitede vaca puro e sim adicionada a cereais, tubrcu-los e frutas. Esse grupo bsico para lactente e

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    complementar para crianas maiores de um ano.Fornece protenas e clcio. Esse ltimo funda-mental para o desenvolvimento sseo da criana.Alimentos usuais: leite materno, frmulas infantis,leite de vaca integral (para as crianas desmama-das), produtos lcteos (iogurte e coalhada, quei-

    jos, requeijo). Os iogurtes ou coalhadas caseiraspodem substituir o leite. Restries de consumo cuidado para utilizao de produtos industria-lizados contendo corantes artificiais (iogurtes equeijinhos petit suisse) e leites achocolatados an-tes do primeiro ano de vida. Os queijos so maisindicados a partir do primeiro ano de vida, porcausa do alto teor de gordura.

    GRUPO 5 DE ALIMENTOS: CARNES,

    MIDOS E OVOS (DUAS PORES DIRIAS)Esse grupo fonte de protena de origem animal(carnes e ovos). As carnes vermelhas, brancas emidos possuem ferro de alta biodisponibilidadee, portanto, previnem a anemia. Assim, a ofertadesses alimentos deve ser feita a partir do seismeses de vida, quando se inicia a introduo dosalimentos complementares. As carnes so ofere-cidas trituradas, desfiadas ou cortadas em peque-nas quantidades. Alimentos usuais: carnes (peixe,

    frango, boi), midos (miolo, corao, moela, fgadode galinha ou boi), ovos (galinha, pata, codorna).Restries no h restrio quanto as diferen-tes carnes, sendo importante a qualidade e quesejam bem cozidas. Os ovos so oferecidos intei-ros apenas depois dos dez meses. At essa idade,usar apenas a gema cozida, porm com modera-o, pois diminui a absoro dos alimentos.

    GRUPO 6 DE ALIMENTOS:

    LEGUMINOSAS (UMA PORO DIRIA)Esses alimentos so ricos em protenas, alm defornecerem quantidades importantes de carboi-dratos e ferro no-heme. Quando combinadoscom cereal, como, por exemplo, o arroz, e um ali-mento rico em vitamina C, podem ser compar-veis ao valor protico e de ferro das carnes. Ali-mentos usuais: feijes, soja, gro de bico, lentilha,ervilha seca.

    GRUPO 7 DE ALIMENTOS:LEOS E GORDURAS (DUAS PORES)A gordura est presente naturalmente nas car-

    nes e no preparo das refeies salgadas, devendoser evitado o excesso e as frituras antes dos doisanos. Recomendar me o uso de margarinasfortificadas com vitamina A. Alimentos usuais:leos vegetais (soja, girassol, milho, canola, algo-do), margarina, manteiga.

    GRUPO 8 DE ALIMENTOS:ACARES E DOCES (UMA PORO)Antes do primeiro ano de vida, no recomenda-do o oferecimento de acar, pois os acares oupreparaes doces, alm de interferirem no ape-tite da criana, podem impedir que a criana ado-te bons hbitos alimentares, aceitando alimen-tos de outros grupos. Alimentos usuais: acares(mascavo, cristalizado refinado); rapadura, docescaseiros, doces industrializados (balas, chocola-tes), refrigerantes, pirulitos, chicletes).

    H QUANTO TEMPO TEM TOSSE?Uma criana que apresente tosse ou dificuldadepara respirar por mais de trinta dias tem uma tos-se crnica. Pode tratar-se de tuberculose, asma,coqueluche, sinusopatia ou outro problema.

    H SECREO DE OUVIDO?EM CASO AFIRMATIVO, DESDE QUANDO?Uma secreo de ouvido que esteja presente porduas semanas ou mais tratada como infeco

    crnica de ouvido. Uma secreo de ouvido queesteja presente por menos de duas semanas tratada como infeco aguda do ouvido.

    HIPOGLICEMIAValores de glicose no sangue inferior (glicemia) a45 mg/dl. As crianas classificadas como desnutri-das graves, doena febril muito grave e o recm-nascido Grande para Idade Gestacional (GIG) tmpredisposio para hipoglicemia.

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    HIPOTERMIATemperatura do corpo abaixo do normal (menosde 35,5C axilar ou menos de 36 C, temperaturaretal).

    HIPOVITAMINOSE ANveis plasmticos ou sricos de retinol inferio-res a 20 mcg/100mj. A carncia da Vitamina A,no Brasil, encontrada com freqncia na regioNordeste e em bolses de pobreza nas regiesmais desenvolvidas, como por exemplo, na re-gio Sudeste (Vale do Jequitinhonha e no Valeda Ribeira).

    HIPOXIA

    Deficincia relativa ou absoluta de oxignio nostecidos. A hipoxia isqumica ocorre quando a cir-culao capilar inadequada para suprir o meta-bolismo tissular (Ex. choque). A Hipoxia anmicacaracteriza-se por uma reduo na capacidadede transporte de oxignio (depende da quanti-dade e qualidade da hemoglobina). A hipoxia his-totxica provm da incapacidade do tecido emutilizar o oxignio ofertado (Ex. intoxicao porcianureto).

    HOSPITALQualquer instalao de sade com leitos e insu-mos para atender a pacientes internados, ondeexistem profissionais com experincia na rea desade para tratar crianas gravemente doentes.

    IDENTIFICAR O TRATAMENTOURGENTE ANTES DE REFERIR AO HOSPITALQuando uma criana precisa ser referida comurgncia ao hospital, voc deve comear a admi-nistrar rapidamente os tratamentos necessrios,dependendo da classificao da doena comoantibitico injetvel, antimalrico, vitamina A,prevenir e tratar a hipoglicemia (leite materno,

    leite ou gua aucarada), antitrmico/analgsicopara a febre alta ou dor, soluo de SRO para quea me possa oferecer durante o trajeto.

    IDENTIFICAR OS PROBLEMASDE ALIMENTAO importante terminar a avaliao da alimentaoe identificar todos os problemas a respeito antesde fazer recomendaes. De acordo com as res-

    postas da me s perguntas sobre alimentao,identifique as diferenas entre a alimentao atu-almente dada criana e as recomendadas paraa faixa etria dela. Estas diferenas constituemproblemas. Exs.: Uma criana de oito meses ainda alimentada exclusivamente com leite materno.Uma criana de dois anos alimentada apenastrs vezes ao dia.

    IDENTIFICAR OS TRATAMENTOS PARA AS

    CRIANAS DOENTES QUE NO NECESSITAM SERREFERIDAS COM URGNCIA AO HOSPITALNa coluna Identificar o Tratamento do quadro Ava-liar e Classificar, encontram-se os tratamentos ambu-latoriais para cada uma das classificaes da criana.

    IMUNIZAOTornar a criana imune a determinadas doenasinfecciosas atravs da aplicao das vacinas.

    INFECO AGUDA DO OUVIDOCaso voc verifique que h secreo purulenta noouvido da criana e a secreo existe por menosde duas semanas, ou otoscopia alterada quandootoscpio for disponvel, classifique-a como IN-FECO AGUDA DE OUVIDO.

    INFECO BACTERIANA GRAVECaso a criana menor de dois meses apresentealgum dos sinais/sintomas a seguir, ela classifi-cada como Possvel Infeco Bacteriana Grave edeve ser referida urgentemente ao Hospital: noconsegue alimentar-se; vomita tudo; tem convul-ses; letrgica ou inconsciente; respirao rpi-da (sessenta vezes ou mais por minuto); tiragemsubcostal grave; batimentos de asas do nariz; fon-tanela abaulada, secreo purulenta no ouvido;eritema umbilical estende-se pele do abdmen;

    febre (37,5 C) ou hipotermia (35,5 C); pstulas napele: muitas ou extensas; movimenta-se menosque o normal; dor a manipulao.

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    INFECO BACTERIANA LOCALAs crianas com esta classificao podem ter umainfeco umbilical (umbigo eritematoso ou comsecreo purulenta), infeco nos olhos (conjun-tivite) ou uma infeco cutnea (pstulas na pelee em nmero reduzido).

    INFECO CRNICA DO OUVIDOCaso voc verifique que h secreo purulentano ouvido e a secreo est ocorrendo h duassemanas ou mais, classifique a criana como ten-do uma INFECO CRNICA DE OUVIDO.

    INFESTAES POR PARASITASCOMO ANCILSTOMOS OU TRICOCFALOS

    As infestaes por ancilstomos e tricocfaloscontribuem para o desenvolvimento de anemia,pois a perda de sangue pelas fezes produz defici-ncia de ferro.

    INFORMAR O RESPONSVEL SOBRQUANTAS VEZES DEVE ADMINISTRARO TRATAMENTO EM CASA importante informar me quando dar a me-

    dicao (horrios), quantidade a cada vez (milili-tros/gotas/comprimidos) e por quantos dias.

    INCIO DA AMAMENTAO NO SEIOA amamentao ao seio deve ser iniciada aindana sala de parto logo aps o nascimento da crian-a (na primeira meia hora de vida).

    INQUIETA OU IRRITADAUma criana considerada como inquieta e irri-

    tada se apresentar esse comportamento durantetodo o tempo ou cada vez em que tocada ouexaminada. A criana dever ser avaliada desper-ta e sem estar sendo amamentada.

    JUSTIFICAR ME POR QUE DARO MEDICAMENTO CRIANAPara aumentar a adeso ao tratamento, impor-

    tante informar me, com palavras que ela en-tenda, a doena do seu filho e qual a ao do me-dicamento que vai ser utilizado.

    KWASHIORKORForma de desnutrio grave caracterizada clinica-mente por edema em ambos os ps; cabelo fino eralo que cai facilmente; pele seca, escamosa espe-cialmente nos braos e pernas; cara de lua cheia;apatia acentuada e o olhar de sofrimento.

    KWASHIORKOR-MARASMTICOForma mista de desnutrio grave. A crianaapresenta as caractersticas clnicas do marasmo(emagrecimento acentuado visvel) e do Kwa-shiorkor (edema em ambos os ps).

    LAVAGEM DAS MOSA higiene das mos deve ser estimulada, pois re-duz a freqncia dos episdios diarricos. Deve-selavar bem as mos aps limpar uma criana queacaba de evacuar, aps utilizar o vaso sanitrio,antes de preparar a comida, antes de comer e an-tes de alimentar a criana. Utilizar gua e sabo.

    LEGUMINOSASSo alimentos muito nutritivos ricos em prote-nas, alm de fornecerem quantidades importan-tes de carboidratos e ferro no-heme. Quandocombinados com um cereal e um alimento ricoem vitamina C, proporcionam protenas e ferrode excelente qualidade, comparveis ao valor deprotena e de ferro das carnes. Exemplos: feijo,soja, gro de bico, lentilha e ervilha seca.

    LEITE MATERNOO leite materno contm tudo o que a criana ne-cessita at os seis meses de idade, inclusive gua,alm de proteger contra as infeces. Na sua

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    composio, destacam-se a casena que produzcogulos maiores e de fcil digesto; os cidosgraxos insaturados, inclusive o acido linolicosuficiente para o crescimento do crebro em de-senvolvimento; a presena de lipase para digeriras gorduras; a lactose em quantidade suficiente

    (7%); ferro em pequena quantidade, mas bem ab-sorvido; quantidade suficiente de vitaminas; almdos fatores de proteo contra as doenas infec-ciosas (IgA, IgG, IgM, fator bifidus, lisozima, lacto-ferrina, complemento (C3, C4), interferon).

    LETRGICA OU INCONSCIENTEUma criana letrgica encontra-se prostada e nomostra interesse no que ocorre ao seu redor (noolha para a me nem observa enquanto voc

    fala). A criana inconsciente, voc no conseguedespert-la.

    MALRIACriana com febre em rea de alto risco de mal-ria e que no apresenta nenhum sinal de malriagrave ou de doena febril muito grave.

    MALRIA GRAVE OU DOENAFEBRIL MUITO GRAVECrianas com febre em reas de alto ou baixo ris-co de malria e que apresentem um sinal geralde perigo, ou rigidez da nuca, ou abaulamento dafontanela ou petquias.

    MALRIA POUCO PROVVELCriana com febre em rea de baixo risco paramalria e que apresenta coriza ou outra causapara a febre.

    MARASMOForma de desnutrio grave caracterizada clinica-mente pelo emagrecimento acentuado visvel.

    MASTOIDITECaso uma criana tenha sinais inflamatrios com

    dor ao toque na parte posterior do pavilho auri-cular, classifique a criana como MASTOIDITE.

    MENINGITEInflamao das meninges de etiologia predomi-nantemente bacteriana (Haemophilus influenzae,E, coli e Estafilococos) nas crianas de um ms acinco anos de idade, identificada por um nmeroaumentado de leuccitos no lquido cefalorraqui-diano. O diagnstico precoce tem como objetivosreduzir a mortalidade e o aparecimento das se-qelas graves e permanentes.

    MISTURAS BALANCEADAS DE ALIMENTOSPara o preparo dessa mistura, combina-se um ali-mento de base (cereal, gro, tubrculo ou raiz) com

    pelo menos um alimento do grupo das legumino-sas (feijo, soja, etc.) ou protena animal (frango,peixe, carne). Quanto maior o nmero de alimen-tos dos diferentes grupos (verduras, frutas, vege-tais, leos, etc.) mais balanceada ser a dieta.

    MODIFICAO DAS PRTICAS INAPROPRIADASAinda que voc tenha pressa, importante levarum tempo necessrio para dar me uma reco-mendao adequada e completa, especialmente

    quando a me vem adotando uma conduta quepode prejudicar a sade do filho.

    MONILASE ORALInfeco por Cndida albicans (80% a 90%) dacavidade oral. Pode est associada candidiaseperineal. Observe, dentro da boca, lngua e par-te interior da bochecha. A monilase parece leitecoalhado no interior da bochecha, ou uma capabranca grossa na lngua.

    MOSTRAR ME COMO AJUDAR A CRIANAMENOR DE DOIS MESES DE IDADE NA PEGAAntes de dar o peito, tentar esvaziar a arola paraamolecer o bico e facilitar a sada do leite. Tocaros lbios da criana com o bico dos seios e espe-rar at a boca da criana abrir-se completamente.Mover a criana rpido em direo ao peito, pon-do o lbio inferior bem abaixo do bico do seio.

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    MOSTRAR ME COMO DARA SOLUO DE SROEncontre um lugar confortvel no servio de sa-de para que a me se sente com a criana. Diga-lhe a quantidade de soluo de SRO que deve dar

    para a criana nas prximas quatro horas. Caso acriana tenha menos de dois anos de idade, mos-tre me como dar colheradas freqentes. Casoa criana seja maior de dois anos, mostre mecomo dar goles freqentes utilizando um copo.Sente-se com a me enquanto ela d os primei-ros goles ao filho com o copo ou colher. Perguntese ela tem alguma dvida. Caso a criana vomi-te, a me deve esperar dez minutos antes de darmais soluo de SRO. Depois deve seguir dando asoluo de SRO pouco a pouco.

    MOSTRAR ME COMO SEGURAR A CRIANAMENOR DE DOIS MESES DE IDADE PARAAMAMENTARA cabea da criana e o corpo devem ficar eretos;em direo ao peito da me, com o nariz da crianaem frente ao bico do seio. Com o corpo da crianaperto do corpo dela (estmago da criana/barrigada me); a me deve sustentar todo o corpo da

    criana, e no somente o pescoo e ombros.

    NO CONSEGUE ALIMENTAR-SECriana menor de dois meses, quando na avalia-o da amamentao fica constatado que no

    est sugando nada ou nenhuma pega, necessitaser referida urgentemente ao hospital por umapossvel infeco bacteriana grave ou doenamuito grave.

    NO CONSEGUE BEBER NEM MAMAR NO PEITOA criana que no est sugando nada no capaz desugar o leite materno para dentro da boca e engolir.

    NO PNEUMONIAQuando a criana no apresenta nenhum sinalde pneumonia ou pneumonia grave ou doenamuito grave.

    NO H INFECO DO OUVIDOCaso no haja dor de ouvido, nem otoscopia al-terada (quando otoscpio for disponvel), nemseja detectada secreo purulenta no ouvido, acriana classificada como NO H INFECODO OUVIDO.

    NASCIDA PREMATURACriana nascida antes da 37 semana de gestao.

    NASCIDO A TERMOCriana nascida da 37 semana de gestao a 41semana de gestao e seis dias.

    NENHUM PROBLEMA DE ALIMENTAO

    EM MENORES DE DOIS MESESO peso no baixo para idade e est em aleita-mento materno exclusivo.

    NOTA DE ENCAMINHAMENTOExemplo de nota de encaminhamento: Ricardo,dezoito meses, 37,5 C, 6 Kg. 27.10.2004 s 8 horas.Referido ao hospital por ter desidratao grave edesnutrio grave. Tratamento dado no serviode sade: vitamina A 200.000 UI e SRO para que a

    me d criana no trajeto ao hospital. Necessitavacina anti-sarampo: solicito internao hospita-lar. Isabel Ramos CRM 2004.

    NUTRIENTESOs grupos de nutrientes presentes normalmen-te na dieta so gua, protenas, lipdeos, hidratosde carbono, vitaminas e sais minerais, sendo quedesses, basicamente, no so considerados es-senciais os hidratos de carbono.

    OBSERVAR E DETERMINAR PARAVERIFICAR SE H RIGIDEZ DE NUCAEnquanto voc fala com a me durante a ava-

    liao, observe se a criana move ou dobra opescoo facilmente quando olha ao redor. Casoa criana esteja se movendo e dobrando o pes-coo, ela no tem rigidez da nuca. Caso voc no

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    veja nenhum movimento, ou se no est seguro,faa que a criana olhe o umbigo e os dedos dosps. Por exemplo, voc pode iluminar com umalanterna os dedos do p e o umbigo ou fazer-lheccegas nos dedos para incit-la a olhar para bai-xo. Observe se a criana pode dobrar o pescoo

    quando olha para baixo para ver o umbigo ou osdedos dos ps.

    OBSERVAR E EXAMINAR SE H PETQUIASLeses puntiformes avermelhadas na pele queno desaparecem com a presso dos dedos sobrea pele. Para pesquisar a presena de petquias, acriana deve estar desnuda e o profissional desade deve olhar todo o corpo da criana.

    OBSERVAR E PALPAR PARA VERIFICARSE H EDEMA EM AMBOS OS PSUma criana com edema nos dois ps pode terkwashiorkor, outra forma de desnutrio grave.Observe e palpe para determinar se a criana temedema em ambos os ps. Use seu dedo polegarpara pressionar suavemente por alguns segun-dos no lado superior de cada p. A criana temedema se ficar uma marca no p quando o profis-sional de sade levantar o seu dedo polegar.

    OBSERVAR E PALPAR SE A CRIANATEM FONTANELA ABAULADAPesquisar em crianas pequenas (menores deum ano) que no apresentam ainda fechamentoda fontanela anterior. Para examinar fontanela, acriana no deve estar chorando A seguir, observee palpe. Normalmente a fontanela plana e nor-motensa. Caso a fontanela esteja abaulada, emcrianas de zero a dois meses considerar uma Pos-svel Infeco Bacteriana Grave e nos de dois me-ses a cinco anos uma Doena Febril Muito Grave.

    OBSERVAR SE A CRIANA TEMBATIMENTO DE ASA DO NARIZO batimento da asa do nariz consiste em um mo-vimento de abertura e fechamento das fossasnasais em cada respirao. Produz-se quando acriana tem uma dificuldade respiratria grave e conseqncia de um esforo para compensar afalta de oxignio.

    OBSERVAR SE A CRIANA TEM GEMIDOO gemido um som grosso que se produz quandoa criana EXPIRA. O gemido secundrio a um es-foro que realiza a criana para compensar algumproblema respiratrio ou uma doena grave.

    OBSERVAR O CARTO DA CRIANADepois de pesar a criana, coloque um ponto nogrfico correspondente ao ponto de juno da li-nha vertical, correspondente idade da crianaem meses com a linha horizontal, corresponde aopeso em kg. Se a criana tem um peso anterior,determinado at dois meses antes da consulta,una os dois pontos com uma linha, para formaro traado de peso para idade da criana, e ob-serve a direo do traado. O traado da curva

    no deve ser contnuo quando a distncia entreos dois pontos for maior do que dois meses. De-terminar se a inclinao da linha est ascendente(ganho de peso); horizontal (peso estacionrio)ou descendente (perda de peso).

    OBSERVAR O ESTADO GERAL DA CRIANAVerifique se a criana est Letrgica

    ou inconsciente.Uma criana letrgicaencontra-se prostrada eno mostra interesse no que ocorre ao seu re-dor, no olha para a me nem observa enquan-to voc fala. A criana inconscienteparece estarmuito sonolenta e voc no consegue desper-t-la.

    Verifique se a criana est inquieta ou irritadaUma criana considerada como inquieta eirritada se apresentar esse comportamentodurante todo o tempo ou cada vez em que tocada ou examinada. A criana dever

    ser avaliada desperta e sem estar sendoamamentada. Muitas crianas se sentemmolestadas s por estarem no servio de sade.Geralmente possvel consolar e acalmar essascrianas. No devem ser consideradas comoinquietas ou irritadas.

    OBSERVAR SE A CRIANA DE ZEROA DOIS MESES TEM DOR MANIPULAOObserve se apresenta dor manipulao dos

    membros superiores e inferiores, para pesquisarsinais de uma Possvel Infeco Bacteriana Grave(artrite sptica ou sfilis congnita).

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    OBSERVAR SE A CRIANA TEM APNIAA apnia uma condio que se apresenta principal-mente em crianas menores de quinze dias de vida eprematuros. A apnia caracteriza-se quando a crianadeixa de respirar por um perodo de tempo maior devinte segundos com diminuio da freqncia card-

    aca menor de cem batimentos por momento acom-panhado ou no de cianose. Pode ser de origemcentral, por causa de uma pausa dos esforos respi-ratrios; obstrutiva, devido a um bloqueio temporaldas vias areas superiores ou a uma combinao deambas. A prematuridade a causa mais comum deimaturidade do sistema nervoso central.

    OBSERVAR SE A CRIANA TEMFEBRE OU HIPOTERMIAMea a temperatura axilar. O sinal de febre ou hi-potermia, quando est presente em uma crianamenor de dois meses de idade, significa que existeum problema grave, geralmente de infeco gene-ralizada (septicemia) e geralmente se acompanhade outros sinais como suco dbil e letargia.

    OBSERVAR SE A CRIANA TEMSECREO PURULENTA NO UMBIGOPode haver algum eritema na extremidade do

    umbigo, ou o umbigo pode estar com secreopurulenta. A gravidade da infeco determi-nada pela medida em que o eritema se estendeem volta do umbigo. Caso o eritema se estenda pele da parede abdominal, trata-se de uma infec-o grave. A onfalite se produz geralmente comoconseqncias de ms tcnicas de assepsia ouuso de instrumentos contaminados para cortar ocordo umbilical. Sua presena um sinal de pe-rigo j que pode ser predispor a uma infeco ge-

    neralizada (sepsis). Os germes mais comumenteencontrados so os Estafilococos.

    OBSERVAR SE A CRIANA TEMSECREO PURULENTA NOS OLHOSA conjuntivite a infeco de um ou ambos osolhos, geralmente com secreo purulenta. Quan-do se apresenta nos primeiros trs dias de vida,est relacionada com infeces venreas trans-mitidas da me ao recm-nascido, quando esse

    passa atravs do canal de parto em cujos germesmais freqentes so os gonococos e a clamdia.Secreo purulenta conjuntival bilateral comedema palpebral intenso em crianas menores

    de dois meses sinal infeco bacteriana grave ea criana deve ser referida com urgncia.

    OBSERVAR SE A PELE EST CIANTICAPea me que retire toda a roupa da crianapara poder avaliar a cor da pele. Se a cianose se

    apresenta unicamente na boca ou extremidades(acrocianose), considera-se na maioria dos casos,como normal. Observe a criana por um tempoe, se ao cabo de alguns minutos a criana estejarosada, trate como se no houvesse esse proble-ma. Se a cianose generalizada (cianose central),considere como uma doena muito grave, neces-sitando a criana de tratamento urgente.

    OBSERVAR SE A PELE ESTAMARELA (ICTRICA)Na avaliao clnica do RN ictrico, mais impor-tante a observao constante e detalhada. A ic-tercia teve incio precoce (menos de 24 horas)ou tardio? A progresso rpida ou gradual? Osnveis sricos de bilirrubina relacionam-se comintensidade da colorao amarelada da pele. Ascrianas que apresentam ictercia precoce (me-nos de 24 horas) ou ictercia visvel abaixo do um-bigo devem ser referidas urgentemente.

    OBSERVAR SE A PELE EST PLIDASe a pele est plida, avalie a palma da mo paradetectar anemia ou, se possvel, realize exa-mes de laboratrio para avaliar hemoglobina ehematcrito. A palidez grave se considera comodoena muito grave. Em caso de hemorragia nosprimeiros dias de vida, pensar na possibilidade dadeficincia da vitamina K (Doena Hemorrgicado recm-nascido).

    OBSERVAR SE H EMAGRECIMENTOACENTUADOUma criana com emagrecimento acentuado vi-svel tem marasmo, uma forma de desnutriograve. A criana tem este sinal se estiver muitomagra parecendo pele e osso. Para observar oemagrecimento acentuado visvel, dispa a crian-a. Observe se existe atrofia muscular nos ombros,braos, ndegas e pernas. Observe se possvel

    ver facilmente o contorno das costelas. Quandoa atrofia extrema, h numerosas pregas na peledas ndegas e da coxa. A criana fica com a apa-rncia de estar usando calas muito largas.

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    OBSERVAR SE H PALIDEZ PALMARPara ver se a criana tem palidez palmar, observea pele da palma da mo da criana e a mantenhaaberta. Caso ela esteja plida, a criana tem pali-dez palmar leve. Caso esteja muito plida ou toplida que parea branca, a criana tem palidez

    palmar grave. Compare a cor da palma da mo dacriana com a da me ou com as palmas de pes-soa da mesma raa.

    OBSERVAR SE H PSTULAS NA PELE,SE SO MUITAS OU EXTENSASExamine a pele de todo o corpo. As pstulas dapele so manchas vermelhas com vesculas quecontm pus. As pstulas, quando so extensas ou

    numerosas em crianas menores de dois meses,indicam uma Possvel Infeco Bacteriana Grave.

    OBSERVAR SE H SECREOPURULENTA NO OUVIDOA secreo purulenta que drena do ouvido umsinal de infeco, inclusive se a criana no sentedor. Examine o ouvido da criana para ver se hsecreo purulenta no ouvido.

    OBSERVAR SE H TIRAGEM SUBCOSTALA criana tem tiragem subcostal se a parede to-rcica inferior se retrai quando a criana INSPIRA.A tiragem subcostal ocorre quando a criana ne-cessita fazer um esforo muito maior do que onormal para respirar.

    OFERECER ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA AAlm do incentivo ao aleitamento materno, asmes devem ser orientadas a oferecer alimentaocomplementar rica em alimentos fonte de vitami-na A. Os alimentos considerados fontes de vitaminaA podem ser de origem animal ou vegetal (fgado,leo de fgado de peixe, gema de ovo, leite e deri-vados, folhas de cor verde-escura, frutas e verdurasde cor amarela, razes de cor alaranjada).

    OLHOS FUNDOSOs olhos da criana desidratada podem estarfundos. Se estiver em dvida, pergunte me seacha que os olhos da criana esto diferentes dohabitual. Apesar de o sinal olhos fundos poderestar presente nas crianas gravemente desnutri-das, mesmo sem apresentarem desidratao, este

    sinal deve ser considerado como presente para odiagnstico da desidratao.

    LEOS, GORDURAS E ACAROs leos e gorduras vegetais tm alta densidadeenergtica (9 Kcal/gr) e, portanto, em pequenaquantidade, aumentam bastante o valor energ-tico da dieta sem aumentar seu volume. Os leosvegetais contm cidos graxos essenciais (linoli-co e linolnico) que so importantes para o de-senvolvimento cerebral. Devem ser utilizados nopreparo das refeies salgadas. Os aucares tam-bm so fornecedores de energia adicional, po-rm com menor densidade energtica (4 kcal/gr).

    ORIENTAR A ME COMO OFERECERALIMENTOS RICOS EM FERROOs alimentos mais ricos em ferro so as carnes emidos de qualquer animal, que apresentam umtipo de ferro de melhor absoro (ferro heme).Apesar de serem alimentos mais caros, devemser oferecidos diariamente, mesmo que em pe-quenas pores, pois o ferro heme aumenta a ab-soro do ferro dos alimentos de origem vegetal(ferro no-heme). A absoro de ferro no-hemepode ser aumentada na presena de vitamina C,motivo pela qual se deve estimular a oferta dealimentos ricos em vitamina C junto s refeiesda famlia. O uso das farinhas de trigo e milho en-riquecidas com ferro devem ser recomendadas eestimuladas.

    ORIENTAR A ME COMO TRATAR A CRIANACOM PESO BAIXO OU INSUFICIENTECrianas com peso baixo muito comum no aten-

    dimento bsico de sade (entre o percentil zero,1 e 3 da curva peso / idade do carto da criana- NCHS). As mes costumam queixar-se: crianaest magra e sem apetite. No necessrio ofere-cer alimentos especiais ou alternativos. Orientara me a oferecer uma alimentao adequada idade da criana, usando os alimentos da famlia,como arroz, feijo, batata cozida, carnes, frango,mandioca e frutas. uma boa prtica acrescentars refeies salgadas o leo vegetal de forma a

    aumentar o teor energtico da alimentao, sen-do uma colher de sobremesa de leo para crian-as menores de um ano e uma colher de sopapara crianas acima de um ano.

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    ORIENTAR A ME COMO TRATARA CRIANA COM PESO MUITO BAIXOA criana com peso muito baixo necessita de umaalimentao especial para se recuperar, pois s a

    alimentao complementar usada para crianasnormais da mesma idade no dieta adequadapara o caso. Esta alimentao deve ser hipercal-rica e hiperprotica, contendo cerca de 150 a 180kcal / kg de peso / dia e 3 a 4 g de protena/kgpeso/dia. O volume oferecido deve ser peque-no, respeitando a capacidade gstrica da criana(cerca de 30-40 ml / kg de peso para crianas me-nores de dois anos ou com menos de 10 a 12 kg),e oferecido mais vezes nas 24 horas.

    ORIENTAR ME QUANDO DEVERETORNAR IMEDIATAMENTE EPARA A CONSULTA DE RETORNORotineiramente todas as crianas doentes neces-sitam de seguimento para reavaliar o caso e pres-tar a ateno apropriada quando a criana retor-nar ao servio de sade imediatamente devido auma piora do quadro ou no dia programada.

    ORIENTAR A ME PARA ALIMENTAO ATIVAOrientar para que a me sente com a criana ea incentive a comer. Servir criana uma poroadequada em um prato ou tigela separada. In-centivar que a criana use sua prpria colher paraestimul-la a comer ativamente, assim como paradesenvolver sua coordenao motora. A medeve ficar junto criana, ajudando-a com outracolher para que a criana coma o suficiente.

    ORIENTAR A ME PARA O USO DE COLHERE/OU COPO PARA ALIMENTAR A CRIANARecomendar que use um copo pequeno, colherou xcara no lugar da mamadeira, pois o copo mais fcil de manter limpo e no um obstcu-lo amamentao. Mantenha a criana sentadaem posio ereta no colo da me e aproxime ocopo dos lbios da criana. Incline-o para queo lquido toque os lbios. No derrame o leitena boca da criana. Ponha o copo nos lbios e

    deixe-a beber. Ela deve assegurar-se de prepararcorretamente o leite de vaca lquido ou outrostipos de leite industrializados e us-los dentrode uma hora para evitar proliferao bacteriana.

    importante usar a quantidade correta de gualimpa para a diluio.

    ORIENTAR A ME SOBRE OS CUIDADOSDOMICILIARES NOS MENORES DE DOIS MESES

    As trs orientaes domiciliares so recomenda-es sobre alimentao e lquidos, quando re-tornar, e se certificar que a criana esteja semprebem agasalhada.

    ORIENTAR QUANDO AS CRIANASMENORES DE DOIS MESES DEVEM RETORNAREm dois dias, se acriana estiver com infecobacteriana local, problema de amamentao,moniliase oral e qualquer doena caso no esti-

    ver melhorando. Imediatamente deve voltar seapresentar qualquer um dos seguintes sinais: ma-mando mal, piorar, tiver febre, respirao rpida,dificuldade para respirar ou sangue nas fezes.

    PALIDEZ PALMARSinal clnico utilizado para identificao das crian-as classificadas como portadores de anemia gra-ve e anemia.

    PALIDEZ PALMAR GRAVEPara ver se a criana tem palidez palmar, observea pele da palma da mo dela e a mantenha aber-ta. Caso esteja muito plida ou to plida que pa-rea branca, a criana tem palidez palmar grave

    e necessita ser referida com urgncia. Compare acor da palma da mo da criana com a da me oucom as palmas de pessoa da mesma raa.

    PALIDEZ PALMAR LEVEPara ver se a criana tem palidez palmar, observea pele da palma da mo da criana e a mantenhaaberta. Caso ela esteja plida, a criana tem pali-dez palmar leve e pode ter anemia. Trate a crianacom ferro. Caso haja alto risco de malria (zonas

    endmicas), pesquise se tem malria.

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    PALPAR PARA VERIFICAR SE H TUMEFAODOLOROSA AO TOQUE NA PARTE POSTERIORDO PAVILHO AURICULARPalpe a parte posterior de cada pavilho. Compa-re os dois e decida se h sinais inflamatrios na

    regio correspondente apfise mastoide. Faa odiagnstico diferencial com adenite.

    PARA EMPREGAR BOAS TCNICASDE COMUNICAOEscute atentamente o que lhe diz a me. Demons-trar assim que leva a srio as preocupaes dela.Use palavras que a me possa entender. Caso elano compreenda as perguntas que lhe so feitas,no poder dar-lhe a informao de que necessi-

    ta para avaliar e classificar a criana corretamente.D-lhe tempo para que responda as perguntas.Por exemplo, talvez necessite tempo para deci-dir se o sinal sobre o qual lhe foi perguntado estpresente. Faa perguntas adicionais caso a meno esteja segura da resposta. Enquanto vocpergunta sobre um sintoma principal ou outro si-nal associado, a me pode no saber com certezase o sintoma ou sinal est presente ou no. Faaperguntas adicionais para ajudar a me a respon-

    der mais claramente.

    PASSO 1 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSDar somente leite materno at os seis meses, semoferecer gua, chs ou quaisquer outros alimentos.

    PASSO 2 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSA partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta egradual outros alimentos, mantendo o leite ma-terno at os 2 anos de idade ou mais.

    PASSO 3 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSA partir dos seis meses, dar alimentos comple-mentares (cereais, tubrculos, carnes, legumino-sas, frutas e legumes) trs vezes ao dia, se a crian-a receber leite materno; e cinco vezes ao dia, seestiver desmamada.

    PASSO 4 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSA alimentao complementar deve ser oferecidasem rigidez de horrios, respeitando-se sempre avontade da criana.

    PASSO 5 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSA alimentao complementar deve ser espessadesde o incio e oferecida de colher. Comear comconsistncia pastosa (papas /purs) e, gradativa-mente, aumentar a sua consistncia at chegar alimentao da famlia.

    PASSO 6 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSOferecer criana diferentes alimentos ao dia. Umaalimentao variada uma alimentao colorida.

    PASSO 7 PARA ALIMENTAO SAUDVELDAS CRIANAS MENORES DE DOIS ANOSEstimular o consumo dirio de frutas, verduras elegumes nas refeies.