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7/29/2019 Livro Didatico - Modulo I
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Gesão Empreendedora
1
i i i li
Pró-Reora Acadêmca
Dreora Acadêmca
Assessora de Educação a Dsânca
Proª Erka Lsboa
UnCEUB ViRtUAL
Centro Universitário de Brasília
Gesão Empreendedora
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UnCEUB ViRtUALi i i li
SUMÁRiO
Apresentação .......................................................................................................................................... 5
Objevo e conteúdo ........................................................................................................................... 5
Módulo 1 – Atude empreendedora............................................................................................. 5
Módulo 2 – Empreendedorismo, criavidade e inovação ............................................................. 5
Módulo 3 – Planejamento empresarial ......................................................................................... 5
Módulo 1................................................................................................................................................. 7
Atude empreendedora.......................................................................................................................... 7
Origem do empreendedorismo ..................................................................................................... 7
Relação entre o empreendedor e o administrador........................................................................ 9
O empreendedorismo no Brasil ..................................................................................................... 9
Taxa de sobrevivência e mortalidade de empresas ...................................................................... 14
Avidade ...................................................................................................................................... 17
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Gesão Empreendedora
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APRESENtAÇÃO
A gestão empreendedora torna-se de maior importância quando constatamos a necessidade de em-
preender mais presente em nossas vidas. Empreender em empresa, na vida pessoal ou prossional
ocasiona incertezas e riscos. A complexidade do mercado de trabalho atual em que as mudanças são
intensas e constantes acarreta desaos e oportunidades que o empreendedor não pode deixar de co-
nhecer, enfrentar e superar. Para quem pretende abrir o próprio negócio o planejamento congura-se
como uma premissa de que o empreendimento terá mais chances de obter o desejado sucesso. Paratanto, é necessário que o empreendedor que atento à conjuntura socioeconômica do país, à dinâmi-
ca do mercado e da concorrência e às demais exigências e oportunidades e planeje, cuidadosamente,
todas as etapas da criação da empresa, ulizando, por exemplo, um Pla-no de Negócios, para evitar
resultados indesejados.
Nesse sendo, analisaremos a cultura empreendedora, conheceremos quais são suas caracteríscas,
como idencá-las e desenvolvê-las e como planejar seu negócio, idencando oportunidades e mini-
mizando a possibilidade de erros que possam comprometer o alcance do objevo esperado.
OBJETIVO E CONTEÚDO
Em gestão empreendedora, objeva-se proporcionar o desenvolvimento da cultura empreendedora
e de habilidades gerenciais, além de preparar os alunos para realizar projetos empresariais, iden-
cando oportunidades e planejando negócios e empreendimentos. Sob esse foco, a disciplina Gestão
Empreendedora foi estruturada em três módulos, com o seguinte conteúdo.
MÓDULO 1 – ATITUDE EMPREENDEDORA
Neste módulo, focalizaremos o surgimento do empreendedorismo, a relação entre empreendedores
e empresários e o empreendedorismo no Brasil, apresentando como se encontra o contexto econômi-
co no que se refere à classicação das empresas, à movação para empreender e à taxa de mortalidade
de negócios.
MÓDULO 2 – EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
Neste módulo, apresentaremos os conceitos de empreendedorismo, suas caracte-ríscas e pos. De-
monstraremos a conceituação e a importância da inovação e da criavi-dade no âmbito organizacional.
MÓDULO 3 – PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
Neste módulo, trataremos do conceito de negócio e de técnicas para denição de missão, visão,
objevos e estratégias de um empreendimento. Apresentaremos fontes de novas ideias, conceito de
plano de negócio, planejamento operacional, nanceiro e de markeng, sua importância e construção.
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MÓDULO 1
UNIDADE 1 - ATITUDE EMPREENDEDORA
1.1. ORIGEM DO EMPREENDEDORISMO
O conceito de empreendedorismo está mais difundido. Nos úlmos anos e, principalmente, a parr
da década de 1990, o interesse por assuntos relacionados a este tema cresceu e ocupou lugar na mídia,em discussões em salas de aula e em polícas e programas governamentais.
O contexto econômico no Brasil, onde ocorre alta taxa de mortalidade de empresas, despertou espe-
cial atenção por parte do governo e de endades de classe que se empenham em reverter este quadro.
As mudanças no mercado de trabalho, o alto índice de desemprego, a forte terceirização de serviços,
entre outros fatores zeram que o empreendedorismo se encontrasse em evidência.
A situação atual do mercado de trabalho implica que pessoas criem seus caminhos prossionais. A
possibilidade de planejar uma carreira por longo tempo, incluindo a estabilidade em única, e de prefe-
rência, grande empresa e uma aposentadoria tranquila não é mais facvel hoje em dia. Mesmo o fun-cionalismo público, pela grande demanda de interessados, tornou-se uma oportunidade para poucos.
O mercado de trabalho encontra-se de forma dinâmica. A reengenharia presente nas empresas ou a
aposentadoria insuciente nanceiramente acarretam uma quandade maior de prossionais que pro-
curam uma colocação no mercado de trabalho ou uma alternava empreendedora. Quando se consi-
-deram jovens em condição de estudantes ou recém-formados, percebe-se que o empreendedorismo
se torna uma opção àqueles que entram nesse mercado.
MAS, SERÁ O EMPREENDEDORISMO ALGO TÃO RECENTE?
A palavra empreendedor (entrepreneur ) surgiu na França e signica “aquele que assume riscos e
começa algo novo”. Acredita-se que o primeiro exemplo de empreendedorismo possa ser relacionado
a Marco Polo. Mercador, embaixador e explorador veneziano do m da Idade Média, foi um dos primei-
ros ocidentais a percorrer a Rota da Seda. Ao assinar um contrato com um capitalista para vender suas
mercadorias, Marco Polo assumia os riscos inerentes a esta transação.
Durante o século XVII, a relação entre assumir riscos e empreendedorismo cou evidente quando
produtores estabeleciam um acordo contratual com o governo, para fornecer produtos com preços
já prexados, fazendo que qualquer lucro ou prejuízo fosse exclusivamente do empreendedor. Nesse
momento, fez-se necessário diferenciar o capitalista e o empreendedor. Segundo Canllon, o primeiro
apresentava uma preocupação em fornecer o capital, o produto ou a matéria-prima para produção
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e comercialização, enquanto o segundo se empenhava em assumir riscos de forma a obter o melhor
resultado comercial.
Para pensadores econômicos do século XVIII e XIX, conhecidos defensores do lais-saz-faire ou libera-
lismo econômico, a ação da economia era conjeturada pelas forças livres do mercado e da concorrên-
cia. Desta forma, o empreendedorismo era visto como um impulso que direciona a inovação e promoveo desenvolvimento econômico do país. Nes-se período, o pensamento sobre empreendedorismo, con-
templa três visões sobre sua disseminação: a escola dos economistas, a dos behavioristas (comporta-
mentalistas) e a dos precursores da teoria dos traços de personalidade, como detalhado no Quadro 1.
Quadro 1 – Empreendedorismo: principais linhas de pensamento
A parr do século XX, percebe-se a diferenciação de termos como empreendedor e administrador,
por exemplo. O tratamento de tais conceitos como sinônimos pode ser percebido até hoje. A similari-
dade de funções desempenhadas por empreendedores e administradores faz que esses termos, fre-
quentemente, sejam confundidos. Desta forma, cabe esclarecer tal relação.
A visão dos economistas
Existe concordância entre os pesquisadores do empreendedorismo de que os pioneiros
no assunto teriam sido os autores Canllon (1755) e Jean-Bapste Say (1803; 1815;
1816). Para Canllon, o empreendedor (entrepeneur ) era aquele que adquiria a
matéria-prima por determinado preço e a revendia a preço incerto. Ele entendia que,
se o empreendedor obvesse lucro além do esperado, isso ocorrera, porque ele teria
inovado (Filion, 1999). Desde o século XVIII, o autor já associava o empreendedor
ao risco, à inovação e ao lucro, ou seja, ele era visto como uma pessoa que buscava
aproveitar novas oportunidades, vislumbrando o lucro e exercendo suas ações
diante de certos riscos. Diversos economistas, mais tarde, associaram, de modo mais
contundente, o empreendedorismo à inovação e procuraram esclarecer a inuência do
empreendedorismo sobre o desenvolvimento econômico.
A visão dos behavioristas
Na década de 1950, os americanos observaram o crescimento do império soviéco,
o que incenvou David C. McClelland a buscar explicações a respeito da ascensão e
do declínio das civilizações. Os behavioristas (comportamentalistas) foram, assim,
incenvados a traçar um perl da personalidade do empreendedor (Filion, 1999).
O trabalho desenvolvido por McClelland (1971) focalizava os gerentes de grandes
empresas, mas não interligava, claramente, a necessidade de autorrealização com a
decisão de iniciar um empreendimento e o sucesso dessa possível ligação (Filion, 1999).
A escola dos traços de
personalidade
Ainda que a pesquisa não tenha sido capaz de delimitar o conjunto de empreendedores
e atribuir-lhes caracteríscas certas, tem propiciado uma série de linhas mestraspara futuros empreendedores, auxiliando-os na busca por aperfeiçoar aspectos
especícos para obter sucesso (Filion, 1991ª). Dado o sucesso limitado e as diculdades
metodológicas inerentes à abordagem dos traços, uma orientação comportamental ou
de processos tem recebido, recentemente, grande atenção.
Fonte: Filion (1999). In: PAIVA Jr. Fernando Gomes de; CORDEIRO, Adriana Tenório. Empreendedorismo e o espírito
empreendedor : uma análise da evolução dos estudos na produção acadêmica brasileira. Salvador: Anais de Enapad, 2002.
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PARA REfLEtiR
1.2. RELAÇÃO ENTRE O EMPREENDEDOR E O ADMINISTRADOR
Segundo Dornelas (2005), todo empreendedor, necessariamente, deve ser bom administrador, para
obter o sucesso, no entanto nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem
algo mais, algumas caracteríscas e atudes que o diferenciam do administrador tradicional. O admi-
nistrador, por sua vez, tem um conhecimento técnico, concentrando-se nas funções de planejar, orga-nizar, dirigir e controlar, mas não necessariamente desenvolve o comportamento empreendedor. Esta
confusão, comumente, ocorre quando se faz menção a um empreendedor que é empresário, mas cabe
ressaltar que, da mesma forma, nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é
empresário.
O empreendedorismo pode estar presente em diversos setores e ligado a diferen-tes avidades inde-
pendentemente da área de atuação do indivíduo, não sendo somente um fundador de novas empresas
ou o construtor de novos negócios. Existem muitas for-mas de empreender, e cada indivíduo deverá
idencar a sua. As possibilidades vão desde opções relacionadas à empresa familiar, ao trabalho autô-nomo, às empresas cooperavas e ao empreendedorismo social, denominado Terceiro Setor ou setor
sem ns lucravos, além das inúmeras possibilidades geradas pelas grandes corporações públicas ou
privadas.
1.3. O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Para tratar de empreendedorismo no Brasil, faz-se necessário apresentar o contexto econômico atu-
al, a classicação das empresas por porte, a taxa de empreendedorismo e de mortalidade do empre-
endimento. No Brasil, as empresas podem ser classicadas segundo seu porte como microempresa,
pequena empresa, média empresa e grande em-presa. Esta classicação pode ser baseada em dife-
rentes critérios, como o número de em-pregados ou o faturamento anual, e é aplicada à industria, ao
comércio e a serviços. Ao considerar o faturamento anual, a empresa deve ser classicada da seguinte
forma, de acordo com o Argo 1º do Decreto nº 5.028, de 31 de março de 2004:
MICROEMPRESAPode ser denida como a pessoa jurídica e a rma mercanl individual que verem receita operacio-
nal bruta anual ou anualizada até R$ 1.200 mil (um milhão e duzentos mil reais).
O empreendedor pode, e deve, esar em
odas as áreas, pos não esá areladosomene a abrr uma empresa.
Qualquer pessoa pode ser empreendedora!
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EMPRESA DE PEQUENO PORTE
É a pessoa jurídica e a rma mercanl individual que verem receita operacional bruta anual ou anu-
alizada superior a R$ 1.200 mil (um milhão e duzentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 10.500 mil (dez
milhões e quinhentos mil reais).
EMPRESA DE MÉDIO PORTE
É a empresa cuja receita operacional bruta anual ou anualizada é superior a R$ 10.500 mil (dez mi-
lhões e quinhentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 60 milhões (sessenta milhões de reais).
EMPRESA DE GRANDE PORTE
Tem a receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 60 milhões (sessenta milhões de
reais).
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, o critério declassicação do porte das empresas considera o número de empregados e o setor de avidade econô-
mica, sendo:
1) Microempresas: na indústria e na construção civil – até 19 empregados; no comércio e em ser-
viços – até 9 empregados;
2) Pequena empresa: na indústria e na construção civil – de 20 a 99 empregados; no comércio e em
serviços – de 10 a 49 empregados;
3) Média empresa: na indústria e na construção civil - de 100 a 499 empregados; no comércio e em
serviços - de 50 a 99 empregados;
4) Grande empresa: na indústria e na construção civil - acima de 499 funcionários; no comércio e
em serviços - acima de 99 funcionários.
Quadro 2 – Classifcação do porte das empresas
PessoalOcupado
Porte de Empresa
MicroempresasPequenasEmpresas
MédiasEmpresas
GrandesEmpresas
Indústria Até 19 pessoas De 20 a 99 pessoas De 100 e 499 pessoas Acima de 499 pessoas
Comércio eServiço
Até 09 pessoas De 10 a 49 pessoas De 50 e 99 pessoas Acima de 99 pessoas
As diferenças nas classicações devem-se ao fato de que as pequenas e as microempresas são de-
nidas em lei, de acordo com o Estatuto da Micro e Pequena Empresa.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, por exemplo, classica as em-
presas de acordo com uma visão nanceira e credicia, evidenciando a renda bruta auferida em deter-
minado período. O SEBRAE, por sua vez, faz a classicação do ponto de vista do tamanho, considerando
a quandade de empregos geradores e o desenvolvimento da empresa.
O Governo Federal, com o intuito de fortalecer os empreendimentos de pequeno e microporte, ins-
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9.8
33
tuiu, por meio da Lei 9.841, de 5 de outubro de 1999, o Estatuto da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte sobre o tratamento jurídico diferenciado, favorecido e simplicado nos campos admin-
sitravo, tributário, previdenciário, trabalhista, credicio e de desenvolvimento empresarial. Resulta-
dos decorrentes de ações como esta já podem ser percebidos na economia brasileira, no que se refere
à diminuição da taxa de mortalidade, ao surgimento e ao estabelecimento de empreendimentos depequeno e microporte mais fortes e estáveis.
IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS E MICROEMPRESAS NA ECONOMIA BRASILEIRA
No Brasil, de acordo com pesquisa realizada pelo Instuto Brasileiro de Geograa e Estasca - IBGE
(2002), a economia é composta, principalmente, por pequenas (5,6%) e microempresas (93,6%), que,
juntas, totalizam 99,2% das empresas, sendo:
• Grande empresa – 0,3%
• Médias empresas – 0,5%
• Pequenas empresas – 5,6%
• Microempresas – 93,6%
Entretanto, ao considerar a quandade de empregos totais da economia, as pequenas e microem-
presas são responsáveis por apenas 57,2% dos postos de trabalho oferecidos, enquanto a grande em-
presa é responsável por 33% dos postos oferecidos conforme gráco abaixo.
Brasil - Distribuição percentual das pessoas ocupadas, por porte de empresa - 2002
Você saba que, no Brasl, a economaé composa por 99,2% de pequenas e
mcroempresas?
PARA REfLEtiR
Fonte: Instuto Brasileiro de Geograa e Estasca - IBGE (2002)
Micro
Pequena
Média
Grande
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Outros dados referentes ao contexto econômico podem ser idencados em pesquisa realizada pelo
Instuto Brasileiro de Qualidade e Produvidade - IBQP, que coordena a equipe do Projeto GEM Brasil,
consolidado como amplo estudo brasileiro sobre empreendedorismo e que proporciona a comparação
com os resultados de outros 40 países parcipantes da pesquisa internacional Global Entrepreneur-
ship Monitor - GEM, compondo uma rede de informações que conta com a atuação das equipes deCoordenação Internacional da London Business School e do Babson College. Segundo o relatório da
pesquisa (GEM, 2007), os resultados conrmam a vocação empreendedora da população brasileira,
apresentando a taxa de avidade de 12,7%, ou seja, pracamente, 13 a cada cem brasileiros adultos
estão envolvidos com alguma avidade empresarial.
O brasileiro mostra-se mais empreendedor e, na Pesquisa GEM, referente ao ano de 2007, posiciona-
-se na 9ª colocação, no ranking de 42 países. Cabe ressaltar, que, desde o primeiro ano de realização da
pesquisa, a taxa de empreendedorismo no Brasil tem sido superior a 10, com a média de 12,83, uma
das mais elevadas do mundo. Ou seja, a população brasileira é, em média, 87,61% mais empreende-
dora do que o grupo de países que parciparam de todas as edições da Pesquisa GEM de 2001 a 2007.
Desta forma, percebe-se que o brasileiro, mesmo deparando com obstáculos e diculdades inerentes
ao ato de empreender, procura seu espaço no mercado e conrma seu perl empreendedor. As taxas e
as esmavas do número de empreendedores, de acordo com o estágio do empreendimento (nascen-
te, novo, estabelecido), podem ser conferidas na tabela a seguir.
O Brasl é um dos países masempreendedores do mundo.
PARA REfLEtiR
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PAÍSESEMPREENDEDORES INICIAIS (%)
Taxa
Argentina
Áustria
Bélgica
Brasil
Cazaquistão
Chile
China
Colômbia
Croácia
Dinamarca
Emirados Árabes
Eslovênia
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Hong Kong
Hungria
Posição Estimativa deEmpreend
Taxa
4,65
Posição Estimativa deEmpreend
Taxa
14,43
Posição Estimativa de
Empreend2.084.000 8 1.111.000 7 3.448.000
0,16 2,4498.000 42 8.000 42 128.000
0,17 3,15181.000 41 11.000 39 205.000
5,29 12,728.666.000 6 6341.000 9 15.247.000
2,60 9,36632.000 13 250.000 14 901.000
3,20 13,43989.000 11 323.000 8 1.356.000
6,21 16,4386.235.000 5 54.423.000 6 143.988.000
9,28 22,723.297.000 1 2.434.000 3 5.959.000
2,90 7,27119.000 12 83.000 21 207.000
0,26 5,39155.000 40 9.000 30 184.000
1,31 8,4492.000 20 18.000 18 116.000
0,46 4,7857.000 35 6.000 33 64.000
1,13 7,621.526.000 22 296.000 20 1.997.000
1,50 9,6114.486.000 18 2.840.000 13 18.198.000
0,91 6,91173.000 23 30.000 22 228.000
0,77 3,17817.000 27 290.000 38 1.194.000
0,55 5,7309.000 33 37.000 26 389.000
0,56 5,18413.000 31 60.000 31 550.000
2,57 9,9514 127.000 12 491.000
1,60 6,8617 104.000 23 448.000
NecessidadeOportunidade Total (TEA)
Índia 1,67 16 10.832.000 8,53 17 55.328.000
Irlanda 0,45 36 12.000 8,22 19 214.000
Islândia 0,80 26 2.000 12,48 10
Israel 1,25 21 5,44 29
Itália 0,74 28 273.000 5,01 32
Japão 1,45 19 1.150.000 4,34 35
Letônia 0,67 29 10.000 4,46 34
Noruega 0,37 39 11.000 6,47 24
Peru 8,21 2 1.370.000 25,89 2
Porto Rico 0,45 36 11.000 3,06 40
Portugal 0,84 25 56.000 8,78 15
Reino Unido 0,62 30 237.000 5,53 28
República Dominicana 4,95 7 261.000 16,75 5
Romênia 0,56 31 82.000 4,02 37
Rússia 0,51 34 480.000 2,67 41
Sérvia 3,94 9 251.000 8,56 16
Suécia 0,40 38 22.000 4,15 36
Suiça 0,89 24 43.000 6,27 25
Tailândia 7,79 3 3.323.000 26,87 1
Turquia 1,98 15 882.000 5,58 27
Uruguai 3,84 10 78.000 12,21 11
Venezuela 6,46 4 1.016.000 20,16 4
Total dos Países 2,26 .... 55.322.000 9,07 ....
23.000
207.000
1.849.000
3.442.000
66.000
186.000
4.321.000
74.000
586.000
2.118.000
883.000
587.000
2.513.000
546.000
230.000
305.000
11.461.000
2.487.000
248.000
3.172.000
222.068.000
12,57
4,16
4,53
6,71
4,24
5,82
7,65
5,24
2,17
4,54
3,89
6,74
5,01
5,51
6,53
2,78
7,23
6,57
9,79
9,84
8,72
1,87
10,40
3,74
3,70
2,75
3,67
5,35
17,62
2,41
7,47
4,31
11,54
2,68
1,92
4,02
3,62
4,80
17,88
2,93
7,74
13,33
6,77
9
42
36
13
16
8
7
4
28
25
27
18
11
21
40
24
30
14
22
19
17
6
31
32
37
33
20
2
39
12
26
5
38
41
29
34
23
1
35
10
3
....
15
332.000
327.000
35.740.000
170.000
20.000
142.000
1.365.000
2.181.000
54.000
154.000
2.941.000
58.000
499.000
1.651.000
608.000
391.000
1.807.000
256.000
201.000
234.000
7.627.000
1.306.000
157.000
2.097.000
165.742.000
48.000
Fonte: Pesquisa GEM 2007
Tabela A2.4 - Taxas e esmavas do número de empreendedores
segundo estágio dos países parcipantes do GEM - 2007
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Gesão Empreendedora
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No entanto, apesar de os dados apresentados demonstrarem a força empreendedora do povo brasi-
leiro, não se pode desconsiderar a movação que leva as pessoas a empreender em determinado país.
No Brasil, dos 7,5 milhões de pessoas que empreendem, 41,6% não o fazem voluntariamente, mas por
necessidade, ou seja, empreendem quando movados pela falta de alternava sasfatória de trabalho
e renda.A alta taxa de empreendedorismo por necessidade reete, entre outros fatores, elevada taxa de
mortalidade de empresas. Os empreendedores não se capacitam e não procuram planejar seu negócio
antes da abertura, acarretando a falta de conhecimentos gerenciais e de mercado, localização inade-
quada, entre outros aspectos. Diferentemente, existem aqueles que empreendem por oportunidade,
ou seja, são movados pela percepção de um nicho de mercado em potencial e exploram novas opor-
tunidades, ulizam tecnologia de ponta e buscam condições necessárias ao crescimento sustentável e
à geração de emprego e renda.
ATIVIDADE
1.4. TAXA DE SOBREVIVÊNCIA E MORTALIDADE DE EMPRESAS
O fechamento prematuro de empresas no Brasil tem sido grande preocupação no que se refere
ao desenvolvimento econômico, caracterizando sua importância para aqueles preocupados em de-
senvolver e fomentar a iniciava e o empenho de milhões de brasileiros que optam pelo caminho do
empreendedorismo. Em estudo realizado pelo SEBRAE (2007), com o intuito de obter informações que
propiciem idencar as causas das elevadas taxas de mortalidade das empresas, idencou-se que o
percentual de empresas de pequeno porte que sobrevive, pelo menos, dois anos passou de 50,6% em2002 para 78% em 2005, ou seja, 27,4% a mais de MPE permanecem em avidade.
Taxas de sobrevivência e mortalidade consolidadas para o Brasil
TABELA 2 - Taxa de sobrevivência
AtiViDADE
Vocês conerram, no exo, dadosreerenes à suação econômca no Brasl,
no que ange o seor empresaral. Parcpedo órum, pesquse e apresene suas
consderações acerca da mporânca dasMPE para nossa economa.
Anos de
existência
das empresas
Ano de constuição
formal das empresas
(Triênio 2002-2000)
Taxa de
sobrevivência
(A)
Ano de constuição
formal das empresas
(Triênio 2005– 2003)
Taxa de
sobrevivência
(B)
Variação da taxa
de sobrevivência
(B-A)
Até 2 anos 2002 50,6% 2005 78,0% +27,4%
Até 3 anos 2001 43,6% 2004 68,7% +25,1%
Até 4 anos 2000 40,1% 2003 64,1% +24,0%
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TABELA 3 - Taxa de mortalidade
De acordo com o SEBRAE (2007), a esse resultado atribuem-se dois importantes fatores: a maior
qualidade empresarial e a melhoria do ambiente econômico. Os empresários buscam qualicação di-
recionada e preparam-se para enfrentar os obstáculos encon-trados para manter uma empresa no
mercado.
Em contexto onde a economia pode ser considerada estável, aspectos, como a diminuição, o contro-
le da inação e das taxas de juros e a disponibilização de crédito para pessoas sicas, propiciam perío-
do favorável à evolução dos pequenos negócios no Brasil. Para que o desenvolvimento sustentável de
pequenos e microempreendimentos esteja presente em nossa economia, torna-se imprescindível in-
vesgar as causas que ocasionaram elementos relacionados ao sucesso empresarial, relevantes para a
sobrevivência e a mortalidade das empresas. Com este intuito, o SEBRAE avaliou os principais movos
que, na opinião dos empresários, levaram as empresas ao sucesso ou ao encerramento das avidades.
As respostas foram agrupadas segundo três caracteríscas comuns: habilidades gerenciais, capaci-
dade empreendedora e logísca operacional. Entre elas, os aspectos considerados mais importantes
nas indicações dos empresários são os fatores condicionantes do sucesso empresarial segundo as ha-
bilidades gerenciais. Esta categoria, conforme estabelecido pela pesquisa, “reete a preparação do em-
presário para interagir com o mercado em que atua e a competência para bem conduzir seu negócio.”
(SEBRAE, 2007, p 33).
A tabela abaixo mostra a consolidação do resultado de acordo com as respostas dos empresários
entrevistados.
TABELA 5 - Fatores condicionantes do sucesso empresarial segundo a capacidade empreendedora
De acordo com o SEBRAE (2007), esta categoria aponta quesitos fundamentais para a conduta dosnegócios, como, por exemplo, conhecer o cliente e o mercado em que atua, avaliar e procurar os me-
lhores fornecedores para aquisição dos bens para formação do estoque da empresa, denir qual a
Anos de
existência
das empresas
Ano de constuição
formal das empresas
(Triênio 2002-2000)
Taxa de
mortalidade
(A)
Ano de constuição
formal das empresas
(Triênio 2005–2003)
Taxa de
mortalidade
(B)
Variação da taxa
de mortalidade
(B-A)
Até 2 anos 2002 49,4% 2005 22,0% - 27,4%
Até 3 anos 2001 56,4% 2004 31,3% -2 5,1%
Até 4 anos 2000 59,9% 2003 35,9% -2 4,0%
Percentual de empresários
Habilidades gerenciais Status 2005 2004 2003 2002-2000
Bom conhecimento do mercado
onde atua
avas 53 52 5249
exntas 56 39 45
Boa estratégia de vendasavas 53 53 46
48exntas 50 55 50
Obs.: cada entrevistado podia dar várias respostas
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Gesão Empreendedora
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melhor forma de colocar os produtos à venda, de-nir preços de comercialização compaveis com o
perl do mercado e estratégias de promoções das mercadorias e serviços, entre outros. Além disso, foi
possível constatar que a categoria capacidade empreendedora, foi apontada em segundo lugar pelos
empresários, em que foram contempladas respostas relacionadas a “disposição e capacidade empresa-
rial para comandar o empreendimento, permindo, por meio de habilidades naturais, descobrir melho-res oportunidades de negócios, assumir os riscos envolvidos no invesmento de recursos nanceiros e
humanos na empresa e conduzir os negócios, mesmo diante de adversidades e diculdades impostas
no dia a dia empresarial.” (p. 34)
Tabela 8 - Fatores condicionantes do sucesso empresarial segundo a capacidade empreendedora
O terceiro conjunto de fatores determinantes do sucesso representa a logísca operacional do em-
presário, fornecendo as bases para a criação, a sustentação e o crescimento da avidade empresarial.
Este item representou a terceira posição.
TABELA 6 – Fatores condicionantes do sucesso empresarial segundo a logísca operacional
Percentual de empresários
Capacidade empreendedora Status 2005 2004 2003 2002-2000
Criavidade do empresário avas 44 45 42 31exntas 40 34 40
Empresário com persistência/
perseverança
avas 46 44 4228
exntas 38 37 42
Aproveitamento das
oportunidades de negócio
avas 34 37 3429
exntas 28 41 34
Capacidade de liderança do
empresário
avas 23 26 2125
exntas 20 22 24
Capacidade do empresário para
assumir riscos
avas 24 23 22-
exntas 23 27 27
Obs.: cada entrevistado podia dar várias respostas.
Percentual de empresários
Logísca operacional Status 2005 2004 2003 2002-2000
Escolha de um bom
administrador
avas 46 49 4831
exntas 55 50 55
Uso de capital próprioavas 37 37 33
29exntas 44 51 47
Reinvesmento dos lucros na
empresa
avas 33 32 2823
exntas 24 23 22
Acesso a novas tecnologiasavas 27 29 29
17exntas 22 21 19
Terceirização das avidades
por meio das empresas
avas 5 6 5
exntas 4 6 5
Obs.: cada entrevistado podia dar várias respostas.
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Igualmente importante, as causas das diculdades e das razões para o fechamento das empresas
também foram idencadas. A categoria relacionada às falhas gerenciais foi a que obteve o maior per-
centual das respostas. Em seguida, foram apontadas causas econômicas conjunturais, logísca opera-
cional e polícas públicas, como principais fatores para a mortalidade precoce das empresas.
A falta de conhecimentos gerenciais, aspecto mais citado pelos entrevistados do estudo realizadopelo SEBRAE (2007) quando se trata de encerramento de empresas, evidencia a falta de preparo dos
empresários, ao abrir um negócio e, principalmente, a falta de conhecimento para mantê-lo no mer-
cado.
ATIVIDADE
ANOtAÇÕES
Com base nos conhecmenos adqurdosnese módulo e no Relaóro GEM, responda
às quesões presenes na 1 ª Avdade Avalava, no ambene vrual.
Bom rabalho! AtiViDADE
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