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Livro do Agrupamento Gil Vicente 2015-2016

Livro do Agrupamento do... · A minha mãe estacionou o carro à porta da escola, veio abrir-me a porta ... em direção à entrada da escola e ... foi e será um dia de que nunca

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Livro do Agrupamento Gil Vicente

2015-2016

Ao início estava assustada, pensei até que

poderia estar a delirar, desci as pálpebras que

cobrem os meus olhos como nunca o fizera e tal

foi o meu espanto quando ouvi alguém a chamar

pelo meu nome!

Mais segura, abri os olhos e reconheci logo

Gil Vicente, um dos autores que eu mais admiro!

Ele pediu-me para que me sentasse e

acalmasse. Assim o fiz.

-Luísa, não te assustes, sou eu, Gil Vicente!

Sei que és uma grande admiradora minha.

- Reconheci-te logo! É verdade, admiro-te

muito, assim como ao teu trabalho, mas o que

faço eu aqui? -perguntei.

-Estás aqui porque quero que conheças um

pouco melhor a tua terra e a mim também.

Emocionei-me com tão carinhosas palavras.

O dramaturgo levou-me pela cidade fora. Vi

coisas estranhas, mas apercebi-me de que as

pessoas estavam sempre felizes.

GIL VICENTE E EU

Quando eu era mais nova, tinha os meus onze

anos acabados de fazer, vivi um episódio que

ainda hoje me questiono se terá sido a minha

mente a pregar-me mais uma das suas partidas,

num daqueles sonhos sem lógica de serem

sonhados ou pura realidade!

O que se passou foi o seguinte: numa noite

de trovoada, a minha mãe, como habitualmente

fazia, foi ler-me uma história antes de me deitar.

Nesse dia, ela escolheu uma história que

adora: Voar em Guimarães.

Mesmo com os trovões lá fora a brigarem

violentamente entre si, eu consegui ouvir

atentamente a doce voz da minha mãe e entender

palavra a palavra do que ela dizia.

Acabada a história, adormeci. Senti um

formigueiro nos pés e uns calafrios a invadirem o

meu corpo. Abri os olhos. Já não estava em minha

casa, no meu quarto, na minha cama, estava agora

a sobrevoar Guimarães. Guimarães como eu

jamais o tinha visto.

25 ANOS

Dramaturgo e Poeta

Dos maiores de Portugal

Gil Vicente é o seu nome

E é um símbolo nacional.

Já lá vão quinhentos anos

Desde o seu nascimento

E que podemos relembrar

No nome do nosso Agrupamento.

Agrupamento Gil Vicente

Com motivos para festejar

São as Bodas de Prata

Que andamos a celebrar.

Ele contou-me as suas histórias e eu ouvi tudo

com a maior atenção possível.

-Está na tua hora Luísa, já tens que ir, gostei muito

de te ter por cá!

-Já? Mas ainda é tão cedo…-resmunguei.

-Vá lá… Vai e promete-me que vais guardar este

dia na tua memória.

-Combinado. Então, mas como vou eu para casa?

Ao pronunciar estas palavras acordei, já em minha

casa.

Terá sido apenas um sonho?

Cátia Gonçalves, n.º 9, 8.º B

Tenho muito orgulho

De nesta escola estudar

Aqui vou aprender

Para no futuro trabalhar

Passaram 25 anos

Desde a inauguração

Desejo mais vinte e cinco

Do fundo do coração!

José Daniel Duarte

Machado N.º 8 , 5.ºB

GIL VICENTE, O NOSSO HERÓI

Olha, olha quem ele é

É o grande Gil Vicente

Célebre e ilustre poeta

Que anima toda a gente!

Pai do teatro português

Que mais poderia ser?

É o herói da nossa escola

Outro não queremos ter.

João Novais – n.º 12, 6.º C

O MEU PRIMEIRO DIA DE AULAS

No meu primeiro dia de aulas do 1.º ciclo

acordei muito ansiosa e entusiasmada. Na noite

anterior, quase não dormi a pensar como seria o

primeiro dia, numa escola nova, com colegas

novos, tudo novo.

Mal acordei, depois de tomar banho, fui

lavar os dentes e tomar o pequeno-almoço, fui

vestir-me, toda contente, Tinha uma saia muito

colorida, uma t-shirt das Barbies, umas sapatilhas

a combinar com a roupa toda, duas tranças que

não me favoreciam muito, e a tal mochila de

rodinhas.

Entrei no carro. À minha frente, estava a

minha mãe, já cansada de me ouvir aos gritos. Eu

parecia uma pulga, não parava quieta, com a

excitação de ir para a escola. Estávamos mesmo

quase a chegar, comecei a ficar nervosa e com

receio. Devia ser por não conhecer ninguém, e

pelo ambiente ser totalmente diferente da minha

antiga escola.

Da janela do carro conseguia ver os meninos

todos a correr e a brincar de um lado para o outro.

A minha mãe estacionou o carro à porta da escola,

veio abrir-me a porta e eu saí muito

apressadamente, mas ainda com algum receio. Fui

em direção à entrada da escola e esperei que

alguma funcionária ou alguma professora me viesse

buscar, mas como isso não aconteceu dirigi-me

então às salas.

Esperei imenso tempo, até que desse o toque,

por isso sentei-me na primeira cadeira que

encontrei e comecei a comer um pacote de

bolachas. Quando finalmente tocou, vieram os

meninos todos a correr e a gritar para dentro da

sala. À primeira vista, assustei-me um bocado, mas

depois fui-me habituando.

Nesse dia, fiz uns desenhos relacionados

com a escola e com os meus novos amigos.

No primeiro intervalo, fiz logo colegas

novas, fomos todas brincar nos escorregas, e jogar

às escondidinhas juntamento com os rapazes da

minha turma.

Às 17.30 horas, a escola acabou e eu fiquei

sentada num banquinho à espera que a minha mãe

me viesse buscar depois de um dia longo e de

muita brincadeira.

Mafalda Martins n.º3 8.ºD

ALICE

A Alice é uma criança com cinco anos.

Ela é bonita e estilosa.

O seu cabelo, de tamanho médio, é liso e

escuro. De rosto oval e muito expressivo, com

olhos pequenos mas brilhantes destaca-se o seu

narizito redondito e pequenito. Com uma boca

pequena e sempre sorridente.

Alice tem várias qualidades, mas aquelas

que se destacam e me atraem mais são sem dúvida

a sua simpática e a sua alegria.

Gabriela, 5.ºD

Finalmente, tinha chegado o momento de

entrar. O meu coração não parava, estava quase

a sair-me pela boca.

A minha primeira impressão da escola foi

que ela era grande e tínhamos de andar muito

para chegar às salas. Cheguei e ainda estava

tudo calminho, mas quando chegou o primeiro

intervalo, uma onda de alunos invadiu o

corredor. Eu fiquei chocada com tantos alunos e

só queria descer as escadas e ir para um lugar

seguro.

O pior ainda estava para acontecer - a ida

para casa de camioneta. Tantos alunos aos

encontrões para tentar entrar e não percebia e

continuo sem perceber o porquê de eles fazerem

isso, visto que acabariam por entrar no final de

contas!

Foi um dia repleto de emoções que irei

recordar com muito carinho

O PRIMEIRO DIA NA ESCOLA GRANDE

O meu primeiro dia de aulas, no segundo

ciclo, foi e será um dia de que nunca me vou

esquecer.

Recordo-me de perguntar ao meu irmão

como se usava o cartão para entrar na camioneta,

de lhe perguntar como se distinguia o autocarro e

de como se fazia a paragem.

Estava tão nervosa por conhecer os novos

professores, entusiasmada por saber como seria.

Afinal ia para o segundo ciclo, é uma fase de

crescimento importante!

No dia, lembro-me de acordar mais cedo do

que o habitual, e já estava de mochila nas costas

pronta para partir.

Todos se alegraram e agradeceram a Deus

este grande milagre. A avó mandou fazer obras

na sua casa velha e quando chegou o Natal estava

tudo preparado para esta reunião de família.

Foi uma festa maravilhosa e, para surpresa

de todos, a avó ofereceu o restante dinheiro para

o seu filho abrir um negócio. Os netos adoraram

a ideia!

Trabalho coletivo dos alunos do apoio do 5º B

ESPÍRITO DE NATAL

Num dia de dezembro, num Lar de Idosos

da cidade de Guimarães vivia uma senhora na

casa dos setenta anos, chamada Teresa. Era

muito carinhosa com todos e inteligente, mas

sentia-se infeliz porque nunca tinha visitas dos

seus familiares. Só tinha um filho casado e dois

netos, um menino e uma menina, mas estavam

emigrados em França, pois em Portugal não

tinham emprego.

Os netos desejavam muito visitar a avó,

porque gostavam muito dela e estavam cheios

de saudades. O problema é que os seus pais não

tinham dinheiro para a viagem e, por isso, não

podiam passar o Natal todos juntos.

Um dia aconteceu um milagre! A avó

Teresa comprou uma raspadinha de cinco euros

e saiu-lhe muito dinheiro. Resolveu, então, que

pagaria a viagem a toda a sua família e

comunicou-lhes imediatamente esta fabulosa

novidade.

És a porta das Nicolinas,

Estandarte da Academia,

Os estudantes e as meninas

Celebram com alegria.

E depois vem o Natal:

Que época tão bonita!

E tu és a peça principal

Que o meu coração agita.

Ana Carolina Leite Antunes

5.ºD N.º1

Magia das palavras

“Pinheiro” foi a palavra em que pensei,

Árvore de simbologia tamanha,

Entre vales à tua procura andei,

Até que te avistei numa montanha.

Basta reparar

numa folha para desenhar

e tinta para a pintar

e imaginar um jardim para brincar

e numa árvore para à sombra descansar.

Joana Garcia, 5.ºC

Basta Reparar

Basta reparar

numa flor para a cheirar

e depois no campo para a plantar

e imaginar as pétalas para a relembrar

e imaginar numa cor para lhe dar.

Joana Garcia, 5.ºC

P’ra se vestir todos os dias

ela tem muitas manias,

cuida bem do seu look

e passa a vida no Facebook.

A Ana sem computador

ai meu Deus! Que horror!

Debaixo da almofada

Tem os dentes e a fada,

Debaixo do cobertor

Mora o computador…

Ana Francisca Teixeira Pinto, 5.º B, n.º 2

A MENINA ANA

A menina Ana

gosta muito de banana,

o quivi e a maçã

dá-os à sua irmã.

Ela é muito desarrumada

e quase nunca está calada,

fala, fala, tagarela

e gosta da cor amarela.

Li um livro de princesas,

Reis, rainhas e condessas

Com coroas de cristais

Que encantavam animais.

No meu mundo de imaginação

Não há limites nem fronteiras

Mil reinos vou criar

E a todos encantar.

Martinha, 5º A, nº 16

POEMA À MANEIRA DE….

Eu sou a Martinha

E gosto de imaginar

Poemas ou histórias

Qual hei de selecionar?

Com um lápis ou uma caneta

Um monstro vou desenhar

Com sete grandes cabeças

A todos vou assustar.

Não sai de casa

Sem ele debaixo da “asa”.

Quando está na cama

Recebe sempre uma chamada

Do seu primo Luís

Que a quer ver feliz.

Catarina, 5.º B, .º 3

O TELEMÓVEL

A menina Catarina

Usa tão bem o telemóvel

Que merece o Prémio Nobel!

E para o Nobel ganhar

Os dedos tem que treinar

Para mais rápido

As mensagens enviar.

JÉSSICA

Vou apresentar-vos a minha prima Jéssica.

Ela tem dezasseis anos. É uma rapariga

jovem, de estrutura média e muito elegante.

Jéssica é magra com longos cabelos claros. O

seu rosto é oval, onde sobressaem uns lindíssimos

olhos azuis muito vivos e expressivos que se

assemelham a um diamante. Ela tem um nariz

muito saliente e uma boca bem desenhada, com

lábios muito vermelhos.

Jéssica é simpática, meiga, amável,

honesta, responsável, carinhosa, alegre, sorridente,

brincalhona, mas é um pouco preguiçosa. Tem

uma forma de ser muito simples, embora

evidencie alguma vaidade.

Eu gosto muito da Jéssica porque a

considero boa pessoa e tenho muito orgulho em

conhecê-la.

Irina, 5.ºC

Gosto de jogar

Para a equipa ajudar.

Se não consigo marcar

Ajudo a concretizar.

Tenho que correr

Para melhor defender.

Se não for campeão

Sou apenas subcapitão.

José Daniel, 5.º B, n.º 8

Daniel, o futebolista

Chamo-me Daniel

E pertenço a um plantel.

No futebol, sou o Zé

E o treinador também é.

Sou titular

E gosto muito de jogar!

Quando tenho a bola

Ela rebola e rebola.

Gosto de rematar

E de um golo marcar.

No futebol sou feliz

É o treinador quem o diz.

UM MENINO LOUCO

Era uma vez um menino chamado Pedro que

vivia junto a um monte.

Esse menino era um brincalhão, esperto e

adorava andar de bicicleta.

Um dia, apeteceu-lhe dar um passeio com o

seu velocípede, bem junto ao seu monte

preferido. Pedalou, pedalou e lá foi ele.

Para seu azar, depois de ter pedalado um

bom bocado, começou a chover, mas, ele já

estava distante de casa, e, se regressasse

apanharia uma grande molha!

Então escondeu-se atrás de um rochedo, à

espera que a chuva abrandasse. Porém, estava a

acontecer exatamente o contrário; a chuva nunca

mais parava e cada vez chovia mais e com mais

força, chegando mesmo a cair granizo. O menino

estava cada vez molhado, pois o rochedo não o

protegia.

O Pedro não sabia o que fazer, até que

ouviu o seu pai chamar por ele. De imediato o

rapaz foi em sua direção, e abrigaram-se os dois

do temporal, no sopé do monte.

De seguida, foram ambos para casa e

quando lá chegaram o Pedro viu a sua mãe muito

preocupada que logo lhe deu um abraço. O pedro

vivera uma grande aventura.

Pedro Francisco Ferreira n.º15, 5.ºC

Adora jogar futebol

E é um grande atleta

Está sempre preparado

Para cortar a meta.

Para finalizar

Este singelo poema

Ele quer declarar que tem

Os melhores pais do planeta.

Lucas, 5.º A, n.º 14

O MENINO LUCAS

O menino Lucas

Adora brincar

Com os amigos

Que costuma acompanhar.

Está sempre divertido

E é muito animado,

Mas quando faz algo errado

Fica logo mal-humorado.

Gosta bem de viajar

Com os seus queridos pais,

Mas a sua maior alegria

É conhecer novos animais.

O MONSTRO COME CORES

Era uma vez uma borboleta

que vivia num país de campos verdes e

floridos.

Certo dia, ela resolveu voar sobre um

riacho e mirar-se nas águas límpidas. O

que viu deixou-a profundamente assustada.

O que seria?

Uma sombra grande e preta estava ao

pé de uma rocha. A borboleta sem medo foi

pesquisar o que seria aquilo. Parecia um

monstro! De repente moveu-se e foi para o

meio de um prado e começou a esburacá-

-lo…

A borboleta percebeu que era o

monstro que vivia à procura das cores,

inimigo deste reino de campos verdes e

floridos. Se o deixasse à vontade ele iria

deixar aquele país sem cor, sem beleza e sem

vida.

Como não queria isso, rapidamente

voou até à Rainha Flora, explicou-lhe o

problema e esta deu-lhe o pó mágico para

deitar sobre campos, jardins, canteiros,

vasos… A Rainha Flora tinha baldes e baldes

de um pó misterioso para defender o seu

reino.

A borboleta cumpriu a sua missão e o

Come Cores continuou a comer, mas a

natureza continuava feliz e colorida, pois a

magia da Rainha era poderosa e eterna.

Maria João Macedo Santos, 5.º B, N.º 11

Finalmente chegou a esse local e como

por magia tempo melhorou. Então começou

a pescar. As horas passaram e nada tinha

pescado! Quase a desistir, sentiu que uma

criatura marinha tinha mordido o isco.

Puxou-o a apareceu-lhe um peixinho que lhe

disse:

- Se me devolveres ao mar verás que as

tuas contas serão pagas e terás uma surpresa!

O pescador refletiu e largou-o a pensar

que o peixe era pequeno e que de pouco lhe

servia.

Alguns dias depois, a sua vida mudou,

arranjou um bom trabalho, pagou as contas e

mudou de casa. Afinal o peixe cumpriu o

prometido! Luís Alexandre, 5.º A, n.º 15

UMA PESCA INVULGAR

Num belo dia de sol reluzente, um

pobre pescador encontrava-se estendido

na cama a pensar o que ia fazer, pois tinha

muitas contas para pagar e estava sem

dinheiro.

Este homem vivia sozinho e no seu

trabalho ganhava pouco, por isso pegou

na sua cana de pesca, no anzol, no isco e

numa rede, meteu-se no seu velho barco e

dirigiu-se até ao sítio conhecido pelo Mar

das Riquezas.

Pelo caminho o céu começou a ficar

sombrio como breu, os relâmpagos

pareciam flechas a voar, mas o pescador

não desistiu e continuou a viagem um

pouco perdido.

A BORBOLETA DESBOTADA

Era uma vez uma borboleta que vivia

num país de campos verdes e floridos.

Certo dia, ela resolveu voar sobre um

riacho e mirar-se nas águas límpidas. O que

viu deixou-a profundamente assustada. O

que seria?

Tinha ficado sem cor! Resolveu

imediatamente chamar o Sábio da floresta.

Depois de muitas horas, o Mocho Sábio

disse à borboleta que teria de mergulhar

num certo rio e encontrar a pedra mais

bonita e brilhante que visse. Para isso teria

de usar a sua proteção mágica para não

morrer.

Voou por montes, vales e prados

repletos de flores de mil cores e de

planícies verdejantes.

Por fim, de tão cansada resolveu fazer

uma pausa. Ao longe viu um rio que corria

alegremente. Levantou voo e quando olhou

para as águas viu milhares de pedras

reluzentes. Lembrou-se do que tinha de

fazer, mergulhou e apanhou uma linda

pedrinha verde muito brilhante.

A borboleta levou a pedrinha preciosa

ao Sábio que sorridente a passou pelas asas

desbotadas e ela logo adquiriu várias cores

magníficas!

Ficou muito feliz, agradeceu ao seu

protetor e disse-lhe que iria ouvir sempre

os seus conselhos.

Bárbara Sofia, 5.º A, n.º 2

O MEU PRIMEIRO DIA DE AULAS

Era de madrugada, olhei pela janela e

ainda não havia sinal do sol, estava tão

ansiosa que começasse o meu primeiro dia

de aulas que não conseguia pregar olho.

Finalmente o despertador tocou e a

minha mãe levantou-se rapidamente para

me preparar, visto que ela ia trabalhar foi a

minha avó que me levou á escola. Vesti a

minha camisola preferida da “ Hello Kitty”,

calcei as minhas sapatilhas com luzes,

a minha prima mais velha fez-me umas

belas tranças no meu cabelo loiro que me

desciam pelos ombros como

alegres serpentes

Antes de ir para a escola, eu e a minha avó

fomos ao café do Sr. Alberto tomar o

pequeno-almoço como fazíamos sempre

nos dias especiais.

Ao chegar ao portão da escola, avistei

rapidamente as minhas melhores amigas

que me acompanharam desde o pré-escolar.

Sem pensar, larguei a mão da minha avó e

fui a correr até elas. Esqueci-me

completamente da minha avó, pois nem

sequer me despedi dela, mas tenho a certeza

de que ela largou um grande sorriso ao ver

-me tão entusiasmada.

Passados alguns instantes, a

campainha tocou, ou seja, a minha

primeira aula ia começar.

Como o meu nome começa com uma

das primeiras letras do alfabeto, sentei-me

na secretária da frente com um rapaz com

um ar estranho, chamado Duarte.

Desde a nossa primeira troca de

olhares, até hoje, nunca gostei dele. A

professora era gordita, usava chapéus

abstratos, argolas do tamanho do meu

pulso e anéis em todos os dedos mas a

minha primeira impressão foi positiva,

pois além de ser simpática, tinha o mesmo

nome que eu.

Beatriz

Quando deu o toque para o intervalo,

eu e as minhas amigas fomos a correr para o

recreio para sermos as primeiras da nossa

turma a experimentar os baloiços. Para além

dos baloiços, existia um escorrega, dois

cavalos e uma série de ferros para fazer

pinos e cambalhotas.

Sem que me apercebesse a lua já

começava a espreitar, e de repente ouvi a

buzina de um carro. Era o meu pai, o que

queria dizer que o meu primeiro dia já tinha

acabado. Despedi-me dos meus colegas e

fui embora, feliz , pois no dia seguinte iria à

escola novamente.

Beatriz Ferreira N.º7 T.ª B