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Desenvolvendo a Habilidade de Produzir Bons Textos, por Carla Queiroz Carla Queiroz Pereira [email protected] http://aescritanasentrelinhas.d3estudio.com.br

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Desenvolvendo a Habilidade de Produzir Bons Textos, por Carla Queiroz

Carla Queiroz [email protected]

http://aescritanasentrelinhas.d3estudio.com.br

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Escrever é agir sobre o outro; é saber ajustar o texto à situação de interação, à finalidade da escrita, ao interlocutor etc.

A escrita é um exercício mecânico de pôr no papel não importa o quê, faça ou não sentido, tenha ou não relevância (Antunes, 2005).

Planejar a escrita, escrever e revisar o que escreveu são atividades cruciais.

A escrita é mero treinamento, para nada e para ninguém.

Escrever um texto para defender um ponto de vista, orientar uma argumentação, dar explicações, intervir sobre um problema, vender uma idéia.

Uma escrita sem perspectivas sociais inspiradas nos diferentes usos da língua fora do ambiente escolar (Antunes, 2005*).

Só se aprende a ler e a escrever, lendo e escrevendo (Bagno, 2003); o escrever é resultado de muita prática de escrita, leitura e reescrita.

Para aprender a escrever bons textos é necessário saber explicitar regras gramaticais, saber regras do certo e errado.

Estudar uma língua significa considerar os vários contextos em que os textos são produzidos, as questões sociais e culturais de uma sociedade, o processo como são construídos os vários sentidos etc.

Uma língua se restringe a um manual de gramática.

Considerações iniciaisO

que a escol a não nos en sinou

*Todas as referências bibliográficas estarão disponíveis no último slide a ser apresentado na oficina

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Ensino Fundamental I e II

Ensino Médio

Ensino Superior

• Início das queixas sobre a leitura/escrita. Encaminhamento aos profissionais da saúde.• Aplicação de testes, diagnósticos e medicação.• “Erros” na escrita são considerados como sinais de patologia.• Questões textuais não são bem trabalhadas.

• O adolescente não produz textos compatíveis com sua escolaridade. • As dificuldades na escrita se arrastaram no tempo.

• O jovem chega à Universidade com dificuldades para escrever.• Sofrimento e revolta por não ter aprendido no passado.

• Necessidade de escrever muitos textos, com complexidade cada vez maior.• Considerável saber técnico, mas dificuldades para escrever.• Problemas no trabalho em função dos textos que (não) produz.

• Uso de “estratégias” para poder escrever; evita escrever; não há o gosto pela escrita.• Perda de oportunidades; comprometimento da imagem e credibilidade.• Busca por livros e cartilhas: “Como escrever bem” (dicas e receitas); frustração, não progresso.• Busca por ajuda especializada.

A Escrita e o escrevente: do Ensino Fundamental à Vida Profissional

Primeiros Anosde vida profissional

Próximos Anosde vida profissional

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O caso da advogada RR: pânico, ctrl C, ctrl V

RR, advogada há 10 (dez) anos, entra em contato comigo através do blog “A Escrita

nas Entrelinhas”, e envia o seguinte e-mail:

“(...) Apesar de estar lotada em um escritório de advocacia, não consigo

redigir. Tenho dificuldades/pânico toda vez que tenho que escrever alguma

coisa. Fico pesquisando e procurando o que tenho que escrever em outros textos;

ao localizar, copio e colo. Ou seja, os meus textos são uma verdadeira colcha de retalhos. Só que, infelizmente, os retalhos

não são meus. Isso me faz sentir muito mal. Será que você pode me ajudar?”

[com adaptações, grifos meus].

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O caso da advogada RR: traumas de infância

No primeiro contato, RR relata que, desde a infância, não gosta de escrever e atribui esse fato aos primeiros anos de vida escolar.

Uma professora convocou a mãe de RR e afirmou que a filha tinha dificuldades de aprendizagem. A partir de então, escrever sempre foi uma tortura. Perguntei-lhe se saberia me dizer quais foram os “erros” na escrita que levaram a professora à afirmação. Após o

relato, concluí que os chamados “erros” eram, na verdade, próprios de uma criança aprendiz da escrita, considerando o sistema

alfabético de nossa língua.

Consequência* da afirmação equivocada: RR cresceu achando que tinha um problema, uma patologia. Passa a escrever pouco, evita

escrever. Procura fonoaudiólogos para aplicar testes e fornecer diagnósticos.

* Palavras que sofreram modificações na grafia após a reforma ortográfica

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O caso da advogada RR: problemas com a escrita se arrastam no tempo

Afirmações equivocadas Na escola,

Erros = patologia

Traumas, resistência à leitura e à escrita

Busca por profissionais da saúde. Testes e diagnósticos.

Aspectos textuais não são aprendidos e

exercitados

Escrita de textos não compatíveis com a

escolaridade

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Após a afirmação da professora, aquilo que não existia passou a existir: uma dificuldade de fato. Em função dos traumas e da resistência à escrita, RR, já

no exercício da profissão, tem dificuldades de organizar as informações do texto, estabelecer as relações de sentido entre uma parte e outra, argumentar

etc., conforme veremos nos textos produzidos por ela.

Pude perceber por onde começaria a trabalhar com RR, isto é, pela tentativa de convencê-la de que não havia qualquer dislexia, distúrbio ou dificuldade

proveniente dela ou de seu cérebro.

Mostrei a ela alguns textos de crianças aprendizes da escrita, expostos em meu blog. Após a leitura de tais textos, RR relata: “Sempre achei que eu tinha um problema, mas depois que vi como a Bia escrevia percebi que eu fazia as mesmas coisas quando criança. Eu só precisava de alguém para me dar uma ajudinha... me mostrar que eu não tinha problema. Estou aliviada por ver que eu não tenho um problema [orgânico]; estou animada e com esperança. Até

voltei a ler. Estou lendo Dom Casmurro”.

O caso da advogada RR: de volta à leitura

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Conhecer o funcionamento do cérebro

Conhecer o Funcionamento da Linguagem

Dislexia, Dificuldade de Compreensão...

Conhecer os testes

Saber interpretar os “erros” linguisticamente*: saber, por exemplo, a relação entre fala e escrita, bem como os aspectos envolvidos no complexo processo de produção e interpretação de textos (Abaurre, 1987; Cagliari, 1996; Abaurre, Fiad & Mayrink-Sabinson, 1997; Massini-Cagliari & Cagliari, 1999).

É necessário entendermos o que tem sido considerado como sinal de dislexia, dificuldade de compreensão, distúrbios etc. Que tipos de “erros” têm sido considerados como sinais de patologia? (Coudry & Scarpa, 1991).

Para questionar os testes é preciso conhecer as tarefas neles propostas, bem como as respostas consideradas como corretas.

Saber que o cérebro trabalha de maneira dinâmica e integrada, e que as atividades propostas influenciam no seu funcionamento (Coudry, M. I. & Freire, F. M. P., 2005).

Para entender e questionar a relação entre Escrita & Diagnósticos

É importante que as pessoas sejam avaliadas através de atividades contextualizadas, da escrita de textos que façam sentido para elas.

Avaliação Contextualizada

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Repercussão no funcionamento do cérebro

Aspectos textuais a serem trabalhados

Mudanças na escrita: trabalho do cérebro e da linguagem

Trabalhando o Texto Texto organizado e bem elaborado

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“Eu tinha medo (...). Antes, escrever era uma tortura, agora não. Eu ficava

pensando...pensando o que ia escrever e não escrevia nada, pois achava que tinha que vir tudo certinho [na cabeça] e pronto; hoje eu

penso e já vou escrevendo, e aí as palavras vão vindo...depois eu volto e vou corrigindo”

(RF, engenheira).

“Hoje eu leio um texto de um colega e percebo que ele está ruim. Realmente,

saber escrever é muito gostoso. O escrever dá uma sensação de

liberdade e é divertido. É impressionante. Hoje me surpreendo com o que eu coloco no papel” (RF,

engenheira).

“Ninguém nunca me ensinou isso: a refletir sobre o que escrevo; que não posso simplesmente ‘jogar’ as palavras; que preciso pensar no outro para quem

escrevo; ler e reler o que escrevi e reescrever. O que estamos vendo sobre a linguagem se aplica a tudo”

(VV, advogada).

A satisfação de quem aprende a escrever melhor

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Para você, o que é escrever um bom texto?

Veja o comentário de um leitor a propósito do entendimento do cartaz

“Apesar de poder ler normalmente o cartaz, não fazia sentido para mim; eu pensava: ‘mas o que tem a ver a necessidade da porta se manter aberta com o fato de o salão nobre estar em uso’? Aliás, por não conhecer

bem as dependências do prédio em que estava, eu nem sabia onde ficava o salão nobre naquela época. Fiquei inquieta, incomodada. Mas tudo bem, entrei por essa porta que dava acesso aos vários banheiros que lá havia e fiz o que precisava. Quando saí, a porta não mais estava aberta, estava fechada. E ao abrir, ouvi

um barulho, um ruído forte e horrível provocado pela abertura da porta; pude ver também o salão nobre, bem ao lado do banheiro. Só naquela hora consegui entender aquele cartaz, atribuindo um sentido a ele.

Ufa! Veio o alívio e a tranquilidade* por ter entendido o que estava escrito”.

* Palavras que sofreram modificações na grafia após a reforma ortográfica

MANTER A PORTA ABERTA.

SALÃO NOBRE EM USO.

A placa a seguir foi vista afixada na porta de acesso aos banheiros femininos de uma faculdade.

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Muitas vezes, quando falamos ou escrevemos algo para alguém, pressupomos que o outro já tem todo o conhecimento relacionado àquilo sobre o que falamos (ou escrevemos), o que nem sempre ocorre. O caso do cartaz é um exemplo disso.

O entendimento do cartaz somente foi possível quando o leitor, ao abrir a porta do banheiro, ouviu um ruído forte e viu o salão nobre. Explicite os conhecimentos necessários para a compreensão de cada uma das frases do cartaz.

Reescreva o texto do cartaz de modo a manter as informações necessárias para sua melhor compreensão pelas pessoas que usam o banheiro.

A escrita no dia-a-dia: pensar no outro para quem escrevo

Seu autor escreveu como se o leitor tivesse, pelo menos, dois conhecimentos que não estavam explicitados no cartaz. Para uma pessoa entender esse cartaz logo no momento em que é lido, quais os conhecimentos de que ele necessita?

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A escrita no dia-a-dia: mal-entendidos

Contexto de escrita: MA, aluna de pós-graduação em Linguística*, divide uma casa (identificada como M5) com mais três amigas em Campinas (moradia da Unicamp). Certo dia MA pede permissão para lavar um cobertor na casa de um amigo, EV, que lhe dá plena autorização. Após lavá-lo e pendurá-lo para secar, MA viaja para sua terra natal, onde ficará 10 dias. Sendo assim, EV diz para MA: “Já que você vai viajar, deixarei o cobertor com suas amigas, em sua casa”. “Ok, obrigada”, responde MA. Conforme prometido, EV vai à casa de MA para entregar o cobertor, mas não encontra ninguém. Tenta, então, entregar o objeto na portaria, o que não foi permitido pelo porteiro. Decide, por isso, deixar um bilhete na casa de MA:

* Palavras que sofreram modificações na grafia após a reforma ortográfica

Ao entrarem em casa, as amigas de MA, que não tinham qualquer conhecimento sobre o cobertor deixado na casa de EV, leem* o bilhete e fazem comentários do tipo: “Pegar o seu barato”? “Puxa... mas será”? “Nunca imaginei que a MA mexesse com essas coisas”... “Precisamos tomar providências...”. “Todas nós estamos correndo riscos...”

Até MA voltar para casa e desfazer esse terrível mal-entendido...

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Ref

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eMuitas vezes, quando escrevemos algo para alguém, nem imaginamos que poderemos ser interpretados de maneira diferente da desejada, o que ocorre em função de diversos fatores: textuais, culturais, sociais, situacionais etc.

Tente lembrar de uma situação em que algo parecido ocorreu com você ou com alguém que você conhece, seja no trabalho, na família ou no convívio com os amigos. Faça uma descrição, passo a passo, do contexto da situação, explicitando o problema ocorrido.

Mal-entendidos que ocorrem durante uma conversa são mais fáceis de serem resolvidos. A escrita, porém, não nos permite uma solução rápida, afinal, o interlocutor não está face a face.

O autor escreveu o bilhete sem considerar que a leitura por pessoas que não fossem MA poderia causar um mal-entendido provocado pelo uso de “barato”. Considerando o contexto, haveria algo que pudesse evitar esse mal-entendido, sem alterarmos qualquer palavra do bilhete?

A escrita no dia-a-dia: mal-entendidos

Vale ressaltar que a existência de um mal-entendido nem sempre pressupõe uma dificuldade de quem escreve ou de quem lê o texto.

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Um case: o cliente leva seu celular a uma Assistência Técnica Autorizada – Dept. Atendimento (relato da Relações Públicas da empresa).

- Bom dia. O visor do meu celular está estragado...ele apagou. Preciso de um orçamento. Quando posso ligar para saber o valor?

- Em 48 horas úteis, senhor, responde a atendente (VG). É só o senhor ligar no telefone indicado na Ordem de Serviço.

- Tudo bem, obrigado, responde o cliente.

O aparelho segue para o laboratório com a especificação do problema do cliente. Após avaliação, o técnico lança no sistema apenas as seguintes informações:

Troca dos itens:Conector de bateria – 50,00Bateria – 70,00Serviços: solda – 20,00; mão-de-obra – 30,00.

A escrita nas empresas: perda de negócios

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- Bom dia! Deixei o meu celular aí há dois dias e estou ligando para saber o orçamento. O número da Ordem de Serviço é xx..- Senhor, o valor do orçamento é R$ 170,00.- Assustado o cliente diz: “o quê? Cento e setenta reais? Mas como? Meu celular só estava com o visor apagado. Como isso vai custar cento e setenta reais?- Senhor, foi o laboratório que analisou seu aparelho. Então, como é um técnico especializado, o orçamento é isso mesmo, senhor.- O cliente, desconfiado e bravo, diz: Olha, não vou aprovar esse orçamento. Deixa o celular como está; vou aí buscar.

O cliente entra em contato com o Call Center da empresa.

O cliente “bate” o telefone sem se despedir.

A escrita nas empresas: perda de negócios

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- MP, o cliente havia reclamado de seu display (visor), mas nos itens indicados há bateria, conector, e ainda uma solda para fazer. Como assim? - Sim....é isso tudo o que precisa fazer, responde o técnico. - Mas MP, todos esses itens têm a ver com o problema do display?- Não VG. Acontece que, a vida útil da bateria está acabando e o conector da bateria está quebrado. Então tem de trocar, ué!- Mas MP...O que um conector quebrado tem a ver com um display apagado? O que esses dois itens (bateria e conector) têm a ver com o motivo pelo qual o cliente trouxe o celular?, fala a atendente bastante irritada. - Não tem a ver diretamente, VG, mas esses componentes não estão bons. Daqui a pouco o aparelho dele nem carrega a bateria...olha aqui o conector quebrado!

A atendente, sem saber de fato a razão de todos aqueles itens, sai de sua posição de atendimento e vai até o laboratório checar as informações com o técnico (MP).

A escrita nas empresas: perda de negócios

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Entendi, MP, mas eu quero saber só o que é preciso fazer pro display voltar a funcionar.- É só a solda. Mas a bateria está ruim e o conector também.- Tudo bem, MP, mas o cliente trouxe o celular aqui porque o display estava apagado. Então você poderia ter digitado... discriminado isso no sistema; assim eu teria entendido e explicado para ele. Assim pelo menos os R$ 50,00 ele teria aprovado (20 da solda + 30 da mão-de-obra), entendeu?

O técnico, sem ter ideia* de como foi o contato do cliente por telefone, finaliza a conversa dizendo:“VG, não posso mais conversar com você; tenho muito aparelho pra olhar”.

A escrita nas empresas: perda de negócios

* Palavras que sofreram modificações na grafia após a reforma ortográfica

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Considerações

Se o engenheiro tivesse considerado o seu interlocutor, uma atendente que não partilha dos mesmos conhecimentos técnicos que ele, perceberia a necessidade de escrever de maneira diferente (somente o técnico sabia que, fazendo a solda, o problema do display estaria resolvido). Isso mostra também que um bom texto vai muito além dos aspectos gramaticais; mostra que “clareza” depende, também, de quem é o leitor.

Compreender um texto (falado ou escrito) é mais que decodificar; o óbvio não existe.

A escrita nas empresas: perda de negócios

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A escrita nas empresas: perda de negócios

Considerações

Se a atendente tivesse compreendido o orçamento, teria assessorado

melhor o cliente; resolveria não somente o problema trazido por ele, mas aqueles levantados pelo técnico. Isso geraria credibilidade e confiança, e, provavelmente, os itens contidos no orçamento teriam sido aprovados.

O cliente teve uma péssima impressão da empresa. A empresa não comunicou seriedade e transparência, pelo contrário.

A empresa teve prejuízo desde a emissão da Ordem de Serviço até a devolução do aparelho. A atendente deixou de atender vários clientes enquanto precisou esclarecer o orçamento com o técnico. Além disso, a empresa não recebeu R$ 170,00 nem R$ 50,00.

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1. Leitura do Texto complementar nº 1:A necessidade de considerarmos o outro para quem escrevemos

2. Leitura do Texto Complementar nº 2:Escrita e Imagem da Empresa

3. Leitura de textos postados no blog

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4. Produção de texto nº 2

Proposta de atividades