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CAPOEIRA a construção da malícia  e a flosofa da malandragem 1800-2010 autor: Nestor e!e"redo dos Passos Neto #$Nestor Ca%oe&ra$' 2011

Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    CAPOEIRA

    a construo damalcia

    e a flosofa da malandragem1800-2010

    autor: Nestor e!e"redo dos Passos Neto#$Nestor Ca%oe&ra$'

    2011

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    CAPOEIRAa construo da malcia

    e a flosofa da malandragem1800-2010

    Trilogia do Jogador, vol. 1

    deNestor Ca%oe&ra

    #Nestor e!e"redo dos Passos Neto'( 2001( 2011

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    al)e todos ca%oe&r&stas*%assado+ %resente+ "uturo,

    Para o maestro P&&ngu&n.a+ /un&! odr+ e/an arr&nc.a,

    In memorian:emer)al 3o%es de 3acerda+ o mestre

    3eo%old&na #1455-2006'* /arcelo u&mares+mestre Pe&&n.o #1476-2011',

    Outras oras do autor:- No 9ras&l:O pequeno manual do jogador de capoeira,

    R&o de ane&ro: round+ 1481, Ed, re) e atual,: Rde ane&ro+ Record+ 1448,

    Galo j cantou, R&o de ane&ro: Arte;o

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    Ed, re), e atual,: R&o de ane&ro+ Record+ 1444,Capoeira, os fundamentos da malicia, R&o de

    ane&ro:Record+1442,

    !alada de "oivo#da#$ida e $eneno#da#%adrugada. R: Record+ 1446,

    - No 9ras&l+ na >rea acad?m&ca:PAO NE@O+ Nestor , dos #Nestor Ca%oe&ra

    &itual roda, mandinga ' tele#real, &sst, de

    mestrado+ ECO-BR+ 144=, Or&entador: %ro", dr,/un&! odr,,Jogo Corporal e comunicultura, a

    capoeira como fen(meno civili)at*rio com realaptid+o comunicativa e transcultural, @ese dedoutorado+ ECO-BR+ 2001, Or&ent,: %ro", dr, /unodr,

    - Nos Estados n&dos:Te little capoeira !oo-, 9erDele: Nort.

    Atlant&c 9ooDs+ 144=,Capoeira, roots of te dance#gt#game,

    9erDele: NA9+ 2001,Capoeira, te streetsmart song, 9erDele: NA9

    200=,

    - Na Brana:/e petit manuel du jouer de capoeira, Par&s:

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    9udoF3GE)e&l+ 2005,

    - Na &namarca:

    Com 9OR;A33+ , Capoeira, -ampdans oglivsloso fra 0rasilien, Odense: Odensen&)ers&tets"orlag+ 1446,

    - Na ;olanda:Capoeira, een and!oe- voor speeler, ;oland

    Elmar+ 2005,- Na Aleman.a:Capoeira, ampf-unst und Tan) aus 0rasilien,

    9erl&m: He&nmann+ 1444,

    - Na Poln&a:

    Capoeira, HroclaJ: Patra Purana+ 200=,

    -Na B&nlKnd&a:Capoeira, ;els&nD&: Art ;ouse+ 200L

    - Em Portugal:O 2equeno manual do jogador de capoeira,

    3&soa: Arte Plural+ 2004,

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    /MRIO

    Pre">c&o com Nestor Ca%oe&ra

    1 - /A @ICA NERA E A3@ERNA@IAm al do autor

    1,1 - A t&caA t&ca dos gregos e das soc&edades

    arca&casA t&ca+ segundo 9ad&ou

    A malc&a+ a mand&nga+ e os"undamentosam> el.o e a gostosura!&n.a

    .olandesa1,2- O cor%o

    O cor%o entre os nagsO cor%o na gloal&!ao+ segundo

    @uc.ermanO cor%o na gloal&!ao+ segundo&llaa

    Cor%oral&dade - o ogo2 - A BI3OOBIA A CAPOEIRA2,1 - A malc&a

    Qta mundo enganadorO &ntelectual e a $alegr&a de )&)er$O $con.ec&mento$+ e a $alegr&a de

    )&)er$A $alegr&a de )&)er$ e a dor

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    A $alegr&a de )&)er$ e as rae&ras da)&da

    A%rendendo a )er

    O credo do $Poder$ o da $Alegr&a de)&)er$

    Como desen)ol)er a $alegr&a de )&)er$A contra%arte mater&alOutro en"oue sore a malc&aO d&n.e&ro

    2,2 - A ao tera%?ut&ca da rodaO &n&c&anteO t&casA d&nKm&ca tera%?ut&ca da roda

    2,5 - A $construo$ da malc&a+ 1800-2000

    R&o: os escra)os a"r&canos lad&nos+1800-18=0As maltas+ os raos+ e os )alentTes:

    18=0-1420O malandro e o sam&sta+ 1420-1450A desconstruo do malandroAs contr&u&Tes de 9&ma e Past&n.a+

    1450-14L0A mardadede 9&maAs meta"s&cas de Past&n.aA vadia3+ode Haldemar da 3&erdade

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    A contr&u&o da gerao R&o-am%a+14L0-1480

    /udana em 200=+ %ela gerao

    nasc&da em 146=5 - O $I@E/A E ACAE/IA$

    Autor&tar&smo ecess&)oS Ou $trad&oA d&alt&ca da trad&oA trad&o+ do o%r&m&do e do o%ressorEstratg&as usadas na luta %ela

    .egemon&aO son.o de um

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    O malandro e o gol%&staO malandro e o ca"etoO malandro e o gol%&sta seual: a

    dorad&n.aO malandro e a mandaO a%rend&!ado do malandroO malandro+ o seo+ e a es%&r&tual&dad

    L - A P3XO+ O YI+ E O AZEnerg&a: tr?s en"oues .omeomor"os

    Os or&>s e a %uls%Ps&can>l&se e ca%oe&raPulso de morte e cr&at&)&dadeCa%oe&ra e a flosofa do real

    6 - O I/AINMRIO A CAPOEIRA6,1 - O )alente e o malandro* Ogum e O[ss&

    O candoml da 9a.&a

    Os or&>sOs cultos a"r&canos no R&o de ane&roO )alente e o malandro

    6,2 - Outras ent&dades na rodaO sorr&so+ e a gargal.ada da Pomag&r9esouro+/anduca+Nasc&mento*

    9&ma+Past&n.a6,5 - alo cantou8 - O RI@A3 A CAPOEIRA8,1- A roda

    A roda como es%ao geomtr&co

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    A roda como es%ao r&tualA roda como es%ao mst&coA roda como modelo soc&al

    8,2 - O er&mau8,5 - m t&%o de

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    ca[t&cos&s%os&t&)os %ara con

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    Prolema: cr&at&)&dade mtodos deens&no

    ogadores ue &m%ro)&sam: uma

    eceoAlunos ma&s e%er&entes+ e ma&s no)o

    na rodae&ar o aluno a%render so!&n.oNo dar tre&namentos com%l&cados %a

    &n&c&ante

    @re&nar o som&m&nu&r o autor&tar&smo11,5 - Os tre&namentos mecKn&cos e re%et&t&)o

    11,5,1 -@re&namentos %ara &n&c&antes11,5,2 -@re&namentos %ara n)el md&o11,5,5 -@re&namentos %ara n)el

    a)anado

    12- CAPOEIRA NO E@RANEIRO12,1- A e%anso no estrange&roAs dcadas &n&c&a&s+ 1460-1440

    12,2- $Cultura$ seo e cor%oral&dade: c.oucultural

    /alandragem mac.&smo+ e o c.ouecultural

    12,5- Os

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    12,7- As ra!Tes do sucesso no estrange&roO sucesso da ca%oe&ra entre as

    mul.eres

    O sucesso da ca%oe&ra entre os .omenAs crt&casA %arte $soc&al$A flosofa+ na )&so dos estrange&rosA contr&u&o da ca%oe&ra amer&cana

    euro%&a

    15 - CONC3XO: O OO CO/NI@MRIOPos">c&o com Nestor Ca%oe&ra17 - APQNICE ACAQ/ICO

    Introduo #no est&lo acad?m&co'/etodolog&aO

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    da dana %r&m&t&)a dos caoclos+ datuue+ e cador or&g&nada %elosA"r&canos de Angola ou e

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    le)ou %ra desflar na $.C.4ntende+ a ala-s.oJ da/angue&ra+ rodeado %or de!enas de mulatasmara)&l.osas,

    9re)e me "orme& engen.e&ro e+ em %aralelo+comece& a ens&nar ca%oe&ra* eu atua)a no mundoda classe md&a+ e tamm )&)&a o son.o de umaoutra real&dade onde o malandro e o sam&staeram os astros do flme,

    Em 1461+ aos 2= anos+ c.ute& tudo %ro alto+c.ute& e sa %edalando: um [t&mo e em %agoem%rego como engen.e&ro da /igt and 2o5erCompan6 7..+ a d&str&u&dora de energ&a eltr&cado R&o de ane&ro* um a%artamento de do&suartos+ no Cosme el.o+ ao lado da academ&a dca%oe&ra onde tre&na)a e da)a aulas* a namorad

    e ma&s uma ou duas fl&a&s* o carro+ o som+ e todaauelas co&sas ue um %eueno urgues&n.o emsuced&do tem dentro de casa,

    Coloue& umas rou%as e um saco-de-dorm&rnuma moc.&la+ %endure& o er&mau no omro+ e%art&,

    Part& %ara comer auelas gr&ngas louras+entender ue neg[c&o era auele dos ippiescomseu 3 e roc-8n8roll+ e $conu&star$ a Euro%a,

    O ogo de Ca%oe&ra no era o e&o central des

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    $%ro "ora+ )&)endo de ca%oe&ra e $dos meus%restg&os$, Part&c&%e& da e%anso e%o%ular&!ao+ dentro e "ora do 9ras&l at a%resente data+ 2011+ uando temos uns 2=,000%ro"essores de ca%oe&ra no nosso %as+ e ma&s un2,000 es%al.ados %or ma&s de 1=0 %ases, Aca%oe&ra est> omando em todas as grandesc&dades do %laneta,

    Eu escre)& 5 l&)ros de ca%oe&ra #Ed&tora RecorR: 1481+ 148= e 1442'* tamm f! um mestrad

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    e doutorado em Comun&cao e Cultura #2', Nasm&n.as )&agens+ consegu& ue meus l&)r&n.os"ossem tradu!&dos e %ul&cados em outros %ases

    Estados n&dos+ Aleman.a+ Brana+ &namarca+;olanda+ B&nland&a+ Polon&a e Portugal* em 2004+em%laue& 100,000 l&)ros )end&dos,

    A%esar de a&nda estar+ graas ^ %r>t&ca d&>r&adoJogo+ em %lena "orma fs&ca+ usu"ru&ndo dasrodase dos %ra!eres da $)ad&ao$* a )erdade

    ue estou na casa dos L0 anos de &dade e umaora ma&s $%esada$ e $acad?m&ca$ t&n.a ra!o dser, Comece& a escre)?-la em 2001 e term&ne& em2011, A $o!ra magna$ cresceu+ fcou &mensa-1,21L %>g&nas - * resol)& d&)&d&r o l&)ro em 5)olumes,

    O )olume ue )oc? tem nas mos o %r&me&r

    da Trilogia do Jogadore en"oca a %alcia- a$flosof"a$ da ca%oe&ra, Os do&s outros )olumes+ue sero %ul&cados em 2015+ re"erem-se ao:ist*ricoda ca%oe&ra

    Eu com%aro a malcia^ $flosofa damalandragem$+ outra >rea carente+ a%esar dealguns romances como os de oo Anton&o+ etraal.os acad?m&cos como os de a/ata,Eam&no cantos de ca%oe&ra+ letras de sama+ ecantos da umanda, En"oco testemun.os de

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    mestres de ca%oe&ra+ a %art&r de 1450* e demalandros e sam&stas ue t&)e o %ra!er decon.ecer e con)&)er,

    /ostro %ontos em comum+ e d&)erg?nc&as+entre a ca%oe&ra e sua t&ca+ e a mane&ra .&ndU d)er o mundo+ segundo Pra

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    ca%oe&ra - um terreno %rat&camente )&rgem+ e a ue es%ero %er%etuar m&n.as &d&as e m&n.a)&so+ %elo menos %or algumas dcadas - um

    oss&cas da %roduo &ntelectualras&le&ra+ dos d&s%os&t&)os de%roduo de sent&do montados %ome&os de comun&cao de massa e%or outro lado+ com%reender asestratg&as %o%ulares decont&nu&dade &nst&tuc&onal ue&nteragem com a cultura.egemn&ca - "ormas rel&g&osas+

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    lUd&cas+ at&)&dades coo%erat&)as+etc, -+ fadoras de normas deconduta ca%a!es de confgurar

    alternat&)as %ara a t&ca soc&al&med&ata,Em resumo: as %esu&sas se&nserem no cam%o da comun&caet&c&dade e cultura %Ul&ca, #5'

    A gente toma uma at&tude au&+ outra ma&sad&ante+ e se .ou)er uma coer?nc&a+ a&nda uecom%reens)el somente %ara n[s mesmos* se.ou)er um mn&mo de talento e de )&so+ e mu&taded&cao e suor* se .ou)er uma &n"ra-estrutura%oderosa #no meu caso+ a ca%oe&ra'* de%o&s detr?s ou uatro dcadas c.egamos num lugar ue

    nosso+ e de ma&s n&ngum,@em s&do uma )&agem e tanto,E esse $t&g&nas+ damesma "orma ue eu curt& escre)endo-as,

    R&o de ane&ro+

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    NO@A:

    #1' PA@IN;A+ ,B, #/estre Past&n.a', Cadernol!um do Centro 4sportivo de Capoeira ngola,al)ador: caderno manuscr&to+ sFdata #a%ro,14L0', P, 11a, A grafa or&g&nal "o& mant&da,

    #2' PAO NE@O+ Nestor , dos #NestorCa%oe&ra', &itual roda, mandinga ' tele#real, &ss

    de mestrado+ ECO-BR+ 144=, Or&entador: %ro", d/un&! odr,,Jogo Corporal e comunicultura, a

    capoeira como fen(meno civili)at*rio com realaptid+o comunicativa e transcultural, @ese dedoutorado+ ECO-BR+ 2001, Or&ent,: %ro", dr, /unodr,

    #5' OR+ /un&!, Ident&dade e Cultura,2ro!lemas Te*ricos da Comunica3+o $III. R&o deane&ro: outorado da Escola de Comun&cao daBR+ 1_ semestre de 1448,

    1 - /A @ICA NERA E A3@ERNA@IA

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    $9ranco "a! letra+Preto "a! treta$

    #&tado %o%ular dos terre&ros a&anosapud/un&! odr'

    B&ca e)&dente ue+ a%esar da saga da ca%oe&racom%ortar lutas e )alentes+ ela tamm tra! ostraos de uma .&st[r&a, A .&st[r&a de sua

    asceno e &nsero na soc&edade gloal+ emcomo o con"ronto de seus )alores com os deoutras %r>t&cas cor%ora&s+ e tamm com os deoutras classes soc&a&s,

    esta d&menso+ a do valor+ ue tra! %ara aca%oe&ra a uesto ?tica,

    Neste ca%tulo )amos tentar e%l&c&tar a %alccomo uma $t&ca Negra e Alternat&)a$ #no

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    g&ca+ e o m&str&o com%at)e&s com%a&o a&ssal - o "uteol - de um %o)o - oras&le&ro -+ ue tem na es%&r&tual&dade e nom&st&c&smo #sem o sent&do %e

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    /el.or d&!endo+ no te)e segu&dores nos ue)&eram de%o&s do $Anfco$, Estes outo- eceto oo aldan.a e tal)e! ma&s do&s -+

    contem%orbneos de nossa $gloal&!ao$+ erama%enas ma&s alguns $&d&otas da o

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    Bel&!mente a ca%oe&ra no so"reu as l&m&taTedo "uteol* l&m&taTes ue "oram tem%orar&amene%and&das %elas crn&cas de Nelson Rodr&gues,

    A ca%oe&ra )e&o do mesmo calde&ro cultural dsama+ da malandragem+ do candoml+ daumanda, E %or &sso+ desde seu &nc&o+ sem%re - aca%oe&ra - "o& atra)essada %ela mUs&ca+ %elosungue+ %ela $flosofa$+ e %ela es%&r&tual&dade,

    O ue "alta)a era e%l&c&tar esta flosofa e est

    es%&r&tual&dade # ue a mUs&ca+ o er&mau+ e o-la emtoda sua euerante+ luur&ante+ e des%udoradaele!a: %alcia

    %alciaB t&ca e B&losofa Alternat&)as%alciaB t&ca e flosofa alternat&)a+ negra+mulata+ ras&le&ra+ marg&nal,

    %alciaB t&ca e B&losofa da Ca%oe&ra

    No meu %r&me&ro $l&)r&n.o$+ em 1461+ na)erdade um %an`eto erocado de 70 %>g&nas %ameus alunos &ngleses da /ondon 7cool ofContemporar6 9ance+ eu "ala)a da malcia- a$flosofa da ca%oe&ra$, Eu "ala)a do mst&co+ does%&r&tual+ do oculto,

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    E nunca ma&s %are& de )e&cular e a%ro"undarestes conce&tos nos meus l&)ros ue "oram sendo%ul&cados no 9ras&l e+ ma&s tarde+ em o&to %ase

    - em 1481+O 2equeno %anual do Jogador deCapoeira* a c.amada na ca%a d&!&a: $escura ad&menso de um cor%o l&)re$*

    - em 148=+ no Galo J Cantou: $No Or&ente e&o en+ a Euro%a desen)ol)eu a %s&can>l&se+ no9ras&l temos o ogo de Ca%oe&ra$*

    - e em 1442+ o l&)ro terce&ro l&)ro c.ama)a-se Os fundamentos da malciaDe afrma)a ue a6ogada Wnd&a+ e a capoeirado 9ras&l eramat&)&dades $.omeomor"as$ - t&n.am "uno+ decerta "orma semel.ante+ cada uma em suacultura,

    Eu usca)a+ na .erana dos )el.os mestres d

    ontem+ os elementos %ara $cr&ar$ uma $flosofa$ue atendesse aos anse&os e necess&dades dosca%oe&r&stas de .o

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    doutorado da ECO-BR+ sore a $d&alt&ca datrad&o$+ do Eduardo Cout&n.o* a &m%ortKnc&a da$alegr&a$+ com /un&! odr e H&n&cott* o lance do

    nmades e sedent>r&os+ de eleu!e e uattarr&+em %ille 2lateau'* a $&n)eno das trad&Tes$ deRanger e ;osaJn+ etc,* ue ca&u a fc.a: omundo acad?m&co realmente t&n.a contr&u&Tes%os&t&)as e concretas %ara o entend&mento te[r&cda t&ca e flosofa do ogo da Ca%oe&ra,

    E fnalmente em 2001 comece& a elaorar um$t&

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    Para os ant&gos gregos - em es%ec&al osest[&cos -+ Eticaera a %rocura de uma oa$mane&ra de ser$ ou a $saedor&a da ao$,

    Eu gosto d&sto: a sa!edoria da a3+oPara os modernos+ ?ticase con"unde com

    moral, /as necess>r&o d&st&ngu&r t&ca de morae+ a %art&r da+ e%l&c&tar a m&n.a conce%o det&ca+ %ara ue o le&tor %ossa saer o ue estoutentando d&!er com $a t&ca da ca%oe&ra$:

    Et.os #cF eta re)e' costume+ car>ter -mors+ mor&s #lat&m' - moral

    Et.os #cF eta longo' morada - t&ca deste 4tos+ com eta longo no grego -

    morada+ mas ue tamm aarca o s&gn&fcado dcostume e car>ter -+ ue )em $t&ca$: regras e

    )alores ue do "orma ^ terr&tor&al&!ao dosur&os n)e&s a morada dgru%o num determ&nado lugar e %rocurandodeterm&nar-l.e os o

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    ue &ndaga sore as fnal&dades da e&st?nc&a.umana e sore os me&os de at&ng&-la,

    A $regra t&ca$ outra co&sa ue a $le& moral$ etoscom eta re)e #grego'+ tradu!&do #lat&m'como mors, moris, A $moral$ o con

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    os c&dados %udessem adotar um%onto de )&sta crt&co e rac&onalsore as relaTes do &nd&)duo com

    a comun&dade, #='

    Plato afrma)a ue o con.ec&mento te[r&co>s&co do c&dado era $o saer essenc&al da di-?a )&rtude da

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    l&erdade+ su%erando o real dadoe "a!endo a%arecer o no)o+cond&o essenc&al ^ %reser)ao e

    ao cresc&mento do gru%o+ &nscr&tacomo %r&nc%&o #t&co' or&g&n>r&o, #6

    @rata-se+ a+ da ant&gapolis#c&dade' grega,odr e%l&ca ue+ ma&s tarde+ com o

    cr&st&an&smo+ a t&ca $desloca-se dos uadros

    comun&t>r&os %ara o mundo &nte&ro+ %regando a&gualdade do ser .umano$,E em segu&da+ na modern&dade+ o %ensament

    t&co )a& se tornando la&co at c.egar ^ flosofano)ecent&sta+ $uando os %rolemas soc&a&s ees%&r&tua&s &nserem-se na .&st[r&a$ #fnal&dadesmora&s+ de)eres+ etc,'+ redu!&da $aos &m%erat&)os

    de "unc&onamento da soc&edade moderna$, #8'

    A malcia- $t&ca da ca%oe&ra$ -+ ue )amosa%resentar nas %r[&mas %>g&nas+ se a%ro&mamu&to ma&s do 4tos+ com eta longo do gregoant&go+ $a regra do ancestral$+ $)alores ue do"orma ao sur&os n)e&s amorada do gru%o num determ&nado lugar e%rocurando determ&nar-l.e os o

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    %>g&nas+ %ouco tem a )er com a $t&ca$+ tal comoentend&da na atual&dade+ redu!&da $aos&m%erat&)os de "unc&onamento da soc&edade

    moderna$,

    A t&ca+ segundo 9ad&ou

    A %ala)ra $t&ca$ a coueluc.e de nosso

    tem%o de%o&s de um longo confnamento nosd&c&on>r&os e na %rosa acad?m&ca+ d&! 9ad&ou - umnome ue se tornou ra!oa)elmente con.ec&do nocrculos acad?m&cos,

    In&c&almente 9ad&ou #4' %ro%Te eam&nar esta$%r&nc&%al tend?nc&a Gflos[fcaG do momento$+mostrando tratar-se de %uro n&&l&smo e uma

    ameaadora negao de todo %ensamento,Num segundo momento+ ao &n)s de l&gar t&ca $categor&as astratas$ #o ;omem+ o &re&to+ oOutro+ etc,'+ tenta relac&on>-la a s&tuaTes#es%ecfcas e no general&!adas'+ resgatando-ado d&scurso da mental&dade conser)adora e deuma .&%[cr&ta %&edade %elos &n"el&!es e )t&mas,9ad&ou "a! uma crt&ca rad&cal da $&deolog&a t&cae de suas ram&fcaTes - a )&so do ;omem como)t&ma+ a &o-t&ca+ a t&ca das d&"erenas+ orelat&)&smo cultural+ o eot&smo moral+ etc, -+

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    %ro%ondo ue na ase desta &deolog&aencontramos o conce&to do $;omem n&)ersal$ -uma mane&ra de d&scr&m&nar todo .omem no-

    ranco euro%eu -+ desaguando numa retomada dmoral&smo rel&g&oso ou numa %er&gosa m&stura deconser)ador&smo e %ulso de morte,

    A segu&r+ 9ad&ou tenta reconstru&r um conce&toadm&ss)el de t&ca &mr&cado ao de)&r das)erdades #o 9em' - ue dar> cons&st?nc&a ao ue

    algum , Neste %rocesso+ 9ad&ou a%resenta a$)erdade&ra fgura do /al$, O $/al$ como a "acesomr&a do $9em$* uma %oss&&l&dade aerta %eloencontro com o $9em$ em seus tr?s as%ectos:

    - o s&mulacro #ser o fel segu&dor de um "alsoe)ento'*

    - a tra&o #trocar a )erdade %elo &nteresse

    %essoal'*- o desastre #crer numa $)erdade total$',

    \uando con"rontamos a %ro%osta de 9ad&ou #esua crt&ca ^ $&deolog&a t&ca$' com a $t&ca daca%oe&ra$ - a malcia-+ %arece .a)er algo emcomum,

    Alm d&sto+ as tr?s categor&as do $/al$ #de9ad&ou'+ so >reas em con.ec&das no

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    $ca%oe&ra-es%orte$ #uma %r>t&ca com os gestos dca%oe&ra+ mas ue oedece ^s regras do es%ortee renega a or&gen negra e marg&nal'+ ou o est&lo

    $eu sou o ma&s #o Un&co' correto$ #uec.amaremos de $ca%oe&ra-dogma$'*

    - a $tra&o$+ ue ser&a segu&r normas deconduta da soc&edade &ntro

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    Ele um art&sta,ua "ora a alegr&a de )&)er,Ele con.ece a %ala)ra-c.a)e $Amor$

    e no entanto o ca%oe&r&sta sae:a maldade e&ste,"estor Capoeira#10'

    a mesma "orma ue en"ocamos as &d&as de9ad&ou+ %oderamos en"ocar outros e%oentes do

    atual %ensamento oc&dental, /as mesmos os ueso cons&derados $alternat&)os$+ mesmo oscaeas ue cr&t&cam as aau&ces do$%ol&t&camente correto$+ no conseguem engloaa $flsofa$ ou a $t&ca da ca%oe&ra$, No a%enas%ela "alta de uma )&so+ como a da me de mestPaulo dos An

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    com determ&nada s&tuao #ou %essoa'+ $como)&)er$ neste nosso mundo, Poderamos at d&!erue+ na ca%oe&ra+ o cor%o ma&s &m%ortante ue

    &ntelecto - a sa!edoria da a3+o,A t&ca da ca%oe&ra+ as )e!es c.amada de

    fundamentosou malciaou mandinga+ a%reend&da e asor)&da em grande %arte atra)sda cor%oral&dade,

    e

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    em %ala)ras,No entanto+ em outras ocas&Tes+ estes

    conce&tos so ut&l&!ados de "orma d&"erenc&ada+

    ma&s ou menos da segu&nte mane&ra:

    - A malcia: as )e!es tamm c.amada de $aflosofa da ca%oe&ra$ %elos ca%oe&r&stas+ o$saer$ ue o ca%oe&r&sta )a& adu&r&ndo atra)sdos

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    d&"erentes toues de er&mau ue $%uam$d&"erentes t&%os de

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    e%er&entes %ara o &n&c&ante* ass&m como atransm&sso do a'?#a "ora )&tal' da ca%oe&ra* essenc&al a con)&)?nc&a com os $elos %estres

    ue na m&n.a s&cos da

    mane&ra do ca%oe&r&sta $estar e ser no mundo$ -al&>s+ %oderamos d&!er o mesmo do sam&sta e dmalandro+ ue "a!em %arte do mesmo calde&rocultural,

    Isto em o%os&o ao relac&onamentomonogKm&co do casamento+ ue em %oucos anodescarta a teso e o seo,

    E tamm em o%os&o a )&so do $mac.&smoonde um .omem acred&ta ter d&re&to a )>r&asmul.eres+ mas estas mul.eres t?m de ser $f&s$somente a ele,

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    Por outro lado+ um l&)ro como este ue%retende ser $sr&o$ e um tanto $acad?m&co$+

    corre o %er&go de ser c.ato, Ento t&)e a &d&a decolocar+ au& e al&+ %euenas crn&cas+ ma&s le)esue eu es%ero serem $d&)ert&das$,

    um %ouco como no ogo de Ca%oe&ra: e&steos gol%es #o $rao-de-arra&a$+ %,e,' e as uedas#como as em con.ec&das $anda$ e $raste&ra$'*

    a %arte $sr&a$+ ue d> %eso ^ ca%oe&ra, /astamm e&stem os $`ore&os$ #os saltos eacroac&as'+ a $g&nga$ com o seu sungue+ amUs&ca e o er&mau,

    No entanto %rec&so "r&sar ue o $`ore&o$ e a$g&nga$ so to &m%ortantes uanto os $gol%es eas uedas$, E+ de "orma semel.ante+ as %euena

    estor&n.as+ como esta do $Gam! $elo e agostosura)ina olandesa$+ so to &m%ortantescomo os desen)ol)&mento te[r&cos $sr&os$ commu&tas c&taTes de autores consagrados, comose os $desen)ol)&mento te[r&cos sr&os$"ormassem o esueleto* mas so as estor&n.asue "ornecem a carne+ a %ele+ os caelos+ enfmtodo o $)&sual$ ue o le&tor %rec&sa con.ecer %aramel.or entender os ca%oe&r&stas - entre eles+ oautor deste l&)ro - e a ca%oe&ra,

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    ero* sol* dom&ngo* on!e da man.* "e&ra deo Cr&st[)o* R&o de ane&ro,

    A roda est> "ormada ^ somra de uma grande

    >r)ore,Os ra&os de sol fltrados %ela "ol.agem

    desen.am um del&cado rendado de lu! e somrano c.o de terra at&da,

    @r?s er&maus+ do&s %ande&ros+ um ataaue

    um agog,ns )&nte

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    !erim!au+ onde nos acocoramos es%erando adu%la ue esta)a de emoc&onado,Op? do !erim!au+ antes do comeo de um

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    g&co e estran.o, dal& ue agente %arte %ra dentro da roda+ %ra dentro do

    ogo+ e %ra dentro da ca%oe&ra, como se "osse o

    %ortal entre o un&)erso macro do mundo+ e om&crocosmos da ca%oe&ra,

    A roda )a!&a, Os es%ectadores em )olta, Oa'?da ca%oe&ra, em "alar no calor do )ero e nr&tmo .&%not&!ante - toque de angola -+ cr&ando uoutro estado de es%r&to e de real&dade,

    ma esgarada nu)em de %oe&ra a)ermel.adle)antada %elos mo)&mentos do -lo+ rolou -a%enas os %s e mos tocando o solo+ a cala del&n.o e a cam&seta sem mangas &maculadamenterancas - %ro centro da roda,

    O

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    Ele

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    /e lemro ue ele+ de %+ uerou o tronco%rum lado e+ ato segu&nte+ o cor%o mu&to ereto eas %ernas ss&co mo)&mento deataue: a meia#lua#de#frente- uma es%c&e deres%osta+ com o % numa tra

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    a%arec&do, A sola de um sa%ato+ &mo&l&!ando-se%or uma "rao de segundo num momentocr&stal&!ado - at .ossemos o s+ torc& o cor%o+ as mos tocaram o c.o+ otronco g&rou %or c&ma+ e esta)a longe+ de % nme&o da roda ol.ando %ro )el.o ue agora r&aaertamente,

    Ele ar&u as mos e estendeu os raos nam&n.a d&reo+ no)amente me con)&dando a me

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    a%ro&mar, op? do !erim!au entoou um cantogest&culando com&camente e &nd&cando a sua%r[%r&a %essoa:

    # ru!u come folaHE o coro res%ondeu:# E conversa adaA

    A "e&ra de o Cr&sto)o t&n.a cresc&do+ t&n.a)&rado moda entre a ra%a!&ada da !ona sul do R&

    mas de certa mane&ra cont&nua)a a mesma, Erad&"c&l acred&tar ue "a!&am ma&s de )&nte anos ueu no %&nta)a na >rea, E t&n.a s&do necess>r&oauela gostosura!&n.a .olandesa - $me d&sserramue tem um "orr[ mu&tou legal$ - %ara medeslocar at l>,

    &re& a no&te tomando cac.aa+ cer)e

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    - normal, outra cultura, O %essoal dau& ma&s l&gado no lance da sensual&dade, As )e!esfco %ensando ue o sol e o calor,

    - Certo, @udou em+ a sensual&dade, /as fca&ns&st&ndo+ &ns&st&ndo,,, c.ato,

    Eu sorr& um sorr&so amarelo+ concordando emg?nero+ nUmero e grau: malandramente+ e sem"a!er grande alarde+ a ru&)&n.a t&n.a

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    E como no %oder&a de&ar de ser+ mal %assaduns do&s m&nutos+ um

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    O rosto e o cor%o do

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    )el.o mestre t&n.a "e&to com&go .> ma&s de )&nteanos atr>s,

    /e en!& nop? do !erim!aue "u& sa&ndo da

    roda, A ru&)&n.a )e&o ao meu encontro, eguroum&n.as mos e engatou o ol.ar no meu,

    - Bo& mu&to+ mu&to legal,,, mu&to orr&gado,@ocou meu rosto de le)e com a %onta dos

    dedos e - eu gr&mas

    A&nda de mos dadas %egamos um t>& e "omos%ara um motel,Nauele mesmo momento+ uando amos

    entrando no ta&+ %ude ou)&r algum na roda%uando um canto:

    # ru!u come folaHE o coro res%ondeu em%olgado e em unssono

    # E conversa adaA

    NO@A:7 OR+ /, O social irradiado, o Paulo:

    Corte!+ 1442,P%,74-=7,= OR+ /un&!,s estrat?gias sensveis, R:

    o!es+ 200L+ %, 151,L Idem+ &&dem6 Idem+ &&dem

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    8 Idem+ &&dem,4 9AIO+ Ala&n, /8?tique, essai sur la

    consciece du %al, Par&s: ;at&er+ 1445,

    10 CAPOEIRA+ Nestor, Galo j cantou, R:Arte;o ue a malcia- a t&ca da ca%oe&ra - algoue se transm&te+ e se a%reende e encarna+ com cor%o+ e no com a mente #ou atra)s med&taoetc,'+ )amos )er como entendemos o cor%o nos

    nossos tem%os de gloal&!ao,

    Padre Antn&o &e&ra+ na %oca da escra)&do+aconsel.a)a+ ao re& de Portugal a no dar an&st&aaos quilom!olas #negros "ug&dos ue sere"ug&a)am nos u&lomos'* e ressalta)a ue$"ug&ndo e %assando-se ^s matas com todo seucaedal ue no outro ma&s ue o %r[%r&ocor%o$,

    A "rase de &e&ra atra)essa a "antas&a oc&denta%or &nte&ro: o negro+ a+ class&fcado como um

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    an&mal* s[ e a%enas cor%o+ sem mente+ e semalma,

    No entanto+ a )erdade ue os a"r&canos do

    cor%oral&dade um estatuto com%leo+ em d&)ersda $s&m%l&c&dade de um an&mal$,

    O cor%o entre os nags

    A ca%oe&ra se desen)ol)eu no calde&ro cultura"ro-ras&le&ro+ e %or &sto &nteressante entendeo cor%o dentro deste conteto de ra!es a"r&cana

    /un&! odr e%l&ca #12' ue os nag(s+d&"erente #%or eem%lo' do !en-ud&smo+ nosu%r&mem cor%o a %rocura de um estado asolutde $no-ego$, O cor%o+ %ara o a"r&cano+ est>

    )&nculado ao sagrado+ e o sagrado %erce&docomo uma e%er&?nc&a de a%reenso de ra!ese&stenc&a&s,

    A e%er&?nc&a sacra ma&s cor%oral -e%er&?nc&a concreta - ue &ntelectual, /a&ssom>t&ca ue %su&ca - %s&u&smo entend&docomo reg&stro de &nter&or&dades ue no ser&tual&!a, O a"r&cano no acred&ta num deus ueno dance+ num fel ue no mea,

    A cor%oral&dade na ar-?- soc&edade arca&camas no necessar&amente $%r&m&t&)a$ - no se

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    defne em termos eclus&)amente &nd&)&dua&s maem termos gru%a&s+ ou mel.or+ em termosr&tualst&cos do gru%o #como )emos+ no 9ras&l+ o

    candoml e a umanda', O cor%o - ue r&tualgru%al - se &ntegra ao s&mol&smo colet&)o na"orma de gestos+ %osturas+ d&reo de ol.ar+&n`eTes m&cro-cor%ora&s, ;> algo do gru%o nocor%o, \uando se ol.a %ara uma %essoa ue dOal>+ se %ode ad&)&n.ar como esta %essoa ,

    No r&to+ o cor%o encontra a total&dade - torna-su

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    #como )emos+ no 9ras&l+ uando um md&um&ncor%ora um dos or&>s+ ou uma ent&dade+ numacer&mn&a do candoml ou da umanda'

    Para o cr&sto+ o r&to trans"ormou-se numa"orma urocr>t&ca - a m&ssa+ etc, -+ de&ando deser uma comun.o d&reta com deus,

    Nos terre&ros ant&gos da 9a.&a+ uando seuer&a %erguntar $como )a& )oc?S$+ usa)a-se a

    "[rmula $seu cor%o est> "orteS$Na m&n.a

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    )egeta&s #Osse+ Ooss&'+ os m&nera&s #Ogun+Zang'+etc, ma relao de &ntegrao com a%r[%r&a real&dade do cor%o .umano const&tudo %

    todos estes elementos,O cor%o como um m&crocosmo* um terr&t[r&o

    tanto "s&co uanto mt&co, Conu&sta-se o es%ae conu&stamos+ tamm+ nossa %r[%r&a %essoa,

    O cor%o tamm %ode ser conce&do comouma %oro de es%ao com "ronte&ras e de"esas,

    Na c&)&l&!ao a-an+ no atual .ana e na Costdo /arfm+ o %r[%r&o cor%o )&sto como umcon)el ao mundo e aocosmos,

    A d&)&so estrutural entreconsc&enteF&nconsc&ente+ ue no mundo oc&dentamoderno defne o %s&u? do sur&a %aramundos com%oss)e&s+ %ara a modulao #comona mUs&ca+ de um acorde ma&or a outro+ menor'e&stenc&al - o transe+ %or eem%lo+ uma destasmodulaTes,

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    O transe+ ret&ca de u%r&nc%&o c[sm&co ue %erm&te re&nter%retar+ noau& e agora+ o ar-? #o arca&co+ aancestral&dade',

    Nada+ a+ $&nconsc&ente$+ d&! odr #12'+ %o&s

    o &nconsc&ente a %ressu%os&o do recalcament#na )&so da %s&can>l&se+ t%&ca de nossa culturaoc&dental'* e+ em o%os&o+ no conteto nag(nadest> recalcado+ %o&s tudo se r&tual&!a+ tudo se)&s&&l&sa na dramat&c&dade do r&to, &)&ndades eancestra&s+ or&gem e morte+ tudo &sto sereencontra no &nstante do deslocamento

    r&tualst&co do cor%o no es%ao+ na dana+ nos d/un&! odr #12'+ re"er&ndo-se ma&ses%ec&fcamente ao candoml - mas %oderamoam%l&ar este en"oue+ at cert %onto+ %ara aca%oe&ra,

    Confgura-se+ a+ uma estrutura com%lea de%ersonal&dades+ uma estrutura com%lea de&dent&dades+ na soc&edade ras&le&ra+ ue "a! do&nd&)duo &n&c&ado um )erdade&ro tem%lo )&)o+ umart&culao es%ec&al de &nstKnc&as %su&cas%ertencentes tanto ao reg&stro mt&co uanto ^s

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    &dent&fcaTes %essoa&s,E&ste+ no candoml+ uma &dent&dade mt&ca

    com%osta %or )>r&as ent&dades %res&d&da %elo

    $dono da caea$ #um determ&nado or&>' daue%essoa, A relao entre estas &dent&dades+ nosterre&ros da 9a.&a+ se des&gna %ela %ala)ra enrd#12', urante toda a )&da do &n&c&ado+ a &dent&dadmt&ca )a& se desdorar como uma urd&durafcc&onal+ como um romance %last&camente aert

    a outras &dent&fcaTes no m&to e na .&st[r&a,A nature!a s&m[l&ca do r&o clartudo &sto &lus[r&o+ no ue se

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    m&to e o $au& e agora$ .&st[r&co,

    Nada .>+ a ser e%l&cado %ela

    &olog&a ou %s&colog&a,\ual a e%l&caoSO transe ser&a algo &ne%l&c>)elSA e%l&cao : o ue .> no transeuma rad&cal&dade t&ca, #15'

    Na ca%oe&ra+ %or sua )e!+ uando o &n&c&ante $at&!ado$+ &sto + uando s&co+ ele gan.a um a%el&do* um nome no)o uo acom%an.a %or toda a sua )&da de ca%oe&r&staao %onto de+ um mestre #eu+ %or eem%lo'+ no slemrar do nome de todos seus alunos #a%esar d

    con.ecer em o $a%el&do de ca%oe&ra$ de cadaum',O ca%oe&r&sta &n&c&ante gan.a uma no)a

    &dent&dade,O ue est> em

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    de um cor%o+ dentro de um gru%o, In&c&almentedo cor%o do negro e seus descendentes+.&stor&camente %ostos ^ margem, E a%[s meado

    dos 1400s+ o cor%o do ca%oe&r&sta+ ras&le&ro ouno+ $"e&to$ dentro do un&)erso da ca%oe&ra,

    escendentes - $negro e seus descendentes$ a+ se entende tanto no sent&do consanguneouanto no de fl&ao &deol[g&ca e cultural,

    Negros e rancos "oram ons ca%oe&r&stas, E olouro de ol.os a!u&s+ ue canta em %ortugu?s e

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    O ue ser um cor%oSO ue ter um cor%oS

    O cor%o %ertence ao con

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    %re%ara o

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    de cor%o+ o da mult&do em mo)&mento+ emcontraste com a %ass&)&dade &nd&)&dual,

    Por outro lado+ o .omem cr? %oder escol.er

    ma&s l&)remente a sua cond&o e seu est&lo de)&da* ue tem d&re&to a um es%ao %r&)ado ru&cas #com seus re&s e&m%eradores' %ara as soc&edades d&sc&%l&nares#uma d&sc&%l&na &m%osta no somente %ela "ra+mas tamm %or uma $segunda %edagog&a$eerc&da %ela tele)&so e seus )alores',

    E+ se escartes .a)&a l&erado a rac&onal&dadec&entfca da moral+ Yant re&ntrodu! a moral como"orma a%l&cada dos eercc&os de rac&onal&dade,

    Para o %ensamento moderno+ o cor%o .umanoemora $natural$+ nasce l&gado ^ ra!o e ^cultura, Posto em con"ronto com a d&"erena+ o.omem moderno assume uma %ostura %ass&)a ede"ens&)a+ um %os&c&onamento ue e)&ta ualuecontato "s&co,

    O medo do contato ue dera or&gem ao

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    &solamento dos

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    as "oras c[sm&cas do acaso+ do no con.ec&do*neste conteto teramos os r&tos+ %r>t&casm>g&cas+ rel&g&osas+ etc,*

    - o outro con

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    moderno &nstrumental&!ante docor%o %rodutor a ser)&o do ca%&tae )em+ ento+ em res%osta ao

    s&l?nc&o cor%oral &m%osto %elas&nt&ca em relao ao cor%o nos d&as de

    .ot&caancestral &nser&da na modern&dade -+ e de suat&ca - alternat&)a com ra!es na a"r&can&dade e nmarg&nal&dade -+ nos $%ases centra&s$+ onde aatual %rolem>t&ca em relao ao cor%o emma&or ue no 9ras&l #t&cas como o sama+ o candoml e aumanda+ ou a ca%oe&ra' ,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    @al)e! %udssemos d&!er ue+ na ca%oe&ra+temos a cor%oral&dade como %ensamento,

    atra)s da cor%oral&dade - dos

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    $/en&no+ uem "o& teu mestreS/eu mestre "o& alomo,

    Pula)a cerca de %ontade costas sem %r a mo,O mestre ue me ens&nouest> no Presd&o da Conce&o*a ele de)o d&n.e&ro+saUde e or&gao,

    ou d&sc%ulo ue a%rende+sou mestre ue d> l&o,E o segredo de o Cosmes[ uem sae am&o+ camar>$,

    $/en&no+ uem "o& teu mestreS$: a &m%ortKnc&do mestre est> l&gada+ como nas soc&edades

    arca&cas+ ^ t&ca #a regra do ascendente+ doancestral', atra)s do contato e con)&)?nc&acom o#s' mestre#s' ue se trans"ere o a'?daca%oe&ra+ de &n&c&ado ^ &n&c&ante,

    Au&+ menc&ona-se tamm $alomo$, No asurdo %ensar ue este alomo se

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    %rotetor dos ca%oe&r&stas+ uma estrela de c&nco%ontas #18' #um .omem com os raos e as%ernas aertos' en)ol)&da %or um crculo #%ara

    %roteger contra os males "s&cos e es%&r&tua&s' e+algumas )e!es+ enc&mado %or uma cru! #smolode Cr&sto mas ue tamm re%resenta aencru!&l.ada+ lugar de tomada de dec&sTes - %araue ladoS -+ ue %ertence a EU+ o mensage&roentre deuses e .omens+ %ortador do a'?',

    $Pular cerca-de-%onta de costas sem %r amo$: a cor%oral&dade+ o saer do cor%o+ ueleg&t&ma o status de $mestre$,

    $O mestre ue me ens&nou est> no Presd&o daConce&o$: o elo com o %assado* a marg&nal&dad- t&ca alternat&)a ^ .egemn&ca -* e&&da como

    uma comenda ou medal.a, E+ ao ue tudo &nd&ca %assagem do mestre - ue %ula cerca de costasem %r a mo - %elo %resd&o ser> re)e,

    $A ele de)o d&n.e&ro+ saUde e or&gao$:- d&n.e&ro como mater&al&!ao do a'?+ a

    energ&a ue "a! as co&sas se mo)erem e e&st&ramna soc&edade #no cor%o+ o a'?%ode serre%resentado %elo sangue'* como %oss&&l&dade d$"a!er a "esta$+ $d&n.e&ro na mo )enda)al$+canta Paul&n.o da &ola*

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    - saUde: "s&ca+ mental+ e es%&r&tual+ sem a uao cor%o no "unc&ona*

    - or&gao: com os or&>s+ com os ancestra&s

    e com os ma&s )el.os* a or&gao com a t&ca#dos ancestra&s'* %onto >s&co do %ensar a"ro-ras&le&ro,

    $ou d&sc%ulo ue a%rende+ sou mestre ue dl&o$: estamos d&ante de uma no)a ordem* as

    categor&as estanues e as $es%ec&al&!aTes$+ tocaras ^ &deolog&a oc&dental+ so re-arran$: no restam dU)&das+ estamosd&ante de uma con"rar&a cu

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    "orma de concentrao &nter&or,3e)antam a caea e oser)am o cantor ue

    cont&nua a $%uar$ o canto, O coro )a&

    res%ondendo e o n)el de energ&a e magnet&smoda roda )a& crescendo:

    $ Q+ cocorocou,,,coro: ? + cocorocou+ camar>,E+ .ora+ .ora,,,

    coro: ? + .ora+ .ora+ camar>,amos sG&mora,,,coro: ? + )amos s&mora+ camar>,Pelo mundo a"ora,,,coro: ? + %elo mundo a"ora+ camar>,$

    O r&tmo lento e .&%n[t&co dos er&maus )a&

    tomando conta dos do&s ,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    Q+ ue o mundo d>,,,coro: ? + ue o mundo d>+ camar>,$

    As mos dos do&s g&cos - $%ontos r&scados$ ue$"ec.am$ o cor%o e "ortalecem o es%r&to, Emsegu&da+ eecutam a re)er?nc&a: a%o&ados a%enanas mos+ le)antam o cor%o e as %ernas %ara oalto+ a caea uase tocando o c.o e+

    lentamente+ num domn&o total do cor%o+ )oltam%os&o acocorada e se encaram: o ogo comeo

    Perceem ue ^ sua "rente no est> ma&s oam&go ou com%an.e&ro de tre&nos+ mas s&m umac.arada* en&gmas &m%re)&s)e&s e %er&gosos nod&>logo ue se &n&c&a, &>logo+ no de %ala)ras+

    mas de mo)&mentos: mo)&mentos de estudo+ deataue+ de"esa+ de enganar* %erguntas eres%ostas na m&ster&osa l&nguagem da ca%oe&ra,

    Os

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    dos tr?s er&maus+ a at&da do %ande&ro e doataaue - enuanto oser)am-se e "a!em+ semes"oro+ mo)&mentos de caea %ara a&o em

    cKmera lenta+ mo)&mentos rentes ao c.o comoos de uma cora+ ou de um gato+ ou de um oto,

    Esto totalmente %resentes,O %assado e o "uturo+ suas &d&as+ %rolemas

    &dea&s de&aram de e&st&r, Perceem e )&)em omomento com uma calma cr&stal&na e uma clare!

    "otogr>fca de uem oser)a o mar+ sentado noalto de um roc.edo,

    m dos tocadores de er&mau %ua um re"ra&nda no r&tmo lento+ e o coro res%onde, comose toda a energ&a da roda "osse canal&!ada e

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    com um rao le)antado, eu %ar a%ro&ma-serodo%&ando rente ao c.o e+ %or %reucao+escora com a mo um dos %s de uem "e! a

    camada- %re)endo um ataue &nes%erado ouuma falsidade, O ue esta)a no c.o se le)antatoca a %alma da mo do outro+ com a sua,

    Andam alguns %assos ^ "rente+ alguns %assosatr>s+ as mos se tocando,,, com um gol%e rodad&nes%erado+ uem $c.amou$ uera opasso#a#dois

    + mas o outro esu&)ou e est> longe,Os er&maus aumentam o r&tmo,O

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    NO@A:#12' Notas de aula - Proelmas da @eor&a da

    Comun&cao EC =8L+ 8F=F1446 a 1=F=F1446 -

    do %ro", dr, /un&! odr,#15' I&dem, &de tamm+ verdade sedu)id

    R+ Codecr&+ 1485,#17' @C;ER/AN+ Ieda, 9re)e .&st[r&a do cor%

    e de seus monstros, 3&soa: ega Passagens+1444+ %%,11-47,

    #1=' I33AA+ N&!ea,4m pautaB corpo,

    glo!ali)a3+o e novas tecnologias, R: /auad+CNP+ 1444+ %%, 2=-24,

    #1L' Este teto comeou a se estruturar emmeu %r&me&ro l&)ro #1481', /a&s tarde #144='+ "o&retraal.ado no mestrado+ e num outro l&)ro#1444'+ at c.egar a %resente "orma,

    #16' CAPOEIRA+ Nestor,O pequeno manual dojogador de capoeira, R: round+ 1481+ %, 26,#18' Este %entagrama+ na Euro%a+ $o ma&s

    "amosos smolo das artes m>g&cas+ a estrela dasorte e do eorc&smo$+ segundo Augusto /eer #forma secreta+ %,1=8', \uando desen.ado decaea %ara a&o re%resenta a $mag&a negra$,

    oo do R&o+ no &nc&o dos 1400s no R&o de ane&r menc&ona)a o $C&nco alomo$ de uma "ormato casual ue e)&dente ue trata)a-se de algoue todos con.ec&am,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    2 - A BI3OOBIA A CAPOEIRA

    > defn&mos a malciaem %oucas %ala)ras,amos+ agora+ estud>-la em %ro"und&dade,

    2,1 - A /A3WCIA

    Amalcia

    + num sent&do am%lo+ a mane&racomo o

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    %ala)ras* da mesma mane&ra ue &m%oss)ele%r&m&r em %ala)ras $o ue a )&da$+ $o ue aarte$+ $o ue o amor$+ a $am&!ade$ ou o $[d&o$

    Eu sem%re "u& um a%a&onado %ela $flosofa dca%oe&ra$ - a malcia- desde ue "u& &n&c&ado %ormestre 3eo%old&na #emer)al 3o%es de 3acerda+1455-2006'+ em 14L=,

    Nos anos segu&ntes+ con.ec& os mestres 9&mPast&n.a+ Noron.a+ Haldemar+ Ca&aras+

    Can

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    toma )antagem da )t&ma ue segueas regras do como $se de)e$ ag&r,#14'

    Qta mundo enganador

    Poderamos d&!er ue+ do %onto de )&sta daCa%oe&ra+ os seres .umanos so med&ocres+

    mesu&n.os+ l&m&tados+ "alsos+ %reconce&tuosos+&n)e

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    "o& )o) uem me ens&nou$

    $No cu entra uem merece+

    na terra )ale uem tem*%assar em ou %assar mal+tudo na )&da %assar$

    $I? uer me matar+&? na "als&dade$

    $ruu come "ol.aSCro: con)ersa fada$

    O $uruu$+ ao ual se re"ere o canto+ no aa)e,

    O $uruu$ somos n[s+ os seres .umanos+ ue

    no somos mansos .er)oros - $come "ol.aSco)ersa fada$ -+ mas+ s&m+ terr)e&s carn)oros,

    A malciada Ca%oe&ra + ento+ algo em ma&%ro"undo e arangente ue o eem%lo ue demoao c&tar o

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    #d&!emos $alegr&a de )&)er$+ $teso de )&)er$+ em"alta de um nome mel.or',

    Esta $alegr&a de )&)er$ est> re%resentado+ na

    roda + %ela energ&a %os&t&)a e alto-astral do somue acom%an.a e rege oJogo,

    A malcia+ adu&r&da no

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    O &ntelectual e a $alegr&a de )&)er$

    Nesta altura dos acontec&mentos+ um&ntelectual+ ou um acad?m&co com s[l&doscon.ec&mentos dos flos[so"os gregos e decon.ec&dos floso"os contem%orKneos+ dar> umoce

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    &ntelectual+ ue leu estas %ala)ras - $alegr&a de)&)er$ -+ mas nunca )&)enc&ou-as* eceto u&>sre)emente no auge de um %orre+ ou tomando

    3 ou cogumelos ou santo-da&me ou %eote,

    Na ca%oe&ra+ e nestas %>g&nas+ estamos numoutro conteto mu&to d&)erso: a $alegr&a de )&)erda ual "alamos+ e ue )amos tentar e%l&c&tar n%>g&nas segu&ntes+ est> frmemente &mr&cada ^

    %r>t&ca cor%oral da ca%oe&ra -

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    de consc&?nc&a longe da mater&al&dade mesu&n.da )&da do d&a-a-d&a,

    Ento na ca%oe&ra trata-se do cor%o+ e no da

    caea* mas d&"ere de outras %r>t&cas cor%ora&s%or ter mu&tas caracterst&cas d&)ersas atuando amesmo tem%o # %ernada,Ele um art&sta+sua "ora a alegr&a de )&)er,Ele con.ece a %ala)ra-c.a)e Amorhe no entanto o ca%oe&r&sta sae:a maldade e&ste,er> ue tu a&nda no ou)&uo ue se anda cantando nas rodas %or a&:

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    alo cantou+ ra&ou o d&a,"estor Capoeira

    A malcia# $con.ec&mento da )erdade&ranature!a dos .omens$ i $alegr&a de )&)er$'%erm&te ao r&o )&)o+ rutal ecruel - o mundo em ue )&)emos -+ sem se tornade%r&m&do+ amargo+ agress&)o+ >r&do* ou

    %reocu%ado e $sr&o$ em demas&a,O $con.ec&mento da )erdade&ra nature!a dos.omens$ )em automat&camente com a %r>t&ca d

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    "ogem das ondas ue $se desmanc.am na are&a$e %erseguem-nas &ncana)elmente na ma&oralegr&a+ %o&s esto al&mentadas %or um outro t&%o

    de energ&a #de d&"c&l acesso aos adultos+ eceto+tal)e!+ nas "estas+ no carna)al+ etc,',

    este estado de es%r&to ue estamosc.amando de $alegr&a de )&)er$: a %essoa est>totalmente %resente e curt&ndo auele momento

    O $con.ec&mento$+ sem o a%o&o da $alegr&a$+%ode se tornar mu&to %esado, Pode trans"ormar

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    %ara estes+ %odemos dar alguns eem%losmater&a&s e %r>t&cos:

    - atra)s dos tre&nos o &n&c&ante )a& mel.orand

    seu

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    tal)e! d&ssessem: $o

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    mau&am as %essoas e d&s"aram os contornosruta&s do mundo no ual )&)emos:

    - %essoas gents ue se tornam rudes+

    )&olentas+ %er)ersas #uando %odem+ uandosaem ue no )o so"rer retal&ao'*

    - %essoas am&stosas e engraadas ue estosem%re numa oa+ atendo altos %a%os+ contand.&st[r&as+ ue &nes%eradamente armam "o"ocas otra&Tes #uando e&ste algo %ara gan.ar+ ou+ as

    )e!es+ sem a%arente gan.o'*- am&gos ue se a%ro)e&tam da am&!ade %arater )antagens em certas s&tuaTes*

    - a necess&dade de %assar %or c&ma dos outros- o $uerer dom&nar$ atra)s da "ora+

    &ntel&g?nc&a+ d&n.e&ro+ ou atra)s do medo*- agresso e )&ol?nc&a*

    - o %ra!er de mac.ucar ou causar danos*- a &m%oss&&l&dade de ter um d&alogo aerto+sem segundas &ntenTes oscuras*

    - a necess&dade de sem%re &r ^s "orras #mesmnum lance sem uerer+ no ual o outro no t&n.am>s &ntenTes'*

    - a necess&dade de ser o mel.or a ualuercusto*

    - "alta de com%reenso e com%a&o*- estu%&de!+ urr&ce+ &gnorKnc&a+ grossura+

    co)ard&a+ mesu&n.e!+ med&ocr&dade+ etc,+ etc,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    omente com mu&to alegr&a de )&)er$+ uma%ro"unda com%reenso e uma &ron&a saud>)el+

    %oss)el testemun.ar e ace&tar tranu&lamentetudo &sto sem %erder a ca%ac&dade de se d&)ert&ra%rec&ar a com%an.&a de outros monstros,,,descul%em-me+ eu uer&a d&!er+ outros seres.umanos,

    ;> uem d&ga ue a )&da luta+ uma)erdade&ra r&ga,O $con.ec&mento da )erdade&ra nature!a do

    .omem$+ ue uma conseu?nc&a de r&o+ como atacar "r&amente+ com mardadnos %ontos )ulner>)e&s* e de tal "orma ue no.a

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    energ&a alto-astral do som dos er&maus+%ande&ro+ ataaue+ e cantos+ ue acom%an.amregem a roda,

    A%rendendo a )er

    Por outro lado+ aos %oucos+ o t&cos,O &n&c&ante comea a veralgo ue os no

    &n&c&ados no %erceem, O

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    urgem emoTes de eu"or&a e [d&o, /u&tas)e!es decorrentes do ego do

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    cada ser .umano,

    O credo do $Poder$ o credo da $Alegr&a de)&)er$

    O $credo do %oder$ o ue a malandragemc.ama de: a /ei do C+o,

    Em uase todas as soc&edades+ do %assado e

    %resente+ sem%re .ou)e uma m&nor&a dona dasr&ue!as+ e uma massa ue )&)&a m&sera)elmentee traal.a)a %ara sutent>-la, Para manter esteestado de co&sas+ os donos da ola t&n.am a seuser)&o .omens armados %rontos %ara su"ocarualuer reel&o, Bo& em c&ma deste model&toue nossa soc&edade cresceu e $e)olu&u$,

    Adol" ;&tler+ go)ernante da Aleman.a ue %or)olta de 1454 de`agrou a egunda uerra/und&al+ t&n.a uma "rase ue defne em a lei doc+o:

    $\uem uer ue ten.a se det&do a eam&nar aordem das co&sas+ c.ega a conluso ue aess?nc&a do mundo res&de no domn&o dos ma&sca%a!es atra)s do uso da "ora$

    O %oeta "ranc?s+ 9audela&re+ tamm tem alg

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    a d&!er sore o assunto:

    $\uer o .omem arace sua )t&ma na a)en&da

    uer mate suas %resas em `orestasdescon.ec&das+ no ele eternamente o .omem

    Isto : o ma&s %er"e&to an&mal de ra%&na,$

    Em o%os&o a este $credo do %oder$+ e&stemca%oe&r&stas ue %ro"essam um $credo da alegr&a

    de )&)er$, Acred&tam ue+ %ela %r&me&ra )e! emsua .&st[r&a+ o ser .umano tem recursos mater&a%ara acaar com a "ome+ a m&sr&a+ a &gnorKnc&aem todo o %laneta,

    E&stem tcn&cas modernas e ecol[g&cas deagr&cultura e %ecu>r&a* "r&gorfcos e enlatados u%odem conser)ar a com&da %or mu&to tem%o*

    trans%ortes ue %odem le)ar os al&mentos %araualuer lugar do gloo,E&stem remd&os e con.ec&mentos %ara

    %re)en&r doenas,E&ste a energ&a solar+ a e[l&ca+ etc,+ ue

    %odem %rodu!&r uma energ&a l&m%a e no%oluente,

    E&stem mau&nas e com%utadores %arasust&tu&r o .omem no traal.o duro e al&enantede&ando-o ma&s l&)re %ara curt&r as artes+ ad&)erso+ e a )&da,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    E&ste a Internet e a tele)&so+ ue ass&st&dano alto da ma&s alta montan.a do @&et+ etamm na ma&s remota alde&a da Ama!n&a,

    Atra)s delas+ %oderamos or&entar e educar a.uman&dade,,, no entanto o mundo cont&nua estarae&ra ue sem%re e&st&u - m&sr&a+ guerra+&n

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    os r&caos sem seu ca)&ar, %oss)el+ e essenc&al+ des)&ar a energ&a usad

    na )&ol?nc&a e nas guerras #e a&nda e&ste a

    ameaa a%ocalt&%t&ca da guerra atm&ca+ a%esarde estar na moda a $guerra ao terror$'+ %araat&)&dades lUd&cas e cr&at&)as,

    E a ca%oe&ra %ode dar sua adU)&das e d&fculdades+ como )eremos no %r[&mca%tulo,

    Como desen)ol)er a $alegr&a de )&)er$

    Como desen)ol)er a $alegr&a de )&)er$S

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    In&c&almente - e &sto a ase de tudo -+ oa%rend&! tem ue uerer desen)ol)er esta$alegr&a de )&)er$* dar tanto )alor ^ $alegr&a$

    uanto ao $con.ec&mento$ #ue mu&to atrata&)%o&s est> d&retamente l&gado ao Poder e ^)&ol?nc&a',

    Em segu&da+ se o &n&c&ante realmente uer est$alegr&a$+ ele de)e uscar a com%an.&a de

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    cantando+ atendo %almas+ e e)entualmentetocando algum &nstrumento #er&mau+ %ande&roataaue+ agogo'+ ele &merso num caudal

    energt&co ue+ .omeo%at&camente+ aos %oucos+)a& "a!endo renascer a $alegr&a de )&)er$ ue ele%ossua uando cr&ana+ mas ue "o& %odada+castrada+ e uase an&u&lada %elas e&g?nc&as do%rocesso de $tornar-se um adulto$,

    A contra%arte mater&al

    oga-se ca%oe&ra &n&c&almente %or causa da"asc&nao ue ela eerce* de%o&s )em a %a&o+ amor e+ at mesmo+ o )c&o %elo ogo,Esta a%arte ue $os ol.os no conseguem %erceer e a

    mos nao ousam tocar$+ como cantou Paul&n.o d&ola,

    /as tamm e&ste uma contra%arte mater&alual os

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    na)al.a e arma ranca,E a&nda+ como etenso+ o ataaue #e o

    candoml e o maculel?'+ o %ande&ro #e a

    atucada e o sama'* e todo o )asta cultura a"roras&le&ra da ual a ca%oe&ra %arte,

    E tamm o /undo das Ruas+ e amalandragem+ onde grande %arte da malcia"o&desen)ol)&da,

    @udo &sto+ ue %ode ser )&sto com os ol.os e%erce&do %elos sent&dos+ const&tu& uma &mensa>rea de ao %ara o ca%oe&r&sta,

    /as o desen)ol)&mento do ca%oe&r&sta+ nestes)>r&os segmentos &nterl&gados+ no com%l&cadonem %enoso+ %o&s de%ende somente do amor e datrao ue o

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    Com o tem%o+ o

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    de %erfl - %ara &dent&fcar sua $cl&entela$,

    As %ala)ras e os tetos escr&tos "unc&onam

    ra!oa)elmente em %ara descre)er determ&nadoo

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    %or le&+ %or )olta de 1400F1470+ antes da $%ocadas academ&as$, Nauela %oca o ma&s&m%ortante era um t&%o de es%erte!a ue tem

    mu&to a )er com alosoa da malandragem,Os gol%es e as uedas e&st&am mas no eram

    to &m%ortantes, Po&s um s&co+ nauela %oca era uma certa malci

    ue "a!&a com ue )oc? entendesse as d&"erentes&tuaTes, O >s&co era )oc? com%render uemrealmente eram as d&"erentes %essoas#&nde%endente de sua $corda$+ ou $cordel$+ ou deser $tre&nl$ ou $contramestre$* ue+ al&>s+ neme&st&am no %assado', O >s&co era na)egar %ormares ra)&os e re)oltos sem ue teu aru&n.oa"undasse,

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    claro ue se )oc?+ alm da malcia+ t&)esseuma ecelente tcn&ca de s&co %ara a sore)&)?nc&a

    era a malcia,A ca%oe&ra era uma $escola de )&da$+ e uma

    $escola %ara a )&da$* e no um $es%orte$+ ou a$arte marc&al ras&le&ra$* ou uma $res&st?nc&acultural ^ soc&edade ranca .egemn&ca$* ou um

    $academ&a$+ ou um $gru%o$+ ou uma $assoc&aol&gada a uma Bederao$,Nauela %oca a ca%oe&ra era uma es%c&e de

    &m&tao da sel)a ue o mundo em ue)&)emos* era uma es%c&e de teatro m>g&co onded&"erentes arut&%os de s&tuaTes eramencenados e resol)&dos r&tual&st&camente,

    /u&to d&sto sore)&)eu e e&ste+ at .or&o de $teatro m>g&co$ fcousomreado %ela real&dade #careta' das academ&ae dos gru%os,

    /as+ de uma mane&ra ou outra+ o $teatrom>g&co$ sore)&)eu, %or &sso ue+ noJogo+ n[stemos o Foreio+ os saltos e as acroac&as* a %artelUd&ca #como a sada ao p? do !erim!au+ ascamadas+ etc,'* a mUs&ca, o elementos ue%erm&tem ue determ&nadas s&tuaTes #ue

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    acontecem e tornam a acontecer na )&da $real$'seg&co ue #at.ot&cas ue tentam com%render o mundo com a

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    mente+ ou atra)s das %ala)ras,A ca%oe&ra d&"erente de %r>t&cas onde o ma&

    &m%ortante $)encer$+ como no es%orte,

    @amm d&"erente de %r>t&cas cor%ora&s ueuerem t&rar as %essoas desta $merda$ #ue elesd&!em ser o mundo'+ e coloc>-las num lugar $maele)ado$+ $ma&s &ntel&gente$+ ou $ma&s es%&r&tual$A ca%oe&ra+ e sua malcia+ no %retendem coloca)oc? $ac&ma$ ou $alm$ deste )ale de l>gr&mas

    ue o %laneta @erra,A ca%oe&ra te ens&na a curt&r e ter sungue* aag&r e a reag&r au& mesmo* de tal mane&ra ue)oc? %ossa t&rar da )&da o ue ela tem de mel.o

    A ca%oe&ra+ se necess>r&o+ ens&na seus

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    e ue e)olu&u mu&to em relao ao ue era* nama&or&a das )e!es e)olu&u mu&to menos do ueser&a necess>r&o %ra ue "osse realmente um

    /estre #com $/$ ma&Usculo', #21'

    O d&n.e&ro

    O d&n.e&ro necess>r&o+ no s[ %ara

    sore)&)er+ mas tamm %ara curt&r os lancesmater&a&s da )&da, E curt&r os lances mater&a&s da)&da "a! %arte da mane&ra de ser do ca%oe&r&sta,

    /en&no uem "o& teu mestreS/en&no uem "o& teu mestreS/eu mestre "o& alomo*

    a ele eu de)o saUde+d&n.e&ro e or&gao,

    No ue o $men&no$ de)a d&n.e&ro %orue%ed&u d&n.e&ro em%restado ao mestre,

    Ele de)e %orue o mestre &n&c&ou-o naca%oe&ra* e tamm ao d&n.e&ro+ atra)s dasaulas e dos s.oJs+ ou a&nda atra)s dos$%restg&os$ ue ele )a& adu&r&ndo e ue l.erendem grana e arem %ortas,

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    E&stem uns ot>r&os %ur&stas ue %ensam uegan.ar d&n.e&ro com ca%oe&ra $detur%ao$,

    Eles no entendem ue a ca%oe&ra+ alm de

    tudo o ma&s+ sem%re "o& uma ferramenta%ara oca%oe&r&sta gan.ar d&n.e&ro+ e sore)&)er+ e curt&E)&dentemente+ em cada %oca a mane&ra comoca%oe&r&sta gana.)a d&n.e&ro era d&"erente:

    - o ca%oe&ra "o& ca%anga e guarda-costas de%olt&cos %oderosos na %oca do Im%r&o+ e no

    comeo dos 1400s*- de%o&s+ a%[s 1450+ com mestre 9&ma e oseducadores+ o ca%oe&r&sta gan.a)a d&n.e&ro dandaula e "a!endo so5%ara tur&sta*

    - .o e cam&seta de suaacadem&a* )ende er&mau* l&)ro* C* ,

    Alguns+ como eu+ "a!em at mestrado e P. emun&)ers&dade+ en"ocando a ca%oe&ra+ e+ de%o&s)&ar&os %r&m>r&os e &ng?nuos: ac.am ue comd&n.e&ro tero tudo e $sero "el&!es$, /as o%ro)r&o d&!&a: $o d&n.e&ro no tra! a "el&c&dad%ara uem no sae us>-lo$,

    claro ue o d&n.e&ro eerce atrao sore o

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    ca%oe&r&sta, /as+ na )erdade+ o ue realmenteatra+ ma&s a&nda+ os ca%oe&r&stas e mestres denossos d&as #e cre&o ue os de outrora tamm'

    o Poder, O ca%oe&r&sta %ercee ra%&damente ue d&n.e&ro a%enas uma "aceta )ulgar e %r&m>r&a dPoder, E o $%oder$ )em %ara ualuer mestremameme com me&a dU!&a de alunos,

    NO@A:#14' 3EHI+ ,3 &ing of li!eration, C.&cago:n&),o" C.&cago Press+ 1442,+ %,184,

    #20' ROE@+ Clment,legria, a for3a maior,Relume-amar>+ 2000+ %,5=,

    #21' No entanto sem%re om lemrar ue aca%oe&ra s[ sore)&)eu %or causa da cr&ao das

    $academ&as$+ a %art&r de 9&ma+ na dcada de1450 em al)ador, Outras man&"estaTes$"olcl[r&cas$ ras&le&ras desa%areceram+ ousore)&)em mamemamente #e+ no raro+$d&storc&das$ de suas or&gens e "unTes or&g&na&s'Neste mesmo conteto+ tamm de)emos c&tar a$%r&mas$ da ca%oe&ra+ as outras danas-lutas comor&gens a"r&canas ue e&st&ram em mu&tos outro%ases do $AtlKnt&co Negro$ #como a ladjna/art&n&ca+ o moringuedas Il.as Reun&o+etc,'+ u"eneceram a%ro&madamente a%[s 1450

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    #nen.uma delas "e! o salto de $"olclore$ - saerdo %o)o - %ara a $academ&a$* ou outro t&%o de%assagem ue %oss&&l&tasse sua sore)&)?nc&a',

    2,2 - A AXO @ERAPE@ICA A ROA

    A ca%oe&ra uma co&sa mara)&l.osa* mas uma escola dura,

    Ela "unc&ona como algo $tera%?ut&co$* mas a$tera%&a$+ o es"oro %ara crescer e se tornaralgum+ um %rocesso d&"c&l,

    Estas d&fculdades geralmente no sea%resentam aos &n&c&antes nos %r&me&ros = anos,

    O &n&c&ante

    Nos %r&me&ros 2 ou 5 anos de ca%oe&ra+ de%o&sda roda+ o de )olta ^ sua real&dadeh onde seus%rolemas mater&a&s e %s&col[g&cos o aguardam,

    No entanto ele res%&rou ma&s l&)remente+ fcoucom a cuca "resca e curt&u durante um re)e%erodo de tem%o, E com o %assar dos anos+ esta$&mersTes tem%or>r&as$ )o se tornando num$estado de ser$ uase ue %ermanente,

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    Os $%rolemas mater&a&s$ so os mesmos masno %arecem to su"ocantes, Na )erdade+ estes%rolemas no mudaram* mas o r&a, /as no totalmente &senta detro%eos e+ at mesmo+ des&lusTes,Isto %orue+ uando o &n&c&ante ou)e um

    er&mau %ela %r&me&ra )e!+ ass&ste ao t&caesta re)elao )a& ser oscurec&da: o &n&c&ante%rocura uma academ&a+ entra em contato com osoutros alunos ma&s ad&antados+ e se coloca so atutela de um mestre,

    No relac&onamento com colegas e mestrea%arecem todas as "acetas+ %os&t&)as e negat&)asdo ser .umano e da soc&edade na ual )&)emos, &n&c&ante so"re+ sente-se &m%otente+ no ace&ta eno com%reende %orue algo mara)&l.oso como

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    ca%oe&ra+ ao ser ens&nada e %rat&cada+ contm asmesmas ma!elas e mesu&n.ar&as ue a`&gem oresto da .uman&dade, Na .um&ldade e no

    desam%aro de uem nada con.ece+ o &n&c&ante sesuece dauela %r&me&ra )&so,

    Em teor&a+ o emate do &n&c&ante com osas%ectos negat&)os de ser .umano e dasoc&edade+ dramat&!ados crua %orm

    r&tual&st&camente dentro da roda+ de)er&am sersua)&!ados %ela atuao do /estre, Na %r>t&ca+ oautor&tar&smo e a "alta de aedor&a da ma&or&a d%ro"essores e mestres - a%enas seres .umanos -ue canal&!am e t&cas no resol)&das+alm das suas "antas&as de %oder e megaloman&

    mu&tas )e!es c.ega ^s ra&as do r&dculo #comoacontece tamm em outras at&)&dades',

    Au& )o do&s eem%los ue %arecem at fcda ma&s estereot&%ada, Na )erdade+ canse& de)er este flme se re%et&r: a real&dade + mu&tas)e!es+ ma&s sureal e asurda ue a fco,

    o&s ca%oe&r&stas esto

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    malciamas sem )&ol?nc&a, Num dado momento+&nes%eradamente+ o aluno %ara uma me&a-lua ado&s dedos do nar&! do mestre,

    ProntoNo %rec&sa ma&s nadaEst> armado o cen>r&o %ara uma trag&-comd&

    s.aDes%er&ana de araue,O ue aconteceu algo normal+ %ode

    acontecer com ualuer um, /as o mestre

    a%enas+ como a ma&or&a+ um mestre com $m$m&nUsculo,eu rosto se torna )ermel.o,$\ue "alta de res%e&to com o rande /estre O

    ue os outros )o %ensarS$O sangue comea a "er)er, O $grande mestre

    se torna %aran[&co* %r&s&one&ro ue da &magem

    de $/estre$ ue "a! uesto de manter %ara osoutros, E o $grande mestre$ e %arte %ara c&ma doaluno,

    O aluno+ mesmo sem ser mu&to e%er&ente+ )?ue a s&tuao mudou drast&camente: a cara domestre um r&ctus mal d&s"arado+ ele u"a comum touro enra&)ec&do+ os ol.os %arecem uerersaltar %ara "ora das [r&tas O aluno comea a

    -lo de

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    e este mestre da capoeira regional+ ele%arte %ara o aluno com gol%es d&retos e )&olento

    -ponteira, martelo, pis+o.Enuanto o aluno )a& se esu&)ando e "ug&ndo

    como %ode+ o mestre )? uma aertura e solta ummeia#lua#de#compassoa m&l u&lometros %or .orO c.ute rodado sa& !un&ndo+ ue&mando o ar* mao aluno est> to assustado e seu n)el de

    adrenal&na to alto ue+ %or m&lagre e sem sacomo+ consegue se esu&)ar, A o $grande mestreda reg&onal$ enlouuece: d> do&s socos na cara daluno+ agarra e o -lo comseu rao de troglod&ta,

    Alguns &o at fcar ranco %ara no %erder o auto-controle+ e tenta de%endurar um sorr&so es%ertono rosto:

    $Eu se& ue &sto "a! %arte do

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    caea "e&ta, @ tranu&lo e na m&n.a$,/as seu sorr&so ma&s %arece uma careta+ e

    ma&s r&dculo ue a m>scara de touro en"urec&do

    do regional,O mestre g&nga %ra um lado e %ara o outro+

    c.e&o de malcia+ e tenta dar uma !anda#raste&rem %' %ra derruar o aluno+ e mostrar uem oC.e"e dauela roda* no consegue+ o alunoalana mas d> um

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    $\ue %orra )oc? %ensa estar "a!endoS Como ue )oc?+ ue um mero aluno+ se atre)e ac.amar um mestre %ropasso#a#doisS oc? no

    tem fundamentonen.umS No con.ece atrad&oS Esse ue o %rolema+ .o

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    Com uns 5 anos de ca%oe&ra+ e ma&s"ortemente uando c.ega aos = anos+ o &n&c&antecomea a %erceer ue as &ncoer?nc&as ue o

    "a!&am so"rer - a )&ol?nc&a+ os $gru%&n.os$ dealunos graduados+ as aose&ras de seu mestre -"a!em %arte de um todo* "a!em %arte da )&da,

    Neste momento+ )>r&as co&sas %odemacontecer,

    @al)e! o &n&c&ante ten.a se l&gado a um mestre

    caea-de-agre+ e ao %erceer &sto %rocura outracadem&a,@al)e! ele se con"orme e cont&nue na mesma

    academ&a %o&s "e! mu&tos am&gos al&+ e se trocde academ&a ser> cons&derado um $tra&dor$,

    @al)e!+ a%esar de seu mestre ser um medocre#mas+ tamm+ um ecelente man&%ulador'+ o

    &n&c&ante %asse %or um )erdade&ro %rocesso de$la)agem cereral$ e comea a ac.ar o seumestre "enomenal,

    @al)e! o &n&c&ante te)e a sorte de ca&r nas mode um dos %ouuss&mos /estres com $/$ma&Usculo,

    \ualuer ue se

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    &m%ortante ue o &nc&ante est> %rat&candoca%oe&ra', Estran.amente+ co&nc&d?nc&ash eencontros %or acasoh )o colocando o

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    O guas entre os u

    )o )&)er a ca%oe&ra cult&)ando e desen)ol)endoalegr&a de )&)erh* e os ue tamm )o )&)er aca%oe&ra+ mas escol.em us>-la %r&mord&almentecomo uma "erramentaFarma de Poder %essoal,

    Na )erdade+ o

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    ca%oe&ra, eterm&nado est&lo no %r&mord&almente l&gado ^ alegr&a de )&)erh+enuanto outro l&gado ao $%oder$,

    Por sua )e!+ a Ca%oe&ra no "a! uma crt&camoral a esta escol.a ou ^uela, Cada um "a! suaescol.a+ e usu"ru& as enesses e aguenta oretranco de sua escol.a,

    A $alegr&a de )&)er$+ ou o $%oder$Se

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    ser segu&da %elo a%rend&!+ a ual+sem dU)&da+ "ac&l&tar> o seudesen)ol)&mento - "s&co+ mental+

    es%&r&tual, Esta at&tude esta eme%ressa em %euenos %ro)r&os%o%ulares ue so a ess?nc&a daflosofa da malandragem,Por eem%lo: $\uem no %ode command&nga+ no carrega %atu>$

    # cada um de)e con.ecer seusl&m&tes e %oss&&l&dades'* $ruu %rcantar demora$+ ou o eu&)alente$9ater %a%o com ot>r&o rea,

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    $alente no e&ste$, #22'

    Ou se

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    "racos e ma&s no)os, Este r&os ue o mel.or no otar %ra "uderSE "odam-se os "racos

    2, Como "erramenteFarma de Poder,

    Outros ca%oe&r&stas no escol.em a $alegr&a d)&)er$ como seu e&o %r&nc&%al* escol.em usar aca%oe&ra %r&mord&almente como uma "erramenta%ara adu&r&r $Poder$+ e tamm como uma armaa ser eerc&tada sore os outros, a escol.a macomum+ %o&s a ma&or&a dos mestres est> nesta"reu?nc&a* e seus alunos+ em geral+ seguem-na,

    Para este segundo gru%o+ as res%ostas da &daso a&nda ma&s &m%ress&onantes,

    O

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    escond&do #em s& e nos outros' %ortr>s do &n)[lucro "s&co+ e dam>scara soc&al ue a%resentamos

    soc&edade, e &sto n% acontecer+ o%r&nc&%&ante ser> or&entado %or umsr&e de "alsos conce&tos e &d&asestereot&%adas: o )alente mac.o+os gol%es morta&s+ a su%er&or&dadede um t&%o de luta sore outras+

    $meu gru%o o ue est> certo+ e ooutros errados$+ $meu mestre su%er&or aos outros$+ etc,

    Com o %assar do tem%o e dostre&nos+ o &n&c&ante ue "o&&n`uenc&ado %or estas "alsas &d&as

    se trans"ormar> num dolo de %sde arro+ um monumento de ases"r>ge&s,Confar> na luta e no no lutador*ter> gol%es %ossantes+ mas na )&dano confar> em s& mesmo,esen)ol)er> seus mUsculos e suatcn&ca+ mas no sua "ora dees%r&to, Confar> na "ora de seugru%o+ mas+ no nt&mo+ sent&r> medde tudo e de todos+ tendo

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    necess&dade de constantementeacusar os outros gru%os e mestresd&sto e dau&lo+ %ara %oder se

    afrmar,

    Na rua %oder> dar %orrada num enoutro - e necess&tar> "a!er &stocada )e! ma&s am&Ude %or causa dsua #"alsa' &magem+ duramente

    construda, /as ao en"rentar algude caea "r&a e com um mn&mo drecursos de de"esa+ fcar>a%a)orado+ com medo de serre)elada a grande "arsa ue sua)&da,Na seu?nc&a dos acontec&mentos

    sent&r> necess&dade de andararmado+ e ento %erceer> ueoutras %essoas andam armadastamm,

    Num outro n)el+ ma&s soc&al ue"s&co+ o anecess&dade de constru&r um #"alsod&scurso e uma "ac.ada soc&al#eu&)alente ^ "ac.ada "s&ca de

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    mUsculos e tcn&ca uedescre)emos anter&ormente',E au&+ tamm+ o

    medo de ser descoerto, No ter>ma&s am&gos com aos ua&s %ode)erdade&ramente se mostrar+ ter>a%enas $alunos$ e $&n"er&ores$,E+ como de"esa+ ter> de usarconstantemente o ataue* %o&s seu

    d&scurso e a sua "ac.ada soc&al nocorres%ondem a real&dade do ueele realmente #geralmente uma%essoa totalmente "asc&nada %elo%oder+ sem a ca%ac&dade de go!ar)&da',

    E a %enosa %rogresso destas%aran[&as no tem fm+trans"ormando-o num ment&roso*num co)arde ue %ersegue os ma&"racos* num %ua-saco dos%oderosos e dos )&olentos* numd&tador!&n.o &nsat&s"e&to ue nuncaconsegue se sat&s"a!er,#25'

    Na roda+ este

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    tcn&ca e a "ora %ara enfar a %orrada nos ma&s"racos+ e re)e tem uma turma de %ua-sacos uac.am ue ele o ma&mo, Ou+ ao &n)s da

    )&ol?nc&a e da rutal&dade+ usa sua tcn&ca emalciae+ na seu?nc&a+ usa um d&scurso ue o)alor&!a #sem%re d&!endo ue um cara mu&to.um&lde+ etc, e tal',

    No entanto+ a%esar do %a%o 161 #$eu sou mu&.um&lde$'+ o -los no

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    acontec&mentos da %oca+ e+ uem sae+ ma&starde )oltar ^ sua categor&a &n&c&al #ou no',

    om lemrar ue os ge&s+ mu&to ">ce&s

    de trans%or,Alm d&sto+ a t&ca da ca%oe&ra+ longe de serum %ol&t&camente corretoh lUd&co-no-)&olento+ a &!arra malcia, Isto "ac&l&ta o trKns&to entre um$t&me$ e outro+ %o&s no .> um r&o nem sem%re %oss&)el,/udar do $%oder$ %ara o t&me da $alegr&a de

    )&)er$ sem%re d&"c&l, Po&s o cara fcou con.ec&dcomo $%orrade&ro$* os outros $%orrade&ros$#es%ec&almente os ma&s no)os' )o sem%re

  • 5/20/2018 Livro Nestor CAPOEIRA 2 Capitulos (1)

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    no )a& engol&r a mudana do e-$%orrade&ro$ cotanta "ac&l&dade* %o&s o $%orrade&ro$ %assou anosenc.endo o saco e %ertuando as rodas,

    Para %assar de $%orrade&ro$ da turma do$%oder$+ %ara a turma da $alegr&a de )&)er$+demora anos - no mn&mo uns de!,

    O de traal.ar &solad- se a"astando dos $%orrade&ros$+ e no sendoace&to %elos

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    O cara est> contam&nado %ela com%et&o uegrassa na soc&edade, /as mesmo saendo d&storac&onalmente+ cont&nua &nsat&s"e&to %o&s est>

    $saendo$ s[ com a caea,

    A escol.a das at&)&dades %r>t&cas

    Na %r>t&ca o

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    tornaro ma&s `e)el+ e %rotegero seu cor%o ded&stensTes, etc,

    - tre&nar os toues de er&mau* tre&nar o

    ataaue e as de!enas de r&tmos ue e&stem nocandoml* tre&nar o %ande&ro e comear a"reuentar as rodas de sama*

    - ler l&)ros sore ca%oe&ra* aumentar seuscon.ec&mentos te[r&cos,

    2, Ou o t&ca+ com a )&ol?nc&a,

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    O l&se %s&canalt&ca em gru%o$+ mas mu&to ma&s%ro"unda+ crua+ e com%leta+ %o&s alm da %ala)rae da mente+ tamm en)ol)e o cor%o+ a luta+ a%orrada+ a dana e o r&tual,

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    amos )er+ ento+ o ue %ode acontecer numroda tendo em )&sta a %oss&&l&dade desta $tera%ca%oe&ra$,

    A d&nKm&ca tera%?ut&ca da roda

    amos &mag&nar ue a roda est> rolando, Or&tmo s+o !ento grande+ um r&tmo r>%&do ue

    "ac&l&ta o a%arec&mento #e %erm&te at certo %ontde um t&cas do gru%o #1'* o outro est> setornando um con.ec&do $%orrade&ro$+ ma&s

    l&gado ao lance da conu&sta do $%oder$+ e tem sded&cado ^s %r>t&cas do gru%o #2',Comeam a

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    - ou "a! somente um ou do&s mo)&mentos e+ento+ se a%ro&ma de #2'+ a%erta sua mo eterm&na o t&ca+ entra na roda e com%ra o r&a e &gnara fca ol.ando emasacad%ara #1j',

    /as e&s ue um uarto

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    lo #2j' -+ ue tamm $%orrade&ro$+ mas tem 10anos de tre&no e

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    Estas o%Tes+ ue meem com o ego+ com omac.&smo+ com as noTes de $co)arde$ e$)alente$+ com o narc&s&mo e a )a&dade+ e com

    todos os etc dos r&a+ e"e&tocolateral' ao tera%?nt&ca,

    NO@A:

    #22' CAPOEIRA+ Nestor,Galo J Cantou

    , R: Art;o