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  1  O NEGÓCIO É O SEGUINTE  Hábitos e costumes dos povos e sua influência  na vida empresarial  Gilda Fleury Meirelles  Maria Eliza de Arau jo Barros  (revisado e digitalizado por Gilda Fleury Meirelles, em março de 2009)

Livro O Negócio é o Seguinte

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Administração, negócios, organização, manager, auto-ajuda, empresas, management.

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    O NEGCIO O SEGUINTE

    Hbitos e costumes dos povos e sua influncia na vida empresarial

    Gilda Fleury Meirelles Maria Eliza de Araujo Barros

    (revisado e digitalizado por Gilda Fleury Meirelles, em maro de 2009)

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    NDICE INTRODUO

    PRIMEIRA PARTE REGRAS GERAIS

    SEGUNDA PARTE AMRICA

    AMRICA DO SUL

    Argentina Bolvia Brasil Chile Colmbia Peru Uruguai Venezuela

    AMRICA CENTRAL

    Costa Rica Cuba Nicargua Panam

    AMRICA DO NORTE

    Canad Estados Unidos Mxico

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    EUROPA

    Consideraes sobre a Unio Europia EU Alemanha ustria Blgica Dinamarca Espanha Finlndia Frana Grcia Holanda Itlia Luxemburgo Portugal Reino Unido Repblica Tcheca Rssia Federao Russa Sucia Sua

    SIA

    Cingapura China Coria do Sul ndia Indonsia Israel Japo Tailndia Taiwan

    MUNDO RABE

    Arbia Saudita Egito

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    frica

    frica do Sul Gana

    Oceania

    Austrlia Nova Zelndia

    Referncias Bibliogrficas

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    INTRODUO As relaes comerciais, empresariais e sociais deste incio de sculo esto baseadas no intercmbio entre os povos, motivado pela globalizao da economia e da informao. Para a viabilizao dos negcios, preciso que esse relacionamento seja otimizado, e isso s ser possvel na medida em que os hbitos e costumes que caracterizam cada povo sejam mais conhecidos pelos seus pares. Este trabalho se inicia pelas regras gerais institucionalizadas, convencionadas ou no , que motivam o comportamento dos povos como, formas de cumprimento e tratamento, linguagem, gestos e vocabulrio, a utilizao dos cartes de visitas e presentes, no se esquecendo de uma abordagem sobre as principais religies, que muitas vezes norteiam a vida de um povo. Nesta fase, ser feita uma diviso entre Ocidente, Oriente e Mundo rabe, regies entre as quais existem maiores controvrsias sobre o modo de ser e de viver. Em seguida, so abordadas as caractersticas prprias de cada povo, apoiadas em um enfoque geral por regio, com informaes atualizadas em julho de 2004. Os pases sero agrupados por blocos continentais e econmicos, iniciando-se pela Amrica do Sul, onde est situado o Brasil. As caractersticas dos povos so globais, e excees so encontradas, mas estas esto ligadas intimamente personalidade ou ao temperamento de uma pessoa e no aos hbitos e costumes dos povos. Assim, podemos encontrar em um grupo formal, reservado, respeitoso e tmido, algum que no tenha essas caractersticas, mas um fator individual e no coletivo. Cabe lembrar que existe um trao que nos une, sejamos ocidentais, orientais ou rabes, adeptos do islamismo ou do catolicismo, do judasmo ou do budismo a natureza humana. A forma como cumprimentamos, nos tocamos, entregamos um carto de visita, conduzimos uma reunio ou nos alimentamos est intrinsecamente ligada ao que aprendemos, aos hbitos e costumes; mas o olhar, o sorriso, o gesto carinhoso ou firme, o afago, as mos dadas, o aceno de adeus e a alegria da chegada so iguais em todo o mundo a forma pode ser diferente, o significado o mesmo.

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    Por isso, no devemos nos esquecer de que o mundo possui vrias lnguas e culturas, e que podemos estar em um pas distante ou recebendo um visitante muito diferente, mas que ele reagir sempre da mesma forma que ns, em situaes nas quais a essncia humana se manifeste. Isso porque somos cmplices de uma natureza que permeia a todos e que se aflora nas pequenas coisas.

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    PRIMEIRA PARTE

    REGRAS GERAIS CUMPRIMENTOS E APRESENTAES As formas de cumprimento diferem dependendo das caractersticas dos povos; alguns so amigos dos toques, beijos e abraos; outros somente do um aperto de mo; outros so reservados e nem se tocam; outros utilizam a reverncia, que pode ser de diversos tipos e maneiras. A forma ocidental de cumprimento o tradicional aperto de mo, que pode ser forte, firme ou mais leve. Alguns povos completam com tapinhas nas costas, toque no antebrao, cotovelo ou ombro do interlocutor, ou ainda, com abrao forte ou leve, acompanhados ou no do beijo, em uma ou duas faces. No oriente, a variao na forma de cumprimento grande, cabendo destaque na reverncia, utilizada principalmente entre os japoneses, chineses e coreanos. Trata-se de um cumprimento sem contato com o interlocutor, na qual a pessoa inclina a cabea, com as mos estendidas em direo ao joelho. Quanto mais baixa for a reverncia, maior a hierarquia do visitante. A regio da ndia e da Tailndia utiliza outra forma de reverncia, com as mos postas em forma de orao na altura do peito, acompanhada de um ligeiro inclinar de cabea. Esse tipo de cumprimento utilizado, tambm, para saudar, desejar sorte, sade ou pedir desculpas. O mundo rabe no entende o cumprimento como uma formalidade, mas como uma beno, tanto para quem faz como para quem recebe. Existem duas formas de cumprimento, a usual o aperto de mo, com a saudao Que a paz esteja com voc; outra, mais utilizada entre os rabes, quando colocam a mo direita sobre o peito e sadam com mesma frase.

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    Lembrar que em alguns pases, principalmente no oriente e no mundo rabe no se estende a mo s mulheres, em hiptese alguma; no permitido nem um leve toque. Outras formas de cumprimento podem ser encontradas pelo leitor, como a utilizadas entre os maoris, aborgines da Nova Zelndia, que roam seu nariz no do visitante. O cumprimento, para eles, representa um sopro da vida. Entretanto, so formas isoladas, utilizadas em grupos menores, tribos e habitantes locais de uma regio, que no influenciaro no mundo dos negcios. importante saber que quem determina a forma de cumprimento utilizada o anfitrio; caso o visitante utilize sua maneira natal, retribua o cumprimento, fazendo uma reverncia leve. A forma de apresentao obedece a mesma norma entre todos os povos; quem chega apresentado a quem est, em situaes normais, ou seja, quando interlocutor e visitante tm o mesmo status. Em outras situaes, o menor em hierarquia apresentado ao superior; ou o mais novo em idade apresentado ao mais velho. O cavalheiro apresentado senhora. Cabe, ainda, ao superior em hierarquia, ao mais idoso ou senhora estender a mo ou fazer o cumprimento convencional da regio.

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    FORMAS DE TRATAMENTO Entre todos os povos, a forma de tratamento condizente com a formao acadmica e o cargo que a pessoa ocupa: - autoridades governamentais, dignatrios ou dirigentes de pases recebem

    tratamento diferenciado, conforme sua posio; - a realeza e a nobreza recebem tratamento diferenciado, de acordo com a

    hierarquia e o pas que representa; - doutor ttulo para quem defendeu tese de doutorado, mas no Brasil

    muito utilizado culturalmente na relao patro / empregado. Nos outros pases, considerado somente ttulo acadmico;

    - pessoas de alto status e idosos recebem tratamento cerimonioso; - pessoas hierarquicamente inferiores recebem tratamento menos formal,

    mas respeitoso; - amigos e familiares recebem tratamento ntimo e informal; - mudar a forma de tratamento quando o interlocutor solicitar; - na dvida, perguntar diretamente ao interlocutor como ele deseja ser

    chamado; - perguntar, tambm, como se pronuncia o nome do visitante, caso tenha

    dvidas; - usar o bom senso para saber se est agindo corretamente. As principais formas de tratamento, no Brasil, nem sempre tm seu correlato nos outros pases. O que interessa nesse tpico verificar quem a pessoa com a qual estamos tratando e identific-la com um dos modos acima, lembrando que alguns povos utilizam a forma de tratamento seguido do prenome, e outras a forma de tratamento mais o sobrenome. Para no errar, no Brasil, utilizar sempre o tratamento mais o prenome, e nos outros pases o tratamento mais o sobrenome. Excees existem: atentar para os pases (Espanha, Mxico, entre outros) que utilizam o sobrenome paterno antes do materno; neste caso deve-se utilizar o sobrenome paterno precedido do tratamento. No mundo oriental, na China especificamente, o sobrenome vem na frente do nome, devendo ser utilizado no tratamento.

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    LINGUAGEM, VOCABULRIO E GESTOS Nas relaes entre os povos, deve-se ficar atento para a linguagem, o vocabulrio e os gestos utilizados, seja qual for o idioma falado. Na linguagem verbal deve ser evitado: grias, palavras de baixo calo, tons de voz inadequados pedante, arrogante; necessrio que se fale com clareza e objetividade, com vocabulrio rico, mas sem afetao. A linguagem no-verbal a forma de comunicao por meio de atos. Por isso, importante ficar atento com atitudes que podem comprometer a interlocuo, como: - o tempo que se disponibiliza ao visitante deve ser o necessrio para a

    concluso do assunto; - o local para a reunio no pode ser improvisado; - o traje com o qual se recebe um visitante deve ser adequado ocasio; - a postura do anfitrio deve ser educada e correta. A linguagem escrita o registro da comunicao. Caligrafia, grafia correta dos nomes, regras de gramtica, data e assinatura nos documentos, so detalhes que iro influir na imagem que o visitante far do anfitrio. Os gestos so o complemento da palavra, que quando inadequados, podem causar m impresso ao visitante. Tm significado diferente de pas a pas, sendo que deve ser feita uma pesquisa, sempre que o leitor for ter contato com visitantes estrangeiros, a fim de serem evitadas as gafes. Internacionalmente, so considerados gestos agressivos ou de m postura: - dedo em riste; - apontar para algum ou algo; - gesticular em demasia; - mos no bolso ou na cintura - mos no colo durante as refeies; - braos cruzados.

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    CARTES DE VISITA Os cartes de visita merecem um destaque especial; alguns povos fazem de sua troca um verdadeiro ritual, chegando a dar mais importncia ao ato do que identificao do interlocutor. O carto de visita comercial, no Brasil com a medida de 9,5 x 5,5cm, semelhante em sua forma nos diversos pases, podendo variar somente a impresso, a cor e o tamanho. Devem conter o logotipo da empresa, nome e cargo da pessoa, endereo completo da organizao, telefones, fax, e-mail e, dependendo do caso, o nmero do telefone celular. A impresso pode ser feita no idioma do empresrio, ou em dois idiomas, com o objetivo de facilitar a comunicao com outros povos; neste caso, mais usual o ingls, considerado um idioma internacional. O ritual de entrega dos cartes difere entre os povos ocidentais e orientais. Os ocidentais recebem e entregam os cartes com uma mo, segurando com o polegar e o indicador na parte superior, com os dizeres posicionados para leitura imediata. O carto deve ser entregue sempre na mo do interlocutor; caso no seja possvel, usar o bom-senso. Os povos ocidentais do maior ou menor importncia ao ato da entrega de cartes, como segue: - os latinos das Amricas tratam a matria com indiferena, mas mantm a

    tradio de lev-los s reunies; - os norte-americanos no do grande importncia troca de cartes,

    podendo mesmo receb-los e no retribuir o gesto; - os europeus tanto da Europa Ocidental como da Oriental do

    importncia a essa forma de apresentao, fazendo-a sempre no incio das reunies e utilizando-os como meio de contato para futuros negcios.

    Os orientais recebem e entregam os cartes com as duas mos, lem tudo o que est escrito demoradamente, e somente depois, iniciam a reunio. Os cartes, que devem estar impressos em dois idiomas, ficam frente das pessoas durante uma reunio, como forma de facilitar a identificao de seus interlocutores.

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    Os rabes respeitam o carto de visita como uma forma de identificao; no rasuram e o manipulam somente com a mo direita (para eles, a mo esquerda considerada impura). Os cartes devem estar impressos em dois idiomas. O anfitrio, por cortesia, recebendo ou visitando seu cliente, deve proceder da seguinte forma: - respeitar o ritual da troca de cartes, seguido pelos povos; - entregar o carto de visita no incio do primeiro contato, como forma de

    identificao; - quando receber os cartes de visita de seus clientes, agir de forma

    respeitosa; - evitar coloc-los imediatamente no bolso, deixando-o sobre a mesa

    durante a reunio. Caso o carto seja entregue com os interlocutores andando, usar o bom senso;

    - ter sempre em mos uma quantidade razovel de cartes de visita.

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    PRESENTES Uma das questes que requer diplomacia quando se recebe um visitante empresarial a troca de presentes. Com regras totalmente diferentes, utilizadas entre os povos, o ato de presentear deve seguir um roteiro. No mundo empresarial, a lembrana deve ser entregue sempre ao trmino do ltimo encontro, no sendo obrigatrio abri-lo no momento do recebimento; basta agradecer. O primeiro passo estudar os hbitos e costumes do visitante para no ocorrer gafe no presente. Alguns pases rejeitam presentes como faca, relgio, peles (atentado contra a ecologia), mltiplos de 4, algumas cores (como o branco, que significa o luto para os japoneses). Em outros, como no mundo rabe, as mulheres no podem ser presenteadas. Embora o assunto seja abordado na segunda parte deste livro, nos tpicos sobre os pases preciso ter em mente que existem povos fceis de serem presenteados e outros mais difceis. Os povos da Amrica do Sul, Central e do Norte (exceto Estados Unidos), Europa, tanto ocidental como oriental, e Oceania no tm restries nem supersties aos presentes. Deve-se tomar cuidado com os Estados Unidos da Amrica, todos os pases do mundo rabe e da sia. Na escolha de um presente, o bom-senso deve prevalecer; lembranas perecveis, muito grandes ou pesadas, ou peas de alto valor, que podem constranger quem recebe, devem ser evitadas. A sugesto ter uma relao de presentes habituais da empresa, fazer um levantamento da posio hierrquica dos visitantes ou visitados, e escolher o que melhor se adapta ocasio. Est dentro das regras protocolares presentear o visitante com algo de maior valor e dar aos outros membros da comitiva, pequenas lembranas. So sempre bem-vindos presentes do tipo: livros histricos e fotogrficos do pas, gravuras, telas e quadros, esculturas, pedras semi-preciosas de qualquer tipo (jias, peso para papel, chaveiros, objetos de adorno), artesanatos regionais, entre outros.

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    RELIGIO Difcil seria falar sobre os povos, sem analisar sua histria e suas crenas, que permitem entender certos comportamentos e justificam algumas atitudes que muitas vezes nos parecem incompreensveis. Sero enfocadas, objetivamente, as principais religies do mundo, objetivando facilitar a conversao e o relacionamento entre os povos. Foram desprezadas as religies e seitas regionais praticados por pases da Amrica Central e frica, principalmente por estas no chegarem a ter influncia nos povos com os quais os empresrios mantm uma poltica de relaes internacionais. CRISTIANISMO entre as religies monotestas, a que conta com maior nmero de fiis e a que est mais difundida em todo o mundo. Nascida dos ensinamentos de Cristo, no curso de sua evoluo histrica dela se formaram trs grandes ramos: a Igreja Catlica, as igrejas protestantes e ortodoxas. Embora sejam divergentes em alguns aspectos doutrinrios, essas trs vertentes permanecem irmanadas por sua crena no carter divino da revelao de Jesus: a existncia de um Deus nico em trs pessoas, iguais em natureza e dignidade, que criou o mundo, e nos princpios essenciais da cristandade amor a Deus sobre todas as coisas, amor ao prximo e a f na chegada do reino de Deus. Praticada nas Amricas, Europa e principais ilhas da Oceania. JUDAISMO a mais antiga das religies monotestas, postula uma relao contnua entre Deus e o povo judeu e, por meio deste, com toda a humanidade. Dela surgiu o cristianismo. a religio dos antigos hebreus (atualmente, hebreus ou israelitas) e, num sentido mais amplo, corresponde no s religio, mas tambm, ao conjunto de costumes, cultura e estilo de vida dessa comunidade tnica. Praticada em Israel e pelos judeus instalados em todo o mundo. ISLAMISMO a palavra isl, que significa submisso, ilustra a principal idia da religio muulmana: o fiel aceita submeter-se vontade de Deus (Al), criador do mundo, onipotente e onisciente. O islamismo no pode ser considerado apenas uma doutrina religiosa, pois legisla, ao mesmo tempo,

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    sobre a vida interior, poltica e jurdica da comunidade, da mesma forma que o judasmo e o hindusmo. uma das religies mais rgidas, praticada no Oriente Mdio (mundo rabe), sia centro-ocidental e ilhas do sudeste asitico. HINDUISMO a religio dos hindus, uma das mais antigas do mundo e de mais difcil compreenso pela mentalidade ocidental. Sua expresso ultrapassa os limites da religio e percorre toda a estrutura social, dos atos comuns da vida diria at a literatura e a arte. Sem um corpo de doutrinas, cultos ou instituies comuns, o hindusmo abrange uma infinidade de seitas e de variaes, monotestas ou politestas. praticado na ndia, Sri Lanka, Mianmar, regies da frica do Sul, Bali, Trinidad e Ilhas Fidji. BUDISMO fundado na ndia (sculo VI a.C.) e baseado nos ensinamentos de Siddharta Gautama (cognome Buda), a denominao dada pelos ocidentais ao sistema religioso que visa realizao plena da natureza humana e a criao de uma sociedade perfeita e pacfica. Aberto a todos os grupos sociais, etnias, culturas e nacionalidades, desenvolve-se em todo o Extremo Oriente, principalmente na sia centro-ocidental (China, Japo e Tibete). CONFUCIONISMO entende-se por confucionismo a filosofia e a tica poltica de Confcio, construdas em torno do homem e de sua experincia social e poltica, na busca do bem-estar coletivo, que impregnaram a cultura e as diversas religies que se enraizaram na China, como o taosmo e o budismo. A essncia de seu pensamento o zen, que tem sido entendido como benevolncia, amor, virtude, altrusmo, humanidade e outros termos que denotam idias similares. Praticada na China. XINTOSMO a nica religio que pode ser considerada genuinamente japonesa. Diferente do Budismo, que tem origem indiana e influncia chinesa, dominante apenas em seu pas de origem. Baseia-se numa mitologia pantesta com inmeras divindades que atribuem valor sagrado a todos os elementos da natureza o vento, a gua, as pedras, montanhas. Todos os nveis da natureza visveis e invisveis coexistem em harmonia, tendo se originado da mesma fonte. oposta a muitas concepes ocidentais nas quais o homem adversrio da natureza, lutando para domin-la e subjug-la. Esse conhecimento vital para o entendimento da cultura japonesa, sua viso de mundo, sua adaptao a novas idias sem perder a

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    base sua tradio. Como curiosidade at o nome do Pas vem do xintosmo pas do sol nascente. TAOISMO Baseia-se num livro: Tao Te Ching, o livro de Tao (ordem do mundo) e do Te (fora vital). O Tao e o Te so conceitos chineses aos quais Confcio atribuiu interpretao um pouco diversa. O Taosmo implica em no atividade, mas passividade, ou seja, o mais importante a no ao. A autoria do livro Tao Te Ching atribuda ao filsofo Lao-Te, que viveu no sculo VI a.C., mais ou menos contemporneo a Confcio.

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    SEGUNDA PARTE Amrica

    O continente americano subdividido em Amrica do Norte, Amrica Central e Amrica do Sul. Nenhum outro continente apresenta tamanho desequilbrio quanto a Amrica. Ao norte, encontra-se a maior potncia do mundo - os Estados Unidos - e outra nao altamente desenvolvida o Canad. Ao centro e sul encontram-se vinte e duas naes em desenvolvimento. A criao da ALCA rea de Livre Comrcio das Amricas, quanto implantada, pretende englobar todos os pases das Amricas, exceto Cuba, e dever contribuir para superar esse desequilbrio e integrar o Continente. Entretanto, no se sabe se tal fato acontecer, pois, ao contrrio da Unio Europia que integrou pases de condies semelhantes, a balana da ALCA ter sempre o forte comando dos Estados Unidos da Amrica.

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    Amrica do Sul A Amrica do Sul une-se Amrica do Norte pelo istmo central e separa-se da Antrtica pelo Estreito de Drake. O continente formado por doze pases: Argentina, Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Em meados da dcada de 70, a maior parte dos pases sul-americanos estava submetida a ditaduras militares, tendo a democratizao iniciada somente nos anos 80. Entretanto, este fato no afastou as turbulncias polticas, que, somado ao alto endividamento interno e externo dificulta at hoje o desempenho econmico aceitvel das naes. O continente sul-americano convive com vazios demogrficos e regies de alta densidade populacional, como So Paulo, Buenos Aires, Lima e Santiago. A populao formada por descendentes de europeus espanhis e portugueses , africanos e indgenas, apresentando, tambm, alta porcentagem de mestios. Estudando-se o continente como um todo, e at mesmo considerando alguns pases isoladamente, verifica-se a coexistncia de economias modernas de mercado com condies de subsistncia prximas ao terceiro mundo. O Brasil responsvel por trs quintos da produo industrial sul-americana. A minerao abarca a extrao de petrleo (Venezuela), cobre, estanho, mangans, fero, zinco, chumbo, alumnio, prata e ouro. Apenas 5% do territrio utilizado para a agricultura; a pecuria praticada nos pampas argentinos, principalmente.

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    ARGENTINA (Republica Argentina) Localizao: Limitada ao sul e a oeste pelo Chile, ao

    norte pela Bolvia, Paraguai e a leste pelo Brasil, Uruguai e Oceano Atlntico

    rea: 2.766.890 km2 Principais cidades: Buenos Aires (Capital), Crdoba, Rosrio, La Plata, Mendoza Populao: 38.740.897 habitantes (estimativa 2003) Grupos tnicos: 97% brancos (espanhis e italianos) e 3% mestios e amerndios Idioma: espanhol Religio: nominalmente catlica romana (90%) Moeda: peso argentino Forma de Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Brasil, Estados Unidos, Chile, Itlia,

    Alemanha, Frana, Espanha e Holanda. Feriados nacionais: 25 de maio Dia da Revoluo 9 de julho Dia da Independncia Cdigo telefnico: 54; Buenos Aires + 11, Crdoba + 351,

    Rosrio + 341, Mendoza + 261 Pas A Argentina, considerada o oitavo maior pas do mundo, beneficiada pelos seus ricos recursos naturais, uma populao altamente alfabetizada (96%), um setor agrcola orientado para a exportao e uma base industrial diversificada. uma repblica federativa, com 23 provncias e uma Capital Federal: a cidade de Buenos Aires. O Presidente, eleito por quatro anos, o chefe do Estado e do Governo. O Poder Legislativo conta com um Congresso Nacional composto pelo Senado e Cmara dos Deputados. Economia A economia argentina tem sido dominada pela agricultura e pela indstria desde o sculo XIX, mas o seu setor de servios tem se desenvolvido de

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    modo expressivo. Produz mais gros e cria mais gado do que qualquer outro pas da Amrica Latina, exceo do Brasil, e suas receitas de turismo s perdem para o Mxico. A indstria bem suprida pela abundncia dos recursos energticos. No final do sculo XX, tornou-se auto-suficiente pelo combustvel extrado da terra e gerao hidroeltrica, transformando-se num exportador de petrleo. Os depsitos de leo esto espalhados pelo pas. Com exceo do leo e gs natural, as reservas minerais explorveis so geralmente pequenas e muito dispersas. Uma ampla gama de minerais no-metlicos encontrada pelo pas. A fora eltrica na Argentina gerada principalmente pelas estaes hidroeltricas, cujas capacidades desenvolveram-se exponencialmente a partir dos anos 70. Povo, religio e idioma A exemplo de grande parte dos pases latino-americanos, a Argentina tem uma populao que descende principalmente de europeus, em especial italianos e espanhis. A poro mestia do povo muito pequena, exceto no nordeste, em razo da pouca miscigenao. A influncia catlica romana est fortemente refletida no governo e na sociedade, que reconhecido constitucionalmente como a religio oficial do Estado; entretanto a liberdade de credo esteja garantida. Pouco mais de 90% da populao nominalmente catlica romana, sendo 2% protestantes e a populao israelita, embora represente 2% da populao, a maior da Amrica Latina. Embora a lngua oficial seja o espanhol, o ingls um idioma popular na rea dos negcios. Dos grupos imigrantes, a cultura italiana foi a mais influente, e por isso o idioma italiano ainda tambm falado na cidade de Buenos Aires. Cultura Como a maior parte do povo descende de imigrantes europeus, sua cultura segue uma orientao distintamente mais europia do que qualquer outra cidade latino-americana. Entretanto, os artistas e escritores argentinos no vem mais a Europa como a nica referncia para seu sucesso; mesclando os costumes do Velho Mundo s inspiraes do Novo Mundo, os argentinos vm desenvolvendo um carter nacional nico que reflete a sua variada e rica vida cultural.

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    O povo do porto de Buenos Aires, os portenhos, muitas vezes chamam sua bela e cultural cidade de Paris da Amrica do Sul. Os visitantes que falam o idioma ingls acham a Argentina mais acessvel que outros pases latino-americanos pela aparente semelhana com suas sociedades. Os hbitos so mais britnicos do que latinos; a informalidade e a casualidade podem no causar uma boa primeira impresso. Caractersticas Prprias Cumprimentos Os argentinos geralmente so muito cordiais e at efusivos nos cumprimentos entre amigos, que usualmente envolvem abraos. Mesmo num primeiro encontro, exceto numa apresentao de negcios sob circunstncias extremamente formais, os cumprimentos so cordiais. O aperto de mo o cumprimento formal; no decorrer da conversao, podem se aproximar do interlocutor e podem tocando no seu brao ou nas costas. O visitante no deve se afastar, pois essa atitude ser considerada esnobe ou rude. O sorriso essencial e auxilia para uma boa disposio nas negociaes. Entre mulheres usual o abrao e o beijo. Tratamento Utilizar os ttulos profissionais ao conversar confere respeito. dada grande ateno aos ttulos e posio social do visitante. A maioria dos hispnicos tem o sobrenome materno e paterno. O sobrenome paterno compe o nome antes do materno e a ele que se deve referir ao se dirigir pessoa. Por exemplo, Carlos Lopez Garcia, deve-se chamar como Senhor Lopez. Negcios Executivos estrangeiros devem balancear com cuidado o ambiente moderno de negcios na Argentina, com as tradies culturais de seus habitantes. Apesar da sofisticao e tecnologia nas habilidades negociais, os argentinos so conservadores e tradicionais aderindo a vrios costumes latinos nas relaes pessoais e comerciais. Os negcios so usualmente discutidos aps amenidades sociais. Os encontros comeam com temas variados e assim terminam; conversas sociais fazem parte dos negcios, que no so concludos em um nico encontro e no se deve pressionar o anfitrio a faz-lo; a pacincia e a polidez so muito valorizadas. A cortesia um fator importante e dedicar tempo nas atividades sociais fundamental para construir uma relao slida nas negociaes. Isto porque

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    as referncias pessoais so muito consideradas nos negcios e os contatos so essenciais para o estabelecimento das relaes. A mudana de um representante da empresa visitante pode at interromper as negociaes. As negociaes usualmente so morosas, sendo uma das razes a grande burocracia do pas. As decises devem ser apreciadas e aprovadas por muitas pessoas. As partes de um contrato so constantemente avaliadas e podem sofrer alteraes at o momento em que seja totalmente finalizado. Nas negociaes com o governo recomendvel ter um contato que haja como intermedirio nas relaes e que promova os encontros. Convm ter sempre mo cartes comerciais. Eles so trocados logo aps as apresentaes. Pontualidade Tempo um conceito flexvel na Argentina. Espera-se que os visitantes sejam pontuais, mas no se deve surpreender se a contra-parte se atrasar; os encontros provavelmente iniciaro aps o horrio em que foram agendados. Posio da mulher Quando a mulher se casa ela, usualmente, absorve o sobrenome do marido. O machismo ainda prevalece na Argentina e ainda h desigualdades salariais entre homens e mulheres. No recomendvel uma mulher ir sozinha noite a restaurantes ou bares. De acordo com o protocolo de negcios argentino, a mulher quem toma a iniciativa de aperto de mo com homens. Trajes Os argentinos so mais formais e mais conservadores no trajar, na aparncia e na conduta em geral, em relao aos demais pases da Amrica do Sul. Aos homens recomenda-se ternos escuros e gravatas e s mulheres tailleur ou vestidos elegantes. Refeies habitual as refeies com executivos acontecerem em restaurantes e so consideradas ocasies mais sociais do que para discusso de negcios. Na Argentina, come-se as melhores e mais apreciadas carnes do mundo. Presentes Presentes no so trocados no incio das negociaes, mas podem ser feitos aps o estabelecimento de um certo relacionamento. apropriado enviar ao associado um presente, como caneta ou relgio de mesa.

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    No se deve fazer uma visita sem levar uma lembrana; as mulheres devem evitar presentear os homens, entretanto, presentes para as crianas so sempre bem-vindos. Conversas Os argentinos so interessados no tema famlia, e muitas vezes perguntam diretamente ao interlocutor sobre sua situao, idade, estado civil e filhos. Fazem uma grande distino entre negcios e famlia mais do que qualquer outra cultura latino-americana, mas o limite certamente menos delineado do que nas culturas norte-americanas, europias e asiticas, nas quais os negcios e a vida pessoal no so usualmente sobrepostos. Os estrangeiros devem estar preparados para falar sobre assuntos pessoais no decorrer das negociaes. Bons temas de conversa so, alm do ncleo familiar, futebol, histria, cultura, parques e jardins locais. Tpicos a serem evitados so os anos peronistas, religio e o conflito das Malvinas. Deve-se evitar tratar de negcios, quando as mulheres estiverem presentes nas refeies. Detalhes O hbito de fumar comum na Argentina. Antes de acender um cigarro corts oferec-lo primeiro aos acompanhantes. Evitar servir o vinho; existem alguns tabus a respeito, que um estrangeiro, por desconhecimento, pode violar. Por exemplo: servir o vinho com o pulso torcido representa grande insulto. O argentino sempre prioriza a famlia e os relacionamentos, antes dos negcios.

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    BOLVIA Repblica da Bolvia (Republica de Bolivia) Localizao: situada ao centro-oeste da Amrica do Sul, limita-

    se com o Brasil ao norte e leste; com o Paraguai e Argentina ao sul, e ao oeste com o Chile e Peru.

    rea: 1.098.581 km2 Principais cidades: La Paz (sede do governo executivo e legislativo)

    e Sucre (capital do judicirio); Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba

    Populao: 9.247.816 habitantes (2008) Grupos tnicos: quchuas, aimars e europeus ibricos Idioma: espanhol e idiomas locais (quchua e aimar) Religio: maioria cristianismo Moeda: boliviano Forma de Governo: repblica presidencialista Feriado nacional: 6 de agosto Dia da Independncia Cdigo telefnico: 591; Sucre + 464; La Paz + 2 Pas A Bolvia um dos pases mais pobres e menos desenvolvidos da Amrica Latina, com alta taxa de analfabetismo e o segundo menor ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Em 2008, ainda continua com problemas sociais e econmicos. Situada no centro-oeste da Amrica do Sul, no tem sada para o mar; por isso tem uma histrica disputa com o Chile pelo acesso ao mar, pois perdeu ao pas vizinho parte de seu territrio (Guerra do Pacfico, sec. XIX). Nesta primeira dcada do sculo XX est passando por grande convulso social, tendo dois de seus presidentes deixado o cargo, aps presso popular. Economia Na segunda metade do sculo XX a Bolvia passou a ocupar um lugar central no trfico mundial de cocana. Os indgenas bolivianos mantm a tradio de mascar a folha da coca, tambm usada em chs e medicamentos. Durante o governo de Bnzer (segundo mandato em 1997), o cultivo ilegal da folha de coca foi erradicado, mas a economia entrou em crise sem o dinheiro do narcotrfico.

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    Grande produtora de gs, a Bolvia ainda no viu uma poltica definida para a explorao do produto. Em 2.000 foi descoberto um dos maiores depsitos de gs natural da Amrica do Sul. Atualmente 2008 , tendo a frente o atual presidente Evo Morales, manifestantes exigem a total nacionalizao do petrleo e do gs. Povo O povo boliviano descende dos ndios quchuas e aimars que foram dominados no sculo XV pelo Imprio Inca. Com a conquista espanhola, no sculo XVI, foram escravizados para trabalhar nas minas de prata, iniciando revoltas. Essas batalhas geram sua independncia em 1825, sob o comando de Simn Bolvar, seu primeiro presidente. Religio e idioma A Bolvia possui uma maioria adepta do cristianismo; outras crenas com nmero baixo de seguidores. Trs idiomas so oficiais, o espanhol, quchua e aimar. Cultura A cultura da Bolvia recebeu influncia inca e de outros povos indgenas, tanto na religio, como na msica e vesturio. A festa mais conhecida o El Carnaval de Oruro, patrimnio cultura da UNESCO. O maior entretenimento o futebol, praticado em todos os cantos. Os jardins zoolgicos recebem um destaque especial. Caractersticas Prprias Cumprimentos O aperto de mo a forma tradicional de cumprimento, tanto para homens quanto para mulheres. Uma vez estabelecido um vnculo de amizade, os homens podem se cumprimentar com um abrao e as mulheres se beijar nas faces. Os executivos tendem a ser diretos, informais, com um nvel de conhecimento do idioma ingls variado. Contatos pessoais tm um papel preponderante e podem fazer a diferena para encontrar nas negociaes.

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    As correspondncias iniciais de negcios em potencial devem ser escritas em espanhol. Tratamento Os nomes incluem os sobrenomes maternos e paternos (segundo nome) como a maioria dos pases de lngua espanhola. Num contexto particularmente formal, deve-se referir ao interlocutor pelo sobrenome paterno e nos eventos informais pode-se usar simplesmente o prenome. Em correspondncias formais, deve-se sempre se dirigir ao destinatrio com todos os nomes, incluindo-se os ttulos, se houver. Negcios No decorrer das negociaes recomenda-se estar preparado para discutir todos os aspectos do contrato e disposto a fazer muitas revises. Tentar ser o mais flexvel possvel, respondendo as questes e evitando confrontos. As apresentaes grficas devem ser completas. Embora muitas pessoas possam participar das negociaes, a palavra final ser a do executivo mais graduado da empresa. Assim, deve-se ter deferncia especial para com este executivo e procurar cultivar um bom relacionamento. Pontualidade O conceito da hora latina existe tambm na Bolvia, a exemplo da maioria dos pases latino-americanos. Os compromissos de negcios normalmente se atrasam, bem como os eventos noturnos. Espera-se que os visitantes estrangeiros sejam pontuais, embora os executivos locais no o sejam. Cartes Os cartes devem ser impressos no verso em espanhol; os ttulos no so obrigatrios no carto de visita. Posio da mulher Embora as mulheres tenham feito grandes conquistas no mundo dos negcios, os bolivianos esto mais habituados a tratar com homens. As executivas que visitarem o pas devem ter uma postura bastante profissional para serem levadas a srio. Trajes Na comunidade empresarial vestem-se formalmente; os homens preferem terno e as mulheres tailleur ou vestido, embora essa tendncia no seja obedecida no atual governo, estando seu presidente, Evo Morales, sempre informal ou com traje tpico. Presentes Presentes so bem-vindos, mas no obrigatrios.

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    Detalhes Temas adequados para conversao so famlia, cultura e geografia. Deve-se evitar falar sobre poltica, religio e preconceito racial, principalmente contra os ndios.

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    BRASIL (Repblica Federativa do Brasil)

    Localizao: Leste da Amrica do Sul, banhado pelo Oceano Atlntico.

    rea: 8.514.205 km2 Principais cidades: Braslia (Capital), So Paulo, Rio de Janeiro, Belo

    Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, Manaus.

    Populao: 182.032.604 habitantes (estimativa julho 2003) Grupos tnicos: 55% brancos (descendentes de europeus:

    portugus, alemo, espanhol, polons), 38% mulatos, 6% negros (descendentes de africanos), 1% outros (incluindo japoneses, rabes e amerndios)

    Idioma: portugus Religio: catlica romana (predominante) e outros Forma de Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Estados Unidos, Colmbia, Alemanha, Japo,

    Argentina, China, Canad e Reino Unido. Moeda: real Feriados nacionais*: 21 de Abril Tiradentes

    1o de Maio Dia do Trabalho 7 de Setembro Dia da Independncia 15 de Novembro Proclamao da Repblica Cdigo telefnico: 55; Braslia + 61; So Paulo + 11; Rio de Janeiro +

    21 * alm dos feriados religiosos Pas O Brasil a quinta maior nao do mundo e ocupa mais da metade da Amrica do Sul. um pas to amplo, que banhado pelo Oceano Atlntico por 7.400 km e suas fronteiras internas atingem quase todos os pases da Amrica do Sul, com exceo do Equador e do Chile. Aps trs sculos sob o domnio de Portugal, s em 1822 o pas se tornou independente.

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    O Brasil, o maior e o mais populoso pas da Amrica do Sul, superou mais de vinte anos sob a interveno militar para conquistar seu crescimento agrcola, industrial e desenvolvimento econmico. Explorando seus amplos recursos naturais e a farta mo-de-obra, se transformou no lder econmico da Amrica Latina, a partir dos anos 70. O chefe de Governo e de Estado o Presidente da Repblica, eleito para o cargo pelo voto popular por um perodo de quatro anos, podendo ser reeleito por mais quatro anos. O Poder Legislativo exercido pelo Congresso Nacional, integrado pelo Senado e Cmara dos Deputados. Economia A economia brasileira apresenta grande potencial de crescimento e conta com um significativo mercado consumidor, mesmo considerando-se a distribuio de renda. Possui um dos parques industriais mais diversificados da Amrica Latina. Tal observao aplicvel tambm ao setor agrcola. Quando se considera a distribuio de renda, a propriedade de terras e o crescimento exagerado dos grandes ncleos urbanos do Brasil, a reforma agrria continua a ser uma importante questo. A liberdade e a prosperidade so as aspiraes mais importantes no Brasil, pas de herana ibrica e cultura autoritria, com passado de instabilidade poltica. Apesar de seus problemas econmicos, visto com uma nao potencialmente rica, com um setor industrial forte, uma vasta produo agrcola e prodigiosos recursos naturais. Povo Os habitantes do Brasil representam 2,8% da populao mundial. De acordo com o censo, a populao cresceu quase dez vezes ao longo do sculo XX. O pas tem sido desde a sua colonizao uma mistura de todas as raas e muitas culturas. O povo se origina da mestiagem tnica e cultural entre indgenas, especialmente tupis-guaranis, africanos, europeus, - em grande parte os portugueses-, e, no eixo Rio- So Paulo, asiticos japoneses e rabes.

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    A religio e o idioma No existe religio oficial no Brasil; embora haja predominncia da catlica romana, coexistem todos os credos protestantes, evanglicos, judeus, islmicos, budistas e outros. No nordeste do pas, a religio misturada com cultos africanos. O idioma um dos elementos mais fortes da unidade nacional. O portugus falado pela quase totalidade de seus habitantes, excetuando as poucas comunidades indgenas. Dada sua dimenso territorial, existem termos regionais tpicos e de significados diferentes. Cabe salientar que h grandes diferenas do portugus falado em Portugal. Cultura As culturas indgena, africana e portuguesa formaram, juntas, o moderno modo de viver do brasileiro. A portuguesa a mais dominante, desde a adoo da lngua, religio e dos costumes. Estatisticamente, hoje a populao indgena representa uma minoria, embora o tupi guarani tenha tido alguma influncia no idioma. A influncia africana sentida, desde a costa do Rio de Janeiro ao nordeste, nas comidas tradicionais, religio, msica e danas populares, especialmente o samba. A importao comercial e cultural da Europa e dos Estados Unidos tem competido e influenciado a produo cultural do Brasil. Apesar dos inmeros desafios sociais e econmicos, o pas continua a ser criativo e exuberante nas suas festividades e nas formas de arte. Um dos feriados mais importantes o carnaval, uma festividade exuberante e mundialmente conhecida. Embora o futebol seja o esporte nacional, outras modalidades so praticadas, com conquistas em campeonatos mundiais, como tnis, corridas de automveis, equitao, natao, iatismo, vlei, basquete, ginstica olmpica e outros mais. Caractersticas Prprias Cumprimentos O aperto de mo o cumprimento tradicional, seguido do contato visual; deve-se cumprimentar todos os presentes ao chegar e ao sair. Os amigos normalmente se abraam. A proximidade uma caracterstica do povo: abraos e tapas nas costas so comuns, mas com estrangeiros essas manifestaes so, por vezes, contidas. Entretanto, no decorrer de uma

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    conversao, freqentemente tocam os braos, as costas e as mos do interlocutor. As mulheres normalmente se cumprimentam tocando os rostos e beijando-se. Conversas Os brasileiros normalmente so falantes e altamente animados, com interrupes freqentes e contato fsico. Os brasileiros apreciam piadas e comentrios espirituosos. Bons tpicos de conversa so: viagens, comida, aspectos positivos da indstria brasileira, a msica e arte do pas, alm do futebol, cuja maioria da populao grande f. Outros esportes de interesse so basquete, tnis, corrida de automveis, natao, jud, pesca, esqui e vlei. Por outro lado, recomenda-se evitar temas como problemas econmicos, poltica, diferenas de classe e de etnia, questes pessoais, como famlia, renda e posio na empresa. Pontualidade A falta de pontualidade uma caracterstica dos brasileiros; a espera normal na forma de negociar; quanto mais elevado o status de seu interlocutor, maior a espera. Entretanto, os visitantes estrangeiros devem se esforar para serem pontuais. Convm marcar os compromissos com antecedncia mnima de duas semanas. Visitas imprevistas no so muito aceitveis na cultura de negcios. Em um jantar social, o atraso tolervel de quinze a trinta minutos. Tratamento A forma de tratamento geralmente tende a ser o primeiro nome da pessoa, quando assim sugerido pelo anfitrio. Dirigir-se nas correspondncias pelo primeiro nome no significa um sinal de familiaridade, pois no Brasil, os nomes de famlia sobrenomes , no so to utilizados como nos outros pases. Entretanto, os ttulos devem ser respeitados e utilizados nas correspondncias. Para os executivos sem ttulo, emprega-se Senhor e Senhora, precedendo geralmente o nome do interlocutor. No Brasil, as pessoas usualmente tm dois sobrenomes; o materno antecede o paterno. Negcios Um dado importante no protocolo de negcios so as conversas leves que antecedem as negociaes. Ir direto ao assunto pode ser considerado descorts. Por outro lado, no se deve sair imediatamente aps o trmino das negociaes, pois dar a impresso de desinteresse.

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    Nos escritrios, no decorrer dos compromissos, rotineiro servir caf. Nos negcios se respeita muito a hierarquia, de forma que a deciso final sempre caber ao mais alto escalo. importante reconhecer que os costumes locais e os padres de comportamento exercem marcante influncia nas relaes de negcios, no Brasil. As negociaes so baseadas nos contatos pessoais, de modo que raro importantes acordos serem concludos por telefone ou carta. Os brasileiros no reagem bem a visitas curtas e espordicas dos executivos estrangeiros, preferindo um relacionamento de trabalho contnuo. Em vendas, se preocupam muito com o servio de ps-venda prestado pelo fornecedor. O ritmo mais lento das negociaes no significa que os brasileiros desconheam as modernas prticas de negcios ou a tecnologia industrial. No decorrer das negociaes deve-se estar preparado para discutir aspectos do contrato simultaneamente, mais do que seqencialmente. As empresas bem sucedidas tm convergido seus esforos no aumento da atuao em todos os nveis e se adaptam s mudanas do ambiente de negcios. A experincia em administrar os negcios em um clima caracterizado pelas mudanas das regras de economia, tem ajudado a formar executivos hbeis e geis, que podem superar alteraes imprevistas em qualquer rea de operao da empresa e em qualquer pas onde estejam alocados. Os brasileiros no se consideram hispnicos. As correspondncias e material de propaganda devem ser impressos em portugus, sempre que possvel. Caso contrrio, o ingls prefervel ao espanhol, tendncia esta a ser mudada com as parcerias do Mercosul. Cartes Os cartes comerciais so usuais e, se possvel, no verso, o visitante deve t-los impresso em portugus. Posio da mulher Cabe lembrar que as mulheres brasileiras tiveram grandes conquistas na rea dos negcios, de modo que as executivas estrangeiras no tero problemas em negociar com os executivos brasileiros. Por cultura e valores agregados no tempo do Imprio, ainda prevalece um pouco do machismo, mas a tendncia diminuir cada vez mais. Trajes O brasileiro preocupa-se com trajes, dando grande importncia aparncia pessoal. Recomenda-se ternos escuros para homens, gravatas tradicionais e sapatos em excelentes condies.

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    As mulheres tambm devem trajar roupas clssicas, femininas e elegantes. A maquiagem leve recomendada. Presentes o brasileiro gosta de receber e dar presentes, mesmo no primeiro contato empresarial. Evitar presentes muito dispendiosos, para no criar constrangimentos. Se convidado para a residncia do interlocutor, sugere-se chocolate, flores, vinho, whisky ou champanhe. Gestos Ateno quanto aos gestos, pois tm significado diferente de pas a pas; exemplo: o OK utilizado nos Estados Unidos ofensivo no Brasil. O polegar para cima sinal de positivo. Refeies O prato tradicional a feijoada completa: grande variedade de carnes salgadas e lingias, servidos com feijo preto, acompanhado de arroz, farofa, couve picada, laranja e molho de pimenta. H ainda, na Bahia, pratos originrios da frica, como o vatap. Churrascarias so encontradas em todo o pas e, especialmente em So Paulo e Rio de Janeiro, restaurantes com especialidades culinrias de todo o mundo. Valores Enquanto os brasileiros certamente partilham de algumas caractersticas culturais dos vizinhos hispnicos, muitos no se identificam como latino-americanos. O brasileiro sente orgulho da sua herana multinacional e do idioma portugus, lngua dominante no pas e uma das razes da unidade nacional. O indivduo responsvel pelas suas decises, mas a lealdade famlia o dever maior; representa a instituio mais importante na formao da sociedade brasileira. A Igreja Catlica parte relevante da vida cultural e social. Os conceitos de classe e status so fortes e devem determinar o trabalho da pessoa. A classe social descrita pela referncia econmica, com grandes contrastes entre ricos e pobres.

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    CHILE (Republica de Chile) Localizao: Situado na costa oeste da Amrica do Sul, limitado

    ao norte pelo Peru e Bolvia, a leste pela Argentina e a oeste pelo Oceano Pacfico

    rea: 756.950 km2 Principais cidades: Santiago (capital), Via del Mar, Valparaso, Concepcin, Temuco Populao: 16.300.000 habitantes (2005) Grupos tnicos: 95% brancos e brancos amerndios; 2% outros Idioma: espanhol Religio: catlica romana 89%, protestantes 11%, judeus e

    outros 10%. Moeda: peso chileno Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Brasil, Argentina, Estados Unidos, Japo, Blgica,

    Luxemburgo, Alemanha e Reino Unido Feriado nacional: 18 de Setembro Dia da Independncia Cdigo telefnico: 56; Santiago +2, Via del Mar +32 Pas O Chile, pas muito longo e estreito, dada a sua diversidade geogrfica, climtica e topogrfica, rico em recursos minerais, florestas naturais, pesca martima e recursos energticos. A populao chilena 80% urbana, e 30% vive na sua Capital, Santiago. uma repblica e seu Presidente, eleito por um perodo de seis anos, atua como Chefe de Estado e de Governo. O Poder Legislativo exercido pelo Congresso Nacional, integrado pelo Senado e Cmara dos Deputados. Povo Comparado a outros pases sul-americanos, o Chile conta com uma populao relativamente homognea. Os primeiros colonizadores espanhis casaram-se com nativos americanos, notadamente os araucanos, sendo que 93% da populao atual constituda por mestios mescla de espanhis com ancestrais nativos. A imigrao europia no foi to importante, como nos demais pases das Amricas; a imigrao foi levemente encorajada no

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    sculo XIX. No entanto, os imigrantes alemes tiveram papel importante em algumas regies. A Itlia, ustria, Sua, Inglaterra, Iugoslvia e Frana deram, tambm, significativa contribuio para a populao do Chile. O povo tem uma marcante facilidade de formar organizaes e associaes. Essa propenso talvez tenha algo a ver com o fato de que por mais de trs sculos os espanhis chilenos e os habitantes indgenas do pas, conduziram uma precria vida de conflitos entre si, criando uma situao que obrigou as pessoas a se apoiar, mais do que o usual, em organizaes coletivas. Uma significativa parcela da populao catlica romana, havendo liberdade de culto. O Chile mantm alta taxa de alfabetizao, 95,2%. Idioma e a religio O idioma oficial o espanhol, seguido pelo ingls. No existe religio oficial no Chile, entretanto a maioria da populao catlica romana. H ainda um percentual de protestantes, judeus, atestas ou seguidores de outras religies. Cultura Os chilenos so respeitados pelas suas grandes realizaes em vrios campos culturais, como literatura, cincias sociais e belas artes . A populao manifesta um forte senso de identidade cultural, que pode ser traado pela predominncia do idioma espanhol, pela religio catlica romana e pelo sentido de isolamento geogrfico, em relao aos demais pases da Amrica do Sul. Os ndios araucanos formam a nica minoria tnica significativa. As artes e o sistema educacional so, em larga escala, baseados em modelos europeus. Entretanto, uma tradio cultural distinta tem evoludo, combinando elementos de vrios grupos tnicos e a influncia da expanso da fronteira nacional. Duas fortes e contrastantes culturas tm predominado no pas, a cultura cosmopolita da rica populao urbana e a cultura popular dos camponeses, que predominantemente espanhola, mas mantm traos hereditrios araucanos.

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    Caractersticas Prprias Cumprimentos O povo chileno amigvel e hospitaleiro com estrangeiros; geralmente calorosos e afetivos. Os cumprimentos so oportunidade de demonstraes que envolvem contato fsico. Muitas vezes os chilenos, que conversam fisicamente prximos, tocam os ombros do interlocutor, que no deve recuar, pois pode ser interpretado como atitude ofensiva. Quando se cumprimenta um chileno importante oferecer um aperto firme de mo, acompanhado de sorriso e contato visual, assegurando seu interesse genuno na conversa. Ao solidificar a amizade, os apertos de mo so seguidos de abraos e tapas nas costas. Muitas vezes, as mulheres, em vez do aperto de mo, batem levemente no antebrao ou no ombro. Caso sejam prximas, se abraam ou se beijam no rosto. Deve-se cumprimentar e apertar a mo de todos os presentes no evento. No se deve perguntar diretamente a ocupao das pessoas, mas esperar que a informao seja data espontaneamente. Valores e postura Os empresrios chilenos so srios e trabalhadores. Tticas agressivas no funcionam, mas importante especificar as prioridades, termos e condies do negcio. Fornecer um servio contnuo ao cliente, apesar da distncia geogrfica envolvida, ser um gesto de comprometimento sempre bem-vindo, isto porque os empresrios chilenos de certa forma desejam superar o isolamento imposto pela sua situao geogrfica. Os valores conservadores predominam na poltica, economia e nas atitudes sociais; a honestidade e integridade so altamente valorizadas; senso de humor apreciado, embora usualmente os encontros sejam intensamente srios e focados no objetivo principal. A cultura de negcios no Chile no to burocratizada como na maioria dos pases latino-americanos; os executivos de alto nvel tm reputao de serem eficientes. Geralmente os acordos dos contratos so rigidamente seguidos, os problemas resolvidos rapidamente, e os pagamentos efetuados prontamente, na data limite. um erro comparar o Chile Argentina: h grandes diferenas entre eles; alm do mais, so pases distintos, separados pelos Andes uma das mais formidveis barreiras naturais. A cultura empresarial chilena tem entretanto, como a maioria dos latino-americanos, dificuldade em manifestar com clareza seu desinteresse em

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    algum negcio. A forma usual de express-lo dizendo chamo-o depois ou adiar repetidamente encontros. A frase al tiro, traduzida como agora mesmo, no deve ser tomada ao p da letra. A maioria dos empresrios bastante profissional e so bem preparados e bem educados e viajados. A maioria fala o ingls, mas os empresrios estrangeiros se sentiro mais confortveis se falarem o espanhol. Os chilenos falam o espanhol de forma bastante conservadora; ao contrrio dos demais pases latino-americanos, onde a segunda pessoa do plural substituda pela terceira pessoa do plural, os chilenos continuam a usar a segunda pessoa do plural vs. Recomenda-se que as publicaes promocionais sejam impressas em espanhol. H uma pequena e consciente elite, e uma classe mdia maior do que em outros pases latino-americanos. Embora existam extremos entre ricos e pobres na sociedade, os chilenos aceitam normalmente essas diferenas. As relaes pessoais so mais importantes que as relaes de negcio. Os chilenos so diretos e transparentes e levam a srio as negociaes. Entretanto, no bem recebida uma aproximao com presso. As negociaes se desenvolvem num clima de livre iniciativa e livre comrcio. Tratamento No se dirigir a um chileno pelo seu primeiro nome, a no ser que seja autorizado. Como a maioria dos hispnicos, mencionar sempre o sobrenome paterno que se escreve antes do materno. Cartes Devem ser impressos no verso em espanhol e sempre so trocados entre todos os participantes das reunies. Pontualidade e Negcios Os hbitos de negcios so similares aos dos americanos, inclusive quanto ao horrio de funcionamento das empresas: das 9 s 18 ou 19 horas. O horrio de almoo comea s 13 horas e dura normalmente uma hora, a no ser quando um negcio esteja em andamento, ocasio em que o almoo pode vir a durar de trs a quatro horas. Embora os eventos sociais raramente comecem na hora indicada, os encontros de negcios quase sempre ocorrem no horrio previsto. Resumindo, deve-se ser pontual nos compromissos, sem se ofender se a outra parte eventualmente se atrasar, at cerca de trinta minutos. Por outro lado, os compromissos sociais atrasam; um jantar cerca de quinze minutos e uma festa, trinta minutos. Os compromissos devem ser marcados com antecedncia de duas semanas da data prevista para sua chegada e reconfirmados s vsperas do embarque.

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    Os feriados de vero so sempre nos meses de janeiro e fevereiro e no se recomenda agendar negcios nesse perodo. Presentes Recomenda-se no se presentear enquanto se negocia. No se usa enviar um carto de agradecimento ou um presente aps um convite para uma casa no Chile, mas flores e doces enviados antecipadamente dona da casa so apreciados. Caso desejar agradecer a um convite, pode-se faz-lo pelo telefone. Trajes Quanto aos trajes, os chilenos so formais e conservadores; homens devem usar ternos escuros, camisa clara e gravatas tradicionais, sem nenhum detalhe na lapela do terno. Cores fortes no so recomendadas. As mulheres devem trajar saia e salto alto. Gestos No Chile, bater no pulso direito na palma da mo esquerda aberta um ato obsceno e abrir a palma das mos com os dedos separados significa estpido. Detalhes O Chile um grande produtor de vinhos e este um timo tema para conversas.

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    COLMBIA (Repblica da Colmbia) (Republica de Colombia) Localizao: situada a noroeste da Amrica do Sul, seu territrio

    banhado pelo Oceano Pacfico e pelo Mar do Caribe e coberto por florestas tropicais

    rea: 1.141.748 km2 Principais cidades: Santa F de Bogot (capital), Cali, Medellin,

    Cartagena Populao: 45.600.000 habitantes (estimativa 2007) Grupos tnicos: euramerndios, europeus ibricos, eurafricanos,

    afro-americanos e outros. Idioma: espanhol Religio: cristianismo (catlicos) Moeda: peso colombiano Forma de Governo: repblica presidencialista Feriado nacional: 20 de julho (Dia da Independncia) Cdigo telefnico: 57; Bogot + 1; Medellin + 4; Cartagena +5 Pas A Colmbia um pas da Amrica do Sul, limitando-se ao norte com o Mar do Caribe, ao leste com a Venezuela e o Brasil, ao sul com o Peru e Equador e a oeste com o Oceano Pacfico e Panam. Alm do territrio continental, inclui dois pequenos territrios insulares, San Andrs e Providencia, no Mar do Cariba; e a Ilha de Malpelo, no Pacfico. o segundo pas mais populoso da Amrica do Sul, o terceiro mais rico e , tambm, o 25 maior em rea no mundo e o quarto da Amrica do Sul. Sua capital Bogot, fundada em 1538, com o nome de Santa F de Bogot. Atualmente, possui quase sete milhes de habitantes, sendo a maior cidade do pas e uma das mais populosas da Amrica do Sul. Administrativamente, o pas dividido em 32 departamentos e em 10 distritos. A sua forma de governo a Repblica, com o presidente e o vice exercendo o manto por quatro anos.

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    Economia A Colmbia o terceiro pas mais rico da Amrica do Sul, atrs apenas do Brasil e da Argentina. tambm um dos pases mais ricos em recursos naturais; entre os principais produtos exportados esto o petrleo, carvo, caf, cana-de-acar, ouro, esmeralda (primeiro produtor mundial), produtos qumicos, txteis e couro. O setor agrcola tem produo diversificada, com culturas de caf, cana-de-acar, banana, milho, tabaco, algodo, legumes, frutas e flores, com crescente exportao nos ltimos anos. Porm sua exportao mais significativa, apesar de ilegal, est ligada ao narcotrfico. Primeiro pas produtor de maconha do continente, principal processador de folhas de coca provenientes do Peru, Equador e Bolvia, e o primeiro exportador de cocana para os Estados Unidos. A cifra dos negcios do narcotrfico est estimada em 6 bilhes de dlares ao ano, o que corresponde a 10% do PIB. Cultura A cultura da Colmbia resulta essencialmente da mestiagem cultural dos povos nativos, com a influncia espanhola. A religio exerce uma influncia muito grande na identidade cultural, com 95% de catlicos. Seus hbitos culturais no se diferem muito de outros pases da Amrica Latina. Caractersticas Prprias Cumprimentos Os encontros so iniciados e encerrados com um aperto de mo, tanto para homens quanto para mulheres. Uma vez estabelecido um vnculo de amizade, os homens podem se cumprimentar com um abrao e as mulheres se beijar nas faces. Muitos executivos so viajados, embora o nvel de conhecimento do idioma ingls seja bem variado. Contatos pessoais tm um papel preponderante e podem fazer a diferena para encontrar nas negociaes. As correspondncias iniciais de negcios em potencial devem ser escritas em espanhol.

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    Tratamento Os sobrenomes seguem a regra dos pases de lngua espanhola maternos e paternos (o segundo). Por exemplo: Jos Garcia Mrquez (abreviado como Jos Garcia). Num contexto particularmente formal, deve-se referir ao interlocutor pelo sobrenome e nos eventos informais pode-se usar simplesmente o prenome. Em correspondncias formais, deve-se sempre se dirigir ao destinatrio com todos os nomes, incluindo-se os ttulos, se houver, pois so considerados muito importantes. Negcios No decorrer das negociaes recomenda-se estar preparado para discutir constantemente todos os aspectos do contrato e disposto a fazer muitas revises. Tentar ser o mais flexvel possvel, respondendo as questes e evitando confrontos. Embora muitas pessoas possam participar das negociaes, a palavra final ser a do executivo mais graduado da empresa. Assim, deve-se ter deferncia especial para com este executivo e procurar cultivar um bom relacionamento. Pontualidade O conceito da hora latina existe tambm na Bolvia, a exemplo da maioria dos pases latino-americanos. Os compromissos de negcios normalmente se atrasam, bem como os eventos noturnos. Espera-se que os visitantes estrangeiros sejam pontuais, embora os executivos locais no o sejam. Cartes Os cartes devem ser impressos no verso em espanhol. Os ttulos devem constar no carto. Posio da mulher Embora as mulheres tenham feito grandes conquistas no mundo dos negcios, os bolivianos esto mais habituados a tratar com homens. Assim, as executivas que visitarem o pas devem ser pacientes e ter uma postura bastante profissional para serem levadas a srio. Trajes Na comunidade empresarial vestem-se formalmente; os homens preferem terno e as mulheres tailleur ou vestido. Eventos noturnos so usualmente formais a no ser que haja uma expressa manifestao ao contrrio. Presentes Presentes so bem-vindos, mas no obrigatrios.

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    Refeies o povo colombiano d importncia especial ao almoo, que costuma ser entre 13 e 14 horas. Consiste, em geral, de uma sopa, um prato principal e sobremesa, acompanhado de suco. Muitas frutas, totalmente desconhecidas do ocidente europeu e at das Amricas fazem parte do cardpio colombiano. Entre as bebidas alcolicas, so populares a aguardente e o rum. O caf apreciado na forma de tinto (forte); em Bogot o chocolate faz sucesso, servido com queijo e po. Utilizam folhas de bananeira na cozinha tradicional. Em Santander, o prato tpico so grandes formigas fritas (hormiga culona); e como sobremesa, lagartas fritas.

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    PERU (Republica del Peru) Localizao: situado Oeste da Amrica do Sul, limita com o Equador e a Colmbia ao norte, o Brasil e a Bolvia ao leste, o Chile ao sul e banhado no oeste pelo Oceano Pacfico. rea: 1.285.220 km2 Principais cidades: Lima (Capital), Arequipa, Chiclayo, Piura, Cuzco, Huancayo, Trujillo Populao: 28.674.757 habitantes (estimativa 2007) Grupos tnicos: 45% amerndios, 37% mestios ( mistura de

    amerndios com brancos), 15% brancos, 3% negros, japoneses, chineses e outros.

    Idioma: espanhol e quechua ( lngua amerndia) Religio: catlica romana (90%) Moeda: novo sol Forma de Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Brasil, Estados Unidos, Argentina, Japo, Itlia,

    Mxico, Alemanha, Reino Unido e China Feriado nacional: 28 de julho Dia da Independncia Cdigo telefnico: 51, Lima +1; Cuzco + 84 Pas O Peru o oitavo maior pas no mundo em rea e a quarta maior nao da Amrica Latina. A economia, a sexta maior da regio, tem recebido uma parcela generosa do capital estrangeiro que supre a Amrica do Sul. Desde 1992, o pas tem privatizado a maior parte das companhias de minerao, eletricidade e telecomunicaes num esforo para se transformar numa economia de mercado orientado. Sob prisma internacional, esses esforos tm sido apoiados pelos acordos comerciais com o Equador, Colmbia, Brasil e Chile. uma nao em desenvolvimento cuja economia tem sido dependente da exportao de matria prima dos pases mais desenvolvidos do Hemisfrio Norte. Enquanto a pobreza aumenta de proporo na maioria dos povos da Amrica Latina, diminui no Peru.

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    O regime de governo republicano presidencialista, com um Presidente eleito por cinco anos, que Chefe de Estado e de Governo. O Poder Legislativo exercido pelo Congresso Constituinte Democrtico, cujos membros, a exemplo do Presidente da Repblica, so eleitos pelo perodo de cinco anos. Economia A economia do Peru reflete sua variedade geogrfica: a Costa- uma rea litoral estreita, a Serra uma zona central montanhosa Cordilllera dos Andese, a Selva a bacia superior da Amaznia. A costa o centro da atividade industrial, comercial e agrcola do Peru. Lima, a capital poltica, o centro econmico do pas. Quase um tero da populao vive na capital. A Serra abrange as montanhas dos Andes, plats e vales elevados que cobrem 27% da rea. A Selva a regio mais extensa e menos povoada do pas: a floresta amaznica que cobre uma rea equivalente a 60% do territrio nacional. Nas reas montanhosas existem abundantes recursos minerais e a costa litornea propicia excelente pesca. A economia peruana alm de representar uma das maiores taxas de crescimento da Amrica Latina, se caracterizou pela estabilidade do nvel geral de preos e elevao das exportaes, alcanando o primeiro supervit comercial depois de anos de dficit. No decorrer do ano 2002 a economia peruana registrou considervel recuperao da atividade produtiva. Povo O Peru um amlgama complexo de culturas antigas e modernas, populao, conflitos, questionamentos e dilemas. O complicado sistema moderno social de grande parte do pas comeou com princpios hierrquicos, estabelecidos nos tempos coloniais, que permanecem como poderosos orientadores para os comportamentos intergrupais e interpessoais. Grande parte do povo mestio, expresso que se refere a uma mistura de amerndios e peruanos descendentes de europeus. um pas etnicamente diferente, com descendentes do imprio Inca, da Europa, frica, Japo e China.

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    Os peruanos descendentes de europeus representam cerca de 15% da populao; existe ainda um nmero pouco significativo de descendentes de africanos, japoneses e chineses. Na dcada passada, os peruanos descendentes de asiticos realizaram significativo avano nos campos da poltica e negcios. Os indicadores scio-econmicos e culturais so dados cada vez mais importantes da etnia. Por exemplo, os peruanos descendentes dos amerndios que adotaram aspectos da cultura espanhola, so tambm considerados mestios. Com o crescimento econmico, acesso educao, casamentos mistos e ampla escala da migrao rural para as reas urbanas, uma cultura nacional mais homognea est se desenvolvendo, especialmente ao longo da costa relativamente mais prspera. A taxa de alfabetizao de 88,7% e a populao predominantemente catlica romana (90%). Religio e idioma A religio tem um papel significativo na vida do pas e muitas vezes reflete uma mistura de crenas tradicionais ndias e cristianismo. Os espanhis trouxeram o catolicismo e cerca de 90% da populao professa essa religio. O Peru tem duas lnguas oficiais: o espanhol e o quechua, a lngua nativa mais importante. O espanhol falado no governo, na mdia e nos negcios. Os povos indgenas que habitam os altiplanos andinos falam quechua e aymara e so diferentes sob o aspecto tnico dos diversos grupos indgenas que vivem a leste dos Andes e nas terras baixas adjacentes bacia Amaznica. Cultura O relacionamento entre o hispnico e as culturas ndias determina muito da expresso cultural da nao. Durante a poca pr-colombiano, o Peru era um dos centros principais da expresso artstica na Amrica. As culturas Pr-Incas, tais como Chavn, Paracas, Nazca, Chim, e Tiahuanaco, desenvolveram uma cermica de alta qualidade, txteis e escultura. Os Incas continuaram a manter estes ofcios alcanando realizaes ainda mais impressionantes na arquitetura. A cidade de Machu Picchu e os edifcios em Cuzco so exemplos excelentes do desenvolvimento da arquitetura Inca.

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    O Peru passou por vrios estgios intelectuais - da cultura colonial hispnica ao romantismo europeu aps a independncia. O princpio do sculo trouxe o "Indgenismo" expressado em uma conscincia nova da cultura indgena. Desde a II guerra mundial, os escritores, os artistas, e os intelectuais peruanos participaram em movimentos intelectuais e artsticos ao redor do mundo, influenciados especialmente por tendncias americanas e da Europa. A complexa mistura tnica e cultural do Peru apresenta um entrelaamento do pantesmo (*) aborgine, do misticismo espanhol e das prticas religiosas africanas manifestadas na msica, literatura, artesanato, produtos txteis, trabalhos em ouro e prata e generosa culinria. As atividades de recreao variam amplamente tanto quanto as classes sociais. (*) pantesmo doutrina segundo a qual s Deus real e o mundo um conjunto de manifestaes ou emanaes, ou, Deus a soma de tudo quanto existe. ( Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa, Aurlio Buarque de Holanda, Editora Nova Fronteira, 1a. edio, 8a. impresso, pg.1026) Caractersticas Prprias Cumprimentos Os encontros so iniciados e encerrados com um aperto de mo, tanto para homens quanto para mulheres. Uma vez estabelecido um vnculo de amizade, os homens podem se cumprimentar com um abrao e as mulheres se beijar nas faces. Os executivos peruanos tendem a ser diretos, por vezes sofisticados e muitos so viajados, embora o nvel de conhecimento do idioma ingls seja bem variado. Contatos pessoais tm um papel preponderante e podem fazer a diferena para encontrar nas negociaes. As correspondncias iniciais de negcios em potencial devem ser escritas em espanhol. Tratamento Os sobrenomes dos peruanos incluem os sobrenomes maternos e paternos (o segundo) e alguns tm tambm dois pr-nomes. Por exemplo: Jos Maria Garcia Mrquez (abreviado como Jos Garcia). Num contexto particularmente formal, deve-se referir ao interlocutor pelo sobrenome e nos eventos informais pode-se usar simplesmente o prenome.

  • 47

    Em correspondncias formais, deve-se sempre se dirigir ao destinatrio com todos os nomes, incluindo-se os ttulos, se houver, pois so considerados muito importantes. Negcios No decorrer das negociaes recomenda-se estar preparado para discutir constantemente todos os aspectos do contrato e disposto a fazer muitas revises. Tentar ser o mais flexvel possvel, respondendo as questes e evitando confrontos. Convm incluir material farto nas apresentaes. Embora muitas pessoas possam participar das negociaes, a palavra final ser a do executivo mais graduado da empresa. Assim, deve-se ter deferncia especial para com este executivo e procurar cultivar um bom relacionamento. Caso se pretenda convidar as contra-partes para almoo ou jantar no decorrer das negociaes, limitar o convite s aos participantes vitais. Posteriormente, aps a concluso do negcio, pode-se convidar todos os envolvidos no projeto. Pontualidade O conceito da hora latina existe tambm no Peru, a exemplo da maioria dos pases latino-americanos. Os compromissos de negcios normalmente se atrasam, bem como os eventos noturnos. Espera-se que os visitantes estrangeiros sejam pontuais, embora os executivos locais no o sejam. Cartes Os cartes devem ser impressos no verso em espanhol. Os ttulos devem constar no carto. Posio da mulher Embora as mulheres tenham feito grandes conquistas no mundo dos negcios, os peruanos esto mais habituados a tratar com homens. Assim, as executivas que visitarem o pas devem ser pacientes com o machismo ainda reinante e ter uma postura bastante profissional para serem levadas a srio. Trajes Na comunidade empresarial vestem-se formalmente; os homens preferem terno e as mulheres tailleur ou vestido. Eventos noturnos so usualmente formais a no ser que haja uma expressa manifestao ao contrrio.

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    Presentes Presentes so bem-vindos, mas no obrigatrios. Enviar flores depois de um jantar apropriado, desde que no seja rosa vermelha (conotao romntica). Detalhes A exemplo da maioria dos pases latino-americanos, o contato peruano leva em conta onde o visitante se hospeda. Assim, recomenda-se que o executivo estrangeiro fique hospedado num bom hotel, dentro dos padres do pas. Temas adequados para conversao so famlia, cultura e geografia. Cabe lembrar que Machu-Picchu um tesouro nacional. Deve-se evitar falar sobre poltica, religio e preconceito racial. Nunca se deve perguntar a respeito dos ancestrais de um peruano, pois ele se sente mais confortvel quando relacionado sua herana espanhola do que indgena.

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    URUGUAI ( Republica Oriental del Uruguay) Localizao: sul da Amrica do Sul, limitado pelo Oceano

    Atlntico Sul, entre Argentina e Brasil. rea: 176.215 km2. Principais cidades: Montevidu (Capital), San Jos, Maldonado (Punta

    del Este) Populao: 3.413.329 habitantes (estimativa junho 2003) Grupos ticos: 80% brancos, 8% mestios, 4% negros. Idioma: espanhol Religio: 66% Catlica Romana, 2% Protestante, 28% no

    pratica credo religioso Moeda: peso uruguaio Forma de Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Brasil, Alemanha, Argentina, Paraguai, Itlia, Rssia e China Feriado nacional: 25 de agosto Dia da Independncia Cdigo telefnico: 598; Montevidu + 2 , e San Jose + 342 Pas A economia do segundo menor pas da Amrica do Sul (depois do Suriname), tradicionalmente agrcola e pastoril, uma das mais prsperas na Amrica Latina. O Uruguai uma repblica com um Presidente eleito por cinco anos, que atua como chefe de Estado e de Governo. Conta com um Conselho de Ministros indicados pelo Presidente, com aprovao do parlamento. H uma Assemblia Geral Legislativa, composta pela Cmara de Senadores e Cmara de Representantes; seus membros tambm so eleitos por cinco anos. Administrativamente, o pas est dividido em 19 departamentos. Tem um dos melhores padres de qualidade de vida em relao aos demais pases da Amrica Latina; condio de trabalho e situao poltica do pas esto entre as mais liberais do continente. Economia Carne e l so os produtos mais importantes do Uruguai e a exportao de laticnios para outros pases latino-americanos expressiva.

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    A maior parte de sua populao est concentrada ao sul: mais de 40% do seu povo vive na Capital, Montevidu. O Uruguai tem uma economia agrcola muito forte; cerca de 90 % de suas terras so arveis. Os recursos naturais mais fartos so o granito e o mrmore, alm de sua riqueza em pedras semipreciosas. As grandes exportaes so peixe, carne, l, arroz, acar e bens manufaturados. Povo um pas de imigrantes. A populao predominantemente de origem europia; descendentes de espanhis em grande parte, alm de italianos e alemes, e numa escala menor, franceses e ingleses. H poucos uruguaios, puramente ndios. Idioma e religio O espanhol a lngua oficial. Entretanto um dialeto, contendo elementos de espanhol e portugus, falado ao longo da fronteira com o Brasil. A Igreja e o Estado esto separados e s 70% da populao professa alguma religio. A maior parte catlica romana, e existe uma minoria protestante e outra judia. Cultura Para um pas pequeno, o Uruguai tem uma impressionante tradio literria e artstica. Seu alto ndice de alfabetizao (97,3%) supera a maior parte dos pases sul-americanos. A cultura uruguaia reflete algumas das mesmas caractersticas encontradas na vizinha Argentina. Ambos os pases so fortemente europeus e, diferentemente de muitos pases sul-americanos, o Uruguai minimamente influenciado pela populao originariamente indgena. A tradio do gacho tem sido importante elo na arte e folclore dos dois pases. A influncia italiana na lngua e nos costumes tambm um dado comum ao Uruguai e a Argentina. Ao contrrio de alguns pases latinos, no h um rgido esquema de classes sociais, o que beneficia relativamente poucas famlias influentes e bem estabelecidas.

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    Caractersticas Prprias Cumprimentos Como a maior parte dos sul-americanos, os uruguaios so sociveis, hospitaleiros, muito educados e sofisticados, mas agem com certa cerimnia. O aperto de mo a forma tradicional de cumprimento, mas a proximidade fsica outra caracterstica, tanto nos cumprimentos como na conversao. Negcios Nos contatos de negcios apreciam a formalidade e atitudes respeitosas. So orgulhosos, cultos e reconhecidamente corretos nas suas aes. A hierarquia nas empresas cultuada. Nas negociaes recomendvel o conhecimento do idioma ou solicitar ajuda de tradutor ou intrprete. Embora muitos uruguaios falem o idioma ingls, material de marketing e promocional deve ser editado em espanhol. Deve-se evitar visitas de negcios na semana do Carnaval (que ocorre na segunda e tera-feira antes da Quarta-Feira de Cinzas) . Na Semana Santa (Pscoa), tambm chamada Semana Criolla ou Semana de Turismo, os negcios tambm permanecem fechados. Pontualidade H mais pontualidade nos negcios que na vida social, embora os uruguaios no sejam escravos do relgio. Dessa forma, no ser considerado um desrespeito se o uruguaio se atrasar um pouco nos compromissos de negcios. Os visitantes, no entanto, devem ser pontuais. Marcar o compromisso com antecedncia necessrio, alm de ser considerada atitude corts. Nos primeiros encontros, os negcios sero tratados aps amenidades sociais e de um processo mtuo de conhecimento. Cartes - Os cartes comerciais so essenciais e no reverso aconselhvel que sejam impressos em espanhol. Recomenda-se trocar cartes com todos os participantes dos encontros e deve-se apresent-lo com o lado impresso em espanhol, para facilitar o entendimento de quem o recebe. Conversas Os uruguaios so grandes conversadores, alm de fs de esportes, sendo o mais popular o futebol. Falar sobre esportes pode ser uma boa maneira de iniciar bem uma conversa. Posio da mulher Na cultura uruguaia o igualitarismo fundamental, pois o pas tem sido chamado de laboratrio social das Amricas. Cabe mencionar que a garantia dos direitos civis para a mulher foi introduzida

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    cinqenta anos antes de o movimento atingir os Estados Unidos nos anos 70. Dessa forma, as executivas estrangeiras encontraro um clima receptivo e aberto. Trajes So conservadores na aparncia e no trajar; recomenda-se ternos sbrios para os homens e as mulheres devem evitar calas compridas e roupas de cores exuberantes. Refeies Os encontros para almoos so corriqueiros e geralmente reservados especialmente para discusses de negcios, enquanto jantares so marcados para o estabelecimento das relaes sociais; so ocasies em que no se deve falar de negcios a no ser que o anfitrio mencione o tema. Enquanto o visitante estiver no Uruguai, ser convidado para almoo ou jantar pelo anfitrio; caso queira retribuir, a melhor escolha ser um restaurante de alta categoria de cozinha francesa, chilena ou uruguaia. Caso seja convidado pelo uruguaio para tomar um caf em sua casa aps um jantar, o que prtica usual, no se deve demorar pois o dia seguinte dia de expediente normal. Convm ficar atento para as manifestaes de vontade em encerrar o programa da noite. Como no Uruguai proliferam cassinos, provavelmente ocorrer um convite para visitar um deles. Valores Os uruguaios conferem um grande valor s relaes pessoais e familiares, pois se trata de uma caracterstica cultural necessitar conhecer e acreditar no ser humano, mais do que na corporao que representa. Mas deve-se evitar perguntas sobre a famlia, a no ser que o assunto seja abordado pelo executivo uruguaio.

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    VENEZUELA ( Repblica Bolivariana de Venezuela) Localizao: costa nordeste da Amrica do Sul, prxima ao Mar

    do Caribe. Faz fronteira com a Colmbia a oeste, ao Sul com o Brasil e a Guiana a leste.

    rea: 916.445 km2 Principais cidades: Caracas (Capital), Maracaibo, Valencia,

    Barquisimeto, Maracay, Menda Populao: 25.017.387 habitantes (estimativa julho 2004) Grupos tnicos: mestios (67%), descendentes europeus (21%),

    descendentes africanos (10%),2% indgenas Idioma: espanhol (oficial), vrios dialetos indgenas Religio: catlica romana (96%) , protestante (2%), outros Forma de Governo: repblica presidencialista Parceiros comerciais: Brasil, Estados Unidos, Colmbia, Alemanha,

    Japo, Canad e Reino Unido. Moeda: Bolvar venezuelano Feriado nacional: 5 de Julho Dia da Independncia Cdigo telefnico: 58; Caracas +2 Pas Na poca da conquista espanhola, inicialmente, a regio era habitada pelos ndios Arauaques e Carabas, passando a partir de 1498 para a Espanha, que domina a regio at 1819, quando esta conquista sua independncia, sob o comando de Simn Bolvar. Forma-se a Gr-Colmbia, composta pela Venezuela, Colmbia, Panam e Equador, depois separadas. Desde 1959 tem eleies democrticas. O chefe de Governo e de Estado o Presidente da Repblica. Povo A Venezuela um pas de imigrantes. Dois teros da populao de mestios (ancestrais europeus e ndios) ou mulato-mestio (africanos, europeus e ndios); um quinto de linhagem europia e um dcimo tem predominncia de ascendentes africanos. A populao ndia nativa estatisticamente inexpressiva.

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    Economia A Venezuela tem 80% de sua receita proveniente da exportao de petrleo, do qual um dos principais produtores mundiais. A explorao concentra-se na regio do lago de Maracaibo. O governo tenta diversificar a economia para a indstria, como uma opo para evitar os danos causados pela queda do preo do petrleo no mercado internacional. Religio e idioma Espanhol a lngua oficial. O ingls tambm falado, sobretudo nos centros urbanos. Existem, ainda, cerca de vinte e cinco idiomas indgenas falados nas tribos remotas, que pertencem a trs famlias lingsticas: caribenho, arawak e chibcha. O cristianismo romano a religio predominante e foi adotado pela maioria do povo indgena; apenas aqueles que vivem nas regies mais isoladas do pas ainda praticam as antigas crenas tribais. A Igreja Protestante tem uma presena significativa e vem ganhando terreno recentemente, atraindo os seguidores da Igreja Catlica. No nordeste, h seguidores de um setor do pantesmo, chamado Culto de Maria Lionza, que combina credos indgenas pr-hispnicos, vodu africano e prticas religiosas catlicas. Cultura Os venezuelanos mudaram-se do campo para as cidades e desenvolveram um estilo de vida moderno. A mistura de tradies culturais africanas, europias e ndias freqentemente chamada crioula. As artes visuais e o artesanato so populares, mas o diferencial cultural do pas provavelmente sua msica; uma ecltica mistura de ritmos europeus, africanos e indgenas. Embora a msica norte-americana seja popular e divulgada no pas, a salsa caribenha e o merengue tambm so comuns. A dana folclrica nacional a joropa. O teatro tem se desenvolvido e ganhado popularidade e h um panorama literrio ativo, especialmente entre a nova gerao.

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    Caractersticas Prprias Cumprimentos So simpticos e receptivos, possuindo expresso no olhar. O aperto de mo comum, seguido de tapinhas nas costas; amigos abraam-se. As pessoas so tratadas com cordialidade, utilizando, no primeiro contato, o ttulo e o nome do interlocutor, no o sobrenome. Os cartes comerciais so trocados logo aps as apresentaes e devem ser impressos no verso em espanhol. Como os venezuelanos se importam com o status, convm enfatizar os ttulos nos cartes. Pontualidade A pontualidade no a caracterstica principal do povo latino, mas os venezuelanos obedecem ao horrio nas reunies de negcios. Estas so conduzidas com seriedade, mas sem grande planejamento e pauta. A comunicao feita olhando-se nos olhos do interlocutor. Os cartes de visita so trocados no incio do evento, entre todos os participantes. Papel da mulher A mulher venezuelana luta por seu espao no mercado de trabalho, e quando consegue, recebe salrio inferior ao do homem na mesma posio. Dificilmente a mulher ocupa posio de comando. Trajes Em matria de trajes vestem-se bem, mas com roupas leves devido ao clima. Os homens se vestem de forma conservadora. Os complementos do vesturio de boa qualidade, como jias e relgios, causam impresso positiva. Refeies Na mesa, valem os costumes ocidentais, tendo orgulho de sua comida e bebida regional. uma boa prtica convidar para almoo visando o desenvolvimento de relacionamento e propiciando se tratar de negcios. Se a iniciativa do convite partir do visitante, convm um prvio entendimento com o garom para recebimento da conta. Diferentemente do almoo em que se pode tratar de negcios, o jantar, ocasio em que as senhoras so convidadas, tem cunho social . No caso de um convite para jantar na casa de um venezuelano, considerar uma grande deferncia e sinal de uma amizade mais prxima. Presentes So dados aps o estabelecimento de um relacionamento amigvel. Deve-se presentear no decorrer de um almoo, mas no no andamento das negociaes.

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    Nos negcios, pode-se presentear com utenslios de boa qualidade e teis com a logomarca da empresa, ou livros cuidadosamente selecionados, bombons e bebidas, como usque envelhecido 12 anos. Presentes para as crianas so bem recebidos. As executivas no devem presentear os homens com quem negociam. Valores As caractersticas do povo venezuelano so semelhantes dos europeus ibricos (principalmente Espanha), somadas americana, africana e nativa (indgena). Possuem um sentimento de orgulho ptria, respeitam seus dolos e personalidades de destaque, como Bolvar. Detalhes Ao atender a um convite para a casa de um venezuelano nunca chegar de mos vazias. Perfumes e flores (orqudeas flor nacional) no so considerados presentes pessoais para as senhoras. Nunca se esquecer de agradecer, por escrito, um convite social atendido. Os temas recomendados para conversa so: histria, artes da Venezuela, esportes, especialmente o futebol, a comida e os restaurantes. Deve-se evitar assuntos relacionados vida pessoal, religio, poltica do pas e a influncia dos Estados Unidos na Amrica Latina.

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    Amrica Central A Amrica Central formada pelo istmo que une a Amrica do Norte a do Sul e pelas ilhas do mar do Caribe. A poro insular composta das quatro ilhas maiores (Cuba, Porto Rico, Jamaica e Hispaniola) e uma centena de ilhotas. No total formada por 20 pases: Antgua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicargua, Panam, Repblica Dominicana, Santa Lucia, So Cristvo e Nvis, So Vicente e Granadinas, e Trinidad e Tobago. Possui 26 milhes de habitantes, sendo metade da populao de mestios mistura de brancos com ndios. Um quinto da populao indgena vive na Guatemala; os brancos dominam na Costa Rica e os negros e mulatos esto no Panam e plancies da Costa do Caribe. Os pases da Amrica Central partilham muitas caractersticas culturais. A exceo de Belize, o espanhol o idioma oficial comum, os catlicos romanos esto representados entre 85 a 95% da populao e as massas pobres da rea rural vivem do que cultivam. H, entretanto, diferenas regionais; na Guatemala, em El Salvador e Honduras encontra-se a populao mais pobre e nas zonas rurais est o maior ndice populacional. Embora a educao elementar seja exigida em todos os pases, poucos povos possuem um alto grau cultural.

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    COSTA RICA (Repblica da Costa Rica) Localizao: Amrica Central, limitada pelo Mar do Caribe

    e Oceano Pacfico Norte, entre Nicargua e Panam.

    rea: 51.100 km2 Principais cidades: So Jos (Capital), Alajuela, Cartago e Limn Populao: 3.896.092 habitantes (estimativa julho 2003) Grupos tnicos: 94% brancos (incluindo mestios), 3% negros, 1%

    amerndios, 1% chineses, 1% outros. Idioma: espanhol Religi