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X CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPNOLOGIA 55 anos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIPNOSE Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro Associação de Hipnose do Estado de São Paulo Universidade do Estado do Rio de Janeiro Grupo de Psicoterapia Estratégica UERJ Instituto AmanheSer Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis Rio de Janeiro, 28 a 30 de junho de 2012

Livro XCBH Final

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X CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPNOLOGIA

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Page 1: Livro XCBH Final

X CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPNOLOGIA

55 anos

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIPNOSE

Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro

Associação de Hipnose do Estado de São Paulo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Grupo de Psicoterapia Estratégica – UERJ

Instituto AmanheSer

Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis

Rio de Janeiro, 28 a 30 de junho de 2012

Page 2: Livro XCBH Final

X CONGRESSO BRASILEIRO

DE HIPNOLOGIA

PROGRAMA

LIVRO DE RESUMOS

Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro

Associação de Hipnose do Estado de São Paulo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 28 a 30 de junho de 2012

Page 3: Livro XCBH Final

Comissão Organizadora do X CBH:

Comissão Científica:

Prof. Dra Célia Martins Cortez

Prof. Dr Miguel Chalub

Prof. Dr Elie Cheniaux

Dr João Jorge Cabral Nogueira

Presidente: Célia Martins Cortez .

Vice Presidente: Miriam Pontes de Farias .

1º Secretário: Danielle Viana Magalhães.

2º Secretário: Dolores Rodriguez Barreiro.

1º Tesoureiro: Aurival Anderson da Silva Mendonça.

2º Tesoureiro: Mario Monteiro de Messas.

Direção do Depto de Medicina: Fernando Vasconcelos Ferreira.

Direção do Depto de Psicologia: Rui Fernando Cruz Sampaio.

Direção do Depto de Odontologia: Elenira de Sousa Domiciano.

Direção do Depto de Acupuntura: Tito Lívio L.de Oliveira R. Neto.

Diretora Divulgação e Eventos: Lais Helena da Rocha.

Direção de Cursos: Jarbas Delfino dos Santos.

Vogais:. Elie Cheniaux, Heleine Norman Clemente, M. Joana L. Barros e Eliana de Oliveira

Biblioteca: José Carlos Quintella.

Conselho Fiscal: Adelaide A. de Carvalho, Miguel Angel Singh Gil , Arquimedes V. Vale

Conselho Consultivo: Joel Priori Maia, Gilberto Gonçalves de Barros, João Jorge Cabral

Nogueira, João Silva dos Santos, Jarbas Delfino dos Santos.

Assocaiação Brasileira de Hipnose – ASBH Diretoria (Biênio 2010-2012):

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

- 2 -

Coordenação Geral:

Célia Martins Cortez, ASBH, UERJ

João Jorge Cabral Nogueira, ASBH

Equipe: Arquimedes Viegas Vale - ASBH, MA

Fernando Vasconcellos Ferreira - ASBH, BA

Gilberto Barros - ASBH, RJ

Joel Priori Maia - AHIESP, ASBH, SP

José Manuel Marto - Portugal

Lais Helena da Rocha – SOHIMERJ e ASBH

Miguel Singh Gil - AHIESP, ASBH, SP

Miriam Pontes de Farias – ASBH e SOHIMERJ

Rui Fernando Cruz Sampaio - ASBH, PR

Page 4: Livro XCBH Final

AGRADECIMENTOS

A Diretoria da ASBH e a Comissão Organizadora do IX CBH

agradecem a todos que colaboraram para a realização deste evento

e, de forma especial, aos pesquisadores, palestrantes e alunos que

colaboraram com seus trabalhos e suas apresentações orais.

APOIO

Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Banco Itaú S/A

Instituto AmanheSer

Grupo de Psicoterapia Estratégica – UERJ

Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis

- 3 -

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Page 5: Livro XCBH Final

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPNOSE, órgão representativo dos

Hipniatras e Hipnólogos no país, fundada em 1957, está realizando o X CONGRESSO

BRASILEIRO de HIPNOLOGIA (XCBH), na Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (UERJ), Instituição que deu apoio integral para que este evento se tornasse um

sucesso.

O XCBH está reunindo especialistas de renome nacional e internacional das áreas de

Hipnose Clínica e Hipnologia para trocar informações, debater e compartilhar

experiências e realizar discussões sobre o presente e o futuro do estudo da Hipnologia e

aplicações da Hipnose no Brasil.

A Comissão Científica trabalhou na elaboração de um programa abrangente, que

atendesse ao propósito da ASBH de promover a integração da pesquisa com a prática

clínica, com foco no aprendizado e na atualização de hipniatras, hipnoterapeutas e

hipnólogos.

Agradecemos a todos os colaboradores, amigos e instituições, que tornaram possível

estarmos aqui.

Damos as boas vindas a todos os participantes, estamos felizes com a sua presença e

colaboração em nossas sessões e certos que você nos ajudará a tornar o XCBH um evento

de grande relevância científica, com o seu trabalho ou com os seus questionamentos.

Acreditamos que esse encontro de 2012, no Rio de Janeiro, será uma experiência frutífera

e prazerosa para todos, como foi o IXCBH em 2008.

Célia Martins Cortez

Coordenação Geral

- 4 -

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Page 6: Livro XCBH Final

Índice

Programa Geral

Programa - 28 dej unho 06

Programa - 29 de junho 07

Programa – 30 de junho 09

Resumos

Conferências 13

Mesas Redondas 15

Palestras 23

Painéis 32

Índice de autores 34

Page 7: Livro XCBH Final

Manhã

08:30 – 9:15 – Abertura - Dra Célia Martins Cortez e Dr João Jorge C. Nogueira.

Conferência de Abertura:

09:15-10:05 – Os avanços das Neurociências da Cognição e do Comportamento na Hipnologia

Dr Mohamed Bazzi

Tarde

Conferência:

12:50-13:40 – A história da regulamentação da hipnose pelos Conselhos Profissionais de

saúde e novos horizontes.

Dr Alexandre Trzan Ávila - Conselho Regional de Psicologia do RJ.

Palestras:

13:40-14:10 - Lançamento do Livro: Melhores Pais, Melhores Filhos.

Dra Angela Cota - Instituto Milton H. Erickson de Belo Horizonte, MG;.

14:10-14:40 - Hipnose no emagrecimento.

Dr Gilberto Barros - ASBH; Instituto Brasileiro de Hipnose Ericksoniana, RJ.

14:40-15:10 - Emprego da hipnose em rituais religiosos.

Dr Paulo Madjarof Filho - Universo Psi, SP.

15:10-15:30 - Coffee break

15:30-16:00 - A Habilidade Social no Desempenho .

Dr Gil Gomes - Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada, RJ

16:00-16:30 - Captação Psíquica.

Edson Reis - Instituto Brasileiro de Hipnose Holística - IBRAH

- 6 -

Profa Drª Célia M. Cortez Pós-graduação em Ciências Médicas, UERJ Pós-graduação em Ciências Computacionais,UERJ; Associação Brasileira de Hipnose

Hipnose, Imobilidade Tônica e EEG.

Profa Drª Adriana Fiszman Instituto de Psiquiatria, IPUB, UFRJ A Imobilidade tônica em Humanos.

Dr Nelson Vilhena Granado

Grupo de Estudo de Hipnose Contemporânea da UNIFESP, SP

Aspectos quânticos da hipnose.

Programa 28/06/2012 – Quinta-feira - Auditório 113 – Campus UERJ - 11º andar

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

10:20 – 12:00 - Mesa Redonda: Aspectos Biológicos e Físicos da Hipnose.

10:05 – 10:20 - Coffee break

Page 8: Livro XCBH Final

Apresentação de Trabalho:

17:00-17:15 - Hipnoterapia em síndrome do pânico e coadjuvante no tratamento de câncer

renal. Dra M. Aparecida Gomes Costa - Instituto AmanheSer, RJ.

17:15-17:30 - Estresse Laboral: A hipnose para captação de recursos internos e mudança

comportamental em grupo. Betty Papelbaum, RJ

17:30-17:45 - Hipnose na Obstetrícia. Dra Leila Mariza de M. Mello - Serviço de Obstetrícia

da Santa Casa de Misericórdia do RJ; IP - Universidade Sta Úrsula

17:45-18:00 - Drama e Linguagem indireta como elementos de intervenção em hipnotera-

pia - Rosanna Jacobina Ribeiro - Depto de Psicologia Clínica, IP-UnB, DF.

Vídeo Conferência:

18:00-18:20 – Dra Teresa Robles, Centro Ericksoniano de México.

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Programa 29/06/2012 – Sexta-feira – Auditório 113 – Campus UERJ - 11º andar

10:00 – 10:20 - Coffee break

10:20- 11:50 - Mesa Redonda: Psicoterapia e Hipnose

Dr Osmar Colás

Dr Celso Lugão da Veiga

Grupo de Estudo de Hipnose

Contemporânea da UNIFESP, SP

Instituto de Psicologia, UERJ

Hipnose Cognitivo-comportamental

Improvisação, hipnose e

psicoterapia

Dra Tamine J. Lean Instituto de Psicologia, UERJ Importância do uso da metáfora na

hipnose Ericksoniana

Dr Miguel A. Singh Gil ASBH; AHIESP; Serv de Oclusão

e ATM da Fac. de Odontologia,

USP, SP.

Critérios de inclusão do relaxamento

hipnótico em pacientes com disfunção

temporo-mandibular.

Dr João Silva Santos ASBH, SOHIMERJ Hipnose sobre casos clínicos atendidos

na Sala de Emergência.

Dr Tacariju T. de Paula Fº ASBH, SOHIMERJ Hipnose em Psicoterapia

Manhã

08:30-10:00 – Mesa Redonda: Aplicações da Hipnose na Odontologia, Medicina e Psicologia.

- 7 -

16:30-17:00 - Aplicação da hipnose nas disfunções sexuais psicogênicas.

Dra Célia Morais Pabst - Centro de Tratamento Mente e Corpo

Page 9: Livro XCBH Final

14:40-15:10 - Grupo de Crescimento: Revisando a vida através da hipnose natural.

Dra Regina Nohra - Instituto Ericksoniano de Petrópolis, RJ .

15:10-15:30 - Coffee break

15:30-16:00 - Homenagem ao legado do Dr Fernando Rabelo: O Setor de Hipnose do

Hospital Miguel Couto.

Dr Lauro Rodriguez de Pontes - Instituto Brasileiro de Hipnose Holística, RJ.

16:00-16:30 - Hipnoterapia em trauma profundo.

Dr Ricardo Feix - Instituto Milton H. Erickson Brasil Sul, RS

16:30-17:00 - Hipnose e transtorno de conversão.

Dr Rui Fernando Cruz Sampaio - ASBH; Lab. de Hipnose Forense, Instituto de

Criminalística do Estado do Paraná, PR.

17:00-17:30 - Autoscopia - Terapia mente-corpo quântica.

Dr João Jorge C. Nogueira - ASBH; Instituto AmanheSer, RJ.

17:30-18:00 - Um Caso de hipnoanálise.

Dra Laís Helena Rocha, SOHIMERJ; ASBH.

Tarde

Conferência:

12:50-13:40 – Neurociência, Consciência e Hipnose.

Prof. Dr Francisco Di Biase - World Information Distributed University, Bélgica;

Centro de Imagem Computadorizada da Santa Casa da Misericórdia do RJ.

- 8 -

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

13:40-14:40 – Mesa Redonda: Aspectos da Hipno-odontologia

Palestras:

Dr Miguel A. Singh Gil

Serv de Oclusão e ATM da Fac.

Odontologia da USP, SP.

Relaxamento hipnótico na inter-

relação paciente-profissional na

clínica odontológica - casos clínicos.

Dra Elenira Domiciano ASBH; SOHIMERJ Mudança de estado de ansiedade

para um estado de tranquilidade.

Page 10: Livro XCBH Final

Manhã

08:30 – 10:00 - Mesa Redonda: Psico-oncologia.

- 9 -

Dra Márcia Stephan

Dra Ana Valéria Miceli

Sociedade Brasileira de Psico-

Oncologia – SBPO, RJ

Instituto Nacional do Câncer;

Doutorado em Psicologia Clínica,

PUC-RJ

Psico-Oncologia, o que é?

O paciente oncológico e sua família: uma

unidade de cuidado.

Dra Cecília Lessa e

Dra Flávia Teixeira

SBPO

SBPO; Mestrado em Saúde

Coletiva IESC/UFRJ

O paciente oncológico fora de possibilidade

terapêuticas?

Dra Clystine Abram O. Gomes Instituto Brasileiro de Hipnose

Aplicada, RJ Hipnose em pacientes oncológicos

10:00 – 10:20 - Coffee break

10:20 – 11:50 - Mesa Redonda: Hipnose em Emergências

Programa 30/06/2012 – Sábado – Espaço Ecumênico – Campus UERJ

Tarde

Palestras:

13:40 – 14:10 - Construindo caminhos com a hipnose terapêutica: hipno-biodramaturgia.

Profª Dra Yedda Costa Reis, RJ

14:10 – 14:40 - Dor crônica, Epistemologia e Metodologia.

Prof. Dr Maurício S. Neubern - Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, DF

14:40 – 15:10 – Hipnosis Efigial, una nueva propuesta en Hipnoterapia.

Dr Abel Minacore - Director del Instituto Medico Psicologico de Rosario, Argentina

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Dra Clystine Abram O. Gomes Instituto Brasileiro de Hipnose

Aplicada, RJ

A hipnose como estratégia de enfrentamento

da Psicologia das catástrofes e da Psiquiatria

nos desastres naturais.

Lislie Shoenstatt Abram

Gomes

Instituto Brasileiro de Hipnose

Aplicada, RJ Hipnose uma estratégia no atendimento a

crianças do desastre natural da Região

Serrana do Rio de Janeiro

Dr João Facchinetti

Instituto Ericksoniano de

Alagoas, Maceió, AL Psicoterapia Ericksoniana em pacientes

queimados

Conferência:

11:20 – 12:40 - 42 anos de prática de hipnose e psiquiatria.

Dr Joel Priori Maia, Presidente da AHIESP; Diretoria da ASBH, SP

Page 11: Livro XCBH Final

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

15:10 – 15:50 - Coffee break - Sessão de painéis (Subsolo).

15:50 – 16:20 - Tratamento comportamental da tricotilomania, em transe hipnótico.

Dr Fernando Vasconcelos - Diretor do Depto de Medicina da ASBH.

Conferência:

16:20 – 17:10 - Hipnose, um recurso de profunda exigência ética.

Dr José Manuel Marto, Portugal

- 11 -

Page 12: Livro XCBH Final

Conferências

Page 13: Livro XCBH Final

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OS AVANÇOS DAS NEUROCIÊNCIAS DA COGNIÇÃO E DO COMPORTAMENTO

NA HIPNOLOGIA

Mohamad Bazzi

Resumo. Muito ainda se desconhece da verdadeira natureza fisiológica da hipnose, mas uma busca

extensa e intensa por seu conhecimento tem aumentado. Atualmente, com os avanços tecnológicos e as

neurociências a hipnologia vêm sendo pesquisada sob uma nova perspectiva. Com o advento das

modernas tecnologias de neuroimagem dinâmica, tais como o PET (Tomografia por Emissão de

Positrões), o SPECT (Tomografia por Emissão de Fóton Único), a Ressonância Magnética Funcional, a

Eletroencefalografia de Alta-Resolução e a Magnetoencefalografia, a hipnose passou a ser estudada e

pesquisada com esta nova maneira de observar a anatomia funcional do encéfalo. Estes são aspectos

importantes da atual tendência da pesquisa neurobiológica, cujos resultados não parecem deixar dúvidas

quanto ao carácter fundamentalmente dinâmico do funcionamento do sistema nervoso central. Uma

revisão da literatura cientifica demonstra a relação da fenomenologia hipnótica com o estudo dos

processos mentais superiores como a atenção, emoção, motivação, cognição, memória, aprendizagem e a

linguagem. A presente conferência tem como objetivo trazer este panorama atualizado da pesquisa em

hipnologia.

C-01

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

NEUROCIÊNCIA E HIPNOSE

Francisco Di Biase, PhD, MD World Information Distributed University, Bélgica.

Centro Universitário Geraldo Di Biase

Centro de Imagem Computadorizada, Santa Casa da Misericódia do RJ

Resumo. Estudos realizados durante estados hipnóticos e meditativos com EEG e PET scan

revelam que, tanto na hipnose quanto na meditação, as áreas com ritmo teta proeminente

no EEG (córtex frontal e especialmente o córtex cingulado anterior) são as que apresentam maior

perfusão de sangue no PET, revelando uma atividade metabólica mais intensa. Para se avaliar a

influência da hipnose sobre o corpo durante a percepção dolorosa foram realizados PET scans, que

quantificaram o fluxo sanguíneo cerebral regional (rCBF), que foi comparando ao registro da

atividade elétrica cerebral no EEG, se demostrando que a modulação hipnótica da dor é mediada pelo

córtex cingulado anterior. Os estudos com mapeamento cerebral realizados durante estados superiores

de consciência demonstram ainda a existência de uma sincronização elevada altamente ordenada das

ondas cerebrais constituindo ondas harmônicas únicas, como se todas as frequências de todos os

neurônios, em todos os centros cerebrais tocassem a mesma sinfonia, otimizando o tratamento

holográfico da informação. Os trabalhos revolucionários do Dr Karl Pribram, indicado ao Premio

Nobel por suas pesquisas sobre o campo holográfico de informação sinapto-dendrítica mostra que

estas oscilações produzem padrões de ondas que se interpenetram gerando interferência ou se

reforçando, que são descritos pelas transformações de Fourier, e que também são os fundamentos

matemáticos do holograma (Gabor), permitindo se utilizar a metáfora holográfica para modelar o

processamento na rede, e explicar a emergência da consciência. Este processamento holográfico é

otimizado através de práticas de hipnose e meditação, e o aprofundamento nos níveis de absorções

mentais durante a meditação está associado ao aumento do rCBF na rede córtico-

subcortical relacionada ao sistema atencional cerebral. Estes resultados suportam uma teoria da

hipnose na qual a indução hipnótica reflete, pelo menos em parte, a modulação de áreas

cerebrais criticamente envolvidas na regulação da consciência.

C-02

Page 14: Livro XCBH Final

42 ANOS DE PRÁTICA DE HIPNOSE E PSIQUIATRIA

Joel Priori Maia ASBH, AHIESP

Resumo. A hipnose é um procedimento abrangente que se imbrica em quase todas as

especialidades médicas. Apesar de parecer complicada, as suas técnicas são de simples

aplicação e dependem da relação profissional-paciente para que as suas fases se processem

naturalmente. Todavia, não basta conhecer a técnica. O profissional deve ser perito na indução,

na manutenção e na condução do estado hipnótico. O paciente deve possuir imaginação,

atenção, concentração e memória dentro de padrões ditos normais para que possa atingir graus

de profundidade adequados para o procedimento psicoterápico. Não sendo sono, mas um

estado de consciência, situado entre o sono e a vigília, produz hipermnésia que se traduz em

vivências ou até mesmo fantasias e evocações. Isso faz fluir para a consciência registros

situados neste patamar ou abaixo dele, o que permite ao hipnoterapeuta acessar dados de suma

importância para o desenvolvimento da psicoterapia, facilitando o próprio tratamento, como se

vem observando no decorrer as últimas quatro décadas. A Psiquiatria se constitui na

especialidade médica de escol para a sua aplicação de forma isolada ou associada com outros

procedimentos e com a terapia medicamentosa. Assim, se conclui que se trata de um

procedimento de grande valia para a execução de uma psicoterapia sob hipnose, antes de uma

hipnose sob psicoterapia.

C-03

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

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Page 15: Livro XCBH Final

Resumos

Mesas Redondas

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Page 16: Livro XCBH Final

- 15 -

A IMOBILIDADE TÔNICA EM HUMANOS

Adriana Fiszman, PhD, MD

Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ

Resumo. A imobilidade tônica (IT) é estudada em inúmeras espécies como o último recurso da

cascata defensiva antipredatória, sendo acionada quando as respostas de fuga ou luta são ineficazes,

devido ao confinamento mortal da presa. Esta reação caracteriza-se por inibição motora acentuada,

interrupção da vocalização, fechamento dos olhos e analgesia, por isso também é chamada de “fingir

de morto” e de “hipnose animal”. Em humanos, a imobilidade tônica vem sendo descrita por pelo

menos dois séculos, porém somente na última década foram desenvolvidos estudos sistemáticos sobre

este fenômeno em mulheres vítimas de estupro (“paralisia do estupro”) e, mais recentemente, em

homens e mulheres vítimas de vários tipos de trauma, como, por exemplo, violência urbana. É comum

que mulheres que ficam imóveis durante o estupro sejam vítimas de preconceito, até mesmo por parte

do sistema legal, por não terem tentado impedir a agressão. Da mesma forma, a paralisia em outras

situações inescapáveis, como, por exemplo, assalto a mão armada, pode levar a vítima a se sentir

culpada pela ausência de reação. Com o objetivo de diminuir a culpa e o preconceito e garantir o

suporte social às vítimas, é fundamental que seja disseminada para a sociedade que a imobilidade

tônica ocorre em humanos como uma reação involuntária (não aprendida) e que, portanto, não

significa fraqueza pessoal. Uma série de estudos mostrou que pessoas que reagem com imobilidade

tônica no momento do trauma – imobilidade tônica peritraumática – têm maior chance de desenvolver

o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, a imobilidade tônica peritraumática pode

levar a um tipo mais grave de TEPT, que responde mal ao tratamento farmacológico convencional.

Esses achados apontam para a necessidade de avaliar a ocorrência deste fenômeno em vítimas de

diferentes tipos de trauma para acompanhar precocemente os indivíduos em risco de desenvolver

TEPT ou outros transtornos psiquiátricos.

Hipnose, Imobilidade Tônica e EEG

Célia Martins Cortez1,2,3 e Dilson Silva1,2 1Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, UERJ

2Programa de Pós-graduação em Ciências Computacionais, UERJ 3Associação Brasileira de Hipnose – ASBH

Resumo. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma discussão sobre as mudanças

eletroencefalográficas durante o estado de hipnose em animais e humanos, buscando contribuir para o

entendimento dos fenômenos atribuídos a este estado. Com esta finalidade, livros e bases eletrônicas

de dados foram consultados e artigos originais sobre hipnose e imobilidade tônica, publicados entre

1966-2012, foram selecionados, tendo sido excluídos aqueles que se afastavam da visão eletro-

neurofisiológica da hipnose. Conclusões: A hipnose envolve mecanismos distribuídos por ampla área

encefálicas, resultantes da sua crescente complexidade ao longo da evolução, desde mecanismos de

imobilidade tônica típica de muitas espécies animais, até alcançar o potencial cognitivo-emocional

humano. Sugestões verbais hipnóticas alteram o sincronismo das ondas cerebrais em áreas do córtex

fronto-parietal esquerdo, sugerindo ativação da memória de trabalho e do processo top-down para re-

interpretar estímulos sensoriais. A hipnose é um fenômeno complexo que pode ser associado com

muitos polimorfismos genéticos. É possível que um gene responsável pelo grau de atenção e

hipnotizabilidade, podendo a dopamina estar envolvida em mecanismo comum interligando esses dois

parâmetros. Muitos estudos em tem evidenciado mecanismos eletro-neurofisiológicos que sustentam a

visão da hipnose não só como um eficiente recurso em procedimentos médicos e odontológicos,

funcionando como auxiliar na analgesia e sedação, mas também como excelente ferramenta

psicoterapêutica.

MR1-01

MR1-02

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Page 17: Livro XCBH Final

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ASPECTOS QUÂNTICOS DA HIPNOSE

Nelson Vilhena Granado Grupo de Estudo de Hipnose Contemporânea da UNIFESP

Resumo. A partir dos conhecimentos gerados pela mecânica quântica, apresentados pelo físico alemão

Max Planck em 1900, pela concepção das ondas de probabilidade sugeridas pelo austríaco Erwin

Schrödinger em 1926, pelo Princípio da Incerteza formulado pelo alemão Werner Heisenberg em 1927,

e pelos avanços tecnológicos desenvolvidos no decorrer do século XX, a ciência se deparou com

caminhos surpreendentes. Todo corpo apresenta comportamento onda/partícula e essa dualidade

comportamental é mais perceptível e evidente à medida que se observa partículas sub atômicas. As

pesquisas laboratoriais no campo da física, sempre acompanhadas de modelos e explicações bem

estruturados, levaram os cientistas a descobrirem que um corpúsculo pode se comportar como onda ou

partícula dependendo da existência ou não de um observador. Para saber se um corpúsculo é onda ou

partícula precisamos conhecer sua velocidade, ou sua localização. Enquanto não soubermos nem a

posição e nem a velocidade esse corpo é, em termos potenciais, simultaneamente onda e partícula.

Enquanto esse corpúsculo não for observado ou medido, sua identidade não está determinada. Esse

conceito “absurdo” para o senso comum é conhecido como Princípio da Incerteza de Heisenberg e é

um elemento fundamental para compreendermos aspectos da física quântica. No instante que antecede

à observação, a identidade da partícula é puro potencial de possibilidades. No momento em que, ou ela

é localizada – nesse caso ela é partícula – ou tem sua velocidade determinada – então ela é onda – o

potencial de ser isso ou aquilo “sucumbe” em uma única natureza. É a observação que transforma a

possibilidade em realidade. A partir dessas formulações e de aprofundamentos teóricos e experimentais

foi possível comprovar que há eventos que simultaneamente podem estar em dois lugares. Em outras

palavras, dois eventos em dois locais diferentes podem na verdade ser observações do mesmo evento!

Para tentar “materializar” tais experimentos enunciados pela teoria e verificados em laboratório foi

proposto um nível de existência chamado hiperespaço octadimensional de Minkowski, no qual a

distância entre dois eventos, por mais separados que possam parecer no espaço-tempo, é sempre zero.

Isso sugere uma dimensão da existência em que tudo está unido. Niels Bohr dizia que a consciência era

capaz de colapsar a dualidade onda/partícula. Sem a consciência tudo existe como pacotes de puro

potencial de possibilidades. Procedendo uma extensão desses experimentos conclui-se que todo e

qualquer evento pode, em cada momento, estar ocorrendo simultaneamente em infinitos outros pontos

com o potencial de serem alterados a partir da consciência do observador. Devido a isso, dentro dessa

visão quântica, podemos “classificar” a realidade em física, quântica e campo de potencial. E são

nesses três níveis de realidade que o paciente em transe hipnótico pode ser trabalhado pelo hipnotista

experiente. Esse terceiro nível também poderia ser chamado não-local, virtual ou espiritual. Ressalta-se

aqui o paralelo necessário entre esses conceitos e nomenclaturas espiritualista e acadêmica. E aqui

ficam as “classificações” da realidade ou das dimensões de manifestação: visão espiritualista (física,

etérica, astral, mental inferior, mental superior, causal e espiritual), visão espírita (física, periespiritual e

espiritual), visão psicológico-acadêmica (física, emocional e mental/espiritual) e visão quântica (física,

quântica e esfera não-local).

MR1-03

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

UERJ, Rio de Janeiro

Page 18: Livro XCBH Final

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HIPNOSE EM PSICOTERAPIA

Tacarijú Thomé de Paula Filho Associação Brasileira de Hipnose

Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro

Resumo. O objetivo deste trabalho é explorar a possibilidade do estado hipnótico estar presente na

psicoterapia tradicional, sem que para isto haja intenção direta do psicoterapeuta. A neurociência

desconhece como a consciência evoca certas memórias, fato que abre inúmeras possibilidades de

interpretação para as manifestações desta consciência. O estado hipnótico é manifestação da

consciência, estando submetido às dificuldades de interpretação de outras manifestações, como os

sintomas psicológicos, descritos em suas causas por diferentes abordagens teóricas em Psicologia.

Parece que o divã e as associações livres sugerem uma interiorização da consciência, semelhante ao

que ocorre no estado hipnótico. Do mesmo modo, as visualizações e imaginações conduzidas durante

o processo psicoterapêutico sugerem a mesma interiorização. Assim sendo, é possível admitir-se a

presença do estado hipnótico em determinadas situações do processo psicoterapêutico, sem que para

isto o terapeuta formalize um processo de indução e de sugestão. Assim, as técnicas psicoterápicas

tradicionais parecem funcionar igualmente com o paciente em estado hipnótico, além de sugerir maior

eficácia ao serem aplicadas com a consciência neste estado.

MR2-03

MR2-02

HIPNOSE SOBRE CASOS CLÍNICOS ATENDIDOS NA SALA DE EMERGÊNCIA

João Silva Santos Associação Brasileira de Hipnose

Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro

Resumo. O presente trabalho tem como objetivo mostrar a ação da Hipnose sobre casos clínicos

atendidos na Sala de Emergência. Em alguns casos a Hipnose foi utilizada como recurso

complementar do tratamento e em outros casos como o único tratamento empregado. Resumo de caso

clínico: Caso18 - Asma brônquica - MG, fem, br, 23 anos, 1980. Deu entrada na UE/HCE às 11 horas,

trazida de ambulância, em estado de mal asmático, sudoréica, dispneica, sibilos audíveis, taquicárdica,

pálida etc. Já estava medicada com broncodilatadores e tranquilizantes e a dispnéia continuava

intensa. Paciente não conseguia falar; tentava responder com o olhar. Familiares informaram que ela

já estava no 3º dia de crise. Paciente foi claramente resgatada da crise, pela hipnoterapia, 3 sessões.

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CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DO RELAXAMENTOHIPNÓTICO EM PACIENTES

COM DISFUNÇÃOTEMPORO MANDIBULAR, DO SERVIÇO DE OCLUSÃO E

ATM DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DAUNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO / SOA-USP: RELATO CLÍNICO.

Miguel Angel Singh Gil e colaboradores Serviço de Oclusão e ATM, Faculdade de Odontologia, USP.

Resumo. Paciente com exacerbadas manifestações de sinaise sintomas próprios das DTM, foi

atendida no SOA-USP, aplicando “Auto-Hipnose através do Relaxamento Progressivo com

Respiração Diafragmática", baseada na metodologia de Schultzt e modificada pelos parâmetros do

SOA-USP. O intuito é aliviar principalmente o estresse provocado pela sintomatologia dolorosa, a

elevada ansiedade e outros desconfortos por zumbidos, estalos e ruídos provocados pelas DTM; como

também para controlar o evidente desgaste dos dentes, produto do bruxismo-briquismo

(vertical/horizontal) e outros hábitos para funcionais. A dor e sua manifestação em locais de acordo a

queixa principal, foram fatores predisponente nesta pesquisa, que considera como referência os

trabalhos do cientista Pierre Rainville, que relaciona as vias neurais mais prováveis da dor com as

mais prováveis vias do transe hipnótico.

MR2-01

Page 19: Livro XCBH Final

IMPROVISAÇÃO, HIPNOSE & PSICOTERAPIA

Celso Lugão da Veiga Grupo de Psicoterapia Estratégica, Instituto de Psicologia, UERJ

Resumo. Improvisação é a negação do previsto, do planejado; decorre do processo da criatividade.

Portanto, o que se propõe é uma reflexão sobre diferentes ângulos do tema da improvisação frente aos

campos da hipnose e da psicoterapia. À guisa de conclusão se declara que é a improvisação que

permite manter o ensino de teorias, métodos e técnicas em psicoterapia em constante evolução.

Donde, recomenda-se especial atenção às estratégias de treinamento dos terapeutas, bem como

acentuar o debate em prol de temas filosóficos como: as vantagens dos sistemas em aberto, o

ecletismo crítico, o pluralismo teórico e, quiçá, a busca por uma teoria unificada. Pela perspectiva

evolucionista e histórica, a improvisação remete a assuntos conexos como a sobrevivência das

espécies e a simulação. Já por um ângulo epistemológico implicaria em se pensar sobre as mudanças

de paradigmas (T. Khun) e cosmovisão (Weltanschauung). E, no que tange à psicologia e ao ensino

das psicoterapias, a improvisação permite uma reflexão sobre o tema das crenças, as regras básicas

que norteiam todo corpo de conhecimento - crença é a orientação cognitiva fundamental de um

indivíduo ou de toda uma sociedade. Sob o viés do pensamento cognitivista as crenças estão

inextricavelmente ligadas às emoções, sendo guias permanentes sobre o modo de agir e reagir das

pessoas. Logo, a improvisação sugere, clama e garante a flexibilidade das regras, das crenças

norteadoras, o que implica em se pensar sobre o tema das mudanças. Seja a mudança de sintomas de

um cliente, sob o prisma da psicologia clínica. Seja o treinamento e suas estratégias para transformar

alunos em psicoterapeutas, o que remete aos binômios informação versus formação, rigor versus

rigidez diante das inúmeras abordagens teóricas. Numa escala mais ampla, filosófica e pedagógica, se

poderia argumentar que a capacidade inventiva e criadora para se funcionar com diferentes tipos de

metáforas e/ou teorias – a flexibilidade para se transformar o estranho em familiar e o familiar em

estranho - favorece as mudanças epistemológicas, auxiliando o conhecimento a prosperar.

- 18 -

MR3-01

MR3-02

IMPORTÂNCIA DO USO DA METÁFORA NA HIPNOSE ERICKSONIANA

Tamine J. Lean Grupo de Psicoterapia Estratégica, Instituto de Psicologia, UERJ

Resumo. Milton H. Erickson desenvolveu Metáforas Terapêuticas, sendo reconhecido como grande

especialista em sua construção e enunciação. Este trabalho pretende salientar a importância do uso da

Metáfora, como instrumental relevante junto à hipnose. Permite que se transfira conceitos, entre

situações, estimulando reflexões, propiciando novas possibilidades. Pode ser usado em outros setores

onde se deseje estimular a aprendizagem. Satisfaz um dos objetivos principais das práticas

psicoterapêuticas ao provocar novas percepções e crenças desencadeando mudanças nos padrões de

comportamento. Propicia também o acesso a recursos motivacionais como Esperança e Resiliência

(Consuelo Casula). As metáforas são construídas com base em histórias retiradas de fábulas,

parábolas, contos zen e outros, ou podem ter sua origem na criatividade e habilidade do terapeuta em

formulá-las e, com base na Utilização, relacioná-las à problemática e às características de

personalidade do indivíduo. É no espaço particular que ela se encaixa de forma bastante peculiar.

Envolve o que existe de forma experiencial em cada um e, contando com identificações, acaba sendo

absorvida e provoca intuições diferenciadas. Respeita, portanto, a individualidade e a liberdade

interpretativa, e certamente desafia o esclarecimento de ambiguidades. Neste âmbito, a Metáfora

neutraliza defesas, ao fazer abordagem de forma indireta, permitindo o acesso mais imediato à mente

inconsciente e aos recursos que desencadeiam forças poderosas para promoção de mudanças

evolutivas nas pessoas e em suas relações. Buscar o manejo adequado deste instrumento é passo

importante nesta abordagem terapêutica

X Congresso Brasileiro de Hipnologia 28-30 de junho de 2012

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Page 20: Livro XCBH Final

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MUDANÇA DE ESTADO DE ANSIEDADE PARA UM ESTADO DE

TRANQÜILIDADE

Elenira de Sousa Domiciano

Diretora do Depto de Odontologia da SOHIMERJ

Resumo. O presente trabalho tem como objetivo apresentar técnicas que mudam o estado de

ansiedade em pessoas com trauma ao tratamento dentário. Quando nos deparamos com pessoas que já

sofreram algum tipo de agressão física ou psicológica, percebemos um estado de ansiedade quando se

fala sobre o assunto ou quando ela ou ela tem que passar por aquela experiência outra vez. Um

exemplo clássico desse estado é encontrado diariamente nos consultórios dentários. Muitas vezes

temos que usar de muita paciência e humanidade para entender que essa emoção muitas vezes é

incontrolável. O uso da hipnose facilita muito nosso trabalho. Usando técnicas simples conseguimos

transformar esse estado de ansiedade em um estado de tranquilidade. Uma das técnicas mais usadas

por nós cirurgiões dentistas é o treinamento autógeno. O paciente aprende a controlar seu estado e nos

ajuda muito quando temos que realizar algum procedimento clinico ou cirúrgico. Usamos também a

técnica de relaxamento progressivo com ótimos resultados. Nos casos mais severos de fobia fazemos

de seis a oito consultas de relaxamento para que haja uma nova programação mental e o paciente se

sinta tranquilo no consultório, seja ouvindo o barulho do motor quando for realizar uma restauração

ou ter que tomar uma anestesia para uma cirurgia.

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MR4-01

RELAXAMENTO HIPNÓTICO NA INTER-RELAÇÃO PACIENTE-PROFISSIONAL

NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA - CASOS CLÍNICOS.

Miguel Angel Singh Gil

AHIESP/CROSP/APCD

Resumo. Demonstrar a importância do Relaxamento Hipnótico no atendimento a pacientes na clínica

odontológica, especialmente nos casos em que os mesmos apresentam elevada ansiedade e dor. Casos

clínicos de cirurgia de implante dentário com hipno-anestesia; atendimento a pacientes com Disfunção

Temporo-mandibular e paciente especial com deficiência intelectual e dificuldade para abrir a boca.

Page 21: Livro XCBH Final

- 20 -

MR5-01

PSICO-ONCOLOGIA:O QUE É.

Marcia Stephan

Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia

Resumo. A Psico-Oncologia representa a área de interface entre a psicologia e a oncologia e utiliza

conhecimento educacional profissional e metodológico provenientes da Psicologia da Saúde com

aplicação: 1º- Na assistência ao paciente oncológico e sua família e aos profissionais de saúde

envolvidos com a prevenção, o tratamento a reabilitação e a fase terminal da doença; A Psico-

Oncologia representa a área de interface entre a psicologia e a oncologia e utiliza conhecimento

educacional, profissional e metodológico provenientes da Psicologia da Saúde com aplicação: 2º- Na

pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes para a compreensão da incidência,

da recuperação e do tempo de sobrevida após o diagnóstico do câncer; 3º- Na organização de serviços

de oncologia que visem o atendimento integral ao paciente (físico e psicológico) enfatizando de modo

especial a formação e o aprimoramento dos profissionais de saúde envolvidos nas diferentes etapas do

tratamento.” Gimenes 1994. A Psico-Oncologia trata da única dimensão que está presente em

todo o caminho de um tratamento e que sem ela não pode existir: o contato humano. Na atualidade

não se concebe um tratamento oncológico completo que não seja interdisciplinar. Este campo e

atuação abrange o paciente, seus familiares e grupo de apoio bem como a equipe de saúde. A Psico-

Oncologia abranje a prevenção, o tratamento, a reabilitação e a reinserção social. A Bioética, a

espiritualidade, a Tanatologia o Luto , o manejo da dor e a comunicação de más notícias são

disciplinas atinentes ao profissional da Psico-Oncologia.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO PACIENTE COM CÂNCER

Ana Valéria Paranhos Miceli Instituto Nacional do Câncer, INCA

Doutorado em Psicologia Clínica, PUC-RJ

Resumo. O adoecer é uma ameaça à auto-imagem corporal idealizada, à identidade e à própria

existência do indivíduo, pois o confronta com a angústia de deixarmos de existir de forma total

(morte) ou parcial (mudanças bio-psico-sociais). O diagnóstico de câncer pode gerar transtornos

afetivos e provocar um afunilamento do campo perceptivo, fazendo com que o paciente só veja a

doença e suas consequências, reais ou fantasiadas, o que pode ser reforçado pelo ambiente hospitalar

(contato com outros pacientes e com a equipe de saúde) e pelos demais sistemas envolvidos, como a

família e a rede social. O paciente com câncer com frequência apresenta sintomas físicos, psicológicos

e sociais, advindos da doença e/ou dos tratamentos, que repercutirão na sua rotina de vida e na sua

vida pessoal, familiar, social e profissional. O aparecimento dos sintomas, seu tempo de duração e sua

resolução vão depender das características do indivíduo, do tipo e tempo de doença e de tratamento e

de suas sequelas, do tempo de diagnóstico, do alívio ou não dos sintomas, do prognóstico e

expectativas de cura ou morte, do tipo de personalidade, da história pessoal e familiar, do momento do

seu ciclo de vida, do suporte afetivo, familiar e social, do nível cognitivo, educacional e cultural, das

crenças pessoais e religiosas, da relação com a equipe, e de diversas outras variáveis. Com a ajuda de

equipe multiprofissional e de preferência interdisciplinar, é possível debelar, ou ao menos aliviar,

estes sintomas e/ou o peso a eles atribuído.

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Page 22: Livro XCBH Final

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CUIDADOS PALIATIVOS - O PACIENTE FORA DE POSSIBILIDADE DE CURA?

Cecília Lessa¹, Flávia Teixeira1,2 ¹Sociedade Brasileira de Psicooncologista

²Mestrado em Saúde Coletiva IESC/UFRJ

Resumo. O presente trabalho visa como ponto principal conceituar Cuidados Paliativos e ressaltar

seus princípios e a sua importância em serem aplicados de forma conjunta com as terapêuticas capazes

de modificar o curso da doença. Procuramos destacar também como a paliação pode beneficiar o

paciente à medida que o tratamento em busca da cura esgota suas possibilidades. É uma abordagem a

qual se oferece um cuidado integral ao doente, desde o controle dos sintomas, alívio da dor e do

sofrimento psicológico, social e espiritual. Essa prática também é estendida aos familiares que

acompanham o paciente, desde o início até o pós-luto, bem como os profissionais que atuam

diretamente com essa temática. A presente exposição objetiva principalmente trazer à tona o tema que

ainda permanece como grande tabu para a sociedade ocidental: A morte. Ou seja, privilegiar o

cuidado e não o abandono quando não há mais possibilidade de cura. A frase de Cicely Saunders

sintetiza a ideia a qual queremos propagar, transformar o “Não há nada a fazer” em “Ainda há muito a

fazer” é a tônica desse movimento humanitário e revolucionário.

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MR6-1

A HIPNOSE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA PSICOLOGIA DAS

CATASTROFES E DA PSIQUIATRIA NOS DESASTRES NATURAIS

Clystine Abram Oliveira Gomes Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada

Resumo. A utilização da hipnose, como ferramenta auxiliar no socorro as vitimas da catástrofe

ocorrida em Teresópolis - Rio de Janeiro em janeiro de 2011, demonstrou através do relato das

vítimas que passaram pelo processo, ser um instrumento útil na reestrutura e flexibilização de

pensamentos sobre o luto, as perdas materiais e a culpa das pessoas que foram atendidas com a

utilização das técnicas da hipnose.

MR6-01

MR6-1

PSICOTERAPIA ERICKSONIANA EM PACIENTES QUEIMADOS

João Facchinette

Instituto Ericksoniano de Alagoas

Resumo. Este trabalho consiste em uma pesquisa experimental sobre a capacidade da psicoterapia

ericksoniana atuar na dor de pacientes queimados. Nele se pretendeu identificar a capacidade da

hipnose reduzir a dor dos pacientes, utilizando-se das crenças dos próprios pacientes acerca do que é

capaz de curar ou minorar a dor para eles. Intervindo através de uma indução hipnótica padrão, no

intuito de manter uma rigidez científica, as crenças são inseridas nesta indução em forma de

metáforas. A informação coletada dos pacientes acerca da intensidade dolorosa aponta na direção de

uma redução estatisticamente significativa.

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Page 23: Livro XCBH Final

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MR6-02

HIPNOSE: UMA ESTRATÉGIA NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS DO DESASTRE

NATURAL DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO

Lislie Schoenstatt Abram Oliveira Gomes, Clystine Abram Oliveira Gomes Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada

Resumo. A tragédia provocada pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro envolveu diversos

deslizamentos destruindo até mesmo bairros inteiros, matando 916 pessoas e desalojando 35.000,

especificamente no dia 11 janeiro de 2011. Diante da calamidade provocada pela chuva, poucos dias

depois a equipe de psicólogos, médicos e estagiários do Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada

(IBH) voluntariamente se dirigiu para Teresópolis com o intuito de prestar atendimento psicológico às

vítimas do desastre. Chegando no local onde as vitimas estavam abrigadas, a equipe verificou que no

momento pós desastre, a população se encontrava em estado de choque e com necessidade de

intervenção rápida e eficaz para auxilia-la a administrar a ansiedade no enfrentamento do trauma e

para tomada de decisões em relação ao que poderiam fazer diante de total destruição psicológica e

social. A hipnose é um procedimento abrangente que se imbrica em quase todas as especialidades

médicas. Apesar de parecer complicada, as suas técnicas são de simples aplicação e dependem da

relação profissional-paciente para que as suas fases se processem naturalmente. Todavia, não basta

conhecer a técnica. O profissional deve ser perito na indução, na manutenção e na condução do estado

hipnótico. O paciente deve possuir imaginação, atenção, concentração e memória dentro de padrões

ditos normais para que possa atingir graus de profundidade adequados para o procedimento

psicoterápico. Não sendo sono, mas um estado de consciência, situado entre o sono e a vigília, produz

hipermnésia que se traduz em vivências ou até mesmo fantasias e evocações. Isso faz fluir para a

consciência registros situados neste patamar ou abaixo dele, o que permite ao hipnoterapeuta acessar

dados de suma importância para o desenvolvimento da psicoterapia, facilitando o próprio tratamento,

como se vem observando no decorrer as últimas quatro décadas. A Psiquiatria se constitui na

especialidade médica de escolha para a sua aplicação de forma isolada ou associada com outros

procedimentos e com a terapia medicamentosa. Assim, se conclui que se trata de um procedimento de

grande valia para a execução de uma psicoterapia sob hipnose, antes de uma hipnose sob psicoterapia.

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Resumos

Palestras e

Trabalhos Apresentados

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HIPNOSE NO EMAGRECIMENTO

Gilberto Gonçalves de Barros Instituto Brasileiro de Hipnose Ericksoniana

Resumo. A obesidade é uma doença caracterizada por um excessivo acúmulo de gordura nos tecidos.

Ela é muito mais do que um problema com a aparência física, é um enorme perigo para a saúde. A

obesidade é um estado de excesso de massa adiposa. É uma doença crônica, complexa e multifatorial.

Ela não depende apenas da relação de ingestão e queima de calorias pelo corpo humano. Alterações

fisiológicas e doenças relacionadas com a obesidade: Diabetes tipo II, hipertensão arterial, aumento da

gordura no sangue (triglicerídios e colesterol), infarto do miocárdio, osteoartrose, aumento de

incidência de cálculos biliares, dispnéia de esforço, dispnéia do sono etyc. A obesidade também está

relacionada a maiores taxas de certos tipos de câncer. Objetivos no tratamento da obesidade, pela

hipnose: prevenir o aumento de peso; eeduzir o peso atual; manter o peso adequado em longo prazo.

Através da hipnose, na solução de problemas da obesidade, procuramos justamente compreender

quais são as verdadeiras causa que levam o indivíduo a ter um comportamento alimentar inadequado e

pouco saudável e, através de várias técnicas, tratar e “reprogramar” estas causas. Para isto, o paciente

precisa estar motivado para tornar-se esbelto e modificar o estilo de alimentação e de vida, modificar

seus pensamentos sobre os alimentos e sobre ele mesmo, aderir a atividade física prazerosa e a uma

alimentação saudável e favorável ao seu tratamento para emagrecer. Para eliminar peso requer

autoconfiança, perseverança e assumir responsabilidades sobre as escolhas diárias quanto a

alimentação e ao estilo de vida. Fatores psicológicos associados à obesidade: ansiedade, baixa auto-

estima, solidão, carências, angústias, traumas na infância, decepções amorosas, insegurança,

necessidade de defesa, muitas vezes preenchidas com ingestão inadequada de alimentos etc. Técnicas

de hipnose no tratamento da obesidade: sugestões e metáforas, instruções de processos,

ressignificação em transe, sub-modalidades, regressão de idade, pseudo-Orientação no Tempo,

autoscopia com cirurgia do estomago, balão intragástrico hipnótico, auto-hipnose.

PL-01

EMPREGO DA HIPNOSE NOS RITUAIS RELIGIOSOS: ANÁLISE CRÍTICA E

COMPARATIVA DA METODOLOGIA DE INDUÇÃO HIPNÓTICA COM A

LITURGIA RELIGIOSA

Paulo Madjarof Filho, Adelita Fátima de Almeida Associação de Hipnose do Estado de São Paulo

Resumo. Este trabalho tem por objetivo identificar os aspectos comuns cientificamente reconhecidos

no emprego da hipnose experimental em pareamento com as estratégias observadas na liturgia

religiosa. Os rituais analisados estão relacionados a denominações religiosas que foram escolhidas em

razão de sua importância e projeção na cultura brasileira. Sob a perspectiva da metodologia formal de

indução ao transe, analisamos e avaliamos os elementos comuns presentes na liturgia religiosa e na

metodologia elementar de indução ao transe hipnótico. As observações baseadas em nosso estudo

demonstraram aspectos e estratégias comuns no método de indução ao transe religioso com resultados

assemelhados ao denominado estado hipnótico.

PL-02

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O AUXILIO DA HIPNOSE NO TREINAMENTO DE

HABILIDADES SOCIAIS (THS)

Gil Gomes Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada

Resumo. Alguns transtornos de ansiedade como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),

Fobia Social e Síndrome do Pânico, em muitos casos, resultam no isolamento social do paciente e na

percepção de que não receberão ajuda de outras pessoas em caso de situações de risco sociais ou

pessoais. Portanto, é comum que essas pessoas procurem poucos contatos sociais e deixem de praticar

e aprender as habilidades sociais, que é um conjunto de habilidades cognitivas e comportamentais

utilizadas para atender a demandas sociais e interpessoais pessoais próprias e do outro. Nesse sentido,

os déficits das habilidades sociais podem provocar fugas e esquivas de situações sociais pelo paciente

e com isso, funcionar como mantenedoras e reforçadores dos transtornos em questão. Nesse caso, o

paciente pode necessitar de Treinamento em habilidades sociais e desse modo, a hipnose pode

funcionar como uma ferramenta de apoio útil nos exercícios de enfrentamento através da imaginação

de situações entendidas como de risco pelos pacientes.

- 24 -

PL-03

CAPTAÇÃO PSÍQUICA

Edson Reis

Instituto Brasileiro de Hipnose Holística

Resumo. A Captação Psíquica pode ser entendida como uma interação entre os inconscientes das

pessoas envolvidas, isto é, o captador e o cliente, com o auxílio de um terapeuta. Esta interação entre

o inconsciente de duas pessoas pode ser provocada pelo transe hipnótico e pode ser a condição

necessária para algumas abordagens terapêuticas que se utilizam de algum tipo de transe hipnótico

como, por exemplo, Constelações Familiares. A Captação Psíquica é uma abordagem terapêutica que

permite atender aos clientes com o auxílio de outra pessoa que faz o papel de captadora. Usando esta

técnica o terapeuta pode acessar memórias inconscientes contornando possíveis resistências e

bloqueios que surgiriam tratando o cliente diretamente. Esta abordagem permite também, obter

informações úteis mesmo quando o cliente está ausente. Por causa disso tem sido usada no

atendimento de crianças pequenas de qualquer idade, pessoas gravemente enfermas, mulheres

grávidas, pessoas autistas, com déficit de atenção ou com qualquer problema que impeça o

atendimento direto com o uso da Hipnose ou da Terapia Regressiva. No trabalho que venho

realizando, de pesquisas e atendimentos, com o auxílio da Captação Psíquica, treinei algumas pessoas

que percebi serem sensitivas. Geralmente alunas do curso de formação de terapeutas que oferecemos

no IBRAH. Nenhuma dessas pessoas tinha qualquer tipo de treinamento ou “desenvolvimento”

anterior em qualquer disciplina, culto, doutrina ou religião que faz uso de algum tipo de transe como é

muito comum no Brasil. Isto permitiu trabalhar sem idéias preconcebidas e interferências de modelos

estranhos à técnica terapêutica.

PL-04

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APLICAÇÃO DA HIPNOSE E TERAPIA SEXUAL NAS PRINCIPAIS DISFUNÇÕES

SEXUAIS PSICOGÊNICA

Célia Morais Pabst

Centro de Tratamento Mente e Corpo

Resumo. O presente trabalho objetiva mostrar a associação da hipnose e terapia sexual no

tratamento das disfunções sexuais masculinas e femininas. O uso da hetero-hipnose e auto-hipnose no

tratamento da sexualidade com objetivo de reduzir ansiedade de desempenho, desbloqueios

psicológicos dessensibilizando os medos e temores frente a sexualidade. Sendo utilizado o recurso da

hipnose para favorecer o auto-conhecimento dos pacientes reequiulibrando dentro de uma visão

psicossomática.

PL-05

PL-06

REVISANDO SUA VIDA ATRAVÉS DA HIPNOSE NATURAL

Regina Nohra Instituto Milton H. Erickson de Petrópolis, RJ

Universidade Autônoma do México

Curso de Hipnose Natural Ericksoniana, Santa Casa da Misericórdia do RJ

O Grupo de Crescimento é um trabalho preventivo, de autoria da Dra. Teresa Robles que, através de

uma revisão de sua vida, o participante poderá transformar as dificuldades que impedem o seu bem

estar. O método utilizado é o da hipnose natural, um estado amplificado da consciência, utilizando as

técnicas ericksonianas, que nos permitem aprender a acessar os recursos internos para resolver tudo

aquilo que atrapalha o nosso desenvolvimento. O Grupo de Crescimento se destina às pessoas que

queiram trabalhar suas relações pessoais, sociais, profissionais e familiares, bem como o seu

autoconhecimento. E também, aos profissionais da área de saúde e educação, como aprendizado para

posterior utilização em seu campo de trabalho. Mesmo não sendo um grupo de terapia, os resultados

são terapêuticos, pois promovem mudanças de comportamento, uma vez que, os exercícios em estado

amplificado de consciência no transe hipnótico, levam o participante a entrar em contato profundo

com seu mundo interno, facilitando-lhe a percepção de uma nova compreensão da vida, contribuindo

para as mudanças de velhos padrões. Segundo Erickson, em nosso cérebro ficaram registradas todas

as aprendizagens e experiências da vida. Hoje, pelas pesquisas científicas, sabe-se que no campo

morfogênico (que gera formas – padrões que se transmitem) estão registradas todas as experiências da

vida, as minhas, as suas, as de toda a humanidade. O Grupo de Crescimento ajuda as pessoas a

reconhecer suas crenças limitantes, a resolver emoções bloqueadas e sentimentos não digeridos,

desatando nós que atrapalham o crescimento saudável e o bem-estar. Facilita o movimento interno da

pessoa na mudança de paradigmas, colaborando na reconstrução de sua própria realidade. Trabalha

basicamente o hemisfério direito do cérebro (intuição, emoção e sentimentos), para que junto com o

esquerdo (razão, lógica, matemática), interajam com maior plasticidade neuronal. Os temas abordados

nos encontros são universais. Embora cada indivíduo seja único, temos muitas experiências em

comum, tornando-nos semelhantes.

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PL-07

PL-08

HIPNOTERAPIA PARA TRAUMAS PROFUNDOS

Ricardo Feix, M.D., M.P.H. Instituto Milton H. Erickson Brasil Sul

Resumo. Alguns pacientes graves, refratários à psicoterapia, são vítimas de transtornos do stress pós-

traumático, com ou sem dissociação, ou estão sofrendo por situações extremas, consideradas como

emergências espirituais. Estas podem ser: obsessões, possessões, experiências fora do corpo,

experiências de quase morte, consciência de vidas passadas, experiências místicas, padrões familiares

de repetição negativa ou memórias de traumas transgeracionais. Para estes casos complexos o autor

desenvolveu uma abordagem chamada DTMR (Deep Traumatic Memory Reframing), que consiste

numa ferramenta baseada na Hipnose integrativa. Aproximando novas e antigas escolas da

psicoterapia do Oriente e do Ocidente, utiliza conceitos de Psicoterapia Transpessoal e influências do

Psicodrama, Budismo, Kardecismo e Xamanismo. Através do transe profundo, ativo e eclético,

favorece a justiça restaurativa, ressignificando e integrando passado, presente e futuro. Acoplando as

contribuições de Roger Woolger PhD e Milton H. Erickson M.D., o autor favorece a aplicação dos

conceitos da quinta onda em Psicoterapia. A teoria de Campo Energético e Informacional oferece

assim um trabalho quântico e filogenético. A DTMR, atualmente, enquanto experimento clínico

encontra-se na infância de seu desenvolvimento potencial, ao encontrar-se com os conceitos de corpo

holográfico e campo morfogenético.

HOMENAGEM AO LEGADO DO DR FERNANDO RABELO

A HISTÓRIA DO SETOR DE HIPNOSE DO HOSPITAL MUN. MIGUEL COUTO

Lauro Rodriguez de Pontes Instituto Brasileiro de Hipnose Holística

Resumo. Essa apresentação versa sobre o trabalho realizado pelo Dr. Fernando Rabelo (in

memorian) que em 1991, pela primeira vez foi realizou a experiência de curso informativo sobre

hipnose dentro do hospital municipal Miguel Couto no Rio de Janeiro. Será apresentada a história do

setor de hipnose que o Dr. Fernando criou como parte do hospital, se tornando o único em hospital

público na América Latina à época a possuir um setor dedicado ao estudo e a prática da hipnose em

pacientes com as mais variadas enfermidades e queixas. O setor, que foi fechado 1999 em função da

doença do Dr Fernando, foi um grande marco na história da hipnose brasileira.

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AUTOSCOPIA – TERAPIA MENTE-CORPO-QUÂNTICA. João Jorge Cabral Nogueira

Pós-graduação da Uni-IBMR/SOHIMERJ e Fac. SPEI/IBHA Resumo. O objetivo deste trabalho é apresentar uma nova visão de tratamento pela hipnoterapia em

psicoterapia e medicina psicossomática. A autoscopia é a visualização interna do corpo humano em

estado ampliado de consciência. Pode ser auto ou hétero induzida. Já no século retrasado casos de

autoscopias diagnósticas foram relatados pelos Dr. Petétin, Dr. Chapelain, Dr. Chardel, Mayer e

Bernheim. Inúmeros trabalhos científicos confirmam a teoria da comunicação mente-corpo em doença

e cura entre eles os trabalhos de Ernest Rossi. Trabalhos recentes nos falam da memória celular do

órgão que traz o sintoma como fonte do trauma. Acessando a Memória Celular através da Autoscopia

encontra a causa do sintoma. O autor inova o modelo tradicional de terapia mente-corpo

acrescentando o modelo quântico, baseado no modelo da mente holográfica de Karl Pinbram, nas

moléculas das emoções de Candance Pert e no modelo holoinformacional do Universo de Francisco

Di Biase. A esse modelo ele chamou de Terapia Mente-Corpo-Quântica. Esse modelo se divide em

um diagnóstico através da memória celular e de uma terapia honrando a memória holográfica das

células do órgão do sintoma e buscando a cura através da redecisão ou ressignificação do trauma.

Page 29: Livro XCBH Final

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Hipnoanálise na síndrome do pânico resolvida por regressão ao útero materno

Lais Helena da Rocha Associação Brasileira de Hipnose

Associação de Hipnose Médica do Rio de Janeiro

Resumo. Motivo da Consulta: Síndrome do pânico com exacerbação ao viajar de ônibus. Inicio do

tratamento em 1987 aos 22 anos e término em 2001 aos 36 anos. Durante este tempo ocorreram várias

e longas interrupções que retardaram a evolução do processo terapêutico. No último período, a

paciente apresentou diversas crises de síndrome do pânico que não melhoravam com medicamentos

ou com a psicoterapia convencional. Apesar da orientação de que fosse feito um tratamento com

regressão hipnótica, ela negava a se submeter a este método. Quando finalmente se propôs a aceitá-lo,

houve resolução do processo através da regressão ao útero materno. Os sintomas foram reavaliados

por vários anos sem apresentar retorno ao quadro inicial.

PL-11

PL-12

CONSTRUINDO CAMINHOS COM A HIPNOSE TERAPEUTICA:

HIPNOBIODRAMATURGIA.

Yedda Costa dos Reis

Resumo. O presente trabalho é o resultado de um projeto de pesquisa para a apresentação de uma

nova abordagem psicoterapêutica que trabalha a integração de técnicas psicodramatúrgicas com as de

hipnose terapêutica, visualização e programa stressless (uma adaptação do biofeedback). Foi julgada e

aprovada pela FAPERJ (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) sendo

considerada de cunho científico, inovadora, pioneira em todo Brasil e no exterior, a partir de sua

apresentação em congressos internacionais, tendo o apoio financeiro dessa Instituição.

É indicada para tratamento nas áreas de saúde física e mental.

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PL-13

HIPNOSE E DORES CRÔNICAS: PROBLEMAS METODOLÓGICOS E

EPISTEMOLÓGICOS

Maurício S. Neubern, PhD

Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília (IP/UnB)

Resumo. O presente trabalho visa destacar alguns princípios metodológicos e epistemológicos

voltados para as relações entre hipnose e dores crônicas. O primeiro ponto que destaca é

impossibilidade de tecer afirmações prévias sobre as outras pessoas, o que leva tanto a uma atitude

dialógica, como ao estabelecimento da relação como eixo principal da clínica e da construção de

pensamento. Isso remete à necessidade de se conhecer a experiência do outro a partir de suas próprias

referências e sentidos subjetivos, que também oferecem informações importantes para a construção

das sugestões hipnóticas. O segundo ponto que destaca é que o paciente deve se constituir como um

aliado, alguém que também é especialista e deve se assumir como sujeito do processo psicoterápico.

Isso remete a uma dimensão de agenciamento, de papel ativo que o paciente precisa desempenhar em

transe para lidar com suas dores crônicas de modo a reconfigurá-las. O terceiro ponto destaca que os

saberes oriundos do mundo do paciente devem ser considerados como aliados do processo

psicoterápico e que o saber do terapeuta é apenas uma forma possível de conhecer, não a única nem a

melhor. Isso remete a uma perspectiva de diálogo e reconhecimento quanto aos saberes espirituais,

culturais, familiares e sociais que se constituem como aliados do processo terapêutico de

transformação das dores crônicas via hipnose.

Page 30: Livro XCBH Final

- 28 -

PL-14

PL-15

TRATAMENTO COMPORTAMENTAL DA TRICOTILOMANIA SOB TRANSE

HIPNÓTICO

Fernando Vasconcelos Ferreira

Diretor do Depto de Medicina da Associação Brasileira de Hipnose - ASBH

Resumo. A tricotilomania é definida como um dos Transtornos do Controle dos Impulsos, com os

critérios especificados pelo DSM-IV-TR. O Método aqui apresentado para o seu tratamento

corresponde a uso de Técnica Comportamental, após indução do Transe Hipnótico, dirigida a sugestão

de toda vez que vier o impulso para arrancar os cabelos, os dedos, de ambas as mãos se abrirão em

leque, rígidos inflexíveis, impossibilitando qualquer ação de arrancar os cabelos, e permanecendo por

3 minutos nesta posição, ao fim de tal tempo, automaticamente relaxarão, voltando a posição inicial.

Resumo de caso clínico: SCF, 22 anos solteira, estudante universitária. Histórico de inicio aos 13 anos

de idade a partir desta data passou a tirar os cabelos ao ponto de deixar uma grande quantidade no

piso. Todos os Transes foram induzidos por Relaxamento Progressivo, conseguindo Transe profundo

sendo as sugestões dirigidas a identificar o impulso de arrancar os cabelos, antes de se concretizar,

automaticamente as mãos se abrirem, com os dedos rígidos em leque, impedindo assim a ação de tirar

os cabelos, permanecendo por 3 minutos nesta posição, ao final deste tempo, havendo o relaxamento

das duas mãos, sentindo após uma sensação de felicidade e bem estar. Foram realizadas um total de 9

sessões, com respostas positivas desde a primeira sessão.

HIPNOTERAPIA EFIGIAL: UN CAMBIO DE PARADIGMA

Abel Minacore Medico Director del Instituto Medico Psicologico de Rosario Argentina

Resumo. El Autor, considera a La Hipnoterapia Efigial como un constructo metodológico, donde la

efigie, es una unidad de memoria, como mecanismo de registro y representación de las percepciones

complejas de la vida cotidiana, un idioma mental primitivo, que actúa en función de la resolución de

problemas múltiples, en conjunto con el mundo semántico actual. Cambia el paradigma del sueño

freudiano, basándose en el procesamiento de la información, la teoría del apego, el constructivismo,

las neurociencias y el posracionalismo, dando así un giro fundamental y entendiendo al sueño como

un “Reparador Emocional”, de forma que en cada sueño el individuo trata de resolver un problema

emocional y no solo satisfacer deseos. Desde esta construcción, ajusta y da coherencia a: 1. La

hipótesis biológica de Mac Lean del cerebro trino, 2. La teoría de la mente Dinámico Madurativa de

Patricia Crittenden, 3. El concepto de procesamiento de la información en dos Niveles de Vittorio

Guidano.Reformula el modelo de mente en dos dimensiones de procesamiento de la información

(Nivel Explícito y Nivel Tácito) teniendo un sustento neurobiológico trifásico, con unidad en un sí

mismo fundamentalmente bio-evolutivo. Estos conceptos, fundamentan una técnica hipnótica

terapéutica desde un nuevo paradigma, acercando así a la hipnosis, al mundo de las neurociencias,

dando un sustento científico a la nueva técnica.

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Page 31: Livro XCBH Final

HIPNOANÁLISE NA OBSTETRÍCIA

Lais Helena da Rocha

ASBH- SOHIMERJ

Resumo. Paciente com 34 anos secundipara de gêmeos. No primeiro parto, ocorrido há dois anos,

teve eclampsia e apesar de estar programado um parto normal foi feita cesariana com a finalidade de

salvar a mãe e a criança. Quando estava no sexto mês da segunda gravidez apresentou quadro

hipertensivo, motivo pelo qual me procurou para se submeter a um tratamento psicológico. Por ser

uma gestação de risco, propus que fosse aplicada a técnica de hipnoanálise três vezes por semana até o

momento do parto. Houve excelente evolução.

PN-17*

HIPNOTERAPIA COGNITIVA

Maria Joana de Lima e Barros

ASBH - SOHIMERJ

Resumo: O presente trabalho visa demonstrar as vantagens da associação entre Hipnose Clínica e

Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC: A Hipnoterapia Cognitiva, um recurso seguro e rápido

para se obter os resultados desejados em psicoterapia, com excelentes ganhos. Em 2000 o psicólogo

americano Edward Thomas Dowd, escreveu o livro Cognitive Hypnotherapy sendo considerado

pioneiro na proposição da Hipnoterapia Cognitiva. A TCC, idealizada por Aeron Beck na década de

60, é uma abordagem psicoterápica muito eficaz no tratamento de transtornos psicológicos e

psiquiátricos. É diretiva e breve, desenvolve no cliente habilidades para solução de problemas e sua

reestruturação cognitiva. A Hipnose Clínica ou Hipnoterapia é a utilização do estado de hipnose

com finalidade terapêutica. Tem por princípio básico a possibilidade de recorrer ao inconsciente

e acessar crenças limitantes que levam o individuo a ver e interpretar situações de forma distorcida,

impedindo o desempenho desejado, o que chamamos de vulnerabilidade cognitiva. Por fim, não é a

situação, mas como nós interpretamos as situações que vai influenciar a forma de sentir e se

comportar, a hipnose cognitiva tem excelente resultado no tratamento, uma vez que leva o cliente a

entrar mais rápida e profundamente em contato com pensamentos, idéias, sensações, emoções e

crenças que estão interferindo na funcionalidade da sua vida. Essa ferramenta permite reconhecer e

modificar os comportamentos indesejáveis, com eficiência e rapidez.

PL-16*

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* Proferidas na Sessão do Ciclo de Palestras para o Público Geral

Page 32: Livro XCBH Final

TRATAMENTO PELA HIPNOTERAPIA (AUTOSCOPIA) DE UMA SÍNDROME DO

PÂNICO E COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE CÂNCER RENAL

Maria Aparecida Gomes Costa

Instituto AmanheSer, RJ

Resumo. Homem, casado. Quando jovem vendo seu pai morrer de repente entrou em estado de crise

Histérica, medicado por um Clínico teve alucinações e convulsões (estados febris). Indo para o centro

de Psiquiatria do Hospital Pedro II. Submeteu-se a 8 Eletroconvulsoterapias. Ao término da sessão

constatava grau elevado de agressividade, (colapso nervoso), sendo usada Insulinoterapia, onde comia

“kilos” de doces para superar a crise. Provavelmente, a Síndrome do Pânico instalava-se, ocasionando

fugas da realidade e rejeição à vida social. Aos 85 anos, foi constatado linfoma de células renais do

rim esquerdo. Insuficiência renal crônica, infecção persistente por Pseudômonas Aeruginosa.

Começamos o tratamento com Psicoterapia e Hipnoterapia. Durante as sessões foi feito procedimento

cirúrgico de Nefrectomia. Restando metástases nos linfonodos os quais foram tratados pela

quimioterapia a posteriori. Utilizamos a técnica da Autoscopia para identificação do motivo da

formação do tumor, sua ressignificação, entre outras, inclusive no combate aos linfonodos. Objetivo:

Demonstrar como a técnica leva o paciente modificar a realidade interna através da vivência de si

mesmo, após esta conscientização, a partir de suas próprias experiências criar em seu organismo

possibilidades de luta, desde o momento em que aconteceu o trauma e o período em que a partir dele

foi gerada a doença. Método: O estudo parte de uma revisão a partir da vivência do caso clinico.

Conclusão: Estiveram presentes as memórias do processo nas sessões havendo o confronto e a

ressignificação, trazendo ao paciente a tranquilidade para ser operado. Exames no momento estão

negativos para o câncer.

TA-02

ESTRESSE LABORAL: A HIPNOSE MÉDICA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS

INTERNOS E MUDANÇA COMPORTAMENTAL EM GRUPO

Betty Papelbaum

Resumo. Frequentemente percebemos nas matérias veiculadas na mídia que o estresse tem sido

considerado o mal do nosso tempo, o que se confirma por estudos atuais em saúde mental. É

preocupação constante criar condições específicas para atenuar esse fator no ambiente laboral.

Trabalhar o estresse em grupos alcança um número maior de pessoas que trocam experiências e se

apoiam mutuamente. Essa atividade permite que sejam mobilizados recursos individuais e grupais a

partir de exercícios reflexivos e de autotransformação. O objetivo desse trabalho é apresentar a

proposta de grupos mensais, desenvolvida na UNICEF – Rio de Janeiro. A cada encontro são

promovidos exercícios que conduzem a um estado de relaxamento profundo, por meio da hipnose

médica. Desligando a atenção vigilante e despertando a atenção focada, o facilitador utiliza metáforas

que permitem a descoberta de recursos internos já existentes. Ao retomar o estado alerta, são

discutidas as questões suscitadas e revisadas as crenças limitadoras. Alguns resultados são: o grupo é

um espaço de catarse e elaboração de conflitos e o trabalho reflexivo em grupo ajuda na percepção

dos próprios recursos, na transformação interna e na mudança comportamental, facilitando

relacionamentos mais produtivos. Concluímos que a utilização da hipnose em grupo demonstra ser

uma ferramenta privilegiada para se identificar e trabalhar os eventos estressantes da vida cotidiana e

profissional.

TA-01

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Page 33: Livro XCBH Final

HIPNOSE NA OBSTETRÍCIA

Leila Mariza de Mattos Mello

Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro – 33ª Enfermaria – Obstetrícia

Instituto de Psicologia e Psicanálise da Universidade Santa Úrsula

Resumo. O objetivo da minha apresentação é dissertar sobre o uso da hipnose no parto sem dor. Na

obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, desenvolvo um trabalho tanto

individualmente como em grupo de gestantes, juntamente de seus familiares. Primeiramente, durante

o pré-natal são realizadas diversas reuniões para debater sobre sexualidade, alterações hormonais,

relacionamentos, fontes de estresses e o parto, além de discutir as implicações da chegada do recém-

nascido na dinâmica familiar. Em seguida, são utilizadas várias técnicas de hipnose, como

Relaxamento Progressivo, Pestanejamento Sincrônico e Levantamento da Mão, somadas à

Visualização Criativa e técnicas de Hipnose Ericksoniana. Quando há necessidade, ou seja, no

caso da paciente apresentar angústia, depressão, ansiedade, fobias ou descontrole emocional, é feita

uma intervenção terapêutica individual utilizando a Psicoterapia Breve Focal (para agilizar a terapia) e

a Respiração Diafragmática, que também é feita durante o parto. O meu objetivo é que a parturiente

fique calma e tranquila durante a gravidez, para passar, através do cordão umbilical,

neurotransmissores como Dopamina, Endorfina e Acetilcolina, associados a sensações de bem-estar

do feto. Dessa forma, a paciente vai para a sala de parto condicionada com o signo sinal e,

mesmo sem a minha presença, entra em estado hipnótico durante o parto. Posteriormente, são

recolhidos relatos sobre as sensações das pacientes no momento do parto, através do qual pode-se

perceber que tenho alcançado na maioria dos casos o objetivo a que me propus.

TA-04

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TA-03

DRAMA E LINGUAGEM INDIRETA COMO ELEMENTOS DE INTERVENÇÃO

EM HIPNOTERAPIA

Rosanna Jacobina Ribeiro Depto de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília - UnB

Resumo. Neste trabalho compreende-se a psicoterapia como um processo relacional constituído pelo

movimento de narrativas e dramatizações dos atores envolvidos no cenário terapêutico. As noções de

drama e linguagem na clínica ganham visibilidade quando pensadas como expressão do sistema

subjetivo, que integram de maneira dinâmica aspectos do indivíduo e da subjetividade social. Nessa

perspectiva, entende-se que o discurso direto, engendrado na intencionalidade, possui pouca

influência sobre os sentidos subjetivos por ser incompatível com suas características de organização.

Fala-se em linguagem indireta por ser um dispositivo para acionar recursos inconscientes,

privilegiando a comunicação em múltiplos níveis, relacionadas ao conteúdo verbal, expressões não

verbais e posicionamentos adotados no processo terapêutico. O trabalho consiste de um estudo de caso

de um atendimento realizado pelo grupo de pesquisa Hipnose e dor crônica: construindo o contexto

terapêutico, realizado na Clínica de Atendimentos e Estudos Psicológicos (CAEP) da Universidade de

Brasília (UnB). As interpretações e considerações feitas neste trabalho são desenvolvidas numa

perspectiva da Epistemologia Qualitativa de González Rey, articulada aos elementos utilizados em

hipnose ericksoniana e aos pressupostos da fenomenologia existencial de Merleau-Ponty. São

discutidos os processos de mudança dos núcleos configuracionais que dizem da experiência do

sujeito, ressaltando a vivência de dor crônica, a partir da criação de contextos terapêuticos

Page 34: Livro XCBH Final

Resumos

Painéis

Temas de Interesse da Hipnologia

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Page 35: Livro XCBH Final

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AVALIAÇÃO DO PASAT E O DESEMPENHO DE PACIENTES COM ESCLEROSE

MÚLTIPLA DE ACORDO COM O NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Heleine Norman Clemente; C.C.F Vasconcelos; H. Alvarenga Filho; J.B.B. Brooks;

R.M.P. Alvarenga

Serv. Neurologia - Hospital Universitário Gaffrée e Guinle-HUGG/UNIRIO

Resumo. O objetivo do presente trabalho foi aplicar o teste PASAT em uma amostra com pacientes

com EM forma surto-remissão (SR) separados em dois grupos de escolaridade diferentes, analisar e

comparar os resultados de cada grupo, para verificar se ocorreram diferenças no desempenho dos

pacientes devido à diferente escolaridade de cada grupo. A esclerose múltipla (EM) é uma doença

crônica que causa desmielinização do sistema nervoso central em indivíduos em idade produtiva

afetando tanto funções motoras quanto sensitivas e gerando vários graus de incapacidade. Um estudo

descritivo transversal retrospectivo com 63 pacientes (homens/mulheres) do serviço de Neurologia

do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle–HUGG/RJ, foi realizado entre 2010/2012. O Grupo

1(G1) foi formado por 32 pacientes com escolaridade 1º e 2º grau, e grupo 2 (G2) com 31 pacientes

com nível superior de escolaridade. A aplicação do teste foi feita sob condições ideais e as

instruções foram feitas adequadamente, foi solicitado ao paciente que tivesse uma boa noite de sono

no dia anterior, uma alimentação adequada antes do teste, e não usasse drogas ou medicações que

afetassem a função cerebral. A diferença entre os grupos G1 e G2 no escore do PASAT foi

significante e sugere que, entre outras variáveis, o nível de escolaridade é capaz de influenciar no

resultado do teste, corroborando com os achados do estudo de Brooks. Concluímos que a hipótese de

que um resultado satisfatório no teste PASAT depende do nível de escolaridade e QI de cada

paciente, é verdadeira nesta amostra como sugere Strauss, sendo assim ele pode ser adequado a

apenas para indivíduos que tenham um nível de escolaridade elevado e habilidades em matemática e

não ser adequado para avaliação de todos os pacientes. Os achados encontrados neste estudo,

corroboram com as críticas feitas ao teste encontradas na literatura científica de que o nível de

escolaridade interfere no desempenho dos pacientes com EM.

TL-01

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TRATAMENTO PELA HIPNOTERAPIA ATRAVÉS DA REGRESSÃO/

AUTOSCOPIA, TÉCNICAS DE INDUÇÃO EM CASO DE FOBIA SOCIAL

Maria Aparecida Gomes Costa

Instituto AmanheSer, RJ

Resumo. O presente trabalho é um caso clínico em atendimento e tem como objetivo demonstrar

como as técnicas levam o paciente a tentar modificar a realidade interna através da vivência da criança

interior numa visão regressiva de como tudo iniciou, através desta conscientização, pelas próprias

experiências criar em seu organismo possibilidades de luta desde a clareza do momento acontecido, o

trauma, e a partir daí fazermos a ressignificação de seus conflitos. Homem, 39 anos, filho único.

Relata que desde pequeno tem dificuldade de se comunicar, sente vergonha. Sendo natural do

Nordeste aos 11 anos com a mãe veio para o Rio de Janeiro. Mãe fala que o Rio é perigoso, com

mulheres “traiçoeiras!” Em rapport confessa ser tímido, inseguro, medroso, com grande dificuldade

em formar opinião. Formado em letras e Literatura sem exercer a profissão porque falar em público

causava vergonha, exerce função de mecânico em oficina de automóveis. Em roda de amigos confessa

sofrer humilhações. Abstendo-se de cultivar amizades. Em seus namoros relata não se aproximar por

achar ou pensar que receberá um não. Em festas, evita dançar com medo. Secreta suas namoradas para

a mãe para que não enumere defeitos. Envergonha-se de sua estatura e cor. Hoje “fica” com sua ex

namorada escondido. Utilizamos a Regressão com Autoscopia, em uma viagem buscando sua criança

interior. O paciente reviveu momentos da infância que fugia a lembrança, momentos de angústia, de

perdão com trocas de afetividade. Seu depoimento, atitudes e comportamento tiveram mudanças

exprimidas com clareza.

TL-02

Page 36: Livro XCBH Final

- 33 -

PN-03

CÉSAR MILLAN E A COMUNICAÇÃO EFETIVA

Ulisses Heckmaier de Paula Cataldo

Resumo. César Millan é renomado especialista em comportamento canino e apresentador da

série “o encantador de cães” na rede televisiva National Geographick channel. César é

internacionalmente famoso devido ao seu trabalho em reabilitação canina, transformando as

relações entre cães e donos. Cães na “zona vermelha”, num estado de alta e perigosa

agressividade, em minutos transformam-se em dóceis animais através das suas técnicas.

Além de muitos casos clínicos, César Millan também responde pela autoria de vários

trabalhos sobre a reabilitação de cães, e em psicologia canina, como, por exemplo, o

homônimo da série “o encantador de cães” (2007), e “como criar o filhote perfeito” (2011).

Guiado pelo lema “eu reabilito cães e treino pessoas” (Millan, 2007), César realiza mais do

que um trabalho apenas com cães, ele ensina e guia os donos a terem uma forma diferente de

se relacionar com seus animais, a fim de conseguirem novos resultados. Em outras palavras,

César Millan atua como um terapeuta, intervindo e movimentado a família – raro uma

intervenção que não seja baseada nua tríade – para a mudança; sendo o problema, sempre, no

caso dele, o comportamento desajustado do cão. Pautando-se na ideia da hipnose como um

estado de resposta a um determinado tipo de comunicação (Grinder, J. e Bandler, R, 1984),

argumenta-se que o que César faz não se trata de condicionamentos, ou de técnicas de

comportamento animal, mas sim de hipnose. César, além de induzir estados de relaxamento,

e poder, intervém frente às famílias na forma de sugestões, diretivas, injunções, conotações

positivas e outras técnicas hipnóticas (Haley, 1986), como um terapeuta; sendo o objetivo do

trabalho defender esse ponto de vista e ampliar os limites da hipnoterapia.

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Page 37: Livro XCBH Final

Índice de Autores

Abram, C. - 21,22 Lessa, C. - 21

Almeida, A.F. - 23 Madjrof Filho, P. - 23

Alvarenga, H. - 32 Maia, J.P. - 14

Alvarenga, R.M.P. - 32 Melo, L.M.M. - 31

Barros, G. - 23 Miceli, V. - 20

Barros, M.J. - 29 Minacore, A. - 28

Bazzi, M. – 13 Neubern, M.S. - 27

Brooks, J.B.B. - 32 Nogueira, J..J.C. - 26

Cataldo, V.H.P. - 33 Nohra, R. - 25

Clemente, H.N. - 32 Pabst, C.M. - 25

Colás, O. - 18 Papelbaum, B. - 30

Cortez, C.M. - 15 Paula Filho, T.T. - 17

Costa, M.A.C. - 30, 32 Pontes, L.R. - 26

Di Biase, F. - 13 Reis, E. - 24

Domiciano, E. - 19 Reis, Y. - 27

Facchinetti, J. - 21 Ribeiro, R.F. -31

Feix, R. - 26 Rocha, L. – 27,29

Ferreira, F.V. - 28 Santos, J. S. - 17

Fiszman, A - 15 Stephan, M. - 20

Gil, M.A.S. - 17, 19 Teixeira, F. - 21

Gomes, G. - 24 Vasconcelos, C.C.F. - 32

Gomes, L.S.A. - 22 Veiga, C.L. - 18

Granado, N.V. - 16 Teixeira, F. - 21

Lean, T. - 18

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