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Livro de resumos do X Congresso dos Jovens Geocientistas. Este congresso foi organizado pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra no dia 27 de Fevereiro de 2015.

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X Congresso dos Jovens Geocientistas

LIVRO DE RESUMOS

27 DE FEVEREIRO DE 2015

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Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

3000-272 Coimbra, Portugal Tel.: 239860500 Fax: 239860501 http://www.uc.pt/cienterra/

TÍTULO

X Congresso dos Jovens Geocientistas

AUTORES

Vários

EDIÇÃO

Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra

CAPA

Rui Rita

COMISSÃO ORGANIZADORA

Celeste Romualdo Gomes, Ana Isabel Rola, Carla Marques, Carlos

Barata, Maria João Palma, Fernando Carlos Lopes

COMISSÃO CIENTÍFICA

Alcides Pereira

Ana Castilho

António Saraiva

Celeste Romualdo Gomes

Elsa Carvalho Gomes

Fernando Carlos Lopes

Isabel Abrantes

Lídia Gil Catarino

Maria Manuela Silva

Pedro Santarém Andrade

Pedro Callapez

Pedro Dinis

Pedro Proença Cunha

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ÍNDICE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA 4

ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS 10

RESUMOS 12

CONFERÊNCIAS 85

PROGRAMA 86

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA

1. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL

O Departamento de Ciências da Terra é uma unidade orgânica da

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), uma

das maiores escolas de Ensino Superior do país. Nesta Faculdade são

oferecidas várias dezenas de cursos de 1º, 2º e 3º ciclo, abrangendo perto de

7000 alunos. A FCTUC dispõe de mais de 500 professores, maioritariamente

doutorados, que asseguram a qualidade da formação ministrada e exercem

atividades de investigação científica no âmbito de unidades de I&D com

acreditação internacional.

O Departamento de Ciências da Terra situa-se no Polo II da Universidade

de Coimbra, no edifício central da Faculdade de Ciências e Tecnologia da

Universidade de Coimbra. As suas origens remontam à Reforma Pombalina, com

a instalação, em 1772, do Gabinete de História Natural. Solidamente fundado

num passado de que se orgulha, o Departamento de Ciências da Terra tem

efetuado uma adaptação às exigências do presente, através de uma oferta de

formação graduada e pós-graduada que corresponda às necessidades de

desenvolvimento do país. Neste sentido, é responsável pelos cursos de 1º ciclo

em Geologia e em Geologia com Menor em Biologia, participando ainda na

lecionação de diversos outros cursos da FCTUC (Arquitetura, Biologia, com

menor ou 50 ECTS em Geologia, Engenharia Civil e Engenharia do Ambiente),

bem como da Faculdade de Letras (Arqueologia) ou inter-Faculdades

(Conservação e Restauro). No âmbito da pós-graduação, assegura os Mestrados

em Geociências, com áreas de especialização em Recursos Geológicos,

Ambiente e Ordenamento do Território e Geologia do Petróleo, em Engenharia

Geológica e de Minas, em Ciências da Terra, participando ainda noutros cursos

da FCTUC e inter-Faculdades, como são os casos dos mestrados em Ensino de

Biologia e Geologia, em Dinâmicas Sociais e Riscos Naturais e Tecnológicos. No

que respeita ao grau de doutoramento, o Departamento de Ciências da Terra

assegura doutoramentos em Geologia e em Geotecnologias, em diferentes áreas

de especialidade, e em Ensino das Ciências, especialidade em Ensino da

Geologia. Os seus 26 docentes (todos eles doutorados) distribuem-se por

diversos centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a

Tecnologia (Centro de Geociências, Centro de Investigação da Terra e do

Espaço, Centro de Estudos Sociais, MARE – Centro de Investigação em

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Ciências Marinhas e CEMUC - Centro de Engenharia Mecânica da Universidade

de Coimbra).

Depois do assinalável sucesso das edições anteriores, é com grande

prazer que o Departamento de Ciências da Terra acolhe o X Congresso dos

Jovens Geocientistas. Será uma grata ocasião para partilharmos o fascínio pela

descoberta de um planeta tão singular como a Terra, bem como sobre as formas

de o preservar para as gerações vindouras – caros Jovens Geocientistas, a

palavra é vossa!

O Diretor

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2. O ENSINO E A INVESTIGAÇÃO NO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

O Departamento de Ciências da Terra é uma Unidade Orgânica da FCTUC que tem por objetivos:

o Fomentar o desenvolvimento e a investigação das Ciências da Terra - realizar cursos de licenciatura, pós-graduação, formação de professores, mestrado e doutoramento.

o Apoiar a sociedade na resolução de problemas no âmbito da sua área científica. A Licenciatura em Ciências Geológicas foi implementada em 1930 e, em

1964, assumiu a designação de Licenciatura em Geologia. No ano letivo de 2007/2008 iniciou-se a aplicação da nova estrutura

curricular e plano de estudos da Licenciatura em Geologia e do Mestrado em Geociências, de acordo com o Processo de Bolonha.

Todos os cursos do Departamento de Ciências da Terra encontram-se adequados ao modelo de Bolonha, a partir do ano letivo de 2007/2008.

1º Ciclo (6 semestres)

o Licenciatura em Geologia o Licenciatura em Geologia com 50 ECTS em Biologia o Licenciatura em Geologia com menor* em Biologia. o Licenciatura em Geologia com menor* em Ciências do Espaço. o Licenciatura em Geologia com outro menor* oferecido pela Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. * Conjunto coerente de cinco disciplinas de opção de uma determinada área temática.

2º Ciclo (4 semestres)

o Mestrado em Geociências: Áreas de Especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento, e Geologia do Petróleo.

o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas. o Mestrado em Ciências da Terra, (na tipologia Mestrado de Formação ao

longo da vida) dirigido essencialmente a professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

o Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia, em parceria com o Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.

o Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, em parceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

o Mestrado em Conservação e Restauro, em parceria com a Faculdade de Letras

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO (2 semestres) o Curso de Pós-graduação em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e

Tecnológicos, em parceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

Os ciclos de estudos na área das Geociências conferem competências para:

o Colaborar em estudos de planeamento e ordenamento do território, bem como na avaliação de riscos geológicos (sismos, erupções vulcânicas, deslizamento de terrenos, efeitos de cheias), sua minimização e prevenção;

o Colaborar em estudos de impacto ambiental, na componente geológica; o Colaborar em trabalhos e estudos de avaliação, conservação, divulgação

e valorização do património natural; o Lecionar em diferentes graus de ensino público e privado, nacional e

internacional o Realizar trabalhos de cartografia geológica, hidrogeológica, geotécnica e

de outros temas no âmbito das Geociências; o Realizar trabalhos de prospeção, pesquisa e avaliação de recursos

naturais: água, petróleo, minerais e rochas; o Recolher, analisar, interpretar e comunicar informação geológica para

especialistas e público em geral.

Condições de acesso à Licenciatura em Geologia 12º Ano (Curso Científico – Humanístico de Ciências e Tecnologias) e uma das seguintes provas de ingresso:

o 02 Biologia e Geologia; o 07 Física e Química; o 09 Geografia.

Condições de acesso ao Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas Um aluno que planeie prosseguir para o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas deverá candidatar-se ao Mestrado Integrado em Engenharia Civil. No terceiro ano, inscreve-se em cinco disciplinas da área de Engenharia Geológica e de Minas e, findo o terceiro ano, estará em condições de ingressar no Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas (que veio substituir os antigos cursos de Engenharia Geológica e de Engenharia de Minas).

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Saídas profissionais na área das Geociências o Autarquias e associações intermunicipais; o Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional; o Empresas especializadas em ambiente e ordenamento do território; o Empresas especializadas em conservação e restauro de materiais

pétreos; o Empresas especializadas em geotecnia; o Empresas de construção civil; o Empresas de exploração de pedreiras; o Empresas mineiras; o Empresas ou serviços de exploração de águas; o Empresas petrolíferas e de gás natural; o Estabelecimentos de ensino (públicos e privados, nacionais e

internacionais). o Grupos empresariais da área do turismo; o Organismos de investigação científica; o Profissão liberal ou PMEs de serviços especializados ou de

consultadoria técnico-científica, geoconservação e/ou geoturismo; o Serviços de Proteção Civil.

Contactos Rua Sílvio Lima Edifício central Pólo II 3030-790 Coimbra Tel.: 239 860 500 Fax : 239 860 501 eMail: [email protected] Web: www.dct.uc.pt

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ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Agrupamento de Escolas Amato Lusitano José Tomé, Rui Duarte Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Marta Azevedo Agrupamento de Escolas Correia Mateus Andreia Brandão Agrupamento de Escolas de Alcanena José Fradique Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Ana Cristina Perpétuo Agrupamento de Escolas de Pombal (Escola Básica 2,3 Marquês de Pombal) Estefânia Pires Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Armando Rocha Escola Básica Dr. Abranches Ferrão Graça Pinto Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Ana Rola Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis Jorge Delícias Escola Secundária de D. Duarte Paulo Magalhães, Anabela Morgado, Cristina Seabra Ferreira Escola Secundária de Viriato Margarida Morgado Escola Secundária José Falcão Nuno Dâmaso, Paula Paiva

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Instituto do Juncal Ana Malhado, Cláudio Santos, Cristina Silva Universidade de Coimbra Celeste Gomes, Isabel Abrantes

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RESUMOS

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CHUVA ÁCIDA PARA TODOS

Xavier Alves, Ruben Mendes, Fábio Silva

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT2

Palavras-chave: Acidez; Castelo Branco; Chuva; pH. Apesar de Castelo Branco ser uma cidade do interior do território nacional e, como tal afastada das maiores concentrações urbanas e industriais do nosso país, a ocorrência de precipitação com níveis de pH integráveis no quadro da “chuva ácida” foi verificada em trabalhos anterior. De modo a dar continuidade a esta investigação, procurámos efetuar algumas medições da acidez da precipitação ocorrida na nossa cidade. Efetuámos duas medições em dezembro e quatro em janeiro. A primeira medição foi a que apresentou o valor de pH mais baixo. Apenas, 4,10. O valor mais elevado correspondeu a um pH de 5,73 e foi obtido a 14 de janeiro. Neste dia, tal como no seguinte, não podemos considerar, face à bibliografia, que ocorreu chuva ácida na nossa cidade. Assim, verificou-se a queda de chuva ácida em 66,6% das medições efetuados, o que é significativo e, para nós, surpreendente. Face aos resultados obtidos, podemos considerar que em Castelo Branco, no início do inverno, se registaram chuvas ácidas devido, muito provavelmente devido à acumulação de óxidos na atmosfera durante o período de verão e outono. Ao longo do registo de valores o pH foi aumentando, ultrapassando até o ponto de equilíbrio da água com o dióxido de carbono, podendo aventar-se a hipótese de algumas substâncias básicas afetarem também as chuvas, o que não invalida a presença de ácidos. Ao comparar com o fluxo de massas de ar concluímos que a acidez da chuva não provém de uma poluição local. Outra das hipóteses poderá ser a libertação de gases para a atmosfera por parte das centrais termoelétricas existentes em Portugal nas rotas de deslocações de ar em direção a Castelo Branco.

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VULCANISMO NA ISLÂNDIA

Afonso Cardoso, Pedro Duarte, Maria Mira

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT3

Palavras-chave: Vulcanismo, Islândia, Europa. A Terra é um planeta geologicamente ativo, pois podemos observar certos fenómenos como por exemplo a tectónica de placas e o vulcanismo, que por terem a capacidade de libertar grandes quantidades de energia, podem interferir com as atividades humanas. Com este trabalho pretendemos alertar para certos perigos que os fenómenos vulcânicos na Islândia podem provocar. O Laki é um vulcão islandês em que se registaram importantes erupções históricas. Um dos seus grandes episódios eruptivos ocorreu entre 8 de junho de 1783 a Fevereiro de 1784. A lava expelida espalhou-se num espaço de 15 quilómetros cúbicos, na zona rural circundante e criou uma nuvem de gases tóxicos. Esta era constituída por 8 a 19 milhões de toneladas de ácido fluorídrico e dióxido de enxofre, levando à morte de muito do gado que se encontrava nos arredores. O vapor de água atmosférico ao reagir com o dióxido de enxofre formou partículas chamadas de aerossóis, reduzindo assim, as radiações solares incidentes na Terra, tendo sido sentidos os seus efeitos em todo o hemisfério norte, mas em particular na Europa. Uma erupção desta magnitude teria certamente, nos dias de hoje, um grande impacto na vida diária dos cidadãos europeus e na economia dos seus países, como já aconteceu com a erupção do Eyjafjallajökull, em 2010, que levou ao cancelamento de 108.000 voos comerciais, e a um prejuízo de 1,7 biliões de dólares. Se, eventualmente, ocorresse uma erupção semelhante à do Laki nos dias de hoje, será que estaríamos preparados para que isso acontecesse? Com a realização deste trabalho concluímos que não estamos preparados e, por isso, é necessária a monitorização dos vulcões na Islândia, de modo a minimizar os prejuízos causados por uma eventual erupção.

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VESTÍGIOS DA GLACIAÇÃO DO WURM NA SERRA DA ESTRELA

Rui Almeida, Nuno Barata, João Contente, Cristiano Gomes, Paulo

Rocha, Claudiney Simões

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

Curso EFA de 3 Ciclo – Turma B3 conclusão

Palavras-chave: Glaciação; Serra da Estrela; Wurm. A Serra da Estrela constitui a parcela oriental do trecho português da Cordilheira Central Ibérica. O maciço da Estrela é constituído por planaltos que se elevam de NE para SO, tendo o seu ponto culminante na Torre, com 1993 m. Este maciço, essencialmente granítico, resultou de momentos tectónicos que desencadearam movimentos de levantamento e de abatimento. A morfologia da região, hoje retocada pela erosão fluvial, foi fortemente influenciada pela ação dos glaciares que cobriram a parte mais alta da serra até há cerca de 18000 a 20000 anos atrás. Será Possível que meros alunos de 3º ciclo, possam identificar algumas das formas de origem glaciária que, de acordo com a bibliografia, existem nesta serra? Foi possível identificar, em altitudes superiores a 1300 metros, circos glaciários ou covões entre os quais se destaca o que corresponde à nascente do rio Zêzere. Na margem esquerda deste vale surge um vale suspenso, o da Candeeira, que carreava gelo para o glaciar de Manteigas. As formas de acumulação glaciária mais fáceis de identificar são, sobretudo, as moreias, nomeadamente as moreias laterais bem visíveis no Planalto de Santo António. Aí, são visíveis, blocos erráticos de dimensões variáveis em locais “estranhos”, ou por vezes dispersos sobre superfícies rochosas de natureza litológica diferente. O exemplo mais conhecido na Serra da Estrela é o Poio do Judeu.

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ALCAINS E O “SEU” GRANITO: BREVE CARACTERIZAÇÃO GEOECONÓMICA

José Alberto Ferreira

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano,

Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco 12.º CSE, Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas

Palavras-chave: Alcains; Cantaria; Crise; Geoeconomia; Granito. Enquadrado entre a cidade de Castelo Branco, a Sul, e prolongando-se pela Serra da Gardunha e o Planalto Beirão, a Norte, o Plutonito de Castelo Branco é uma imensa massa granítica de estrutura concêntrica com cerca de 310 milhões de anos. Aqui encontramos várias tipologias de granito, o mais característico dos quais sendo o Granito Branco de Alcains, encontrado nas envolvências da vila que lhe dá nome. Este, de grão fino, poroso e não muito polido, esteve por detrás de uma intensa atividade de cantaria artística - ainda hoje visível em edifícios de Alcains, Castelo Branco ou Covilhã – que deu trabalho a mais de mil alcainenses em meados do século passado. Antes ofício ancestral, o trabalho da pedra depressa alimentou uma indústria de extração e transformação, que, entre os anos 60 e 90, conheceu uma notável prosperidade, não alheia a uma modernização mais ou menos intensa, alicerçada no investimento público e no consumo privado. Todavia, desde 2007, a indústria do granito entrou em declínio, com o encerramento de quatro das sete empresas que, desde 1987, compunham o mercado local. Assim, o presente trabalho procura identificar as causas deste declínio económico – indissociável do panorama geológico local, caracterizado, entre outros, pela intensa fracturação da rocha, interpondo obstáculos à sua comercialização –, na perspetiva de analisar a viabilidade económica da extração e transformação do granito de Alcains, no presente e no futuro. Para tal, procedeu-se a uma pesquisa assente, sobretudo, na recolha de registos orais junto de empresário locais e antigos canteiros, combinada com uma revisão da literatura. Agradecimentos: Nesse sentido, expresso os meus sinceros agradecimentos ao Sr. João dos Reis, sabedor canteiro alcainense, e ao Sr. Vitor Marujo, responsável pela empresa mais mecanizada do setor; a valiosa experiência de ambos em muito enriqueceu o presente trabalho. Agradeço, ainda, ao Professor Rui Duarte, que me orientou ao longo deste desafio e ao Professor Doutor Alcides Pereira que, atenciosamente, esclareceu as minhas questões sobre a geologia local. A todos eles, o meu sentido bem-haja.

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CONHECE A EPIGENIA DO PONSUL?

Joana Barata, Miguel Cunha, Luís Lourinho, Mariana Silva

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT1

Palavras-chave: Falha do Ponsul, Garganta Epigénica, Rio Ponsul

Orlando Ribeiro, em diversos trabalhos dos anos 40 do século XX, foi o primeiro a chamar a atenção para as particularidades do vale do rio Ponsul e a associar a sua morfologia com a falha do Ponsul, por vezes também denominada falha de Idanha. Esta falha formou-se há mais de 300 M.a., durante a formação do supercontinente Pangeia (Orogenia Varisca). Com um comprimento de cerca de 120 km e uma orientação geral NE-SO, estende-se de Monfortinho a Vila Velha de Ródão. Há cerca de 10 M.a. (Orogenia Alpina), esta falha sofreu uma reativação como falha inversa, que levou ao soerguimento da denominada Superfície de Castelo Branco, a noroeste, relativamente ao degrau inferior, a sudeste. Consequentemente, os xistos e as rochas graníticas, mais antigas (ante-mesozoicas), sobrepuseram-se às arcoses (arenitos ricos em feldspato) do Eocénico. Devido a esta reativação, o bloco soerguido passou a interferir no percurso do rio Ponsul (que nasce no bloco superior da falha, perto de Penha Garcia). Este teve de escavar um vale profundo e estreito nas rochas resistentes, originando uma garganta epigénica até alcançar o bloco inferior junto a Idanha à Nova, passando, mais a sudoeste, novamente para o bloco superior, onde corre durante 7 km, até regressar novamente ao compartimento inferior. Agradecimentos: Gostaríamos de agradecer ao professor Rui Duarte pela sua ajuda e dedicação e também homenagear o trabalho do professor Dr. Orlando Ribeiro.

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DE ANTIGAS ÁREAS MINEIRAS O CASO DAS MINAS DE URÂNIO DA URGEIRIÇA

Júlia Barata, Ana Francisca Rodolfo

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano,

Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco 12.º Ano, CT3

Palavras-chave: Minérios; Radioatividade; Recuperação ambiental; Recursos geológicos; Urânio. O Homem explora os recursos naturais desde o tempo das comunidades de caçadores recoletores. O crescimento das sociedades humanas levou ao aumento do consumo dos bens materiais, o que implicou o aumento da exploração desses recursos naturais, nomeadamente os de origem geológica. Um destes recursos é o urânio, elemento químico com a particularidade de ser radioativo, pelo que a sua exploração envolve riscos acrescidos, de contaminação do meio e indutor de mutações nos seres vivos. Os jazigos de urânio tidos como mais importantes em Portugal, estão localizados na região central, dispostos na parte ocidental do Maciço Hespérico abrangendo a Cordilheira Central. O objetivo deste trabalho é perceber a importância da recuperação de minas abandonadas de urânio, em particular a da Urgeiriça. Os resultados da reabilitação desta área foram a modelagem e confinamento dos materiais rejeitados; o impedimento do contacto das águas limpas com os materiais contaminantes depositados nos depósitos de resíduos assim como o controlo e tratamento das águas contaminadas; eliminação das partículas dispersas por ação eólica; redução dos níveis de radiação e de fluxo de radão dos solos e a implementação de sistemas de monitorização de águas, de solos e do ar, bem como os deslocamentos superficiais. Após o início dos trabalhos de reabilitação, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro, instituição responsável, teve ainda a necessidade de adotar medidas complementares, como a escavação e transporte dos materiais da escombreira de Stª Bárbara e do depósito de minério para outro local; a instalação de sistemas de drenagem; o revestimento e impermeabilização dos depósitos de resíduos por camadas múltiplas de materiais naturais e sintéticos. Com a realização deste trabalho concluímos que sem este tipo de intervenção na mina da Urgeiriça haveria consequências mais significativas na população e uma maior contaminação radioativa do meio ambiente envolvente. Consideramos assim, que é fundamental ocorrerem intervenções similares nas outras zonas mineiras em que se explorou o urânio.

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SOLOS PRESERVADOS, HUMANOS BEM ALIMENTADOS

Cristiana Mendonça, Catarina Reis

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12º Ano, Turma CT2

Palavras-chave: Decompositores; Matéria orgânica; Resíduos; Solos; Vermicompostagem. O solo é o substrato regulador da vida nos ecossistemas, constituindo um sistema vivo e dinâmico que intervém como regulador dos ciclos biogeoquímicos e hidrológico. Deste modo, deve ser encarado como um recurso natural vital, embora seja escasso e, consequentemente, perecível. Nas últimas décadas, devido aos níveis de progresso dos países desenvolvidos, ocorreu um incremento na produção de resíduos, o que sequencialmente se converteu numa preocupação a nível do seu destino final. O nosso objetivo foi efetuar vermicompostagem a partir de resíduos domésticos. A vermicompostagem é um tipo de compostagem realizada quase exclusivamente por minhocas e surge como uma opção simples para reciclar resíduos sólidos urbanos, obtendo-se deste modo húmus com excelentes propriedades para fertilização do solo. As minhocas ingerem resíduos orgânicos que, depois de digeridos, vão dar origem a húmus rico em bactérias, essenciais para a reciclagem, acelerando o processo de humificação e produção de vermicomposto ou húmus de minhoca (adubo orgânico) de melhor qualidade. O projeto foi iniciado com um lote de minhocas, cedido pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco, que foram colocadas num recipiente de esferovite onde tinham sido introduzidos resíduos de origem doméstica como, por exemplo, restos de batatas, couves, cascas de ovo e borras de café. O resultado foi a obtenção de vermicomposto, ou seja, adubo orgânico, que pode ser utilizado hortas urbanas ou jardins. Concluímos assim que a vermicompostagem doméstica, para a reciclagem de resíduos orgânicos biodegradáveis, é um processo importante não só para reduzir o lixo orgânico como para aumentar a fertilidade e a produtividade dos solos.

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PORQUÊ UMA NOVA ETAR?

Marisa Lourenço, Ana Marques

Agrupamento de Escolas de Amato Lusitano, Escola Secundária/3 de Amato Lusitano, Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT2

Palavras-chave: Águas do Centro; Águas Residuais; Castelo Branco; ETAR; Fósforo; Ozono. A cidade de Castelo Branco, tal como as restantes cidades de Portugal é servida por um serviço de captação e tratamento de esgotos urbanos. Esta infraestrutura incluía, até há pouco tempo, duas estações de tratamento de águas residuais (ETAR’s), situadas a Sul e a Norte da cidade. Em 2011 ocorreu a necessidade de alterar uma das ETAR’s já existentes ou construir uma nova ETAR pois os resíduos destas duas infraestruturas, que eram escoados para a Albufeira de Pracana, estavam a ser libertados numa zona sensível ao ozono e ao fósforo devido ao risco de eutrofização. O objetivo deste trabalho foi o de perceber se a opção tomada, construção de uma nova ETAR, era mesmo a melhor opção. Para a realização deste trabalho, efetuámos deslocações à nova ETAR, assistimos a uma palestra da empresa Águas do Centro e realizámos pesquisa bibliográfica. Após análise do problema, e atendendo aos custos monetários envolvidos e à necessidade de modernização das infraestruturas, considerámos que a decisão da empresa Águas de Portugal foi a mais correta, porque permitiu a construção de raiz de uma nova ETAR que integrasse uma tecnologia mais avançada para possibilitar novos tratamentos e uma monitorização constante da qualidade e quantidade dos efluentes à entrada e à saída, ficando esta nova infraestrutura num valor que rondou os 10 milhões de euros. Agradecimentos: Empresa Águas do Centro e Eng.ª Sónia Mexia.

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A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS

Cristiana Aparício, Hugo Costa, Marta Pereira

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Escola Secundária c/ 3º ciclo do Entroncamento

Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento 12.º Ano, Turma D CT

Palavras-chave: Cretácico; Dinossauros; Extinção; Impacto; Vulcanismo. Durante toda a história geológica do nosso planeta, ocorreram várias extinções em massa que afetaram profundamente a biosfera e foram responsáveis pelo desaparecimento de alguns dos seus grupos taxonómicos importantes. Uma das mais significativas foi a extinção ocorrida no final do período Cretácico (ca. 65 M.a.), conhecida sobretudo pelo desaparecimento dos dinossauros, e que continua a suscitar grande interesse. Mas como ocorreu a sua extinção? São cerca de oitenta as teorias que procuram explicar um dos mais enigmáticos acontecimentos da história, mas apenas três se tornaram relevantes. A Teoria do Impacto, que assenta sobre uma colisão de um corpo celeste com a Terra, e que terá conduzido a alterações climáticas; a Teoria do Vulcanismo Intenso que defende uma longa e intensa atividade vulcânica, defendida pelo elevado teor de irídio encontrado em estratos desta época (este elemento, embora raro à superfície terrestre, é abundante no interior da Terra e pode ser expelido pelos vulcões) e a Teoria da Estrela Némesis, que refere a ocorrência de uma chuva de cometas, projetada da nuvem de Oort (nuvem de cometas gelados) por Némesis, a provável estrela companheira do Sol. Independentemente de existirem outras teorias, estas apresentam-se mais consistentes, o que faz com que, atualmente, o mais aceite seja um misto das duas primeiras. Agradecimentos: Agradecemos à nossa professora de Geologia, professora Marta Azevedo, que possibilitou a participação e concretização deste projeto. Um especial agradecimento também à Universidade de Coimbra e ao Prof. Pedro Callapez pela revisão científica.

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UMA BREVE HISTÓRIA DE QUASE TUDO

Carolina Galhano, Rita Lourenço, Gabriela Moleiro, Joana Pinho

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Escola Secundária c/ 3º ciclo do Entroncamento

Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento 12.º Ano, Turma C CT Geologia

Palavras-chave: Eons; Eras; Terra. A Terra gira à volta do Sol há aproximadamente 4600 milhões de anos, e não teve sempre o mesmo aspeto que hoje apresenta. No decurso da sua longa história, a Terra sofreu grandes modificações que permitiram distinguir diferentes etapas da sua história e construir assim escalas de tempo geológico. As etapas mais abrangentes denominam-se Éons e cada Éon está dividido em unidades de tempo menores, as Eras, que se dividem em Períodos. Por exemplo o Éon Fanerozoico compreende as eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. O intervalo de tempo anterior a estas eras denomina-se Pré-Câmbrico, durante o qual se deu a formação da Terra. Divide-se em dois éons: o Arcaico sobre o qual pouco se sabe e o Proterozoico que se caracteriza pelo aparecimento da vida. A Era Paleozoica começou há aproximadamente 541 milhões de anos com o aparecimento das trilobites. Nesta Era ocorreram glaciações e após estas surgiram os primeiros peixes e os primeiros animais terrestres. O seu final foi marcado pela maior extinção em massa de seres aquáticos e terrestres, no Período Pérmico, há 252 Ma. Iniciou-se assim a Era Mesozoica. É a Era das amonites e dos dinossauros. Deu-se o aparecimento dos primeiros mamíferos e aves, a fragmentação da Pangeia e a extinção da maior parte dos dinossauros no seu final, no Período Cretácico (66 Ma). Finalmente inicia-se a Era Cenozoica, que se estende até aos nossos dias, sendo caracterizada principalmente pelos avanços na formação dos atuais continentes e pelo aparecimento dos primeiros hominídeos. Agradecemos à nossa professora de Geologia, professora Marta Azevedo, que possibilitou a participação e concretização deste projeto. Um especial agradecimento também à Universidade de Coimbra por nos receber para a apresentação dos trabalhos.

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IDADE DO GELO VESTÍGIOS GLACIARES NO GERÊS

Margarida Gonçalves, Raquel Morais, Beatriz Rodrigues, Inês Rodrigues

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

Escola Secundária c/ 3º ciclo do Entroncamento Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento

12.º Ano, Turma C/D Geologia

Palavras-chave: Geoformas glaciárias; Gerês; Glaciações. A existência de vestígios de glaciações na área do Parque Nacional Penêda-Gerês tem sido, desde há muito tempo, motivo de controvérsia científica em Portugal. No entanto, estudos recentes demostram que, apesar dos indícios de glaciação não serem muito numerosos nem muito evidentes, existiram de facto glaciares nesta região, durante o Plistocénico, quando o clima foi periodicamente mais frio que o atual. A descoberta dos circos glaciários de Cocões de Concelinho e o da cabeceira da Ribeira das Negras permitiu confirmar a existência de glaciação no Gerês, uma vez que a primeira é uma das formas glaciárias mais típicas (Pereira, 2010; Ferreira et al., 2000). Outros dos indícios que melhor nos levam a crer que houve glaciação é a existência de vales com perfil em U, moreias, superfícies de granito polidas, estriadas e com sulcos e depósitos glaciários, encontrados no Alto Vale do Vez e na zona de Cocões de Concelinho, mais precisamente na Lagoa do Marinho, onde se verifica uma depressão. No entanto, nalguns locais da serra, esses vestígios não são tão evidentes e apenas a descoberta de afloramentos de till subglaciário no vale da Ribeira da Biduiça e na vertente ocidental dos Cornos de Candela e Alto de Bezerral permitiu identificar outras moreias e definir os cerca de 150 metros de espessura que os gelos atingiram. Apesar dos indícios serem poucos e pouco evidentes, sabe-se que de facto existiu uma glaciação na serra do Gerês, provocada por importantes variações climáticas à escala global (Ferreira et al., 1992; PNPG, s/d., a e b). Agradecimentos: Queríamos agradecer à professora de Geologia, Marta Azevedo, pelo apoio e por nos ter dado a possibilidade de participar neste projeto e ao Prof. Doutor Pedro Dinis pela revisão científica. Referências: Ferreira, A. B., Romani, J. R., Vilaplana, J. M., Rodrigues, M. L.; Zêzere, J. L., Monge, C.

(1992). Formas e depósitos glaciários e periglaciários da Serra do Geres-Xurés (Portugal; Galiza). Levantamento cartográfico. Cuaderno Lab. Xeolóxico de Laxe, 17, 121-135. Acedido em http://ruc.udc.es/bitstream/2183/6132/1/CA-17-11.pdf [07/01/2015].

Ferreira, A. B., Romaní, J. R., Zêzere, J. L., & Rodrigues, M. L. (2000). A glaciação

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Plistocénica da Serra do Gerês. Finisterra, XXXV, 69, 39-68. Acedido em http://www.ceg.ul.pt/finisterra/numeros/2000-69/69_03.pdf [05/01/2015].

Pereira, P. (2010). Vestígios glaciários no Parque Nacional da Peneda-Gerês. 30º Curso de actualização de professores de geociências (2ª edição) (pp. 167-176). Braga: Departamento de Ciências da Terra/Universidade do Minho, APG – Associação Portuguesa de Geólogos. Acedido em http://www.dct.uminho.pt/livro_curso_apg.pdf [05/01/2015].

PNPG (s/d., a). Aspectos Geológicos e Geomorfológicos do PNPG. Parque Natural Peneda-Gerês. Acedido em http://www.dct.uminho.pt/pnpg/enq_geol.html [13/01/2015].

PNPG (s/d., b). As glaciações no PNPG. Parque Natural Peneda-Gerês. Acedido em http://www.dct.uminho.pt/pnpg/geol/glaciares.html [13/01/2015].

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A POUCO E POUCO… COM A PENÍNSULA IBÉRICA

Ana Baeta, Daniela Costa, Marisa Geraldes, Ana Marques

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

Escola Secundária c/ 3º Ciclo do Entroncamento R. Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento

12.º Ano, Turma D CT

Palavras-chave: Eras Geológicas; Evolução Geomorfológica; Península Ibérica. Ao longo dos tempos, decorreram inúmeros fenómenos geológicos que afetaram a morfologia dos continentes. A Península Ibérica sofreu também o efeito destes fenómenos. Durante o Paleozoico, a sua morfologia alterou-se essencialmente devido aos movimentos tectónicos, que deram origem à formação de diversos planaltos e montanhas. Por outro lado, no Mesozoico, sofreu apenas os efeitos da erosão, da sedimentação e de algumas regressões e transgressões marinhas. No Cenozóico, até ao Pliocénico, formaram-se depressões alpinas, de Ebro e de Gualquivir. Ocorreu também o último fenómeno orogénico que afetou o continente europeu. Posteriormente, o Quaternário, que se estende até à atualidade, foi marcado essencialmente por fenómenos de erosão, originada pelas alterações climáticas. Podemos assim concluir que a evolução geomorfológica da Península Ibérica pode ser dividida em quatro fases distintas que correspondem, genericamente, com a designação numérica que no passado foi aplicada a eras geológicas (Primário, Secundário, Terciário e Quaternário). Sendo que a segunda e a quarta, foram geologicamente mais calmas, sendo marcadas essencialmente pela erosão, ao contrário das Primária e Terciária em que houve importante atividade tectónica, provocando maiores alterações na morfologia da Península. Agradecimentos: Queríamos agradecer à professora de Geologia, Marta Azevedo, pelo apoio e sugestões feitas, ao Dr. Pedro Cunha por nos ter disponibilizado informações relacionadas com o tema do trabalho e ao Prof. Doutor Pedro Dinis pela revisão científica.

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A IDADE DO GELO

VALE GLACIAR DO ZÊZERE

Tomás Cruz, Diogo Pratas, Pedro Tavares

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Escola Secundária c/ 3º ciclo do Entroncamento

Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento 12.º Ano, Turma C e D, Geologia

Palavras-chave: Glaciação; Vale do Zêzere; Vale em U. O Vale glaciar do Zêzere em forma de “U” é um dos maiores da Europa com uma extensão de 13 km em pleno parque natural da Serra da Estrela. É uma maravilha da natureza que mostra bem os vestígios da glaciação há milhares de anos e, integrado neste vale, está o covão d’Ametade, antiga lagoa glaciar. Este vale encontra-se instalado numa importante falha e profunda garganta de direção NE-SW, um dos melhores exemplos da modelação da paisagem pelos glaciares. Os glaciares da Serra da Estrela deixaram diversos depósitos sedimentares que caracterizam a paisagem do maciço e tornam inequívoca a existência da própria glaciação. O estudo deste vale glaciar é importante pois dá-nos informação sobre vales glaciares no geral e como a Terra é formada e “moldada” por estes maciços o que contribui para o conhecimento da Natureza. Agradecimentos: Queríamos agradecer à professora de Geologia, Marta Azevedo, pelo apoio e sugestões feitas, e também ao Prof. Doutor Pedro Dinis pela revisão científica.

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IDADE DO GELO

Inês Costa, Luana Duarte, Mafalda Pinto, Andreia Reis

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento Escola Secundária c/ 3º ciclo do Entroncamento

Rua Dr. Carlos Ayala Vieira da Rocha, 2330-105 Entroncamento 12º Ano, Turma C CT

Palavras-chave: Glaciação. A “Idade do Gelo” ou glaciação é um período em que a temperatura da Terra sofre uma drástica descida, acabando por resultar um clima de frio intenso. Estes períodos de glaciação ocorreram em ciclos variáveis alguns com aproximadamente 300 mil anos, causando o crescimento das calotes polares e uma brusca alteração nas formas de vida do planeta e do relevo. Segundo vários cientistas a origem das glaciações está relacionada com a variação de parâmetros orbitais da Terra relativamente ao Sol e à sua consequente alteração na energia solar recebida. Quando se inicia a glaciação, verificam-se períodos de avanço (arrefecimento climático) e de recuo dos gelos (aquecimento climático), esta poderá alterar o nível do mar, devido à congelação da água e a sua posterior descongelação fazendo com que o nível desta suba acabando por “invadir” os continentes. O frio extremo também não é benéfico para os seres vivos podendo mesmo levar à extinção de espécies, alterando assim o ecossistema mundial. Agradecemos desde já à professora de Geologia, Marta Azevedo, pelo apoio e sugestões feitas e ao Prof. Doutor Pedro Dinis pela revisão feita.

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GRUTAS DE MIRA DE AIRE

Ricardo Francisco, Filipa Lourenço, Mariana Ribeiro

Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus Rua Paulo VI, 2414-015 Leiria

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Calcário; Geologia; Grutas; Grutas de Mira de Aire. A ideia para este trabalho veio do facto dos elementos deste grupo já terem visitado as grutas de Mira de Aire e outras grutas desta região e também da nossa curiosidade acerca do tema. Neste trabalho pretendemos caracterizar grutas, em especial as de Mira de Aire que se situam em Portugal e já foram consideradas uma das sete maravilhas naturais de Portugal. Para tal, efetuámos uma pesquisa bibliográfica na internet e utilizámos também como fonte de material os folhetos que delas possuíamos. Uma gruta é uma cavidade subterrânea de origem natural com dimensões suficientes para uma pessoa lá entrar e pode ter as mais variadas dimensões. Desenvolvem-se quer verticalmente quer horizontalmente e podem ser simples ou bastante complexas. Quanto mais complexa for a gruta, maior é a quantidade de salas, galerias, túneis e condutas, todos interligados. Podem formam-se em vários tipos de rocha, embora por processos diferentes. Ocorrem mais frequentemente em calcários e é porventura nestas rochas, que se formam as mais belas grutas, na medida em que exibem cores e formas muito mais variadas que em quaisquer outras. As grutas podem ser classificadas em primárias e secundárias. As primárias são aquelas que se formam contemporaneamente à rocha e as secundárias, após a sua formação. As grutas de Mira de Aire foram descobertas a 27 de julho de 1947, mas só em setembro de 1953 foi possível conhecer todo o percurso que hoje em dia podemos visualizar. Têm uma extensão total de cerca de 11500 m e só podemos visitar cerca de 600 m.

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VULCANISMO

Lia Capão, Luísa Ferreira, Ana Martinho, Bruna Veloso

Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus Rua Paulo VI, 2414-015 Leiria

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Hot Spot; Placas Tectónicas; Vulcão; Vulcanologia. Um vulcão é uma estrutura geológica originada quando o magma, gases e partículas quentes saem para a superfície. Estes lançam para a atmosfera poeiras, gases e aerossóis, prejudicando o clima. As erupções podem resultar numa grande catástrofe natural, causando um grande distúrbio às pessoas que perto habitam. Assim como muitos outros fenómenos/ desastres naturais, as erupções são imprevisíveis. Na Terra, os vulcões tem tendência a formar-se perto das margens de placas tectónicas, existindo exceções quando os vulcões são formados em zonas quentes: hot spots, locais onde o manto superior atinge temperaturas elevadas. Uma placa tectónica é uma porção da litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. A Terra tem sete placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, as placas tectónicas são criadas nos riftes, e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas. São reconhecidas cinquenta e duas placas tectónicas. O tempo de vida de um vulcão pode ir de apenas alguns meses até milhões de anos e, por isso, ainda não há algum tipo de consenso acerca do tempo de vida dos vulcões. A vulcanologia é o estudo da origem dos edifícios vulcânicos presentes e passados. Um dos principais objetivos aplicados da vulcanologia é a previsão das erupções e dos seus efeitos, para preparação de planos de emergência e, sempre que possível, aviso das populações da possibilidade de erupções. Sabe-se que nos últimos 2 milhões de anos cerca de 10 000 vulcões entraram em atividade

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VULCÕES: RISCOS E BENEFÍCIOS

Marta Francisco, Diana Gaspar, Sara Guerra, Maria Oliveira, Ana Simões

Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus Rua Paulo VI, 2414-015 Leiria

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Pneumoultramicroscopicosilicovulcanoconiose; Vulcões. Os vulcões são estruturas geológicas montanhosas, geralmente com forma cónica, do topo das quais flui lava e são projetados na atmosfera cinzas, poeiras, gases e aerossóis causando poluição natural. Na Terra, a maioria dos vulcões forma-se junto das margens ativas das placas tectónicas. A atividade vulcânica é um perigo iminente para o ser humano, sobretudo para os que habitam em locais próximos dos vulcões, e pode resultar num grave desastre natural. Assim como outros desastres, as erupções vulcânicas causam danos indiscriminados, tanto materiais como humanos. Entre outros prejuízos, tendem a desvalorizar os imóveis localizados nas suas vizinhanças, prejudicar o turismo e consumir a renda pública e privada em reconstruções. A saúde humana pode também ser afetada pela atividade vulcânica. Uma das consequências de inspirarmos as poeiras vulcânicas é a possibilidade de se contrair Pneumoultramicroscopicosilicovulcanoconiose, uma doença pulmonar. Estes doentes, vítimas de graves problemas respiratórios, são facilmente alvo de paragens cardiorrespiratórias. Por outro lado, os vulcões não trazem consigo apenas o poder destrutivo, mas trazem também um benefício à região envolvente. As paisagens Os solos derivados de atividade vulcânica são extremamente férteis, por causa dos seus nutrientes minerais, por exemplo. A água do mar que circula em fissuras do sistema vulcânico nas dorsais oceânicas é considerada um dos principais fatores que ajudam na manutenção do balanço químico dos oceanos devido à formação de minerais. Na vertente económica, é de referir a importância da energia geotérmica. Podemos citar o exemplo da Islândia, onde o aquecimento das habitações é feito por água quente a partir de fontes quentes derivadas do sistema vulcânico local. A água aquecida em contacto com rochas vulcânicas quentes abaixo da superfície, gera o vapor geotérmico, que está a ser explorado nos Açores, Itália, Nova Zelândia e Estados Unidos, entre outros países, como fonte de energia para produção de eletricidade.

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A IMPORTÂNCIA CIENTÍFICA DA MINA DA GUIMAROTA (LEIRIA)

João Domingos, Leandro Duarte, António Martins, Tiago Neves

Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus

Rua Paulo VI, 2414-015 Leiria 7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Guimarota; Jurássico Superior; Leiria; Mina de carvão; Paleontologia. O objetivo do nosso trabalho é dar a conhecer a existência da mina de carvão da Guimarota, localizada dentro do perímetro urbano da cidade de Leiria, uma das antigas explorações portuguesas de lignitos jurássicos. Há pouco tempo esta jazida foi bastante falada por causa do crocodilomorfo Machimosaurus hugii, que teve um artigo recentemente publicado sobre o assunto [2], bem como de muitos outros fósseis existentes no mesmo local [1,3]. Este trabalho fixa-se na área da Paleontologia e implicou ainda uma visita à mina da Guimarota, com técnicos da Câmara Municipal de Leiria e os geólogos Fernando e Adelaide Martins (com recolha de amostras e fotos). Procedemos ainda à leitura de livros sobre a mesma e fizemos pesquisa online [1,2]. Há 150 milhões de anos, no Jurássico Superior, os sedimentos que se formaram na Guimarota, evidenciam ter existido um pântano costeiro como ambiente deposicional, onde entraria pontualmente água salgada. Esta área seria evitada pelos dinossauros de grandes dimensões, devido ao substrato lamacento, o que permitiu a sobrevivência de pequenos mamíferos parecidos com toupeiras e ratos. Neste local veio a constituir-se a Mina de Guimarota, cuja lavra aproveitou os estratos lignitíferos lagunares. Em 1959, o Prof. W. G. Kuhne, da Frie Universität de Berlim, especialista em mamíferos primitivos, interessou-se por uma pequena mina de carvão (lignito) abandonada, na Guimarota, nas proximidades de Leiria [1]. Depois do fecho da mina de lenhite da Guimarota, no início dos anos sessenta e de 1973 até 1982, foram extraídos por paleontólogos alemães, da Universidade Livre de Berlim, milhares de fósseis que permitiram a reconstrução do paleoambiente e também estudar o conteúdo fossilífero, que inclui restos de plantas, lamelibrânquios, gastrópodes, peixes, répteis, dinossauros, pterossauros, aves (próximas de Archaeopterix) e mamíferos primitivos. Dada a importância dos achados paleontológicos, com valor científico e cultural únicos mesmo a nível mundial, e valor educacional e económico para a região, é importante que a mina seja musealizada, de modo a ser protegida de agressões ambientais e antrópicas, como as de que tem sido alvo nos últimos anos, bem como constituir um polo de divulgação científica à escala regional e nacional, permitindo que esta não colapse e leve a problemas de subsidência dentro da cidade de Leiria.

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Agradecimentos: Para terminar gostaríamos de agradecer ao Sr. Professor Fernando Martins, pelo apoio e ajuda na realização deste trabalho. Referências [1] Galopim de Carvalho, A. M. (2003). Mina da Guimarota (Leiria). Site da Revista Triplov

de Artes, Religiões e Ciências. Disponível em http://www.triplov.com/galopim/guimarot.html (24/01/2015).

[2] Rauhut, O. W. M., & Fechner, R. (2005). Early development of the facial region in a non-avian theropod dinosaur. Disponível em http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/royprsb/272/1568/1179.full.pdf (24/01/2015).

[3] Martin, T., & Krebs, B. (2000). Guimarota – a Jurassic Ecosystem. München: Verlag Dr. Friedrich Pfeil.

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OLHO DA MARI’PAULA - UM PARAÍSO DESTRUÍDO

Beatriz Mateus, Débora Mira, Beatriz Rodrigues

Agrupamento de Escolas de Alcanena Avenida Marquês de Pombal, 2380-015 Alcanena

11º Ano, Turma A

Palavras-chave: Algares; Nascente; Olho da Mari’Paula.

É bom conviver com os nossos amigos e desfrutar de bons momentos, cheios de alegria, sorrisos e amor. Ainda seria melhor se fosse possível passar esses momentos em sítios visualmente bonitos. O Olho da Mari’Paula, situado em Vila Moreira, é uma nascente temporária que pode debitar um caudal muito elevado em períodos de elevada precipitação. Uma nascente é um local da superfície topográfica onde emerge, naturalmente, uma quantidade significativa de água subterrânea. Este local representa descargas naturais dos aquíferos que alimentam normalmente os cursos de água. Por fazer parte do Maciço Calcário Estremenho, a nascente de Vila Moreira apresenta um carácter cársico. Esta nascente recebe uma contribuição proveniente do Polje de Mira-Minde, um abatimento calcário natural muito carsificado. Um polje é uma depressão de origem cársica, fechada, de grandes-dimensões, contornos irregulares, vertentes inclinadas e fundo plano. Neste caso é percorrido por um curso de água, temporariamente superficial, que desaparece num sumidouro. Um sumidouro é uma abertura natural numa região calcária, que comunica com o sistema de drenagem subterrânea, originada pela dissolução da rocha. Quando ocorre precipitação em abundância os algares, cavidades naturais, verticais, abertas desde a superfície, enchem, e ao encherem irão ter que ter alguns pontos de saída, sendo um deles o Olho da Mari’Paula. O Olho da Mari’Paula, junto com o Polje de Mira-Minde e as outras nascentes associadas a este, foram classificados em Dezembro de 2005 como sítio Ramsar, ou seja, constituem um importante património internacional como zona húmida temporária e ecossistema para inúmeras espécies dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce em Portugal. Antigamente esta nascente era um local onde as pessoas podiam desfrutar de bons momentos, até ser destruída, por volta de 2000, pela Direção Nacional da Sociedade Portuguesa da Espeleologia. Agora no lugar de uma bonita nascente temos um monte de pedras sem beleza alguma. Esperemos um dia voltar a ter o nosso pequeno paraíso de volta.

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GRUTAS DE MIRA DE AIRE, UMA DAS SETE MARAVILHAS DE PORTUGAL

Alexandre Nascimento, Ana Mendes, Jessica Constantino

Agrupamento de Escolas de Alcanena Avenida Marquês de Pombal, 2380-015 Alcanena

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Água; Calcário; Calcite; Grutas.

Desde sempre o Homem se sentiu atraído por grutas (cavernas), que despertaram a sua curiosidade e atenção. Mas somente a partir do século XIX é que se inicia o estudo mais pormenorizado, da formação, evolução e possíveis colapsos de cavernas. O objetivo deste trabalho consiste no estudo das características das grutas de Mira de Aire, cujas dimensões são consideradas como das mais elevadas no território português (GMA, sd). As grutas localizam-se no Maciço Calcário Estremenho, onde predominam as rochas calcárias, estas correspondem a rochas sedimentares, sendo constituídas essencialmente por calcite (carbonato de cálcio). As grutas de Mira de Aire situam-se mais precisamente na parte central do Maciço, na vila de Mira de Aire. Estas grutas possuem uma extensão total de 11 500 m, possuindo 230 m de profundidade e uma temperatura interna estável de aproximadamente 17 °C, e apresentam diferentes estruturas de deposição carbonatada conhecidas como “alforreca”, “cascata”, “ossos”, evidenciando igualmente acumulações de água. O principal agente responsável pela formação destas grutas é a água das chuvas, esta vai permitir dissolver o dióxido de carbono existente na atmosfera, formando um ácido fraco (H2CO3) (Infoescola, 2015). Por sua vez nas formações calcárias, este ácido vai dissolver a calcite, resultando deste processo o bicarbonato de cálcio [Ca(HCO3)2]. Uma vez presente nas cavidades, o bicarbonato de cálcio decompõe-se, dando origem a água, dióxido de carbono e calcite. O escorrimento da água saturada em calcite pode originar formações de vértice para baixo (estalactite), ou então pode simplesmente atingir a parte inferior da gruta, originando por sua vez formações de baixo para cima (estalagmite), a velocidade de crescimento é de cerca de 1 cm a 2 cm em cada 100 anos. Conclui-se a partir deste trabalho, que as grutas correspondem a locais de grande interesse geológico e de potencial turístico.

Referências: GMA (sd). Enquadramento Geológico e Geomorfológico. Grutas de Mira de Aire. Acedido

em http://www.grutasmiradaire.com/?link=22&op=detalhe (15/02/2015). Infoescola (2015). Carbonação. Infoescola, Acedido em

http://www.infoescola.com/reacoes-quimicas/carbonacao/ (15/02/2015).

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PARQUE NATURAL DA SERRA DE AIRE E CANDEEIROS A UM PASSO DA MUDANÇA

Joana Coelho, Joana Martinho, João Lourenço

Agrupamento de Escolas de Alcanena

Avenida Marquês de Pombal 2384-909 Alcanena 11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Ambiente; Ecologia; Paleontologia; Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.

O passado da Terra sempre despertou a curiosidade do Homem. Há cerca de 175 milhões de anos atrás, no decorrer do Jurássico Médio, habitaram dinossauros no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC), cujos vestígios, as suas pegadas, foram até hoje preservadas, constituindo um importante objeto de estudo na área da Paleontologia. O PNSAC abrange territórios pertencentes aos concelhos de Alcobaça, Porto de Mós, Alcanena, Rio Maior, Santarém, Torres Novas e Ourém. A maior parte da área do PNSAC enquadra-se num maciço calcário, predominando os calcários do Dogger (Jurássico Médio) (ICNF, sd). Este Parque apresenta dezoito espécies animais distintas, verificando-se o estabelecimento de um relação própria entre a fauna e as características próprias dos calcários. Apesar da ausência de cursos de água superficiais regista-se uma importante circulação de águas subterrâneas; estas estão relacionadas com a formação de estalactites e estalagmites, como se pode observar nas Grutas de Mira D’Aire. A nascente mais conhecida na área do PNSAC corresponde à dos Olhos de Água do Alviela, que constitui umas das nascentes de maior importância a nível nacional (Centro Ciência do Alviela, 2015). A exploração dos recursos geológicos através de pedreiras tem provocado alguns problemas ambientais designadamente na qualidade do ar e em termos paisagísticos, podendo registar-se a destruição de habitats naturais e um menor desenvolvimento da flora. A ocorrência de fogos florestais nos últimos anos tem levado a um desenvolvimento ecológico menos favorável. O cumprimento da legislação ambiental por parte das explorações dos recursos geológicos e a intervenção de órgãos sociais, como o Centro de Ciência Viva do Alviela (CARSOSCÓPIO), são necessários para a manutenção e valorização das características ambientais do PNASC.

Referências: ICNF (sd). Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Instituto da Conservação da

Natureza e das Florestas. Acedido em http://www.icnf.pt/portal/ap/p- pnsac/geo nat/ (15/02/2015).

Centro Ciência do Alviela (2015). Nascente do Alviela. Centro Ciência do Alviela (CARSOSCÓPIO). Acedido em http://www.alviela.cienciaviva.pt/centro/nascente/index.asp (14/02/2015).

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PEDREIRA DO GALINHA: DE QUE MODO É QUE PODEMOS PRESERVAR AS PEGADAS PARA PERMITIR A

IDENTIFICAÇÃO DOS DINOSSAUROS?

José Correia; Bárbara Paz; Afonso Sousa

Agrupamento de Escolas de Alcanena Avenida Marquês de Pombal, 2384-909, Alcanena

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Dinossauros; Erosão; Pedreira do Galinha; Pegadas. As pegadas de dinossauros e os trilhos por elas formados constituem uma grande prova da existência deste grupo de vertebrados e foi a partir do seu estudo que os paleontólogos conseguiram compreender melhor aspetos paleoecológicos destes antigos organismos e dos paleoambientes em que habitaram, no decurso da Era Mesozoica. Com efeito. a análise da constituição mineralógica e sedimentológica da rocha onde se encontra o vestígio da pegada permite inferir sobre o ambiente deposicional com ele relacionado, quer seja terrestre ou marinho de transição. Para que se possa retirar moldes de pegadas é preciso que estas estejam em ótimo estado de preservação. Para perceber como se preservam as pegadas dos dinossauros temos de entender, primeiro como se formam. Uma pegada forma-se, neste caso, quando os dinossauros se deslocavam sobre lama ou outra superfície de características semelhantes. Com o tempo, essas pegadas encheram-se de areia ou de pequenas pedras formando, assim, a partir do molde, a pegada. Sabendo que na região da Pedreira do Galinha ocorrem predominantemente rochas calcárias devem ser usados produtos que permitam a utilização deste material. Outra das maneiras de adquirir informação detalhada ao longo do tempo é fazer moldes de gesso (o denominado gesso de paris é dos mais requisitados), tirar fotografias detalhadas das pegadas no terreno com uma régua a servir de escala, de modo a averiguar a distância entre as pegadas. Depois de catalogada toda esta informação e armazenada mesmo na eventualidade de acontecer a perda das pegadas originais será possível reconstituir todo o cenário. Para catalogar os moldes e as fotografias será necessário atribuir um número específico a cada molde segundo a sua espécie e o local onde foi encontrado. Os responsáveis pelo monumento nas redondezas de Torres Novas contactaram a Universidade de Oviedo, em Espanha, com o objetivo de encontrar uma solução para proteger as pegadas da erosão. Um dos métodos é revestir os trilhos dos dinossáurios, descobertos em julho de 1994, para que estes fiquem revestidos por uma pelicula aderente neutra de modo a não prejudicar as pegadas.

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RIO ALVIELA – ESTRATÉGIA PARA UM FUTURO MELHOR

Sara Bonifácio, Maria Malaca, João Morgado, Vladyslava Pysanko

Agrupamento de Escolas de Alcanena

Avenida Marquês de Pombal, 2384 – 909 Alcanena 11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: ETAR; Geologia; Processo Biológico; Rio Alviela. A nascente do Rio Alviela está situada na região centro de Portugal e desde 1880 até bem próximo da atualidade foi uma das principais fontes de abastecimento de água à cidade de Lisboa. Contudo, e apesar de a situação já ter sido bem pior, o rio Alviela encontra-se poluído devido às descargas poluentes efetuadas pela ETAR. Este trabalho pretende explicar a solução, por nós encontrada, para travar este problema. Assim, a solução que encontrámos foi substituir o processo químico de tratamento das lamas (sobras de processamento da indústria do couro, que fazem parte das descargas da ETAR), por um processo biológico, menos poluente e menos agressivo para a saúde humana. No final do séc. XX, início do séc. XXI a ETAR usou um processo físico-químico onde eram utilizados produtos químicos para remover os metais das lamas. Com o processo biológico não seriam usados produtos químicos poluentes, que seriam substituídos por outros produtos não poluentes. Esta nova tecnologia já foi experienciada noutros países, como por exemplo Itália. Por fim, todo este processo iria permitir uma maior estabilidade das lamas as quais libertariam menos odores para a atmosfera, melhoraria a qualidade da água do rio e permitiria que a água se tornasse mais transparente. Agradecimentos: Os nossos profundos e sinceros agradecimentos ao nosso professor de Biologia e Geologia José Fradique que nos propôs a participação no X Congresso dos Jovens Geocientistas. Ainda o nosso agradecimento aos nossos pais pelo apoio. Ainda um grande obrigado a todos aqueles que de uma maneira ou de outra colaboraram na realização deste trabalho, nomeadamente o CTIC.

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SÍTIO RAMSAR 1616

Samuel Branco, Rúben Nunes, Raúl Oliveira

Agrupamento de Escolas de Alcanena Avenida Marquês de Pombal 2384-909 Alcanena

11.º Ano, Turma A Palavras-chave: Biodiversidade; Horst; Polje; Zona húmida. A convenção Ramsar, assinada em 2 de fevereiro de 1971 na cidade iraniana de Ramsar, pressupõe a conservação e o uso consciente de todas as zonas húmidas, por meio de ações locais e nacionais e da cooperação internacional, como uma contribuição para alcançar o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Os sítios Ramsar são todas as zonas húmidas envolvidas por esta convenção. Atualmente, os países membros desta convenção são 186, existindo 2208 sítios Ramsar, tendo 2186 já sido considerados zonas húmidas internacionais. O Polje de Mira-Minde, que incluiu as nascentes associadas (Almonda, Alviela e olho da “Mari-Paula”), é uma zona húmida interior de água doce e temporária que foi considerada como o sítio Ramsar 1616 no dia 2 de dezembro de 2005. O Polje está situado numa zona designada geologicamente como Horst, um local no qual existem 2 planos de falhas e um desnivelamento dos estratos, havendo a subida dos estratos de São Mamede e da Serra de Santo António em relação ao que contem o Polje de Mira-Minde. As águas do Polje surgem devido a uma cota superior à suportada pelo maciço. Quando essa cota é ultrapassada, as águas surgem no Polje saindo de quatro nascentes localizadas no estrato de São Mamede. As nascentes associadas ao Polje são o Almonda, onde encontramos a maior rede cársica conhecida a nível nacional, o Alviela, uma das mais importantes nascentes nacionais e ainda o Olho da Mari-Paula. O sítio Ramsar 1616 proporciona alguns recursos importantes como o armazenamento e a filtração natural de água doce, madeira, caule e folhas para a tecelagem e ainda plantas medicinais. Além disso, serve de abrigo a cerca de 200 espécies de animais e 200 espécies de plantas. A utilização das zonas húmidas para a agricultura, criação de gado, barragens e outros fins deve ser evitada, recomendando-se a sua conservação devido à importância que estas zonas têm na Natureza.

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PEGADAS DE DINOSSAURIOS SERÁ QUE EXISTIAM MESMO DINOSSAUROS NA SERRA DE

AIRE E CANDEEIROS?

Susana Martins, Andreia Pereira, Mariana Rito

Agrupamento de Escolas de Alcanena Avenida Marquês de Pombal 2384-909 Alcanena

11º Ano, Turma A

Palavras-chave: Dinossauros; Pegadas; Serra de Aire e Candeeiros. No final do século XX, numa visita de Arqueólogos a uma pedreira situada na localidade de Bairro, na Serra de Aire e Candeeiros, descobriu-se, por acaso, a existência de um importante conjunto de trilhos fósseis, em rochas calcárias do Período Jurássico. Esse Monumento Natural constitui, as atualmente conhecidas pegadas de dinossáurios da Serra de Aire e Candeeiros. O conjunto inclui-se, atualmente, no grupo dos Geomonumentos, por ser de grande importância para o estudo e conhecimento dos antepassados da vida animal. As pegadas de dinossauros são uma possível confirmação de que realmente estes vertebrados existiram, não só um pouco por todo o Mundo, mas também nas zonas que atualmente são habitadas por nós. Estas pegadas são maioritariamente de Saurópodes [1]. Estes animais apresentavam uma grande envergadura em termos da altura do seu pescoço, o que lhes permitia alcançarem mais facilmente a copa das árvores, conseguindo assim alimentar-se. Só conseguiram sobreviver neste espaço durante anos devido, maioritariamente, ao tipo de clima existente nesta zona. Este era um clima tropical, quente e húmido, permitindo a existência de densas florestas [2]. Os dinossauros Saurópodes, devido ao seu elevado peso, ao passarem por lagunas marinhas de baixa profundidade, acabaram por deixar as suas pegadas em camadas finas de lama calcária ali existente. Com o passar dos tempos, essa lama acabou por secar e por ficar soterrada debaixo de outras camadas de sedimentos, possibilitando assim, que cerca de 168 milhões de anos depois, fosse possível a descoberta deste tesouro paleontológico [1]. Este espaço, também conhecido como Pedreira do Galinha, engloba cerca de 20 trilhos de pegadas, tendo os dois maiores trilhos, cerca de 147 e 142 metros, respetivamente [1]. A passagem destes seres pelo espaço onde hoje se erguem as nossas serras pôde ser registada devido ao paleoambiente deposicional marinho marginal que eles frequentavam ter permitido, durante algum tempo, o depósito de sucessivas camadas de sedimentos sob ação do refluxo de marés, preservando-se assim os registos fósseis recém-formados [3]. Não há dúvida de que estas sejam mesmo pegadas de dinossáurios Saurópodes, pois estão bem nítidas e apresentam rebordos salientes que são uma prova do peso destes animais [4]. Deste modo, torna-se evidente de que o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros têm de facto

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incluído ao seu território uma grande prova geológica importantíssima que comprova nitidamente a passagem dos dinossauros pelo nosso mundo. Referências: [1] Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire (2002). Conheça o

monumento. Acedido em http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_conmon.htm

[2] Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire (2002). Viagem no tempo (Pedreira Galinha Passado/Presente). Acedido em http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_viatem_01.htm

[3] Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire (2002). Viagem no tempo (Pegadas Fósseis). Acedido em http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_viatem_03.htm

[4] Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire (2002). Viagem no tempo (Painel Pedreira do Galinha Monumento Natural). Acedido em http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_viatem_04.htm

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GRUTA ALGAR DO PENA

Pedro Mendes, Afonso Montês, Alexandre Santos

Agrupamento de Escolas de Alcanena

Avenida Marquês de Pombal, 2380-015 Alcanena 11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Algar; Geologia; Gruta; Pena. Uma gruta é uma cavidade subterrânea de origem natural com dimensões suficientes para alguém lá entrar e pode ter as mais variadas dimensões, desde métricas a quilométricas. As grutas formam-se em vários tipos de rocha, embora com processos de génese diferentes. Ocorrem mais frequentemente em rochas calcárias e é, porventura, nestas rochas que se formam as mais belas grutas, na medida em que exibem cores e formas muito maiores e mais variadas que em quaisquer outras. A Gruta do Algar do Pena está situada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), na localidade de Vale da Trave, freguesia de Alcanede no concelho e distrito de Santarém, a aproximadamente 15 km de Alcanena. Esta gruta é a maior do país e uma das mais espetaculares da Europa. Foi descoberta em 1983 pelo Sr. Pena, durante uma operação de extração de pedra e é composta por um poço vertical de 35 m (algar) que conduz a uma sala gigantesca de 105 mil m

3. Os calcários puros formaram-se ambiente

marinho sob clima tropical. Ulteriormente, movimentos tectónicos soergueram os calcários e expuseram-nos em ambiente terrestre. Com decurso do tempo, a pluviosidade favoreceu a dissolução dos calcários segundo fendas verticais origina algares e a dissolução subhorizontal dos calcários origina galerias e grutas. No interior do maciço calcário carsificado, a vista expande-se numa vasta paisagem subterrânea com depósitos carbonatados de formas tão variadas quanto invulgares, através da enorme profusão de concreções, estalactites e estalagmites.

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QUANDO O LIXO VALE OURO AVENTURAS E DESVENTURAS DE UM TIJOLO DE LAMA

Cátia Ferreira, Beatriz Santos, Raquel Teixeira

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

Avenida Heróis de Castelo Rodrigo n.º 60 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Argila; Granitos; Lamas de corte; Rochas ornamentais; Tijolos. Com base na situação problema: "Será possível conciliar o desenvolvimento de uma região com a preservação dos recursos geoambientais?", analisada na disciplina de Geologia do 12º ano, decidimos realizar um estudo intitulado: "Será viável incorporar lamas de corte em argilas para fabricar tijolos e telhas?". Através da observação do nosso concelho, concluímos que a rocha mais explorada é o granito. Na exploração de rochas magmáticas do tipo granitoides originam-se detritos entre os quais lamas de corte. Tendo em conta que estes detritos não têm qualquer uso e até chegam a ser prejuízo para as unidades de transformação pensámos que seria interessante viabilizar as lamas de corte, através da sua incorporação em argila, de forma a ser usada na produção de cerâmica de baixa qualidade. Para a realização deste projeto, visitámos uma unidade de transformação de granito, onde recolhemos lamas de corte. Quando nos for possível iremos visitar uma unidade de extração de granito, uma unidade de produção de cerâmica. Já determinámos a porosidade e a permeabilidade das lamas de corte e constatámos que estas propriedades são semelhantes às das argilas pois concluímos que as lamas de corte são muito porosas e impermeáveis. De seguida, pretendemos fabricar tijolos usando lamas de corte misturadas com argilas em diferentes proporções e comparar a sua resistência com as dos tijolos fabricados apenas com argila. O nosso estudo ainda não está concluído mas esperamos obter resultados que nos levem a concluir que a incorporação de lamas de corte na indústria cerâmica de baixa qualidade seja viável tanto economicamente como em termos de qualidade.

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SERÁ VIÁVEL UTILIZAR LAMAS DE CORTE NA IMPERMEABILIZAÇÃO DE TERRENOS DESTINADOS À

CONSTRUÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS?

Rita Arcanjo, Andriy Karasov, André Martins

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

Avenida Heróis de Castelo Rodrigo n.º 60 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Argila; Aterros; Granitos; Lamas de corte; Impermeabilização. Esta investigação surge no âmbito da situação problema: "Será possível conciliar o desenvolvimento de uma região com a preservação dos recursos geoambientais?" analisada na disciplina de Geologia do 12º ano. Considerando que a indústria extrativa de granitos e a transformação de rochas ornamentais constituem o principal setor de exploração de recursos geoambientais do nosso concelho, pareceu-nos oportuno explorar o destino dos resíduos destas indústrias. Desta forma surgiu-nos o seguinte problema: "Será viável utilizar lamas de corte na impermeabilização de terrenos destinados à construção de aterros sanitários?". Na exploração de rochas magmáticas do tipo granitoides originam-se detritos entre os quais lamas de corte. Tendo em conta que estes detritos não têm qualquer uso e até chegam a ser prejuízo para as unidades de transformação pensámos que seria interessante viabilizar as lamas de corte, de forma a serem usadas para a impermeabilização de terrenos destinados à construção de aterros sanitários. Para a realização deste projeto, visitamos uma unidade de transformação de granito, uma unidade de extração de granito e realizamos uma atividade experimental. Para a realização da atividade experimental recolhemos argilas e lamas de corte; determinamos a porosidade das amostras de lamas de corte e verificámos que a eram muito porosas. Testámos também a permeabilidade das amostras de lamas de corte e verificou-se também que as amostras eram impermeáveis. Quanto aos testes de porosidade e permeabilidade das argilas, ainda não foram realizados, não podemos assim comparar já os resultados. Se efetivamente constatarmos que as lamas de corte são tão impermeáveis quantos os materiais argilosos iremos construir um lago, usando como material impermeabilizante as lamas de corte, de seguida enchemo-lo com água e verificámos se existem ou não fugas. A não existirem fugas podemos concluir que as lamas de corte resultantes da transformação de rochas ornamentais do tipo dos granitoides podem ser aproveitadas diminuindo o impacto negativo que a sua acumulação no meio representa.

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BREVE RESENHA HISTÓRICA DO NOSSO AGRUPAMENTO

Alexandre Baleizão, Bruna Martins, Diogo Simões, Diogo Almeida, Pedro Pinto

Agrupamento de Escolas de Pombal, Escola Básica 2,3 Marquês de Pombal Rua Bombeiros Voluntários de Pombal

9.ºAno, Turma B

Palavras-Chave: Agrupamento; História. Atendendo à importância que a escola assume na formação do indivíduo e, uma vez que estudamos no Agrupamento de Escolas de Pombal, surgiu-nos a seguinte questão-problema: Qual a história do nosso Agrupamento de Escolas? Para dar resposta a esta questão, definimos o seguinte objetivo: pesquisar a história do Agrupamento de Escolas de Pombal. Este trabalho foi desenvolvido em espaço extracurricular e seguiu a metodologia de trabalho de projeto. Na elaboração do trabalho foram utilizadas estratégias diversas, como: pesquisa bibliográfica e entrevistas à população. No início dos anos 60, Pombal era uma pequena vila, onde a população se sustentava exclusivamente da agricultura. Existia um colégio particular que ministrava o ensino pós-primário e não existia qualquer tipo de ensino público de mais fácil acesso. Mais tarde, com a publicação do Decreto n.º 41258 de 10/09/1957, foi criada a “Escola Industrial e Comercial de Pombal” conjuntamente com a Escola Técnica de Barcelos, Torres Vedras, Montijo e Loulé. O evento fez sucesso, de tal modo que a imprensa local fez questão de registar, em primeira página, a satisfação da população pombalense (O Eco, 26/09/1957). No ano letivo de 1957/58 foi lançado o primeiro ano escolar. Nesta época dava-se a expansão do ensino técnico, com a criação de várias escolas comerciais e industriais no nosso país. Depois de fundada a escola, realizaram-se exames de admissão que envolviam matérias como redação, ditado, desenho, aritmética e geometria, com o objetivo de eleger os futuros alunos do ciclo preparatório da Escola Técnica de Pombal. Cerca de 50 alunos fizeram a prova, mas apenas 44 foram aprovados (Ferreira et al., 1998). As primeiras instalações da escola funcionaram no Edifício da Obra Social da Companhia de Produtos Resinosos, próximo do Estádio Municipal, funcionando as oficinas no rés-do-chão e nas instalações da Associação Desportiva. Iniciaram-se as aulas do primeiro ano letivo da escola (1957/58), no dia 7 de janeiro de 1958, com 63 alunos do 1.º ano do Ciclo Preparatório, sendo 50 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, distribuídos por duas turmas. Durante o ano, foram efetuadas quatro transferências aumentando o número de alunos. No final do ano letivo, 57 alunos foram aprovados (Ferreira et al., 1998). No ano letivo seguinte, 1958/59, foram criados cursos noturnos nos quais se encontravam inscritos 71 alunos. Com o ritmo de crescimento que a escola registou, no ano letivo de 1960/61, houve necessidade de se criarem novas instalações de modo a que se pudesse albergar um maior número de alunos.

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Assim, com o aumento de alunos e cursos recorreu-se a outras instalações como o 2.º andar dos Armazéns Varela e Filhos, Lda., no edifício da Rua de Leiria, entre o rio Arunca e a linha de caminho-de-ferro. Mais tarde, após o 25 de Abril, a escola registou diversas mudanças a vários níveis, refletindo-se na própria organização escolar. Salienta-se que a Escola Industrial e Comercial de Pombal passou, então, a designar-se Escola Secundária de Pombal. Em agosto de 2009 a escola foi sujeita ao projeto de requalificação, a cargo da Entidade Pública Empresarial tendo as obras ficado concluídas em agosto de 2010. Foi posteriormente inaugurada a 5 de outubro do mesmo ano. Hoje ostenta uma nova imagem, inteiramente renovada, que lhe permitiu melhorar a sua eficácia física e funcional com condições para a prática de um ensino mais moderno e adaptado às novas tecnologias. Em maio de 2013 a Escola Secundária de Pombal passou a ser a sede do “Agrupamento de Escolas de Pombal” agregando todas as escolas pertencentes ao anterior Agrupamento de Escolas de Pombal. Atualmente, o Agrupamento tem cerca de 3045 alunos abrangendo 13 jardins-de-infância, 14 escolas do 1.º ciclo, a Escola Básica 2/3 Marquês de Pombal e a Escola Secundária, perfazendo um total de 141 turmas que se encontram distribuídas de acordo com a seguinte informação:

Nível de ensino Turmas N.º de Alunos

Pré-escolar 21 400

1.º CEB 46 885

2.º CEB 16 347

3.º CEB 19 464

Cursos do Ensino Vocacional – Ensino Básico 3 66

Cursos Científico-Humanísticos 20 534

Cursos do Ensino Profissional 13 268

Cursos do Ensino Vocacional – Ensino Secundário 1 18

Língua Portuguesa para Estrangeiros 1 30 1 30

Educação e Formação de Adultos 1 15

Agradecimentos: Às nossas professoras Isilda Gameiro e Estefânia Pires por todo o apoio, esclarecimentos e acompanhamento prestado. À Professora Doutora Celeste Romualdo Gomes pelas sugestões dadas e à Professora Doutora Ana Castilho pela análise dos materiais e pelas sugestões dadas. À Câmara Municipal e Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Pombal pelo material que nos facultou. Referências: Ferreira, A., Ferreira, C., & Ferreira, M. (1998). Escola Secundária de Pombal, 1958 a

1998. Esboço Histórico. Albergaria dos Doze: Editora Quilate.

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ESTUDO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARUNCA

Juliana Alves, Gabriela Pereira, Eunice Rodrigues, Ana Serra, Vanessa Silva

Agrupamento de Escolas de Pombal, Escola Básica 2,3 Marquês de Pombal Rua dos Bombeiros Voluntários

9.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Bacia hidrográfica; Rio Arunca.

A topografia de uma região, o clima e a força da gravidade são as principais condicionantes do trajeto dos cursos de água. A região em que a água das chuvas contribui para alimentar um rio constitui a bacia hidrográfica e os rios que a ocupam constituem a rede hidrográfica. Portugal apresenta uma área total de cerca de 89.300 km

2 sobre a qual se definiu um conjunto de bacias hidrográficas

associadas aos principais cursos de água. A bacia hidrográfica do rio Arunca tem uma área de aproximadamente 565 km

2 e abrange os concelhos de Pombal,

Soure e Montemor-o-Velho. Dado o contributo que esta bacia hidrográfica tem no contexto dos recursos hídricos regionais surgiram-nos as seguintes questões-problema: Como se carateriza a bacia hidrográfica do rio Arunca? Que problemas ambientais estão associados a esta bacia hidrográfica? Para dar resposta a estas questões, definimos os seguintes objetivos: investigar qual o percurso do rio Arunca, desde a nascente até ao local onde desagua; caraterizar a bacia hidrográfica do rio Arunca e inventariar os principais problemas ambientais que afetam a bacia hidrográfica do rio Arunca. O projeto foi desenvolvido em espaço extracurricular e seguiu a metodologia de trabalho de projeto. Na elaboração do trabalho foram utilizadas estratégias diversas, como: pesquisa bibliográfica e visita de campo a alguns locais do rio Arunca. Com o nosso projeto concluímos que: a) a bacia hidrográfica do rio Arunca é uma sub-bacia pertencente à bacia hidrográfica do rio Mondego; b) a nascente deste rio localiza-se nas vertentes meridionais da Serra de Sicó, junto à povoação Vale das Éguas, na freguesia de Albergaria-dos-Doze, no concelho de Pombal; c) o rio Arunca surge à superfície, em arenitos do Cretácico inferior, a uma cota aproximada de 270 m (Manueppella et al., 1978). O curso deste rio desenvolve-se, sobretudo, de Sul para Norte, atravessando várias freguesias (Albergaria-dos-Doze, Pombal, Soure e Vila Nova de Anços) e desagua na margem esquerda do rio Mondego, em plena região do Baixo Mondego, a 3 km da freguesia de Montemor-o-Velho, percorrendo cerca de 55,76 km, desde a sua nascente até ao local onde desagua. Ao longo do seu curso, o rio Arunca recebe contributos de diversos afluentes, destacando-se no concelho de Pombal: a ribeira de Santiais, o rio do Vergado, o ribeiro da Venda Nova, a ribeira de Valmar, a ribeira do Outeiro de Galegas, o ribeiro da Roussa e o ribeiro dos Vinagres. No concelho de Soure, o rio Anços contribui de forma significativa para o aumento do caudal do rio Arunca A jusante de Soure destaca-se o ribeiro da Milhariça e um vasto conjunto de valas de drenagem dos campos de cultivo

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(Oliveira & Ferreira, 1998). As bacias hidrográficas constituem, de um modo geral, ecossistemas muito complexos e, por vezes, o Homem exerce pressões sobre estes ecossistemas colocando em perigo a sua biodiversidade. A bacia hidrográfica do rio Arunca não é exceção, pois enceta diversos problemas ambientais a referir: o uso excessivo e desregrado de fertilizantes e pesticidas; o lançamento de efluentes domésticos e industriais; o abandono indiscriminado de resíduos sólidos urbanos e industriais e a ocupação das margens para urbanização. Deste modo consideramos que seria pertinente a sensibilização dos cidadãos, por exemplo através de programas de educação ambiental, para a importância de preservar a biodiversidade destes ecossistemas.

Agradecimentos: À nossa professora Estefânia Pires por todo o apoio, esclarecimentos e acompanhamento prestado. À Professora Doutora Ana Castilho pela análise dos materiais e pelas sugestões dadas. Referências: Cunha, L. (1990). As Serras Calcárias de Condeixa-Sicó-Alvaiázere. Estudo de

Geomorfologia.). Col. Geografia Física, nº 1, Coimbra. Coimbra: Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC

Manuppella, G., Zbyzewski, G., & Veiga Ferreira, O. (1978). Carta Geológica de Portugal na escala 1/50000 – Notícia Explicativa da folha 23A - Pombal. Lisboa: Serviços Geológicos de Portugal.

Oliveira, M. A., & Ferreira, L. A. (1998). Rio Arunca - Da Nascente à Foz. Leiria: OIKOS – Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria.

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CIDADE DE POMBAL, TAMBÉM “METE ÁGUA”

Miguel Jardim, Diana Mendes, Patrícia Santos, Alexandre Silva

Agrupamento de Escolas de Pombal, Escola Básica 2,3 Marquês de Pombal Rua dos Bombeiros Voluntários

9.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Cheias; vulnerabilidade; Pombal. As cheias naturais ou induzidas são fenómenos que podem provocar ruturas e impactos significativos nos sistemas sociais e económicos nas áreas por elas afetadas. Pombal já foi afetado inúmeras vezes por cheias, nomeadamente no dia 26 de outubro de 2006. Surgiram-nos assim as seguintes questões problema: Quais as causas da ocorrência de cheias em Pombal?; Quais as zonas de Pombal mais suscetíveis de serem afetadas?; Que medidas poderão ser tomadas para minimizar os danos?. Para dar resposta a estas questões, definiram-se como objetivos: identificar as causas das cheias; investigar os locais de maior risco em Pombal e propor medidas para reduzir as suas consequências. Este estudo foi elaborado em contexto extracurricular, no âmbito da educação não formal. Para desenvolver este trabalho recorremos a pesquisa bibliográfica, leitura e reflexão de textos informativos, leitura e interpretação da Folha n.º 23 A da Carta Geológica de Portugal, na escala 1/50000. Concluímos que as principais causas da ocorrência das cheias na cidade de Pombal são: o aumento da superfície impermeabilizada nas vertentes do maciço calcário da Serra de Sicó, a ocupação urbana e o desvio do leito original das ribeiras que convergem para a cidade e, nomeadamente, para a ribeira Quente. Esta ribeira corresponde ao troço subterrâneo de orientação Leste/Oeste que transporta os caudais do ribeiro do Vale e da ribeira do Outeiro Galegas, sob a Avenida Heróis do Ultramar, até ao rio Arunca; - a exposição das vertentes tem a propriedade de canalizar o escoamento no sentido do perímetro urbano da cidade de Pombal; - o perímetro urbano da cidade de Pombal localiza-se em grande parte no leito maior do rio Arunca, estando o seu núcleo mais antigo totalmente implantado neste vale. Estes fatores associados a fenómenos de precipitação intensa dão origem a cheias e inundações na cidade. Segundo a Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro “…constituem zonas inundáveis ou ameaçadas pelas cheias, as áreas contíguas à margem dos cursos de água ou do mar que se estendam até à linha alcançada pela maior cheia com probabilidade de ocorrência num período de retorno de um século…”. Analisando, de modo geral, a delimitação das áreas inundáveis constata-se que, para uma cheia associada a um período de retorno de10 anos (T=10), grande parte da margem direita, na área situada entre o rio Arunca e a linha férrea (Linha do Norte), seria inundada. Na margem esquerda, as inundações, para o mesmo período de retorno, seriam praticamente simétricas às da margem direita, embora um pouco menores; para uma cheia

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associada a períodos de retorno de 100 anos, concluindo-se que praticamente toda a margem direita do rio Arunca, ou seja, a área compreendida entre o rio Arunca e a linha férrea, seria inundada. Para este período de retorno e na margem direita, um troço da própria Linha do Norte, ficaria submerso, bem como a zona baixa da parte mais antiga da cidade. Não seriam, no entanto, afetados os acessos ao viaduto Engenheiro Guilherme Santos. No entanto, o troço da EN 1 é inundado para T igual a 100 anos. Na área em questão, e para a cheia centenária, não ficariam submersos os tabuleiros das pontes da Formiga, da EN1, da Estação de Camionagem e da ponte Pombalina, que estão situados a cotas mais elevadas do que as dos terrenos adjacentes. Os respetivos acessos seriam, no entanto, afetados. A cidade também seria inundada pelas ribeiras do Vale e do Outeiro Galegas, sendo neste caso fatores determinantes, a intensidade da precipitação e a impermeabilização dos solos em áreas de máxima infiltração. De salientar, que é também nas bacias destes cursos de água que se encontram os declives mais acentuados do concelho (Município de Pombal, 2012). Como ações de prevenção e proteção deveriam ser implementadas no terreno, por exemplo, a colocação de barreiras de amortecimento do escoamento torrencial proveniente dos cursos de água que convergem para a cidade na margem direita do rio Arunca. No âmbito das medidas preventivas, deveria implantar-se um sistema de aviso e alerta na Serra da Sicó. Tendo em conta que se conhece o efeito de uma chuvada de 40 mm em meia hora nas bacias do ribeiro do Vale e da ribeira do Outeiro Galegas, sabendo-se também que a precipitação é mais intensa na serra relativamente ao resto do território do concelho, propõe-se colocar pelo menos duas estações pluviométricas, uma no topo da serra e uma na vertente Oeste desta, que forneçam dados em tempo real (via GSM), por exemplo, para o serviço de proteção civil local. Agradecimentos: À nossa professora Estefânia Pires por todo o apoio, esclarecimentos e acompanhamento prestado. À Professora Doutora Ana Castilho pelas sugestões dadas. À Câmara Municipal de Pombal pelo material que nos facultou.

Referências: Manuppella, G., Zbyszewski, G., & Ferreira, O. V. (1978). Carta geológica de Portugal, na

escala 1/50 000. Notícia explicativa da folha 23-A (Pombal). Lisboa, Serv. Geol. Portugal.

Município de Pombal. (2012). Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Pombal de Pombal. Acedido em http://www.pombal.pt/pru/docs_pdm/elementos_plano/acompanham/PMEPC.pdf (04/01/2015).

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PAISAGENS DE COIMBRA

Marta Almeida, Maria Marques, Maria Morgado, Leonor Pires

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Rua D. Ernesto Sena Oliveira, 3030-378 Coimbra

7º Ano, Turma A

Palavras-chave: Bacia Lusitânica; Coimbra; LIGs; Paisagens; Pangeia.

As paisagens geológicas são paisagens naturais em constante transformação. Para esta modificação contribuem não só processos de geodinâmica interna (ex. sismos e atividade vulcânica), mas também processos de geodinâmica externa (ex. processos climáticos, diferenças de temperatura, o vento, a água em movimento, ou a ação dos seres vivos). Neste trabalho pretendemos dar a conhecer paisagens de interesse geomorfológico da cidade de Coimbra, onde a nossa escola se insere, enquadrando este estudo no tema: “Paisagens geológicas e minerais constituintes das rochas”, do 7º ano de escolaridade. A metodologia utilizada incluiu o trabalho e pesquisa na Internet, leitura e reflexão de textos informativos e trabalho de campo com recolha de fotografias. A área do município de Coimbra está representada por duas unidades geológicas bem diferenciadas – o Maciço Hespérico e a Orla Mesocenozoica Ocidental – resultantes das unidades litológicas presentes, que se manifestaram ao nível de formas de relevo e, consequentemente, dos declives. A geologia da área onde a nossa escola se insere está representada por unidades sedimentares do Mesozoico correspondentes ao início do enchimento da Bacia Lusitânica, aquando da fragmentação da Pangeia. O espaço do município de Coimbra é caracterizado por contrastes físicos evidentes, materializados por relevos acentuados, resultantes, sobretudo, por processos exógenos, mas também por processos endógenos, observáveis em afloramento. A erosão foi muito importante no surgimento de afloramentos e paisagens, nos quais se evidencia uma base geológica constituída por unidades detríticas e calco-dolomíticas do Grupo de Silves e da Formação de Coimbra. Selecionamos alguns locais de interesse geológico (LIGs) na área urbana, a saber: 1) Rua da Porteladinha do Chão do Bispo; 2) Vale do Mondego 3) Penedo da Saudade; 4) Penedo da Meditação; 4) Miradouro do Vale do Inferno; e, que nos mostram uma diversidade considerável de litologias e de estruturas. Em conclusão, Coimbra, enquanto cidade detentora de um património natural relevante, apresenta paisagens urbanas de rara beleza e que se devem à própria singularidade das formas dos relevos.

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ILHA DO FOGO: CABO VERDE

Diogo Busano, João Coelho, Miguel Cruz, Manuel Louro, Henrique Matos

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Rua D. Ernesto Sena Oliveira, 3030-378 Coimbra

7º Ano, Turma A

Palavras-chave: Cabo Verde; Chã das Caldeiras; Geologia; Ilha; Planície abissal.

Neste trabalho planeámos estudar a ilha do Fogo – Cabo Verde, no âmbito do

tema “Terra em transformação – Vulcanismo, riscos e benefícios da atividade

vulcânica”. Para orientar este trabalho, colocamos a seguinte questão: “Qual foi a origem da ilha do Fogo?” e o objetivo que pensamos para desenvolver o trabalho foi estudar a ilha do Fogo nas vertentes da sua descoberta histórica, enquadramento geográfico e geomorfológico. O nosso estudo desenvolveu-se sobretudo com recurso à pesquisa na Internet e à pesquisa bibliográfica. A ilha do Fogo, descoberta no século XV e inicialmente batizada de S. Filipe, deve o seu nome à atividade vulcânica existente, mantendo-se esta até à atualidade. Com uma população aproximada de 38 000 habitantes, a sua maioria vive no concelho de S. Filipe, cidade principal e capital da ilha. Tem mais dois concelhos, o de Mosteiros e Santa Catarina. A atividade vulcânica mais recente é composta por 3 erupções iniciadas a 12 de junho de 1951, a 2 de Abril de 1995 e a 23 de novembro de 2014. A ilha do Fogo, com uma área cerca de 476 km

2,

aproximadamente circular, faz parte do arquipélago de Cabo Verde, situado no Atlântico Central, ao largo da costa ocidental africana, sendo formado por dez ilhas de origem vulcânica. As ilhas que formam este arquipélago situam-se numa zona de planalto, elevado a 5 km da planície abissal entre a plataforma continental do Senegal e a crista médio oceânico do Atlântico. À superfície a ilha do Fogo apresenta uma altitude máxima de 2829 m e um diâmetro máximo de 25 km. No topo da ilha observa-se uma caldeira em forma de semicírculo, a “Chã das Caldeiras”, com aproximadamente 9 km de diâmetro e aberta na parte Este. A caldeira apresenta uma escarpa, conhecida pelos locais por “Bordeira”, com declive quase vertical, atingindo no ponto máximo 1000 m. No interior da caldeira situa-se o cone eruptivo principal com cerca de 1100 m de altura, o Pico do Fogo. Na base do vulcão, no interior da caldeira, encontram-se terrenos férteis utilizados para a agricultura, cultivando, essencialmente, café e vinha.

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SISMOS EM PORTUGAL

Andreia Cruz, Rita Lobato, Matilde Pereira, Rute Pimentel

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Rua D. Ernesto Sena Oliveira, 3030-378 Coimbra

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Litosfera; Placas litosféricas; Sismos; Tsunamis. Neste estudo tratamos da atividade sísmica, no âmbito da temática:

“Consequências da dinâmica interna da Terra – atividade sísmica: riscos e

proteção das populações”, do 7º ano de escolaridade. Para orientar o nosso

estudo partimos da questão: “Quais os riscos da atividade sísmica para as

populações?” Os objetivos foram: estudar a atividade sísmica e reconhecer os

riscos dos sismos. Para desenvolver o tema, recorremos, sobretudo, à pesquisa na Internet e à pesquisa bibliográfica. Os sismos são movimentos bruscos da superfície terrestre resultantes da libertação de energia numa zona de rutura na litosfera. Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre placas litosféricas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si. No caso do território português a atividade sísmica resulta de processos localizados no limite entre as placas euro-asiática e africana e outros localizados no interior da placa euro-asiática. Os sismos podem causar prejuízos em locais muito distantes da origem, provocando destruição e mortes em áreas densamente povoadas. Quando a atividade sísmica tem origem no oceano, pode ser acompanhada por tsunamis, provocando grande destruição em estruturas costeiras ou ribeirinhas. Por exemplo, em Portugal Continental, a ocorrência de tsunamis, resultantes da atividade sísmica tem sido registada no Algarve, na Península de Setúbal e em Lisboa. Os grandes sismos históricos tiveram os seus epicentros localizados no acidente Açores-Gibraltar, dos quais se destaca o de 1 de Novembro de 1755, com uma magnitude aproximada de 8,75. Este sismo originou um tsunami com cerca de 15 metros de altura, tendo provocado na cidade de Lisboa grande número de mortos e destruição de edifícios. Atualmente, ainda não é possível fazer a previsão da atividade sísmica, embora os cientistas façam investigação nesse sentido. Contudo, é possível atuar para minimizar os seus efeitos, identificando medidas preventivas em relação às suas consequências, nomeadamente o estudo geológico dos terrenos, a formação de pessoal especializado (ex. médicos, enfermeiros e bombeiros), a elaboração de planos de evacuação e a educação das populações.

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VULCÃO DO FOGO - CABO VERDE

Krav Maroja, Gonçalo Pina, Pedro Simões, Gabriel Trindade

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Rua D. Ernesto Sena Oliveira, 3030-378 Coimbra

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Chã das Caldeiras; Erupção; Geologia; Ilha; Rios de lava.

Neste trabalho planeámos estudar a última erupção vulcânica ocorrida na ilha do Fogo – Cabo Verde, no âmbito do tema “Terra em transformação – Vulcanismo, riscos e benefícios da atividade vulcânica”. Para orientar o nosso estudo, colocamos a seguinte questão: Quais os riscos da atividade vulcânica para as populações da ilha do Fogo, em particular para as que vivem na Chã das Caldeiras? Os objetivos do nosso trabalho foram: estudar a última erupção vulcânica ocorrida na ilha do Fogo e referir os riscos deste evento. O nosso estudo desenvolveu-se sobretudo com recurso à pesquisa na Internet e à pesquisa bibliográfica. A atividade vulcânica é uma manifestação exterior de processos complexos que ocorrem no interior da Terra. Essa atividade pode manifestar-se pela emissão de gases, materiais líquidos ou de produtos sólidos, através de aberturas existentes na superfície dos continentes ou dos oceanos. A erupção vulcânica na ilha do Fogo, em Cabo Verde, iniciou-se a 23 de Novembro 2014 e foi dada por extinta a 8 de fevereiro 2015, 77 dias após o seu início. Esta erupção vulcânica, uma das três registadas no interior da caldeira nos últimos 63 anos (anteriores em 1951 e 1995), destruiu parte das povoações de Portela e Bangaeira, existentes na Chã das Caldeiras, levando à evacuação dos cerca de 1500 habitantes locais. Estas duas povoações situam-se dentro da caldeira vulcânica, que é uma depressão plana a cerca de 1600 m de altitude, rodeada por uma escarpa com cerca de 1 km de altura, aberta na parte leste e com cerca de nove quilómetros de comprimento e dois de largura. No interior da caldeira ergue-se um grande cone - o Pico do Fogo, o vulcão, sendo o ponto mais alto da ilha, com 2829 m. A erupção, de tipo fissural, iniciou-se no sopé do Pico do Fogo, formando rios de lava, em atividade dita “efusiva”, que se ramificaram, atingindo o primeiro rapidamente a povoação de Portela, passando por cima do derrame de 1995. No total formaram-se 7 focos eruptivos e, progressivamente, alguns deixaram de estar ativos. Três focos, situados a cotas mais altas, apresentaram atividade explosiva que, para além de cinzas projetaram bombas vulcânicas, a 300 ou mesmo 400 m de altura, caindo nas proximidades da cratera ou a distâncias até 500 m. Em conclusão, os prejuízos causados pela erupção foram estimados pelo governo de Cabo Verde em cerca de 45 milhões de euros, ao nível da destruição de extensas áreas de cultivo e infraestruturas económicas, sociais e turísticas locais.

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RISCOS DE EXPOSIÇÃO AO AMIANTO

Ivo Caldeira, António Coutinho, Pedro Oliveira, Rafael Sardo

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dra. Maria Alice Gouveia Rua D. Ernesto Sena Oliveira, 3030-378 Coimbra

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Amianto; Riscos; Fibrocimento, Fibras. Este trabalho sobre o amianto enquadra-se no tema: “Poluição atmosférica e as suas consequências”, do 8.º ano de escolaridade. Para o seu estudo delimitámos a seguinte questão: “Quais os riscos associados ao uso de placas de fibrocimento com amianto nas escolas?”. Para desenvolver esta tarefa definimos o seguinte objetivo: estudar as propriedades do amianto e os riscos para a saúde, associados à sua exposição. A metodologia utilizada incluiu o trabalho de grupo e pesquisa na Internet, leitura e reflexão de textos informativos, trabalho no recinto escolar, com recolha de material fotográfico. O amianto é a designação de um grupo de seis silicatos naturais de magnésio e/ou ferro, que apresentam formas fibrosas: actinolite, crisótilo, crocidolite, antofilite, amosite e tremolite. O amianto apresenta excelentes propriedades de: elasticidade, incombustibilidade, fraca condutibilidade térmica e resistência às altas temperaturas, aos produtos químicos, à putrefação e à corrosão. Em resultado destas propriedades o amianto foi largamente utilizado, com particular relevo na indústria da construção civil, nomeadamente, na cobertura de edifícios escolares e coberturas aéreas dos recintos com placas de fibrocimento. Estas placas, apenas possuem 10 a 20% de amianto, só são perigosas se estiverem degradadas, podendo, desta forma, libertar fibras de amianto prejudiciais à saúde quando inaladas, sendo, contudo, um material de baixo risco. Todavia, a exposição ao amianto pode causar as seguintes doenças: asbestose, mesotelioma, cancro do pulmão e cancro gastrointestinal. Em Portugal a utilização de amianto ou produtos que o contenham foi proibida a partir de 1 de janeiro de 2005, de acordo com o Decreto-Lei nº 101/2005, de 23 de junho. Para a concentração de fibras de amianto no ar a OMS (Organização Mundial de Saúde) definiu como sendo uma “área limpa”, ou seja, sem perigo para saúde pública, um valor inferior a 0,01 fibras / cm3. O intervalo de tempo entre a exposição ao amianto e os primeiros sintomas de doença pode chegar a 30 anos. Em razão dos riscos, ainda que baixos, para a saúde da exposição ao amianto nas escolas, o Ministério da Educação tem vindo a substituir as placas de fibrocimento nas coberturas dos blocos de aulas e coberturas aéreas de recreios. Foi o que aconteceu na nossa escola, no final do ano letivo anterior e no início deste ano letivo, ficando a escola encerrada à comunidade escolar durante a execução dos trabalhos e análise à concentração de fibras de amianto no ar. Em conclusão, as fibras de amianto podem afetar a saúde quando

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inaladas, não se conhecendo níveis seguros de exposição às suas partículas. Contudo, quanto mais exposto se estiver, maior é o risco de desenvolver uma doença relacionada com o amianto.

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ESCULTURAS NATURAIS NA SERRA DA ESTRELA

Cristóvão Monteiro, Diogo Ramos, João Dias, Marco Videira, Marina Maximino

Escola Básica Dr. Abranches Ferrão Rua José António Fernandes Camelo, Arrifana

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Erosão; Geomorfologia; Granito; Meteorização. Por vezes a Natureza é artista dando aos afloramentos rochosos formas que a imaginação popular humanizou dando-lhe nomes diferentes consoante as figuras que nelas viam. Através de bibliografia fez-se o levantamento de blocos rochosos cujas formas foram associadas, pelo povo, a figuras por ele conhecidas. Também se fez levantamento fotográfico dessas formas e procurou-se fazer a sua localização na carta geológica da região. Da pesquisa realizada identificaram-se 120 formas diferentes. Todas as figuras identificadas estão localizadas na área da Serra da Estrela onde aflora o granito. Não foram encontradas na bibliografia figuras localizadas sobre as rochas metamórficas existentes na Serra. Tal diferença poderá explicar-se pelas condições de formação e de alteração do granito. Esta rocha forma-se no interior da terra através da solidificação de magmas. O granito assim formado é progressivamente fraturado, quer pelo seu arrefecimento, quer por descompressão devido à erosão das rochas que sobre ele se encontram aquando da sua formação. Assim, esta rocha adquire fraturas (diáclases) que a dividem em grandes paralelepípedos. Através desta rede de diáclases faz-se sentir a ação dos agentes de meteorização, tais como a água e a temperatura que vão alterando a composição mineralógica da rocha e ajudam a desenvolver ainda redes de microfraturas. Gradualmente e com a ajuda da erosão os blocos paralelepipédicos vão reduzindo o seu tamanho e adquirindo formas mais ou menos arredondadas. Agradecimentos: Agradecemos à Prof. Graça Moreira por auxiliar na concretização deste trabalho, à Prof. Dra. Celeste Gomes, pelo apoio à nossa participação no Congresso, ao Prof. Dr. António Saraiva pela revisão, à Organização do Congresso por possibilitar expormos o nosso trabalho, à Câmara Municipal de Seia por ter facultado o transporte e à Sra. Filomena pelo apoio técnico na digitalização.

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MOVIMENTOS DE MASSA NA SERRA DA ESTRELA

Alexandra Amaral, Cátia Gomes, Ana Nogueira, Afonso Simões, Cátia Sousa

Escola Básica Dr. Abranches Ferrão Rua José António Fernandes Camelo, Arrifana

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Movimentos de massa; Ação antrópica; Fatores naturais. Movimentos em massa são deslizamentos de materiais sólidos ao longo de uma vertente. Ocorrem quando a força da gravidade que afeta as partículas do maciço é maior que a força de atrito que as mantém fixas ao maciço (Ferreira e Ferreira, 2008). Na serra da Estrela há significativas quantidades de materiais rochosos soltos ou fáceis de se soltarem devido à fracturação do granito. O objetivo deste trabalho consistiu em identificar e interpretar situações que conduziram a movimentos de massa. Na realização deste trabalho utilizámos a internet, consulta bibliográfica, visitámos diversos locais e fizemos registos fotográficos. No vale do Alforfa identificaram-se fluxo de detritos, queda de detritos e movimentos de “slump” (Pereira, 2010). No vale do rio Zêzere existem marcas de velhos movimentos de massa e de alguns outros mais recentes verificados após um incêndio florestal. Também se verificaram movimentos de massa junto da estrada nacional N231, próximo do cruzamento da Lapa dos Dinheiros, em Loriga e em Seia. Além dos fatores naturais, como os declives, os materiais rochosos soltos e a precipitação, que estão na origem dos movimentos de massa, em quase todas as situações identificadas, encontrámos a influência dos incêndios e da humana associada à construção de estradas. Agradecimentos: Agradecemos à Prof.ª de Ciências Naturais, Graça Moreira, que nos auxiliou na concretização deste trabalho, à Prof.ª Dra. Celeste Romualdo Gomes pelo apoio prestado à nossa participação no Congresso, ao Prof. Dr. António Saraiva pela revisão, à Organização do Congresso pela possibilidade que nos dá em expormos o nosso trabalho e à Câmara Municipal de Seia por nos facultar o transporte.

Referências Pereira, J. (2010). Carta de Susceptibilidade e Risco Geológico do sector Sudoeste da

Serra da Estrela. Tese de Mestrado, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Ferreira, J. & Ferreira, M. (2008). Planeta com Vida – Geologia 11º ano, Volume 2. Santillana, Constância.

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RISCO SÍSMICO EM SEIA

Hugo Abreu, João Alves, Ruben Freitas, Cristiano Santos, Diogo Santos

Escola Básica Dr. Abranches Ferrão Rua José António Fernandes Camelo - Arrifana

7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Sismicidade; Risco sísmico; Seia. O risco sísmico é a probabilidade da ocorrência de perdas de vidas e a destruição de património causadas por um sismo, num certo intervalo de tempo. A previsão sísmica não foi ainda descoberta. Assim, torna-se fundamental a prevenção. O objetivo deste trabalho foi compreender o contexto de perigosidade sísmica de Seia e os riscos associados. Para a realização deste trabalho procedeu-se à recolha de dados em bibliografia, Internet e junto dos bombeiros e da Câmara Municipal de Seia. A sismicidade, em Seia não é nem muito intensa nem frequente, pois essas são as características sísmicas de Portugal Continental [1, 2]. No entanto, o território já foi atingido por diversos sismos com elevada magnitude tendo sido detetados eventos desde há mais de dois milénios. Os epicentros desses sismos históricos que afetaram Portugal continental situam-se na região do banco de Gorringe na placa Euro-Asiática, no limite de convergência com a placa Africana [2]. Existe, também, atividade sísmica no interior do território atribuída a falhas ativas e a movimentos tectónicos intraplaca [2]. Em Seia, no dia 11 de março de 1974, localizou-se um epicentro com uma magnitude de 4,1, não se tendo registado vítimas nem danos materiais. A perigosidade sísmica de Seia é moderada, mas há situações de risco sísmico. Se um sismo semelhante ao de 1755 tornar a acontecer o concelho será pouco afetado exceto se a Lagoa Comprida ceder [1]. Segundo a carta de suscetibilidade sísmica existem em Seia zonas com diferente risco.

Agradecimentos: Agradecemos à Prof.ª de Ciências Naturais, Graça Moreira, que nos auxiliou na concretização deste trabalho, à Prof.ª Dra. Celeste Gomes, pelo apoio prestado à nossa participação no Congresso, ao Prof. Dr. António Saraiva pela revisão, à Organização do Congresso pela possibilidade que nos dá em expormos o nosso trabalho e à Câmara Municipal de Seia por nos facultar o transporte. Referências bibliográficas [1] https://www.ipma.pt/pt/ (02/02/2015) [2] http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA5_SismicidPort.html (02/02/2015)

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O RIO ALVA NO CONCELHO DE SEIA

Almeida, Pedro Alves, Joana Amaral, Celeste Gomes, Cátia Cristina Gouveia, Francisca Nunes

Escola Básica Dr. Abranches Ferrão

Rua José António Fernandes Camelo, Arrifana 7.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Vale fluvial; Litologia; Aluvião; Recurso. O rio Alva, afluente do rio Mondego, é o maior rio que atravessa o concelho de Seia. Nasce a 1651 m de altitude, na vertente norte da Serra da Estrela, entre a Fraga das Penas e o Curral do Martins. Com este trabalho quisemos conhecer e compreender as características apresentadas pelo Alva na passagem pelo concelho de Seia bem como a importância para a população local. Foi recolhida informação através de bibliografia, da Internet, da análise do percurso do rio no Google Earth e na carta topográfica. No Alva distingue-se um sector a montante de Vila Cova com maior inclinação e por isso com maior velocidade de escoamento e um outro, a jusante, com menor inclinação e menor velocidade de escoamento (Lourenço,1986). O percurso reflete a adaptação às fraturas, apresentando partes retilíneas e partes meandrizantes e também à variedade de rochas por onde flui. As aluviões são pouco significativas e constituídas por areia e detritos mais grosseiros envolvidos por argila (Lourenço,1986). A água do rio tem sido aproveitada de várias formas: construíram-se açudes para a produção de energia elétrica, regulação dos caudais, rega, moagem abastecimento público e para praias fluviais. Estas construções influenciam o comportamento do rio, pois atenuam os declives para montante, diminuindo a velocidade da água, e para jusante aumentam a erosão (Ferreira & Ferreira, 2008). Agradecimentos: Agradecemos à Prof.ª de Ciências Naturais, Graça Moreira, que nos auxiliou na concretização deste trabalho, à Prof.ª Dra. Celeste Gomes, pelo apoio prestado à nossa participação no Congresso, ao Prof. Dr. António Saraiva pela revisão, à Organização do Congresso pela possibilidade que nos dá em expormos o nosso trabalho e à Câmara Municipal de Seia por nos facultar o transporte. Referências Lourenço, L. (1986). Rio Alva, Estudo Hidrogeomorfológico. Cadernos de Geografia Coimbra, I E G Nº5, pp. 43-123. Ferreira, Jorge & Ferreira, M. (2008). Planeta com Vida – Geologia 11º ano, Volume 2. Santillana, Constância.

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OS FÓSSEIS VÃO À ESCOLA

Sofia Carreira, Dinis Castro, Salomé Ferreira, Roksolana Kantymir, Alexandra

Lopes, João Pisarra, Ana Filipa Sousa, Rui Vicente

Escola Secundária Afonso Lopes Vieira Rua Francisco Clemente, Rêgo d'Água, Gândara dos Olivais, 2419-004 Leiria

8.º Ano, Turma V

Palavras-chave: Calcários; Fósseis; Fossilização; Fotografia. A nossa escola foi edificada com recurso a calcários, utilizados como pedra de construção e de revestimento. Este tipo de matéria-prima teve origem, muito provavelmente, em pedreiras que exploram os maciços calcários que rodeiam a região - a Serra de Sicó e as Serras d’Aire e Candeeiros. Por este motivo, decidimos identificar os fósseis existentes nestas rochas de idade jurássica média a superior, num estudo interdisciplinar de Ciências Naturais e Fotografia. Os objetivos do estudo foram: (a) registar, em fotografia, espécimes existentes nos calcários utilizados na pavimentação do bloco onde temos aulas (Bloco C2); (b) identificar esses exemplares; (c) caracterizar o tipo de fossilização. O estudo envolveu pesquisa sobre fósseis e processos de fossilização, registo fotográfico com recurso escalas e identificação taxonómica a partir da página eletrónica “Fossil.uc.pt” (Oliveira et al., 2002). Os fósseis são restos de seres vivos, ou vestígios da sua atividade, que habitaram na Terra há milhões de anos e que ficaram preservados em ambientes próprios, frequentemente de sedimentação. Os fósseis mais abundantes pertencem a organismos marinhos com partes duras, mineralizadas. Quando um organismo marinho morre, o corpo fica depositado no fundo e as partes moles sofrem biodegradação-decomposição. Com o tempo, espessas camadas de materiais sedimentares cobrem as partes duras do organismo. Os calcários usados na pavimentação do bloco de aulas são muito fossilíferos, constatando-se a existência de inúmeros microfósseis. No que respeita aos macrofósseis, identificámos sobretudo organismos com concha, pertencentes ao Filo Mollusca, mas também exemplares do Filo Echinodermata e algas calcárias. A preservação destes organismos ocorreu por mineralização, uma vez que sua concha, de aragonite, foi substituída pelo mineral calcite.

Agradecimentos: os autores agradecem aos professores Ana Rola (Ciências Naturais) e João Barreira (Fotografia), ao Diretor da Escola, o professor Pedro Biscaia, por possibilitarem a realização deste estudo e ao Professor Doutor Pedro Callapez pelo auxílio que prestou à concretização deste trabalho. Referências Oliveira, J., Callapez, P., Dias, E. (2002). Quais os principais grupos de fósseis? Fossil.uc.pt. Acedido em http://fossil.uc.pt/pags/grups.dwt.

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GRUTAS DA SERRA DE AIRE E CANDEEIROS

Daniel Cardoso, Afonso Carvalho, Ruben Duarte, Hugo Rodrigues

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Geomorfologia; Modelado Cársico. Este trabalho sobre as Serras de Aire e Candeeiros em geral e, em particular, sobre algumas das suas grutas, foi realizado no âmbito da disciplina de Geologia. Estudámos a geomorfologia e geologia destacando-se o “Modelado Cársico”, muito característico desta região. Estas serras integram o MCE (Maciço Calcário Estremenho) que por sua vez é parte integrante da Bacia Lusitânica. Esta bacia localiza-se no bordo oeste da microplaca Ibérica e tem a sua origem associada aos episódios distensivos que levaram à abertura do Oceano Atlântico durante o Mesozoico. O MCE corresponde a uma unidade morfoestrutural que se individualiza pelas suas peculiaridades litoestratigráficas, porque nele se regista a maior extensão de afloramentos calcários do Jurássico Médio no território nacional. O maciço encontra-se dividido em três regiões elevadas: a Serra dos Candeeiros, o Planalto de Santo António e o Planalto de São Mamede e Serra de Aire. A espessa sequência de calcários com elevado grau de pureza do Jurássico Médio permitiu o desenvolvimento de diversos fenómenos de carsificação dando origem a uma diversidade de estruturas que não têm paralelo no país. De entre as diversas grutas, podemos nomear as grutas da Moeda, de Santo António, de Alvados e Mira de Aire como as mais interessantes do ponto de vista geológico. Em suma, com este trabalho ficámos a conhecer melhor as condições em que se formam as grutas, bem como a geologia e geomorfologia específicas da zona do Maciço Calcário Estremenho. Este trabalho foi possível de realizar graças a material fornecido pelo professor, ao qual reservamos um especial agradecimento, bem como de materiais resultantes de pesquisa na Internet. Agradecimento: Agradecemos também à organização do X Congresso dos Jovens Geocientistas.

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SERRA DO BUÇACO – LIVRARIAS DO MONDEGO

Edgar Bastos, Inês Costa, Carolina Leal, João Pinto

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Bacia carbonífera; Geologia; Grés do Buçaco; Paleontologia; Sinclinal do Buçaco. Com este trabalho pretendemos conhecer a geologia da Serra do Buçaco, e dar a conhecer as “Livrarias do Mondego” situadas em Penacova. Entre a região do Buçaco e Penacova existe uma sucessão estratigráfica de idade paleozoica que aflora num sinclinal. A sequência estratigráfica do Buçaco inicia-se pela denominada “Formação Vale da Ursa”, diferenciada no bordo ocidental do sector norte do sinclinal (área de Sazes), sendo que devido a acidentes tectónicos nem sempre é visível. Segue-se a “Formação de Sazes”, constituída por metapelitos e quartzitos. Na Formação de Sazes é visível um membro “inferior” e outro “superior”, ambos fossilíferos. Tem ainda relevância litológica e paleontológica a denominada “Bacia Carbonífera do Buçaco” a qual se formou durante o Carbónico Superior e foi preenchida por sedimentos de fáceis fluviais e límnicas, resultante da erosão da Cadeia Varisca. Finalmente temos o grés que se apresenta silicificado e muito endurecido. A sua base, no flanco oriental da Serra do Buçaco, é constituída por elementos angulosos numa matriz argilosa enquanto o topo do Grés é Cenomaniano. As “Livrarias do Mondego” nome dado a um afloramento rochoso situado nas margens do Rio Mondego, em Penacova, em que os quartzitos que o constituem apresentam uma estrutura sub-vertical, lembrando livros numa estante. A determinação da idade Silúrica para as Livrarias do Mondego foi feita com base em graptólitos. Estes permitem situá-las no intervalo Telychiano a Homeriano e constituem o principal grupo fóssil do Silúrico do Sinclinal de Buçaco. Ainda em termos paleontológicos temos de assinalar fósseis vegetais e várias espécies de Trilobites, assim como marcas deixadas por elas nos fundos oceânicos, as Cruzianas. Agradecimentos: Agradecemos a organização do X Congresso dos Jovens Geocientistas, na pessoa da Srª. Profª. Drª. Celeste Gomes e ao Prof. Jorge Delícias.

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GEOPARQUE DE AROUCA E TRILOBITES DE CANELAS

Tiago Antunes, Paul Bob, Laura Neves, Isa Reis

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra

12.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Frecha da Misarela; Geomorfologia; Granito da Serra da Freita; Hidrografia; Trilobites de Canelas.

Este trabalho sobre o Geoparque de Arouca realizou-se no âmbito da disciplina de Geologia, tendo como objetivos, o Enquadramento Geográfico e Geomorfológico, a Hidrografia, a Litologia e a Paleontologia. Quanto à Geomorfologia, temos como principal ponto de interesse a Serra da Freita, uma estrutura com 1085 m de altitude. Destacam-se os rios Paiva, Arda, Caima, Paivô, Marialva e Urtigosa, que drenam a norte para a Bacia Hidrográfica do Rio Douro e a sul para a bacia hidrográfica do Rio Vouga. O concelho de Arouca caracteriza-se por afloramentos de rochas metamórficas, resultantes de um metamorfismo regional e/ou de contacto, e granitóides. Enquadra-se na Zona Centro-Ibérica (ZCI), e inclui-se numa mega estrutura geológica denominada “Anticlinal de Valongo”, com vários quilómetros de extensão. O principal granitoide presente na área em estudo é designado por “Granito da Serra da Freita”. Relativamente a sítios de interesse geológico salientamos as“Pedras Parideiras” e a “Frecha da Mizarela” que é a maior queda de água da área, com aproximadamente 75 metros. Relativamente à paleontologia, destacam-se, pelo seu tamanho e abundância, as “Trilobites de Canelas”. Algumas delas excedem os 70 cm, o que os torna nos maiores fósseis de trilobites encontrados até a data. Temos também os icnofósseis e os fósseis vegetais.

Agradecimentos: à organização do X Congresso dos Jovens Geocientistas, na pessoa da Prof.ª Dr.ª Celeste Gomes, a possibilidade de participar neste projeto, ao professor Jorge Delicias e à Escola Secundária D. Dinis.

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IMPORTÂNCIA DAS PORTAS DE RÓDÃO NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA GEOLOGIA DO 12º ANO

João Belchior, Ruben Teixeira, André Travassos

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra 12.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Geomorfologia; Litologia; Paleontologia; Tectónica; Terraços fluviais. Este trabalho teve como objetivo o estudo do Património Geológico de Vila Velha de Ródão, incindindo com maior destaque para a disciplina de Geologia do 12º ano. O estudo foi dividido em fases distintas: a identificação do problema inicial apresentado ao grupo; a elaboração de um esquema de modo a definir um plano prévio de trabalho; a pesquisa, acedendo a fontes bibliográficas; e a finalização, com a edição de imagens e construção de texto. O trabalho foi dividido em três temas gerais, nomeadamente: a Geomorfologia, Litologia &Tectónica e Paleontologia. Na Geomorfologia é explicada a Falha do Pônsul e a formação do Rio Tejo e seus terraços fluviais, reflexos das fases de encaixe deste rio. É feita uma referência aos locais de importância geológica, nomeadamente às Portas de Ródão e Almourão, seguida de um quadro com os acontecimentos ao longo do tempo geológico e um mapa litológico. Na Geologia são descritos o Grupo das Beiras, Grupo de Cácemes e Quartzitos Armoricanos; é explicada a tectónica da região, com maior incidência na Falha do Pônsul. Merecem destaque os fósseis de troncos de árvores, trilobites, cruzianas e braquiópodes. Após a realização deste trabalho foi possível o entendimento de aspetos geomorfológicos, litológicos, paleontológicos e tectónicos da região. Agradecimentos: Ao Dr. Jorge Delicias nos ajudou a elaborar este trabalho no âmbito do X Congresso dos Jovens Geocientistas.

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IMPORTÂNCIA DA SERRA DE SICÓ PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DA GEOLOGIA DO 12º ANO

Beatriz Duarte, Ricardo Ferreira, Mariana Simões, Adriana Resende

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra 12.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Paleontologia; Geomorfologia; Geossítios; Maria Pares; Serra de Sicó. Através da realização deste trabalho pretendemos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a geologia da região de Sicó, compreendendo, e dando a conhecer, a geomorfologia e a geologia da região, bem como os sítios de maior interesse geológico. A Serra de Sicó é um relevo de Portugal continental que se ergue a 559 m de altitude. Situa-se na Bacia Lusitânica, a qual pertence a um grupo de bacias meso-cenozoicas da Península Ibérica formadas pelos processos geodinâmicos que conduziram à abertura do oceano Atlântico-norte. Quanto à geomorfologia, a Serra de Sicó, corresponde a um relevo calcário com paleocarso, de evolução complexa. Apresenta formações calcárias do Jurássico Inferior e Médio, bem aflorantes em Maria Pares (Rabaçal), bastante conhecido devido à riqueza paleontológica (Amonoides, Nanofósseis e Macrofauna - nectónica e bentónica), bem como o afloramento de tufos calcários quaternários de Condeixa. Existem também vestígios de diferentes tipos de coberturas sedimentares siliciclásticas do Cretácico e Cenozóico. Nesta região estão inventariados vários geossitios, sobre os quais também incidiu o nosso estudo (Maria Pares, Buracas de Casmilo, Nascente do Anços e Canhão do Vale do Poio). A elaboração deste trabalho permitiu aumentar o nosso conhecimento no âmbito da disciplina de Geologia 12º, aprendendo novos conceitos geológicos em especial da região de Sicó. Para a realização deste trabalho utilizamos artigos científicos relacionados com o tema e pesquisamos informação na Internet. Agradecimentos: Ao Dr. Jorge Delicias nos ajudou a elaborar este trabalho no âmbito do X Congresso dos Jovens Geocientistas.

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PARQUE PALEOZOICO DE VALONGO

Filipa Paiva, Carla Queiroz, Mariana Silva, Joana simões

Escola Secundária com 3ºciclo D. Dinis Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra

12.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Anticlinal; Formações; Fósseis; Paleozoico; Quartzitos. Este trabalho teve como objetivo aprofundar os nossos conhecimentos científicos sobre o Parque Paleozoico de Valongo. Assim estudámos o enquadramento geográfico, geomorfológico e geológico bem como a paleontologia e a tectónica desta zona. O Parque Paleozoico de Valongo foi criado em 1998 e localiza-se a sul da cidade de Valongo e a cerca de 6 km da cidade do Porto estando inserido numa área da qual fazem parte a Serra de Santa Justa, parte da serra de Pias e parte do Vale do rio Ferreira. Nesta área ocorre uma grande estrutura geológica designada por “Anticlinal de Valongo”, que é uma dobra antiforma com uma extensão de cerca de 50 km. É ainda caracterizado pela variedade de formações geológicas que vão desde o Pré-Câmbrico ao Paleozoico. È de referir o Complexo Xisto-Grauváquico (grauvaques e metassedimentos), a Formação de Santa Justa (arenitos e quartzitos), a Formação de Sobrido (grauvaques claros), a Formação de Valongo (siltitos e argilitos), a Formação de Sobrado (quartzitos, grauvaques e argiloxistos), o afloramento de Montalto-Midões (metantracite) e o afloramento de Ervedosa. Este local é ainda rico em vários tipos de fósseis, como fósseis vegetais, trilobites, graptólitos, entre outros. Para a realização deste trabalho contámos com os documentos fornecidos pelo professor Jorge Delícias e consolidámos o trabalho com uma breve pesquisa na internet. O Parque Natural de Valongo é por excelência um local rico em história dando-nos a conhecer os fósseis e as plantas que existiam no passado, sendo um local a conservar e preservar uma vez que foi considerado património paleontológico e mineiro. Agradecimentos: Agradecemos ao professor Jorge Delicias Lemos e à organização do X Congresso dos Jovens Geocientistas na pessoa da Srª. Profª. Drª. Celeste Gomes.

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CABO MONDEGO

Sérgio Alves, Adriana Geral, Ana Marques, Marta Rodrigues

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis, Coimbra 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Enquadramento Geológico; Sítios de Interesse Geológico; Tectónica. Com este trabalho pretendemos dar a conhecer geologicamente o Cabo Mondego. Quanto ao seu enquadramento geológico destacamos três aspetos importantes: a tipologia das rochas, a sua idade e a sedimentologia. Na tipologia das rochas concluímos que esta unidade morfológica se insere na Orla Meso-Cenozoica Ocidental de Portugal, com predomínio de rochas sedimentares químicas e detríticas. A sucessão carbonatada que aflora nas arribas litorais compreende dois grandes conjuntos: (1) Alternâncias de calcários margosos e margas com amonites (Jurássico inferior e Médio); (2) Calcários margosos e margas de ambiente lagunar a lacustre (Jurássico Superior), sobrepostos por calcários de fácies marinha litoral. A este último conjunto correspondem três formações litostratigráficas: "Complexo carbonoso", "Calcários hidráulicos" e "Camadas marinhas ricas de lamelibrânquios", nas quias se encontram pegadas de dinossáurio, corais, braquiópodes, lamelibrânquios e gastrópodes. O Jurássico superior termina uma sucessão muito espessa, que se prolonga até Buarcos (Arenitos de Boa Viagem). Trata-se de uma alternância de conglomerados, arenitos e argilas, gerados em ambientes de plataforma-delta. Na Praia da Murtinheira e no conjunto inferior situa-se o Estratótipo GSSP, que é o mais representativo da passagem entre os andares Aaleniano e Bajociano. Quanto à tectónica salientamos a falha de Quiaios, que contribuiu para o levantamento da escarpa da Murtinheira e para a génese da estrutura monoclinal local. Este trabalho foi muito importante para a nossa compreensão do tema. Agradecimentos: À organização do X Congresso de Jovens Geocientistas na pessoa da Prof.ª Dr.ª Celeste Gomes e ao Prof. Dr. Jorge Delícias.

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O QUE DETERMINA A COR EM MINERAIS DE QUARTZO

Ana Mafalda Gonçalves, Filipa Jahnke

Escola Secundária D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041 – 901 Coimbra

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Cor; Geologia; Minerais; Propriedades dos minerais; Quartzo. Este trabalho pretende abordar as propriedades físicas dos minerais, nomeadamente a cor. Os minerais são constituintes básicos das rochas e são definidos como substâncias, sólidas, cristalinas e geralmente inorgânicas [1]. Cada mineral tem uma estrutura química definida que lhe confere um conjunto único de propriedades físicas [2]. A cor é definida como a aparência dos minerais ao refletirem ou absorverem determinados comprimentos de onda de luz visível [3]. Na Natureza encontram-se minerais que apresentam sempre a mesma cor (idiocromáticos) e minerais que apresentam variedades com cores distintas (alocromáticos) [1]. A impressão da cor é obtida pela absorção de certos comprimentos de onda do espetro da luz visível que incide sobre o mineral [1]. Para estudar melhor a cor nos minerais, foi feita uma pesquisa bibliográfica, em suporte digital e de papel. Para restringir o âmbito do trabalho optou-se por analisar três variedades do mineral quartzo. O quartzo ocorre num grande número de variedades que diferem na forma e cor [4]. Quando puro é incolor, mas pode apresentar diferentes cores devido à presença de impurezas na sua malha cristalina [4]. A cor rosa é aparentemente devida à presença de pequenas quantidades de Ti

4+ na malha cristalina [5]. A cor do quartzo fumado é atribuída à

presença de quantidades traço de iões de alumínio (Al3+

) que substituem os iões Si

4+; quando este tipo de quartzo é exposto a radiação produzem-se centros de

cor porque um dos eletrões do átomo de oxigénio adjacente ao ião Al3+

é expulso, deixando um vazio na estrutura [5]. A ametista deve a sua cor à presença de quantidades traço de ferro que produzem, também, centros de cor [5].

Agradecimentos: um sincero agradecimento à Direção da Escola Secundária de D. Duarte e, em especial, aos nossos professores de Biologia e Geologia por nos terem proporcionado a participação neste Congresso e pelo apoio que nos deram na realização deste trabalho.

Referências [1] Carvalho, A. M. G. (2008). Introdução ao estudo dos Minerais). Lisboa: Âncora Editora

[2] http://paginas.fe.up.pt/~geng/ge/apontamentos/Cap_2_GE.pdf [3] Scliar, C. (2013). Minerais e Rochas – Base material da Vida Humana. Belo Horizonte: Legado. [4] http://www.infopedia.pt/$quartzo. [5] http://www.quartzpage.de/intro.html.

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ROCHAS E MINERAIS À DESCOBERTA DAS ROCHAS

Catarina Mendes, Jéssica Dias

Escola Secundária D. Duarte

Rua António Augusto Gonçalves 3041-901 Coimbra 11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Minerais; Rochas. A história das rochas é muitas vezes rica e variada. O ciclo das rochas, ou ciclo litológico é um modelo teórico da constante reciclagem das rochas à medida que elas se formam, se destroem ou se transformam [1]. As rochas são associações compatíveis e estáveis de minerais [2]. Um mineral é uma substância solida, natural e inorgânica, de estrutura cristalina e com composição química fixa ou variável dentro de limites bem definidos [2]. Neste trabalho são apresentadas três rochas (sal-gema, granito, mármore). O sal-gema é uma rocha sedimentar quimiogénica, não carbonatada, cloretada [3]. Esta é formada por precipitação de halite (mineral composto por cloreto de sódio, NaCl). A precipitação é desencadeada pela evaporação de águas marinhas [3]. Esta rocha tem diversas aplicações, tais como, indústria química, alimentação e tratamento de águas de carater duro [3]. O Granito é uma rocha ígnea de grão fino, médio ou grosseiro, composta essencialmente por três minerais, quartzo, mica (moscovite e/ou biotite) e feldspato (responsável pela variedade de cores), sendo abundante na crusta continental [1]. O granito é largamente utlizado na construção civil em geral, quer seja em monumentos ou simplesmente na construção de bancas de cozinha [4]. O mármore é uma rocha carbonatada, formada por metamorfismo de calcários ou dolomitos e é constituída principalmente por calcite e/ou dolomite, em quantidades que podem variar [1]. O metamorfismo pode ser de contacto ou regional [1]. Em sentido amplo, o mármore é uma rocha calcária, sendo utilizada para a construção ou para a ornamentação [5]. Agradecimentos: Agradecemos a ajuda do professor Paulo Magalhães e das estagiárias Anabela Morgado e Cristina Seabra Ferreira, na realização deste trabalho. Agradecemos ainda, à organização do congresso a oportunidade de realizar e partilhar o presente trabalho.

Referências [1] Botelho, J. C. (2014). Estudo e classificação das rochas por exame macroscópico. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. [2] Dias, A., G., Guimarães, P. & Rocha, P. (2013). Geologia 11 – Biologia e Geologia, 11º Ano. Porto: Areal. [3] www.mineral-s.com/sal-gema.html. [4] http://geology.com/articles/granite.shtml. [5] http://geology.com/rocks/uses-of-marble/.

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IMPACTO DA FORMAÇÃO DE MINERAIS NA DEGRADAÇÃO DE EDIFÍCIOS

Pedro Fadiga

Escola Secundária D. Duarte

Rua António Augusto Gonçalves 3041-901 Coimbra 11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Degradação de edifícios; Minerais; Mineralização. A Universidade de Coimbra ocupa vários edifícios, como o antigo Colégio de Jesus, construído no séc. XVI e alterado por Guilherme Elsden entre 1772-75, e onde atualmente existem ainda instalações da Universidade de Coimbra [1]. Em 2009 foram restauradas as suas fachadas [2]. Destaca-se também o edifício dos Departamentos de Física e Química da FCTUC, inaugurado em 1975, na sequência da renovação da Alta Universitária de Coimbra [3]. Este trabalho foca o crescimento de minerais em edificações e as suas implicações nos mesmos. Pretendeu-se conhecer estes novos minerais e comparar a sua composição com a das rochas utilizadas na construção dos edifícios, bem como conhecer o efeito desses minerais na degradação dos monumentos. Para cumprir estes objetivos, procuraram-se, pela cidade de Coimbra, monumentos que apresentassem minerais formados após a sua construção, tendo-se selecionado o Colégio de Jesus e a «Cantina das Químicas». Fotografaram-se os minerais no local e recolheram-se amostras, de modo a poder identificá-los. No laboratório da escola as amostras foram testadas com ácido sulfúrico diluído. Verificou-se que a amostra colhida na cantina reagiu ao ácido, concluindo-se, por isso, que era constituída por carbonato de cálcio, enquanto a amostra colhida no Colégio de Jesus, que não reagiu ao ácido, apresentava dureza e cor compatíveis com as do gesso. É de salientar que estas edificações foram construídas essencialmente com rochas carbonatadas, embora estejam também presentes outros materiais (argamassas, tintas, aplicações de gesso, etc.), que são potenciais fontes de outros elementos químicos, que podem também originar novos minerais. A formação destes minerais tem consequências importantes, tanto ao nível estético e arquitetónico, como no que respeita à degradação dos edifícios, particularmente evidente em tetos e pavimentos, com impacto económico, devido ao aumento dos custos de manutenção.

Referências [1] http://www.in-loko.pt/coimbra-uc.html [2] http://www.uc.pt/ruas/inventory/mainbuildings/jesus [3] http://visit.uc.pt/sobre/

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DO LÁPIS AO DIAMANTE

Adriana Abade, Carolina Carvalho, Mariana Rodrigues, Jéssica Santos

Escola Secundária D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Diamante; Grafite; Minerais; Polimorfos; Propriedades físicas A grafite e o diamante são minerais constituídos por um único elemento químico, o carbono. No entanto, as suas propriedades (físicas e químicas) são muito distintas, o que faz com que os seus usos e valor comercial também o sejam. Os diamantes são muito valorizados em joalharia, alcançando elevadíssimos preços, como gemas. Nos diamantes-jóia são apreciadas a beleza, a durabilidade e a raridade, pois este mineral ocorre em baixas e esparsas concentrações no globo terrestre. A beleza atribuída deve-se a propriedades físicas, como o brilho característico, o brilho adamantino, resultante dos elevados índices de refração, reflexão e dispersão da luz (propriedades óticas). A durabilidade resulta de propriedades físicas e químicas, como a dureza, resistência ao atrito e inatacabilidade pelas soluções ácidas ou básicas. O diamante é a gema que reúne estas características (beleza, durabilidade e raridade) combinadas no mais alto grau, e por isso a mais valiosa [2]. A grafite é um bom lubrificante a seco, o que combinado com a sua elevada condutividade elétrica, faz com que seja bastante utilizada em motores e geradores. Tem alta condutividade térmica, a sua combustão é lenta e resiste a altas temperaturas, sendo por isso aplicada em refratários. Também é usada em produtos como lápis, pilhas, baterias, tintas (pintura e escrita) e lonas de travões. Neste trabalho procurámos saber por que razão o diamante e a grafite são tão diferentes. Para o conseguir, observámos amostras de ambos os minerais no laboratório da escola, comparando algumas das suas propriedades físicas. Paralelamente, realizámos uma pesquisa bibliográfica, recorrendo a livros, dicionários técnicos e “websites”. Apurámos que o diamante e a grafite possuem uma estrutura cristalina diferente, ou seja, são minerais polimorfos [3;4]. No diamante fortes ligações covalentes ligam átomos de carbono, densamente empacotados, numa estrutura tetraédrica, enquanto na grafite os átomos, também unidos por ligações covalentes, se organizam em estruturas laminares, que, por sua vez, se ligam entre si por forças mais fracas [3;4], que permitem que essas lâminas facilmente deslizem, umas sobre as outras. Esse facto levantou novas questões: por que razão têm uma estrutura interna diferente? Como é que essa diferença se reflete nos minerais? No laboratório, verificámos que o diamante é incolor, enquanto a grafite é negra e opaca, sendo o brilho e a dureza do primeiro muito superiores aos da segunda. A grafite é macia, suja os dedos, e produz uma risca negra. Concluímos que as diferenças, entre a malha cristalina do diamante e da grafite se devem às

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condições em que os minerais se formam. O diamante forma-se no manto, a grande profundidade, sujeito a valores de pressão e temperatura muito elevados. As altas pressões “obrigam” os átomos a um maior empacotamento [3;4], numa estrutura inflexível. A grafite, pelo contrário, forma-se, próximo da superfície da Terra, em condições de pressão e temperatura moderadas, como as que se verificam na crusta terrestre [3;4], desenvolvendo uma estrutura flexível. Este processo reflete-se na densidade dos minerais, que é de 3,5 g/cm

3 no diamante,

e 2,1 g/cm3 na grafite [3], bem como na dureza, máxima no diamante (estrutura

interna inflexível), e baixa na grafite (estrutura interna flexível). Agradecimentos: Gostaríamos de agradecer aos professores Paulo Magalhães, Anabela Morgado e Cristina Seabra, por nos terem dado a conhecer este congresso, por terem proporcionado a nossa participação e colaborado na elaboração deste trabalho. Referências [1] Carvalho, A. M. (2011). Dicionário de Geologia. Lisboa: Âncora Editora. [2] Diniz, A. C. (2005). Grandes Bacias Hidrográficas de Angola - Recursos em terras com aptidão para o regadio – Rio Cunene. Lisboa: IPAD. [3] Grotzinger, J., & Jordan, T. H. (2010). Understanding Earth. New York: Freeman and Company. [4] Press, F., Siever, R., Groetzinger, J., & Jordan, T.H. (2004). Para Entender a Terra. Porto Alegre-São Paulo: Artmed Editora S. A.

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O QUE DETERMNA O BRILHO DOS MINERAIS?

Ana Beatriz Francisco, Daniela Lopes, Joana Lopes

Escola Secundária D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Brilho; Minerais; Mineralogia; Reflexão e refração da luz. A mineralogia é a ciência que estuda os minerais e as suas propriedades físicas (brilho, clivagem, dureza, cor, traço, etc.) e químicas [1]. Neste estudo apenas vamos dar ênfase ao brilho dos minerais tendo como objetivo descobrir os fatores que o condicionam. Para tal recorremos a uma imagem de uma paisagem granítica da Serra da Estela destacando dois minerais presentes em granitos - o quartzo e a biotite (mica preta). Assim, o nosso principal objetivo é perceber qual o mecanismo que permite a estes minerais apresentarem brilhos diferentes e, deste modo, aplicar as nossas conclusões a todos os minerais. Durante a pesquisa descobrimos que os minerais que refletem quase na totalidade a luz são opacos e possuem brilho metálico, os que refletem menos de 20% da luz possuem brilho submetálico e aqueles que deixam passar, praticamente, toda a luz possuem brilho não metálico [2]. Também tentámos conhecer a composição química de cada um dos minerais em questão: a biotite contém maioritariamente elementos não metálicos [3] organizados numa estrutura cristalina na qual se estabelecem ligações de Van de Waals [4]; o quartzo é composto por elementos não metálicos [5] unidos por ligações covalentes, que se organizam numa estrutura cristalina [6]. A partir destes dados percebemos porque o brilho da biotite e do quartzo são não metálicos. Um exemplo de mineral com brilho metálico seria a calcopirite [7]. Com o estudo, concluímos que a presença de elementos metálicos na constituição dos minerais, bem como o tipo de ligações químicas existentes e a própria estrutura cristalina influenciam o tipo de brilho que o mineral apresenta [6].

Agradecimentos: Agradecemos ao nosso professor de Biologia e Geologia Paulo Magalhães e às professoras estagiárias Anabela Morgado e Cristina Seabra Ferreira, pela ajuda e colaboração na realização do projeto.

Referências [1] Dias, A., G., Guimarães, P. & Rocha, P. (2013). Geologia 11 – Biologia e Geologia,11º Ano. Porto: Areal Editores. [2] Gomes, E. M. C. (2004). Sebenta de Mineralogia. Documento interno não publicado. Departamento de Ciências da Terra da universidade de Coimbra. [3] http://webmineral.com/data/Biotite.shtml. [4] Scliar, C. (2013). Minerais e Rochas – Base material da Vida Humana. Belo Horizonte: Legado. [5] http://webmineral.com/data/Quartz.shtml.

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[6]http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_ligacoes_quimicas.pdf [7] http://www.mindat.org/min-955.html.

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DARWIN, O GEÓLOGO

Inês Oliveira, Maria Inês Roque

Escola Secundária de D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Darwin; Fósseis; Geologia; Idade da Terra; Uniformitarismo. Charles Darwin (1809-1882), em 1859, revolucionou a Biologia com a sua obra A Origem das Espécies. Porém, antes de se tornar um biólogo respeitado em todo o mundo, Darwin foi geólogo. O objetivo deste trabalho é conhecer o geólogo e o contributo da Geologia para o seu pensamento. Inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica e a seguir a seleção e síntese das principais ideias dos documentos consultados. Darwin era conhecedor de várias matérias da Geologia, desde os seus tempos de estudante, em Edimburgo e Cambridge. Quando embarcou no navio HMS Beagle para realizar a viagem de circum-navegação que mudaria a sua vida, Darwin leu a obra de Charles Lyell (1797-1875), Princípios da Geologia, que influenciou profundamente o seu raciocínio. A viagem (1831-1836) levou-o a terras distantes, que lhe suscitaram interrogações, como sucedeu na ilha de São Tiago, em Cabo Verde, onde observou rochas estratificadas, muito acima do nível do mar, ricas em fósseis marinhos (Laporte, 1996). Recolheu milhares de amostras de rochas e fósseis e 75% das observações do seu diário de bordo referem-se a temas geológicos (Ramos & Aguirre-Urreta, 2009). Durante a viagem foi acumulando evidências que o levaram a apoiar a teoria de Lyell, de que a superfície da Terra teria sido moldada por mudanças lentas e graduais, que podiam ser observadas no presente, um princípio que ficou conhecido por “Uniformitarismo”. Reconheceu nas rochas o testemunho da longa idade da Terra, que estimou em centenas de milhões de anos, ideia já defendida por Lyell e pelo seu antecessor James Hutton (1726-1797) (Hubp, 2009). Ao regressar a Inglaterra, Darwin apresentou-se como geólogo na Sociedade Geológica de Londres, para a qual foi eleito como secretário em 1838. Os primeiros trabalhos científicos que publicou foram sobre as observações geológicas registadas durante a sua expedição, designadamente sobre os recifes de corais (1842), ilhas vulcânicas (1844) e América do Sul (1846) (Laporte, 1996; Herbert, 2005; Hubp, 2009). Concluímos que o nascimento da Geologia moderna, nomeadamente o Uniformitarismo, a compreensão do significado dos fósseis e a perceção da idade da Terra, tiveram um papel determinante na conceção das ideias de Darwin (Quammen, 2008; Pearn, 2009). Sem os seus conhecimentos geológicos Darwin não poderia ter sustentado a evolução das espécies pela seleção natural, atuando lenta e gradualmente, à escala do tempo geológico.

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Agradecimentos: Gostaríamos de agradecer aos professores Paulo Magalhães, Anabela Morgado e Cristina Seabra, por nos terem dado a conhecer este congresso, por terem proporcionado a nossa participação e colaborado na elaboração deste trabalho. Referências Herbert, S. (2005). Charles Darwin, geologist. Ithaca, NY: Cornell University Press. Hubp, J. L. (2009). Contribuciones Geológicas de Charles Darwin en el origen de las

especies. Boletín de la Sociedad Geológica Mexicana, 61(3), 485-49. Laporte, L. F. (1996). Rock Stars: Darwin the geologist. GSA Today, Dec., 8-10. Pearn, A. M. (Ed.). (2009). A Voyage Round the World: Charles Darwin and the Beagle

Collections in the University of Cambridge. Cambridge: Cambridge University Press. Quammen, D. (2008). Charles Darwin: On the Origin of Species. The Illustrated Edition.

New York: Sterling Publishing Co., Inc. Ramos, V. A., & Aguirre-Urreta, B. (2009). Charles Darwin, Geólogo. Ciencia Hoy 19(113),

49-57.

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O SEGREDO DO MINERAL

Beatriz Gomes, Inês Barreto, Patrícia Silva

Escola Secundária D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Cor; Geologia; Minerais; Traço. O traço ou risca é uma propriedade física dos minerais. Neste estudo, pretendeu-se conhecer melhor esta propriedade, o que a determina e como se relaciona com a cor. Para realizar este estudo foram testadas três espécies minerais (pirite, quartzo fumado e quartzo leitoso) e foi realizada uma pesquisa, com recurso a livros e websites. Na literatura consultada, pudemos verificar que o traço é a cor de um mineral quando reduzido a pó [1]. Em minerais com uma dureza inferior a 6,5 (dureza da porcelana) o traço é determinado esfregando o mineral numa placa de porcelana [1]. Em minerais com dureza superior a 6,5 o traço é obtido a partir do esmagamento do mineral [2]. Verificámos, também, que nem sempre a cor do traço é igual à cor do mineral. As variedades de quartzo, quartzo fumado e quartzo leitoso, de cor cinzento-negro e branco, respetivamente, produzem sempre um traço branco, apesar de apresentarem cores diferentes. Nas fontes bibliográficas constatámos que a cor da pirite é determinada, tanto pela sua estrutura cristalina, como pelos elementos químicos e tipo de ligações químicas presentes, ligações metálicas. A pirite (FeS2) contém, em média, 46,6% de Fe, 53,4% de S e outros elementos, em quantidades residuais. É um mineral metálico e as ligações químicas entre os iões constituintes são ligações metálicas. O quartzo (SiO2) contém cerca de 46,7 % de Si e 53,3% de O ligados através de ligações covalentes. É um mineral transparente a translúcido, cuja cor depende da substituição de quantidades muito pequenas de átomos de Si por outros elementos químicos [3] e da configuração eletrónica de alguns desses constituintes (designados por iões cromóforos) [3]. Os minerais com ligações metálicas são opacos e produzem riscas mais escuras. Isto acontece pois, sendo opacos, absorvem mais gamas da luz visível, produzindo riscas mais coloridas [3]. Os minerais com ligações iónicas e covalentes, são translúcidos, pelo que apenas pequenas quantidades de luz são absorvidas, produzindo, portanto, riscas mais claras [3]. Referências: [1] Dias, A. G., Guimarães, P. & Rocha, P. (2013). Geologia 11 – Biologia e Geologia – 11º Ano – Ensino Secundário (1ª ed.). Porto: Areal Editores.

[2] http://flexiblelearning.auckland.ac.nz/rocks_minerals/minerals/streak.html. [3] Gomes, E. M. C. (2004). Sebenta de Mineralogia. Documento interno não publicado. Departamento de Ciências da Terra da universidade de Coimbra.

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EXPLORAÇÕES MINEIRAS E PEDREIRAS NA REGIÃO DE VISEU – IMPACTES ECONÓMICOS E AMBIENTAIS

Tatiana Almeida, Ana Sofia Conceição, Fábio Costa, Susana Rodrigues

Escola Secundária de Viriato

Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Explorações mineiras e pedreiras; Impactes económicos; Impactes ambientais; Recursos geológicos; Requalificação de espaços. Na região abrangida pela folha 17-A Viseu Carta Geológica de Portugal, escala 1:50000, (633,8 km

2) predominam as rochas graníticas, onde é frequente a

existência de recursos minerais, particularmente os metálicos. Estes recursos foram bastante explorados ao longo do tempo na região de Viseu, especialmente no séc. XX, época da qual se destacam as explorações de estanho (Sn), volfrâmio (W), urânio (U), quartzo e granito. Tendo em conta estes dados, no âmbito da disciplina de Geologia (12.º ano) e no decorrer da lecionação do tema “Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais”, decidimos conduzir uma investigação que nos permitisse apurar de que forma é que a extração dos recursos geológicos na região de Viseu contribuiu para o desenvolvimento económico regional e nacional, que consequências ambientais advieram destas explorações e como podem estas ser minimizadas. Procedemos à análise da folha 17-A e nela contabilizámos 121 explorações mineiras e 15 pedreiras. Posteriormente, selecionámos três explorações mineiras (Campo Mineiro de Bejanca e Bodiosa – Sn e W; Mina da Cunha Baixa – U; Monte de Sta. Luzia – Quartzo) e uma pedreira (Feifil – Granito). Após a seleção efetuada recolhemos informações acerca das características dos locais, do tipo de recursos extraídos, do estado atual dos espaços e de eventuais obras de requalificação destes. Para tal recorremos a pesquisa bibliográfica em documentos sobre a geologia da região e na internet e a saídas de campo. Constatámos que estas explorações criaram muitos postos de trabalho, permitiram obter elevados lucros financeiros com a venda e exportação dos produtos extraídos, para além de fomentarem o desenvolvimento de negócios associados. No entanto, os impactos negativos também são visíveis, como a descaracterização da paisagem (que pode significar um perigo físico para a população), a poluição a vários níveis (dos solos, das águas, do ar e sonoro) e, no caso da Cunha Baixa, o perigo da radioatividade. Apesar destes aspetos, nalgumas explorações já foram feitas ou decorrem obras de requalificação e valorização dos espaços, que servem como exemplos de uma boa recuperação destas áreas. Agradecimentos: Agradecemos muito sinceramente à nossa professora de Geologia, Margarida Morgado, pela disponibilidade sem limites que demonstrou para nos apoiar durante toda a realização

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do trabalho e particularmente por nos privilegiar com a sua companhia nas saídas de campo que realizámos. Agradecemos também aos responsáveis pela Pedreira Feifil que nos receberam mostrando tanta disponibilidade e que nos prestaram um contributo enorme para a realização de parte do trabalho.

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INFLUÊNCIA DA GEOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DE MONUMENTOS RELIGIOSOS NA REGIÃO DE VISEU

Bárbara Almeida, Sibila Gonçalves, Roberto Leitão, Ana Rocha, Sandra Sobreira

Escola Secundária Viriato

Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Carta Geológica; Geologia; Monumentos Religiosos; Rochas Metamórficas; Rochas Magmáticas. Portugal Continental é composto por diversos tipos de rochas, distribuídos de forma heterogénea por todo o território. Desde a antiguidade que as rochas são utilizadas pelo Homem em diversas situações, no entanto é notória a evolução que tem ocorrido ao longo do tempo na utilização das mesmas. No âmbito da disciplina de Geologia (12.º ano), e no decorrer da lecionação do subtema “Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais”, decidimos elaborar um trabalho que permitisse compreender o modo como as características da geologia da região de Viseu influenciaram a construção de monumentos religiosos ao longo do tempo. Na realização deste trabalho recorremos à análise da Carta Geológica de Portugal na escala 1:1000000 na Região de Viseu, à seleção de três localidades com diferentes tipos de monumentos religiosos (aldeia da Pena e Fujaco, em zona xistenta, e cidade de Viseu, zona granítica) e à realização de uma saída de campo para recolha de informações e registo fotográfico. Procedemos ao tratamento dos dados recolhidos, à elaboração do póster científico e à elaboração das conclusões. Foi-nos possível constatar que na aldeia da Pena os habitantes tiveram o cuidado de construir a capela em xisto não descaracterizando a aldeia e utilizando o recurso geológico aí predominante. O mesmo não se verificou no Fujaco, onde a capela da aldeia é mais recente que a da aldeia da Pena e foi construída com materiais de construção mais modernos. Na cidade de Viseu ao compararmos a Sé de Viseu e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus constatámos que a primeira, mais antiga, foi construída apenas com a rocha predominante da região (granito) e a segunda, mais recente, foi construída com materiais mais modernos. Podemos concluir que a geologia local afetou outrora a construção de monumentos religiosos devido à falta de acessos, que limitava o transporte dos recursos geológicos, e à inexistência de materiais mais inovadores que os que são hoje utilizados. Atualmente com a melhoria das vias de comunicação, com a criação de novos materiais e a facilidade de comercialização dos mesmos, os monumentos religiosos são construídos com materiais modernos, de que são exemplo o cimento e o tijolo. Agradecimentos: Professora Margarida Morgado; População da aldeia da Pena.

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POTENCIALIDADES DO GEOTERMISMO NO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DA REGIÃO DE SÃO

PEDRO DO SUL

Adriana Maia, Miguel Matos, Ramiro Melo, Sarah Serpa

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Águas sulfurosas; Desenvolvimento económico; Geotermia; Termalismo; São Pedro do Sul. São Pedro do Sul é um concelho do distrito de Viseu, cujo substrato geológico é recortado por várias falhas tectónicas associadas ao sistema Penacova-Régua-Verim. Estas falhas são zonas de escape de calor que brota à superfície através das águas quentes (68,6 °C) ricas em enxofre. Desde o tempo dos romanos que a estas águas foram atribuídas propriedades medicinais, pelo que têm vindo a ser utilizadas em diversos tipos de doenças respiratórias e músculo-esqueléticas. Mais recentemente foram criadas outras valências na utilização das águas termais, nomeadamente no seu aproveitamento geotérmico. No âmbito da disciplina de Geologia (12.º ano), durante a lecionação do subtema “Mecanismos associados à dinâmica terrestre” consideramos importante realizar um trabalho onde pudéssemos identificar as principais potencialidades do geotermismo na região de São Pedro do Sul. Na realização deste trabalho recorremos à análise da carta geológica da região, a pesquisas na Internet, ao planeamento de uma saída de campo à região de São Pedro do Sul, à concepção de um guião de uma entrevista para efetuar às entidades que íamos visitar. Visitámos os balneários termais, dois estabelecimentos hoteleiros que utilizam energia geotérmica e a Quinta do Valgode (Vouzela), onde procedemos à realização de entrevistas, à recolha de amostras de águas termais e ao registo fotográfico. Posteriormente, analisámos e tratámos os dados recolhidos. Foi-nos possível concluir que o termalismo tem sido um excelente motor do desenvolvimento económico da região de São Pedro do Sul. Quer pela criação de postos de trabalho associados à atividade termal, quer pela criação de novas valências na utilização das águas termais, nomeadamente no aquecimento (central e águas sanitárias) de três unidades hoteleiras e na criação de uma linha de seis produtos de cosmética, lançada recentemente. Neste momento estão a ser desenvolvidos novos projetos que visam potenciar, ainda mais, as águas termais e que brevemente vão ser divulgados. Agradecimentos: Professora Margarida Morgado; Dra Ana Jorge (Termalistur); Hotel do Parque; Hotel Villa do Banho; Proprietária da Quinta do Valgode.

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IMPACTES DA BARRAGEM DE PARADUÇA NA DINÂMICA FLUVIAL DO RIO VOUGA

Jessica Costa, Ana Sofia Rodrigues, Xavier Santos, Beatriz Silva, Andreia

Simões

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Barragem; Dinâmica fluvial; Granulometria; Rio Vouga; Sedimentos.

Neste trabalho, o objeto em estudo foi a barragem de Paraduça existente no rio Vouga. Este rio nasce a 930 m de altitude, na Serra da Lapa, concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu. O seu percurso tem cerca de 148 km de extensão, desaguando no oceano Atlântico através da “ria de Aveiro”, que geomorfologicamente corresponde a um sistema laguna-ilha barreira ou um estuário. A sua bacia hidrográfica cobre uma extensão de 3635 km

2 e ao longo

do seu percurso existem numerosas barragens, muitas delas para armazenamento de águas (como a barragem de Paraduça) e posterior condução da mesma para algumas centrais hidroelétricas, como é o caso da barragem de Ribafeita. No âmbito da disciplina de Geologia (12º ano), e no decorrer da lecionação dos subtemas “Exploração e modificação dos solos” e “Exploração e contaminação das águas”, decidimos elaborar um trabalho que permitisse compreender o modo como a barragem de Paraduça altera as características dos sedimentos ao longo do rio Vouga. Na realização deste trabalho recorremos à análise da carta geológica da região (Folha 14C); à seleção de três paragens próximas da barragem de Paraduça (P1 - 8 km a montante, P2 - 20 metros a montante e P3 - 200 m a jusante); à realização de uma saída de campo para recolha de amostras e registo fotográfico; à preparação e crivagem dos sedimentos; à sua pesagem e classificação. Procedemos ao tratamento dos dados obtidos, à construção de gráficos e à elaboração das conclusões finais. Foi-nos possível concluir que a barragem de Paraduça influencia a granulometria, o grau de arredondamento e de polimento e o nível de calibração dos sedimentos ao longo do rio Vouga. A montante, quanto menor é a distância à barragem menor é o tamanho dos sedimentos, predominando a deposição de sedimentos transportados pela água do rio. A jusante, dada a elevada velocidade da água, verifica-se uma ação erosiva mais intensa e os sedimentos são mais grosseiros. Apesar da barragem de Paraduça não ser de grande expressão e funcionar apenas como reservatório de água para a central elétrica de Ribafeita, vai condicionar a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos ao longo do rio Vouga. Agradecimentos: Professora de Geologia, Margarida Morgado.

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JUNÇÃO TRIPLA DOS AÇORES

José Cordeiro, Carlos Marques, Francisco Mendes, Henrique Silva

Escola Secundaria José Falcão

Avenida D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra 10.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Junção tripla dos Açores; Placas Tectónicas; Pontos quentes; Sismologia; Vulcanologia. A presente investigação enquadra-se nas áreas da Vulcanologia, Sismologia, Placas Tectónicas e Morfologia da região dos Açores, porque é uma região onde interagem três placas tectónicas, onde a atividade vulcânica e sísmica é intensa e onde parece existir um ponto quente (hot spot). As ilhas vulcânicas do arquipélago Açoriano localizam-se na Dorsal Médio-Atlântica, na zona onde se intersectam os limites de três placas tectónicas: a placa Norte-americana, a oeste da dorsal, Eurasiática, a Este da dorsal e Africana, a Sudeste da dorsal e a sul da falha Açores-Gibraltar. Forma-se, assim, uma junção tripla – a Junção Tripla dos Açores – constituída pela Dorsal e pela falha Açores-Gibraltar. A complexa interação entre estas três placas, neste setor do Atlântico, levou à formação de uma região planáltica, grosseiramente triangular, frequentemente designada por Microplaca dos Açores. O território açoriano possui ainda várias falhas conservativas que atravessam a falha Açores – Gibraltar e a Dorsal Médio-Oceânica, o que provoca uma grande instabilidade devido à atividade vulcânica e sísmica. A zona tem um elevado gradiente geotérmico. Nos Açores existem 26 sistemas vulcânicos ativos, 8 dos quais submarinos. A última grande erupção ocorreu há cinquenta e seis anos e deu origem ao vulcão dos Capelinhos. Na região ocorrem numerosas manifestações de vulcanismo secundário, como fumarolas e fontes de água termal. Os geólogos pensam que o vulcanismo intenso nas ilhas centrais (parcialmente S. Miguel) se poderá dever à existência de um ponto quente. O estudo do ponto triplo dos Açores é importante para compreender a natureza dos materiais vulcânicos e a atividade vulcânica e sísmica em contexto tectónico do ponto triplo. Agradecimentos: Ao X Congresso de Jovens Geocientistas, à professora Paula Paiva e ao Prof. Doutor Fernando Carlos Lopes.

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EUROPA, SATÉLITE NATURAL O SATÉLITE VIVO

Gonçalo Cardoso, Manuel Matos, Diogo Reis

Escola Secundária José Falcão

Av. D. Afonso Henriques 3001-654 Coimbra 10.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Astronomia; Europa; Planeta; Satélite Natural; Vida. Escolhemos este tema com a intenção de descobrir mais acerca de outros planetas onde pode existir vida como acontece no planeta Terra. Europa está situada a cerca de 628 milhões de km da Terra e é um dos quatro satélites de maior dimensão do planeta Júpiter. O tamanho de Europa é ligeiramente inferior ao da Lua e possui uma superfície gelada muito brilhante, apresenta fraturas coloridas de extensão elevada (NASA, 2014) e que podem ter 20 km de largura. Inferiormente à capa de gelo supõe-se a existência de um oceano de água em estado líquido que se encontra coberto por uma capa de gelo, esta tem uma espessura de cerca de 15 km a 25 km (NASA, 2012). A hipótese da presença do oceano líquido, que deverá ter uma espessura de 50 km a 200 km, foi admitida através da utilização de métodos gravimétricos e magnetométricos no decorrer da missão Galileo (Alves, 2010). Alguns cientistas propõem a possibilidade de existência de vida nesse mar interior e de características semelhantes com a ocorrente nas zonas mais profundas dos mares do planeta Terra. Europa e o planeta Marte são os corpos celestes do sistema solar que apresentam as melhores condições para a existência de vida extraterrestre. Admite-se a existência de vulcanismo, pelo que os metais presentes na água poderiam constituir os nutrientes para a existência de vida, sob a forma de organismos quimiotróficos. Concluímos assim que existe uma possibilidade de no planeta Europa existir vida, devido às qualidades ambientais e caraterísticas geológicas deste satélite natural. Agradecimentos: Ao X Congresso de Jovens Geocientistas, à professora Paula Paiva e ao Prof. Doutor Pedro Santarém. Referências: Alves, E. I. (2010). Pequeno Atlas do Sistema Solar. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. NASA (2012). Europa FAQ. National Aeronautics and Space Administration (NASA). Acedido em

https://solarsystem.nasa.gov/europa/faq.cfm (31/01/2015). NASA (2014). Europa: Read More. National Aeronautics and Space Administration (NASA). Acedido

em http://solarsystem.nasa.gov/planets/profile.cfm?Object=Jup_Europa&Display=OverviewLong (31/01/2015).

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“CURIOSITY” DE MARTE

Cintia Eveline Afonso, Luísa Mesquita, Siva Cypriano, Sofia da Cunha Leal

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques 3001-654 Coimbra

10.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Amostras; Curiosity; Marte; Sondagens; Vida Extraterrestre. Escolhemos um tema relacionado com a exploração do planeta Marte, através do veículo “Curiosity” que é parte da missão “Mars Science Laboratory”, o veículo explorador efetuou várias sondagens que constituem uma forma direta de estudo dos materiais existentes nos planetas (NASA, 2014). O “Curiosity” ao fornecer informação relativa às rochas de Marte e permitiu, igualmente, aumentar o conhecimento sobre o planeta Terra. O “Curiosity” iniciou, em 2012, as suas atividades de exploração na superfície de Marte. Este veículo é capaz de perfurar as rochas do planeta vermelho e recolher amostras (National Geographic, 2013). A análise das mesmas é efetuada num laboratório instalado na própria sonda. Ao serem recolhidas, permitem-nos conhecer a constituição da geosfera de Marte e perceber se terão existido condições favoráveis à ocorrência de vida. Da informação obtida em Marte verificou-se que tempos, existiram grandes quantidades de água, destacando-se a presença de magnésio, sódio, potássio e cloro (essenciais para o crescimento das plantas), bem como de rochas basálticas e óxidos de ferro. As análises do “Curiosity” revelaram a presença no subsolo de compostos orgânicos, que são essenciais para a existência da vida, e de gás metano na atmosfera. Apesar de serem descobertas significativas, estas não servem como prova efetiva de que a vida existiu ou existe em Marte, evidenciando no entanto as semelhanças de Marte com a Terra e que o planeta vermelho pode ter sido propício ao desenvolvimento de vida. A NASA está a planear uma nova missão a Marte, que deverá ocorrer, em princípio, em 2020 e que terá como objetivo a colheita de amostras e o seu envio para o planeta Terra para posterior análise. Agradecimentos: Queríamos agradecer à professora Paula Paiva que nos proporcionou a realização deste trabalho e à Escola Secundária José Falcão que nos cedeu o espaço da biblioteca do estabelecimento. E ainda ao Prof. Doutor Pedro Santarém que fez a revisão. Referências: National Geographic (2013). Visita de estudo a Marte. Jornal Oficial da National Geographic Society,

13(148), 2-16. NASA (2014). Mars Science Laboratory. National Aeronautics and Space Administration (NASA).

Acedido em http://www.nasa.gov/mission_pages/msl/#.VNlC4C7QWix (31/01/2015).

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SISMOLOGIA RÉS-VÉS CAMPO DE OURIQUE

Jéssica Antunes, Pedro Diniz, Maria Parreira, Nuno Piedade

Escola Secundária José Falcão

Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra 10.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Banco de Gorringe; Destruição; Europa; Lisboa; Reconstituição, Terramoto e maremoto de 1755. No dia 1 de Novembro de 1755, Lisboa foi arrasada por um sismo com uma magnitude estimada entre 7.5 e 9.5 na escala de Richter, sendo o maior sentido em Portugal, em tempos históricos. O abalo foi também fortemente sentido no Sul de Portugal, Sul de Espanha e Marrocos. Ao sismo seguiu-se um maremoto de grandes proporções, que varreu todo o Atlântico Norte, atingindo o Norte de África, o litoral brasileiro, as Caraíbas e a Irlanda. Deste desastre natural resultaram milhares de mortos. “Rés-vés Campo de Ourique” – é uma expressão que ficou no nosso vocabulário popular, e que é utilizada quando surge a necessidade de expressar alguma proximidade a algo perigoso, como por exemplo “a água chegou rés-vés a Campo de Ourique”. Foi o que de facto aconteceu na manhã do primeiro de novembro de 1755, quando a onda gigantesca que sucedeu ao terramoto galgou terra e atingiu um dos pontos mais altos da cidade, precisamente Campo de Ourique. É com o estudo dos sismos, juntamente com outros métodos, que podemos estudar o interior da Terra. Para realizar este trabalho tivemos de pesquisar a informação de tudo o que aconteceu naquele dia. O Terramoto de 1755 teve grandes impactos socioeconómicos, não só na sociedade portuguesa, como também na sociedade europeia de meados do Séc. XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos dos efeitos dos sismos de área alargada, pois naquela época não existiam métodos eficientes de estudo dos sismos. Atualmente, apesar da investigação que se tem feito, ainda é incerto o local onde se situa a falha que deu origem a este sismo, embora se aponte para que ela se situe no flanco norte do Banco de Gorringe, monte submarino situado a sudoeste do Cabo de São Vicente. Agradecimento: Ao X Congresso de Jovens Geocientistas, à professora Paula Paiva e ao Prof. Doutor Fernando Carlos Lopes que fez a revisão.

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YELLOWSTONE, O GIGANTE PRESTES A EXPLODIR!

Ana Mafalda Duarte, Carmen Marques, Joana Carolina Veiga, Nuno Daniel Santos, Rafael Coimbra Silva

Escola Secundária José Falcão

Avenida D. Afonso Henriques 3001-654, Coimbra 10.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Geiseres; Magma Explosivo; Pluma térmica; Ponto quente; Vulcão; Yellowstone.

O Parque Yellowstone é conhecido pela grande atividade de geiseres. Um dos maiores geiseres do mundo situa-se neste parque e é denominado de Old Faithful. O vulcão do Yellowstone é constituído por uma câmara magmática que se enche de magma de uma rocha ácida - Riólito, rica em sílica. Este magma ácido dá origem um vulcão explosivo. Por cima da câmara magmática situa-se a cratera (a caldeira de 50x70 km) que devido à sua constituição de materiais impermeáveis acumulada tem água formando lagos. Quando a água se infiltra através de canais e atinge o magma a altas temperaturas, aquece e sai sob pressão dando origem a jatos intermitentes - geiseres. O grande dilema deste vulcão sobre uma pluma térmica é que ao longo dos tempos a câmara magmática vai ficando cada vez mais cheia até alcançar o seu ponto máximo de capacidade, então vai causar uma erupção de grande violência que terá efeitos catastróficos em todo o planeta. O Yellowstone entrou em erupção, há milhões de anos atrás, mais do que uma vez, em sete locais diferentes. Esta inconstância de erupções e de locais deve-se ao movimento para sudoeste da placa Norte-Americana mudando assim o local de contacto da pluma térmica com a litosfera ou seja o Hot-spot ao longo de milhões de anos. No passado as anteriores explosões em Yellowstone tiveram efeitos que duraram décadas e provocaram mudanças bruscas na Terra, como a extinção em massa de plantas e animais. Yellowstone para além de trazer riscos à população local e mundial, interfere de forma radical nos ecossistemas, no entanto é também um grande núcleo de turismo, beneficiando bastante a economia local trazendo lucros para a comunidade. É também um local de grande interesse geológico pois permite estudar com mais rigor fenómenos vulcânicos e o interior da Terra. Agradecimentos: Ao X Congresso dos Jovens Geocientistas, à professora Paula Paiva e à Professora Doutora Manuela da Vinha que fez a revisão.

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APLICAÇÃO DE RECURSOS GEOLÓGICOS EM MEDICINA

Ana Rita Jorge, Luís Oliveira, Mathilde Tellechea, Laura Ventura

Escola Secundária José Falcão, Coimbra Avenida D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Recursos Geológicos; Medicina; Terapêutica; Tecnologia. Os recursos geológicos são utilizados com fins terapêuticos desde os tempos mais remotos. Mais recentemente tem-se verificado o desenvolvimento de terapêuticas inovadoras nas mais diversas áreas. No âmbito de conhecer as diferentes aplicações e propriedades desses recursos, fomos investigar as utilizações atuais em terapêuticas inovadoras nos mais diversos campos da medicina, através de pesquisa bibliográfica de referência. Para além do clássico emprego de metais e oligoelementos em medicina, destaca-se a utilização dos recursos geológicos em biomateriais, terapias anticancerígenas, terapêuticas antibióticas ou ainda em criações muito recentes e quase ficcionais como a construção de membros biónicos. Descobertas atuais projetam-nos para um futuro em que um indivíduo amputado tenha não só a possibilidade de uma total funcionalidade motora, como também sensorial, algo realmente incrível e notório na tecnologia de ponta no campo da medicina.

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APLICAÇÃO DOS MINERAIS NA TECNOLOGIA A EXPLORAÇÃO DO COLTAN

Inês Antunes, Joana Campos, Diana Carvalho, Beatriz Rosendo, Carolina Seco

Escola Secundária José Falcão, Coimbra Avenida D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Coltan; Recursos; Tecnologia. Atualmente, a dependência de equipamentos de alta tecnologia é um tema recorrente e uma situação do quotidiano que abrange grande parte da população mundial. O mundo tecnológico contemporâneo e a crescente sociedade consumista levam-nos a descartar rapidamente, não só os equipamentos, mas também a menosprezar as matérias-primas e outros recursos naturais, essenciais à sua produção. Um dos principais componentes presentes na constituição dos dispositivos eletrónicos é o minério coltan, abreviatura de columbite-tantalite, mineral metálico, baço, preto, amorfo e muito denso, de fórmula química (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6 e que possui características fundamentais e muito vantajosas para o funcionamento dos sistemas tecnológicos que utilizamos diariamente. A exploração do coltan é um tema bastante controverso, visto que, apesar de ser explorado legalmente no Brasil e na Austrália, a sua extração na República Democrática do Congo é um problema de urgente resolução. Isto acontece porque se julga que os lucros obtidos financiam a guerra civil naquela zona. Estes conflitos trazem largas consequências a nível social, ambiental, da vida humana e do desenvolvimento do país. Os esforços feitos no sentido de diminuir a presença ilegal de coltan congolês no mercado não têm tido a eficácia esperada. A situação na zona dos Grandes Lagos Africanos, provocada pelo coltan, evidencia assim a falta de princípios do ser humano e os esforços por ele levados a cabo, em prol da satisfação da sua dependência tecnológica.

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ONDAS GIGANTES DA NAZARÉ: SORTE OU CIÊNCIA?

Jéssica Eliana, Joana Fabião, Maria Matias, Cecília Santos, Joana Silva, Sara Sousa

Escola Secundária José Falcão, Coimbra

Avenida D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra 11.º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Ondas gigantes; Canhão submarino; Correntes marinhas; Praia do Norte (Nazaré). Foi devido à atenção mediática que a zona da Nazaré tem tido ao longo dos últimos anos, principalmente neste último ano 2014, que esta questão nos foi colocada: “Que condições naturais estão na origem das ondas gigantes da Nazaré?”. Após a nossa pesquisa, concluímos que na zona costeira da Nazaré existe um canhão submarino, com controlo tectónico, que origina estas ondas gigantes. Este canhão altera o modo como a ondulação, proveniente de WNW, se propaga, permitindo a existência de zonas, na sua proximidade, onde as ondas convergem e se amplificam; ao largo da Praia do Norte, este processo é reforçado por correntes costeiras que se opõem às ondas. É a orientação deste canhão e o modo como este intersecta a linha de costa que permite que as correntes marinhas, que a própria ondulação cria junto à zona costeira, sejam alteradas. Assim, há uma amplificação das ondas que atingem alturas extremas. Reunidas todas estas condições, ondas de WNW, com períodos longos, a presença do canhão submarino e a variação da velocidade que introduz no sistema os retornos das grandes massas de água à praia, está formado o ambiente perfeito para que os surfistas mais destemidos possam encontrar na Praia do Norte toda a “sorte” de que necessitam para ser para sempre relembrados na história do surf. Agradecimentos: Agradecemos ao Professor Nuno Dâmaso por toda a ajuda que nos deu ao longo do trabalho.

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GEODIVERSIDADE NO JUNCAL (CONCELHO DE PORTO DE MÓS)

Bárbara Ascenso, Neuza Baptista, Bárbara Coelho, Mariana Tomaz

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, 2480-852 Juncal 10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Mineralogia; Paleontologia; Pré-História; Rocha Sedimentar; Sílex.

Tendo como ponto de partida os conteúdos programáticos lecionados na disciplina de Biologia e Geologia, referentes ao estudo dos materiais que constituem a geosfera, o trabalho pretende fazer um levantamento de aspetos relacionados com a geodiversidade do Juncal (concelho de Porto de Mós). Para tal, partindo da análise da carta geológica (folha 26-A), foi realizada uma saída de campo onde se identificaram diferentes rochas sedimentares, concretamente arenitos, argilas, calcários com fósseis de ostras e sílex. Essas diferentes litologias, associadas a fenómenos de sedimentação distintos, permitiram inferir a ocorrência de diferentes paleoambientes. Das rochas identificadas e recolhidas destacam-se calcários com fósseis de ostras e sílex. O sílex é uma rocha sedimentar essencialmente siliciosa (silicito de precipitação), constituída por calcedónia e opala, muito compacta, homogénea, dura mas frágil, com uma fratura conchoidal característica e lascas finas translúcidas (Costa, 1993). Pode apresentar várias impurezas como argilas, carbonato, silte e matéria orgânica. O sílex identificado ocorre em nódulos inclusos em calcários do Cretácico Superior. Esse recurso geológico foi utilizado pelos nossos antepassados para a produção de utensílios, no talhe de indústrias líticas, tais como bifaces, raspadores e pontas de seta e de lança, devido às arestas afiadas que são produzidas quando o sílex é fraturado. Foi também utilizado para se produzirem faíscas em armas de fogo antigas (pederneiras) (Carvalho, 1978, 2013). As amostras recolhidas passaram a fazer parte do espólio do laboratório de Geologia. Com a realização deste trabalho foi possível identificar um material geológico com inúmeras aplicações no passado, fundamental para o desenvolvimento dos primeiros utensílios e conhecer a diversidade de rochas sedimentares existentes próximo da escola.

Agradecimentos: Professora Ana Sílvia Malhado, Instituto Educativo do Juncal e Professor Pedro Callapez do Departamento de Ciências da Terra, da Universidade de Coimbra.

Referências Costa, J. B. (1979). Estudo e classificação das rochas por exame macroscópico. 8.ª edição,

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 196 p. Carvalho, A.M.G. (1978). Ciências Naturais. Geologia – II Volume. Lisboa: Ministério da Educação. Carvalho, A.M.G. (2013). Sílex, a primeira matéria-prima. Blogue De Rerum Natura. Acedido em

http://dererummundi.blogspot.pt/2013/11/silex-primeira-materia-prima.html

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E SE ENCONTRASSE TRONCOS FOSSILIZADOS NAS IMEDIAÇÕES DA SUA ESCOLA?

Miguel Cordeiro, Mariana Filipe, Jaime Santos, João Tiago

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852, Juncal

10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Fossilização; Madeira Petrificada; Mineralização; Paleontologia; Rocha Sedimentar.

O planeta Terra é um planeta dinâmico. Ao longo dos milhares de milhões de anos de existência da Terra e de evolução da Vida ocorreram inúmeros

fenómenos, que ficaram registados nas rochas formadas. Fenómenos como as extinções em massa marcaram as grandes etapas da história da Vida na Terra e foram fundamentais para a elaboração de uma Escala do Tempo Geológico. Esses segredos são desvendados, em parte, com o estudo das rochas sedimentares, como se fossem páginas de um livro em que os fósseis deixaram uma marca determinante, que nos permite interpretar o passado, através da reconstituição paleoambiental e paleogeográfica da Terra. Nesse âmbito, o trabalho desenvolvido incluiu uma saída de campo, para recolha de troncos fossilizados, a um local onde é efetuada extração de areia e de argila para fins industriais, na localidade onde se insere a escola (Juncal, concelho de Porto de Mós). Os materiais recolhidos foram analisados no laboratório de Geologia, recorrendo a testes de dureza e de reação ao ácido clorídrico, e passaram a fazer parte do espólio paleontológico do mesmo. Nas disciplinas de Ciências Naturais do 7.º ano e de Biologia e Geologia dos 10.º e 11.º anos são abordados conteúdos relativos aos processos de fossilização, concretamente à mineralização, pelo que os troncos recolhidos constituem espécimes excelentes para o estudo desse processo em vegetais. Na génese da madeira petrificada, o material biológico foi recoberto por sedimentos, num ambiente lagunar em anaerobiose, em que existia sílica. Esse ambiente teria de possuir um determinado índice de alcalinidade para que a sílica se encontrasse dissolvida, permitindo que a solução aquosa fosse absorvida pelo tronco da árvore através dos poros da madeira, o que impediu a sua decomposição e permitiu a petrificação (Silva, 2006). O trabalho desenvolvido permitiu, por um lado, compreender o processo de mineralização e por outro, aumentar o espólio paleontológico da escola.

Agradecimentos: Professor Marco Pedrosa, por facultar fotos e divulgar a localização dos fósseis; Professora Ana Sílvia Malhado, por coordenar o trabalho; Instituto Educativo do Juncal e Professor Doutor Pedro Callapez do Departamento de Ciências da Terra, da Universidade de Coimbra.

Referências: Silva, C. M. (2006). Mineralização. Temas de Paleontologia. Acedido em

http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Mineralizacao/Mineralz.htm

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IDENTIFICAÇÃO DOS ESPELEOTEMAS DAS GRUTAS DA MOEDA

Pedro Francisco, Andreia Silvério, Beatriz Simões, Maria Santos

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, Juncal, Porto de Mós 10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Calcite; Carbonato de cálcio; Espeleotema; Gruta; Relevo cársico. No Ano Internacional da Luz achamos pertinente explorar o assunto dos espeleotemas como produto da atividade geológica que se desenvolve no escuro de uma gruta ao longo de milhares a milhões de anos e que num acender de luz se dá a conhecer em toda a sua graciosidade e grandiosidade. Este trabalho tem como objetivo identificar e caracterizar os espeleotemas que surgem numa das grutas do Maciço Calcário Estremenho. Espeleotema é uma palavra de origem grega que significa depósito de caverna. Espeleotema ou concreção é o nome genérico dado a todas as formações rochosas que ocorrem no interior das grutas, tais como, estalagmites, estalactites, colunas, bandeiras, entre outras. Estas formações resultam da carsificação construtiva, por fenómenos de cristalização de minerais dissolvidos na água, que originam diversos tipos de precipitados no teto, paredes e chão das grutas. A meteorização das rochas carbonatadas (calcários, mármores, calcários dolomíticos) faz-se por ácidos dissolvidos na água. O principal é o ácido carbónico, resultante da combinação da água com o dióxido de carbono da atmosfera ou do solo. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi uma saída de campo às Grutas da Moeda para observação de espeleotemas e contacto com uma geóloga. Numa segunda fase, procedemos a pesquisa bibliográfica, de modo a permitir a caracterização dos vários espeleotemas. A realização deste trabalho permitiu concluir que as grutas alvo de estudo são ricas em espeleotemas, quer em quantidade quer em qualidade, pois pudemos observar uma enorme geodiversidade destacando-se não só as estruturas mais comuns como as estalactites, estalagmites, colunas, bandeiras, mas também outras de grande beleza, como “gours com oólitos-pérolas”, “couve-flor”, “polvos”, “esparguetes” e depósitos brancos de carbonato de cálcio. Agradecimentos: Para a realização deste trabalho colaboraram connosco o professor da disciplina de Biologia e Geologia, Cláudio Santos e Prof. Doutor Pedro Proença Cunha, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra. Um especial agradecimento ao Instituto Educativo do Juncal que disponibilizou gratuitamente o transporte para as saídas de campo e para o congresso.

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CALCITE DO MACIÇO CALCÁRIO ESTREMENHO – PROPRIEDADES E APLICAÇÕES

Rafael Alexandre, Diogo Jorge, David Pereira, Bernardo Pires

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, Juncal, Porto de Mós 10.ºano, Turma B

Palavras-chave: Aplicações da calcite; Calcário; Calcite; Carbonato de cálcio; Propriedades dos minerais.

A ideia de pesquisar sobre as propriedades e aplicações da calcite surgiu do facto de estar a decorrer o Ano Internacional da Luz. Este é um tema da área da Mineralogia, mas pode conciliar-se com o tema proposto pela UNESCO para 2015, pois muitas das propriedades e aplicações da calcite resultam da interação entre o mineral e a luz. Este trabalho de investigação tem como objetivo caracterizar o mineral através da identificação das suas propriedades e fazer um levantamento das suas aplicações. A calcite, cujo nome deriva do latim calce (“cal”), é um mineral muito comum na nossa região, profundamente marcada pelo maciço calcário estremenho. A calcite, cuja composição química é carbonato de cálcio, é o componente principal, por vezes o único, de rochas como os calcários e os mármores, bem como de concreções como as estalactites, estalagmites, entre outras. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi uma saída de campo a umas grutas e a uma pedreira de calcite, para observação e recolha de amostras de calcite. Numa segunda fase, em trabalho laboratorial, procedemos ao estudo das propriedades da calcite, e, por fim realizámos pesquisa bibliográfica sobre as aplicações deste mineral. A calcite apresenta propriedades físicas e químicas bastante distintivas que permitem uma fácil identificação, das quais se destacam a sua dureza, clivagem, reação ao ácido clorídrico, e, a birrefringência elevada. A dupla refracção é a propriedade que pode estabelecer a ligação com o Ano Internacional da Luz. Essa propriedade foi usada na construção do prisma de Nicol utilizado para obter luz polarizada. Relativamente às aplicações, destaca-se a sua utilização na construção civil (componente do cimento), na indústria química (produção de soda cáustica e cloreto de cálcio), na metalurgia (fundente), na agricultura (corretor de solos), na indústria de colas e vernizes, entre outras. Tendo em conta a diversidade de aplicações da calcite e a sua elevada disponibilidade no maciço calcário estremenho, consideramos que deva ser feita a sua exploração, ainda que, de forma sustentável. Agradecimentos: Para a realização deste trabalho colaboraram connosco o professor da disciplina de Biologia e Geologia, Cláudio Santos e a Professora Doutora Elsa Gomes, do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra. Um especial agradecimento ao Instituto Educativo do Juncal que disponibilizou gratuitamente o transporte para as saídas de campo e para o congresso.

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EXPLORAÇÃO DE CALCÁRIO ORNAMENTAL NO MACIÇO CALCÁRIO ESTREMENHO (MCE)

Eduarda Carreira, Carolina Martins, Sandrina Rodrigues, Carolina Sousa,

Rafaela Sousa

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852 Juncal

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Calcário; Maciço Calcário Estremenho (MCE); Pedreira; Rocha Sedimentar; Rocha Ornamental. Desde sempre que o Homem tem explorado um conjunto de recursos geológicos, sem os quais se tornaria impossível o nível de desenvolvimento científico, tecnológico, económico e social atual. Do conjunto de recursos minerais não metálicos fazem parte as rochas e o trabalho desenvolvido pende-se com o estudo de duas pedreiras de extração de calcário como rocha ornamental, localizadas em Ataíja de Cima e Moleanos (concelho de Alcobaça), que fazem parte do Maciço Calcário Estremenho (MCE). O MCE integra-se no Setor Central da Bacia Lusitaniana. Com uma forma aproximadamente trapezoidal, ocupa cerca de 750 km

2 e apresenta-se sobrelevado relativamente

às regiões limítrofes. Tem como limites a Bacia Terciária do Tejo a sudeste, a Bacia de Ourém a nordeste e a bacia de Bombarral – Alcobaça a noroeste. É notório que o Jurássico Médio ocorre nas zonas sobre-elevadas, ao passo que o Jurássico Superior ocupa, sobretudo, as regiões deprimidas. As rochas aflorantes no MCE datam do Hetangiano ao Pliocénico mas, maioritariamente, são do Jurássico Médio e Superior. (Carvalho, 2013). A saída de campo às pedreiras permitiu constatar a exploração de calcário nas variedades vidraço da Ataíja (calcário calcilástico e bioclástico, creme e azul) e vidraço dos Moleanos (calcário calcilástico e bioclástico grosseiro, branco-acastanhado, rijo, com fratura conchoidal) (Carvalho, 2012). Os calcários explorados constituem rochas sedimentares de origem quimiogénica e biogénica e, à semelhança da generalidade dos recursos minerais não metálicos, as rochas ornamentais constituem um recurso escasso, pois resultam de condições geológicas muito particulares. O trabalho permitiu constatar que as rochas ornamentais representam um importante setor da atividade extrativa, salientando-se que a tipologia das empresas que nele funcionam (micro, pequenas e médias empresas de cariz familiar) apresenta um vínculo muito direto com a atividade comercial dessas mesmas empresas. Foi, ainda, possível aprofundar o conhecimento relativo à exploração dos recursos minerais não metálicos.

Agradecimentos: Sr. Silvino Sousa por nos proporcionar a visita às pedreiras e por toda a amabilidade na explicação do processo extrativo do calcário e permissão para fotografar;

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Professora Ana Sílvia Malhado; Instituto Educativo do Juncal; Professora Doutora Lídia Catarino, do Departamento de Ciências da Terra, da Universidade de Coimbra.

Referências: Carvalho, A.M.G. (2012) Calcários nacionais usados como rochas ornamentais. Acedido

em http://sopasdepedra.blogspot.pt/2012/03/das-rochas-sedimentares-37.html (28/01/ 2015)

Carvalho, J. M. F. (2013). Tectónica e caracterização da fraturação do Maciço Calcário Estremenho, Bacia Lusitaniana. Contributo para a prospeção de rochas ornamentais e ordenamento da atividade extrativa. Tese de doutoramento. Universidade de Lisboa. Faculdade de Ciências Departamento de Geologia.

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RECURSOS MINERAIS NÃO METÁLICOS NO MACIÇO

CALCÁRIO ESTREMENHO (MCE) INDÚSTRIA EXTRATIVA

Rafael Gomes, João Pragosa, Carlos Silva, Isaac Silva

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, 2480-852 Juncal 12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Mineralogia; Morfologia; Recurso natural; Sustentabilidade. Os recursos minerais são recursos naturais, cuja localização da sua ocorrência, com valor económico, resulta de processos geológicos. São uma mais-valia natural dos territórios onde ocorrem, sendo imprescindíveis à manutenção do padrão de vida da sociedade atual. No Maciço Calcário Estremenho (MCE), região montanhosa que se destaca na paisagem como o mais importante conjunto de calcário português e de área aproximada de 900 km

2, podem-se

diferenciar três áreas distintas do ponto de vista morfológico: a oeste, a serra dos Candeeiros; ao centro e sul, o planalto de Santo António; a norte, o planalto de S. Mamede; a este, a serra d’Aire. Nesta região, a litologia calcária predominante, o soerguimento tectónico e modelado cársico com ausência de cursos de água permanentes promovem o dinamismo económico e social devido, entre outras atividades, à exploração da indústria extrativa, que é um importante fator de competitividade da região. Os principais focos da indústria extrativa no MCE são a exploração dos calcários ornamentais e industriais, as argilas para fins cerâmicos e areias para a indústria vidreira e construção civil.

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ATERROS SANITÁRIOS POR UM MUNDO MAIS VERDE

Elizandra Costa, Edson Gabriel, Josemar Mateia, Wilson Miranda, Marco

Monteiro

Universidade de Coimbra Departamento de Matemática da FCTUC, Apartado 3008, EC Santa Cruz

3001-501, Coimbra Ano Zero

Palavras-chave: Aterro; Bem-estar; Energia; Proteção; Sustentabilidade. Com este trabalho pretendemos levar a conhecer um pouco mais sobre os aterros sanitários respondendo às questões: Porquê?; Onde?; e Como?. Os aterros são locais para deposição de resíduos sólidos produzidos pela atividade humana. Porquê? A má gestão dos resíduos, diminuindo assim a qualidade de vida para níveis preocupantes e inutilizando recursos naturais (ex.: água e solo), reforçam a necessidade da construção de aterros sanitários. Onde? Em zonas com grande extensão de terreno, longe das cidades, para que os gases libertados não constituam ameaça ao bem-estar dos seres humanos. Como? Após o estudo de impacto ambiental, é efetuada uma grande abertura no solo, cujo fundo deve ficar a mais de dois metros de distância do lençol freático. Posteriormente é instalada uma manta de polietileno e uma camada de rochas de pequenas dimensões. São também instaladas calhas e tubos verticais por onde sobem os gases, uns recolhidos e outros libertados para a atmosfera. Concluiu-se que a construção de aterros sanitários é uma mais-valia pelo facto de eles contribuírem de uma forma significativa para o aumento da qualidade de vida; reduzindo a libertação de gases na atmosfera, como o metano, podendo até ser reaproveitados para a produção de energia. Porém o alto custo económico na sua construção, e manutenção, e os impactos ambientais (contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos) constituem algumas desvantagens a ter em consideração na construção dos aterros. Agradecimentos: Agradecemos aos professores pelo acompanhamento e aos colegas que direta ou indiretamente contribuíram na realização do referente trabalho.

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ENERGIA GEOTÉRMICA

Filomena Alfredo, Valdemar Armindo, Raúl Garcia, Fidel Xilo

Universidade de Coimbra Departamento de Matemática da FCTUC, Apartado 3008, EC Santa Cruz

3001-501, Coimbra Ano Zero

Palavras-chave: Energia; Entalpia; Fluxo geotérmico; Geotermismo; Recursos geotérmicos. O presente trabalho visa esclarecer alguns dos processos geológicos relacionados com a energia geotérmica. Resultante do calor interno da Terra, é uma energia que pode ser obtida diretamente de reservatórios geotérmicos, sendo utilizada no aquecimento de edifícios, estufas e na produção de eletricidade. É de grande importância desenvolver este tema, visto ser uma fonte relevante de energia alternativa, encontrada em regiões específicas da superfície da terra. Apesar de ainda não contribuir de forma significativa para a energia consumida no planeta é um recurso de elevado valor em mais de 15 países. A informação desenvolvida neste trabalho foi pesquisada em documentos e livros disponíveis na internet.

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METEORITOS, O EMBRIÃO DA VIDA?

Karen Campos, Dachala Liahuca, Cláudio Pereira, Vânia Saiundo, Elcana Tombia.

Universidade de Coimbra

Departamento de Matemática da FCTUC, Apartado 3008, EC Santa Cruz 3001-501, Coimbra

Ano Zero

Palavras-chave: Evolução; Meteoritos; Origem; Universo; Vida. Ao longo dos anos a ciência tem formulado teorias sobre a origem da vida, uma delas é focada nos meteoritos, e esta é a teoria que iremos abordar. Mas antes de falarmos das informações que os meteoritos podem nos dar sobre a origem da vida, temos que ter em conta a sua formação. Dá-se a queda de um meteoro, quando poeiras do sistema solar entram na atmosfera terrestre, podendo ser vaporizadas devido à fricção com a atmosfera ou, se possuírem grandes dimensões, podem atingir o solo passando a ser designado por meteorito. As partículas que dão origem aos meteoros e meteoritos chamam-se meteoroides. Os meteoroides são partículas de materiais (cometas ou asteroides) que se encontram no interior do sistema solar. É possível classificar os meteoritos em várias categorias segundo a sua textura e a sua composição química e mineralógica, mas vamos falar apenas dos condritos carbonáceos, que se destacam por terem carbono na sua composição – elemento essencial para a vida. Além de conterem compostos orgânicos, este tipo de meteoritos tem, na sua composição, minerais hidratados em quantidades significativas. Os meteoritos carbonáceos da família Renazzo (CR) possuem moléculas orgânicas solúveis como os aminoácidos glicina e alanina, que contribuíram para o desenvolvimento da vida na Terra. A colisão dos meteoritos CR2 na Terra primitiva, por seu lado, poderá ter desencadeado a evolução molecular pré-biótica. Concluímos que o estudo dos meteoritos realmente fornece informação sobre a origem da vida na terra, sem descartar outras teorias, aumentando os conceitos acerca da origem da vida na terra.

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SISMOS EM PORTUGAL

Jeovani Araújo, Hamilton Canoquela, Rogério Firmino, Luciano Jai, Juison Lourenço

Universidade de Coimbra

Departamento de Matemática da FCTUC, Apartado 3008, EC Santa Cruz 3001-501, Coimbra

Ano Zero

Palavras-chave: Geologia; Interplaca; Intraplaca; Portugal; Sismologia. Em Portugal, a atividade sísmica é consequência de processos de sismicidade interplaca, mais concretamente na fronteira entre as placas euro-asiática e africana, e intraplaca, no interior da placa euro-asiática. Pretende-se, com este trabalho, identificar os fatores que originam os sismos e estudar os maiores sismos ocorrido em Portugal. Entre os sismos que tiveram maior impacto em Portugal destacam-se o de 63 a.C. (costa portuguesa), como o primeiro sismo de que há registo, e o de 1755 (Lisboa), pela destruição causada. São, ainda, de relevo os sismos de 382 (Cabo de S. Vicente), 1356 (Algarve e Lisboa), 1909 (Benavente) e 1969 (Banco de Gorringe). Tendo em consideração o contexto tectónico, com o deslocamento para norte da placa africana e o movimento divergente de direção este-oeste na dorsal atlântica e o caso particular do Banco de Gorringe, em que o movimento de desligamento passa a cavalgamento da placa euroasiática sobre a placa Africana, conclui-se que o território português constitui uma zona de sismicidade relevante.

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VULCÃO DO FOGO

Gelson Chipoc, Domingos Cortez, Daniel Fernandes, Domingos Reis, António Simão

Universidade de Coimbra

Departamento de Matemática da FCTUC, Apartado 3008, EC Santa Cruz 3001 – 501, Coimbra

Ano Zero

Palavras-chave: Erupção; Ilha do Fogo; lavas; vulcanismo. Com este trabalho pretendeu-se retratar as duas últimas erupções vulcânicas em Cabo Verde, um arquipélago constituído por 10 ilhas e 8 ilhéus de origem vulcânica, situadas no Oceano Atlântico. Existe um vulcão ativo, na ilha do Fogo, o ponto mais elevado do arquipélago (2829 m). A primeira erupção de que há registo data de 1500, tendo a mais recente ocorrido em 2014, perfazendo mais de 26 erupções. Destacam-se as erupções de 1995 e de 2014, por terem sido as duas erupções mais recentes verificadas na Ilha do Fogo. Nestas duas erupções ocorreram emissões de lava a partir de vários focos (com formação de rios de lava em 2014), piroclastos e gases. Contudo, a de 2014 foi mais destrutiva, tendo-se prolongado por um maior período de tempo, contribuindo para prejuízos materiais mais avultados. O número de pessoas evacuadas foi, igualmente, superior na erupção de 2014 (1995 – cerca de 650 pessoas; 2014 – cerca de 1300 pessoas), em parte devido ao aumento populacional registado no intervalo entre estas duas erupções. Agradecimentos: Agradecemos primeiramente ao Senhor nosso Deus, a nossa família, colegas e aos nossos queridos professores por todo apoio que nos deram.

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CONFERÊNCIAS

No âmbito do X Congresso dos Jovens Geocientistas serão proferidas três

conferências no âmbito das Geociências, demonstrando a importância deste

campo de conhecimento no passado, no presente e no futuro.

1. “Mineralogia no século XXI”

Conferencista: Prof. Doutor Elsa Maria Gomes (Professora Auxiliar,

Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade de Coimbra).

2. “A Vertente Geológica do Mar”

Conferencista: Prof. Doutor Fernando Carlos Lopes (Professor Auxiliar,

Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade de Coimbra).

3. “Os fósseis e a história da Terra”

Conferencista: Prof. Doutor Pedro Callapez (Professor Auxiliar,

Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade de Coimbra).

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PROGRAMA

X Congresso dos

Jovens Geocientistas

Programa do dia 27 de Fevereiro de 2015 Auditório do Pólo II da FCTUC

PARTE DA MANHÃ

09:30 Receção e entrega da documentação

10:00 Sessão de abertura do X Congresso dos Jovens Geocientistas

10:30 Mineralogia no século XXI

Conferência convidada – Professora Elsa Gomes

APRESENTAÇÕES ORAIS (11:00 – 12:30)

11:10 Yellowstone, o Gigante prestes a explodir!

Ana M. Duarte, Carmen Marques, Joana Veiga, Nuno Santos e Rafael Silva

Escola Secundária José Falcão (Coimbra)

11:20 Rio Alviela – Estratégia para um futuro melhor

Sara Bonifácio, Maria Malaca, João Morgado e Vladyslava Pysanko

Agrupamento de Escolas de Alcanena

11:30 Estudo da bacia hidrográfica do rio Arunca

Juliana Alves, Gabriela Pereira, Eunice Rodrigues, Ana Serra e Vanessa Silva

Escola 2,3 Marquês de Pombal

11:40 Calcite do Maciço Calcário Estremenho: Propriedades e aplicações

Bernardo Pires, David Pereira, Diogo Jorge e Rafael Alexandre

Instituto Educativo do Juncal

11:50 Risco Sísmico em Seia

Hugo Abreu, João Alves, Ruben Freitas, Cristiano Santos e Diogo Santos

Escola Básica Dr. Abranches Ferrão (Seia)

12:00 A Vertente Geológica do Mar

Conferência convidada – Professor Fernando Carlos Lopes

ALMOÇO

12:40 Almoço livre – Alunos e docentes participantes podem usufruir das cantinas da

Universidade mediante a apresentação do crachá do evento.

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PARTE DA TARDE

14:00 Alcains e o seu granito: Breve caracterização geoeconómica

José Alberto Ferreira, Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (Castelo Branco)

14:15 Compreensão de algumas dinâmicas geológicas da região de Viseu

Alunos do 12.º ano da Escola Secundária de Viriato (Viseu)

14:30 Idade do Gelo - Vestígios Glaciares no Gerês

Margarida Gonçalves, Raquel Morais, Beatriz Rodrigues e Inês Rodrigues

Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

14:45 Geodiversidade no Juncal

Bárbara Ascenso, Neuza Baptista, Bárbara Coelho e Mariana Tomaz

Instituto Educativo do Juncal

15:00 Será Possível rentabilizar as lamas de corte resultantes da transformação dos

granitos?

Beatriz Santos, Raquel Teixeira, Cátia Ferreira, André Martins, Rita Arcanjo e Andriy

Karasov, Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

15:15 Parque Paleozoico de Valongo

Filipa Paiva, Carla Queiroz, Mariana Silva e Joana simões

Escola Secundária c/ 3º Ciclo D. Dinis (Coimbra)

15:30 Importância da Serra de Sicó para o ensino e aprendizagem da Geologia do 12º ano

Beatriz Duarte, Ricardo Ferreira, Mariana Simões e Adriana Resende

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis (Coimbra)

15:40 Vulcão do Fogo – Cabo Verde

Krav Maroja, Gonçalo Pina, Pedro Simões e Gabriel Trindade

Escola Básica Maria Alice Gouveia (Coimbra)

15:50 Solos preservados, alimentação humana melhorada

Cristiana Mendonça e Catarina Reis

Agrupamento de Escolas Amato Lusitano (Castelo Branco)

16:00 Os fósseis e a história da Terra

Conferência convidada – Professor Pedro Callapez

16:40 Intervalo – Lanche e sessão de pósteres

17:10 A importância científica da mina da Guimarota (Leiria)

João Domingos, Leandro Duarte, António Martins e Tiago Neves

Agrupamento de Escolas Correia Mateus (Leiria)

17:20 Darwin, o Geólogo

Inês Oliveira, Maria Inês Roque

Escola Secundária de D. Duarte

17:30 Sessão de Encerramento