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SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL PROFa. MARIA ADELAIDE RABELO VASCONCELOS

Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário

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SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

PROFa. MARIA ADELAIDE RABELO VASCONCELOS

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Qual a diferença entre lixão,

aterro controlado e

aterro sanitário?

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• Lixão é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo  sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Não existe nenhum tipo de impermeabilização do solo.

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lixo

chorume

lençol freático

urubus e outros

animais

Lixão

polui

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LIXÃO

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• Aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.

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Lixo velho

chorume

lençol freático

Cobertura com terra e

grama

Captação e queima do gás

metano

Nova célula de aterro

controlado

Manta de PAD: Polietileno de Alta Densidade

Lixo novo

Cobertura diária

Recirculação do chorume

Aterro Controlado

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ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado não é considerado uma forma adequada de disposição de resíduos porque os problemas ambientais de contaminação da água, do ar e do solo não são evitados, já que não são utilizados todos os recursos de engenharia e saneamento que evitariam a contaminação do ambiente.

No entanto, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada e saída de pessoas.

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ATERRO CONTROLADO

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Não há contaminação do lençol freático

Captação e queima do gás metano

Selação com Manta de PAD e

argila

Lixo novo

Cobertura diária

ETE

Captação do

chorume

Tratamento do

chorume

Terra virgem

Não há urubus ou animais

nem mau cheiro

Aterro Sanitário

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O ATERRO SANITÁRIO que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, está extremamente resistente.

Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume.

Este é coletado através de drenos de PEAD - Polietileno de Alta Densidade, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculada sobre a massa de lixo aterrada.

Depois desses seis meses, quando a vazão e  os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

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Aterros Sanitários

1. O aterro começa com a escavação de um grade buraco. Mas antes disso, o solo é perfurado até o lençol freático para verificar se não é arenonoso demais. O fundo não pode ficar a menos de 2 metros do lençol.

2. Tratores compactam a terra do fundo. Sobre o solo compactado é colocado uma manta de polietileno de alta densidade, e sobre ela uma camada de de pedra britada, por onde passam os líquidos e gases liberados pelo lixo. A cada 5 metros de lixo é feita uma camada de impermeabilização.

3. Para drenar o percolado (líquido que sai do lixo misturado à água da chuva) a cada 20 metros são instaladads calhas de concreto, que levam o chorume até a lagoa de estabilização.

4. Para evitar que alguém jogue lixo clandestivamente ou que algum desavisado entre no aterro, a área é toda cercada. Um cinturão verde é obrigatório com cerca de 50 metros de largura ao redor do aterro, com vegetação nativa.

5. O lixo solta gases, que são captados por uma rede de tubos verticais cheios de furos. Por esses canos , os gases sobem e chegam à superfície do aterro. O metano, NH3 em contato com o ar, pega fogo.

6. Engenheiros calculam que cada metro cúbico de lixo pesa cerca de 0,6 toneladas. Cada camada do aterro tem 5 metros de altura (4 metros de lixo e 1 metro de terra, brita e a manta de polietileno). Em cidades pequenas, o limite é de três camadas, mas nas metrópoles elas chegam a 20.

7. O percolado, chorume, é tratado no no próprio aterro ou é recolhido em caminhões par uma estação de tratamento de esgoto – ETE.

8. Balanças para a pesagem do caminhão coletor do lixo, controlam a quantidade de lixo que chega ao aterro. Existem caminhões coletores que carregam de 7 a 9 toneladas, mas há carretas capazes de levar até 40 toneladas por viagem.

9. Esta área é responsável por coordenar e monitorar as atividades do aterro.É aqui também que se avalia se já é hora de encerrar as atividades do aterro e encomendar a construção de um novo.

10. Quando o aterro esgota sua capacidade, é preciso fechá-lo. A maior parte deles dá origem a áreas verdes de conservação. Como o gás e o percolado continuam sendo gerados por pelo menos 15 anos, não se recomenda que o terreno seja usado para construções.

Aterros Sanitários

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ATERRO SANITÁRIO

É um método de aterramento dos resíduos em terreno preparado para a colocação do lixo, de maneira a causar o menor impacto ambiental possível.

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• O solo é protegido por uma manta isolante (chamada de geomembrana) ou por uma camada espessa de argila compactada, impedindo que os líquidos poluentes, lixiviados ou chorume, se infiltrem e atinjam as águas subterrâneas;

• São colocados dutos captadores de gases (drenos de gases) para impedir explosões e combustões espontâneas, causadas pela decomposição da matéria orgânica. Os gases podem ser queimados para evitar sua dispersão na atmosfera;

• É implantado um sistema de captação do chorume, para que ele seja encaminhado a um sistema de tratamento;

• As camadas de lixo são compactadas com trator de esteira, umas sobre as outras, para diminuir o volume, e são recobertas com solo diariamente, impedindo a exalação de odores e a atração de animais, como roedores e insetos;

• O acesso ao local deve ser controlado com portão, guarita e cerca, para evitar a entrada de animais, de pessoas e a disposição de resíduos não autorizados.

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ESQUEMA DE UM ATERRO SANITÁRIO

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ATERRO SANITÁRIO

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ATERRO SANITÁRIO EM CÉLULAS

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ROTINA OPERACIONAL

RECEPÇÃO DOS RESÍDUOS

ÁREA DE DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

DESCARGA

ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO

RECOBRIMENTO

DRENAGEM INTERNA DRENAGEM SUPERFICIAL

TRATAMENTO DO CHORUME

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DESCARGA

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RECOBRIMENTO

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RECOBRIMENTO

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Chorume é um líquido escuro gerado pela degradação dos resíduos em aterros sanitários. Ele é originário de três diferentes fontes:

· Da umidade natural do lixo, aumentando no período chuvoso;

· Da água de constituição da matéria orgânica, que escorre durante o processo de decomposição;

· Das bactérias existentes no lixo, que expelem enzimas, enzimas essas que dissolvem a matéria orgânica com formação de líquido;

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O impacto produzido pelo chorume sobre o meio ambiente está diretamente relacionado com sua fase dedecomposição. O chorume de aterro novo, quando recebe boa quantidade de águas pluviais é caracterizado por pH ácido, alta Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), alto valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) e diversos compostos potencialmente tóxicos.

Com o passar dos anos há uma redução significativa da biodegradabilidade devido a conversão, em gás metano e CO2, de parte dos componentes biodegradáveis.

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O chorume pode conter altas concentrações de sólidos suspensos, metais pesados, compostos orgânicosoriginados da degradação de substâncias que facilmente são metabolizadas como carboidratos, proteínas e gorduras.

Por apresentar substâncias altamente solúveis, o chorume pode contaminar as águas do subsolo nas proximidades do aterro. A presença do chorume em águas subterrâneas pode ter conseqüências extremamente sérias para o meioambiente e para a saúde pública por apresentar compostos altamente tóxicos.

Devido à movimentação dos lençóis o chorume pode dispersar-se e atingir poços Artesianos.

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As técnicas comumente empregadas para tratamento de rejeitos industrial têm sido empregadas para tratamento de chorume incluindo os tradicionais processos biológicos, aeróbio e anaeróbico, como também uma variedade de processos de físico-químicos.

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Entretanto, a capacidade de certos microrganismos para degradar substâncias orgânicas tóxicas é muito limitada.

Além de estarem sujeitos a quaisquer variações de pH ou de cargas tóxicas, que podem paralisar o metabolismo, outras dificuldades também são comumente encontradas.

Entre os principais inconvenientes destacam-se, a dificuldade no controle da população de microorganismos e a necessidade de um tempo relativamente longo para que os efluentes atinjam padrões aceitáveis.

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Tratamentos baseados em processos químicos são capazes de promover a degradação ou até mesmo a mineralização da matéria poluente.

Mas apresentam o inconveniente de ter que adicionar mais compostos químicos a um meio que já se encontra muito agressivo ao meio ambiente.

Além do mais, o desempenho de cada processo está relacionado à natureza química do chorume utilizado no tratamento, sendo que os resultadospodem ser influenciados pela idade, cargaorgânica, clima etc.

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A lagoa anaeróbia é responsável pelo tratamento primário do efluente e é dimensionada para receber cargas orgânicas elevadas, que impedem a existência de oxigênio dissolvido no meio líquido. As lagoas facultativas são responsáveis pelo tratamento secundário do efluente e referem-se à dualidade ambiental característica desse tipo de lagoa: aeróbia na superfície e anaeróbia no fundo.

A região em que ora aparece como aeróbia, ora como anaeróbia, dependendo da incidência da luz solar, caracteriza e denomina esse tipo de lagoa como facultativa.

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O Sistema bioquímico é definido como a utilização do conjunto solo/ plantas/microrganismos com a finalidade de remover, degradar ou isolar substâncias tóxicas do ambiente. Este sistema está baseado em wetland e barreiras reativas de solo.

Geralmente, estes sistemas de purificação hídrica utilizam plantas aquáticas emergentes que se desenvolvem tendo o sistema radicular preso ao sedimento e ao caule e folhas parcialmente submersas. A espécie mais utilizada em projetos tem sido a Typha domingensis conhecida vulgarmente no Brasil por Taboa.

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DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE CHORUME

Lagoa Anaeróbia

Lagoas anaeróbias são tanques de grande profundidade (4,0 a 5,0m), a profundidade é importante no sentido de reduzir a possibilidade de penetração do oxigênio produzido na superfície para as demais camadas.

A carga orgânica aplicada deverá ser alta de maneira que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezes superior a taxa de produção,

As lagoas anaeróbias removem de 50 a 60% da DBO afluente, sendo assim o efluente ainda possui altas taxas de matéria orgânica, necessitando unidades posteriores de tratamento.

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Lagoas Facultativas

Lagoas facultativas são tanques demenor profundidade (1,5 a 3,0m). A matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel), conjuntamente com a matéria orgânica de pequenas dimensões (DBO finamente particulada) não sedimenta, permanecendo dispersa na massa líquida.

Na camada mais superficial tem-se a zona aeróbia. Nesta zona, a matéria orgânica é oxidada por meio da respiração aeróbia.A necessidade da presença de oxigênio é suprida ao meio pela fotossíntese realizada pelas algas. Tem-se assim um perfeito equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio e gás carbônico

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Processo

O chorume surge após a lixiviação do lixo em estado de decomposição. Ele é drenado até os poços de acúmulo de chorume. Em seguida, o chorume é recalcado para a lagoa anaeróbica onde ficará em tratamento anaeróbio durante 7dias.

Depois de 7 dias, o chorume passará para a lagoa aeróbica, onde receberá oxigenação forçada (aerada). Nesta lagoa, o chorume fica de 3 a 5 dias.

A próxima etapa é o decantador, onde há formação de lodo. Esse lodo vai para o leito de secagem, que possui um filtro de areia.

Depois de seco, o lodo retornará para o aterro ou será compostado.

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Chorume chegando do aterro para o tratamento

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Lagoas Anaeróbia, Aeróbia e de Decantação.

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TRATAMENTO DO CHORUME

A quantidade e qualidade do chorume, variam bastante de um aterro para outro e dependem de fatores como:

• Composição do lixo;• Quantidade de resíduos dispostos;• Forma de disposição (grau de compactação, cobertura, etc.); • Índices de precipitação / evapotranspiração;• Extensão da área ocupada pelo lixo;• Tempo decorrido do início de disposição.

Na operação do sistema de tratamento é necessário efetuar, de forma sistemática, a medição da vazão do chorume gerado, bem como a determinação da sua composição, antes e depois do tratamento.

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As técnicas que se aplicam no tratamento do chorume se assemelham com as utilizadas no tratamento de esgotos:

• Lagoas anaeróbias;• Lagoas facultativas;• Reatores;• Digestores;

Utiliza-se com mais freqüência as lagoas anaeróbias e facultativas, onde ocorre a remoção da carga orgânica do chorume pela ação das bactérias.

Após o tempo em que fica retido na lagoa (tempo de detenção) o líquido deve estar em condições de ser lançado nos corpos d’água sem risco de contaminação.

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DRENAGEM INTERNA

MÁ DRENAGEM DO CHORUME:POSSÍVEL CONTAMINAÇÃO DO SOLO E DO LENÇOL FREÁTICO

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DRENAGEM SUPERFICIAL

As drenagens superficiais são previstas nos patamares (canaletas e caixas de drenagem) e nos taludes (descidas de água) e são instaladas ao final de cada camada da célula.

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