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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS www.cursoprius.com.br Prof. Jean Aquino 1 LÍNGUA PORTUGUESA SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO AULA 1: Frase, oração e período; introdução à análise sintática: o sujeito; o vocativo; o adjunto adnominal; o predicativo do sujeito; introdução à concordância verbal. Três conceitos são importantes no estudo da sintaxe: os conceitos de FRASE, ORAÇÃO e PERÍODO. Considera-se FRASE qualquer enunciado de sentido completo: I. NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS! II. TINTA FRESCA Já a ORAÇÃO trata-se de um enunciado que se organiza em torno de um verbo: I. Nada substitui o talento. II. Havia ainda alguma animosidade entre eles. O PERÍODO será um enunciado formado por uma ou mais orações e que se encerrará em um ponto. Será definido como período simples (ou oração absoluta) quando formado por apenas uma oração e como período composto (quando formado por duas ou mais orações): I. Nas montanhas, vive-se uma vida menos célere. (Período simples) II. quem afirme que viver é perigoso. (Período composto) 1. Identifique, dentre os enunciados abaixo, frases que não são orações: a) Chuva faz desabrigados no norte do estado. b) Rua sem saída. c) Imprensa prevê distúrbios no trânsito. d) Cidadão consciente: cidade limpa. e) Não havia indicadores suficientes. 2. Ponha PS para período simples e PC para período composto: a) Não era necessário que se dissessem tantas mentiras. ( ) b) Rumores, mentiras, acusações, houve de tudo. ( ) c) Teus olhos me seguem como uma sombra. ( ) d) Seria adequada uma postura mais íntegra em virtude da importância do cargo. ( ) e) Li, identifiquei-me e sonhei. ( ) ANÁLISE SINTÁTICA TERMOS DA ORAÇÃO Os termos da oração são divididos da seguinte forma: ESSENCIAIS Sujeito* e predicado INTEGRANTES Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva e predicativos. ACESSÓRIOS Adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

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1 LÍNGUA PORTUGUESA

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

AULA 1: Frase, oração e período; introdução à análise sintática: o sujeito; o vocativo; o adjunto adnominal; o predicativo do sujeito; introdução à concordância verbal.

Três conceitos são importantes no estudo da sintaxe: os conceitos de FRASE, ORAÇÃO e PERÍODO.

Considera-se FRASE qualquer enunciado de sentido completo:

I. NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS! II. TINTA FRESCA

Já a ORAÇÃO trata-se de um enunciado que se organiza em torno de um verbo:

I. Nada substitui o talento. II. Havia ainda alguma animosidade entre eles.

O PERÍODO será um enunciado formado por uma ou mais orações e que se encerrará em um ponto. Será definido como

período simples (ou oração absoluta) quando formado por apenas uma oração e como período composto (quando formado por duas ou mais orações):

I. Nas montanhas, vive-se uma vida menos célere. (Período simples)

II. Há quem afirme que viver é perigoso. (Período composto)

1. Identifique, dentre os enunciados abaixo, frases que não são orações: a) Chuva faz desabrigados no norte do estado. b) Rua sem saída. c) Imprensa prevê distúrbios no trânsito. d) Cidadão consciente: cidade limpa. e) Não havia indicadores suficientes.

2. Ponha PS para período simples e PC para período composto: a) Não era necessário que se dissessem tantas mentiras. ( ) b) Rumores, mentiras, acusações, houve de tudo. ( ) c) Teus olhos me seguem como uma sombra. ( ) d) Seria adequada uma postura mais íntegra em virtude da importância do cargo. ( ) e) Li, identifiquei-me e sonhei. ( )

ANÁLISE SINTÁTICA

TERMOS DA ORAÇÃO Os termos da oração são divididos da seguinte forma:

ESSENCIAIS Sujeito* e predicado

INTEGRANTES Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva e predicativos.

ACESSÓRIOS Adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

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2 * Conceito questionável modernamente. (O vocativo não faz parte de nenhum dos três grupos)

O SUJEITO é o termo sintático sobre o qual se declara algo. Normalmente, é facilmente identificável quando se pergunta QUEM ou O QUE pratica (ou sofre) a ação verbal. Os imigrantes ilegais chegavam em contêineres. (Quem chegava?) Dos livros, vêm meus conhecimentos. (O que vem dos livros?)

3. Sublinhe os sujeitos das orações e circule os seus núcleos: a) Certas entidades filantrópicas cumprem essa função de forma admirável. b) Nas grandes cidades, reina um clima hostil. c) Da infância vêm a ansiedade e os temores. d) A governo e sociedade cabe essa responsabilidade. e) “Minha bela Marília, tudo passa.”

TIPOS DE SUJEITO A NGB atribui ao sujeito três classificações:

I. SIMPLES, quando há apenas um núcleo: O canto dos pássaros transmite paz .

II. COMPOSTO, quando há dois ou mais núcleos: Nas profundezas do meu pensamento, vivem a tua lembrança e a minha saudade.

III. INDETERMINADO: a) Quando se emprega o verbo na terceira pessoa do plural (obviamente, sem que se possa identificar o autor da ação verbal):

Divulgaram informações inexatas. (Sujeito indeterminado)

b) Quando se emprega o PRONOME INDETERMINADOR DO SUJEITO (SE): Não se carece de uma intervenção cirúrgica. (Sujeito indeterminado)

c) Com verbos no infinitivo: Fumar faz mal à saúde. NOS CONCURSOS: Convém não confundir o pronome indeterminador com o pronome apassivador! Concordava-se com qualquer absurdo. (sujeito indeterminado) Cumpriu-se a meta. (sujeito simples) A transitividade verbal, normalmente, é o melhor processo para distinção do PRONOME INDETERMINADOR do APASSIVADOR: Se (PIS) anexa-se, normalmente, a verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação. Carecia-se de mais apoio. (VTI) Ainda se vive em um bairro perigoso. (VI) No Rio antigo, era-se mais feliz. (VL) Importante: Há orações em que é perfeitamente possível a identificação do sujeito ainda que o mesmo não venha expresso. Em tais casos, algumas bancas atribuem-lhe denominações como oculto, elíptico, desinencial, implícito, determinado ou subentendido. Falhamos absurdamente. (nós) Maria, ignoraste os meus apelos. (tu)

ORAÇÃO SEM SUJEITO A oração estará sem sujeito na ocorrência dos chamados verbos impessoais, dentre os quais, destacam-se:

I. Os que expressam fenômeno natural:

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3 Choveu durante vários dias em Londres. Sempre chove no Natal. Cuidado: Choveu papel picado. (Sujeito simples)

II. Verbo HAVER, empregado com sentido de existir ou ocorrer. Sempre haverá insatisfação. Houve agressões absurdas.

III. Verbos HAVER e FAZER, quando indicam tempo decorrido. O evento se deu/ há alguns dias. Faz alguns anos / que impera certa intranquilidade.

IV. Verbos que indicam tempo meteorológico, cronológico ou temperaturas. Sempre faz calor no Rio? Ainda era um pouco cedo. Ontem, fez dois graus em Moscou.

V. Verbo SER, indicando dias, horas ou distâncias: Hoje é dia vinte e cinco de agosto. Já eram dez da manhã. Da minha casa à tua, são dois longos quilômetros.

VI. Verbos bastar e chegar + de (com sentido de suficiência): Basta de tanta maldade. Chega de mentiras.

4. Identifique o tipo de sujeito de cada oração, seguindo o código abaixo: I. Sujeito simples; II. Sujeito composto; III. Sujeito oculto (desinencial, implícito...); IV. Sujeito indeterminado; V. Oração sem sujeito (sujeito inexistente).

a) O seu olhar, subitamente, anoiteceu. ( ) b) A vida tem regras próprias. ( ) c) Sempre haverá opiniões contraditórias. ( ) d) Levaram todos os nossos bens. ( ) e) No mar, não existe leão nem elefante. ( ) f) Aspiro a dias melhores. ( )

QUESTÕES OBJETIVAS

1. Identifique a opção em que ocorre a indeterminação do sujeito: a) Alguém lhe fez acusações injustas. b) Ninguém se indisporia daquela forma. c) Nada o deteria. d) Quem diria tal absurdo? e) Impuseram-lhe rígidas normas.

2. Na oração “Livros espalhados e guimbas de cigarro havia em todo canto...”, o sujeito deve ser classificado como: a) Simples b) Composto c) Indeterminado d) Inexistente e) Oculto ou desinencial

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4 3. Na oração “Haviam condenado o pobre homem à forca...”, o sujeito deve ser classificado como: a) Simples b) Composto c) Indeterminado d) Inexistente e) Oculto

4. Apenas uma das orações abaixo se apresenta sem sujeito. Identifique-a: a) Ninguém havia recolhido o lixo. b) Todos se haviam com respeito. c) Haviam levado seu carro. d) Havia poucos refugiados no campo. e) Os réus houveram do juiz a comutação da pena.

5. “Brigar nunca levou ninguém a lugar nenhum...”

O sujeito do verbo em destaque deve ser classificado como: a) Oculto b) Indeterminado c) Inexistente d) Simples e) Composto

GABARITO

1- E 2-D 3-C 4-D

5-D

AULA 2: Transitividade verbal e tipos de predicado.

Antes que se analisem os chamados verbos expressivos, é importante reconhecer os chamados verbos de ligação, verbos de natureza inexpressiva, cuja função é atribuir ao sujeito uma qualidade (predicativo do sujeito):

As mulheres são compreensivas. (predicativo)

Os cães estavam tensos e raivosos. (predicativo)

Agora, tudo parece mais claro. (predicativo)

Principais verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, parecer, continuar, virar, andar, viver e cair.

Quando expressivos, atribuem-se aos verbos as seguintes classificações:

I. Denomina-se INTRANSITIVO o verbo que não carece de um complemento verbal (objeto direto ou indireto): Diante da morte, o guerreiro sorri. O seu olhar, subitamente, anoiteceu.

II. Denomina-se VERBO TRANSITIVO DIRETO o verbo que possui complemento não necessariamente preposicionado (objeto direto): O governador defendia suas ideias. Pessoas sábias evitam tolas discussões.

III. Denomina-se VERBO TRANSITIVO INDIRETO o verbo que possui um complemento preposicionado (objeto indireto):

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5 Este verbo necessita de um complemento. Poucas pessoas concordariam com aquele absurdo.

IV. Denomina-se VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO o verbo que possui dois complementos verbais (OD e OI) O marido apresentou suas razões à esposa. O governo ofereceu recursos à comunidade.

1. Classifique os verbos das orações abaixo, seguindo o código proposto: I. Verbo de ligação II. Verbo intransitivo III. Verbo transitivo direto IV. Verbo transitivo indireto V. Verbo transitivo direto e indireto

a) ( ) Pessoas boas enfrentam problemas. b) ( ) Procurávamos uma explicação coerente. c) ( ) O seu temor é absurdo. d) ( ) A esposa discordava de certas posturas. e) ( ) O pai severo impunha normas aos filhos. f) ( ) Atribuo a sua inteligência aos livros. g) ( ) Todas as pessoas parecem tranquilas. h) ( ) Ele cria em qualquer bobagem. i) ( ) Ele cria porcos selvagens. j) ( ) O homem morava em um bairro distante. k) ( ) Essas atribuições não cabem a mim. l) ( ) Os dias se tornaram mais longos. m) ( ) As alegações careciam de fundamento. n) ( ) O tempo oferece sabedoria às pessoas. o) ( ) Nada saciaria a sua sede. p) ( ) A professora proferia mentiras aos alunos. q) ( ) Poucas pessoas simpatizavam com ele. r) ( ) Obedeça aos seus princípios. s) ( ) Todas as suas tentativas falharam. t) ( ) Ocorreu um desagradável incidente. u) ( ) Crianças resistem a uma educação rígida. v) ( ) O sol surgiu por entre as nuvens. w) ( ) Sempre há mulheres sem caráter. x) ( ) Sempre existem mulheres sem caráter. y) ( ) A vida impunha desafios àquela criança. z) ( ) Seu olhar seduzia os homens.

QUESTÕES OBJETIVAS:

1. Na oração “A mente de um sábio busca conhecimento a todo momento...”, o verbo em destaque é exemplo de: a) Verbo de ligação b) Verbo transitivo direto c) Verbo transitivo indireto d) Verbo transitivo direto e indireto e) Verbo intransitivo

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6 2. “Não havia pessoas na praça e os pombos pareciam desolados.” Os verbos do período acima devem ser classificados,

respectivamente, como: a) Verbo transitivo direto e verbo de ligação b) Verbo intransitivo e verbo de ligação c) Verbo intransitivo e verbo transitivo direto d) Verbo de ligação e verbo intransitivo e) Verbo transitivo direto e verbo transitivo direto

3. “Muitas famílias em países pobres ou em desenvolvimento dependem da ajuda de parentes no exterior.”

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) A redução da pobreza no Brasil carecia de uma análise mais cuidadosa. b) ... o Brasil tem condições excepcionalmente favoráveis ... c) ... uma parcela considerável de sua população ainda vive em palafitas... d) ... o número de pessoas em extrema pobreza aumentará em 2009 ... e) ... Poucas pessoas têm medo de monstros como Petrúquio.

4. “Não há neste país quem possa concordar com ideias tão avançadas, mas carentes de sentido...”

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) A população ribeirinha vivia em casas insalubres. b) Ele parecia disposto a esquecer certos valores do passado. c) Essa responsabilidade cabe a todos nós, vereadores ou não. d) O consumo abusivo de carne vermelha eleva índices de obesidade e de estupidez. e) Parecia um gigante sem braços e sem cérebro.

5. “O dono na cafeteria impunha a seus clientes um modo estranho de ver a vida...”

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: a) A cidade carece de propostas concretas e não de devaneios. b) Antônia falava ao telefone as mesmas mentiras de sempre. c) O político negava uma explicação mais consistente a seus eleitores. d) Ele me olhou com aquele olhar desconfiado típico dos cães de rua. e) Determinaram valores absurdos.

GABARITO1B2A3A4C5C

AULA 3: COMPLEMENTOS VERBAIS E PREDICATIVOS

Denomina-se predicativo do sujeito a característica atribuída ao sujeito no predicado:

As folhas caíam da árvore tranquilas e suaves.

O olhar se tornava, a cada dia, mais revelador.

Denomina-se predicativo do objeto a característica ao objeto (direto ou indireto) uma característica através de verbo transobjetivo:

O estudo torna os alunos sábios.

As crianças consideravam o estudo desnecessário.

Principais verbos transobjetivos: tornar, deixar, manter, fazer, considerar, julgar, nomear, chamar, querer, tomar, ter, encontrar.

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Denomina-se OBJETO DIRETO o complemento do verbo transitivo direto: O músico compunha apenas canções suaves.

A busca pelo sucesso implica algumas privações.

Denomina-se OBJETO INDIRETO o complemento do verbo transitivo direto: Os homens necessitam de recursos.

A preservação das florestas cabe a todos. NOS CONCURSOS: São muito frequentes nos concursos questões em que se propõe ao aluno a substituição de complementos verbais por pronomes. Os pronomes oblíquos átonos O, A, OS, AS substituem adequadamente os objetos diretos de terceira pessoa: O homem esperava respostas: O homem AS esperava. Quando pospostos a verbos de terminação R, S ou Z, os pronomes O, A, OS, AS assumem as formas LO, LA, LOS, LAS: Fizemos a alteração: Fizemo-la. Agora é a sua vez:

1. Substitua os objetos diretos destacados por pronomes oblíquos átonos enclíticos aos verbos: a) Fiz um acordo:

____________________________________

b) Devo expor meus sentimentos: ____________________________________

c) Quisemos uma explicação: ____________________________________

d) Impusemos uma alteração: ____________________________________

e) Resolvamos os problemas: _____________________________________ Quando pospostos a verbos de terminação M, ÃO ou ÕE, os pronomes O, A, OS, AS assumem as formas NO, NA, NOS, NAS: Fizeram a alteração: Fizeram-na. Agora é a sua vez:

2. Substitua os objetos diretos destacados por pronomes oblíquos átonos enclíticos aos verbos: a) Reelegeram o deputado:

____________________________________

b) Propõe uma solução: ____________________________________

c) Abençoem a plantação. ____________________________________

d) Dão certas explicações: ____________________________________

e) Falem a verdade: ____________________________________

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8 Tipos de objeto direto:

I. Objeto direto pleonástico: Repete, em forma de pronome, objeto direto já expresso na oração: Nossas indagações, as pessoas não as entendem.

II. Objeto direto cognato (interno ou internalizado): Seu núcleo tem o mesmo radical que o próprio verbo ou tem relação semântica óbvia com ele. O homem sorriu um sorriso triste.

III. Objeto direto preposicionado: Trata-se de OD com preposição não exigida pelo verbo. Os casos mais frequentes são os seguintes:

a) Para que se evite ambiguidade: A seus filhos os pais socorreriam.

b) Para que se dê ao objeto direto um caráter partitivo: O menino tomou da sopa e detestou.

c) Em palavras de cunho religioso: Vamos louvar a Deus.

d) Com pronomes oblíquos tônicos: Sempre amarei a ti.

e) Com pronomes indefinidos e numerais: Mulher que a dois ama a ambos engana.

Os pronomes oblíquos átonos LHE e LHES substituem, na maioria dos casos, os objetos indiretos de terceira pessoa regidos pela preposição A:

O homem a seu chefe: O homem LHE obedecia.

Como o OD, o OI também pode ser empregado de forma pleonástica: Aos justos, a vida LHES oferece abrigo. QUESTÕES OBJETIVAS:

1. “Os cobradores de impostos da época perseguiam aqueles pobres cidadãos medievais impiedosamente…” O termo em destaque desempenha, sintaticamente, função de:

a) Objeto direto b) Objeto indireto c) Predicativo do sujeito d) Sujeito e) Predicativo do objeto

2. Identifique a opção em que ocorre a anteposição do complemento verbal ao verbo: a) O tempo cura todas as dores. b) A políticos de bom caráter o povo recorreu. c) Havia inúmeras provas contra ele. d) Vínhamos de um país diferente. e) Àquela cidade eu não vou.

3. “As crianças pobres pedem presentes impossíveis a um Papai Noel ilusório…”. Identifique a opção cujo verbo destacado pede

os mesmos tipos de complemento que o da oração acima:

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9 a) Pessoas carentes precisam de recursos. b) Darei um dom a essas pessoas. c) Não havia provas consistentes contra ele. d) Éramos fiéis aos nossos instintos apenas. e) Chegaram reclamações aos meus ouvidos.

4. “O homem de coração puro confia em promessas traiçoeiras...” O termo em destaque desempenha função sintática de: a) Sujeito b) Objeto direto preposicionado c) Objeto indireto d) Predicativo do sujeito e) Objeto direto

5. A NGB condena o emprego de LHE como OBJETO DIRETO. Identifique a opção que, portanto, desobedece ao padrão culto da

linguagem: a) Nós lhe pedimos uma prova de amor. b) Impus-lhe uma condição. c) Poucas pessoas lhe compreendiam. d) Solicitei-lhe um momento de atenção. e) Peçam-lhe que venha até mim.

GABARITO

1- A 2-B 3-B 4-C

5-C

AULA 4: Complemento nominal; como diferenciar o complemento nominal do adjunto adnominal.

Denomina-se COMPLEMENTO NOMINAL o termo preposicionado que complementa o sentido de certos nomes (adjetivos,

advérbios e substantivos abstratos): Ordenaram a demolição do prédio. O homem era fiel a seus princípios. Morava longe de tudo e de todos.

NOS CONCURSOS:

Sempre causa muita aflição aos estudantes da língua portuguesa determinar se um termo preposicionado que se relaciona a um nome é um complemento nominal ou um adjunto adnominal.

Vamos tentar deixar as coisas mais claras: Só haverá de fato certa complicação quanto a TERMOS PREPOSICIONADOS relacionados a substantivos abstratos, como nos casos abaixo:

“A elaboração dos projetos...” “Os anseios da criança...” Termos regidos por preposição que complementam adjetivos ou advérbios exercem, necessariamente, função de complemento nominal. Era um homem dedicado às artes literárias. (complementando o adjetivo “dedicado”) Chegara à repartição posteriormente à publicação. (complementando o advérbio “posteriormente”)

Seguem abaixo quatro observações úteis à diferenciação dos termos:

1. É importante observar que complementos nominais não complementam a significação de substantivos concretos, portanto, não convém perder tempo com construções como as que veremos abaixo: Os olhos do povo teimam em não ver a verdade. (adjunto adnominal)

O espírito do homem anseia por justiça. (adjunto adnominal)

As pernas da mulher tiraram o sono de muitos homens. (adjunto adnominal)

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10 Repare que os termos “do povo”, “do homem” e “da mulher” se relacionam, respectivamente, aos termos “olhos”, “espírito” e “pernas”, todos substantivos concretos.

2. Complementos nominais não têm valor possessivo. Uma expressão preposicionada que se relacione a um substantivo e expresse valor de posse desempenhará função de adjunto adnominal (ainda que o substantivo seja abstrato!)

3. A tristeza da população não dava mostras de a arrefecer.

A alma do homem cândido não vê maldade em tudo.

A clarividência da cartomante estava posta à prova.

4. Quando termos preposicionados se relacionam a substantivos abstratos que denominam ações, convém estabelecer o seguinte

critério: Se representam o agente de tal ação, desempenham função de adjunto adnominal; se representam o paciente de tal ação, desempenham função de complemento nominal.

5. Veja duas hipotéticas manchetes de jornais às vésperas da Copa do Mundo de 94: IMPRENSA AGUARDA ANSIOSA A CONVOCAÇÃO DE PARREIRA. IMPRENSA AGUARDA ANSIOSA A CONVOCAÇÃO DE ROMÁRIO. As expressões “de Parreira” e “de Romário” se relacionam ao termo “convocação”. Note que o contexto estabelece que Parreira convoque e Romário seja convocado. O primeiro é o agente da convocação e o segundo, o paciente. Portanto, “de Parreira” exerce função de adjunto adnominal, e “de Romário”, de complemento nominal. Seguem mais exemplos: Os mestres buscam a compreensão do aluno. (adjunto adnominal)

Os mestres buscam a compreensão da matéria. (complemento nominal) (O aluno compreende; a matéria é compreendida)

6. Quando relacionados a substantivos abstratos que expressem sentimentos ou sensações, desempenharão função sintática de complemento nominal os que revelarem o que causa (ou provoca ou desperta) tal sentimento ou sensação. Se indicarem o que (ou quem) sente tal sentimento, teremos um adjunto adnominal: Medo de barata.

(CN, já que a barata causa medo) Aversão a estrangeiros. (CN, já que os estrangeiros despertam aversão)

Era absurdo o medo de Maria. (ADN, já que Maria sente medo) Questão 1: Determine, seguindo o código, a função dos termos em destaque abaixo:

(1) CN (2) ADN

a) ( ) Tinha olhos de víbora. b) ( ) Poucos entendem as carências da mulher. c) ( ) Era avesso a discussões. d) ( ) Pediram a cassação do prefeito. e) ( ) Ordenaram a prisão do deputado. f) ( ) As decisões da filha chocavam o pai. g) ( ) As portas do templo estavam cerradas. h) ( ) Agia fielmente às normas. i) ( ) Tinha nojo de ignorantes.

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11 j) ( ) Tinha aversão a fumantes. k) ( ) Buscava a aceitação dos alunos. l) ( ) A tristeza do cachorro não tinha fim. m) ( ) A feiura da mulher espantava os cães. n) ( ) A seleção de candidatos foi injusta. o) ( ) A estupidez do homem aviltava a mulher. p) ( ) Nutro desejo por pessoas inteligentes. q) ( ) Aracnofobia designa o medo de aracnídeos. r) ( ) Poucos entendiam o medo da mulher. s) ( ) João Paulo tinha profundo medo da mulher. t) ( ) Só os cães nos são realmente fiéis. u) ( ) Só os cães nos entendem as dores. v) ( ) Todos lhe foram favoráveis. w) ( ) Todos lhe afagavam o ego. x) ( ) Ele era digno de honras. y) ( ) A alegação do padre não tinha sentido. z) ( ) A alegação de insanidade não tinha sentido.

QUESTÕES OBJETIVAS: 1. Observe os termos destacados nos trechos abaixo:

I. É digno de honras quem honras dá. II. A percepção do erro é o primeiro passo para a correção. III. A instabilidade do mercado é tormento para os investidores,

Apresenta (m) complemento nominal os fragmentos:

a) I e II b) II apenas c) II e III d) I e III e) I, II e III

2. Apenas uma das opções abaixo não apresenta em destaque um complemento nominal. Assinale-a:

a) Parece inerente ao povo o dom de suportar a dor. b) A astúcia do homem é a sua ruína. c) É conveniente ao verme a morte do homem. d) A superação do medo fortalece o espírito. e) Tínhamos aversão a qualquer ser humano.

3. Identifique a opção que apresenta complemento nominal:

a) A beleza da mulher se tornou o infortúnio do homem. b) As aspirações do povo não condizem com a realidade. c) Todo ser humano está sujeito a erros. d) Os pensamentos de Ana sempre tinham Paris como pano de fundo. e) Seu anseio de menina não tinha limites.

4. Identifique a única opção que não apresenta complemento nominal:

a) Conquanto fosse avesso à política, via-a como uma forma de corrigir o incorrigível. b) Sua ânsia por vingança seria saciada no sangue do inimigo. c) Das lembranças de um passado glorioso ele vivia sua vida de torcedor amargurado. d) As contradições de um homem devem fazê-lo crescer às vistas de seu povo?

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12 e) Perco-me, por instantes, na contemplação de um sorriso.

5. Identifique os períodos que apresentam, em destaque, complemento nominal:

I. Seu espírito foi invadido de um sentimento insano, então fugiu à insana tarefa de dominar o monstro. II. As canções tristes dos velhos soldados só nos falavam de batalhas perdidas. III. A inércia do marido enlouquecia a mulher e os filhos. IV. As alegações do réu pareciam infundadas e carentes de sentido.

a) I, II, III e IV b) I, II e III c) II e IV d) II apenas e) Nenhum dos períodos apresenta, em destaque, complemento nominal.

GABARITO

1- A 2-B 3-C 4-D

5-E

AULA 5: Vozes verbais; agente da passiva.

I. Estará na VOZ ATIVA a oração em que o sujeito pratique a ação expressa pelo verbo. Nesse caso, diz-se que o sujeito é agente:

Os profetas proferem algumas mentiras. O dia nasceu majestoso.

II. Estará na VOZ PASSIVA a oração em que o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. Nesse caso, diz-se que o sujeito é paciente: O homem será derrotado por seus medos. (Voz passiva analítica ou locucional) Descobriu-se a real razão da fuga. (Voz passiva sintética ou pronominal)

III. Estará na VOZ REFLEXIVA a oração em que o sujeito pratique e sofra ação verbal ao mesmo tempo: O homem se impunha limites. (Note que o homem impunha limites a sim mesmo)

IV. Denomina-se AGENTE DA PASSIVA o termo que, na voz passiva, indica o agente da ação sofrida pelo sujeito: As feridas serão curadas pelo tempo. O medo será derrotado pela esperança. Sua mente foi invadida de lembranças agradáveis. NOS CONCURSOS:

Uma transposição adequada da voz ativa à voz passiva analítica implicará que o OBJETO DIRETO da voz ativa passe a SUJEITO PACIENTE da voz passiva:

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13 Epaminondas descobriu uma novidade. (Voz ativa) “Uma novidade”: OD Uma novidade foi descoberta por Epaminondas. (Voz passiva)

“Uma novidade”: SUJEITO PACIENTE

Uma transposição adequada da voz ativa à voz passiva analítica implicará que o SUJEITO da voz ativa passe a AGENTE DA PASSIVA na voz passiva: Epaminondas descobriu uma novidade. “Epaminondas”: sujeito (Voz ativa) Uma novidade foi descoberta por Epaminondas. (Voz passiva) “Por Epaminondas”: agente da passiva

Verbos transitivos indiretos normalmente não admitem transposição à voz passiva: O povo recorreu à ajuda do prefeito. (Voz ativa) “recorreu”: VTI Vamos à fixação: Questão 1: Transponha, quando possível, as orações abaixo à voz passiva analítica. Identifique a opções em que tal transposição não será possível:

a) O treinador selecionará jogadores experientes. _____________________________________

b) O homem impôs condições absurdas. ________________________________________

c) A informação carecia de fontes. ______________________________________

d) Justos não concordam com injustiças. ______________________________________

e) Eu diria toda a verdade. ______________________________________

f) Um cão pode proteger uma casa. _____________________________________ Questão 2: Identifique, seguindo o código proposto, a voz verbal:

(1) Voz ativa (2) Voz passiva analítica (3) Voz passiva sintética ou pronominal (4) Voz reflexiva

a) ( ) Os carros passavam pela estrada. b) ( ) O homem se julgava importante. c) ( ) Superaram-se todos os problemas. d) ( ) Meu segredo foi descoberto. e) ( ) Havia acontecido uma mudança.

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14 f) ( ) Iniciou-se a negociação. g) ( ) Desconfiava-se de acordo ilícito. h) ( ) O velhinho foi descansar com Deus. i) ( ) As crianças se têm por imortais. j)

Questão 3: As orações abaixo se encontram na VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL. Transponha-as à VOZ PASSIVA ANALÍTICA OU LOCUCIONAL:

a) Ergueu-se uma enorme ponte. _____________________________________

b) Observam-se algumas alterações. _____________________________________

c) Cumprir-se-ão as metas propostas. _____________________________________

d) Ainda se aguarda uma explicação consistente. _____________________________________ Questão 4: Identifique, segundo o código:

1. PA (pronome apassivador) 2. PIS (pronome indeterminador)

a) ( ) Edificaram-se novas construções. b) ( ) Vive-se em estado lastimável. c) ( ) Buscam-se recursos. d) ( ) Carece-se de recursos. e) ( ) Não se suportaria tal intromissão. f) ( ) Não se concordaria com tal intromissão. g) ( ) Evidenciaram-se suas reais intensões. h) ( ) Suprimiram-se os erros da apostila. i) ( ) No passado, vivia-se com menos medo.

QUESTÕES OBJETIVAS:

1) A oração “O homem destemido transporá todos os limites concebíveis...” terá como correspondente na voz passiva analítica: a) Todos os limites concebíveis transporá o homem destemido. b) Todos os limites concebíveis transporão o homem destemido. c) O homem destemido será transposto por todos os limites concebíveis. d) Todos os limites concebíveis serão transpostos pelo homem destemido. e) Todos os limites concebíveis foram transpostos pelo homem destemido.

2) “Todo o seu corpo foi possuído por um desejo irrefreável...” O termo em destaque desempenha função sintática de: a) Objeto indireto b) Complemento nominal c) Agente da passiva d) Sujeito e) Adjunto adnominal

3) Identifique a opção em que a transposição à voz passiva não seria possível: a) Um relacionamento necessita de confiança. b) A vida impõe limites. c) Aprovação em concursos exige empenho. d) O homem arqueou as sobrancelhas.

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15 e) A mulher movia todo o seu corpo.

4) Assinale a alternativa em que se destacou um agente da passiva: a) O bolo fora devorado de formigas vorazes. b) Por teus olhos choram os meus. c) Todos têm certo receio de baratas. d) Caminhavam por caminhos tortuosos. e) Não se deve caminhar por ruas escuras.

5) “Nesta casa, não se dizem mentiras a crianças...” O termo em destaque desempenha função sintática de: a) Sujeito b) Objeto direto c) Adjunto adnominal d) Agente da passiva e) Complemento nominal

GABARITO

1- D 2-C 3-A 4-A

5-A

Aula 6: Termos acessórios: adjunto adverbial, aposto, adjunto adnominal; vocativo.

O ADJUNTO ADVERBIAL é um termo acessório que acrescenta à oração uma circunstância que determina a sua classificação.

Tempo: Ao meio-dia, começaram as festividades. Tudo de errado acontece em alguns momentos.

Negação: Não se permite o acesso a este local. De modo algum se admitirá isso.

Afirmação: Ela era, de fato, a mulher de sua vida. Certamente haveria represálias.

Modo: O homem sempre se vestia apropriadamente. Não se deve agir às escondidas.

Dúvida: Talvez se encontre uma explicação para isso. Se, porventura, o vir, darei recado.

Intensidade: Sempre fora muito discreto em suas investidas. Ela se sentia quase morta.

Causa: Derramo lágrimas por nosso amor estranho. O cachorro morrera de causas desconhecidas.

Lugar: Nesta cidade, não se vive muito tranquilo.

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16 Há ótimas informações neste livro.

Instrumento: Feriu-se com a tesoura. Enforcou a sogra com as próprias mãos.

Condição: Com estudo e dedicação, conseguiria tudo. Minha vida não tem sentido sem você.

Finalidade: Dedicava-se absurdamente para a prova. Distanciou-se do mundo a fim de sossego.

Companhia: Caminhava de mãos dadas com a esposa. Com você, vou a qualquer lugar.

Concessão: Apesar da dor, prosseguia sorrindo. Ainda que feia, tinha um charme irresistível.

Conformidade: Sempre agia conforme os mandamentos. De acordo com o manual, havia parafusos extras.

Assunto: Falávamos sobre a beleza de Gertrudes. Conversávamos acerca de certas coisas. Questão 1: Tente você agora:

1. Tempo 2. Negação 3. Afirmação 4. Modo 5. Dúvida 6. Intensidade 7. Causa 8. Lugar 9. Instrumento 10. Condição 11. Finalidade 12. Companhia 13. Concessão 14. Conformidade 15. Assunto

a) ( ) Só se dizem bobagens na adolescência. b) ( ) O livro trata de questões polêmicas. c) ( ) De maneira nenhuma, ele era ofensivo. d) ( ) Segundo o pai, o filho era perfeito. e) ( ) Sem dúvidas, ele é o nome certo. f) ( ) Apesar do frio, trajava vestido leve. g) ( ) Sempre agira com tranquilidade. h) ( ) Só caminho com gente honesta.

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17 i) ( ) Talvez não seja a atitude correta. j) ( ) Ele se priva de tudo a fim de bom salário. k) ( ) Já lera demais por hoje. l) ( ) Ele seria promovido se apto ao serviço. m) ( ) Faço tudo nesta vida por você, meu amor. n) ( ) Ainda há resquícios de dúvidas aqui. o) ( ) Faça a prova a lápis.

Denomina-se APOSTO o termo acessório que traz, normalmente sobre o antecedente, uma nova informação que pode explicá-

lo, especificá-lo, nomeá-lo, resumi-lo ou enumerá-lo:

Aposto explicativo: Umberto Eco, escritor italiano, proferiu palestras em Harvard.

Aposto especificativo ou nominativo: O escritor Umberto Eco proferiu seis palestras na cidade do Rio de Janeiro.

Aposto resumitivo: Umberto Eco, Italo Calvino, Julio Verne, vários autores importantes habitavam a sua estante.

Aposto enumerativo: Pedi-lhe alguns instrumentos: facas, tesouras, alicates, martelos e pregos. Questão 2: Identifique os apostos do pequeno texto abaixo: Gertrudes, filha de Tibúrcio, nascera da distante cidade de Sete Éguas. Durante a infância, tivera poucos brinquedos: uma boneca, um pedaço de chifre de boi, o fêmur de sua falecida avó e um dente de cabra. Nas ruas de Sete Éguas, o dono da mercearia, os carroceiros, os cachaceiros, o coveiro, o padre, todos a chamavam de Gegê Orelhuda, apelido muito apreciado por ela. Denomina-se VOCATIVO o termo cuja função é evocar (chamar) a pessoa (ou coisa) com quem se fala. Será sempre marcado por vírgula: Margarida, onde você se escondeu? Questão 2: Identifique as opções em que se identifica o vocativo:

a) A Pedro, sempre lhe couberam as piores tarefas. b) A ti, meu pai, seguem estas letras tristes. c) O tempo, senhor de tudo, resolverá essa questão. d) Só a vida, meu filho, há de mostrar-te o caminho. e) Com o tempo, tudo se desfaz. f) As lágrimas, gotas tristonhas, caiam-lhe do rosto. g) A ti, meu Deus, entrego a minha alma. h) Não lhe cabia, incompetente que era, aquilo. i) Só você, Maria, poderia me socorrer.

QUESTÕES OBJETIVAS

1. “Por você, poderia eu afastar-me de tudo e de todos...” No trecho, o fragmento em destaque tem valor circunstancial de: a) Modo b) Causa c) Concessão d) Finalidade e) Tempo

2. “O treinador Roberto Mancini, durante a entrevista, atribuiu a derrota de sua equipe à má atuação do árbitro Giuseppe Stupiddo...”

No fragmento, há a ocorrência de:

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18 a) Dois apostos especificativos e um adjunto adverbial de tempo. b) Um vocativo e dois apostos. c) Um aposto explicativo e dois apostos especificativos. d) Um vocativo e um aposto especificativo. e) Dois apostos especificativos e um complemento nominal.

3. “As crianças, durante as partidas de futebol, ficavam inertes...” No fragmento, as vírgulas isolam: a) Aposto de caráter explicativo b) Vocativo c) Adjunto adnominal d) Adjunto adverbial e) Predicativo do sujeito

4. “Aos prantos, a mulher entrou na sala do diretor...” No fragmento, a vírgula evidencia: a) O deslocamento de um adjunto adverbial. b) A anteposição de um aposto. c) Um vocativo. d) Uma expressão de caráter explicativo. e) A anteposição de um objeto indireto.

5. “A mulher, ainda que bela, despertava certa aversão aos homens...” No fragmento, as vírgulas isolam termo com valor

circunstancial de: a) Concessão b) Dúvida c) Condição d) Causa e) Modo

GABARITO

1- B 2-A 3-D 4-A

5-A