43
REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web J O R N A L EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 2007 Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem

Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWebJ O R N A L

E D I Ç Ã O N º 6 7 - S E T E M B R O - 2 0 0 7

LogísticaSupply ChainTransporte MultimodalComércio ExteriorMovimentaçãoArmazenagemAutomaçãoEmbalagem

Page 2: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

J O R N A L

E D I Ç Ã O N º 6 7 - S E T E M B R O - 2 0 0 7

LogísticaSupply ChainTransporte MultimodalComércio ExteriorMovimentaçãoArmazenagemAutomaçãoEmbalagem

Mul

tim

odal

ABSA CARGO AIRLINE TAMBÉMATUA NO SHOW BUSINESS

FEDEX EXPRESSAMPLIA CAPACIDADEE FECHA PARCERIACOM A VARIGLOG

SERVIÇO EXPRESSO PARA ATUAR EM UMMERCADO DINÂMICOO surgimento de novos competidores nosetor e a realização de investimentos pelos atuais players em infra-estrutura e canais de distribuição, entre outros fatores, contribuem para a grande movimentação do segmento.(Página 34)

Segundo a Antaq, a cabotagem apresenta importantes vantagenspara o tomador do serviço, em funçãoda redução dos custos de transporte eda qualidade e integridade com que acarga é entregue no destino.

CABOTAGEM: VANTAGENS PARA O TOMADOR DOSERVIÇO

Pão de AçúcarDelivery

inaugura CD emSão Caetano, SP

A logística daEtna, loja dearquitetura e

decoração

Novo galpão daMatra para poolde paletes já está

operando

Os integrantes básicospara a boa operação

Diversos segmentos integram este setor

(Página 40)

(Página 38)

POR DENTRO DA LOGíSTICA LOGíSTICA NA CADEIA DO FRIO

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

COURIER

(A partir da página 6) (A partir da página 24)(Página 30)

(Página 4)

(Página 8)

(Página 36)

Enfoque especial sobre os armazéns gerais e os frigorificados, os portos

secos e os galpões industriais - estruturados

e infláveis.

Entrevistas com representantes de diversos segmentos

que integram o setor permitem uma ampla análise, inclusive

apontando as tendências.

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb

Page 3: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando
Page 4: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20073

��

Redação, Publicidade, Circulação e Administração: Rua dos Pinheiros, 240 - conjunto 12 - 05422-000 - São Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWeb Editora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoPaulo Junqueira

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Assistente AdministrativoMaui Nogueira

[email protected]

Representantes Comerciais:Nivaldo Manzano

Cel.: (11) 9701.2077 [email protected]

Valdir Dalle DeaFone/Fax: (11) [email protected]

Diretoria Executiva Valeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Marketing José Luíz Nammur

[email protected]

Marketing/Pós-vendasMaíra Canhette

[email protected]

Patricia Badaró[email protected]

Os artigos assinadose os anúncios

não expressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

EditorialINFORME PUBLICITÁRIO

SMH do Brasil, ex-Intrupa,opera em novo endereço eanalisa concorrência chinesaApós a mudança da razão socialpara SMH do Brasil (Fone: 113205.8555), a Intrupa já estáoperando em novo endereço,mesmo com algumas adequa-ções ainda em andamento. Ago-ra localizada no Espace Center,na avenida Embaixador MacedoSoares, 10.735, Galpão 19, VilaAnastácio, junto à marginal doTietê, em São Paulo, SP, aempresa conta com mais de1.650 m2 no novo armazém – otriplo das instalaçõesantigas – e um callcenter com 200 m2.O motivo damudança, confor-me explica New-ton Santos, geren-te geral da SMHBrasil, foi a falta deespaço físico. “Comoa empresa foi compradae vamos iniciar a importação denovos produtos, um local maiortornou-se necessário. Agora,temos condições físicas de ofe-recer 550 mil itens”, conta. Alémdisso, não havia mais espaçopara o escritório, já que o núme-ro de funcionários tambémaumentou.“O motivo mais importante damudança, logisticamente falan-do, é o ponto estratégico. Agoraestamos localizados perto deimportantes rodovias paulistas e

do rodoanel, com acesso facili-tado. É um ponto promissor”,destaca o gerente geral da SMH.Com a nova instalação, a expec-tativa é aumentar a cobertura domercado e a quantidade depeças oferecidas, já que aempresa receberá novas peçasda Europa. Com isso, é esperadoque o faturamento dobre até ofinal do ano.A respeito da concorrência daChina, que oferece produtos a

baixo custo, Santos decla-ra que ela não assusta

porque há no merca-do desse país tantoprodutos de altaquanto de baixaqualidade. “Não temporque se preocupar

com a ‘invasão chine-sa’. Os clientes gostam

muito do atendimentopós-venda, o que não é o forteda cultura desse país. Sem umbom atendimento, não se fazmercado, já que há muita exi-gência por parte dos clientes.Qualidade é predominante, e opós-venda é muito importante”,expõe.Para Santos, não é preciso seassustar com esta concorrência.De acordo com ele, o brasileirotem de aprender a vender mer-cadoria – com todos os serviçosagregados – e não preço.

Três são os destaques desta edição do jornalLogWeb. O primeiro é o denominado “Por dentro da

logística”, onde são enfocados os armazénsgerais e os frigorificados, os portos secos e osgalpões industriais (estruturados e infláveis).Em cada um dos tópicos, especialistas fazemanálises de grande interesse para o profissio-nal do setor, proporcionando informaçõesúteis para o seu dia-a-dia.

Outra abordagem interessante é sobre acadeia do frio. Entrevistas com representantesde diversos segmentos que integram o setorpermitem uma ampla análise, inclusive apon-tando as tendências. Ainda com relação àcadeia do frio são mostrados alguns dos servi-ços disponíveis nos vários modais, além dosprodutos oferecidos e como algumas empre-sas atuam.

O terceiro destaque da edição fica por con-ta do courier/encomendas expressas. Especia-listas avaliam a dinâmica do setor, o papellogístico e as novas atividades das empresasque atuam na área.

Vale lembrar que este número do LogWebcontém, ainda, uma ampla explanação sobre acabotagem no Brasil – incluindo suas vanta-gens para o tomador do serviço – e outrasmuitas informações sobre parcerias entreempresas, novas atividades e novos produtose serviços. E também dá continuidade à nossa“Entrevista”, desta vez com o gerente delogística de uma das principais lojas de arqui-tetura e decoração do país.

Quanto à próxima edição, ela estará desta-cando os participantes da Fenatran, que acon-tece em São Paulo, e da Logística 2007, queocorre em Joinville. E também estará circu-lando em ambas as feiras.

POR DENTRO DA LOGÍSTICA

Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

LogWebLogWebJ O R N A L

Page 5: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20074

��

ENTREVISTA

Sergio Luis Ravazzi e a logística da Etna

LogWeb: Como é a logística da empresa:número de Centros de Distribuição, localização,dimensões, etc.Ravazzi: A logística daEtna é constituída de umcentro de distribuição loca-lizado em Barueri, SP, com30.000 m2 e 60 docas. Ain-da temos um estoque físicoem cada loja para vendadireta.

LogWeb: Como é a frotada empresa? Própria outerceirizada? Por quê?Quantos veículos?Ravazzi: A frota é terceiri-zada. Contamos com 40veículos do tipo VUC e 4Tocos para transferênciasentre CD e lojas. Optamospela terceirização para teruma produtividade alta emaior agilidade para aten-der a uma variação dedemanda.A terceirização dá a oportu-nidade de focarmos no nos-so negócio sem perderenergia para controlar umafrota própria.

LogWeb: Qual a abrangência de atuaçãodesta frota?Ravazzi: São Paulo, Gran-de São Paulo, litoral e inte-rior até 120 km da capital.

LogWeb: A distribuição érealizada a partir de umCD ou das lojas Etna?Como ela se dá?Ravazzi: Toda a distribui-ção é realizada a partir doCD. Ela ocorre através depedidos e entregas em pes-soa física

LogWeb: Há algum cuidado logístico especialpara o transporte de certos produtos? Quaissão esses cuidados?Ravazzi: Todos os produ-tos Etna têm cuidados espe-ciais. Por se tratarem de

móveis e utilidades domés-ticas, eles são frágeis e des-pendem um cuidado espe-cial, prezado pela Etna.Tomamos cuidado em trei-nar nossos montadores emotoristas para o manuseioda carga, nossa ocupaçãonão atinge 50% do veiculo,utilizamos embalagens eprotetores em toda a carga.

LogWeb: A empresaimporta alguns produtos? Quais? Como érealizado o processo deimportação?Ravazzi: Sim, trabalhamoscom produtos importadosde diferentes regiões doplaneta. Sempre procura-mos inovações e novidadespara satisfazer o nossocliente. Nossa principallinha de importados incluipresentes que não têm simi-lares no Brasil.

LogWeb: Quais são osmaiores problemasenfrentados em relação à

logística? Por quê?Ravazzi: Os problemas sãoos de sempre: demanda definal de mês, tempo deentrega prejudicado pelotrânsito, clientes ausentes.

LogWeb: Como estes problemas foram superados pela empresa?Ravazzi: Atuamos pronta-mente em cada gargalo,projetamos nosso fluxopara corrigirmos a deman-da de vendas, elaboramosrotas alternativas e utiliza-mos nosso SAC para dimi-nuir as ausências.

LogWeb: Quais as próximas ações da Etnaem termos de logística?Há novidades?Ravazzi: A Etna semprebusca melhorias nos seusprocessos, estamos elabo-rando novos projetos comsistemas melhores e maisrápidos, visando à diminui-ção do tempo de atendi-mento e maior qualidade.

LogWeb: Em quais casos érealizado o processo delogística reversa? Comoele se dá? Explique.Ravazzi: Nossa logísticareversa é realizada pelaassistência técnica. Todo oproduto que requer melho-rias ou trocas de peças pormotivo de quebra ou des-gaste tem o respaldo daassistência técnica que,através de um rigorosocontrole de Ordem de Ser-viço, atende nosso clientecom prazos curtos e quali-dade.

LogWeb: Quais as estraté-gias logísticas desenvolvi-das em casos de maiordemanda?Ravazzi: Nossas estratégiassão de planejamento dademanda visando ter omínimo de impacto. Plane-jamos com meses de ante-cedência para que a pres-são seja melhor e acompa-nhe a demanda com asser-tividade.�

Nesta entrevista, o gerente de logística da Etna Home Store - uma das principaislojas de arquitetura e decoração do país – fala sobre a logística da empresa.

Ravazzi tem MBA em Logística empresarial pela FGV – Fundação Getúlio Vargas e atua há mais de 15 anos no segmento logístico e há5 anos em empresas moveleiras. O destaque nesta entrevista é a logística da Etna (Fone: 11 3585.8700), uma Home Store com mais de 18 mil itens à disposição. A grandiosidade do empreendimento torna possívelqualquer sonho de consumo: demudanças pontuais a renovações completas. Sua variada linha de móveis apresenta um verdadeiro mix de estilos, onde o cliente tem a opção de mesclar mobiliários e objetos de linhas diferentes.

Page 6: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

Ao mesmo tempo em queinaugurou sua nova uni-dade, em Osasco, SP, a

Linde (Fone: 11 3604.4755)também fez, no dia 10 de agos-to último, o lançamento da Acti-ve BR, empilhadeira retrátil elé-trica em versões para 1.700 e2.000 kg e com altura de eleva-ção de 11,5 m.

Segundo informou GabrielMoraes, diretor industrial daESA - Empilhadeiras Sul Ame-ricanas, fabricante das empilha-deiras Still e Linde, “com estelançamento, a Linde torna-seainda mais respeitada trazendopara o Brasil todos os conceitospresentes em sua linha de equi-pamentos importados, que vi-sam qualidade superior, ergono-mia e tecnologia”.

Por sua vez, Jean RobsonBaptista, do departamentocomercial da Empicamp (Fone:19 3289.6557) – representanteLinde na região de Campinas –ressaltou que o lançamento damáquina foi antecipado de outu-bro para agosto em razão dosucesso de vendas da rede derevendedores. “Somente nasemana do lançamento foramvendidas 20 máquinas”, come-morou. Para ele, trata-se de umamáquina inovadora, atuandocom controles de tração, dire-ção e freio independentes e con-trole digital que permite maiorotimização do trem de força dosmotores AC, proporcionandomaior produtividade, autonomiade operação, menor custo ope-racional e maiores possibilida-des de configurações.

“A Linde reforça com estelançamento sua meta de amplia-ção e consolida sua posição nomercado brasileiro”. Aliás, asnovas máquinas Active BR uti-lizam os mesmos componentese tecnologia da linha européia”,disse Baptista.

Gilberto Cordeiro, técnico devendas da Remocarga (Fone: 413284.3238), representante daLinde em Curitiba, PR, tambémestá esperando aumento de parti-cipação no mercado e de vendascom as novas empilhadeiras.“Os motores de AC são quesitosmuito fortes perante a concor-rência. A Linde vem buscando

trazer para o mercado brasileiroo que existe de melhor lá fora emtermos de tecnologia. Este é umponto significativo para o forta-lecimento da rede de distribuido-res”, destacou.

Por seu lado, José Carlos da

Costa Ferreira, da Cam System(Fone: 19 3849.7606), represen-tante da empresa em Valinhos,SP, revelou que o lançamento daActive BR só vem a concretizaro padrão de qualidade mundialda Linde, em termos de equipa-mentos que englobam robustez,ergonomia e, principalmente,qualidade. “Mais uma vez aLinde lança um equipamentovencedor. A nossa visão, comodistribuidor, é que a Lindeinveste cada vez mais no merca-do nacional, porque o potencialé muito grande e há necessidadede equipamentos de qualidade.Com este lançamento, tambémnossos clientes poderão ter acerteza de que a Linde se solidi-fica cada vez mais no Brasil”,completou Ferreira.

Christiano de Araújo Furta-do, da Metal Part´s (Fone: 34

3822.5300), representante Lin-de em Contagem, MG, tambémse mantém otimista, conside-rando que estas máquinas terãogrande aceitação pelo fato deterem baixo índice de manuten-ção e avanços tecnológicos,“superando as expectativas domercado nacional e demons-trando a força que a fábrica Lin-de no Brasil tem na produçãodestas máquinas desenvolvidasno mercado internacional. Elasrepresentam o futuro de nossasvendas”, completou.

CARACTERÍSTICAS

Além de algumas das carac-terísticas já citadas, as máqui-nas Active BR possuem direçãoelétrica, sistema de troca debateria de fácil manuseio emanutenção, assento com siste-

ma de amortecimento e ajuste,controles e alavancas de coman-do de fácil acesso e de alta ergo-nomia, motores de AC trifásicospara translação e elevação quenão requerem manutenção, fre-nagem regenerativa eletrônica,evitando desgastes das partesmecânicas, e controle de veloci-dade preciso, com e sem carga,elevando e baixando.

Como opcional, podemincluir painel para controle emonitoração de todos os acessó-rios, o que facilita a operação,concentrando todas as funçõesao alcance do operador.�

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20075

��

EMPILHADEIRAS

Linde lança empilhadeira retrátil elétrica e inaugura nova sede

Page 7: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20076

��

POR DENTRO DA LOGÍSTICA

Amparados pelo Decreto1.102, de 21 de novem-bro de 1903, os arma-

zéns gerais têm como principalcaracterística a guarda e con-servação das mercadorias aeles confiadas, além da emis-são de títulos que os represen-tam: conhecimento de depósitoe warrant.

E, já que operam com mer-cadorias de terceiros, nacio-nais ou nacionalizadas, parasimples armazenagem e movi-mentação, os armazéns geraisexercem importante papel den-tro da logística. Principalmen-te no contexto atual, com osproblemas de caos aéreo e oprevisto apagão logístico.

Para Edson Depolito, dire-tor comercial da Brucai Logís-tica (Fone: 11 3658.7288),com a previsão do apagãologístico, as empresas maisorganizadas acabarão por mon-tar planos estratégicos quefoquem um estoque e seguran-ça maior, tanto nas suas estru-turas de produção (matéria-pri-ma), como nas suas estruturasde estoques para vendas deprodutos acabados e, assim,normalmente os estoques terãoagora uma tendência a subir,de forma que garantam quenão haja qualquer impedimen-to à produção ou mesmo naalimentação do mercado.“Neste momento, a figura doarmazém geral é o apoio deconveniência, evitando expan-dir áreas próprias das empresasusuárias, que se obrigariam ainvestimentos e energias con-sideráveis para uma utilizaçãopor tempo incerto”, avalia.

Ainda segundo Depolito, ocaos aéreo poderá vir a impac-tar eventual modificação nocomportamento de algumaspoucas “cargas especificas”que normalmente, pelo seu“alto valor agregado”, utilizamo modal aéreo para suprimentodo mercado, mas, de formageral, não são, na visão daBrucai, comprometedores aponto de desequilibrar o setor

de armazéns gerais ou ampliarqualquer demanda significati-va a nível de espaços de arma-zenagem.

“Sem dúvida, os armazénsgerais têm papel fundamentalna cadeia logística do país.Além de contarem com totalestrutura operacional, têm umcore business expertise damovimentação e guarda demercadorias, deixando paraseus clientes a preocupaçãocom sua função principal, sejaela industrial ou comercial. Noatual momento prestam-se a‘pulmões’ das empresas naarmazenagem de matérias-pri-mas e produtos acabados”,avalia, por sua vez, NivaldoTuba, diretor da Columbia(Fone: 11 3305.9999).

Adriano Braga de Albuquer-que, gerente comercial/opera-cional da Grumey ArmazénsGerais Guardatudo (Fone: 212589.0355), também chama oarmazém geral de “pulmão” eaponta que ele é, sem dúvida, ogrande aliado no cenário logís-tico atual.

Segundo Albuquerque, oarmazém geral vem servindocomo um “braço” para empre-sas localizadas em outros esta-dos ou municípios, como tam-bém como base de apoio aempresas de transporte quenecessitem armazenar suascargas utilizando os maisvariados serviços de movimen-tação de mercadorias com todasegurança.

“Isso já vem ocorrendoindependente do caos aéreo oudo sempre existente apagãologístico, dada a distânciaentre cidades, como, também,principalmente, aos modais eàs condições de utilização des-tes. A precariedade e a degra-dação de nossos portos e rodo-vias fizeram com que grandesempresas se utilizassem de‘pulmões’, a fim de garantirsempre um estoque reguladorem determinados centros,assegurando aos seus clientesuma pronta entrega de seus

pedidos. Esses ‘pulmões’ res-pondem por armazéns gerais”,diz o gerente da Grumey.

Samir Ferreira de Carvalho,gerente do armazém da Carva-lhão (Fone: 21 2775.1747),também concorda que o arma-zém geral funciona como umpulmão para dar uniformidadee continuidade ao abasteci-mento de matéria-prima, com-ponentes e produtos acabadosdemandados pelo cliente. Ouseja, sua importância é proverum fluxo eficiente de materiaisao longo de toda a cadeia deabastecimento.

“Se a previsão do apagãoaéreo se concretizar, as empre-sas precisarão aumentar o seunível de estoque e, consequen-temente, a área de armazena-gem para compensar a inefi-ciência do transporte e, assim,evitar a falta do produto para ocliente final. Nesse contexto,caso a empresa não possuaárea para alocação desse esto-que, a mesma deve tomar adecisão entre armazenagemprópria e terceirizada. Em tem-pos de caos aéreo e apagãologístico, a opção de possuirum estoque mais próximo aocliente deve ser consideradapara manter nível de serviço,evitando a falta de produto porestas oscilações na logística”,diz Carvalho.

Ele também aponta as van-tagens de terceirização daarmazenagem: transformar oscustos fixos que existem naarmazenagem própria em cus-tos variáveis, quando é contra-tado um armazém geral; focono core business; rateio doscustos operacionais com outrasempresas; desmobilização dosativos, melhorando o fluxo decaixa; aumento de produtivida-de e a redução de perdas, namaioria dos casos.

“Atualmente, os armazénsgerais podem oferecer auxíliologístico principalmente naquestão armazenagem. Arma-zéns que possam operar junto agrandes centros urbanos

(maior consumo) são funda-mentais no momento oportunoda distribuição das mercado-rias. O baixo custo, se compa-rado a aluguéis praticados porlocais mais centrais, é outroaspecto relevante. A especifici-dade das operações oferecemaior eficiência e se-gurançana guarda de produtos”, com-pleta Emir Francisco Benelli,gerente da Banrisul ArmazénsGerais (Fone: 51 34771144).

TENDÊNCIAS

Diante do exposto, quaissão as tendências nesta área?

Marcos Oliveira, gerenteco-mercial, e André Ricardo,gerente operacional, ambos daArmazena (Fone:11 4771.1564), consideram que a renova-ção da frota terrestre e o incen-tivo destinado a ferrovias ehidrovias farão a necessidade

de novos centros de apoiologístico uma realidade a curtoprazo.

“Existe uma tendência aocrescimento pela agilidade,menor custo e também porsuprir a falta de opções em ter-minais aéreos”, aponta Benelli,da Banrisul.

Depolito, da Brucai Logísti-ca, é mais objetivo. Segundoele, as tendências apontampara ampliação, com cresci-mento estimado em 30% paraos próximos meses, conside-rando-se também o maiorvolume comercial que existe anível geral no segundo semes-tre, período de final de ano,custo do dinheiro atual, etc.,que, de certa forma, já contri-buem para demarcar uma linhaascendente.

“De fato, a tendência é degrande crescimento dos arma-zéns gerais, pois trazem racio-

Armazéns gerais exercem importante papel na logísticaEsta observação ocorre, principalmente, se considerarmos os problemas atuais decaos aéreos e o previsto apagão logístico. Mas, na verdade, desde 1903 eles vêmatuando como “pulmão” para diversos tipos de carga.

Tuba, da Columbtrazem racionaliz

Page 8: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20077

��

nalização operacional,redução dos custos dearmazenagem e a possibili-dade de uma empresa man-ter seus produtos dentrodas áreas de demanda,independente do local deprodução”, declara Tuba,da Columbia.

Carvalho, da Carvalhão,pondera que, menos dis-postos a carregar estoques,os clientes procuram fazerpedidos cada vez menorese com a maior freqüência,forçando o estoque paratrás na cadeia de suprimen-tos. A redução do tamanhodo pedido aumenta ademanda pelas operaçõesde picking, que possui umacomplexidade maior.

“Além disso, por esta-rem trabalhando com esto-que mais baixos, os clien-tes demandam menorestempos de respostas deseus fornecedores, aumen-tando a pressão de agilida-de e confiabilidade noarmazém ou centro de dis-tribuição. Outros fatorescomo redução do ciclo devida do produto, aumentode SKUs e tolerância zeropara erros impulsionam oaumento da demanda deempresas especializadasno serviço de armazena-gem”, acrescenta o gerenteda Carvalhão.

Já Albuquerque, da Gru-mey, destaca que as princi-pais tendências neste con-texto, a seu modo de ver,são as empresas buscaremmuito mais parceiros,como os armazéns gerais.“Poucos são os segmentosque transmitem tanta con-fiança. Podemos citar, semo menor receio, que todasas empresas nacionais oumultinacionais, além detodos aqueles que um diaprecisaram de espaço, bus-caram informações, pes-quisaram preços e visita-

Tuba, da Columbia: armazéns gerais trazem racionalização operacional

Page 9: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20078

��

ram um armazém geral.Somos, sem dúvida, o princi-pal elo entre a fábrica e ocliente, seja ele final ou não, asolução emergencial quandode uma produção ou importa-ção acima da demanda, exce-dentes também no campo ouna fábrica, a solução para aguarda de equipamentos e benspessoais”, completa.

ARMAZÉNS GERAIS E PORTOS SECOS

Afinal, qual a diferençaentre os armazéns gerais e osportos secos? Benelli, da Ban-risul Armazéns Gerais, ésucinto: a diferença é que Por-to Seco (antiga EADI) é umrecinto alfandegado que sópode operar através do regimede concessão ou permissão deórgão competente (ReceitaFederal) e armazéns gerais nãosão recintos alfandegados.

“Resumindo: o armazémgeral é um regime que permiteguarda e conservação de mer-cadorias de terceiros, nacio-nais ou nacionalizadas, parasimples armazenagem e movi-mentação. Já o porto seco é umrecinto alfandegado de usopúblico no qual são executadas

operações de movimentação,armazenagem e despachoaduaneiro de mercadorias e debagagem, procedentes do exte-rior ou a eles destinadas”,aponta.

“De uma forma geral, e atépara facilitar o entendimentodas pessoas que não atuam naárea, podemos simplificarcolocando que as principaiscaracterísticas destes instru-mentos logísticos seriam aidentificação da figura doarmazém geral operando car-gas domésticas, portanto,armazenadas depois de produ-zidas no âmbito de comérciointerno ou mesmo materiaisimportados, mas, já nacionali-zados. E os portos secos sendoos primeiros prestadores deserviço na zona secundária(fora do porto), no sentido derecepcionarem materiais emprocesso de importação oumesmo de exportação, quandofora destas áreas organizadasdos portos. Assim, poderãotambém estar localizados nointerior do território, onde sãomuito conhecidos como Esta-ção Aduaneira Interior”, expli-ca Depolito, da Brucai.

Qual a função específica deum e de outro? Segundo o

diretor comercial, o armazémgeral armazena produtos detodo gênero dentro do contextode comercio nacional, aten-dendo a demanda, estoque desegurança e de conveniênciaaos seus usuários, que muitasvezes preferem terceirizar seusestoques a manterem a gestãodos mesmos dentro da sua pró-pria estrutura. Já os portosecos, na maioria das vezes, seprestam a receber ainda con-solidadas as cargas proceden-tes do exterior, podendo ounão nacionaliza-las de imedia-to, funcionando, neste caso,como estando os materiaisnuma zona ou território de“entreposto aduaneiro”.

“Assim, os portos secosfuncionam prestando a arma-zenagem aos importadorespelo período que estes deseja-rem, mantendo o regime desuspensão de impostos, fazen-do a nacionalização, de con-formidade com as necessida-des destes importadores”,completa Depolito.

“A principal diferença entreo armazém geral e o porto secoé que o primeiro não operacom cargas alfandegadas e temcomo função específica ser acontinuidade de empresas que

não possuam espaço ou quei-ram reduzir custos, lembrandosempre que isto cabe também apessoas físicas, além de servircomo base de apoio logístico aoutras empresas que não pos-suam espaço e mão-de-obraqualificada, a fim de realiza-rem serviços como picking,cross-docking, etc.”, destacaAlbuquerque, da Grumey.

Já o porto seco – ainda deacordo com o gerente - possuicaracterística distinta, poissomente opera com produtosimportados ou que seguirãopara exportação, embora possafazer armazenagem e movi-mentação das cargas ali esto-cadas, tanto para quem vendecomo para quem compra forado Brasil.�

PALETES

Especializada na produçãode paletes e caixas demadeira para movimenta-

ção e armazenagem de mate-riais, a Matra do Brasil (Fone:11 4648.6120) anuncia o iníciodas atividades do seu novo gal-pão, localizado em Itaquaque-cetuba, SP.

Sua função é abrigar as ativi-dades do sistema PDS - PBRDynamic System, que consisteem locação simples e plus,manutenção e pool de paletesPBR. “Nele os paletes são visto-riados, reformados, tratados epintados. Somos a única empre-sa 100% nacional que operacom este sistema”, explica Fer-nando Cirielli, gerente de logís-tica da Matra que, de acordocom dados de 31 de julho últi-

mo, tem 536 mil paletes em cir-culação no Brasil.

“O galpão conta com cabineautomática para a pintura dopalete, porta automática, cortinade ar, janelas com telas milimé-tricas e CIPRAG - ControleIntegrado de Pragas, e recebepulverização quinzenal comantibactericida, ou seja, as ins-talações estão em conformidadecom a portaria 275 da ANVISA.

Para paletes destinados à expor-tação, o novo complexo contacom estufa para tratamento demadeiras através do sistema HT(calor)”, complementa AntonioValdir Zelenski, gerente comer-cial da empresa.

O novo galpão apresenta áreatotal de 6.000 m2, área construí-da de 2.000 m2 – com 12 m depé direito – e possui uma áreafechada para estocagem dospaletes prontos para embarque.A capacidade de produção deunidades novas é de 2.200 pale-tes PBR/dia e a de reformadosde 2.000 paletes/dia. A capaci-dade de pintura é de até 5.000paletes/dia em um turno de tra-balho.

Zelenski aproveita paraanunciar mais uma novidade.

“A Matra é a pioneira em adotarsistemas para a higienização depaletes, além dos itens já emfuncionamento, encontra-se emfase de instalação um sistemade limpeza do palete a vaporseco, com 120 libras de pressãoe até 170º C, o que irá eliminarobjetos incrustados e esterilizaro palete.”

LOCAÇÃO E SOFTWARE

Outra novidade da Matra doBrasil é o sistema de locação depaletes acompanhado de soft-ware para gerenciamento dotrânsito de paletes. “O sistema émuito simples: ao efetuar umalocação com a Matra e com opagamento mensal de uma taxa

de manutenção e atualização dosoftware, que varia conforme ovolume de paletes locados, ocliente recebe a instalação doprograma, com o cadastramentodos pontos de trânsito de pale-tes, relatórios diários de saldode paletes por ponto cadastrado,enfim, toda a movimentaçãointerna e externa de paletes. Aflexibilidade do sistema permitea adaptação às reais necessida-des do cliente com relação àsinformações sobre o palete”,explica o gerente comercial daempresa.

O sistema é administradoatravés de uma central com umrobô, que recebe a informação,processa e lança em cada ponto,informando diariamente os sal-dos existentes.�

Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

Cirielli e Zelenski: Matraé pioneira em adotar sistemas para a higienização de paletes

Page 10: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 20079

��

Notíciasr á p i d a s

Completando 60 anos nomercado, a Metalúrgica Cen-tral (Fone: 11 2272.9377) –cuja divisão AçoLog é espe-cializada em armazenagem –tem como um dos seus mar-cos a inauguração, em 1978,da sede na Av. Henry Ford,em São Paulo, SP, com10.000 m², onde está locali-zada até hoje. “Durante todosesses anos de lutas, a empre-sa procurou oferecer produ-tos de alta qualidade, originá-rios de uma engenhariaempenhada em situar-se sem-pre na liderança. Exemplodisso é o fato de sermos a pri-meira empresa nacional a uti-lizar a pintura a pó em seusprodutos”, destaca Léo Albi-no Trindade, diretor da com-panhia. De acordo com ele,os últimos investimentos rea-lizados foram no sentido demodernização do setor deprojetos, onde estão instala-dos computadores com Auto-cad. Já os próximos investi-mentos serão direcionados àmodernização dos equipa-mentos em busca do aperfei-çoamento da linha de produ-ção. “Nesses 60 anos de vida,temos acreditado fortemente,e agora, mais do que nunca,no crescimento sustável danossa economia”, declaraTrindade, acrescentando, ain-da, que a empresa projeta umcrescimento de 20% para esteano.

Metalúrgica Central - 60 anos

Brasil Rental temparcerias paraconversão deempilhadeirasSeguindo a exigência do mer-cado para a conversão deempilhadeiras ao GNV – GásNatural Veicular, a BrasilRental (Fone: 19 3414.1817),atuante no mercado de empi-lhadeiras, salienta suas duasparcerias estratégicas: umacom a Varga Serviços Ameri-cana (Fone: 19 3461.7374) eoutra com a Mais Pneus (Fo -ne: 19 3407.2743), ambas lo-calizadas em Americana, SP.Além da conversão de veícu-los e empilhadeiras a GNV,as empresas realizam servi-ços automotivos em geral

Page 11: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200710

��

POR DENTRO DA LOGÍSTICA

Pelas suas características, estes armazéns requerem cuidados, principalmente os ligados à higienização econtrole rígido de temperatura, incluindo, neste caso, o fornecimento constante de energia elétrica.

Imprescindíveis nos proces-sos logísticos, os armazénsfrigorificados acabam reque-

rendo cuidados especiais para asua operação.

“Eles envolvem a higieniza-ção, equipamentos compatíveiscom a demanda e, principal-mente, equipe qualificada e naquantidade necessária”, apontaLuiz Carlos Hackbart de Olivei-ra, diretor técnico-comercial daCompanhia Estadual de Silos eArmazéns – CESA (Fone: 513233.4611). “É preciso cuidarda descarga e do acompanha-mento do estado do produtopela inspeção da empresa”,emenda João Butori sócio-dire-tor da Santa Rita Logistic(Fone: 11 4141.7000), enquantoque Bento Sá Barreto Miranda,diretor de logística do GrupoKarneKeijo (Fone: 81 2121.8862) diz que, primeiramente, ocuidado deve ser com a cadeiado frio, seguido de segurançaalimentar e controle de esto-ques.

José Dias Silva de Souza,gerente geral da Friozem Logís-tica & Armazéns (Fone: 114789.8200), já aponta que oscuidados são relativos à locali-zação, além de terreno adequa-do, facilidade de acesso e proxi-midade de rodovias importan-tes. Ainda segundo ele, tambémdevem ser tomados cuidadosquanto à infra-estrutura – ener-gia, rede de transmissão dedados, sistemas de isolamento erefrigeração adequados, etc.

Gilberto Gutierrez, gerentede marketing da Refrio (Fone:11 2132.9350), é mais abran-gente em sua avaliação dos cui-dados especiais necessáriospara a operação de um arma-zém frigorificado.

“Some-se às operações comprodutos tidos como secos um

rígido controle de temperaturase umidade relativa do ar. Astemperaturas exigidas normal-mente variam entre +18° C e-25° C, o que torna necessária,em determinadas circunstân-cias, a utilização de EPI´s –Equipamentos de Proteção Indi-vidual adequados às respectivastemperaturas. Observam-se,também, intervalos de descansocom mais freqüência, em razãodas baixas temperaturas, quandoé o caso. Tecnicamente, exige-seum rigoroso controle das tempe-raturas, o que é exercido por ins-trumentos de medição automáti-cos e manuais, com chek-in-loco, e monitorados por sistemasinformatizados”, analisa ogerente da Refrio.

TECNOLOGIAS

Sobre as tecnologias utiliza-das para a sistematização dosprocessos nestes armazéns, Oli-veira, da CESA, diz que os pro-dutos devem ser segregados naentrada e ter um programa derastreabilidade por origem edestino, além de serem acondi-cionados em estruturas porta-paletes ou drive-in.

“Também são usados siste-mas de estoques WMS comendereçamento para a armaze-

nagem e localização dos produ-tos dentro das câmaras, controlede portaria e almoxarifado,além de sistema de faturamentointegrado”, informa, por suavez, Souza, da Friozem.

“O WMS e a radiofreqüênciareduzem os erros a níveis muitobaixos”, acrescenta Miranda, doKarneKeijo.

No caso da Refrio, Gutierrezdiz que utiliza tecnologia deponta em WMS e operações dearmazenagem e picking – “videnosso armazém vertical com 28metros de pé direito, até -30C°e totalmente automatizado, comoito corredores e quatro transele-vadores gerenciados por softwa-res de ponta” –, além de leitorasópticas com radiofreqüência.

Concluindo este assunto, e

de forma mais genérica, Butor,da Santa Rita Logistic, diz astecnologias são as mais variadaspossíveis: “dependemos saberde número de SFKs, se o produ-to está paletizado, se é para serdistribuído fracionado, etc.”

TENDÊNCIAS

Com relação às tendências naárea, Oliveira, da CESA , infor-ma que são de crescimento sus-tentável, tanto no mercadointerno como, e principalmente,no externo. Parecer igual ao deSouza, da Friozem: crescimentocom a grande demanda deexportação e, no mercado inter-no, destaque para distribuiçãofísica.

“Acredito na centralizaçãode produtos em operadoreslogísticos, com estes fazendo opapel total em substituição a umCD próprio – é uma questão decusto e de core business. Terfrota ou não para entregas é cir-cunstancial e geralmente o pró-prio embarcador cuida do trans-porte, assim como de toda ainteligência da operação tercei-rizada, onde reside, efetivamen-te, a parte ‘nobre’ da logísticade distribuição”, completaGutierrez, da Refrio.

Butori, da Santa Rita Logis-

tic, também está otimista. Paraele, as tendências são as melho-res possíveis – “porém, terãosucesso as empresas que real-mente vierem a fazer parte domercado europeu. É preciso terqualidade em toda a operaçãopara ter este quesito”.

Por sua vez, Miranda, doKarneKeijo, acredita que, como crescimento do food service, atendência é de aumento da pro-cura da indústria por armazénsfrigorificados. “A padronizaçãodas embalagens também sofreráajustes para melhorar a eficiên-cia da movimentação”, ressalta.

SERVIÇOS ADICIONAIS

Com relação aos serviçosadicionais oferecidos pelosarmazéns frigorificados partici-pantes desta reportagem espe-cial, Oliveira diz que a CESA,por estar habilitada para osdiversos mercados de exporta-ção, oferece a condição deexportar diretamente de seusentrepostos para os portos comguia de exportação.

“Oferecemos armazenagemconvencional, blocada e emporta-palete, separação de pedi-do, congelamento, recuperaçãode frio, paletização, cross-doc-king, etiquetagem, transbordo,coleta, distribuição física e ser-viço de carga direta”, relacionaSouza, da Friozem.

“Com a experiência adquiri-da dos nossos consultores, esta-mos habilitados a oferecer eparticipar, junto com os clien-tes, desde a concepção da idéiade terceirização/centralizaçãode seus produtos, até a efetivaimplantação do projeto”, avaliaGutierrez, da Refrio.

No caso do KarneKeijo, osserviços adicionais incluem

Armazéns frigorificados: são requeridos cuidados especiais para operação

Page 12: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200711

��

controle de recepção (segu-rança alimentar), controlede temperatura informati-zado e indicadores dedesempenho por tipo deoperação, segundo o diretorde logística.

Por último, Butori dizque a Santa Rita Logisticoferece serviços adicionaisde stretch, de paletização,de etiquetagem e de prepa-ração, entre outros.

ARMAZÉNS CLIMATIZADOS E REFRIGERADOS

No caso do Grupo LCLogística (Fone: Fone: 114143.7400), a especializa-ção é em cargas climatiza-das e refrigeradas.

“Os cuidados especiaisnecessários para a operaçãode um armazém refrigeradodevem envolver um planode contingência de energiaelétrica, controle de tempe-ratura com temo-higrógrafo(carta de registro), alarmes,EPI´s específicos e docasdoble door”, segundo desta-ca Noêmia Lima, do depar-tamento comercial/SAC doGrupo LC.

No caso das tecnologiasutilizadas, ela cita o WMS –que permite a automaçãodos estoques – e que os ser-viços adicionais oferecidospelo Grupo, na área de refri-gerados, incluem embala-gens, re-rotulagem, etique-tagem e fracionamento.�

Page 13: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200712

��

Agenda

Outubro 2007

Feiras

Expocargo’2007 – 8ª Feira deMovimentação, Armazenagem eTerminais de Cargas, Transporte

e Logística Período: 3 a 5 de outubro

Local: Novo Hamburgo – RS Realização: Sinal Comunicações

Informações: www.expocargo.com.br

[email protected]: (51) 3525.9269

Expo Comex 2007 – 5ta Exposición Internacional de

Productos Y Servicios para elComercio Exterior

Período: 9 a 11 de outubroLocal: Buenos Aires – Argentina

Realização: Expotrade Informações:

[email protected]

Fone: 54 011 4779.5300

FENATRAN –16º Salão Internacional do TransportePeríodo: 15 a 19 de outubro

Local: São Paulo – SP Realização: Alcântara Machado

Informações:[email protected]: (11) 3921.9111

Logística’2007 – 1ª Feira de Logística e Movimentação de

Cargas Período: 23 a 26 de outubro

Local: Joinville – SC Realização: Marktevents

Informações: www.marktevents.com.br

[email protected] Fone: (47) 3028.0002

Outros Eventos

Planejamento de Redes Logísticas (Curso)

Período: 2 e 3 de outubroLocal: São Paulo – SP

Realização: CEL - Coppead/RFRJ Informações:

[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Armazéns Enxutos, Ultra Rápidose Flexíveis – Lean Warehouse

(Curso) Período: 8 de outubro Local: São Paulo – SP Realização: Tigerlog

Informações: www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Logística da Distribuição e Transporte (Curso)

Período: 9 e 10 de outubroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Logística Reversa (Curso) Período: 15 de outubroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações: www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Page 14: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200713

��

Missão Técnica Internacional –Advanced Global Supply Chain

Período: 15 a 19 de outubroRealização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações: www.centrodelogistica.com.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Aplicação do BSC – BalancedScorecard e do Benchmarking na

Gestão da Operação Logística(Curso)

Período: 20 de outubro Local: São Paulo – SP Realização: Tigerlog

Informações: www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Simpósio Gestão de Negócios Período: 24 e 25 de outubro

Local: São Paulo – SP Realização: Ciclo Desenvolvimento

Informações:[email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Transporte Internacional de Cargas (Curso)

Período: 31 de outubroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações: www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Cursos Gratuitos

Práticas de E-Commerce e EDIPeríodo: 22 de outubro

Introdução ao Código de Barras eà Identificação

Período: 22 de outubroFundamentos de Logística

IntegradaPeríodo: 23 de outubro

Integração da Cadeia de Suprimentos com o Sistema GS1

Período: 23 de outubroFundamentos de Gestão de

EstoquesPeríodo: 24 de outubro

Reposição Eficiente de Estoques:VMI e CMI

Período: 24 de outubroAutomação de Processos –

Módulo I: Controle de EstoquesPeríodo: 25 de outubro

Automação de Processos – Módulo II: Expedição e

RecebimentoPeríodo: 25 de outubro

EPC e a Identificação por Radio-freqüência – RFID

Período: 26 de outubroGerenciamento Eficiente de

Transportes com o Sistema GS1Período: 26 de outubro

Local: São Paulo Realização: GS1 Brasil

Informações: www.gs1brasil.org.br

[email protected]: (11) 3068.6229

No Portalwww.logweb.com.br,

em Agenda Estãoinformações completassobre diverssos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2007.

Page 15: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200714

��

POR DENTRO DA LOGÍSTICA

Portos secos: fundamentais no comércio exteriorA perfeita operacionalidade dos portos secos contribui de maneira relevante para o bom funcionamento docomércio exterior nacional, seja no fluxo de importação, seja no de exportação. Porém, burocracia, falta de infra-estrutura e outros fatores afetam o bom desempenho do processo aduaneiro brasileiro.

EADIS ou portos secos sãoterminais de carga alfande-gados onde, obrigatoria-

mente, passam todas as mercado-rias oriundas de importação aserem nacionalizadas ou merca-dorias que serão exportadas.Ficam localizados em zonasecundária (fora do porto) e nelessão executados serviços de movi-mentação, armazenagem, despa-cho de mercadorias e bagagens,sendo realizado, ainda, o desem-baraço aduaneiro de todas as car-gas que ali transitam.

“A perfeita operacionalidadedos portos secos contribui demaneira relevante para o bomfuncionamento do comércioexterior nacional, seja no fluxode importação, seja no de expor-tação. Quando falamos de opera-cionalidade do porto seco deve-mos lembrar que vários órgãosparticipam do processo (ReceitaFederal, Anvisa – AgênciaNacional de Vigilância Sanitária,Ministério da Agricultura eoutros), além, é claro, do permis-sionário ou concessionário doporto seco”, explica NivaldoTuba, diretor da Columbia(Fone: 11 3305.9999), falandosobre a importância do bom fun-cionamento dos portos secos nacadeia logística.

De fato, Wendel Leal, gerenteoperacional da EADI Empório(Fone: 71 8179.2695), maximizaesta importância. Primeiro, dizque os portos secos possibilitammelhorar a balança comercialbrasileira, em face dos problemaslogísticos que enfrentamos, prin-cipalmente levando em conta afalta de estrutura da zona primá-ria (portos e aeroportos). “Elessão áreas que podem amenizar osproblemas referentes às distân-cias percorridas entre os pontosde produção e consumo, minimi-zando o tempo em que os fluxosocorrem - denominados tempode trânsito. Este tempo de trânsi-to é uma variável importante nalogística do Brasil, pois influi nosvolumes de estoque, nos custos

de manutenção, em períodos decobrança, afetando diretamente onível de qualidade. Nos portossecos são também executadostodos os serviços aduaneiros acargo da Secretaria da ReceitaFederal, inclusive os de proces-samento de despacho aduaneirode importação e de exportação(conferência e desembaraçoaduaneiros), permitindo, assim, ainteriorização desses serviços noPaís.”

Murillo Mello, gerente denegócios, e Monica AndreaSturm, gerente geral, ambos daEADI Salvador - Logística e Dis-tribuição (Fone: 71 2106.7200),também destacam que a cada diaos portos secos alcançam umpapel de maior destaque na logís-tica brasileira, principalmente emrazão da falta de infra-estrutura.

“Com a falta de estrutura dosportos brasileiros e a escassez deárea nos grandes centros, junto aesses portos, para expansão dazona primária, a tendência é quemais e mais os portos se tornemsomente área de passagem dascargas provenientes de importa-ção e para exportação. Suas ativi-dades devem ser focadas na ope-ração portuária, buscando umamaior agilidade nas operaçõesdos navios, o que torna o cenáriomais atraente para que os arma-dores disponibilizem mais linhasescalando os portos brasileiros.

Sem os portos secos, as zonasprimárias estariam ainda maissobrecarregadas e a agilidadeque os importadores e exportado-res demandam para desembaraçodas suas cargas estaria definitiva-mente comprometida”, destacamos gerentes da EADI Salvador.

“Ao permitir desembaraçarmercadorias importadas próxi-mas do seu destino final e prepa-rar mercadorias para exportarpróximo à zona de produção, osportos secos agilizam o procedi-mento do importador/exportador– fazer o serviço próximo aointeressado (o importador e/ouexportador) – o que, consequen-temente, agiliza o procedimentonos portos molhados, aeroportose zonas de fronteira, cujos recin-tos estão sempre lotados, oneran-do sobremaneira os procedimen-tos a fins”, completa FranciscoAntonio de Almeida, diretorgeral do Porto Seco Cuiabá(Fone: 65 3667.0006).

Suellen Faria Paiva Gomes,do departamento comercial doPorto Seco Sul de Minas (Fone:35 3219.1215), também apontaque os portos secos foram cria-dos para aliviar o fluxo de merca-dorias das zonas primárias – por-tanto, o seu bom funcionamentoproporciona aos importadores eexportadores agilidade nodesembaraço aduaneiro, númerode processos naturalmente redu-

zidos, custos menores e proximi-dade dos importadores/exporta-dores do terminal alfandega-do/Secretaria da Receita Fede-ral/órgão anuentes.

MAIOR RAPIDEZ

Mesmo com todos os benefí-cios oferecidos pelos portossecos, ainda é possível perceberque algumas ações deveriam sertomadas para que haja umamaior rapidez no processo adua-neiro brasileiro.

Por exemplo, Tuba, daColumbia, cita que a equalizaçãodas ações de fiscalização, obvia-mente dentro dos parâmetroslegais nacionalmente estabeleci-dos, aliada a uma maior sistema-tização dos processos seriamações que racionalizariam os trâ-mites aduaneiros.

“Acredito que as principaisações no momento são focar osportos secos como os terminaisdirecionados para envio de carga(carga solta e contêiner), ficandoo terminais da zona primária paraoperação dos navios e aviões decarga, com ênfase maior nos por-tos, que são, hoje, no meu pontode vista, um dos maiores proble-mas nos processos aduaneiros.Outra questão importante envol-ve as cargas que precisam deliberação do Ministério da Agri-cultura: esta questão precisa rapi-damente ser repensada, a vejo,hoje, como um gargalo – sãopoucos fiscais. Vejo a dificuldadeenorme de locomoção para osportos secos, atrasando a libera-ção das cargas, também muitasvezes por falta de veículos, gaso-lina etc. Sugiro que em cada por-to seco haja um posto do Minis-tério da Agricultura e/ou, se nãotiver volume que compense, queo governo disponibilize mais fis-cais, mais viaturas, um apoiologístico melhor. Isto se aplicatambém à Anvisa”, analisa Leal,da EADI Empório.

Almeida, do Porto Seco Cuia-bá, também faz suas críticas e

sugestões. “A fiscalização final,exceto quando amplamente justi-ficada, deveria ser feita no desti-no final do trânsito, onde se pro-cessaria o desembaraço aduanei-ro.O auditor da Receita Federalna zona primária tem até 5 diaspara iniciar o trânsito aduaneiro,prazo absurdamente dilatado.Isto pode ser feito no máximo nodia seguinte ao pedido. Tal pro-cedimento ajudaria em muito adesobstruir a dita zona primária.No caso de alguma suspeita, oauditor da zona primária remete-ria à zona secundária (portossecos), através da Receita Fede-ral, as exigências que seu colegadeverá proceder quando danacionalização e, também, juntoao importador, que sempre teráseu domicílio fiscal o mais próxi-mo dessa zona secundária.”

Para Suellen, do Porto SecoSul de Minas, são várias as açõesque deveriam ser tomadas parauma maior rapidez no processoaduaneiro brasileiro: no âmbitode que diminuísse a burocracianos procedimentos envolvidosnas operações internacionais, aampla redução da carga tributáriae não existência de greves dosórgãos intervenientes no proces-so aduaneiro, bem como aimplantação de novas tecnolo-gias que facilitem os trâmitesoperacionais.

Otimista, Rogério Fortunato,diretor superintendente da Multi-log (Fone: 47 3341.5000), apon-ta que o processo aduaneiro já

Fortunato, da Multilog: porto seco auxiliano escoamento de cargas

Page 16: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200715

��

vem sofrendo nos últimosanos uma melhoria significa-tiva. Segundo ele, uma dasações de maior impacto paraagilidade nos processos dar-se-á com a implantação doSISCARGA (programa ele-trônico desenvolvido pelogoverno que agilizará ocomércio exterior brasileiroe permitirá uma mais amplasupervisão de suas opera-ções), previsto ainda paraeste ano.

NORMAS LEGAIS

Outro assunto que merecedestaque é se as normaslegais que dispõem sobre ofuncionamento de portossecos merecem revisão pelasautoridades ou são satisfató-rias.

Tuba, da Columbia, eAlmeida, do Porto SecoCuiabá, concordam que, demaneira geral, elas atendemàs necessidades de controles,segurança e operacionalida-de. “Podemos destacar quemelhorias poderiam ser ado-tadas no processo que habili-ta os portos secos, bem comono sistema que rege a arreca-dação tributária incidentesobre as operações dos por-tos secos”, completa o dire-tor da Columbia.

Suellen, do Porto SecoSul de Minas, concorda comos seus colegas, mas lembraque as normas devem sersempre atualizadas de acor-do com acontecimentos, nãosó relativos ao porto seco,mas às empresas que utili-zam a prestação de serviçosaduaneiros do mesmo.

“No meu ponto de vista,as normas podem, sim, serrevisadas, dentro de adequa-ções de melhorias, seguindoo mundo globalizado, e atémesmo dentro de todos osproblemas logísticos quevivemos no Brasil”, diz Leal,da EADI Empório.

Fortunato, da Multilog,também diz que as normasaduaneiras estão sendo cons-

tantemente revistas pelasecretaria da Receita Federale os usuários do comércioexterior vêm se adequandopara o atendimento e simpli-ficação dos processos paraliberação das mercadorias.“Muitos projetos, como oSISCARGA e IN 969, sãoreflexos das melhorias quevêm sendo implantadas, pro-piciando agilidade e maissegurança nos processosaduaneiros/ logíst icos”,aponta.

CAOS AÉREO

Embora solucionado emparte, o caos aéreo ainda trazreflexos negativos para aeconomia como um todo.Neste sentido, vale a pergun-ta: os portos secos tiveram eainda estão tendo problemasem virtude do caos aéreo?

“Sim, quem não sofreu, equem não sofre hoje no Bra-sil, devido ao apagão aéreo?Os reflexos maiores no meuponto de vista são as dimi-nuições de rotas e aeronavespelas companhias aéreasinternacionais para o Brasil,afetando a cadeia logística e,obviamente, a economia”,comenta Leal, da EADIEmpório.

Na opinião de Mello eMonica, da EADI Salvador,o transporte aéreo, na suagrande maioria, é voltadopara cargas urgentes e de altovalor agregado. “Qualqueratraso que aconteça paraquem contrata esse serviçoacarreta em elevado custo.Frente a esta realidade, asatividades dos portos secossão completamente prejudi-cadas, pois a agilidade queos nossos clientes precisamacaba sendo prejudicada.Um outro ponto importante éque no comércio internacio-nal, a transparência e ademonstração de que o paísproporciona aos investidoresinternacionais uma infra-estrutura que atenda àdemanda das suas plantas éfundamental. Todos essesproblemas e a demonstraçãode completa falta de planeja-mento pelas autoridades aca-bam diminuindo a movimen-tação do comércio interna-cional e, conseqüentemente,dos portos secos”, dizem osrepresentantes da EADI Sal-vador.

Fortunato, da Multilog,também considera que ocaos aéreo instaurado no paísrefletiu negativamente norecebimento de cargas

aéreas, pois esta modalidadede operação tem sua nature-za de urgência máxima emliberação e qualquer atrasogera grandes prejuízos àsempresas que necessitamdestes serviços. “Estamossendo afetados sim. O aten-dimento das companhiasaéreas tem sido precaríssimoe caro”, destaca, por sua vez,Almeida, do Porto SecoCuiabá.

Opiniões diferentes têmSuellen, do Porto Seco Sulde Minas, e Tuba, da Colum-bia.

A primeira comenta queos portos secos não estãotendo problemas em virtudedo caos aéreo, pois este afetadiretamente os passageiros.“Os aviões cargueiros estãofuncionando normalmentecom possibilidade de possí-veis atrasos, porém que nãoafetam o processo”, diz ela.

Já o diretor da Columbiadiz que os portos secos sãofacilitadores dos processosaduaneiros, portanto a suafuncionalidade minimiza osefeitos do caos aéreo.“Importante destacar quezonas primárias deveriamdedicar-se exclusivamente àmovimentação rápida de‘passageiros’ e ‘cargas’,enquanto que todo processoburocrático aduaneiro deve-ria ser desenvolvido emzonas secundárias, devida-mente estruturadas para tal,como é o caso dos portossecos”, ressalta.

APAGÃO LOGÍSTICO

Já que estamos falandodos efeitos externos no bomdesempenho da logística,vale destacar também opapel dos portos secos noprocesso de evitar o já temi-do "apagão logístico".

Na opinião dos represen-tantes da EADI Salvador, o“apagão logístico” já existe eé uma realidade vivenciadadiariamente pelas empresasque enfrentam longas filasnos portos de zona primáriapara retirar ou entregar car-ga, pelas transportadoras quetêm o custo do seu serviçomuito maior em razão daspéssimas condições dasestradas, do alto índice deroubos de carga, da infra-estrutura portuária que acar-reta na diminuição de escalasde navios, entre outros.

Ainda para Murillo eMônica, o “apagão logísti-co” é enfrentado diariamente

pelas empresas que contra-tam esses serviços e têm quepagar por isso. “O papel dosportos secos é fundamentalpara minimizar essa situaçãoe isso foi uma ação positivado Governo Federal no pas-sado. Disponibilidade deárea para armazenagem, agi-lidade na carga e descargados caminhões evitandoestadias e celeridade nos pro-cessos de importação eexportação são essenciaispara tornar as empresas bra-sileiras mais competitivas. Apartir do momento em que osportos brasileiros foremsomente área para passagemde carga, e não de armazena-gem, pois não possuemestrutura para tal, os usuáriosdesses serviços poderão, semsombra de dúvida, tornar ospreços de seus produtos maisatraentes e, conseqüente-mente, os seus negócios maisrentáveis”, avaliam os geren-tes da EADI Salvador.

“Acredito que temos quepressionar o governo paraachar soluções imediataspara o apagão aéreo. Achoque deveríamos expor maisas nossas opiniões, e atémesmo formar um comitêem nome dos portos secospara acompanhar e levarsugestões ao governo, alémde posicionar melhor os nos-sos clientes que, sem dúvida,também têm pleno interessena solução deste caos”,aponta Leal, da EADIEmpório.

Já Tuba, da Columbia,ressalta que os portos secostêm papel fundamental nosprocessos aduaneiros, evisam racionalizar e otimizaros desembaraços de importa-ção e exportação, operaçõesfundamentais para o desen-volvimento econômico doPaís.

“De fato, o porto secovem para auxiliar o escoa-mento de cargas, assim comooferecer um serviço logísticocompleto e de qualidade,dando suporte às zonas pri-márias no processo dedesembaraço de cargas”,completa Fortunato, da Mul-tilog.

Almeida, do Porto SecoCuiabá, fianaliza dizendoque o propósito do portoseco é justamente dar agili-dade, rapidez, eficiência esegurança ao comércio inter-nacional, porém somentepoderá fazê-lo se todas as or-ganizações envolvidas estiverem comprometidas com oprocesso.�

Page 17: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200716

��

POR DENTRO DA LOGÍSTICA

Galpões industriais: rapidez, segurança e economia na armazenagemÉ o que todo cliente procura. E é o que os galpões industriais oferecem, de acordo com empresas do setor. Além disso, também são disponíveis nos tiposestruturados e infláveis, entre outros.

Os galpões industriaisatendem às mais diver-sas necessidades de

armazenagem, seja ela temporá-ria ou não. E também são dispo-níveis em vários tipos, comopode ser verificado na descriçãodas empresas abaixo que parti-cipam desta reportagem espe-cial do LogWeb. � AAraya do Brasil Industrial(Fone: 12 3627.4200) fabricagalpões com estruturas treliça-das de aço e cobertos com lonavinílica (Vinilona® Sansuy).“Somos a única empresa a com-prar o aço certificado das usinas

siderúrgicas e perfilá-lo em nos-sa fábrica”, salienta AntonioCarlos G. Silva, representanteda empresa.

De acordo com ele, estes gal-pões são mais utilizados nosdiversos segmentos de mercadocomo rápida, segura e econômi-ca proposta para armazenagemem geral e como coberturaspara áreas de produção, escritó-rios, alojamentos e afins.

“Os principais benefícios sãoa rápida montagem, o custoreduzido quando comparado aconstruções convencionais, aversatilidade em ampliações ou

mudanças no layout, a isençãode habite-se por tratar-se deconstrução não definitiva eoutras isenções de impostos esua fácil desmontagem e monta-gem para aproveitamento emudanças”, declara Silva.

De acordo com ele, a tendên-cia é seguir sempre a necessida-de just-in-time que o mercadoanseia, oferecendo uma rápida esegura solução para armazena-gem.� A Canvas Coberturas, Gal-pões e Serviços (Fone: 114795.1618) fabrica galpõesestruturados desmontáveis com

lonas no teto e nas laterais; gal-pões estruturados desmontáveiscom telhas metálicas no teto elaterais ou telhas no teto e lonasnas laterais; e armazéns inflá-veis. As principais aplicaçõesenvolvem armazenagem emgeral, recebimento, expedição ecanteiro de obras, entre outros.

Já os benefícios, de acordocom Vicente Domingues, dire-tor comercial da empresa, são:equipamento pré-fabricado;obra rápida e limpa; não neces-sita de projetos, aprovações,plantas e demais burocracias deuma construção convencional;

contratos flexíveis – o clientealuga pelo período/temponecessário; e melhor custo/be-nefício em relação a transportare armazenar em outro galpãofora da empresa.

Sobre as tendências no seg-mento, Domingues declara queo galpão desmontável estáficando cada dia mais útil, maisprático, mais barato e mais acei-tável, pois havia no mercadouma certa resistência em alu-gar/comprar este tipo de equipa-mento devido às pessoas nãoestarem completamente infor-madas quanto às suas peculiari-dades. “No entanto, após as

empresas conhecerem melhoras vantagens deste tipo de equi-pamento, se deram conta de queo custo logístico em relação aocarregar, transportar, segurar earmazenar sua produção oumatéria-prima em outro localfora da empresa realmente com-pensa, e muito, alugar ou com-prar em galpão desmontável.Vejo que a tendência é a cadadia mais empresas utilizaremcoberturas desmontáveis”, opi-na.� A Pistelli Engenharia (Fone:0800 162828) aluga galpõesinfláveis, galpões estruturados egalpões estruturados tipo pirâ-mide. “Nossos clientes vão des-de empresas de armazéns geraise eventos, chegando até asindústrias de papel, de eletrodo-mésticos, química e farmacêuti-

Page 18: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200717

��

ca ou, até mesmo, usinas de açúcar eindústrias de fertilizantes”, contaAcheli Pimentel, gerente comercial daempresa.

Ela explica que utilizados paraarmazenagem temporária ou perma-nente e até mesmo para linhas de pro-dução, estes galpões apresentam van-tagens ao dispensar projetos especiais.Também são fáceis de montar e fixar,adaptando-se a qualquer tipo de terre-no. Possuem áreas que vão de 300 a4.000 m2, podendo aumentar o tama-nho dependendo da necessidade decada cliente.

“A locação de um galpão estrutura-do ou mesmo inflável torna-se a cadadia um negócio rentável para indús-trias que dependam de rapidez, segu-rança e qualidade para seus produtos”,salienta Acheli.� A Rentank (Fonte: 11 4138.9266)produz galpões/armazéns estruturadosem aço galvanizado e cobertura emlona vinílica para locação e venda.“Produto seguro, de fácil montagem acustos competitivos”, descreve Sebas-tião Luis da Silva, gerente comercialda empresa.

De acordo com ele, estas soluções

são direcionadas a empresas que alu-gam armazéns temporariamente oupermanentemente, entre elas usinas deaçúcar, áreas portuárias e indústrias deembalagens. A finalidade é supriralguma necessidade com uma soluçãorápida de armazenagem, declara Silva.

Sobre os benefícios dos galpõesestruturados, destaca: “têm facilidadede montagem e desmontagem; durabi-lidade; produto com valor agregado,

pois pode ser relocado em poucos dias;não incide IPTU; e as exigências parainstalação são significativamentemenores”.

Quanto às limitações, o gerentecomercial da Rentank diz que existemempresas de seguro que não operamcom este tipo de construção porquetêm expertise com galpões em telhasou alvenaria.

Já como tendências em gal-pões/armazéns, na opinião de Silva,estão a consolidação da aplicação des-te tipo de produto como solução rápi-da, segura e de baixo custo e a exce-lente relação custo/benefício.� A Supporte Engenharia e Constru-ções (Fone: 11 3742.8008) é umagerenciadora de projetos e obras espe-cializada na construção de galpõesindustriais e comerciais, desenvolven-do também projetos arquitetônicospara galpões e armazéns industriaisutilizando estrutura convencional, pré-moldada ou metálica.

Estas estruturas são principalmenteaplicadas nas indústrias metalúrgica,siderúrgica e farmacêutica, além deem outras atividades.

Como benefícios, Odilon EdisonAlexandre Junior e Jocy S. Galassi,sócios-diretores da empresa, destacamos grandes vãos que as estruturasmetálicas e pré-moldadas são capazesde “vencer”, proporcionando grandesáreas livres de piso. “Além disso, aobra é muito mais rápida, limpa, geramenos desperdício e utiliza menosmão-de-obra civil”, apontam.

Dentre as poucas limitações, ossócios-diretores dizem que arquiteto-nicamente o trabalho é desenvolvidode forma modular e pré-estabelecidapelas peças padrão fabricadas pelosfornecedores, além de se caracteriza-rem pelas linhas retas.

Sobre as tendências em galpões/ar-mazéns, Alexandre Junior e Jocy citama industrialização dos processos exe-cutivos na construção civil, além demaior planejamento no canteiro deobras, o que gera a necessidade daatualização e especialização da mão-de-obra civil, maior preocupação coma estética através de acabamentos maissuavizados, encaixes mais desenvolvi-dos e novas peças.

“Falando diretamente dos galpões, atendência é que, além de serem cada vezmais utilizados, sejam cada vez maiorese atendam, além do armazenamento, afunção de sede empresarial, com escri-tórios, salas de reunião, departamentos ediretorias”, expõem.�

A Tópico Coberturas Alternativas(Fone: 11 4704.6516) oferece gal-pões estruturados fabricados em açocarbono galvanizado a fogo confor-me ABNT NBR 6323, com colunas debase articulável com cabos de açogalvanizado para contraventamentoe canaletas de alumínio para fixaçãoda lona, esta feita de PVC com tecidode poliéster de alta tenacidade, comtratamento auto-extinguível confor-me ABNT NBR 9442/1986, imper-meável e com tratamento antimofo.Os galpões também possuem portascorrediças, seguindo sempre a alturado pé direto de cada modelo de gal-pão: vãos de 10 m a 40 m – pésdireitos que variam entre 5,0 m a 6,0m – os vãos são múltiplos de 5 m.

Podem ser utilizados por todos ossegmentos, desde a matéria-primaaté o produto acabado, informaSimone Milano, gerente comercial daempresa.

Entre os benefícios dos galpõesestão: não necessitam de fundação,

podendo ser instaladosem todos tipos depisos, desde que nive-lados e compactadoscom estacas ou chum-badores; são conside-rados edificação transi-tória; suportam ventoconforme ABNT NBR6123; os tetos podemser com lona de PVCtranslúcidos paramaior incidência de luz

natural; nos galpões modulares, ocliente pode aumentar ou diminuiros vãos conforme a necessidade,depois de instalados; e podem seracoplados a outros tipos de galpões,interligando os mesmos com calhase tapadeiras.

“Estamos sempre procurandosoluções e alternativas seguras parasegurança e qualidade que oferece-mos aos nossos clientes, uma vezque somos responsáveis pelo mate-rial que fabricamos e instalamos”,diz Simone.

Page 19: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200718

��

Acessórios para empilhadeiras

ACascade Corporation(Fone: 13 2105.8800) –especialista no desen-

volvimento, fabricação ecomercialização de acessórios egarfos para empilhadeiras –acaba de inaugurar a sede daCascade do Brasil na cidade deSantos, SP, que possui aproxi-madamente 500 m2 de áreaconstruída.

Para Ramatis Fernandes,diretor-presidente da empresa,os motivos que levaram à esco-lha do local foram: o porto esuas operações que envolvem ouso de garras para exporta-ção/importação de celulose,bobinas de papel e fardos dealgodão; suprir a carência degarfos para empilhadeiras detodas as capacidades; mão-de-obra especializada local; enecessidade de instalaçõesmaiores a um custo operacionalmenor.

Fernandes detalha que o pisosuperior da nova sede abriga osdepartamentos administrativo,de vendas, financeiro, logística,comunicação, jurídico e direto-

ria. Já o piso térreo possui umagrande área para armazenamen-to de peças, garfos e equipa-mentos, como também uma ofi-cina para reforma e manutençãoem geral.

Além da mudança, a CascadeCorporation também traz para opaís um dos maiores especialis-tas em movimentação de produ-tos. Brad Vandehey é o diretorinternacional de produtos damultinacional há 12 anos, sendooito deles especializados emgarras de bobinas de papel. Pos-sui experiência adquirida nasindústrias e nos portos de paísesda Europa, Ásia e Oceania, e éresponsável pelo desenvolvi-mento das garras modelos 38F,25H, 33H, 120H, 90FX e dasplacas de contato UDP e RXH.Além disso, participou da cria-ção do Programa de Redução deDanos para todos os acessóriosda empresa, e também dosDVDs de instruções e treina-mento.

“Ele veio ao Brasil para apre-sentar aos clientes melhoressoluções de movimentação, atra-

vés das diferentes opções deequipamentos e acessórios. Como objetivo de fortalecer a marca,aumentar as vendas e fornecer amesma qualidade de atendimen-to e assistência técnica utilizadapela matriz, ele e outros profis-sionais especializados de qual-quer uma das fábricas da Casca-de Corporation, localizadas em 8diferentes países, virão para daro suporte que a Cascade do Bra-sil e o cliente necessitarem”,explica Fernandes.

Quanto às perspectivas emrelação ao mercado, o diretor-presidente considera que sãoexcelentes. De acordo com ele,vários são os fatores que contri-buem para isso, como a expan-são da indústria e da economiabrasileira e os mercados nacio-nal e internacional exigindogarras e acessórios com tecno-logia que visam maior produti-vidade, segurança e redução dedanos. “A propósito, gostaria dechamar a atenção dos operado-res logísticos em geral comrelação a esse último tópico dotrinômio trabalhado pela Casca-

de, a redução de danos. Temosobservado que o conceito de‘avaria’ no mercado brasileironão é o mesmo no mercadointernacional. Não tenho receioalgum em afirmar que, além deprejuízo financeiro, muitasempresas acabam tendo a ima-gem de seus produtos compro-metida e, conseqüentemente, asua também, por não darem adevida importância a esse sim-ples tópico”, declara.

NOVIDADES EM PRODUTOS

Entre as novidades em pro-dutos da Cascade para até oquarto trimestre de 2007 estãoas garras para bobinas de papelda série H, “com braços deespessura mais fina, maiorcapacidade residual, maior visi-bilidade e segurança e conse-qüente aumento de produtivida-de”, detalha Fernandes.

Outra novidade é o singledouble ou posicionador duplode garfos da série G. “Esse equi-pamento requer pouca manuten-

ção, oferece maior visibilidade,maior capacidade residual edurabilidade de aproximada-mente 2,5 vezes superior aosimilar disponível no mercado,ou seja, por volta de 250 ciclos,se usado corretamente, confor-me testes realizados”, conta.

Os garfos para empilhadeirasda marca Worldfork™ – garfomundial – também estão entreas novidades, assim como oselecionador de camadas – layerpicker –, que permite o manu-seio e o empilhamento em pale-tes de camadas individuais oumúltiplas de produtos enlatadosou engarrafados.�

Cascade tem novidades em produtos,especialização e infra-estrutura

Page 20: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200719

��

EMPILHADEIRAS

Ao comemorar seus 25 anos deatuação no mercado brasilei-ro, a Paletrans (Fone: 16

3951.9999) está anunciando a expan-são de sua unidade fabril, que ganhoumais 4.000 m2. Com isto, irá dobrarde tamanho e quadruplicar sua capa-cidade produtiva atual.

“A meta, com esta expansão física,é aumentar o faturamento nos próxi-mos anos, passando dos previstos R$70 milhões, em 2007, para R$ 250milhões e, conseqüentemente, criarnovos postos de trabalho, passandodos atuais 210 funcionários para350”, diz Augusto Zuccolotto, diretorde operações da empresa. Além disso,também está previsto, para 2008, umprojeto de robotização das áreas desolda e pintura, com a instalação deestações automatizadas de tratamentode superfície dos equipamentos.

LINHA DE PRODUTOS

Lineu Penteado, presidente daempresa, diz que há motivos de sobrapara comemorar os 25 anos da Pale-trans. “Nosso último lançamento, aempilhadeira retrátil elétrica de cor-rente alternada PR, é sucesso de ven-das. A empresa foi a primeira a fabri-car este tipo de equipamento no Bra-sil”, comemora.

Segundo ele, a Paletrans produz30.000 transpaletes manuais por anoe, além de ser líder no mercado brasi-leiro, é a 6ª maior produtora mundialdestes equipamentos. “Estamos atrássomente de três fábricas chinesas,uma sueca e uma italiana”, diz.

Ele também aponta alguns dosequipamentos fabricados pela empre-sa.

“As atividades da Paletrans come-çaram em 1982 com a fabricação dotranspalete manual hidráulico, hojeconhecido como TM e com capacida-de para 2.200 e 3.000 kg. Em 1994, aempresa tornou-se líder no mercadobrasileiro deste equipamento, posiçãoque mantém até hoje”, diz Penteado.

Por sua vez, lançada em 1987, aempilhadeira hidráulica manual LMtem capacidade para 500 e 1.000 kg eelevação de 1.000 e 1.600 mm. “APaletrans alcançou a atual liderançade mercado com este equipamentoem 1992”, afirma o presidente.

Já a empilhadeira elétrica manualLE foi lançada em 1988. Possui capa-cidade para 1.000 kg e elevação de1.600, 2.600 e 3.400 mm, estandodisponível em versões de correntes

contínua e alternada. Conforme lem-bra Penteado, a liderança da Paletransno mercado com este equipamentoveio em 1995 e se mantém até hoje.

A empresa também produz empi-lhadeiras tracionárias ou stackers nosmodelos PT, de bateria tracionária, ePX, de bateria automotiva. O presi-dente da empresa destaca que, quatroanos depois de seu lançamento, em1999, a Paletrans se tornou líder demercado neste segmento. O equipa-mento possui autonomia de oito horasde operação, capacidade máxima decarga de 1.600 kg e elevação de 1.600a 5.400 mm.

Lançado em 2000, o transpaleteelétrico TE possui capacidade para1.800 e 2.500 kg e está disponível nosmodelos de corrente contínua e alter-nada, com opção de operador a bordoou a pé. “Após seis anos de seu lança-mento, o transpalete elétrico foi total-mente modificado e ganhou novaengenharia, o que levou a Paletrans aalcançar, no momento, a 3ª posiçãono mercado deste segmento”, apontaPenteado.

E o presidente da empresa conti-nua: “a menos de um ano do lança-mento da empilhadeira retrátil elétri-ca PR, em 2006, a Paletrans já se tor-nou vice-líder de vendas deste equi-pamento no Brasil e pretende alcan-çar em breve o primeiro lugar”. Aempilhadeira tem capacidade para2.000 kg e elevação de até 11.600mm.

LOCAÇÃO

Penteado também informa que aDisktrans, empresa do grupo Pale-trans, é considerada a pioneira nomercado de locação de transpaletes

hidráulicos, com serviços prestadosnesta área desde 2001. Atualmente –segundo ele –, tem 8 mil equipamen-tos locados e atende vários tipos declientes, com frotas superiores a 500unidades.

“O sistema diferenciado da Dis-ktrans garante que a frota locada per-maneça sempre em operação, semperdas com equipamentos parados. Ocliente não corre nenhum risco deficar sem transpaletes para movimen-tar suas cargas, pois garantimos asubstituição do equipamento quebra-do por um novo ou reformado no pra-zo máximo de 72 horas”, diz IvêniaCarnaúba dos Santos, diretora comer-cial da Disktrans.

Além disso, para facilitar a troca desistema dos novos clientes, a empresase compromete com a compra da frotaantiga. “Outra vantagem é o preço dalocação, extremamente baixo. Isso seexplica pela economia de escala, quereduz nossos custos de manutenção,aquisição e administração de equipa-mentos”, completa Ivênia.

Além de atuar num raio de 150 kmde São Paulo, a empresa está presen-te também em Porto Alegre, Rio deJaneiro e Ribeirão Preto. Os equipa-mentos locados apresentam capacida-des de 2.200 kg e 3.000 kg.�

Paletrans comemora 25anos e amplia fábrica

Page 21: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando
Page 22: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando
Page 23: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

Informe Publicitário

Empresa comemora 50º aniversário executando estratégia para ganhar mercadoe ser a primeira no setor de logística em dois anos.

Até o final deste ano, as baterias LOG HDP, fabrica-das pelo Grupo Moura, estarão com uma fatia de 37%do mercado. O percentual será resultado da estratégiada empresa de assumir a liderança geral no setor debaterias tracionárias, reposição e montagem em atédois anos.

Para a expansão de mercado, a Acumuladores Mourafoca em ações contundentes e voltadas ao aumento demarket share. O grupo, inclusive, estuda a aquisição defabricantes concorrentes. Outra ação do grupo, até o finaldo ano, é o fechamento de uma parceria internacionalvisando o intercâmbio de tecnologia com fabricantesreconhecidos mundialmente. Também está acontecendo acontratação de técnicos que reforçarão o staff ligado àLOG HDP, além do aumento da estrutura de assistênciatécnica em São Paulo e nos outros estados.

Ainda focada na melhoria constante do atendimento,a empresa fortalece a sua rede de distribuidores, que jáconta com mais de cinqüenta pontos em todo o Brasil, eos representantes da linha LOG HDP. Entre os clientesatendidos estão fabricantes de máquinas utilizadas nosetor de deslocamento de carga como a Skam, Paletranse Clark. Todos eles usam a LOG HDP, única no Brasil com

a renomada tecnologia americana de placas planas enve-lopadas, um destaque na indústria nacional, já que estátomando boa parte do mercado por ser robusta o sufi-ciente para resistir às condições extremas das operaçõeslogísticas. No início deste ano, a linha LOG HDP indicavauma participação de cerca de 25% do mercado. O aumento para 37% até dezembro significa um incremento de 12% em apenas 12 meses.

Com essa expansão e uma estratégia ousada, a Bate-rias Moura reforça a participação da sua linha LOG HDP.As baterias receberam inovações no projeto e na distri-buição, garantindo o seu fornecimento ao cliente onde eleestiver e a qualquer tempo. As principais melhorias nosacumuladores tracionários da Baterias Moura foram apre-sentadas aos players do mercado de logística na últimaMovimat, realizada de 7 a 10 de agosto deste ano em SãoPaulo.

Aniversário e ampliação – A ampliação da fábricaem Belo Jardim, PE, aumentará em 25% a capacidade deprodução, o que significa um milhão de unidades a maispor ano. “Vimos que era hora de investir”, afirma o vice-presidente financeiro da Moura, Paulo Salles. O aporte deUS$154 milhões servirá, ainda, para modificar a tecnolo-gia de fabricação das baterias. Todo o processo estaráconcluído em três anos. Com esse investimento, os acu-muladores Moura, que já possuem um padrão de qualida-de mundial, ficarão ainda melhores.

Essas ações da Moura acontecem quando a compa-nhia comemora seus 50 anos. No início, Edson MororóMoura se lançou com pouquíssimos recursos ao desafiode produzir baterias automotivas, na cidade de Belo Jar-dim (a 187 km do Recife, PE). Hoje, a companhia é umadas mais prósperas do setor, líder de mercado no Brasil ena América Latina e está pronta para o futuro investindoem gestão e qualidade total nos seus processos adminis-trativos, industriais e comerciais.

Linha LOG – A linha de baterias LOG tornou-se amais completa do mercado nacional com a integração detrês famílias distintas, sendo a LOG HDP, LOG Diesel eLOG monobloco.

Linha LOG HDP – Entre as baterias LOG há as quesão montadas com a exclusiva tecnologia HDP. Os acu-muladores dessa família acabam de receber novos com-ponentes. O resultado é um desempenho melhor. As pla-cas planas estão mais densas e protegidas por retentores

de maior porosidade. As curas e os planos de formaçãodas placas ganharam curvas de controles ainda mais pre-cisas, reduzindo a variabilidade final do processo. A taxade compactação dos elementos foi elevada na montageme as placas positivas passaram a ser ancoradas. Tudoisso tornou a bateria mais robusta para enfrentar o regi-me de trabalho intenso, típico das operações logísticas.Além de tudo isso, um outro destaque é a facilidade demanutenção, pois cada uma de suas células é parafusa-da, e não soldada, o que permite que as intervenções noproduto sejam feitas facilmente no próprio local e de for-ma mais rápida.

LOG Monobloco – Esta família equipa um conjuntocrescente de veículos e dispositivos de tração elétrica. Osacumuladores estão presentes em montagens industriais,

Acumuladores Moura assume liderança em baterias tracionárias

Paulo Salles, vice-presidente financeiro da Moura:“vimos que era horade investir”

Instalações industriais da Moura em Belo Jardim, PE

Edson MororóMoura, fundador daempresa: início compouquíssimosrecursos

Page 24: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

nosdesenvolvi-mentos de veículoselétricos e híbridos. O des-taque é a sua durabilidade e utili-zação de componentes específicos paratração elétrica em operações logísticas.

LOG Diesel – Oferece o maior rendimento quilomé-trico do mercado, cerca de 50% maior que as bateriascomuns. É o acumulador mais robusto da categoria, idealpara equipar caminhões, ônibus e tratores movidos a óleodiesel. A LOG Diesel é utilizada em larga escala comoequipamento original das montadoras de caminhões epassou a equipar progressivamente frotas em operaçõesprofissionais.

A Moura e os Mercados – Segundo dados do Sindi-cato Nacional da Indústria de Componentes para VeículosAutomotores (Sindipeças), apenas 24,7% das empresasda área foram fundadas até 1960. Ainda hoje, a BateriasMoura foge do padrão, já que foi fundada em 1957 e estáentre as 31,2% das empresas do setor de autopeças ins-taladas fora de São Paulo.

Desde a fundação da Baterias Moura muita coisamudou. A história da empresa está naturalmente inseridano contexto evolutivo tanto da indústria automobilística

nacional quanto da evolução na tecnologia dos produtos,dos processos de produção e, também, das abordagensgerenciais. A Moura passou nos últimos 50 anos portodos os ciclos evolutivos enfrentados pelo setor indus-trial do mundo inteiro. O que a torna peculiar é que, aocontrário das demais, conseguiu crescer e assumir a lide-rança fora dos grandes centros industriais.

Atualmente, seus produtos fornecem energia paraoperações logísticas, carros, embarcações, telefonia celu-lar e fixa e são encontrados na Europa, Américas do Sul eCentral. A cada investida internacional a empresa se con-solida como principal exportadora de Pernambuco, forado segmento sucroalcooleiro, possuindo uma produçãoanual que supera 3,6 milhões de unidades.

No segmento automotivo, sua bateria é a peça ori-ginal de fábrica da Volkswagen, Ford,Renault, Fiat, Daimler Chrysler e Iveco.De cada dez carros produzidos noBrasil, seis são equipados original-mente com seu produto. Esse é umnúmero significativo quando sepensa numa frota estimada emmais de 23,2 milhões de auto-móveis no País, segundo dadoscoletados em 2005 e formata-dos em 2006 pelo Sindipe-ças.

Opção pela logística –A empresa enxergou oportu-nidades no segmento delogística. Compreendeu omovimento surgido em tor-no da urgência de maiorcompetitividade, principal-mente do suprimento nahora e no local definido,com o menor custo. Umcontexto em que foram ins-talados os centros de distri-buição, operadores logísti-cos, terceirização de váriosserviços de infra-estrutura,transporte e armazenamen-to. É neste momento, quan-do ocorre a busca de ofertasmais competitivas, que aMoura lança, em 2002, assuas baterias tracionáriascom a linha LOG HPD. Com ainiciativa o grupo conquistouum crescimento de 15% nassuas receitas. Um outroaspecto positivo do investi-

mento está relacionado a suasinergia tecnológica. O domínio

do conhecimento de acumuladoreselétricos e suas várias aplicações têm

sido uma das bases do desenvolvimento daMoura. Hoje, a LOG HDP é essencial para

o Grupo, caracterizando-se como um produtoreconhecido pela qualidade intrínseca e pelosserviços associados.

Visão de Excelência – A Moura é atualmen-te o fabricante brasileiro de acumuladores deenergia elétrica com o portfólio mais amplo.A empresa investe em processos de gestão daqualidade há mais de 15 anos. Também aplicarecursos em pesquisa e desenvolvimento de novaslinhas de produtos. A Moura mantém intercâmbioscom indústrias européias, universidades de outros paí-ses e nacionais, participa de projetos de veículos espe-ciais – elétricos, híbridos – e apóia o desenvolvimento deprotótipos e edificações ecoeficientes, alimentadas porfontes energéticas renováveis.

Desenvolvimentos – A LOG HDP é um exemplo decomo um desenho flexível na estrutura da empresa pode

reduzir o tempo entrea observação dasoportunidades do mer-cado e o desenvolvi-mento efetivo de pro-dutos. A Moura possuivários comitês inter-funcionais. Alguns sãopermanentes, outrostemporários, direcio-nados para resolverquestões específicas.A Moura Baterias Industriais dispõe de uma ampla assis-tência técnica e conta, também, com empresas ligadasao grupo que são especializadas no trato direto com osclientes.

Embora caiba aos departamentos de marketing ecomerciais o primeiro insight sobre um novo produto, odesenvolvimento com todos os detalhes de produção éum trabalho que envolve uma grande equipe. Todos sãoconvocados para contribuir nos desenvolvimentos, inclu-sive os diretores. Os projetos só podem ser aprovados setiverem seus investimentos e retornos planejados. Os pla-nos, transformados em metas com indicadores dedesempenho, são implementados e reavaliados sistemati-camente.

Canais de negócios – A Moura conta com distribui-dores posicionados nos principais centros urbanos doPaís. Cada um deles é responsável por uma área geográ-fica, que pode ser uma cidade, uma micro-região ou mes-mo um Estado. Eles também fazem prospecção, atendi-mento aos clientes de varejo e dão assistência técnicaaos consumidores finais. Portanto, as empresas clientesterão suporte da Moura não importando onde estejaminstaladas.

Linhas especiais – O atendimento dos clientes daslinhas especiais – Clean e Log – é realizado diretamentepela Moura,contando com o suporte de uma rede de dis-tribuição. Isso pode ser explicado pelas característicascorporativas de cada um desses mercados – onde asrelações comerciais se estabelecem de forma business tobusiness (B2B), em geral com volumes concentrados.

A internacionalização da marca – A Moura con-quistou mercados em outros países da América Latina. Oprimeiro a receber a bandeira da Moura foi Porto Rico. NaArgentina, a empresa exporta diretamente para a Ford eVolkswagen. A Moura chega ainda ao Paraguai e Uruguai.Na Europa, a Moura está presente no Reino Unido. Osacumuladores da empresa equipam automóveis e foiclassificada como bateria premium por seus clientes daterra da rainha Elizabeth II. Uma média de 12% da produ-ção da Moura é exportada.

Fone: 0800 701.2021

a m

Bateria tracionáriaLOG HDP: 37% domercado, até o finaldo ano

LOG Diesel: rendimentoquilométrico 50% maiorque o das bateriascomuns

Page 25: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200724

��

Cadeia do Frio

De acordo com o trabalhode coleta de informaçõesrealizado pela ABIAF –

Associação Brasileira da Indús-tria de Armazenagem Frigorifi-cada (Fone: 17 3345.5900), arede brasileira de armazéns fri-goríficos de uso público é com-posta por 150 unidades distri-buídas praticamente em todosos Estados da Federação, totali-zando 4.265.554,3 m³, equiva-lentes à ocupação de 1,05milhões de paletes ISO II.

O estudo da ABIAF apontaque a central de estocagem fri-gorificada não é um depósito,mas um dinâmico centro de ser-viços para produtos perecíveis.E, ainda, descreve que a redebrasileira, de uma maneira geral,opera em níveis melhores doque os recomendáveis pela

legislação. “Essa postura daindústria de armazenagem frigo-rificada, nivelando ‘por cima’em termos tecnológicos, foi oque possibilitou ao país exportarprodutos agroindustriais para osmercados mais exigentes esofisticados”, diz o estudo.

Por meio dele também éobservada a grandeza do apoioda rede de frigoríficos de usopúblico à economia brasileira,contribuindo com a exportaçãode alimentos congelados, parti-cularmente com as indústrias decarne bovina, frangos e suco delaranja, que atingiram os pri-meiros lugares no comérciomundial. Além disso, há empre-sas que alugam os espaços e osserviços desejados, e o paga-mento se dá pelos períodos uti-lizados.

De acordo com o trabalho daABIAF, a grande dificuldadepara o armazenamento de ali-mentos perecíveis está na

manutenção da sua “boa quali-dade”, ao longo de toda a cadeiado frio. “Enquanto que nas cen-trais de estocagem há um per-feito controle de todo o proces-so, o mesmo não ocorre com-pletamente em outros segmen-tos, como o dos transportes, eem grande parte da rede devarejo”, analisa.

De acordo com o estudo, osarmazéns frigoríficos oferecemuma ampla gama de serviçosque os torna uma verdadeiraextensão das instalações dosclientes. Além da armazenagemfrigorificada, para a qual toda amovimentação é mecanizadacom a utilização de paletes eoutros sistemas, a totalidade dasempresas opera as cargas e des-cargas em áreas climatizadas.

Muitas mercadorias são sub-

metidas a processos de pré-res-friamento, congelamento ou dedescongelamento controlado.Algumas recebem também ser-viços adicionais, como pesa-gens, vistorias, embalagem oureembalagem, etiquetagens econtroles de qualidade.

Várias instalações prestamserviços às exportações, como apreparação dos lotes, marca-ções, colocação em paletes one-way, vistorias, carregamento decontêineres, acompanhamento esupervisão de embarques.

“Em geral, estas unidades,além da aprovação e supervisãode suas operações pela SIPA doMinistério da Agricultura, sãovistoriadas por técnicos deoutros países como os do Mer-cado Comum Europeu, aliás, osmais exigentes. Várias delastêm a condição de EntrepostoEspecial Aduaneiro”, destaca oestudo da ABIAF.

Ele também explica que, em

geral, os armazéns frigoríficospúblicos prestam serviços adi-cionais de fornecimento deenergia elétrica a caminhões econtêineres, assim como visto-rias, lavagem, desinfecção eforração de veículos.

Fornecem, também, váriasdessas empresas, recibos,conhecimentos de depósito ou“warrants”, permitindo ao pro-prietário das mercadorias finan-ciar os seus estoques e negociá-los. Além de controles diáriosdos estoques, com a ajuda dainformática, que permite aocliente conhecer a qualquermomento a sua posição em ter-mos de volume, valores, tiposde produtos e outras informa-ções, até os prazos de reposiçãodos estoques.

Outro assunto tratado noestudo é o crescente número deempresas de armazenagem fri-gorificada envolvidas nos pro-cessos de distribuição física.Atualmente, toda a rede dearmazéns frigorificados de usopúblico está, em maior oumenor escala, especializadaneste serviço.

O futuro da armazenagemfrigorificada, de acordo com apesquisa realizada pela ABIAF,é apresentado nos tópicos aseguir:�Na medida em que aumenta

o poder aquisitivo e na medidaem que a sociedade evolui cultu-ralmente, maior é a demanda porprodutos frigorificados e, conse-qüentemente, a armazenagemnecessitará expandir-se.�As pessoas tendem a dedi-

car menos tempo aos afazeresdomésticos e buscam alimentosprontos, semipreparados.�A indústria de fornecimen-

to de refeições, os restaurantes,os hospitais, as escolas e outrasinstituições procuram, cada vezmais, abastecer-se com matéria-prima semipronta.�A modernização da agri-

cultura, a melhoria de qualidadedos seus produtos e a busca demaior estabilidade de preçosconverge para a frigorificação,como o principal e mais eficien-

te método de conservação.Mas, o estudo também avisa:

“essa indústria é, no entanto,extremamente especializada.São necessários extensosconhecimentos tecnológicospara se ter êxito. Temos assisti-do a muitos fracassos e perdasde dinheiro por falta de conhe-cimentos adequados”.

TENDÊNCIAS

Sobre a tendência atual dealguns grandes frigoríficos esta-rem construindo seus Centrosde Distribuição refrigeradospróprios, Apparicio PenteadoJunior, presidente da ABIAF,analisa que isso demonstra queo assunto não foi avaliado emtoda a sua extensão.

Ele demonstra que os custosde uma operação própria sãosignificativamente maiores doque aquele apurado em arma-zéns terceirizados. Isso porqueno armazém próprio todos oscustos diretos e indiretos gera-dos serão absorvidos integral-mente pela empresa, ao passoque se operacionalizado emcentros de distribuição deArmazéns de Uso Publico essecusto é proporcionalmente ra-teado entre multiclientes, alémde se pagar pelos serviços pres-tados somente em função dareal utilização dos espaços.

“Seria a mesma comparaçãode adquirirmos uma aeronavepara transportarmos nossos fun-

cionários para não pagarmoscompanhias aéreas de terceiros.O custo de uma câmara operadaessencialmente para um únicocliente é altíssimo”, apontaPenteado Junior, citando custosde energia, mão-de-obra opera-cional, equipe de manutenção,corpo gerencial, riscos degerenciamento dos estoques,custos de inventários, acompa-nhamento da validade dos pro-dutos, manutenção de toda umaestrutura administrativa parasuporte, como: emissão dedocumentos fiscais, relatóriospara o SIF, sistemas de geren-ciamento WMS - com seus cus-tos de licença, implantação,customizações e taxas demanutenção, etc.

“Para que tudo isso, sepodem contar com empresasaltamente capacitadas para exe-cutar todos esses serviços deforma mais organizada e de bai-xo custo? Se fizessem realmen-te a conta na ponta do lápis, nãofariam centros próprios de dis-tribuição”, opina o presidenteda ABIAF.

De acordo com ele, é melhornegociar um bom contrato comum prestador de serviço emarmazenagem e distribuição doque construir sua própria câma-ra e ter frota própria. “Os valo-res investidos em Centros deDistribuição deveriam ser cana-lizadas para a produção, que é oprincipal foco de negócio docliente”, finaliza.�

Armazenagem frigorificada:para que ter armazéns próprios?

*Os alimentos chamados “resfriados” devem ser mantidos, em geral, em temperaturas de 0° C até 16° C. Cada produto tem sua faixa de temperaturaespecífica, assim como um adequado nível de umidade relativa.

*Os alimentos “congelados” (também chamados de “supergelados”) podem serarmazenados todos à mesma temperatura. As normas internacionais determinam o nível máximo de -18° C. Esse nível deve ser observado nos transportes, armazenagem e na rede de varejo.

*As instalações brasileiras, a exemplo do que ocorre em outros países, adotaram os níveis de -25° C e -30° C para atender ao aumento dos prazos dearmazenamento e a alguns produtos mais sofisticados, além de ofereceremsegurança extra contra eventuais problemas nos transportes e distribuição.

Segundo o presidente da ABIAF, é melhor negociar um bom contrato com um prestador de serviçoem armazenagem e distribuição do que construir sua própria câmara e ter frota própria.

Obs.: Considerou-se o número de unidades públicas, desprezando-se a capacidade instalada de cada unidade. Só a Infraero dispõe de 15unidades distribuídas em 11 Estados, totalizando 21.684,5 m³.

Quantidade de Unidades: Setor Privado: Setor Público: Total

113 = 75,33% 37 = 27,67% 150 = 100%

Cuidados com os produtos resfriados

Fonte: ABIAF

Page 26: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200725

��

Cadeia do Frio

A ALL – América LatinaLogística (0800 701 2255),operadora logística combase ferroviária, tambémtem um importante papel nacadeia do frio. Sua primeiraoperação de carga refrigera-da teve início em 2002, paraa Sadia. Em 2005, começoua operar, em parceria com aStandard, um expresso defrigorificados, com cargasde fabricantes variadas.Atualmente, realiza opera-ções para uma série declientes do setor, entre eles,Sadia, Perdigão e Seara.

Do segmento de congela-dos, a empresa transportafrango frigorificado, frangointeiro, corte de frango esuíno, e também estuda apossibilidade de iniciar otransporte de carne bovina.

As operações se concen-tram no sul do país, comdestino final no Porto deParanaguá, PR, e o transpor-te é intermodal. Entre 2002e 2006, a operação era feitacom um vagão gerador paracada cinco vagões em umacomposição. Em 2006, noentanto, foi realizado umprojeto para a Sadia, a fimde melhorar o tempo detrânsito. A ALL instalougeradores nos terminais deCascavel, Guarapuava eIguaçu, todos no Paraná,além de no Porto de Parana-guá, para possibilitar quefossem feitas recargas defrio em cada uma das para-das. A iniciativa eliminou anecessidade do vagão gera-dor e viabilizou uma econo-mia para a operadora logís-tica.

O segmento de cargas fri-gorificadas é estratégicopara a unidade de industria-lizados da empresa. Em2006, foram fechadas cinconovas operações, triplicandoo volume realizado no anoanterior. Em 2007, a compa-nhia tornou-se o operadorlogístico da Sadia, além deiniciar operação para a Per-digão em janeiro.�

ALL tambémtransportacongelados viaferrovia

Page 27: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

��

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200726

Cadeia do Frio

Controle da cadeia de frio man-tendo os custos a um nívelcompetitivo e a excelência na

qualidade dos produtos e serviços”.Este é o desafio da Perdigão (Fone:0800 7017782) – considerada uma dasmaiores companhias de alimentos daAmérica Latina – descrito por VitorLuiz Berto, gerente de armazenagem edistribuição da empresa.

De acordo com ele, a situação atualdemonstra uma malha rodoviária pre-cária, e o aumento nos volumes vendi-dos torna as operações, dentro dosCentros de Distribuição, mais comple-xas. “Ainda assim estamos apresen-tando ótimo desempenho no balancea-mento das sazonalidades semanais edando sinergia e otimização das ope-rações logísticas”, informa Berto.

De qualquer forma, segundo ele,sempre haverá um ponto a ser atacadopara que se mantenham constantes asmelhorias. São elas: a atualização dossistemas de informação, os pontos detransbordo e a rastreabilidade dos veí-culos.

“Citamos também como um denossos diferenciais o sistema utiliza-do para a roteirização, que foi centra-lizada, agregando maior controle, efi-cácia e visão macro da operação”,acrescenta.

Para o gerente de armazenagem edistribuição, é de suma importância, afim de manter a qualidade na cadeiado frio, que se tenha os controles detemperatura, mantendo-os rastreáveisnos elos logísticos. Minimizar os tem-pos de exposição fora do ambienteresfriado, monitorar o tempo em queos veículos ficam parados, além damanutenção de uma frota nova, com

equipamentos de ponta, também sãopontos essenciais.

Recentemente, a empresa adquiriu,no que se refere ao mercado interno,novas unidades produtoras em Miras-sol D’Oeste, MT (bovinos); Mineiros,GO (aves); e Sino do Alpes, RS (pro-cessados); mais as margarinas Doria-na, Delicata e Claybom, e a joint-ven-ture (UP Alimentos) com a Unilever,onde a Perdigão responde pela distri-buição da marcas Becel e BecelProActive.

Tais investimentos são vistos pelacompanhia não só como aumento deprodução e ou portfólio, mas tambémcomo oportunidade de negócio nestesmercados. Hoje, a Perdigão possui 16unidades processadoras de carnes, ins-taladas em Santa Catarina (seis); RioGrande do Sul (quatro); Paraná (uma);Goiás (três); Mato Grosso (duas), alémde duas unidades processadoras de lác-teos, no Paraná e em Santa Catarina.

Para manter a cadeia abastecida efazer a distribuição, a empresa contacom 17 CDs estrategicamente posi-cionados em Belém, PA; Belo Hori-zonte, MG; Brasília, DF; Campinas,Santos e São Paulo, SP; Florianópolis,SC; Fortaleza, CE; Manaus, AM;Marau, RS; Recife, PE; Rio de Janei-ro, RJ; Rio Verde e Videira, GO; Sal-vador, BA; São José dos Pinhais, PR;e Vitória, ES.

Dentro do plano de crescimento até2011, a companhia investirá um mon-tante de R$ 206 milhões na ampliaçãodos centros de distribuição, com tec-nologias que são as atuais referênciasno que diz respeito à armazenagem emovimentação de produtos congela-dos e resfriados.�

Para Perdigão, controles de temperatura rastreáveissão muito importantes

Page 28: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando
Page 29: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200728

��

Cadeia do Frio

Quando o assunto é trans-porte e armazenagem deprodutos resfriados,

logo vem à mente um tipo decarga: alimentar, ou, maisespecificamente, frutas, legu-mes e verduras.

Por isso, o jornal LogWeb,nesta edição especial sobre acadeia do frio, obteve importan-tes dados com a CEAGESP -Companhia de Entrepostos eArmazéns Gerais de São Paulo(Fone: 11 3643.3700), queadministra uma rede de arma-zenagem – incluindo armazéns,silos e graneleiros – e outra deentrepostagem, assegurandogrande parte do abastecimentodo Estado.

O valor da produção agrícolano Brasil, semelhante ao valorda produção de grãos e oleagino-sas, gira em torno de R$ 15bilhões. Nos supermercados, há73.965 lojas onde ocorrem 80%da venda de alimentos, 9% dovalor dos alimentos e 19% do

valor dos alimentos perecíveis.Nas grandes empresas de refei-ção coletiva, há 8,9 milhões derefeições por dia, 900 empresase 19% do custo. São os dadosfornecidos por Anita de SouzaDias Gutierrez, chefe do Centrode Qualidade em Horticultura daCEAGESP.

De acordo com ela, a impor-tância da CEAGESP dentro dalogística de hortifrutis é muitogrande, já que o local recebe pro-dutos de mais de 1.400 municí-pios brasileiros e 24 Estados,responde por 12 a 13% da produ-ção nacional de frutas e hortali-ças frescas e 50% de todo ovolume comercializado nas cea-sas brasileiras. “Recebemos, sóem São Paulo, 10.000 toneladaspor dia de frutas e hortaliçasfrescas”, conta Anita.

Em relação à logística dacadeia do frio, ela declara quealguns dos aspectos que devemser analisados para a busca demodernização do setor de horti-

frutis envolve o fato de o produ-tor ser pequeno, a produção,sazonal, e o produto, perecível.

Anita conta que uma partegrande dos produtos é produzidapróxima a São Paulo, em tornode 200 km de raio (principal-mente as hortaliças). “O produtocontinua vivo, respirando, trans-pirando e se transformandodepois da colheita. O valor doproduto é determinado pela suaaparência, frescor e sabor”,aponta. De acordo com ela, exis-tem grandes diferenças de tole-rância ao frio entre as espécies,as variedades e o estágio dematuração do produto. O conteú-do de água do produto gira emtorno de 85 a 95%, e a perda demassa é dramática na pós-colheita. Ela informa que o pré-resfriamento não é utilizado(raras exceções), e que a quebrada cadeia de frio é o procedi-mento normal e acelera a senes-cência (envelhecimento).

“É a logística do pequeno e

do imediato. A comercializaçãoé uma corrida contra o tempo”,analisa a chefe do Centro deQualidade em Horticultura daCEAGESP.

Na sua opinião, é preciso ins-tituir um Programa de Moderni-zação da Logística das Frutas eHortaliças Frescas que prevejaincentivos e financiamentos paramodernização, em todos os elos.Para ela, a refrigeração é partedo processo de modernização.“Um outro aspecto é a capacita-ção do pessoal que já utilizarefrigeração. Hoje está tudo erra-do, o que acaba depreciando oprocesso”, diz.

Anita também expõe que nãoexiste elo coordenador na cadeiade produtos hortícolas frescos.Conforme declara, o produtoestá pronto para o consumo nomomento da colheita e nadapode ser feito para melhorá-lo,só para conservá-lo. Segundoela, em outros países, algumaspolíticas públicas alavancam a

organização dos agentes deprodução, a comercializaçãopara o desenvolvimento e tec-nologia, a garantia de padrõesmínimos de qualidade e nomarketing do seu produto (noseu sentido mais amplo); omelhor exemplo são as “comis-sions” americanas. “No Brasilnão temos nada parecido. Exis-te uma proposta tramitando naCâmara Setorial de Hortaliçasdo Ministério da Agricultura”,adianta.

Em relação às perdas, Anitaconsidera o assunto complica-do. “Existe perda que vai parao lixo e existe perda de valor,muito mais difícil de medir emuito mais importante. Só 1%do que entra na CEAGESP vaipara o lixo (medido pelo con-trole de entrada e a pesagem dolixo), menor do que nas ceasasda Europa”, conta.

De acordo com ela, as per-das podem acontecer pelodesenvolvimento de problemasque deveriam ter sido preveni-dos durante a produção, pordanos causados aos produtosna colheita e pós-colheita e porferimentos que permitem odesenvolvimento de microor-ganismos oportunistas. Anitainforma que há vários progra-mas de prevenção de perdas; omais antigo é operacionalizadopelo Centro de Qualidade emHorticultura da CEAGESP:Programa Brasileiro para aModernização da Horticultura,que foi criado pelas CâmarasSetoriais Estaduais de Frutas ea de Hortaliças.�

Logística do pequeno e do imediatoÉ assim que a chefe do Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP define o processo logístico da cadeia do frio para os alimentos. “A comercialização é uma corrida contra o tempo”, diz. *Uma solução para o armazenamento

refrigerado do mix de produtos mais adequada ao atacado e ao varejo:troca de ar constante, umidade relativa entre 85 e 95% e temperatura entre 12º e 15 ºC.

*Capacitação dos usuários de refrigeração para o manejo adequado da refrigeração.

*Estabelecimento de regras de utilizaçãoe das responsabilidades dos prestadoresde serviço de transporte refrigerado e dearmazenamento refrigeração.

*Associação com outros setores da economia no desenvolvimento do Programa de Modernização da Logísticadas Frutas e Hortaliças Frescas.

Fonte: CEAGESP

Expectativas em relação aosegmento de transportes

refrigerados para atendimento do mercado

alimentício

Page 30: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200729

��

Cadeia do Frio

Uma das especialidades da Car-golift Transportes e Logística(Fone: 41 2106.0700) é justa-

mente o transporte de cargas refrige-radas. E, como novidade neste seg-mento, a empresa anuncia a aberturade uma filial em Santos, SP, paraampliar o atendimento ao FrigoríficoMargen, um dos maiores processado-res de carne bovina da América Lati-na, que utiliza o porto para a exporta-ção de carne industrializada prove-niente de cinco Estados.

“A carga chega ao porto na vésperado embarque e isso representa umaredução de custos importante”, declaraThiago Lopes, da área de logística daexportação do Frigorífico Margen,destacando o serviço de entrega just-in-time da Cargolift. Todo o fluxo dotransporte é acompanhado pelo cliente

on-line, em tempo real, salienta Mar-kenson Marques, diretor-presidente datransportadora. “Oferecemos um servi-ço de gerenciamento de risco de cargae de frota em trânsito e a garantia doprazo de entrega”, acrescenta.

Para atender às necessidades dofrigorífico, a Cargolift adquiriu 10equipamentos – carretas porta-contêi-ner e rodotrem – com capacidade paratransportar dois contêineres por via-gem. �

Cargolift abre filial em Santos paraatender o Frigorífico Margen

Cadeia do Frio

Uma etiqueta para medição detemperatura, colocada nomomento do embarque da

mercadoria, pode fornecer uma lei-tura precisa da temperatura doambiente durante todo o processo detransporte de produtos frigorifica-dos, congelados e resfriados.

A função básica dessa etiqueta éregistrar as alterações de temperatu-ra e indicar, em tempo real, se osprodutos frescos e sensíveis estive-ram expostos a condições que pos-sam comprometer a sua qualidadeoriginal.

Lançada pela RR Etiquetas (Fone:11 6525.9055), a etiqueta RR TXi épré-programada, de acordo com a fai-xa de temperatura especificada paracada produto, e sua aplicação podeser feita pelo próprio cliente ou porseu operador logístico, que simples-mente fixa as etiquetas aos paletes ouembalagens dos produtos. Antes de oproduto ser embarcado, a etiquetadeve ser ativada, dobrando-se um dosseus vértices.

As novas etiquetas podem ser lidas

de duas maneiras. Primeira, atravésdos LED´s (diodos emissores de luz)nelas localizados, que proporcionamuma rápida indicação visualse o embarque permaneceudentro da faixa de tempe-ratura aceitável – o verdeindica que o produtoesteve sempre dentrodos parâmetros acei-táveis; o amareloindica que houvedesvios fora dafaixa aceitá-vel, indican-do a necessi-dade de algumainvestigação posterior.As leituras dos LED´s sãoúteis para o pessoal que descarre-ga a mercadoria e de qualidade, emvirtude da facilidade visual propor-cionada.

Já para uma leitura mais detalhadadas flutuações de temperatura ocorri-das durante o transporte, todas as lei-turas de temperaturas armazenadasna etiqueta podem ser descarregadas

para uma planilha Excel. As leiturasde temperaturas são tomadas a inter-valos de 5 minutos ou podem ser pro-gramadas de acordo com sua exataespecificação. Isto favorece a identi-

ficação, com precisão, do momen-to exato em que houve des-

vios das especificaçõesde temperatura e

por quanto tempo,permitindo resolver

problemas de custo dedistribuição e tomar

melhores decisões sobresegurança do produto.

Esses dados são armazena-dos em um microchip descar-

tável introduzido na própria eti-queta. Posteriormente, ele é cole-

tado para análises. Pode-se moni-torar atividades de até dois meses.

Se porventura as alterações de tem-peratura estiveram fora dos limitesestabelecidos e vierem a prejudicar aqualidade do produto ou afetar suavida útil, ele é imediatamente descar-tado, evitando-se, assim, sua distri-buição ao mercado.�

RR Etiquetas lança etiquetas para medição de temperatura de produtos perecíveis

Page 31: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200730

��

Artigo

Pinturas rupestres mos-tram o homem pré-his-tórico descobrindo

que, colocando caça perto dofogo, esta durava mais tem-po, num dos primeiros sinaisde conservação dos alimen-tos perecíveis. Na civiliza-ção oriental, em 2000 a.C. oschineses já conservavampeixes utilizando gelo. ASegunda Grande Guerratrouxe grandes mudanças nasociedade e nos países dohemisfério Norte. No Brasil,na década de 40, surgiu emSanta Catarina o FrigoríficoSadia. Em princípio, um dosproblemas foi o transportedos produtos perecíveis aosgrandes centros consumido-res da região Sudeste. Comisto surgiu, na década de 50,a Sadia Transportes Aéreos,

para transporte rápido eseguro das cargas perecíveise até... passageiros.

Em 1970 o país dispunhade uma rede de armazénsfrigorificados com capaci-dade de 100.000 m³ e umapopulação de 70 milhões dehabitantes acreditando noMilagre Econômico.

Na década de 80, a indús-tria forneceu o apoio indis-pensável ao crescimento domercado interno e dasexportações de pescado,frangos, carne bovina, suí-nos e mais recentemente,sucos de frutas cítricas e tro-picais, polpas e frutas “in-natura” e derivados lácteos,dentre outros. Os principaisfrigoríficos atuais, comoSadia, Perdigão, Seara,Aurora, Avipal, Frangosul

(aves e suínos) e Friboi, Ber-tin, Minerva e Independên-cia (bovinos), entre outros,atendidos por 26.000 carre-tas refrigeradas, iniciaramsua trajetória de sucesso e dequalidade. E esta qualidadeavança à medida que asexportações crescem e as“melhores práticas de quali-dade” são requeridas. Nomercado interno, os arma-zéns frigorificados evoluí-ram para operadores logísti-cos, com 4.265.554,3 m³,para atender, com 26.000veículos médios e pequenosrefrigerados, um consumode 188 milhões de brasilei-ros e a rede de abastecimen-to representada por 2100lojas do CBD - Pão de Açú-car - Carrefour e Wall Mart,além das 74.000 lojas de

redes de supermercados evarejistas e os segmentos defast-food e refeições coleti-vas. No Brasil, o movimen-to anual dos supermercadosrepresenta 6% do PIB e ofaturamento em 2006 foi deR$ 105 bilhões, gerando800 mil empregos diretos e1.2 milhões de empregosindiretos.

Neste segmento de ali-mentos em rápida expansão,cabe e bem, o conceito bási-co de logística: “A mercado-ria frigorificada certa, noprazo certo, pelo preço certoe no cliente certo”.�

Princípios da logística na cadeia do frio

E-commerce

O canal de vendas pelainternet Pão de Açúcar Deli-very (www.paodeacucar.com.br) anuncia seu novoCentro de Distribuição nomunicípio de São Caetano,SP, com investimentos deR$ 700 mil. “Em seu estágiode maturidade, o novo CDpossui capacidade para 550entregas por dia. Mensal-mente, a empresa realiza emtorno de 17.000 entregas”,conta João Edson, diretorregional do Pão de Açúcar.

Com esse núcleo, a redeespera aumentar em 40% asua capacidade de processa-mento de pedidos e entregasdiárias até o final do ano,especialmente nas cidadesvizinhas, como Campinas eJundiaí, a capital e o litoralpaulista. Após dois anos, aexpectativa de aumento damovimentação é de 100%.Hoje, o site atende as praçasde São Paulo (Grande SãoPaulo e litoral), Rio de

Janeiro e Niterói, Brasília eCuritiba.

A escolha do lugar sedeu pela localização geo-gráfica e pela capacidadeinstalada da loja Pão deAçúcar de São Caetano,conforme explica Edson.O outro CD da empresafica na Zona Norte de SãoPaulo.

O Grupo tem entre os

principais projetos desenha-dos para os próximos anos aexpansão do e-commerceem seus negócios. Paraisso, prevê o investimentode R$ 40 milhões até 2010,com ações iniciadas desde oano passado para suas duasoperações virtuais: Extra.com.br e Pão de AçúcarDelivery. Hoje as vendasvirtuais respondem pormenos de 1% do fatura-mento total da companhia(R$ 16,5 bilhão, em 2006).

TECNOLOGIA

Já a Loja Conceito doPão de Açúcar, no ShoppingIguatemi, São Paulo, SP,conta com inovações tecno-lógicas que estão entre asmais modernas no mundo,segundo a GS1 Brasil -Associação Brasileira deAutomação, antiga EANBrasil, responsável poradministrar a numeração do

código de barras e pelos tes-tes com o EPC – CódigoEletrônico de Produto.

“A novidade deverá des-pertar a atenção e a curiosi-dade dos consumidoressobre o EPC, pois ele pro-porciona uma experiênciafuturística única. O uso doRFID, tecnologia que deve-rá revolucionar a forma decompra, é um exemplo. Aoutra é a forma inovadora deexplorar o código de barras.É importante salientar umaquestão que, muitas vezes,passa desapercebida ao con-sumidor: essas tecnologiascontam com padrões quegarantem a sua rápida ado-ção e o baixo custo. O Gru-po Pão de Açúcar sempreapóia o uso de padrões, sen-do pioneiro na adesão aoEPC, assim como foi com ocódigo de barras”, salientaRoberto Matsubayashi,gerente de Soluções deNegócios da GS1 Brasil.�

Pão de Açúcar Delivery inaugura CD em São Caetano, SP

Edson: mensalmente, o Pão de Açúcar realiza em torno de 17.000 entregas

Laudizio Marquesi Consultor logístico da Consulog Consultoria [email protected]

Page 32: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200731

��

Movimentação

A Dematic (Fone: 116877.3607) está oferecendoao mercado uma série denovos equipamentos paramovimentação não automa-tizada. Entre eles estãotransportadores de roldanasou roletes com dimensõespadronizadas, transportado-res flexíveis, transportado-res móveis para carga e des-carga, transpaletes e empi-lhadeiras manuais e elétri-cas.

“Estes equipamentos sãofabricados em parte no paíse outros no exterior, comoresultado de acordo mun-dial da Dematic. O motivopara estes lançamentos éque a Dematic tem comoobjetivo ser reconhecida nomercado como uma ‘One-stop shop Company’, ofere-cendo um leque abrangentede opções em sistemas eprodutos logísticos paraatender a uma grande varie-dade de necessidades espe-cíficas, automatizadas ounão”, diz Valério Zorzi Gar-cia, diretor executivo daempresa.

Ele também informa que,tendo em vista que a empresaestá presente no mercado bra-sileiro há 33 anos e com umaextensa lista de clientes jáatendidos – mais de 1.800 –,têm expectativa de alcançaruma participação expressivaneste novo segmento. “Nos-sa meta a médio prazo é ser-mos uma das empresas líde-res neste mercado, a exem-plo de nossa posição atualnos sistemas logísticos:temos a maior base instaladano país”, diz Garcia.

Os 33 anos de presençafísica no Brasil da Dematicocorreram com os nomesRapistan, Mannesman De-matic, Siemens Dematic eagora Dematic. “Possuímosuma estrutura local semsimilar para atender o merca-do brasileiro. Somos umaempresa global, com mais de4.000 funcionários em todo omundo, com mais de 5.000projetos de sistemas realiza-dos e com um faturamentoglobal de 800 milhões deEuros, em 2006”, finaliza odiretor executivo. �

Dematic tem novidades emequipamentos

Page 33: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200732

��

Segurança

AExcel (Fone: 11 6097.5922) atua em todos os seg-mentos que abrange a

segurança empresarial: seguran-ça patrimonial; escolta armada;segurança pessoal; gerenciamen-to de risco; segurança eletrônica;inteligência operacional integra-da na segurança.

“O principal diferencial daExcel está na sua especializaçãofocada em operações de risco.Após 12 anos atuando na segu-rança em situações de risco quesempre envolvem projetos deproteção a operações com medi-camentos, componentes e insu-mos de informática, eletroeletrô-nicos (DVD’s, microsysteam,telas de LCD/plasma, etc.), linhabranca (geladeiras, fogão,máquinas de lavar, etc.), carrega-mentos de cigarros, cargas depneus, etc., podermos afirmarque nunca tivemos qualquer sitesobre nossa responsabilidadeinvadido. Este resultado permitea nossos parceiros condições deoperação diferenciais e, até mes-

mo, possibilita negociações van-tajosas em Apólices de Seguro, oque chega a compensar o custeioda estrutura de segurança”, afir-ma Benedito Fernando RochaPallu, diretor comercial

Ele também informa que aExcel investe em seus profissio-nais de forma efetiva e, assim,sempre possui condições de for-necer equipamentos e procedi-mentos eficazes. “Entendemosque o emprego da tecnologiadeve estar equilibrado com o pro-jeto e a necessidade existente,pois de nada adianta oferecer umequipamento ‘de ponta’ se o cus-

to do mesmo não é absorvido noprocesso. Sem dúvida alguma,dominamos a tecnologia a pontode poder encontrar o equilíbrionecessário entre Custo x Benefi-cio x Resultado”, afirma Pallu.

Sobre os serviços oferecidopela Excel na área de segurançano transporte de cargas, o diretordestaca que cada vez que é preci-so desenvolver um projeto, aempresa procura compreender asnuances de cada operação, poisatuar na proteção de cargas éinteragir com um dos mercadosde maior foco, chamado naempresa de “Crime Negócio”, enão permite amadorismo. “Faze-mos uma avaliação de trajeto,desenvolvemos orientações es-pecificas, buscamos compreen-der fatores específicos do veicu-lo de transporte para termoscomo definido o fato de que otrajeto está adequado – nãoadianta colocar uma escolta enão perceber que um veículomais antigo não vai superar umtrecho de serra mais acentuado,

por exemplo, com uma cargaespecifica. Ou seja, não nos limi-tamos a colocar um veiculo naesteira de um caminhão. Faze-mos segurança na sua maisampla realidade”, destaca.

Com relação às tendênciasem vista dos crescentes proble-mas de falta de segurança, odiretor acredita que o setor temum grande espaço empresarialpara desenvolver-se, porém,também visualiza que a profis-sionalização do segmento iraprovocar uma depuração há mui-to acentuada, e necessária, tiran-do do mercado aventureiros emilagreiros. “Esta ótica está cal-cada na realidade de que fazersegurança é uma coisa séria erequer profissionais e muito tra-balho – que não existem resulta-dos eficazes sem muito traba-lho”, completa.

PROBLEMAS

Sobre os principais proble-mas enfrentados pelas empresas

Excel: segurança deve ser efetivada dentro de um conceito de resultados

no quesito segurança, o diretorcomercial diz que fica difícil res-ponder a esta questão sem tocarna realidade, onde a maior partedas empresas ainda não com-preendeu que a segurança hámuito deixou de ser um Centrode Custo que deve ser alocadono item despesa. “Falamos issopor que é muito comum, quandosomos chamados para desenvol-ver um trabalho, escutarmos aseguinte frase: ‘Olha, vamos terque mexer na segurança e quere-mos uma proposta. Mas, cá entrenos, sabemos muito bem que seo ladrão quiser, ele vem, entra erouba.’ Esta nunca foi a nossavisão, muito pelo contrário, acre-ditamos que a segurança deveser efetivada dentro de um con-ceito de resultados, que tudo tema ver com as medidas que reali-zamos normalmente dentro deum empreendimento empresa-rial, assumindo riscos sim,porém calculados, minimizadosdentro de um planejamento coe-so e efetivo”.

Pallu lembra que a contrata-ção de uma empresa especializa-da de segurança deve ser feitaquando a sua atuação tornar-seum fator positivo dentro da roti-na de uma empresa. “O que que-remos dizer com isso é que, mui-tas vezes, a contratação de servi-ços de segurança traz ônus à roti-na de uma empresa e/ou pessoa.Senão vejamos: uma famíliadeve ter consciência de que ainclusão de um estranho na roti-na da mesma é necessária paraevitar danos maiores, como umseqüestro ou uma outra violênciaqualquer que pode provocar per-das irreparáveis, até mesmo devidas. Isto deve ficar claro, porque, no caso da segurança pes-soal como estamos falando, vocêcontrata um serviço que tiraliberdade, privacidade. Achamosbastante adequado que esta reali-dade fique clara a todos, poissomente com uma conscientiza-ção clara, uma decisão pode tor-nar-se efetiva e correta.”�

Page 34: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200733

��

Premiação

José Luiz Nammur, oZelão, diretor de marketingdo jornal e do portal Log-Web, recebeu, da EditoraReferência e da Escola deAdministração de Empresasde São Paulo da FundaçãoGetulio Vargas – FGV-EAESP, o diploma de “Mar-keting Expert”, pela suacolaboração e contribuiçãopara o desenvolvimento domarketing no Brasil, tam-bém considerando a suaconsistente trajetória profis-sional.

Zelão também fez indica-ções que contribuíram paraa escolha das empresas fina-listas do Prêmio MarketingBest 2007 (veja as indicadasno site www.marketing-best.com.br), que está com-pletando 20 anos.

Segundo Armando Fer-rentini, diretor-presidente daEditora Referência, “emdecorrência do elevadonível dos ‘cases’ das empre-sas premiadas, o MarketingBest se transformou emreferência de excelência emmarketing para as empresasque buscam uma ‘certifica-ção’ para o sucesso de suasestratégias”.

Neste mês de setembro,após análise criteriosa dos“cases” inscritos, o júri,composto por cinco consa-gradas autoridades de mar-keting e eleito pelas entida-des idealizadoras do Marke-ting Best, divulgará o nomedas empresas vencedorasdeste ano, e que receberão oPrêmio durante a solenidadeque acontecerá em dezem-bro próximo.�

MarketingExpert paradiretor do LogWeb

Page 35: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200734

��

Mul

tim

odal

De 1994 a 2006, osetor brasileiro detransportes teve 83

fusões e aquisições, dasquais 11 no ano passado, 10em 2005 e 11 em 2004. É oque mostram os dados daConsultoria KPMG, segun-do informa Carlos Ienne,diretor geral para o Merco-sul da FedEx Express(Fone: 11 5641.7788).

Os números estão equili-brados, mas como está asituação do mercado paraas empresas de courier/en-tregas expressas no Brasil?

Para Ronaldo TakahashiAraujo, chefe do departa-mento comercial de enco-mendas dos Correios(Fone: 0800 5700100), omercado de encomendasexpressas no país está numagrande dinâmica – que seconstata pelo surgimento denovos competidores nosetor, realização de investi-mentos pelos atuais playersem infra-estrutura e canaisde distribuição e diversifi-cação e expansão da ofertade serviços. Esta oferta deserviços, por sua vez, está

sendo impulsionada pelocrescimento da demandadevido a diversos fatoresfavoráveis, como a tendên-cia de redução de estoquesnos Pontos de Vendas –PDVs, proporcionando au-mento de pedidos expressos;terceirização, pelas empre-sas, de suas atividades logís-ticas; desconcentração dasindústrias em busca deincentivos fiscais e reduçãode custos de mão-de-obra, oque as distanciam dos con-sumidores finais; desenvol-vimento pelos varejistas,

principalmente do segmen-to de telefonia móvel, ele-troeletrônicos e e-commer-ce, do marketing de pós-vendas no que diz respeitoà garantia de troca ou devo-lução de mercadorias pormotivos de falhas de fun-cionamento, arrependimen-to ou erro de pedido, geran-do demanda de logísticareversa; e crescimento dasvendas a distância e, princi-palmente, do comércio ele-trônico. “Aliado a essesfatores propulsores, o fatode os indicadores macroe-

conômicos serem positivoscontribui diretamente paraum bom cenário da indús-tria de encomendas expres-sas”, expõe.

Já Helio Eustaquio Fer-nandes, diretor-presidenteda Via Aérea do Brasil(Fone: 31 2123.0099), acre-dita que, atualmente, todasas empresas de courier etransportes em geral estãopassando por uma reestru-turação em seu sistemaoperacional, procurandodar ênfase ao atendimentorápido e eficiente com

Serviço expresso e mercado dinâmico

O surgimento de novos competi-dores no setor, a realização de

investimentos pelos atuaisplayers em infra-estrutura e

canais de distribuição, a diversificação e expansão da

oferta de serviços e o aumento dademanda contribuem para a grande movimentação atual do segmento de entregas expressas.

Tranjan, da TNT Express: transporteexpresso tem função vital no fechamento de negócio internacionais

Ienne, da FedEx: empresas decourier geram oportunidadespara diversos negócios

COURIER

Page 36: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200735

��

informações precisas. “O mer-cado está exigindo de todosuma sistemática operacionalcom resultados, e o cliente temtotal controle da situação doserviço por ele solicitado”,declara.

Papel logístico

“As empresas de courier/ser-viço expresso são conhecidaspela confiança depositada nelaspor seus clientes, que optam porpagar uma tarifa maior peloatendimento personalizado e orelacionamento direto e cons-tante.” É desta forma que Fer-nandes, da Via Aérea do Brasil,define o papel destas empresas.

E, ainda, complementa:“posso dizer que somos umaespécie de office boy de luxo,com um serviço oferecido umpouco mais caro, mas tambémse considera, nesse sentido, quesomos uma extensão do clienteno sistema de coleta e entregaporta-a-porta com mais rapidezque uma transportadora conven-cional”.

A logística deste serviço, deacordo com Fernandes, sebaseia nos aspectos seguintes:

1 - monitoramento do servi-ço desde a coleta até a entrega;

2 - informações instantâneasque todo cliente necessita;

3 - entrega ponto-a-pontosem seguir várias vezes umarota, atrasando, assim, a entregada mercadoria;

4 - atendimento fora do horá-rio comercial;

5 - atendimento aos sábados,domingos e feriados;

6 - viagem imediata paraqualquer localidade solicitada,principalmente no Brasil;

7 - coleta e entrega dentro domesmo dia para várias localida-des aéreas e rodoviárias.

Analisando o cenário atual,Araujo, dos Correios, diz que acompetição em vários segmen-tos da economia se intensificoumuito. “Percebe-se que as ativi-dades de logística tornam-secada vez mais vitais para odesempenho do marketing dasempresas, figurando, inclusive,como diferencial competitivona conquista de mercado. Issoporque os consumidores estãose tornando mais exigentes emmelhores níveis de serviços epreço”, considera.

Nesse contexto, Araujoaponta que o principal papel dosprovedores de soluções deentregas expressas é o de tangi-bilizar o marketing das empre-sas no que diz respeito à dispo-nibilização dos produtos e ser-

viços aos consumidores finais,conforme as exigências requeri-das em termos de tempo, local eforma desejados.

“Num plano prático, os pro-vedores de serviços expressoscontribuem para a aceleração dociclo logístico, facilitam a ativa-ção de novos canais de distri-buição (tipo e cobertura), redu-zem custos logísticos e, princi-palmente, disponibilizam solu-ções que entregam conveniên-cia, velocidade, cobertura e fle-xibilidade aos consumidores”,explica.

Na análise de José Tranjan,gerente nacional de operaçõesda TNT Express do Brasil(Fone: 11 5564.8600), a indús-tria do transporte expresso temfunção vital no fechamento denegócios internacionais, umavez que é através deste modalque circulam amostras que pos-

sibilitam que os importadoresconheçam o produto que preten-dem comprar e também docu-mentos importantes no comér-cio exterior.

Por estes e outros motivos,Ienne, da FedEx Express, consi-dera que o papel das empresas decourier no mundo é essencial,não só pelas vantagens que tra-zem, mas por gerararem oportu-nidades para diversos negóciosem cada ponto do planeta.

QUER MAIS?

Como no mundo dos negó-cios a busca por diferenciais fazparte do relacionamentos mer-cadológico, nas entregas ex-pressas não acontece diferente.As atividades oferecidas porestas empresas já foram citadas,mas quais são as novas presta-das pelo setor?

Para Araujo, dos Correios, osclientes vêm exigindo cada vezmais das empresas de entregasexpressas soluções completasde serviços, que vão muito alémdas atividades de coleta, trans-porte e entrega de mercadorias.De acordo com ele, demandama prestação de serviços visandoatender suas necessidadesdiversas relacionadas aos seusfluxos de informações com osconsumidores finais, atendi-mento especiais, coletas e entre-gas customizadas, etc., comcomodidade e em prazos cadavez menores. “Com o objetivode atender essas novas deman-das dos clientes, por exemplo,os Correios criaram em seuportfólio o negócio de LogísticaIntegrada, passando a ofertarserviços customizados paragrandes clientes, desde o geren-ciamento de armazéns até a rea-lização de entregas especiais”,cita o chefe do departamentocomercial de encomendas daempresa.

Fernandes, da Via Aérea doBrasil, também aponta a exi-gência dos clientes por novosserviços. “Criam-se novasregras baseadas na necessidadede cada cliente. Geralmente,quem cria essas regras são ospróprios clientes e eles determi-nam como querem que sejamfeitas”, expõe.

Exemplificando os novas ati-

vidades, Ienne, da FedExExpress, cita o programa FedExPyMEx Membership, de apoioaos pequenos e médios empre-sários que querem exportar ouampliar suas exportações. “Oprograma objetiva levar maisinformação a esses empresários,para que eles possam inserir suamarca no mercado global, alémde oferecer descontos em cur-sos, especializações e tambémno envio de remessas”, explica.

Já o Transportation Solu-tions, também da FedExExpress, é um conjunto de ser-viços que permitirá às empresasenviar remessas simples ou commúltiplos destinos para os Esta-dos Unidos em quatro ou seisdias úteis, “complementando oFedEx International Priority,que garante entrega de 24 a 48horas em todo o mundo”, desta-ca Ienne.

Quanto à TNT Express doBrasil, Tranjan conta que aempresa presta o serviço DSE -Declaração Simplificada deExportação, para produtos quenão podem ser exportados viamodal courier devido a restri-ções alfandegárias ou à necessi-dade de fechamento cambial. Aempresa libera a exportação noBrasil como carga, porém,quando esta remessa chega aseu destino, tem o tratamentoexpresso dentro da rede de dis-tribuição da TNT.�

Fernandes,da Via Aérea:mercado estáexigindo umasistemáticaoperacionalcom resultados

Page 37: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200736

��

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Cabotagem: vantagens para o tomador do serviço

Para tratar do assuntocabotagem, nada comobuscar informações

com a Antac - AgênciaNacional de TransportesAquaviários (Fone: 613447.1035), vinculada aoMinistério dos Transportes.Cabe à Agência regular,supervisionar e fiscalizar asatividades de prestação deserviços de transporte aqua-viário e de exploração dainfra-estrutura portuária eaquaviária, “harmonizandoos interesses do usuário comos das empresas prestadorasde serviço, preservando ointeresse público”, segundoinformações encontradas nosite da entidade.

Primeiramente, quais sãoos tipos de navegação? Sãoeles: navegação de cabota-gem - aquela realizada entreos portos ou pontos do terri-tório brasileiro, utilizando avia marítima ou estas e asvias navegáveis interiores;navegação de longo curso -realizada entre portos brasi-leiros e estrangeiros; navega-ção interior - realizada emhidrovias interiores, em per-curso nacional ou internacio-nal; navegação de apoiomarítimo - realizada para oapoio logístico a embarca-ções e instalações em águasterritoriais nacionais e naZona Econômica, que atuemnas atividades de pesquisa elavra de minerais e hidrocar-bonetos; navegação de apoioportuário - realizada exclusi-vamente nos portos e termi-nais aquaviários, para atendi-

mento a embarcações e ins-talações portuárias. É o queensina Murillo Barbosa,diretor da Antaq.

Ele informa que nos últi-mos anos tem sido observa-do importante incremento dotransporte marítimo: cercade 90% das cargas relativasao comércio exterior brasi-leiro são movimentadas porvia marítima. “Em função damovimentação de novas car-gas para o transporte interno

no país e da prestação de ser-viço ‘feeder’ para as cargasoriundas da navegação delongo curso, o transporte decontêineres na cabotagem,de acordo com dados do Sin-dicato Nacional das Empre-sas de Navegação Marítima– SYNDARMA, aumentoude 20.000 TEU, em 1999,para 370.000 TEU, em 2005,o que representa um cresci-mento de 1.700% no perío-do”, detalha Barbosa.

De acordo com ele, otransporte de mercadoriaspor via aquaviária torna-seeconomicamente viávelquando realizado paramédias e longas distâncias.“Nesse sentido, quandocomparado com os modaisterrestres, o transporte reali-zado pela cabotagem maríti-ma apresenta importantesvantagens para o tomador doserviço, em função da redu-ção dos custos de transporte

e da qualidade e integridadecom que a carga é entregueno destino”, declara o diretorda Antaq, acrescentando quecomo conseqüência naturalda transferência do transpor-te de cargas das estradas parao ambiente aquaviário, vis-lumbram-se outras vanta-gens de natureza ambiental eeconômica relacionadas àredução da poluição ambien-tal e do consumo de combus-tíveis, assim como dos cus-tos referentes à manutençãodas estradas.

PARA MELHORAR

A respeito dos problemasque comprometem a compe-titividade da cabotagem,Barbosa os separa em dois

Segundo o diretor da Antaq, a cabotagem apresenta importantes vantagens para o tomador do serviço, em função da redução doscustos de transporte e da qualidade e integridade com que a carga é entregue no destino.

Mul

tim

odal

Page 38: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200737

��

grupos principais:a) problemas relacionados aos navios:

� frota com idade média avan-çada e navios inadequados paraatender às necessidades do mer-cado;� dificuldades para a renovaçãoda frota, em função da situaçãofinanceira dos estaleiros nacio-nais; e� alto custo do diesel marítimona costa brasileira.

b) problemas relacionados aos portos:

� falta de tratamento prioritáriode acesso aos navios emprega-dos na cabotagem, em algunsportos;� baixa produtividade em opera-ções de embarque e desembar-que de cargas; e� altos custos portuários comreflexo sobre o valor do fretemarítimo.

De acordo com o diretor daAntaq, contrapondo-se ao cresci-mento da movimentação de car-gas na navegação de cabotagem,a frota de navios vem encolhen-do e envelhecendo ao longo dosúltimos anos; logo, a ampliaçãoe a renovação da frota brasileiradeve nortear as ações a seremempreendidas pelo GovernoFederal, por intermédio doMinistério dos Transportes, nosentido de desenvolver o setor detransportes aquaviários.

“Para tanto, é necessário criarcondições adequadas para a rea-lização de novas obtenções epara a retomada da construçãode navios modernos e adaptadosà operação nos portos brasileirose ao perfil da carga transportadana cabotagem”, destaca. A títulode curiosidade, o Brasil possuitrinta e sete portos públicos.

Na área portuária, em conti-nuação ao esforço para moderni-zar a infra-estrutura portuária epara reduzir os custos das opera-ções portuárias, o GovernoFederal, por intermédio daSecretaria de Portos, e a iniciati-va privada devem desenvolverinstrumentos operacionais desti-

nados a priorizar as escalas dosnavios empregados na navega-ção de cabotagem e proporcio-nar tarifas e preços adequados aoaumento da competitividade dotransporte da cabotagem emrelação ao modal rodoviário,opina Barbosa.

Por último, ainda segundoele, está a necessidade da imple-mentação dos instrumentos cria-dos pela Lei nº 9.432/97 emapoio ao desenvolvimento daMarinha Mercante Nacional,entre os quais cita a equiparaçãodo preço dos combustíveiscobrados para a navegação delongo curso à navegação decabotagem, cuja implementaçãodeverá influir para a redução docusto de operação do navio e dovalor do frete marítimo na cabo-tagem.

A respeito dos fatores queimpedem o maior investimentono transporte aquaviário, o dire-tor da Antaq avalia que o navioconstruído no Brasil ainda é con-siderado caro, quando compara-do à prática internacional. “Emque pese os nítidos sinais derecuperação do setor de constru-ção naval, considera-se que a fal-ta de garantias dos estaleiros em

cumprir os contratos e os riscosassociados na conclusão dasobras de construção ainda contri-buem decisivamente para o posi-cionamento cauteloso dos inves-timentos no setor”, revela.

A este fator, Barbosa acres-centa que ainda existe um gran-de desconhecimento dos usuá-rios do transporte de cargas arespeito das vantagens compara-tivas do modal aquaviário sobreos demais modais de transporte.

E O FUTURO?

O Brasil é um país eminente-mente marítimo, possuidor deum extenso litoral, ao longo doqual concentra-se grande parcelada população e a maior parte daeconomia nacional. O comércioexterior brasileiro, realizadoquase que integralmente por viamarítima, é responsável pelageração anual de cerca de US$10 bilhões em fretes marítimos,dos quais apenas uma pequenaparcela é gerada por navios debandeira brasileira.

De acordo com o diretor daAntaq, tais fatos já seriam sufi-cientes para demonstrar aimportância do transporte aqua-

viário para o Brasil. “Mas éimportante acrescentar que ain-da possuímos uma importantemalha hidroviária capaz decontribuir para a solução dossérios gargalos logísticos exis-tentes. À luz dessa realidadeentende-se que é prioritárioesclarecer os diversos segmen-tos da sociedade brasileirasobre a importância do trans-porte aquaviário para o país edesenvolver políticas para odesenvolvimento do setor demodo a possibilitar a maior par-ticipação do modal aquaviáriona matriz de transportes de car-gas do Brasil”, diz.

Para Barbosa, o crescimentoda cabotagem está diretamenterelacionado ao aumento da ofer-ta de capacidade de transporte,traduzido pelo maior número denavios operando nas rotas e pelomaior número de escalas nosportos nacionais, assim comopelo aumento da produtividadedas empresas, a partir da ofertade serviços integrados de logísti-ca cada vez mais eficientes.

Com base nos números pro-missores produzidos pelo setornos últimos cinco anos e de acor-do com a perspectiva de novos

investimentos na direção darenovação e expansão da frotaempregada na navegação decabotagem, o diretor da Antaqdeclara que é esperado o aumen-to da atração de novas cargas domodal rodoviário para o aqua-viário, principalmente conside-rando a perspectiva de aumentodos fretes rodoviários, em decor-rência da adoção de medidasmais rigorosas de controle sobreo transporte rodoviário de cargasno país.

Já para aumentar a oferta deserviços de logística intermo-dal, Barbosa expõe que estaquestão está diretamente rela-cionada ao ingresso no mercadode novas empresas que ofere-çam serviços integrados para amovimentação portuária e otransporte de cargas em contêi-neres porta-a-porta, por meio dautilização dos modais aquaviá-rio, ferroviário e rodoviário,assim como a armazenagem dascargas em terminais especiali-zados. “Como exemplos deempresas que já desenvolvemcom eficiência tais serviços,estão a Log-in Logística Inter-modal e a Aliança Navegação eLogística”, finaliza.�

Barbosa: ainda há poucoconhecimentodas vantagensdo modalaquaviário

foto Sérgio Seiffert

Page 39: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200738

��

Mul

tim

odal

TRANSPORTE AÉREO

ABSA Cargo Airlintambém atua no show businessRoger Waters Tour,

High School Mu-sical e Blue Man

Group. O que estesshows têm em comumem relação ao segmentode logística? O fato é queos três eventos escolhe-ram, por meio de seusrespectivos agentes decarga, a ABSA CargoAirline (Fone: 0300 7882272) para o transportede todos os equipamentosde som e de palco, emvôos charters (fretados),realizados por um Boeing767-300 F, que cobriramtodo o roteiro de espetá-culos realizados entremarço e julho deste anona América Latina.

Para o atendimentodas agendas e do roteirode cada um destes showsfoi necessária uma logís-tica específica, traçadapelos agentes responsá-veis de cada grupo. “Osresponsáveis pelas turnêsprovidenciaram todo oembale correto de cadaequipamento e acessório,cenografias e outros itens.Em cada vôo tivemos umresponsável da equipeacompanhando toda aviagem. Nossa responsa-bilidade foi garantir quetudo estaria no seu desti-no na hora e nas condi-ções adequadas”, explicaLindelso de Jesus, geren-te de vendas da empresaaérea.

Já o gerente regionalde vendas da ABSA Car-go, Alexandre J. Silva,conta que a companhiaremanejou sua malharegular de vôos interna-cionais com o objetivo deter, no dia e hora previa-mente estipulados, a aero-nave posicionada noaeroporto de origem dacarga. “Nossas equipes deterra também foram ins-

truídas previamente a dartoda a agilidade requeridano processo de carrega-mento/ descarregamentoda aeronave”, diz.

Em março, a ABSACargo realizou o trans-porte dos equipamentosda Roger Waters Tournos trajetos Bogotá(Colômbia) – Lima(Peru) e Lima – Santiago(Chile). Em maio, aempresa cobriu toda aagenda da High SchoolMusical na AméricaLatina, com o transportede seus equipamentos deBuenos Aires (Argenti-na) – Santiago; Santiago– Viracopos (Brasil);Viracopos – Caracas(Venezuela) e Caracas –Monterey (México). E,em julho, foi realizado otransporte de todos osequipamentos da BlueMan Group, na rota Riode Janeiro (Brasil) –Santiago.

LOGÍSTICA DO SHOW BUSINESS

Quanto ao processologístico que envolveeste setor, Silva informaque o início se dá pelaconsulta efetuada peloagente de cargas pararealização dos vôos, ain-

Page 40: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200739

��

Airline a no

ess

da durante o planejamentoda turnê. “Assim que confir-mada a contratação dotransporte, com dia e horá-rios definidos, a ABSA Car-go remaneja sua malha devôos regulares com o objeti-vo de ter a aeronave noaeroporto de origem exata-mente na data e hora contra-tadas”, conta.

Ele explica que duranteuma turnê, logo após o tér-mino de cada evento, osequipamentos são desmonta-dos e acondicionados emcaixas especiais e transporta-dos ao aeroporto, onde rece-bem tratamento especial deliberação aduaneira e, ime-diatamente, são preparadospara embarque em paletesaeronáuticos e enviadas.

O vôo é normalmenteacompanhado por represen-tante do agente de cargas quese encarrega, através do seuescritório na cidade de desti-no, de coordenar a liberaçãoaduaneira e o transporte dosequipamentos do aeroportoaté o local do evento.

Para a escolha da empresatransportadora neste setor,Silva expõe que são conside-rados capacidade de trans-porte, custo e, principalmen-te, pontualidade, já que atra-sos de minutos podem com-prometer o sucesso de umevento.�

Silva: companhiaremanejousua malharegular de vôos internacionais

Page 41: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando

LogWebLogWebJ O R N A L

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº67 - SETEMBRO - 200740

��

TRANSPORTE AÉREO

FedEx Express amplia capacidade decarga e fecha parceria com a VarigLog AFedEx Express

(Fone: 11 5641.7788)acaba de anunciar

duas novidades no que dizrespeito ao aumento de suacapacidade de carga: entre oBrasil e os Estados Unidos ena região do Cone Sul naAmérica Latina – Brasil,Argentina e Chile, esta últi-ma por meio de parceria coma VarigLog (Fone: 113119.7003).

A respeito do aumento dacapacidade de carga entreBrasil e Estados Unidos, des-de o início do mês de agosto,os vôos operados de segundaa quinta-feira entre o Aero-porto de Viracopos (Campi-nas, SP) e o Hub Central daFedEx Express em Memphis(Tennessee, EUA), antes fei-tos por uma aeronave MD10,passaram a ser executadospor um MD11. Aos sábados,a companhia já operava com

essa aeronave de maior capa-cidade. A troca de equipa-mentos durante a semanapossibilitará à FedExExpress um aumento decapacidade total da ordem de36 toneladas semanais – umincremento de cerca de 10%em relação à capacidadeanterior, resultando em uma

capacidade total de 385 tone-ladas por semana.

“A demanda crescente e aexpressividade com que aFedEx Express vem atuandono mercado brasileiro fize-ram da expansão de capaci-dade uma necessidade”, afir-ma Carlos Ienne, diretorgeral executivo da empresa

para a região.Sobre a maior capacidade

para a região do Cone Sul –Argentina, Chile e Brasil, aFedEx Express amplia a pre-sença por meio de um acordode serviços cooperativoscom a VarigLog, companhiade logística doméstica. Ini-cialmente, as duas empresaspretendem cooperar com uminterline, por meio do qualirão transferir carga de umvôo para outro, mas essesvôos continuarão operandosob os códigos das compa-nhias.

Após receber todas asaprovações governamentais,a FedEx Express e a Vari-gLog pretendem implemen-tar um code-share com acor-do de espaços bloqueados, oque irá melhorar o nível decooperação desses serviços,por meio dos quais cadacompanhia permitirá à outra

utilizar um determinadoespaço em suas aeronavesque operam na região doCone Sul da América Latina,triplicando a capacidade decarga disponível para essaárea.

“O mesmo avião amparadireitos e obrigações deambas as empresas. Os vôossão da VarigLog e da FedEx.As duas exploram o avião etêm obrigações operacionaise comerciais”, explica JoãoLuis Bernes de Sousa, presi-dente da VarigLog.

Ele também declara quepara viabilizar uma operaçãode transporte aéreo é neces-sário mesclar produtos debaixo e alto valor agregado,por isso a parceria com aFedEx se torna satisfatória,já que ambas as empresasabastecem o avião comdiversos tipos de produtos.

A capacidade adicionalpermitirá à FedEx Expressoferecer o serviço Interna-tional Priority Freight® –com tempo definido deentrega para cargas paletiza-das – tanto para os países doCone Sul entre si, quantodentro e fora da Argentina edo Chile.

De segunda a quinta-fei-ra, a FedEx Express podeutilizar espaços de uma dasaeronaves da frota B-757,recém-adquirida pela Vari-gLog. Aos sábados, a Vari-gLog terá acesso a espaçosna aeronave MD11 daFedEx Express.

O resultado do acordooperacional inclui o desen-volvimento de mercadosinternos do Cone Sul, oaumento no nível do serviçoe a simplificação de opera-ções na Argentina e no Chile,permitindo a chegada da car-ga mais cedo em Santiago.

“Esse acordo será muitobenéfico não só às duasempresas, mas aos mercadosenvolvidos, cujas transaçõesde autopeças, automóveis,vinho, couro e outros produ-tos estão amadurecendorapidamente”, conclui.�

Mul

tim

odal

Da esquerda para a direita: Ienne, da FedEx Express, e Sousa, da VarigLog: inicialmente, as empresas pretendemcooperar com um interline

Page 42: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando
Page 43: Log LogWeb JORNALWeb€¦ · inaugura CD em São Caetano, SP A logística da Etna, loja de arquitetura e decoração Novo galpão da Matra para pool de paletes já está operando