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  Como você pôde ver a lógica, sobretudo no que diz respeito à sua origem, configura-se como um instrumento que busca fazer com que nossas operações intelectuais sejam corretas e de acordo com a realidade. Essa busca se inicia com uma primeira preocupação: o acordo do pensamento consigo mesmo, para que não apresente contradições. Esta deve ser a primeira condição de nossas operações intelectuais na busca pela verdade. Estamos falando do campo de atuação do que chamamos de lógica formal, que é responsável pelo estudo das leis gerais do pensamento. LÓGI A E ONTRADIÇÃO

Logica e Argumentacao

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  • Como voc pde ver a lgica, sobretudo no que diz respeito sua origem, configura-se como um instrumento que busca fazer com que nossas operaes intelectuais sejam corretas e de acordo com a realidade.

    Essa busca se inicia com uma primeira preocupao: o acordo do pensamento consigo mesmo, para que no apresente contradies. Esta deve ser a primeira condio de nossas operaes intelectuais na busca pela verdade. Estamos falando do campo de atuao do que chamamos de lgica formal, que responsvel pelo estudo das leis gerais do pensamento.

    LGICA E CONTRADIO

  • Todos os mamferos tm asas premissa 1 O gato um mamfero premissa 2 O gato tem asas CONCLUSO

    PENSANDO COM O EXEMPLO

  • No que diz respeito ao pensamento em relao a si mesmo, ao seu aspecto formal, a concluso deste argumento deduzida corretamente das premissas, o que garante a sua validade. Confira o que estamos dizendo: da afirmao de que todos os mamferos tm asas e da classificao do gato como mamfero, lgica a concluso de que o gato (uma vez tendo sido afirmado que um mamfero) tem asas. Essa lgica se efetiva no campo formal.

    No obstante, se recorrermos realidade material, saberemos que a primeira premissa todos os mamferos tm asas - falsa, o que faz com que, consequentemente, a concluso a que se chega tambm seja falsa.

    LGICA FORMAL

  • Objetivo da lgica formal no avaliar o contedo em si, mas se o argumento apresentado foi bem construdo.

    Lgica Formal

  • ideia, juzo e raciocnio como elementos do pensamento;

    termo, proposio e argumento como representao concreta dos elementos do pensamento.

    De forma esquemtica temos: Ideia -> TERMO Juzo -> PROPOSIO Raciocnio -> ARGUMENTO

    Partes e bases da lgica formal partes constitutivas

  • A primeira operao do intelecto na busca da verdade a apreenso dos fatos, momento em que introjetamos em ns um conhecimento que vem da realidade. Esse conhecimento possibilita a formao da ideia.

    este o ponto de partida da lgica formal: a ideia. Podemos defini-la como a representao intelectual

    de um objeto (homem, Brasil, Pedro, entre outros). Toda ideia apresenta uma compreenso e uma

    extenso.

    A ideia e o termo

  • A compreenso de uma ideia diz respeito ao seu contedo, ao conjunto dos elementos que a compe. Assim, a ideia de HOMEM supe uma srie de elementos para sua compreenso: ser, sensvel, racional, bpede, entre outros.

    Compreenso e extenso

  • A extenso diz respeito quantidade de indivduos que podem ser depreendidos da ideia. Da ideia de animal, por exemplo, participam uma grande quantidade de indivduos: vertebrados, invertebrados, celenterados, e at mesmo o prprio homem.

  • Quanto mais compreensiva uma ideia, menos extensa e vice-versa. Por exemplo, quando nos referimos ideia de animal, podemos imaginar a partir dela todos os animais, e ao mesmo tempo no teremos condies de especificar nenhum. Sua extenso ampla, ao mesmo tempo, sua compreenso limitada. Fica difcil compreender plenamente o que uma pessoa quer dizer quando pronuncia a palavra animal, por exemplo.

    J, se pensarmos a ideia de homem, esta se aplica a uma categoria de animal e traz consigo uma srie de elementos que contribuem sua compreenso. Tal ideia mais compreensvel do que extensa.

    Extenso x compreenso

  • As ideias podem ser divididas considerando a capacidade que tm de representar o objeto, a compreenso e a extenso.

    Divididas em: Adequadas Claras Distintas

    Ideias diviso quanto a perfeio

  • Quando so esgotadas as possibilidades de conhecimento da coisa (ex.: relmpago, Marco Polo). Quando as possibilidades no so esgotadas e as ideias podem referir-se a mais de uma coisa, elas classificam-se como inadequadas (ex.: claro, som, vulto).

    Ideia adequada

  • Claras quando os elementos percebidos so suficientes para distingui-la de outras (ex.: homem, peixe), ela nunca ser confundida com outra. Quando falta clareza de seus elementos classificada como obscura (ex.: objeto voador, animal peludo)

    Ideia Clara

  • Quando todos os seus elementos so suficientes para torn-la clara, apresentando dados significativos individualizantes (ex.: relgio-pulseira de ouro, marca mega). Quando no h clareza, a ideia classificada como confusa (ex.: relgio, veculo).

    Ideia Distinta

  • Simples Compostas

    Quanto a Compreenso as ideias podem ser divididas em:

  • Simples quando composta por um s elemento significativo sua compreenso imediata (ex.: ser, ente).

    Compostas - quando composta por mais de um elemento significativo, sua compreenso implica vrios elementos (ex.: homem, animal).

    Ideias Simples

  • Quanto extenso, por sua vez, as ideias podem ser classificadas como:

    Singulares Particulares Universais

    Ideias quanto a extenso

  • Singulares - quando se referem a um determinado ser ( ex.: este lpis, o primeiro satlite espacial).

    Ideias Singulares

  • Particulares - quando designam parte de uma classe ou gnero de seres (ex.: muitos soldados, alguns livros, vrias televises).

    Ideias Particulares

  • Universais - quando designam todos os seres de uma mesma espcie ou gnero de seres (ex.: animal, racional, homem).

    Ideias Universais

  • A regra bsica, no que diz respeito a este momento, de que a ideia no pode conter nenhum elemento contraditrio; em outras palavras, para que uma ideia tenha sentido e seja vlida, ela no deve ser composta por elementos que se excluam. Explicitando: no podemos idealizar um crculo quadrado, um deus mal, um sol sem luz, entre outros.

    Princpios Aristotlicos

    LGICA E CONTRADIOPENSANDO COM O EXEMPLOLGICA FORMALLgica FormalPartes e bases da lgica formal partes constitutivasA ideia e o termoCompreenso e extensoSlide 8Extenso x compreensoIdeias diviso quanto a perfeioIdeia adequadaIdeia ClaraIdeia DistintaQuanto a Compreenso as ideias podem ser divididas em:Ideias SimplesIdeias quanto a extensoIdeias SingularesIdeias ParticularesIdeias UniversaisPrincpios Aristotlicos