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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ARTES DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PATRÍCIA HELENA ROZÁRIO GARCIA LOGRADOUROS DE VITÓRIA: A WEBCARTOGRAFIA NO RESGATE BIOGRÁFICO DOS PATRONOS DA TOPONÍMIA URBANA VITÓRIA 2014

LOGRADOUROS DE VITÓRIA: A WEBCARTOGRAFIA … · Em sua análise, Richard Sennett enumera quatro condições psicológicas herdadas dessa crise da vida pública do século XIX. A

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Page 1: LOGRADOUROS DE VITÓRIA: A WEBCARTOGRAFIA … · Em sua análise, Richard Sennett enumera quatro condições psicológicas herdadas dessa crise da vida pública do século XIX. A

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ARTES

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PATRÍCIA HELENA ROZÁRIO GARCIA

LOGRADOUROS DE VITÓRIA: A WEBCARTOGRAFIA NO RESGATE BIOGRÁFICO DOS

PATRONOS DA TOPONÍMIA URBANA

VITÓRIA 2014

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PATRÍCIA HELENA ROZÁRIO GARCIA

LOGRADOUROS DE VITÓRIA: A WEBCARTOGRAFIA NO RESGATE BIOGRÁFICO DOS

PATRONOS DA TOPONÍMIA URBANA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Comunicação Social do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Jornalismo. Orientador: Prof. Dr. Fabio Luiz Malini de Lima

VITÓRIA 2014

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A todos os capixabas. Inclusive os apenas de coração, como eu.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Agnaldo e Mariângela, que sempre incentivaram meus

estudos e possibilitaram que me graduasse, cuidando para que nunca me faltasse

nada.

Ao Nikolai, que, sempre sereno, me acompanhou durante toda a realização

deste trabalho, me tranquilizando nos momentos difíceis e sugerindo ideias quando

minha inspiração quis me abandonar.

Aos amigos que acreditaram no meu projeto e me incentivaram a colocá-lo em

prática, mesmo quando eu ainda não estava muito certa sobre quais caminhos

seguir.

Ao meu orientador, professor Fabio Malini, por todas as oportunidades de

aprendizado que tive no Labic, durante a minha graduação, e por me ajudar a

colocar minhas ideias em prática.

À Anny Giacomin, ao Ricardo Aiolfi, e a todos os colegas que conheci em meu

estágio no Ministério Público Federal, com quem aprendi muito.

Ao maestro Cláudio Modesto e aos vários amigos do Coral da Ufes, que me

acompanharam durante todo o meu curso de Jornalismo, alegrando meus horários

de almoço e perdoando minhas ausências quando o tempo começou a ficar

apertado.

Por fim, a todos os estudiosos da História Capixaba, muitos já falecidos, cujas

obras embasaram meus estudos e me inspiraram a seguir em frente.

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E eu digo que a vida, realmente, é escuridão, a não ser que haja necessidade.

E toda a necessidade é cega, a não ser que haja conhecimento.

E todo o conhecimento é vão, a não ser que haja trabalho.

E todo o trabalho é vazio, a não ser que haja amor.

Khalil Gibran

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RESUMO

A nomenclatura dos logradouros é uma forma importante de perpetuação da

memória de uma cidade, reconhecendo pessoas que prestaram serviços relevantes

à sociedade. Vitória, capital do Espírito Santo, tem mais de dois mil logradouros

públicos oficiais com nomes de personalidades. Enquanto alguns, como Jerônimo

Monteiro e Maria Ortiz, ainda estão presentes na memória coletiva capixaba, a

maioria caiu no ostracismo. Um dos motivos é a falta de informações biográficas

destas pessoas nas placas de identificação dos logradouros. O presente trabalho

teve como objetivo compilar breves biografias dos patronos de algumas vias de

Vitória e divulgá-las para a população em geral, por meio de um mapa informativo

online. Construído com o auxílio das ferramentas do Google Maps, o mapa foi

disponibilizado no endereço logradourosdevitoria.net e conta com informações

referentes aos patronos de 371 logradouros públicos da cidade, localizados

principalmente em torno de seu centro histórico.

Palavras-chave: logradouros públicos – Vitória, ES – webcartografia

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Vista parcial do Centro de Vitória na década de 30. ................................ 22  

Figura 2 – Vista da Avenida Fernando Ferrari, na década de 1940, quando ainda existiam fazendas. ..................................................................................................... 25  

Figura 3 – Aterro de Bento Ferreira, na década de 1950. ......................................... 26  

Figura 4 – Avenida Jerônimo Monteiro. ..................................................................... 27  

Figura 5 – Mapa com os marcadores ........................................................................ 35  

Figura 6 – Exemplo de pop-up com foto .................................................................... 36  

Figura 7 – Página inicial do site Logradouros de Vitória ........................................... 37  

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SUMÁRIO

1   INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9   2   O ESVAZIAMENTO DO ESPAÇO PÚBLICO URBANO .................................... 10   3   CIDADE DE VITÓRIA – SURGIMENTO E TRANSFORMAÇÕES ..................... 19   4   LOGRADOUROS DE VITÓRIA ........................................................................... 30  4.1   CARTOGRAFIA NA WEB ................................................................................. 31  4.2   CONFECÇÃO DO MAPA .................................................................................. 33  4.3   DIVULGAÇÃO ................................................................................................... 36   5   CONCLUSÃO ...................................................................................................... 38   6   REFERÊNCIAS ................................................................................................... 41   APÊNDICE A – Lista de logradouros públicos de Vitória com as respectivas informações biográficas ......................................................................................... 48   APÊNDICE B – Tabela comparativa de logradouros por bairro .......................... 76    

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1 INTRODUÇÃO

Os nomes escolhidos para identificar os lugares de uma cidade revelam

aspectos de sua realidade cultural, social, histórica e físico-geográfica. Em Vitória, e

no Brasil de maneira geral, existiu, desde o primeiro século de colonização, uma

tendência a nomear os lugares com palavras de origem indígena. O colonizador, que

não conhecia bem as novas terras, muitas vezes recorria às denominações

utilizadas pelos nativos.

No entanto, à medida que os portugueses se apossavam do território

conquistado, iam renomeando os lugares, tradicionalmente valorizando nomes de

natureza religiosa. Outro costume era o de homenagear pessoas que se fizeram

importantes até ali. As figuras históricas passaram a dividir com os santos e

divindades a nomenclatura dos lugares, inclusive dos logradouros.

Até o ano de 1888 Vitória não possuía nenhum sistema de regulamentação ou

de serviço de emplacamento de logradouros, e muitos sequer possuíam

denominação oficial. Em 1899, exigiu-se que fossem colocadas placas em todos os

becos, ruas, cais e travessas. Mas foi somente muitos anos depois, em 1938, na

gestão do prefeito Américo Poli Monjardim, que numerosos logradouros públicos

sem nomes oficiais foram batizados. Os nomes escolhidos eram, em sua maioria,

homenagens a personagens da política local ou acidentes geográficos. (ELTON,

1986)

A nomenclatura dos logradouros é uma forma importante de perpetuação da

memória de uma cidade, reconhecendo personalidades que prestaram serviços

relevantes à sociedade. Pretende ser uma homenagem à dedicação de uma pessoa

que, em vida, contribuiu para o bem-estar e o desenvolvimento coletivo (NADER,

2007). A Lei Municipal nº 4.459, de 21 de Julho de 1997, exige que as placas

indicativas de nomes de praças, parques, ruas e avenidas do município de Vitória

contenham informações relativas aos respectivos logradouros. Desta forma, só

devem ser aprovados pela Câmara Municipal os projetos de nomeação de vias

devidamente acompanhados destas informações. No entanto, até hoje esta lei não é

totalmente cumprida, e não há quaisquer informações biográficas e/ou históricas nas

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placas. Além disso, muitos projetos de lei são aprovados com justificativas vagas,

sem as informações biográficas exigidas.

Num momento histórico, como o nosso, em que os testemunhos materiais e imateriais se apagam a uma velocidade assustadora e sobretudo em áreas de grande expansão urbana, onde tudo se uniformiza, descaracterizando o local, urge preservar todos os testemunhos históricos, incluindo os topônimos, para garantir a identidade do lugar. (NABAIS, 2009, p. 8)

Este trabalho busca resgatar, por meio das novas tecnologias, a memória

relacionada ao nome das ruas de Vitória, a fim de que as pessoas possam se sentir

mais integradas ao local onde vivem, valorizando as ruas não só como vias de

passagem, mas também como monumentos históricos.

O primeiro capítulo trata da crise da vida pública na sociedade urbana

ocidental, que teve início com as revoluções burguesas do século XVIII e persiste

até hoje. Com isso, o próprio espaço público – as ruas, praças, parques e outros

lugares de convivência entre estranhos – foi fortemente desvalorizado.

O segundo capítulo traça um panorama histórico da cidade de Vitória, desde a

chegada dos portugueses ao Espírito Santo, em 1535, passando pela fundação da

Vila de Nossa Senhora da Vitória, em 1551, até chegar aos dias atuais.

O último capítulo é referente à construção do mapa online Logradouros de

Vitória, criado para disponibilizar as informações biográficas dos patronos de

algumas ruas de Vitória para a população em geral.

2 O ESVAZIAMENTO DO ESPAÇO PÚBLICO URBANO

As cidades atuais parecem sofrer de um terrível paradoxo. Ao mesmo tempo

em que as aglomerações urbanas aumentam, diminui a sociabilidade. Em 1974, com

a publicação do clássico O declínio do homem público, Richard Sennett foi o

primeiro a traçar um panorama desta perda da dimensão pública na sociedade

urbana ocidental. Segundo ele, a crise da vida pública começou com as revoluções

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burguesas e a ascensão do capitalismo industrial, na transição entre os séculos

XVIII e XIX, e persiste até a atualidade. Enquanto nas sociedades anteriores a esse

período as esferas pública e privada eram claramente distintas, e se mantinha um

equilíbrio entre elas, o nosso código moderno de significação confunde as relações

entre experiência impessoal e íntima (SENNETT, 1998). O homem atual, voltado

para seus próprios sentimentos, busca nas relações públicas a intimidade e a

autenticidade que só poderiam ser encontrados na vida privada.

Mas, precisamente porque acabamos por esperar tais benefícios psicológicos permeando a gama de nossas experiências e precisamente porque muita vida social que tem uma significação não pode conceder tais recompensas psicológicas, o mundo exterior, o mundo impessoal, parece nos decepcionar, parece rançoso e vazio. (SENNETT, 1998, p.17)

Brandão (2009), seguindo pelo mesmo caminho, considera que a questão

urbana mais problemática é exatamente “a perda de sentido da dimensão e do

espaço público. A crise do ambiente em que vivemos não é de planejamento e

técnica, mas, sobretudo, uma incapacidade de ‘habitar’ o mundo público”. Para ele,

a cidade deixou de ser o lugar do diálogo e do encontro para se tornar local de

consumo.

Entre as causas da mudança nas ideias de público e privado que culminaram

no “fim da cultura pública”, Sennett aponta dois efeitos do capitalismo industrial. Em

primeiro lugar, estão os traumas causados por uma nova ordem econômica que não

era plenamente compreendida por nenhum estrato da sociedade:

Gradualmente, a vontade de controlar e de moldar a ordem pública foi se desgastando, e as pessoas passaram a enfatizar mais o aspecto de se protegerem contra ela. A família constituiu-se num desses escudos. [...] Usando as relações familiares como padrão, as pessoas percebiam o domínio público não como um conjunto limitado de relações sociais, como no Iluminismo, mas consideravam antes a vida pública como moralmente inferior. (SENNETT, 1998, p. 35)

A percepção do domínio público também sofreu drásticas alterações devido à

produção e distribuição em massa de mercadorias, principalmente no que se refere

ao vestuário. A produção industrial significava que diversos segmentos da sociedade

urbana começavam a adotar uma aparência semelhante, e as diferenças sociais,

outrora estampadas nos indivíduos, ficavam mais sutis. A falta de um mecanismo de

reconhecimento do outro, em um meio que se expandia rapidamente, tornava o

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estranho cada vez mais intratável. Como resultado, as pessoas se fechavam ainda

mais em seus núcleos particulares.

Em sua análise, Richard Sennett enumera quatro condições psicológicas

herdadas dessa crise da vida pública do século XIX. A primeira é a crença na

exposição involuntária da emoção, que se fortaleceu à medida em que o ato de

atribuir pesos à vida pública e privada se tornou desequilibrado. O que hoje

chamamos comportamento “inconsciente” era prenunciado por essas ideias de

desvendamento involuntário da personalidade (1998, p. 40).

Outro traço dessa crise manifesta-se no discurso político atual, e se revela na

preferência pelos líderes “carismáticos” e no julgamento de gestores ou legisladores

com base em suas personalidades, em vez de considerar apenas seus feitos

políticos. Segundo Sennett (1998, p. 41), “essa ‘credibilidade’ política é a

superposição do imaginário privado sobre o imaginário público [...] como resultado

de confusões comportamentais e ideológicas entre os dois âmbitos”.

A terceira herança envolve os mecanismos que as pessoas usavam no século

XIX para se defender contra o desvendamento involuntário da personalidade.

Acreditando que não podiam evitar mostrar seus sentimentos, a solução para não

serem sondadas era simplesmente evitar sentir.

Nessa sociedade a caminho de se tornar íntima – na qual a personalidade era expressa para além do controle da vontade, o privado se sobrepunha ao público, a defesa contra a leitura pelos outros era a retenção do sentimento – o comportamento em público foi alterado em seus termos fundamentais. O silêncio em público se tornou o único modo pelo qual se poderia experimentar a vida pública, especialmente a vida nas ruas, sem se sentir esmagado. (SENNETT, 1998, p. 43)

O silêncio em público significava “um direito de ser deixado em paz”

(SENNETT, 1998, p. 43). O isolamento em meio à visibilidade, consequência lógica

desse processo, culminou na predominância do que Bauman (2009) chamou de

“espaços públicos mas não civis”. Para formular esse conceito, Bauman toma

emprestada de Sennett a definição de civilidade, que a caracteriza como um

conjunto de habilidades que “protege as pessoas umas das outras, permitindo,

contudo, que possam estar juntas. Usar uma máscara é a essência da civilidade.”

(SENNETT apud BAUMAN, 2009, p. 111-112). Dessa forma, um meio urbano “civil”

é aquele onde estranhos podem conviver, sem que as pessoas sejam pressionadas

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a tirar suas máscaras sociais e a confessar seus sentimentos íntimos. Na visão de

Bauman, a civilidade urbana está em extinção:

Há muitos lugares nas cidades contemporâneas a que cabe o nome de “espaços públicos”. São de muitos tipos e tamanhos, mas a maioria deles faz parte de uma de duas grandes categorias. Cada categoria se afasta do modelo ideal do espaço civil em duas direções opostas mas complementares. (BAUMAN, 2009, p. 112-113)

A primeira categoria de espaço público mas não civil é aquele em que falta

hospitalidade, projetado justamente para evitar a permanência. Bauman cita como

exemplo a praça La Défense, em Paris, circundada por fantásticos edifícios cobertos

de vidro refletivo, imponentes e inacessíveis aos olhos. Não há bancos nem árvores,

“e nada alivia ou interrompe o uniforme e monótono vazio da praça” (BAUMAN,

2009, p. 113). Sennett também cita a praça parisiense:

A supressão do espaço público vivo contém uma ideia ainda mais perversa: a de fazer o espaço contingente às custas do movimento. [...] Na Défense, as áreas ao redor da massa dos altos edifícios de escritórios que compõem o complexo contêm algumas lojas, mas a sua verdadeira finalidade é a de servirem como passagem [...] O solo, segundo as palavras de um dos encarregados do planejamento é o “nexo de apoio ao fluxo de tráfego para o conjunto vertical”. Traduzindo, isto significa que o espaço público se tornou uma derivação do movimento (grifo nosso). (SENNETT, 1998, p. 28)

A ideia de espaço público como derivação do movimento traduz as relações

entre espaço e movimento produzidos pelo automóvel particular. As ruas se

transformam em meios para se permitir a movimentação irrestrita do indivíduo,

considerada como um direito absoluto. O espaço se torna sem sentido se não puder

ser subordinado ao movimento livre. Por fim, alguém que se isola em seu carro para

ter liberdade de movimento “também deixa de acreditar que o que o circunda tenha

qualquer significado além de ser um meio para chegar à finalidade da própria

locomoção” (SENNETT, 1998, p. 28-29). As ruas se tornam um espaço público

morto.

O segundo tipo de local público mas não civil é aquele que se destina a

transformar o cidadão em consumidor. “Os consumidores frequentemente

compartilham espaços físicos de consumo, como salas de concertos ou exibições,

pontos turísticos, áreas de esportes, shopping centers e cafés, sem ter qualquer

interação social real” (UUSITALO apud BAUMAN, 2009, p. 114). São locais que

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encorajam a ação, e não a interação, uma vez que o consumo é uma atividade

fundamentalmente individual e subjetiva.

Os encontros, inevitáveis num espaço lotado, interferem com o propósito. Precisam ser breves e superficiais: não mais longos nem mais profundos do que o ator deseja. O lugar é protegido contra aqueles que costumam quebrar essa regra – todo tipo de intrometidos, chatos e outros que poderiam interferir com o maravilhoso isolamento do consumidor ou comprador. O templo do consumo bem supervisionado, apropriadamente vigiado e guardado é uma ilha de ordem, livre de mendigos, desocupados, assaltantes e traficantes. (BAUMAN, 2009, p. 114)

Esses espaços climatizados, condicionados e direcionados ao entretenimento,

onde tudo é controlado, têm substituído as praças, os largos e mesmo as ruas em

nosso século. Os locais de consumo se transformaram em abrigos contra o caos

urbano, a violência, a sujeira das ruas e seus indigentes. A consequência disto é que

“a cidade se interioriza e volta para dentro das casas onde surge uma arquitetura

introvertida mais bonita que o entorno de sua própria cidade. Dá-se mais ênfase ao

trato dos ambientes internos em detrimento do urbano construído.” (DIAS, 2005)

A principal característica dos espaços públicos mas não civis é a

dispensabilidade da interação com estranhos. Se a proximidade física não pode ser

evitada, é possível pelo menos tentar evitar maior contato. Estes espaços artificiais

permitem que “evitemos o comércio arriscado, a comunicação difícil, a negociação

enervante e as concessões irritantes” (BAUMAN, 2009, p. 122). A difícil arte da

civilidade não precisa ser posta em prática e, com isso, acaba sendo abandonada,

pois “a civilidade, como a linguagem, não pode ser ‘privada’ [...] É o entorno urbano

que deve ser ‘civil’, a fim de que seus habitantes possam aprender as difíceis

habilidades da civilidade” (BAUMAN, 2009, p. 112). Com o tempo, as pessoas

perdem a capacidade de conviver com a alteridade, e buscam o conforto em

comunidades cada vez mais homogêneas.

A capacidade de enfrentar a pluralidade de seres humanos e a ambivalência de todas as decisões classificatórias, ao contrário, se autoperpetuam e reforçam: quanto mais eficazes a tendência à homogeneidade e o esforço para eliminar a diferença, tanto mais difícil sentir-se à vontade em presença de estranhos, tanto mais ameaçadora a diferença e tanto mais intensa a ansiedade que ela gera. (BAUMAN, 2009, p. 123)

Ainda nas palavras de Bauman (1999, p. 56), “em vez da união, o evitamento e

a separação tornaram-se as principais estratégias de sobrevivência nas

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megalópoles contemporâneas”. Dias (2005) exemplifica o mesmo processo de

retraimento citando a quantidade interminável de arranha-céus de vidro espelhado

que surgiram no século XX, o que segundo ele “nos dá a medida da cidade em que

vivemos voltando-se para dentro e fugindo das ruas ao tentar alcançar as nuvens”.

A separação, no lugar da vida comum, é consequência lógica dos espaços não

civis e da falta de tolerância e de entendimento do outro. Essa característica da vida

moderna também é fortemente reforçada pela “política do medo cotidiano”, nas

palavras de Sharon Zukin (apud BAUMAN, 2009, p. 110). As ruas, consideradas

cada vez mais inseguras, mantêm as pessoas longe dos espaços públicos. Os

muros que outrora eram construídos em volta das cidades, para proteger a

coletividade de hordas de invasores, agora cruzam a cidade em inúmeras direções,

fortificando o próprio lar e isolando o cidadão de seus vizinhos. Em nossos tempos,

o fator medo certamente aumentou, como indicam o aumento dos carros fechados, das portas de casa e dos sistemas de segurança, a popularidade das comunidades ‘fechadas’ e ‘seguras’ em todas as faixas de idade e de renda e a crescente vigilância nos espaços públicos, para não falar nas intermináveis reportagens sobre perigo que aparecem nos veículos de comunicação de massa. (ELIN apud BAUMAN, 1999, p. 55)

Outra característica da sociedade atual que fortalece o isolamento, encontrada

na análise da condição pós-moderna feita por David Harvey, é fruto de

transformações mais recentes no modo de produção capitalista. A transição do

fordismo para a acumulação flexível, feita por meio de novas formas organizacionais

e de novas tecnologias, acelerou a produção e reduziu o tempo de giro em muitos

setores da indústria, o que possibilitou a circulação de mercadorias a uma

velocidade maior. Para acelerar igualmente o ritmo do consumo, foi necessário

mobilizar a moda em mercados de massa (em oposição a mercados de elite), não

somente em termos de roupas e acessórios, mas também numa ampla gama de

estilos de vida e atividades de recreação. Outra tendência foi a valorização do

consumo de serviços, efêmeros, em detrimento do consumo de bens, que têm

tempo de vida maior. (HARVEY, 2011)

Essa aceleração generalizada trouxe diversas consequências para a maneira

pós-moderna de pensar, sentir e agir. Dentre elas, podemos destacar a “volatilidade

e efemeridade de modas, produtos, técnicas de produção, processos de trabalho,

ideias e ideologias, valores e práticas estabelecidas”. (HARVEY, 2011, p. 258)

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O principal efeito disto no domínio da produção de mercadorias é a ênfase nos

valores e virtudes da instantaneidade e da descartabilidade. Essa dinâmica

posteriormente se alastrou por todas as esferas da vida contemporânea. Isso

significa que a sociedade se tornou capaz não apenas de se desfazer de bens

produzidos, mas também de “atirar fora valores, estilos de vida, relacionamentos

estáveis, apego a coisas, edifícios, lugares, pessoas e modos adquiridos de agir e

ser” (HARVEY, 2011, p. 258). Bauman, se referindo a esta modernidade “líquida”,

observa que “é a época do desengajamento, da fuga fácil e da perseguição inútil”.

Harvey lança, então, uma questão importante, que relaciona a fluidez pós-

moderna com a busca de segurança nas comunidades:

quanto maior a efemeridade, tanto maior a necessidade de descobrir ou produzir algum tipo de verdade eterna que nela possa residir [...] O retorno do interesse por instituições básicas (como a família e a comunidade) e a busca de raízes históricas são indícios da procura de hábitos mais seguros e valores mais duradouros num mundo cambiante. [...] A casa se torna um museu privado que protege do furor da compressão do tempo-espaço. (HARVEY, 2011, p. 263-264)

A insegurança causada pela volatilidade tenta ser compensada pela “busca de

uma identidade coletiva ou pessoal, [pel]a procura de comportamentos seguros num

mundo cambiante”. (HARVEY, 2011, p. 272)

Em um de seus ensaios sobre as transformações culturais nas sociedades

latino-americanas, Néstor García Canclini também mostra que

a violência e a insegurança pública, a impossibilidade de abranger a cidade (quem conhece todos os bairros de uma capital?) levam a procurar na intimidade doméstica, em encontros confiáveis, formas seletivas de sociabilidade. Os grupos populares saem pouco de seus espaços, periféricos ou centrais; os setores médios e altos multiplicam as grades nas janelas, fecham e privatizam ruas do bairro. (CANCLINI, 2003, p. 286)

Simultaneamente, “esforços para manter à distância o ‘outro’, o diferente, o

estranho e o estrangeiro, e a decisão de evitar a necessidade de comunicação,

negociação e compromisso mútuo”, ainda que não sejam a única resposta

concebível à incerteza existencial causada pela fragilidade e fluidez dos laços

sociais, representam uma decisão perfeitamente adaptada à nossa mentalidade

contemporânea (BAUMAN, 2009, p.126), e este acaba sendo o comportamento

padrão da sociedade. Norbert Lechner (apud CANCLINI, 2003, p. 286) afirma que

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habitar as cidades tornou-se “isolar um espaço próprio”, em seu estudo sobre a vida

cotidiana em Santiago.

Na visão de Sennett, a procura por uma vida comunitária se tornou compulsiva.

No entanto, ele é altamente crítico em relação à visão moderna de comunidade, pois

ao mesmo tempo em que as pessoas tentam ser abertas e espontâneas umas com

as outras, elas se vigiam mutuamente. “O resultado desta contradição está em que a

experiência de vida comunal local, aparentemente um exercício de fraternidade num

ambiente hostil, frequentemente se torna uma experiência de fratricídio”. (SENNETT,

1998, p. 366)

Devido à perversão da fraternidade na experiência das comunidades

modernas, quanto mais estreito for o escopo de um grupo formado pela

personalidade coletiva, mais destrutiva se torna a experiência do sentimento

fraterno:

Forasteiros, desconhecidos, dessemelhantes, tornam-se criaturas a serem evitadas; os traços de personalidade compartilhados pela comunidade tornam-se cada vez mais exclusivos. O próprio ato de compartilhar se torna cada vez mais centralizado nas decisões sobre quem deve e quem não deve pertencer a ela. [...] A fraternidade se tornou empatia para um grupo selecionado de pessoas, aliada à rejeição daqueles que não estão dentro do círculo local. Essa rejeição cria exigências por autonomia em relação ao mundo exterior, por ser deixado em paz por ele, mais do que exigências para que o próprio mundo se transforme. No entanto, quanto mais intimidade, menor é a sociabilidade. Pois este processo de fraternidade por exclusão dos “intrusos” nunca acaba, uma vez que a imagem coletiva desse “nós mesmos” nunca se solidifica. (SENNETT, 1998, p. 325)

Além do significado mais direto de fratricídio, este em que irmãos se voltam

contra irmãos, Sennett usa o termo com um segundo sentido. Neste outro aspecto,

significa que a comunidade se retrai e se volta contra o mundo: “Somos uma

comunidade; somos seres reais; o mundo exterior não está correspondendo em

termos daquilo que somos; portanto, algo está errado com ele”. (SENNETT, 1998, p.

366)

Vítimas desse processo contínuo de retraimento, os indivíduos acabam

perdendo seus vínculos com a cidade e sentem-se apenas usuários dela, sem se

comprometer com os problemas urbanos em geral. A situação se torna um ciclo

vicioso, um reforço para a perda da civilidade e para o abandono do espaço público,

pois “a ‘urbanização interior’ deixa de existir nos modernos habitantes da cidade, o

padrão de comportamento urbano já não é assimilado por eles, e com isso falta a

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condição básica da urbanidade como cultura de uma sociedade civil urbana”.

(PRIGGE, 2002, p. 53-54)

Outro fator que, segundo alguns autores, aumenta ainda mais a erosão

progressiva dos ambientes públicos urbanos é a midiatização das culturas urbanas,

uma vez que esta estimula a tendência de privatizar os eventos culturais

originalmente públicos. As práticas culturais migram de seus locais habituais e se

difundem no espaço virtual da mídia. Em lugar dos elementos urbanos tradicionais,

como a casa, a rua, o bairro, “predominam as culturas temporárias de eventos,

inclusive esportivos, que permitem a sensação de novas experiências de

comunidade, sem que exijam vínculos duradouros com a sociedade urbana”.

(PRIGGE, 2002, p. 55)

Richard Sennett também viu a relação entre os meios de comunicação de

massa e o declínio da vida pública. Ele chega a afirmar que “a comunicação

eletrônica é um meio através do qual a própria ideia de vida pública foi levada a se

findar” (SENNETT, 1998, p. 344). Ele parte do pressuposto de que os meios de

comunicação aumentaram muito a quantidade de conhecimento que os grupos

sociais poderiam ter uns dos outros, mas simultaneamente tornaram o contato

efetivo desnecessário.

Contudo, Sennett, diferente de muitos de sua época, não vê essas tecnologias

como “infernais”, ou como causas do declínio da vida pública. Antes, ele as

considera consequências desse processo, iniciado muito tempo antes:

são instrumentos inventados pelo homem para satisfazer necessidades humanas. As necessidades culturais que se formaram durante todo o século e meio que se passou, para se retrair da interação social a fim de saber mais e sentir mais, como pessoa. Essas máquinas são parte de um arsenal de combate entre a interação social e a experiência pessoal. (SENNETT, 1998, p. 344-345)

Sennett (1998, p. 344) aponta também a “intimidade” dos meios de

comunicação de massa como outra de suas características que promove o

isolamento. O rádio e a televisão, por exemplo, são aparelhos que utilizamos

normalmente em casa, sozinhos ou com a família. Canclini (2003, p. 288-289)

concorda com Sennett neste ponto: “a informação sobre as peripécias sociais são

recebidas em casa, comentadas em família ou com amigos próximos. Quase toda a

sociabilidade e a reflexão sobre ela concentra-se em intercâmbios íntimos”.

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No entanto, de forma geral, Canclini tem uma visão mais otimista sobre a

mídia. Ele admite que esta se tornou a constituinte dominante do sentido “público”

da cidade, mas considera injusto ignorar o papel positivo dos meios massivos, que

muitas vezes contribuem para superar a fragmentação da sociedade:

Na medida em que informam sobre as experiências comuns da vida urbana [...], [os meios massivos] estabelecem redes de comunicação e tornam possível apreender o sentido social, coletivo, do que acontece na cidade. Em uma escala mais ampla, é possível afirmar que o rádio e a televisão, ao relacionar patrimônios históricos, étnicos e regionais diversos, e difundi-los maciçamente, coordena as múltiplas temporalidades de espectadores diferentes. (CANCLINI, 2003, p. 289)

Muitos autores, como Sennett, lamentam a instabilidade, que solapa o caráter,

a confiança, a lealdade, o compromisso mútuo e os laços de família. Hardt e Negri

admitem que as formas sociais e os desdobramentos econômicos de hoje podem

parecer caóticos e incoerentes quando analisados com instrumentos e modelos da

modernidade, e que os fatos e acontecimentos parecem desconexos, em vez de se

desenrolarem numa narrativa coerente. Portanto, para eles, é necessário analisar a

sociedade pós-moderna com novas ferramentas, livres da nostalgia dos corpos

sociais que se dissolveram, para que possamos ver o que estamos vivenciando e

quais as possibilidades futuras. “É preciso descartar toda essa nostalgia, que, ainda

não sendo realmente perigosa, só pode na melhor das hipóteses ser considerada

um sinal de derrota”. (HARDT e NEGRI, 2005, p. 249-251)

3 CIDADE DE VITÓRIA – SURGIMENTO E TRANSFORMAÇÕES

A história da colonização do Espírito Santo começa em 23 de maio de 1535,

com o desembarque de Vasco Fernandes Coutinho aos pés do Morro do Moreno.

Lá, com outros 60 colonos que o acompanhavam, fundou um povoado, que viria a

ser chamado de Vila do Espírito Santo. A exploração do território da capitania

começou pelo reconhecimento da baía, que acreditavam ser a foz de um rio. As

ilhas menores foram doadas nos primeiros dias. D. Jorge de Menezes recebeu a ilha

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do Boi, e Valentim Nunes a dos Frades. A maior, batizada com o nome de Santo

Antônio, coube a Duarte de Lemos, dois anos depois. (DERENZI, 1965)

Nesta ilha foi fundada uma nova vila, em local elevado e protegido

naturalmente, tanto pela baía rochosa quanto pela vegetação do Maciço Central,

cujas encostas forneciam mananciais. Por essas características, o local logo se

mostrou propício ao desenvolvimento urbano colonial, e acabou substituindo a

desprotegida Vila Velha como sede da capitania. A vila, oficialmente fundada no dia

8 de setembro de 1551, logo após uma batalha vencida sobre os indígenas, recebeu

o nome de Vila de Nossa Senhora da Vitória.

Já no início, a capitania sofreu com o frequente fracasso de suas lavouras e o

constante desinteresse dos donatários, o que a tornou consideravelmente atrasada

em relação a outros locais que asseguravam à Coroa portuguesa produções mais

rentosas, como as regiões de São Vicente e Pernambuco. Neste período, o que

contribuiu para uma discreta evolução da capital foi a importância de seu porto

natural e o comércio direto com a Europa.

O Espírito Santo foi, então, sensivelmente abalado pela descoberta de ouro e

pedras preciosas em seu interior. A capitania não só perdeu a maior parte de seu

território original, que deu origem à capitania das Minas Gerais, como se tornou uma

barreira oficial de defesa das minas. O que poderia transformar Vitória numa

importante cidade à beira-mar, acabou deixando-a praticamente estagnada por

quase todo o século XVIII e grande parte do XIX. (MONTEIRO, 2008)

Com a decadência do ciclo do ouro e a reabertura da capitania, no início do

século XIX, o Espírito Santo teve a possibilidade de retomar seu desenvolvimento.

Em 1823, seis meses após a Independência do Brasil, a antiga vila de Vitória foi

elevada à categoria de cidade e sede da província. Nesta época, entretanto, a

população vivia em estado de quase total penúria. Até o início do século XIX,

Vitória era cidade de feição tipicamente colonial portuguesa, na sua arquitetura e arruamento. As construções, medíocres, não se diferenciavam, as ruas tortuosas, estreitíssimas, muitas delas nem chegando a cinco metros de largura, todas seguindo a topografia do terreno […] Até 1847, as ruas de Vitória, à noite, não tinham iluminação, apenas iluminados o Palácio do Governo, a Cadeia Pública e o Quartel. (ELTON, 1986, p. 9-10)

A partir da metade do século XIX, a lavoura cafeeira, estimulada pela mão de

obra imigrante europeia, consolidou-se como principal produto da base econômica

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capixaba. Vitória, como reflexo máximo dessa transformação, em menos de três

décadas deixa de ser a velha vila colonial e provinciana para se tornar, ainda que

atrasada em relação aos principais polos do país, a nova cidade burguesa,

recebendo uma série de serviços e melhoramentos, num acelerado e contínuo

processo de urbanização. (MONTEIRO, 2008)

Os destaques dessa época foram os governos de Muniz Freire (1892-1896),

Jerônimo Monteiro (1908-1912) e Florentino Avidos (1924-1928), que implantaram o

primeiro processo de modernização do Espírito Santo capaz de colocá-lo

significativamente no contexto econômico nacional. (MONTEIRO, 2008)

José de Mello Carvalho Muniz Freire, primeiro presidente eleito do estado,

acreditava que a cidade de Vitória deveria se tornar um polo comercial importante.

Para atingir este objetivo, investiu no Porto de Vitória, a fim de criar as condições

operacionais necessárias, e construiu uma malha ferroviária importante no estado.

Visando à expansão da cidade, Muniz Freire contratou os serviços do engenheiro

sanitarista Saturnino de Brito para os estudos e construção do Novo Arrabalde, uma

área seis vezes maior que o núcleo urbano então existente, localizada numa grande

extensão da região leste da ilha de Vitória, em terrenos até então ocupados por

chácaras e lavouras. No entanto, o Novo Arrabalde não seria efetivamente ocupado

até o início do século seguinte. (MONTEIRO, 2008; VASCONCELOS, 2002)

Jerônimo de Souza Monteiro investiu em melhorias no aspecto urbano de

Vitória (drenagem, água e esgoto, iluminação, limpeza, transporte, parques e

arborização, alargamento de ruas, aterros, desapropriações e novas construções).

Em seu governo, foi construído o Parque Moscoso e reformado o conjunto de São

Tiago, que deu lugar ao Palácio Anchieta. Jerônimo Monteiro também criou a

Prefeitura Municipal de Vitória, de acordo com a Lei n° 5, de 14 de dezembro de

1908, nomeando o engenheiro Ceciliano Abel de Almeida para o cargo de prefeito.

(ELTON, 1986; MONTEIRO, 2008)

Após o governo de Jerônimo Monteiro,

Vitória se tornou cidade habitável, quanto às condições sanitárias, e em pé de igualdade com as melhores capitais brasileiras. Água pura e abundante, serviço regular de limpeza pública, hospital moderno, isolamento discreto para doentes contagiantes, polícia domiciliária, laboratório de análise, ruas feericamente iluminadas, deram fama à cidade, que, anos após anos, ganharia o apelido de 'Cidade-Presépio'. A energia elétrica, a menos de vinte centavos o quilowatt, além do conforto doméstico, possibilitou o

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nascimento de pequenas indústrias, indispensáveis à vida moderna. O transporte urbano, antes à tração animal, embora não constituísse ainda necessidade primordial, foi eletrificado, criando-se as linhas de Santo Antônio à Praia do Suá e a comodíssima rede 'circular' pôs em comunicação a cidade baixa com a Catedral e Palácio do Governo. O serviço funerário ganhou carros elétricos, facilitando os enterros no cemitério municipal de Santo Antônio, só então inaugurado. O progresso caminhou em todo o Estado. (DERENZI, 1965, p. 195)

Com a primeira Grande Guerra, o ritmo das obras diminuiu nos anos

seguintes, correspondentes aos governos de Marcondes de Souza e Nestor Gomes.

Então, Florentino Avidos assume e cria a Comissão de Melhoramentos de

Vitória, retomando o ritmo acelerado das obras. Entre elas, a abertura da grande

avenida Jerônimo Monteiro; inúmeros trabalhos de saneamento; remodelação de

várias ruas, tornando-as aptas ao tráfego de bondes e automóveis; transformação

de antigas ladeiras em escadarias; aterro junto ao forte São João, o que permitiria

uma segunda ligação do núcleo antigo à região do Novo Arrabalde; instalação das

Cinco Pontes; ampliação da zona portuária; criação do bairro de Jucutuquara, onde

implantou conjuntos habitacionais destinados a operários; melhorias nas estradas de

acesso a Maruípe, Santo Antônio, ilha de Santa Maria, praia Comprida e praia de

Camburi. Com tudo isso, no início da década de 1930 Vitória se consolida como

cidade moderna, capital cultural, administrativa e financeira, tomando definitivamente

o primeiro posto do estado. (MONTEIRO, 2008)    

   

Figura 1 – Vista parcial do Centro de Vitória na década de 30. Ao centro Avenida Capixaba, hoje Avenida Jerônimo Monteiro. À esquerda a Baía de Vitória, à direita

Escola Gomes Cardim. Acervo do Instituto Jones dos Santos Neves

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No governo seguinte, presidido por Aristeu Borges de Aguiar, Vitória tem como

prefeito Moacir Avidos, filho do ex-presidente, e engenheiro, assim como o pai. Sua

gestão se caracterizou principalmente pelo cuidado com que procurou resolver os

problemas da cidade, mantendo as ruas limpas e irrigadas, a iluminação farta, a

pavimentação e calçadas bem conservadas, e os jardins cuidados. (ELTON, 1986)

A moderna cidade de Vitória passou a ser conhecida, mesmo fora do estado,

como Cidade Presépio, cognome que recebeu do médico e jornalista Areobaldo

Léllis. No entanto, Elmo Elton lamenta que, a partir da década de 60, a cidade

começa a perder suas características, se enche de gente de fora, de aventureiros, de mendigos, as ruas se tornam intransitáveis, tanto o número de carros e pedestres, muitos bairros e favelas surgem a seu redor, a população já não convive com a baía, agora simples canal, em decorrência dos aterros para a construção do Cais do Porto. Belas construções, mormente as erguidas em volta do Parque Moscoso, foram postas abaixo, para dar lugar a edifícios, estes, agora, em quantidade tal que se costuma dizer ter a cidade-presépio se transformado em selva de pedra. (ELTON, 1986, p. 17)

Os governos posteriores deram pouca continuidade ao trabalho de Freire-

Monteiro-Avidos, principalmente devido à retração da economia cafeeira, no início

da década de 1930. Nesta época, no entanto, é feita a pavimentação da reta do

Constantino (atual avenida Vitória), o que facilitou o acesso à região leste da ilha. O

Novo Arrabalde, que também havia recebido melhorias durante o governo Avidos,

passa então a ser gradativamente ocupado, apesar da crise econômica. Com o

melhor acesso, os lotes começam a ser vendidos de forma significativa,

especialmente para famílias de classe média e alta, na região da Praia Comprida.

Neste momento, surgem também os primeiros construtores na cidade, interessados

numa política de investimento em substituição ao café. (MONTEIRO, 2008)

Além da região das praias, outros três outros núcleos simultaneamente se

desenvolvem na região leste da cidade: um primeiro junto à antiga fazenda Maruípe,

em Jucutuquara, criado ainda no governo Avidos; o bairro do Horto, ocupado a partir

dos anos 30 por construções residenciais mais simples; e o bairro Maruípe, criado a

partir de um aterro sobre manguezais. (MONTEIRO, 2008)

Em 1939, no governo do prefeito Américo Poli Monjardim, foi aberta uma

estrada de terra para contornar a Ilha de Vitória, começando no Cais do Hidroavião,

em Santo Antônio, seguindo para o Norte e terminando no Quartel da Polícia Militar,

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em Maruípe. A região era a área rural do município, onde predominava a existência

de sítios. Até então quase isolada naquele lado recém-aberto da cidade, existia

apenas uma pequena colônia de pescadores, chamada Ilha das Caieiras, formada

no século XIX. (DIAS; MEDEIROS, 2001)

No livro Vitória Física, originalmente publicado em 1950, Adelpho Poli

Monjardim fala sobre a nova estrada, inaugurada em 1943:

Nasceu a estrada de Contorno de feliz inspiração do prefeito Dr. Américo Poli Monjardim, para benefício da capital e das vastas propriedades daquela zona, isoladas de seu convívio. Era o seu acesso tão difícil como os ignotos sertões e consumia tempo igual ao de uma viagem a Colatina ou mais longe. A estrada resolveu o problema, integrando à coletividade vitoriense uma das suas melhores porções. Não são as únicas vantagens. A região, fertilíssima, possui esplêndidos sítios que estão suprindo a cidade de verduras, legumes, leite, etc. A segunda foi o rápido desenvolvimento de toda a região, cifrado nas construções que se estão erguendo à margem da estrada, partindo de ambas as extremidades. [...] O trecho norte de Vitória era completamente desconhecido, por apenas em alguns pontos era acessível por veredas transitáveis por pedestres e cavaleiros. Agora poderá ser percorrido por automóveis, desfrutando-se os mais variados panoramas, numa sequência que a impressão é de se estar fora de Vitória. (MONJARDIM, 2008, p. 55-56)

Na década de 40, o Novo Arrabalde já se encontrava conectado à zona

urbana. Todavia, o Centro continuava sendo a área mais privilegiada da cidade, já

dando sinais de verticalização em construções que chegavam a seis pavimentos,

feitas pelos primeiros construtores da cidade. (MONTEIRO, 2008) Os censos

realizados nesta década indicam que a zona de Vitória se destacava como a região

de maior concentração urbana do estado. (SIQUEIRA, 2010)

Em 1942, o chamado Distrito de Goiabeiras, que pertencia à Serra, passou

para o domínio de Vitória, acrescentando ao município sua parte continental. A área

era composta sobretudo por fazendas, em sua maioria produtoras de gado de corte

e de leite. A produção era praticamente toda destinada ao abastecimento dos

mercados de Vitória, Vila Velha, Santa Leopoldina e Cariacica. (MINGO JR., 2000)

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 Figura 2 – Vista da Avenida Fernando Ferrari, na década de 1940, quando ainda existiam fazendas.

Hoje, é onde está localizada a Ufes. À esquerda, a Ponte da Passagem. Abaixo Jardim da Penha. Ao fundo vê-se a Pedra dos Olhos. Acervo do Instituto Jones dos Santos Neves

Nesta época, com o fim do ciclo político e econômico do café, também teve

início o processo de industrialização do Espírito Santo. Jones dos Santos Neves,

nomeado interventor por Getúlio Vargas em 1943, iniciou um projeto de

industrialização, e criou o primeiro plano de cargos e salários para o Governo do

Estado. Com a queda do Governo Vargas, em 1945, e o início do processo de

democratização, Jones foi eleito senador, em 1946, e Carlos Lindenberg governador

do estado. Na sucessão, em 1951, Jones retorna como governador. Com as

experiências que obteve como interventor e com sua passagem pelo Senado – onde

foi membro destacado da Comissão de Economia e Finanças – elaborou o chamado

Plano de Valorização Econômica do Espírito Santo. Foi o primeiro projeto de

planejamento para o estado, e a primeira experiência de planejamento em nível

estadual do Brasil. (VASCONCELOS, 2002)

Nos anos 50, com o reaparelhamento portuário, a região central de Vitória

recebeu mais um acréscimo de território, graças a um grande aterro em sua porção

leste. Surgia a chamada Esplanada Capixaba, destinada a abrigar o mais novo

centro comercial da cidade, além de facilitar o funcionamento do porto. Junto a isso

também foi feito o aterro de Bento Ferreira (Figura 3), entre o forte de São João e o

Arrabalde. A nova Esplanada começou a ser ocupada durante o governo

Lindemberg (1959-1962). Lá foram construídos os principais arranha-céus da

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cidade. O aterro de Bento Ferreira, no entanto, levou mais tempo para ser ocupado.

(MONTEIRO, 2008)

 Figura 3 – Aterro de Bento Ferreira, na década de 1950.

Pode-se ver a Praia do Suá e ao fundo a Avenida Vitória. Acervo do Instituto Jones dos Santos Neves

Na década de 1960, Vitória começou a se expandir para a área continental do

município. As primeiras tentativas de se criar um loteamento para veraneio em

Camburi datam de 1928. Porém, durante muito tempo ninguém se interessou pelo

local, que não possuía estradas, iluminação, nem habitantes. Foi apenas vinte anos

mais tarde que os sócios da Empresa Capixaba de Engenharia Civil interessaram-se

pela área, com a ideia de construir ali um loteamento planejado, inspirado em Belo

Horizonte. O projeto foi aprovado pela Prefeitura de Vitória em 1952, e dividia toda a

região que hoje engloba Jardim da Penha, Mata da Praia e Morada de Camburi em

cerca de 1400 lotes. Os primeiros a serem comercializados foram os de Jardim da

Penha. No entanto, as ruas ainda não tinham nome, e não havia iluminação pública.

(CURRY; MARTINS, 2001)

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Nesta época, Vitória começou a receber fortes fluxos migratórios,

principalmente vindos do interior do estado. O programa de erradicação dos cafezais

liberou, de uma só vez, 50 mil trabalhadores rurais, o que correspondia a

aproximadamente 150 mil pessoas. Isso se refletiu no processo de inchação da

região de Vitória. O desenvolvimento industrial ocorrido a partir da década de 1970,

fortemente influenciado pelos chamados “Grandes Projetos de Impacto”1, quase

todos instalados na Grande Vitória, completou o ciclo migratório interno e

transformou o Espírito Santo também em centro de migrações externas. Entre 1960

e 1980, a população da capital passou de 81.361 habitantes para 207.747, um

aumento de mais de 150%. A Região Metropolitana como um todo – composta pelos

municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana – cresceu ainda mais,

passando de 198.265 para 706.263 habitantes – uma diferença de 256%.

(SIQUEIRA, 2010)

 Figura 4 – Avenida Jerônimo Monteiro.

Revista Espírito Santo Agora, novembro de 1972.

                                                                                                               1 Entre eles, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Aracruz Celulose

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Com isso, a ocupação da região continental de Vitória se consolidou. Quase

todos os moradores eram de classe média: funcionários públicos, técnicos das

novas empresas que se instalavam em Vitória, bancários, comerciários e

profissionais liberais. A proximidade da Ufes, inaugurada em 1954, tornava a região

atraente também para os professores e estudantes universitários. A região recebeu,

inclusive, muitas pessoas de outros estados. (CURRY; MARTINS, 2001)

Outra consequência da intensa migração foi a ocupação de áreas

originalmente destinadas a preservação ambiental pela população de baixa renda, a

quem faltavam opções de moradia. Em 1980, havia 97.221 pessoas morando em

morros, mangues e baixadas em Vitória – 47% da população total da cidade.

(SIQUEIRA, 2010)

A baixa oferta de habitação para a população de baixa renda, a lei do inquilinato, aliada à inflação e à precariedade dos salários, impediam a moradia de aluguel, e, juntamente com a inexistência de perspectiva de aquisição da casa própria, levavam as pessoas a ocupar os morros, as baixadas e os mangues da periferia da cidade. (SIQUEIRA, 2010, p. 135)

A região do bairro São Pedro nasceu de invasões sobre o mangue, como conta

Graça Andreatta, citada por Dias e Medeiros (2001):

No início da década de 70, próximo ao antigo Bairro da Ilha das Caieiras, seis barracos estão erguidos sobre o manguezal. São pescadores sem moradia. No final de 1976, já é grande o número de famílias em busca de um local para morar. A opção é invadir. O rápido crescimento da invasão é acelerado pela transferência das famílias que viviam no antigo Bairro Miramar, outra parte do manguezal da parte Sul de Vitória, que deixou de ser depósito municipal de lixo para dar lugar à Rodoviária. Com o aterro da área, as famílias são despejadas e ‘indenizadas’ cada uma com uma casa no Bairro Comdusa, uma pequena área de encosta junto à Rodovia Serafim Derenzi, próximo à Ilha das Caieiras. Ao todo são 72 casas. A comunidade se multiplica. […] São 10, 15 pessoas morando no mesmo barraco. E isso facilita o crescimento da invasão no bairro. Logo é um mar de gente. (ANDREATTA apud DIAS; MEDEIROS, 2001, p. 14)

Em 1974, foi lançado o bairro Mata da Praia. Inicialmente, o local fazia parte do

loteamento da Empresa Capixaba de Engenharia Civil. No entanto, outra empresa, a

Sena Engenharia, se propôs a fazer o projeto de Mata da Praia de uma forma

diferenciada da ideia inicial, voltado para uma classe econômica mais elevada. O

loteamento foi dividido onde hoje está a avenida Aristóbulo Barbosa Leão. O projeto

alterou parte do traçado original das diagonais da região, principalmente nas

proximidades da Mata da Praia. (CURRY; MARTINS, 2001; MONTEIRO, 2008)

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Na década de 1980, Vitória sofreu um boom imobiliário. Praia do Canto, Barro

Vermelho e Santa Lúcia verticalizaram-se de modo bastante acelerado. Só na

primeira metade da década, foram aprovados cerca de 20 edifícios de 12 a 15

pavimentos na Praia do Canto. Vários antigos moradores da região passam a buscar

a tranquilidade perdida em outros lugares, principalmente nas ilhas do Boi e do

Frade, mas também em Jardim da Penha e, mais recentemente, do outro lado da

Terceira Ponte, na Praia da Costa. O primeiro Plano Diretor Urbano de Vitória,

aprovado em 1984 com o objetivo de ordenar a cidade já marcada pela

fragmentação, acabou consolidando o processo de verticalização. (AGUIAR, 2000;

MONTEIRO, 2008)

O Arrabalde perde completamente seu caráter residencial, enquanto seus edifícios isolam os moradores, as ruas se destinam quase que exclusivamente à circulação e tráfego, restando alguns lugares (e assim mesmo com horários específicos) destinados a um uso mais coletivo (como as praças à beira-mar, bares e casas noturnas). (ALMEIDA apud MONTEIRO, 2008, p. 131)

Mesmo expandida a todas as regiões dentro de seus limites, Vitória ainda tinha

como seu principal núcleo o centro histórico. No entanto, devido ao crescimento

desordenado e à excessiva verticalização, este já demonstrava significativos

problemas de deteriorização urbana, como a saturação do tráfego, a poluição do ar

e a descaracterização de construções de valor histórico. Nesta época surgem

algumas propostas para tentar revalorizar a região, como a construção de uma

grande área de lazer sobre o aterro da Ilha do Príncipe, em 1985. (MONTEIRO,

2008)

Em 1992, a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha, foi finalmente

inaugurada. Com isso, a Enseada do Suá, cujo aterramento hidráulico já havia sido

concluído em 1975, foi rapidamente ocupada com edifícios residenciais, comerciais

e institucionais, e se tornou um novo centro comercial, administrativo e institucional.

Em 1993, foi inaugurado na região o Shopping Vitória, que passou a ser referência

urbana regional, potencializou a taxa de acumulação do capital imobiliário e

redirecionou a dinâmica urbana ao alterar a forma de apropriação dos espaços

destinados ao comércio varejista. Tudo isso acentuou o processo de esvaziamento

do centro histórico. (VARGAS)

O sistema de transportes coletivos estruturado de modo disperso, a difusão do uso dos automóveis, a oferta de comércio e serviços nos bairros que não

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dependem mais do Centro, novos hábitos de compras baseados em supermercados e shoppings, a renovação imobiliária realizada sob novos padrões, a falta de compromisso da população imigrante com o passado e a identidade da cidade, dentre outros fatores, provocaram o abandono do Centro Histórico. (VARGAS)

Atualmente, Vitória é dividida em 9 regiões administrativas, compostas por 80

bairros, conforme estabelecido pela Lei Municipal nº 8.611, de 2 de janeiro de 2014.

A área total do município – somando as ilhas Trindade e Martin Vaz, distantes 1.140

km da costa – é de 98.194 km2. No Censo 2010, a cidade possuía 327.801

habitantes, 58% a mais que em 1980. No entanto, a capital não é mais a cidade

mais populosa do estado, tendo sido ultrapassada pelos municípios vizinhos de Vila

Velha, Serra e Cariacica. Além destes, a Região Metropolitana da Grande Vitória

também engloba Fundão, Guarapari e Viana, totalizando 1.687.704 habitantes. Em

2012, em pesquisa realizada pela Associação Pro Teste, de São Paulo, Vitória foi

considerada a capital brasileira com melhor qualidade de vida. O índice de

desenvolvimento humano (IDH) da cidade em 2010 era de 0.845, colocando-a em

segundo lugar no ranking das capitais e em quarto no ranking geral dos municípios

brasileiros.

4 LOGRADOUROS DE VITÓRIA

Até o fim do século XIX, não havia em Vitória nenhum sistema de

regulamentação ou emplacamento de logradouros. As ruas não possuíam

indicações e tampouco denominação oficial. A própria população muitas vezes

improvisava nomes a fim de melhor se orientar na cidade. Em 1854, a Câmara

Municipal tomou medidas para que as casas da cidade fossem numeradas e as ruas

nominadas. Contudo, somente em 1888 o serviço foi efetivamente realizado, sendo

que apenas em 1899 houve a exigência de que se colocassem placas em todas as

ruas, becos, travessas e cais. Ainda assim, muitos logradouros oficiais não

receberam denominação. (ELTON, 1986)

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Em 1938, na gestão do prefeito Américo Poli Monjardim, muitos logradouros

finalmente passaram a receber denominações. Nesta época, a nomenclatura

preferencial privilegiava personalidades ligadas à política local e acidentes

geográficos do estado. (ELTON, 1986)

O órgão responsável pela denominação dos logradouros públicos atualmente é

a Câmara Municipal, por meio da proposição de projetos de lei, que devem ser

aprovados pelo plenário. A propositura também pode ser feita pelo prefeito ou por

meio de iniciativa popular. Aprovado, o projeto vai ao prefeito, que pode sancioná-lo

ou vetá-lo. Concluída a fase legiferante, cabe à Prefeitura tomar as providências que

se seguem, entre elas a instalação das placas e a comunicação à Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos. (NADER, 2007)

A cidade de Vitória, segundo levantamento feito com base na lista de

logradouros fornecida pela Prefeitura Municipal em agosto de 2014, possui 2.309

logradouros públicos oficialmente nomeados em homenagem a personalidades – o

que equivale a 82% dos logradouros oficiais do município. Entretanto, as placas

indicativas do nome das vias não contêm nenhuma informação biográfica de seus

patronos. Sem essas informações, a maioria das homenagens perde o sentido.

O objetivo deste trabalho é trazer alguns desses homenageados de volta à

memória coletiva da cidade, ainda que superficialmente, resgatando suas

informações biográficas e as apresentando de forma acessível à sociedade em

geral. Para isso, foi confeccionado um mapa informativo online, disponibilizado no

endereço logradourosdevitoria.net.

4.1 CARTOGRAFIA NA WEB

A internet tornou o tempo de transmissão de informações praticamente

imperceptível para nós. Desde a Revolução Industrial, meios de comunicação e

transporte cada vez mais velozes têm sido inventados pela ciência, contudo, a

internet conseguiu tornar o próprio deslocamento algo banal, uma vez que estamos

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todos conectados em rede. Em tempo real, podemos interagir com o mundo sem

precisar sair de casa. (CANTO, 2010, p. 48)

A interatividade no ciberespaço é configurada por dois processos

comunicativos: a descentralização da produção cultural e a linguagem hipermídia.

Os usuários da internet podem enviar mensagens simultaneamente a uma grande

quantidade de pessoas, que, por sua vez, podem respondê-las e retransmiti-las. Já

o sistema hipermídia tem como principal característica permitir o acesso não linear

aos dados digitais disponíveis em determinada mídia, permitindo que várias

linguagens se misturem. Uma vez que a estrutura das informações não é concebida

com começo, meio e fim, a escolha dos caminhos a seguir passa a ser de

responsabilidade do leitor, tornando esta uma linguagem essencialmente interativa.

(CANTO, 2010, p. 64-70)

Outro fenômeno caracterizador da cibercultura é a remixagem de conteúdos,

incentivada pela proliferação de ferramentas e dispositivos que facilitam a

recombinação de informações digitais. (LEMOS; MANOVICH apud CANTO, 2010, p.

76) A facilidade com que a informação viaja de um ponto a outro da rede para ser

transformada e a possibilidade de qualquer pessoa com acesso à internet se tornar

participante deste processo eliminam as barreiras que durante muito tempo

separaram os profissionais e os amadores da cultura. A importância dessa

participação é tão grande que, para muitos autores, isso configura uma nova web

dentro do ciberespaço, a denominada web 2.0. (CANTO, 2010, p. 77-78)

Os primeiros produtos cartográficos na rede eram muito parecidos com os

mapas de papel, diferenciando-se apenas por serem disponibilizados em escala

global. Mesmo quando construídos em softwares digitais, mantinham o aspecto

fechado dos mapas analógicos. Com o aumento das velocidades de conexão e a

incorporação dos programas multimídia à web, mapas mais interativos começaram a

surgir, permitindo que os usuários selecionassem as informações georreferenciadas

que gostariam de visualizar. Ainda assim, eram os cartógrafos e programadores que

criavam os conteúdos e pré-definiam os caminhos e as opções que os leitores

tinham a seu dispor. (CANTO, 2010, p. 80)

O surgimento das tecnologias e linguagens características da web 2.0

transformou profundamente a cartografia. Os programas de mapeamento online

permitiram que seus usuários se tornassem também autores, oferecendo condições

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para que pessoas comuns compartilhassem suas próprias visões do espaço. A

primeira onda dessa revolução na webcartografia aconteceu em 2005, quando o

Google lançou seus dois serviços de mapeamento, o Google Maps e o Google Earth

(TSOU apud MENEGUETTE, 2012, p. 20), e posteriormente disponibilizou a API

(Application Programming Interface) destes softwares. A API é um tipo de interface

de programação muito utilizada na web 2.0, que permite que os usuários se

apropriem de um determinado sistema e o manipulem, adicionando novos

conteúdos, serviços e ferramentas. Com essa inovação, se tornou possível construir

e publicar novos mapas e aplicativos utilizando os recursos do Google. (CANTO,

2010, p. 81-84)

O My Maps, serviço adicionado ao Google Maps em 2007, facilitou ainda mais

essa apropriação ao fornecer ferramentas de mapeamento simples para usuários

comuns. Esta plataforma permite que qualquer pessoa desenhe, adicione

marcações, textos, fotos e vídeos nos mapas disponibilizados pelo Google, e ainda

que os incorpore em outras páginas da web. Esta foi a ferramenta escolhida para a

construção do mapa Logradouros de Vitória.

4.2 CONFECÇÃO DO MAPA

Para confeccionar o mapa biográfico, antes de tudo foi necessário listar os

logradouros públicos de Vitória nomeados em homenagem a pessoas. Isso foi feito a

partir do Relatório de Logradouros Oficiais e Não Oficiais de Vitória, cedido pela

Secretaria de Desenvolvimento da Cidade, em agosto de 2014. Este relatório

contém a relação de todos os logradouros do município, inclusive aqueles que ainda

não possuem nomenclatura oficial – ou seja, não foram nomeados por meio de uma

lei ou decreto municipal. Apenas os logradouros oficiais foram considerados para

este trabalho. Descartei também as vias com nomes religiosos, de datas, plantas,

animais, sentimentos e objetos. Como o relatório da Prefeitura é dividido por bairros,

foi necessário ainda eliminar as entradas duplicadas – no caso, vias que cortam

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mais de um bairro. Restaram 2.309 nomes no arquivo final. Concluída esta etapa,

pude iniciar a pesquisa bibliográfica.

Neste momento, me deparei com um problema prático, uma vez que meu

objetivo era contemplar o máximo de ruas possível no projeto, dentro das

possibilidades de tempo. Seria virtualmente impossível buscar as biografias a partir

dos respectivos nomes, uma vez que não conhecia a área de atuação da maioria

dos homenageados. Para solucionar o problema, fiz a busca em sentido inverso: a

partir das biografias encontradas, busquei os nomes correspondentes na lista.

A pesquisa bibliográfica foi bastante abrangente, incluindo diversos livros de

História de Vitória e do Espírito Santo, além de livros biográficos, artigos de revistas,

websites, publicações específicas, projetos de lei de denominação de logradouros2,

entre outros. Cada nome encontrado na bibliografia era pesquisado na lista de

logradouros e, se encontrado – por vezes com alguma variação ortográfica – as

informações obtidas eram acrescentadas à tabela. Dessa forma, algumas biografias

compiladas são mais completas do que outras, em que só foi encontrada a profissão

do homenageado, ou algum cargo público que exerceu, por exemplo. Esse processo

resultou na tabela encontrada no APÊNDICE A, com 373 nomes acompanhados das

respectivas informações biográficas.

Essa tabela foi o ponto de partida para a confecção do mapa em si. Utilizando

a ferramenta Google My Maps3, criei um mapa da cidade de Vitória para apresentar

espacialmente as informações obtidas. Essa ferramenta gratuita permite dispor

dados em camadas sobre um mapa básico disponibilizado pelo Google. É possível

delimitar uma área para exibição e afixar marcadores, acrescentando informações

de texto, imagem e/ou vídeo a cada um dos pontos. A aparência do plano de fundo

do mapa e dos marcadores também pode ser personalizada, de forma que,

preocupando-me com a legibilidade, optei por marcadores circulares simples, sem

indicação de nome, sobre o plano de fundo padrão do Google Maps, que mostra a

nomenclatura das vias à medida que o usuário aumenta o zoom.

                                                                                                               2 Pela Lei nº 4.459/1997, a Câmara Municipal de Vitória só poderia aprovar projetos de lei de nomeação de logradouros que fossem acompanhados das respectivas informações biográficas. No entanto, além da dificuldade de acesso ao texto integral dos projetos, muitos são sancionados sem as devidas justificativas. 3 Disponível em < https://www.google.com/mymaps >.

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Para localizar os logradouros, utilizei tanto a busca própria do Google Maps

quanto a ferramenta GeoWeb, disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Vitória4,

uma vez que nem todas as vias estão classificadas corretamente na plataforma do

Google.

Ao todo, foram marcados 371 pontos no mapa5, identificados por cores de

acordo com o tipo de logradouro6. Ao clicar em um marcador, abre-se um pop-up

para que o usuário acesse as informações biográficas a respeito do respectivo

patrono. Alguns verbetes também possuem imagens (Figura 6). Para uma melhor

interação, o mapa ainda pode ser visualizado em tela cheia.

O My Maps permite ainda que o mapa seja tornado público, além de

compartilhado em redes sociais e incorporado a páginas da internet.

 Figura 5 – Mapa com os marcadores

                                                                                                               4 Disponível em <http://geoweb.vitoria.es.gov.br/MapaForm.aspx>. 5 Dois logradouros não foram localizados: a rua Octacílio Lomba e a praça Otávio Índio do Brasil Peixoto. 6 Vermelho para avenidas; azul para ruas; verde para praças e parques; alaranjado para pontes, passarelas e viadutos; marrom para outros (alamedas, becos, escadarias, travessas, etc).

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Figura 6 – Exemplo de pop-up com foto

   

4.3 DIVULGAÇÃO

Para facilitar o acesso ao mapa biográfico, foi criada uma página na internet

específica para disponibilizá-lo (Figura 7). O nome escolhido para o projeto, assim

como para o domínio do site, foi Logradouros de Vitória – um nome simples,

autoexplicativo e inspirado na importante obra Logradouros Antigos de Vitória, de

Elmo Elton.

O objetivo deste site é dar total destaque para o mapa, de forma que a

quantidade de elementos da página foi reduzida ao mínimo. Além do mapa, que

ocupa a maior parte da página principal, há apenas mais duas seções: SOBRE, com

a descrição do projeto, e CONTATO, com um formulário que permite o envio de

sugestões, críticas e outros comentários para a autora.

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Figura 7 – Página inicial do site Logradouros de Vitória

O site logradourosdevitoria.net foi desenvolvido sobre a plataforma de

publicação online WordPress, a mais popular do mundo, utilizada por mais de 20%

da rede. Optei pela versão hospedada do software, o WordPress.com, que é mais

simples, não exige contratação de hospedagem à parte e disponibiliza os recursos

necessários para gerenciar um site pequeno. Considerei esta a melhor opção, tanto

pela facilidade de acesso e manutenção, quanto pelo baixo volume de dados que

seria necessário hospedar.

A aparência do site também preza pela simplicidade, para não ofuscar o

elemento principal da página, que é o mapa. O tema escolhido foi o Twenty Twelve,

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desenvolvido pela própria equipe do WordPress. Este tema também possui versão

adaptada para acesso por meio de aparelhos móveis.

O plano de divulgação da página Logradouros de Vitória é baseado no

compartilhamento em redes sociais, especialmente Facebook, em grupos de

relacionados à cidade de Vitória.

5 CONCLUSÃO

Vitória, apesar de ter sido fundada em 1551, é, em sua maior parte, bastante

recente. Por quase quatro séculos, a aglomeração urbana esteve praticamente

restrita ao que hoje é o centro da cidade, confinada entre o mar, os morros e o

mangue. A cidade só começou a se expandir efetivamente a partir da década de

1930, quando foram dadas condições para a ocupação do Novo Arrabalde. A região

continental de Vitória é ainda mais recente, tendo sido ocupada apenas na década

de 1960.

As novas áreas da cidade cresceram de forma muito rápida, recebendo

inúmeros migrantes, tanto do interior do Espírito Santo quanto de outros estados, e

até de outros países. Essas milhares de pessoas chegaram, e ainda chegam, sem

vínculos com a história e cultura locais, que acabam sendo cada vez mais preteridas

pela sociedade como um todo.

Ao construir o mapa Logradouros de Vitória, foi possível perceber que a maior

concentração de marcadores ficou em torno do Centro, englobando também o bairro

Parque Moscoso, enquanto algumas áreas da cidade ficaram praticamente vazias.

Há várias explicações possíveis para o fenômeno.

A primeira, e mais imediata, leva em conta justamente o tempo de formação da

cidade. Como a região central é muito mais antiga, é natural que o nome de seus

logradouros seja o de pessoas que viveram há mais tempo e que, portanto, já foram

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consagradas na literatura historiográfica. É importante levar em consideração,

também, a natureza da bibliografia analisada na pesquisa, que retrata, em sua

maioria, figuras do meio político, jurídico, religioso e artístico. Encontrar informações

sobre empresários e outras personalidades do meio econômico, que tiveram maior

importância no desenvolvimento da parte mais recente de Vitória, se mostrou

bastante desafiador.

Outra dificuldade na localização de biografias é a nomeação de logradouros

em homenagem a pessoas que tiveram importância estritamente local. Muitos são

ex-moradores de bairros da periferia, atuantes em suas comunidades porém

anônimos para o resto da cidade. Nomes muito genéricos, como “rua Martins” e “rua

Léa”, também dificultam a identificação correta de seus patronos. Além disso,

algumas vias com nome de personalidades não ligadas diretamente ao Espírito

Santo, ainda que nacionalmente conhecidas, não entraram no mapa, pois passaram

despercebidas durante a pesquisa bibliográfica.

Por fim, há outros dois fatores que influenciam na distribuição dos marcadores

no mapa, estes relativos não às dificuldades de execução do projeto, mas sim à

própria estrutura de Vitória.

O primeiro diz respeito à quantidade de logradouros não-oficiais em cada

região, uma vez que eles foram desconsiderados neste trabalho. Enquanto no

Centro e no Parque Moscoso mais de 90% dos logradouros são oficiais, em outros

20 bairros a quantidade de nomes não-oficiais passa de 30% do total de vias. Em

Conquista, Fonte Grande, Jabour e Ilha das Caieiras, essa quantidade ultrapassa os

50% (ver APÊNDICE B).

O segundo fator refere-se às escolhas dos nomes para as ruas. Em sete

bairros da capital (Antônio Honório, Fonte Grande, Ilha do Boi, Mata da Praia,

Morada de Camburi, Pontal de Camburi e República), todos os logradouros oficiais

têm nome de pessoas. No entanto, a situação é diferente em outras áreas da

cidade, principalmente na região da Grande São Pedro, em que menos da metade

dos logradouros foram nomeados em homenagem a personalidades.

O site construído neste trabalho de conclusão de curso não pretende ser

definitivo, mas ser continuamente ampliado à medida que mais informações sejam

encontradas, tanto por meio de novas pesquisas bibliográficas quanto pelo feedback

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dos próprios internautas. Acima de tudo, o objetivo do projeto Logradouros de Vitória

é despertar a curiosidade dos capixabas sobre a história de Vitória e do Espírito

Santo, usando, para este fim, informações tão presentes em nosso dia a dia quanto

o nome das ruas por onde passamos.

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106, p. 72-73, jul. 2014. ______. Avenida Dante Michelini. ES Brasil, Vitória, ES, n. 109, p. 64-65, ago. 2014. ______. Cesar Hilal, pioneiro no empreendedorismo capixaba. ES Brasil, Vitória, ES, n. 104, p. 72-73, mar. 2014. ______. Cleto Nunes. ES Brasil, Vitória, ES, n. 110, p. 68-69, set. 2014. VITÓRIA (ES). Câmara Municipal. Projeto de Lei 15/2010. Denomina logradouro público na cidade de Vitória. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 31/2009. Denomina logradouro público no bairro Santa Martha. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 33/2009. Denomina logradouro público no bairro Santa Martha. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 54/2011. Denomina logradouro público no bairro Caratoíra. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 98/2011. Denomina logradouro público no bairro Jesus de Nazareth. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 145/2010. Denomina logradouro público localizado no bairro Santa Lúcia. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 165/2009. Denomina logradouro público no bairro Bonfim. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 165/2012. Denomina logradouro público no bairro Praia do Canto, em Vitória. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 203/2009. Denomina logradouro público no bairro Mata da Praia. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 203/2012. Denomina logradouro público no bairro Praia do Canto. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-

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legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 243/2010. Denomina logradouro público. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 253/2011. Denomina logradouro público no bairro Fradinhos. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 256/2009. Denomina logradouro público no bairro Caratoíra. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 277/2009. Denomina logradouro público no bairro Santa Martha. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 318/2009. Denomina logradouro público em local que especifica. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 323/2009. Denomina logradouro público no bairro Fradinhos. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 377/2013. Denomina logradouro público no bairro Andorinhas. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 414/2009. Denomina logradouro público no bairro Inhanguetá. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 415/2009. Denomina logradouro público no bairro Tabuazeiro. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 431/2013. Denomina logradouro público no bairro Santa Martha. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Câmara Municipal. Projeto de Lei 467/2013 . Denomina "Escadaria Manoel Gomes de Jesus" o logradouro público, situado no bairro Moscoso. Disponível em: <http://www.cmv.es.gov.br/producao-legislativa.aspx>. Acesso em: 7 de nov. 2014. ______. Lei nº 4.459, de 21 de julho de 1997. Dispõe sobre informações relativas

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aos nomes de vias públicas do município de Vitória. Disponível em: <http://portalservicos.vitoria.es.gov.br>. Acesso em: 25 jul. 2014. ______. Lei nº 8.611, de 2 de janeiro de 2014. Altera o Artigo 2º da Lei nº 6.077, de 30 de dezembro de 2003. Disponível em: <http://portalservicos.vitoria.es.gov.br>. Acesso em: 19 out. 2014. ______. Prefeitura Municipal Secretaria de Cultura e Turismo. Escritos de Vitória: 15 : personalidades de Vitória. Vitória, ES: Prefeitura Municipal de Vitória, 1996. ZOUAIN, Luiz Emanuel. O respeito histórico aos nomes e logradouros. A Gazeta, Vitória, ES, p. 15, 17 jun. 2013.

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APÊNDICE A – Lista de logradouros públicos de Vitória com as respectivas informações biográficas

Nome Biografia

ALA CÍCERO MORAES

Cícero Moraes (1898-1985) foi engenheiro, advogado, matemático e cartógrafo e escritor. Publicou diversas obras. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 15.

ALA DOUTOR CARLITO VON SCHILGEN

Carlos A. Lindenberg Von Schilgen (1927-1992) foi médico, professor, escritor, administrador e político. Foi diretor do Departamento Estadual de Saúde durante o segundo mandato de Carlos Lindenberg (1959-1963). Foi professor titular da cadeira de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Vitória. Foi vice-governador do estado durante a gestão de Élcio Alvares (1975-1979) e prefeito nomeado de Vitória de 1979 a 1982. Possuía uma casa no alto de uma chácara, na Av. Saturnino de Brito, hoje o Parque Municipal Von Schilgen.

ALA DOUTOR GILSON CARONE

Gilson Carone, nascido em Cachoeiro de Itapemirim em 1929, foi médico e político. Destacou-se por uma atuação médica voltada para o social, com forte atendimento das populações carentes. Fundador da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais em Cachoeiro. Em 1978 foi eleito prefeito do município. Posteriormente, foi Secretário Chefe da Casa Civil no governo de Gerson Camata (1983-86) e Secretário de Saúde no governo de Max de Freitas Mauro (1987-91). Ocupou ainda o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo.

ALA ETHERELDES QUEIROZ DO VALLE

Foi procurador do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Também foi vereador de Vitória.

ALA RUBENS RANGEL

Vice-governador, assumiu o governo do Espírito Santo em janeiro 1966, após a renúncia de Francisco Lacerda de Aguiar.

AV ADALBERTO SIMÃO NADER

Adalberto Simão Nader (1932-1971) foi advogado, filósofo, funcionário público federal e político. Foi funcionário concursado do extinto Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários (IAPI). Como político destacou-se por sua brilhante oratória e pela defesa dos princípios democráticos. Em 1958 foi eleito vereador de Vitória, e em 1962, deputado estadual. Presidia a Assembleia Legislativa quando os militares tomaram o poder. Graças a sua atuação, não houve naquele momento cassações de parlamentares estaduais capixabas. Em 1970 elegeu-se deputado federal, mas faleceu antes de tomar posse.

AV ADELPHO POLI MONJARDIM

Adelpho Poli Monjardim (1903-2003) foi o primeiro prefeito de Vitória eleito pelo voto popular, em 1959. Também foi escritor e jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Era um dos filhos do Barão de Monjardim. Ocupou a cadeira nº 22 da Academia Espírito-santense de Letras.

AV ALEXANDRE BUAIZ

Alexandre Buaiz (1892-1958), libanês, veio garoto para o Brasil, sem nenhuma posse. Foi mascate e teve algumas experiências comerciais até fundar a Buaiz S.A.

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AV AMÉRICO BUAIZ

Américo Buaiz (1923-1999) foi um importante empresário capixaba, atuando nas áreas de alimentos (trigo e café), comunicação (TV e Rádio Vitória) e comércio (Shopping Vitória). Foi o responsável pela fundação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio). Foi o primeiro presidente da Findes, entre 1958 e 1968. Foi diretor regional do Sesc, do Senac, do Sesi e do Senai e integrou a Confederação Nacional da Indústria e o Conselho Rodoviário do Espírito Santo.

AV ANÍSIO FERNANDES COELHO

Anísio Fernandes Coelho (1889-1966), nascido em Cariacica, empreendedor e filantropo. Sócio da firma Manoel Evaristo Pessoa, tornou-se membro e posteriormente presidente da Associação Comercial de Vitória. Presidiu a Companhia de Expansão Rural Espíritossantense (Ceres) e exerceu a presidência do Rural Bank - Banco de Crédito Agrícola do Espírito Santo. Também dedicou-se a causas sociais, sendo presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA) e da Liga Espíritossantense contra a Tuberculose. Dirigiu, ainda, a Federação Esportiva do Espírito Santo.

AV ARMANDO DUARTE RABELLO

Armando Duarte Rabello, bacharel, foi prefeito de Vitória de 1953 a 1955.

AV AUGUSTO EMÍLIO ESTELITA LINS

Augusto Emílio Estelita Lins (1892-1982) foi político, escritor, jurista, professor de Direito e poeta. Comendador da Santa Sé. Líder católico e publicista. Ocupou a cadeira nº 13 da Academia Espírito-santense de Letras.

AV CAPITÃO JOÃO BRANDÃO

O capitão João Antunes Barbosa Brandão foi herói da Guerra do Paraguai. Coronel Honorário do Exército, e patrono da Polícia Militar.

AV CARLOS GOMES DE SÁ

Carlos Gomes de Sá (1888-1941) foi advogado, jornalista e político. Foi secretário de Estado, chefe de polícia, procurador-geral e deputado estadual. Ocupou a cadeira nº 35 da Academia Espírito-santense de Letras, e participou também do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, da Associação Espírito-santense de Imprensa e a Associação de Juristas Capixabas.

AV CARLOS MOREIRA LIMA

Empresário representante do Sindicato das Indústrias de Marcenaria, Serraria, Carpintarias e Tanoarias, um dos pioneiros na fundação da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

AV CEZAR HILAL Emigrou da Síria com seus pais e irmãos, chegando em Vitória em 1918. Liderando os negócios da família, a sociedade formada por ele e seus irmãos Sami, Maunir e Djaldete foi responsável por empreendimentos importantes de Vitória, como a Casa Hilal. Faleceu com apenas 38 anos.

AV CLETO NUNES Cleto Nunes Pereira (1856-1908) foi deputado, conselheiro municipal, senador e jornalista. Membro fundador da Sociedade Libertadora Domingos Martins, fundada em 1875 para lutar pela abolição da escravatura. Quando presidente do Conselho Municipal de Vitória, mandou arruar o bairro Parque Moscoso.

AV DANTE MICHELINI

Dante Barros Michelini (1897-1965) teve participação direta no crescimento econômico capixaba. Empresário e cafeicultor, foi pioneiro na exportação de café. Em 1951, com outros produtores, criou o Centro de Comércio de Café de Vitória, e foi seu primeiro presidente. Também doou a iluminação do Convento da Penha.

AV DESEMBARGADOR ALFREDO CABRAL

Alfredo Cabral (1907-1977) foi prefeito de Muniz Freire, secretário do governo de Carlos Lindemberg e procurador-geral do Estado. Em 1955, foi nomeado desembargador. Foi também presidente do Tribunal Regional Eleitoral, de 1967 a 1969.

AV DESEMBARGADOR DERMEVAL LYRIO

Foi desembargador e escritor.

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AV DESEMBARGADOR EDSON QUEIROZ DO VALLE

Nascido em 1910, iniciou a vida pública no Espírito Santo como promotor de Justiça. Foi desembargador do Tribunal de Justiça e professor da faculdade de Direito da Universidade Federal do Estado.

AV DUARTE LEMOS

Duarte de Lemos recebeu a Ilha de Santo Antônio (atual Vitória) de Vasco Fernandes Coutinho, em 1537, como retribuição a seu auxílio no desbravamento da Capitania.

AV EUGÊNIO PACHECO DE QUEIROZ

Eugênio Pacheco de Queiroz (1904-1990), comerciante de secos e molhados em Vila Velha, foi nomeado prefeito daquele município por duas vezes. Foi sócio da Vitoriawagen e diretor da Junta Comercial e da Companhia Espírito Santo e Minas de Armazéns Gerais. De 1951 a 1990 foi diretor comercial do jornal A Gazeta, ao qual deu estrutura empresarial. Quando jovem se distinguiu nos desportos, tendo sido remador do Clube de Regatas Saldanha da Gama, praticante de tiro ao alvo e jogador do América Futebol Clube.

AV FERNANDO FERRARI

Fernando Ferrari (1921-1963) foi um importante político gaúcho. Foi um dos ideólogos do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Exerceu o mandato de deputado estadual pelo RS, quando se notabilizou pela sua preocupação com as melhorias das condições de vida da população rural. Foi também deputado federal. Nas eleições legislativas federais de 1958, recebeu a maior votação de um candidato a deputado em todo o país, cerca de 160 mil votos. Foi autor de várias obras, entre elas, “Minha Campanha” e “Escravos da Terra”. Faleceu em decorrência de um acidente aéreo.

AV GETÚLIO VARGAS

Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) foi advogado e político, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo o presidente Washington Luís. Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro, de 1930 até 1945. No segundo, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954.

AV GOVERNADOR BLEY

João Punaro Bley foi nomeado interventor federal no Espírito Santo, logo após a Revolução de 1930, e se manteve na chefia do governo do estado por 12 anos consecutivos. Amparou a fundação da Faculdade de Direito, o que permitiu seu reconhecimento pelo Governo Federal, e posterior anexação à Universidade Federal do Espírito Santo.

AV GOVERNADOR EURICO REZENDE

Nascido em 1917, Eurico Vieira de Rezende foi governador do Espírito Santo de 1978 a 1982, época do regime militar. Seu governo foi marcado pela atuação dos movimentos sociais. Era advogado criminalista.

AV HUGO VIOLA Hugo Viola (1896-1953), filho de imigrantes italianos, topógrafo, foi empreiteiro de obras em Vitória. Idealista, desejava transformar Jardim América numa cidade e anexá-la como bairro ao município de Vitória. Foram construídas 105 casas populares em Jardim América sob sua direção. Todas as ruas e avenidas do local foram abertas por ele, sem ajuda da Prefeitura.

AV ISAAC LOPES RUBIM

Foi vereador de Vitória.

AV JAIR ETIENNE DESSAUNE

Jair Etienne Dessaune (1903-1971) foi advogado, professor de Direito, jornalista, conferencista, tribuno e líder católico. Ocupou os cargos de procurador da República e procurador-geral do Estado. Participou da fundação da Seção Espírito Santo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), em 1932, e da Associação dos Juristas no Estado, em 1941. Foi reitor da Universidade Federal do Espírito Santo.

AV JERÔNIMO MONTEIRO

Jerônimo de Souza Monteiro foi presidente do Espírito Santo de 1908 a 1912. Investiu em vastas melhorias no aspecto urbano de Vitória. Criou a Prefeitura Municipal de Vitória, em 1908.

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AV JUDITH LEÃO CASTELLO RIBEIRO

Escritora, parlamentar e educadora. Foi a primeira mulher a ser admitida na Academia Espírito-Santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 12. Uma das fundadoras da Academia Feminina Espírito-santense de Letras, em 1949, e sua primeira presidente. Faleceu em 1982.

AV LUIZ MANOEL VELLOZO

Luiz Manoel Mendes Vellozo nasceu na Bahia, em 1836. Formou-se em direito, no Recife, em 1861. Foi juiz Municipal e juiz de Direito. Foi nomeado desembargador em 1891. Presidente do Tribunal, em 1895. Aposentou-se em 1907. Faleceu em Vitória, em 1918.

AV MARCOS DE AZEVEDO

Marcos Antônio de Azeredo Coutinho levantou, em 1612, a primeira Carta Geográfica do Espírito Santo, na qual assinalou todos os lugares povoados. Era conhecido como o descobridor da Serra das Esmeraldas. Era irmão do capitão-mor Miguel de Azeredo.

AV MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES

João Batista Mascarenhas de Morais, carioca, teve participação decisiva na Segunda Guerra Mundial como um dos comandantes em nome do Brasil. Chegou à Itália com as primeiras tropas brasileiras em junho de 1944 e comandou as forças brasileiras até a rendição das forças do Eixo na Itália, em maio de 1945. Depois da Guerra, voltou ao Brasil e, em 1946, foi promovido a Marechal. Em 1955, apoiou o golpe militar liderado pelo general Teixeira Lott, que garantiu a posse de Juscelino Kubitscheck na presidência da República. Faleceu em 1968.

AV OSVALDO HORTA AGUIRRE

Oswaldo Horta Aguirre foi Juiz Federal. Foi diretor do Foro da Seção Judiciária da Justiça Federal no Espírito Santo por nove anos. Faleceu em 1988.

AV PAULINO MULLER

Paulino Müller, médico, foi prefeito de Vitória entre 1936 e 1937.

AV PRESIDENTE CASTELO BRANCO

Humberto de Alencar Castello Branco (1897-1967) foi militar e político.Foi um dos dos conspiradores do golpe e primeiro presidente do período da ditadura militar instaurada pelo Golpe Militar de 64.

AV PRESIDENTE COSTA E SILVA

Artur da Costa e Silva (1899-1969) foi militar e político, sendo o vigésimo sétimo Presidente brasileiro, e o segundo do regime militar.

AV PRESIDENTE FLORENTINO AVIDOS

Florentino Monteiro Avidos foi presidente do estado de 1924 a 1928. Criou a Comissão de Melhoramentos de Vitória, realizando várias obras na cidade. Entre elas, a abertura da grande avenida Jerônimo Monteiro; inúmeros trabalhos de saneamento; remodelação de várias ruas e a instalação das Cinco Pontes.

AV PRINCESA ISABEL

Princesa Isabel (1846-1921) foi regente do Império no Brasil. Filha de D. Pedro II, assinou a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil.

AV PROFESSOR FERNANDO DUARTE RABELO

Fernando Duarte Rabello (1897-1971) foi advogado e professor. Exerceu os cargos de procurador-geral, deputado estadual, reitor da Universidade Federal do Espírito Santo, diretor da Faculdade de Direito, secretário de Estado de Educação e Saúde Pública, delegado-geral de Polícia, professor de Cosmografia no Colégio Estadual, membro da Comissão de Contratos do Estado e advogado da Rede Ferroviária Federal. Também foi integrante do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

AV RIO BRANCO O chanceler José Maria da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco (1845-1912) foi um advogado, diplomata, geógrafo e historiador nascido no Rio de Janeiro. É o patrono da diplomacia brasileira e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.

AV ROZENDO SERAPIÃO DE SOUZA FILHO

Rosendo Serapião de Souza Filho, nascido provavelmente em 1894, foi uma figura brilhante do jornalismo capixaba. Foi, ainda, diretor de A Gazeta e de A Tribuna, além de presidir a Associação Espírito-santense de Imprensa.

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AV SATURNINO DE BRITO

Francisco Saturnino Rodrigues de Brito (1864-1929), nascido em Campos (RJ), engenheiro sanitarista, foi o responsável pelo projeto do Novo Arrabalde de Vitória. Datado de 1896, foi o primeiro projeto de expansão da cidade, que até então se resumia à área do Centro. O projeto englobava as região de Jucutuquara até o Canal da Passagem, uma área 6 vezes maior que o núcleo de Vitória na época.

AV SATURNINO RANGEL MAURO

Comerciário, foi juiz vogal representante dos empregados na primeira Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho no Espírito Santo.

BC AYRTON SENNA

Ayrton Senna da Silva (1960-1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial. Ele morreu em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. Está entre os pilotos de Fórmula 1 mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do esporte.

BC GERALDO PEREIRA

Antigo morador de Santa Martha, muito apreciado pelos vizinhos. Faleceu em 1992, aos 82 anos.

BC GILDETE DE MORAES XAVIER

Foi moradora de Santa Martha por cerca de 60 anos, onde sempre realizou ações sociais e ajudou grandemente a comunidade.

BC JENNY DA SILVA VIEIRA

Antiga moradora de Inhanguetá, dona de casa, muito apreciada pelos vizinhos. Faleceu em 2003.

BC JUAREZ CORTES PEREIRA

Antigo morador de Caratoíra. Faleceu em 2009.

BC JUCELINO KUBISTSCHEK

Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976) foi médico, Oficial da Força Pública Mineira e político. Conhecido como JK, foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), governador de Minas Gerais (1951-1955), e presidente do Brasil entre 1956 e 1961.

BC MAURO TONON Antigo morador do bairro Tabuazeiro, muito apreciado pelos vizinhos. Faleceu em 1996.

BC PROFESSOR NELSON ABEL DE ALMEIDA

Educador e historiador. Foi orador oficial do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Ocupou a cadeira nº 34 da Academia Espírito-santense de Letras.

ESC ABELARDO MARTINS OLIVEIRA

Foi vereador de Vitória.

ESC BEATRICE POLI MONJARDIM

Beatrice Poli Monjardim, nascida em 1899, era filha do Barão de Monjardim.

ESC MANOEL GOMES DE JESUS

Conhecido como Manoel Coquinho, morou por toda a sua vida no bairro Moscoso, onde criou seus 13 filhos, seus muitos netos e bisnetos. Era uma pessoa que possuía muito carisma e respeito. Com sua cabecinha pequena que mais parecia um coco, era muito brincalhão e ganhou a simpatia e o carinho de todos no bairro. Faleceu em 1973.

ESC MANUEL XAVIER PAES BARRETO

Manoel Xavier Paes Barreto (1871-1960), pernambucano, começou na magistratura no Espírito Santo em 1908, como juiz de Direito em Viana. De 1913 a 1915 foi procurador-geral do Ministério Público do Espírito Santo. Destacou-se como consultor jurídico e diretor de Segurança Pública. Colaborou na elaboração dos Códigos Estaduais de Processo Criminal, Civil e Comercial, e no projeto de Organização Judiciária do Espírito Santo.

ESC MARCÍLIO DIAS

Marinheiro, foi herói da Batalha Naval do Paissandu, na Guerra do Paraguai, em 1864.

ESC MARIA DE LOURDES SILVA OLIVEIRA

Pessoa guerreira, ligada à comunidade, conhecida por todos pelos seus trabalhos beneficentes. Faleceu em 2008.

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ESC MARIA ORTIZ Maria Ortiz (1603-1646) foi personagem importante na resistência capixaba contra a invasão dos holandeses, em 1625. Da janela do sobrado onde morava, lançou tachos de água fervente sobre os corsários que subiam a estreita rampa. A ladeira foi transformada em escadaria 300 anos depois, e nomeada em homenagem a ela.

ESC NICOLAU DE ABREU

Engenheiro, fortificou Vitória contra as invasões estrangeiras, ficando na cidade de 1731 a 1736. Também ajudou a reconstruir a Igreja Matriz.

ESC RODRIGUES ARZÃO

Antônio Rodrigues Arzão, bandeirante taubateano. Chegou ao Espírito Santo em 1693, com mais 50 pessoas, trazendo ouro localizado em terras brasileiras. A partir daí começou a Corrida do Ouro.

ESC SANTOS PINTO

Inácio dos Santos Pinto foi político no início de sua carreira pública. Posteriormente, dedicou-se à advocacia, jornalismo e magistério. Professor de francês, inglês, italiano, latim, grego e filosofia, foi verdadeiro humanista de meados do século XIX.

ESC SERAFIM DERENZI

Engenheiro, Luiz Serafim Derenzi (1898-1977) projetou a estrada do Contorno, finalizada em 1943, posteriormente batizada com seu nome. Escreveu Biografia de uma Ilha, clássico da historiografia capixaba, publicado em 1965. Ocupou a cadeira nº 11 da Academia Espírito-santense de Letras.

LD GIUSEPPE GIOVANOTTI

Giuseppe Giovannotti, nascido na Itália em 1865, chegou em Vitória em 1894. Trabalhou na construção do Teatro Melpômene e no Quartel da Polícia, como carpinteiro e marceneiro. Posteriormente trabalhou com André Carloni, na construção das primeiras casas do Parque Moscoso; na Santa Casa de Misericórdia e no Colégio do Carmo; entre outras obras. Paralelamente ao trabalho de carpinteiro na construção civil, gostava de fazer entalhes em madeira.

PC AMÉRICO POLI MONJARDIM

Américo Poli Monjardim, médico, foi prefeito de Vitória entre 1937 e 1944, e novamente entre 1946 e 1947.

PC ASDRUBAL SOARES

Asdrubal Martins Soares, engenheiro, foi prefeito de Vitória de 1930 a 1933.

PC BENEDITO BERNARDO DA SILVA

Foi um nome de destaque em Andorinhas. Dedicou parte de sua vida na busca de melhorias para a população, atuando, entre outras coisas, como líder da comunidade e presidente do Ponte Preta Futebol Clube. Faleceu em 2009.

PC CARLOS CREPAZ

Carlo Crepaz (1919-1992), italiano, foi escultor, pintor e professor. Em 1951 chegou a Vitória, atuando como professor. Ajudou a fundar a Escola de Belas Artes em Vitória. Deixou dois quadros de temática religiosa no Santuário de Santo Antônio: o santo pregando aos peixes e a mula ajoelhada diante do Santíssimo Sacramento (1952). Produziu inúmeras esculturas no Espírito Santo, entre elas Índio Araribóia (1959). Pelos serviços prestados, recebeu o título de cidadão vitoriense, em 1965.

PC COSTA PEREIRA

José Fernandes da Costa Pereira Júnior (1833-1899), bacharel, foi presidente da província do Espírito Santo de 1860 a 1863. Patrono da cadeira nº 7 da Academia Espírito-santense de Letras.

PC DOM LUIZ SCORTEGAGNA

Dom Luiz Scortegagna foi o quarto bispo da Diocese do Espírito Santo, a partir de 1933. Graças a seus esforços, as obras da Catedral Metropolitana foram retomadas e concluídas. Faleceu em 1951, sendo seu corpo sepultado na Catedral de Vitória.

PC DOUTOR QUINTINO BARBOSA

Quintino Barbosa de Figueiredo, nascido em Minas Gerais em 1899, cursou Engenharia na Escola Politécnica da Bahia. Exerceu a função de Chefe do Distrito de Terra de Teófilo Ottoni (MG) e de Guaçuí (ES). Engenheiro-chefe do Domínio da União, no Espírito Santo, nos anos 30. A partir de 1942 passou a atuar como engenheiro da Companhia Vale do Rio Doce. Foi Professor de Desenho Técnico da Escola Politécnica da Ufes e membro da Associação Mineira e da Associação Espírito-santense de Engenheiros.

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PC GOVERNADOR JOSÉ MORAES

Foi vice-governador do Espírito Santo pelo PMDB na chapa de Gerson Camata, assumindo o governo em caráter efetivo em 14 de maio de 1986, quando o titular renunciou para concorrer ao Senado.

PC JOÃO CLÍMACO O padre João Clímaco de Alvarenga Rangel (1799-1866) foi professor de Filosofia, diretor do Liceu, tendo sido eleito deputado geral em 1833, quando ainda era estudante do curso jurídico. Defendeu os escravos presos em decorrência da Insurreição do Queimado, abandonando, em seguida, a vida parlamentar, em que se notabilizou. Patrono da cadeira nº 3 da Academia Espírito-santense de Letras.

PC JORNALISTA AMYLTON DE ALMEIDA

Amylton de Almeida (1946-1995) foi jornalista, escritor, homem de televisão, crítico de cinema e cineasta. Autor de Blissful agony (1972), A passagem do século (1977), Autobiografia de Hermínia Maria (1994). Com inúmeros vídeos premiados, entre os quais Lugar de Toda Pobreza, que denuncia as condições de miséria do bairro São Pedro no início da década de 80. Ao falecer, deixou pronto, como diretor, o filme O amor está no ar.

PC JOSÉ FRANCISCO ARRUELA MAIO

Filho de portugueses, viveu na colônia de pescadores que originou o bairro Praia do Suá. Pai do vereador de Vitória Zezito Maio.

PC LOURIVAL CÉSAR DUARTE MULULO

Morador de Caratoíra, cozinheiro, pessoa honrada que muito contribuiu para o desenvolvimento social de seu bairro. Faleceu em 1991.

PC MÁRIO ARISTIDES FREIRE

Mário Aristides Freire, nascido em Vitória em 1886, era bacharel em ciências jurídicas e sociais e exerceu os cargos de chefe da Secção de Estatística e diretor da Diretoria Estatística e Arquivo na Prefeitura do Distrito Federal. Colaborou em diversos jornais e revistas no Rio de Janeiro.

PC MISAEL PENA Misael Ferreira Pena (1848-1881), diplomado em Direito em São Paulo, exerceu, no Espírito Santo, cargos de magistratura e de eleição popular. Publicou diversas obras e colaborou assiduamente na imprensa de Vitória. Patrono da cadeira nº 22 da Academia Espírito-Santense de Letras.

PC NAGIB JORGE RIZK

Comerciante, brilhante homem de negócios, que em vida propagou a honestidade e o bom senso. Faleceu em 2002.

PC OSWALDO HORTA AGUIRRE

Oswaldo Horta Aguirre foi Juiz Federal. Foi diretor do Foro da Seção Judiciária da Justiça Federal no Espírito Santo por nove anos. Faleceu em 1988.

PC OTAVIO INDIO DO BRASIL PEIXOTO

Otávio Indio do Brasil Peixoto, comerciante, foi prefeito de Vitória entre 1924 e 1928.

PC PEDRO CAETANO

Compositor paulista radicado no Espírito Santo. Ficou famoso pelas músicas que fez em homenagem às localidades capixabas: Guarapari, Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Campinho, Colatina, Jacaraípe, Marataízes, Santa Teresa, Linhares e São José do Calçado.

PC PIO XII Papa Pio XII, nascido Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli (1876-1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724.

PC PREFEITO OSWALD GUIMARÃES

Oswald Cruz Guimarães, comerciante, foi prefeito de Vitória de 1958 a 1959.

PC PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS

Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) foi advogado e político, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo o presidente Washington Luís. Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro, de 1930 até 1945. No segundo, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954.

PC PRESIDENTE ROOSEVELT

Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) foi o 32º presidente dos Estados Unidos (1933-1945). Cumpriu quatro mandatos e morreu durante o último.

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PC PROFESSOR COLLARES JÚNIOR

João Dias Collares Júnior (1894-1970) foi jornalista, orador e poeta. Colaborou assiduamente na imprensa de Vitória, sobretudo na revista Vida Capixaba. Ocupou a cadeira nº 28 da Academia Espírito-santense de Letras.

PC SÓLON BORGES

Solon Borges, bacharel, foi prefeito de Vitória de 1963 a 1968.

PC SYLVIA MEYRELLES SANTOS

Herdou de seu pai, Justiniano Azambuja Meyrelles, a fazenda Mata da Praia. Casada com Aristóteles da Silva Santos, ficou viúva cedo, e foi trabalhar como professora de francês na Escola Normal. No início da década de 50 doou suas terras para as filhas e se mudou para São Paulo. A área deu origem aos bairros Jardim da Penha, Morada de Camburi e Mata da Praia.

PC UBALDO RAMALHETE MAIA

Ubaldo Ramalhete Maia (1882-1950), bacharel, foi secretário geral no governo de Jerônimo Monteiro. Foi deputado estadual e federal, e procurador-geral do Estado. Participou da elaboração do Código de Posturas de Vitória, no governo de Florentino Avidos. Fundador da Associação de Imprensa do Estado, foi diretor da Imprensa Oficial e redator-chefe do Diário da Manhã.

PC WALLACE VIEIRA BORGES

Nascido em Itarana em 1929. Arquiteto, esportista e político. Chefiou por muitos anos a Seção de Planos e Projetos do Departamento de Engenharia da Prefeitura de Vitória. Foi responsável pelos projetos de urbanização das cidades de Viana e Linhares. Como político destacou-se por uma oratória brilhante e pela defesa do processo democrático. Em 1962 foi eleito vereador de Vitória. Em 1966 elegeu-se deputado estadual, destacando-se pela sua combativa atitude de combate ao governo militar.

PC WOLGHANO NETTO

Foi vereador de Vitória em duas legislaturas.

PRQ MOSCOSO Henrique de Athayde Lobo Moscoso foi presidente da província do Espírito Santo de 6 de agosto de 1888 a 9 de maio de 1889. Administrador esforçado, iniciou o saneamento de Vitória, devendo-se a ele a maior parte do aterro do antigo Campinho, onde se encontra hoje o parque que recebeu o seu nome. Faleceu em 1889.

PSA MAESTRO MAURÍCIO DE OLIVEIRA

Filho de pescador, começou cedo a tocar sambas, tangos e choros. A grande consagração de sua carreira deu-se em 1955, quando se apresentou durante o 5º Festival Mundial da Juventude, na Polônia. Classificado em segundo lugar na competição, ganhou notoriedade com a execução de uma de suas principais composições, Canção da Paz. Posteriormente, o violonista registrou em disco a obra completa para violão composta por Heitor Villa-Lobos.

PTE AYRTON SENNA DA SILVA

Ayrton Senna da Silva (1960-1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial. Ele morreu em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. Está entre os pilotos de Fórmula 1 mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do esporte.

PTE DESEMBARGADOR CARLOS XAVIER PAES BARRETO

Carlos Xavier Paes Barreto (1881-1969) foi prefeito de Vitória em 1910. Advogado, foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em 1916, e da Faculdade de Direito do Estado. Foi desembargador, professor, escritor, jornalista e historiador. Ocupou a cadeira nº 1 da Academia Espírito-santense de Letras.

PTE EDGAR GOMES FEITOSA

Edgar Gomes Feitosa nasceu em Vitória em 1917. Trabalhou, durante 30 anos no jornal A Gazeta, ali exercendo as mais diversas funções de chefe de oficinas a secretário. Foi vereador em Vitória, em quatro seguidas legislaturas. Publicou, a partir de 1973, uma série de artigos no suplemento dominical do jornal sob o título "Você conhece Vitória Antiga?".

PTE GOVERNADOR CARLOS LINDEMBERG

Carlos Fernando Monteiro Lindemberg governou o Espírito Santo em dois quatriênios: 1945-50 e 1959-63. Preocupou-se principalmente com a agricultura e o transporte. Ampliou as rodovias já existentes, abrindo novas. Ligou Vitória a Vila Velha e Cariacica por novos caminhos asfaltados.

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PTE PREFEITO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA

Ceciliano Abel de Almeida (1878-1965), engenheiro, matemático, geógrafo, historiador e escritor. Foi o primeiro prefeito de Vitória, em 1909. Voltou a assumir o cargo entre 1947 e 1948. Também foi o primeiro reitor da Ufes, em 1954. Faleceu como presidente da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupava a cadeira nº 15.

ROD SERAFIM DERENZI

Engenheiro, Luiz Serafim Derenzi projetou a estrada do Contorno, finalizada em 1943, posteriormente batizada com seu nome. Escreveu Biografia de uma Ilha, clássico da historiografia capixaba, publicado em 1965.

RUA ADILSON NOGUEIRA

Antigo morador de Santa Martha, que em muito contribuiu para o desenvolvimento do bairro. Faleceu em 2005.

RUA AFFONSO CLÁUDIO

Afonso Cláudio de Freitas Rosa (1859-1934) foi político, jurista, historiador e professor de Direito. Participou ativamente do movimento republicano e, após a Proclamação da República, foi escolhido primeiro governador do estado do Espírito Santo. Membro fundador da Academia Espírito-santense de Letras, ocupou a cadeira nº 1. Publicou diversas obras.

RUA AFFONSO SCHWAB

Médico estimado por suas virtudes pessoais e profissionais.

RUA AFONSO LÍRIO

Afonso Correia Lyrio (1877-1949) foi magistrado, professor e jornalista. Fundou o jornal Folha do Povo, que dirigiu por vários anos, e colaborava em vários outros. Ocupou a cadeira nº 2 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA AFONSO SARLO

Empresário.

RUA AGENOR AMARO DOS SANTOS

Foi vereador de Vitória.

RUA ALAOR DE QUEIROZ ARAÚJO

Professor, foi reitor da Universidade Federal do Espírito Santo.

RUA ALBERTO DE OLIVEIRA SANTOS

Vice-cônsul de Portugal, um dos chefes da família Oliveira Santos, que doou o obelisco colocado na Praça Oito de Setembro em 1935, por conta das comemorações do 400º aniversário de colonização do solo espírito-santense. Posteriormente, o obelisco foi movido para a Praia do Canto.

RUA ALBERTO STANGE JÚNIOR

Nasceu em Santa Leopoldina, em 1910. Professor, advogado, escritor e político, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Personagem muito ativo da vida político-social do Espírito Santo ocupou, entre outras, as seguintes funções: Diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo, Diretor do Colégio Americano de Vitória, professor em várias escolas, presidente da Federação Desportiva do Espírito Santo, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Espírito Santo, presidente de honra do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, presidente do Conselho Estadual de Educação e membro da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 6.

RUA ALBUQUERQUE TOVAR

Major Manuel Vieira de Albuquerque Tovar governou a província do Espírito Santo de 1804 a 1812. Em Lisboa, foi nomeado governador de Angola por D. João.

RUA ALDOMÁRIO SOARES PINTO

Pintor paisagista natural de Vitória. É considerado um dos grandes pintores espírito-santenses de seu gênero.

RUA ALEIXO NETTO

Aleixo Netto foi professor, atuou na Câmara Municipal e na Alfândega. Recebeu o epíteto de "tradicional educador da infância operária". Participou no Partido da União Republicana Espírito-Santense, e foi membro da Sociedade Libertadora Domingos Martins, fundada em 1875 para lutar pela abolição da escravatura. Faleceu em 1894, aos 44 anos de idade.

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RUA ALMIRANTE SOÍDO

Almirante Antonio Cláudio Soído (1822-1886) foi engenheiro militar, cartógrafo e poeta. Restaurou a navegabilidade do Rio Paraguai, na então Província de Mato Grosso. Foi professor da Escola Naval. Se destacou na Guerra do Paraguai. Patrono da cadeira nº 37 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA ALMIRANTE TAMANDARÉ

Joaquim Marques Lisboa, o Almirante Tamandaré (1807-1897), foi um militar da Marinha do Brasil. Na carreira, atingiu o posto de almirante, tendo os seus serviços à pátria sido reconhecidos pelo Império com a concessão do título de marquês de Tamandaré. Herói nacional, é o patrono da Marinha de Guerra do Brasil. O dia de seu nascimento, 13 de dezembro, é lembrado como o Dia do Marinheiro.

RUA ÁLVARO DE CASTRO MATTOS

Álvaro de Castro Mattos, tabelião, foi prefeito de Vitória de 1948 a 1951.

RUA ALVIMAR SILVA

Alvimar Silva (1911-1943) foi poeta e escritor. Ocupou a cadeira nº 21 da Academia Espírito-santense de Letras. Administrou, durante algum tempo, o Cemitério Municipal de Vitória, chefiando, em seguida, o Serviço de Propaganda e Turismo da prefeitura de Vitória.

RUA AMÂNCIO PEREIRA

Amâncio Pinto Pereira (1862-1918), professor e historiador, fundou e dirigiu uma escola no Centro de Vitória. Redator e fundador de dois jornais, e colaborador de muitos outros. Escritor, publicou diversas obras, e tornou-se provavelmente o primeiro dramaturgo brasileiro a escrever peças destinadas especificamente ao público infantil. Patrono da cadeira nº 5 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA ANDRÉ CARLONI

André Carloni, arquiteto nascido na Itália em 1883. Veio criança para Vitória, onde trabalhou como aprendiz do pintor e decorador italiano Spiridione Astolfoni, no Teatro Melpômene. Posteriormente, executou projetos de construção e reformas, passou a ensinar Desenho e elaborou desenhos de vistas de ruas e monumentos de Vitória. Em 1925 projetou o Teatro Carlos Gomes, construindo-o em terreno doado pelo Governo do Estado. Entre suas principais obras estão: Santa Casa de Misericórdia, Assembléia Legislativa, Escola Normal Pedro II (reconstrução), Prédio da Alfândega de Vitória, e casas para funcionários públicos em Vitória. Em 1943, foi nomeado representante do Diretor Geral do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no ES, passando a ser responsável pela preservação e restauração dos monumentos históricos, cargo que exerceu até 1965.

RUA ANTÁRIO ALEXANDRE THEODORO FILHO

Antário Alexandre Theodoro Filho (1955-1997) foi político e radialista. Foi desportista e ator amador. Fundou a Rádio Tropical, em Cariacica. Em 1994 foi eleito deputado estadual. Foi assassinado, enquanto fazia, ao vivo, o último programa do ano em sua emissora de rádio.

RUA ANTENOR GUIMARÃES

Em 1908, organizou tílburis para o transporte de passageiros para banhos de mar na Praia do Suá.

RUA ANTERO DE ALMEIDA

Antero Pinto de Almeida (1869-1921) foi jornalista e político. Foi secretário da Instrução Pública, no primeiro governo republicano do Espírito Santo, e integrou o Conselho da Intendência, em 1890, quando dissolvida a Câmara Municipal de Vitória. Foi um dos editores do jornal A Tribuna, e o primeiro diretor da Imprensa Oficial do Espírito Santo. Patrono da cadeira nº 20 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA ANTÔNIO AGUIRRE

Antônio Gomes Aguirre (1859-1928), médico, patrono da cadeira nº 34 da Academia Espírito-santense de Letras, era tido como amigo dos pobres. Trabalhou como médico do Porto de Vitória. Comandava o Clube Republicano de Itapemirim, que lutava pelo fim da monarquia no Brasil. Foi presidente do Espírito Santo em 1891.

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RUA ARARIBÓIA Em 1567, a pedido de Vasco Fernandes Coutinho, Arariboia comandou 200 índios temiminós que o Espírito Santo enviou para socorrer Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, contra os franceses. Ele e seus flecheiros expulsaram os intrusos. Convertido ao catolicismo, foi batizado com o nome de Martin Afonso Arariboia.

RUA ARAÚJO PRIMO

Foi vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo logo após sua fundação, em 1916. Primeiro capixaba a estudar seriamente o Esperanto.

RUA ARISTEU AGUIAR

Aristeu Borges de Aguiar (1892-1951) foi presidente do estado de 1928 a 1930. Era advogado e professor. Foi também procurador-geral do Estado. Ocupou a cadeira nº 7 da Academia Espírito-santense de Letras e foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

RUA ARISTIDES FREIRE

Aristides Brasiliano de Barcellos Freire (1850-1922) foi professor de gramática, jornalista e teatrólogo. Homem de sólida cultura humanística. Membro fundador da Sociedade Libertadora Domingos Martins, fundada em 1875 para lutar pela abolição da escravatura. Patrono da cadeira nº 10 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA ARISTIDES NAVARRO

Em 1905, recebeu do governo do Estado o direito de explorar o serviço de bondes e carros puxados a burro para o transporte de passageiros e de mercadorias, na cidade de Vitória. Trouxe, então, três bondes de tração animal para a cidade, e entregou, em 1907, o trecho que ia da Rua do Comércio ao Forte São João. Também fornecia água, em barris, para os moradores da ilha de Vitória.

RUA ARISTÓBULO BARBOSA LEÃO

Intelectual e grande professor, admirador das belas-letras. Ocupou a cadeira nº 8 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA ARISTÓTELES SILVA SANTOS

Aristóteles da Silva Santos (1888-1935) foi advogado, professor e poeta. Exerceu o cargo de procurador-geral do Estado em 1929. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo logo após sua fundação, em 1916. Utilizando o pseudônimo Luiz Dinart, escreveu em quase todos os jornais e revistas do estado. Dirigiu os jornais Diário da Manhã e O Comércio e colaborou com diversos outros.

RUA ARIVALDO FAVALESSA

Foi vereador de Vitória.

RUA ARQUITETO MARCELLO VIVÁCQUA

Marcello Vivácqua (1928-1994), nascido no Rio de Janeiro, se mudou para Vitória em 1952, a convite do governador Jones dos Santos Neves, que pretendia trazer gente nova e já com experiência para a cidade. Projetou as primeiras construções do campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Foi também um dos fundadores do curso de belas artes da Ufes, onde lecionou até 1985.Foi responsável por vários outros projetos e obras, num total de 200 trabalhos construídos.

RUA ASTROGILDO MENDES FILHO

Conhecido como Tal Mendes, era colunista social e pessoa querida no Suá, onde costumava organizar animadas festas. Faleceu em 1956.

RUA ATALIDES MOREIRA DE SOUZA

Atalydes Moreira de Souza (1911-1983) foi comerciante e industrial. Presidente da primeira empresa a se instalar no Centro Industrial de Vitória (Civit) e um dos moradores pioneiros da Ilha do Boi.

RUA AUDIFAX DE AMORIM

Audifax de Amorim (1933-1964) foi poeta. Publicou diversos poemas em jornais e revistas do Espírito Santo.

RUA AUGUSTO RUSCHI

Augusto Ruschi (1915-1986) foi engenheiro agrônomo, bacharel em Direito, naturalista, museologista e professor. Cientista de renome internacional. Se tornou conhecido principalmente por suas pesquisas sobre os beija-flores. Fundador do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, em Santa Teresa. Ocupou a cadeira nº 25 da Academia Espírito-santense de Letras.

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RUA AYRTON SENNA

Ayrton Senna da Silva (1960-1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial. Ele morreu em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. Está entre os pilotos de Fórmula 1 mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do esporte.

RUA BARÃO DE AYMORÉS

Antônio Rodrigues da Cunha, Barão de Aimorés, grande fazendeiro em São Mateus. Casado com uma filha do Barão de Itapemirim.

RUA BARÃO DE ITAPEMIRIM

Joaquim Marcelino da Silva Lima (1779-1860), primeiro barão de Itapemirim, mudou-se de São Paulo para o Espírito Santo, em 1802, residindo inicialmente em Benevente. Depois de casado mudou-se para Itapemirim. Foi deputado provincial em 4 mandatos e presidente da Assembleia provincial em 1853, além de presidente da província entre 1852 e 1853, e novamente em 1857.

RUA BARÃO DE MAUÁ

Irineu Evangelista de Sousa (1813-1889), barão e visconde com grandeza de Mauá, foi comerciante, armador, industrial e banqueiro gaúcho. Foi pioneiro em várias áreas da economia do Brasil. Dentre as suas maiores realizações estão a construção da primeira ferrovia brasileira, no atual estado do Rio de Janeiro, a instalação da iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro, a criação do primeiro Banco do Brasil, e a instalação do cabo submarino telegráfico entre a América do Sul e a Europa.

RUA BARÃO DE MONJARDIM

Alpheo Adelpho Monjardim de Andrade e Almeida (1836-1924) recebeu o título de Barão em 1889. Foi o primeiro presidente do Espírito Santo no regime republicano. Precursor do movimento abolicionista, libertou seus escravos anos antes da Lei Áurea.

RUA BARÃO DO RIO BRANCO

O chanceler José Maria da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco (1845-1912) foi um advogado, diplomata, geógrafo e historiador nascido no Rio de Janeiro. É o patrono da diplomacia brasileira e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.

RUA BASÍLIO DAEMON

Basílio Carvalho Daemon (1834-1893) nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista e historiador teve vida política no Espírito Santo, onde publicou: Arcanos, romance história, 1877; Província do Espírito Santo – sua descoberta, história cronológica, sinopse e estatística, 1879, e Reminiscências, escritos da mocidade, 1888, todos impressos na tipografia de seu jornal O Espírito-santense.

RUA BELMIRO RODRIGUES DA SILVA

Pescador português, veio de Póvoa do Varzim e foi um dos fundadores da colônia de pescadores que se tornaria o bairro da Praia do Suá, local até então desabitado.

RUA BERESFORD MARTINS MOREIRA

Beresford Martins Moreira (1912-1984) foi magistrado e professor. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, à Sociedade Brasileira de Geografia e Estatística, ao Instituto de Direito Social Brasileiro, à Associação Espírito-santense de Imprensa e à Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 23.

RUA BERNARDINO MONTEIRO

Irmão de Jerônimo Monteiro, também foi presidente do Espírito Santo, entre 1916 e 1920. Em seu governo foi aberta a primeira agência do Banco do Brasil no estado. Anteviu os perigos da monocultura do café para a economia do Espírito Santo e procurou incentivar e proteger novas fontes de riqueza.

RUA BERNARDO HORTA

Bernardo Horta de Araújo (1862-1913), farmacêutico e jornalista, comandava o Clube Republicano de Itapemirim, que lutava pelo fim da monarquia no Brasil. Foi eleito deputado estadual e federal, e prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. Como jornalista dirigiu por muitos anos o "Cachoeirano". Patrono da cadeira nº 6 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA BOÉCIO PACHE DE FARIA

Foi vereador de Vitória.

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RUA BRAZ RUBIM Brás da Costa Rubim (1812-1871), filho de Francisco Rubim, capixaba ilustre e apaixonado pela sua terra, autor de "Memórias Históricas e Documentadas da Província do Espírito Santo"

RUA CÂNDIDO COSTA

Membro fundador da Sociedade Libertadora Domingos Martins, fundada em 1875 para lutar pela abolição da escravatura.

RUA CARLOS GOMES

Antônio Carlos Gomes (1836-1896) foi o mais importante compositor de ópera brasileiro. Destacou-se pelo estilo romântico, com o qual obteve carreira de destaque na Europa. Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro alla Scala. É o autor da ópera O Guarani. Nasceu em Campinas.

RUA CARLOS LINDENBERG

Carlos Fernando Monteiro Lindemberg governou o Espírito Santo em dois quatriênios: 1945-50 e 1959-63. Preocupou-se principalmente com a agricultura e o transporte. Ampliou as rodovias já existentes, abrindo novas. Ligou Vitória a Vila Velha e Cariacica por novos caminhos asfaltados.

RUA CARLOS NICOLETTI MADEIRA

Carlos Nicoletti Madeira (1909-1969) foi advogado, romancista e poeta. Fundou no Estado, desde estudante, vários jornais, revistas e publicações de caráter literário, destacando-se a revista Canaã, que chegou a ser a melhor do Estado em seu tempo. Ocupou a cadeira nº 22 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA CARMÉLIA MARIA DE SOUZA

Carmélia Maria de Souza (1936-1974), jornalista, dedicou-se à crônica do cotidiano vitoriense. Sua obra póstuma, Vento Sul (1976), foi editada pelo jornalista Amylton de Almeida.

RUA CELSO CALMON

Desembargador Celso Calmon Nogueira da Gama (1883-1944), nascido em Linhares, foi jurista e professor de Direito em Goiás. Retornando ao Espírito Santo, voltou a advogar e exerceu cargos públicos. Foi chefe de polícia, secretário de Estado e procurador-geral. Foi também substituto do interventor federal no Espírito Santo. Em 1935, foi diretor da Faculdade de Direito do Espírito Santo, e presidente do Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo de 1941 a 1943.

RUA CERQUEIRA LIMA

José Cerqueira Lima militou na política, no começo do século XX, foi médico caritativo e atingiu a vice-presidência do estado com Muniz Freire e Jerônimo Monteiro.

RUA CHAPOT PRESVOT

Dr. Eduardo Chapot Prévost, médico, realizou em 1900, em Vitória, a operação de duas meninas xifópagas, Rosalina e Maria. Maria não resistiu. Rosalina foi adotada pelo próprio médico, vivendo até idade avançada.

RUA CHICO MENDES

Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, (1944-1988) foi seringueiro, sindicalista e ativista ambiental. Ele lutou pelos seringueiros da Bacia Amazônica, cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e suas seringueiras nativas. Esse ativismo ecológico lhe valeu fama internacional.

RUA CHOPIN Frédéric François Chopin (1810-1849) foi um pianista polaco radicado na França e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.

RUA CIRO VIEIRA DA CUNHA

Ciro Vieira da Cunha (1897-1976) foi médico, professor, jornalista e poeta. Foi redator-chefe do Diário da Manhã, colaborador de A Gazeta, A Tribuna, Folha do Povo e das revistas Vida Capixaba e Canaã, além de outros órgãos da imprensa capixaba. Publicou diversas obras. Ocupou a cadeira nº 25 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA COLATINO BARROSO

José Colatino do Couto Barroso (1873-1931) foi jornalista, sociólogo e escritor. Patrono da cadeira nº 15 da Academia Espírito-santense de Letras.

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RUA COMANDANTE DUARTE CARNEIRO

Inácio Pereira Duarte Carneiro iniciou, em 1814, a construção de uma estrada ligando a capitania do Espírito Santo a Ouro Preto e Mariana. Quando foi proclamada a independência do Brasil, no cargo de comandante das Armas, em Vitória, enfrentou os inimigos da Junta do Governo Provisório (1822), vencendo-os.

RUA CONSTANTE SODRÉ

Constante Gomes Sodré foi o terceiro presidente do Espírito Santo, indicado pelo presidente Deodoro da Fonseca, e governou de 9 de setembro a 20 de novembro de 1890.. Foi eleito vice-presidente do estado em 1896, assumindo o governo devido à renúncia de Graciano dos Santos Neves, de 23 de setembro de 1897 a 6 de janeiro de 1898.

RUA CONSTRUTOR CAMILO GIANORDOLI

Camilo Gianordoli (1897-1970) foi um construtor muito conceituado. Entre as obras executadas por ele são citadas: O Estádio "Governador Bley", em Jucutuquara, inaugurado em 1936; a Sede Social do Clube Náutico "Álvares Cabral", na Praça Costa Pereira (1955-1958); além de várias residências e edifícios no Centro de Vitória.

RUA CORONEL ALZIRO VIANNA

Alziro Vianna, político e economista, exerceu cargos de relevo na administração do Estado. Foi secretário da fazenda no governo Florentino Avidos. Faleceu em 1927.

RUA CORONEL MONJARDIM

O Coronel José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim (1797-1884) presidiu a província do Espírito Santo por 13 vezes. Representou a província nas festas de aclamação e coroação de Dom Pedro I. Pai do Barão de Monjardim.

RUA COSME ROLIN

Cosme Rolim de Moura herdou a Capitania do Espírito Santo, após a morte do capitão-mor João Velasco Molina. No entanto, Cosme Rolim não veio para o Espírito Santo, vendendo a capitania à Coroa Portuguesa, em 1718.

RUA COUTINHO MASCARENHAS

O Coronel Manuel Ribeiro Coutinho Mascarenhas, deputado provincial por muitas legislaturas, exerceu, várias vezes, o cargo de vice-presidente da província, tendo exonerado, na gestão de 1873, todos os funcionários que exerciam cargos cumulativamente.

RUA DANGLARS FERREIRA DA COSTA

Foi vereador de Vitória em quatro legislaturas.

RUA DARCY GRIJÓ Remador.

RUA DEMÓCRITO SILVA

Foi o primeiro tesoureiro da Fundação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

RUA DEOCLECIANO DE OLIVEIRA

Deocleciano Nunes de Oliveira (1870-1919) foi professor e diretor da Escola Normal. Em 1908 foi incumbido por Jerônimo Monteiro de reorganizar a documentação que integraria o acervo do Arquivo Público do Espírito Santo. Patrono da cadeira nº 11 da Academia Espírito-santense de Letras. Foi também deputado estadual.

RUA DEPUTADO CASTELLO MENDONÇA

Darcy Castello de Mendonça (1936-1982) foi radialista e deputado estadual. Teve um programa de rádio líder de audiência no Estado. De infância pobre, vendia laranja nas ruas de Vitória para comprar material escolar e ajudar sua família. Quando aprendeu a ler, alfabetizou a sua mãe. Foi eleito vereador e Deputado Estadual, sendo sempre um dos mais votados. Negro, de origem humilde, foi para essas pessoas um verdadeiro pai, conselheiro, incentivador. Quando faleceu, mais de 3 mil pessoas acompanharam seu sepultamento.

RUA DEPUTADO CLÉRIO VIEIRA FALCÃO

Foi deputado e vereador de Vitória.

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RUA DEPUTADO NELSON MONTEIRO

Nelson Goulart Monteiro exerceu vários cargos políticos. Como deputado, foi líder da Assembleia Legislativa

RUA DESEMBARGADOR CARLOS XAVIER PAES BARRETO

Carlos Xavier Paes Barreto (1881-1969) foi prefeito de Vitória em 1910. Advogado, foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em 1916, e da Faculdade de Direito do Estado. Foi desembargador, professor, escritor, jornalista e historiador. Ocupou a cadeira nº 1 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA DESEMBARGADOR DANTON BASTOS

Danton Bastos (1889-1974), bacharel em Direito, foi procurador-geral do Estado e prefeito de Vitória. Foi promovido à desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo em 1933. Também atuou no Tribunal Regional Eleitoral. Fundou a revista Espírito Santo Judiciário.

RUA DESEMBARGADOR ERNESTO DA SILVA GUIMARÃES

Ernesto da Silva Guimarães (1897-1960) foi desembargador, professor de Direito, escritor e poeta. Ocupou a cadeira nº 26 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA DESEMBARGADOR EURÍPDES QUEIROZ DO VALLE

Eurípedes Queiroz do Valle (1897-1979) foi desembargador do Tribunal de Justiça, além de exercer cargos presidência no Tribunal Eleitoral do Estado do Espirito Santo. Foi diretor da Faculdade de Direito e professor de Português, Direito e Policiologia. Foi também cronista, historiador, dicionarista, biógrafo, jurista e jornalista. Publicou diversos livros. Ocupou a cadeira nº 27 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA DESEMBARGADOR FARIA SANTOS

Oscar Faria Santos (1879-1937) foi Promotor de Justiça e Juiz de Direito. Em 1926 foi promovido a Desembargador. Em 1932-1933 exerceu a presidência do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, ocasião em que ampliou a biblioteca da instituição.

RUA DESEMBARGADOR FERREIRA COELHO

Antônio Ferreira Coelho (1860-1933), enquanto presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, em 1907, iniciou a biblioteca da instituição. Era também historiador. Patrono da cadeira nº 40 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA DESEMBARGADOR GILSON MENDONÇA

Gilson Vieira de Mendonça (1887-1957), juiz e advogado, exerceu o cargo de procurador-geral do Estado de 1931 a 1934. Em 1934, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça, como representante da classe do Ministério Público. Também atuou no Tribunal Regional Eleitoral, onde foi presidente de 1952 a 1955.

RUA DESEMBARGADOR HOMERO MAFRA

Homero Mafra (1923-1984) foi magistrado, jornalista e professor. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 7.

RUA DESEMBARGADOR JOÃO MANOEL DE CARVALHO

João Manoel de Carvalho (1886-1965) iniciou sua vida pública como secretário do governo na administração de Jerônimo Monteiro. Exerceu os cargos de delegado de polícia, além de outros no magistério do Estado. Em 1930, fez parte da Junta Governativa do Espírito Santo. Em 1931, foi promovido a desembargador.

RUA DESEMBARGADOR JOSÉ BATALHA

José Espíndula Batalha Ribeiro (1869-1942) foi procurador-geral do Estado e juiz, promovido a desembargador em 1921. Também dedicou-se ao jornalismo e à educação. Foi um dos fundadores da Faculdade de Direito do Espírito Santo, em 1930. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo logo após sua fundação, em 1916.

RUA DESEMBARGADOR JOSÉ CUPERTINO DE CASTRO FILHO

José Cupertino de Castro Filho (1895-1965) foi desembargador do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo.

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RUA DESEMBARGADOR JOSÉ VICENTE

José Vicente de Sá foi desembargador, filólogo e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo.

RUA DESEMBARGADOR JOSIAS SOARES

Josias Batista Martins Soares (1874-1945) foi promotor, juiz de Direito e procurador-geral do Estado. Foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça em 1925. Colaborou em vários jornais do estado, e foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

RUA DESEMBARGADOR MEROVEU PEREIRA CARDOSO JÚNIOR

Foi desembargador e escritor.

RUA DESEMBARGADOR NILTON THEVENARD

Nascido em 1909, Nilton Thevenard foi advogado, jurista e professor. Foi nomeado desembargador em 1957.

RUA DESEMBARGADOR O´REILLY

Henrique O'Reilly de Souza (1871-1927) foi professor de Geografia, promotor público, e chefe de polícia do Espírito Santo. Foi duas vezes eleito deputado estadual. Juiz de Direito das Comarcas de Linhares, Santa Leopoldina e Vitória, foi promovido a Desembargador no ano de 1925. Participou também da fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em 1916.

RUA DESEMBARGADOR OTÁVIO DE CARVALHO LENGRUBER

Otávio de Carvalho Lengruber (1892-1952), nascido no Rio de Janeiro, ingressou na vida pública no Espírito Santo como Promotor de Justiça. Também foi Delegado Geral de Polícia e Juiz de Direito. Em 1934 foi promovido a Desembargador do Tribunal de Justiça, onde ocupou a Corregedoria Geral e a Presidência. Em 1945 foi nomeado Interventor Federal no Espírito Santo. Foi também membro do Tribunal Regional Eleitoral, sendo o seu primeiro Presidente no estado.

RUA DESEMBARGADOR SAMPAIO

Manoel Pinto Ribeiro Pereira de Sampaio, conhecido como Desembargador Sampaio, nasceu no Espírito Santo em data ignorada, e faleceu em 1857. Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra, Portugal. Teve, no Espírito Santo, voz ativa na consolidação da independência do Brasil. Deputado à Assembleia Nacional Constituinte. Senador eleito em 1824, mas preterido pelo imperador D. Pedro I. Nomeado ministro do Supremo Tribunal de Justiça, cargo em que veio a falecer.

RUA DESEMBARGADOR VICENTE CAETANO

Vicente Caetano (1889-1977) foi prefeito de São Mateus e de Alegre e deputado estadual.Foi procurador-geral do Estado, tendo participação importante na elaboração do anteprojeto da Constituição do Estado do Espírito Santo de 1947. Passou a ocupar o posto de desembargador do Tribunal de Justiça em 1952. Em 1955, foi escolhido juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral. No jornalismo, destacou-se como diretor do Alegrense.

RUA DIMAR GOMES

Dimar Cypreste Gomes foi vereador de Vitória.

RUA DIONÍSIO ROSENDO

Dionísio Álvaro Resendo foi político no Espírito Santo, no apogeu de 1829 até 1870. Foi deputado provincial e vice-presidente da província por muitos anos. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia.

RUA DOM BENEDITO

Dom Benedito Paulo Alves de Souza foi o terceiro bispo da Diocese do Espírito Santo, de 1918 a 1933. Demoliu a antiga Igreja Matriz de Vitória para dar lugar à Catedral Metropolitana. Entretanto, esta só ficou pronta depois de sua saída da Diocese. Foi o primeiro presidente da Academia Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 10.

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RUA DOM ELVÉCIO

Dom Helvécio Gomes de Oliveira (1876-1961) foi o segundo espírito-santense sagrado bispo.Como padre salesiano, exerceu missões de evangelização dos índios, em Mato Grosso. Em 1903 passou a residir em São Paulo, atuando como professor e jornalista de publicações católicas.Em 1918 foi elevado ao cargo de bispo. Foi transferido para Mariana, Minas Gerais, em 1922, ano em que se tornou arcebispo daquela arquidiocese. Desenvolveu intensos trabalhos no seminário, vocações religiosas, asilos e com ênfase no Museu de Arte Sacra e reestruturação do centenário arquivo.

RUA DOM EMANUEL

Dom Emanuel Gomes de Oliveira (1874-1955) foi o terceiro espírito-santense sagrado bispo. Natural de Anchieta. Realizou notável obra de orientação educacional em Goiás.

RUA DOM FERNANDO

Dom Fernando de Souza Monteiro (1866-1916), irmão de Jerônimo Monteiro, foi o segundo bispo da Diocese do Espírito Santo, de 1902 até o ano em que faleceu. Patrono da cadeira nº 8 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA DOM JOÃO BATISTA DA MOTA E ALBUQUERQUE

Dom João Batista da Motta e Albuquerque foi elevado a arcebispo metropolitano de Vitória em 1958. Faleceu em 1984, após 27 anos à frente da arquidiocese.

RUA DOM JOÃO NERY

Dom João Batista Corrêa Nery, chegado a Vitória em 1897, foi o primeiro bispo da Diocese do Espírito Santo, de 1897 até 1901, quando foi transferido para Pouso Alegre, Minas Gerais.

RUA DOM PEDRO I Dom Pedro de Alcântara (1798 -1834) foi o fundador e primeiro soberano do Império do Brasil. Como D. Pedro IV, reinou em Portugal.

RUA DOM PEDRO II

Dom Pedro II (1825-1891) foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo reinado o país durante um período de 58 anos.

RUA DOUTOR ALUÍSIO DE MENEZES

Aloysio Aderito de Menezes (1888-1965) foi procurador-geral do Estado, advogado e magistrado. Em 1929, em Alegre, proferiu decisão que autorizava a senhora Emiliana Vianna Emery a ser inscrita como eleitora do município, tornando-a a primeira mulher no estado, e a terceira no país, a ter o direito do voto.

RUA DOUTOR AZAMBUJA

Justiniano Martins de Azambuja Meyrelles, cônego, foi político de algum relevo. Dono da antiga fazenda Mata da Praia, que deu origem aos bairros de Jardim da Penha, Morada de Camburi e Mata da Praia. Morreu em 1922.

RUA DOUTOR DARCY MONTEIRO

Médico, foi chefe de clínica na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

RUA DOUTOR DÓRIO SILVA

Médico, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia.

RUA DOUTOR ERILDO MARTINS

Foi secretário de Estado, juiz do Tribunal Eleitoral da Classe dos Advogados e professor de Direito.

RUA DOUTOR EURICO DE AGUIAR

O bacharel e professor de Direito Eurico de Aguiar Salles foi o primeiro capixaba a conquistar um Ministério. Ocupou a pasta da Justiça em 1959. Também foi secretário de Estado e deputado federal. Faleceu no auge da sua carreira política.

RUA DOUTOR JOÃO DOS SANTOS NEVES

Médico, prestou serviços à população pobre da cidade de Vitória.

RUA DOUTOR JOSÉ BENJAMIM COSTA

Advogado, jurista, jornalista e escritor. Publicou o livro Juristas Espírito-santenses.

RUA DOUTOR JOSÉ FRANCISCO MONJARDIM

José Francisco Monjardim foi senador, deputado estadual e federal. Dirigiu a Escola de Aprendizes Artífices, inaugurada em 1910, até 1932. Era filho do Barão de Monjardim.

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RUA DOUTOR JUSTINIANO MARTINS DE AZAMBUJA MEYRELLES

Justiniano Martins de Azambuja Meyrelles, cônego, foi político de algum relevo. Dono da antiga fazenda Mata da Praia, que deu origem aos bairros de Jardim da Penha, Morada de Camburi e Mata da Praia. Morreu em 1922.

RUA DOUTORA ODETTE BRAGA FURTADO

Natural de Vitória, foi a primeira moça capixaba a se formar em Direito. Foi também a primeira mulher a integrar, por concurso público, o corpo de funcionários do Banco do Brasil e ainda a primeira a exercer as funções de Chefe do Gabinete Civil de um presidente de Estado, no governo de Nestor Gomes.

RUA DOUTORA ZILDA ARNS

Zilda Arns (1934-2010) foi médica pediatra e sanitarista, coordenadora da Pastoral da Criança e três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo Brasil. Faleceu em um terremoto no Haiti, onde estava em missão humanitária.

RUA DUKLA DE AGUIAR

Doutor J. Dukla de Aguiar foi secretário de Saúde do Espírito Santo, no governo de Aristeu de Aguiar.

RUA DUQUE DE CAXIAS

Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias (1803-1880), alcunhado O Pacificador, foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Império do Brasil.

RUA ERNESTINA PESSOA

A professora Ernestina Pessoa (Dona Nenen) teve um colégio na Rua Caramuru, no centro de Vitória, o Liceu Philomático, inaugurado em 28 de dezembro de 1910. Foi a formadora dos primeiros escoteiros no Espírito Santo, em 1920. Foi professora do ex-governador Jones dos Santos Neves.

RUA EUGÊNIO NETTO

Eugênio Pinto Neto foi conselheiro municipal em Vitória, no fim do século XIX. Industrial e ex-proprietário da Capuava.

RUA FERREIRA DAS NEVES

Manoel Ferreira das Neves, latinista espírito-santense, dono do Colégio das Neves, no Rio de Janeiro. Possuía um jornal de oposição em Vitória, chamado "A Regeneração".

RUA FORTUNATO RAMOS

João Fortunato Ramos dos Santos, médico capixaba, formado em Lisboa.

RUA FRANCISCO ARAÚJO

Francisco Xavier Araújo (1848-1866), conhecido em Vitória como Chico Princesa, foi um soldado que se distinguiu na Guerra do Paraguai.

RUA FRANCISCO EUGÊNIO DE ASSIS

Advogado e historiador, foi o primeiro presidente do Instituto Genealógico Espírito-santense, fundado em 1947.

RUA FRANCISCO RUBIM

Francisco Alberto Rubim da Fonseca e Sá Pereira, capitão de mar e guerra, dirigiu a capitania do Espírito Santo de 1812 a 1819. Também nomeia a Vila Rubim, bairro de Vitória. Faleceu em 1842.

RUA FRANCISCO RUFINO

Francisco Silva Rufino foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo logo após sua fundação, em 1916.

RUA FREI ANTÔNIO DOS MÁRTIRES

O frade franciscano Antônio dos Mártires chegou a Vitória em 1589, para a construção de um convento. Em 1591, foram lançados os alicerces do Convento de São Francisco. No entanto, ele faleceu no início das obras.

RUA GAMA ROSA Luiz da Gama Rosa, Capitão de Fragata, foi o primeiro capitão dos portos do Espírito Santo. Deputado provincial por muitas legislaturas, foi várias vezes vice-presidente da província. Provedor da Santa Casa.

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RUA GENERAL GUARANÁ

General Aristides Armínio Guaraná (1843-1927), sergipano, lutou na Guerra do Paraguai, onde perdeu o braço direito, mas também recebeu inúmeras condecorações. Ao fim da guerra já era coronel, mas foi logo promovido a general. Posteriormente, se bacharelou em Matemática e Ciências Físicas e Naturais e concluiu seu curso de Engenharia Civil. Também atuou no jornalismo e na política, sendo eleito deputado provincial duas vezes (1880-81 e 1882-83). Falava fluentemente francês, espanhol, italiano e guarani. Veio para o Espírito Santo por ter sido nomeado, em 1877, diretor da Colônia de Santa Leopoldina.

RUA GENERAL OSÓRIO

Manuel Luís Osório (1808-1879) foi militar, político e monarquista. De praça do Exército Imperial aos quinze anos de idade, galgou todos os postos da hierarquia militar de sua época. Participou dos principais eventos militares do final do século XIX, sendo herói da Guerra do Paraguai.

RUA GONÇALVES LEDO

Joaquim Gonçalves Ledo (1781-1847) foi político e jornalista. Editor do Revérbero Constitucional Fluminense, foi um dos promotores do "Dia do Fico" (9 de janeiro de 1822). Foi deputado provincial do Rio de Janeiro até 1835, quando abandonou a política e a maçonaria para recolher-se em Sumidouro, onde faleceu.

RUA GOVERNADOR JOSÉ SETTE

José Rodrigues Sette (1885-1957) foi interventor, governador, secretário de Estado, deputado estadual e procurador-geral. Foi membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Instituto dos Advogados do Estado. Foi também professor e diretor da Faculdade de Direito do Espírito Santo, professor secundário do Colégio Estadual, secretário de Educação e Cultura e membro do Conselho Consultivo no governo de Punaro Bley.

RUA GRACIANO NEVES

Graciano dos Santos Neves (1868-1922), médico nascido em São Mateus, foi presidente do Espírito Santo de 1896 a 1897, quando renunciou ao cargo, desapontado com os rumos da política. Foi mais tarde diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

RUA HENRIQUE COUTINHO

Henrique da Silva Coutinho foi o planejador da expansão e melhoria da cidade de Vitória no governo de Bernardino Monteiro. Foi presidente do estado de 1904 a 1908.

RUA HENRIQUE NOVAES

Henrique Novaes (1868-1950) foi engenheiro Civil, sanitarista, urbanista, administrador e político. Como sanitarista destacou-se pelo planejamento e execução do serviço de abastecimento de água da cidade de São Paulo e pela reforma do mesmo serviço na cidade do Rio de Janeiro. Foi por duas vezes prefeito de Vitória, onde mostrou sua capacidade de urbanista com a abertura e remodelação de ruas e trabalhos na área de saneamento urbano. Em 1945 foi eleito Senador da República.

RUA HENRY FORD Henry Ford (1863-1947) foi um empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company, autor dos livros "Minha filosofia de indústria" e "Minha vida e minha obra", e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo.

RUA ITHOBAL RODRIGUES DE CAMPOS

Foi Vereador de Vitória. Presidiu a Câmara Municipal de 1947 a 1949.

RUA JAIR ANDRADE

Médico de grande prestígio popular. Também foi prefeito de Vitória.

RUA JOÃO AGUIRRE

João Luiz Horta Aguirre foi vereador de Vitória em duas legislaturas.

RUA JOÃO ANÉSIO FRIZERA

Foi um dos primeiros comerciantes da região, e toda a construção da referida rua originou-se dos esforços de seu filho, Paulo Frizera. Faleceu em 2006.

RUA JOÃO BASTOS VIEIRA

João Bastos Bernardo Vieira (1898-1962) foi professor normalista, bacharel em Ciências Jurídias e Sociais e poeta. Foi alto funcionário da Secretaria de Educação do Espírito Santo, e também deputado estadual.

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RUA JOÃO CAPUCHINHO

Morador da Praia do Suá, ex-pracinha que ficou nos campos de batalha durante a 2ª Guerra Mundial.

RUA JOÃO DENTUSKI

Morreu enquanto dormia sobre uma pedra, à beira do caminho, para depois continuar seu trabalho de ocupante, na época da ocupação da região de São Pedro.

RUA JOÃO NUNES COELHO

João Nunes Coelho (1874-1950), filho da doceira Maria Saraiva, alcançou projeção como negociante de atacado. Diplomou-se pela Faculdade de Direito do Espírito Santo, primeira turma, em 1935. Foi comandante da Guarda Nacional, presidente da Junta Comercial, vereador e advogado do Estado.

RUA JOÃO RICARDO HERMANN SCHORLING

João Ricardo Hermann Schorling (1889-1955), engenheiro e artista alemão, construiu o relógio da Praça Oito, instalado em 1942. Responsável também por vários outros relógios públicos do estado, além de outras obras. Veio para o Brasil em 1908, e morou na cidade de Domingos Martins de 1919 até o fim da vida.

RUA JOAQUIM LÍRIO

O coronel Joaquim Corrêa de Lyrio foi conselheiro municipal em Vitória, no fim do século XIX. Tronco de numerosa e ilustre família de juízes, jornalistas e homens públicos.

RUA JONAS MONTENEGRO

Jonas Meira Bezerra Montenegro (1891-1932) foi advogado, professor, escritor e poeta. Publicava sob o pseudônimo de Macário Pinto. Deixou um livro de sonetos: Folhas secas. Patrono da cadeira nº 30 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA JOSÉ ALEXANDRE BUAIZ

Formado em direito, trabalhou durante muitos anos no comércio de seu pai, Alexandre Buaiz. Posteriormente, dedicou-se prioritariamente à política, sendo eleito deputado estadual mais de uma vez, na década de 50. Faleceu em 1989.

RUA JOSÉ CELSO CLÁUDIO

José Celso Cláudio (1905-1975) foi advogado, professor, funcionário público e administrador. Exerceu por duas vezes, nos governos de Carlos Lindemberg, o cargo de Secretário de Educação, onde se destacou pela implantação de várias unidades escolares no interior do estado e por uma estrita preocupação financeira. Também exerceu o cargo de Diretor do Departamento de Serviço Público.

RUA JOSÉ CUNHA Professor, grande conhecedor de História Geral e do Brasil. Também exímio latinista.

RUA JOSÉ DE ALENCAR

José Martiniano de Alencar (1829-1877) foi jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo. Formou-se em direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Grande expoente da literatura brasileira do século XIX, patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.

RUA JOSÉ HORÁCIO COSTA

José Horácio Costa (1859-1922) foi advogado, jornalista e político. Foi vice-presidente do Estado, e o primeiro Chefe de Polícia do Regime Republicano. Patrono da cadeira nº 33 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA JOSÉ MARCELINO

José Marcelino Pereira de Vasconcelos (1821-1874) foi escritor, historiador, jornalista, político e advogado. Publicou diversas obras. Foi deputado provincial e geral. Membro de várias entidades culturais do país. Patrono da cadeira nº 13 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA JOSÉ MARTINS

José Ribeiro Martins, engenheiro, foi prefeito de Vitória de 1951 a 1953.

RUA JOSÉ MONJARDIM

José Francisco Monjardim dirigiu a Escola de Aprendizes Artífices, inaugurada em 1910, até 1932. Era filho do Barão de Monjardim.

RUA JÚLIA LACOURT PENNA

Natural de Vitória, foi professora.

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RUA LEÔNCIO NUNES

Leôncio Nunes e sua esposa, Dona Víncia, eram os donos da antiga fazenda Santo Antônio, que deu origem ao bairro de mesmo nome.

RUA LISANDRO NICOLETTI

Implantador da indústria têxtil no Espírito Santo, grande benfeitor da região de Jucutuquara.

RUA LOREN RENO Loren Marion Reno (1872-1935), nascido no Estados Unidos, foi Missionário da Missão Batista do Sul, e fundou, em sua residência, em 1907, o colégio Americano Batista, tradicional estabelecimento de ensino. Disseminou, no interior, muitas escolas primárias. Era bacharel em pedagogia, bacharel em ciências, bacharel em teologia e mestre em ciências.

RUA LUCILO BORGES SANTANA

Doutor Lucilo Borges Santana, médico obstetra, negro, morador da Praia do Suá. Formou-se em Medicina no Rio de Janeiro. De volta a Vitória, construiu o hospital de São Sebastião, na Praia do Suá. Faleceu em 1995.

RUA LUIZ ANTONIO

Luiz Antônio da Silva, católico fervoroso, tinha o apelido de Louvado Deus. Era muito rico, e escondia suas moedas enterrando-as dentro de casa e no quintal. Foi o principal doador e fundador da Santa Casa de Misericórdia. Faleceu em 1828.

RUA LUIZ SERAFIM DERENZI

Engenheiro, Luiz Serafim Derenzi (1898-1977) projetou a estrada do Contorno, finalizada em 1943, posteriormente batizada com seu nome. Escreveu Biografia de uma Ilha, clássico da historiografia capixaba, publicado em 1965. Ocupou a cadeira nº 11 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA MADEIRA DE FREITAS

José Madeira de Freitas (1893-1944) foi desenhista, caricaturista, médico, escritor e pintor. Usava o pseudônimo de Mendes Fradique, com o qual se consagrou no meio artístico e na imprensa. Na década de 20 foi colaborador de O Jornal (RJ), O Estado do Paraná (Curitiba) e da Folha da Noite (SP). Ocupou a cadeira nº 15 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA MARCELLINO DUARTE

Marcelino Pinto Ribeiro Duarte (1788-1860) foi um poeta espírito-santense da primeira metade do século XIX. Patrono da cadeira nº 1 da Academia Espírito-santense de Letras. Também era padre.

RUA MARCONDES DE SOUZA

O Coronel Marcondes de Souza foi presidente do Espírito Santo de 1912 até 1916. Era tio de seu antecessor, Jerônimo Monteiro.

RUA MARCOS ADRIANO VIEIRA

Morreu criança arrancada do colo da mãe, na época da ocupação da região de São Pedro.

RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA

Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892) foi militar e político, proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.

RUA MARECHAL FLORIANO

Floriano Vieira Peixoto (1839-1895) foi militar e político. Primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, presidiu o Brasil de 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894.

RUA MARIA ESTELA DE NOVAES

Maria Stella de Novaes (1894-1981) foi professora na Escola Normal "Pedro II" e Ginásio do Espírito Santo até 1936, quando se aposentou. Dedicou-se, desde então, a continuar seus trabalhos de botânica, estudando milhares de orquídeas do Espírito Santo; realizou diversos trabalhos da História do Espírito Santo, folclore e biografias de espírito-santenses ilustres. É autora de mais de cinquenta publicações. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e outras instituições culturais do país e do estrangeiro.

RUA MARIA SALIBA BUAIZ

Libanesa, mãe de Américo Buaiz.

RUA MARIA SARAIVA

Maria Saraiva foi uma conhecida doceira de Vitória. Sentada num assento de palha, vendia guloseimas arrumadas em tabuleiro, desde o Império, em pontos centrais de Vitória. Residia na rua General Osório. Faleceu em 1912.

RUA MÁRIO CYPRESTE

Foi vereador de Vitória em duas legislaturas.

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RUA MÁXIMO VIEIRA VAREJÃO

Máximo Vieira Varejão (1916-2010) foi funcionário público municipal de Vitória e vereador por vários mandatos. Dirigiu a Rádio Capixaba por vários anos, onde também tinha um programa matinal.

RUA MESQUITA NETO

Pseudônimo do jornalista José de Mendonça (1901-1975). Dirigiu, por muitos anos, o jornal A Gazeta. Foi também romancista e poeta. Publicou vários livros.

RUA MOACIR AVIDOS

Moacyr Monteiro Avidos, engenheiro, foi prefeito de Vitória entre 1928 e 1930. Filho do ex-presidente do estado Florentino Avidos.

RUA MONSENHOR PEDRINHA

O arcipreste Eurípedes Calmon Nogueira da Gama Pedrinha (1864-1919) assumiu a paróquia de Vitória em 1895, e colaborou para a criação da Diocese do Espírito Santo. Foi escritor, orador, político e parlamentar. Patrono da cadeira nº 18 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA MONSENHOR RAYMUNDO PEREIRA BARROS

Foi presidente do Instituto Espírito-santense de História, Geografia e Arte Religiosa.

RUA MUNIZ FREIRE

José de Mello Carvalho Muniz Freire (1861-1918) foi presidente do estado de 1892 a 1896, e novamente de 1898 a 1904. Atuou em vários outros cargos políticos. Foi advogado e jornalista. Fundador do primeiro jornal diário do Espírito Santo. Publicou diversas obras. Membro fundador da Sociedade Libertadora Domingos Martins, fundada em 1875 para lutar pela abolição da escravatura. Patrono da cadeira nº 17 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA NAHUM PRADO

Foi jornalista, presidente da Associação Espírito-santense de Imprensa.

RUA NESTOR GOMES

Parlamentar, administrador e político. Foi Deputado Estadual por duas legislaturas e governador do Espírito Santo no período de 1920 a 1924. Homem sério e empreendedor durante a sua gestão, apesar das dificuldades pós-guerra e da falta de verbas, realizou muitos melhoramentos urbanos, de pequeno porte, em Vitória e implantou Grupos Escolares em vários locais do estado. Depois da Revolução de 1930 se mudou para o Maranhão onde chegou a ser Secretário da Fazenda. Faleceu em 1943.

RUA NEVES ARMOND

Amaro Ferreira das Neves Armond (1853-1920) foi médico, higienista, cientista e naturalista nascido em Vitória. Com apenas 20 anos, defendia tese de doutoramento na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi um grande sanitarista brasileiro.

RUA NICANOR ALVES DOS SANTOS

Foi vereador de Vitória em quatro legislaturas.

RUA NICOLAU VON SCHÏLGEN

Foi o primeiro morador classificado na Praia Comprida, atual Praia do Canto, no Novo Arrabalde.

RUA OCTACÍLIO LOMBA

Foi vereador de Vitória em duas legislaturas.

RUA ORLANDO BONFIM

Orlando da Silva Rosa Bonfim (1880-1942) foi advogado, jornalista e notável tribuno. Foi prefeito de Santa Teresa, onde residiu por vários anos. Foi um dos fundadores da Academia Espírito-santense de Letras, e patrono de sua cadeira nº 31.

RUA ORMANDO DE AGUIAR

Ormando Borges de Aguiar, engenheiro civil e de minas, era chefe das Linhas da Estrada de Ferro Leopoldina. Foi secretário de Viação e Obras do Estado no governo de Aristeu de Aguiar, seu irmão.

RUA OSCAR PAULO DA SILVA

Foi vereador de Vitória.

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RUA OSCAR RODRIGUES DE OLIVEIRA

Foi vereador de Vitória.

RUA OSWALDO CRUZ

Osvaldo Gonçalves Cruz (1872-1917) foi cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista. Foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil.

RUA PADRE ANTUNES

Padre Francisco Antunes de Siqueira (1832-1897) foi deputado, professor, poeta, historiador e grande orador sacro. Patrono da cadeira nº 16 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PADRE EMÍLIO MIOTTI

O padre Emílio Miotti foi o primeiro diretor do Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória, instalado em construção no centro da cidade, em 1943.

RUA PADRE JOSÉ DE ANCHIETA

O padre jesuíta José de Anchieta (1534-1597), chegou ao Brasil com 19 anos. Foi o primeiro a compilar o vocabulário dos índios da costa do Brasil. Esteve na Capitania do Espírito Santo por várias vezes. Faleceu em Rerigtiba (atual município de Anchieta).

RUA PADRE NÓBREGA

Padre jesuíta, Manoel da Nóbrega.

RUA PADRE PIRES Antônio Pires, primeiro jesuíta a pisar em terras espírito-santenses.

RUA PAPA JOÃO XXIII

O Papa João XXIII, ou São João XXIII, nascido Angelo Giuseppe Roncalli (1881-1963) foi Papa de 28 de outubro de 1958 até à data da sua morte.

RUA PASTOR ALMIR DOS SANTOS GONÇALVES

Almir dos Santos Gonçalves (1893-1981) foi bacharel em Direito e professor de Inglês, Latim, Espanhol e Português. Foi secretário da Missão Batista Brasileira e membro da equipe que revisou e imprimiu a edição da Bíblia, tradução Almeida, para a Editora Bíblica Brasileira. Ocupou a cadeira nº 35 da Academia Espírito-santense de Letras. Também pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e à Academia Evangélica de Letras do Rio de Janeiro.

RUA PAULO MILED Foi vereador de Vitória.

RUA PEÇANHA POVOA

José Joaquim Pessanha Povoa (1836-1904) foi educador, político e parlamentar. Publicou muitos livros. Patrono da cadeira nº 36 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PEDRO BUSATTO

Entalhador, marceneiro e carpinteiro, nascido na Itália em 1867. Logo depois de chegar a Vitória, instalou uma pequena carpintaria em sua residência. Exímio entalhador, executou muitas obras a partir de desenhos de André Carloni, que eram reproduzidos em móveis e altares. Foi também empresário do Teatro Melpômene e do Eden Parque. Faleceu em 1919.

RUA PEDRO FONSECA

Pedro Fonseca (1911-1971) foi fotógrafo, membro fundador do Foto Clube do Espírito Santo, 1946. Atuou como fotógrafo do jornal A Gazeta e destacou-se também como fotógrafo dos bailes das debutantes e dos concursos de "miss". Em 1960 foi convidado pelo cerimonial da Presidência, da República, para documentar a inauguração de Brasília.

RUA PEDRO NOLASCO

Pedro Nolasco Pereira da Cunha (1865-1935), engenheiro civil e grande empresário, teve participação decisiva na criação da Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas. O êxito da construção da ferrovia deve-se, em grande parte, a ele. Destacou-se não só no setor técnico, mas também no empresarial, tendo participação decisiva em vários empreendimentos públicos, notadamente de saneamento básico, construção de portos de mar e obras ferroviárias.

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RUA PEDRO PALÁCIOS

Frei Pedro Palácios, irmão leigo franciscano, nasceu na Espenha, e se estabeleceu no Espírito Santo em 1558. Dedicou sua vida à reclusão. Iniciou a construção do Convento da Penha, com ajuda de quem se oferecesse. Faleceu em 1570, antes de a obra ser terminada.

RUA PIETRÂNGELO DE BIASE

Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia.

RUA PINTO ALEIXO

Alceu Moreira Pinto Aleixo foi vereador de Vitória.

RUA PINTO HOMEM DE AZEVEDO

Francisco Pinto Homem de Azevedo foi Capitão-Mor da Capitania do Espírito Santo no fim do século XVIII. Era dono da fazenda Jucutuquara, que posteriormente passou para a família Monjardim.

RUA PIO XII Papa Pio XII, nascido Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli (1876-1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724.

RUA PLACIDINO PASSOS

Placidino Passos (1892-1984) foi professor normalista, também bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Foi deputado estadual e colaborou por vários anos na imprensa capixaba. Ocupou a cadeira nº 7 da Academia Espírito-santense de Letras. Também pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

RUA PRESIDENTE AFONSO PENA

Afonso Augusto Moreira Pena (1847-1909) foi político, advogado e jurista. Membro do Partido Republicano Mineiro foi deputado federal, governador do estado de Minas Gerais, vice-presidente e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909, data de seu falecimento.

RUA PRESIDENTE ARTHUR BERNARDES

Arthur da Silva Bernardes (1875-1955) foi advogado e político, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926.

RUA PRESIDENTE CAFÉ FILHO

João Fernandes Campos Café Filho (1899-1970) foi advogado e político, sendo presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 e 8 de novembro de 1955, quando foi deposto. Foi o único potiguar e o primeiro protestante a ocupar a presidência da República do Brasil.

RUA PRESIDENTE CARLOS LUZ

Carlos Coimbra da Luz (1894-1961) foi advogado, professor, jornalista e político, presidente interino da República de 8 a 11 de novembro de 1955, tendo, deste modo, tornado-se o presidente do Brasil que ocupou a cadeira presidencial por menos tempo: apenas 3 dias.

RUA PRESIDENTE EPITÁCIO PESSOA

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (1865-1942) foi político e jurista, presidente da República entre 1919 e 1922. O período de governo foi marcado por revoltas militares que acabariam na Revolução de 1930, a qual levou Getúlio Vargas ao governo central.

RUA PRESIDENTE NEREU RAMOS

Nereu de Oliveira Ramos (1888-1958) foi advogado e político. Foi presidente da República durante dois meses e 21 dias, de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956. Foi vice-presidente do Brasil, eleito pelo Congresso Nacional, de 1946 a 1951.

RUA PRESIDENTE NILO PEÇANHA

Nilo Procópio Peçanha (1867-1924) assumiu a Presidência da República após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 19091 e governou até 15 de novembro de 1910. Foi o primeiro mulato presidente do Brasil.

RUA PRESIDENTE PEDREIRA

Luiz Pedreira do Couto Ferraz (1818-1886) governou o Espírito Santo de 1846 a 1848, data em que foi eleito como deputado, contribuindo para diversos melhoramentos na província. Recebeu o título de Barão de Bom Retiro.

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RUA PRESIDENTE PRUDENTE DE MORAES

Prudente José de Moraes e Barros (1841-1902) foi advogado e político. Foi presidente do estado de São Paulo, senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro político civil a assumir este cargo e o primeiro a fazê-lo por força de eleição direta.

RUA PRESIDENTE RODRIGUES ALVES

Francisco de Paula Rodrigues Alves (1848-1919) foi advogado e político. Conselheiro do Império, presidente da província de São Paulo, presidente do estado, ministro da fazenda e quinto presidente do Brasil. Foi eleito duas vezes para a presidência, cumpriu integralmente o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo mandato (que deveria se estender de 1918 a 1922).

RUA PROFESSOR ADÃO BENEZATH

Adão Benezath, professor de educação física. Faleceu durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, quando o navio em que viajava para Recife foi torpedeado pelos alemães. A morte desse atleta capixaba, aos 27 anos, emocionou grandemente a cidade de Vitória.

RUA PROFESSOR ALMEIDA COUSIN

José Coelho de Almeida Cousin (1897-1991) foi bacharel em Direito, farmacêutico, professor, escritor e poeta. Publicou diversas obras. Ocupou a cadeira nº 16 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSOR ÁLVARO CONDE

Álvaro Conde (1898-1968) foi pintor, desenhista, escultor, cenógrafo e professor. Popular paisagista de Vitória. Calcula-se que tenha pintado mais de 5 mil telas.

RUA PROFESSOR BALTAZAR

Baltazar Antônio dos Reis (1820-1882) foi nomeado em 1853 o primeiro professor de música da província do Espírito Santo. Formou uma orquestra, com que animava as festas religiosas e populares da cidade. Preparou a charanga que recepcionou Dom Pedro II em 1860.

RUA PROFESSOR CARLOS MATTOS

Carlos Justiniano de Mattos, professor, escreveu Geografia do Estado do Espírito Santo.

RUA PROFESSOR CHRISTIANO FERREIRA FRAGA

Christiano Ferreira Fraga (1892-1984) foi médico, professor, historiador e escritor. Ocupou a cadeira nº 21 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSOR CLÓVIS RABELLO

Clóvis Rabello (1914-1980) foi professor e magistrado. Ocupou a cadeira nº 12 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSOR ELPÍDIO PIMENTEL

Elpídio Pimentel (1894-1971) foi advogado, jornalista e professor. Dirigiu, em Vitória, o Diário da Manhã, órgão oficial do Estado, e a revista Vida Capixaba. Foi um dos fundadores da Academia Espírito-santense de Letras, em 1921, onde ocupou a cadeira nº 12.

RUA PROFESSOR GERALDO COSTA ALVES

Geraldo Costa Alves (1919-1973) era diplomado em Direito e em línguas neo-latinas. Educador, escritor e poeta. Fez inúmeras traduções de poemas em francês e em castelhano. Ocupou a cadeira nº 4 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSOR GUILHERME SANTOS NEVES

Guilherme Santos Neves (1906-1989) foi escritor, professor e folclorista. Idealizou o Centro Capixaba de Folclore, e foi seu primeiro presidente. Também também foi membro da Academia Espírito-Santense de Letras, ocupando a cadeira nº 10, e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

RUA PROFESSOR HERÁCLITO PEREIRA

Heráclito Amâncio Pereira foi advogado, historiador e professor. Um dos fundadores da Faculdade de Direito do Espírito Santo. Nasceu em Vitória, em 1894. Ocupou a cadeira nº 5 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSOR JOSÉ LEÃO NUNES

Advogado, professor e jornalista.

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RUA PROFESSOR NELSON ABEL DE ALMEIDA

Educador e historiador. Foi orador oficial do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Ocupou a cadeira nº 34 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA PROFESSORA MARIA MAGDALENA PISA

Educadora de grandes méritos, dirigiu, por mais de uma vez, a Secretaria da Educação e Cultura do Estado, no governo de Jones dos Santos Neves, onde realizou uma notável obra educativa.

RUA QUINTINO BOCAIÚVA

Quintino Antônio Ferreira de Sousa Bocaiuva (1836-1912) foi jornalista e político, conhecido por sua atuação no processo da Proclamação da República. Foi o primeiro ministro das relações exteriores da República, de 1889 a 1891, e presidente do estado do Rio de Janeiro, de 1900 a 1903.

RUA RAIMUNDO NONATO

Conceituado professor de Música, vindo do Rio de Janeiro, que no final do século XIX e início do XX, oferecia seus serviços através de anúncios publicados nos jornais de Vitória. Instalou um estabelecimento comercial especializado na venda de instrumentos musicais, partituras, cadernos de música, além de secos e molhados, à Rua São Francisco.

RUA RAULINO GONÇALVES

Foi vereador de Vitória em três legislaturas.

RUA RAULINO ROCHA

Raulino Rodrigues da Rocha foi vereador de Vitória em quatro legislaturas.

RUA RODRIGUES ARZÃO

Antônio Rodrigues Arzão, bandeirante taubateano. Chegou ao Espírito Santo em 1693, com mais 50 pessoas, trazendo ouro localizado em terras brasileiras. A partir daí começou a Corrida do Ouro.

RUA RÔMULO XAVIER FINAMORE

Rômulo Xavier Finamore (1899-1970) iniciou a vida pública em 1920 como promotor público. Ingressou na magistratura estadual em 1926 como juiz de Direito. Em 1938 foi promovido a desembargador. Também fez parte do Tribunal Regional Eleitoral. Representou o Tribunal de Justiça em várias conferências e congressos. Foi professor da cadeira de Direito Judiciário Civil da Faculdade de Direito do estado.

RUA ROSILDA FALCÃO DOS ANJOS

Nascida e permanecida em Santo Antônio, e muito querida no local. Trabalhou na comissão de carnaval de Vitória e ajudou a colocar de volta nas ruas o velho congo, os foliões e inúmeros blocos.

RUA RUI BARBOSA Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923) se destacou principalmente como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador. Um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Morais. Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do regime republicano, sua gestão foi marcada pela crise do encilhamento. Destacou-se, também, como jornalista e advogado.

RUA SANTOS DUMONT

Alberto Santos Dumont (1873-1932), aeronaura e inventor brasileiro, foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina.

RUA SAÚL DE NAVARRO

Álvaro Henrique Moreira de Souza (1890-1947) se tornou conhecido pelo pseudônimo Saul de Navarro. Escritor, dedicou-se à divulgação de nomes de figuras e obras da cultura ibero-americana, não só no Brasil, como em outros países do continente. Ocupou a cadeira nº 4 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA SELIMO VIEIRA GOMES

Bancário, nascido em Alegre, morou em Vitória por mais de 40 anos. Recebeu o título de Cidadão da Cidade de Vitória por sua participação efetiva nas lutas travadas junto à Associação dos Moradores de Jardim da Penha e por sua trajetória profissional. Faleceu em 2009, aos 66 anos.

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RUA SENADOR ATTÍLIO VIVÁCQUA

Attílio Vivácqua foi jurista e jornalista. Ocupou os cargos de senador, deputado estadual e secretário de Estado. Deixou notável estudo jurídico sobre Minas e seu regime legal. Fundou e dirigiu, por vários anos, o jornal O Município, de Cachoeiro de Itapemirim, que chegou a ser o melhor do Estado.

RUA SERYNES PEREIRA FRANCO

Serynes Pereira Franco (1911-1981) foi médico e professor. Foi prefeito de Vitória em 1955, e deputado estadual. Pertenceu a várias entidades científicas e literárias do Brasil e do exterior. Ocupou a cadeira nº 30 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA SOLDADO ABÍLIO SANTOS

Abílio José dos Santos, natural de Colatina, morreu em combate em 1945, na Itália.

RUA SOLDADO ANTÔNIO FARIA

Capixaba que morreu na 2ª Guerra Mundial, na Itália.

RUA SOLDADO APOLINÁRIO DOS REIS

Manoel Apolinário dos Reis, natural de Viana, morreu em combate em 1944, na Itália. Foi agraciado com três medalhas de primeira classe.

RUA SOLDADO BENONI FALCÃO GOUVÊA

Natural de Conceição da Barra, morreu em cobate em 1944, na Itália. Havia salvado a vida de um companheiro logo antes.

RUA SOLDADO MANOEL FURTADO

Natural de Vitória, morreu em combate em 1944, na Itália.

RUA SÓLON BORGES

Solon Borges, bacharel, foi prefeito de Vitória de 1963 a 1968.

RUA TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

Tancredo de Almeida Neves (1910-1985) foi advogado, empresário e político, tendo sido primeiro-ministro de 1961 a 1962, ministro da Justiça e Negócios Interiores de 1953 a 1954, ministro da Fazenda em 1962 e governador do estado de Minas Gerais de 1983 a 1984. Primeiro presidente eleito do Brasil após a ditadura militar, em 1985, faleceu antes de tomar posse.

RUA TANCREDO NEVES

Tancredo de Almeida Neves (1910-1985) foi advogado, empresário e político, tendo sido primeiro-ministro de 1961 a 1962, ministro da Justiça e Negócios Interiores de 1953 a 1954, ministro da Fazenda em 1962 e governador do estado de Minas Gerais de 1983 a 1984. Primeiro presidente eleito do Brasil após a ditadura militar, em 1985, faleceu antes de tomar posse.

RUA THIERS VELLOSO

Luiz Adolpho Thiers Vellozo (1872-1930) foi jornalista, advogado, professor e escritor. Fundador do jornal A Gazeta. Autor de vários livros de Direito. Patrono da cadeira nº 28 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA TIM MAIA Tim Maia (nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia; 1942-1998), foi um cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil.

RUA TIRADENTES Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. É reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.

RUA ULISSES SARMENTO

Ulysses Teixeira da Silva Sarmento (1875-1923) foi general do Exército, escritor, poeta e matemático. Patrono da cadeira nº 4 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA VASCO COUTINHO

Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo português, recebeu de D. João III a capitania do Espírito Santo. O donatário aportou em Vila Velha em 1535. Faleceu em 1561.

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RUA VICTOR CIVITA

Victor Civita (1907-1990) foi um jornalista e empresário, fundador da Editora Abril, em 1950.

RUA VILA LOBOS Heitor Villa-Lobos (1887-1959) foi maestro e compositor. Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil.

RUA VINÍCIUS DE MORAES

Vinicius de Moraes (1913-1980) foi diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor.

RUA VIRGÍLIO VIDIGAL

Virgílio Rodrigues da Costa Vidigal (1866-1907) foi educador, jornalista, escritor e poeta. Patrono da cadeira nº 29 da Academia Espírito-santense de Letras.

RUA WALTER MIRANDA

Foi vereador de Vitória.

RUA WASHINGTON LUIZ

Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) foi advogado, historiador e político. Foi o 11º presidente do estado de São Paulo, e 13º presidente do Brasil, sendo o último presidente da República Velha.

RUA WASHINGTON PESSOA

Washington T. Vasconcelos Pessoa, bacharel, foi prefeito de Vitória em 1913, e novamente entre 1914 e 1916.

RUA WILSON FREITAS

Wilson Freitas (1910-1945) foi renomado atleta capixaba. Remador, foi várias vezes campeão brasileiro pelo Saldanha da Gama.

TV ADELPHO POLI MONJARDIM

Adelpho Poli Monjardim (1903-2003) foi o primeiro prefeito de Vitória eleito pelo voto popular, em 1959.Já tinha exercido o cargo de 1955 a 1957. Também foi escritor e jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Era um dos filhos do Barão de Monjardim. Ocupou a cadeira nº 22 da Academia Espírito-santense de Letras.

TV GETÚLIO VARGAS

Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) foi advogado e político, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo o presidente Washington Luís. Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro, de 1930 até 1945. No segundo, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954.

TV LUIZ GONZAGA Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, (1912-1989) foi um importante compositor e cantor popular brasileiro.

TV MANOEL CORREA

Antigo morador de Santa Martha, que em muito contribuiu para o desenvolvimento do bairro.

TV MARIA ESTELA DE NOVAES

Maria Stella de Novaes (1894-1981) foi professora na Escola Normal "Pedro II" e Ginásio do Espírito Santo até 1936, quando se aposentou. Dedicou-se, desde então, a continuar seus trabalhos de botânica, estudando milhares de orquídeas do Espírito Santo; realizou diversos trabalhos da História do Espírito Santo, folclore e biografias de espírito-santenses ilustres. É autora de mais de cinquenta publicações. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e outras instituições culturais do país e do estrangeiro

TV TENENTE HORÁCIO FERNANDES DA SILVA

Antigo morador do bairro Bonfim, muito apreciado pelos vizinhos. Faleceu em 1999, aos 78 anos.

VDO PAULO PEREIRA GOMES

Comerciante, contribuiu com os que lutaram contra a ditadura militar. Pai de Paulo Hartung, sempre apoiou as lutas políticas do filho desde 1978, quando este presidiu o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo em sua reabertura.

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APÊNDICE B – Tabela comparativa de logradouros por bairro

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AEROPORTO 12 10 2 16,7 9 75,0 90,0 5 41,7 55,6 ANDORINHAS 39 29 10 25,6 23 59,0 79,3 2 5,1 8,7

ANTÔNIO HONÓRIO

16 16 0 0 16 100,0 100,0 2 12,5 12,5

ARIOVALDO FAVALESSA

19 17 2 10,5 15 78,9 88,2 4 21,1 26,7

BARRO VERMELHO 25 25 0 0 21 84,0 84,0 10 40,0 47,6 BELA VISTA 76 48 28 36,8 35 46,1 72,9 2 2,6 5,7

BENTO FERREIRA 49 45 4 8,2 39 79,6 86,7 8 16,3 20,5 BOA VISTA 23 19 4 17,4 18 78,3 94,7 2 8,7 11,1

BONFIM 86 56 30 34,9 54 62,8 96,4 4 4,7 7,4 CARATOÍRA 86 70 16 18,6 67 77,9 95,7 12 14,0 17,9

CENTRO 176 161 15 8,5 137 77,8 85,1 78 44,3 56,9 COMDUSA 11 8 3 27,3 7 63,6 87,5 2 18,2 28,6

CONQUISTA 44 18 26 59,1 5 11,4 27,8 1 2,3 20,0 CONSOLAÇÃO 58 45 13 22,4 41 70,7 91,1 7 12,1 17,1 CRUZAMENTO 58 32 26 44,8 31 53,4 96,9 3 5,2 9,7

DA PENHA 73 38 35 47,9 35 47,9 92,1 1 1,4 2,9 DE LOURDES 26 22 4 15,4 20 76,9 90,9 0 0,0 0,0 DO CABRAL 49 42 7 14,3 37 75,5 88,1 0 0,0 0,0

DO MOSCOSO 33 28 5 15,2 24 72,7 85,7 4 12,1 16,7 DO QUADRO 17 13 4 23,5 8 47,1 61,5 0 0,0 0,0

ENSEADA DO SUÁ 81 68 13 16 64 79,0 94,1 15 18,5 23,4 ESTRELINHA 48 37 11 22,9 21 43,8 56,8 1 2,1 4,8

FONTE GRANDE 43 18 25 58,1 18 41,9 100,0 4 9,3 22,2 FORTE SÃO JOÃO 103 91 12 11,7 80 77,7 87,9 9 8,7 11,3

FRADINHOS 61 47 14 23 44 72,1 93,6 6 9,8 13,6 GOIABEIRAS 53 27 26 49,1 24 45,3 88,9 8 15,1 33,3

GRANDE VITÓRIA 62 44 18 29 21 33,9 47,7 3 4,8 14,3 GURIGICA 126 99 27 21,4 73 57,9 73,7 5 4,0 6,8

HORTO 9 7 2 22,2 6 66,7 85,7 3 33,3 50,0 ILHA DAS CAIEIRAS 34 17 17 50 7 20,6 41,2 0 0,0 0,0

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ILHA DE SANTA MARIA

41 21 20 48,8 18 43,9 85,7 4 9,8 22,2

ILHA DO BOI 42 27 15 35,7 27 64,3 100,0 6 14,3 22,2 ILHA DO FRADE 35 20 15 42,9 18 51,4 90,0 5 14,3 27,8

ILHA DO PRÍNCIPE 53 36 17 32,1 32 60,4 88,9 4 7,5 12,5 INHANGUETÁ 75 58 17 22,7 31 41,3 53,4 4 5,3 12,9

ITARARÉ 93 87 6 6,5 81 87,1 93,1 1 1,1 1,2 JABOUR 38 18 20 52,6 16 42,1 88,9 6 15,8 37,5

JARDIM CAMBURI 145 127 18 12,4 123 84,8 96,9 18 12,4 14,6 JARDIM DA PENHA 73 67 6 8,2 64 87,7 95,5 15 20,5 23,4

JESUS DE NAZARETH 69 56 13 18,8 51 73,9 91,1 6 8,7 11,8

JOANA D´ARC 45 38 7 15,6 32 71,1 84,2 1 2,2 3,1 JUCUTUQUARA 40 34 6 15 32 80,0 94,1 16 40,0 50,0

MARIA ORTIZ 131 88 43 32,8 71 54,2 80,7 11 8,4 15,5 MÁRIO CYPRESTE 33 24 9 27,3 22 66,7 91,7 4 12,1 18,2

MARUÍPE 55 42 13 23,6 39 70,9 92,9 9 16,4 23,1 MATA DA PRAIA 148 137 11 7,4 137 92,6 100,0 29 19,6 21,2

MONTE BELO 38 30 8 21,1 29 76,3 96,7 7 18,4 24,1 MORADA DE

CAMBURI 19 17 2 10,5 17 89,5 100,0 3 15,8 17,6

NAZARETH 16 15 1 6,3 14 87,5 93,3 1 6,3 7,1 NOVA PALESTINA 77 70 7 9,1 30 39,0 42,9 4 5,2 13,3

PARQUE MOSCOSO 21 20 1 4,8 17 81,0 85,0 16 76,2 94,1

PIEDADE 16 13 3 18,8 12 75,0 92,3 1 6,3 8,3 PONTAL DE CAMBURI 22 19 3 13,6 19 86,4 100,0 7 31,8 36,8

PRAIA DO CANTO 53 48 5 9,4 40 75,5 83,3 22 41,5 55,0 PRAIA DO SUÁ 48 37 11 22,9 21 43,8 56,8 9 18,8 42,9

REDENÇÃO 35 30 5 14,3 16 45,7 53,3 4 11,4 25,0 REPÚBLICA 51 40 11 21,6 40 78,4 100,0 18 35,3 45,0

RESISTÊNCIA 72 48 24 33,3 21 29,2 43,8 3 4,2 14,3 ROMÃO 88 63 25 28,4 48 54,5 76,2 3 3,4 6,3

SANTA CECÍLIA 25 14 11 44 12 48,0 85,7 4 16,0 33,3 SANTA CLARA 33 28 5 15,2 19 57,6 67,9 6 18,2 31,6

SANTA HELENA 14 14 0 0 13 92,9 92,9 6 42,9 46,2

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SANTA LÚCIA 50 44 6 12 40 80,0 90,9 10 20,0 25,0 SANTA LUÍZA 22 15 7 31,8 12 54,5 80,0 0 0,0 0,0

SANTA MARTHA 116 80 36 31,0 59 50,9 73,8 6 5,2 10,2 SANTA TEREZA 70 59 11 15,7 53 75,7 89,8 2 2,9 3,8 SANTO ANDRÉ 39 29 10 25,6 15 38,5 51,7 2 5,1 13,3

SANTO ANTÔNIO 112 85 27 24,1 80 71,4 94,1 18 16,1 22,5 SANTOS DUMONT 31 24 7 22,6 21 67,7 87,5 0 0,0 0,0

SANTOS REIS 33 26 7 21,2 11 33,3 42,3 1 3,0 9,1 SÃO BENEDITO 64 34 30 46,9 14 21,9 41,2 0 0,0 0,0

SÃO CRISTÓVÃO 71 57 14 19,7 51 71,8 89,5 2 2,8 3,9 SÃO JOSÉ 44 38 6 13,6 17 38,6 44,7 3 6,8 17,6

SÃO PEDRO 72 59 13 18,1 28 38,9 47,5 2 2,8 7,1 SEGURANÇA DO

LAR 14 12 2 14,3 10 71,4 83,3 2 14,3 20,0

SOLON BORGES 38 36 2 5,3 34 89,5 94,4 7 18,4 20,6 TABUAZEIRO 143 99 44 30,8 93 65,0 93,9 5 3,5 5,4

UNIVERSITÁRIO 22 17 5 22,7 2 9,1 11,8 1 4,5 50,0 VILA RUBIM 52 41 11 21,2 27 51,9 65,9 8 15,4 29,6

LEGENDA Região 1 - Centro Região 2 - Santo Antônio Região 3 - Jucutuquara Região 4 - Maruípe Região 5 - Praia do Canto Região 6 - Goiabeiras Região 7 - São Pedro Região 8 - Jardim Camburi Região 9 - Jardim da Penha