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Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

LOJA CONCEITO

Trabalho final do curso de Arquitetura e Urbanismo, apresentando ao Centro Universitário Barão e Mauá, como exigência para conclusão do

curso.

Coordenador do curso: Prof. Dr. José Geraldine Júnior.

Orientadora: Dulce Palladini

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Agradecimentos:

Agradeço a Deus, por me confortar nos

momentos de desespero e angústia, por tudo

o que tem proporcionado em minha vida, em

especial por ter me dado forças para lutar a

cada dia.

A minha família que sempre me apoiou e me

deu a oportunidade de cursar a faculdade.

A minha orientadora Prof.Dulce, pela

paciência e dedicação para com a minha

pessoa.

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Dedicatória:

Dedico este trabalho aos meus pais.

Que foram aqueles que idealizaram esta

faculdade e que se empenharam para que eu

realizasse o sonho de nossas vidas.

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Resumo

Este trabalho tem por objetivo o estudo da

introdução de uma marca no mercado com a

implantação de uma loja conceitual de varejo na

cidade de Ribeirão Preto, bem como a distribuição

para lojas multimarca.

Será apresentado um plano de negócioestruturado de modo a considerar

todos os aspectos relevantes aos processos de

decisão.

Esta nova onda de comércio fashion que já pode

ser vista nas cidades, como Paris, Londres, Japão

ou mesmo São Paulo.

No Brasil, a tendência está proliferando-se como

concept store (loja-conceito)

ou flagship store (loja-principal), onde

é possível comprar mais do que produtos; é

possível comprar um estilo de vida.

O conceito de concept store /

flagship store surgiu ao longo dos anos

90, quando grandes marcas desenvolveram a

idéia de grandes espaços comerciais voltados

para um determinado tema ou estilo de vida, ao

invés de criar uma experiência de venda

segmentada em vários departamentos.

O conceito de loja moderna está mudando; vai

muito além de mero recinto para compras. Hoje

se percebe a grande preocupação em se criar

uma atmosfera agradável e convidativa, que

permita aos clientes relaxar ao som de boa

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música, navegar na internet, tomar champanhe e

até mesmo degustar bons pratos.

Após realizados os estudos sobre a temática,

iniciou-se o desenvolvimento das etapas

projetuais,que nortearam o desenvolvimento do

projeto.

Realizado então todos os estudos e pesquisas,

deu-se início ao projeto que é o produto final

desta pesquisa.

Palavras – Chaves: Arquitetura, cultura de

consumo, loja conceito, flagshipstore,

conceptstore.

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Sumário Introdução............................................................8

Capítulo 1:OS Edifícios Comerciais...................12

1.1 – Evolução do homem e o trabalho....................................................12

1.1.1 – Otrabalho e a História .................13

1.1.2 – A construção dos edifícios...................................................14

1.1.3 – O edifício inteligente....................23

1.1.4 – O edifício ecológico.....................28

1.2- A história dos edifícios comerciais

no Brasil...................................................32

Capítulo 2:Ribeirão Preto 1930 - 2012.............39

2.1 – Brevehistórico do período..............39

2.2 – Dados do município........................45

Capítulo 3: Referências Projetuais.....................47

3.1 – Lojas Havaiannas...........................48

3.2 – Alexandre Herchecovit...................56

3.3 – Lojas M...........................................61

3.4 – Conclusão dos Projetos Referênciais.............................................70

Capítulo 4: Proposta / Justificativa.....................73

4.1 – Objetivo Geral.................................74

4.1.1 – Objetivos Específicos..................74

4.2 – Áreade estudo................................75

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Capítulo 5: O projeto..........................................78

5.1- Partido Arquitetônico........................78

5.2 – Programa de Necessidades...........79

Capítulo 6: A loja................................................82

Natureza e Origem da Fonte de Dados...........85

Referências Bibliográficas...............................86

Anexo.................................................................91

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Introdução

O presente trabalho representa a etapa final da

disciplina de Trabalho de Graduação de

Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Barão de

Mauá.

A proposta de trabalho apresentada tem como

tema Loja Conceito.

O objetivofoi realizar uma proposta de projeto

arquitetônico para uma loja conceito inovando a

forma de venda de produtoscidade de Ribeirão

Preto.

Através da análise das lojas existentes, identificar

que o potencial as lojas do século XXI podem ser

geradoras de experiências diferenciadas no

equipamento, promovendo nova visão do ato de

vender e gerar estratégias diferenciadas para as

marcas e organizações dos espaços, que

permitem aos clientes relaxar ao som de boa

música, navegar na internet, tomar champanhe e

até degustar bons pratos, tendo no espaço café,

objetos de design, revistas, livros e CDs, gerando

a experiência denominada loja conceito.

A ambientação de uma loja é fator fundamental

para estimular a permanência do consumidor no

ponto de venda. Quanto mais agradável for, mais

o consumidor sente-se confortável, mais tempo

ele passará dentro da loja, consumindo.

Conhecidas, a loja conceito, pela suas

fantásticas ambientações, que ascendem nos

consumidores sentimentos diferenciados e únicos.

Acostumados, na maioria das vezes, com pontos

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de vendas tradicionais, a climatização oferece um

ar inovador, assim, denominamos esta nova

maneira de consumo - Lojas Conceito.

Portanto, mais do que nunca, é preciso

criar um design diferenciado e agradável, a loja

deverápromover visitase encontros dos

consumidores. Ela precisa parecer um palco de

teatro, onde paredes, tetos, pisos equipamentos,

vitrines e comunicação sejam coadjuvantes dos

atores principais – os produtos. (imagens).

As cores, as formas, o tamanho da área, a

decoração, os equipamentos de exposição, a

comunicação visual e a sinalização são elementos

percebidos na visão do consumidor.

O projeto arquitetônico interage com o

consumidor e o produto, gerando um propósito

não só de compra e venda, como também de

integração do objeto e consumidor, além de servir

como um propósito utilitário.

Hoje, a arquitetura de uma loja conceito é

fator importante como qualquer outra atividade. O

consumo hoje é mais do que buscar objetos que

satisfaçam a necessidades. É um ato divertido e

está se transformando em uma indústria de

experimentação de todo o mundo.

O estudo pretende relatar que

diferentemente das lojas tradicionais estas lojas

vem proporcionando atividades que conseguem

envolver os consumidores estimulando os seus

sentidos e os aproximando ainda mais da marca,

como os efeitos Experimental,onde o consumidor

passa por um processo de utilização do produto,

com auxilio de equipamentos especiais, para um

ajuste perfeito e Sensorial, criar espaços

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queabriguem festas, no ponto de venda,

abordando níveis estratégicos, de uma

organização e apresenta o consumidor como

sujeito que quer envolver-se em experiências de

compras.

A cultura do consumo, a busca por exclusividade

do consumidor e o processo de concepção que

englobe esses aspectos.

Nas etapas pré-projetual, o primeiro aspecto

analisado foi a escolha do terreno, onde se

pretendia implantar a loja conceito. Nesta análise

foram apontados aspecto como: localização do

terreno, estudo do seu entorno, além dos

aspectos relacionados a legislação.

Seguindo na análise do terreno, foi definido um

programa, com todos os ambientes que se

almejou para o equipamento, o que facilitou o

desenvolvimento do projeto.

Mais adiante, foi realizado um estudo de ligações e de fluxos entre os ambientes.

Ao fim de tudo, foi dado início ao desenvolvimento do projeto arquitetônico, que é produto final deste trabalho.

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OS EDIFÍCIOS COMERCIAIS

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1. Os edifícios comerciais

1.1. Evolução do homem e o trabalho

A evolução das formas de trabalho foi alterada com o grande êxodo do campo para a cidade por volta do século XVIII, de onde do homem era exigido mais o esforço físico do que o mental. Com o trabalho nas galerias, o homem passou a ser mais sedentário, tendo que encarar questões como desemprego, busca por conhecimento devido à grande concorrência, passando por uma transformação da pratica para a técnica, conforme pode ser visto na Figura 01.

Fig.01- A evolução do homem

Fonte: http:/www.aglobal.com/lazer/ - Acesso em 28/03/2012

A Revolução Industrial por volta do sec. XVIII e o cenário político-econômico mundial tiveram a sua contribuição na historia do surgimento das galerias em meados de 1870. As indústrias trouxeram para as cidades pessoas vindas do campo a procura de empregos. Logo, surgem à necessidade de espaços para administração das indústrias, surgindo os diferentes tipos de ambientes de trabalho. O grande crescimento da indústria no final do século XIX gerou a estruturação na organização das galerias, chegando esta organização até os nossos dias,

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com algumas novas interferências devido aos equipamentos tecnológicos inseridos.

1.1.1 O trabalho e a história

PRÉ-HISTÓTIA / ANTIGUIDADE

Trabalho rural

IDADE MÉDIA Trabalho artesanal MODERNIDADE – séc. XVIII

Trabalho mecânico Indústrias, linha de produção, Fordismo

CONTEMPORANEIDADE Trabalho mental – informatização Organização, administração

Quando o homem passou a trabalhar em um ambiente especifico, às vezes sozinho, às vezes em grupo, em salas fechadas ou em ambientes congestionados de sons, luzes e pessoas, e mais tarde com a evolução da informática e as inovações tecnológicas que agilizaram o trabalho e tornando a forma de lidar mais hábil nas diversas situações do dia a dia.

“É impossível pensar nos grandes ambientes abertos, na alta energia entre grupos, na flexibilidade para reconfigurações do espaço sem a evolução das técnicas construtivas, que permitiram a criação de grandes lajes sem interferência internas. É impossível pensar na mobilidade das pessoas, na agilidade nas tomadas de decisão para atender às exigências de uma nova economia pós-industrial, sem a revolução da tecnologia de informação, que eliminou as barreiras geográficas, permitiu armazenar e transmitir grandes quantidades de dados em questão de segundos, viabilizando o surgimento de plataformas de trabalho em nível global e a sua realização fora do domínio das empresas. É impossível pensar o escritório hoje sem considerar a grande complexidade do contexto sócio-econômico-cultutral mundial, que influencia e mesmo determina a organização do

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espaço físico tanto quanto o comportamento das pessoas no trabalho.” (ANDRADE, 2007, p. 15)

Fig.02 – Ilustração sobre o stress e cotidiano dos ambientes.

Fonte: http://rriderlausd.org/blog2/wp-content/uploads/2012/02/stress.gif - Acesso em 28/03/2012.

1.1.2. A construção dos edifícios

No principio, as atividades comerciais exercidas em galerias possuíam pouca mão-de-obra e estavam instaladas em salas pequenas, pois não tinham a necessidade de edificações voltadas para este uso e era um investimento inviável, devido à falta de tecnologia.

Para a edificação destes edifícios comerciais construtivos contribuíram para o aparecimento dos edifícios, principalmente de lojas.

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Fig.03 – Escritório antigo.

Fonte: http://detudo.alef3.com/wp-content/uploads/2007/12/10-business-off.jpg– Acesso em 29/05/2012.

O inicio destas construções é marcada com o uso do ferro, por volta de 1700, nas primeiras construções na Inglaterra. A indústria estava a todo o vapor, e logo vieram as grandes exposições das indústrias queocorreram entre 1798 a 1849. Nelas eram exibidas novas descobertas tais como equipamentos, métodos e produtos derivados de minas, fábricas, oficinas e fazenda. Em 1848, nos Estados Unidos, surge a

estrutura independente (muitas vezes chamada de ossatura metálica, uso da estrutura de ferro eliminando as paredes portantes que na época necessitavam de lugares maiores à altura dos edifícios, que ocasionava em ambientes com dimensões menores), que substituída a alvenaria das paredes externas por colunas de ferro como meio de sustentar os pavimentos de um edifício.

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Fig.04 – Invenção do elevador, criado por ElishaOltis para a Torre Eiffel

Fonte: http://www.uh/engines/epi320.html - Acesso em 28/03/2012.

Depois, alguns anos, em 1853, Elisha Otis inventa o primeiro elevador seguro do mundo. No ano de 1871, a cidade de Chicago passa por um grande incêndio que destrói o centro de negócios da cidade. Surgindo á necessidade de sistemas de prevenção contra incêndios. Mas, nos anos 80, Chicago começa a se recuperar da tragédia, erguendo vários edifícios durante o seu crescimento entre 1883-1993.

O primeiro edifício comercial foi o Edifício Leiter, em Chicago ver figura05, construído em 1889 e projetado pelo engenheiro e arquiteto William Le Baron Jenney. Pela primeira vez usava se uma estrutura independente, com oito pavimentos e prevendo espaço, luz, ventilação e segurança. Sua fachada foi composta

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por colunas metálicas á prova de incêndio separando as janelas. O mesmo engenheiro-arquiteto, Jenney, entre 1883-1885, havia projetado a sede da HomeInsuranceCompany (Companhia de Seguro Residencial), também em Chicago já possuindo sistemas de proteção contra incêndio e permitindo luz natural em todas as lojas.

Fig.05 – Desenho ilustrativo do Edifício Leiter, em Chicago.

Fonte:http://www.bc.edu/bc_org/avp/cas/fnart/fa267/19th/2ndleiter.jpg – Acesso em 28/03/2012.

Como marco do uso do ferro, em 1889, Gustave Eiffel constrói a Torre Eiffel em Paris, tendo em sua construção a presença dos primeiros elevadores usados para esta finalidade.

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Fig.06 – Edifício da HomeInsuranceCompany, em Chicago, 1883 – 85.

Fonte:http://www.chicagoarchitecture.info/building/3168/home_insurance_building.php - Acesso em 18/03/2012.

No inicio do século XX, surge o concreto armado. Sua primeira aparição foi em 1868 como malha de arame para estruturar as paredes de floreiras de concreto. Porém começou a ser aplicado em grande escala a partir de 1890, na América por Ernest Leslie Ransome, e na França por François Hennebique.

“Como resultado do desenvolvimento de um sistema estrutural pesado, associado ao de transporte vertical seguro, surgem os edifícios de escritórios do século XX, primeiramente caracterizados por um espaço aberto único, janelas moduladas uniformemente e volumetria similar, de modo a garantir o máximo de penetração de iluminação e ventilação natural.” (Andrade, 2007 p. 19)

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Fig.08 – Arranha Céus de Chicago.

Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7d/chicago_skyline.png - Acesso em 28/03/2012.

Os arranha-céus (edifício de altura excepcional e numerosos pavimentos sustentado por uma estrutura de aço ou concreto a partir da qual as paredes são suspensas – CHING, 1999) surgiram a partir das melhorias nos sistemas construtivos de iluminação e ventilação naturais, em trabalho junto com os sistemas artificiais, o emprego de forros modulares acústicos, e com o desenvolvimento de outros materiais e técnicas, que continuam nos dias atuais.

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Fig.07 – Torre Eiffel, em Paris.

Fonte:http://saber.sapo.cv/w/images/6/6f/chicago_downtown_aerial_view.jpg - Acesso em 28/03/2012.

No século XX, inicia-se o processo de verticalização nos Estados Unidos influenciado pelos fatores de evolução das técnicas construtivas e do crescimento da economia.

Um dos edifícios construído nesta época foi o Seagram construído em 1958, que possui planta livre, pele de vidro nas fachadas como uma caixa de vidro, estrutura de concreto e ferro, características muito presentes nos arranha-céus. Projetado por Mies van der Rohe e Philip Johnson.

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Fig.09a – EdifícioSeagram, de Mies Van Der Rohe.

Fonte:htpp://www.skysscraper.org/pics/fav_seagram.jpg - Acesso em 28/03/2012.

A busca por uma liberdade cada vez maior na configuração do layout impulsionou o uso da

planta livre (um dos cinco pontos da Nova Arquitetura, pregada por Le Corbusier, é resultado direto da independência entre estruturas e vedações, possibilitando maior diversidade dos espaços internos, bem como mais flexibilidade na sua articulação) nos projetos para edifícios de comerciais, tanto pelo lado da técnica quanto pela função.

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Fig. 09b – Planta do EdifìcioSeagram.

Fonte:htpp://javieraisa.com./2011/01/14/edificio-seagram - Acesso em 28/03/2012.

Fig. 09c – Entrada Principal do EdifìcioSeagram.

Fonte:htpp://www.tripadvisor.com.mx/LocationPhotos-g60763-d312023-Seagram_Building-New_York_City_New_York_html – Acesso em 28/03/2012.

Há diferença entre os arranha-céus da Europa e dos Estados Unidos. Na Europa existe legislação que conduz a construção destes edifícios a serem

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mais baixos e fora das áreas centrais, assim, visando aproveitar a iluminação e ventilação natural. Exemplo, o Edifício da SAS (ScandinavianAirline System), construído em 1988 em Estocolmo, na Suécia e projetado pelo arquiteto Niels Torp.

Um dos países que seguiu o uso dos arranha-céus norte-americanos foi à Alemanha. Após a Segunda Guerra Mundial (1945), houve uma busca para reconstruir os edifícios. Em 1950, os alemães instituíram um novo conceito chamado de “escritório panorâmico”, que pregava a liberdade na forma de se organizar o layout de cada escritório e também quanto ao edifício entre si.

1.1.3 O edifício inteligente

Mais uma vez, a presença da evolução das tecnologias está envolvida nesta nova fase dos edifícios escritórios, denominada como “edifícios inteligentes”, com alta tecnologia, mas em que muitas vezes o termo foi usado de forma banal.

Fig. 10 – Exemplo de conceito europeu, Edifício da SAS (Scandinavian Airlines), Estocolmo, Suécia.

Fonte:htpp://www.uv-system.com/images/sas.jpg– Acesso em 28/03/2012.

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Fig. 10a – Volumetria Edifício da SAS (Scandinavian Airlines), Estocolmo, Suécia.

Fonte:htpp://www.hhughpearman.com/illustrations/bahg.gif– Acesso 28/03/2012.

Fig. 10b – Implantação Edifício da SAS (Scandinavian Airlines), Estocolmo, Suécia.

Fonte:htpp://img53.imageshack.us/img53/4184/ba03ns6.jpg– Acesso em 28/03/2012.

O conceito de edifícios inteligentes tem vários significados, pois é um termo que leva a varias

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interpretações, porem pode ser entendido como edifício que é preparado para atender às necessidades dos usuários, com base na modulação, na flexibilidade de planta e de instalação, na inserção no contexto urbano (sua implantação e a relação com seu entorno), nas condições climáticas, em projetos técnicos que atendam a necessidade de conforto térmico e de sistemas construtivos que contribuam para o altodesempenho da edificação.

O primeiro edifício a ser considerado inteligente foi o edifício da Companhia Telefônica AT&T (American TelephoneandTelegraph), projeto de Philip Johnson, concluído em 1984, hoje ocupado pela Sony. Seu destaque se dava por um frontão quebrado na cobertura pontiaguda, uma forma que o arquiteto encontrou de identificar a empresa no edifício e servir de referência na cidade de Nova York com sua arquitetura pós-moderna.

A conceituação elaborada para os edifícios inteligentes feita pelo Centro de Diagnósticos de Edifícios na Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburg nos Estados Unidos, afirmam que para eles serem denominados como tal, estes edifícios teriam que ser aptos a receber novas tecnologias de controle do edifício, muitas vezes resolvidos nas fases de projeto de modo a se meter ao longo de sua existência.

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Fig. 11 – Primeiro edifício considerado com “inteligente”, Edifício AT&T, de Philip Johnson.

Fonte:htpp://www.achievement.org/autodoc/page/joh0int-3– Acesso em 28/03/2012.

Fig. 12 – Fachada e entrada do Edifício Lloyds Bank, de Richard Rogers.

Fonte:htpp://www.greatbuildings.com/buildings/Lloyds_Building.html– Acesso em 28/03/2012.

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Fig. 13 – Fachada e interior de Edifício Hong Kong andSangai Bank, de Norman Foster.

Fonte:htpp://www.greatbuildings.com/buildings/Hongkong_and_Shangai_Ban.html– Acesso em 28/03/2012.

Fig. 14 – Edifício Birman 21, projeto do escritório Skidmore, Owingsand Merrill, em parceria com o escritório Kogan, Villar e Associados.

Fonte:htpp://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura54.asp– Acesso em 28/03/2012.

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A globalização ajudou a impulsionar o desenvolvimento destes edifícios, pois as técnicas tradicionais eram substituídas pela alta tecnologia da construção adquirida pelo mercado imobiliária. Como exemplos deste tipo de edifício inteligente, as obras do Edifício Lloyds Bank, de 1986 em Londres, projetado por Richard Rogers; Hong Kong and Shangai Bank, do mesmo ano, projeto de Norman Foster; e o Edifício Birman 21, de 1996 em São Paulo, projeto de Skidmore, OwingsandMerril. O Birman 21 possui quatro tipos de planta e é composto por três blocos, sendo o edifício principal, o bloco multiuso e o edifício garagem. Foi concebido se baseando nas questões de insolação do local.

“A partir da década de 1970, os edifícios de escritórios começam a experimentar uma serie de inovações tecnológicas relacionadas ao sistema de controle predial. Esses sistemas, inicialmente mecânicos, foram criados para monitorar e regular as condições ambientais, principalmente aquelas relacionados ao sistema de condicionamento de ar.” (ANDRADE, 2007 p. 21)

1.1.4 O edifício ecológico

“A medida que os avanços tecnológicos foram acorrendo, uma série de sistemas automatizados se inseriram no edifício, tornando-o cada vez mais complexo e distante dos recursos naturais possíveis de ser aproveitados. Os sistemas de controles prediais melhoraram, sem duvida, as condições de segurança, conforto e bem-estar, permitindo ainda maior flexibilidade e melhor desempenho dos diferentes subsistemas subordinados a ele. No entanto, esses sistemas, além de caros e exigir pessoal qualificado para sua manutenção e operação, se não instalados, operados e mantidos corretamente, geram uma serie de problemas de saúde a todos aqueles que dele fazem uso.” (ANDRADE, 2007 p.24)

A questão de saúde nos edifícios de escritórios é outro ponto mal solucionado nos projetos, tais

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como os seguintes fatores: localização, acesso, forma, materiais empregados, infra-estrutura e sistemas quando pensados de maneira a não atender as necessidades de conforto ambiental, podem trazer problemas para as pessoas que trabalham nestes edifícios.

Alguns dos problemas que ocorrem geralmente são: pouca iluminação acarretando males aos usuários, uso constante na jornada de trabalho do dia-a-dia do ar-condicionado, insolação direta e excessiva necessitando de recursos extras ao espaço de trabalho (persianas, cortinas, blackouts etc.), poluição sonora no meio ambiente por falta de um estudo pré-qualificativo da acústica do local, estes e muitos outros fatores não projetados adequadamente, passam a causar na funcionalidade nos escritórios. A partir da década

de 1980, surge o termo “síndrome do edifício doente” (A má qualidade do ar interno dos edifícios passou a ser conhecida mundialmente como a “Síndrome dos Edifícios Doentes”, resultado de uma conjunção de fatores que vão desde os problemas no projeto ate a má conservação dos dutos, causando dois tipos básicos de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus e protozoários e até mesmo aracnídeos como é o caso dos ácaros e, a química proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de escritórios, colas, aumento no nível de dióxido de carbono etc. – Site Universo Ambiental).

A tecnologia estimulou o uso de sistemas artificiais tornando-os como regras nos projetos, deixando de lado questões essenciais que qualificam um bom projeto em termos de condicionamento ambiental do espaço arquitetônico, por exemplo, o aumento no consumo de energia de recursos não renováveis.

Na vontade de se solucionar estes problemas, surgiu um novo tipo de edifícios, denominados saudáveis ou ecológicos. Esta busca cada vez maior de conscientização de se usufruir dos fatores naturais focando nas questões de preservação de recursos através de reciclagem,

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conservação e sistemas corretamente elaborados, propiciou a criação de espações de boa

qualidade. Um dos edifícios ecológicos conhecidos é o Commerzbank Headquarters, de 1997 em Frankfurt, Alemanha, projeto de Norman Foster. Segundo Daniels (1997), em seus livro The technologyofecologialBuilding, destaca os requisitos que devem ser levados em consideração em se tratando de edifícios ecológicos:

Fig. 15 – Edifício Commerzbank, projeto de Norman Foster.

Fonte:htpp://web.utk.edu/~archinfo/a489_f02/PDF/commerzbank.pdf– Acesso em 28/03/2012.

1 - A análise das condições meteorológicas a servir como parâmetro para o desenho do edifício;

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2 –Correspondência entre o clima e a forma;

3 – definição das zonas de conforto térmicas, higiênicas e visuais;

4 – Evitar a possibilidade de o edifício se tornar um edifício doente, tratando principalmente os aspectos relacionados a ventilação (janelas operáveis, renovação de ar constante), uso de materiais de revestimentos naturais, temperaturas constantemente no nível de conforto e umidificação adequada (plantas ornamentais podem contribuir para tal);

5 – Utilizar as diversas formas de energia disponíveis pela natureza: o sol, a água, o ar, o solo, a flora (condicional) e a fauna (condicional).

“A construção de megatorres, tanto no ponto de vista da edificação em si e seus riscos quanto do fato de elas se constituírem em uma cidade dentro da cidade, tem gerado impactos significativos no trânsito e sombreamento excessivo no entorno, além da concentração de um grande número de pessoas que percorrem longas distancias, perdendo tempo nesses deslocamentos, gerando stress e baixa qualidade de vida. Se a tecnologia hoje permite que a sociedade viva em uma rede, a cidade também deve se constituir dessa maneira, tornando-se um elemento facilitador da vida de seus cidadãos, e nesse sentido o edifício de galerias tende a se tornar de menor porte, descentralizado, ecologicamente correto, energeticamente eficiente e com espaços híbridos e orgânicos.” (ANDRADE, 2007 p.27).

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1.2 A História dos Edifícios Comerciais no Brasil.

Os edifícios comerciais surgiram no Brasil no início do século XX, elevados pelo processo de crescimento do setor terciário, mais especificadamente nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Entre as décadas de 1920 a 1930, foram construídos dois arranhas céus em São Paulo: o edifício Martinelli (1930). Segundo publicação da história do edifício constante no site do Edifício Martinelli:

A obra prometia enorme polêmica, pois a São Paulo de então não possuía nenhum edifício de grande estatura, sendo raros os prédios com mais de 5 andares. Planejado para alcançar a barreira dos 100 metros de altura, em uma estrutura não apenas alta como significativamente larga, o Edifício Martinelli marcaria uma transição para a era dos arranhas- céus. Passou por momentos difíceis – inclusive, chegou-se a cogitar a sua demolição. Mas o prédio foi recuperado e voltou a ser um orgulho para a cidade.

Em 1924 deu início a construção de prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João. O autor do projeto era o arquiteto Húngaro William Fillinger, da Aacademia de Belas Arteds de Viena.

Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega pela própria casa importadora de Martinell.

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Fig. 16 – Edifício Sampaio Nogueira, em São Paulo.

Fonte:http://www.piratininga.org/sampaio_moreira/sampaio_moreira-postal.jpg – Acesso em 28/03/2012.

Concluído em 1930, com 25 andares, foi considerado o prédio mais alto do mundo. Porém, como o objetivo de Giuseppe Martinelli era ter chegado a 30 andares, ele conseguiu a liberação para construir 25 andares e resolveu adicionar mais 05 andares como sua moradia. Seguiu as características da arquitetura clássica, sendoembasamento, corpo e coroamento e teve a influência dos hotéis norte americanos da época, para as questões de ventilação e iluminação.

Neste período as grandes cidades brasileiras possuíam edifícios baixos construídos em alvenaria e edifício altos construídos em concreto armado e ferro. Em 1945, é construída a sede para o Ministério da Educação e Saúde, projetado por um grupo de arquitetos liderados por Lucio

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Costa, no Rio de Janeiro, demonstrando a modernização desejada pelo Brasil.

A partir da década de 1940, começam a se espalhar a implantação de arranhas-céus poralgumas cidades brasileiras. Locais como Avenida Paulista, em São Paulo, e a capital do país, Brasília, na década de 1960, com seus edifícios na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, demonstraram a chegada da modernidade.

Em seguida, na década de 1970, o setor de serviços sofre expansão, empresas multinacionais ampliam a sua vinda para o país, acarretando assim no aumento dos edifícios de galerias. Outras regiões do São Paulo começavam a receber os arranhas-ceus.

Na década seguinte, 1980, houve uma nova configuração nos edifícios de galerias, considerados como edifícios inteligentes, já abordados neste capitulo. Possuíam lajes maiores, com emprego de materiais sofisticados de inspiração americana (granito, vidro laminado), porém se esquecendo de empregar uma arquitetura inteligente, principalmente em se tratando das questões climáticas da cidade.

“Esse é talvez o aspecto mais controverso dessa questão. O marketing em torno da denominação inteligente o Brasil foi tão in tenso que, mesmo sem saber ao certo quais são os requisitos para tornar um edifício inteligente, popularizou-se que itens tais como granito em fachadas, vidros laminados, foyer com pé-direito duplo, central de segurança e ar condicionado central elevam qualquer edifício moderno a essa categoria. Em nome da inteligência, edifícios de alto padrão construtivo foram lançados, mas com baio padrão de ocupação ambiental.” (ANDRADE, 2007p.34)

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35

Fig. 17 – Edifício Martinelli, projeto de Willian Fillinger para ter 17 pavimentos, porém Giuseppe Martinelli alcançou os 30 pavimentos.

Fonte:http://www.prediomartinelli.com.br– Acesso em 28/03/2012.

Houve uma busca dos empreendedores em investir em edifícios comerciais, que não trouxe bons resultados para os ambientes de trabalho. Pois muitas vezes, essa tecnologia que vinha tomando conta do mercado, não era usada de forma atornar o edifício agradável aos seus usuários. Já não foi o que ocorreu em edifíciosque foram pensados conforme a necessidade docliente, como os edifícios do CiticorpCenter(1986), sede do Banco Citibank, do

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36

Banco Safra (1987) e do Banco Sudameris (1984). No Brasil, o CiticorpCenter foi apontado como um dos primeiros inteligentes, projetados por Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini.

Fig. 18 – Edifício do Ministério da Educação e Saúde, projetado por um grupo liderado por Lucio Costa, no Rio de Janeiro.

Fonte:http://correiogourmand.com.br/roteiros_nacionais_01_brasil_povo_oscar_niemeyer_01.htm– Acesso em 29/05/2012.

Os edifícios inteligentes se disseminaram pela cidade de São Paulo, chegando a Marginal Pinheiros, onde era considerada a região com maior processo de verticalização, com torres maiores que 100 metros de altura.

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37

Fig. 19 – Edifício Citicorp Center, sede do Banco Citibank, projeto de Riberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini.

Fonte:http://theurbanearth.wordpress.com/2009/01/24/parabens-sao-paulo-455-anos – Acesso em 29/05/2012.

Na cidade do Rio de Janeiro, a concentração de edifícios comerciais estava acentuada na Barra da Tijuca, no centro e no Botafogo.

Outras regiões próximas de São Paulo estão recebendo grandes empreendimentos neste setor, tais como Porto Alegre, rio Grande do Sul, Paraná e Curitiba.

Com relação a edifícios ecológicos, no Brasil ainda não foi construído nenhum edifício deste tipo.

Porém, nos dias atuais já há uma preocupação cada vez maior para projetar e construir edifícios com baixo impacto ambiental, voltados para as questões climáticas, sócio ambientais, econômicas e urbanas das cidades, assim comoobter ambientes que promovam o conforto para os usuários.

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38

RIBEIRÃO PRETO

1930 - 2012

2

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39

2. Ribeirão Preto | 1930 - 2012

2.1.Breve histórico do período

No inicio do século XX, a cidade de Ribeirão

Preto, que tinha como principal economia vinda

da produção do café, após a grande crise deste

setor, teve que se reestruturar através dos setores

de serviços, comércio e indústria. A quebra da

Bolsa de Nova Iorque em 1929 levou a população

ao êxodo do campo para a cidade em busca de

emprego. Com isso, houve também uma nova

formulação da arquitetura, passando-se do

ecletismo, presente no período cafeeiro, para a

modernidade com o art déco.

Como marco na cidade, o Edifício Diederichsem

foi o primeiro edifício do interior com mãos de três

andares, sendo composto por 06 pavimentos.

Concluído em 1936, abriu o período de

construções de edifícios modernos na cidade.

Nele havia comércio, cinema, moradia, escritórios

e um hotel. Foi projetado por Antonio Terreri, com

estrutura de concreto armado e fechamento em

alvenaria de tijolos vazados, revestido de cimento,

cal, areia e malacacheta, que segundo Valadão

(1998) serviam para refletir a luz solar.

Segundo o periódico publicado pela FI Mendes Sá

Editora, com o título de Um olhar vertical e

horizontal – 150 anos da construção civil de

Ribeirão Preto, o Edifício Diederichsen possui

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40

ainda nos dias atuais o seu fechamento normal,

conforme trecho abaixo:

Fig. 20 – Fachada do Edifício Diederichsen.

Fonte:http://inconfidenciaribeirao.com/2010/01/o-velho-diederichsen/ – Acesso em 29/05/2012.

Atualmente o Edifício Diederichsen abriga no

térreo 14 lojas de comercio, entre elas as lojas,

choperia Pinguim, mais o Bingo São Paulo que

também pertence ao edifício e ocupa seis salas.O

primeiro e segundo andar são compostos por 112

salas comerciais, ocupadas, na sua maioria, por

advogados, costureiras, dentistas, alfaiates,

ourives e outros. O terceiro e quarto são

apartamentos residenciais, todos alugados. O

quinto andar, que altura era o Grande Hotel, está

alugado há mais de 20 anos para Maria de

Lourdes Matias que subloca os 20 apartamentos.

O hotel, que não tem as mesmas características

de antigamente, tinha uma cozinha com fogão a

Page 42: loja conceito-tfg

41

lenha e um refeitório onde, além de hospedes, os

moradores e funcionários do primeiro e segundo

andar também almoçavam.

“O sexto, e ultimo andar, foi construído para ser

moradia do zelador. Depois funcionou

comolavanderia do hotel e posteriormente foi

alugado durante dez anos pelo grupo de teatro

Fora de Sério.”(FI Mendes Sá Editora, 2007 p.)

Fig. 21 – Imagem da Construção do Edifício

Diederichsen.

Fonte:http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scultura/arqpublico/fotos/291.htm – Acesso em 29/05/2012.

No período de 1930 a 1940, chegaram a Ribeirão

Preto as indústrias. Em seguida, o processo de

industrialização no município se desenvolve,

passando de produção de bens não-duráveis,

Page 43: loja conceito-tfg

42

para produção de bens de agricultura e

agroindústria. A cidade começa a crescer cada

vez mais, com novas atividades econômicas, e

com asfaltamento da rodovia Anhanguera em

1948.

O processo de verticalização em Ribeirão Preto

se deu neste período, na parte mais alta da

cidade e no centro, onde se dá inicio dos edifícios

comerciais da cidade, juntamente com a

valorização de novas áreas da cidade e das

determinantes arquitetônicas e urbanísticas após

1950. O Modernismo foi estilo predominante nas

construções deste período.

Até 1980, Ribeirão Preto passou por muitas

alterações, surgimento de novas áreas, a

construção dos shoppings centers, o

esvaziamento das áreas centrais, aparecimento

freqüente de novo empreendimentos, entre

outros. Considerada neste ano a Califórnia

Brasileira, recebeu um aumento populacional. A

cidade sofreu muito com a rápida ocupação

desordenada.

A implantação do Ribeirão Shopping, erguido em

1981, potencializou a área, trazendo a ocupação

de edifícios comerciais.

Nos últimos tempos, grande parte dos

empreendimentos destinados ao uso de lojas está

sendo implantados nas principais avenidas da

cidade. Com a rápida especulação imobiliária, a

cada momento surgem novas áreas que

promovem o crescimento imobiliário da cidade.

Nos dias atuais, há novos empreendimentos no

setor comercial sendo construídos nas grandes

avenidas da cidade, tais como Av. Presidente

Vargas, próximo ao já existente Edifício New

Page 44: loja conceito-tfg

43

Century, Av. Maurilio Biagi, Av. Pres. Castelo

Branco, entre outros.

Um dos projetos de torres de edifícios comerciais

do inicio do século XXI foi oRibeirão Shopping,

composto pelo Shopping Center (1981), o Íbis

Hotel de Ribeirão Preto (2002) e o Ribeirão Office

Towe

Fig. 22 – Fachada do Edifício Ribeirão Office

Tower, projeto de Eduardo Slata. r (2005).

Fonte: http://odontologiadrcandido.com.br/o-

centro-odontologico.php– Acesso em 29/05/2012.

Page 45: loja conceito-tfg

44

Fig. 23 Ribeirão Shopping

Fonte. http://www.ribeiraoshopping.com.br,

acesso em 25/05/2012.

Fig. 24 Novo Shopping Ribeirão (2009).

Fonte. http:// www.novoshopping.com.br , acesso

em 25/05/2012

Page 46: loja conceito-tfg

45

2.2. Dados do Município

Localização: Ribeirão Preto, Fundada em 19 de

junho de 1856, está localizado à Nordeste do

estado de São Paulo, a 313 Km da capital, São

Paulo. O número de habitantes está estimado em

557.156 mil habitantes, segundo levantamento em

2012, publicado no SEADE.

Fig. 25 – Foto área de Ribeirão Preto, mostrando

a verticalização na cidade.

Fonte:http://www.valequalidade.com.br/2010/12/g

estao-da-qualidade-em-ribeirao-preto.html -

Acesso em 29/05/2012.

Page 47: loja conceito-tfg

46

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

3

Page 48: loja conceito-tfg

47

3. Referências Projetuais

Referências projetuaisé uma forma de se

familiarizar com o tema estudado, uma maneira

mais profunda de entender o funcionamento de

um equipamento, analisar criticamente um projeto

executado, apontando os seus pontos positivos e

negativos com a finalidade de encontrar as

melhores soluções e referenciais para o novo

projeto.

“O estudo de caso fica intimamente ligado ao

contexto ou processo

estudado. Esse tipo de abordagem não

representa um método por si só,

mas uma estratégia de pesquisa que permite o

uso de métodos

qualitativos e quantitativos” (Mendes,2002).

Para melhor compreender o funcionamento de

uma loja conceito, foram realizados estudos de

casos, onde alguns parâmetros foram analisados

a fim de instituir critérios que contribuíram na

elaboração do anteprojeto arquitetônico.

Foram analisados quatro exemplares. Um deles

localizado na região dos Jardins na cidade de São

Paulo, outro em Pinheiros também em São Paulo,

outro em Ribeirão Preto e outro situado em

Tóquio, Japão. Cada um com suas

particularidades que os fazem diferentes unsdos

outros, mas ao mesmo tempo traz a essência de

uma loja conceito que se destina para cada

Page 49: loja conceito-tfg

48

tipoeproduto e público-alvo a que elas são

direcionadas.

3.1. Referência Projetual1 | Espaço Havaianas - SP

O Espaço Havaianas é a loja conceito da marca

de sandálias mais popular do país, onde são

expostas cerca de 320 modelos de sandálias da

marca. Este exemplar tem sua localização nos

Jardins em São Paulo.

A autoria do projeto é do arquiteto IsayWeinfeld. A

obra teve seu início no ano de 2008 e concluída

no ano de 2009.A loja está implantada num

terreno de 480m² e tem área construída de 300m

(ver figura 26.1).

Fig. 26.1 – Fachada Principal de Espaço

Havaianas.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

O partido arquitetônico principal utilizado no

projeto, foi o de criar um clima de praça dentro da

loja transmitindo assim ao consumidor a

atmosfera casual, confortável jovem da marca.

Page 50: loja conceito-tfg

49

Segundo IsayWeifeld, um dos desafios do projeto

foi comunicar a brasilidade da marca.

Essa ideia de comunicar a maior parte do

conceito por meio da arquitetura, também é uma

das intenções do anteprojeto que será

desenvolvido, pois é possível por meios

arquitetônicos fazer a comunicação direta da loja

com o público e do público com o produto,

seguindo uma sequência de desejos: primeiro o

consumidor sente-se atraído a entrar na loja por

sua fachada, esta é o primeiro contato do

consumidor com a marca. Já ao entrar na loja, o

consumidor depara-se com outra situação, a

disposição dos produtos ao longo da loja.

Novamente a arquitetura está envolvida, pois é

ela quem organiza o espaço por meio do layout,

que vai induzir o consumidor a percorrer toda a

loja, fazendo com que todos os produtos sejam

observados por ordem de importância dentro da

mesma.

Um aspecto construtivo que merece destaque é o

que foi proposto para cobertura da loja, que foi

toda construída por uma trama ortogonal e

modulação sutilmente irregular que acompanha

um distanciamento de dois metros entre as vigas

metálicas transversais. O que proporciona um

vencimento de maiores vãos. No teto são

mesclados espaços abertos e fechados com

vidros e iluminação embutida que proporciona a

sensação de que é sempre dia dentro da loja (ver

figura 26.2)

Page 51: loja conceito-tfg

50

Fig. 26.2 – Cobertura de Trama Ortogonal

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

Aspectos que despertem os sentidos do

consumidor são vistos como um diferencial em

muitas lojas. Algumas utilizam os cheiros, outras,

sons, no caso deste exemplar a arquitetura foi

utilizada como ferramenta para proporcionar esse

efeito de iluminação para transmitir a sensação de

dia.

A relação do edifício e seu entorno e a

composição dos elementos de fachada, são vistos

de forma a perceber que a loja entra em contraste

com as demais lojas do seu entorno por meio de

sua forma simples e da cor utilizada. Isto mostra

que não necessariamente a fachada da loja

precisa possuir elementos de destaque do

entorno. Basta analisar bem o entorno e

enquadrar o que será desenvolvido no partido

arquitetônico.

Assim como o projeto da loja Havaianas, o

anteprojeto que foi desenvolvido, teve como um

dos objetivos específicos também propor uma

edificação que entre em contraste com seu

entorno, para que a mesma tenha maior destaque

entre as demais lojas e edifícios que estão

próximos.

Page 52: loja conceito-tfg

51

A fachada da Havaianas, é composta por um

pórtico branco que ocupa a largura total do lote.

Este pórtico é o acesso ao grande largo que

direciona à loja. Uma espécie de prolongamento

do passeio público que, mesmo ainda não

mostrando o que possui dentro da loja, induz a

entrada do transeunte em direção a onde existem

as peças a venda. O fechamento da loja é feito

por meio de portas de vidro que são armazenadas

em um abrigo escavado no subsolo (ver figura

26.3 e 26.4).

Fig. 26.3 – Fachada Principal do Espaço

Havaianas. Visão Parcial do Pátio de Entrada.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20.03.2012

Fig. 26.4 – Fachada Principal do Espaço

Havaianas. Visão da Fachada Fechada pela Porta

de Vidro.Porta de Vidro

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

Page 53: loja conceito-tfg

52

A loja Havaianas está dividida em térreo, subsolo

1 e subsolo 2. O programa da loja consiste em:

Térreo: pátio de entrada;

Subsolo 1: nicho de armazenamento das portas

de vidro, jardim, caixa, cubo de projeções,

customização, tenda dos modelos tradicionais,

contêiner com os modelos de exportação, espaço

para novos modelos, cilindro para bolsas, espaço

para modelos infantis, painel para modelos

monocromáticos;

Subsolo 2: depósito, escritório e cozinha.

Podemos considerar alguns aspectos que tornam

visíveis as características de um espaço conceito

no Espaço Havaianas: despertar a curiosidade do

consumidor por meio de sua fachada, que convida

a entrada para o grande largo. (ver figuras 26.5,

26.6).

Fig. 26.5 – Vista Interna do Largo de Entrada e

Vista Parcial da Escada de Acesso a Loja

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Page 54: loja conceito-tfg

53

Fig. 26.6 – Vista da Parte Interna da Loja após as

Escadas, onde podemos observar um dos

ambientes da loja

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Outro aspecto relevante é autonomia dos espaços

criados, que proporcionam sensações diferentes a

cada tipo de produto que é exposto, mas ao

mesmo tempo existe a unidade do conjunto (ver

figuras 26.7, 26.8, 26.9, 26.10).

A loja também possui um espaço que pode ser

considerado o que mais atrai o consumidor. O

espaço para customização das sandálias é o que

desperta o maior interesse do público, pois o

consumidor tem a oportunidade de agregar a

peça comprada a sua identidade, sendo assim

uma maneira de pregar a individualidade de quem

compra ao produto (Grunow,2010).

Page 55: loja conceito-tfg

54

Fig. 26.7 – Visão Geral dos Ambientes Criados

Dentro da Loja

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012

Fig. 26.8 – Vista do Pátio Interno da Loja

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Fig. 26.9 – Visão de um dos Ambientes da Loja

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Page 56: loja conceito-tfg

55

Fig. 26.10 – Container com Peças de Exportação

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Por fim, podemos citar os problemas e as

potencialidades do projeto e o que realmente

serviu como inspiração para o anteprojeto.

Podemos destacar como um possível problema a

acessibilidade a portadores de deficiência e

mobilidade reduzida, já que a loja possui um

grande desnível vencido apenas por uma escada.

Como potencialidade destaca-se a não utilização

de vitrines, o que gera a curiosidade de querer

entrar na loja para conferir os produtos, falta de

visibilidade interna da loja: o largo interior que

antecede a loja, a esconde parcialmente. No caso

de uma loja convencional, o uso de vitrines se faz

necessário na maior parte das vezes, no entanto,

como se trata de uma loja conceito, esta ideia se

torna um diferencial perante as demais lojas.

Destacam-se também a planta livre (ver figura

26.11), onde a divisão dos espaços é feita

praticamente pelos ambientes destacados por

temas, o partido de grande praça também merece

destaque.

Page 57: loja conceito-tfg

56

Fig. 26.11 – Planta Livre, onde os espaços são

delimitados por temas. Planta Baixa 1º subsolo.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

1 – Nicho de armazenamento das portas de vidro|

2 – Jardim| 3 – Caixa| 4 – Cubo de projeções| 5 –

Customização| 6 –Tenda do modelos tradicionais|

7 – Contêiner com modelos de exportação| 8 –

Espaço para novos modelos| 9 – Cilindro para

bolsas| 10 – Espaço para modelos infantis| 11 –

Parede para modelos monocromáticos| 12 –

Elevador.

3.2 Referência Projetual2 | Loja Alexandre Herchcovitch – Tóquio

A primeira loja internacional do estilista brasileiro

Alexandre Herchcovitch, localizada na capital do

Japão, Tóquio, no bairro de Shibuya – ku, lugar

que concentra um grande número de grifes

internacionais. É um espaço onde são expostas e

vendidas exclusivamente suas peças. (ver figura

26.12)

O projeto tem como autor, o arquiteto Arthur

Casas, o projeto teve início no ano de 2006 e foi

Page 58: loja conceito-tfg

57

concluído no ano de 2007. A área de intervenção

do projeto é de 70.91m².

Fig. 26.12 – Vista Externa da Loja Alexandre

Herchcovitch. Tóquio, Japão

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

Como o projeto foi direcionado para o consumidor

japonês, que possui tradições e costumes bem

diferentes dos norte americanos e brasileiros,

primeiramente foi estudado o público que se

queria atingir para assim desenvolver o partido

arquitetônico. Com isso descobriu-se que o

público japonês é mais curioso e busca mais

exclusividade.

As características arquitetônicas tiveram a

intenção de atrair principalmente o público alvo e

posteriormente os consumidores secundários que

depois de conhecer a loja muitas vezes pela

curiosidade que ela desperta, passa a ser um

consumidor direto.

Este exemplar estudado tem como característica

de fachada o maior contraste com o entorno,

Page 59: loja conceito-tfg

58

característica essa, que foi utilizada no

anteprojeto que neste trabalho foi desenvolvido.

A loja foi construída a partir de um prédio

existente, que possivelmente foi construído para

fins comerciais. A edificação foi completamente

coberta por uma estrutura revestida com laminado

melamínico. Como o carro chefe do estilista são

suas estampas aplicadas as peças, a cada

mudança de temporada, a estampa de toda

fachada é substituída (ver figuras 26.13, 26.14).

A relação do prédio com o seu entorno é de total

contraste. Enquanto todas as outras lojas

apresentam grande sobriedade, a loja do estilista

parece saltar entre as demais num formato de

grande caixa.

A ideia de fachada mutante é bastante

interessante, visto que a moda é um fenômeno

efêmero, pode-se deixar a loja sempre com um

aspecto atualizado.

Com a concepção de uma loja que mais parece

uma grande caixa que esconde todo o interior da

loja, o arquiteto, teve como intenção provocar

ainda mais a curiosidade do que está

escondido.Quando a loja está fechada, não se

consegue ver nada de seu interior, e quando está

aberta muito pouco se vê. Isso porque a loja está

envolta por uma caixa, e as aberturas são por

meio de janelas basculantes, que quando estão

abertas apenas mostra a iluminação da loja, não o

que está no seu interior.

Page 60: loja conceito-tfg

59

Fig. 26.13 – Fachada Principal da Loja.

Percepção do contraste da loja entre as demais

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012.

Fig. 26.14 – Fachada Principal da Loja.

Percepção do contraste da loja entre as demais

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/ - 20/03/2012

O conjunto forma e grafismos, cria um expressão

visual que está além da expressividade plástica

da forma, mesmo essas sendo uma forma pura,

um prisma simples, mas essa pureza associada

ao excesso marcante das estampas torna o

conjunto marcante e notável.

Internamente, a organização do espaço e

utilização das cores, procurou dar destaque às

Page 61: loja conceito-tfg

60

peças, mas ao mesmo tempo, sem deixar de lado

descontraído que também faz parte do estilo

adotado pelo estilista (ver figuras 26.15, 26.16).

(Melendez, 2008).

Fig. 26.15 – Vista Interna da Loja. Simplicidade

nos detalhes dão destaques as peças

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

Fig. 26.16 – Descontração sutil nas prateleiras

feitas a partir de azulejos que se destacam da

parede.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/- 20/03/2012.

Page 62: loja conceito-tfg

61

A loja está dividida entre subsolo e térreo e seu

programa consiste em:

Subsolo: provador e estoque

Térreo: loja, balcão e provador.

Considerando os aspectos de loja conceito que

foram empregados no projeto, o que pode ser

observado é que o partido arquitetônico foi

tomado como conceito. Visto que, foi a partir dele,

que o projeto passou a ter seu diferencial a partir

dosaspectos da fachada. Que mesmo possuindo

uma forma pura consegue transmitir a mensagem.

Por fim foram destacadas as potencialidades,

que procurou-sereproduzir no anteprojeto

desenvolvido. A preocupação da fachada para

cada coleção, prevendo efemeridade da moda,

quando são alteradas as estampas que recobrem

a fachada. Outro fator, é o total destaque que a

loja possui perante seu entorno que faz prender a

atenção do consumidor além de despertar a

curiosidade do mesmo.

3.3 Referencia Projetual3 | Loja M - SP

A loja M, localizada na Rua Pedroso de Morais,

Bairro Pinheiros na cidade de São Paulo, vende

roupas e acessórios assinados pela marca M.

O projeto é de autoria conjunta do escritório

Marton+Marton com o escritório Planche

arquitetura+design. O projeto foi concluído no ano

de 2009 (ver figura 26.17).

A marca M, possui algumas lojas espalhadas pela

cidade de São Paulo, mas uma delas possui um

Page 63: loja conceito-tfg

62

diferencial que a faz ser considerada uma loja

conceito.

Este exemplar seria, dentre os 3 estudados o que

mais se assemelha ao que se pretende

conceitualmente para cidade de Caruaru. Tanto

quanto ao local onde está implantado, o tipo de

atividade realizada no seu entorno, além, das

atividades secundárias que a loja oferece.

Fig. 26.17 – Fachada Principal. Ao centro o

acesso à loja M, e a direita o acesso

independente do Estúdio M.

Fonte: http://blogdaemme.com/ - 30/04/2012.

Este exemplar seria, dentre os 3 estudados o que

mais se assemelha ao que se pretende

conceitualmente para cidade de Caruaru. Tanto

quanto ao local onde está implantado, o tipo de

atividade realizada no seu entorno, além, das

atividades secundárias que a loja oferece.

Como intuito de atrair o consumidor, foram

inseridas na loja M algumas atividades

complementares ao uso de loja de roupas, o que

caracteriza uma loja conceito, e por isso, se

Page 64: loja conceito-tfg

63

assemelha ao anteprojeto arquitetônico que será

desenvolvido para a cidade de Caruaru. Agrupar

atividades que induza as pessoas que querem

passar mais tempo dentro da loja, ou as pessoas

que frequentam a loja apenas pelas outras

atividades que ela oferece, passem por

consequência de serem consumidores da marca.

A Loja M, além de loja de roupas, possui no

mesmo lugar, um salão de beleza, uma mini

livraria, com livros para consulta e espaço com

internet e um espaço destinado ao lazer noturno,

denominado Estúdio M, casa noturna, que faz

parte do roteiro de baladas da capital.

O estúdio M e a Loja M, possuem administração

distintas, sendo assim uma estratégia dos

empresários para trazer um publico diferenciado

para desfrutar da casa de shows e ao mesmo

tempo agregar a mesma a credibilidade da marca

M.

É interessante como se comportam os fluxos

desses elementos distintos dentro da loja. Mesmo

a loja propriamente dita, e o Estúdio M, possuindo

acessos diferenciados, por boa parte do caminho

até a entrada do estúdio, podemos observar o

funcionamento da loja, visualizando suas

atividades internas e despertando a curiosidade.

O partido arquitetônico utilizado no projeto

procura expressar a modernidade, fazendo uso de

materiais contemporâneos, como metais além de

formas retilíneas regulares.

A loja encontra-se numa rua onde há uma mistura

de bares, restaurantes e atividades de comercio.

Quanto a sua relação com o entorno, há certo

destaque do espaço entre os demais restaurantes

Page 65: loja conceito-tfg

64

e bares que estão no seu entorno. A fachada

possui um gabarito relativamente compatível aos

equipamentos que estão no seu entorno, mas

mesmo assim o uso de materiais diferenciados

manteve o destaque da fachada. Novamente uma

característica que foi utilizada no anteprojeto da

loja conceito Caruaru, destacar

arquitetonicamente a loja empregando total

destaque ao equipamento.

A concepção de fachada e interior da loja são

visivelmente contrastantes. As fachadas frontal e

lateral são quase que totalmente revestidas com

placas quadriculadas metálicas vazadas

causando um efeito visual de cobogó. Já em seu

interior, a frieza do metal é substituída por muitas

combinações de cores que se distribuem na loja,

onde estão as araras e manequins, e no salão de

beleza (ver figuras 26.18, 26.19).

Fig. 26.18 – Vista Externa do Espaço durante a

Noite

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ - 30/04/12.

Page 66: loja conceito-tfg

65

Fig. 26.19 – Primeira Visada ao entrar na Loja

Fonte: http://www.planche.com.br/ - 30/04/2012.

Elementos que geram a sensação de

descontração são utilizados por toda a loja.

Destaque para a grande parede construída com

várias grades coloridas de garrafas de bebidas

(ver figura 24.20).

O equipamento possui dois acessos principais, no

entanto distintos. Um que dá acesso à loja

propriamente dita, e o segundo que direciona ao

Estúdio M. essa solução arquitetônica também foi

utilizada no anteprojeto, pois o ambiente fica

disposto a receber eventos totalmente vinculados

a loja, quanto os que estão parcialmente

vinculados a mesma.

Mesmo com acessos diferenciados, quanto ao

uso do equipamento, quando se entra no hall que

em direção ao estúdio, vitrines criadas na

circulação permitem que o usuário veja o interior e

funcionamento da loja até a porta de entrada.

Uma boa estratégia para induzir o consumidor em

potencial, a observar o interior da loja, ter

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66

curiosidade em conhecer, ver os produtos que ela

oferece e querer entrar na loja.

Esta ideia de permeabilidade dos espaços será

realizada no anteprojeto desenvolvido, ligando

todos os serviços que serão oferecidos no espaço

à loja propriamente dita. Fazendo com que o

consumidor observe a loja de todos os ambientes

gerados, criando um elo entre a marca e o

consumidor.

No interior da loja, um grande galpão com

estruturas e instalações aparentes pintadas com

cores vibrantes, há distribuição e dos manequins.

Próximo à vitrine que se mostra para o hall de

entrada do estúdio, ainda existe o salão de beleza

disponibilizando serviços rápidos. Existem apenas

bancadas e cadeiras assemelhando-se a um

camarim, onde é feito todo o trabalho de salão de

beleza. (ver figura 26.21)

Fig. 26.20 – Grande Parede feita com Grades

Coloridas de Bebidas

Fonte: http://www.martonemarton.com.br/ -

30/04/2012.

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Fig. 26.21 – Vista do Espaço do Salão de Beleza

Fonte: http://www.planche.com.br - 30/04/2012.

No mezanino, está a mini livraria nomeada de

“The book isonthetabel”, espaço agradável para

sentar, ler um livro ou até utilizar a internet wi-fi

disponibilizada pela loja (ver figuras 26.22, 26.23).

Fig. 26.22 – Mini Livrarianomeada “The book is on

the table”

Fonte: http://www.planche.com.br/- 30/04/2012.

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68

Fig. 26.23 – Mini Livrarianomeada “The book is on

the table”

Fonte: http://www.planche.com.br/- 30/04/2012.

Já o interior do Estúdio M pode ser considerado

simplista. Ao entrar pela porta principal teremos

um grande galpão com uma bateria de bares na

lateral e um palco.

O espaço é livre e pode ser modificado de acordo

com o evento que irá ser realizado no local,

podendo ser distribuídas mesas pelo espaço ou

deixando o espaço livre para pista de dança (ver

figuras 26.24, 26.25).

Fig. 26.24 – Vista Interna do Estúdio M, durante

seu funcionamento.

Fonte: http://www.folha.uol.com.br - 30/04/2012.

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Fig. 26.25 – Vista Interna do Estúdio M, que

mostra a versatilidade do espaço que pode ser

alterado de acordo com cada evento

Fonte: http://www.planche.com.br/ - 30/04/2012.

A loja está divida entre térreo e mezanino e seu

programa consiste em:

Térreo: loja, salão de beleza, caixas, provadores;

Mezanino: livraria

O Estúdio M, o programa consiste em:

Térreo: pista de dança, palco, bares e WCs

Dentre todos os estudos de caso analisados, a

loja M, é a que mais agrega aspectos de uma loja

conceito semelhante ao que se pretende propor

para a cidade de Caruaru. Percebe-se que a

característica mais forte é a inserção de outras

atividades dentro da própria loja. Uma maneira de

atrair o publico de várias formas, não apenas pelo

ato de comprar um objeto, mas sim, comprar, usar

e divulgar a marca.

Como problema, podemos destacar a fachada da

loja, que possui uma grande vitrine que ao mesmo

tempo não mostra praticamente nada. O único

ligar que se observa nitidamente a loja na

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70

fachada, é através do pórtico de entrada. As

placas metálicas na fachada impedem a

visualização dos manequins, só a noite quando as

luzes estão acesas, é que essa visualização é

melhorada, porém continua confusa.

Já como potencialidade pode ser apontada a

diferenciação dos ambientes que o proporcionam

opções de entretenimento dentro da loja

vinculando a marca a outras atividades,

consequentemente captando mais consumidores.

3.4 Conclusão dos Projetos Referenciais:

Após análise realizada das lojas conceito

Projetadas com os trêsexemplares, foi gerada

uma tabela, onde sintetiza a análises critica. (ver

tabela 1).

Com os projetos referenciais chegou-se a

conclusão que todas as lojas analisadas possuem

ao menos um aspecto que possam caracterizá-la

como Loja Conceito. Em alguns projetos o foco

utilizado arquitetura de interiores, para transmitir o

conceito da loja.

Todas as lojas estudadas apresentam

características marcantes que poderão ser

utilizadas como inspiração no processo de

geração de alternativas projetuais, e, por fim,

todas as lojas estudadas, não apresentam

estacionamento próprio.

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Tabela 1

Tabela de análise crítica. Fonte: a autora, 2012.

Tabela de análise Estudo de caso 1 Estudo de caso 2 Estudo de caso

3 Critérios de análise

Descrição geral

Espaço Havaianas, SP Autor: IsayWeifeld. Área construída: 300m².

Loja Alexandre Herchcovitch, Tóquio. Autor: Arthur Casas Área construída: 70.91m².

Loja M, SP Autores: Marton+Marton e Planche arquitetura e design.

Partido arquitetônico

Dar um aspecto de largo ao ambiente.

Provocar curiosidade por meio da grande caixa fechada.

Expressar modernidade com o uso de metais e vidros e com formas retilíneas e regulares.

Aspectos construtivos

Cobertura construída com trama metálica ortogonal e vigas transversais.

Prédio existente, construído para uso comercial. Fachada completamente coberta por caixa revestida com formica.

Não houve acesso a essa informações.

Questões espaciais externas

A loja entre em contraste com seu entorno por sua simplicidade de formas e cores.

O exemplar que estabelece maior contraste com o entorno. A loja quebra a sobriedade das demais lojas de forma descontraída.

A loja segue o gabarito das outras edificações existentes no entorno. Que é no máximo 3 pavimentos.

Questões espaciais internas

Ambientes autônomos, destinados desenvolvidos para cada tipo de produto.

Internamente procurou dar o máximo possível de destaque as roupas, mas utilizando alguns detalhes divertidos.

Grande galpão com estruturas e instalações aparentes, pintadas com cores vibrantes.

Diferencial no programa - -

Salão de beleza, livraria, e espaço para festas.

Características de loja conceito

Espaços como o de customização que atrai o consumidor a querer deixar o produto personalizado.

Chocar visualmente e provocar curiosidade no consumidor.

Agregar outras atividades a função principal da loja.

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PROPOSTA /JUSTIFICATIVA

4

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4. Problematização /Justificativa:

Juntamente com o crescimento econômico do município que pertence principalmente ao comércio, observou-se também o adensamento desta área comercial, aglomerados de lojas, tumulto nas calçadas, poluição visual e sonora entre outros aspectos que, de certa forma, causam incômodo ao consumidor.

É natural que a partir do adensamento urbano de uma cidade, sua consequência seja a expansão. É o que percebemos no centro comercial da cidade de Ribeirão Preto.

Esse adensamento de lojas, fez com que o mesmo tendesse a expandir-se em outras direções, locais antes ocupados exclusivamente com uso residencial.

Além do estímulo da instalação para este tipo de atividade comercial neste local, percebe-se que está área possui potencial para este tipo de comercio diferenciado, onde a proposta é disponibilizar ao consumidor produtos mais sofisticados, com atendimento diferenciado e um ambiente que proporcione mais conforto no ato de compra.

Além disso, a consolidação deste tipo de atividade comercial diferenciada, onde se para um maior preço pelo conforto, é possível no local, pois o mesmo está localizado numa área considerada nobre da cidade, bairro Nova Aliança Sul, um bairro residencial de classe A e B. Ainda deve se considerar que este umponto estratégico para a implantação do comércio.

Um outro aspecto relevante que deve ser citado, são os aspectos culturais que estão embutidos na busca por exclusividade do consumidor que está inserido no mercado da moda.Com as informações referentes à moda que são trazidas para cidade, além da contribuição das mídias digitais, o consumidor passa a se informar melhor,

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conhecer, e principalmente saber o que ele realmente quer.

Diante desta argumentação, sentiu-se a necessidade de criar um espaço conceito de moda. Um localque expresse a contemporaneidade da moda.

4.1. Objetivo Geral

A pesquisa teve como objetivo desenvolver umaproposta de projeto para uma loja conceito, dedicada à moda, no bairro Nova Aliança Sul, na cidade de Ribeirão Preto.

4.1.1. Objetivos específicos

Os objetivos específicos referiram-se aos anseios projetuais para a loja conceito e atuaram como guias em seu desenvolvimento. Foram eles:

Propor uma edificação cuja a forma e os materiais levem a ter um destaque perante seu entorno de forma que o equipamento sobressaia aos demais;

Apresentar formas arquitetônicas que sejam exclusivos e diferenciados quanto os produtos do interior da loja, transmitindo através da diferenciação da arquitetura, a diferenciação do produto.

Fazer um tratamento das fachadas que permita através de luz, material e cores, que de alguma forma, esteja sempre em transformação, tendo em vista efemeridade da moda.

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4.2. Área de Estudo

O terreno localiza-se no bairro Nova Aliança Sul. Optou-se por este terreno, pois ele encontra-se em um local estratégico de expansão de comércio: área muito valorizada pelo setor imobiliário da cidade e que modifica sua paisagem aceleradamente com as futuras implantações de lojas, que proporcionam um serviço diferenciado proporcionado ao público de classe A.

O lote selecionado segundo o plano diretor da cidade menciona que está é uma área de uso residencial, porém que permite que outros equipamentos sejam implantados.

Existem outros serviços disponibilizados no local que também atraem pessoas.

Fig. 27 – Foto área de Ribeirão Preto

Fonte:http://www.google.com.br/imgres?q=fotos+a

%C3%A9reas+de+ribeir%C3%A3- Acesso em

20/03/2012.

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76

Fig. 28 – Terreno selecionado e suas dimensões

Fonte: A autora, 2012.

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77

PROJETO

5

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5. O Projeto

5.1. Partido arquitetônico

Nesta etapa, foi definido o programa geral de todo o equipamento, quantos ambientes a loja irá possuir e a justificativa para que eles mereçam fazer parte do complexo.

Como a principal idéia é descentralização do serviço, isto é, a disponibilização de outras atividades dentro da própria loja para que o consumidor compre a marca não apenas pelas peças de moda, mas também toda a atmosfera criada para indução de compra e ao mesmo tempo lazer.

Para isto, buscou-se trazer para o projeto da loja conceito atividades que proporcionassem opções de lazer para quem, aprecia moda, arte e design. Seria formas secundárias de veicular a marca ao usuário, fazendo com que o mesmo não se dirija a loja apenas para as compras, mas também por apreciar o lugar que lhe proporciona conforto onde se pode apreciar uma exposição, sentar para apreciar uma boa comida, ou evento no espaço da loja.

Foram pensados diferentes tipos de atividades que a loja poderia proporcionar, onde o espaço pudesse funcionar durante os horários diurnos e noturnos. Mesmo com atividades distintas, as mesmas quando agrupadas possuem certa unidade, por estar proporcionando espaços para compra, convívio, gastronomia e lazer.

Atividades estas que enquadram na atmosfera da moda, e se aproximam do publico direcionado.

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5.2. Programa de Necessidades:

Externo

- Jardim

- Espaço para eventos

- Bistrot

Interno:

- Lojas

-Bistrot

- Provadores

- WCs

- Administração

- Depósito

- Copa

- Cozinha

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Tabela 2

Tabelo do dimensionamento final. Fonte: a

Autora, 2012.

Setor Ambiente M²

Área Livre Estacionamento 318m² Loja Espaço para a loja

Provadores Caixa WC Exposições

197m²

Bistrot Bistrot Cozinha bistrot Caixa

123m²

Eventos Espaço para eventos Bar Caixa WCs Deposito

130m²

Área de serviço Administração Hall de serviço Deposito Copa

19m²

Área Total construída 787m²

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81

LOJA

6

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6. Loja

Neste capítulo, será descrito como se dará o

comportamento da loja. Os produtos que serão

vendidos, a forma que os mesmos serão expostos

e o esquema de rotatividade das marcas que

terão seus produtos expostos na loja.

A idéia principal da loja que foi desenvolvida

nesse trabalho, é a venda de produtos para todos

que apreciam moda.

Uma espécie de loja coletiva onde cada marca

possui espaçopara expor seus produtos.

Pequenas lojas que quando juntas proporcionam

um espaço com grande diversidade de peças.

Estes espaços individuais dentro da loja, estão

em forma de nichos que são alugados pelas

marcas e distribuídos dentro da loja.

A forma que será tratada especificamente neste

trabalho é a de vender produtos de moda, mas ao

mesmo tempo proporcionar ao consumidor outras

formas de entretenimento, como espaço para

eventos, exposições, espaço de convívio e bistrot.

Um tipo de loja colaborativa, a loja em seu espaço

físico, sede espaços alugando os para que as

marcas possam expor seus produtos. Assim a

uma grande rotatividade de lojas e variações de

produtos atraindo sempre o consumidor.

A proposta de projeto para loja a loja conceito, foi

desenvolver uma arquitetura possuindo um

partido de impacto, para mostrar por meio da

arquitetura o que a loja pretende vender.

Desta forma, a princípio foi adotado caixas. A

caixa esconde algo, ela guarda sempre uma

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surpresa, gera curiosidade, revelando as vezes

características do que encontra-se em seu

interior, por meio de formas, cores e texturas.

Vitrines convencionais em toda a fachada da loja.

Foi pensada aberturas em locais estratégicos, que

permita a iluminação natural, além da visualização

interna da loja.

Procurou-se criar uma relação de contraste,

fazendo com que a loja destaque-se entre as

demais.

A fachada cega permite entrar em mutação por

meio de iluminação diferenciada, adesivagens e

pinturas, que possam representar as coleções e

estações, se tornando um grande mural e

comunicação visual.

O interior da loja será integrado todos os

ambientes, por meio de circulações e panos de

vidros, podendo ser vistas de todos os pontos: do

espaço de eventos, mezanino – bistrot, e

exposições.

O mezanino permitirá uma vista panorâmica para

a loja.

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Natureza e Origem de Dados

A fonte para obtenção de dados acerca do referencial teórico foram obtidos da seguinte maneira:

- Biblioteca do Centro Universitário Barão de Mauá

- Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto

- Diário Oficial ( Legislação Publicada)

- Acervo Público

- Periódicos

- Fotos e textos eletrônicos

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Referencias Bibliográficas

LIVROS

ANDRADE, Claudia Miranda Araújo de. A história do ambiente de trabalho em edifícios de escritório – um século de transformações. São Paulo: C4, 2007.

BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. Tradução de Leticia Martins de Andrade. São Paulo: Estação Liberdade, 2007.

BLASER, Werner.Mies van der Roche. Tradução de Júlio Fisher. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Coleção Arquitetos.

BLESSA, Regina. Merchandising no ponto de venda. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007.

CHING, Francis D. K. Arquitetura – Forma, espaço e ordem. Tradução de Alvamar Helena Lamparelli. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

CHING, Francis D. K. Dicionário visual de arquitetura. Tradução de Júlio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

CIONE, Rubem. Memórias de Ribeirão Preto – Rumo ao novo milênio. Ribeirão Preto: Clips Editora S/C. 1999-2000.

DUL, Jan; WEERDMEETER, Bernard. Ergonomia Prática. 3.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.

FRAMPTON, Kenneth. Historia crítica da arquitetura moderna. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GIEDION, Sigfried. Espaço, tempo e arquitetura – O desenvolvi mento de uma nova tradição. Tradução de AlvamarLamparelli. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. Tradução de Carlos Eduardo Lima Machado. 2.ed. são Paulo: Martins Fones, 1999.

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87

KROMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia - Adaptando o trabalho ao homem. Tradução de Lia Buarque de Macedo Guimarães. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

NEUFERT, Ernst; NEUFERT, Peter. Arte de projetar em arquitetura. Tradução de Benelisa Franco. 17.ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2004.

OLIVATO, Paulo. Edifícios corporativos – Aflalo&Gasperini: Família Atrium. São Paulo: Ateliê Editoria/Giro, 2004.

SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 2.ed. São Paulo: Edusp, 1998.

ZEVI, Brauno. Frank Lloyd Wright. 7.ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998.

ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. Tradução de Maria Isabel Gaspar e Gäetan Martins de Oliveira. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

PERIÓDICOS

ARQUITETURA E URBANINO. São Paulo: Pini, n. 153, Dez. 2006. 80p.

ARQUITETURA E URBANINO. São Paulo: Pini, n. 173, Ago. 2008. 94p.

CONSTRUÇÃO MERCADO. São Paulo: Pini, n. 85, Ago. 2008. 136 p.

FI MENDES SÁ EDITORA. Ribeirão Preto, SP. Um olhar vertical e horizontal – 150 anos da construção civil de Ribeirão Preto, 2007.

PROJETO E DESIGN. São Paulo: Arco Editorial, n. 309, Nov. 2005. 114 p.

RIBEIRÃO PRETO – MEMORIA FOTOGRAFICA. Ribeirão Preto: Ed. Colégio Ltda. 1985.

TÉCHNE. São Paulo: Pini, n. 132, Mar. 2008. 80p.

TÉCHNE. São Paulo: Pini, n.1 32, Abr. 2008. 104p.

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88

NORMAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

SITES

CONDOMÍNIO do Edifício Prédio Martinelli. Acesso em 28/03/2012. Disponível em: http://www.prediomartinelli.com.br/historia.php

ESTRATÉGIAS de flexibilidade na arquitectura domestica holandesa: da conversão à multifuncionalidade. Acesso em 28/03/2012. Disponível em: http://infohabitar.blogspot.com/2007/01/estratgias-de-flexibilidade-na.html

FLEXIBILIDADE e adaptabilidade: princípios para expansão em projetos de habitações de interesse social. Acesso em 28/03/2012. Disponível em: http://www.cesec.ufpr.br/workshop2007/Artigo-21.pdf

FINESTRA. Recuos e lâminas curvas. Gilmara Gelinski. Acesso em 20/03/2012. Disponível em http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura621.asp

PORTAL AONDE VAMOS. O que é visual merchandising? Acesso em 28/03/2012. Disponível em: http://www.esporteja.com.br.

Secretaria de Infra-Estrutura. Acesso em 12/03/2008. Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/sinfra/i18principal.asp?pagina=/sinfra/i18principal.htm

Secretaria de Obras Públicas e Particulares. Acesso em 20/03/2012. Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/PRINCIPALN.php?pagina=SOBRA/i26PRINCIPAL.htm

Secretaria de Obras Publicas e Particulares. Acesso em 20/03/2012. Disponível em: http://www.ribeirãopreto.sp.gov.br/sobras/i26principal.asp?pagina=sobras/solo/i26principal.htm

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89

TEMPLOS DA MARCA. Revista shopping centers, Janeiro 2009, número 148. Acesso em 20/03/2012. Disponível em: http://www.portaldoshopping.com.br.

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90

ANEXO

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Flexibilidade

Definição de Flexibilidade e Termos Relacionados

- Flexibilidade: Aptidão para variadas coisas ou aplicações;

- Flexível: que se pode dobrar ou curvar; maleável; tolerante;

- Mutável: mudável; que pode ser mudado;

- Mobilidade: qualidade ou propriedade do que é móvel ou do que obedece ás leis do movimento; versatilidade;

- Diversidade: variedade; diferença;

- Maleabilidade: qualidade do que é maleável; flexibilidade.

Segundo Larcher e Santos (2005), a flexibilidade é um conceito profundamente inserido tanto na história, como no repertório técnico e teórico da arquitetura moderna e contemporânea, uma técnica construtiva buscada no século XX. Devido às mudanças na economia e nas formas de vida das sociedades urbanas; vem como um conceito para sustentabilidade da arquitetura. São situações específicas de agregação de espaço construído à habitação, mas que pode ser aplicado a outro uso.

EXPANSABILIDADE – ADAPTABILIDADE – FLEXIBILIDADE

Segundo Hertzberger (1999), o conceito de flexibilidade pode ser entendido como:

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- A negação absoluta de um ponto de vista fixo;

- Certeza de que a solução correta não existe;

- Está ligada à incerteza;

- Soluções inadequadas para um problema;

- O essencial, portanto, é chegar a uma arquitetura que, quando os usuários decidirem dar-lhes uso diferente do que foi originalmente concebido pelo arquiteto, não seja a perturbada a ponto de perder sua identidade;

A partir da categorização proposta por Brand (1994) e Leupen (2002), distinguem-se seis elementos arquitetônicos, a serem consideradas estratégias de flexibilidade:

1 – Envolvente – Localização e tipo de inserção urbana;

2 – Estrutura – Fundações e elementos estruturais;

3 – Invólucro exterior – Superfícies exteriores – fachadas e coberturas;

4 – Serviços – Redes técnicas de águas e esgotos, eletricidades, gás, TV, telefone, internet;

5 – Acessos/circulação – Escadas, corredores, elevadores, galerias;

6 – Configuração espacial – Elementos do interior ( paredes, tetos, pavimentos, portas , etc).

A importância da envolvente flexibilidade está relacionada com as estratégias de expansão e de multifuncionalidade.

A concepção estrutural (dimensionamento e sistema utilizado) é essencial em relação a todos os tipos de estratégias de flexibilidade.

A concepção do invólucro exterior está diretamente relacionada com as estratégias de

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conversão, de expansão ou com a multifuncionalidade.

A concepção das redes técnicas (água e esgoto, gás, luz, eletricidade, telefone, TV, internet) e dos serviços (cozinha e instalações sanitárias) é de grande relevância em todas as estratégias e de flexibilidade, uma vez que estes são ainda, na maior parte dos casos, os elementos fixos do espaço.

A concepção da circulação e dos acessos é essencial em soluções de expansão e de conversão, e em muitos casos está associada aos serviços.

A configuração espacial do interior do edifício tem de prever possíveis alterações no sentido de criar um sistema aberto a modificação.

Seja qual for à estratégia adotada, ou conjunto de estratégias, a flexibilidade nunca é ilimitada, pode é possuir uma amplitude mais ou menos abrangente. Para a sua definição os projetista devem prever possíveis “cenários” a que o projeto terá de responder.