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LOJA VIRTUAL DE ROUPAS MASCULINAS: COM BASE EM CASES DE SUCESSO Juliana Vilanova Gois [email protected] Universidade Federal de Sergipe, Engenharia de Produção 49027010 Aracaju - Sergipe Resumo: Para a criação de uma loja seja qual for seu segmento, é necessário que o mercado ao qual essa loja será inserida seja pesquisado, o público ou possíveis consumidores sejam estudados, para saber quais são as reais necessidades e o que poderia ser oferecido de diferente para se obter a satisfação dessas pessoas. Quando essas duas importantes questões são pesquisadas o posicionamento que essa loja terá tem que ser decidido, pois esse fator será determinante para que o preço e principalmente o valor agregado seja percebido pelo público, por fim nós decidiremos como divulgar essa loja, de uma forma eficiente que atinja o posicionamento correto, se mostre frente as outras lojas existentes no mercado e em especial que alcance o público-alvo. Uma loja de roupas masculinas virtual, que tivesse o diferencial de ter aspectos culturais e de criação sergipana foi o objeto de estudo. Escolhemos o mercado sergipano para análise, as classes A, B e C como o público-alvo e o posicionamento de loja de alto padrão avaliando qual a melhor comunicação para esse tipo de loja. Todas as análises partem de “cases” de lojas de sucesso, para isso selecionamos lojas virtuais e não virtuais famosas do Brasil, que conseguiram alcançar o sucesso junto ao público consumidor. Palavras-chave: Mercado; Posicionamento; Comunicação; Público-alvo. 1. INTRODUÇÃO Na criação de qualquer negócio o mercado tem que ser avaliado, para que possa ser realizado o planejamento estratégico, sendo o mesmo um processo gerencial, que envolve técnicas e atitudes administrativas e que permite o estabelecimento de objetivos e metas, geralmente de longo prazo, mensurando as ameaças e oportunidades, pontos fracos e pontos fortes da empresa. No presente estudo o mercado sergipano é o alvo da análise. Verifica-se que as marcas sergipanas são mais comuns do que o grande público conhece, um exemplo disso é a estratégia inovadora da marca “Vibonatti” que foi uma das percussoras neste ramo. Com roupas masculinas, a “Vibonatti” apostou em se transformar em uma marca “estrangeira”. Conhecendo o público de Sergipe, famoso por optar e valorizar produtos e serviços vindos de fora do estado, a marca apostou em um nome de origem estrangeira, uma marca que é uma fiel representação da bandeira da Itália e em uma campanha de lançamento

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LOJA VIRTUAL DE ROUPAS MASCULINAS:

COM BASE EM CASES DE SUCESSO

Juliana Vilanova Gois – [email protected]

Universidade Federal de Sergipe, Engenharia de Produção

49027010 – Aracaju - Sergipe

Resumo: Para a criação de uma loja seja qual for seu segmento, é necessário que o mercado ao qual essa loja

será inserida seja pesquisado, o público ou possíveis consumidores sejam estudados, para saber quais são as

reais necessidades e o que poderia ser oferecido de diferente para se obter a satisfação dessas pessoas. Quando

essas duas importantes questões são pesquisadas o posicionamento que essa loja terá tem que ser decidido, pois

esse fator será determinante para que o preço e principalmente o valor agregado seja percebido pelo público,

por fim nós decidiremos como divulgar essa loja, de uma forma eficiente que atinja o posicionamento correto, se

mostre frente as outras lojas existentes no mercado e em especial que alcance o público-alvo.

Uma loja de roupas masculinas virtual, que tivesse o diferencial de ter aspectos culturais e de criação

sergipana foi o objeto de estudo. Escolhemos o mercado sergipano para análise, as classes A, B e C como o

público-alvo e o posicionamento de loja de alto padrão avaliando qual a melhor comunicação para esse tipo de

loja. Todas as análises partem de “cases” de lojas de sucesso, para isso selecionamos lojas virtuais e não

virtuais famosas do Brasil, que conseguiram alcançar o sucesso junto ao público consumidor.

Palavras-chave: Mercado; Posicionamento; Comunicação; Público-alvo.

1. INTRODUÇÃO

Na criação de qualquer negócio o mercado tem que ser avaliado, para que possa ser realizado

o planejamento estratégico, sendo o mesmo um processo gerencial, que envolve técnicas e

atitudes administrativas e que permite o estabelecimento de objetivos e metas, geralmente de

longo prazo, mensurando as ameaças e oportunidades, pontos fracos e pontos fortes da

empresa. No presente estudo o mercado sergipano é o alvo da análise.

Verifica-se que as marcas sergipanas são mais comuns do que o grande público conhece, um

exemplo disso é a estratégia inovadora da marca “Vibonatti” que foi uma das percussoras

neste ramo. Com roupas masculinas, a “Vibonatti” apostou em se transformar em uma marca

“estrangeira”. Conhecendo o público de Sergipe, famoso por optar e valorizar produtos e

serviços vindos de fora do estado, a marca apostou em um nome de origem estrangeira, uma

marca que é uma fiel representação da bandeira da Itália e em uma campanha de lançamento

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da marca que fazia lembrar catálogos de revistas famosas, como também desenvolvendo a

ideia que uma marca internacional estava chegando ao estado. Mesmo sendo uma loja do

interior de Sergipe ela adotou por muito tempo a estratégia de não divulgar seu local de

origem para o seu público em suas campanhas. Hoje em dia essas marcas se multiplicam a

cada dia, seja no interior ou mesmo na capital. Em Aracaju com o crescimento acelerado da

cidade e a expansão das galerias, os empresários apostam na abertura de diversas lojas em

vários segmentos diferentes.

Associado a esse crescimento, encontramos o comércio eletrônico, sendo que o mesmo ainda

é um passo no desconhecido para vários desses empresários, que tem suas experiências

profissionais baseadas no modelo mais antigo de negócios, aquele em que o vendedor

conhece o seu cliente, sabe dos seus gostos e sente a necessidade de ter o contato pessoal e o

“olho no olho” para concretizar suas vendas. Porém, com o avanço da tecnologia, esses

empresários podem perder o cliente que busca agilidade, comodidade e praticidade ao

comprar um produto sem nem mesmo sair de casa. Esse nicho de mercado foi percebido por

sites de compras como: MercadoLivre e Submarino, pioneiros em vendas online e que já

conquistaram a confiança de suas usuários.

Atualmente aumenta o número de pessoas que utilizam a internet para se comunicar, acessar

suas contas no banco, fazer pequenas coisas e claro, efetuar compras. O mundo de

possibilidades da internet é a base do sucesso de sites como o Netshoes, site especializados

em vendas de roupas esportivas de várias marcas no meio online. A Netshoes, assim como os

sites mais antigos se utilizou das mídias convencionais como televisão, para divulgar seus

serviços e facilidades para quem utiliza a internet e para quem irá acessá-la pela primeira vez.

Quando acessam o site os usuários se deparam com várias opções de modelos, cores,

tamanhos e depois que efetuam a compra, ocorre rapidez na entrega do produto.

Segundo Basso o comércio eletrônico é o instrumento pelo qual se realizam todas as

atividades comerciais realizadas através de processamento e transmissão de dados digitais e se

revela como uma necessidade no mundo contemporâneo onde às notícias são transmitidas de

um país a outro numa fração de segundos e os negócios são realizados além das fronteiras

nacionais, levando o mercado a adotar novas técnicas para a sedução de consumidores.

O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional, tem passado por profundas

mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente relacionadas com a

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Tecnologia da Informação (TI). Essa relação engloba desde o surgimento de novas

tecnologias, ou novas aplicações, para atender às necessidades do novo ambiente, até o

aparecimento de novas oportunidades empresariais criadas pelas novas tecnologias ou novas

formas de sua aplicação. Nesse novo ambiente, o Comercio Eletrônico, com suas aplicações

inovadoras e revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes como maior poder

de inovação nos processos de negócios nos vários setores econômicos.

Verifica-se que a Internet revolucionou o ambiente dos negócios. Ao permitir um fluxo

contínuo e quase instantâneo de informações, a Internet viabilizou uma alocação mais

eficiente das unidades e recursos produtivos, que passaram a ser organizados em escala

global. Com rápido fluxo de informações, limitações com os custos de transação e

administrativos dão lugar a novas possibilidades, em que o valor gerado pelas organizações

depende muito mais de sua capacidade de coordenar redes (sistemas) de valor, permitindo que

cada unidade individual otimize a utilização de seus recursos (capital, trabalho, matéria-

prima,administração,informação e tecnologia).

Em Aracaju algumas lojas começam a apostar na internet como principal ferramenta de

comunicação, é o caso da “Era Store”, loja que vende camisetas de outras lojas nacionalmente

conhecidas. Sua estratégia é a divulgação via redes sociais para atrair a atenção do seu

público. Outro exemplo é a estratégia ousada da “Clash”, loja de roupas exclusivamente

femininas que faz uso das redes sociais como principal meio de divulgação. Na Clash os

clientes podem ver as novidades através das redes sociais e as vendas e cadastros são feitos

pelo site da marca.

A estratégia de marketing abrange a seleção de um mercado-alvo e a tomada de decisões em

relação aos elementos cruciais do composto de marketing: produto, preço, promoção e praça.

Assim uma pergunta é feita diante do cenário de vendas online: Como o mercado sergipano

receberá uma loja de roupa masculina exclusivamente eletrônica?

2. DESENVOLVIMENTO

Para que o nosso estudo sobre uma marca de roupas seja realizado precisamos pesquisar,

estudar e entender acerca de cada variante do nosso ramo, uma vez que esse conhecimento

será vital para o futuro da empresa. Exemplos de sucesso que nos mostrem como estruturar o

novo empreendimento, é a pergunta básica de qualquer pessoa que quer abrir o seu próprio

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negócio. Dependendo do produto ou serviço que será vendido, do segmento que será

estabelecido e do nicho que será atendido, exemplos não costumam faltar, seja essas empresas

novas, iguais a já existentes ou com diferenciais competitivos, sendo que dessas variações

encontraremos referências e analisaremos os pontos fortes e fracos a fim de estruturar a nossa

e aperfeiçoar os resultados positivos.

Ao verificar lojas de roupas nacionais e regionais, sendo essas virtuais ou não, com ideias,

mercado, público, missão e visão bem próximas do que pretendemos na nossa futura empresa,

definimos quais são os casos que tomaremos como referência, sem esquecer de adaptá-los a

nossa realidade, pois um futuro proprietário tem que ter ciência dos caminhos que serão

percorridos, bem como das dificuldades e da dedicação que um negócio exige para ser posto

em prática.

Para planejar o futuro dessa nova empresa todas as variantes que precisavam ser percorridas

foram levantadas, pois elas definirão desde o lançamento desta marca até em caso de sucesso

uma possível ampliação de mercado. Baseados em exemplos de lojas do mesmo segmento

identificamos como principais variantes: Tipo de Loja, Gênero, Classe Social, Preço dos

Produtos, Diferencial, Mercado, Consumidor, Mundo Virtual e Comunicação da loja. Dessa

forma é possível conhecer e definir aonde iremos nos diferenciar dos demais, para quem

venderemos, onde venderemos e como chegar a essas pessoas. Cada variante tem seu papel e

estão interligadas, uma vez que são dependentes, sendo que o seu resultado implicará no

sucesso ou fracasso da loja.

2.1. Tipo de Loja

Na criação de uma nova empresa as possibilidades, saturação e oportunidades precisam ser

pesquisadas para que esse negócio tenha o resultado positivo esperado. Sendo que o ramo de

roupas é um dos mais antigos negócios da história da humanidade ao qual conhecemos.

As roupas sempre tiveram uma função. Elas acompanham o homem, e evoluem com ele,

desde os primórdios. Na pré-história as vestimentas tinham uma razão mística, pois os

homens acreditavam que se estivessem vestidos com a pele de um animal adquiririam a força

do mesmo. Nas primeiras civilizações (assírios, babilônicos e egípcios), os sacerdotes usavam

roupas de pele apenas para rituais religiosos. Nestas civilizações passou-se a utilizar fibras

naturais tecidas (lã e linho). Os assírios, povo guerreiro e relativamente nômade, usavam a lã;

já os egípcios usavam fibras do linho que era cultivado nas margens do rio Nilo. Isto mostra

que as roupas de um povo estão relacionadas com a matéria-prima e com a tecnologia

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disponível. Nestas civilizações já é possível perceber o uso das roupas como forma de

diferenciar as classes sociais. Governantes e sacerdotes usavam trajes e joias que lhes

identificassem como tais. Durante a Revolução Comercial a classe dos nobres e de

comerciantes ricos aumentou consideravelmente, logo a roupa foi usada como uma forma de

se diferenciar dos demais da corte (TREPTOW, 2003, p.23-25).

Segundo Santaella (apud DE CARLI, 2002, p.9), a Revolução Industrial foi um importante

marco para a moda, sendo que o autor revela: “A moda foi se tornando explícita quando a

revolução industrial possibilitou a reprodutibilidade técnica de seus produtos, a reprodução

em série do mesmo. Com o crescimento demográfico dos quais se originaram os aglomerados

humanos nos primeiros grandes centros urbanos, notadamente em Paris e Londres, a moda

começou a se converter em fascínio, nas galerias em que produtos, ofertados por trás dos

vidros, paralisavam, com piscadelas sedutoras, o passo dos transeuntes”.

Para Lipovetsky (1989, p.33) a moda é dominada pelo culto das novidades, logo, para que

exista algo novo é preciso que as coisas estejam em constante mutação. O autor defende que

para os consumidores, o novo é superior ao antigo, e que por isso há muitos slogans de

produtos que ressaltam este adjetivo: “É novo, é Sony“, “Novo Pampers”, “Novo Ford

Escort”, entre tantos outros (LIPOVETSKY, 1989, p.160).

Quando o segmento de roupas foi escolhido, uma enorme oportunidade foi enxergada, uma

vez que essa indústria gera bilhões por ano, além de percebermos que o mercado em estudo, o

sergipano, carece em ver, sentir e vestir sua própria identidade, inserindo seus costumes e

tradições.

2.2. Gênero

A vaidade, característica antes exclusivamente feminina e negada pelos homens, tem

aparecido como tópico central nos periódicos masculinos, quando o assunto é o bem-estar, os

cuidados com a saúde e a preocupação com a estética e o vestuário.

Atualmente os homens devem ter em mente que o seu visual, desde o relógio até a armação

dos óculos, revela ao interlocutor a sua personalidade. São pistas que surgem na mente do

interlocutor e ajudam-no a montar a imagem das pessoas com quem ele está se comunicando.

É a questão das formações imaginárias que auxilia na percepção das características

masculinas. Dessa forma o vestuário dirá muito sobre a pessoa e auxiliará na construção de

sua imagem perante a sociedade.

Nos dias atuais vemos homens casa vez mais preocupados em se vestir bem em todas as

ocasiões, com isso a procura por dicas, por revistas especializadas, por tratamentos estéticos e

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por roupas, que façam o seus mais variados gostos e que representem sua personalidade e

grupo, aumentam a cada dia.

A comercialização de produtos voltados para o público masculino exige criatividade e muita

informação. Este segmento é extremamente dinâmico e diversificado, pois lida diretamente

com as variações nas tendências da moda, que ocorrem a cada estação e possibilita a atuação

com produtos populares ou sofisticados, clássicos ou esportivos.

2.3. Classe Social

Para CHURCHILL e PETER (2003) a população pode estar distribuída em sete classes

sociais, tais como a A1, A2, B1, B2, C, D, e E onde fica evidente não só a diferença entre

rendas, mas também entre valores e comportamentos. As primeiras (A1, A2, B1, B2) tem

maior poder aquisitivo, nesta faixa de alvo do mercado estão situados os consumidores que de

fato já conhecem o produto, interessam-se por ele e adquirem-no, pois com ele satisfazem

necessidades e desejos específicos.

As demais classes (C, D, e E) encontram-se a maioria dos consumidores potenciais, onde

quase sempre há uma insatisfação, pois sua satisfação está ligada a renda, mesmo que haja a

intenção de consumo, muitas vezes eles se deparam com o preço, que por sua vez pode está

acima das disponibilidades, dar-se aí a compra confrontada com a renda disponível.

Na escolha da classe social dos nossos futuros consumidores, levamos em conta o produto

que iríamos produzir com sua qualidade, valor agregado e o poder de compra de cada classe.

As classes A e B foram escolhidas como públicos ideias para o produto, que tem poder

econômico para consumi-lo e subentende-se que tem conhecimento suficiente para entender a

proposta da marca. A classe C foi escolhida após a observação do público de Sergipe e

principalmente da capital Aracaju, que em sua maioria faz esforços econômicos para adquirir

produtos com sofisticação e qualidade.

2.4. Preço dos Produtos

Para CHURCHILL e PETER (2003) o preço também exerce influência no comportamento do

consumidor e na avaliação da decisão de compra, de acordo com a classe social é que o

consumidor considera o preço do produto/serviço um atributo relevante.

O preço é determinado por tudo aquilo que aquele produto ou serviço demanda de custos para

ser fabricado, transportado, negociado e vendido. Todo o processo desde a matéria-prima até

o consumidor final é levado em conta, além de um fator preponderante, o valor agregado.

Como já abordamos neste estudo a função das roupas mudou durante os anos e hoje

representa além de beleza e status um sentimento tão positivo, que faz com que as pessoas

passem a acreditar e gostar mais de si mesmas quando vestem determinadas marcas.

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Uma marca que irá vender design sergipano, cultura, ótimo material, além de procurar atender

os desejos dos seus consumidores necessita para sua sobrevivência ter um preço mais alto que

as marcas de lojas de departamento. Ao comparar alguns concorrentes diretos verifica-se que

os mesmos utilizam de preços altos para atrair as classes sociais aqui citadas. Um exemplo

disso é a Lacoste que utiliza dessa estratégia para vender seus produtos e fidelizar seu público

que paga o preço sugerido para ter a marca que é sinônimo de qualidade.

2.5. Diferencial

A avaliação da aquisição de um produto/serviço é feita formalmente ou informalmente. Após

a compra os consumidores avaliam se ficaram satisfeitos ou não com a aquisição, e esse

“gostar” ou “não gostar” do produto/serviço adquiro é de suma importância, pois através

dessa avaliação positiva ou negativa é que o consumidor torna-se o elemento propagador do

produto/serviço para amigos, familiares e vizinhos.

Portanto, após compra torna-se elemento fundamental para uma nova compra ou não, e se os

benefícios da compra forem maior que o fator custo envolvido a satisfação do consumidor

será maior e sucessivamente sua fidelidade ao produto/serviço adquirido. Se a avaliação do

produto adquirido for de insatisfação ou de satisfação com alto custo, consequentemente o

consumidor tentará novamente satisfazer suas necessidades nem que para tanto tenha que

mudar de marca ou serviço.

Para que um produto/empresa fidelize seus consumidores, devem estar atentos as suas

necessidades como elas surgem, as influências que incidem no processo de decisão de

compras, na pós compra e, sobretudo mantendo seu foco no valor do consumidor e na sua

satisfação.

Para Michael Porter (1990), estratégia competitiva é, em essência, o desenvolvimento de uma

formula ampla para o modo como a empresa irá competir, quais deveriam ser suas metas e

quais as políticas necessárias para obtê-las. Ou seja, a estratégia seria a combinação dos fins

(objetivos e metas) e dos meios para alcança-los.

Um loja que tenha parceria com artistas e designers para que os mesmos elaborem desenhos e

estampas para as roupas, sendo repassadas porcentagens das vendas para os criadores.Além

disso, serão adotados elementos que sejam identificados claramente com a cultura de Sergipe,

uma vez que a mesma é rica, porém não vem sendo valorizada.A estratégia de beneficiar

designers que contribuem com suas artes para roupas não é uma novidade, já que lojas como a

Camiseteria fazem isso a um certo tempo com sucesso em todo país com suas vendas online.

2.6. Mercado

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Os fatores econômicos têm grande poder em determinar o mercado e, segundo Kotler (1996),

os mercados não exigem apenas pessoas, mas também poder aquisitivo, os quais são funções

de quatro importantes fatores: poupança; renda normal; preços; e disponibilidade de preços.

Diante de alguns acontecimentos econômicos, os consumidores são forçados a repensar suas

prioridades de consumo, e os negócios não podem contar com uma continuidade de fatos

iguais, pois o mercado e a economia são crescentes e instáveis. "Em uma época de crise

econômica, por exemplo, os consumidores tendem a reduzir o padrão de consumo da família,

restringindo-se a comprar produtos realmente essenciais, eliminando o supérfluo" (COBRA,

1997, p.62).

O mercado sergipano é um mercado relativamente novo no segmento de roupas com um

padrão elevado, além de apresentar escassez de grandes marcas com origem sergipana. Essas

marcas quando existem adotam estratégias de procurar se distanciar de suas origens, a

exemplo a Vibonatti e não conseguem se firmar em um cenário nacional. Dessa forma a

proposta é uma marca que tenha como missão levar para os próprios sergipanos e para o resto

do país a sergipanidade, muitas vezes esquecida. Percebemos que a utilização de elementos

que façam menção a cultura sergipana são, em sua maioria, utilizados em produtos de

artesanato local e em comerciais para atrair turistas à Sergipe. Assim encontramos uma ótima

oportunidade: despertar o sentimento nos sergipanos de ter orgulho do local onde vivem,

sendo que esse comércio será em meio virtual, o que provocará maior visibilidade.

2.7. Consumidor

Conhecer o consumidor é uma das principais tarefas do administrador de marketing para

garantir o sucesso da empresa. Pois estudar o comportamento do consumidor proporciona aos

profissionais de marketing conhecer realmente o que os seus clientes querem e desejam. E

através deste estudo do comportamento de seus clientes, facilitar na tomada de decisão em

vários momentos na empresa como: na criação do plano de marketing da empresa, no

relacionamento com o cliente, na aproximação cada vez mais do produto ao cliente e em

outros momentos mais simples que existem no dia-a-dia de uma empresa.

Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para compreender o comportamento do

consumidor é o modelo de estímulo resposta onde os estímulos ambientais e de marketing

penetram no consciente do consumidor. As características do comprador e seus processos de

decisão levam as certas decisões de compra. O desafio do profissional de marketing é

entender o que acontece no consciente do consumidor entre a chegada do estímulo externo e a

decisão de compra.

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Definido o tipo do consumidor que esperamos que seja o público da nossa loja, em tese o

estudo fica mais fácil, por já ter definido o gênero desse consumidor, sua idade, classe social e

possivelmente algumas das suas preferências. Foi definido que o nosso público-consumidor

será formado por homens, das classes A, B e C, com um poder econômico alto, tendo idade de

17 anos a 32 anos de idade aproximadamente. Por se tratar de uma loja de roupas masculinas

virtual que apresentará diferentes designers de roupas ligados à cultura sergipana, o

consumidor precisa está ciente da proposta da empresa, para que a mesma possa obter êxito

nas vendas.

O consumidor sergipano e particularmente o aracajuano tem suas particularidades bem

definidas em relação aos consumidores de outras regiões do Brasil. Costuma-se dizer que as

pessoas que vivem em Aracaju sofrem da “síndrome da cidade provincial”, isso é dito muitas

vezes pela falta de valorização da própria cultura e elevação de outras culturas. Um exemplo

desse apoio a outras culturas é o fato da maior festa da capital de Sergipe ser hoje composta

pela cultura baiana. Indo na direção contrária a esse pensamento é que iremos criar nossa loja

virtual, onde os principais valores e costumes sergipanos serão expostos em cada peça e

estampa.

Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para compreender o comportamento do

consumidor é o modelo de estímulo resposta onde os estímulos ambientais e de marketing

penetram no consciente do consumidor. As características do comprador e seus processos de

decisão levam as certas decisões de compra. O desafio do profissional de marketing é

entender o que acontece no consciente do consumidor entre a chegada do estímulo externo e a

decisão de compra

2.8. Mundo Virtual

O mundo virtual está em constante evolução e crescimento. Com a modernização dos

computadores e seu custo mais acessível, cada vez mais pessoas tem acesso a computadores,

sejam eles, computadores pessoais (PC), notebooks, tablets dentre outros e com isso mais

pessoas tem acesso a internet. Nos dias de hoje até pelo aparelho celular é possível estar

conectado a internet, com isso as pessoas passaram a assistir filmes, ler notícias, assistir a

capítulos perdidos da novela, assistir lances do jogo que perdeu, se comunicar com pessoas

distantes ou até mesmo com pessoas que estão ao lado.

O avanço da internet hoje ocupa grande parte da rotina das pessoas, essas que procuram a

comodidade na hora de realizar seus afazeres, seja na escolha de um bom filme ao analisar

sobre o que é, buscando opiniões de outras pessoas, no momento de escolher um bom

restaurante ou mesmo na hora de fazer compras. Existem ferramentas na internet que

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conectados até mesmo a uma geladeira, avisam o que está faltando e realizam as compras

automaticamente. É importante destacar que uma barreira superada foi a da confiança no ato

da compra, uma vez que não existe no comércio virtual a análise do produto pessoalmente, o

relacionamento direto com o vendedor, as garantias de segurança ao fornecer informações

pessoais ou não poder experimentar os produtos, no caso das roupas por exemplo.

Por outro lado é possível escolher o seu tamanho, a cor preferida e a forma de pagamento.

Associado a isso, um sistema chamado “mercado pago” foi desenvolvido permitindo que o

usuário libere o pagamento somente após o recebimento do produto comprado. É de sistemas

como esse que sites como o Marcado Livre se beneficiam. Nele pessoas comuns podem

vender e comprar os mais diversificados produtos, usados ou novos, porém ao utilizar o

“mercado pago” teremos a garantia da qualidade e conformidade com o que compramos.

Em nossa loja virtual o objetivo é passar confiança ao cliente, utilizando o

Mercado Pago como uma das ferramentas de auxílio ao site, além dessa

ferramenta a loja virtual permitirá que a estampa de camisas sejam escolhidas, o

tamanho das roupas, a cor, a forma de pagamento, além de apresentar fotos de

pessoas que se “encaixem” no perfil do usuário. Nas fotos pessoas com diferentes

tipos físicos estarão usando as roupas para que o consumidor tenha uma ideia de

como a roupa ficará quando ela a usar.

2.9. Comunicação da Loja

Uma das partes primordiais no planejamento de uma empresa é sua comunicação, sendo

direcionado esforço financeiro e criativo. Em tese, todas as etapas na criação de uma loja

virtual foram traçadas, mas de nada adiantaria se não estudássemos e aplicássemos formas de

alcançar o consumidor.

A criação de uma marca forte através de grandes campanhas de marketing pode-se tornar uma

vantagem competitiva, restringindo a entrada de novos concorrentes no mercado. Portanto a

marca pode representar um grande ativo capaz de influenciar o comportamento do

consumidor (KELLER; MACHADO, 2006, p. 9).

Para que o consumidor conheça, prove e seja fiel a essa nova marca várias etapas são

necessárias. A criação de um nome e de uma marca são as iniciais. Lembramos que o estudo

com criação terá um impacto no futuro seja ele positivo ou negativo, assim a análise do nome

e marca deverá ser feito durante o processo inicial. Após isso será definido um planejamento

de idealização do site, de campanha de lançamento e uma prospecção de como a marca será

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posicionada no futuro. Para que tudo isso ocorra uma agência especializada em comunicação

deve ser contratada para que trace todos os objetivos e planejamentos de uma comunicação

estratégica.

Para uma loja virtual a comunicação será direcionada para comunicação virtual, mas não se

restringirá a ela tão somente, já que deve-se levar em consideração que os consumidores

utilizam outros meios de comunicação, sendo que os mais eficazes serão escolhidos. As redes

sociais, banners de internet e anúncios em meios específicos são os escolhidos pela sua

eficácia com o público-alvo. Mídias não convencionais ou “no midias” também costumam

trazer resultados positivos para públicos parecidos com o escolhido para a nova loja.

3. CONCLUSÃO

O estudo de todos os elementos que possam rodear uma nova empresa de vendas de roupas

masculinas virtual nos aponta algumas peculiaridades e observações para que o novo negócio

seja por fim posto em prática. Na escolha do tipo da loja percebemos a importância que as

vestimentas tomaram com o passar do tempo, tornando-se alvo de desejo de muitas pessoas e

uma forma de expressão para outros. No começo de definição do nosso público-alvo

pesquisamos e identificamos um aumento substancial no consumo de produtos ligados a

beleza por parte dos homens em todo o mundo, movimenta-se bilhões com dicas de beleza,

produtos de beleza e o nosso objeto de estudo: roupas.

Para que os nossos produtos tivessem o posicionamento e o resultado esperado foi planejado

que os preços dos produtos se equiparassem ao dos concorrentes aos quais pretendemos nos

igualar em termo de posicionamento e para que atingíssemos com nossos produtos as classes

sociais com maior poder de compra e de desejo por um determinado produto. Esses futuros

consumidores terão que perceber o forte diferencial da marca, que usa a bandeira de Sergipe

como carro-chefe se orgulhando de ser uma marca sergipana e apostando nas vendas online.

Como percebido no estudo o mercado sergipano conta com várias lojas do segmento, com

algumas marcas do estado, mas com poucas que se dedicam a venda exclusivamente online,

que possibilita para o cliente que ele compre um produto de forma rápida e com a comodidade

de não sair da sua casa.

Com um objetivo claro de atrair as visitas para o site da nova empresa precisamos atrair a

atenção dos consumidores de Sergipe e antes de tudo despertar nesses consumidores o

“orgulho de ser”, para isso estratégias de comunicação convencionais e não convencionais

serão elaboradas com foco no público da loja. Exemplo são anúncios que exaltem esse

Page 12: LOJA VIRTUAL DE ROUPAS MASCULINAS: COM BASE EM …simprodufs.weebly.com/uploads/2/4/5/6/24566044/simprod_2014_31.pdf · Com roupas masculinas, a “Vibonatti” apostou em se transformar

orgulho e levem os consumidores para uma visita e posteriormente para as compras. A ideia

de uma loja virtual é nova para esse público, a venda online também, por isso será introduzida

ferramentas de auxílio e que garantam a segurança de toda a operação de venda e recebimento

dos produtos nas residências.

Por fim, mesmo com todas as estratégias levantadas no estudo não existe garantia que o

sucesso seja imediato, por se tratar de um negócio novo e diferenciado, porém atestamos

teoricamente uma grande oportunidade nesse ramo, uma vez que o público anseia novidades e

deseja o consumo de produtos com qualidade e satisfação por está adquirindo um produto

diferenciado. Assim com a nova loja que trará “O melhor de Sergipe”, conseguiremos atrair o

consumo e a fidelização dos clientes.

4. REFERÊNCIAS

KELLER, Kelvin L.; MACHADO, Marcos. Gestão estratégica de marcas. 1° Edição. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

BASSO, Maristella. Comércio eletrônico: Uma visão geral. Tozzini, Freire, Teixeira e Silva

Advogados. Porto Alegre. 2000.

PORTER, M.A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro, Ed Campus, 1990.

KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice-Hall, 2000.

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero. A moda e seu destino nas sociedades

modernas. 2 ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. Brusque: D.Treptow, 2003.

DE CARLI, Ana Mary Sehbe. O sensacional da moda. 1ª Edição. Caxias do Sul: Educs, 2002.

CHURCHILL, G. A. Jr., PETER, P. J. Marketing criando valor para os clientes .2ª Edição.

São Paulo: Saraiva, 2003.