8
Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 2009 - Ano XI - Número 533 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Educação 1 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Especial ONG promove ação educativa com pichadores Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Parque ecológico A região de Almirante Tamandaré, a 10 km de Curi- tiba, conta com o maior parque ecológico do Sul. Com 220 hectares, o Parque Ambi- ental Aníbal Khury oferece um amplo espaço de lazer para os visitan- tes. Veja ensaio de Nathalia Cavalcante. Página 8 Página 8 Página 8 Página 8 Página 8 Cursinho ajuda aluno carente a ingressar na universidade Educação 2 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Biologia atrai estudante que se interessa por temas atuais Fortaleza adota sistema de transporte curitibano Na década de 1970, a prefeitura de Curitiba criou um sistema de transporte que virou referência em todo o país. De lá para cá, muita coisa mudou. Com o crescimento da cidade e o número de carros ultrapassando um milhão, o sistema não consegue mais atender a demanda com qualidade. Apesar disso, ainda serve de inspiração para outras cidades, como é o caso de Fortaleza, que está implantando uma rede semelhante à de Curitiba. A ONG ACGB, que tem como lema a “recuperação e melhoria do meio ambiente urbano”, tem entre seus projetos o “Combate à picha- ção”, que atua desde 2000 junto com as escolas de Curitiba com o objetivo de minimizar as pichações na cidade.

Lona 05.10.09

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal laboratório diário do curso de jornalismo da Universidade Positivo

Citation preview

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 2009 - Ano XI - Número 533Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

Educação 1

Página 7Página 7Página 7Página 7Página 7

Especial

ONG promove açãoeducativa com

pichadores

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Parqueecológico

A região deAlmirante

Tamandaré, a10 km de Curi-tiba, conta como maior parque

ecológico doSul. Com 220

hectares, oParque Ambi-

ental AníbalKhury oferece

um amploespaço de lazerpara os visitan-tes. Veja ensaio

de NathaliaCavalcante.

Página 8Página 8Página 8Página 8Página 8

Cursinho ajudaaluno carente a

ingressar nauniversidade

Educação 2

Página 6Página 6Página 6Página 6Página 6

Biologia atraiestudante que se

interessa portemas atuais

Fortaleza adota sistemade transporte curitibanoNa década de 1970, a prefeitura de Curitiba criou um sistema de transporte que virou referênciaem todo o país. De lá para cá, muita coisa mudou. Com o crescimento da cidade e o número decarros ultrapassando um milhão, o sistema não consegue mais atender a demanda com qualidade.Apesar disso, ainda serve de inspiração para outras cidades, como é o caso de Fortaleza, que estáimplantando uma rede semelhante à de Curitiba.

A ONG ACGB, que temcomo lema a “recuperação emelhoria do meio ambiente

urbano”, tem entre seusprojetos o “Combate à picha-

ção”, que atua desde 2000junto com as escolas de

Curitiba com o objetivo deminimizar as pichações na

cidade.

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 20092

O LONA é o jornal-laboratório diário do Cursode Jornalismo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido.Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins. Pró-Rei-tor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação:Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão: Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Renato Casagran-de; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruberde Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima;Editoras-chefes: Aline Reis, Camila Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

“Formar jornalistas com abrangen-tes conhecimentos gerais e humanís-ticos, capacitação técnica, espíritocriativo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsabilidadesocial que contribuam com seu tra-balho para o enriquecimento cultu-ral, social, político e econômico dasociedade”.

Missão do curso deJornalismo

Expediente

“Formar jornalistas com abrangen-tes conhecimentos gerais e humanís-ticos, capacitação técnica, espíritocriativo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsabilidadesocial que contribuam com seu tra-balho para o enriquecimento cultu-ral, social, político e econômico dasociedade”.

Missão do curso deJornalismo

OpiniãoFutebolLegislação

Vanessa Dasko

A placa é antiga, mas a leique proíbe as pessoas de fuma-rem em locais públicos é nova.

Se por um lado a lei antifu-mo aprovada na semana passa-da pelo governador do Estadoé positiva para alguns, para ou-tros é sinônimo de falta de liber-dade. Mas é necessário, a par-tir daí, reconhecermos um dosprincipais valores da sociedade:o respeito.

O que não podemos negar éque a fumaça causada pelo ci-garro incomoda muita genteque não compartilha do mesmocostume. Há um ditado que dizque a nossa liberdade terminaquando começa a liberdade dooutro. A lei sancionada na se-mana passada e que deve irpara publicação no Diário Ofi-cial é mais uma concreta descri-ção da realidade metafórica so-bre o conceito de liberdade.Qual é o limite de cada um so-bre o espaço que habita e quetambém é território comparti-lhado?

Sempre foram dois lados pa-ralelos. “Boa noite, senhor, fu-mante ou não-fumante?”. A fra-se ouvida em muitos locais dacidade se constitui primordial-mente como uma prática prin-cipiante do que hoje virou leinacional.

A forma de emitir a mensa-gem era apenas mais tolerante,cordial. A separação dos quegostam e dos que não gostam

É proibido fumarde cigarro acontecia normal-mente e não havia motivos paraque pessoas se sentissem repri-midas ou com a liberdade com-prometida.

Mas nem sempre o que é ex-posto por precaução se tornaefetivamente uma realidade. Ascasas noturnas, principal en-contro de jovens, estavam sen-do um grande círculo de fuma-ça. Modismo ou simplesmentegosto ou preferência, a presen-ça do cigarro é constante em lo-cais públicos. Entretanto, emtodo lugar haverá mais do queum lado, mais do que uma filo-sofia, mais do que um costumeou crença. Vivemos em meio àdiversidade.

Porém, ainda me pergunto:será que tudo que envolve res-peito e a falta dele exige umalei? Afinal, a palavra é compar-tilhada por muitos, mas real-mente significada e praticadapor poucos.

Fumar em locais fechados,como bares e restaurantes, é aapropriação de um local parauma característica individual.Quem fuma quer seu direito equem não fuma também.

É uma prática de nosso paísa criação de campanhas e leisque visam proibir, coibir, impe-dir. Muitas delas envolvem sim-plesmente o respeito, esquecido,engavetado por boa parte da so-ciedade. E de práxis, as mesmasfrases. “Um dia eu largo o cigar-ro”. “Um dia eu resolvo”. “Umdia ainda o Brasil vai mudar”.

Divulgação

Cleverson Antoninho

1. Proximidade: ser próximodos torcedores.

2. Educação: mostrar respei-to com técnico, diretoria e torci-da.

3. Esforço: sacrifício e dedi-cação.

4. Pontualidade: chegar atempo de todas as atividades.

5. Saúde: evitar situações derisco.

6. Ordem: "não" às saídasnoturnas.

7. Imagem: cuidar da manei-ra como se veste.

8. Colaboração: com o clubee com a imprensa.

Não, isto não está colado naparede de um acampamento deescoteiros ou é a regra de umcampus de férias de verão. Istoé a uma “cartilha de conduta aser seguida” que o presidentedo Real Madrid Fiorentino Pé-rez entregou aos seus jogadoressemana passada. É, no exterioreles exigem disciplina.

E digamos que realmente aarte imite a vida e que o futebolé arte. Lembram de que exata-mente no dia 9 de abril o ata-cante Adriano que hoje atua noFlamengo e faz parte da seleçãobrasileira declarou que estavapensando em parar de jogar.Disse que estava com depres-são e que não agüentava maisatuar pela Inter de Milão. Lem-brando que ele saiu da Itáliasem avisar o seu clube e veiopara o Rio de Janeiro. Perante asituação de stress do jogador edito abatimento mental que o

Vai dar sambamesmo aparentava o clube ita-liano teve a compaixão de nãocobrar uma exorbitante multade rescisão contratual do joga-dor.

Resultado: em menos deduas semanas o stress foi embo-ra, ele assinou contrato com oFlamengo e vualá. Adivinha ogrito que a torcida do Flamen-go bradava comvigor e orgulhono Maracanã?“O imperadorvoltou” “ O im-perador vol-tou.”

Voltando aoacordo do RealMadrid: O itemquatro diz quetodos os joga-dores devemser pontuaisem relação asatividades doclube.

E vale ressaltar que a quebrade qualquer um dos itens estásujeita a cobranças de multasque visam que as regras sejamseguidas.

Corta pro Adriano. Este anojá foram três vezes que ele fal-tou o treino do Flamengo. E deum lado foi o presidente do clu-be dizendo que ele teve proble-mas pessoais e do outro o trei-nador do clube dizendo que eleteve problemas de saúde. Foicontrovérsia atrás de contradi-ção. E... sim, ele foi flagrado cur-tindo a noite carioca nos diasem que faltou aos treinos. Masnão foi bradado o grito de “Oimperador faltou” “O impera-

dor faltou”.Pra finalizar. Em um dia ele

saiu com a Moranguinho, nooutro dia com a Caviar e no ou-tro dia com a Mulher Melão.Não que seja errado fazer isto.Mas o problema é que no dia 17de agosto deste ano ele recebeua Medalha de Mérito Padre Er-nesto. É uma medalha dada

pela CâmaraMunicipal doRio de Janeiropara aquelesque mais se des-tacam na comu-nidade e tam-bém é a maisimportante co-menda do muni-cípio. É claro,MoranguinhoCaviar e Melão,três dias segui-dos com certezada um destaquena sociedade,

faltar a treinos... também. Masisto seriam destaques positivos?Porque a ideologia em volta deatletas, é que eles sirvam deexemplo como esportistas ecomo conduta de homens paraos jovens e digamos que o Adri-ano fuja disto, e continua sen-do amado pelos brasileiros etido como um exemplo a ser se-guido.

Enquanto isto continuamosacreditando que está tudo bemaqui, o exterior tido desenvolvi-do, nós como subdesenvolvi-dos. O Real Madrid como clubeabusivo, o Adriano na seleçãoe não tem jeito, não da noutra.Vai dar samba.

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 2009 3

GeralCidade

Texto e fotos: Amanda Marada Silva

O modelo de transporte cole-tivo de Curitiba foi tema de umadas conferências do 17º Congres-so Brasileiro de Transporte eTrânsito. O evento foi realizadode 28 de setembro a 2 de outubrono Centro de Exposições Uni-med, na Universidade Positivo.

Para contar a história da im-plantação e explicar o projeto,estava presente o arquiteto Car-los Ceneviva, que já foi presi-dente da URBS — empresa quegerencia o transporte coletivo dacidade — faz parte do grupo doex-governador Jaime Lerner.

Para debater o assunto, a pre-feita de Fortaleza, LuizianneLins, que além de comentar o pro-jeto curitibano, falou do sistemaadotado na capital cearense.

Ceneviva fez um histórico daimplantação do sistema da dé-cada de 1970, em que ônibus ex-pressos passaram a circular porvias exclusivas, as chamadascanaletas. Circulando sem inter-ferência do trânsito, esse siste-ma popularizou o transportecoletivo e tornou a cidade conhe-cida pelo sistema inovador.

O modelo da década de1970, que ainda funciona em

Fortaleza adota modelo detransporte curitibanoPrefeita Luizianne Lins afirma que capital cearense já tem ônibus com tarifa integrada e vai criar canaletas

Curitiba, é o sistema trinário.O arquiteto fez uma explana-ção de como funciona esse sis-tema: uma via exclusiva parao ônibus expresso, duas viaslaterais em sentidos contrári-os de fluxo lento e duas viasparalelas de fluxo rápido.

Ceneviva conta que as pri-meiras linhas de expresso cor-tavam a cidade de norte a sul,ligando os bairros ao centro.Em 1980, foram implantadasas linhas leste a oeste e bo-queirão. Entra também nessadécada em vigor a RIT, RedeIntegrada de Transporte, queaplicou a tarifa única e a pos-sibilidade de percorrer váriaslinhas com uma única passa-gem.

“A tarifa única possibili-tou aos usuários efetuarem di-versos trajetos com o paga-mento de uma única tarifa,através da utilização dos ter-minais de integração ou, maistarde, das estações tubo”, ex-plicou o arquiteto.

Em 1991, a RIT recebe as li-nhas de ligeirinhos, “destina-das a suprir demandas pontu-ais, com embarque e desembar-que em nível nas EstaçõesTubo, pagamento antecipadoda tarifa e uso de ônibus de-

senhados especialmente paraoperar como uma espécie de me-trô de superfície, sobre rodas”justifica Ceneviva.

Ainda nessa década chegam aCuritiba os ônibus bi-articulados,que vão operar nas linhas do ex-presso. Os ônibus têm capacidadepara 270 pessoas, que fazem o pa-gamento antecipado e embarcamnas estações tubos, no mesmo ní-vel do ônibus para aumentar apraticidade e diminuir o tempo dasviagens. Em 1996, o sistema se es-tende à região metropolitana aten-dendo municípios vizinhos a Cu-ritiba, hoje são 12 municípios in-tegrados através da RIT.

Atualmente, são 1,9 milhõesde passageiros transportados pordia no sistema integrado. São2.530 ônibus, incluindo a regiãometropolitana. Os municípiosatendidos são: São José dos Pi-nhais, Pinhais, Colombo, Pira-quara e Rio Branco do Sul, Almi-rante Tamandaré, Fazenda RioGrande, Campo Largo, CampoMagro, Araucária, Contenda, Ita-peruçu e Bocaiúva do Sul.

No total são 351 estações-tubo, para embarque e desembar-que no mesmo nível do ônibus.São setenta e dois quilômetros devias exclusivas que cortam a ci-dade em cinco eixos, norte, sul,

leste, oeste, e boqueirão. Ospontos de parada totalizamcinco mil. São vinte e um termi-nais integrados em Curitiba emais sete metropolitanos. Aotodo são 469 linhas, 388 são in-tegradas.

Incluindo a região metropo-litana os ônibus fazem diaria-mente vinte e três mil viagens.

O arquiteto acredita que asolução para o sistema públicode transporte não é técnica esim política. Cabe aos planeja-dores e urbanistas orientar opoder público, que pode ou nãocolocá-lo em prática.

A prefeita de Fortaleza, Lui-zianne, elogiou o modelo curiti-bano de transporte, comentandoque a visão vanguardista foi umdos principais elementos para osucesso do projeto: “Curitiba seantecedeu aos problemas, ela fezo dever de casa direitinho e ago-ra sofre menos que nós”, decla-ra a prefeita que está implantan-do na capital cearense as cana-letas exclusivas para ônibus e játem em funcionamento o siste-ma de integração.

“Não se tem muito mais oque inventar, mas é precisomuita ousadia para fazer” diza prefeita que tem o sistema cu-ritibano como inspiração.

Luiziane alerta para a preo-cupação com o trânsito nasgrandes cidades: “Precisamospensar em um transporte cole-tivo de qualidade para que aspessoas deixem seus carros emcasa.”

O número crescente de auto-móveis nas ruas é a grandequestão do congresso, segundoos dados apresentados pelaprefeita os carros ocupam seten-ta e cinco por cento do espaçourbano e nesse ritmo de cresci-mento em pouco tempo as cida-des irão parar. Ceneviva aler-tou: “Se todo mundo quiser an-dar de carro, ninguém anda”.

Em Curitiba as medidas queserão tomadas para abrandar asituação, que mesmo com umsistema inteligente, não foge doproblema, serão linhas expres-sas diretas, que não farão para-das nas estações tubos, apenasnos terminais, otimizando otempo. Uma espécie de ligeiri-nho que só circulará nas cana-letas. Um sistema inteligentetambém dará prioridade nos se-máforos aos ônibus que trafe-gam nas vias exclusivas. Outrapreocupação será com o meioambiente, na substituição doscombustíveis fósseis por energialimpa.

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 20094

EspecialEducação

Despichandoo que foipichado

Entidade incentiva jovens alimpar a cidade de pichaçõescom programas educativos

Texto e fotos: Sonner M. C.

Um dos costumes mais an-tigos do homem é o de se ex-pressar por meio de signos esímbolos escritos na parede.Muitas vezes considerada umaatitude de “rebeldes sem cau-sa”, pichar, para os “pixadores”(eles “assinam” com “x”) vaimuito além de riscar um muro.É como um hobby que envolvedisputa, confraternização e su-peração.

Quem anda pela cidade de-para-se diariamente com murosrabiscados com letras que paramuitas pessoas não significamnada. Signos que poderiam serchamados de “hieroglifos urba-nos” estão desde portas de ba-nheiros até o topo de edifícios.

O que diferencia cada grupo

de “pixadores”, além do nome,é a tipografia das letras e o esti-lo com que elas são escritas -spray, tinta, canetas caseiras fei-tas com tubo de desodorante efeltro, graxa para limpar sapa-to, vela, pedra e até meia.

Vale tudo para rabiscar, ati-tude que muitas vezes deve-seà falta de conscientização deque o espaço público é patrimô-nio deles também. E são essesrabiscos que acabam revoltandopessoas como a estudante Laris-sa Gonzáles, de 18 anos, quepensa que pichação é uma fal-ta de bom senso. “Acho ridícu-lo ficar pichando as paredes.Além de só prejudicar as pesso-as, a cidade fica cada vez maissuja”.

Eles incomodam também Es-tela Rohde, integrante da enti-

dade não governamental Asso-ciação dos Condomínios Ga-rantidos do Brasil (ACGB).“Eles fazem isso para chamar aatenção. É uma atitude comumno adolescente. Só que as pes-soas não são obrigadas a con-viver com esse desrespeito aopatrimônio público e privado”.

RecuperaçãoA ACGB tem como lema a

“recuperação e melhoria domeio ambiente urbano”. Entreseus projetos há o “Combate àpichação”, que atua desde 2000junto com as escolas de Curiti-ba com o objetivo de minimizaras pichações na cidade.

Para isso, eles dão palestraseducativas e organizam grupospara mutirões de repintura dasescolas em que os alunos estu-

dam. “Trabalhamos principal-mente com crianças de sete a 12anos, para que elas não cresçamcom esse mau costume. Nas pa-lestras, expomos opções paraeles. Mostramos uma pichaçãoe depois um desenho em 3D fei-to na calçada; usamos tambéma prática de esportes radicais,como o skate, que agrada bas-tante esses jovens. Incentivamosa pensarem antes de agir, a usa-rem a inteligência para fazeremalguma coisa boa”, explica Es-tela.

Com seis anos, o projeto pri-oriza as escolas municipais e jáatendeu mais de 47 escolas nacidade, com o apoio de outroprojeto da ACGB, o “Zelador deVizinhança”, que faz a limpezade cabines telefônicas e “despi-cha” diariamente 12 km e meio

de muros.A associação conta também

com o apoio de empresas comoa Cerrobranco, que fornece atinta em pó para pintura dosmuros, e a Fosroc, que forneceum verniz antipichação paraser passado após a pintura.

“Após realizar o mutirão, agente orienta as crianças paraque elas cuidem da escola e de-nunciem quem está pichando.Deixamos um material nas es-colas para que eles possam pin-tar a escola caso vândalos ata-quem novamente. Somente odespicho imediato é o antídotopara essa falta de respeito coma nossa cidade”, ensina Estela.

ParceriaO Colégio Estadual Cecília

Meireles, que oferece ensino

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 2009 5

EspecialEducação

médio, superior e Educação deJovens e Adultos (EJA), há al-guns anos enfrenta problemascom pichação. A direção entrouem contato com a ACGB paraque fosse realizada uma cam-panha de combate à pichaçãona escola. Foram dois dias depalestras assistidas por mais de2000 alunos. “É muito impor-tante trabalharmos com a cons-cientização da comunidade es-colar. A gente já trabalhava coma reciclagem de lixo, e agora es-tamos adotando o projeto dedespoluição visual”, explica oprofessor de Geografia Emano-el Porto.

No último dia da campa-nha, foi realizado um mutirãopara a limpeza dos muros dasescolas. As crianças que quise-ram ser voluntárias se diverti-ram bastante. Com brochas ecabos de vassouras, elas pinta-ram de amarelo e azul 1500 me-tros de muro da escola. “Picha-ção é uma coisa ridícula, nãovejo motivos para fazer isso”,reclama a estudante da quintasérie Miridiana Martins da Sil-va, de 16 anos, que gostou bas-tante da iniciativa de trazer osalunos para limparem o colé-gio.

O aluno da sétima série Pe-dro Henrique dos Santos, de 14anos, já pichou o colégio e ago-ra está ajudando limpar os mu-ros. “Quando pichei, foi porachar legal ter o meu nome nomuro, ver as pessoas falando.Mas agora não vou pichar maisas paredes da escola”, diz Pe-dro.

“As crianças gostam bas-tante desses mutirões. Além depintarmos o muro, já fizemosum mutirão para limpar as car-teiras e elas gostaram bastante”,comenta o professor de Educa-ção Física Roberto Becker. Osalunos se revezavam na pintu-ra que começou às 7h30min eteve acompanhamento em tem-po integral da Guarda Munici-pal, encerrando-se por volta das17h. O aluno da quinta série Jé-ferson Max, de 13 anos, diz quevai tomar conta da escola ago-ra. “Vou passar todo dia paraver se o muro está pichado. Seestiver, vou contar para a dire-tora. E se eu vir alguém pichan-do o muro, vou chamar o guar-da para prendê-lo”.

Situado na rua XV deNovembro próximo a praçaGeneroso Marques, o antigoprédio do Clube Curitibano,palco de eventos luxuosos nopassado, foi revitalizadorecentemente depois de umaação de pichadores que ga-nhou destaque não só naimprensa, mas também nomundo deles.

Parecia mais uma noitecomum quando Alvo chegoujunto com Sonek em frente aoex-prédio do Clube Curitibano.Com dois litros de tinta preta,dois litros de tinta azul, umalata de spray, um cabo vassou-ra, um rolo de nove centímetrose outro de cinco, começaram asubir por uma barra de ferroque levava até a marquise dosegundo andar.

“Quebrei a janela e caímospara dentro. Subi as escadasiluminando com um isqueiroaté chegar numa parede deconcreto. Quando cheguei àparede, olhei para o lado eenxerguei uma escada bemestreita no final do corredor.Fui até ela e arrebentei otelhado para subir ao quartoandar do prédio”, conta Alvo.

Os dois continuaram subin-do até chegarem ao topo doedifício. Quando alcançaram otelhado, começaram a pichar.Antes de terminarem a letra “V”,a polícia militar parou com aviatura lá embaixo.

“Eles ficaram olhando paraver se enxergavam a gente.Ficamos escondidos por algumtempo e adormecemos lá emcima. Quando acordei, eles játinham ido embora”, dizSonek. Alvo voltou a escrever e,prestes a terminar sua parte, orolo de nove centímetros caiuno chão, próximo ao ponto detáxi. Sonek pegou o rolo decinco centímetros, amarroucom o cadarço do tênis no cabode vassoura e foi terminar otopo do edifício.

Enquanto isso, Alvo desceuum andar e começou a rabiscar

O dia em que Sonek e Alvopicharam o Curitibano

com sua lata de spray a sacadada ex-sede social do CubeCuritibano. “Risquei mais trêsandares e saí do lugar domesmo jeito que entrei. Quan-do cheguei ao chão, novamen-te, achei o rolo que tinha caído,ainda molhado. Peguei e fizum tag (assinatura) no vidrodo ponto de táxi”, diz Alvo. Derepente, a viatura veio em altavelocidade e enquadrou Alvo,que estava com a mão todasuja de tinta. “Eles falaram queera eu que estava pichando oprédio. Me fiz de desentendi-do. Quando ele perguntou daminha mão, falei que tinhaachado o rolinho no chão etinha mandado o tag só novidro do ponto de táxi”.

“Eles reconheceram asletras A, L, V e pensaram queeu era Coxa e ia escreveralviverde. Falei que nem sabiaque estavam pichando oprédio. Disse que era rubro-negro, e um dos policias disseque também torcia para oAtlético. Acabei ficando‘amigo’ dos cana, que meliberaram e mandaram emborapara casa”. Sonek terminou oserviço e desceu pelo outrolado da marquise. Quandochegou ao chão, saiu correndoe foi enquadrado pelos polici-ais a uma quadra do local. Eleso revistaram, perguntaram oque ele estava fazendo, deramuns tapas e liberaram. No diaseguinte, o edifício foi invadi-do por mais três “pixadores”:Crel, Dhyo e o falecido Gui.

Gui foi um dos “pixadores”que mais deixou saudades entreos amigos, chegando até a viraruma grife de pichação: “Gui nocoração”. Snob faz lembrançasao companheiro que não estámais neste mundo. “O Gui eraum dos caras mais firmeza quejá conheci. Foi uma fatalidadeque infelizmente era para teracontecido. A morte dele serviupara abrir o olho de muita gente.Mas a saudade que ele deixou éalgo difícil de esquecer “ . (SMC)

A antiga sede do Clube Curitibano antes da reforma

Sonner M.C.

Em 2004, a Tribuna pu-blicou a notícia sobre mor-te de um garoto que estavapichando um barracão noTarumã, às margens da BR-476, em frente à SociedadeHípica, e caiu lá de cima. Ogaroto era conhecido comoGui.

Segundo testemunhas,eles estavam “trabalhando”com mais um colega, quan-do a movimentação acio-nou o alarme ligado à em-presa de segurança Auxili-ar de Serviços, às 22h45minde uma quarta-feira.

Quando o carro da com-panhia de vigilância che-gou, o vigia começou a dartiros para cima como formade alerta.

Os dois saíram em fugapelo telhado de acrílico, quenão aguentou o peso deGui e rompeu-se fazendocom que ele caísse de uma

Cinco anos desaudade

altura de 18 metros.Gui ainda caminhou

cerca de 20 metros no es-curo após a queda, masnão resistiu e morreu nafrente da porta de entra-da do barracão.

Quando José Barbosados Santos chegou paratrabalhar na manhã dequinta feira encontrouGui estirado no chão.

José entrou em contatocom a polícia. De acordocom a perita VilmaBenkendorff, da PolíciaCientífica, o impacto nosolo foi a provável causada morte de Gui, já que eleapresentava hemorragiainterna.

Segundo José, o barra-cão já teria sido alvo depichações três vezes. Oúnico vestígio deixado poreles foram duas bicicletaslargadas no pátio e a pa-lavra “Espanto” escrita nafachada do barracão.

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 20096

ColunasProfissões

Fotos: Divulgação

Educação

Fernanda Diniz

A partir dos anos 90, com ocrescimento da internet e dasnovas tecnologias, o ensino adistância vem se fortalecendo eganhando espaço no mercado.Conhecido com EAD, este tipode curso surgiu no Brasil em1939 com a abertura do Institu-to Monitor, como uma alterna-tiva para as classes popularesde educação para o trabalho.

Atualmente, segundo o Mi-nistério da Educação, das pes-soas matriculadas em cursos adistância, 45% buscam cursosde graduação, o que indica ma-turidade do sistema, como dizFábio Sanchez, coordenador deum curso de Administração adistância.

O estudante universitário daUTFPR Marcelo Mori já fez vá-rios cursos a distância e diz queo maior motivo que o levou aprocurar esse tipo de capacita-ção foi a falta de tempo, já quetrabalha durante o dia e estudaà noite.

De acordo com Mori, a mai-oria dos cursos geralmente dis-ponibiliza o material uma vezpor semana, de maneira que oaluno tenha tempo para estu-dar. “O bom do curso a distân-cia é que você se obriga a estu-dar, ler com mais atenção e bus-car informações extras sobre amatéria”, relata. Mas para eleuma falha nesse sistema de en-

Aprendendo adistância

sino ainda é a monitoria: osmateriais são geralmente mui-to bons mas os monitores vir-tuais demoram a responder seo aluno tiver alguma dúvida.

Vamos então traçar algunsprós e contras do sistema deEAD hoje. Alguns dos benefí-cios são: o custo, que é menordo que um curso presencial,praticidade e flexibilidade,possibilidade de execução desimultâneos cursos, pois é oaluno quem define seu horá-rio de estudo.

Para os profissionais quejá estão no mercado há algumtempo, a EAD é uma maneirade se manter atualizado semprecisar mudar sua rotina detrabalho. Para as instituiçõesde ensino, os cursos a distân-cia geram crescimento local,evitando a evasão de alunospara os grandes pólos e a de-mocratização do ensino.

Alguns pontos negativosdo EAD são a dependência datecnologia, pois sem um com-putador não é possível, namaioria das vezes, realizá-lo. Adispersão física do aluno, queuma vez que não está numasala de aula pode se distraircom outras coisas, a limitaçãonas discussões, a facilidadeexagerada de conseguir um di-ploma em algumas institui-ções, e por tudo isso o precon-ceito de algumas empresascom este tipo de ensino.

Dayane Wolff

A procura por cursos tradi-cionais, como medicina, direitoe engenharias, não está maistão em alta entre os estudantesde hoje. Há um incentivo parao ingresso em cursos não tãotradicionais como é o caso deCiências Biológicas. O curso éconsiderado um dos dez maisimportantes da atualidade, por-que envolve temas decisivos,como a preservação da vida e asquestões ambientais.

Prova disso é o aumento donúmero de inscritos em vestibu-lares em diversas universidadesdo Brasil para o curso de Biolo-gia, o que causou uma concor-rência mais alta para os vestibu-landos. O estudante de CiênciasBiológicas da Universidade Po-sitivo Marlon Panizon afirmaque, ao contrário do que muitaspessoas imaginam, o curso ofe-rece um mercado de trabalhoamplo e bastante aberto.

Cursando o quarto semestre

Biologia oferece áreade atuação ampla

no turno matutino, Marlon con-ta que a profissão está sendocada dia mais procurada, devi-do a diversos motivos, como ofato de o mercado de trabalhoser extremamente amplo.

Devido aos seminários, tra-balhos de campo e laboratóriosdisponibilizados pela universi-dade, Marlon pode se dedicarmais ao curso e começar a pra-ticar de forma a criar eu próprioprojeto, que envolve fungos.

Os estudantes que optampor obter formação neste cursopodem dedicar-se a temas atu-ais, como o estudo de células-tronco, pesquisas sobre a Aids,ou no combate ao mosquito dadengue, por exemplo.

O profissional pode, ainda,optar pelo mundo acadêmico,ou, ainda, se dedicar ao meioambiente. Esta área, por sinal, éuma das que mais tem chama-do a atenção e atraído alunos,devido aos problemas ambien-tais sofridos atualmente. A evo-lução da engenharia genética

também contribui bastante parao crescimento da procura.

As regiões do Brasil que têmmaior demanda por profissio-nais que se dedicam à área am-biental são o Norte e o Nordes-te. A área de pesquisa de bio-combustíveis, que gera muitosempregos, se destaca no Sudes-te e no Centro-Oeste. Já as queenvolvem Genoma, biologiamolecular e bioinformática, quesão as áreas que mais crescempara o biólogo, têm melhoresofertas no Sul e no Sudeste.

O campo ligado à biologiamarinha vem se mostrando pro-missor. Ultimamente, biólogosmarinhos estão tentando mape-ar criaturas aquáticas com aajuda de técnicas avançadas,que auxiliam na exploração dofundo do oceano. Conhecendomelhor as depressões aquáti-cas, acredita-se que se tornamais fácil encontrar novas espé-cies, que são um potencial degrande interesse nas teorias daevolução.

A engenharia genética é uma das áreas de grande interesse dos biólogos

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 2009 7

Educação

Nathalia Cavalcante

Antes de ingressar em umcurso superior, alguns jovensoptam por fazer um curso pré-vestibular. Porém, em muitoscasos, é necessário desembolsaruma quantia em dinheiro quenão podem pagar. Em Curitiba,as mensalidades vão de R$ 130a R$ 800. Dessa forma, jovensde baixa renda deparam-se commais um empecilho. Na maio-ria das vezes deixam de fazer ovestibular por não terem condi-ções de pagar por esses cursose, além disso, não estarem pre-parados. Para evitar situaçõescomo essas, voluntários criamcursos pré-vestibulares gratui-tos, também conhecidos comocursos populares.

Além dos cursos comunitá-rios, algumas universidadescriam seus cursos pré-vestibula-res gratuitos, através de inicia-tivas dos próprios professores ealunos. Em Curitiba, a Univer-sidade Federal do Paraná(UFPR) e a Universidade Tecno-lógica Federal do Paraná (UTF-PR) possuem cursos pré-vesti-bulares. Há dez anos foi criadoo curso Em Ação, que é manti-do por voluntários da ONG EmAção, com a UFPR. O cursoconta com 35 professores volun-tários e ex-alunos do curso co-laboram como equipe de apoioaos professores. As aulas sãorealizadas no Centro Politécni-co da UFPR, aos sábados e do-mingos, das 8h às 19h45. Noinício do ano são ofertadas 200vagas, em julho 100 vagas sãooferecidas.

Cíntia Carine Aleixo, 19anos, que está no 4º período docurso de Jornalismo da Univer-sidade Positivo, estudou nocurso Em Ação. Para ela, a fal-ta de dinheiro para pagar apassagem de ônibus, lanche etrabalhar durante a semana fo-

Curso pré-vestibular gratuitoé sinônimo de oportunidadeGraças ao trabalho voluntário de professores, jovens de baixa renda podem enfrentar o vestibular bem preparados

ram algumas das dificuldadesenfrentadas durante o cursopré-vestibular. “Aos sábadosestava muito cansada, mas oque dava forças para continuarera o tempo que os professoresdispunham ao curso, deixandosuas casas para nos dar aulas”,diz. Além dos estudos, sãoconstruídos laços de amizadesdurante o curso. “O espírito desolidariedade, amizade, amor ecompanheirismo é contagiante,todos nos tornamos uma só fa-mília”, reforça Cíntia.

A UFPR mantém um termode apoio ao cursinho pré-vesti-bular promovido pela

Associação Cultural de Ne-gritude e Ação Popular dosAgentes de Pastorais Negros(ACNAP). A coordenadora daACNAP, Vera Paixão, afirmaque o curso é destinado às pes-soas de baixa renda, sendo co-brada uma taxa única no valorde R$ 350. “São ofertadas 200vagas a negros e negras e 20%de estudantes não negros”, diz.“Contamos com professores doensino público, que recebemapenas ajuda de custos”, refor-ça a coordenadora. O curso exis-te há oito anos, as aulas são re-alizadas no Prédio Histórico daUFPR, na Praça Santos Andra-de, de segunda-feira a sexta-fei-ra, das 19h às 22h30.

O curso pré-vestibular Cone-xão foi idealizado em 2003 poralunos do Centro Federal deEducação Tecnológica do Para-ná (CEFET-PR), hoje Universi-dade Tecnológica Federal doParaná (UTFPR). Em seguida, acausa foi abraçada pelo Dire-tório Central dos Estudantes(DCE). São oferecidas 60 vagas.As aulas são realizadas emuma sala da UTFPR, de segun-da-feira a sexta-feira, das 13h às17h30, e aos sábados das 7h30às 12h. Em 2002 foi criado oCursinho Solidário, que em

2003 passou a fazer parte daONG Formação Solidária, quetambém mantém parceria com ocurso Conexão. Hoje conta comcerca de 160 vestibulandos.

Através da iniciativa do pro-grama CREA Júnior Paraná, ór-gão vinculado ao Conselho Re-gional de Engenharia, Arquite-tura e Agronomia do Estado doParaná (CREA-PR), nasceu ocurso pré-vestibular Creação. Ocurso tem parceria com o Insti-tuto de Engenharia do Paraná(IEP), onde as aulas são minis-tradas. A ênfase é para exatas equem pretende seguir na áreatecnológica.

Esses cursos pré-vestibula-res gratuitos realizam examesde seleção, além de solicitaremcomprovação de renda, paraque seja assim justificada a ra-zão do futuro aluno não poderpagar um curso particular.Contam também com o auxíliode voluntários. Os cursos popu-lares não oferecem um grandenúmero de vagas, como a mai-

oria dos cursos privados. Umexemplo é o curso Apogeu, queoferece 816 vagas para o vesti-bular da UTFPR. Com 20 pro-fessores, mantém um índice deaprovação de 80% a 85%.

Com a criação de cursos po-pulares, muitas pessoas deixa-ram de lado a possibilidade dejuntar dinheiro para pagar asmensalidades de cursos parti-culares. Assim, com a viabilida-de de comprovar a renda, opta-ram pela gratuidade. Para o di-retor administrativo do cursoApogeu, João Paulo Rodini, to-dos têm direito à Educação deEnsino Superior. “Não acreditoque cursos gratuitos possamprejudicar qualquer dos cursi-nhos em Curitiba”, diz.

ServiçoCurso Em AçãoCentro Politécnico da UFPR,

bloco de Ciências Exatas – RuaCel. Francisco H. dos Santos, s/nº

Jardim das AméricasONG Em Ação

Rua Voluntários da Pátria, 475- Edifício Asa

www.emacao.org.br - (41)3023.4702/ 3013-1549

Curso ConexãoUniversidade Tecnológica Fe-

deral do Paraná – Avenida Sete deSetembro, 3165 Rebouças

www.cursoconexao.org.br

Cursinho SolidárioFormação Solidária – Avenida

Presidente Afonso Camargo, 330www.formacaosolidaria.org.br

- (41) 3234-2363

Cursinho ACNAPPrédio Histórico da UFPR –

Praça Santos [email protected]

- (41)3349-6710

Curso CreaçãoInstituto de Engenharia do Pa-

raná - IEP, na Rua Emiliano Per-neta, 174

[email protected] -0800-410067

Cíntia Aleixo/ LONA

Revisão de véspera do curso Em Ação

Curitiba, segunda-feira, 5 de outubro de 20098

Ensaio

Nathalia Cavalcante

Para quem deseja descansar e curtir a natureza, uma opção é ir ao Parque Ambiental Aníbal Khury,em Almirante Tamandaré, a 10 km de Curitiba. Lá é possível contemplar um espaço de 220 hectares,com belas paisagens, dois lagos, parquinho para crianças, trilhas ecológicas e churrasqueiras. Alémdo mirante, onde pode se ver todo o panorama natural, fazer uma parada nos decks também é umaalternativa para relaxar. O maior parque ambiental do Sul do país abriga o Batalhão da Polícia deCavalaria, o que garante a segurança de seus frequentadores. No parque pode-se caminhar, observara natureza e o que ela proporciona, aliando lazer à tranquilidade.

Panoramanatural