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Fotografado por Erich von Endt Otto Steinert em 1966 Antropofagia, 1929 - Nemirovski Olimpíada do Conhecimento apresentou novidades tecnológicas aos participantes Exposição inédita traz principais obras de Tarsila Página 7 Página 7 A Olimpíada do Conhecimen- to, que terminou no último sába- do, reuniu mais de cinco mil pes- soas na Universidade Positivo. O evento teve a chance de divulgar informações para o exercício da cidadania. Formado por uma maioria de estudantes, teve participantes de outros países. Os organizadores dizem que quem passou pelo caminho cons- truído especialmente para o evento, saiu com o espírito vol- tado para a inovação. Inovação que foi um dos prin- cipais objetivos dos jogos e que cumpriu seu papel por meio da demonstração de como é possível desenvolver novas tecnologias. Página 3 Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Syman- tec mostra que mais de 1,1 mi- lhão de vírus circulam pela in- ternet. Páginas 4 e 5 Vírus de computador ainda representa risco Página 3 Pela primeira vez na histó- ria do Paraná, Tarsila do Ama- ral é dona de uma exposição no Museu Oscar Niemeyer. A pintora participou ativa- mente do Movimento Moder- nista, além de ter vários qua- dros conhecidos, como o Antro- pofagia (foto ao lado). A obra inclusive já inspirou um Ma- nifesto Antropófago. Ensaio fotográfico sobre as Cataratas do Iguaçu A atual candidata ao título de uma das sete maravilhas do mundo esconde mistérios, gran- deza e uma beleza indiscutível. Com 165 fotografias originais, o cu- rador alemão J.A Schmoll Eisenwerth organizou a história da “fotografia sub- jetiva”, sob o ângulo da corrente ale- mã. Essa vertente teve mais êxito no período pós-Segunda Guerra. Exposição resgata fotografia subjetiva Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Ano IX | nº 418 | [email protected]| Ano IX | nº 418 | [email protected]| Ano IX | nº 418 | [email protected]| Ano IX | nº 418 | [email protected]| Ano IX | nº 418 | [email protected]| Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo DIÁRIO d o B R A S I L Taise Verdério

LONA 418- 18/08/2008

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JORNAL- LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: LONA 418- 18/08/2008

Fotografado por Erich von Endt

Otto Steinert em 1966Antropofagia, 1929 - Nemirovski

Olimpíada do Conhecimento apresentounovidades tecnológicas aos participantes

Exposição inédita traz principais obras de Tarsila

Página 7 Página 7

A Olimpíada do Conhecimen-to, que terminou no último sába-do, reuniu mais de cinco mil pes-soas na Universidade Positivo. Oevento teve a chance de divulgarinformações para o exercício dacidadania.

Formado por uma maioria deestudantes, teve participantes deoutros países.

Os organizadores dizem quequem passou pelo caminho cons-truído especialmente para oevento, saiu com o espírito vol-tado para a inovação.

Inovação que foi um dos prin-cipais objetivos dos jogos e quecumpriu seu papel por meio dademonstração de como é possíveldesenvolver novas tecnologias.

Página 3

Uma pesquisa realizada pelaempresa de segurança Syman-tec mostra que mais de 1,1 mi-lhão de vírus circulam pela in-ternet.

Páginas 4 e 5

Vírus de computadorainda representa risco

Página 3Pela primeira vez na histó-

ria do Paraná, Tarsila do Ama-ral é dona de uma exposição noMuseu Oscar Niemeyer.

A pintora participou ativa-mente do Movimento Moder-nista, além de ter vários qua-dros conhecidos, como o Antro-pofagia (foto ao lado). A obrainclusive já inspirou um Ma-nifesto Antropófago.

Ensaio fotográfico sobreas Cataratas do Iguaçu

A atual candidata ao título deuma das sete maravilhas domundo esconde mistérios, gran-deza e uma beleza indiscutível.

Com 165 fotografias originais, o cu-rador alemão J.A Schmoll Eisenwerthorganizou a história da “fotografia sub-jetiva”, sob o ângulo da corrente ale-mã. Essa vertente teve mais êxito noperíodo pós-Segunda Guerra.

Exposição resgatafotografia subjetiva

Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Ano IX | nº 418 | [email protected]|Ano IX | nº 418 | [email protected]|Ano IX | nº 418 | [email protected]|Ano IX | nº 418 | [email protected]|Ano IX | nº 418 | [email protected]|Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade PositivoJornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade PositivoJornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade PositivoJornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade PositivoJornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo

DIÁRIO

do

BRASIL

Taise Verdério

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Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 2008Curitiba, segunda-feira, 18 de agosto de 200822222

Marcos Paulo de Assis

O Lona estréia hoje a coluna “Álbuns Clássicos”, escrita pelo estudante de jornalismo e músicoMarcos Paulo de Assis. Marcos tem 34 anos, toca na noite curitibana desde 1998 em bares de MPB.Atualmente é integrante da banda de Heavy/Doom “A Tribute to the Plague”.

A coluna vai apresentar aos leitores os álbuns que fizeram história dentro da música, levando emconta sempre a qualidade musical e não sua “popularidade”. Alguns vídeos dos álbuns resenhadosestarão sempre disponíveis no endereço http://br.youtube.com/user/anubisctba , dando oportunidadeaos leitores de se familiarizarem com opções de sons.

Email para contato e sugestões [email protected]

O Black Sabbath semprefoi considerado um dos cria-dores do heavy metal. Ao lon-go dos 30 anos de estrada, abanda forjou com seus climassoturnos e os riffs pesadíssi-mos de Tony Lommi o que hojeé chamado de metal pesado.

Ozzy Osbourne é o vocalis-ta “oficial” da banda, que tam-bém teve Ian Gillan, TonyMartin e Ronnie James Dio,entre outros.

Os quatro álbuns que Diogravou - Dehumanizer, MobRules, Live Evil e Heaven andHell - são considerados pormuitos fãs os melhores da dis-cografia do Sabbath.

Em 2006, Dio e Iommi re-solveram reunir novamente aformação dessa época. O resul-tado foi a banda Heaven andHell, com Dio nos vocais, TonyIommi na guitarra, GeezerButler no baixo e Vinny Appi-ce na bateria.

Considerado o pai do blues,Robert Lee Johnson era umnome artístico. Nasceu emHazlehurst, Mississippi, Esta-dos Unidos. Sua data de nas-cimento é desconhecida, bemcomo a data e a causa de suamorte, que ocorreu quando ti-nha apenas 27 anos. Graçasaos mistérios, surgiu até umfilme: “Crossroads”. Conta alenda que Johnson fez um pac-to com o diabo na encruzilha-da das rodovias 61 e 49 em Cla-

Artista: Robert JohnsonÁlbum - King of Delta BluesLançamento - 1929

rksdale, Mississipi, vendendosua alma em troca de sucesso.

Verdadeiro ou não, o fato éque Robert Johnson gravou ape-nas 40 músicas em duas sessõesde gravação em San Antonio, Te-xas, em novembro de 1936 e emDallas em 1937. Sua carreiradurou apenas três anos.

Clássicos como Crossroadsblues, Terraplane Blues, Meand the Devil Blues são referên-cias para mestres como EricClapton e os Rolling Stones.

Como a história do rock e doblues, que sempre apresentamistérios e lendas que aumen-tam ainda mais a fama de seusprotagonistas, Johnson é atéhoje inigualável na arte detranspor apenas com violão evoz, toda tristeza, lamento emagia que o blues deve ter.

Artista: Heaven and HellÁlbum - Heaven and Hell Live from Radio City Music HallLançamento - 2007

Dessa reunião surgiu oCD e o DVD Live From Ra-dio City Music Hall. Reunin-do clássicos como The Sign ofthe Southern Cross, I, DieYoung, Children of the Sea,Lady Evil, Voodoo e a própriaHeaven and Hell, o álbum éuma aula de como tocar pe-sado com simplicidade, dife-rente da idéia de que parasoar pesada uma banda devetocar o mais rápido possível.Tony Iommi é chamado de “ri-ffmaster”, o mestre dos riffs,pela facilidade em construirestruturas musicais baseadasem riffs marcantes. Dio é tal-vez o melhor vocalista do es-tilo. Com uma voz poderosa emuito carisma, o veteranodesfila simpatia e domínio depalco. Sua idade real é ummistério, mas supõe-se quetenha quase 70 anos.

A banda lança novo discode estúdio em 2009.

Se você não tem contato comsom pesado, esse álbum é umagrande oportunidade de come-çar a conhecer o Heavy Metal be-bendo de sua melhor fonte.

Vídeos desse álbum no meucanal no youtube: http://br.youtube.com/user/anubisctba

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo daUniversidade Positivo – UP

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000

“Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos ge-rais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo eempreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade so-cial que contribuam com seu trabalho para o enriquecimentocultural, social, político e econômico da sociedade”.

Missão do curso de Jornalismo

ExpedienteReitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Oriovisto Guima-rães. VVVVVice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor: José PioMartins. Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Admi-Admi-Admi-Admi-Admi-nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo: Arno AntônioGnoatto; Pró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor deGraduação:Graduação:Graduação:Graduação:Graduação: Renato Casa-grande; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora deExtensão:Extensão:Extensão:Extensão:Extensão: Fani SchifferDurães; Pró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-sa:sa:sa:sa:sa: Luiz Hamilton Berton;Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-

mento e mento e mento e mento e mento e AAAAAvaliação Insti-valiação Insti-valiação Insti-valiação Insti-valiação Insti-tucional:tucional:tucional:tucional:tucional: Renato Casagran-de; Coordenador do Cur-Coordenador do Cur-Coordenador do Cur-Coordenador do Cur-Coordenador do Cur-so de Jornalismo: so de Jornalismo: so de Jornalismo: so de Jornalismo: so de Jornalismo: CarlosAlexandre Gruber de Castro;Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-res: res: res: res: res: Ana Paula Mira, ElzaAparecida de Oliveira Filhae Marcelo Lima; Editores-Editores-Editores-Editores-Editores-chefes:chefes:chefes:chefes:chefes: Antonio CarlosSenkovski e KarollynaKrambeck

Ana Pellegrini Costa

Alô, Alô Terezinha! Sejamtodos bem vindos à primeiraedição desta magnífica coluna(vovó já dizia que humildade éuma virtude). Bem, sem maisnem menos, vamos aos pingosnos “is”. O negócio é o seguin-te: está aberto um espaço paravocê, eu e todo mundo falarsobre nossas preferências cine-matográficas. Isso porque vi-vemos em uma democracia enada poderia ser mais justo.Mande suas sugestões, críti-cas, suas opiniões sobre seusfilmes preferidos, ou, por quenão, os mais odiados. Por quever tal filme? Por que não vertal filme? Divida com todos,aproveite sua liberdade de ex-pressão.

Hoje, para abrir com cha-ve de ouro, começamos umasessão de filmes que você nãopode deixar de assistir antes depassar para o outro lado. Andthe Oscar goes to: CidadãoKane. Sei que minha opção nãoé nada original, mas não pode-ria deixar de citar o filme.

Orson Welles estava naflor de seus 25 anos quando di-rigiu, produziu, protagonizoue foi co-roteirista de Citizen

Kane, em 1941. O filme, basi-camente, conta a história deum repórter que busca recons-tituir a vida do empresárioCharles Foster Kane. O jorna-lista tem como eixo principalde sua matéria encontrar o sig-nificado da última palavra deKane em seu leito de morte:“Rosebud”.

A importância da obra é tan-ta que o filme de Welles inau-gurou a chamada era moder-na do cinema. Isso porque ojovem diretor fez uso de flash-backs, profundidade de campo,jogo de sombras, seqüênciasininterruptas, distorção deimagens. O resultado é umailuminação pouco convencio-nal, com o foco transitando doprimeiro plano para o ba-ckground e sobreposição de di-álogos. Para alguns todas es-sas técnicas podem parecerordinárias hoje em dia, masnaquela época Welles revolu-cionou a história do cinema.

Muita coisa deve ter ficadode fora, que me desculpem oscinéfilos, mas já deu pra teruma provinha. É por tudo issoe muito mais que vale a penaassistir muitas vezes CidadãoKane. E para a próxima edição,ainda não foi escolhido o filme.

Aquele abraço.

DicaDica

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Geral

Texto e fotos: Taise Verdério

Encerrada no último sábado,16 de agosto, a “Olimpíada doConhecimento 2008”, promovidapelo Senai em parceria com em-presas do segmento industrial,reuniu mais de cinco mil pesso-as no campus da UniversidadePositivo. “A Olimpíada do conhe-cimento é a maior evidência deque o Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial está cum-prindo e aprimorando o seu pa-pel, formando e qualificando osindustriários e tornando-os maiscidadãos”, afirmou o assessor daPresidência do Senai, José Rodri-gues Carneiro Campello Neto.Para ele, a estrutura foi muitobem organizada e estimulava aparticipação da sociedade em no-vos projetos.

Estudantes de várias regiõesdo país foram convidados a visi-tar as competições, a conhecernovas propostas e a estar frentea frente com o avanço da tecno-logia. Pamela Regiane do Nasci-mento, aprendiz do Senai de Ca-rambeí, cidade próxima a PontaGrossa, antes mesmo de andarpelos corredores já apontava: “Es-

pero ver coisas diferentes, de re-pente chegar até o lugar dos com-petidores, acredito que tenha ro-bôs que se mexem com um úni-co sensor”. A estudante afirma serimportante este tipo de evento,pois só assim as pessoas terãomais oportunidades. Para ela, aúnica reclamação foi o pouco tem-po para visitar tudo e o grandenúmero de pessoas num mesmogrupo, o que tornou o passeioapressado.

Já a orientadora pedagógicado Senai de Carambeí, KellyCristina Campones, acredita quea Olimpíada é importante paraque os aprendizes possam ter avisão macro da entidade e da pro-dução industrial brasileira. “Oobjetivo é que eles voltem comcorpo e alma para desenvolveremnovas tecnologias e que sejam deutilidade pública, que a socieda-de ganhe com isso.”

Mas não são apenas brasilei-ros a participar desta grandecompetição. A argentina OrnellaFlorencia, estudante do Institu-to San Carlos em Puerto Igua-ssu, na fronteira com o Brasil,ficou admirada com o que encon-trou: “Diferente, lindo, permiteconhecer diferentes coisas, eu

nunca vi uma exposição destagrandeza”. Ornella, que preten-de ser advogada, confessa não terinteresse especial pelo ensino téc-nico, mas observa ser importan-te para toda a sociedade.

“Quem sabe se eu tivesse opor-tunidade de estudo, de ter idoalém da 5° série, talvez eu esti-vesse competindo também”. Foio que alegou a faxineira Mariade Cristo Leite, enquanto limpa-va os saguões do evento. Para ela,quase não deu tempo de ver mui-ta coisa, mas o suficiente paradeclarar que a Olimpíada estavamaravilhosa.

A psicóloga do Instituto Eu-valdo Lodi (IEL) Cristiana Sarotficou impressionada com o queviu. Para a visitante, o fato dealunos e representantes das es-colas poderem acompanhar deperto as instalações torna a Olim-píada maravilhosa, um megaevento, digna de grandes resul-tados imediatos e futuros.

Durante a visitação, os con-vidados se deparavam comuma área chamada de Praçada Cidadania, onde podiamacompanhar apresentações deteatro, leitura, malabarismo,entre outras artes. Ana Tere-

Universidade Positivo recebeparceiros do Senai para competição

“Olimpíada do Conhecimento” apresenta projetos, avança na tecnologia e aprende com a sociedade

sinha Vicenti, contadora de his-tórias, declarou nunca ter vis-to um evento tão bem organi-zado e que estimulasse, aomesmo tempo, o ensino tecno-lógico e artístico. “Para mim,isto é um sinalde que a socie-dade apresentauma certa es-perança naeducação”, dis-se.

Os resulta-dos das provasdas 14 modali-dades em dis-puta, nasquais aprendi-zes do Senai detodo o Brasilmostraram suas habilidades erapidez na execução de tarefas,foram divulgados no final datarde de sábado. Os classifica-dos nos primeiros lugares daOlimpíada adquirem reconhe-

cimento profissional e têmmaior facilidade de colocaçãono mercado de trabalho.

Para o diretor executivo doSindicato Intermunicipal do Co-mércio Varejista de Materiais de

Construção doParaná, Elio-mar Fiorenza,“os adolescen-tes devema p r o v e i t a resta oportuni-dade para te-rem chancesno mercado detrabalho. Naminha época agente não ti-nha este tipode estímulo”.

Ele percorreu os vários estandesdo evento na tarde de sexta-fei-ra e manifestou o desejo de ver oconhecimento adquirido pelosaprendizes numa prática efici-ente e num futuro próximo.“A sociedade foi quem mais ganhou na competição”, diz assessor da presidência do Senai

“Quem sabe se eutivesse oportunida-de de ter ido alémda 5° série, talvezestivesse competin-do também”MARIA DE CRISTO LEITE

A estudante argentina Ornella Florencia

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Especial

Ana Carolina Silveira

Carolina Adam Helm

São 10 horas da manhã.Bernardo acorda, vai até o ba-nheiro para lavar o rosto, tomacafé e corre para seu escritório.Liga o computador, começa aacessar sua caixa de e-mails,visitar seus sites favoritos,como o do seu time, Coritiba, ebuscar as últimas notícias nosportais jornalís-ticos. Seu com-putador passa odia todo ligado,pois ele sabe quea qualquer horapode precisar fa-lar com alguémou checar algu-ma informação.

Não é só Ber-nardo que tem arotina assim.Muitas pessoas já se sentem de-pendentes de ter um computa-dor ligado à internet disponívelo dia todo.

Quanto mais tempo se estáconectado, maiores as chancesde ser surpreendido por um ví-rus capaz de trazer muita dorde cabeça e ações prejudiciais aalgum trabalho, por exemplo.

Segundo a pesquisa da em-presa de segurança Symantec,mais de 1,1 milhão de vírus cir-culam pela rede e podem preju-dicar o usuário. No Brasil,quem faz essas invasões são jo-vens de aproximadamente 20

Caiu na rede.... é risco!Ilustração: Luísa Barwinski

Apesar dos atrativos da internet, é preciso prestar atenção à invasão dos vírus

"Todos osfabricantesdizem que seuproduto é melhorque os demais"JEAN ABREU,PROGRAMADOR

“Na época daeleição nossosistema quase foiinvadido, ao mesmotempo, de trêslugares diferentes.”TERESA CRISTINA MELLO,PROPRIETÁRIA DE LOJA

Arquivo - Anexa ou associa seu código a um arquivo. Elecostuma infectar arquivos executáveis do Windows, es-pecialmente .com e .exe, e não age diretamente sobrearquivos de dados. Para que seu poder destrutivo tenhaefeito, é necessário que os arquivos contaminados sejamexecutados.

Alarme falso - Não causa dano real ao computador,mas consome tempo de conexão à Internet ao levar ousuário a enviar o alarme para o maior número de pes-soas possível.

Backdoor - Permitem que hackers controlem o micro in-fectado pela "porta de trás". Normalmente, vêm embutidosem arquivos recebidos por e-mail ou baixados da rede. Aoexecutar o arquivo, o usuário libera o vírus, que abre umaporta da máquina para que o autor do programa passe acontrolar a máquina de modo completo ou restrito.

Boot - Infecta na área de inicialização dos disquetes e dediscos rígidos. Essa área é onde se encontram arquivos es-senciais ao sistema. Costumam ter alto poder de destruição,impedindo, inclusive, que o usuário entre no micro.

Cavalo de Tróia ou Trojan - Sãsivos que trazem embutidos um

Encriptados - Tipo recente qcultam a ação dos antivírus.

Hoax - Mensagens que geralmo usuário sobre um vírus mira

Macro - Tipo que infecta as mafunções como Salvar, Fechar e

14 ameças ao seu computador

anos, de classe média e conhe-cem tudo sobre as linguagens docomputador. Todos os dias sãocriados pelo menos dez novos ví-rus e a melhor prevenção paranão ser contaminado por algumdeles é a informação. Sabercomo os vírus se propagam ecomo podem infectar as máqui-nas é necessário para agir cor-retamente.

Bernardo Carli Osternacktem 24 anos e é formado em De-

senho Industrial.Na área em queatua, a ferra-menta funda-mental para arealização do seutrabalho é o com-putador. Ele tra-balha no site Al-tos Agitos, queexibe fotos dasbaladas curitiba-nas. Precisa es-

tar conectado à internet paralançar as imagens na rede demaneira rápida. Já teve muitosproblemas com vírus e seu com-putador pessoal foi invadido porum cracker.

Tanto os crackers como oshackers possuem um conheci-mento muito vasto a respeito detecnologia. Ao contrário do quemuitos pensam, quem faz inva-sões com a tentativa de prejudi-car e roubar senhas e informa-ções restritas, se chama cracker.Esse termo surgiu em 1985 pe-los hackers, que eram contra ouso jornalístico indevido da de-

nominação hacker. Ha-ckers não têm a intençãode prejudicar nem invadircomputador algum, elesapenas modificam har-dwares e softwares de com-putadores com o intuito demelhorar seu funciona-mento.

Jean Carlo Bastos deAbreu atua na área de pro-gramação e manutençãode microcomputadores há14 anos. Segundo ele, amaior procura por ajudatécnica é "quando a nave-gação na internet fica len-ta e quando a rede apre-sen-ta erros de acesso a progra-mas".

Um computador adquire ví-rus quando recebe ou abre umarquivo infectado, por meio dedisquete, pen-drives, CD, ouainda através de e-mail, Msn,Orkut e sites. Abreu diz quenão existe software que sejaimune a vírus, mas o Linux eos sistemas da Apple têm bemmenos vírus porque "são usa-dos por cerca de 10% do totalde usuários de microcomputa-dores".

Os vírus de computador po-dem causar muitos problemascomo deletar arquivos, impediracionamento de programas eaté passar senhas e informa-ções pessoais para o computa-dor de um espião.

Bernardo Osternack costu-mava acessar sua conta ban-cária pela internet e comprar

coisas com cartão de crédito emlojas virtuais. Um dia percebeuque sua senhado banco haviasido usada poroutra pessoa,quando umaquantia de di-nheiro foit r a n s f e r i d apara outra con-ta. Por sorte, odinheiro trans-ferido não erauma grandequantia, masserviu para perceber que, para

entrar em sites que exijam si-gilo, é preciso estar muito bem

protegido. De-pois do susto,ele começou ausar o antiví-rus diariamen-te e está cadavez mais preo-cupado com asegurança deseu computa-dor.

Não existeum programade antivírus

que seja mais seguro: "Todos os

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“Fiquei desesperadaquando vi que tinhaperdido aquelesarquivos.”CAMILA FARINHUK,16 ANOS

ão programas aparentemente inofen-m outro programa (o vírus) maligno.

que, por estarem codificados, difi-

mente chegam por e-mail alertandobolante, altamente destrutivo.

acros de documentos, desabilitandoe Sair.

Multipartite - Infecta registro mestre de inicialização, tri-lhas de boot e arquivos.

Mutante - Programado para dificultar a detecção por an-tivírus. Ele se altera a cada execução do arquivo conta-minado.

Polimórfico - Variação mais inteligente do vírus mutan-te. Ele tenta dificultar a ação dos antivírus ao mudar suaestrutura interna ou suas técnicas de codificação.

Programa - Infectam somente arquivos executáveis, im-pedindo, muitas vezes, que o usuário ligue o micro.

Script - Programado para executar comandos sem a in-teração do usuário.

Stealth - Vírus "invisível" que usa uma ou mais técnicaspara evitar detecção. Pode redirecionar indicadores dosistema de modo a infectar um arquivo sem necessaria-mente alterar o arquivo infectado.

Fonte:http://muvucatecno.blogspot.com

fabricantes dizem que seu pro-duto é melhor que os demais",afirma Abreu. O melhor proce-dimento é aliar um antivírus aum extremo cuidado na nave-gação.

José de Carvalho Júnior étécnico da empresa M&C Co-municação há seis anos e expli-ca o funcionamento da detecçãode vírus. “Os programas execu-tam em ambientes que chama-mos sistema operacional, sejaem um computador, notebookou celular,desta formanenhum pro-grama está se-guro em umambiente quepode ser conta-minado porum vírus”. Naempresa emque Júnior tra-balha, já aconteceram váriastentativas de invasões.

De acordo com a proprietá-ria Teresa Cristina Mello, du-rante a campanha eleitoral de2006 quando a empresa traba-lhou para então candidato Ro-berto Requião, em um único diaforam detectados três mil ata-ques de crackers. “Na época daeleição houve tentativa de in-vasões, ao mesmo tempo, doUruguai, do Rio de Janeiro eacho que de uma empresa deMinas. Nosso sistema, quandoviu que poderia ser derrubadoe invadido, ele próprio derrubou,ficou cinco minutos fora do ar,já migrou pro outro e não con-seguiu haver invasão”.

A M&C investe muito emtecnologia. “Está no nossoDNA.”, afirma Teresa. A empre-sa possui quatro links de aces-so, que garantem para o clien-te 24 horas no ar.

Camila Farinhuk tem 16anos e, como a maioria dos jo-vens, não sai da frente do com-putador, sempre visitando si-

tes de relacionamento comoOrkut, e bate-papo, como oMsn. Ela adora baixar músi-cas, vídeos e episódios de suasséries preferidas. Seu compu-tador, apesar de ter um antiví-rus, está sujeito a ser conta-minados por arquivos recebi-dos e pelos arquivos baixadosdos programas. Já teve em seuequipamento muitos Cavalosde Tróia, que são os mais co-muns, e outros vírus aindamais potentes, que chegaram

a excluir todasua lista deprogramas earquivos doDesktop. Ca-mila aindaestá tentandorecuperar oque foi perdido,mas quase per-deu as espe-

ranças. “Fiquei desesperadaquando vi que tinha perdidoaqueles arquivos. Os progra-mas eu até consigo recuperar,mas minhas fotos da câmeradigital foram excluídas e issonão tem volta”, lamenta.

O professor de Fundamen-tos de Computação e Progra-mação do cusro de Engenhariada Computação da Universida-de Positivo, Maurício Perretto,concorda com a afirmação deque existem centenas de milha-res de crackers no Brasil, masao mesmo tempo, diz que exis-tem muitos profissionais e se-guranças que atuam nessaárea para impedir as invasões.

No curso de Engenharia daComputação, Perretto afirmaque “não há nenhuma discipli-na ligada diretamente a vírus,mas existe a matéria Seguran-ça em Rede, que é a que mais seaproxima disso”. Segundo ele, ocurso não apresenta uma disci-plina específica porque os alunosjá têm um conhecimento sobreisso na sua formação básica.

1 - Saia usando Logout, Sair ou equivalente - apenas fechar a janelade e-mail, Orkut ou site de banco, por exemplo, não é suficiente.2 - Crie senhas difíceis de serem descobertas - prefira senhas combi-nadas entre números e letras, e não utilize a mesma senha para maisde um serviço.3 - Mude a sua senha periodicamente - mude de senha a cada 3 me-ses, assim a invasão por algum espião se torna mais difícil.4 - Use navegadores diferentes - não utilize, por exemplo, apenas oInternet Explorer, pois possui muitas pragas digitais. Utilize navegado-res de outras empresas.5 - Cuidado com downloads - fique atento ao baixar músicas, vídeos eprogramas.6 - Atente-se ao usar Windows Live Messenger, Google Talk, AIM,Yahoo! Messenger, entre outros - eles podem mandar automaticamen-te links que contém vírus.7 - Cuidado com e-mails falsos (spam) - e-mails de empresas, ofertastentadoras podem prejudicar o computador.8 - Cuidado com anexos de e-mail - o e-mail é uma das principaisformas de disseminação de vírus, é preciso tomar cuidado com osconteúdos anexados.9 - Atualize seu antivírus e seu antispyware - não basta só instalar umantivírus, é preciso atualizá-lo regularmente.10 - Cuidado ao fazer compras na internet ou usar sites de bancos - sófaça compras em sites de venda conhecidos, e nunca acesse contasde bancos, por exemplo, em computadores públicos.11 - Atualize seu sistema operacional - falhas de segurança existemem qualquer sistema operacional, por isso atualize pelo menos umavez ao mês.12 - Atualize também os seus programas - além de programas novosterem mais recursos, eles também possuem correções para falhas desegurança.13 - Não revele informações importantes sobre você - não passe infor-mações como endereço, telefone, local de trabalho e não disponibilizefotos que mostrem informações relevantes sobre você.14 - Cuidado ao fazer cadastros - antes de se cadastrar em sites,pesquise se o site não faz nenhuma atividade ilegal.

Fonte: http://www.infowester.com/dicaseguranca.php

Dicas de segurança para navegar

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Perfil

Um atleticano do século:ele não perde um jogo por nada

Carlos Simas tem todos os ingressos dos jogos do Atlético na Arena da Baixada

João Pedro Schonarth

Fanático é pouco para descre-ver Carlos Alberto Chaves Simas.Atleticano roxo ainda não é o su-ficiente. Carlos Simas é alguémque tem no Clube Atlético Para-naense um pedaço da sua histó-ria.

O representante comercial daFiat Lux nasceu em Curitiba, noano de 1946. Com 15 anos entrouna empresa e desde então conti-nua lá. Mesmo aposentado, exer-ce seu cargo com maior prazer."Todo mundo que me conhecesabe que na minha vida apareceem primeiro lugar a Fiat Lux,em segundo lugar o Atlético e emterceiro, a família", brinca o se-nhor de 61 anos.

Sua paixão pelo time curiti-bano começou cedo: aos sete anosfoi conhecer o recém-inauguradoMaracanã, no Rio de Janeiro. Ojogo, que ele não esquece, foi en-tre Flamengo e Vasco. "Pai, quetime é parecido com o Flamengoem Curitiba?", perguntou o pe-queno Carlinhos. A resposta: Atlé-tico Paranaense. O nome do clu-be soou como canção aos seusouvidos e ele se apaixonou.

Começou na Fiat Lux comooffice-boy e logo no início da suapromissora carreira tornou-sesócio do clube rubro-negro. As

oportunidades surgiram dentroda empresa e com muita deter-minação ele fez diversos cursosna Associação de Dirigentes deVendas do Brasil. Devido ao en-tusiasmo, quando palestras apa-reciam, a resposta na empresa defósforos era sempre a mesma: "Vaio Carlinhos".

"Carlinhos" cresceu, virouhomem, e aos poucos começou aflertar com a sua futura esposa,Bernadete. "Não foi difícil levarela para o Atlético". A família deBernadete morava em São Josédos Pinhais e não gostava de fu-tebol, "porque 'polaco' só gosta deigreja". Visitava a noiva uma vezdurante a semana e outra no fi-nal de semana. Isso se não hou-vesse jogo do Furacão. "Primeiroo clube, depois a namorada", ex-plica.

Em 1969, os jovens se casa-ram e a vontade de ter filhos cres-cia a cada ano. "Mas primeiro agente se estruturou para depoisreceber as crianças", pondera.Carlos e Bernadete iam a todosos jogos que podiam. No Campe-onato Paranaense de 70, o clubedo coração chegou à final contrao Seleta, de Paranaguá. O casaldesceu a serra com uma promes-sa feita: "Se o Atlético fosse cam-peão, eu daria um beijo no joga-dor mais feio do time", lembra comum sorriso no rosto. O clube da

capital goleou o time parnangua-ra por 4 a 1. E agora? “Entrei nocampo, junto com a torcida e gri-tei: ‘Ô Charrão! Com todo res-peito’, e dei um beijo no rostodele. Blergh! Ele tava suado efiquei com um gosto salgado”, dizentre risos.

Em 1972, a primeira filhachegou: Margarete Chaves Si-mas. Mas o sonho de Carlos eraoutro: “Eu queria um piá parame acompanhar ao estádio”.Várias tentativas depois, as ou-tras três filhas vieram. “Comonão vai nascer piá, então as gu-rias vão pagar o pato”. Cada umaque chegou ganhou um nome amais, até a quarta filha ter seisnomes no total. Vieram KarlaMarizabete Chaves Simas, Ke-thy Liz Bernadete Chaves Simase a caçula Bárbara Meg BettyLis Chaves Simas. “E se tivesseoutra ia ter sete nomes”, brinca.

O menino não apareceu, mastodas as filhas acompanharamo pai no time da casa. “Eu sem-pre dei a liberdade para elas es-colherem o clube que quisessem,desde que não fosse o Outro. Maselas tiveram o bom-senso e tor-cem para o Atlético”, conta. O“Outro” de quem ele fala é aque-le que o nome não pode ser men-cionado: o Coritiba. “O verdadei-ro atleticano fica mais feliz coma derrota do Coxa do que com avitória do Atlético”, explica, comum sorriso malicioso.

Imagine a dor de cabeça deter quatro garotas em casa. “Des-de que não namore um ‘coxa’,está tudo bem”, era a recomen-dação.

Suas cores favoritas são ver-melho e preto. Ele passa viradasde ano com as cores do coração.“Usar branco ou amarelo no re-veillon não me acrescentounada. Mas quando usei as coresdo Atlético me senti bem, meuano fluiu”, conta. Porém, há umacor que ele não gosta de jeito ne-nhum. “Evito verde. Inclusivereparei desde a hora que você en-trou que está com uma camise-ta verde. É muito feia”, diz aorepórter, que por descuido ou

pressa, acabou se esquecendodas recomendações em relação àcor.

Se você pensa que é “doente”por um time, não conhece Car-los Simas. Ele tem todos os in-gressos de todos os jogos do Atlé-tico na Arena da Baixada. Tudocatalogado, com os resultados decada partida. Ele tomou há cin-co anos uma decisão: “Criei juí-zo e não piso mais nos estádiosdo Coxa e do Paraná”. Mas comocontinuar a coleção de ingressos?“Simples. Eu pago para alguémir aos jogos quando é no Coutoou na Vila Capanema. Só parater o ingresso e o gostinho de zom-bar os ‘coxa-branca’ quando elesperdem”.

Se o Furacão vai jogar, podese esquecer dele. “Já adiantei en-terro por causa de jogo. No veló-rio eu falei: ‘Olha, não é quererdizer, mas já está cheirando. Estána hora de enterrar’”, conta, aosrisos.

Com a camisa do clube nopeito e com várias bandeiras pelacasa, o empresário mostra o seumaior tesouro, escondido ali noseu escritório, que em cada can-to tem um brasão do time queama: seu arquivo de jornais. Car-los Simas tem vários álbuns comrecortes de manchetes e matéri-as em que o Atlético Paranaense

vence. Além disso, o fanático temuma arma na manga: o álbumanti-Coxa desde 1970. “Com es-tes jornais eu guardo a derrotado Coritiba para mostrar para os‘coxa’. Você não sabe a alegria queme dá ao ler isso”, se diverte aover a manchete de um jornal de1989: “Coxa faz um e toma qua-tro: Atlético vira e humilha”.

Carlos Simas tem cinco ne-tos – todos atleticanos. Por queserá? “Tenho uma psicologiapara que eles torçam para o mes-mo time que eu. Como bom avô,dou as coisas para eles, para agra-dar. E sempre que posso levo ascrianças para a Arena”.

Na juventude, ajudou a cri-ar o ETA: Esquadrão da Torci-da Atleticana. Por isso e por sertão fanático, ganhou do time amedalha de Atleticano do Sécu-lo. “Apenas cem pessoas ganha-ram esse prêmio, entre funda-dor e jogadores. E eu estou nomeio: sou um atleticano do sé-culo”, alegra-se.

O resumo da sua vida podeparecer loucura. Apesar de tantoamor pelo Atlético Paranaense,não há vitória do time que sejamaior do que a alegria da suavida: “O maior orgulho da minhavida são as minhas filhas”, dizemocionado o senhor que só usagravatas rubro-negras.

Carlos Simas e sua coleção: ingressos e álbum anti-Coxa

Fotos: João Pedro Schonath/ LONA

Só cem pessoas ganharam o título de Atleticano do Século

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Cultura Fotografias originais retratam o olhar dos fotógrafos alemães depois do nazismo

O olhar do pós-guerraBárbara Pombo

Fotografias conscientemen-te estruturadas, com valoresgráficos acentuados em bran-co e preto, resistentes e contrá-rias à objetividade nazista.

Esse é a marca das ima-gens expostas em “FotografiaSubjetiva – A contribuição ale-mã 1948-1963”, apresentadana Casa Andrade Muricy até28 de setembro. Com 165 foto-grafias originais, o curadoralemão J.A Schmoll gen. Ei-senwerth organizou a históriada “fotografia subjetiva”, sobo ângulo da corrente alemã.Essa vertente teve êxito duran-te os anos de 1948 a 1963 –época pós-Segunda GuerraMundial. Mas, ainda hoje,muitos fotógrafos contemporâ-neos consideram-se partici-pantes da “tradição subjetiva”.

A busca era por um signi-ficado artístico da realidade, apartir da interpretação pesso-al e imagética dos autores. Asimagens se assemelham a pin-turas, como já ilustram as pri-meiras obras expostas: “Gotase reflexos” de Adolf Lazi e “Es-camas sobre a asa de uma bor-boleta” de Carl Struwe. E maisadiante as fotografias abstra-tas de Chargesheimer e Mar-ta Hoepffner, que mais pare-cem desenhos. Nessa linha, a

fotografia de Marta, intitula-da de “Auto-retrato no espe-lho” de 1941, é particularmen-te especial.

O movimentoO início da “fotografia sub-

jetiva” como vertente artísticateve Bauhaus (escola de design,artes plásticas e arquitetura,que funcionou entre 1919 e1933 na Alemanha) como cená-rio. Lá, os pioneiros da fotogra-fia experimental dos anos 20 de-sejavam a reorientação da foto,no limite da sua possibilidademais expressiva e criativa. Oresultado é a fotografia estru-tural, de forma PB (preta ebranca) e com valorização mar-cante de valores gráficos.

Da mesma maneira, o des-tino das pessoas, principalmen-te das solitárias diante dos des-troços afetivos e materiais daguerra, desperta a compaixãoe o interesse nos fotógrafos daépoca. A fotografia “Instantâ-neo” de Peter Keetmann é omelhor exemplo desse desper-tar na mostra.

FotojornalismoOutro precedente importan-

te da “fotografia subjetiva” foia criação do grupo fotoform, em1949, por Wolfgang Reisewitz.Jovens fotógrafos uniram-se aReisewitz com o objetivo de tri-lhar vias independentes dos jú-

ris tradicionais. Além de pro-duzir outro tipo de fotografia,diferente das imagens perfeitase intensamente ideológicas doperíodo nazista.

Seis dos participantes dogrupo integram a mostra: OttoSteinert, Peter Keetmann, Sie-gfried Lauterwasser, Toni Sch-neiders e Ludwig Windstoßer.

Na primeira exposição em1950, na cidade de Colônia, oprimeiro grande sucesso do fo-toform veio com o conceito fo-tografia moldada, ou seja, ima-gens construídas e pré-conce-bidas na mente do fotógrafoantes de serem capturadas. Asobras de Chargesheimer são aprincipal representação dessaidéia. O grupo se desintegrouem 1957.

A segunda fase da “fotogra-fia subjetiva” é retratada na se-ção “Steiner e seus discípulos”.Monika von Boch, Kilian Breiere Joachim Lischke foram algunsdos alunos de Otto Steiner lan-çados na Escola de Artes de Sa-arbrücken. Já o fotojornalismoe a fotografia de marketing in-tegram a exposição com traba-lhos dos contemporâneos StefanMoses que capturou momentosda Revolução Húngara de 1956,e de Robert Häusser com retra-tos da paisagem alemã do pós-guerra. Um dos destaques épara a obra de Häusser “Bancona chuva”, de 1942.

Instantâneo (1961), foto de Peter Keetmann

Divulgação/ LONA

Serviço:Fotografia Subjetiva – A con-

tribuição alemã 1948-1963.Local: Casa Andrade Muri-

cy - Alameda Dr. Muricy, 915– Centro.

Horário de visitação: de ter-ça a sexta-feira, das 10h às19h. Sábados e domingos das10h às 16h. A mostra perma-nece até 28 de setembro e aentrada é franca.

Diana Axelrud

Uma moça da alta burgue-sia de São Paulo que andavachique pelas ruas de Paris.Ao mesmo tempo tinha preo-cupações sociais. Com todoseu pioneirismo ajudou a mo-dernizar a arte no Brasil e setornou um ícone nacional einternacional. Essa era Tar-sila do Amaral, uma mulherà frente de seu tempo, quenasceu em 1886, no interiorde São Paulo.

Tarsila participou ativa-

no qual a artista registrou dese-nhos e impressões de viagenspelo Brasil e pelo mundo, duran-te a década de 1920.

A professora de Artes WillieAnne Martins levou seus alunospara conhecer a exposição. Paraela, o contato dos estudantes comas obras de Tarsila é válido: “Émuito importante eles verem o

Paraná é palco de exposição inédita no Sul do Paísque o Brasil produziu e continuaproduzindo. Essa visita é umpontapé para ensinar arte bra-sileira para eles”. Um de seusalunos, André Luiz Winck, de 11anos, nunca tinha visitado ummuseu.

“Eu achei os quadros boni-tos. O que eu mais achei inte-ressante foi o da Antropofagia.Eu pretendo vir mais no mu-seu agora.”

O artista plástico AníbalAndraus Neto também foi con-ferir a exposição. Ele explicaa importância cultural de Tar-sila do Amaral. “Ela é impor-

mente do Movimento Moder-nista e da Semana de Arte Mo-derna de 1922. Uma de suasobras mais famosas, “Antropo-fagia”, foi a inspiração para oManifesto Antropófago, umdos documentos mais impor-tantes da arte brasileira. Oautor do Manifesto foi o, na épo-ca, marido de Tarsila, Oswaldde Andrade.

Pela primeira vez o Paranárecebe as obra de Tarsila do Ama-ral. A exposição “Percurso Afeti-vo - Tarsila” está no Museu Os-car Niemeyer. O fio condutor daexposição é o “Diário de Viagens”,

tante pelas pessoas que elaretratava, pelas cores dabandeira brasileira presentesem suas obras, pelas escul-turas que lembram outrosescultores brasileiras. En-fim, pelos aspectos do Brasilque ela colocava na sua arte”.

ServiçoA exposição ocorre até o

dia 5 de outubro. O museufunciona de terça-feira à sex-ta-feira das 10h às 18 horas.Os ingressos custam quatroreais e dois reais para estu-dantes.

“Antropofagia”foi a inspiraçãopara o ManifestoAntropófago

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Texto e fotos: Daniel Mocellin

Formadas pelas quedas do rio Iguaçu, as precipitações dasCataratas têm 65 metros de altura em média e 2780 metros delargura. Em 17 de novembro de 1986, durante a conferência geralda UNESCO realizada em Paris, o Parque Nacional do Iguaçu foitombado como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, cons-tituindo-se numa das maiores reservas florestais da América doSul, atraindo gente de todos os cantos do mundo, que se fascinamao olhar a imensidão e a força das águas.

Patrimônio dahumanidade