8
Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 2010 - Ano XII - Número 573 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Crescimento da construção civil impulsiona novos negócios Alguns bairros de Curitiba aproveitam os bons números do setor da construção na cidade para cres- cer e se tornar uma alternativa de moradia para os curitibanos. Locais que não possuíam quase nenhum empreendimento imobiliário ganham novas construções em ritmo cada vez mais acelerado. Um exemplo disso é o Campo Comprido, que hoje conta com a presença de shopping, supermercado e outros locais que prestam serviços às pessoas que escolheram o bairro como uma boa opção para morar. Pág. 3 Fernando Mad/ LONA Mundo dos quadrinhos Conheça mais so- bre os Mangás e Graphic Novels, bem como o perfil dos seus fiéis consumidores. Pág. 8 Diplomacia O Brasil na linha de combate: Irã e Estados Unidos não se entendem em relação ao enriquecimento de Urânio, e o presidente Lula (PT) tenta mediar conversações. O medo da bomba atômica, no entanto, é contido pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que diz “não haver material suficiente para fabricar uma bomba”. Pág. 2 Saxofones e chorinho Você conhece Ari Lunardon? Se não conhece, não perca a oportunidade de saber quem é um dos melhores saxofonistas brasileiros. Curitibano de 69 anos, já integrou a orquestra de Ro- berto Carlos e recebeu elogios de Clodovil quando participava do extinto “Clodovil em Noite de Gala”, programa apresentado na Central Nacional de Televisão (CNT). Pág. 7 Perfil Opinião Divulgação Cultura

LONA - 573 - 09/06/2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Laboratório do curso de jornalismo da Universidade Positivo.

Citation preview

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 2010 - Ano XII - Número 573Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Crescimento daconstrução civilimpulsionanovos negócios

Alguns bairros de Curitiba aproveitam os bons números do setor da construção na cidade para cres-cer e se tornar uma alternativa de moradia para os curitibanos. Locais que não possuíam quase nenhumempreendimento imobiliário ganham novas construções em ritmo cada vez mais acelerado. Um exemplodisso é o Campo Comprido, que hoje conta com a presença de shopping, supermercado e outros locaisque prestam serviços às pessoas que escolheram o bairro como uma boa opção para morar.

Pág. 3

Fernando Mad/ LONA

Mundo dosquadrinhos

Conheça mais so-bre os Mangás eGraphic Novels,bem como o perfildos seus fiéisconsumidores.

Pág. 8

DiplomaciaO Brasil na linha de combate: Irã e Estados Unidos não

se entendem em relação ao enriquecimento de Urânio, e opresidente Lula (PT) tenta mediar conversações. O medoda bomba atômica, no entanto, é contido pelo ministro dasRelações Exteriores, Celso Amorim, que diz “não havermaterial suficiente para fabricar uma bomba”.

Pág. 2

Saxofones e chorinhoVocê conhece Ari Lunardon? Se não conhece, não perca a

oportunidade de saber quem é um dos melhores saxofonistasbrasileiros. Curitibano de 69 anos, já integrou a orquestra de Ro-berto Carlos e recebeu elogios de Clodovil quando participavado extinto “Clodovil em Noite de Gala”, programa apresentadona Central Nacional de Televisão (CNT).

Pág. 7

Perfil

Opinião

Divulgação

Cultura

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 20102

O Brasil é conhecido como país do futebol, mas até ondeum brasileiro vai para assistir aos jogos da Copa do Mundo?

Até entendo o fato de que o esporte mais praticado no paísé mesmo o da bola, num campo verde e com muitas propa-gandas e patrocinadores investindo milhares de reais na es-perança de ganhar um campeonato. Isso não é novidade. Ofutebol gera renda tanto para os times quanto para quem in-veste, mas e o brasileiro? Sim, aquela pessoa que só assisteaos jogos, gasta nos estádios e perde noites de sono vendo seutime jogar quando a partida é em outro país?

Qual o problema do brasileiro? Seria o velho pão e circotransformado em campo e bola? Eu não me oponho a torcerpor um time, não mesmo. Eu tenho dois. Sou são-paulina ecoxa-branca. E concordo. Não há maior disparate do que tor-cer por um time de São Paulo e para outro de Curitiba. E amaros dois com a mesma paixão. Mas quando se trata de Copado Mundo, não tenho time.

Deixar de torcer pelo Brasil não me faz menos brasileira.Pelo contrário. Tenho orgulho do meu país, com suas belaspraias, o otimismo do cidadão de bem e até mesmo me indig-nando com a crescente violência, mas juro que não passo ho-ras em frente a uma televisão para ver um time de jogadoresbem pagos que simplesmente vendem jogos e arrumam meiasna hora mais importante de uma partida.

Sim, eu quero acreditar que o Brasil tenha vendido os jo-gos das últimas Copas. Isso me conforta. Penso que o futebolda Copa é parecido com a política no Brasil. Pode ser com-prado, e é algo que o brasileiro facilmente esquece.

Então, meu conselho. Este ano aproveite todos os jogos daCopa do Mundo para desligar seu televisor e ler. Mas leia mui-to. Não só um livro, vários. A dica é ler um que trate de políti-ca. Quem sabe assim possamos entender o porquê de a Copaser sempre em ano de eleição. Ou seria o contrário?

Esqueça a Copa

Natasha [email protected]

Opinião

É difícil acreditar que a cidade Hiroshima, no Japão, sofre asconsequências da bomba atômica até hoje. Pois é, naquela manhãde seis de agosto de 1945, todos os cidadãos da cidade japonesaestavam apreensivos, porém nenhum deles esperava que um enor-me clarão devastasse a cidade em questão de segundos. O mesmose passou em Nagasaki, três dias depois. E o Brasil ainda quer apoi-ar o Irã no processo de “construção de mais uma bomba”.

A bomba atômica é construída a partir do enriquecimento deurânio. A maneira mais usual de enriquecer este material é atra-vés de centrífugas atômicas. Neste processo, o material sólido étransformado em um gás e colocado numa centrífuga que separaos átomos mais pesados dos mais leves, processo similar ao que éfeito na análise sanguínea.

O presidente do país do Oriente Médio, Mahmud Ahmadine-jad, diz que seu intuito não é utilizar a energia nuclear para finsmaléficos (ou seria melhor dizer malignos?), mas sim para o bem,como no caso da medicina. Só falta querer dizer que o intuito tam-bém é salvar o mundo. Já quem não está muito feliz com isso é Ba-rack Obama e seus comparsas, quero dizer, assessores. Agora adi-vinhe quem se meteu no meio dessa briga? Isso mesmo, nosso pre-sidente “pacificador das nações” Luiz Inácio Lula da Silva.

Não é pretensão minha dizer ao excelentíssimo senhor Lulapara que não se meta, só tenho medo de que o país compre umabriga com todo o mundo. Imagine a seguinte situação: o Brasil estádefendendo o Irã, que é acusado de abrigar uma das maiores re-des terroristas do mundo, a Al qaeda, cujo líder é ninguém menosque Osama. Aí o Obama - não, não é o Osama é o Obama mesmo -decide que o Brasil se tornará inimigo dos EUA por apoiar o Irã.As Nações Unidas são da mesma opinião, quem é que vai apoiaro Brasil? O Irã, talvez?!

É melhor nosso governo se informar melhor sobre as consequ-ências da energia nuclear malutilizada, pois o Irã não me parece,contudo, ser um país amigo; ainda mais quando quem está do ou-tro lado é o único país do mundo que já teve coragem de quaseexterminar a população, não só de uma, mas de duas cidades emuma só guerra.

A BOMBA namão do BRASILJeferson Leandro [email protected]

Dilvugação

Dilvugação

Reitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpa-line@ gmail.com), DanielCastro ([email protected]) e Diego Henri-que da Silva([email protected]).

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimen-tos gerais e humanísticos,capacitação técnica, espíri-to criativo e empreendedor,sólidos princípios éticos eresponsabilidade social quecontribuam com seu traba-lho para o enriquecimentocultural, social, político eeconômico da sociedade”.

O LONA é o jornal-labora-tório diário do Curso deJornalismo da Universida-de Positivo – UPRedação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigotde Souza, 5.300 – Conectora5. Campo Comprido. Curi-tiba-PR - CEP 81280-30.Fone (41) 3317-3000

Expediente

Missão do cursode Jornalismo

Mar

isa

Rodr

igue

s

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 2010 3

Economia

Daniel CastroEm tempos de crise, poucos

setores conseguem alcançar nú-meros positivos na economia. Osetor da construção civil é umdeles, mesmo com as finançastendo sido prejudicadas em2009, obteve números positivos.Para 2010, a expectativa é de queo número de construções conti-nue aumentando.

Segundo dados doSinduscon-PR, os números sãoanimadores em alguns bairrosespecíficos de Curitiba. O Cam-po Comprido é um exemplo dis-so, já que as novas construçõesda região crescem em um ritmoainda mais forte do que o encon-trado na cidade.

Os números da construçãocivil no bairro aumentaram em

2009. No ramo residencial, fo-ram construídas 1872 unidades,mais do que o dobro de 2008,quando foram construídas 728.No primeiro bimestre de 2010, onúmero de novas residênciaschegou a 385. Caso a média sejamantida, até o final do ano se-rão erguidos 2310 empreendi-mentos residenciais.

No ramo comercial, o aumen-to das unidades foi de aproxima-damente 1000%. De cinco unida-des construídas em 2008, o núme-ro passou para 54 no ano de 2009.

VagasSegundo o Sindicato dos tra-

balhadores da construção civil(Sintracon), existem muitas va-gas na área, mas elas não sãopreenchidas por falta decapacitação ou pelos baixos sa-lários oferecidos nas empresasde construção.

A falta de qualificação é umproblema que atinge diversos ra-mos da indústria, sendo que aengenharia é um dos mais afe-tados. Faltam pedreiros,gesseiros, eletricistas e todo tipode “profissional”, como sãochamados os trabalhadores queficam acima de serventes e abai-xo de mestres-de-obras na hie-rarquia de trabalho.

Zirley Silva conseguiu umemprego em uma construção e

sabe da importância da funçãoque ocupa. Além disso, ele acre-dita que o trabalho seja funda-mental para sua família. “O im-portante para mim é ganhar osustento. Estou trabalhandoaqui para me levantar na vida,ser uma pessoa importante emanter a família”, conta o auxi-liar de almoxarifado.

ProcuraNa capital, o desejo de com-

prar um imóvel é cada vez mai-or. Segundo a pesquisa PesquisaPerfil Imobiliário de Curitiba, re-alizada em 2009, 14,3% doscuritibanos querem ter uma resi-dência própria imediatamente.

A forma de procura apresen-ta um dado curioso. Mesmo coma facilidade de obter informa-ções na internet, é no jornal im-presso que as pessoas costumambuscar as oportunidades de ne-gócio. 39,1% das procuras sãofeitas nos jornais, enquanto ainternet é responsável por 33,4%das buscas.

A localização é apontadacomo o fator mais importante nahora de fechar negócio. As esco-lhas são motivadas tanto pelaproximidade da residência depontos de serviço estratégicos,(shoppings e supermercados)quanto por costumes, sendo co-mum a escolha em um local

Campo Comprido

tem números

animadores no

setor da construçãoFern

ando

Mad

/ LO

NA

onde a família more ou tenhamorado.

O preço também é um fator im-portante, mas aparece com menosprestígio do que a localização. Osentrevistados da pesquisa acei-tam pagar 15% a mais do que ti-nham planejado inicialmente.

As construtoras estão inves-tindo em residências com áreasde lazer, que se assemelham aclubes. 93,8% das construçõespossuem salões de festas, en-quanto 59,5% dos empreendi-mentos têm espaço destinado àrealização de exercícios físicos.

O tradicionalismo tambémfoi deixado de lado. Com isso,empresas de fora têm ganhadocada vez mais espaço. Além dis-so, a oferta de apartamentos de

Bairro apresenta crescimento significativono número de novos empreendimentos

dois quartos aumentou conside-ravelmente nos últimos anos.

A facilidade de crédito moti-vada pelas leis de incentivo aoempréstimo, promovidas peloGoverno Federal, encoraja oscompradores a realizarem o so-nho da casa própria. Para Cláu-dio Krüger, coordenador do cur-so de engenharia civil da Uni-versidade Positivo, esse é umdos fatores responsáveis pelocrescimento do setor. “A gentetem uma questão que é ligada aeconomia, que fez com que essaárea de construção civil tivesseuma expansão muito grandenos últimos três anos, isso mui-to em função de uma maiorquantidade de crédito que osbancos fornecem”, explica.

Fernando Mad/ LONA

Fernando Mad/ LONA

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 20104

Patrimônio natural

Carla RochaImagine-se dentro de uma

caverna. Úmida, escura, comaranhas, escorpiões, morce-gos e mariposas. Pesadelo?Cenas de um filme de aven-tura ou de suspense? Não,mas pode ser a descrição deum passeio. Uma trilha deaventura rica em diversida-de biológica, no interior deuma gruta, onde, ao acendera lanterna, é possível ver que,além dos “animaizinhos”,uma caverna guarda belassurpresas, que são produzi-das dia a dia, pela próprianatureza.

Pensando assim, conhe-cer um lugar desses parecealgo bastante sedutor. Então,lá vai a boa notícia: o Paranáconta com uma série de lo-cais como esse. Só na regiãometropolitana de Curitibasão 204 cavernas dos maisvariados tipos e tamanhos.Cada uma delas está registra-da no CNC – Cadastro Naci-onal de Cavernas do Brasil,um órgão administrado pelaSociedade Bras i le i ra deEspeleologia, que aponta asprincipais características e alocalização destes misterio-sos atrativos turísticos.

Entre as duas centenas decavernas do Estado,registradas no CNC, umadas mais impressionantes -pelo tamanho e pela riqueza

em diversidade biológica - éa gruta da Lancinha. Esta ca-verna está localizada em RioBranco do Sul, que fica a 40Km da capital paranaense.Uma população com cerca de35 mil habitantes, que se or-gulha da existência da gru-ta, mas se questionados arespeito da visitação, sãopoucos os que já estiverampor lá. “O nosso estilo devida não inclui passeios tu-rísticos, ainda mais em ca-vernas. Pedras, rios e forma-ções rochosas é o que maisvemos por aqui” , re lataMauro Mayer cidadão rio-branquense e apaixonadopor Lancinha. “Eu vou pra lásempre que posso, é pertinho.Tiro fotos, descubro novaspassagens, quebra-corpo esalões. Já acompanhei muitosgrupos, quando a gruta esta-va no auge das visitações,hoje os que vêm pra cá, já sãoantigos conhecidos.”

Lancinha é destaque entreas cavernas da região

Com cerca de 2 km decomprimento, a Lancinha é aterceira maior caverna doParaná em extensão e a pri-meira em volume. Isso sedeve às grandes dimensões,do que muitos chamam desalões: os locais onde se de-senvolvem os espeleotemas,mais conhecidos como

estalactites e estalagmites.Estas são as maiores sensa-ções de uma caverna, como sefossem cristais pontiagudos,formados ao longo dos anos,pelas gotículas de água queescorrem das formações ro-chosas do interior da gruta.

A diversidade de ambien-tes e a rar idade dosespeleotemas colocam a gru-ta da Lancinha em lugar dedestaque na espeleologia na-cional. Sem comentar sobre ariqueza biológica, que classi-fica a gruta como a terceiramaior caverna do país, são76 diferentes espécies de ara-nhas, escorpiões e crustáce-os, uma espécie de lontra,uma de mariposa e quatro demorcego. Também habitam aLancinha as duas únicas es-pécies de troglóbios conheci-das no Paraná, que sãoinvertebrados incapazes deviver fora do ambiente da ca-verna.

Além de se destacar pelotamanho e pela diversidadeb i o l ó g i c a , a g r u t a d aLancinha tem, também, re-conhecimento histórico. É oque d iz o pres idente doG r u p o d e E s t u d o sE s p e l e o l ó g i c o s , L u í sFernando Silva da Rocha.Ele afirma que existem cita-ções bibliográficas relativasa esta caverna desde o anode 1880.

cavernaO mistério da

Divulgação/ agenda-digital.blogspot.com

Lugar de caverna é longe dacidade

A facilidade de acesso àgruta da Lancinha, que deve-ria ser um fator positivo, é umrisco para a conservação dolocal. Ela fica a uma distânciade 5 quilômetros da área ur-bana de Rio Branco do Sul. Epartindo do centro deCuritiba, bastam 40 minutosde carro para chegar atéLancinha. Esta proximidadecom os centros urbanos con-tribui para atrair diferentes ti-pos de visitantes com as maisvariadas intenções. Muitosassaltos já foram registradosno caminho que leva à caver-na, além disso, outros fatores- facilmente percebidos - de-monstram a falta de cuidadoe a degradação da gruta, den-tre os principais: o acúmulode lixo, pichações e quebra deespeleotemas.

A respeito da retirada deestalactites e estalagmites, pe-los visitantes, Luis FernandoRocha alerta que esse ato épuro vandalismo, além de serperda de tempo. Ele confessaentender o fato de que as pes-soas queiram levar aquilocomo troféu ou lembrança dagruta, no entanto, argumentaque o que os visitantes nãosabem é que fora do seu ambi-ente natural aquela formaçãose transforma num simplesmonte de areia. “Não serve pra

nada do lado de fora e fazmuita falta no lado de dentro”.

Falta em Lancinha a super-visão e o investimento porparte da administração públi-ca. Grupos não governamen-tais trabalham em prol da pre-servação da caverna, promo-vem mutirões de limpeza e lu-tam pela regulamentação dagruta como monumento natu-ral. No entanto, os investimen-tos direcionados à caverna deRio Branco do Sul, assim comoela, é cheio de mistérios.

A conservação de uma ca-verna e o correto investimentode recursos pode até gerar lu-cro para a comunidade. Exem-plo que acontece não muitolonge de Lancinha. EmColombo, outro município daregião metropolitana deCuritiba, a gruta do Bacaetava,não tão grande nem tãodiversificada biologicamentequanto a de Lancinha, faz par-te das atrações de turismo ru-ral da cidade. Com muito me-nos atrativos, a gruta deBacaetava recebe entre 1.500 aaté 2 mil visitantes por mês.

Monumento Natural só nopapel

A ausência da devidaatenção dispensada à gruta,por parte da administraçãopública, contribui para a fal-ta de segurança e de conser-vação.

Oficialmente, perante osórgãos governamentais, agruta da Lancinha é reconhe-cida como uma das maiorescavernas do Paraná. O decre-to 6.538, datado de 03 demaio de 2006, é o documentoque comprova a criação doMonumento Natural Grutada Lancinha, no municípiode Rio Branco do Sul, o qualé apenas mais um nos arqui-vos do governo.

Conta a lenda que há cer-ca de dois anos o governo doParaná, finalmente, aprovouo projeto para transformar agruta de Lancinha e a área doentorno, em unidade de con-servação ambiental. A prefei-tura da cidade já tem autori-zação para realizar as desa-propriações e pagar as inde-nizações, mas até agora agruta continua do mesmo jei-to, com visitantes esporádi-cos, sem acompanhamentoapropriado, nem a seguran-ça devida. Entra gestão e saigestão e o mistério da caver-na continua.

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 2010 5

Saúde

Monique SilvaPílulas para dormir, cal-

mantes, ansiolíticos indica-dos no tratamento da insô-nia, estresse, ansiedade, de-pressão, entre outros distúr-bios, estão sendo utilizadosde maneira abusiva em todoo mundo. Esses medicamen-tos ditos controlados são ca-racterizados como remédiosquando prescritos por ummédico, mas chamados dedrogas quando tomados porconta própria.

No dia 24 de fevereiro, oDepartamento Internacionalde Controle de Narcóticos,orgão ligado às Nações Uni-das, divulgou um relatórioalarmante: o uso abusivo demedicamentos controladosjá supera o uso somado decocaína, heroína e ecstasyem todo o mundo. Nos EUAo resultado é preocupante, oconsumo de psicotrópicos lí-citos já é a segunda maiorquestão do uso de drogas,perdendo apenas para a ma-conha. Est ima-se que nopaís 6.2 milhões de norte-americanos são viciados emremédios.

N.G., de 32 anos, após amorte de seu filho há 2 anosprocurou ajuda psiquiátrica,

encontrou nos tranqüilizan-tes um meio de suportar ador da perda do filho. Hoje,diz que não consegue dormirsem o remédio. “Fico fritan-do na cama e só consigo dor-mir umas três horas da ma-nhã!”. Ela também já usoumedicamentos para emagre-cer, as anfetaminas, conheci-das popularmente como ‘bo-linhas’. São psicotrópicos daclasse dos estimulantes, uti-lizados como inibidores deapetite e se consumidos porum longo período tambémcausam dependência física.N.G. contou que na época nãoconseguia parar de tomar,mas que hoje toma apenasquando se sente mais“inchadinha”. E ela não estásozinha. Segundo uma maté-ria da Revista Super Interes-sante, de fevereiro de 2003,as mulheres são responsá-veis por 75% do consumo detranqüilizantes.

No livro “O que é toxico-mania”, a autora JandiraMasur alerta para o uso pro-longado de tranqüilizantesque pode levar a dependên-cia física. Com o nome quí-mico “benzodiazepínicos”,essas substâncias tambémchamadas de ansiolíticos são

utilizadas no combate à an-siedade, depressão ou mes-mo insônia. A autora levan-ta a questão “até que ponto ouso dessas drogas se perpe-tuaria não mais pela razãoinicial do seu uso, mas paraevitar a síndrome da absti-nência?”. Em outras pala-vras, quando saber se estátomando a droga para trataro que foi diagnosticado, sejadepressão, ansiedade,estresse ou insônia, ou parabloquear os efeitos da absti-nência?

Embora os psicofármacosnão sejam apontados comosubstâncias com alto poderde levar o usuário à depen-dência, o fato é que o uso ir-regular desses medicamen-tos es tá aumentando emtodo o mundo e o Brasil nãoestá livre. O país está entreos cinco maiores consumi-dores de medicamentos domundo. A indústria farma-cêutica é em grande parteresponsável por essa situa-ção. “Os laboratórios farma-cêuticos são o segundo ne-góc io mais lucra t ivo domundo perdendo apenaspara as companhias de pe-tróleo” (Superinteres-sante,fevereiro, 2003).

O perigo daautomedicação e doabuso de medicamentoscontrolados

Divulgação

Segundo dados divulga-dos pelo Instituto Nacionalde Câncer (INCA), do Minis-tério da Saúde, o câncer decolo de útero é o segundo tipode câncer mais comum entrea população mundial femini-na. “Aproximadamente 500mil casos novos por ano nomundo. No Brasil, para 2010,são esperados 18.430, comum risco estimado de 18 ca-sos a cada 100 mil mulheres.”

O câncer de colo de úte-ro está associado ao vírusHPV. Em 90% dos casos dadoença, o vírus está presen-te. Recentemente foi libera-da uma vacina que previneo contágio do HPV. O Minis-tério da Saúde ainda nãofornece a vacina, recomen-dando, como medidas pre-ventivas ao contágio do ví-rus, o uso do preservativo ea real ização do examePapanicolaou, que identifi-ca a presença do câncer.

O ginecologista e obstetraPaulo Afonso de Moura la-menta que a vacina não este-ja disponibilizada no siste-ma público de Saúde. “É deextrema importância que to-dos se vacinem. Porém a va-cina é muito cara, poucaspessoas têm condições finan-ceiras de bancar as três do-ses necessárias”, diz o médi-co. Para tomar o medicamen-to, é necessário desembolsaraproximadamente R$ 650,00.

Características da vacinaMoura explica que a vaci-

na pode ser tomada por to-

das as mulheres, independen-te da idade, desde que a pes-soa tenha certeza de que nãoestá contaminada pelo vírus.Porém o medicamento foi cri-ado, visando atingir um públi-co alvo, que são jovens que es-tão passando pelo final daadolescência até 25 anos. Essafaixa etária está mais expostaao contágio do vírus.

O médico ainda destacaque a vacina é apenas preven-tiva, não sendo curativa.“Uma vez que se pegue o HPV,ele nunca mais sai de você.Por isso a importância de to-mar o medicamento”.

Segundo Moura, a vacinanão só previne o câncer deútero, como também a pre-sença de verruga genital ecorrimentos causados pelovírus. Os casos de câncer sãoevitados em 90% e os de ver-ruga em 100%.

A estudante MarianaDemattê, de 19 anos, foialertada pelo seu médico gine-cologista sobre esses dados ea importância de tomar o me-dicamento. “Quando ele medisse que a vacina iria contri-buir significativamente paraque eu não pegasse todas es-sas doenças sexuais, não pen-sei duas vezes em tomar asdoses. Conversei com minhafamília, e meus pais concorda-ram em bancar a vacina pormais que ela fosse cara. Gra-ças a Deus temos condiçõesfinanceiras de pagar as doses,mas isso não é uma realidadepara todos”, diz a estudante.

A vacina contra o vírusHPV é apenas feminina, a mas-culina ainda está em estudo.

Vacina contra ovírus HPV aindaé realidade parapoucos

Luisa Melara

Especialista ressalta aimportância de tomar a vacina queprevine o câncer de colo útero

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 20106

E para encerrar, trago um trecho de umaentrevista de Samuel L Jackson para a Radi-oBigBoy, onde ele falou rapidamente sobre osprojetos da Marvel em que está envolvidocomo Nick Fury.

A informação mais interessante foi em re-lação a um filme da S.H.I.E.L.D., a organiza-ção governamental que começa a iniciativa“Os Vingadores”.

“O filme dos Vingadores começa a ser fil-mado no ano que vem. Algum tempo depoisteremos um grande filme da S.H.I.E.L.D, e te-nho que fazer Capitão América: O PrimeiroVingador agora. Não estou em Thor, não seio motivo. Aí vem S.H.I.E.L.D. e talvez eu es-teja em Homem de Ferro 3", disse Jackson.

Samuel L Jackson também comentou queprovavelmente haverá um filme da Viúva Ne-gra (Scarlett Johansson).

Agora só nos resta aguardar pelas estrei-as! Os Vingadores (The Avengers) tem estreiamarcada para 4 de maio de 2012.

Vinicius StempniakEscreve quinzenalmente, às quartas-feiras,sobre [email protected] | www.cinejoia.com

Semana dosCinema

Heróis

Filho de Odin e Gaia, a deusa da Terra,Thor é o príncipe de um outro mundo, deonde acaba sendo banido e se torna um Deusnórdico do trovão, vivendo na Terra entre osmortais.

Mark Protosevich (“Eu Sou a Lenda”) éresponsável pelo roteiro do longa. Veja abai-xo como ficará o ator australiano Chris He-msworth como o Deus do Trovão. “Thor” es-treia dia 20 de maio de 2011.

Nesta semana vou dar uma variada nos te-mas e falar só do mundo Marvel! Depois deHulk e Homem de Ferro, o resto da equipe dosVingadores vai para as telonas.

O Joblo divulgou artes gráficas que mos-tram como deverá ser o visual do uniforme de“Capitão América: O Primeiro Vingador”.

O elenco conta com Chris Evans, TommyLee Jones, Sebastian Stan, Hugo Weaving,Hayley Atwell, Samuel L. Jackson, DominicCooper e Toby Jones.

Divulgação

Reprodução

Divulgação

Leila MoretiCom o objetivo de evitar o corte de novas árvores, arquitetos

e marceneiros estão recorrendo a um novo segmento de móveis:são os móveis com madeira de demolição. Eles servem como de-coração e podem ter inúmeras utilidades, além de serem ecolo-gicamente corretos, já que o principal diferencial é a reciclagem.As madeiras mais utilizadas para a fabricação destes móveissão a peroba e o pinheiro, retiradas de construções antigas,como casas e igrejas. O material é tratado, para a retirada depossíveis pragas que possam comprometer a qualidade.

A decoradora de ambientes e proprietária de uma loja demóveis de demolição Rosana Portes conta que, além das van-tagens ecológicas e maior durabilidade, a utilização dessamadeira confere conforto aos ambientes contemporâneos queatualmente contam com materiais mais frios e linhas retas. “Aprocura por esses móveis está sendo muito grande, já que mui-tas pessoas querem decorar o ambiente com objetos ecossus-tentáveis, mas que ao mesmo tempo proporcionem aconche-go”, afirma Rosana.

A produção destes móveis é feita artesanalmente por mar-ceneiros e se tornam peças únicas, já que cada pedaço da ma-deira tem suas marcas de uso, como fendas de pregos e restosde tintas. Na hora de serem usados, estes móveis podem serutilizados junto com a decoração contemporânea, para que-brar as linhas retas. “A maior procura é por painéis de ma-deira para acomodar tevê de LCD e mesas de centro quadra-das e com aspecto envelhecido, para decorar salas”, acrescentaa decoradora.

A servidora pública federal Maria Regina Blanco Maga-lhães aderiu aos móveis de demolição e aprovou. “O acaba-mento e a durabilidade destes móveis não tem comparação”,afirma. Maria tomou conhecimento da existência deste seg-mento de móveis por meio de revistas de decoração. Desde en-tão já adquiriu três peças: um banco de jardim, duas cadeirase uma escrivaninha. “Gosto de misturar com as peças moder-nas que tenho em casa, o ambiente fica lindo”, salienta.

O pólo de fabricação desses tipos de móveis atualmente éMinas Gerais e é conhecido com movelaria mineira, que é bemdifundido no Brasil. São peças com estilo mais rústico comoos utilizados em chácaras e fazendas, com os pés torneados.“Essas peças também podem ser integradas a ambientes ur-banos e modernos”, acrescenta Rosana.

Apesar do crescente aumento pela procura por móveis fei-tos com madeira de demolição, ainda não existe mão de obraqualificada suficiente para a produção. Segundo o proprietá-rio de uma fábrica de móveis de demolição localizada em San-to Antônio da Platina, norte do Paraná, Marco Antonio Zana-to é preciso buscar mão de obra qualificada em outras empre-sas. “Além disto também formamos nossos próprios profissi-onais, o que é o melhor caminho”, diz.

Zanato afirma que a procura pelos móveis tem sido cadadia maior, tanto da parte de arquitetos e engenheiros comopessoas em geral, o que o levou a se especializar neste seg-mento. “Na minha empresa os móveis de demolição tem ummercado bem maior que os móveis comuns, devido à maiorqualidade”, conta. Ainda de acordo com o empresário, a em-presa já conseguiu exportar seus produtos para a Europa.

Por ser um mercado novo muitas empresas não conhecema burocracia para exportar seus produtos o que acaba dificul-tando o processo.

Divulgação

O diferencialdos móveis dedemolição

Sustentabilidade

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 2010 7

Perfil

Gislaine Silva

Aos 69 anos, o músico AriLunardon tem muito o quecontar. Curitibano, é um dosmelhores saxofonistas detodo o Brasil e consideradoum dos melhores intérpretes

de chorinhos.Uma de suas atuações mais

marcantes foi na orquestra deRoberto Carlos, onde perma-neceu por oito anos. Hoje,quando não está com seu sa-xofone, é possível encontrarAri Lunardon passeando porruas e praças públicas deCampo Largo, na Região Me-tropolitana, com o intuito derelembrar sua infância, asbrincadeiras, as pessoas quefizeram parte de sua vida.

Observador, consegue per-ceber todas as mudanças queocorreram ao longo dos anos

e as descreve com perfeição.Não se trata apenas de nos-talgia, mas da lembrança detempos passados.

Sua vida como músico seiniciou com apenas nove anosde idade. Ari toca saxofonealto e barítono. A relação coma “terrinha campo-larguense”surgiu pelo fato de que seupai possuía uma pedreira nacidade, na localidade hoje co-nhecida como Guabiroba.

Ari Lunardon conta queum dos melhores momentosocorridos em sua vida nos úl-timos anos foi a sua partici-pação especial na festa de bo-das de ouro de seus primos, ocasal Celma e Atílio Gionédis.

“Eu estava fazendo showem Santa Catarina. Recebi oconvite e em primeiro instan-te, não poderia participar doevento. Mas no dia da cerimô-nia das bodas de ouro e apoucas horas da festa, resolvicancelar a apresentação e pe-gar a estrada”, conta. De acor-do com o saxofonista, seus fa-miliares que estavam presen-tes na cerimônia, jamais o vi-ram tocar. “Resolvi pegar osaxofone e fazer uma surpre-sa. Afinal, era uma ocasião es-pecial”, ressalta.

O músico não participouda cerimônia, mas esperoupor todos em um coreto, loca-lizado em frente à Igreja Ma-triz Nossa Senhora da Pieda-de, na Praça Atílio de AlmeidaBarbosa, em Campo Largo.“Quando todos saíram, come-cei a tocar e me aproximei deuma Limosine que aguardavameus primos. Todos ficaramemocionados, modéstia à par-te”.

Também não era para me-nos que os presentes ficassememocionados, já que Ari

Lunardon tocava a música“Fascinação”.

PaixãoA paixão pela música é vi-

sível em todas as frases e dis-cursos de Ari Lunardon. Alémde integrar a orquestra deRoberto Carlos, já atuou naorquestra Tabajara, do Maes-tro Severino Araújo. Tambémjá integrou a banda de músicana Escola de Oficiais Especia-listas da Aeronáutica e Infan-taria de Guarda (EOEIG), cri-ada em 1957, onde serviu du-rante 25 anos. Participou dasgravações do extinto“Clodovil em Noite de Gala”,programa apresentado pelopolêmico e irreverenteClodovil Hernandes, na Cen-tral Nacional de Televisão(CNT).

“Guardo a gravação de umdos programas em queClodovil elogia meu trabalho.Afinal, não é sempre que serecebe um elogio deste porte”,diz. As gravações do progra-ma que reunia entrevistas,musicais e desfiles, além dedebates eventuais sobre os as-suntos do noticiário geral,aconteciam na Ópera de Ara-me, um dos principais atrati-vos turísticos de Curitiba.

“Já toquei ao lado de mui-tos músicos renomados, entreos quais Raul de Souza, quetambém participou da bandada Aeronáutica”, diz. Raul deSouza é considerado um dosmaiores trombonistas do mun-do e um ícone da música ins-

Chorões& chorinhos

Gislaine Cristina

O saxofonistacuritibano AriLunardon integrou aorquestra de RobertoCarlos e recebeuelogios de Clodovil

trumental brasileira.Lunardon lembra também

dos momentos em que tocou noBaile da Saudade, queabrilhantou o programa co-mandado por FranciscoPetrônio. Premiado pelo talen-to com a música, Ari Lunardonfez parte de uma orquestra queacompanhava AguinaldoRayol; da Orquestra do Siste-ma Brasileiro de Televisão -SBT “Silvio Santos”; Orquestrado Maestro Roberto Gagliard,Orquestra Carinhoso; Orques-tra Sinfônica do Paraná e mui-tas outras.

Próximo a realizar um so-nho, Lunardon foi convidadoa participar da orquestraTabajara, uma das mais famo-sas do Brasil, criada há 63 anospela regência do maestroSeverino Araújo. Devido a pro-blemas de saúde, não pôde es-tar entre os mais renomadosmúsicos do país.

Atualmente, Ari realizashows esporádicos em diver-sos Estados do país. Há cercade dois anos, gravou junto aopianista Waldir Teixeira umálbum de chorinho em novaconcepção.

Como disse o jornalistaAramis Millarch (1943-1992)em matéria no Estado doParaná no ano de 1988, ochorinho feito pelos músicos émarcado por uma linha meló-dica de difícil execução, comuma harmonia mais avançadae que não fere os ouvidos maisortodoxos.

Esco

la d

e M

úsic

a do

Ost

erna

ck

Talento pela música tornou Ari Lunardon um dos melhoressaxofonistas brasileiros

O músico tocasaxofone alto e

barítono: técnica epaixão destacam o

trabalho de Ari

Curitiba, quarta-feira, 9 de junho de 20108

novosMenu

Os fãs de uma das bandas mais famosas de todos os tempos, oAbba, poderão fazer uma viagem ao passado e reviver os grandessucessos do grupo nesta sexta no “Mamma Mia – O Show”. Asbandas ABBA Magic e Rod Hanna apresentarão, além das músicasdo grupo inglês, diversos hits dos anos 70,80 e 90. Quando: Sexta, às 21h.Onde: Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza,5300, Campo Comprido).Quanto: R$ 120 a R$ 160

Mamma Mia!

Rodrigo Cintra

Cultura

Estreia amanhã no Teatro Novelas Curitibanas o espetáculo“Rebecca”, da Companhia Silenciosa em conjunto com a SantaProdução. A peça busca mostrar as armadilhas da LínguaPortuguesa por meio dos diálogos entre duas personagens, Davide Francis.Quando: Quinta a sábado, às 21h; domingo, às 19h.Onde: Teatro Novelas Curitibanas (R. Carlos Cavalcanti, 1.222,São Francisco) | Quanto: R$ 10

A Língua Portuguesa sobe ao palco

Seu Jorge em CuritibaUm dos maiores músicos da

MPB, o cantor e compositor SeuJorge volta a Curitiba nesta sex-ta-feira para um show no Curiti-ba Master Hall. A apresentaçãofaz parte da turnê do álbum“América Brasil Ao Vivo”, quereúne sucessos do músico como“Burguesinha”, “Nego Drama”e “É Isso Aí” .Quando: Sexta, às 21h.Onde: Curitiba Máster Hall (R. Ita-jubá, 143, Portão).Quanto: R$ 38 (meia-entrada paradoadores de um quilo de alimento).

As histórias em quadrinhos,com seus desenhos expressivos ediálogos naturais, fizeram parte dainfância de pessoas do mundo in-teiro, que esperavam ansiosamen-te pelas edições futuras e chegavamaté a pagar mais caro só para ter aspassadas.

Nos últimos 20 anos, no entan-to, estão se tornando cada vez maiscomuns pessoas que não deixaramde lado esse tipo de leitura quandoentraram na fase adulta. “Quadri-nho não é só pra criança, tenho 34anos e ainda leio. Tenho amigos damesma idade que também leem,mesmo que não sejam tão viciadosquanto eu”, afirma LéversonTeixeira, administrador de empre-sas, que tem cerca de quatro mil re-vistas em quadrinhos.

Por passar todos os dias naItiban, loja curitibana especializa-da em quadrinhos, Léverson repre-

senta um público que aderiu ao for-mato graphic novels (como “Umcontrato com Deus” de Will Eisnerou “Watchmen” de Alan Moore eDavid Gibbons) - publicações emformato de livro com histórias maislongas - que se torna cada vez maispopular desde os anos 90.

Para Mitie Ultrabo, uma dasproprietárias da Itiban, a tendên-cia das graphic novels pode serexplicada pela garantia de um fi-nal e da manutenção da qualida-de. “Eu mesma leio só publicaçõesnesse formato. O leitor em geral sesente melhor sabendo que o que estálendo tem começo, meio e fim”, cons-tata Mitie.

Dos anos 90 para cá, de acordocom Mitie, também se deu a explo-são mundial dos mangás- quadri-nhos japoneses- e comoconsequência, um investimentocada vez maior no estilo por partedas editoras.

Embora ainda muito timida-

O novo leitor dos

mente, as editoras também estãoabrindo um espaço maior para aspublicações nacionais, que, de acor-do com o quadrinista, professor naGibiteca de Curitiba e ilustradorSérgio Aguiar, só precisam de in-vestimento para se tornarem tãoboas quanto as norte-americanas.“Temos ótimos roteirista e dese-nhistas que precisam sair do paíspara trabalhar, pois a maioria daseditoras não faz um investimentoque permita que se viva da profis-são. Felizmente, aos poucos essequadro está mudando: algumaseditoras como a Companhia dasLetras estão investindo mais, e atéo MEC (Ministério da Educação)compra quadrinhos para distribuirnas escolas”, conta o quadrinista.

Em contrapartida a essa ten-dência está a maioria dos jornaisbrasileiros, que publicam cada vezmenos quadrinhos e ainda dãopreferência para as histórias es-trangeiras como “Calvin &Haroldo” e “Garfield”, já que émais barato e prático traduzir umatira do que manter um cartunistaexclusivo.

Para superar empecilhos comoesse, a internet se tornou um veícu-lo que, ao contrário do que muitospensam, não diminui a venda dashistórias em quadrinhos, mas asfacilita. “Não acredito que a leituraonline vá prejudicar as vendas dasrevistas, pois a leitura no papel émuito mais prazerosa. Na verda-de, a internet até ajuda, pois apósficarem sabendo, através da web,sobre as novas publicações, os lei-tores ficam muito mais ansiosos”,observa Mitie.

Os profissionais no assuntotambém já notaram o poder da redeem relação aos quadrinhos, tanto éque aproveitam os sites e blogspara divulgarem seus trabalhos.“Além de divulgar, o quadrinistapode transformar o internauta emum leitor fiel através da publica-ção de algumas histórias, depoisdisso, fica mais fácil publicar” ga-rante Sérgio Aguiar, que tem umportfólio na internet com seus tra-balhos.

Anna Luiza Garbelini

quadrinhos

Anna Luiza Garbelini

Léverson prefere as publicações avulsas e gastaR$ 90 por mês com quadrinhos

Mitie, dona da Itiban há 20 anos, acredita que a invasão domangás, a publicação online e as graphic novels foram asmaiores mudanças dos anos 90 para cá

Anna

Lui

za G

arbe

lini

Entra em cartaz amanhã a exposição Waýuu, da fotografaEliete Silva. Para registrar a vida do povo Waýuu, na Bolívia, afotógrafa viajou pelo Caribe durante um mês e abriu mão datecnologia digital. Ela registrou o cotidiano desse povo usandomáquinas analógicas e filmes Asa 100.Quando: Segunda a sexta, das 8h30 às 12h e 13h às 20h30; sábado,das 8h30 às 12h e 14h às 18h.Onde: Centro de Criatividade de Curitiba (R. Mateus Leme, 4700- Parque São Lourenço) | Quanto: Gratuito

Como antigamente

Divulgação

Divulgação

Divulgação