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[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 739 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, quinta-feira, 6 de setembro de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com As obras de restauração da Catedral Basílica Menor de Curitiba começaram em janeiro de 2011. A reinauguração do espaço acontece nesta quinta-feira. Feriado provoca movimento nas estradas Filme Curitiba Zero Grau é tema de reflexão pág. 2 As propagandas eletorais cumprem sua função social? pág. 2 Feira Internacional de Patchwork pág. 4 OPINIÃO EDITORIAL Catedral reabre as portas para os fiéis Rodoviária de Curitiba passa por obras e altera o local de desembar- que dos ônibus que chegam a Curitiba. Mais de 40 mil pessoas devem viajar de ônibus. Nas estradas o movimento estimado é 60% maior que o de dias normais.

LONA 739 - 06.09.2012

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Curitiba, quinta-feira, 06 de setembro de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 739Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

As obras de restauração da Catedral Basílica Menor de Curitiba começaram em janeiro de 2011. A reinauguração do espaço acontece nesta quinta-feira.

Feriado provoca movimento nas estradas

Filme

Curitiba Zero

Grau é tema de

reflexão

pág. 2

As propagandas

eletorais cumprem

sua função social?

pág. 2

Feira Internacional de Patchwork

pág. 4

OPINIÃO

EDITORIAL

Catedral reabre as portas para os fiéis

Rodoviária de Curitiba passa por obras e altera o local de desembar-que dos ônibus que chegam a Curitiba. Mais de 40 mil pessoas devem viajar de ônibus. Nas estradas o movimento estimado é 60% maior que o de dias normais.

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Curitiba, quinta-feira, 06 de setembro de 20122

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenadora do Cur-so de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Emerson Castro e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Vitória Peluso e Renata Silva Pinto| Editorial: Redação Lona

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Com-prido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

OpiniãoEditorialCirco eleitoral

Uma das mais recorrentes dúvidas pre-sentes na cabeça de todo eleitor que se preze, além daquela da categoria “em quem votar”, é de onde surge o dinheiro para tanta propagan-da política. Cavaletes, barracas, impressos dos mais variados tamanhos e filmes publicitários cinematográficos passando em horário nobre na TV.

O capricho é tanto que é difícil imaginar quantos profissionais estão envolvidos na pro-moção de um candidato à prefeitura de Cu-ritiba, por exemplo. Assessores de imprensa, publicitários, designers e criativos em geral tentando encontrar a melhor solução para at-ingir o público-alvo. Tudo é, em resumo, uma verdadeira mobilização para a criação do maior espetáculo que alguém já viu na história da TV brasileira.

Mas será que com tanto glamour consegue-se discutir a política séria e essencial para o real cuidado da sociedade? Um terno bem cos-turado, uma camisa bem passada e uma barba bem feita são os requisitos básicos para um candidato competir numa eleição? Obviamente que não, mas para alguns eleitores isso faz a diferença. Uma parcela da população, aquela que pode decidir o aperto de uma eleição, es-colhe o candidato através do “gosto mais” ou “acho mais bonito que”.

Com tantas limitações existentes nas cam-panhas eleitorais, hoje o candidato precisa desenvolver diferentes estratégias para poder conversar com o público. E se boa parte se deixa influenciar pelos belos filmes publicitários na TV, a demanda existe e precisa ser suprida. Infelizmente, pela ação contínua e desenfreada de todas as eleições, a cultura de uma cam-panha bonita, de impacto e “bem apessoada” existe e é difícil provocar uma mudança nesse sentido.

Aquela campanha de discussão e estudo das propostas oferecidas pelos candidatos pode existir em um nível muito maior. Porém, se não houver interesse do público, o real mar-queteiro dessas campanhas, nada muda.

É esta a cidade que escolhi

Não sou de Curitiba. Nasci em um lugar muito mais bairrista e com uma cultura local bem

definida e valorizada. Vim de Porto Alegre e gosto de ser gaúcha, mas a realidade é que saí

novinha de lá e poucos referenciais tenho de minha cidade natal, com raras exceções.

Moro na capital paranaense há mais de dez anos e, depois de tantas estadias em diferen-

tes cidades, essa foi a que escolhi para viver. Aqui fiz minhas mais importantes amizades,

encontrei um amor de verdade e vivi grandes aventuras.

Vejo que, como todos os grandes centros, Curitiba tem também muitos problemas, de-

sigualdades, sujeiras. Mas é justamente aqui que me desperta a vontade de fazer alguma

mudança.

Quando fui ao cinema assistir ao Curitiba Zero Grau, fiquei encantada com as imagens e

as histórias. Como jornalista quase formada, já estive em muitos lugares da cidade, muitos

dos quais pouco mostrados pela mídia tradicional, e vê-los representados na telona me fez

sentir parte dessa realidade. Aprendi ao longo dos últimos anos a respeitar imensamente os

carrinheiros, sua rotina de trabalho, sua organização e cuidado com o meio ambiente. No

filme, eu vi retratado o lado humano dessas famílias, tantas vezes passadas despercebidas

aos olhos da sociedade. Vibrei, ainda, com a apresentação da tão escondida favela curitiba-

na. Digo escondida, porque não se quer mostrar que ela existe, mas ela está lá e nela estão

muitas vidas.

Achei lindo também a apresentação das diferenças sociais dos personagens, mas que, ao

mesmo tempo, têm tantas coisas em comum. Não me pareceu definir o bom e o ruim, mas o

real. Além disso, como é bom ver o lado caloroso e receptivo do curitibano, sempre tratado

como frio e distante. Acredito que muito mais do que qualidade de imagens ou riqueza do

roteiro, o filme quebra paradigmas.

Fiquei surpresa ao ver, além de lugares que frequento no meu dia a dia, pessoas conhe-

cidas atuando. Tiro o chapéu a Diego Kozievitch, que acompanho há muitos anos nas mais

diversas produções. Temos que valorizar os talentos locais, principalmente aqueles que tam-

bém valorizam a cidade e sua cultura.

Enfim, eu apreciei cada minuto de cada história contada. Tão simples, tão verdadeiras,

tão próximas.

É essa a Curitiba que escolhi!

Giulia Lacerda

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Catedral de Curitiba reabre nesta quinta-feira

Monumento construído em 1893 retoma exuberância original

Após ficar mais de um ano em reforma, a Catedral Basílica Menor de Curitiba será reinaugurada hoje. A obra incluiu a restauração de todas as pinturas que en-feitam o local, além da ins-talação de nova iluminação e equipamentos de som.

Construída em 1893, a igreja está localizada na re-gião central da cidade, na Praça Tiradentes. Com tra-ços da arquitetura gótica, o monumento conserva em suas paredes pinturas dos irmãos italianos Carlos e Anacleto Garbaccio,

A iniciativa de restaurar a Catedral Basílica Menor de Curitiba surgiu ainda no ano 2000, quando o Cône-go Pedro Wilson chamou a atenção para precarieda-de em que se encontrava o monumento.

Em seguida, criou-se a Associação dos amigos da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz para planejar como seria feita a restauração do local. Se-gundo o atual pároco da ca-tedral, o Cônego Genivaldo Ximendes da Silva, o pro-jeto teve início no dia 19 de agosto de 2000. Desde então, a associação come-çou a buscar recursos para

a reforma. Mesmo em 2004, com a

mudança de arcebispos e a entrada do novo cônego, as tentativas de retomar a exuberância tra-dicional do local não acabaram. “Na nova fase continuou o so-nho da restaura-ção” conta Ge-nivaldo. A nova equipe retomou o projeto, enca-minhou para a prefeitura e obteve a apro-vação da obra para restau-rar a catedral de Curitiba.

De acordo com a Secre-taria de Urbanismo, a re-forma do monumento foi financiada pela prefeitura com o auxílio do chama-do potencial construtivo. O mecanismo estabeleci-do pelas leis 6.337 e 9.803 autoriza o uso de verbas públicas para a reforma de espaços considerados patri-mônios históricos. As obras foram uma parceria entre a Mitra Arquidiocese de Curitiba e a Secretaria de Urbanismo. A restauração foi projetada pela arquiteta Giceli Portela e chegou a envolver mais de 100 traba-lhadores.

Os R$ 5 milhões utili-zados para reforma vieram não só da verba direcionada pelo potencial construtivo, mas também por meio das arrecadações feitas pela Arquidiocese. O pároco ex-

Amanda Lima Ana Kruger

plica que o potencial cons-trutivo possibilitou o inicio da obra, porém, outra ajuda de grande importância para a realização das mudanças

foram doações espontâne-as. “O novo som foi pago pela comunidade”, explica.

O cônego Genivaldo Xi-mendes da Silva fala que

“Fazíamos a missa mesmo com a poeira e o barulho. E nunca houve uma recla-mação da comunidade”

cônego Genivaldo Ximendes Si

a comunidade foi bastante presente durante as refor-mas, e ressalta que todos estão ansiosos para ver a obra pronta. “Emociono-me em dizer que em todo esse período grande parte da comunidade foi muito leal e compreensiva. Esta-mos felizes de entregar essa obra para essas pessoas”, afirma.

As obras começaram em janeiro do ano passado, mas só em junho desse ano as missas foram transferi-das para o prédio ao lado da Catedral. Sem se importar com o transtorno, os fiéis continuaram a frequentar a igreja. “Fazíamos a missa

mesmo com a poeira e o ba-rulho. E nunca houve uma reclamação da comunida-de” relata o pároco.

A partir da noite de hoje a Arquidiocese de Curitiba estará com uma programa-ção especial para come-morar a reinauguração do espaço. Das 19h em diante haverá uma cerimônia sole-ne oficializando a abertura do espaço e, em seguida, um show pirotécnico e a apresentação do Padre Re-ginaldo Manzotti entretêm o público. As atrações es-peciais seguem até o do-mingo (09), comemorando também o dia da padroeira da cidade (8 de setembro).

Durante a restauração, as missas foram realizadas no prédio ao lado da Catedral Basílica

Amanda Lima

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Informações para o feriado de Independência Tempo para o feriado, situação nas estradas e mudança no desembarque na rodoferroviária de Curitiba

A partir de hoje, os passageiros que chegam a Curitiba de ônibus devem desembarcar na rua General Carneiro, ao lado do Mercado Municipal. Segundo o admi-nistrador da rodoviária, Élcio dos Anjos, a operação será feita devido ao menor núme-ro de plataformas em funcio-namento em decorrência das obras de revitalização da ro-doferroviária. Os horários de desem-barque serão das 20h de quin-ta-feira até às 3h da manhã de sexta-feira. De domingo para segunda-feira, quando os via-jantes retornam à capital, essa operação será realizada nova-

mente para desafogar o termi-nal. De acordo com a Urbs, hoje deve ser o dia de maior movimento de pessoas deixando Curitiba. Segundo o administrador, 25 mil pessoas devem embarcar em 780 ôni-bus. Na sexta-feira o número de passageiros cai para 19 mil e, o número de ônibus, para 580. “No total estima-se que 44.700 pessoas passem pela rodoviária durante o feriado”, afirma Anjos. A estudante Giuliana Nogara conta que para evitar filas comprou sua passagem para Itajaí, Santa Catariana já na segunda-feira para via-jar hoje. “Me programei uma semana antes, mas mesmo as-

sim a viagem que demoraria três pode levar cinco horas”, explica a estudante. Segundo a Urbs, o interior e litoral do estado de Santa Cataria estão entre os destinos mais procu-rados para esse recesso. As cidades do interior do Paraná devem chegar a 35%, o litoral a 25% de passa-geiros e outros lugares como a capital paulista e cidades pró-ximas a 12%. Os embarques acontecem nas plataformas da Rodoviária apesar da reforma que deve terminar apenas no ano que vem.

As estradas

Para aqueles que vão viajar de carro e não precisam

enfrentar o movimento da ro-doviária, é necessário conferir e prestar atenção nos horários de maior movimento das es-tradas que dão acesso ao lito-ral. Segundo a assessoria de comunicação da concessioná-ria Autopista Litoral Sul, res-ponsável pelas BRs 116, 376 e 101, o maior movimento é a saída de Curitiba em direção ao litoral. O aconselhável é evitar os horários de pico para não atrasar ainda mais o horá-rio de chegada ao destino pre-visto. O movimento previsto é de 60% maior que o normal e já começa nesta quinta-feira a partir das 17 horas. Amanhã o movimento é previsto para praticamente o dia inteiro,

das 8 às 18 horas. Para redu-zir o transtorno dos viajantes, a concessionária programou uma operação especial com aumento efetivo dos princi-pais serviços oferecidos nas estradas. Para as praças de co-brança de pedágio haverá um reforço 60% maior de fun-cionários. Para atendimentos médicos, uma frota de 13 am-bulâncias estará disponível to-dos os dias do feriado, poden-do ser acionadas em qualquer horário. O mesmo se dá com o atendimento mecânico, que recebe um adicional de 50 guinchos leves e 25 pesados, além dos 13 veículos disponí-veis em dias normais.

Gustavo PanacioniVitoria Peluso

Começou ontem no Expo Unimed, em Curitiba, a segunda edição do Quilt & Craft Show, um Festival In-ternacional de Patchwork e Artes Afins. O evento aconte-ce até o dia 8 de setembro. O festival é promovi-do e realizado pelas empresas Retalharte e Aoki Trading. No local também há espa-ço para arte têxtil, frivolité, bonecas, scrapbooking, folk arte, pintura decorativa, oshi-bana, bordado, entre outras

técnicas de artesanato. Os participantes vão poder ver os trabalhos expos-tos, conversar com os profis-sionais de cada área, conhecer e aperfeiçoar suas técnicas em 30 cursos e oficinas. O even-to também possui stands que comercializam peças prontas e os diversos insumos para a confecção da arte do pa-tchwork. Segundo a promotora do evento Emilia Aoki a esco-lha de Curitiba para sediar o evento ocorreu pela referência da cidade e a fácil localização

para os visitantes do Brasil e América do Sul. “Curitiba é referência nacional por seu profissionalismo e refinamen-to do patchwork por isso deci-dimos fazer o evento aqui, o acesso é mais fácil e tranquilo para todos os participantes”, informou. O evento é mais seg-mentado para ao público femi-nino e deve contar com a par-ticipação de pessoas de toda a América latina, a expectativa é que cerca de 15 mil pessoas participem do festival durante os quatro dias.

Festival Internacional de Patchwork acontece em Curitiba

Danilo Georgete2.º Quilt & Craft Show

5 a 8 de setembro

Expo Unimed Curitiba, na Universidade Positivo(Rua Viriato Parigot de Souza, 5.300).

Ingressos: R$ 10 (R$ 5 a meia-entrada para pessoas acima de 60 anos e estudantes). O passaporte para os quatro dias da feira custa R$ 30.

Proibida a entrada de menores de 12 anos. É apenas permitida a en-trada de crianças de colo de até 1 ano de idade. Não será permitido tirar fotos na área da exposição.

Mais informações: www.quiltshow.com.br

Exposições, bate-papo com profissionais, cursos e oficinas movimentam o evento.