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lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Terça-feira, 18 de junho de 2013 Poucas nuvens Mín. Máx. 9ºC 22°C Curitiba Ano XIV Edição 7944 Pamela Castilho #ogiganteacordou Pamela Castilho Pamela Castilho EDIÇÃO ESPECIAL

Lona 794 (Especial Manifestações) - 18/06/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Terça-feira, 18 de junho de 2013

Poucas nuvens

Mín. Máx.

9ºC22°C

Curitiba

Ano XIVEdição 7944

Pamela Castilho#ogiganteacordou

Pamela Castilho

Pamela Castilho

Edição EspEcial

Page 2: Lona 794 (Especial Manifestações) - 18/06/2013

P2 Terça

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Gustavo Vaz

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialA liberdade que (talvez) raiou numa noite brasileira

junho, 2013

Daniel Zanella

A n oi t e d e 1 7 d e ju n h o d e 2 0 1 3 fo i h i s t ór i c a . Mu i t o p r o -v a v e l m e n t e e l a e s t a r á e m c a d e r n o s e l i v r o s d i d át i c o s d e h i s t ór i a d a qu i a l g u m a s d é c a -d a s . Foi o d i a e m qu e a ge r a ç ã o “p e rd i d a” e “a c om o d a d a”, n a s c i d a e nt re o f i m d o s an o s 1 9 8 0 e 1 9 9 0 , c hut ou a p or t a , s o c ou a m e s a

e qu is provar que es-sas acusações eram ment irosas . Uma noite com as ruas inundadas pelo povo. Uma cena nunca v ista na histór ia recente desse país . Di-versas caras pintadas de verde e amarelo re-met iam ao ú lt imo le-vante deste povo, num distante 1992.

O movimento que começou com uma revolta contra o aumento da pas-sagem cresceu v e r t i g i n o s a m e nt e após as interven-ções truculentas e desastrosas das polícias paulista, brasiliense e cari-oca. O estopim de tudo, a inversão do status quo. A par-tir dali, todos se reuniram a favor de um ideal, to-mados pela revolta de um poder que mandar atirar em seus cidadãos. A

grande mídia, antes le-niente em relação aos protestos , foi mudan-do sua cobe r tu r a . O s m an i fe s t ant e s ant e s v ân d a l o s , t or n ar am -s e a c e i t o s .

Por out ro l a d o, a m a s s a re c u s av a a m í -d i a , re c u s av a o p ar-t i d ar i s m o. E r a u m p ovo qu e re n d o mu -d ar u m a t r a d i ç ã o qu e d at a d e 1 5 0 0 , qu an d o C aminha pediu malan-dramente um emprego a um parente, na sua famosa car ta ao re i por tuguês . Uma mu l -t i d ã o c om s ang u e n o s o l h o s , c o m v o n t a d e d e c r i a r u m a n a ç ã o f o r t e , a m a d a , d e n ã o s e r m a i s a B r u z u d a n -g a , d e L i m a B a r r e t o .

Tu d o m u d o u e m p o u c o s d i a s . N ã o é m a i s u m a g r i t a p e l a p a s s a ge m , n ã o é n e m m ai s a l go c ont r a a re -pre s s ã o d a m a l pre -p ar ada Pol íc ia Mi l itar, é a lgo muito maior. E

no meio de tudo isso, o próximo passo é uma interrogação. Tudo é muito nebuloso, uma sa lada de insat is fa-ções , sem um idea l f ixo e direto. A vontade de ser melhor se mostra apenas uma vontade, e não há propostas e re iv indicações f i rmes . A histór ia desta nação é pródiga em mostrar que protestos pelo bem do povo se tornam, de um dia para o outro, o iníc io de um per íodo mais negro que o ante-r ior.

O povo conseguiu mostr a r s e u f e r v o r, s u a h on r a . A Po l í c i a c ons e g u iu a g i r c or-re t am e nt e , s ó i nt e r-v i n d o qu an d o a l g u ns qu i s e r am e s t r a g ar tu d o e re s o lve r c o m a n a r q u i a e v a n d a l -i s m o. Os po l í t i c o s e s -t ã o at ôn i t o s , e s e não est iverem, perderão o passo da evolução. O futuro, ninguém

sabe como será . Pode acontecer o for ta lec i-mento da democracia e a res istência cont r a a m ar a c ut a i a e t am -b é m p o d e a c ont e c e r d o m ov i m e nt o s e r d e s v i r tu a d o e a c ab ar e m ant i - d e m o c r a c i a . E n f i m , p o d e a c ont e c -e r d e tu d o, i n c lu s ive n a d a .

A verdade é que por um dia o Bras i l mostrou ser Bras i l . O s e u p ovo m o s t rou qu e s e r p at r i o t a n ã o é ap e n a s t orc e r p or u m b a n d o v e s t i n d o a m a -r e l o , p r o v o u q u e a c l a s s e p o l í t i c a n ã o é a p e n a s u m m e r o e s -p e l h o d o p o v o e q u e o s c i d a d ã o s q u e r e m s a l v a r e s e i m p o r c o m o a n a ç ã o q u e é u m a a q u a r e l a d e r a -ç a s e c u l tu r a s .

A cultura do privilégioJohn Stuart Mill

(1806-1873) foi um liberal. Em uma Ingla-terra de efervescên-cia política e cultural – foi contemporâneo de William Turner, aquele que ensinou a ver o horizonte –, Mill foi um homem preocupado com os direitos sociais e do individuo.

Parafraseando a psiquiatria Maria Re-gina Navarro, que nas entrevistas em que é questionada sobre ser feminista, ela ger-almente retruca ao repórter ‘E você não?’, Mill era, ao seu modo, um feminista. No Par-lamento inglês, foi o principal defensor do direito da mulher ao voto.

Em 1869, lançou

A Sujeição das Mul-heres, clássico na de-fesa da igualdade de direitos entre homens e mulheres e translú-cido no desenvolvi-mento da engenharia social que relega às mulheres ao estado de coadjuvantes, sub-ordinadas e submis-sas ao homem. É uma turnê de força que até ironiza a masculiniza-ção do mundo.

Se os homens estão determinados a que a lei do casamento seja uma lei de despotismo, têm toda a razão, de um ponto de vista mera-mente tático, em deixar as mulheres reduzidas à escolha de Hobson. Mas, nesse caso, tudo quanto o mundo mod-erno tem feito para af-rouxar a corrente que

Rosiane Correia de FreitasJornalismo universitário no divãTempo para pensar é algo que não falta à mãe de primeira viagem. Bebês, acreditem, não são bons de conversa. E, muito embora, para o bem do desenvolvimento da cri-ança, a gente fale muito com eles, as respostas são sempre na forma de sorrisos, gritinhos, mas nada de debates mais complexos. E o que tem ocupado uma boa parte desse meu tempo para reflexão é o Lona, o Teia e o jornalismo universi-tário. Claro que ter que es-crever sobre o Lona se-manalmente me abas-tece de informações para nutrir esse debate: afinal qual jornalismo universitário quere-mos? Sabemos das suas limitações (estudantes são repórteres em for-

mação, sem o tempo de dedicação de quem está num jornal e ainda sem a experiência), mas tam-bém conhecemos suas conquistas. No caso específ ico do jornal-ismo universitário da Universidade Positivo, temos uma grande van-tagem, que é produção diária de conteúdo, mas que também configura um enorme desafio.O caso é que, se o jornal é diário, há de se ter ma-terial para tanto, todos os dias. Isso significa, muitas vezes, que a pe-neira que separa o que é publicado do que não é tem porosidade maior do que o recomendado. Em conversas com es-tudantes de diversos anos e ex-alunos noto que isso gera uma an-gústia: como estimular

a qualidade se o jornal vai aproveitar tudo – o que é bom e o que não é tão bom assim? A ne-cessidade também dilui o poder de edição dos editores, vejam só, uma vez que é melhor pub-licar o que se recebe do que deixar uma página em branco (será?).Mas há espaço aí para outros questionamen-tos: alguns me dizem que o jornal é bom, que o tom da minha crítica exagera a situação e di-minui o mérito do tra-balho realizado. Será que estou fazendo um desserviço ao Lona ao cobrar melhores man-chetes? Tenho levado isso em consideração nas minhas ref lexões. Meu papel como pro-fessora é estimular, não desanimar. Mas con-

tinuo achando que a crítica (ainda mais no papel de ombudsman) é necessária justamente pelo incômodo que pro-voca. O que incomoda gera reação, gera mu-dança. E, em jornal-ismo, mudança e incô-modo são coisas boas.Dito isso, penso que é importante que jor-nalista – em formação ou não – saiba do se-guinte: o jornalismo é um organismo vivo, tem bons e maus dias. O Lona é assim: um empreendimento de fô-lego e único no país, o que sozinho já é um mérito. No entanto, isso não significa que tenhamos que deixar de aprimorá-lo. Ele tem que evoluir dia após dia. Porque a grande graça da reportagem diária é

justamente essa: todo dia a gente começa tudo de novo, (praticamente) do zero.E por que eu gosto mes-mo é de ser repórter, de-ixo aqui as minhas per-guntas. Quer responder? Se sentiu provocado? Escreva para [email protected]. Jornalismo é es-porte coletivo: não vinga sozinho. Aí vai: o Lona (e o Teia) pode melho-rar? O que pode melho-rar? Como? Do que você precisa para fazer mel-hores reportagens? Tem-po? Orientação? Apoio técnico e/ou logístico? Como podemos incor-porar o debate sobre a qualidade do jornal a sua produção diária? E, por fim: o que você pen-sa sobre tudo isso?

prende as mentes das mulheres tem sido um erro. Nunca lhes deve-ria ter sido permitido receber uma educação literária. As mulheres que leem, e muito pior ainda, as mul-heres que escrevem, constituem na pre-sente ordem das coi-sas, uma contradição e um elemento per-turbador. Terá sido, por conseguinte, um disparate cultivar nas mulheres quaisquer outros dotes que não o de uma odalisca ou os de uma criada de servir.

A cultura foi cria-da pelo ser humano para afastá-lo de sua natureza selvagem, bárbara e primitiva. Neste processo, o homem não incluiu

a mulher – o que ex-plica a quantidade ínfima de escritoras, pintoras, musicistas no cânone ocidental.

Ser homem é um privilégio social, im-pede-o primeiramente de ser tolhido a partir de sua genitália. Natu-ralmente, há outras formas de extração, como a condição so-cial e a cor da pele [ser homem pobre e negro no Brasil, por exemplo, é caminho quase garan-tido à marginalização social].

O feminismo é a luta das mulheres pela am-pliação de seus direitos humanos, na “anarquis-ta” busca por serem con-sideradas pertencentes ao gênero humano.

Começamos por aqui.

Luiza Abend

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O dia dezessete de junho já é considerado por mui-tos uma data histórica para Curitiba. O “III Ato nacio-nal de apoio ao movimento contra o aumento da passa-gem” tinha início marcado para as 18h na Boca Mal-dita – palco de manifesta-ções politizadas da capital paranaense desde a época do movimento “Diretas Já”. No entanto, manifestantes já estavam concentrados frente ao palco instalado no começo da Rua XV de Novembro, às 17h. Antes do início da camin-hada, participantes do protesto pintaram os ros-tos de verde e amarelo e começaram a entoar “gri-tos de guerra”, chamando a população para as ruas. Minutos antes da partida rumo ao bairro Centro Cívico, os presentes can-taram a plenos pulmões o hino nacional – a comoção foi geral. Em pouco tempo a caminhada começou e era possível ouvir em alto e bom som o apelo dos man-ifestantes: “Sem violência. Sem vandalismo”. A Polícia Militar do Paraná calcula que o número de manifestantes se aproxi-mava de 10 mil. E como controlar atos de violência em um grupo tão grande? A organização do movi-mento Passe Livre – como foi batizado –recrutou membros para que atuas-sem como seguranças, para manter o controle, a rota programada e também a paz na movimentação – como havia sido combi-nado entre organizadores do movimento, departa-mento policial e também governantes do Estado. E era fácil de identificar estes seguranças, pois os mes-mos tinham faixas laranja amarradas nos braços. Eles faziam bloqueios em avenidas, para que a mani-festação seguisse sem inter-ferências. Além disso, nos poucos momentos de tu-multo por todo o caminho até o Palácio Iguaçu, eles intervinham para manter a ordem.Por todo o caminho, mui-tos moradores dos prédios e casas demostravam apoio à causa com palmas e mui-tos sorrisos. O clima con-tinuava de união e amor por uma nação que há muito estava adormecida. Por todos os cantos, mani-festantes empunhavam cartazes pedindo justiça e condições melhores não apenas para eles, mas para todos, inclusive por quem optou por não apoiar as manifestações. Muitos manifestantes se demon-stravam engajados à causa, como Melissa Cabral. “O povo tem que estar aqui mesmo. Todos estão cansa-dos, eu estou cansada de

ficar em casa reclamando”, afirma. A ativista do Passe Livre envolta na bandeira do Brasil explica que as manifestações não são ape-nas por uma ou outra pes-soa. “(O Brasil) acordou, fi-nalmente. Não só por mim, não só por eles, mas por todo mundo”, exalta. Em pouco tempo, no passo acelerado da multidão, o protesto chegou a outro palco revolucionário da

história de Curitiba: a pra-ça Santos Andrade. Orga-nizadores e apoiadores do movimento subiram as es-cadarias do prédio da reito-ria da Universidade Federal do Paraná. Esse foi o mo-mento de maior concentra-ção de manifestantes. Logo aquela multidão começou a cantar mais uma vez o hino do Brasil, emociona-da. Pessoas começaram a gritar que aquele seria ape-nas o começo de um novo país, um país para todos. Para Gustavo Masuko, auxiliar administrativo, o protesto é muito mais do que apenas o passe livre. “Não é apenas por vinte, quarenta, sessenta centavos ou algumas moedas. É so-bre tudo que é nosso e foi

negado”, contesta. Atos de grande respeito por parte dos manifestantes puderam ser observados por toda a caminhada. Pessoas se orga-nizavam para facilitar a pas-sagem de ônibus e carros – e a ação foi imediata quando foi a vez de uma ambulân-cia em serviço passar. Além disso, todos fizeram silêncio ao passar na frente de um hospital.O objetivo principal da man-

ifestação, segundo membros organizadores do movi-mento, era protestar contra o aumento de passagens do transporte coletivo em todo o Brasil. No entanto, os cinquenta anos de desigual-dade, violência, corrupção e impostos abusivos, falhas na educação e no sistema de saúde, impulsionaram novas causas. “É óbvio que temos outras pautas aqui, os prob-lemas na saúde, segurança e educação extrapolaram os limites suportados pela pop-ulação”, explica uma das or-ganizadoras do Passe Livre, Liz Goés.A manifestação seguiu pací-fica e muito bem humorada – brincando e animando os motoristas que esperavam a passeata seguir - rumo ao

bairro Centro Cívico, onde fica localizado o Palácio Iguaçu. Por todo o trajeto, desde o início do protesto, não houve interferência ou mesmo presença da Polícia Militar. Segundo informa-ções da assessoria, a mani-festação foi 98% pacífica. Os 2% de violência dessa soma aconteceram frente ao Palácio. Por algum tempo naquele cenário político, os manifestantes seguiram com

muita calma e em grande quantidade. No entanto, um grupo pequeno de pessoas depredou o local com picha-ções e destruição de equipa-mentos em uma das salas do prédio. Mais uma vez os membros do movimento mostraram que o objetivo era a paz, pois correram até a casa mais próxima e voltaram com materiais de limpeza para remover a tinta spray da pi-chação. “Esse nunca foi o nosso objetivo, a nossa ideia é evoluir e não depredar”, afirmou Tana Mara, mani-festante que foi atrás dos produtos de limpeza.Nesse momento, a mani-festação já havia ganhado proporções muito grandes – grandes até demais para

os empenhados seguranças. Uma parte muito pequena do protesto começou a ame-açar invasão. Mesmo depois da depredação, o batalhão de choque da Polícia Militar, que se encontrava atrás de um portão, não se manifes-tou. Foi depois de um grupo pequeno forçar e por fim entortar o portão, que os policiais começaram a agir em proteção ao patrimônio público. Bombas de controle

moral e gás lacrimogêneo foram disparadas e armas com bala de borracha eram utilizadas contra os infra-tores que ainda tentavam in-vadir o Palácio. O confronto não durou mui-to tempo e a praça frente ao Palácio foi, aos poucos, es-vaziada. A Polícia Militar também afirmou que a não intervenção policial pode ter facilitado a infiltração de pessoas que praticaram o vandalismo já no final do protesto. Para a instituição, a diferença entre manifes-tantes e infratores é clara e nove destes foram detidos.

Curitibanos aderem ao movimento que protesta contra o aumento da passagem de ônibus

TATIANA MIChAUD

Pelo menos 10 mil curitibanos foram às ruas para lutar pelos seus direitos. O protesto que começou de maneira pacífica teve seu final marcado por violência

TERÇA18 JUNhO, 2013

P3 GeralPam

ela CastilhoPam

ela Castilho

curitiba também acordou

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TERÇA18 JUNhO, 2013

P4 Por onde andam?

O gigante acordou, eles ajudaram#ogiganteacordou

Não são só os ex-alunos que vão aparecer aqui, mas sim todos”os jo-vens que ontem caminharam por um país melhor. Veja por onde an-daram e o que acharam os jovens que fizeram parte desse dia histórico.

Dentre eles: Katia Brembatti, Gustavo Vaz, Daiane Nogoceke, Tayna Campos, Renata Pinto, Júlia Trindade, Lucas Kotovicz, Bruna Alves, Pamela Castilho, Amanda Bacilla, Angelo Sfair e muitos outros que não só estavam lá como deram apoio pelas redes sociais.

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TERÇA18 JUNhO, 2013

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COPA DAS CONFEDERAÇÕESTERÇA18 JUNhO, 2013

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Curitibanos enfrentam frio de 14° e lotam a Boca Maldita para assistir à seleção em telão de 50 metros

Faltam 365 dias para que a Copa do Mundo FIFA seja se-diada na cidade de Curitiba. Foi neste clima que milhares de torcedores foram até a Boca Maldita, no último sábado (15), para assistir ao jogo válido pela Copa das Confederações em evento organizado pela Prefeitura de Cu-ritiba com parceria da RPCTV que contou com um telão de 50 metros, bateria de es-cola de samba e DJ’s para o divertimento de torcedores.Nem o frio e nem a chuva intimidaram os milhares de torcedores que saíram de casa para festejar a estreia da seleção brasileira contra o Japão na Copa das Confederações, evento es-portivo que vai durar do dia 15 ao dia 23 de junho, e que serve como teste para a Copa do Mundo em que Curitiba tem presença garantida em 2014.Com opiniões dividi-das, torcedores davam pal-pites e se diziam esperançosos com a seleção brasileira.Para o torcedor Célio de Al-meida, um evento como o da copa das confederações deve ser festejado independente de chuva ou frio. “Isso é uma paixão mundial, em especial aqui no Brasil. Também é um evento cultural, nos ajuda a nos relacionar com outras pes-soas, a paixão que temos com o futebol não pode ser deixada de lado por causa da estação”, re-latou o torcedor entusiasmado com a vitória de 3x0 em cima dos japoneses.

Los três inimigos ?

Coritiba, Atlético Pa-ranaense e Paraná Clube deram um exemplo de comportamento e de-ixaram de lado a rivali-dade para assistirem juntos na Boca Mal-dita à vitória da seleção brasileira em cima da seleção japonesa, pela primeira partida da copa das confedera-ções do Brasil.Para o paranista, Leon-ardo Flipsen, a rivali-dade não pode ultra-passar a paixão pelo futebol e pela seleção do seu país. “Sempre fui a favor de paz nos estádios, faço parte de torcida organizada e

amo meu país acima de tudo, antes de mais nada, sou brasileiro”, destacando a im-portância do apoio de todos. “Coxas, para-nistas e atleticanos de-vem se unir e torcer por um bem comum”

completou o torcedor.

Bares Curitibanos

Tempo de Copa das Confederações é

tempo dos bares cu-ritibanos lançarem promoções e eventos atrativos para aqueles que desejam acompan-

har os jogos junto de um ambiente agradáv-el e boa comida. Se-paramos aqui os bares de Curitiba que irão transmitir os jogos da Copa e suas respectiv-as vantagens. O Bar Aos Democratas

vai transmitir ao vivo todos os jogos da Copa das Confederações 2013. E nesses dias de jogo, a grande promoção é que não será cobrada a

entrada até às 20h. O bar irá disponibilizar 15 TV’s de 42’’ distribuídos por todo o ambiente do bar, uma de 50’’ e um telão

de 24 metros quadrados, um dos maiores em bares do sul do Brasil.O Bar Baronesa, além de transmitir todos os jogos, conta com uma promoção em dias de jogo da seleção brasileira. 30 minutos an-tes até 30 minutos depois

da partida, aqueles que estiverem participando, na compra de uma cerveja ganha outra grátis. Bar Brahma irá disponibi-lizar Open-Bar em dias de

jogos do Brasil, além da banda Makinada tocando ao vivo após a partida. Todos os jogos serão pas-sados.

O Bar do Alemão, para receber melhor seus cli-entes, inaugurou um novo salão para 500 pessoas e agora com nove TVs dis-postas juntas para a exi-bição de todos os jogos do torneio.Boteco Santi e o Santillana

Lounge Bar transmitirão todos os jogos da seleção brasileira, e durante a partida haverá exclusivo Open Food, além do Double Chopp e Caipir-

inha. O Taj Bar seguirá a mesma linha de exi-bição apenas do Brasil, e contará com Double Drink.

GUILhERME COSTA

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Sinceramente, Copa das Confederações e Copa do Mundo não me ani-mam em nada. Não con-sigo enxergar nada atra-tivo nestas competições elitizadas e, posso dizer, mesmo com um pé na lama, sem sentimento. Por isso, paro para respi-rar enquanto os torneios Nacionais não voltam. Não estou dizendo que não acompanharei. Até me propus a participar da cobertura do tor-neio preparatório para a Copa, que o Matheus e o Kotó organizaram para

os veículos da Rede Teia de Jornalismo. Mas, com certeza, será muito difícil sentar e preencher o papel sobre algo que não acredi-to.Posso dizer que prati-camente toda a falsa emoção e o dissimulado sentimento de torcedor estão presentes nas com-petições citadas. Se estas constatações partem dos pensamentos ranzinzas do colunistas ou não, con-cordem em somente uma coisa: Copa das Confed-erações e Copa do Mundo não foram feitas para o

povo. Eram feitas para o povo. Isso mesmo, no pre-térito imperfeito do indicativo. Há muito tempo.É estranho. Um gramado enlame-ado me atrai mais do que um tapete impecável. Talvez porque fui acos-tumado a eles. Ou pelo simples fato de conseguir sen-tir e observar mais alma no futebol alternativo – considera-se alternativo aqui o futebol não cobe-

rto pela grande mídia. Prefiro Série B, C, D do Campeonato Paranaense, Taça Paraná, Brasileirão ou qualquer outra pelada que envolva o coração. Não me julguem. Afinal, assistir aos jogos do Inter-nacional de Campo Largo ou as partidas do Grecal no Estádio Atílio Gione-dis, não foram ideias que partiram de mim. Além disso, lá as filas inexistem, a cerveja não esquenta e o sentimento do torcedor é inquestionavelmente sincero. Dá pra sentir em

cada palavrão, em cada balbucio de sofrimento ou glória. E outra, o in-gresso não te assassina. Você sai ileso.“A arquibancada descas-cada é mais atrativa que a cadeira almofadada”. Constantemente recicla-va essa frase em meu pensamento nas parti-das imprevisíveis da Taça Paraná e via o quanto ela me movia e influenciava os outros, mesmo que af-astados por poucos met-ros, mas unidos em uma só atmosfera.

Acredito que isso não aconteça somente comi-go, mas esses típicos dias curitibanos pedem por comidas engordativas e saborosas. Esse dia onde a chuva está calma, o frioz-inho vem e a preguiça aumenta, talvez seja um ótimo dia para ir para a cozinha! (E claro, depois se enterrar nas cobertas e assistir um bom filme).

Que tal fazer coisas fá-ceis e deliciosas?

Com toda certeza, a primeira delícia que in-dico é o bolo de caneca! Para quem gosta de bolo de chocolate e não tem paciência para ficar co-zinhando, essa é a mel-hor opção! E o que você usa para faze-lo? Bom, eu aconselho ao invés de fazer diretamente na can-eca, fazer em uma vasilha pequena, para os ingredi-entes se misturarem mel-hor. Primeiro passo: você vai misturar 2 colheres de sopa de chocolate em pó, 4 colheres de sopa de açú-car e 4 colheres de sopa de farinha de trigo; segundo passo: acrescente um ovo e misture muito bem; terceiro passo: coloque 4 colheres de sopa de leite e

3 colheres de sopa de óleo e volte a misturar; quarto passo: coloque uma pita-dinha de fermento em pó; quinto passo: se você fez direto na caneca, leve ao microondas por 3 minu-tos e pronto, mas se você fez separado, aconselho a dividir em duas canecas, porque é quase certeza que irá transbordar, e coloque as can-ecas separadas e p e l a

metade do tempo. E está pronto! Se quiser fazer cobertura, colo-car confeitos em cima... Aí é você que decide.

Já ouviram falar da pan-queca americana? Esse negócio é divino! Para fazer você vai precisar de: 1 xícara e ¼ de farinha de trigo, 1 colher de sopa de açúcar, 3 colheres de chá de fermento em pó, 2

ovos levemente batidos, 1 xícara de leite, 2 colheres de sopa de manteiga der-retida e uma pitada de sal. E como fazer? Você v a i m i s -t u -rar em

u m a vasilha a farinha, o açúcar, o fer-mento e o sal; depois, em outra vasilha você mistu-ra os ovos, o leito e a man-

Izabelle IanchukiUm tempero, uma piñata

TERÇA18 JUNhO, 2013

COLUNISTASP7

teiga; aí você mistura os líquidos (se você quiser, coloque um pouquinho de essência de baunilha) aos secos, mas sem mis-turar em excesso (o ponto ideal da massa é que es-corra levemente da col-

her) e por último, você aquece a frigideira,

coloque um pouco de

óleo e

p on ha u m

pouco da massa no

centro da frigideira. O

segredo dessa panqueca é não deixa-la

escorrer por toda su-

perfí-cie. E aí é

s ó s e r- vir com o

que você mais gosta! Eu gosto dela com briga-deiro e morangos... Cria-tividade e mistura de sa-bores te ajude nessa hora!

E a última receita é o pastelzinho de carne moí-da! Esse não tem muito segredo! Você compra a massa de pastel (do ta-manho que preferir) e faz a carne moída (eu gosto de além de temperar a carne, colocar um pouco de pimenta, ovo cozinho picado e azeitona verde picada), recheie as mas-sas, feche bem e coloque pra fritar. Essa receita realmente não tem seg-redo...

Coloque um filme propício para o seu dia (os meus sempre são os romances, dramas ou aqueles filmes bem água com açúcar, sabe?!) e aproveite seu dia pre-guiçoso. Ah! Não es-queçam, claro, depois de tanta gordice, fazer algum exercício físico pra con-tinuar comendo essas coi-sas maravilhosas!

Intermediária

Victor hugo Turezo

Divulgação

Parei para respirar

Gordices de Inverno

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AGENDATERÇA18 JUNhO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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CINEMA

José Saramago, escritor portu-guês, morreu aos 87 anos no dia 18 de junho de 2010. Autor de livros como o “O Evangelho segun-do Jesus Cristo” e “Ensaio sobre a cegueira”, Sarama-go vivia em Lan-zarote, arquipé-lago espanhol com sua esposa. Foi um grande críti-co da sociedade, tendo denunciado injustiças e criou diversos universos literários.

No ano de 1997 foi responsável pela introdução do liv-ro de fotos “Terra”, do famoso fotó-grafo brasileiro Sebastião Salga-do. José Saramago nasceu em uma pequena aldeia portuguesa no Ribatejo. Aos 12 anos de idade foi obrigado a aban-donar o ensino secundário devido à falta de recursos de seus pais. Era ateu e cético e sempre levantou ques t ionamentos

sobre injustiças políticas e reli-giosas. O romance “O Evangelho se-gundo Jesus Cris-to” gerou muita polêmica e foi probido em Portu-gal em 1992. Suas cinzas foram depositadas em Lisboa, aos pés de uma oliveira. Em dezembro de 1998, Saramago foi pre-miado com o No-bel de Literatura.

O que fazer em Curitiba?

18 de junho, às 19h30: Sempre um Papo, com a historiadora Mary del Priore, e lançamento do livro Castelo de Papel (Rocco)Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita

20 de junho, às 20h: Trio Quintina Teatro do Paiol: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) na bilheteria do teatro

22 de junho, às 16 horas: A Montanha no Meio do Mundo. Espetáculo infantil do Grupo Obra-gemMuseu Oscar Niemeyer: Entrada gratuita

22 de junho, às 21h15: A Voz e a Alma dos Engenheiros do Hawaii - Humberto GessingerLocal: Teatro Positivo - Grande AuditórioDuração do espetáculo: 01h30min

Noites de Reis – Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal)Além do Arco-Íris - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Antes da Meia-Noite - Cinemark Mueller, Cinesys-tem Curitiba, Es-paço Itaú de Cin-ema (Shopping

Crystal) Kátia - Cine Gua-raniO Homem que Ri - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)O Lugar Onde Tudo Termina - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Star Trek - Além da Escuridão - Cin-emark Barigüi,

Cinemark Mueller, Cine Água Verde, Cineplus Jardim das Américas, Cin-eplus Xaxim, Cine-system Cidade, Cinesystem Curiti-ba, Cinesystem To-tal, Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal), IMAX® Theatre, UCI Esta-ção, UCI Palladium

AFP