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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 Espionagem Internacional: interesse econômico ou segurança contra o terrorismo? Alexsandro, Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Rela- ções Internacionais da UFPR explica um pouco sobre o caso de espionagem internacio- nal e alerta: “A espionagem de informações da Petrobras, por exemplo, pode favorecer empresas americanas interes- sadas nos leilões de conces- sões, previstos para outubro e novembro deste ano”. Página 3 “Aqueles que se de- dicam em um jogo sabem o prazer de conquistar aquele tão sonhado troféu, ou chegar naquele ponto onde poucos conseguiram chegar”, Maximilian Rox. “Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conseguir fazer que a equipe mantenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeonato”, Osmar Murbach. Games Esportes “O Ministério de- fende o interesse dos governantes e das empresas de telefonia, que ofe- recem um serviço porco e caro à po- pulação brasileira”. “Acredito que to- dos devem ter li- berdade suficien- te de se expressar, mas ainda não vejo a violência como solução”, Marina Gerona- zzo. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Daniel Emmendoerfer de Castro. Editorial Black Bloc Por onde anda? Notícia Antiga No dia 16 de setembro nasceu Riley Ben King, guitarrista de blues mais conhecido como B. B. King. Edição 829 Curitiba, 16 de setembro de 2013 Wikimedia Commons Osbenefíciosdareciclagem A ideia é velha, mas a rein- trodução de matéria com a re- ciclagem ainda é uma das mel- hores opções ecologicamente corretas. “A energia contida em 1kg de plástico é equivalente à energia contida em 1kg de com- bustível mineral”. Uma dos de- staques é a reciclagem do vidro, que diminui a emissão de gases e a economia de recursos naturais e econômicos. Benefícios como a diminuição do lixo e geração de empregos impulsiona o mercado ecologicamente correto. Página 4

Lona 829 - 16/09/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Opinião

Colunistas

Página 5

Espionagem Internacional: interesse econômico ou segurança contra o terrorismo?Alexsandro, Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Rela-ções Internacionais da UFPR explica um pouco sobre o caso de espionagem internacio-nal e alerta: “A espionagem de informações da Petrobras, por exemplo, pode favorecer empresas americanas interes-sadas nos leilões de conces-sões, previstos para outubro e novembro deste ano”.

Página 3

“Aqueles que se de-dicam em um jogo sabem o prazer de conquistar aquele tão sonhado troféu, ou chegar naquele ponto onde poucos conseguiram chegar”, Maximilian Rox.

“Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conseguir fazer que a equipe mantenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeonato”, Osmar Murbach.

Games Esportes“O Ministério de-fende o interesse dos governantes e das empresas de telefonia, que ofe-recem um serviço porco e caro à po-pulação brasileira”.

“Acredito que to-dos devem ter li-berdade suficien-te de se expressar, mas ainda não vejo a violência como solução”, Marina Gerona-zzo.

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Daniel Emmendoerfer de Castro.

Editorial Black Bloc Por onde anda?

Notícia AntigaNo dia 16 de setembro nasceu Riley Ben

King, guitarrista de blues mais conhecido como B. B. King.

Edição 829 Curitiba, 16 de setembro de 2013

Wikim

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ons

Os benefícios da reciclagem

A ideia é velha, mas a rein-trodução de matéria com a re-ciclagem ainda é uma das mel-hores opções ecologicamente corretas. “A energia contida em 1kg de plástico é equivalente à energia contida em 1kg de com-bustível mineral”. Uma dos de-staques é a reciclagem do vidro, que diminui a emissão de gases e a economia de recursos naturais e econômicos. Benefícios como a diminuição do lixo e geração de empregos impulsiona o mercado ecologicamente correto.

Página 4

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Expediente

Se depender do Mi-nistério Público, cer-ca de 7,1 milhões de brasileiros de classe média são crimino-sos em certo ponto. Segundo um levan-tamento realizado pelo Instituto Data Popular, esse o nú-mero de pessoas que compartilham o sinal de wi-fi com vizinhos. E o crime na história, segundo um recurso apre-sentado pelo MP e rejeitado pelo TRF da 1ª região, não é a cobrança impostos abusivos que elevam extraordinariamente

os preços no que diz respeito à telefonia, os criminosos são aqueles que fazem acordos com pessoas g e o g r a f i c am e nt e próximas para con-seguir economizar parte das mensali-dades da internet de banda-larga.O mesmo levanta-mento indica que a maior parte desses 7,1 milhões de crimi-nosos é proveniente da classe média. E o fator apontado para que esse número não seja maior entre pes-soas das classes bai-xas é que estes não

dispõem de uma co-nexão que seja boa o suficiente para ser compartilhada. Entretanto, o Insti-tuto não comentou o fato de o núme-ro de membros da classe alta que com-partilham a rede ser tão pequeno quan-to o da classe baixa. Provavelmente, os terrenos enormes e apartamentos du-plex dificultam um compartilhamento de qualidade entre vizinhos, já que es-tes acabam vivendo mais afastados.Apesar do nome que

o órgão leva, neste caso, o Ministério Público luta contra o interesse público. Quando tenta crimi-nalizar a prática do compartilhamento de rede (possibilida-de ainda existente, pois existe a possi-bilidade de apelo), o Ministério defende o interesse dos gover-nantes e das empre-sas de telefonia, que oferecem um serviço porco e caro à popu-lação brasileira.Não é novidade que essas empresas são líderes em reclama-ção no Brasil, no que

Discou tem que pagar

Daniel Emmendoerfer de CastroDesde 1º de ja-neiro trabalho na Secretaria Municipal da C o m u n i c a -ção Social da Prefeitura de Curitiba. Faço parte da equi-pe de rádio, onde atuamos em duas fren-tes: assessoria de imprensa

e agência de notícias. Tem sido uma bai-ta experiên-cia, com uma equipe muito experiente e comprometi-da. Agradeço imensamente aos professo-res pela for-mação durante os quatro anos

de Universi-dade Positivo, em especial ao Witiuk, pela preparação na área em que es-tou trabalhan-do.

Manifestações violentasMarina Geronazzo

seria um “grupo”. Apesar de terem afinidades ideó-lógicas, a maioria dos integrantes nem ao menos se conhece. Diferente do esperado, tam-bém não possuem líderes, e afirmam que apenas ques-tionam o sistema atual. Sempre com os rostos cober-tos, os integrantes buscam se mani-festar, sem serem reconhecidos. O Black Bloc sur-giu na Alemanha, na década de 80. Seus membros

eram adeptos do anarquismo, onde adotavam táticas especi f icamente violentas, e bus-cavam a anulação do governo. Hoje o discurso se mos-tra um pouco di-ferente, “apesar de termos afinidades ideológicas, os co-letivos anarquistas existentes não têm nada a ver com o Black Bloc”, como afirmaram na en-trevista que saiu no site da Gazeta de Maringá. Acredito que to-dos devem ter li-

berdade suficien-te de se expressar, mas ainda não vejo a violência como solução. Aqueles que são favoráveis a ela que me des-culpem, apesar de chamar a atenção, atos de vandalis-mo não são a úni-ca solução para os problemas. Acho preocupante que atos de radicalis-mo sejam conside-radas por algumas pessoas como a única forma de se conseguir a demo-cracia que tanto buscamos. Certa-

mente aqueles que apelam para o van-dalismo esquecem que a violência em si, não é a melhor forma de se reali-zar um protesto.Apesar de não agredirem os ma-nifestantes que estão a sua volta, usar os casos de agressões causadas por policiais como desculpa para suas reinvindações vio-lentas, não justi-fica a depredação do patrimônio público. Devemos continuar lutan-do pela igualdade,

como os próprios integrantes afir-maram durante a entrevista, porém, acredito que se você está se mani-festando e lutando por algo, você deve mostrar sua cara, usar uma máscara para não ser ca-çado pelo Estado posteriormente, é um ato tão hipó-crita quanto o dos policias que tiram a identificação da farda.

Por Onde Anda?

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

diz respeito à tele-fonia móvel. Ain-da assim, a internet não fica muito atrás. Comparando-se os preços dos planos de conexão brasileiros com seus equivalen-tes em países desen-volvidos, é possível enxergar um aclive assustador. No Bra-sil, se paga mais caro por menos qualida-de. Mesmo os planos mais caros, apresen-tam instabilidades e deficiências que de-veriam ser inadmis-síveis pelo valor co-brado pelo serviço.Ainda assim, parece

que o mais impor-tante é criminalizar as práticas que ten-tam diminuir o lucro das empresas que fa-zem de gato e sapato para o consumidor brasileiro. A ação do Ministério Público representam um gol-pe contra o compa-nheirismo da classe média brasileira, que é a responsável por carregar nas costas todos os benefícios recebidos pela classe política e as bolsas oferecidas às classes mais baixas.

Uma entrevista realizada com os responsáveis pela página do Face-book Black Bloc Curitiba, no jornal Gazeta de Marin-gá mostra aspec-tos que não são de conhecimento do público em geral. De forma coleti-va os integrantes responderam per-guntas que trazem questionamentos comuns sobre as manifestações rea-lizadas. A entre-vista começa que-brando já a ideia de que o Black Bloc

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Terrorismo é pretexto para espionagem, diz especialistaO aparente interesse econômico por parte dos EUA deixa o Brasil em alerta. O caso reabre o discurso de vulne-rabilidade quanto a tecnologia da informação e segurança nacional. Associar-se à outros países é solução para pressionar os EUA e obter respostas, para especialista

Lucas de Lavor

Notícias do Dia

interesses de empre-sas de outros países. O petróleo é um recur-so estratégico funda-mental. O Brasil, por causa de suas reservas de petróleo do pré-sal, tende a se tornar cada vez mais importante na determinação dos preços do petróleo no mercado mundial. Para os EUA, é im-portante saber exata-mente qual pode ser a participação brasileira no mercado interna-cional dessa impor-tante fonte de energia. Dessa forma, a espio-nagem afeta interesses econômicos imedia-tos, mas, também, tem consequências geopo-líticas importantes, concedendo aos EUA vantagens na defini-ção de estratégias po-líticas na medida em que os americanos podem obter infor-mações relevantes so-bre as nossas reservas de petróleo.

Os EUA tem tomado posição defensiva e reluta muito em pres-tar satisfações. O que essa atitude represen-ta?

R – Para os EUA, con-ceder essas satisfações significa revelar quais informações foram obtidas por meio da espionagem e mostrar até onde chegaram as ações da espionagem (quem foi alvo da es-pionagem; qual foi o nível de detalhamento das informações ob-tidas; quais foram as tecnologias utilizadas para obter as informa-ções; etc.). Revelar es-sas informações pode aumentar o constran-gimento do governo americano. Por isso,

especial do progra-ma Fantástico) é alvo de espionagem tam-bém. Como que um país aliado pode ser alvo de espionagem para obter informa-ções econômicas? No que isso pode preju-dicar para o Brasil?

R – O Brasil é um dos países mais vulnerá-veis e suscetíveis de sofrer violações de informações vitais, pois não investiu, de modo consistente, em mecanismos que pos-sam impedir o acesso às suas informações. Os Estados Unidos, ao contrário, é um dos países mais avançados no que se refere ao de-senvolvimento de tec-nologia da informação e tem recursos avan-çados para espionar países aliados, como a Alemanha, e seus ri-vais na política inter-nacional. A espiona-gem não se restringe apenas às questões de segurança. Essas ques-tões são usadas como justificativa para a vio-lação de informações de natureza política e econômica de outros países. A espionagem de informações da Petrobras, por exem-plo, pode favorecer empresas americanas interessadas nos lei-lões de concessões, previstos para outu-bro e novembro deste ano. Como as empre-sas americanas con-correm com empre-sas de outros países, a espionagem pode fornecer dados e in-formações relevantes que podem favorecer empresas americanas. E isso é prejudicial aos interesses brasileiros, mas também afeta os

apenas às informações relacionadas ao ter-rorismo. Prova disso é a divulgação recen-te de espionagem da Petrobrás. Esse caso de espionagem a uma empresa brasileira, si-tuada em área estra-tégica e fundamental para a economia mun-dial, demonstra que os propósitos da espiona-gem estão muito além de qualquer política de combate ao terro-rismo. Trata-se de um pretexto para justificar violações de direitos civis dentro e fora dos EUA e para obter in-formações políticas e econômicas relevantes para os EUA. O Brasil é, sabidamente, um dos países mais visa-dos pela espionagem. Mesmo que essa es-pionagem tenha como propósito facilitar o acesso a países como a China e o Irã, ela não se justifica. O Brasil não abriga terroristas e não há provas de fi-nanciamentos con-sistentes e regulares de grupos terroristas por empresas ou pes-soas brasileiras. Então, de fato, o combate ao terrorismo tornou-se pretexto para espio-nar o Brasil e outros países. Hoje o terro-rismo e as ameaças decorrentes do 11 de setembro tornaram-se pretextos da mesma forma que as tensões da Guerra Fria eram pretextos para justifi-car ações de espiona-gem dos EUA e dos seus aliados.

Se for mesmo ape-nas pela “segurança nacional”, porém sa-be-se agora que a Pe-trobras (como mos-trou a reportagem

O drama para o EUA começou com o as revelações de docu-mentos secretos pelo Wikilieaks em 2010. Esse ano, outra reve-lação feita pelo ex-a-gente da Agência Na-cional de Segurança (NSA), Edward Sno-wden, acusa o mesmo país de espionagem. Segundo Snowden, o EUA espiona a pró-pria nação e também outros países -inclusi-ve aliiados-, entre eles o Brasil. A relutância de resposta do país e o suposto interesse econômico põem em jogo a credibilidade já abalada desde 2010. O Coordenador do Nú-cleo de Pesquisa em Relações Internacio-nais da Universidade Federal do Paraná ex-plica melhor o caso e esclarece alguns pon-tos e mostra os riscos que o Brasil enfrenta quanto a vulnerabili-dade de informações.

ALEXSANDRO EU-GENIO PEREIRA

Coordenador do Nú-cleo de Pesquisa em Relações Internacio-nais da Universida-de Federal do Para-ná (NEPRI/UFPR) (www.nepri.ufpr.br)

Há quem justifique a espionagem depois do 11 de setembro... há mesmo essa justi-ficativa?

R – Normalmente, a justificativa é basea-da na necessidade de combater o terroris-mo e, nesse sentido, obter informações é fundamental. Mas não é uma justificativa válida, pois a espiona-gem não se restringe

os EUA continuarão na defensiva e farão o possível para não deta-lhar os resultados das ações de espionagem. Acho que a posição assumida pela presi-dente Dilma Rousseff foi correta ao exigir um detalhamento das informações obtidas por meio da espiona-gem. Ao mesmo tem-po, o Brasil deve se associar com outras potências para pres-sionar os EUA e en-contrar mecanismos de regulação inter-nacional da espiona-gem. No entanto, as chances desses meca-nismos funcionarem bem são limitadas. Há muitos anos, os EUA realizam espionagem com fins diversos, não apenas estratégicos. Os EUA sempre apre-sentaram pretextos para espionar outros países quando, na ver-dade, usaram as infor-mações para fins po-líticos e econômicos. E isso não constitui novidade. Na prática, a insatisfação com re-lação às práticas ame-ricanas de espiona-gem não é exclusiva do Brasil. É um bom momento para o país se posicionar contra essas práticas e exigir avanços na regula-ção internacional da espionagem, mesmo que eles tenham eficá-cia limitada.

4 Geral

Reciclagem traz benefícios econômicos, ambi-entais e sociaisProcesso industrial que converte lixo descartado em produto semelhante ao inicial ou a outro, pode ser real-izado de três maneiras distintas

A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da matéria e da energia, que se tornaria lixo. Assim, os resíduos são coletados, sepa-rados e processados para serem usados como matéria-pri-ma na manufatura de bens, os quais eram feitos anteriormente com matéria-prima virgem. Dessa forma, os recursos naturais ficam menos com-prometidos.Reciclar para a maio-ria das pessoas é ape-nas separar o lixo na própria residência, mas o processo vai além desse ato. Para obter um novo objeto é necessário coletar, separar novamente, revalorizar e trans-formar em material reciclado, o lixo não pode estar contami-nado diretamente ou indiretamente. Pode ser reciclado de três formas diferentes: são elas a reciclagem energética, a recicla-gem orgânica e a re-ciclagem industrial – mais comum de to-das.A reciclagem ener-gética é um processo tecnológico de recu-peração da energia contida nos resíduos plásticos, por meio de incineradores com a queima de resíduos em altíssimas tem-peraturas. O técnico ambiental, Sandro

Alessandra Becker

Marcio, considera que o processo é de extrema importância ao meio ambiente. “A energia contida em 1kg de plástico é equivalente à energia contida em 1kg de combustível mine-ral”. O plástico pode demorar até 450 anos para se decompor, mas quando ele é re-ciclado corretamente pode ser transforma-do em combustível mineral e não polui-rá o meio ambiente, contou Sandro.A reciclagem orgâni-ca também é conhe-cida como composta-gem. É um processo que pode ser executa-do com parte do nos-so lixo doméstico, resultando em um excelente adubo para ser utilizado em hor-tas, plantações e jar-dins. Para o técnico ambiental, Sandro Marcio, este é um dos métodos mais antigos e eficientes da recicla-gem, pois “o processo é natural e é utilizado para fertilizar a terra de maneira saudável”.A dona de casa, Edite Schlosser, conta que fazer a separação em casa já é rotina para ela, e que possui três tipos de lixeira: uma para lixo comum, ou-tra para lixo reciclá-vel, e outra para lixo orgânico. Mas para a dona de casa, entre todas, a reciclagem orgânica é a mais fun-damental, pois a aju-

da a fertilizar o seu jardim e a sua hor-ta. “Todas as cascas de frutas, verduras e legumes eu jogo na terra”. Assim as plan-tações crescem mais saudáveis e sem quí-micas e eu contribuo para o meio ambien-te e para a saúde da minha família, conta a dona de casa. Outro processo, tal-vez o mais conhecido por todos, é o da re-ciclagem industrial. Esse processo con-verte o lixo descar-tado por nós – sendo ele matéria-prima secundária, em pro-dutos semelhantes ao mesmo ou em al-gum outro material. O técnico ambiental, Sandro Marcio, fala

sobre a importân-cia desse processo. “Reciclar industrial-mente é economi-zar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ci-clo produtivo o que é descartado”, explica o ambientalista.

Os benefícios

A reciclagem possui enormes benefícios, talvez nem imagina-dos por nós, poden-do eles ser econômi-cos, ambientais ou sociais.Dentre os benefícios econômicos, pode-mos destacar: reci-clar uma única lata de alumínio equi-vale a economizar energia suficiente

para manter um apa-relho de televisão ligado durante três horas; a reciclagem do alumínio econo-miza cerca de 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário; a cada 10% de utili-zação de vidro que-brado, há uma eco-nomia de 2,9% de energia; reciclar 1kg de vidro quebrado gera 1kg de vidro novo, economizan-do 1,3kg de miné-rios.Já os principais be-nefícios sociais são: reciclando, há uma contribuição para a diminuição do volume de lixo – atualmente o Brasil produz 240 mil tone-ladas de lixo por dia; com a reciclagem, materiais que podem contaminar o solo, a água e o ar são re-colocados no ciclo produtivo; dando a destinação correta ao lixo, é evitado que os mesmos sejam acu-mulados em lixões infectos; a reciclagem do papel gera milha-res de empregos, des-de catadores de papel aos empregados das empresas de interme-diação e recicladoras; a reciclagem do plás-tico no Brasil gera aproximadamente 20 mil empregos diretos em 300 indústrias de reciclagem.

Os principais benefí-cios ambientais des-tacados são a recicla-gem do vidro, com a qual ocorre a dimi-nuição da emissão de gases poluidores pe-las fábricas, além do fato de uma tonelada de papel reciclado economizar 20 mil litros de água e 1200 litros de óleo com-bustível. Além disso, reciclando 50kg de papel, evita-se o cor-te de uma árvore de 7 anos; a cada quilo de alumínio recicla-do, 5kg de bauxita (minério com que se produz o alumínio) são poupados.

Para saber

O Brasil é o país líder mundial em recicla-gem. A capital pa-ranaense Curitiba e algumas das suas re-giões metropolitanas – principalmente Pi-nhais, são as cidades brasileiras mais des-tacadas como exem-plo de reciclagem do país. Além de Curi-tiba, as cidades de Londrina –PR, Natal – RN, Itabira – MG e Santo André – SP, também são conside-rados grandes exem-plos.

5Colunistas

Press Start

Tempo pelo prazer

Maximilian Rox

Prazer instantâneo é geralmente enjoativo. Muitas vezes aprecia-mos muito mais algo que dedicamos tem-po para entender ou realizar, ou que es-peramos muito para conseguir. Assim é na arte: músicas bo-nitinhas ou quadros simplicistas podem enjoar fácil a per-cepção; enquanto as orquestras bem tra-balhadas e as gran-des obras de arte demandam tempo e estudo para serem compreendidas – e quando entendidas, tornam-se extrema-mente significativas para nossas vidas. Assim também é na vida: as conquistas que nos dão mais prazer são aque-

las que mais espe-ramos e investimos nossos esforços. E, finalmente, assim também é para o en-tretenimento – e en-caixamos os games nessa reflexão.Lembro que Seth Kil-lian, um dos mestres da teoria competiti-va, certa vez comen-tou em um artigo que existem pessoas que se divertem em Street Fighter apenas vendo explosões, magias na tela e combos difíceis sendo executados. Es-sas geralmente eram as primeiras a serem vencidas nas máqui-nas de fliperamas. Para ele, existe uma diversão ainda maior escondida no embate mental entre os joga-dores – onde cada um

previa os movimentos do adversário e tenta-va contra-atacar antes mesmo de serem exe-cutados. Uma partida desse nível traria um prazer sequer experi-mentado pelos nova-tos, onde estaríamos prevendo situações e movimentos – brin-cando de vidência em uma batalha que vai além da tela, alcan-çando níveis psicoló-gicos profundos.Mas não somente da competição vive o gamer. Aqueles que se dedicam em um jogo sabem o prazer de conquistar aquele tão sonhado troféu, ou chegar naquele ponto onde poucos conseguiram chegar. Aqueles loucos que se aventuram em fe-

char Super Mario sem morrer nenhuma vez, ou destruir um chefe usando a pior arma do arsenal: não duvi-do nada que quando alcançada, a conquis-ta representa a satis-fação de um trabalho duro em algo que ini-cialmente era apenas diversão.Temos que lembrar aqui daqueles que passam meses espe-rando por um game. E essa não seria uma coluna de games de não falasse da imensa ansiedade pela chega-da de GTA V. O mais belo “nove mil games em um” está tiran-do a concentração de gamers do mundo inteiro – e é dispen-sável falar da imensa satisfação em apreciar

algo que se espera meses. Como eternas crianças ganhando seu primeiro video-game, a espera muitas vezes vale a pena.Games casuais, por sua vez, aproveitam do descompromisso. Não há desafio, não há grandes conquistas – há muitas vezes a simples ação de “jo-gar para logo largar”. Aposta-se na premis-sa viciante, mas que logo se enjoa. Prova-velmente você já jo-gou um, admita. Nem que seja Colheita Feliz, FarmVille ou Candy Crush. Mas cada gênero satisfaz um público diferen-te: dos que procuram pelo prazer rápido, descompromissado e casual aos que pro-

curam a diversão ba-talhada, suada e con-quistada. Dos dois lados, os videogames cumprem a proposta interativa.E tudo no final cul-mina na questão de tempo. Bons eram os tempos em que a saída da escola re-presentava o início do dia livre para brin-car e jogar. Podíamos nos dedicar aos ga-mes, enquanto hoje eles são cada vez mais limitados pela nossa agenda e compromis-sos. Crescemos, mas os videogames conti-nuam lá, ao dispor de todos; apenas basta termos o tempo sufi-ciente de nos servir.

Do campo pro Lona

INOPERÂNCIA ALVIVERDE SE DEVE AO DM LOTADO

Osmar Murbach

O Coritiba passa por um momento conturbado no Brasileirão 2013. Depois de ficar 10 rodadas sem per-der, chegar a figurar entre os primeiros colocados e ser dado como um dos favo-ritos pela disputa por uma vaga na Copa Libertadores da América (e por alguns mais otimistas pelo título

do campeonato), o Coritiba passou a declinar cada vez mais, apresentando atua-ções pífias que têm deixado o torcedor irritado. E a irrita-ção do torcedor é completa-mente compreensível.Torcedor é o indivíduo mais passional que existe: em dois minutos pode passar do es-tágio de xingar técnico, jo-gadores, comissão técnica,

estádio, o tio que vende re-frigerante ao estágio de amar o time, venerar o jogador, jo-gar o tio do refrigerante pro alto de tanta alegria. E nada é pior para um torcedor que ver a equipe arquirrival em boas condições na tabela de classificação. E o pior, tendo um elenco visivelmente pior que o time pra quem torce possui.

O pior problema do Coriti-ba que, pelo visto, fez a equi-pe chegar à situação em que está, é o Departamento Mé-dico sempre lotado. No mo-mento, são nada mais nada menos que oito jogadores lesionados, alguns de titu-laridade indiscutível como Deivid, Leandro Almeida, Victor Ferraz e Júnior Urso (que há tempos deixou Willian para trás) e outros valores de destaque como Uélinton, que estreou bem e se lesionou após apenas dois jogos no jogo contra o Bah-ia, Geraldo e Sérgio Manoel. Completam a lista Ander-son Aquino, que se lesionou assim que voltou a atuar e Rafhael Lucas, que se lesio-nou no começo do ano, na primeira partida válida pela primeira rodada do Cam-peonato Paranaense, ainda em janeiro deste ano. Neste patamar, fica real-mente difícil para qualquer treinador montar uma equi-pe competitiva e que tenha

um banco de re- s er vas equilibrado. E como é de cultura brasileira sempre jogar toda responsabilidade sobre o treinador, Marqui-nhos Santos tem sofrido amargamente com ques-tionamentos sobre os times que escala. Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conse-guir fazer que a equipe man-tenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeo-nato sem um elenco com a mesma qualidade da que começou a competição? Alex, um dos porta-vozes alviverdes frente aos repór-teres deste país costuma cul-par o calendário brasileiro como pior problema para montagem de times com-petitivos. Se os jogadores atuam muito, com certeza é muito mais fácil que o des-gaste físico seja maior, e aí as lesões aparecem. Na saída do jogo contra o Bahia, no último domingo, o camisa dez do Cori voltou a culpar

o, conside- rado por ele, desumano calendário e a defender Marquinhos San-tos. O capitão está correto. Entretanto, isso não deve mudar no Brasil, e infeliz-mente os jogadores poderão apenas se adaptar ao que a CBF impõe. Jogar quarta e domingo, quinta e sába-do, competições diferentes, realmente causam um for-te impacto no preparo de qualquer equipe, e é aí que a qualidade do elenco entra em questão. E pensem o que pensarem, o elenco do Cori-tiba tem sim muita qualida-de. Qualidade superior à de muito time grande por aí. Mas boa fatia dela está en-tregue ao D.M. Resta torcer para que ela seja entregue novamente ao técnico Mar-quinhos Santos e que o time volte a brilhar como brilhou no começo do Brasileirão.

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NOTÍCIANTIGARi ley B en King, guitarr ista de blues mais co-nhecido como B. B. King, é um compositor e cantor esta-d o - u n i d e n s e . E le nasceu em uma plantação de a lgodão em 16 de setem-bro de 1925, em Itta B ena. Sua infância foi muito di f í -c i l , aos 9 anos já morava so-zinho e colhia

a lgodão para se sustentar, t ra-ba lho que lhe rendia cerca de 35 centavos de dólar por dia . C o n s i d e r a d o o terceiro me-lhor guitarr ista do mundo pela revista nor-t e - a m e r i c a n a Rol l ing Stone, hoje B.B King é um dos guitar-r istas de blues mais reconhe-cidos da atua-l idade, sendo

chamado mui-tas vezes de “Rei dos Blues”. C omeçou sua carreira musi-ca l tocando na esquina de uma Igre ja onde em troco pedia por a lgumas moe-das .

O que fazer em Curitiba?Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Fran-cisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi.

Museu de Arte Contemporânea

Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contem-porânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e ax-posição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kamini-shi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337.

Teatro Novelas Curitibanas

De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Nove-las Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psico-délico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.