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Loures Municipal 25 - FINAL · 2006-11-13 · Hoje em dia, falar do vinho de Bucelas é também falar das Rotas a ele associadas: a Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares

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Sumário

CONTACTOS ÚTEIS: Geral, Presidência, Acção Social, Ambiente, Áreas Urbanas de Génese Ilegal, Educação, Desporto, Juventude, Gestão Urbanística, Habitação, Obras Municipais, Recursos Humanos 21 982 98 00• Actividades Económicas 21 982 69 60 • Assembleia Municipal 21 984 88 28 • Biblioteca Municipal José Saramago 21 982 62 02• Comissão de Protecção de Crianças e Jovens 21 984 88 78 • Gabinete de Apoioao Consumidor 21 982 30 62/28 54 • Gabinetes de Apoio à Juventude: Loures 21 982 07 17, Sacavém 21 941 06 89, Santo António dos Cavaleiros 21 988 18 90/1 • Gesloures 21 982 67 00 • Loures Parque21 982 12 81 • Museu da Cerâmica de Sacavém 21 940 98 90 • Museu Municipal de Loures 21 983 96 00 • Parque Municipal do Cabeço de Montachique 21 985 61 52 • Parque Urbano de Santa Iriade Azóia 21 955 70 50 • Posto de Atendimento ao Cidadão LoureShopping 21 983 14 36, Sacavém 21 949 85 65 • Protecção Civil 21 984 96 00 (24 horas/dia) • Serviço de Apoio à Criação de Empresas e Emprego21 982 69 60 • Serviços Municipalizados de Loures 21 984 85 00, Piquete 21 983 95 00 • Turismo 21 982 98 95 • Veterinário Municipal 21 983 11 47

» Loures Municipal2

Fern

ando

Zar

cos

Carnaval Saloio

Pág. 22 ––––– Educação

Pág. 25 ––––– Vinho

No Cabeço de Montachique,em Lousa, já abriu a nova escolado ensino básico.

Em Bucelas,o vinho assumeumaimportânciavital nodesenvolvimentosocioeconómicoda região.

Freguesias Protocolo de delegaçãode competências assinado 5

10Santo Antão do Tojal e Sacavémem festa

Turismo

Vinho: sabor a tradição 25À Lupa

Eventos 36Festa do Vinho e das Vindimas

Folhas caídas. Sinal da chegada do Outono, símbolo de passagem do tempo. Também por nós o tempo passa, deixando marcas e tradiçõesque constituem um povo. Em Loures, as tradições permanecem e renascem, como se comprova pela vitalidade que eventos como a Festa doVinho e das Vindimas, e as celebrações do Dia Mundial do Turismo, demonstram. Ano após ano.

22Educação EB1/JI do Cabeço de Montachique

abre as portas

12Feira promove desenvolvimentosustentável

Ambiente

Obras Novas piscinas em construção 20

ActividadesEconómicas

Empresas mostram potencialidades 38

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Editorial

«Loures Municipal 3

Carlos Teixeira

Hoje em dia, falar do vinho de Bucelas é também falar das Rotas a eleassociadas: a Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares, a parcom a Rota dos Vinhos, do Queijo e do Património, constituem itineráriosatravés dos quais os visitantes podem desfrutar do melhor que a região tempara oferecer. A oferta turística local tem vindo igualmente a ser reforçadae complementada com actividades no âmbito do enoturismo e outraspropostas de qualidade, direccionadas para um público cada vez mais exigente.

Nesta edição da revista Loures Municipal,contamos-lhe a história do vinho de Bucelas, queocupa um lugar de merecido destaque na produçãovinícola portuguesa e que tem vindo cada vez maisa afirmar-se nos mercados internacionais, com asexportações a crescerem significativamente nosúltimos anos. Da vinha ao vinho, a produção envolveo labor e a sabedoria das gentes – as mesmas gentesque celebram anualmente, em Outubro, a Festa doVinho e das Vindimas, ponto alto do calendáriodas festividades da Área Metropolitana de Lisboa eespaço privilegiado de divulgação de artes e ofíciostradicionais ligados à vitivinicultura. A história doproduto e da região confundem-se com as históriasdos produtores e das suas quintas, que os leitorespoderão ficar a conhecer nas páginas desta edição,a par com o papel de outras entidades ligadas àactividade, também objecto de notícia.

Hoje em dia, falar do vinho de Bucelas é tam-bém falar das Rotas a ele associadas: a Rota dosVinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares, a par coma Rota dos Vinhos, do Queijo e do Património,constituem itinerários através dos quais os visitantespodem desfrutar do melhor que a região tem paraoferecer. A oferta turística local tem vindo igual-mente a ser reforçada e complementada com acti-vidades no âmbito do enoturismo e outras propostasde qualidade, direccionadas para um público cadavez mais exigente. A completar este artigo, damosa conhecer o projecto do Museu do Vinho, que aCâmara Municipal irá criar em Bucelas e que pre-tende vir a constituir-se como um verdadeiro pólodinamizador e promotor da cultura e das tradiçõesassociadas à produção vitivinícola da região.

Quanto aos muitos acontecimentos que mar-caram o quotidiano municipal, o destaque vai paraa inauguração da Escola EB1/JI de Cabeço de Mon-tachique. Esta obra vem ao encontro das aspira-ções da população local e proporciona às criançasdo 1º Ciclo e Jardim-de-Infância excelentes condi-ções de aprendizagem e convívio, assumindo-secomo um factor fundamental no desenvolvimen-

to e melhoria da qualidade de vida dos habitantes.No que se refere às actividades económicas, a

instalação no concelho de duas novas empresas,SEUR e Betecna, líderes de mercado, revela a impor-tância geoestratégica de Loures e atesta a capa-cidade do Município para captar investimento dequalidade.

O ambiente esteve no centro das atenções, coma realização da 1.ª Feira do Ambiente e do De-senvolvimento Sustentável, que levou até ao ParqueUrbano de Santa Iria de Azóia uma mostra de pro-dutos biológicos e ambientais e que foi o momentoescolhido para a Câmara de Loures assinar a Cartade Aalborg, documento que representa um com-promisso com o desenvolvimento sustentável.

Outubro é o Mês do Idoso e mais uma vez aAutarquia levou a cabo um conjunto de iniciativasdirigidas a essa faixa etária. Depois do PasseioSénior, que levou seis mil e 500 utentes dos nossoscentros de dia a visitar Óbidos e Caldas da Rainha,seguiram-se a Exposição de Arte Sénior, o Encontrode Poesia e o Grande Baile de Outono.

As comemorações do Dia Mundial do Turismovoltaram a atrair milhares de visitantes às localidadesde Santo Antão do Tojal e Sacavém. O desporto,como vem sendo habitual, marcou a actualidade,com diversas modalidades em destaque. Saúde,segurança, habitação, áreas urbanas de génese ilegal,acção social, educação e cultura estiveram igual-mente em foco.

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Director

Carlos Teixeira

Directora-adjuntaPaula Costa

CoordenaçãoDivisão de Informaçãoe Relações Públicas

RedacçãoAna AmorimAna Filipa CaçapoAna Rute TeixeiraMiguel SanchoSónia Moreira

RevisãoJorge Reis Amado

FotografiaFernando ZarcosJosé Branco

ArquivoFotográfico

Carla PatrícioEdite FrazãoSandra Vassalo

Paginaçãoe Grafismo

António LourençoVera Santos

ArquivoMarta Santos

Montagem e ImpressãoHeska Portuguesa,Indústria Tipográfica, SA

PropriedadeCâmara Municipal de LouresPraça da Liberdade2674-501 LOURES

Telefone21 983 85 99

Telefax21 982 02 71

Distribuição gratuitaPeriodicidade: bimestralTiragem: 75 000 exemplaresDepósito legal n.º 183565/02ISSN 1645-5088

Revista Loures Municipal,Av. Dr. António Carvalho Figueiredo,n.º 14B, – 2670-405 Loures

[email protected]

Personalidades

» Loures Municipal

Novembro 2006

4

Loures, ao implantar a República a 4 de Outubrode 1910 – um dia antes da proclamação do novoregime no resto do país –, entrava definitivamente nahistória nacional. Para tal, valeu o contributo da JuntaRevolucionária de Loures, constituída por oito homens,entre os quais Manuel Marques Raso, figura de relevona história do concelho.

Natural de Tabueira, distrito de Aveiro, o comer-ciante fez parte do grupo que a 4 de Outubro de1910 ocupou os Paços do Concelho, onde, pela mãode Joaquim Augusto Dias, foi hasteada a bandeiracom as cores republicanas. Tudo decorreu de forma

pacífica e sem qualquer resistência, de acordo com oque havia sido planeado. Para os republicanos do con-celho, a implantação do novo regime significavao fim dos anos de imobilismo, o que iria permitir odesenvolvimento da região.

Manuel Marques Raso fez ainda parte da ComissãoAdministrativa provisória, nomeada a 13 de Outubrode 1910, por aclamação e pelos respectivos delegadosparoquiais. Mais tarde, a 26 de Fevereiro de 1919,integrou a Comissão Executiva da Câmara de Lourese, em 1920, foi presidente do Senado Municipal.Faleceu a 14 de Dezembro de 1924, com 64 anos.

Nesta edição destacamos as “Áreas de Actividade”,um dos principais links temáticos do site.

Comece por “Acção Social”, e conheça, entre ou-tros projectos, as valências do Gabinete de AssuntosReligiosos e Sociais Específicos (GARSE), vocacionadopara responder a problemáticas multiétnicas e deâmbito religioso, resultantes do mosaico multiculturalque habita o concelho de Loures. Em “ActividadesEconómicas”, o SIAI (Serviço de Informação e Apoio aoInvestimento) e o SACE (Serviço de Apoio à Criaçãode Empresas e Emprego) dão-lhe uma visão do papeldo Município enquanto agente de desenvolvimento.

Na área “Ambiente”, visite os recursos naturaisdo concelho e o Sistema de Gestão Ambiental im-plementado pela Câmara. Também “Património”

merecerá a sua atenção, tanto pela investigaçãoarqueológica, como pelos museus municipais, e pelaBiblioteca José Saramago, inaugurada em 2001,com um programa de actividades que envolve todaa comunidade.

Quanto às restantes áreas, daremos conta deforma pormenorizada na próxima edição da LouresMunicipal. Até lá, navegue connosco.

www.cm-loures.pt

Na última edição da Loures Municipal, página 4, na rubrica “Personalidades”, foi referido que, aquando da morte de GuilhermeHenrique Soromenho, este tinha sido substituído no comando dos Bombeiros Voluntários de Loures pelo seu filho, Henrique AlbertoSoromenho. Tal informação consta da obra “Memórias de Loures, subsídios para a história da freguesia” da autoria de Ana PaulaAssunção, Francisco Sousa e Albertina Inácio. Contudo, não corresponde à realidade, pois quem assumiu o comando foi CristianoPinto da Costa Santos, actual Presidente da direcção desta Associação Humanitária. Pelo lapso, as nossas desculpas.

É com profunda tristeza que verifico que a notícia davossa página nº 50 [RLM 24] não descreve a actualrealidade do Palácio de Pinteus.A notícia fala-nos de uma Capela consagrada a NossaSenhora da Apresentação, “que possui cúpula e altarbarroco de talha dourada rococó, sendo o interior reves-tido com cenas bíblicas. Aqui está sepultada MariaRosa de Sá Azevedo Coutinho, mulher do neto fundadordo palácio, também ele José Vaz de Carvalho...” etc.Nasci, cresci a conviver com essa realidade descrita. (...)Foi com grande mágoa que assisti à sua “destruição”

no decorrer do ano 89/90. O Senhor João FerreiraRosa, proprietário (...), procedeu à retirada do altar,de todos os azulejados e tristemente da SagradaImagem de Nossa Senhora da Apresentação. (...)Sem outro assunto de momento, fico à espera dapróxima revista para ler as novidades e realidadesque nela sempre constam e eu tanto gosto, subscre-vendo-me com os mais cordiais cumprimentos.

Gina Duarte(recebido por e-mail)

Correio do Leitor

Errare humanum est

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«Loures Municipal 5

Moscavide e Prior Velho

Todos por um

Foi perante Carlos Teixeira, Presidente daCâmara Municipal de Loures, e de diversosconvidados, que Daniel Lima e JoaquimBrás, presidentes das juntas de freguesia deMoscavide e do Prior Velho, assinaram umacordo de cooperação cujo objectivo é per-mitir a utilização das instalações e equipa-mentos existentes no Centro Comunitário deMoscavide pelos utentes dos centros de diade ambas as freguesias.

Deste modo, os gabinetes médico, deenfermagem, de pedicura e o centro de fisio-terapia ficarão disponíveis para ajudar na

O Centro de Dia de Moscavide foio local escolhido para a assinatura,no dia 20 de Setembro, de um acordode cooperação e desenvolvimentoentre as juntas de freguesiade Moscavide e do Prior Velho.

recuperação de todos, em complementa-ridade ao Serviço Nacional de Saúde.

Daniel Lima não escondeu o seu con-tentamento referindo que a parceria “é umaprova de solidariedade e entreajuda e de comose pode trabalhar em prol da população”.

Joaquim Brás corroborou as palavras doseu homólogo, adiantando que se interessoupelo projecto “desde a primeira hora”, e que,“apesar de constituir um grande trabalho de

dois presidentes de junta, conta ainda coma determinação do Presidente da Câmara”.

Depois de saudar os presentes, CarlosTeixeira proferiu também algumas pala-vras de incentivo, dizendo, em conclu-são, que a linha orientadora da sua missão“é servir sempre quem mais precisa. Por isso,apadrinhei esta ideia fabulosa, já que, sóem conjunto é que conseguimos resolver osproblemas”.

O documento, assinado por Carlos Teixei-ra, Presidente da Câmara de Loures, e pelospresidentes das 18 juntas de freguesia(Apelação, Bobadela, Bucelas, Camarate,Fanhões, Frielas, Loures, Lousa, Moscavide,Portela, Prior Velho, Sacavém, Santa Iria deAzóia, Santo Antão do Tojal, Santo Antóniodos Cavaleiros, São João da Talha, São Juliãodo Tojal e Unhos) não pretende mais do quepromover a descentralização e aproximar ocidadão das decisões do poder político. Destemodo, o protocolo incide sobre actividadesque vão desde a conservação e reparação de

A convicção de que os autarcaseleitos nas freguesias, dada a suamaior proximidade aos problemaslocais, são agentes com capacidadeacrescida para identificaras necessidades das populações,foi o mote para a assinatura, no dia14 de Setembro, de um protocolode delegação de competênciasentre a Câmara e as juntas defreguesia do concelho de Loures.

Protocolo

Decisões políticas maispróximas do cidadão

escolas do Ensino Básico e Pré-Escolar darede pública e equipamentos desportivosnela integrados, passando pela limpezade vias e espaços públicos, manutenção dezonas verdes, repintura das passadeiras depeões, colocação e substituição de sinaisde trânsito, licenciamento de actividadespublicitárias e de ocupação da via pública,até à manutenção, conservação e gestãode cemitérios municipais.

Além de Carlos Teixeira, também JoãoPedro Domingues, Vereador das ObrasMunicipais, esteve presente no acto solene,referindo que o documento assinado “é fun-damental para o trabalho das juntas defreguesia”, e que “só assim tem sido possívelo crescimento e o desenvolvimento do con-celho”. Segundo o Vereador, as verbas dele-gadas através do protocolo cifram-se emnove milhões de euros, “sendo visível o es-forço encetado no sentido de apoiar asjuntas de freguesia, uma vez que estão maisperto dos munícipes, garantindo assim umaresposta mais célere na resolução dos reaisproblemas da população”.

Visivelmente satisfeito, Carlos Teixeirasalientou igualmente a importância de asjuntas de freguesia continuarem a mostrardisponibilidade para colaborar com aCâmara de modo a que “todos os autarcassirvam, da melhor maneira, as pessoas queos elegeram. É importante que estejamostodos unidos e que tenhamos um projectoem comum, pois rapidamente o conce-lho de Loures tornar-se-á uma referência noPaís”.

Freguesias

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» Loures Municipal6

Freguesias

1998/2001

652 933,98

Transferência de verbas

Delegação de competênciasPela grande proximidade à população e suas necessidades,as juntas de freguesia são o órgão autárquico que maisrapidamente identifica os problemas locais. Tendo em conta

2002/2005

1 212 100,932002/2005

1 468 784,71

1998/2001

1 041 081,692002/2005

1 642 004,09

1998/2001

993 911,82

2002/2005

916 841,18

1998/2001

596 601,29

2002/2005

4 184 201,80

1998/2001

2 402 098,44

2002/2005

873 105,85

1998/2001

452 830,58

2002/2005

1 032 874,31

1998/2001

631 356,08

2002/2005

2 139 182,601998/2001

1 510 051,43

2002/2005

2 919 719,97

1998/2001

1 816 491,80

2002/2005

1 448 138,98

1998/2001

1 040 165,90

2002/2005

1 027 655,481998/2001

557 273,82

2002/2005

2 187 142,27

1998/2001

1 671 357,33

Valo

res

em m

ilha

res

de e

uros

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«Loures Municipal 7

No âmbito do Poder Local, a maiorproximidade entre os cidadãos e as juntasde freguesia é uma realidade que importater em consideração. A Câmara Municipal,por ser uma estrutura mais pesada, nãopermite, por vezes, em termos de celeridade,promover intervenções que as juntas defreguesia, pela sua proximidade com assituações, podem levar a efeito em tempoútil.

Desta forma, há mais de uma décadaque existe um Protocolo que delega nas18 juntas de freguesia do concelho, umconjunto significativo de competências,transferindo igualmente os meios necessá-rios para os fins em causa.

Como é natural no início de um novomandato, analisou-se o Protocolo em vigore procedeu-se a pequenas adaptações, sendoa mais significativa a competência paraserem as juntas de freguesia a colocar asinalização de trânsito vertical, após o pare-cer favorável e atribuição de numeraçãocadastral por parte do Município.

A Câmara tem desenvolvido um impor-tante esforço financeiro nestas transferên-cias, que têm evoluído, de forma significativa,ao longo dos últimos anos. A título compa-rativo, refira-se que, em 2001, o montantetransferido foi de 6 milhões e 170 mil eurose que, em 2006, deverá cifrar-se em cerca de9 milhões de euros.

Para além dos valores referidos, as jun-tas de freguesia arrecadam também as verbasreferentes à publicidade e ocupação da viapública, nalguns casos bastante signifi-cativas, o que permite que desenvolvam umconjunto de intervenções fundamentais aobem-estar da população.

Apesar dos esforços financeiros aludidos,o presente Protocolo é fundamental no de-senvolvimento do concelho, pois só com umtrabalho profícuo levado a efeito pela Câ-mara Municipal e pelas juntas de freguesia,é possível elevar o concelho de Loures apatamares de desenvolvimento que todosdesejamos.

Delegar para melhorgerir

João PedroDomingues

Opinião

esta realidade, uma das prioridades do actual executivocamarário tem sido a delegação de competências nas juntasde freguesia, que passa não só pelo aumento das verbasdisponibilizadas, mas também pela atribuição de responsabilidades.A título comparativo, apresentamos os dados relativos às verbasdistribuídas às juntas de freguesia entre 1998-2001 e 2002-2005.

2002/2005

2 456 349,97

1998/2001

1 658 371,23

2002/2005

814 067,03

1998/2001

483 450,43

2002/2005

1 766 902,45

1998/2001

1 292 371,73

2002/2005

1 464 544,661998/2001

911 038,10

2002/2005

1 020 692,80

1998/2001

497 584,32

2002/2005

3 346 912,64

1998/2001

2 345 436,75

2002/2005

31 921 221,72

1998/2001

20 554 406,73

Totais

Vereador comos pelouros das

Obras e dasZonas Verdes

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» Loures Municipal

Foi com alegria e emoção que os mora-dores do Bairro Quinta de São Lourençoassistiram à cerimónia de assinatura e entre-ga do alvará de loteamento. Os moradorespodem agora proceder ao registo de pro-priedade dos seus lotes, estando o bairro nocaminho da legalização.

Carlos Teixeira, Presidente da CâmaraMunicipal de Loures, fez questão de entregarem mãos o documento ao Presidente daAdministração Conjunta do Bairro da Quintade São Lourenço, José Gata Luzia.

Realizada a cerimónia de entrega doalvará, seguiu-se a sessão de discursos, naqual Carlos Teixeira salientou a importânciada celebração deste acto, valorizando tam-

Quinta de São Lourenço ––––– São João da Talha

A caminho da legalizaçãoA cruzada da Câmara Municipal deLoures pela legalização dos bairrosde génese ilegal continua a darresultados, patentes em mais umaentrega de alvará de loteamento,no dia 17 de Setembro, ao Bairroda Quinta de São Lourenço,freguesia de São João da Talha.

bém o esforço de todos quantos trabalharampara que ele fosse possível: “Este é um diamuito importante para o Bairro da Quintade São Lourenço. Toda a equipa que meacompanha desde há quatro anos para cá,altura em que tomei posse, tem trabalhadono sentido de legalizar todos os bairros degénese ilegal do concelho. Peço agora a todosos proprietários de lotes de terreno que aindanão foram alvo de construção, para quefaçam obras de qualidade, de forma a tornaro bairro mais bonito.”

Paulo Rui Amado, Presidente da Juntade Freguesia de São João da Talha, realçouo significado deste acontecimento para SãoJoão da Talha, que vê concretizado mais umpasso no sentido da legalização de um dosmuitos bairros de génese ilegal da freguesia.Relembrou que “os bairros de génese ilegalnasceram em consequência do êxodo dediversas famílias do interior, que vieram paraLoures à procura de um nível de vida melhor”e que, “na medida do possível, ao longo dosanos, tudo foi feito para se tentar dotar estesespaços de infra-estruturas de qualidade.Agora que está entregue o alvará, cabe aosproprietários resolver a situação de cada

habitação, sendo que a Junta cá está paraajudar no que for necessário”.

Por sua vez, José Gata Luzia agradeceuao Município e à Junta de Freguesia todo oapoio prestado neste processo, manifestandoainda o seu contentamento pela realizaçãodeste acto: “Após longos anos de luta pelalegalização do bairro, finalmente chegoueste dia tão desejado por todos nós. As difi-culdades foram muitas, mas hoje sentimosa recompensa do nosso esforço.”

Marcaram ainda presença os vereadoresJoão Pedro Domingues, António Pereira, Ri-cardo Leão, José Manuel Abrantes e AntónioPombinho, o Chefe de Gabinete da Presidên-cia, António Baldo, a Adjunta Emília Mon-teiro, os presidentes das juntas de freguesiada Bobadela e Camarate, respectivamenteFernando Carvalho e Arlindo Cardoso, eainda Jorge Baptista, Vogal do Conselho deAdministração dos Serviços Municipaliza-dos de Loures.

Refira-se que este bairro conta com umaárea de 33 mil e 900 metros quadrados, di-vidida por 68 lotes, aos quais correspon-dem 95 fogos e 19 unidades de actividadeseconómicas.

AUGI

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«Loures Municipal

Habitação

Alvará de loteamento aprovado

Quinta das Mósprepara-se pararealojar 210 famílias

As obras de urbanização estão em curso e a bom ritmo, preten-dendo-se, com este projecto, inverter o processo de degradação quese verificava na Quinta das Mós, dando a esta zona uma nova imagem,valorizando todo o espaço envolvente e a qualidade de vida da popu-lação.

Num bairro onde a maioria das habitações é de autoconstrução,não possuindo, por isso, todas as condições necessárias – água,electricidade, rede de esgotos –, irão nascer, num terreno com 39 milmetros quadrados, 210 fogos de habitação social que serão destina-dos a famílias recenseadas no PER, ao longo do primeiro semestre de2007.

Para além dos fogos de habitação social, o projecto contemplaainda uma praça central vocacionada para estadia e convívio, áreaspara actividades económicas, estacionamento e espaços verdes paralazer dos residentes. As acessibilidades relativas à estrutura viária etransportes, assim como o melhoramento das vias pedonais, tambémnão foram esquecidas. No geral, pretende-se adequar o espaço à comu-nidade residente, dar conforto ambiental ao bairro, melhorar a suaimagem recorrendo a estéticas apelativas, e dotar a área de condiçõesmínimas de vivência.

Foi aprovada por unanimidade, em Reunião de Câmarado dia 7 de Setembro, a emissão do alvará de licençade loteamento e de obras de urbanização da Quintadas Mós, em Camarate. 210 fogos irão, já em 2007,realojar famílias recenseadas no PER.

Geminações

A convite da plataforma das Organizações Não Governamentais(ONG) de Cabo Verde, que celebrou o seu 10.º aniversário, deslocaram--se à ilha, em Setembro, uma técnica da Câmara de Loures, MarleneValente, e uma outra do Instituto Marquês de Valle Flôr, HermíniaBasto. Ambas participaram na reunião de doadores da ilha do Maio,da Comissão da delegação da União Europeia em Cabo Verde. Estafoi a primeira vez que todos os parceiros se reuniram para conheceremos trabalhos efectuados por cada um, sendo a Câmara de Louresdas poucas autarquias estrangeiras convidadas, o que denota a relevân-cia do contributo do Município para o desenvolvimento do Maio.

Quanto aos novos empreendimentos a criar, o Projecto de Abaste-cimento de Água e Eco-saneamento na Ilha do Maio, co-financiadopela União Europeia, almeja a melhoria da qualidade de vida dapopulação da ilha, bem como a prossecução dos Objectivos de Desen-volvimento do Milénio, estabelecidos em 2000 na Cimeira do Miléniodas Nações Unidas, através da realização de actividades de forneci-mento de água, construção de uma ETAR, campanhas de sensibilizaçãoe formação, entre outras acções. Os SMAS de Loures apoiam tambéma realização deste projecto, sendo o seu conhecimento e experiênciauma mais-valia e uma garantia de qualidade. Iniciadas em Agostode 2006, estas actividades terminarão em 2010.

Por seu lado, o Projecto de Reforço da Sociedade Civil e Criaçãoda Rádio Comunitária da Ilha do Maio pretendem reforçar o movi-mento associativo, promover o desenvolvimento das comunidadesmais isoladas, complementando o Projecto de Desenvolvimento Sus-tentado, concluído em Março deste ano. Tendo em conta a grandedificuldade nas comunicações entre as várias localidades da ilha, opapel da rádio será fundamental, uma vez que permitirá difundir ainformação a todas as comunidades. Com início no último trimestrede 2006, o projecto terá a duração de um ano.

Estão em curso novos projectos na ilha do Maio,referentes ao abastecimento de água eeco-saneamento e ao reforço da sociedade civil.Com estas acções, apoiadas pelo Instituto Marquêsde Valle Flôr e inseridas no âmbito do protocolode geminação entre os municípios de Lourese do Maio, pretende-se desenvolver esta regiãoafricana de poucos recursos.

Ilha do Maio

Projectos em marcha

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Turismo

Dia Mundial do Turismo

Comemorações atraem milharesde pessoasComemorado a 27 de Setembro,o Dia Mundial do Turismo foifestejado no concelho de Lourescomo forma de promover uma áreade actividade em que o Municípiotem apostado fortemente.Santo Antão do Tojal e Sacavémforam o palco dos festejos que,mais uma vez, atraíram milharesde visitantes.

Trajes a rigor em SantoAntão do Tojal

A freguesia de Santo Antão do Tojal,cujo património barroco constitui um dosfocos de interesse turístico do concelho,celebrou, a 1 de Outubro, o Dia Mundial doTurismo, com uma viagem ao século XVIII.

O Largo Monumental acolheu a FeiraSetecentista, com vendedores trajados a rigor,que davam a conhecer o artesanato, a doçariae os petiscos da região. Bem à moda da época,não faltaram a animação com malabaristas,a dança do fogo e os jogos tradicionais, entreoutras atracções. As visitas guiadas ao emble-mático Palácio dos Arcebispos foram outrodos atractivos desta festa.

Ao início da tarde, el-rei D. João V e a

sua corte percorreram as ruas da freguesianum desfile etnográfico com cerca de duzen-tos figurantes a representar as classes sociaisda época, tendo contado com a presença deCarlos Teixeira e Borges Neves, respecti-vamente Presidente e Vice-Presidente da Câ-mara de Loures, do Vereador António Pereirae de João Florindo, Presidente da Junta deFreguesia de Santo Antão do Tojal. O cortejoculminou com a chegada ao Largo Monu-mental, onde foram benzidos os sinos des-tinados ao Convento de Mafra.

A festa continuou com muita animação,terminando no campo de jogos da Casa doGaiato, com a exibição da Charanga daGuarda Nacional Republicana.

Música popular e cornos céus de Sacavém

No dia 7 foi a vez da freguesia deSacavém festejar esta data comemorativa.Centenas de pessoas dirigiram-se ao ParqueTejo para assistirem ao espectáculo cujaorganização resultou de uma parceria entrea Câmara Municipal de Loures e a Juntade Freguesia de Sacavém.

O grupo musical Fernando Alves Trioabriu o programa animando o públicopresente. Muitos foram os que saltaram dacadeira para darem o seu pezinho de dança.

Já a noite ia longa, quando subiu aopalco uma artista bem conhecida do pú-blico, Ágata, que cantou alguns dos temasmais famosos contando com o acompa-nhamento de pequenos e graúdos.

Durante os festejos, o anfitrião, Fernan-do Marcos, Presidente da Junta de Freguesiade Sacavém, recebeu Carlos Teixeira, Pre-sidente da Câmara Municipal de Loures,Pedro Farmhouse, Presidente da AssembleiaMunicipal, o Vereador António Pereira, ospresidentes das juntas de freguesia daApelação, Fanhões, Loures, Lousa e PriorVelho, respectivamente José Alves, AntónioEmídio, João Nunes, Constantino Laranjei-ra e Joaquim Brás, e o Administrador daGesLoures, Pedro Cabeça, que também nãose quiseram alhear da festa.

A noite encerrou em apoteose com ofogo-de-artíficio a colorir os céus da cidadede Sacavém.

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Idosos

Foram vinte dias que tiveram como objec-tivo proporcionar aos idosos dos centros dedia das várias freguesias do concelho um diade convívio e animação em local aprazível.

A iniciativa, que vai já na 26.ª edição, éconsiderada por muitos dos participantescomo uma das mais relevantes acções reali-zadas pelo Município nesta área, procurandoestimular a vida activa e quebrar o ciclo de soli-dão e isolamento que tantas vezes acompa-

Seis mil e 500 em passeio

À descobertado OesteNo mês de Setembro, o PasseioSénior voltou a fazer “vibrara população “menos jovem”do concelho. Mais de seis mile 500 seniores tiverama oportunidade de visitar algunsdos locais mais emblemáticosda Região de Turismo do Oeste.

nha o idoso no seu dia-a-dia. O percurso desteano, que a Loures Municipal acompanhou,teve como pontos de referência a vila de Óbi-dos, com séculos de história entre as muralhas,e a cidade das Caldas da Rainha, conhecidapelo hospital termal e a loiça típica.

Depois de dedicarem as manhãs ao turis-mo, a hora de almoço anunciava a viagem atéao restaurante “A Lareira”, na Foz do Arelho.para aconchego dos estômagos mais esfomea-

dos, pois para a tarde era preciso ganharenergias. Quase sempre acompanhados, orapor Carlos Teixeira, Presidente da Câmara,ora por António Pereira, Vereador respon-sável pelo pelouro dos Idosos, o repasto foisempre momento de confraternização.

Para terminar, a tarde foi preenchidacom um animado baile, onde os partici-pantes dançaram energicamente até à horado regresso.

Em Outubro, mês em que é comemoradoo Dia Internacional da Pessoa Idosa, a Câ-mara de Loures promove habitualmente umconjunto de actividades que visam fomentaro envelhecimento activo da população.Através da iniciativa “Viva Outubro”, a Au-

Viva Outubro

Celebrar o mês do idosoCelebrar o mês do idoso

Outubro foi, no concelho deLoures, o mês dedicado aosIdosos.Através de actividades decarácter lúdico e social, a Câmaraproporcionou aos seniores doconcelho verdadeiros momentosde convívio e animação.

tarquia procura proporcionar momentos deconfraternização, onde os idosos têm aindaoportunidade de mostrar os seus dotes.

As comemorações iniciaram-se a 7 deOutubro, no Castelo de Pirescouxe, com ainauguração da XI Exposição de Arte Sénior,em que mais de 30 artistas apresentaram assuas pinturas e peças de artesanato.

A 21 de Outubro, pintura e poesia uni-ram-se na Biblioteca José Saramago, querecebeu as obras de arte dos nossos seniores,e ainda o XI Encontro de Poesia, sendo queos poemas escutados e declamados duranteo evento poderão ser lidos por todos, numlivro publicado pelo Município.

António Pereira, Vereador da Área deIdosos, também declamou alguns dospoemas na sessão literária, deixando aindauma palavra de agradecimento aos partici-pantes, por “transmitirem a vossa mensa-gem e a vossa experiência aos mais jovens”.

As actividades terminaram com oGrande Baile d’Outono, que teve lugarno pavilhão dos Bombeiros Voluntáriosde Loures. Ao som da Banda 4, cerca de500 “jovens” mostraram os seus dotesde dançarinos. Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara Municipal de Loures, e Antó-nio Pereira juntaram-se à festa, onde tam-bém houve lugar a uma pequena mostragastronómica, organizada pelos várioscentros de dia do concelho.

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Ambiente

Quem se deslocou ao PUSIA deparou-secom um amplo programa que contribuiu paraque a abertura da primeira Feira do Ambientee do Desenvolvimento Sustentável fosse compompa e circunstância. No dia 22 de Setem-bro, Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, fez as “honras da casa” e, perante osvereadores António Pereira, Ricardo Leão, JoséManuel Abrantes e Anabela Pacheco, entremuitas outras entidades, deu início ao que seriaa primeira feira para dar a conhecer as reali-zações do Município na área ambiental, aomesmo tempo que proporcionava ao tecido

Decorreu, de 22 a 24 de Setembro, no Parque Urbano de Santa Iria de Azóia(PUSIA), a primeira Feira do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.Proporcionar às empresas um espaço para divulgação dos seus serviçose transmitir aos cidadãos as boas práticas ambientais foi o principalobjectivo do projecto.

empresarial um espaço para divulgação dosseus serviços e equipamentos.

Ao som dos tambores, e num agradávelespectáculo de percussão, Carlos Teixeira foicumprimentando cada um dos 30 exposito-res presentes na feira, tendo aproveitado paraconhecer um pouco mais sobre a actividadedas empresas convidadas.

A cerimónia culminou com a assinatura da“Carta de Aalborg”, ou Carta das Cidades Euro-peias para a Sustentabilidade, aprovada pelosparticipantes na Conferência Europeia sobreCidades Sustentáveis, realizada em Aalborg,

Dinamarca, a 27 de Maio de 1994. Trata-se deum documento que representa o compromissodo Município com o desenvolvimento sustentá-vel e que reforça a importância das autoridadeslocais na sua promoção. De acordo com a Carta,as cidades signatárias reconhecem que “o actualmodo de vida urbano […] nos responsabilizamaioritariamente pelos numerosos problemasambientais com os quais a humanidade se con-fronta” e, por isso, comprometem-se a “parti-lhar as responsabilidades a todos os níveis comas autoridades competentes de modo a alcan-çar o bem-estar do homem e da natureza”.

Com a assinatura, Carlos Teixeira era umhomem satisfeito, tendo referido que “é im-portante assumir compromissos na área doambiente. A assinatura desta carta foi aprova-da por unanimidade em Reunião de Câmara,pelo que é uma prova de que há um interessegeral de todos os autarcas em contribuir paraa protecção ambiental. Todos somos poucospara preservar o nosso país e uma Europa queé cada vez mais global”.

A Feira do Ambiente manteve-se abertaao público de 22 a 24 de Setembro e, apesar

Poupança de água

Compromissosambientais

Sob o lema “Água: Pequenos Gestos,Grandes Conquistas”, os SMAS apostaram emdar formação pessoal e social às crianças, in-centivando-as a assumirem um compromissoambiental e sensibilizando-as para as conse-quências da indevida utilização da água.

Dar a conhecer este recurso ambiental (oque é, de onde vem, onde o podemos encontrar),ensinar o ciclo da água, o seu caminho até àsnossas torneiras e apelar ao consumo racional,são algumas das matérias a desenvolver juntodas crianças das escolas do Primeiro Ciclo doEnsino Básico do concelho de Loures.

As acções de sensibilização estarão a cargode técnicos dos SMAS, que visitarão os es-

Os Serviços Municipalizadosde Loures (SMAS) apresentaram,no dia 20 de Setembro, um Programade Sensibilização Ambiental paraa Água. Um projecto destinadoaos mais jovens, que temcomo objectivo incentivaro uso racional de um dos maioresbens que a natureza nos concede.

1.ª Feira do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Apostas para a sustentabilidade

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Prémio Valorsul

Projectos de sensibilizaçãoambiental premiados

Os vencedores da segunda edição do Pré-mio Valorsul foram conhecidos a 16 de Setem-bro, na presença de convidados institucionais,candidatos, elementos do júri, comunicaçãosocial e da Administração da Valorsul, bemcomo de António Pereira, Vereador do pelourodo Ambiente, em representação do Município,durante a cerimónia do 12.º aniversário daempresa. O galardão procura recompensar otrabalho levado a cabo por jornalistas, empre-sas e outras entidades em matéria de sensibili-zação ambiental, nas categorias de jornalismo,acção de comunicação e equipamento/produto.

Desta feita, o primeiro prémio foi atri-buído ex aequo a três vencedores, sendo o seuvalor – 25 mil euros – dividido em partes iguaispelos premiados. A reportagem radiofónica“Ecoputos”, da autoria de Marina Pimentele António José Soares (Rádio Renascença), eo programa Iniciativa dedicado ao tema“Reduzir, Reutilizar e Reciclar”, da produtoraDuvídeo, exibido no canal 2: da RTP, arreca-daram o galardão na categoria de jornalismo.Também a Fundação de Assistência MédicaInternacional recebeu o primeiro prémio, nacategoria de acção de comunicação, pela reali-

A entrega do Prémio Valorsul 2006 assinalou o 12.º aniversário da empresa,celebrado a 16 de Setembro, numa cerimónia onde foi apresentada a terceiraedição do prémio que distingue projectos de sensibilização ambiental.

tabelecimentos de ensino, desenvolvendodiversas actividades com as crianças. Entreestas, destaque para exposições orais sobre aágua, actividades lúdico-pedagógicas e dis-tribuição de material promocional dos SMAS.

Do programa constam ainda concursospara os alunos e para as escolas, que vão desdea criação de um Clube da Água, passando pe-lo desenvolvimento de trabalhos artísticos,redacções jornalísticas, peças de teatro, até àatribuição de um nome para a nova mascotedos SMAS.

O evento de encerramento terá lugar no dia18 de Maio de 2007, data em que serão divul-gados os vencedores e entregues os prémios.

zação do “Projecto de Reciclagem de Consu-míveis Informáticos e Telemóveis AMI”, cujosdireitos de autor pelos materiais oferecidos àAMI são cedidos pela agência Bates-RedCell.

Do júri fizeram parte Luís do Amaral Alves,Presidente da Comissão Executiva da Valorsul,Carlos Alberto Borrego, Professor Catedráticodo Departamento de Ambiente e Ordenamentoda Universidade de Aveiro, Fernando Santana,Professor Catedrático da Faculdade de Ciênciase Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa,José Brandão, Professor da Universidade Técni-ca de Lisboa, e Mário Mesquita, Professor daEscola Superior de Comunicação Social.

No mesmo dia foi apresentada a 3.ª ediçãodo Prémio Valorsul e respectivo regulamento.Os interessados em candidatar-se a qualqueruma das três categorias do Prémio Valorsul2007 – jornalismo, acção de comunicação eequipamento/produto – deverão entregar asinscrições até ao dia 31 de Maio do próximoano. Os vencedores serão conhecidos a 16 deSetembro de 2007, data do 13.º aniversárioda empresa.

Para mais informações, consulte o site daValorsul em www.valorsul.pt

dos insistentes aguaceiros, contou com cercade sete mil e 500 pessoas. As actividades foramnumerosas: além de dois mercados, o de pro-dutos biológicos e o mercado saloio, onde aspessoas podiam comprar produtos gastronó-micos diversos, mais saudáveis e ecológicos,ao longo dos três dias houve ainda demons-trações de treino canino, jogos tradicionais,adopção de cães, feira do livro, slide, tiro comarco, passeios de comboio, dança, espectá-culos de marionetas, teatro, construções deesculturas a partir de garrafas de plástico,escolinha de trânsito, rádio, entre muitas ou-tras. Actividades essas testemunhadas por umacentena de crianças que, por iniciativa doGabinete de Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE), da Câmara Municipal deLoures, visitaram a feira e participaram emdiversos ateliês, assistindo ainda a espectá-culos de marionetas e acções de sensibilizaçãosobre bons hábitos alimentares.

Houve ainda oportunidade de visitar ahorta solar da autarquia, em que a extracçãoda água de rega é feita através de um painelsolar fotovoltaico. Um sistema não poluente(não utiliza combustíveis fósseis), inteligente(programável para regar num determinadoespaço de tempo) e sustentável (utiliza umsistema gota a gota, despendendo apenas aágua necessária a cada planta).

António Pereira, Vereador do Ambiente, re-velou que esta feira “pretende sobretudotransmitir aos cidadãos as boas práticas ambi-entais, de modo a contribuírem para umacomunidade equilibrada”.

O seminário “Apostas e Caminhos doDesenvolvimento Sustentável” foi outro dospontos altos da feira, que contou com apresença de várias entidades ligadas à gestãoambiental. Ao longo de três horas, foram deba-tidas estratégias, num esforço de promoção datroca de experiências sobre os desafios da sus-tentabilidade a nível local.

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Saúde

Adlismed

Novos cuidados médicos em LousaLousa inaugurou, a 1 de Outubro,a mais recente clínicade reabilitação do concelho.Com uma infra-estrutura dotadade modernos equipamentos,a Adlismed pretende proporcionarmelhores cuidados de saúdeà população.

A freguesia de Lousa conta, desde 1 deOutubro, com uma nova clínica de reabi-litação, a Adlismed, que procura respondera necessidades sentidas pela população emmatéria de saúde. Depois do descerramentoda placa inaugural pelo Presidente da Câmarade Loures, Carlos Teixeira, e pelo sócio-ge-rente da clínica, Carlos Pedrosa, o pároco

Francisco Inocêncio procedeu à bênçãodas instalações.

Emocionado, Carlos Pedrosa agrade-ceu “a todos os que tornaram possível aconcretização deste projecto”, enquantoArtur Lopes, director clínico da Adlismede cirurgião no Hospital de Santa Maria,salientou as carências da freguesia nesteâmbito: “Lousa necessitava de cuidadosde saúde desta espécie.” Carlos Teixeiramostrou-se satisfeito com a inauguraçãodesta nova valência, elogiando CarlosPedrosa “pela dedicação, carinho e sen-satez depositados no projecto”.

Na cerimónia estiveram também pre-sentes Constantino Laranjeira, Presidenteda Junta de Freguesia de Lousa, e oVereador Adão Barata.

As problemáticas da saúde voltaram areunir, na Casa da Cultura de Sacavém, váriosmédicos de família e outros profissionais doramo, para as Jornadas promovidas peloCentro de Saúde de Sacavém, nos dias 23 e24 de Outubro.

“Entardecer – O Idoso em Portugal” foia temática debatida no simpósio, apoiado

VI Jornadas do Centro de Saúde de Sacavém

Debater o envelhecimentoO envelhecimento esteve no centrodo debate das VI Jornadas do Centrode Saúde de Sacavém. Realizadaa 23 e 24 de Outubro na Casada Cultura, a iniciativa permitiuaos diversos agentes de saúde trocarideias e experiências sobre o tema.

pela Câmara Municipal de Loures e pelaJunta de Freguesia de Sacavém. Nesseâmbito, foram destacadas questões comoa polimedicação, ou seja, as consequênciasda toma de vários medicamentos paradiferentes doenças, o envelhecimento acti-vo, as respostas dos agentes sociais e médi-cos ao envelhecimento da população, bemcomo algumas doenças características des-ta faixa etária.

A sessão de abertura contou com apresença de Manuela Peleteiro, Coorde-nadora da Sub-Região de Saúde de Lisboa,Ileine Lopes, Directora do Centro de Saú-de de Sacavém, e de Conceição Antunes,Coordenadora do Gabinete de Saúde daCâmara Municipal de Loures, em repre-sentação do Presidente da edilidade.

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Segurança

Seminário “Cidades e Terrorismo”

Reduzir riscos e ameaças

O terrorismo, um dos maiores problemasdeste século, coloca sérias ameaças à segu-rança das sociedades democráticas e aosdireitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

“Cidades e Terrorismo: Reduçãode Riscos e Gestão da Crise” foio tema do seminário internacionalque decorreu, nos dias 26 e 27 deOutubro, no Centro de InformaçãoUrbana de Lisboa.

Por isso, a Universidade Nova de Lisboa, emcolaboração com a Universidade Atlântica,decidiu organizar o seminário “Cidades e Ter-rorismo: Redução de Riscos e Gestão da Crise”tendo como objectivo ajudar a encontrarrespostas adequadas a esta ameaça global.

Este seminário, integrado no projecto“Cidades contra o Terrorismo” do Fórum Eu-ropeu para a Segurança Urbana (FESU),enquadra-se num conjunto de reuniões a rea-lizar em diversas cidades europeias. O encon-tro, que teve lugar em Lisboa, contou com umpainel de oradores e de comentadores nacio-

O prémio jornalístico da Rede Portugue-sa de Cidades Saudáveis tem como principalobjectivo sensibilizar a comunicação socialpara o projecto das Cidades Saudáveis, ins-tituído pela Organização Mundial de Saúde.À terceira edição deste evento concorreramtreze trabalhos publicados nos órgãos decomunicação social Público, Sem Mais Jor-nal, Transportes em Revista, TSF, TVI e SIC.

O trabalho vencedor é uma compilaçãode algumas peças do programa televisivo“Nós por Cá”, emitido aos fins-de-semana noJornal da Noite do canal televisivo SIC, entre

os anos de 2004 e 2006. Da autoria dajornalista Conceição Lino, o programa iden-tificou factores que estão na origem deacidentes, promovendo comportamentosrodoviários seguros e apontando estratégiasde prevenção.

A cerimónia foi presidida por CarlosTeixeira, Presidente da Câmara de Loures,que salientou a atitude positiva do programa:“Os acidentes rodoviários são uma das prin-cipais causas de morte em Portugal. Por isso,tudo o que possa contribuir para a reduçãoda morte nas estradas é significativo”, ressal-vou o autarca.

Depois de receber o prémio, ConceiçãoLino manifestou a sua satisfação em receber

3.º Prémio Jornalístico “Rede de Cidades Saudáveis”

Distinção de trabalhos jornalísticos sobre Segurança RodoviáriaO Palácio Marqueses da Praiaacolheu, no dia 30 de Outubro,a cerimónia de entregado 3.º Prémio Jornalístico “RedePortuguesa de Cidades Saudáveis”.Alusivo ao tema “SegurançaRodoviária”, o prémio distinguiuo melhor trabalho publicadona área da saúde urbana.

este galardão: “Para mim é um grandeorgulho fazer este programa que dependesobretudo dos cidadãos que estão atentos.”

Marcaram ainda presença na cerimóniaCorália Loureiro, da “Rede Portuguesa deCidades Saudáveis” e Martins Morim, doSindicato de Jornalistas.

Durante a cerimónia, foi ainda visio-nado um filme de cariz pedagógico sobrecondutas de comportamento e adopção denormas de segurança, intitulado “EscolaSegura”, realizado pela Câmara Municipalde Loures, em parceria com a Polícia deSegurança Pública de Santo António dosCavaleiros, para além de um pequeno ex-certo da película a concurso.

nais e estrangeiros que se debruçaram sobretemas centrais ao estudo do terrorismo. An-tónio Baldo, Chefe de Gabinete da Presi-dência da Câmara de Loures, foi um dosoradores, contribuindo para a reflexão sobreo papel das autarquias no combate ao ter-rorismo: “Não se podem construir cidades àprova de terrorismo. A quem dirige as ci-dades compete actualizar, redimensionar,concertar e gerir eficazmente todos os meiosde segurança ao seu alcance, a fim de ga-rantir um funcionamento em rede das políciasmunicipais e dos serviços municipais de pro-tecção civil que possa responder com eficá-cia no terreno”, afirmou.

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Pessoas e Lugares

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Cristiano Costa Santos ––––– Presidente da A.H. dos Bombeiros Voluntários de Loures

“Ser bombeiro implica um espíritode amor ao próximo”

Como surgiu a opção de ingressarnos Bombeiros Voluntáriosde Loures (BVL)?

Fiz a minha vida académica normal e in-gressei na Escola Superior do Exército, depoisde terminar o ensino secundário. No entanto,quando fui promovido a oficial, sofri um aci-dente e tive de deixar a vida militar. Uma vezque a minha mulher era natural de Loures, umano depois de me casar, em 1958, mudei-mepara cá. Poucos dias depois de vir morar paraLoures, o Presidente da Direcção dos Bombei-ros, Miguel de Sttau Monteiro, e outros ele-mentos da direcção foram a minha casaconvidar-me para 2.º Comandante dos Bom-beiros de Loures, pois o comandante Sorome-nho estava com problemas de saúde. Nessaépoca era chefe de secretaria das OficinasGerais de Material Aeronáutico (OGMA) efiquei espantado com o convite. Decidi acon-selhar-me com o meu sogro, que também tinhasido bombeiro, e apenas me disse: “Na vida hátempo para tudo.” Percebi de imediato que de-via aceitar e assumi o cargo de 2.º Comandan-te durante os três anos em que o ComandanteSoromenho ainda viveu.

Apesar de esta não ter sido a suaopção inicial, acabou por dedicara sua vida aos bombeiros...

De facto, não imaginava vir a ser bombeiroe, mesmo depois de ingressar na corporaçãodos Voluntários de Loures, prossegui o meupercurso profissional. Cursei Economia e tra-

balhei em várias empresas, sem nunca aban-donar o cargo de Comandante.

Isto até que, em 1981, foi constituído oServiço Nacional de Bombeiros, novo no País,e o seu primeiro presidente, o Padre VítorMelícias, convidou-me, em 1982, para ocuparo cargo de Inspector Superior e Comandante-

-Geral. Uma vez que já estava um pouco can-sado da gestão de empresas, aceitei o convitee fui o primeiro Inspector Superior e Coman-dante-Geral até 1994, ano em que me apo-sentei. Devo dizer que a minha vida profis-sional foi multifacetada, mas de tudo o quefiz, o que mais gostei e gosto foi de ser bom-beiro.

Em que consistia o seu trabalho comoInspector Superior e Comandante Geraldo Serviço Nacional de Bombeiros?

Fundamentalmente consistiu em implantaruma estratégia de desenvolvimento dos bom-beiros, pois foi nessa época que atribuíramaos bombeiros a responsabilidade pelo combateaos fogos florestais, que até então cabia aosserviços florestais. Os bombeiros não estavampreparados para tal situação, pelo que se tor-nou necessário deslocarem-se ao estrangeiropara receberem formação.

Com a desertificação do País agudizou-sea situação, mas os bombeiros conseguiramsuperar as dificuldades, na medida em que seconseguiram formar e apetrechar-se com equi-pamento adequado, contando para isso com

fo

“Conheciapessoalmenteos mais de 400comandantesde bombeirosdo País”

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Natural de Pero Pinheiro, concelho de Sintra, Cristiano Costa Santos mudou-se para Loures há quase 50 anos.Licenciado em Economia e Ciências Militares, esteve ligado à gestão de empresas, leccionou várias disciplinas,mas acabou por dedicar a sua vida aos Bombeiros Voluntários de Loures. Ocupou ainda cargos relevantesna Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e na Liga dos Bombeiros Portugueses,e foi Coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil de Sintra.A Loures Municipal foi conhecer o actual Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos BombeirosVoluntários de Loures (AHBVL), que nos falou da sua carreira profissional e da nobre missão de ser bombeiro.

o apoio das autarquias, do Estado e do ServiçoNacional de Bombeiros. Foram criadas normasde actuação conjunta, sistemas de comandooperacional, houve muitas alterações, nas quaisestive envolvido. Foi uma fase muito interes-sante da minha vida, pois procurava contactarcom as várias corporações e conhecia pessoal-mente os mais de 400 comandantes de bom-beiros do País.

O que significa para si ser bombeiro?Ser bombeiro implica um certo espírito de

aventura e de amor ao próximo. Os valoresda ética e da moral são fundamentais, e osjovens que aqui entram percebem logo isso.

Como vê a evolução do papeldos Bombeiros Voluntários de Louresdesde que aqui chegou até hoje?

Quando cheguei, os BVL eram como umaverdadeira família e quase todos moravam àvolta do quartel. Era uma família heterogénea,pois havia pobres e ricos, sem qualquer diferen-ciação. Era uma corporação muito eficiente,como ainda o é actualmente, mas havia um

ambiente mais familiar. Por exemplo, quandoconstruímos o quartel, realizámos várias ini-ciativas para angariar verbas e notava-se umelo muito forte entre todos.

Hoje, as pessoas já são de famílias maisdispersas e já não trabalham tão perto doquartel. Antigamente, quando tocava a sirenecompareciam quase todos, o que não aconteceactualmente, visto que as pessoas trabalhamlonge. Por isso mesmo, acabámos por evoluirpara a fase da “profissionalização”, pois umavez que os bombeiros não estão todo o dia aoredor do quartel, há a possibilidade de as

associações estabelecerem acordos de perma-nência com os seus bombeiros voluntários. Ouseja, eles são bombeiros voluntários 24 horaspor dia, mas têm connosco um contrato detrabalho de oito horas de permanência.

Para preservar o ambiente familiar quesempre caracterizou a associação, promove-

mos ainda algumas festas em datas especiais,proporcionando momentos de lazer e convívio.

Além da missão de prevençãoe protecção, a AHBVL tem um carizcultural bastante forte, por exemploatravés da actividade da banda...

A AHBVL tem sido uma espécie de núcleode convergência da população de Loures, queratravés do corpo de bombeiros, quer atravésda actividade cultural, fundamentalmente dabanda de música.

A nossa banda é uma das mais concei-tuadas do País, apresentando um magníficopalmarés, com prémios ganhos em Portugal eno estrangeiro, tendo já realizado concer-tos em diversos pontos do País. Além disso,temos uma escola de música com mais de50 jovens, sendo que muitos deles ingressarãona banda quando estiverem devidamentepreparados. Faz parte da tradição que issoaconteça no dia 1 de Dezembro.

Orgulhamo-nos de ter como maestro umadas figuras mais proeminentes das bandasde música em Portugal, o Tenente-CoronelHélio Murcho, também maestro da banda daForça Aérea.

Esta é uma actividade cultural que mante-mos com algum esforço financeiro, mas que éínfimo quando comparado com a recompensaque temos, em função da cultura que irradiae da capacidade que tem de captar os jovens.

Felizmente também contamos com o apoioda Câmara de Loures.

Que outras actividadespromove a AHBVL?

Temos ainda um ginásio onde funcionauma Academia de Dança, a classe detaekwondo e várias aulas de ginástica.

Na sua opinião, as verbasdedicadas pelo Estado ao sectordos bombeiros são suficientes?

Quer a nível central, quer autárquico, oEstado não é homogéneo quanto à atribuiçãode verbas, pois há autarquias que dão muitopouco aos bombeiros e outras, como é o casode Loures, que dão uma óptima assistência aeste sector.

Penso que nas associações de bombeirosdeve haver capacidade de gerir os meios dis-poníveis, o que nem sempre é fácil, poisestamos a falar de voluntários, que têm outrostrabalhos, pelo que não lhes resta muito tem-po para dedicar a estas funções.

Quais são os seus principais desejosquanto ao futuro dos BombeirosVoluntários de Loures?

O primeiro desejo tem que ver com ofactor humano, o que mais nos preocupa naassociação, pois gostaria que os bombeirosque trabalham em regime de permanênciafossem devidamente remunerados.

Quanto ao restante, gostaríamos de am-pliar o quartel, de modo a trazer para cá abanda de música, com o objectivo de unircada vez mais esta família.

“Quandocheguei,os Bombeirosde Loures eramcomo umaverdadeirafamília”

“O Governo temtomado importantesmedidas no sentidode debelar oproblema dosfogos florestais”

“A nossabanda é umadas maisconceituadasdo País”

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Programa Escolhas

Candidaturas em debate

O Programa Escolhas tem por objectivospromover a inclusão social de crianças e jovensprovenientes de contextos socio-económicosmais vulneráveis, tendo em conta o maior riscode exclusão social, particularmente dosdescendentes de imigrantes e minorias étnicas,visando a igualdade de oportunidades e o re-forço da coesão. Está, por isso, estruturadoem quatro áreas estratégicas de intervenção,que por sua vez correspondem a quatromedidas às quais se podem candidatar escolas,IPSS, centros de formação, associações dejovens, de imigrantes, desportivas e culturais,entre outras instituições, de modo a obteremo financiamento pretendido para os seusprojectos. São elas: Inclusão Escolar e Edu-

A Biblioteca Municipal José Saramago acolheu, no dia 10 de Outubro,uma reunião do Conselho Local de Acção Social (CLAS) com vista à validaçãodo parecer da Comissão Executiva sobre as candidaturas ao ProgramaEscolhas por parte de diversos agentes sociais do concelho de Loures.

Assuntos Sociais

cação não Formal; Formação Profissionale Empregabilidade; Participação Cívica eComunitária e Inclusão Digital, sendo as can-didaturas sempre apreciadas pelo AltoComissariado para a Imigração e MinoriasÉtnicas.

O Programa é financiado, através do Ins-tituto de Emprego e Formação Profissional,pelo Ministério do Trabalho e da SolidariedadeSocial, pelo Ministério da Educação e, atravésdo Programa Operacional para a Sociedadedo Conhecimento, pelo Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior. Os projectos po-dem ter a duração mínima de um ano e máxi-ma de três, tendo como data limite 31 deOutubro de 2009.

Dando resposta às alterações impostaspelo Decreto-Lei n.º 115/2006, de 14 de Junho,o CLAS de Loures reuniu-se, no passado dia26 de Outubro, na Biblioteca Municipal JoséSaramago, com o objectivo de apresentar aproposta de alteração ao regulamento interno.

O encontro, presidido por António Pereira,Presidente do CLAS e Vereador da CâmaraMunicipal de Loures responsável pelo pelourodos Assuntos Sociais, contou ainda com apresença de Maria de Lurdes, da AssociaçãoLuís Pereira da Mota – entidade que representaas Instituições Particulares de SolidariedadeSocial do concelho – e Ana Corte, do CentroDistrital de Segurança Social/Serviço Local deSacavém e Moscavide.

Conselho Local de Acção Social

Alteração ao regulamento interno definidaFoi também apresentado o plano de

acção para a operacionalização da nova le-gislação, de forma a que se possa proceder àtransição da organização e funcionamentodas estruturas da Rede Social, estando prevista,até final de Fevereiro de 2007, a adesão defini-tiva dos novos parceiros às Comissões Sociaisde Freguesia e Interfreguesia (CSF/IF).

Durante a sessão, foi ainda discutido oprograma de apoio e acompanhamento àsCSF/IF, assegurado pelo secretariado técnico– que terá como missão fazer o acompanha-mento regular às comissões –, e pela comissãoexecutiva – que deverá reunir mensalmentecom as comissões, de modo a proceder à moni-torização e avaliação dos processos em curso.

De 19 a 21 de Outubro, o Pavilhão Paz eAmizade foi palco do encontro “Mais queMúsica”, realizado anualmente pelo CentroCristão da Cidade (CCC). Além da actuaçãode coros e bandas nacionais e internacionais,o evento contou com a realização de seminá-rios e quem por lá passou teve ainda opor-tunidade de visitar os vários stands deartesanato e informação do Espaço Mais, oudivertir-se com a animação de rua.

O encerramento culminou com o concertodo CCC, que contou com a participaçãoespecial dos australianos Hillsong United.O Vereador dos Assuntos Sociais, AntónioPereira, o Chefe de Gabinete da Presidênciada Câmara de Loures, António Baldo, e oPresidente da Junta de Freguesia de Loures,João Nunes, não faltaram ao evento, queencheu o Pavilhão.

Não podendo estar presente, o Presidenteda Câmara, Carlos Teixeira, deixou umamensagem de boas-vindas a todos os presentese de felicitações aos pastores Mário Rui Botoe Alberto Silva, pelo magnífico trabalhodesenvolvido em prol dos mais carenciados.

Centro Cristão da Cidade

Música com mensagem

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Como é constituída a Comissãode Protecção de Criançase Jovens de Loures?

A comissão alargada é constituída porelementos representantes das várias entidadesdo concelho. Daí saem alguns elementos paraa comissão restrita, da qual fazem parteobrigatoriamente a CâmaraMunicipal, a Segurança So-cial, e um elemento represen-tante das IPSS do concelho.É importante que se constituauma equipa multidisciplinar,onde estejam representados asaúde, a educação e o direito.

Quais são as competênciasda CPCJ?

À comissão alargada cabe a promoçãodos direitos das crianças e de prevenção dassituações de perigo para a criança ou o jovem.

A funcionar desde 2003, a Comissãode Protecção de Crianças e Jovens(CPCJ) de Loures é uma instituiçãonão judiciária que visa promoveros direitos da criança e do jovem,bem como prevenir ou pôr termoa situações de risco. Em finalde mandato, a Presidenteda Comissão, Ângela Botelho,explanou à Loures Municipalo trabalho desenvolvido pela suaequipa ao longo dos três últimos anos.

Já a comissão restrita trabalha os processosde crianças em perigo, que consiste em rece-ber denúncias das situações, abrir processose fazer a avaliação, propondo medidas depromoção e protecção sempre que se justifi-que. Quando os casos não justificam a nossaintervenção, ou são arquivados ou remetidosà entidade de primeira linha.

Que acções têm desenvolvidoem termos de comissão alargada?

Temos realizado acções com as escolas,pois há muitas situações de abandono escolare de absentismo no concelho. Além disso, umavez que remetiam praticamente todos os casospara nós, sentimos necessidade de explicar qualo nosso papel, pelo que levámos a cabo acçõesde esclarecimento, tentando sensibilizar asentidades para a importância do seu trabalhono despiste destas situações.

Para denunciar casos de risco,quem pode requerera vossa intervenção?

Qualquer pessoa pode dar a conhecer si-tuações de risco, e pode fazê-lo de forma anó-nima. Em Loures, temos notado um acréscimoem termos processuais desde o início dostrabalhos da Comissão, especialmente no querespeita a denúncias feitas por particulares.

Que balanço faz do trabalhorealizado nestes três anos?

Tentamos dar sempre onosso melhor e penso que osresultados são satisfatórios.Temos uma boa equipa, refor-çada recentemente com trêselementos, e contamos com oauxílio de duas professoras, aoabrigo de um protocolo como Ministério da Educação.

O Município também temsido um parceiro muito im-portante, porque nos apoia

muito na supressão das nossas necessidades,quer em termos logísticos, quer a nível depessoal.

Ângela Botelho, Presidente da Comissão de Protecçãode Crianças e Jovens de Loures

“Qualquer pessoa pode dara conhecer situações de risco”

Entrevista

À descoberta de PortugalUma centena de pessoas de três associações

de imigrantes do concelho de Loures (Associa-ção Sociocultural da Quinta da Serra, Asso-ciação Unida e Cultural da Quinta do Mochoe Associação de Imigrantes do Templo de Shiva)visitaram, a 16 de Setembro, a vila de Óbidose o Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha.Sendo parte do projecto Viver 2006, a inicia-tiva teve como principal objectivo promover oconvívio e o estreitar de laços de colaboração evivência entre a população imigrante de diver-sas nacionalidades, dando simultaneamente aconhecer a história do país onde residem.

Brincando com o ambiente...Inserido no projecto “Falando de Ambi-

ente...”, realizou-se, nos dias 26 e 27 de Ou-tubro, na Casa da Cultura de Sacavém, umaactividade dirigida a 400 crianças e jovens,entre os 6 e os 12 anos, que frequentam escolas,associações e instituições particulares de soli-dariedade social do concelho.

A actividade, que consistiu na apresen-tação de um pequeno teatro de fantoches,teve como objectivo ensinar os mais novos aadoptarem comportamentos correctos relati-vamente à preservação da qualidade am-biental.

Acompanhadas pelo Vereador AntónioPereira, as crianças tiveram ainda a oportuni-dade de visitar uma feira do livro, patente naCasa da Cultura.

Vamos Viver 2006

Aprender a conviver

Continuam a ser desenvolvidasnovas actividades no âmbitodo projecto Vamos Viver 2006.A Loures Municipal acompanhouas duas mais recentes.

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Obras

Piscinas da Portela

A construção deste complexo, orçado em doismilhões e meio de euros, resultou de um projectoda responsabilidade da Associação de Moradores daPortela, definido há aproximadamente uma década.Com o apoio da Câmara Municipal de Loures, foilançado um concurso para a primeira fase daempreitada, tendo sido então edificada a estrutura,em betão armado. No entanto, e por razões diversas,não foi possível concluir este empreendimento.

Recentemente, foram retomados os trabalhospara a conclusão do equipamento, reivindicadohá muito pelos habitantes da freguesia, estandoprevista a sua conclusão para o início do segundosemestre de 2007.

O edifício será concluído mantendo a malha ea organização espacial da estrutura existente. As zo-nas de acesso serão ampliadas, adaptadas e enqua-dradas sob o ponto de vista urbano e paisagístico.

Assim sendo, as instalações destinadas às Pis-cinas Municipais da Portela serão independentesdas destinadas à Associação de Moradores, tendounicamente como zona comum o núcleo de acessosverticais através de elevador, constituído pelo corpode ampliação, implantado a nascente e que inter-liga os três pisos.

Para além da nave central onde ficarão insta-lados dois tanques – um destinado à competição e

Portela e Santa Iria de Azóia

Dois novos complexos de piscinasDois novos complexos de piscinasna zona orientalna zona oriental

Dotar o concelho de infra--estruturas desportivas temsido uma aposta do actualExecutivo da Câmara Municipalde Loures. Com estesequipamentos, a Autarquiaestá a contribuir paraa melhoria da qualidadede vida da população, assimcomo para a sua fixação.No que se refere a piscinasmunicipais, estão emfuncionamento no concelho,até à data, dois complexosonde os munícipes podempraticar actividades tãodiversas como natação,hidroginástica ou aquafitness,entre muitas outras.Situados em Loures e emSanto António dos Cavaleiros,estes equipamentos servemuma população de milharesde habitantes, essencialmenteprovenientes da zona norte.Contudo, e para que todospossam usufruir de taisserviços, estão a nascerna zona oriental mais duaspiscinas que irão complementara rede existente: uma naPortela, respondendo assima um projecto que dura hámais de uma década, e umaoutra em Santa Iria de Azóia,resultante de uma parceriaentre a Câmara de Loures e aValorsul. Ambos os complexosserão geridos pela GesLoures,sendo que as piscinas de SantaIria de Azóia deverão entrarem funcionamento no iníciodo próximo ano e as da Portelano terceiro trimestre de 2007.

aprendizagem, com dimensões de 25 por12,5 metros, e um outro focalizado para aaprendizagem e adaptação ao meio aquático,com uma extensão de 12,5 por 8 metros eequipado com uma rampa amovível paraacesso a portadores de deficiência – o com-plexo terá ainda como valências uma bancadacom capacidade para 174 espectadores sen-tados e três lugares para pessoas com difi-culdades de locomoção, instalações de apoioao público e atletas, zonas administrativas earrecadações gerais.

O projecto de construção deste complexoprevê a beneficiação das instalações da Asso-ciação de Moradores da Portela, a serem im-plantadas nos pisos inferiores do edifício, sendoque aí se localizarão os serviços de secretaria,secção de ginástica, sala polivalente, sala dexadrez, sala de convívio, sala de reuniões einstalações sanitárias.

A área exterior envolvente será contem-plada com zonas verdes equipadas com mobi-liário urbano e um parque de estacionamentodestinado aos utentes, com capacidade para87 veículos ligeiros, dos quais três serão reser-vados a portadores de deficiência e quatropara autocarros de passageiros.

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António Laranjo, Presidente do Conselhode Administração da Estradas de Portugal (EP),acompanhado pelos presidentes das câmarasmunicipais de Loures e de Vila Franca de Xira,respectivamente Carlos Teixeira e Maria daLuz Rosinha, inaugurou, a 2 de Outubro, aabertura ao tráfego da EN 115-5, estrada queliga o MARL à A1.

A empreitada teve como objectivo a cons-trução de uma variante ao traçado da actualEN 115-5, estabelecendo a ligação entre arotunda existente junto ao MARL e o Nó da A1//IC2, em Santa Iria de Azóia. As obras efectua-das incluem o alargamento da faixa de roda-gem, bem como a redução da amplitude dealgumas curvas da estrada, facilitando o trân-sito de pesados que diariamente por ali passam.

“Era necessário dotar o MARL de bonsacessos, proporcionando maior fluidez detrânsito e conforto aos utilizadores da via,

Os acessos ao Mercado Abastecedorda Região de Lisboa (MARL)tornaram-se mais fáceis e segurosdepois da abertura ao tráfego,no passado dia 2 de Outubro,da Estrada Nacional 115-5,troço que liga a superfície comercialà Auto-Estrada do Norte (A1).As obras de requalificaçãorealizadas nesse troço vêmresolver os problemas de circulaçãorodoviária existentes na zona.

reforçando também as medidas de segurançada mesma”, afirmou António Laranjo, queconsiderou a obra “uma aposta ganha”.

Lembrando a relevância do MARL nocontexto da Área Metropolitana de Lisboa,também Carlos Teixeira classificou a obracomo sendo “extremamente necessária”,acrescentando ainda que “o concelho de Lou-res continua a ser uma boa aposta para osinvestidores, entre outros motivos, pelassoluções de mobilidade que apresenta”.

Por seu lado, Maria da Luz Rosinha afir-mou que “esta nova ligação vem solucionaros problemas de tráfego que se têm verifi-cado na zona de Alverca, a qual sofreu umgrande impacte depois da inauguração doMARL”.

Depois da apresentação das obras de re-qualificação do troço, onde também se en-contrava o Vereador das Obras Municipais,João Pedro Domingues, seguiu-se a visitainaugural à EN 115-5. Durante a mesmafoi possível verificar as medidas de seguran-ça implementadas, nomeadamente a colo-cação de sinalização, marcadores solares eguardas de segurança adequados à via. Nestaobra, procurou-se também minimizar o ruí-do, através da implementação de barreirasacústicas nas zonas classificadas como sensí-veis, e o impacte visual das paredes de betão,pintadas de acordo com a paisagem circun-dante da serra.

Com o valor total de 12 milhões e 705 mileuros, a empreitada foi adjudicada à Cons-trutora do Tâmega e projectada pela Intercsa II.

EN 115-5 inaugurada

Melhores acessos ao MARLMelhores acessos ao MARLPiscinas de Santa Iria de Azóia

Orçada em um milhão e 400 mil euros, aconstrução da Piscina Municipal de Santa Iriade Azóia, a cargo da Valorsul, ocupará umaárea de 2800 metros quadrados.

O equipamento, integrado no ParqueUrbano de Via Rara, está em construção numterreno que apresenta uma suave inclinação,virado a Sul e com deslumbrante vista sobre oTejo.

A tipologia da piscina é a de complexopolivalente, onde, a par das práticas de apren-dizagem, treino e competição da natação, sepossam realizar actividades de carácter recrea-tivo, fisioterapia e manutenção, abrangendodiversos escalões etários.

O complexo terá como valências uma pis-cina, de dimensões de 25 por 12,5 metros comuma profundidade que varia entre os 1,2 e os2 metros, e um tanque de aprendizagem de15 por 6 metros. Será ainda composto porbancada para o público com capacidade paratrezentas pessoas, vestiários colectivos, postomédico, sala para arrecadação de material,recepção/secretaria, gabinetes de direcção, salapolivalente e instalações sanitárias, com acessodirecto a partir do hall de entrada, tanto peloexterior como pelo interior.

Este complexo será ainda servido por umaárea destinada a bar com cafetaria de apoio,com entrada independente pelo exterior, demodo a servir também os utentes do ParqueUrbano.

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Cabeço de Montachique

Nova escolainaugurada

A inauguração da escola foi festejada compompa e circunstância pela população da fre-guesia de Lousa, mais precisamente da pequenalocalidade do Cabeço de Montachique.

Há muito ansiado pela população local,este equipamento tem capacidade máxima para48 alunos do Primeiro Ciclo e 25 do Pré-Es-colar, e irá proporcionar um ensino de quali-dade às crianças.

À cerimónia inaugural, presidida por Car-los Teixeira, Presidente da Câmara de Loures,não faltaram alunos, encarregados de educa-ção e corpo docente. Também o Presidente daAssembleia Municipal, Pedro Farmhouse, o Vice--Presidente, Borges Neves, os vereadores JoãoPedro Domingues, António Pereira, RicardoLeão, José Manuel Abrantes e Anabela Pache-co, o Presidente da Junta de Freguesia de Lousa,Constantino Laranjeira, o seu homólogo daJunta de Freguesia de Camarate, Arlindo Car-doso, e Jorge Baptista, Vogal do Conselho deAdministração dos Serviços Municipalizados,quiseram assistir ao acontecimento.

No dia 18 de Setembro, a populaçãodo Cabeço de Montachique viuabrirem-se as portas da nova escolapela primeira vez para receberalunos, pais, professorese entidades locais, que nãoquiseram faltar à inauguração.

Descerrada a placa inaugural, o PadreFrancisco Inocêncio procedeu à bênção do novoespaço, seguindo-se as intervenções das en-tidades convidadas.

No uso da palavra, Carlos Teixeira agra-deceu a todos quantos acreditaram na con-cretização desta obra, salientando a grandeaposta que o actual Executivo está a fazer naárea da educação: “Aqui está a obra concluída.Ao contrário de outros concelhos, nós estamosa abrir escolas e não a fechar. Somos um con-celho com dinâmica e um dos mais jovens anível de estrutura etária. Queremos que osnossos jovens aqui se mantenham e por issoestamos a fazer investimentos com qualidade.”

“Esta foi a obra que mais me marcou como

autarca desta freguesia”, afirmou por sua vezConstantino Laranjeira, ao iniciar o seu dis-curso. “Foi uma injustiça quando as criançasdo Cabeço de Montachique foram colocadasnoutras escolas. Felizmente, conseguimosalcançar o nosso objectivo. A partir de agora,esta localidade irá ficar com um excelenteestabelecimento de ensino”, acrescentou o au-tarca.

Enquanto Albertina Neves, Presidente doConselho Executivo do Agrupamento de Es-colas n.º 1 de Loures, referia ser este “umnovo começo para as crianças do Cabeço deMontachique que há muito aguardavam pelaconstrução deste equipamento”, Laura Leitão,professora do Ensino Básico que lutou pelaedificação da escola, aproveitava para destacaros anos de trabalho partilhados com os au-tarcas locais: “Não é política do Governo cons-truir escolas pequenas. Felizmente, houvepessoas que acreditaram que era possível. Hojeagradeço a todos por entrar num espaço aoqual vamos poder dar a nossa cara”, disse.

Refira-se que o espaço, inovador na suaconstrução já que foram utilizados materiaisderivados da borracha, é constituído por duassalas de aulas para o Primeiro Ciclo e uma salade actividades para o Jardim-de-Infância.Conta ainda com uma sala polivalente onde,entre outras actividades, será assegurado o ser-viço de refeições para as crianças que o desejem;duas salas de desenvolvimento de prolongamentode horário e ATL, onde serão dinamizadas acti-vidades de enriquecimento curricular. A EB1//JI dispõe também de outros espaços, comogabinetes para pessoal docente e não docente,cozinha e sanitários gerais e adaptadas paracrianças com necessidades especiais.

Educação

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Por forma a garantir as melhores condiçõespossíveis para a prossecução das actividadespedagógicas no que se refere ao Ensino Pré--Escolar e do 1.º Ciclo – no qual as autarquiastêm responsabilidade directa –, a Câmara deLoures procedeu a intervenções significativasno parque escolar, essencialmente a nível daremodelação e beneficiação das valências edos equipamentos, assim como na construçãode novas infra-estruturas.

No que se refere à requalificação, cujostrabalhos incidiram essencialmente na mu-dança de pavimentos e caixilharia, arranjo delogradouros, construção de muros de suportee pinturas, a Câmara investiu no total maisde 410 mil euros. Os equipamentos contempla-dos a este nível foram a EB1 do Zambujal, em

Quando o actual Executivo Municipaliniciou funções definiu a áreada Educação como prioritária.Prova disso, é o investimento feitona beneficiação e requalificaçãodos estabelecimentos de ensinoum pouco por todo o concelho.O ano lectivo de 2005/06 não foiexcepção.

Obras nas escolas

Requalificaçãoem marcha

São Julião do Tojal, a EB1 n.º 3 do Bairro Mar-tins do Vale, em Unhos, e a EB1 n.º 2 de Sacavém.

Quanto à aquisição de novo mobiliário,as atenções incidiram na EB1 n.º 3 no BairroMartins do Vale, em Unhos, na EB1 n.º 2na Mealhada, em Loures, e na EB1/JI n.º 3 naVila Lorena, Fetais, freguesia de Camarate,entre muitas outras intervenções de menorimportância, tendo o total do investimentofeito nesta área ascendido aos 86 mil euros.

Mas porque também as refeições nãoforam esquecidas, o Município investiu aindacerca de 67 mil euros na requalificação dealgumas cozinhas. Neste âmbito, a EB1 n.º 2de Moscavide, a EB1/JI de Vale de Figueira,em São João da Talha, e a EB1 n.º 2 de Saca-vém foram as mais beneficiadas.

Novos equipamentosescolares

Enquanto alguns concelhos se debatem como problema do encerramento de estabeleci-mentos de ensino, em Loures o cenário é dife-rente. Nos últimos dois anos foram inauguradosdois novos equipamentos escolares: a EB1/JIdo Cabeço de Montachique (ver página 22),na freguesia de Lousa, e o Jardim-de-Infânciada Chamboeira, em Bucelas.

A funcionar desde o ano lectivo de 2005//2006, o JI da Chamboeira, orçado em 235 mileuros, tem capacidade para 25 alunos e écomposto por sala de aula, refeitório, cozinhae instalações sanitárias para crianças comnecessidades especiais.

Serviço de Apoio à Família

Contemplados mais16 equipamentos

O SAF consiste num serviço que inclui ofornecimento de refeições aos alunos dosestabelecimentos do Ensino Básico e do Pré--Escolar e no prolongamento de horário doPré-Escolar.

Com mais 16 equipamentos escolares ausufruírem deste complemento assegurado pelaCâmara Municipal de Loures, são mais cercade 1200 crianças que terão a oportunidadede aceder ao serviço de refeições.

Desta forma, estes serviços passam a serdesenvolvidos em 73 escolas do 1.º Ciclo ejardins-de-infância, o que significa uma ofertapara 1775 crianças de Pré-Escolar – cerca de

87,6 por cento da totalidade – e para cercade 5600 alunos do 1.º Ciclo, o que equivale auma cobertura de 69,1 por cento.

Paralelamente ao serviço de refeições, en-trou igualmente em funcionamento o prolon-gamento de horário em mais seis jardins-de--infância, passando o serviço a desenvolver-seem 34 destes equipamentos, abrangendo 1750crianças, ou seja 86,5 por cento das criançasque frequentam o Pré-Escolar.

Ainda para o presente ano lectivo, estima--se que outros serviços de refeições da redeeducativa entrarão em funcionamento. É desalientar o facto de os prolongamentos de ho-rários terem sido alargados, podendo as crian-ças utilizar o serviço até às 18h30, responden-do-se assim a um dos principais anseios depais e encarregados de educação do concelho.

Equipamento

Mobiliário

Cozinhas

378 246,00 €EscolasNovas

66 707,39 €

86 220,32 €

407 426,30 €

Tipo de Intervenção Investimento

Total 938 600,01

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Educação

Recepção aos Agentes Educativos

Homenagem aos professoresHomenagem aos professoresA noite de 28 de Setembro ficoumarcada pela cerimónia deRecepção aos Agentes Educativos,que este ano teve lugar numespaço privilegiado do concelho,o Museu da Cerâmica de Sacavém.

No arrancar de mais um ano lectivo, aCâmara Municipal de Loures acaba dehomenagear os professores que cessaramfunções ou que chegaram ao concelhopela primeira vez. O local escolhido para acerimónia não poderia ser mais acertado,o Museu da Cerâmica, que tem patentea exposição 150 Anos – 150 Peças, com oobjectivo de celebrar os 150 anos da fun-dação da Fábrica da Loiça de Sacavém. Foineste espaço que centenas de professorestiveram a oportunidade de assistir a umaintervenção cultural, concebida e realizadapela Divisão do Património Cultural, e cujopropósito foi recordar a vida no interiorde uma das mais importantes fábricas decerâmica do País.

Contando com a colaboração de Zefe-rino da Graça, antigo trabalhador da Fá-

brica, os técnicos municipais reconstituíramo dia-a-dia dos operários. Zeferino da Graçarecordou ainda antigos colegas, imortaliza-dos no quadro cerâmico A Enforna, que seencontra exposto à entrada do Museu.

Após a exibição, as entidades oficiais pro-cederam aos discursos, que sempre marcam areentrada num novo ano escolar. RicardoLeão, Vereador responsável pelo pelouro daEducação, deu as boas-vindas, fazendo ques-tão de salientar que a educação tem sido uma

O objectivo do programa “Escola a TempoInteiro” consiste em tornar os horários dosestabelecimentos de ensino mais compatíveiscom as necessidades das famílias, bem comogarantir que as actividades sejam pedagogi-camente ricas e complementares à aprendi-zagem das competências básicas.

Na sequência da candidaturapara a instituição nas escolasdo concelho do programa “Escolaa Tempo Inteiro”, apresentadapela Câmara Municipal de Louresao Ministério da Educação,os alunos do 1.º Ciclo do EnsinoBásico vão usufruir, já neste anolectivo, de diversas actividadesde enriquecimento curricular.

Vão poder beneficiar de actividades deenriquecimento curricular, nas quais se incluio ensino do inglês, música, actividade físicae desportiva, expressões artísticas, tecnolo-gias da informação e comunicação, cerca desete mil e 500 crianças que frequentam asescolas do Ensino Básico do concelho.

A candidatura apresentada pela CâmaraMunicipal de Loures abrange a totalidadeda rede escolar, sendo que 84% dos equipa-mentos escolares se candidataram à moda-lidade mais diversificada e com maior número

de actividades de enriquecimento curricular.Para que a “Escola a Tempo Inteiro” fos-

se uma realidade nos estabelecimentos es-colares do concelho, o Município de Lourespromoveu uma série de diligências junto dosrepresentantes da comunidade educativa,nomeadamente através da realização deprotocolos com os conselhos executivosdos 14 agrupamentos escolares, federaçãoe associações de pais e outras estruturas as-sociativas e de solidariedade social do con-celho.

área prioritária para o actual Executivo:“Vamos começar o ano lectivo e novosdesafios se adivinham. Quando iniciámosfunções definimos a área da educaçãocomo prioritária. Só para dar um exemplo,na altura existiam no concelho apenas seisrefeitórios nas escolas do Pré-Escolar e do1.º Ciclo, hoje contamos com 73.”

Por sua vez, Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara Municipal de Loures, fez umelogio “a todos aqueles que têm contribuí-do para que a educação no nosso concelhofuncione e funcione bem”. O autarca fezainda um apelo aos professores, para “quenunca deixem os nossos meninos para trás”,assumindo também ele esse compromisso.

Depois de entregues as lembranças, osconvidados visitaram a mostra patente noMuseu, e apreciaram de perto as peças mol-dadas pelas mãos dos trabalhadores da Fá-brica da Loiça de Sacavém.

Na cerimónia marcaram ainda presen-ça os vereadores António Pereira e AnabelaPacheco, assim como os presidentes dajuntas de freguesia de Sacavém e de SantoAntão do Tojal, respectivamente FernandoMarcos e João Florindo.

Enriquecimento curricular

Escola a tempointeiro arrancaem Loures

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À lupa

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Vitivinicultura

Desde os tempos mais remotos, o vinho temdesempenhado papel de relevo em quase todasas civilizações, e em Portugal tem tambémacompanhado o nosso quotidiano.

De facto, a vinha marca muita da nossapaisagem rural, toda ela de grande e variadopotencial, que vai dos diferentes tipos de vinho àsbelas e diversificadas paisagens ligadas à vinha.

Em Loures, Bucelas é uma freguesia quecontinua a manter essas mesmas característicasrurais e que tem na actividade vinícola fortestradições, pelos excelentes vinhos brancos queproduz.

A Vinha e o Vinho

Sabor a tradiçãoNestas páginas, a Loures Municipal vai mostrar-lhe como, hoje em

dia, a paisagem, ou a própria cultura associada ao “néctar dos deuses”,começam a tornar-se num produto com valor económico em si mesmo,sendo em grande parte responsáveis pela dinâmica de uma região.

O vinho está pois perfeitamente integrado nos nossos hábitosalimentares, na nossa cultura, nos nossos usos e costumes, reflectindo--se em parte importante da nossa produção artística popular.

Questões que, a par dos diversos projectos planificados pela Câmarade Loures com vista a uma política de desenvolvimento local,nomeadamente no âmbito da Rota dos Vinhos e do enoturismo, sãoingredientes essenciais ao desenvolvimento futuro desta actividade.

Por fim, convidamo-lo a visitar Bucelas, localidade detentora deuma gastronomia rica, belas paisagens e importante patrimóniocultural que vale a pena conhecer.

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À lupa

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Os primeiros povos a habitar Portugalesmagavam uvas e bebiam o seu sumo. Maistarde, os Fenícios trouxeram com eles novasmaneiras de esmagamento e conservação,deixando os Romanos, quando tomaram esteterritório, admirados com as técnicas encon-tradas para a fabricação do vinho. Nos pri-meiros séculos de existência do País, asexportações de vinho eram importantes e, comos Descobrimentos, o vinho português che-gou a todo o universo conhecido.

A fama do vinho de Bucelas é muito an-tiga e pensa-se que a cultura da vinha foiintroduzida pelos romanos. Mas o início daprojecção internacional de Bucelas data dasInvasões Francesas, devendo-se ao particularprazer que os militares ingleses sentiam embebê-lo. Conta-se que, tendo Jorge III, aindapríncipe regente, certa enfermidade, não en-controu melhor remédio que o vinho de Bu-celas, oferecido por Wellington, no regressodas campanhas de Portugal. Após a GuerraPeninsular, tornou-se habitual na corte e entreos súbditos ingleses. No tempo de Shakespeare,era conhecido pelo nome de “Charneco”, emais tarde foi também conhecido pelo nomede Lisbon Hock (vinho branco de Lisboa).

Das vinhas de Bucelas brotam uvas de

Falar do vinho de Bucelas é falar do passado, mas também do presentee do futuro. Dos romanos aos nossos dias, que este delicioso “néctar”tem evoluído ao nível de técnicas, castas e tecnologias, sendopor muitos considerado um dos melhores vinhos brancos do País.Mundialmente famoso, bebido e degustado por figuras ilustres da nossahistória, o vinho de Bucelas alcançou já o respeito merecido no sectorvinícola. Contudo, muito ainda há a fazer na promoção de uma regiãoque continua a alargar horizontes e a tentar atingir mais altos patamaresde reconhecimento.

uma casta predominante, o arinto, com quese produz um vinho único, de cor doiradacarregada, seco e delicioso. Bebe-se muito bemsozinho, mas acompanha bem saladas varia-das, pouco temperadas, marisco, peixe assadono forno, ou mesmo algumas carnes brancas.

Tendências de mercadoe oportunidades

Apesar da sua área reduzida, Portugalocupa o 10.º lugar, à escala mundial, comopaís produtor de vinho, e o 5.º à escala daUnião Europeia.

A nível nacional, a região vitivinícola deTrás-os-Montes, que inclui o Douro e Trás--os-Montes, destaca-se por ser a que maisvinho produz, tendo atingido, entre 2001 e2005, os 7,6 milhões de hectolitros. As Beiras(Dão, Bairrada e restantes regiões) aparecemem 2.º lugar com 4,9 milhões de hectolitros e,logo de seguida, a Estremadura, que inclui aregião de Bucelas, com 4,8 milhões de hecto-litros. No cômputo geral, e tendo em contatodas as regiões vitivinícolas do País (Minho,Ribatejo, Terras do Sado, Alentejo, Algarve,Madeira e Açores), entre 2001 e 2005 a evo-lução da produção de vinho não tem sofridograndes oscilações, à excepção da campanha2002/2003 que sofreu um ligeiro decréscimo,tendência acompanhada por Bucelas, comose pode observar na infografia n.º 2. Curiosa-mente, o consumo de vinho em Portugal atin-giu o seu pico nessa mesma altura, para logocomeçar a decrescer. Actualmente, a tendênciaé para uma estabilização em torno dos 45 a

50 litros por habitante e por ano, represen-tando a quarta maior capitação de consumomundial.

Apesar da fama dos vinhos portugueses,muitas vezes reconhecida em concursos in-ternacionais, o volume de exportação para osmercados mundiais é ínfimo, já que os por-

Vinho de Bucelas

Uma história secular

Info

graf

ia n

.º 1

Info

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.º 1

Evoluçãoda produçãoe consumode vinho

7790 hl

4401 hl

6677 hl

5315 hl

7340 hl

4869 hl

7481 hl

4819 hl

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

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«Loures Municipal

anos

200020012002200320042005

litros

31 68049 76239 66651 28771 88452 227

27

Vitivinicultura

Esta região, demarcada por lei desde 1911,situa-se a 25 quilómetros a norte de Lisboa,no vale do Trancão. As vinhas instalam-seem solos que correspondem às tradicionais“caeiras”, predominantemente derivadosde margas e calcários duros.De clima frio no Inverno e temperadono Verão, apresenta no entanto grandesoscilações térmicas nessa época.A casta que confere as característicasorganolépticas inconfundíveis a estefamoso VQPRD branco (Vinho de QualidadeProduzido em Região Demarcada) é a arinto.

Área GeográficaA área geográfica correspondenteà Denominação de Origem “Bucelas” abrangea freguesia de Bucelas e parte das freguesiasde Fanhões (lugares de Fanhões, Ribasde Cima, Ribas de Baixo, Barras e Cocho)e de Santo Antão do Tojal (lugares de Pintéus,Manjoeira e Arneiro), do concelho de Loures.

Castas RecomendadasCastas RecomendadasCastas RecomendadasCastas RecomendadasCastas RecomendadasArinto (pedernã), com um mínimo de 75 porcento do encepamento, sercial (esgana-cão) erabo-de-ovelha.

Características de uma região demarcada

Info

graf

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.º 3

tugueses consomem quase toda a quantidadede vinho produzido. Podemos constatar essefacto pelo gráfico, verificando que, entre2001 e 2005, Portugal produziu uma médiade 7,3 milhões de hectolitros, tendo sido con-sumidos 4,8 milhões, o que indicia que apenasuma pequena parte é exportada. De qualquermodo, os principais mercados são Angola,França, Alemanha, Estados Unidos e ReinoUnido, existindo, no entanto, provas de que ovinho luso consegue chegar a pontos aindamais distantes.

Quanto ao vinho de Bucelas, a evoluçãodo volume exportado tem sofrido algumasoscilações, analisadas na infografia n.º 3. Comuma média de 49 mil litros exportados, prin-cipalmente para Inglaterra, Estados Unidos,Angola, Bélgica e Alemanha, o volume da ex-portação do vinho de Bucelas atingiu o valormais elevado no ano de 2004 (71 884 litros),graças à excelente produção obtida nesse ano,de uma forma geral, em todas as quintas viti-vinícolas existentes na zona norte do concelhode Loures.

Mercados internacionais

No contexto actual, caracterizado pelagrande concorrência e abertura dos mercados,torna-se muito difícil competir no sector dovinho. Actualmente, os mercados procuramoriginalidade, boa relação preço/qualidade eboa apresentação das garrafas. A chave do su-cesso reside, por isso, no acompanhamento dastendências de mercado, numa boa comunica-ção e numa elaborada estratégia de marketing.

A nível nacional, é a ViniPortugal, Asso-ciação Interprofissional para a Promoção dosVinhos Portugueses, que tem por objectivofomentar e promover o sector vinícola, tantoem território nacional como no estrangeiro.Segundo Vasco d’Avillez, presidente daViniPortugal, Portugal «não tem “os melhoresvinhos do Mundo”. Não existe no marketing

esta figura dos “melhores vinhos do mundo”.Há, isso sim, vinhos de grande qualidade evinhos com grande sucesso comercial. É destaforma que se mede aquilo que é bom: produtosque têm qualidade e que têm sucesso no sectordas vendas».

No site desta entidade (viniportugal.pt)pode ler-se que a instituição “nasce do reco-nhecimento nacional e internacional do valore da qualidade incomparável do vinho portu-guês e da necessidade urgente de criação deuma imagem inovadora, se bem que respei-tadora da história e da tradição do vinho

português”. Relativamente aos vinhos de Bu-celas, Vasco d’Avillez refere que são “mais umaarma na luta que a ViniPortugal trava parapromover os vinhos de Portugal. Um dosprincipais mercados onde actuamos é o ReinoUnido, pois é onde a história do vinho deBucelas faz mais sentido e ajuda a vender oproduto”. É por isso importante “que os pro-dutores de Bucelas se aliem ainda mais àsestratégias da ViniPortugal e não esmoreçamna tarefa da promoção que nos é imprescin-dível para o sucesso nos mercados domésticoe da exportação”, conclui Vasco D’Avillez.

5511 hl

6399 hl

4853 hl5261 hl

5638 hl

5212 hl

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006

Evolução da produção do vinho de Bucelas

Info

graf

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.º 2

Exportação do Vinho de Bucelas

Características organolépticasVinhos brancosVinhos brancosVinhos brancosVinhos brancosVinhos brancosApresentam cor citrina, sabor e aromafrutados e um acídulo característicoda casta arinto. São secos, leves, e quandoenvelhecidos ganham um belo tomamarelo-dourado e aromas terciárioscomplexos. Possuem uma graduaçãoalcoólica entre 11 e 11,5%.

Vinhos espumantes brancosVinhos espumantes brancosVinhos espumantes brancosVinhos espumantes brancosVinhos espumantes brancosOs vinhos espumantes, dadasas características do vinho base,apresentam-se com aroma e saborbastante frutados, acentuada frescura,e uma bolha fina e persistente quelhes confere uma excelente qualidade.

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À lupa

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Enoturismo

Exaltar a riqueza de uma região

Com o acordo estabelecido entre a Autar-quia e as Caves Velhas, a Câmara de Loures éa nova proprietária do antigo edifício das Ca-ves Camillo Alves, situado no centro de Buce-las. Será este imóvel, construído no século XIX,que acolherá o futuro Museu do Vinho. Apos-tando numa forte componente internacionale na elevação das potencialidades económi-cas para esta região demarcada, cumprirá to-dos os requisitos de investigação, divulgação,conservação e comunicação que se esperamde um museu neste novo século.

Assente na realização de intercâmbiosinternacionais no campo da Arte, da Históriae da Etnologia, sob o grande tema da Vinha edo Vinho, pretende-se que o novo museufuncione como mais um pólo dinamizador de

O Museu do Vinho é um projecto há muito desejado para Bucelas,começando agora a consolidar-se com a aprovação, em Reunião de Câmarado dia 11 de Outubro, dos programas museológico e de arquitectura.Prevê-se que dentro de três anos esteja concluída essa plataformade promoção da actividade vitivinícola da região.

Museu do Vinho

O sonho a caminho da realidade!um turismo de qualidade. Desta forma, alémde contar com loja e espaço especialmentededicado à prova de vinhos, será constituídoainda por cafetaria, área para exposiçõestemáticas, auditório para palestras e encon-tros e por um centro de documentação comcaracterísticas de biblioteca digital, que esta-belecerá ligações com todo o mundo, estrei-tando contactos com instituições, projectos eactividades de modo a que o vinho, a produçãoe a cultura a ele associadas promovam o nomeda região e o seu reconhecimento público.

O projecto pensado para este museu, queintegrará a Rede de Museus de Loures, ultra-passa as barreiras físicas do edifício, já queserão estabelecidos diversos itinerários e liga-ções ao território de produção do vinho, con-tituindo-se em verdadeiro museu ao ar livre.

Com estas características de inovação ede aposta nas novas tecnologias do conhe-cimento e da informação, Bucelas terá no seumuseu um pólo de divulgação e de dinami-zação da região, valorizando a sua cultura,as suas tradições e a sua história multissecular.

Hoje em dia, o vinho é para muitos consi-derado não apenas uma bebida vulgar, massim um produto tradicional, repleto de história.Por isso, o enoturismo, ou seja, o “turismo dovinho”, representa, na actualidade, um veículopara que as pessoas que visitam uma regiãopossam descobrir, através do vinho, todos osseus aspectos culturais.

A Câmara de Loures tem vindo a apostarno enoturismo como forma de promover aspotencialidades turísticas da zona norte. Provadisso é a possibilidade que a Autarquia dáaos visitantes, juntamente com os produtoresvitivinícolas, de conhecerem as vinhas deBucelas, a forma de preparação e maturaçãodo vinho, de provarem a bebida nas adegas,para assim conhecerem melhor a freguesia ea sua história.

Mas Bucelas não se esgota no vinho, jáque promove outras mais-valias como a gas-tronomia, o artesanato ou ainda o patrimóniohistórico. A Loures Municipal propõe-lhe quevenha conhecer ou tão simplesmente revisitarum excelente destino turístico mesmo às portasde Lisboa.

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Vitivinicultura

Eventos

Festa do Vinho e das VindimasEm Bucelas a tradição ainda é o que era.

Por isso, no segundo fim-de-semana de Ou-tubro, continua a comemorar-se “religiosa-mente” a Festa do Vinho e das Vindimas. Noúltimo dia, destaque para o desfile etnográfico,composto por 27 carros, que percorre as ruasde Bucelas relembrando as vindimas de outros

tempos. O ciclo do vinho, desde a “surriba”,momento em que a terra é cavada para rece-ber a vinha nova, até à taberna, local ondese comercializa o produto final, passando pe-las árduas tarefas de trabalhar a videira sobo sol de Bucelas, está presente nos carros quecompõem o desfile (ver páginas 36 e 37).

Existem actividades relacionadascom a viticultura que, emboraem vias de extinção, continuama resistir no concelho de Loures.A cestaria, a latoaria e a tanoariasão artes com história que jáviveram tempos áureos e queagora devem ser preservadas.

Cestaria, latoaria e tanoaria

Artes com história

A cestaria é arte que utiliza o vime comomatéria-prima para elaboração, por exemplo,de cestos de arco para as colheitas ou para assebes dos carros de bois. Em Bucelas, LauraPaulino é a única artesã que ainda resiste aoandar dos tempos e que se dedica à cestaria atempo inteiro. “Comecei a trabalhar aos15 anos.Nessa altura apenas empalhava garrafões e hojefaço de tudo um pouco”, afirma satisfeita. Fo-mos encontrá-la na Festa do Vinho e das Vindi-mas, evento onde participa desde o início e emque dá a conhecer aos visitantes como se traba-lha o vime com saber e mestria: “As pessoas gos-tam muito de ver, mas infelizmente não há quemqueira trabalhar nesta arte. Já eu, faço distoa minha vida porque a reforma, só, não chegae também porque não gosto de estar parada!”

A latoaria é outra arte com pouca expres-são no nosso país. No concelho de Loures,Francisco Boleto é o artesão responsável pelofabrico de funis, baldes, cântaros e regadores.

Mas, imagine-se, só há quatro anos é que secomeçou a interessar por esta arte. “Enquantoa maior parte das pessoas já não liga à latoa-ria, eu quis enveredar por esta área com re-ceio que, de aqui a alguns anos, não existissemvestígios dela. Hoje, peço que me tragamobjectos antigos e, a partir daí, faço réplicasque depois exponho em diversos eventos.”

Por seu lado, a tanoaria é uma arte an-cestral que está, desde sempre, associada àsterras onde se produz vinho. Em Bucelas é jáparte integrante da memória e da cultura dopovo. José Quintão, ou “Zé Espiga” como émais conhecido, 46 anos, dedica-se a esta artedesde criança e é ali na sua oficina, no centroda vila, que passa o tempo a construir barris,pipas e tonéis: “Desde miúdo que acompa-nhei o meu pai neste ofício, mas só a partirdos 23 anos é que comecei a dedicar-me àtanoaria mais a sério”.

Mesmo assim, “Zé Espiga” é dos poucosartesãos que continuam a desafiar as exigên-cias dos tempos modernos, dando forma aostípicos barris de maneira totalmente artesa-nal. Só lamenta que os métodos tradicionaisnão sejam os preferidos pelos produtores daregião: “Os produtores compram barris já fei-tos, às centenas. O meu tipo de cliente é oconsumidor final ou o pequeno cliente queresolve fazer, por exemplo, 100 litros de vinho”.Enquanto isso, José Quintão continua de por-tas abertas a quem o quiser visitar e a de-monstrar o seu empenho e amor por um ofícioque, em Bucelas, resiste às inovações dostempos modernos.

Rota dos Vinhos de Bucelas,Carcavelos e Colares

A Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelose Colares é já um clássico no concelho deLoures. Criada em 2003 para divulgar a tra-dição vitivinícola de uma região que dispõede um conjunto de factores favoráveis à di-namização do enoturismo, a rota é ainda umpretexto para saborear o afamado vinho daRegião Demarcada de Bucelas e visitar os pro-dutores associados ao projecto. Dela fazemparte a Câmara Municipal de Loures e quatroprodutores de vinho de Bucelas: Francisco Cas-telo Branco, Quinta da Romeira, Caves Velhase António Paneiro Pinto.

Ao participar nesta rota, poderá passearpelas quintas de produção vinícola existen-tes na freguesia de Bucelas, conhecer a vinha,visitar caves e adegas, participar em provasde vinho e até levar consigo, como recordação,o chamado “néctar dos deuses”.

No percurso ganham também destaque oartesanato, a gastronomia e o turismo rural,que permitem aos visitantes melhor conhecera região, as suas gentes, desenvolvendo egerando, assim, riqueza nas regiões.

Para se increver basta contactar cada umdos produtores vitivinícolas (ver páginas 30 e31). Mais informações em cm-loures.pt/aa_economiaRotaVinhos.asp

Rota dos Vinhos, do Queijoe do Património

Mas as opções não se esgotam por aqui.Também a Rota dos Vinhos, do Queijo e doPatrimónio pode proporcionar agradáveismomentos de lazer. Esta antecede a Festa doVinho e das Vindimas e, ao longo do percurso,os visitantes têm oportunidade de conhecermonumentos diversos, capelas e museus, cavesdos vinhos de Bucelas, quintas vitivinícolas, eainda de visitar a Montiqueijo, empresa dafreguesia de Lousa, produtora de queijos comleite proveniente das melhores origens.

Os passeios terminam por norma numrestaurante da zona de Bucelas, onde não faltaa ementa típica saloia, acompanhada, claroestá, por um bom vinho da região.

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À lupa

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As Rotas do Vinho permitem aos visitantes contactar mais de perto com o mcada região, através da divulgação do seu património paisagístico, arquitectajudam no combate à desertificação e na resolução de alguns dos problemapapel importante como impulsionadores da dinâmica económica de uma regiimportantes vectores do enoturismo e pilares da Rota dos Vinhos de Bucela

1.º DiaAntes de começar a seguir o nossoitinerário, instale-se naquele que seráo seu local de eleição para descansar.A Quinta do Boição, em Bucelas, de carizsenhorial, implantada numa atmosferatipicamente rural, é a nossa escolha.Aqui poderá passear num grande jardime pomar, usufruir da piscina,do court de ténis e do picadeiro coberto.Comece agora a sua descoberta. Inicie oseu périplo pela freguesia de Lousa e visitea fábrica Montiqueijo. Não quer perder aoportunidade de aprender como se fazemos melhores queijos saloios da região, poisnão? E já que aqui está, dê um “saltinho”à Igreja Paroquial de São Pedro,classificada como Imóvel de InteressePúblico. Um templo de linhas simples,restaurado no século XIX. Acabe o seu diano Mercado Abastecedor da Regiãode Lisboa, em São Julião do Tojal,centro logístico e de abastecimentoagro-alimentar de cem hectares, ondeencontrará produtos de alta qualidade.

2.º DiaSiga agora em direcção ao CentroEquestre da Quinta da Amorosa, emBucelas. Demore-se um pouco e aproveitepara admirar este magnífico espaço,desfrutando ainda de um agradávelpasseio a cavalo. Continuando porBucelas, não deixe de visitar a Enotecadas Caves Velhas e aprecie aí os sabores

A zona norte do concelho de Louresconstitui um verdadeiro póloturístico por descobrir, oferecendoum conjunto diversificado demotivos de interesse. Se quiserpassar um fim-de-semanaprolongado, longe do reboliçoda cidade, e trazer na memóriaimagens únicas e novasexperiências, siga os nossosconselhos e parta em buscada satisfação plena dos sentidos.

Programa para três diaspela zona norte do concelho

Por entrepaisagense gentes únicas

Francisco Castelo BrancoActualmente encontra-se em produçãouma área de dez hectares, plantada em 1989,sendo a colheita de 1994 a primeira que tevedireito a menção D.O.C – Denominaçãode Origem Controlada. Em 1998, foramplantados mais três hectares de arinto e detouriga nacional para vinho tinto regional.Quinta da MurtaApartado 7362671-601 BucelasTelefone: 21 968 08 20Fax: 21 968 08 23

Caves Velhas – CompanhiaPortuguesa de Vinhosde Marca, Lda.A empresa tem vindo a reforçar o seuportfólio de vinhos de qualidade, oferecendoao público consumidor produtos das diversasregiões vitivinícolas do País, incrementandoa oferta de vinhos da Estremadura.Caves VelhasRua Professor Egas Moniz2670-653 BucelasTelefone: 21 968 73 30Fax: 21 968 09 05

O que visitar

BucelasIgreja Matriz de BucelasIgreja de Nossa Senhorada PurificaçãoCapela de Nossa Senhora da PazNúcleo Museológicoda BempostaCentro Equestre Quintada AmorosaEnoteca das Caves VelhasPedra da MemóriaCoretoChafariz

Lousa

Fanhões

Santo Antdo Tojal

Chamboeira

Freixial

Vila Nova

Casainhos

SalemasPonte

de Lousa

Santo Antão do TojalPalácio dos ArcebisposFonte MonumentalIgreja MatrizAquedutoChafarizCruzeiro

São Julião do TojalIgreja ParoquialPonte sobre o rio Trancão

FanhõesIgreja de S. SaturninoAnta de CasainhosFortes das Linhas de TorresLavadourosParque Municipal doCabeço de Montachique

LousaIgreja de S. PedroFonte das EscadinhasCapela do Espírito Santo(Ponte de Lousa)Grutas (Salemas)

Qta.

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Vitivinicultura

mundo rural. Além disso, contribuem para a preservação da autenticidade detónico e museológico, do artesanato, da gastronomia, ao mesmo tempo queas das zonas rurais. Neste âmbito, os produtores desempenham também umião. Cumprindo regras relativas ao processo de fabricação, assumem-se comos. Vamos, então, conhecê-los melhor.

dos vinhos de todo o país, com destaquepara os da região vinícola de Bucelas.Antes de deixar a vila, propomos-lheque contacte com os saboresda gastronomia saloia: um bacalhausaloio, um coelho na caçoila ou unsarrepiados de amêndoa, que de certezalhe vão deixar boas recordações.À tarde, vá até Santo Antão do Tojal,freguesia onde não faltam motivosde interesse. Contemple o Palácio dosArcebispos, a Fonte Monumental, a IgrejaMatriz, o Chafariz do século XVIII,e termine junto ao Aqueduto, o ex-líbrisdesta localidade. Tem dois quilómetrosde comprimento e assentesem mais de 90 arcos.

3.º DiaComece um novo dia em Fanhões e sigaem direcção ao Parque Municipaldo Cabeço de Montachique, que oferecemúltiplas alternativas de lazer:um agradável passeio no circuitode manutenção, observação de espéciesanimais e vegetais, entre outras. Termineeste roteiro de fim-de-semana por Bucelas,terra de aldeias e vilas saloias e de quintasprodutoras de vinho. Por isso, aproveitepara ir até à Quinta da Romeira.Casa nobre, adega moderna, salas derecepção e refeições, capela e jardins sãoos seus principais motivos de interesse…além da prova de vinhos, é claro!Não vá embora sem antes visitaro Núcleo Museológico da Bemposta,um espaço que nos devolve as memóriase as raízes de um povo que temmuitas histórias para contar.No final, arranje tempo para ir atéà Capela de Nossa Senhora da Paz,um pequeno templo setecentista.À entrada, do lado direito, observea sepultura do primeiro capelão.De caminho, compre uma peçade barro, um vitral ou um quadro,peças comercializadas pelos própriosprodutores da vila de Bucelas e,se a curiosidade o entusiasmar,passe pela oficina do tanoeiro e tragaum pequeno barril de recordação.

Nota: Alguns destes locais só poderão servisitados mediante marcação prévia. Paramais informações, contacte o Gabinete deTurismo da Câmara de Loures, através damorada, Rua dos Combatentes da GrandeGuerra, n.º 6, 2.º, 2670-426 Loures, do te-lefone 21 982 98 95 ou do [email protected]

António João Paneiro PintoAntónio João Paneiro Pinto, bisnetode António Joaquim Pinto Júnior e de JoãoCamillo Alves – ambos produtores de vinhode Bucelas no século XIX – iniciou a produçãoem 1993, após ter recebido em herançaa pequena quinta do Chão do Prado.Nos oito hectares de que dispõe actualmente,produz vinho branco e espumante secocom denominação de origem controlada,comercializados com a marca Chão do Prado.Chão do PradoEstrada de SantiagoApartado 7362670-678 BucelasTelefone: 21 968 05 57

Sociedade Agrícola Quintada Romeira de Cima S.A.Desde 1987, a Quinta da Romeira desenvolveum projecto vitivinícola que teve um papeldecisivo na recuperação do prestígio do vinhode Bucelas. O sucesso do Prova Régia, aprimeira marca lançada no mercado (1992),evidencia bem a elevada qualidadeda casta arinto e dos vinhos de Bucelas.Quinta da RomeiraApartado 7362670-678 BucelasTelefone: 21 968 73 80Fax: 21 968 73 98

Onde comer

A ForjaPraça Tomás José Machado, n.º 62670-672 BucelasTel.: 21 969 41 78Horário: 10h00 às 16h00 e das 19h00 às 24h00Encerra à segunda-feira ao jantar.

Barrete SaloioRua Luís de Camões, n.º 28-A a 30-A2670-662 BucelasTel.: 21 969 40 04Fax: 21 968 70 45Horário: 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h00Encerra à segunda-feira ao jantar e terça-feira.

Retiro do RaposoRua Vasco da Gama, n.º 322670-633 BucelasTel./Fax: 21 969 41 09Horário: 12h00 às 22h00Encerra à quarta-feira.

O TibérioEstrada Nacional 116 Quinta Nova2670 BucelasTel.: 21 969 40 86Fax: 21 969 39 21Horário: 12h00 às 15h30 e das 19h00 às 22h00Encerra domingo ao jantar e segunda-feira.

Bucelas

tão

São Juliãodo Tojal

1.º Dia

2.º Dia

3.º Dia

Bemposta

Alrota

Vila de Rei

a Quintado Boição2670-132 BucelasTel.: 21 968 80 40

Onde dormir

Nova

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À lupa

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Quando chegamos ao vale da ribeira doBoição, em Bucelas, deparamo-nos com umcenário idílico. Mal a Quinta da Murta abreportas e logo entramos num mundo de tran-quilidade e harmonia, mesmo às portas de Lis-boa. Os 13 hectares de vinha, que dão origem,anualmente, a 90 mil garrafas de vinho de

António Paneiro Pinto pertence a uma dasmais antigas famílias produtoras de vinho deBucelas. É também um dos produtores maispequenos, mas nem por isso o que coloca menosvinho engarrafado no mercado. Diz ainda, comorgulho, que “muitas inovações nasceram aqui.Até 1990, o que existia era o Bucelas de sempre,tendo sido o primeiro a produzir espumante ea introduzir a colheita tardia, vinho produzidoa partir de uvas com sobrematuração”.

É precisamente nas inovações que AntónioPaneiro Pinto continua a apostar. Há dois anosinvestiu numa sala de provas com serviço derestauração e garrafeira para ajudar a divul-gar o vinho Chão do Prado: “Durante algunsanos, uma parte da produção era vendidaa três clubes. Era fácil, cómodo e divulgava omeu nome. Decidi, entretanto, voar mais altoe estou muito satisfeito com este projecto.Vendo muito vinho e estamos a fazer um ópti-mo trabalho de divulgação. O próximo passoé aumentar a presença do Chão do Prado narestauração.”

Questionado sobre o que seria preciso fazerpara ter uma marca sua na prateleira de umhipermercado, Paneiro Pinto confessa que a“lógica dos hipermercados” não é a sua “lógicanatural. Tenho contrato com dois mas não tem

Quinta da Murta

Spa vinícola reforça oferta

Chão do Prado

Inovar e crescer com qualidade

Bucelas, compõem o cenário que FranciscoCastelo Branco, proprietário, deseja ver, dentrode dois anos, visitado por centenas de turistas.A terapia através do vinho é o mote para aconstrução de um hotel rural de charme comspa vinícola. “A ideia surgiu após termos cons-truído a nossa própria adega e uma sala de

eventos, no âmbito da Rota dos Vinhos, o quenos ajudou a perceber melhor as potencial-idades turísticas deste espaço.” Daí até à ideiade fazer um spa vinícola, foi muito rápido:“Já vimos o exemplo desta actividade emFrança e em Espanha e está provado que trazbenefícios para a saúde, além de ser um com-plemento muito interessante para rentabili-zar este tipo de quintas.” A vinoterapia consistenum tratamento corporal à base de extractosde uva e óleos derivados que ajudam a relaxar.

No projecto do empreendimento está pre-visto, além da construção de um hotel com30 quartos, que incluirá restaurante, sala deeventos, piscina, loja de vinhos, sala de provase spa, um conjunto de moradias que irão com-plementar este aldeamento turístico centradoà volta do vinho, destinado, principalmente,às classes alta ou média alta. “Temos de tirarpartido de estarmos apenas a 20 minutos deLisboa. Se mantivermos contactos com hotéisou agências turísticas, podemos trazer até cáum grupo de turistas que tenha uma tarde livre.Tenho a certeza que este projecto será muitobem recebido, pois pelo mundo inteiro há umaprocura muito grande pelo turismo ligado aosvinhos”, concluiu o proprietário.

corrido muito bem. Acho que não sou o tipo deprodutor mais adequado, talvez por ter umaprodução pequena e variada”.

Só a partir do próximo ano é que PaneiroPinto vai começar a exportar para o merca-do inglês. “Foi onde apareceram as melhorescondições e os contactos mais fáceis”, afirma,satisfeito. Mas por quê só agora? “Gosto de

trabalhar com os pés bem assentes na terra.Quando recebi estas vinhas do meu pai, reestru-turei-as, remodelei a adega dos anos 20 quepertenceu ao meu avô, tenho stocks de vinhopara vários anos e, neste momento, é que mesinto preparado para me aventurar no mercadoexterno. Agora tenho uma plataforma de ondeme posso lançar com alguma segurança”.

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Vitivinicultura

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A Quinta da Romeira é a maior quintavinícola da região de Bucelas. Em 70 hectaresde vinha produz, anualmente, 200 mil litrosde vinho. Segundo Manuel Rocha, director--geral, “este vai ser um ano de grande qua-lidade. Nesta quinta a procura é maior doque a oferta. Nunca temos vinho suficiente”.

Os vinhos da Quinta da Romeira são dis-tribuídos em todas as grandes cadeias dehipermercados, supermercados, armazéns decash and carry e também nos armazenistasde vinhos, que depois os distribuem pela restau-ração. Quanto aos mercados externos, a expor-tação faz-se principalmente para os EstadosUnidos, Canadá, Bélgica, Holanda, Noruegae Angola. Para Manuel Rocha, “o vinho deBucelas faz parte das preferências dos enten-didos de vinho. Sei que é uma região muitoespecial e que nem todos a conhecem, mas osque conhecem, não tenho dúvidas que se tor-nam amantes incondicionais”.

No âmbito da Rota dos Vinhos, ManuelRocha afirma que a Quinta da Romeira tem

Produzem o afamado vinho de Bucelas etêm sede nesta região. Contudo, atenta à evo-lução dos mercados, a empresa partiu de Buce-las à conquista de outras regiões demarcadas,e hoje está representada no Dão, Douro, Estre-madura, Ribatejo, Palmela e Alentejo, sendouma das maiores produtoras e engarrafadorasde vinho.

Actualmente, sob um processo de rees-truturação interna, as Caves Velhas passarama fazer parte do grupo ENOPOR. Maria JoséViana, administradora da ENOVALOR Agro-Turismo S.A., umas das empresas do grupo,gestora de todas as propriedades agrícolas e

Caves Velhas

A excelência na produção vinícola

Quinta da Romeira

Qualidade é a chave para um futuro de sucessovindo a colher alguns frutos: “Há muitas pes-soas que nos procuram e que querem provaros nossos vinhos. Temos, inclusive, uma lojaonde podem comprar bons vinhos. Recebemosgrupos e promovemos encontros e conferên-cias. Penso que temos uma boa plataforma dedivulgação dos nossos produtos.”

Em relação a investimentos recentes, odirector-geral da Quinta da Romeira avançaque está a apostar numa nova linha de enchi-mento, automatizada, com maior capacidade,e que “vai permitir um engarrafamento comum nível de qualidade altíssimo”.

Quando questionado sobre como podemos vinhos de Bucelas competir com as marcasconcorrentes que emergem nos mercados,Manuel Rocha é peremptório: “Pela qualidade!Enquanto a mantivermos e procurarmos elevar,a imagem do vinho de Bucelas está garan-tida.” O mesmo acontece com a concorrêncianos mercados externos: “Não precisamos deter medo, porque os vinhos portugueses estãoà altura dos melhores vinhos mundiais.”

do complexo das Caves Velhas, adianta aindaque o vinho de Bucelas “tem um óptima pene-tração no mercado. É mesmo considerado umdos melhores vinhos brancos portugueses,sendo muito conhecido em todo o mundo.De facto, não há excesso de produção. Todosos litros produzidos são comercializados”.

João Vicêncio, enólogo responsável pelasvinhas do grupo, refere que as Caves Velhaspossuem 32 hectares de vinha, mas que “meta-de está em reestruturação. Dos 16 hectaresque estão em produção, quatro produzem umRegional Estremadura Quinta do Boição Tin-to, e os restantes, vinho branco de Bucelas e

espumante com denominação de origem con-trolada”.

Maria José Viana acredita que é precisofazer sempre mais para afirmar o produtodesta região: “A Rota dos Vinhos foi umaboa aposta nesse sentido, mas poderia haveracordos com outras autarquias e com hotéis,de modo a trazer turistas para esta zona”,sugere. “Pelo nosso lado, com a Enoteca jáimplementamos acções desse género.” Inau-gurada em Setembro de 2004, a Enoteca é,nada mais, nada menos, que um espaço cons-tituído por uma área de venda, zona de estare sala de prova e degustação de vinhos detodo o país, com destaque para os vinhos daregião de Bucelas. Aqui, os visitantes pode-rão adquirir vinhos de grande qualidade eaté mesmo comprar diversos acessórios.

De acordo com Maria José Viana, “a Eno-teca tem assistido a um incremento de ven-das, em grande parte devido à tentativa detrazer até cá grupos de turistas para visita-rem as vinhas e provarem os vinhos. Alémdisso, realizamos cursos de iniciação ao mun-do dos vinhos. Explicamos como é feito, téc-nicas associadas, como deve ser degustado,entre outras temáticas”.

Com um atendimento personalizado, edisponibilizando a todos os visitantes ofertasdiversificadas no âmbito cultural e turístico,a Enoteca é já uma referência em Bucelas e umespaço comercial que se diferencia dos demais.

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À lupa

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Quais as competências da CVRBCC?

A principal competência é certificar os vi-nhos. Depois de o vinho ser feito há uma análisefísico-química e uma análise organolépticapara verificar se está dentro dos parâmetroslegais estabelecidos e se tem qualidade sufi-ciente para levar a Denominação de OrigemControlada (DOC). Depois, compete-nos disci-plinar a produção desses vinhos, a aplicaçãoda respectiva regulamentação, a vigilância pelocumprimento da mesma, bem como o fomentoda sua qualidade e a promoção dos vinhos.

Além disso, devemos realizar vistorias e procederà colheita de amostras em instalações de vini-ficação, selar os produtos, podendo ainda teracesso à documentação que permita verificaro cumprimento dos preceitos comunitários enacionais relativos às DOC Bucelas, Carcavelose Colares.

Que tipo de acções promocionaisestão a ser feitas?

Neste campo, a comissão enfrenta gran-des dificuldades, devido aos seus rendimentosserem muito reduzidos. No entanto, todos osanos damos apoio à Festa do Vinho e das Vin-dimas, servindo de veículo à Junta de Freguesiade Bucelas e à Câmara Municipal de Lourespara entrar em contacto com os produtores.

Em 1998, por intermédio da Câmara, acomissão vitivinícola integrou, como parceiro,o projecto comunitário Vinest, um projectoque promove trocas entre pequenas áreas euro-peias de vinho com o objectivo de fomentare realçar a variedade dos seus vinhos, terras eculturas, e do qual faziam parte as regiõesvitícolas da Sardenha, Alemanha de Leste,Grande Canária, Sul da Áustria e Bullas (Mur-cia). Neste âmbito, participámos numa provade vinhos das várias regiões, e o vinho brancode Bucelas foi mesmo considerado um dos me-lhores. A ViniPortugal também costuma pro-mover provas de vinho na Sala Ogival, emLisboa, e, sempre que possível, gostamos demarcar presença com os vinhos de Bucelas.

Por fim, existe ainda a Rota dos Vinhos,um excelente projecto para promover as poten-cialidades turísticas da zona norte do conce-lho de Loures.

A Rota dos Vinhos é um bom exemplode como dinamizar uma regiãoque vive dos vinhos?

Sim, sem dúvida, mas a Rota dos Vinhossó funciona se os produtores participarem ecriarem condições para que esta evolua. É tam-bém muito importante que haja uma interli-gação com os restaurantes da região, de modoa que tenham nas suas prateleiras os vinhosde Bucelas e ao mesmo tempo promovam agastronomia. De facto, a Rota dos Vinhos éum óptimo veículo para a captação de inves-

timento turístico. Além de ser um circuito porentre quintas e adegas ligadas à produção devinhos de alta qualidade, anexa ainda o patri-mónio histórico e artístico, a gastronomia, osatractivos paisagísticos, etnográficos e culturaise o turismo de habitação. Era muito bom quefosse possível aliar à Rota o futuro Museu doVinho. Este sim, seria um grande pólo dina-mizador da região e uma forma de “catapul-tar” Bucelas para outras paragens. Podiafuncionar como um espaço para exposições,ter uma sala de provas onde se pudessem mi-nistrar cursos de provas e até mesmo uma lojacom vinhos e artesanato.

Como vê o facto de o Governoquerer reduzir para metadeo número de comissões vitivinícolas?

Estou de acordo com a sua redução. Existeuma série de comissões vitivinícolas regionaisque não têm condições orçamentais que lhespermitam assumir os encargos inerentes aoexercício das suas funções. Penso que será umaforma de aumentar a qualidade do seu desem-penho, garantindo uma melhor qualidade dosprodutos. Além disso, poderá haver uma maiordinâmica em termos de marketing, já queos vinhos de uma região poderão com maisfrequência integrar exposições internacio-nais e eventos do género. Essas são as princi-pais vantagens. Por outro lado, penso que aCVRBCC, ao integrar a Comissão da Estrema-dura, ficará mais longe do produtor e dassuas reais necessidades.

Como é feita a implantaçãode um vinho no exterior?

As feiras internacionais são um bom veí-culo. As pessoas que frequentam essas feiras,eventualmente, poderão provar o vinho, gos-tar, e acabam por contactar, muitas vezes, osprodutores para depois fazerem um negócioprofícuo para ambas as partes.

O vinho de Bucelas já é conhecido comoum vinho de grande qualidade. E o importantenuma marca que atinge um determinado nívelde qualidade é mantê-lo. A partir desse mo-mento, vai-se impondo a pouco e pouco e,com naturalidade, estabelecendo-se nos di-versos mercados.

Oliveira Rodrigues ––––– Presidente da CVRBCC

“O Museu do Vinho será umgrande pólo dinamizador”

Em Loures, é a Comissão VitivinícolaRegional de Bucelas, Carcavelose Colares (CVRBCC) que tem comoobjectivos assegurar uma maiorcoordenação, responsabilizaçãoe capacidade de actuação,nas áreas da certificaçãoe promoção dos produtos regionais.Oliveira Rodrigues, Presidenteda CVRBCC desde 1994, ano emque a comissão foi constituída, éum dos responsáveis pela vitalidadeque, ainda hoje, a regiãovitivinícola de Bucelas despende.A revista Loures Municipal quissaber mais sobre o trabalho dacomissão na promoção do vinhode Bucelas, maiores dificuldadese preocupações e desejos paradinamizar uma região que pode,com toda a certeza, ser consideradaum “santuário do vinho branco”.

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Vitivinicultura

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Exame visualObserve o vinho, utilizando uma luzrazoavelmente boa, contra uma super-fície branca. Deverá então observar a cor,a limpidez e a efervescência.

… nos consumidores conhecem-se três categoriasdistintas: o que vê o vinho como uma simplesbebida de bom preço e de um gosto simples;o amador que considera o vinho uma bebida deencanto e procura um equilíbrio entre o preço ea qualidade; o conhecedor para quem o vinhoé o início de uma garrafeira e para o qual adenominação, a colheita e o produtor são maisimportantes que o preço.

… os vinhos com direitos a DOC são aprovadospela Comissões Vitivinícolas (CVR) – se existemregras geográficas, controlo físico-químico,sensorial, de castas, de técnicas utilizadas,rendimentos de uva, valor da riqueza alcoólica.Após estas verificações, é atribuído um selo degarantia à quantidade de garrafas aprovadaspela respectiva CVR.

… na relação do vinho com as iguarias, a tra-dição pouco funciona. Nem sempre os vinhosbrancos servem os mariscos e os peixes, nem osvinhos tintos, consumidos à temperatura am-

AgitarAgite o copo com um cuidadoso movimentocircular, de modo a permitir a libertação de aromas.Quando parar a agitação veja se existem lágrimasa escorrer pelas paredes do copo (podem dar umaindicação sobre os teores de álcool e açúcar dovinho).

AromaAgite novamente o copo, aproxime o nariz e inspireprofundamente. Tente encontrar no conjunto dearomas alguns que lhe sejam familiares.

ProvarColoque na boca uma quantidade razoável de vinho.Role o vinho suavemente na boca, de forma aatingir as papilas gustativas de forma uniforme.Defina o sabor do vinho. Inspire pela boca, fazendoo ar atravessar o vinho e expire pelo nariz. Os aromasdetectados desta forma constituem o aroma deboca. Ao conjunto de sensações detectadas na bocae por via retro-nasal, no nariz, chama-se paladar.

Todos podemos ser provadoresde vinho. Com maior ou menorhabilidade, basta apuraros sentidos. Por isso,damos aqui uma ajuda.Antes de mais, utilize os coposindicados para este fim,denominados “copos de péalto”, transparentese o mais finos possível.

Saber Provar

Guia prático

Vinhose gastronomiaConvém não esquecer que a escolhado tipo de vinho de acordo como prato servido é fundamental.Na actualidade, novas tendênciasdefendem que seja dado ao consumidora liberdade para criar, na selecçãodo vinho para acompanhara refeição, a harmonia perfeita.Os exemplos que apresentamos sãoos normalmente praticados na regiãoda Estremadura, devendo apenasser encarados como sugestões.

Saladas: BrancosMassas: BrancosMarisco: BrancosPeixe: BrancosCarnes Vermelhas: TintosQueijo Suave: TintosQueijo Forte: Brancos

Temperaturas recomendadas:

Vinho verde: 8-10ºCBranco: 10-12ºCBrancos encorpados: 12-14ºCTintos leves: 14-16ºCTintos: 16-18ºCMoscatel: 10-12ºC

biente, são os vinhos que melhor se adaptamaos queijos e à carne. O tipo de confecção, atextura da iguaria, a profundidade e tempera-tura da mesma ajudam a definir os tipos devinho mais aconselhados.

… se costuma dizer que o vinho tem um apogeu,a idade adulta, o momento em que deve serconsumido. Um grande vinho é jovem nos 3, 4primeiros anos, mas isso depende das regiões,colheitas e do processo de elaboração. Quandose pretende escolher um vinho para a nossagarrafeira, esse apogeu não pode ter sido atin-gido. Contudo, não há regras.

… é no bago que está o segredo para a elabo-ração de um vinho. As razões estão na suaconstituição. A grainha abandona-se, à pri-meira vista a polpa representa toda a água e osácidos existentes, e é na película que residemtodos os aromas e toda a matéria corante.

… ao avaliar os vinhos, o consumidor agita ocopo para oxigenar o produto. Isso aumentaos aromas possantes embora reduza a elegância

e a complexidade. Hoje, face às temperaturasque se utilizam no consumo dos vinhos, deixar atemperatura aumentar permite avaliar melhoraromas frutados e menos os aromas do álcool edos vegetais que, por serem mais grosseiros,ocupam todo o espaço olfactivo.

… os consumidores testam mais vezes os queijoscom vinhos tintos, mas face à complexidade demuitos vinhos brancos e às sensações acídulasque apresentam, eles criam contrastes maisagradáveis. Os vinhos brancos em que a películaé macerada e a fermentação se realiza emmadeira, têm mais corpo e maior capacidadepara iguarias mais complexas, peixe ou carne.

… as mulheres são mais sensíveis que os homensao ingerir a mesma quantidade de álcool.A taxa de álcool no sangue é sempre superiorpara elas. O corpo feminino contém 65% delíquidos contra 70% nos homens. Ao peso igual,o volume de álcool ingerido é mais bem diluídono homem. Por outro lado, o homem é tenden-cialmente mais pesado e isso aumenta o volumedo líquido no seu corpo.

Sabia que…

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Eventos

Festa do Vinho e das Vindimas

Partilha de culturase tradições

Entre os dias 13 e 15 de Outubro, a vila de Bucelas engalanou-se e,mais uma vez, celebrou a tradição, oferecendo aos visitantes variadasactividades culturais.

A Festa do Vinho e das Vindimas iniciou-se, assim, com grandealegria, com a actuação do grupo “Banda 4”, que animou a noite aquem quisesse divertir-se e aproveitar para dar um “pezinho” de dança.A abertura oficial das Festas foi no dia 14, com Carlos Teixeira, Presidenteda Câmara de Loures, a marcar presença acompanhado por PedroFarmhouse, Presidente da Assembleia Municipal, Borges Neves, Vice--Presidente da Câmara de Loures, pelos vereadores Ricardo Leão, AntónioPereira, António Pombinho e Paulo Guedes da Silva, e pelos presidentesdas juntas de freguesia de Bucelas, Santo Antão do Tojal e Camarate,Tomás Roque, João Florindo e Arlindo Cardoso, respectivamente.

No discurso inaugural, Tomás Roque fez questão de salientar aimportância do evento, referindo que “Bucelas e toda a nossa culturamerece que permaneça na memória de todos”. Carlos Teixeira saudou

Música, bailes, desfiles, mostras vitivinícolase exposições. De tudo isto se fez mais umaedição da Festa do Vinho e das Vindimas.Bucelas não deixou morrer a tradição e,durante três dias, foi o centro de todasas atenções.

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os presentes com um “Viva Bucelas!”, relembrando logo deseguida a importância de manter as tradições e o facto de es-tas só persistirem “enquanto o povo quiser”. No final felicitouas colectividades envolvidas no evento e a Junta de Freguesia,“pela disponibilidade demonstrada para não deixar morrer atradição e pela vida com que dotam a vila de Bucelas”.

Depois da cerimónia protocolar e da troca de lembranças,Carlos Teixeira fez questão de percorrer o espaço da festa,aproveitando para visitar os stands presentes e as exposiçõesque decorriam no local.

Ao mesmo tempo, no palco, a Banda Recreativa de Bucelasdava o mote para mais um dia de animação, seguindo-se oFestival de Folclore, que contou com a participação de diver-sos ranchos: São Salvador de Grijó (Vila Nova de Gaia), Bar-

reira (Leiria), Regional de Fafel (Lamego) e “Os Ceifeiros daBemposta” (Bucelas). Mais tarde, na tanoaria de José Espiga,procedeu-se à inauguração da exposição de Tapeçaria Con-temporânea de Guida Fonseca, seguindo-se apontamentosculturais diversos no Auditório Tomás Noivo, como concertos epeças de teatro. No dia 14, a noite terminou com mais umbaile popular, com a “Fragmento Banda” a fazer as honras dacasa.

O ponto alto dos festejos ocorreu no último dia, com odesfile etnográfico pelas ruas da freguesia, com os seus27 carros alusivos à vitivinicultura representando todo o proces-so da cultura da vinha, desde a plantação à enxertia, passandopela poda, sulfatação, apanha, até à taberna, recriando umahistória rica em termos culturais. A animação continuou comdiversos concertos e música popular, cabendo aos Adiafa o en-cerramento da Festa do Vinho e das Vindimas.

Destaque ainda para todas as actividades paralelas aoevento: mostras vitivinícolas, com a presença de diversos pro-dutores de Bucelas, exposições de artesanato e fotografia, eainda visitas às quintas produtoras, caves dos vinhos, monu-mentos, capelas, museus e empresas da região.

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Os impostos municipais têm como objectivodotar os municípios de meios financeiros quepermitam fazer face aos gastos com a reali-zação e manutenção das mais variadas infra--estruturas exigidas pelo crescimento e requa-lificação do espaço urbano.

Desta forma, o Município de Loures de-liberou, em Reunião de Câmara, no dia 11 deOutubro, que a taxa de Derrama, que incidesobre o lucro tributável dos sujeitos passivosdo Imposto sobre o Rendimento Colectivo (IRC),vai ser, em 2007, de 10 por cento, à semelhançado que se passa na generalidade dos municípiosda Área Metropolitana de Lisboa.

De realçar que, entre as receitas de impostoscom expressão significativa nas contas muni-cipais, as únicas actualmente susceptíveis dealguma intervenção directa dos municípios sãoa Derrama e o IMI. As fontes de receita dosmunicípios incluem também os fundos trans-feridos do Orçamento de Estado e outros im-postos directos, sendo que nestes casos asautarquias não têm qualquer intervenção nafixação dos seus montantes.

Considerando que a tabela geral de taxasnão sofre qualquer aumento desde 2002 e quea frequência média dos utentes dos parquí-metros se situa na 1.ª hora, a Loures Parque,empresa municipal de estacionamento do con-celho de Loures, reformulou a tabela, intro-duzindo, deste modo, fracções horárias de15 minutos e aumentando todas as outras nomontante de cinco cêntimos de modo uniforme.

SEUR

Implantada em Portugal desde 1988, aSEUR conta, actualmente, com uma rede denove delegações, localizadas nas principaiscidades portuguesas: Porto, Coimbra, Évora,Guarda, Faro, Leiria, Santarém, Funchal, eagora também na Área Metropolitana deLisboa – no concelho de Loures. A constru-ção desta nova instalação na freguesia deSão João da Talha, cujo investimento orçouos dez milhões de euros, tem como objectivoa consolidação da franquia de Lisboa comoponto estratégico da Rede SEUR, uma vezque irá funcionar como um dos dez terminaisde transbordo da SEUR na Península Ibéricapara tráfego de longo curso.

No dia 19 de Setembro, Manuel Valle,Presidente da SEUR SA, e Roberto Abarca,Gerente da franquia da SEUR em Portugal,receberam o Embaixador de Espanha, Enri-que Panés Calpe, o Presidente da Câmarado Comércio e Indústria Luso-Espanhol,Enrique Santos, o Presidente da Câmara Mu-

Seur e Betecna

Loures na onda do crescimentoO concelho de Loures continua a progredir no âmbito do crescimentoeconómico. Prova disso, foram as duas empresas, líderes de mercado,que recentemente inauguraram instalações no Município: a SEUR,em São João da Talha, e a Betecna, em Santo Antão do Tojal.O périplo do Executivo Municipal nos últimos tempos passou tambémpela UNOR, um dos maiores empregadores da freguesia de Frielas.

Actividades EconómicasTaxas

Loures Parque

Novas fracçõesde 15 minutos

Impostos

Loures aprova taxade derrama em 10%

nicipal de Loures, Carlos Teixeira, o Vice-Pre-sidente, Borges Neves, e os vereadores JoãoPedro Domingues e António Pereira, assimcomo o Presidente da Junta de Freguesia deSão João da Talha, Paulo Rui Amado.

Durante as intervenções, Manuel Valle sa-lientou que “esta é uma ocasião muito especialpara a SEUR. Passaram 60 anos desde queiniciámos a nossa actividade. Hoje, graças aotrabalho contínuo, a SEUR tornou-se numadas empresas com maior índice de fidelidadede mercado”.

Carlos Teixeira destacou que “Loures é umconcelho de grande dinâmica”, devido “aosempresários que demonstram grande vontadee determinação nos seus negócios”. O autarcaacrescentou ainda que «o facto de a SEUR terescolhido o concelho da Área Metropolitanade Lisboa com mais desenvolvimento, é motivode orgulho para o Município. Este foi um im-portante passo não só para esta empresa comopara o desenvolvimento da marca “Loures”».

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UNOR

Por último, no dia 18 de Outubro, foi a vez de a UNOR, sedeadana freguesia de Frielas, abrir as portas ao Presidente da Câmara deLoures, Carlos Teixeira. Recebido por João Pedro Martins, Presidentedo Conselho de Administração, acompanhado de Pedro Leal Silva,Administrador, e de Alfredo Passô, Director de Projectos e Desenvol-vimento, o autarca assistiu a uma breve apresentação da empresa,seguindo-se a visita às instalações, que abrangem uma área total demais de 48 mil metros quadrados.

Fundada em 1945, a UNOR foi a primeira firma a produzir e acomercializar embalagens de cartão canelado em Portugal, tendoincorporado o Grupo espanhol SAICA em 1993. Hoje, é líder demercado na sua área de actividade, e conta com a colaboraçãode 200 funcionários, actuando como um importante empregadorda região.

João Pedro Martins agradeceu a visita de Carlos Teixeira, lem-brando as necessidades da empresa: “Uma vez que estamos emconstante crescimento, deparamo-nos com alguma dificuldadeem encontrar um espaço que permita a expansão da empresa.”Por seu lado, o autarca manifestou a disponibilidade do Municípioem “trabalhar com a UNOR na procura de soluções adequadas aosseus anseios”.

Betecna

Instalada na zona industrial de Santo Antão do Tojal, a Betecnapertence ao Grupo Lafarge – o maior produtor mundial de materiaispesados para a indústria da construção. Com uma rede de 32 centraisde betão e 4 pedreiras de calcário, distribuídas por Portugal continental,a empresa aposta na melhoria dos seus processos, como forma de garantira qualidade do seu produto. Não descura as questões ambientais, tendotodas as suas unidades equipadas com tecnologias que permitem umtotal controlo da operação, reduzindo ou eliminando qualquer impacteambiental.

O dia da inauguração, 17 de Outubro, ficou marcado pelo descer-ramento da placa inaugural, honra que coube a Carlos Teixeira,Presidente da Câmara Municipal de Loures, e a Yves Oudin, Directorpara a Península Ibérica e Marrocos.

Na sessão de discursos, Yves Oudin referiu que “o betão é o segundoproduto mais consumido no mundo, logo a seguir à água. É o materialideal para construir as infra-estruturas necessárias ao desenvolvimentodas cidades. Portugal é dos países que mais consome betão. Estamosmuito contentes por estarmos em Portugal”.

Carlos Teixeira realçou “a qualidade das empresas que estão anascer em Santo Antão do Tojal”, aproveitando ainda para salientarque “o concelho de Loures tem uma grande capacidade de expansão.Estamos no centro da Área Metropolitana de Lisboa e em termos deacessibilidades estamos muito bem situados, em pouco tempo estamosem todo o lado”.

No final da cerimónia, Carlos Teixeira entregou a Yves Oudin alicença de utilização, ficando a central apta a funcionar em pleno.

Na cerimónia estiveram ainda o Vereador responsável pelo pelourodas Obras Municipais, João Pedro Domingues, e João Florindo, Presi-dente da Junta de Freguesia de Santo Antão do Tojal, que se manifestoumuito satisfeito pela implantação da empresa na sua freguesia.

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Empresas

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No dia 26 de Outubro de 2005, o Continente de Loures abria portas aos seus clientes. Aparecia com nova imagem,mais personalizado, atraente e moderno. Passado um ano, é já uma referência nos preços baixos, na variedadee qualidade dos produtos, distinguindo-se ainda pela confiança e empatia que alcançou junto da populaçãode Loures e até dos concelhos limítrofes.

Continente foi a primeira cadeia de hiper-mercados a surgir em Portugal, mantendo--se ainda hoje como a referência no sectorde retalho alimentar do País. As suas lojas

Continente de Loures

Inovação e simpatia ao serviço do cliente

inserem-se maioritariamente em grandescentros comerciais nas principais cidadesportuguesas. Loures é uma delas. Situado empleno LoureShopping, o Continente abriuportas há um ano e trouxe consigo inúmerasnovidades. Além de uma imagem moder-nizada, conta ainda com a existência de umbar e espaço para descansar, carrinhos ecestos de compras mais leves e ergonómicos,uma área têxtil renovada, mais atractivadevido à presença de marcas exclusivas, equatro caixas self-service, em que o clientepassa os produtos na leitura óptica das eti-quetas e faz directamente o pagamento sema presença de um operador de caixa. De acor-do com Rui Gonçalves, director do Conti-nente, “foi um sucesso garantido desde oinício, pois as pessoas gostam de experimentarcoisas novas. Não houve reacções negativase todos apreciaram bastante esta nova formade pagar”.

O Continente de Loures foi também oprimeiro hipermercado do País a ter uma

“Área de Saúde”. Esta loja, com 70 metrosquadrados, conta com a colaboração de far-macêuticos, técnicos de farmácia e auxiliares,para esclarecer e aconselhar os seus clientes,e tem à venda mais de 200 medicamentose um milhar de produtos dermatológicos ecomplementares de saúde.

Hoje, o Continente de Loures atrai clientesde todo o concelho de Loures e até mesmode Mafra e Vila Franca de Xira. SegundoRui Gonçalves, o número de clientes “conti-nua a crescer e sentimos que todas as semanastemos clientes novos e provenientes dos maisdiversos locais”.

A empresa criou ainda 500 novos postosde trabalho, em que a grande maioria doscolaboradores são munícipes do concelho deLoures, investindo cerca de 40 milhões de eu-ros na construção deste hipermercado. Pas-sado um ano, Rui Gonçalves só pretendecontinuar a corresponder às expectativas dosseus clientes com uma oferta comercial e umaproposta de valor capazes de os surpreender.

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Entrevista

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Quando implantaram o Continenteem Loures, que expectativastraziam e quais os maioresdesafios que tiveram de enfrentar?

Sabíamos que não iria ser fácil pelofacto de nos virmos instalar num concelhoonde já existiam alguns concorrentes es-tabelecidos há muito tempo, como é o casodo Feira Nova e do Carrefour. São lojascom muita presença no mercado e que habi-tuaram desde cedo a população a dirigir--se até elas. O nosso grande trabalho foitentar fazer com que a clientela percebes-se que valia a pena vir ao Continente deLoures demonstrando que éramos diferen-tes de todos os outros. E achámos que paramarcar a diferença teríamos de apostar naqualidade do nosso serviço e no atendi-mento. De facto, as pessoas não esperamnas caixas para pagar, não esperam nasdiversas secções para ser atendidos e osnossos operadores estão sempre dispostosa ajudar os clientes, com um sorriso e muitoboa vontade.

Mas uma política de preços baixostambém tem a sua importância…

Sim, claro. Aliás, nós somos campeõesdos preços baixos. Somos os mais baratosdo mercado e a aposta é em toda a linha:queremos ser os mais baratos no pão, noarroz, no açúcar, nos copos, na roupa, emtudo. No entanto, damos mais importânciaao facto de tentar melhorar, todos os dias,a experiência de compra da clientela.Existem uns especialistas na distribuiçãomundial que dizem que são every day lowprice. Todos os dias, preços baixos. E nóssomos todos os dias simpáticos. O que euquero é passar essa mensagem aos nossoscolaboradores e incentivá-los a sorrir paratodos os clientes. 90 por cento das pessoasque respondem aos nossos inquéritos dãonota positiva ao atendimento e à simpatia.Queremos tratar os nossos clientes pelonome. E já temos alguns. Queremos que o

Rui Gonçalves ––––– Director do Continente de Loures

“Se há coisa que não nos assustasão as mudanças”

cliente possa sentir que entre vir aqui ou ir àmercearia do senhor Manuel não existemdiferenças e que tem o mesmo tipo de tra-tamento.

Quais as vantagens de estareminseridos no LoureShopping?

Uma das grandes vantagens é o facto deo estacionamento ser gratuito, o que acabapor atrair muitas pessoas. Além disso, apesarde considerarmos o Continente a maior lojaâncora do shopping, existem muitas outraslojas de prestígio que podem, de algum modo,trazer até cá a população. Depois, em Louresnão havia um centro comercial com esta di-mensão, revelando-se uma novidade e umpólo de atracção para os seus munícipes.

Estão preparados para a chegadamaciça de pessoas que virão morarpara a nova urbanização que estáa nascer no Infantado?

Estamos ansiosos! Porque vamos conse-guir dar mais rotação aos produtos e, con-sequentemente, melhorar o nível financeiroe a saúde da nossa loja e rentabilizar o equi-pamento. Estamos mais que preparados por-que temos uma grande facilidade e rapidezem nos adaptarmos a alterações. No Mode-lo Continente, se há coisa que não nos as-susta são as mudanças. Não faltam pessoaspara trabalhar e vontade também não. Temosdado provas disso desde que cá estamos háum ano.

Muito do vosso sucesso tambémpassa pelo apoio que prestam juntoda população local. Que medidas éque o Continente tem implementadojunto das instituições de Loures?

Temos um apoio com carácter perma-nente a quatro instituições do concelho: a Ca-sa do Gaiato, Desafio Jovem, Centro de Acolhi-mento do Infantado e Associação Repto à Es-perança. Cada uma vem buscar os artigos quenão estão aptos para serem comercializadosmas que ainda estão em perfeitas condiçõesde consumo. Em vez de os deitarmos para olixo oferecemos a estas instituições, no âmbi-to da fundação Belmiro de Azevedo. Existem

ainda creches, associações humanitárias,desportivas, culturais e recreativas da regiãoque, por vezes, nos fazem pedidos, quer sejade comida, brinquedos ou material didác-tico. Nós vamos apoiando conforme nos épossível e consoante o nosso orçamento.

E que relação mantêmcom a Câmara de Loures?

A nossa relação com a Câmara fun-ciona muito bem, pois sempre se mostroudisponível para nos ajudar. Conseguimosconversar e resolver todos os problemas quesurjam. De facto tem estado sempre muitopróxima de nós, sendo que o contráriotambém se verifica. O Continente tambémajuda a Autarquia sempre que esta neces-sita. Também já ajudámos os bombeiros,oferecendo-lhes paletes de água e bebidasenquanto estiveram no posto de vigia emMontachique.

Que áreas é que o Continenteprecisa de melhorar?

Temos de melhorar a nossa comu-nicação e as nossas campanhas temáticase sazonais. Se há coisa que distingue oContinente a nível nacional, é que nós temosas melhores feiras de vinhos, de Natal, dePáscoa, de praia, de têxtil… e acho queainda não conseguimos comunicar a todosos clientes que isso também nos diferencia.Penso que temos de melhorar a comuni-cação para o exterior daquilo que fazemosbem feito.

Qual o segredo para se gerirum supermercado?

É muito simples. Basta colocarmo-nosna pele do cliente. Se fizermos isso a cadamomento o hipermercado vai estar semprede boa saúde. É necessário fazer com queo cliente se aperceba das nossas vantagensface à concorrência. São coisas que depen-dem da experiência, de ver os outros fazer,de ver os nossos próprios exemplos internos.

Com este espírito, conseguindo passaresta mensagem para as nossas chefias inter-médias, e pondo-nos no lugar do cliente,as coisas ficam mais facilitadas.

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O Pavilhão de Portugal no Parque dasNações recebeu, a 24 de Setembro, um espectá-culo de ginástica, música e dança promovidopela Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Integrada na sétima Meia-Maratona dePortugal, a iniciativa “Desporto É Festa” con-tou com a participação de dezenas de clubese associações desportivas em representaçãodos 18 municípios da AML. O Grupo Desporti-vo Águias de Camarate, as associações deMoradores da Portela e de Santo António dosCavaleiros e o Sport Clube de Frielas foramas colectividades que contribuíram para elevaro nome de Loures na área da ginástica.

Desporto

“Desporto É Festa”

Ginástica e dança no Parque das NaçõesIncentivar o exercício físico regular e a

prática de actividades desportivas foram osobjectivos deste espectáculo, que englobouas modalidades de aeróbica, step, acrobática,dança contemporânea, dança jazz, ginásticarítmica, funk, hip-hop, entre muitas outras.

Os milhares de pessoas que se dirigiramao Parque das Nações para assistir a esta“maratona” de mais de sete horas de desportotiveram ainda a oportunidade de apreciar oespectáculo Do Outro Lado, coreografiaapresentada pela Companhia Portuguesa deBailado Contemporâneo, e de participar emsessões de ginástica abertas à população.

2.ª Marcha dos Fortes

Caminhar por entremontes e vales

O documento, que tem por objectivopromover acções de sensibilização ao nívelda formação, através da criação de centros deformação, e a realização de provas no conce-lho de Loures, foi assinado por Carlos Teixeira,Presidente da Câmara, e por Domingos Ca-mocho, Presidente da Direcção do Grupo Des-portivo de Lousa.

Nesse sentido, o Município compromete--se a promover acções com vista à divulga-ção e desenvolvimento da modalidade, criarcondições logísticas e financeiras para o fun-cionamento do Centro de Formação de Ciclis-mo do Lousa e apoiar a realização de umaprova de ciclismo no concelho, para a qual

Assinatura de protocolo

Promover a prática do ciclismoA Câmara e o Grupo Desportivode Lousa assinaram, no dia 10 deOutubro, nos Paços do Concelho,um protocolo que tem por objectivoincentivar os jovens do concelhoà prática do ciclismo.

será disponibilizada uma verba de cinco mileuros.

Por sua vez, o GD Lousa responsabiliza-sepor cooperar com a Autarquia no desenvol-vimento do ciclismo, realizando uma provaintegrada no calendário federativo, preferen-cialmente para um escalão jovem.

Durante a sua intervenção, Carlos Teixeiraacentuou que “é importante a manutençãodeste protocolo que vem ajudar a incrementaruma modalidade de referência para o conce-lho”, enquanto que Domingos Camacho refe-riu que irá “fazer uma propaganda muitogrande junto das camadas jovens para a moda-lidade”. O Presidente da Direcção do GDLaproveitou a ocasião para salientar que “emLousa não existe só o ciclismo, temos tambémo Grupo de Bombos e Tarolas, e o Rancho Fol-clórico”.

Na cerimónia protocolar estiveram aindapresentes Constantino Laranjeira, Presidenteda Junta de Freguesia de Lousa, e João Nunes,Presidente da Junta de Freguesia de Loures.

Mantendo parceria com a Câmara Mu-nicipal de Loures, o Clube de Actividades deAr Livre de Lisboa organizou, no dia 14 deOutubro, a 2.ª Marcha dos Fortes. Esta acti-vidade pedestre de resistência, não com-petitiva, contou este ano com a participaçãode mais de 250 caminheiros que, ao longode 41 quilómetros das Linhas de Torres, entreRuna, concelho de Torres Vedras, e Bucelas,concelho de Loures, tiveram a oportunidadede admirar algumas das fortificações e locaismais representativos e emblemáticos por ondepassaram as Invasões Francesas e os Aliados.O percurso, essencialmente por caminhos ru-rais, teve passagem pelos fortes da Archeira,Quinta do A-da-Carvalha, Patameira, Gozun-deira, Fortes do Alqueidão e da Carvalha,A-do-Mourão, Fortes de Mato da Cruz e daAguieira, Quinta da Romeira e Serves, termi-nando em plena Festa do Vinho e das Vin-dimas.

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Torneio Inter-Escolas

Entrega de prémios

O Inter-Escolas é um dos principaiseventos desportivos organizados anualmen-te pela Câmara Municipal de Loures, quetem como objectivo promover o convívio e asã competição entre os alunos das escolas doconcelho, fomentando o gosto pela práticadesportiva, o respeito por regras e adversáriose criando condições para a melhoria e parao fomento da prática desportiva.

Na presença de dezenas de professoresde Educação Física, foram discutidos algunsaspectos sobre os princípios orientadores domodelo implementado há três anos. Este anohá a destacar a implementação de algumasalterações, tais como a introdução de novasmodalidades, a nível experimental, nomea-damente o badmington e a natação, quevêm tornar este torneio mais dinâmico.Ficou também decidido que o xadrez deixaráde integrar o torneio, mantendo-se o futsal,voleibol, basquetebol, andebol, ginástica,orientação, ténis-de-mesa e atletismo comomodalidades que transitam para o ano lec-tivo 2006/07.

Após a discussão do documento, foramentregues os prémios referentes à ediçãode 2005/2006. Os três primeiros lugares doranking, premiados com o troféu “MaisDesporto Melhor Escola”, foram entreguesàs escolas EB 2,3 Luís de Sttau Monteiro(Loures), EB 2,3 de Santa Iria de Azóia, eEB 2,3 General Humberto Delgado (SantoAntónio dos Cavaleiros).

O Museu da Cerâmica de Sacavémacolheu, no dia 26 de Outubro,a cerimónia de entrega de prémiosda 21.ª edição do Torneio Inter--Escolas e de apresentação dodocumento orientador do eventopara a época de 2006/2007.

O Grupo Desportivo de São Domingos,associação sedeada na freguesia de Santo An-tónio dos Cavaleiros, organizou, no dia 28 deOutubro, a terceira edição do Grande Prémiode Marcha Atlética. A prova, que decorreujunto ao Parque da Cidade de Loures, contoucom a participação de 146 atletas de 25 clubesnacionais e internacionais.

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara deLoures, e João Nunes, Presidente da Juntade Freguesia de Loures, assistiram à prova de-monstrando, deste modo, o seu apoio a esteevento desportivo. À semelhança do ano passa-do, sagrou-se novamente campeã a equipa daAssociação Recreativa e Cultural da Mealhada.Depois de disputada a prova, realizou-se umjantar-convívio no refeitório municipal, ondeforam entregues os prémios aos vencedores,cerimónia que contou com a presença de Fer-nando Mota, Presidente da Federação Por-tuguesa de Atletismo.

GP Marcha AtléticaProva com centenas de participantes

Realizou-se, entre os dias 13 e 15 deOutubro, no Pavilhão António Feliciano Bas-tos, o Torneio de Futsal Infantado 2006,evento organizado pelo Infantado FutebolClube e apoiado pela Câmara Municipal deLoures.

Distribuídos pelos cinco escalões de for-mação (escolas, infantis, iniciados, juvenis ejuniores), as três centenas de atletas, em repre-sentação de 16 equipas – Infantado, Odivelas,SC Torres, GS Loures, AMSAC, Casal do Rato,“Os Curas”, GD de São Julião do Tojal, Aca-démico de Ciências, Leões de Porto Salvo,FC Belenenses, GD Forte da Casa, Académico

Futsal

Infantado Futebol Clube organiza torneiodos Desportos, São Sebastião de Guerreiros,Liberdade AC e Pombais SC –, mostraram, aolongo dos três dias, os seus melhores atributosna prática desta modalidade, de fortes tradi-ções na capital do concelho.

O GD São Julião do Tojal foi o clubevencedor nas escolas, o AMSAC triunfou nosinfantis, São Sebastião de Guerreiros alcançouo primeiro lugar nos iniciados, o Belenensestriunfou nos juvenis e o SC Torres foi o grandevencedor nos juniores. No final, Odivelas, Aca-démico dos Desportos, Infantado, “Os Curas”e Académico de Ciências levaram para casaos troféus fair-play.

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Colectividades

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Fundado em 1929, o Clube de Futebol “Os Bucelenses” é hoje uma das maisantigas instituições desportivas do concelho de Loures. Ao longo dos anosfoi adquirindo uma importância cada vez mais significativa no seioda freguesia de Bucelas, contribuindo para a formação de centenas de jovens.Continuando a sua cruzada pelas colectividades do concelho,a Loures Municipal foi conhecer esta associação, que movimentamais de uma centena de atletas.

Clube de Futebol“Os Bucelenses”

A história do Clube de Futebol “Os Bu-celenses” começou a firmar-se em 1927, numapraça construída em olmo. Dois anos depois,mais precisamente a 15 de Setembro de 1929,era fundado o clube que originalmente davapelo nome de Bucelas Sport Clube. O primeiroencontro de futebol aconteceu logo em Ou-tubro. Foi um jogo renhido, em que as equipas– o Bucelas Sport Clube e o Sport Clube deMontachique – deram o seu melhor. A da casaganhou por 4-2, sendo esta a primeira dasmuitas vitórias que se sucederam.

Durante a Segunda Grande Guerra, apesarda neutralidade do nosso país, as actividadeslúdicas, culturais e desportivas ficaram condi-cionadas. A inevitável insegurança desmotivouo desporto, ocasionando um vazio no Bucelas

Sport Clube entre 1940 e 1944, ano em queforam criados os estatutos, passando o clubea designar-se por Clube de Futebol “Os Buce-lenses”.

A comissão que criara os estatutos decidiufiliá-lo no Clube de Futebol “Os Belenenses”– filial número 11 –, sendo estipulado que oemblema seria um escudo com a Cruz de Cristo,como o do Belenenses, mas com o brasão davila de Bucelas. A simpatia pelo Belenensestem origem na secção de ciclismo, onde corriaum atleta da terra, Joaquim Manique, tam-bém actor no filme Aldeia da Roupa Branca.

Actualmente, “Os Bucelenses” mantêm como Belenenses uma relação de íntima solida-riedade desportiva, cultural e recreativa, preser-vando as tradições e o prestígio do clube.

Ano após ano, “Os Bucelenses” têm vindoa consolidar-se na freguesia como um impor-tante meio de desenvolvimento e formaçãodos jovens. São dotados de excelentes insta-lações, que compreendem campo de futebol,ringue, onde se pratica futsal feminino, zonasde apoio, posto médico, bar e sede, que porenquanto ainda é arrendada.

Tendo o futebol como principal actividade,o clube, filiado desde Agosto de 1947 na Asso-ciação de Futebol de Lisboa, tem apostadofortemente na formação dos seus jogadores,movimentando uns 120 atletas nas suas cama-das de iniciados, juvenis, juniores e seniores.

O clube atingiu ao longo dos anos algunsmarcos históricos, nomeadamente no escalãode seniores, alcançando o título de CampeãoDistrital da 1.ª Divisão em 1975/1976, e daAssociação de Futebol de Lisboa, em 1992.Também a equipa de juniores se destacou, em1966/1967, como Campeã Distrital da 2.ª Di-visão. Dez anos mais tarde, voltou a alcançaro mesmo título, mas desta vez na 1.ª Divisão.Em 2003/2004, a equipa de iniciados consa-grou-se Campeã Distrital da 2.ª Divisão.

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Entrevista

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Metas para umfuturo próximo

Clube de Futebol “Os Bucelenses”

Rua António Gonçalves dos Santos, 12670-662 BucelasTel.: 219 694 217E-mail: [email protected]

PresidenteRui Canito

Vice-PresidenteJosé Félix

Presidente da Assembleia GeralAntónio Inácio

Presidente do Conselho FiscalFrancisco Germano

Cobertura do ringue

Colocação do piso sintético nocampo de jogos “Júlio Camilo Alves”

“Penso que o clube é umafonte de bons jogadores”

Rui CanitoPresidente do

Clube de Futebol “Os Bucelenses”

“Os Bucelenses” é um dos mais antigosclubes desportivos do concelho.Como caracteriza a evolução do clube?

Ao longo de toda a nossa história temosprocurado enriquecer o património do clube.Esse tem sido o nosso objectivo principal. Todosos anos tentamos criar um pouco mais deriqueza, e isso reflecte-se essencialmente nasinfra-estruturas. Ao contrário de uns anosatrás, hoje o clube tem campo próprio, postomédico, rouparia e até bar. A nossa sede é alu-gada, mas tudo o resto tem sido feito por con-ta do clube. Em relação ao passado, penso quepodemos dizer que o clube está mais rico.

Qual a importância que o CFBassume no seio da freguesia?

O clube assume uma grande importânciaque muitas vezes não lhe é dada, essencial-mente no que diz respeito à formação dosjovens da freguesia. Já tivemos alguns casosem que os jovens estavam a enveredar por umcaminho que não era o mais indicado. Atravésda prática de desporto conseguiram ultrapas-sar esse obstáculo das suas vidas. Tantos ou-tros há que nem sequer chegaram a ir lá parar.Esta é uma vertente social do clube. Estamossempre dispostos a ajudar toda a gente. Noentanto, às vezes não conseguimos os apoiosnecessários, porque para conseguirmos inscre-ver as camadas jovens é preciso muito dinheiro,e num clube desta dimensão é muito difícilarranjar esse dinheiro. Penso que em vez depagar, o clube deveria receber pela formaçãodestes jovens.

O Clube aposta na formaçãodos jovens?

Sim, sem dúvida. Ao longo destes anostemos tido várias camadas jovens. Neste mo-mento, temos um projecto no qual pensamos,daqui a três ou quatro anos, ter na equipasénior pelo menos cinquenta por cento daequipa formada nas escolas do clube. Essa é anossa grande aposta. É claro que temos algu-mas dificuldades. Só temos um campo para

podermos treinar todas as equipas de ini-ciados, juvenis, juniores e seniores, por issotemos que dar um bocadinho do campo acada equipa e não treinamos as vezes quedeveríamos treinar.

Contudo, posso dizer que já saíram doBucelenses alguns craques que hoje jogamna Segunda Divisão Nacional, o equivalenteà Liga de Honra. Penso que o clube é umafonte de bons jogadores.

Que balanço faz da sua direcção?Faço parte dos órgãos directivos há

quinze anos e sou presidente do clube há ape-nas três.

O balanço que faço destes três anos épositivo, apesar de termos muitas dificul-dades. Esperamos conseguir concretizar algu-mas metas, a nível desportivo e a nível demelhoramento de infra-estruturas.

A nível desportivo, estamos empenha-dos em fazer o melhor campeonato possível.Estamos empenhados na subida de divisãoda nossa equipa de seniores, mas não obce-cados. Temos também uma equipa de juvenisque, penso, tem alguma capacidade paradiscutir os primeiros lugares nos campeonatos

Já no que se refere a infra-estruturas,temos duas grandes prioridades: a coberturado ringue e a colocação de um relvado sinté-tico no campo de futebol. Relativamente àcobertura do ringue, esperamos para breveiniciar as obras; já no que se refere ao rel-vado do campo de futebol, assinámos há unsmeses um protocolo com a Câmara Munici-pal de Loures, no qual a Autarquia se respon-sabiliza, em termos financeiros, pela obra.

Estes são os nossos grandes objectivos,só depois de os conseguirmos concretizar éque o clube poderá aspirar a outros fins. So-mos um clube pequeno com alguma orga-nização. Pensamos tirar algum proveito dessasinfra-estruturas e, a partir daí, dar um saltoqualitativo. Esse é o grande objectivo, vamosver se conseguimos chegar ao topo da pirâ-mide.

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Instantâneos

Loures comemorou, no passado dia 4 deOutubro, o 96.º aniversário da implantaçãoda República no concelho, um dia antes doresto do país. A data em que os oito homens

Implantação da República

Celebrar o 4 de Outubro

Os hipermercados Continente lançaramuma campanha, no âmbito do seu ProgramaEducativo de Apoio às Escolas, que visa ajudara equipar as bibliotecas escolares com livros.

“Tudo a Ler Continente” é o nome destainiciativa, a decorrer de 25 de Setembro a 31 deDezembro, envolvendo mais de 15 mil escolasnacionais, desde jardins-de-infância ao 2.º Ci-clo, o que se traduz num universo de mais de900 mil alunos. Neste sentido, cada hiper-mercado Continente, incluindo o de Loures, iráapadrinhar uma escola com a oferta de 500livros, seleccionados por uma equipa de espe-cialistas e recomendados pelo Ministério daEducação, através do Plano Nacional de Leitura.

Hipermercados Continente

Incentivar a leitura

O Pavilhão Paz e Amizade acolheu, de30 de Setembro a 1 de Outubro, a 1.ª edição doTorneio de Futsal João Benedito. Organizadopelo Grupo Sportivo de Loures em parceria coma empresa Kebrostress, o evento pretendeu di-fundir a modalidade nos escalões mais jovens.

Na prova participaram as formações dejuvenis e juniores do Sporting, do Benfica edo GS Loures, e ainda as equipas de juvenisdos Bons Dias e de juniores do Belenenses.

João Benedito, guarda-redes da SelecçãoNacional de Futsal agora ao serviço dos espa-nhóis de Playas de Castellón, e consideradoum dos melhores jogadores do mundo de futsal,deu nome a um torneio que levou ao rubro opúblico presente em duas finais renhidas, deci-didas por grandes penalidades.

No escalão de juvenis, o Benfica venceu oSporting por 5-4, após empate no final dotempo regulamentar a três bolas. Já em junio-res, foi a equipa de Alvalade a levar a melhor,derrotando as águias por 9-8, depois de empatea seis no final dos 40 minutos.

Torneio João Benedito

Leões e águias em grande

A Associação de Radioamadores da Vilade Moscavide (ARVM) organizou, nodia 29 de Outubro, mais uma ediçãoda Feira da Rádio. O evento reuniu,nas instalações do Instituto Portuguêsda Juventude, no Parque das Nações,milhares de amantes do radioamadorismo,que tiveram a oportunidade de partilharexperiências, fazer a permuta deequipamentos e a venda de material.Durante a mostra, estiveram presentesos representantes das principais marcas,que apresentaram as últimas novidadesnesta área. Recebidos por Jorge Cruz,Presidente da ARVM, o Vice-Presidenteda Câmara de Loures, Borges Neves,e o Chefe de Gabinete da Presidência,António Baldo, visitaram esta exposição,que é já considerada o segundo maiorevento do género em toda a Europa.

Feira da Rádio

Novidades doradioamadorismo

O cineteatro dos Bombeiros Voluntáriosde Loures abriu as portas, na tardedo dia 28 de Outubro, para receberos idosos dos centros de dia do concelho.Em palco estava o Grupo de Teatrodo Centro de Dia de Loures queapresentou a peça “A história do fado”.Acompanhados pelos guitarristas EduardoLemos e João Chitas, os actores cantarame encantaram a plateia, onde se encontravaCarlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, e João Nunes, Presidenteda Junta de Freguesia de Loures.

Centro de Dia de Loures

Seniores sobem a palco

Zambujal

Bombeiros celebramaniversáriosNo dia 7 de Outubro a AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros Voluntáriosdo Zambujal (AHBVZ) comemorouo 75.º aniversário da corporaçãoe o 143.º aniversário da banda de música.Na sessão solene, marcada pela entrega dediversas condecorações aos membros do corpode bombeiros, estiveram presentes váriasentidades, nomeadamente Carlos Teixeira,Presidente da Câmara de Loures, e AdelaideRocha, Governadora Civil do Distrito deLisboa. A data foi ainda assinalada pelacerimónia de bênção das quatros viaturasofertadas à AHBVZ – veículo tanque,veículo ligeiro de combate a incêndios,veículo destinado à direcção dacorporação, e ambulância de socorro.

que constituíam a Junta Revolucionária, lide-rada por Augusto Moreira Feio, implantaramo novo regime foi assinalada pelo hastear dasbandeiras nacional, do Município, e das 18 fre-guesias, seguindo-se a romagem ao cemitériode Loures, onde, por entre vivas à República,foi depositada uma coroa de flores no túmulodos membros da Junta Revolucionária.

O momento solene contou com a presençado Presidente da Câmara Municipal de Loures,Carlos Teixeira, bem como dos vereadoresBorges Neves, João Pedro Domingues, Antó-nio Pereira, Ricardo Leão e António Pombi-nho, do Presidente da Assembleia Municipal,Pedro Farmhouse, e dos presidentes das juntasde freguesia de Loures, Apelação, Bobadela,Fanhões, Frielas, Moscavide, São João da Talhae Santa Iria de Azóia, associações humanitáriasde bombeiros e familiares dos revolucionários.

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Corpos Sociais da UDIPSS

Tomada de posseCarlos Teixeira, Presidente da Câmara de

Loures, foi convidado, no dia 20 de Setem-bro, para assistir à tomada de posse do PadreRicardo Rainho, pároco de Santo António dosCavaleiros, como presidente da mesa da As-sembleia Geral da União Distrital das Insti-tuições Particulares de Solidariedade Social(UDIPSS) de Lisboa, bem como dos restantescorpos sociais para o triénio 2006-2008.

Depois dos discursos, que assinalaram aimportância desta instituição na promoção econtribuição para a protecção e apoio aos maiscarenciados e desfavorecidos, Ricardo Rainhoexpressou também o seu contentamento, nãoescondendo o orgulho pelo novo cargo queagora desempenha, tendo reiterado o desejode ver a UDIPSS crescer e continuar a praticaro bem juntamente com todas as instituiçõesassociadas.

ANALOR

Apoiar a cultura serrana

Este ano, a Semana Serrana decorreu de9 a 18 de Junho, na Quinta de São José, emSacavém. O evento, promovido anualmente,procura aproximar especificidades culturais dazona de origem dessa comunidade – serra daEstrela – à região de residência, concentrandomanifestações culturais típicas, como músicapopular, danças etnográficas, gastronomia ouartes plásticas, entre outras.

O protocolo foi assinado por Carlos Tei-

A Autarquia e a Associaçãodos Naturais e Amigos de Loriga(ANALOR) assinaram, a 17 deOutubro, nos Paços do Concelho,um protocolo que define os apoiosà realização da XVIII Semana Serrana.

xeira, Presidente da Câmara de Loures, e porCarlos Pina Melo, Presidente da ANALOR, napresença dos vereadores Ricardo Leão e JoãoPedro Domingues, de António Baldo, Chefe deGabinete da Presidência, e dos presidentesdas juntas de freguesia de Sacavém, Loures eSão Julião do Tojal, respectivamente Fernan-do Marcos, João Nunes e Fernando Martins.

Carlos Pina agradeceu o apoio dado pelaAutarquia e pela Junta de Freguesia de Saca-vém na realização do evento, referindo que“apesar da crise, nós, loriguenses, continua-mos a apostar em mostrar a nossa cultura”.

Por sua vez, Carlos Teixeira realçou quea associação, sedeada em Sacavém, tem porobjectivo a preservação da cultura serrana,“que faz parte da nossa história e das nossastradições”.

Loures

IPTrans tem “nova casa”No dia 18 de Setembro, os vereadoresdas Obras Municipais e da Educação,João Pedro Domingues e Ricardo Leão,visitaram as obras do novo edifíciodo IP Trans (Instituto Profissionalde Transportes), acompanhados porJosé Maria Bourbon, Presidente do IPTrans,Jorge Simões, responsável da Antramna Assembleia-Geral da escola, MiguelAlexandre, Director Pedagógico doIPTrans, Rui Lourenço, Coordenador daDirecção Regional de Educação de Lisboae Abel Santiago, responsável pela obra.O edifício conta, no piso superior, com14 salas de aula, nove das quais já seencontram em funcionamento. Por seulado, o piso inferior apresenta diversasvalências, entre as quais serviçosadministrativos, financeiros, informáticose pedagógicos, sala polivalente para arealização de eventos, biblioteca, refeitórioe bar. Com capacidade para cerca de trêscentenas de alunos, as instalações estãodotadas de mecanismos que permitemo acesso a pessoas com mobilidade reduzida.Na próxima edição, a Loures Municipaldará conta, mais detalhadamente, desteprojecto vital para o futuro do IPTrans.

A Ilha das Estrelas, espaço nocturnoda freguesia da Bobadela, abriu portasàs causas sociais e, na noite de 13 deOutubro, organizou um evento dedicadoexclusivamente à angariação de fundospara os Bombeiros de Sacavém.Quem não deixou de estar presente foiCarlos Teixeira, Presidente da Câmarade Loures, e o seu Chefe de Gabinete,António Baldo, assim como FernandoCarvalho, Presidente da Junta deFreguesia da Bobadela, Luís Gouveia,Comandante dos Bombeiros Voluntáriosde Sacavém, e Cristiano da Costa Santos,Presidente da Direcção da AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros de Loures.Sofia Henriques, proprietária da Ilhadas Estrelas e promotora do evento,não escondia a satisfação pelo momentoque estava a viver, referindo que“o objectivo é ajudar aqueles que tantofazem por nós, diferenciando, ao mesmotempo, a Ilha das Estrelas de outrosespaços nocturnos. Queremos criarum novo conceito e dotar esta casacom um lado mais humanitário”.

Ilha das Estrelas

Discoteca ajudaBombeiros de Sacavém

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Instantâneos

» Loures Municipal48

160 anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal

Loures na luta contra a pena de morteA 10 de Outubro, a iluminação

dos Paços do Concelho aconteceu maiscedo do que é habitual, lembrando oDia Mundial contra a Pena de Mortee, paralelamente, os 160 anos da abo-lição da pena capital em Portugal.

A iniciativa, organizada pelaAmnistia Internacional (AI) – SecçãoPortuguesa com o apoio da AssociaçãoNacional dos Municípios Portugueses(ANMP), à qual aderiram 27 conce-lhos, teve como principal objectivoencorajar a discussão pública sobre apena de morte, reforçar a sua oposi-ção por parte da sociedade civil. Dascomemorações da AI fez ainda parteuma largada de balões brancos noTerreiro do Paço, em sinal de apelopacífico aos países que ainda mantêmeste tipo de pena.

A instituição afirma que “todasas execuções constituem uma viola-ção extrema do direito à vida” e que“os países que a aplicam fazem-no deforma injusta, em violação do direitointernacional humanitário e dos pa-drões de Direito Internacional”.

O campo do Clube de Futebol de Santa Iriade Azóia foi palco, no passado dia 30 de Setem-bro, de um grande espectáculo dirigido aos maisjovens. D’ZRT, FF e Patrícia Candoso aquecerama noite do Festival Jovem, organizado pela PGEventos, com o apoio da Câmara de Loures e daJunta de Freguesia de Santa Iria de Azóia.

O motivo do evento foi assinalar o início doano lectivo, sendo que mais de cinco mil jovensassistiram a um concerto que juntou várias estre-las da série televisiva Morangos com Açúcar.

Patrícia Candoso fez as honras da casa, se-guindo-se a actuação de FF (Fernando Fernan-des), que levou o público ao rubro com temasbem conhecidos do álbum tripla platina Eu Aqui.A fechar o espectáculo, os D’ZRT fizeram as de-lícias dos milhares de fãs, ao interpretarem temascomo Para Mim Tanto Me Faz, Verão Azul eCaminho a Seguir.

Pedro Gonçalves, organizador, explicou que“Santa Iria de Azóia merecia um espectáculoassim, uma vez que há muitos anos que não sefazia um evento do género, especialmente dirigi-do aos jovens”.

Santa Iria de Azóia

Festival jovem com sabor a “Morangos”

Paróquia de Loures

Semana da padroeiraDe 30 de Setembro a 8 de Outubro,os paroquianos de Loures celebrarama Semana da Padroeira, Santa Mariade Loures. Este ano, os festejos, em vezde decorrerem apenas num único dia,estenderam-se por nove diasconsecutivos. Houve lugar parauma série de actividades, de quesão exemplo missas campais,concertos de música, conferências,teatro, arraiais e jogos tradicionais,que tiveram como objectivo promovero convívio entre os paroquianos.O ponto alto dos festejos ocorreuno dia 8 de Outubro com a missa,no adro da igreja matriz de Loures.A comparência dos andores das váriaslocalidades da freguesia de Loureslevou a que centenas de pessoasse juntassem para acompanharos seus padroeiros em procissãopelas principais ruas da cidade.Depois do almoço, para o qualos paroquianos deram o seu contributo,seguiu-se uma tarde em pleno.Os jogos tradicionais e o karaokeanimaram esta confraternização,que terminou com umalargada de balões.

A Câmara Municipal de Loures assinou,no passado dia 20 de Outubro, comas juntas de freguesia de Bucelase de Santa Iria de Azóia, representadaspelos seus presidentes, Tomás Roquee Ernesto Costa, respectivamente, e como Centro Social e Cultural da Paróquiada Portela, na pessoa de Mário Almeida,membro da direcção, o protocolo deadesão à Rede Concelhia de Bibliotecase respectiva atribuição de subsídios.Através deste acordo, a Autarquiacompromete-se a prestar apoio técnicoe logístico às bibliotecas impulsionadaspor estas entidades, como a animaçãocom intervenções pelos técnicosda Biblioteca José Saramagoe a realização de acções de formação.Ricardo Leão, Vereador com o pelouroda Cultura, congratulou-se por as trêsinstituições “terem dado o primeiropasso no sentido de aproximara leitura da população”.

Rede Concelhia de Bibliotecas

Livros mais perto

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«Loures Municipal

Exposições

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Natural da Guarda, Selda de Pina reside no concelho de Loures,mais precisamente na freguesia de Sacavém, há vários anos. A escritora,membro da Associação Portuguesa de Poetas desde 1994, publicou oseu primeiro livro de poesia em 2000. Este é o segundo publicado pelaescritora, e que segue a mesma linha do anterior.

À cerimónia de lançamento não faltaram muitos dos seus amigos efamiliares, que a rodearam de carinhos e atenções. Quem também senão alheou de prestar homenagem à escritora foi Carlos Teixeira,

Presidente da Câmara Municipalde Loures, e Fernando Marcos,Presidente da Junta de Fregue-sia de Sacavém, acedendo aoconvite da poetisa.

Na sua intervenção, CarlosTeixeira frisou a “excelenteescritora” que é Selda de Pina.O autarca aproveitou a ocasiãopara referir que “o Museu daCerâmica é um espaço magnífi-co para a realização deste tipode eventos. Devemos apoiar osnossos artistas pois assim esta-remos a impulsionar a culturano nosso concelho”.

Fernando Marcos revelouconhecer o trabalho da escritora há já alguns anos, garantindo aospresentes que “este livro será tão bom como o primeiro”.

Também António Baldo, Chefe de Gabinete da Presidência daCâmara de Loures, e José Henriques, Presidente da Academia Recreativade Sacavém, marcaram presença na cerimónia, onde houve lugar a de-clamação de poesia e para um momento musical oferecido pela AcademiaRecreativa de Sacavém e pelos Amazing Blues Trio, que interpretaramtemas de jazz.

Lançamento do livro “Caminho Florido”

A poesia pela pena de Selda PinaO Museu da Cerâmica de Sacavém foi, no dia 16 deSetembro, palco de uma cerimónia cujo objectivofoi o lançamento do segundo livro, Caminho Florido,de Selda Maria Brioso de Pina.

A Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe acolheu, de 30 deSetembro a 21 de Outubro, a exposição de escultura da autoria deJoão Duarte.

João Duarte nasceu em Lisboa, tendo-se licenciado em Artes Plás-ticas – Escultura. Foi membro fundador do Centro de Investigação ede Estudos Volte Face – Medalha Contemporânea e da Associação deArtistas Plásticos do Concelho de Vila Franca de Xira.

Em 1982 recebeu o primeiro prémio de Escultura do II Salão daPrimavera, Galeria de Arte do Casino Estoril. Sucede-

ram-se vários prémios, sendo o mais recenteo Prémio Prestígio MAC 2003, no IX Aniver-

sário do Movimento de Arte Contem-porânea.

Graças ao êxito do seu trabalho,encontra-se representado em

vários museus e galeriasde arte nacionais eestrangeiros.

Intitulada 2 mi-nutos antes de imo-

bilizar a espera, a mostraremete o visitante para a difu-são de concepções e lingua-gens artísticas particularesàs peças de arte que consti-tuem a sua expressão ime-diata.

Escultura

“2 minutos antesde imobilizar a espera”

A Galeria Municipal do Castelo dePirescouxe reservou para o final de anouma exposição de pintura da autoriade Henrique Gabriel, intitulada In illotempore. De 28 de Outubro a 18 deNovembro, os visitantes que se diri-jam à galeria poderão apreciar peçasde intensa densidade de cores, pelasquais se pode observar uma correlaçãosimbiótica com o pensar, o sonhar e oconhecer como formas de desenvolvi-mento cultural e pessoal.

Henrique Gabriel nasceu em VilaCova de Alva, Arganil, em 1960. Fre-quentou o Curso de Artes Plásticas daAssociação Cultural e Artística (ARCA),em Coimbra, e expôs pela primeira vez em 1980, na mostra colectivado Movimento de Artistas de Coimbra.

O seu talento esteve adormecido vinte anos. O início do miléniodespertou-lhe antigas paixões – pintura e cerâmica –, às quais passoua dedicar mais tempo. Daí para cá, tem participado em várias exposi-ções nacionais e internacionais.

Pintura

“In illo tempore”

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Conhecer

Livros

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DixitQuinta da Francelha

Edificada no século XVIII, na Azinhaga doFigo Maduro, freguesia do Prior Velho, aCasa da Quinta da Francelha de Cima apre-senta linhas simples e planta regular. Situadanum lugar acolhedor à época, rodeado devinhas, pomares e jardins, tornou-se conhe-cida pelo bom vinho que produzia.

Virada para o jardim, a fachada sul dacasa ostenta frontão triangular, caracterís-tico do estilo neoclássico, sendo a decoraçãotípica da época de D. Maria I. No exteriorapresenta cores e janelas emolduradas porfaixas brancas e vermelhas, bem ao estilodesse tempo.

Das várias salas sobressaem pinturas comcercaduras ornamentais, painéis revestidosde mármore, bem como uma variada colec-ção de frescos, num conjunto decorativo quebuscava a organização do espaço.

A pequena capela existente, ornamen-

tada no interior por pinturas a fresco decores suaves, evidencia uma relação com oclero.

Acompanhando o enfraquecimento daaristocracia portuguesa, a Quinta da Fran-celha foi perdendo relevância, tendo a im-plantação da República contribuído para oseu gradual abandono. No entanto, aquandoda construção do Aeroporto de Lisboa nassuas imediações, foi poupada, encontrando--se actualmente em razoável estado de con-servação.

Pela riqueza cultural e elevado valor his-tórico, o conjunto arquitectónico foi, em1983, classificado como Imóvel de InteressePúblico.

Como utilização, a Quinta da Francelhatem prevista a construção de um hotel e deuma escola de hotelaria, que levarão à con-servação e reaproveitamento do espaço.

Todd ParrLer é divertido

Gailivro2005

Em Junho deste ano, foi lançado o“Ler + – Plano Nacional de Leitura”, res-posta institucional aos baixos níveis deliteracia da população portuguesa.

Fazendo jus ao ditado popular de que“é de pequenino que se torce o pepino”,também em matéria de leitura os estudosdemonstram que as competências básicasse adquirem precocemente, ou seja, nas pri-meiras etapas da vida.

Não é pois de estranhar que o “Ler +”tenha elegido como público-alvo prioritárioas crianças em educação pré-escolar e nosprimeiros 6 anos do Ensino Básico, e, como

público-alvo privilegiado, educadores, pro-fessores, pais e encarregados de educação.

O livro que aqui trazemos foi escolhidoa pensar nos pais de crianças entre os 5 e os7 anos de idade.

“Ler é divertido” apresenta-se como umrol de argumentos a favor da leitura, escritosnuma linguagem simples, directa e muitoafectiva, que Todd Parr, o seu autor, sintetizada seguinte forma: “Ler é importante! Quan-do tu lês ou alguém lê para ti, ajuda-te aaprender e a conhecer coisas novas. Acon-chega-te a alguém especial e lê um livro.Vais sentir-te mesmo bem.”

“Ler é divertido” é uma delícia. Pais, nãopercam a oportunidade de partilharem comos vossos filhos momentos especiais, cheiosde carinho e amor, saboreando em conjun-to o prazer do contacto com o livro. É assimque se vai criando o gosto, é assim que sevai lançando a semente da leitura.

“O Governo vai rever o sistema delicenciamento municipal no sentidode aumentar a eficiência e a transpa-rência das decisões administrativas, jáa partir de 2007.”

Eduardo Cabrita, Secretário de Estado daAdministração Local, sobre os processos delicenciamento nas autarquias, in Público, 16 de Outubrode 2006.

“De um modo geral, não se notoueste ano uma quebra acentuada nasinscrições nos centros de actividadesde tempos livres (ATL).”

In Público, 18 de Setembro de 2006, sobre a alegadaquebra nas inscrições nos ATL.

“A pobreza e a exclusão socialcombatem-se, em primeira linha, noterreno, não no silêncio dos gabine-tes, escudados numa avalanche dediagnósticos, prospectiva e estratégias,de longo prazo, por excelentes con-tributos técnicos que sejam.”

Carlos Teixeira, Presidente da Câmara Municipal deLoures e Vice-Presidente da Junta Metropolitana deLisboa, in Metrópoles, 19 de Setembro de 2006.

“Não conseguimos abarcar toda arealidade das escolas, em parte porqueos conselhos executivos omitem osproblemas.”

Luís Elias, responsável pelo programa Escola Segura, inSOL, 14 de Outubro de 2006.

“Portugal será recompensado pelasua indústria exportadora que começaa ser mais produtiva e mais competi-tiva e irá trazer mais rendimentos parao país. A indústria exportadora é amais importante força de crescimentoeconómico.”

Goran Persson, líder do Partido Social-Democrata dosTrabalhadores sueco, por ocasião do congresso«ThinkNomics – Portugal empreendedor: a palavraaos protagonistas», in Portugal Diário, 2 de Novembrode 2006.

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Última hora

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Sabia que...

Tendo como principal objectivo melhoraras condições em que os refugiados são rece-bidos e integrados em Portugal, o novo equi-pamento do Conselho Português para osRefugiados (CPR) oferece ainda outras valên-cias que servirão a comunidade local, comocreche, jardim-de-infância, ATL, polidesporti-vo e jardim público.

Depois do descerramento da placa, feitopelo Alto-Comissário António Guterres, jun-tamente com António Costa, Carlos Teixeira, aPresidente do CPR Teresa Tito de Morais, e oPresidente da Junta de Freguesia da Bobadela,Fernando Carvalho, seguiu-se a sessão inau-gural e a visita às instalações.

Satisfeito com a inauguração do primeirocentro de abrigo para refugiados em Portugal,António Guterres classificou-o como “um cen-tro de excelência, um dos melhores da Europa,senão o melhor”, salientando ainda o “apoiocrescente” do nosso país no que aos refugiadosrespeita.

Já António Costa anunciou que, além deprestar acolhimento, Portugal “vai atribuir aindaeste ano um milhão de euros para o Alto--Comissariado da ONU para os Refugiados”.

Para Carlos Teixeira, o equipamento agorainaugurado constitui “uma verdadeira ferra-menta de erradicação da realidade difícil, vividapelos refugiados”, garantindo “a dignidade hu-

No passado dia 30 de Outubro, foi inaugurado, na Bobadela, o novo Centrode Acolhimento para Refugiados, em cerimónia que contou com a presençado Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), AntónioGuterres, do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa,e do Presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira.

Bobadela

Centro de acolhimentopara refugiados inaugurado

mana daqueles que procuram abrigo nonosso país”.

O trabalho desenvolvido na construçãodo centro de acolhimento resultou da par-ceria de desenvolvimento do programaEQUAL, que envolve a Câmara de Loures,o Instituto da Segurança Social, a SantaCasa da Misericórdia e o próprio CPR. Comcapacidade para 34 pessoas, o novo equipa-mento tem quartos para casais com filhose também para deficientes, sendo 19 osrequerentes de asilo que se encontramactualmente no CPR.

Na cerimónia estiveram também pre-sentes o Secretário de Estado Adjunto eda Administração Interna, José Magalhães,o Secretário de Estado do Emprego e daFormação Profissional, Fernando MedinaCorreia, a Governadora Civil de Lisboa,Adelaide Rocha, a Presidente da FundaçãoAristides de Sousa Mendes, Maria Barroso,a Gestora Nacional do Programa da Inicia-tiva Comunitária EQUAL, Ana Vale, o Presi-dente da Assembleia Municipal, Pedro Farm-house, os vereadores João Pedro Dominguese António Pereira, os presidentes das juntasde freguesia de Sacavém e de São João daTalha, Fernando Marcos e Paulo Amado,respectivamente, e o Vogal do Conselho deAdministração dos SMAS, Jorge Baptista.

O MARL lançou, a 16 de Outubro, oDia Mundial da Alimentação, umprograma dirigido a crianças, entreos 7 e os 12 anos, para a promoçãode alimentos saudáveis? O pro-grama “5 ao Dia” visa promover oconsumo diário de pelo menoscinco frutos, legumes e verduras,com o objectivo de combater aobesidade infantil e proporcionaruma alimentação saudável nascrianças e jovens.

O CLAII (Centro Local de Apoio Inte-grado ao Imigrante) de 2.ª Geração,a funcionar no Centro ComercialCarrefour de Loures, foi o que, anível nacional, atendeu maisutentes no mês de Agosto? Entreos 144 utentes que ali se dirigiram,50% tinham nacionalidade brasi-leira, 22% angolana e 10% ucra-niana. A maioria de casos regis-tados tinham por assunto processosde legalização e questões rela-cionadas com a nacionalidade.

De acordo com a Sociedade PontoVerde, entre Janeiro e Setembro, areciclagem cresceu 15%? Em novemeses, os portugueses separaram edepositaram nos cerca de 27 milecopontos espalhados pelo país,mais de 176 mil embalagens usa-das, entre vidro, papel/cartão, plás-tico, metais e madeira.

A atleta do Centro de Cultura eDesporto da Câmara de Loures,Diana Carreira, sagrou-se vice--campeã do Mundo de juvenis noCampeonato Mundial de Karate--Do que se realizou na Roménia de18 a 22 de Outubro?

Realizou-se no dia 1 de Outubro a4.ª edição de passeio de bicicletasdo Casinha Bar, que contou com60 participantes num percurso de45 quilómetros ligando os con-celhos de Mafra e de Loures?

A GesLoures lançou para a épocade 2006/2007 a modalidade depólo aquático, um jogo colectivoque exige inteligência, resistência,agilidade e velocidade de acção ede pensamento? As inscriçõesencontram-se abertas e as aulastiveram início no mês de Outubro.

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