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REPÚBLICA DE ANGOLA ------------------- MINISTÉRIO DAS FINANÇAS UNIDADE DE GESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA Luanda, Dezembro de 2013

Luanda, Dezembro de 2013 - CABRI

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REPÚBLICA DE ANGOLA

----------▬---------

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

UNIDADE DE GESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA

Luanda, Dezembro de 2013

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 1

República de Angola

Ministério das Finanças

Ficha Técnica

Propriedade

Ministério das Finanças

Edição

Unidade de Gestão da Dívida Pública

Coordenação

Angélica Paquete - Directora Nacional da Unidade de Gestão da Dívida Pública

Periodicidade

Anual

Endereço

Ministério das Finanças

Unidade de Gestão da Dívida Pública

Área de Análise de Risco

Largo da Mutamba, Palácio das Finanças - 2º Andar

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 2

República de Angola

Ministério das Finanças

Abreviaturas

PAE - Plano Anual de Endividamento

OGE - Orçamento Geral do Estado

UGD - Unidade de Gestão da Dívida Pública

PIB - Produto Interno Bruto

OT - Obrigações do Tesouro

BT - Bilhetes do Tesouro

OT-NR - Obrigações de Tesouro Não Reajustáveis

OT-TXC - Obrigações Indexadas a Taxa de Câmbio

OT-ME - Obrigações do Tesouro emitidas em moeda externa

AKZ - Kwanzas

USD - Dólar Norte-americano

EUR - Euro

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento

CGD – Caixa Geral de Depósitos

BNA - Banco Nacional de Angola

CMC - Comissão de Mercado de Capital

BNA - Banco Nacional de Angola

BDA - Banco de Desenvolvimento de Angola

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 3

República de Angola

Ministério das Finanças

Índice Ficha Técnica ................................................................................................................................................... 1

Abreviaturas ..................................................................................................................................................... 2

Índice ................................................................................................................................................................ 3

Lista de Tabelas ............................................................................................................................................... 5

Lista de Gráficos .............................................................................................................................................. 5

I. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 6

II. AS NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO OGE 2014 ................................................. 7

III. CENÁRIO MACROECONÓMICO ACTUAL E PERSPECTIVAS .......................................... 9

A. Mercado Internacional ........................................................................................................................... 9

B. Mercado Interno .................................................................................................................................... 9

IV. DIRECTRIZES DA ESTRATÉGIA DE ENDIVIDAMENTO ................................................. 10

A. Alongamento da curva de vencimentos da Dívida Pública ...................................................................... 10

B. Diversificação das Fontes de Financiamento .......................................................................................... 11

C. Obtenção de Financiamento Doméstico em Moeda Externa ................................................................... 11

D. Cobertura de Risco de Taxas de Juros ................................................................................................... 12

E. Alargamento da Base de Investidores .................................................................................................... 12

F. Promoção do Mercado Financeiro Angolano ......................................................................................... 13

V. ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O ANO DE 2014 .............................................. 13

A. Projecções para o Financiamento .......................................................................................................... 13

B. Projecções para o Serviço ...................................................................................................................... 17

C. Projecções para a Evolução do Stock ..................................................................................................... 19

VI. ANÁLISE DE RISCO ..................................................................................................................... 21

A. Risco de liquidez .................................................................................................................................. 22

B. Risco de taxas de juros .......................................................................................................................... 23

(i) Dívida Externa ................................................................................................................................ 23

(ii) Dívida Interna ............................................................................................................................ 24

C. Risco cambial ....................................................................................................................................... 24

(i) Dívida Externa ................................................................................................................................ 25

(ii) Dívida Interna ............................................................................................................................ 25

D. Risco de Refinanciamento..................................................................................................................... 27

(i) Dívida Externa ................................................................................................................................ 27

(ii) Dívida Interna ............................................................................................................................ 27

VII. EMISSÕES PARA CAPITALIZAÇÃO DO BNA E DO BDA .................................................. 29

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 4

República de Angola

Ministério das Finanças

VIII. CENÁRIO I -PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO ..................................................... 30

A. PLANO FINANCEIRO CONSOLIDADO ......................................................................................... 30

B. COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO ............................................... 31

C. POTENCIAL DE ATRASADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ............................................... 32

IX. CENÁRIO II -PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO........................................................ 33

A. PLANO FINANCEIRO CONSOLIDADO ......................................................................................... 33

B. COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO ............................................... 34

X. GLOSSÁRIO .................................................................................................................................... 35

XI. ................................................................................................................................................................... 36

DIPLOMA N.º 1) .......................................................................................................................................... 36

(DIPLOMA N.º 2) ........................................................................................................................................ 40

(DIPLOMA N.º 3) ......................................................................................................................................... 42

(DIPLOMA N.º 4) ......................................................................................................................................... 46

(DIPLOMA N.º 5) ......................................................................................................................................... 48

(DIPLOMA N.º 6) ......................................................................................................................................... 51

......................................................................................................................................................................... 51

(DIPLOMA N.º 7) ......................................................................................................................................... 53

(DIPLOMA N.º 8) ......................................................................................................................................... 55

(DIPLOMA N.º 9) ......................................................................................................................................... 58

......................................................................................................................................................................... 58

(DIPLOMA Nº 10) ....................................................................................................................................... 61

(DIPLOMA N.º 11) ....................................................................................................................................... 65

(DIPLOMA N.º 12) ....................................................................................................................................... 67

(DIPLOMA Nº 13) ....................................................................................................................................... 70

(DIPLOMA N.º 14) ....................................................................................................................................... 74

(DIPLOMA N.º 15) ....................................................................................................................................... 76

(DIPLOMA N.º 16) ....................................................................................................................................... 79

(DIPLOMA N.º 17) ....................................................................................................................................... 81

(DIPLOMA N.º 18) ....................................................................................................................................... 85

(DIPLOMA N.º 19) ....................................................................................................................................... 88

(DIPLOMA N.º 20) ....................................................................................................................................... 89

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 5

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Lista de Tabelas

Tabela 1: Financiamento Líquido – AKZ Mil Milhões ......................................................................... 7

Tabela 2: Endividamento Líquido – AKZ Mil Milhões ......................................................................... 7

Tabela 3: Endividamento Externo Líquido – AKZ Mil Milhões ........................................................... 7

Tabela 4: Endividamento Interno Líquido - AKZ Mil Milhões ............................................................. 8

Tabela 5: Pressupostos do OGE 2014 – USD Mil Milhões ................................................................ 10

Tabela 6: Distribuição dos Desembolsos de Linhas de Crédito – AKZ Mil Milhões ......................... 14

Tabela 7: Leilões de OT – Tipos ofertados em 2014 – AKZ Mil Milhões .......................................... 16

Tabela 8: Composição da Carteira de Obrigações OT-ME em 2014 – AKZ Mil Milhões .................. 16

Tabela 9: Composição das Emissões de Obrigações do Tesouro (OT-NR e OT -TXC) – AKZ Mil

Milhões ............................................................................................................................................. 16

Tabela 10: Composição da Carteira de Obrigações do Tesouro – AKZ Mil Milhões ........................ 17

Tabela 11: Composição da Carteira de BT 2014 – AKZ Mil Milhões ................................................ 17

Tabela 12: Previsão do Serviço da Dívida Titulada em 2014 - AKZ Mil Milhões .............................. 19

Tabela 13: Previsão para o Stock da Dívida Externa em 2014 – AKZ ............................................... 20

Tabela 14: Rácios da Dívida Externa vs PIB ...................................................................................... 20

Tabela 15: Previsão para o Stock da Dívida Interna em 2014 - AKZ................................................. 21

Tabela 16: Rácios Dívida Interna vs PIB ............................................................................................ 21

Tabela 17: Rácios de Sustentabilidade ............................................................................................. 22

Tabela 18: Rácios de Sustentabilidade - Cenário Extremo ............................................................... 23

Tabela 19: Exposição do stock da Dívida interna à variação cambial - AKZ ..................................... 26

Tabela 20: Stock da Dívida Interna Titulada de curto, médio e longo prazo - AKZ .......................... 28

Tabela 21: Stock da Dívida Interna Titulada com vencimento em 2014 .......................................... 28

Lista de Gráficos

Gráfico 1: Cronograma de Desembolsos Externos das Linhas de Crédito em 2014 ........................ 14

Gráfico 2: Distribuição dos Desembolsos Bilaterais ......................................................................... 14

Gráfico 3 Distribuição dos Desembolsos Comerciais ....................................................................... 15

Gráfico 4: Distribuição dos Desembolsos Multilaterais ................................................................... 15

Gráfico 5: Perfil das Amortizações de Dívida Externa - 2014 ........................................................... 18

Gráfico 6: Perfil do Serviço da Dívida Interna em 2013, 2014 e 2015 ............................................. 18

Gráfico 7: Desagregação do Serviço da Dívida Interna em 2014 ..................................................... 19

Gráfico 8: Composição da Carteira de Dívida Externa por Maturidade ........................................... 27

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 6

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PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO 2014

I. INTRODUÇÃO

01. Em conformidade com a legislação relativa ao endividamento do Estado, as políticas de endividamento público do País conformam-se com os princípios e

práticas internacionais sobre a sustentabilidade da dívida pública, um dos pilares fundamentais do compromisso do Executivo com a gestão responsável das

Finanças Públicas consagrados na Constituição da República.

02. Tendo estas premissas como linhas orientadoras, o Plano Anual de Endividamento Público para 2014 procura materializar a estratégia de

financiamento para a captação de recursos financeiros no âmbito do processo de execução do Orçamento Geral do Estado, considerando as fontes de financiamento disponíveis nos Mercados Interno e Externo e não descurando da

minimização de custos numa perspectiva de longo prazo.

03. Dentro deste contexto, o presente Documento apresenta no próximo capítulo as

Necessidades de Financiamento previstas no OGE 2014, desagregando-as entre

os montantes a serem captados no mercado interno e aqueles a serem obtidos através de financiamento externo.

04. O Capítulo III ocupa-se de elaborar o Cenário Macroeconómico no qual a

gestão da dívida pública terá lugar ao longo de 2014. Serão sintetizadas nesta parte do documento os principais pressupostos macroeconómicos assumidos na elaboração do OGE 2014, tais como o comportamento da economia

internacional, a evolução dos preços do petróleo, da taxa de câmbio, da inflação e do crescimento económico.

05. No Capítulo IV são delineadas as principais Directrizes da Estratégia de

Endividamento, destacando-se também os pressupostos e premissas que as sustentam e os principais objectivos pretendidos pela gestão da dívida pública.

06. Em seguida, o Capítulo V apresenta a Estratégia de Financiamento propriamente dita, delineando os detalhes relativos à emissão, ao serviço e ao

stock da dívida pública, possibilitando que realize-se, no Capítulo VI, à Análise

dos Riscos envolvidos e dos Indicadores de Sustentabilidade.

07. No Capítulo VII são delineados os dois processos de capitalização que o

Tesouro Nacional realizará ao longo de 2014, e que beneficiará o Banco Nacional

de Angola e o Banco de Desenvolvimento de Angola. Por último, o Capítulo

VIII apresenta o quadro relativo ao “Plano Anual de Financiamento”.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 7

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II. AS NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO OGE 2014

08. O OGE 2014 prevê que o financiamento líquido do Estado em 2014 deverá ser de aproximadamente AKZ 630,2 mil milhões, contribuindo para isso um financiamento externo líquido de AKZ 733,2 mil milhões e um financiamento

interno líquido de - AKZ 102,8 mil milhões.

Tabela 1: Financiamento Líquido – AKZ Mil Milhões

Ordem Descrição Valores

1 Financiamento Líquido 630,2

2 Financiamento Interno Líquido -102,8

3 Financiamento Externo Líquido 733,02

09. O OGE 2014 prevê igualmente, que o endividamento líquido (o aumento do

stock da dívida) do Estado em 2014 deverá ser de aproximadamente AKZ 1.000,25 mil milhões, que decorrerão de um aumento do stock da dívida externa na ordem de AKZ 733,02 mil milhões e de um acréscimo do stock de dívida

interna de cerca de AKZ 267,23 mil milhões.

Tabela 2: Endividamento Líquido – AKZ Mil Milhões

Ordem Descrição Valores

1 Endividamento Líquido 1.000,25

2 Endividamento Interno Líquido 267,23

3 Endividamento Externo Líquido 733,02

10. Especificamente no que tange à Dívida Externa, prevê-se que o endividamento

líquido decorrerá de desembolsos na magnitude dos AKZ 1.035,90 mil milhões e Amortizações AKZ 302,88 mil milhões, tal como exibe o quadro a seguir:

Tabela 3: Endividamento Externo Líquido – AKZ Mil Milhões

Ordem Descrição Valores

Endividamento Externo Líquido 733,02

1 Desembolsos 1.035,90

1.1 Linhas de Crédito 890,00

1.2 Eurobonds 145,9

2 Amortizações -302,88

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 8

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11. No âmbito da Dívida Interna, o endividamento líquido previsto tem origem na

contratação de dívida na ordem dos AKZ 729,18 mil milhões e amortizações que totalizam AKZ 461,95 mil milhões. No quadro abaixo desagrega-se em detalhe

cada um destes valores:

Tabela 4: Endividamento Interno Líquido - AKZ Mil Milhões

Ordem Descrição Valores

1 Endividamento Interno Líquido 267,23

1.1 Emissão de Dívida 729,18

1.1.1. Obrigações do Tesouro 446,64

1.1.2 Bilhetes do Tesouro 193,9

1.1.3 Outros 88,64

1.1.3.1 Contratos de Mútuo 29,9

1.1.3.2 Capitalização do BNA 31,3

1.1.3.2 Capitalização do BDA 27,44

1.1.3.3 Regularização de Atrasados de Exercícios Anteriores 0

1.2 Amortizações -461,95

1.2.1 Obrigações do Tesouro -158,55

1.2.2 Bilhetes do Tesouro -204,52

1.2.3 Amortização de Outras Operações -0,88

1.2.4 Despesas de Atrasados de Exercícios Anteriores -98

12. Como os processos de capitalização do BNA e do BDA, serão realizados através da entrega de Obrigações do Tesouro, estima-se que o stock destes títulos

incrementar-se-á AKZ 346,83 mil milhões em 2014, fruto de emissões de AKZ 505,38 mil milhões e amortizações de AKZ 158,55 mil milhões.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 9

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III.CENÁRIO MACROECONÓMICO ACTUAL E PERSPECTIVAS

A. Mercado Internacional

13. Apesar do elevado grau de incerteza dos indicadores de evolução da economia internacional, as recentes avaliações indicam que o ritmo da expansão da

economia mundial não deverá registar significativas alterações no médio prazo.

14. Não obstante as taxas de juro de referência dos principais bancos centrais, se

situarem actualmente próximas de zero, os sinais de expansão das economias desenvolvidas, ainda que moderado, tem vindo a reflectir-se na depreciação dos

títulos de dívida pública nos mercados de referência (Estados Unidos da América e Zona Euro) e consequentemente na subida das respectivas yields.

15. Um dos riscos mais prementes consubstancia-se na possível fuga abrupta e

expressiva de capital dos países emergentes, o que pode implicar no agravamento das condições financeiras destes países, no momento em que já enfrentam

perspectivas mais fracas de crescimento e o consequente aumento da vulnerabilidade doméstica.

16. Especialmente no que tange à Zona do Euro, onde a situação é mais crítica, a taxa de desemprego deverá atingir um pico de 12,3%, um aumento de quase um

ponto percentual em relação ao ano anterior (11,3%).

17. Dentro deste cenário, haverá uma tendência para que o preço de petróleo se mantenha em torno do patamar de USD 100 por barril, beneficiando o fluxo de receitas petrolíferas em 2014.

18. Em resumo, projecta-se que o cenário macroeconómico internacional sob o qual a gestão da dívida terá lugar em 2014, mais positivo do que aquele experimentado durante o ano de 2013, já que a perspectiva para o crescimento da economia

mundial no próximo ano deverá ser de 3,6% quando no ano curso o crescimento está estimado em 2,9%.

B. Mercado Interno

19. A previsão para o cenário macroeconómico interno baseia-se em dois pilares

principais:

O fluxo sustentado de receitas petrolíferas conjugado com a disciplina

fiscal em vigor nos últimos anos possibilitou o incremento das reservas internacionais, que já atingiram um valor superior a USD 33 mil milhões.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 10

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Por outro lado, a estabilidade da taxa de câmbio que decorreu deste

cenário de consolidação fiscal garantiu o aumento sustentado da credibilidade da política económica em vigor, com impactos directos sobre

as taxas de juros da colocação dos Títulos do Tesouro, cenário que deverá manter-se no médio prazo.

Nas projecções e análises realizadas, assumiu-se na totalidade as principais

premissas assumidas no Relatório de Fundamentação do Orçamento

Geral do Estado de 2014, que em síntese são as seguintes:

Tabela 5: Pressupostos do OGE 2014 – USD Mil Milhões

Taxa de Câmbio

Preço do Petróleo

(USD/Barril) Inflação

(%) PIB (Valor Nominal)

Taxa de Crescimento real do PIB

(%) Reservas

Internacionais

98 98 7,0 - 9,0 12.855,50 8,8 33.736,60

IV. DIRECTRIZES DA ESTRATÉGIA DE ENDIVIDAMENTO

20. O objectivo geral da estratégia de endividamento de 2014 visa, não somente a

minimização de custos numa perspectiva de longo prazo, mas igualmente a

diversificação das fontes de financiamento disponíveis ao Tesouro Nacional,

sem perder de vista: (i) uma distribuição equilibrada de custos; (ii) níveis

prudentes de risco; e (iii) promoção eficiente do mercado financeiro interno.

21. Assim, as principais medidas previstas para 2014 consubstanciam-se no

seguinte:

A. Alongamento da curva de vencimentos da Dívida Pública

Com a intenção de alargar o prazo de vencimento da dívida pública,

assim como propiciar uma previsão mais apurada sobre o pagamento de

juros, está sendo concedido, de forma progressiva, uma ênfase cada vez

maior na obtenção de financiamento doméstico através de Obrigações

do Tesouro em Moeda Nacional com taxas de juros fixas.

Em 2014 estes títulos continuarão a ser emitidos sob duas modalidades,

indexados à variação da taxa de câmbio e sem indexação, sendo que

para os mesmos pretende-se reservar as maturidades mais longas de 4 e

5 anos, ao passo que para os vértices mais curtos projecta-se emissões de

títulos de 2 e 3 anos. Com esta desagregação das emissões, visa-se

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 11

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conceder um maior incentivo ao mercado para a aquisição de títulos

com maturidades maiores.

B. Diversificação das Fontes de Financiamento

Na esfera da diversificação das fontes de financiamento, vislumbra-se a

possibilidade de realizar em 2014 a emissão de títulos soberanos no

mercado internacional, em um montante aproximado de US$ 1,5 mil

milhões. Abrir-se-ia assim, a possibilidade de aceder recursos externos

sem a necessidade de recorrer às fontes mais tradicionais de

financiamento bilaterais, ancoradas ao seguro de crédito à exportação e

em alguns casos na categoria de créditos comerciais, com aporte de

seguros de créditos privados, extremamente limitados, face às novas

regras prudenciais impostas em alguns mercados às instituições

financeiras internacionais, no processo de créditos para projectos de

investimento de grande monta.

Acredita-se que esta solução poderia ser viável já em 2014

fundamentalmente porque, conforme o atestam diversas análises

publicadas por alguns dos mais importantes bancos de investimento do

mundo, o momento actual poder ser considerado como ideal para

concretizar a estreia de Angola nos mercados internacionais. A razão

específica para esta afirmação residiria, segundo aquelas mesmas

análises, tanto no facto de as taxas de juros internacionais encontrarem-

se em patamares historicamente baixos, como no facto de os

investidores estarem mais familiarizados com os progressos económicos

e sociais que Angola vem realizando nos últimos anos, confirmados

pela notação positiva que o nosso país tem recebido das principais

agências de rating internacionais.

C. Obtenção de Financiamento Doméstico em Moeda Externa

Considerando o significativo volume de depósitos em moeda externa

detidos por Angolanos no sistema bancário nacional, e tendo em conta

ainda a estratégia de diversificação das fontes de financiamento, o Plano

de Endividamento de 2014 acomoda a possibilidade de, tal como já

ocorreu entre 2005-2008, recorrer-se a emissão de Obrigações do

Tesouro em Moeda Externa (OT-ME), em um montante aproximado de

USD 900 milhões. Outra vantagem potencial de utilizar esta estratégia

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 12

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residiria no facto de que o serviço desta dívida remuneraria nacionais,

ao invés de estrangeiros.

D. Cobertura de Risco de Taxas de Juros

A estratégia de gestão da dívida inclui igualmente a redução da

exposição do risco da carteira da dívida externa sujeita à variação de

taxas de juros. Pretende-se, à princípio, contratar instituições financeiras

internacionais para realizar operações de cobertura de risco que

permitam ao Estado Angolano fixar as taxas de juros dos

financiamentos externos, permitindo assim uma maior previsibilidade

no serviço da dívida, independentemente das condições que venham a

vigorar nos mercados internacionais.

A contratação do hedge tem numa primeira fase como directrizes,

privilegiar as instituições que já detém estes financiamentos e que

muitas delas já apresentaram propostas que serão analisadas pelo

departamento competente do Ministério das Finanças.

A entidade à contratar será analogamente para capacitar os técnicos da

UGD, sendo que a estratégia envolverá as contrapartes do crédito para

reduzir os custos da operação.

E. Alargamento da Base de Investidores

Tendo em conta que a Lei Quadro da Dívida Pública – Lei nº 16/02, de

05 de Dezembro, que estabelece dentre os objectivos estratégicos da

gestão da dívida pública a promoção do desenvolvimento eficiente do

mercado financeiro interno, as políticas de endividamento do Governo

concedem uma proeminência cada vez maior ao mercado interno.

Entretanto, esta transição será implementada de forma gradual, visando

primordialmente evitar que o maior recurso do Tesouro Público ao

financiamento doméstico possa, de alguma forma, acarretar um

aumento das taxas de juros para a concessão de crédito ao sector

privado nacional, que ainda está em níveis incipientes.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 13

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F. Promoção do Mercado Financeiro Angolano

Com a aprovação em 2013 de vários Diplomas Presidenciais no âmbito

da actuação da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), foi dado o

passo decisivo para concretização de um Mercado Secundário de

Títulos da Dívida Pública, o que concederá maior liquidez às

Obrigações do Tesouro e possibilitará assim a emissão de títulos com

maturidades mais longas.

A maior ênfase no mercado de dívida doméstica, em conjunto com uma

maior liquidez no mercado secundário de títulos, propiciará uma maior

dinamização do mercado financeiro Angolano.

V. ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O ANO DE 2014

22. Este capítulo desagrega-se em três secções principais, cada uma delas

abordando separadamente a questão da dívida externa e interna. Na primeira

secção (“Financiamento”), serão mostrados os calendários prospectivos, com

os respectivos valores dos desembolsos externos e da emissão de dívida interna.

23. Na segunda secção do capítulo (“Serviço”), abordar-se-á o serviço mensal

esperado tanto para a dívida externa, como para a dívida interna, efectuando-se

ao final a agregação do serviço total da dívida.

24. A terceira secção do capítulo dedica-se a apresentar, baseado nos cenários de

emissão e de amortização de dívida dispostos nas duas secções anteriores, a

evolução dos stocks de dívida externa e dívida interna, agregando-se ao final as

duas componentes para obter o stock esperado para a dívida pública total no

final de 2014.

A. Projecções para o Financiamento

25. Como já se referiu, o recurso ao financiamento em 2014 terá origem tanto a

nível externo como interno e totalizará AKZ 1.932,07 mil milhões, dos quais

cerca de 46% (AKZ 896,17 mil milhões) do total, advirá de fontes de

financiamento interna. Nas subsecções a seguir detalha-se estes números.

(i) Dívida Externa

26. Relativamente à dívida externa, projecta-se que os desembolsos mensais ao

longo de 2014 seguirão a dinâmica exibida no gráfico a seguir:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 14

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Gráfico 1: Cronograma de Desembolsos Externos das Linhas de Crédito em 2014

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

AKZ

Mil

Milh

ões

Desembolsos Mensais

27. Em termos de das fontes de financiamento, divididas entre fontes de captação

externa Bilateral, Comercial e Multilateral, o cenário previsto para 2014 será o

seguinte:

Tabela 6: Distribuição dos Desembolsos de Linhas de Crédito – AKZ Mil Milhões

Desembolsos para 2014 - Dívida Externa %

Bilateral 275,9 31%

Comercial 605,2 68%

Multilateral 8,9 1%

Total 890,0 100%

Gráfico 2: Distribuição dos Desembolsos Bilaterais

BDC 6%

Banesto 2% BBVA

1%

BNDES 39%

Deutsche Bank 8%

Eximbank China 34%

ICBC 8%

Outros 2%

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 15

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28. Conforme detalhe do quadro acima, pode-se verificar que o BNDES

representa 39% do montante global de desembolsos de AKZ 275,9 mil milhões

para fonte Bilateral, destacando-se os projectos de implementação do

Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e Aproveitamento Hidroeléctrico de

Cambambe. Gráfico 3 Distribuição dos Desembolsos Comerciais

DBSA 8%

JBIC7%

Luminar Finance50%

VTB Bank20%

Outros15%

29. No domínio dos desembolsos comerciais, pode-se verificar no gráfico acima

que a Luminar Finance representa 50% do total, com “Financiamento à

Tesouraria”.

Gráfico 4: Distribuição dos Desembolsos Multilaterais

30. Relativamente a fonte de captação Multilateral, como mostra o gráfico acima,

o destaque vai para o Banco Mundial, que contribuirá com cerca de 79% do

valor global de AKZ 8,9 mil milhões.

31. Outrossim, perspectiva-se, tendo em conta a estratégia de diversificação das

fontes de financiamento, a estreia no mercado internacional, através da

emissão de títulos soberanos, na ordem de AKZ 145,9 mil milhões.

Banco Mundial 79%

FAD 21%

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 16

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(ii) Dívida Interna

32. No cenário interno, as emissões de Obrigações do Tesouro por meio de leilão

deverão atingir cerca de AKZ 446,64 mil milhões, desagregadas em OT TXC1,

OT NR2 e OT ME3, com quatro maturidades principais, tal como exibem os

quadros a seguir:

Tabela 7: Leilões de OT – Tipos ofertados em 2014 – AKZ Mil Milhões

Modalidades e montantes de OT oferecidos em 2014

Modalidade Montante definido para Emissão

Percentagem

OT´S NR 267,98 60%

OT´S TXC 89,33 20%

OT´S ME 89,33 20%

Total 446,64 100%

Tabela 8: Composição da Carteira de Obrigações OT-ME em 2014 – AKZ Mil Milhões

Composição da Carteira de Obrigações OT-ME em 2014

Maturidade Anos Taxa de Cupão Montante de Emissão

5 Libor + 2,5% 44,67

7 Libor + 3% 44,67

Total - 89,33

Tabela 9: Composição das Emissões de Obrigações do Tesouro (OT-NR e OT -TXC) – AKZ Mil Milhões

Composição da Carteira de Obrigações OT-NR em 2014 Composição da Carteira de Obrigações OT- TXC em 2014

Maturidade Anos

Taxa de Cupão Montante Percentagem

Maturidade Anos

Taxa de Cupão Montante Percentagem

2 7,00% 107,19 40% 2 7,00% 35,73 40%

3 7,25% 80,39 30% 3 7,25% 26,80 30%

4 7,50% 40,20 15% 4 7,50% 13,40 15%

5 7,75% 40,20 15% 5 7,75% 13,40 15%

Total 267,98 100% Total 89,33 100%

33. As emissões de Obrigações do Tesouro a serem realizadas de forma directa

para beneficiários específicos (BNA, BDA e Regularização de Atrasados de

Exercícios Anteriores) atingirão cerca de AKZ 254,73 mil milhões, e incluirão,

1 Títulos indexados à variação cambial. 2 Títulos sem qualquer indexador. 3 Títulos em Moeda Externa (USD).

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 17

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na sua maioria, OT com indexadas à variação cambial, conforme indicação do

quadro seguinte:

Tabela 10: Composição da Carteira de Obrigações do Tesouro – AKZ Mil Milhões

Composição da Carteira de Obrigações do Tesouro em 2014 (Emissão Directa)

Modalidade Montante definido para Emissão Percentagem

OT´S NR - Regularização de Atrasados de Exercícios Anteriores 196,00 77%

OT´S NR - Capitalização do BNA 31,29 12%

OT´S NR - Capitalização do BDA 27,44 11%

Total 254,73 100%

34. Prevê-se ainda a emissão de AKZ 360,9 mil milhões de Bilhetes do Tesouro em

2014, dos quais converter-se-ão em dívida fundada cerca de AKZ 167,00 mil

milhões. O quadro abaixo elenca a composição da emissão projectada de BT

em termos de maturidades:

Tabela 11: Composição da Carteira de BT 2014 – AKZ Mil Milhões

Composição da Carteira de Bilhetes de Tesouro para 2014

Maturidade Dias Montante definido para

Emissão Percentagem Taxa de Juros*

91 Dias 54,14 15% 4,50%

182 Dias 104,66 29% 5,00%

364 Dias 202,10 56% 6,00%

Total 360,90 100% -

*Estas foram as taxas de juros utilizadas para efectuar o cálculo do serviço da dívida denominada em BT

B. Projecções para o Serviço

35. Prevê-se que o serviço da dívida totalize em 2014 cerca de AKZ 1.333,66 mil

milhões, dos quais cerca de 67% corresponderão à dívida interna e 33% à

divida externa. Nas subsecções a seguir desagrega-se este serviço em termos de

dívida externa e interna.

(i) Dívida Externa

36. No âmbito do perfil de amortizações da dívida externa, as projecções indicam

um maior volume de amortizações nos meses de Abril, Maio, Agosto, Outubro

e Novembro. O gráfico abaixo exibe esta evolução ao longo de 2014:

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Gráfico 5: Perfil das Amortizações de Dívida Externa - 2014

-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

AKZ M

il milh

ões

Total de Amortizações

Total de Amortizações

(ii) Dívida Interna

37. O pagamento de juros e amortizações da dívida interna apresenta um

comportamento crescente ao longo de 2014, projectando-se que o mês de

Dezembro registe um serviço de cerca de AKZ 104,71 mil milhões, tal como

ilustra o gráfico a seguir:

Gráfico 6: Perfil do Serviço da Dívida Interna em 2013, 2014 e 2015

38. O quadro acima reflecte um serviço elevado no último mês do ano de 2014 em

decorrência das emissões de OT-TXC realizadas em Dezembro de 2010, que

totalizaram AKZ 37.709 mil milhões (USD 384,7 milhões), e que foram

emitidas para a regularização de passivos de exercícios findos para com as

instituições financeiras.

39. Para permitir aferir em detalhes qual será a composição do serviço da dívida

interna titulada em 2014, apresenta-se abaixo a sua desagregação em

amortizações de OT e BT:

-

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

Jan

-13

Fev-

13

Mar

-13

Ab

r-1

3

Mai

-13

Jun

-13

Jul-

13

Ago

-13

Set-

13

Ou

t-1

3

No

v-1

3

Dez

-13

Jan

-14

Fev-

14

Mar

-14

Ab

r-1

4

Mai

-14

Jun

-14

Jul-

14

Ago

-14

Set-

14

Ou

t-1

4

No

v-1

4

Dez

-14

Jan

-15

Fev-

15

Mar

-15

Ab

r-1

5

Mai

-15

Jun

-15

Jul-

15

Ago

-15

Set-

15

Ou

t-1

5

No

v-1

5

Dez

-15

AK

Z M

il M

ilhõ

es

Serv OT Serv BT Serv OT+BT

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Gráfico 7: Desagregação do Serviço da Dívida Interna em 2014

40. Os recursos necessários para atender à amortização da dívida interna, que para

além da dívida titulada compreende a categoria “outros” e atrasados de

exercícios anteriores, são de aproximadamente AKZ 461,64 mil milhões.

41. O pagamento de juros, que engloba as Obrigações do Tesouro em moeda

nacional e externa, mais os Bilhetes do Tesouro que compõe a dívida flutuante,

deverá atingir a casa dos AKZ 83,70 mil milhões.

Tabela 12: Previsão do Serviço da Dívida Titulada em 2014 - AKZ Mil Milhões

Serviço da Dívida Titulada

Ordem Designação Amortização Juros

1 Bilhetes do Tesouro (Dívida Flutuante) 141,94 11,05

2 Bilhetes do Tesouro (Dívida Fundada) 204,52 *

3 Obrigações do Tesouro 158,55 72,17

4 Total da dívida Titulada para 2014 505,01 83,22 * Os juros dos BT componentes de dívida fundada são contabilizados como amortizações no ano seguinte.

C. Projecções para a Evolução do Stock

(i) Dívida Externa

42. Com base na contratação prevista de financiamentos e nas amortizações

projectadas em 2014, projecta-se que o stock do endividamento externo

apresente um crescimento de 33% até o final do próximo ano.

-

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00A

KZ

Mil

Milh

õe

s

BT OT Amortiz OT Juros

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 20

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Tabela 13: Previsão para o Stock da Dívida Externa em 2014 – AKZ

PREVISÃO DO STOCK DÍVIDA EXTERNA 2014

Ordem Descrição Valores

1 PREVISÃO DO STOCK DA DIV. EXTERNA DEZ 2013

1.1 Stock Dívida Externa - Nov. 2013 2.019.785.454.624,72

1.2 Desembolsos Previstos – Dez. 2013 115.736.401.590,71

1.3 Amortizações da Dívida Externa – Dez. 2013 22.684.838.283,28

1.4 Previsão do Stock da Dívida Externa 2013 2.112.837.017.932,15

1.5 Desembolsos Dívida Externa 2014 1.035.900.000.000,00

1.6 Amortização da Dívida Externa 2014 302.880.750.000,00

1.7 Total Endividamento Líquido 2014 733.019.250.000,00

2 Previsão do Stock da Dívida Externa 2014

2.1 Previsão do Stock da Dívida Externa 2014 2.845.856.267.932,15

3 Variação do Stock em 12 meses 35%

Tabela 14: Rácios da Dívida Externa vs PIB

RÁCIOS (STOCK/PIB)

Stock Dívida Externa - Nov. 2013 16%

Previsão do Stock da Dívida Externa 2013 17%

Previsão do Stock da Dívida Externa 2013 23%

(ii) Dívida Interna

43. A evolução do stock de dívida interna, por sua vez, deverá manter em 2014 a

tendência verificada desde meados de 2010, que se consubstancia numa

ampliação da participação dos títulos de médio e longo prazo no total da

carteira.

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Tabela 15: Previsão para o Stock da Dívida Interna em 2014 - AKZ

PREVISÃO DO STOCK DÍVIDA INTERNA TITULADA 2014

Ordem Descrição Valores

1 PREVISÃO DO STOCK DA DÍV. INTER TIT - DEZ 2013

1.1 Stock Obrigações Tesouro – Nov. 2013 (a) 838.357.538.404,09

1.2 Desembolsos previstos de Obrigações Tesouro - Dez 2013 (c) 198.778.333.333,33

1.3 Amortizações da Dívida Interna – Dez. 2013 112.842.132.197,08

1.4 Previsão do Stock da Dívida Interna Titulada – Dez. 2013 1.336.022.179.540,34

1.4.1 Previsão Stock OT MN - Dez. 13 924.293.739.540,34

1.4.2 Stock OT ME - Dez 13 208.503.440.000,00

1.4.3 Stock BT (Dívida Fundada) – Dez. 2013 203.225.000.000,00

2 PREVISÃO DO STOCK DA DÍVIDA INTERNA 2014

2.1 Previsão do Stock da Dívida Interna Titulada - DEZ 2013 1.336.022.179.540,34

2.2 Desembolsos Dívida Interna Titulada 2014 925.171.707.272,73

2.3 Amortização da Dívida Interna Titulada 2014 467.900.000.000,00

2.4 Previsão do Stock da Dívida Interna 2014 1.793.293.886.813,07

Variação em 12 meses 34%

Tabela 16: Rácios Dívida Interna vs PIB

RÁCIOS (STOCK/PIB)

Stock Dívida Externa - Nov. 2013 7%

Previsão do Stock da Dívida Externa 2013 11%

Previsão do Stock da Dívida Externa 2013 14%

VI. ANÁLISE DE RISCO

44. As políticas de gestão da carteira da Dívida Pública, complementadas com as

práticas modernas de gestão de risco, ocupam a lista de prioridades do

Executivo e estão explícitas na Legislação vigente sobre o endividamento

público.

45. Um dos destaques nesta óptica reside na orientação de minimizar os custos de

financiamento numa perspectiva de longo prazo, devendo esta estratégia estar

sujeita à níveis prudentes de risco.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 22

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46. Assim, neste capítulo serão abordados os principais riscos à que estaria sujeita

a gestão de Dívida Pública no decorrer de 2014 e as prováveis acções que

poderiam mitigá-las.

47. Os riscos abordados neste documento serão da seguinte natureza: risco de

liquidez, risco de taxa de juros, risco cambial e risco de refinanciamento.

A. Risco de liquidez

48. O Risco de Liquidez avalia a capacidade do Tesouro Nacional em realizar o

serviço da dívida com base nos níveis previstos para a receita fiscal e pode ser

aferido através do rácio “serviço da dívida / receitas fiscais” ou ainda “juros da

dívida/receitas correntes”.

49. O quadro a seguir apresenta os rácios esperados para 2014, sendo também

mostrados os rácios do “serviço da dívida interna / receitas fiscais” e “serviço

da dívida externa / receitas petrolíferas”:

Tabela 17: Rácios de Sustentabilidade

Ordem Descrição AKZ Mil Milhões

1 Receitas Fiscais OGE 2014 4.744,80 2 Receitas Petrolíferas 3.313,10 3 Receitas Não Petrolíferas 1.226,90 4 Serviço da Dívida Interna 1.322,60 5 Serviço da Dívida Externa 361,80

Rácios %

6 Rácio Serv. Dív. Externa/Rec. Petrolíferas 11% 7 Rácio Serv. Dív. Interna/Rec. Fiscais 28% 8 Rácio Serv. Dív. Interna/Rec. Não Petrolíferas 108% 9 Rácio Serv. Dív. Total/ Rec. Fiscais 35%

10 Rácio Juros Dív. Total/Receitas Fiscais 3%

50. Como se pode aferir pela análise da tabela, o serviço da dívida representará

aproximadamente 35% das receitas fiscais projectadas. No âmbito da dívida

externa, o serviço previsto para 2014 deverá representar 11% das receitas

petrolíferas esperadas. O pagamento de juros, por seu turno, responderá por

cerca de 3% das receitas fiscais.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 23

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51. Numa situação extrema, em que as receitas fiscais em 2014 representassem

apenas 80% do programado no OGE, os rácios projectados passariam a ser os

seguintes:

Tabela 18: Rácios de Sustentabilidade - Cenário Extremo

Ordem Descrição AKZ Mil Milhões

1 Receitas Fiscais OGE 2014 3.795,84 2 Receitas Petrolíferas 2.364,14 3 Receitas Não Petrolíferas 1.226,90 4 Serviço da Dívida Interna 1.322,60 5 Serviço da Dívida Externa 361,80

Rácios %

6 Rácio Serv. Dív. Externa/Rec. Petrolíferas 15% 7 Rácio Serv. Dív. Interna/Rec. Fiscais 28% 8 Rácio Serv. Dív. Interna/Rec. Não Petrolíferas 108% 9 Rácio Serv. Dív. Total/ Rec. Fiscais 44%

10 Rácio Juros Dív. Total/Receitas Fiscais 3%

52. Nestas condições, o serviço da dívida passaria a consumir 44% das receitas

fiscais, ao passo que o pagamento de juros manter-se-ia no nível anterior de

3%.

B. Risco de taxas de juros

53. O risco de taxas de juros avalia qual o impacto que flutuações nas taxas de

juros que incidem sobre o stock de dívida pública podem ter sobre o seu serviço

e sua sustentabilidade.

(i) Dívida Externa

54. A carteira da dívida pública contém uma grande percentagem dos empréstimos

com taxas de juro variável, facto este que é consistente com a pouca

concessionalidade da carteira de empréstimos de Angola.

55. A dívida externa, por ser composta em 81% por contratos que possuem taxas

de juros variáveis, apresenta um maior risco de aumento no seu serviço na

eventualidade de uma forte ascensão das taxas de juros internacionais (tais

como a LIBOR).

56. Entretanto, um aumento substancial da taxa Libor e de outras taxas de juros

internacionais continua, segundo a maior parte dos analistas, muito improvável

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 24

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no curto e médio prazo, o que de certa forma garante um espaço para que

Angola possa vir a implementar uma estratégia robusta para fazer frente a

elevação destas taxas quando elas ocorrerem.

(ii) Dívida Interna

57. Relativamente à dívida interna, cerca de 79% das Obrigações do Tesouro

emitidas (em moeda nacional e moeda externa) compõe-se de títulos com taxa

de juros fixas, quando ao final de 2012 este percentual estava em torno de 65%.

58. Se a análise se restringir apenas às Obrigações do Tesouro em Moeda

Nacional, este percentual sobe para 99,6%.

59. Assim, caso as taxas de juros internacionais viessem a apresentar uma

tendência de alta durante o ano de 2014, no âmbito da dívida interna apenas a

fatia da dívida composta por Obrigações do Tesouro em Moeda Externa que

representa 21% do total seria afectada.

60. Em termos concretos, considerando que as taxas Libor 6 meses andam à volta

dos 0,5% ao ano e que o stock de OT ME está avaliado em USD 2,15 mil

milhões, a projecção do pagamento de juros sobre estes títulos em 2014 vai

rondar a casa dos USD 54 milhões.

61. Dentro deste cenário, admitindo-se que, em uma situação extrema bastante

improvável, as taxas Libor quintuplicassem já a partir de Janeiro próximo, o

incremento no serviço das Obrigações do Tesouro em 2014 seria da ordem dos

5% sobre o valor actualmente projectado (cerca de USD 871 milhões).

C. Risco cambial

62. O risco cambial procura mensurar qual seria o impacto que desvalorizações da

moeda nacional em relação ao USD ou ao EURO poderiam ter sobre o serviço

da dívida pública.

63. Assim, a princípio, seriam afectados por variações cambiais o stock de

Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional indexadas à variação da taxa de

câmbio, as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa e todo o stock de dívida

externa, ficando excluídos do cálculo apenas os Bilhetes do Tesouro e as

Obrigações do Tesouro Não Reajustáveis.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 25

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(i) Dívida Externa

64. O stock de dívida externa compõe-se, em cerca de 81%, por contractos

denominados em USD, o que concede um hedge cambial importante ao país já

que mais de 70% das receitas do Tesouro são auferidas nesta mesma moeda.

65. Uma desvalorização da moeda americana em relação às demais moedas que

constituem o portfólio da dívida externa Angolana, tais como o Euro e o Yen,

impactaria apenas sob 19% do portfólio total.

66. Tendo em conta que a previsão do OGE 2014 para o pagamento de juros

externos é de AKZ 43,15 mil milhões, e assumindo que todos os contratos

externos têm a mesma taxa de juros, a porção destes juros externos que estaria

sujeita a variações cambiais seria de AKZ 11,22 mil milhões (= AKZ 59,1 mil

milhões x 19%).

67. Mesmo assumindo que o Dólares Americano se desvaloriza-se em 30% em

relação às demais moedas que compõem o portfólio da dívida externa de

Angola, o montante de juros anuais desta parcela da dívida externa se

incrementaria de AKZ 11,22 mil milhões para AKZ 14,59 mil milhões. (=

11,22 x 1,3).

68. Em termos dos juros externos totais, o montante passaria de AKZ 59,1 mil

milhões para AKZ 62,46 mil milhões, um incremento de apenas 6%.

(ii) Dívida Interna

69. Como já se referiu acima, na esfera da dívida interna, os títulos que possuem

indexação cambial, e que por isso apresentam alterações no seu serviço todas

as vezes em que ocorre uma variação cambial, são as Obrigações do Tesouro

em Moeda Nacional indexadas à variação da taxa de câmbio e as Obrigações

do Tesouro em Moeda Externa. O quadro disposto a seguir ilustra a

composição da dívida interna em termos de exposição à variações na taxa de

câmbio:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 26

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Tabela 19: Exposição do stock da Dívida interna à variação cambial - AKZ

1 OBRIGAÇÕES DO TESOURO EM MOEDA NACIONAL STOCK % DO TOTAL

STOCK OT MN 797.049.630.663,61

OT NOVA VIDA -JUROS VAR 2.893.502.934,42 0,36%

OT INDEXADA 4% 96.399.308.882,59 12,09%

OT NÃO REAJUSTÁVEL 7% A 7,75% 362.374.000.000,00 45,46%

OT INDEXADA 7% A 8% A.A 335.382.818.846,60 42,08%

1.2 PERCENTUAL DA CARTEIRA DE OT MN COM INDEX CAMBIAL 54,5%

1.3 PERCENTUAL DA CARTEIRA DE OT MN SEM INDEX 45,5%

2 OBRIG. DO TESOURO EM MOEDA EXTERNA (Juros Variáveis ) STOCK

208.503.440.000,00

3 STOCK TOTAL DE OBRIGAÇÕES DO TESOURO STOCK % DO TOTAL

1.005.553.070.663,61

OT MN 79,3%

OT ME 20,7%

3.3 PERCENTUAL DA CARTEIRA DE OT SUJEITA À VAR CAMBIAL 64,0%

4 STOCK BILHETES DO TESOURO 233.515.838.000,00

70. A apreciação do quadro acima permite aferir que relativamente à Obrigações

do Tesouro em Moeda Nacional, a participação dos títulos com indexação

cambial representa 54% da carteira, o que indica uma redução de 5 pontos

percentuais relativamente a Dezembro de 2012.

71. Também importa destacar, que o crescimento no stock das Obrigações Não

Reajustáveis, que passou de AKZ 138,3 mil milhões no final do ano transacto

para AKZ 335,2 mil milhões no final de Outubro de 2013, demonstra a

confiança do mercado na política macroeconómica em curso durante os

últimos anos.

72. A constatação de que a carteira total de Obrigações ainda apresenta um

componente de cerca de 64% com exposição a variações na taxa de câmbio não

deveria, como já se referiu em outros documentos, ser visto como um risco

potencial, já que o facto de as receitas fiscais serem auferidas, em cerca de 70%

do total, em moeda externa, cria um hedge automático contra desvalorizações

da moeda nacional.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 27

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73. Ou seja, as desvalorizações cambiais aumentam não apenas o serviço da dívida

interna indexada à variação cambial, mas também as receitas auferidas pelo

Tesouro em Moeda Nacional que ao fim e ao cabo serão utilizadas para cobrir

este serviço.

D. Risco de Refinanciamento

74. O risco de refinanciamento reflecte a possibilidade do Tesouro vir a enfrentar

custos mais elevados para obter financiamentos na medida em que a dívida,

especificamente de curto prazo, vai vencendo. Deste modo, este risco está

sensivelmente relacionado com o perfil de maturidade da dívida pública.

(i) Dívida Externa

75. Como demonstra o gráfico abaixo, no âmbito da dívida externa menos de 1%

do stock é composto por dívidas de curto prazo, o que reduz substancialmente

a exposição do endividamento externo a este tipo de risco.

Gráfico 8: Composição da Carteira de Dívida Externa por Maturidade

Curto Prazo0,10%

Médio e Longo Prazo

99,90%

(ii) Dívida Interna

76. O aprofundamento do processo de estabilidade macroeconómica, na medida

em que aumenta o horizonte de confiança dos agentes económicos, tem

permitido que a estratégia de conceder-se mais ênfase às emissões de

Obrigações do Tesouro tenha tido sucesso. Com isso a participação dos títulos

de médio e longo prazo na carteira total tem-se mantido em patamares

elevados, tal como demonstra a tabela a seguir:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 28

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Tabela 20: Stock da Dívida Interna Titulada de curto, médio e longo prazo - AKZ

STOCK DÍVIDA INTERNA TITULADA 1.239.068.908.663,61

Títulos de médio e longo prazo - % do stock total 81%

Títulos de curto prazo (menos de 1 ano) - % do stock total 19%

Títulos em MN em relação à Divida Titulada Interna 83%

77. Projecta-se que a dívida vincenda em 2014 totalize aproximadamente AKZ

598,4 mil milhões, o que corresponderia a cerca de 42% do stock projectado

para o endividamento doméstico titulado em Dezembro de 2013. Prevê-se

ainda que cerca de 59% do serviço da dívida interna projectado para 2014 será

decorrente do serviço de Bilhetes do Tesouro. O quadro abaixo detalha estas

informações:

Tabela 21: Stock da Dívida Interna Titulada com vencimento em 2014

Divida Interna Vincenda em 2014 598,4

Amortizações de OT 158,4

Juros OT 85,5

BT emitidos em 2013 268

BT emitidos em 2014 86,5

Serviço BT / Div Vincenda 59%

Dívida Vincenda em 2014/Previsão do stock em Dez 2013 42%

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 29

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VII. EMISSÕES PARA CAPITALIZAÇÃO DO BNA E DO BDA

78. Durante o decorrer de 2014 estão previstas emissões de Obrigações do Tesouro

a serem entregues directamente ao Banco Nacional de Angola (BNA) e ao

Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).

79. No que concerne ao BNA, o montante a ser entregue sob a forma das

obrigações do Tesouro referidas atinge AKZ 31.290.000.000,00 (Trinta e um

mil milhões, duzentos e noventa milhões de Kwanzas) e visa primordialmente

dar continuidade ao processo de capitalização iniciado em 2012 e que pretende

dotar o banco de um capital social de AKZ 270.000.000.000,00 (Duzentos e

setenta mil milhões de Kwanzas), tal como disposto no artigo 4º da Lei 16/10,

de 15 de Julho (Lei do BNA). Os títulos a serem utilizados nesta operação

possuem maturidade de 20 anos, e não contemplam o pagamento de juros de

cupão.

80. Relativamente ao BDA, a entrega de Obrigações do Tesouro no valor de AKZ

27.440.000.000,00 (Vinte e sete mil, quatrocentos e quarenta e milhões de

Kwanzas) objectiva atender a necessidade de potencializar os rácios

prudenciais daquela instituição, de maneira a possibilitar que a mesma cumpra

na plenitude a sua missão, de instrumento do Executivo para a execução da

política de desenvolvimento económico e social do País, tal como dispõe n.º 1

do artigo 3º do Decreto n.º 37/06, de 7 de Junho, que criou o BDA. Os títulos

a serem utilizados nesta operação possuem maturidade variando de 20 anos e

contemplam o pagamento de juros de cupão fixo de 5%.

81. Ambas as emissões não impactarão sobre o financiamento líquido previsto no

OGE 2014, já que ao mesmo tempo em que aumentam o passivo do Estado no

momento em que são desembolsadas (aumentam o stock de dívida), aumentam

na mesma proporção os activos do Estado, representados pelo património das

duas instituições beneficiárias.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 30

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VIII. CENÁRIO I -PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO

A. PLANO FINANCEIRO CONSOLIDADO Milhões de Kz

Descrição Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre 2014

Captação de Recursos Financeiros 221.085,45 572.808,18 642.038,18 496.138,18 1.932.070,00

Mercado Interno 158.785,45 296.908,18 220.238,18 220.238,18 896.170,00

Bilhetes do Tesouro 65.618,18 98.427,27 98.427,27 98.427,27 360.900,00

Obrigações do Tesouro 81.207,27 180.540,91 121.810,91 121.810,91 505.370,00

Contratos de Mútuo 11.960,00 17.940,00 - - 29.900,00

Mercado Externo 62.300,00 275.900,00 421.800,00 275.900,00 1.035.900,00

Eurobonds - - 145.900,00 - 145.900,00

Desembolsos de Linhas de Crédito 62.300,00 275.900,00 275.900,00 275.900,00 890.000,00

Serviço da Dívida 166.836,15 256.360,93 278.235,55 332.228,66 1.033.661,29

Dívida Interna 100.894,63 163.674,29 190.111,30 232.906,74 687.586,96

Amortizações 89.128,88 143.420,95 169.654,88 201.678,14 603.882,86

Bilhetes de Tesouro 60.727,82 65.010,00 101.317,47 119.403,12 346.458,41

Obrigações de Tesouro 9.707,60 51.683,68 41.610,14 55.547,75 158.549,17

Amortizações Outras Operações 875,28 - - - 875,28

Atrasados de Exercícios Anteriores 17.818,18 26.727,27 26.727,27 26.727,27 98.000,00

Juros e Comissões 11.765,75 20.253,34 20.456,41 31.228,60 83.704,10

Juros OT 10.877,33 18.228,88 16.680,70 26.381,36 72.168,28

Juros BT 787,15 1.997,76 3.548,10 4.713,79 11.046,80

Juros de Outras Operações 101,27 26,69 227,61 133,45 489,02

Dívida Externa 65.941,53 92.686,64 88.124,26 99.321,92 346.074,33

Total de Amortizações 57.101,34 79.475,13 77.386,81 88.917,47 302.880,75

Amortizações da dívida actual 57.101,34 69.779,99 59.528,31 68.398,05 254.807,70

Com garantia 21.817,26 23.236,03 23.132,47 22.270,73 90.456,50

Sem garantia 35.284,08 46.543,96 36.395,84 46.127,32 164.351,20

Novos Financiamentos - 9.695,14 17.858,50 20.519,42 48.073,05

Juros e Comissões 8.840,19 13.211,51 10.737,45 10.404,45 43.193,58

Juros Com garantia 5.307,38 4.840,33 4.970,72 4.569,00 19.687,43

Juros Sem garantia 3.145,43 7.684,78 5.289,87 5.286,00 21.406,08

Juros de Novos financiamentos 373,79 676,62 465,97 541,17 2.057,55

Comissões e despesas bancárias 13,59 9,78 10,89 8,28 42,54

Saldo Financeiro 200.149,30 316.447,25 363.802,63 163.909,53 1.044.308,71

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 31

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B. COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO

Ordem Descrição Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IV Trimestre 2014

Dívida Interna

A. Captações

A.1. Bilhetes do Tesouro 65.618,18 98.427,27 98.427,27 98.427,27 360.900,00

A.1.1 Captações - ARO 65.618,18 43.308,00 43.308,00 14.764,09 166.998,27

A.1.2. Bilhetes do Tesouro (Dívida Fundada) 0,00 55.119,27 55.119,27 83.663,18 193.901,73

A.2. Obrigações do Tesouro 81.207,27 180.540,91 121.810,91 121.810,91 505.370,00

A.2.1. Obrigações do Tesouro Leilão 81.207,27 121.810,91 121.810,91 121.810,91 446.640,00

A.2.2. Obrigações do Tesouro BNA 0,00 31.290,00 0,00 0,00 31.290,00

A.2.3. Obrigações do Tesouro BDA 0,00 27.440,00 0,00 0,00 27.440,00

A.3. Contratos de Mútuo 11.960,00 17.940,00 0,00 0,00 29.900,00

Emissão Dívida Fundada

Total (OT+BT Fund+

Cont.Mútuo) 174.374,55 434.141,09 298.741,09 327.285,00 729.171,73

B. Resgates/Amortizações

B.1. Bilhetes do Tesouro 60.727,82 65.010,00 101.317,47 119.403,12 346.458,41

B.1.1. Resgates - ARO 60.727,82 12.968,99 30.096,14 38.149,54 141.942,49

B.1.2. Resgates de Dívida Fundada de BT * 0,00 52.041,02 71.221,33 81.253,58 204.515,92

B.2. Resgates de OT 9.707,60 51.683,68 41.610,14 55.547,75 158.549,17

B.3. Amortização de Outras Operações 875,28 0,00 0,00 0,00 875,28

B.4. Atrasados de Exercícios Anteriores 17.818,18 26.727,27 26.727,27 26.727,27 98.000,00

Amortizações de Dívida

Fundada Interna 28.401,06 130.451,97 139.558,74 163.528,60 461.940,37

Endividamento Interno

Líquido 64.766,22 123.148,22 37.371,44 41.945,49 267.231,36

Dívida Externa

A. Captações

A.1. Eurobonds 0,00 0,00 145.900,00 0,00 145.900,00

A.2. Desembolsos de Linhas de Crédito 62.300,00 275.900,00 275.900,00 275.900,00 890.000,00

Desembolsos Dívida Fundada

Externa 208.200,00 275.900,00 275.900,00 275.900,00 1.035.900,00

B. Resgates/Amortizações

B.1. Amortizações de Dívida Externa 57.101,34 79.475,13 77.386,81 88.917,47 302.880,75

B.1.1. Amortizações da Dívida actual 57.101,34 69.779,99 59.528,31 68.398,05 254.807,70

B.1.1.2. Com garantia 21.817,26 23.236,03 23.132,47 22.270,73 90.456,50

B.1.1.2 Sem garantia 35.284,08 46.543,96 36.395,84 46.127,32 164.351,20

B.1.2. Novos Financiamentos 0,00 9.695,14 17.858,50 20.519,42 48.073,05

Endividamento Externo

Líquido 151.098,66 196.424,87 198.513,19 186.982,53 733.019,25

Endividamento Líquido 215.864,88 319.573,09 235.884,63 228.928,02 1.000.250,61

* BT emitidos em 2013

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 32

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C. POTENCIAL DE ATRASADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

Descrição Iº Trimestre IIº

Trimestre

IIIº

Trimestre

IV

Trimestre 2014

Captação de Recursos Financeiros

35.636,36 53.454,54

53.454,54

53.454,54

195.999,98

Obrigações do Tesouro - Atrasados de Exercícios Anteriores 35.636,36 53.454,54 53.454,54 53.454,54 195.999,98

Regularizações

53.418,18 80.127,27

80.127,27

80.127,27

293.800,00

Amortização de Atrasados de Exercícios Anteriores 53.418,18 80.127,27 80.127,27 80.127,27 293.800,00

Saldo -17.781,82 -26.672,73 -26.672,73 -26.672,73 -97.800,02

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 33

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IX.CENÁRIO II -PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO

A. PLANO FINANCEIRO CONSOLIDADO

Descrição Iº Trimestre IIº Trimestre IIIº Trimestre IVº Trimestre 2014

Captação de Recursos Financeiros 256.721,81 626.262,72 695.492,72 549.592,72 2.128.069,98

Mercado Interno 194.421,81 350.362,72 273.692,72 273.692,72 1.092.169,98

Bilhetes do Tesouro 65.618,18 98.427,27 98.427,27 98.427,27 360.900,00

Obrigações do Tesouro 116.843,63 233.995,45 175.265,45 175.265,45 701.369,98

Contratos de Mútuo 11.960,00 17.940,00 - - 29.900,00

Mercado Externo 62.300,00 275.900,00 421.800,00 275.900,00 1.035.900,00

Eurobonds - - 145.900,00 - 145.900,00

Desembolsos de Linhas de Crédito 62.300,00 275.900,00 275.900,00 275.900,00 890.000,00

Serviço da Dívida 202.436,15 309.760,93 331.635,55 385.628,66 1.229.461,29

Dívida Interna 136.494,63 217.074,29 243.511,30 286.306,74 883.386,96

Amortizações 124.728,88 196.820,95 223.054,88 255.078,14 799.682,86

Bilhetes de Tesouro 60.727,82 65.010,00 101.317,47 119.403,12 346.458,41

Obrigações de Tesouro 9.707,60 51.683,68 41.610,14 55.547,75 158.549,17

Amortizações Outras Operações 875,28 - - - 875,28

Atrasados de Exercícios Anteriores 53.418,18 80.127,27 80.127,27 80.127,27 293.800,00

Juros e Comissões 11.765,75 20.253,34 20.456,41 31.228,60 83.704,10

Juros OT 10.877,33 18.228,88 16.680,70 26.381,36 72.168,28

Juros BT 787,15 1.997,76 3.548,10 4.713,79 11.046,80

Juros de Outras Operações 101,27 26,69 227,61 133,45 489,02

Dívida Externa 65.941,53 92.686,64 88.124,26 99.321,92 346.074,33

Total de Amortizações 57.101,34 79.475,13 77.386,81 88.917,47 302.880,75

Amortizações da dívida actual 57.101,34 69.779,99 59.528,31 68.398,05 254.807,70

Com garantia 21.817,26 23.236,03 23.132,47 22.270,73 90.456,50

Sem garantia 35.284,08 46.543,96 36.395,84 46.127,32 164.351,20

Novos Financiamentos - 9.695,14 17.858,50 20.519,42 48.073,05

Juros e Comissões 8.840,19 13.211,51 10.737,45 10.404,45 43.193,58

Juros Com garantia 5.307,38 4.840,33 4.970,72 4.569,00 19.687,43

Juros Sem garantia 3.145,43 7.684,78 5.289,87 5.286,00 21.406,08

Juros de Novos financiamentos 373,79 676,62 465,97 541,17 2.057,55

Comissões e despesas bancárias 13,59 9,78 10,89 8,28 42,54

Saldo Financeiro 54.285,66 316.501,79 363.857,17 163.964,07 898.608,69

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 34

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Ministério das Finanças

B. COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 35

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Ministério das Finanças

X. GLOSSÁRIO

Dívida Pública Fundada

Dívida Pública Directa contraída para ser amortizada em exercício orçamental futuro

àquele em foi criada.

Dívida Pública Flutuante

Dívida Pública Directa contraída para ser totalmente amortizada até ao final do

exercício do orçamento em que foi criada.

Bilhetes do Tesouro - BT

Instrumento de dívida interna de curto prazo (até 364 dias)

Obrigações do Tesouro - OT

Instrumento de dívida interna de médio e longo prazo (acima de 364 dias)

Obrigações do Tesouro - OTXC

Obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio

Obrigações do Tesouro - NR

Obrigações do Tesouro Não Reajustáveis emitidas em moeda nacional

Serviço de Dívida

Pagamento de Capital e de Juros

Concessionalidade

É o resultado da combinação do período de maturidade, taxa de juros, taxa de

redesconto e outros factores.

Dívida Pública Garantida

Obrigação interna contraída pelo devedor (público ou privado) cujos pagamentos são

garantidos pelo Estado. Em caso de incumprimento por parte do devedor o Estado

assegura o pagamento desta obrigação.

Sustentabilidade da Dívida

Nível de capacidade financeira e técnica que o país devedor possui para cumprir com

as suas obrigações de serviço da dívida.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 36

República de Angola

Ministério das Finanças

XI.

DIPLOMA N.º 1)

REPÚBLICA DE ANGOLA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º ........./14

de .... de .....................

A Lei do Orçamento Geral do Estado de 2014, no seu artigo 4.º, autoriza o Executivo

a contrair empréstimos e a realizar outras operações de crédito no mercado interno e

externo, para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes dos

investimentos públicos;

Tendo em conta a necessidade de se ampliar a participação das instituições financeiras

estabelecidas em Angola no processo de financiamento de longo prazo dos projectos

de reconstrução nacional, por meio da subscrição de Obrigações do Tesouro a emitir

especialmente para esta finalidade;

Considerando que incumbe ao Poder Executivo autorizar a emissão de Títulos da

Dívida Pública Directa, designados por Obrigações do Tesouro, para o financiamento

de médio e longo prazos, tal como estabelece o artigo 1º do Decreto Presidencial

259/10, de 18 de Novembro;

Cabendo ao Executivo definir as condições complementares a que obedecerão a

negociação, contratação e emissão de Obrigações do Tesouro, em conformidade com

o estabelecido nos artigos 5.º e 8.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º, e do n.º 1

do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

Artigo 1.º

1. Está autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Obrigações do

Tesouro com as características e condições técnicas previstas neste Decreto Presidencial, até aos limites estabelecidos no Orçamento Geral do Estado.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 37

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Os recursos captados por meio da emissão especial referida no número anterior

destinam-se ao financiamento do Orçamento Geral do Estado de 2014.

Artigo 2.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por Decreto Executivo, a moeda de

emissão, o valor nominal, a taxa de juro de cupão e os prazos de resgate destas Obrigações, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei

n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

2. Os prazos de resgate são de 4 à 14 semestres.

3. Os juros de cupão são pagáveis semestralmente, na moeda de emissão, na respectiva data de vencimento, ou no dia útil seguinte, quando aquele dia não seja útil.

4. O resgate é efectuado pelo valor ao par, na moeda de emissão, acrescido dos juros do

último cupão, também a ocorrer na respectiva data de vencimento, ou no dia útil seguinte, quando aquele não seja útil.

5. Os títulos com as mesmas taxas de juro e datas de resgate consideram-se fungíveis,

ainda que emitidos em datas diferentes.

6. O Ministro das Finanças é autorizado a estabelecer, nos limites da legislação em vigor, incentivos fiscais e financeiros, em benefício dos titulares das Obrigações do Tesouro

referidas neste diploma.

Artigo 3.º

1. A colocação das Obrigações do Tesouro referidas neste diploma efectua-se

directamente junto das instituições financeiras, através de leilão de quantidade ou de preços, em conformidade com as normas e procedimentos a definir em Despacho do

Ministro das Finanças.

2. As instituições que subscreverem as referidas Obrigações podem transaccioná-las entre si e com a clientela.

3. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado das

referidas Obrigações, nas condições previstas na legislação em vigor.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 38

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 4.º

1. A colocação e a subsequente movimentação das Obrigações do Tesouro referidas neste Decreto Presidencial efectuam-se por forma meramente escritural, entre contas-

títulos.

2. O Ministério das Finanças pode delegar, ao Banco Nacional de Angola, a centralização do registo da titularidade das referidas Obrigações do Tesouro, sem

prejuízo de as instituições de crédito e outros intermediários financeiros possuírem registos que lhes permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes.

3. Para efeitos do disposto no número anterior, o Banco Nacional de Angola deve

observar os procedimentos já estabelecidos para as demais formas de emissão de Obrigações do Tesouro, contidas no Decreto n.º 259/10, de 18 de Novembro.

Artigo 5.º

1. As Obrigações do Tesouro gozam da garantia de resgate integral na data de vencimento, por força das receitas gerais do Estado, estando os rendimentos auferidos

sob a forma de juros sujeitos ao que determina o Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro.

2. O Banco Nacional de Angola deve adoptar as providências do seu âmbito para

proceder, directamente, ao crédito da Conta Única do Tesouro, pelo valor arrecadado da colocação dos Títulos do Tesouro na data da emissão e, de igual modo, proceder

ao débito da CUT e ao crédito das contas de depósitos das respectivas instituições beneficiárias ou intermediadoras das operações, pelo montante correspondente ao

pagamento de juros e resgate, nas respectivas datas.

3. Cabe ainda ao BNA a adopção de procedimentos adequados para a informação necessária à Direcção Nacional do Tesouro (DNT) e à Unidade de Gestão da Dívida

Pública (UGD), do Ministério das Finanças.

Artigo 6.º

Compete ao Ministério das Finanças o controle e a gestão da dívida pública directa,

conjuntamente com o Banco Nacional de Angola (BNA), os quais devem, no âmbito

das suas competências, publicar as estatísticas e as cotações das emissões e transacções

das Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções que se mostrem

necessárias ao funcionamento e regulamentação do respectivo mercado.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 39

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 7.º

São inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas indispensáveis para ocorrer ao

serviço da dívida pública directa, regulada pelo presente diploma.

Artigo 8.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por meio de Decreto Executivo, as demais

normas complementares que se fizerem necessárias à implementação das medidas

aprovadas no presente Decreto Presidencial.

2. Em tudo o que se não mostrar contrariado pela sua natureza, aplica-se às Obrigações

do Tesouro de que trata o presente Decreto Presidencial, subsidiariamente, o regime jurídico da dívida pública directa.

Artigo 9.º

As dívidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente diploma são

resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 10º

O presente decreto presidencial entra em vigor na data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos .....de...............de 2014.

Publique-se.

Luanda, aos .....de.......................de 2014.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

(publicado no Dário da República de ...../........./2014.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 40

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 2)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 1)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Obrigações do Tesouro, para o financiamento

de investimentos públicos previstos no Orçamento Geral do Estado de 2014.

Tendo em conta que os artigos 2.º e 8.º do referido Decreto Presidencial autorizam o

Ministro das Finanças a estabelecer, por decreto executivo, as características dos

títulos a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7º da

Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei-Quadro da Dívida Pública Directa.

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 93/10, de 7 de Junho, bem como das disposições do artigo 6.º da Lei

n.º 16/02, de 5 de Dezembro

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo n.º 1 do Decreto Presidencial n.º

(DIPLOMA N.º 1)......./14 de ........de ............, até ao valor global de

Kz89.328.000.000,00 (Oitenta e nove mil milhões e trezentos e vinte e oito

milhões de Kwanzas) são emitidas em Kwanzas com taxas de juro de cupão definidas na colocação, através de leilão de quantidade, e com a actualização do seu valor nominal em conformidade com a variação diária da taxa de

câmbio de referência divulgada pelo Banco Nacional de Angola para a compra de dólares dos Estados Unidos da América.

2. No intuito de se atender às condições correntes nos mercados financeiros, bem como a expectativa razoável da sua evolução, o limite definido no número

anterior poderá ser transferido para a emissão de Obrigações do Tesouro com características distintas daquelas tratadas neste Decreto Executivo.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 41

República de Angola

Ministério das Finanças

3. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades e os critérios de cálculo dos

juros dessa modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

4. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 42

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 3)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../14

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº(DIPLOMA N.º

2)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão regular de

Obrigações do Tesouro com a actualização do valor nominal e taxa de juro fixa;

Havendo a necessidade de se definirem os limites e os critérios de cálculo desta

modalidade de emissão, de forma a garantir-se a fungibilidade desses títulos no

mercado secundário;

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda nacional, com taxa de juro definida na colocação e a actualização do seu valor nominal em conformidade com a variação da taxa de câmbio de referência divulgada

pelo Banco Nacional de Angola para a compra de dólares dos Estados Unidos da América, devem obedecer, em linhas gerais, às condições específicas estabelecidas na

seguinte Obrigação Geral:

Obrigação Geral:

Finalidade: - A emissão é reservada ao financiamento do Orçamento Geral do

Estado de 2014.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 43

República de Angola

Ministério das Finanças

Designação: - Emissão de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional, reajustáveis

em conformidade com a variação da taxa de câmbio (“OT-MN-TXC 2014”).

Moeda: - Kwanza.

Montante máximo: - Até ao valor Kz89.328.000.000,00 (Oitenta e nove mil milhões e

trezentos e vinte e oito milhões de Kwanzas) em títulos com o valor unitário

correspondente à aplicação do coeficiente 1.254,02118 sobre a taxa de câmbio de

referência das operações de compra do Dólar dos Estados Unidos da América

divulgada pelo Banco Nacional de Angola.

Os montantes de emissão que não forem colocados nas respectivas datas previstas

podem adicionar-se à emissão dos períodos subsequentes.

Tipo de Taxa de Juro: - Juros de cupão, calculados sobre o valor nominal actualizado

com base na variação da taxa de câmbio de referência divulgada pelo Banco

Nacional de Angola para as operações de compra de Dólares dos Estados Unidos da

América, de acordo com o seguinte quadro:

Maturidade Taxa de juros

2 anos 7,00% a.a.

3 anos 7,25% a.a.

4 anos 7,50% a.a.

5 anos 7,75% a.a.

Modalidade de Colocação: - através de leilão de quantidade junto das instituições

financeiras habilitadas a participar no leilão e directamente ao público, sem

desconto.

Os montantes de emissão que não forem colocados nas respectivas datas previstas

podem ser adicionados à emissão dos períodos subsequentes.

Condições de Resgate: Prazos de quatro à dez semestres, efectuando-se o resgate pelo

valor nominal actualizado com base na variação da taxa de câmbio de referência das

operações de compra do Dólar dos Estados Unidos da América divulgada pelo

Banco Nacional de Angola.

Periodicidade de Pagamento dos Juros: Semestralmente, na respectiva data de

vencimento, ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil, sobre o valor

nominal de emissão.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 44

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, são

atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao desdobramento

da referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema SIGMA, o registo da emissão,

do pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as condições estabelecidas

na Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo

Ministério das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção

Nacional do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito

das instituições responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e

de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas

referidas instituições, do efectivo resgate final em favor dos titulares beneficiários;

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto nº 259/10,

de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições

financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do

Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados secundário e interbancário,

limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à vinculação como garantia colateral

em operações de empréstimo, em conformidade com as regras a estabelecer pelo

Banco Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no ponto anterior, bem como para o caso de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das Finanças,

dever-se-á ter em conta o seguinte:

I – A actualização do valor nominal será diária, utilizando-se a seguinte fórmula:

VNa = VNe x TCa / TCe

Sendo

VNa : Valor Nominal actualizado

VNe : Valor Nominal de emissão

TCa: Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com três casas

decimais, divulgada pelo BNA para a data actual;

TCe : Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com três casas

decimais, divulgada pelo BNA para a data da emissão.

II - Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,

utilizando-se a seguinte fórmula:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 45

República de Angola

Ministério das Finanças

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor nominal

actualizado;

i : taxa de juros anuais da emissão;

III - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a seguinte

fórmula de taxa equivalente diária:

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc) ]

Sendo,

Indias: taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral,

calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona

matematicamente, a aplicar sobre o valor nominal actualizado;

i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;

dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do

primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no

caso dos demais períodos semestrais;

dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro

pagamento, no caso do primeiro período semestral, ou entre o

pagamento anterior e a data seguinte de vencimento de juros, no caso

dos demais períodos semestrais.

4. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 46

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 4)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./13

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 1)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Obrigações do Tesouro, para o financiamento

de investimentos públicos previstos no Orçamento Geral do Estado de 2014.

Tendo em conta que os artigos 2.º e 8.º do referido Decreto Presidencial autorizam o

Ministro das Finanças a estabelecer, por decreto executivo, as características dos

títulos a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7º da

Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei-Quadro da Dívida Pública Directa.

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo n.º 1 do Decreto Presidencial

n.º (DIPLOMA N.º 1)......./14, de ........de ............, até ao valor global de Kz 267.984.000.000,00 (Duzentos e sessenta e sete mil milhões e novecentos

e oitenta e quatro milhões de Kwanzas), são emitidas em Kwanzas sem reajuste do valor nominal, com taxas de juro de cupão predefinidas por maturidade e colocadas através de leilão de preços.

2. No intuito de se atender às condições correntes nos mercados financeiros,

bem como a expectativa razoável da sua evolução, o limite definido no número anterior poderá ampliado através da absorção do limite disponível

para emissões de Obrigações do Tesouro com características distintas daquelas tratadas neste Decreto Executivo.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 47

República de Angola

Ministério das Finanças

3. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades, o valor facial e os critérios

de cálculo dos juros de cupão e do valor de colocação dessa modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

4. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 48

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 5)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../14

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº(DIPLOMA N.º

4)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão regular de

Obrigações do Tesouro não reajustáveis, com taxas de juro cupão predefinidas por

maturidade e colocadas através de leilão de preços.

Havendo a necessidade de se definirem os limites e os critérios de cálculo desta

modalidade de emissão, de forma a garantir-se a fungibilidade desses títulos no

mercado secundário;

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda nacional, sem reajuste do valor nominal, com taxas de juro de cupão predefinidas por

maturidade e colocada através de leilão de preços, deve obedecer, em linhas gerais, às condições específicas estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

Obrigação Geral:

Finalidade:- A emissão é reservada ao financiamento do Orçamento Geral do Estado

de 2014.

Designação: - Emissão de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional, não

reajustáveis (“OT-MN-NÃO REAJUSTÁVEL 2014”).

Moeda: - Kwanza.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 49

República de Angola

Ministério das Finanças

Montante máximo: - Até ao valor de Kz 267.984.000.000,00 (Duzentos e sessenta e

sete mil milhões e novecentos e oitenta e quatro milhões de Kwanzas), em títulos

com o valor unitário de Kz 100.000,00 (cem mil Kwanzas).

Os montantes de emissão que não forem colocados nas respectivas datas previstas

podem ser adicionados à emissão dos períodos subsequentes.

Tipo de Taxa de Juro: - Juros de cupão, calculados sobre o valor facial, de acordo com

seguinte quadro:

Maturidade Taxa de juros

2 anos 7,00% a.a.

3 anos 7,25% a.a.

4 anos 7,50% a.a.

5 anos 7,75% a.a.

Modalidade de Colocação: - Através de leilão de preços junto das instituições

financeiras habilitadas a participar no leilão e directamente ao público.

Condições de Resgate: Prazos de quatro a dez semestres, efectuando-se o resgate pelo

valor nominal.

Periodicidade de Pagamento dos Juros: Semestralmente, na respectiva data de

vencimento, ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil, sobre o valor

nominal de emissão.

2. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro,

são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao

desdobramento da referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema SIGMA, o registo da emissão,

do pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as condições estabelecidas

na Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo

Ministério das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção

Nacional do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito

das instituições responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e

de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas

referidas instituições, do efectivo resgate final em favor dos titulares beneficiários;

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 50

República de Angola

Ministério das Finanças

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto nº 259/10,

de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições

financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do

Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados secundário e interbancário,

limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à vinculação como garantia colateral

em operações de empréstimo, em conformidade com as regras a estabelecer pelo

Banco Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no ponto anterior, bem como para o caso

de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das Finanças, dever-se-á ter em conta o seguinte:

I - Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,

utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor facial;

i : taxa de juros anuais da emissão;

II - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a seguinte

fórmula de taxa equivalente diária:

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc) ]

Sendo,

Indias: taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral,

calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona

matematicamente;

i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;

dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do

primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no

caso dos demais períodos semestrais;

dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro

pagamento, no caso do primeiro período semestral, ou entre o

pagamento anterior e a data seguinte de vencimento de juros, no caso

dos demais períodos semestrais.

O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 51

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 6)

REPÚBLICA DE ANGOLA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º ........./13

de .... de .....................

A Lei do Orçamento Geral do Estado de 2014, no seu artigo .......º, autoriza o

Executivo a contrair empréstimos e a realizar outras operações de crédito no mercado

interno e externo, para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes dos

investimentos públicos;

Tendo em conta a necessidade de se ampliar a participação das instituições financeiras

estabelecidas em Angola no processo de financiamento ao Orçamento Geral do

Estado, por meio da subscrição de Bilhetes do Tesouro a emitir especialmente para

esta finalidade;

Considerando que o n.º 1 do artigo 12º do Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de

Novembro define que compete ao Titular do Poder Executivo autorizar a emissão de

títulos da Dívida Pública Directa de curto prazo a se constituir sob a forma de Bilhetes

do Tesouro;

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º, e do n.º 1

do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

Artigo 1.º

1. Está autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Bilhetes do Tesouro, nos termos previstos nos artigos 12.º a 21.º do Decreto Presidencial

259/10, de 18 de Novembro, até aos limites estabelecidos no Orçamento Geral do Estado.

2. Os recursos captados por meio da emissão referida no número anterior

destinam-se ao financiamento do Orçamento Geral do Estado de 2014.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 52

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 2.º

1. A colocação dos Bilhetes do Tesouro referida neste diploma efectua-se directamente junto das instituições financeiras, através de leilão de preços, em

conformidade com as normas e procedimentos a definir em Despacho do Ministro das Finanças.

2. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado

dos referidos Bilhetes, nas condições previstas na legislação em vigor.

Artigo 3.º

Os Bilhetes do Tesouro gozam da garantia de resgate integral na data de vencimento,

por força das receitas gerais do Estado, estando os rendimentos auferidos sob a forma

de juros sujeitos ao que determina o Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30

de Dezembro.

Artigo 4.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por meio de Decreto Executivo, as demais normas complementares que se fizerem necessárias à implementação

das medidas aprovadas no presente Decreto Presidencial.

2. Em tudo o que se não mostrar contrariado pela sua natureza, aplica-se aos Bilhetes do Tesouro de que trata o presente Decreto Presidencial,

subsidiariamente, o regime jurídico da dívida pública directa.

Artigo 5.º

As dívidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente diploma são

resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 6.º

O presente decreto presidencial entra em vigor na data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos .....de...............de 2014.

Publique-se.

Luanda, aos .....de.......................de 2014.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

(publicado no Dário da República de ...../........./2014)

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 53

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 7)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 6)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Bilhetes do Tesouro, para o financiamento do

Orçamento Geral do Estado de 2014.

Tendo em conta que o artigo 4.º do referido Decreto Presidencial refere que o

Ministro das Finanças deve estabelecer por Decreto Executivo as demais normas

complementares que se fizerem necessárias à implementação das medidas aprovadas

naquele Diploma.

Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da República, nos termos

do artigo 137.º da Constituição da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º

do Decreto Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, combinado com o disposto na

alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças,

aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, e as disposições

combinadas dos artigos 6.º e 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. Para financiamento da execução financeira do Orçamento Geral do Estado 2014, é autorizada a emissão de “Bilhetes do Tesouro – 2014” até ao valor

global de Kz 360.900.000.000,00 (Trezentos e sessenta mil milhões e novecentos milhões de Kwanzas), com as características e condições

estabelecidas no Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de Novembro.

2. A emissão de que trata este decreto executivo destina-se à constituição, quer

de dívida flutuante, quer de dívida fundada, até aos montantes que vierem a ser definidos para cada finalidade, através de despacho do Ministro das

Finanças, nos termos definidos no n.º 2 do artigo 13º do Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de Novembro.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 54

República de Angola

Ministério das Finanças

3. As despesas com a emissão de que trata este Decreto Executivo ficam a coberto das correspondentes dotações orçamentais dos Encargos Gerais do

Estado, inscritas no Orçamento Geral do Estado em execução.

4. O Banco Nacional de Angola adoptará as providências necessárias para proceder, directamente, ao crédito da Conta Única do Tesouro (CUT) pelo valor arrecadado da colocação dos títulos do Tesouro na data da emissão.

De igual modo, proceder ao débito da CUT e ao crédito das contas de depósitos das respectivas instituições beneficiárias ou intermediadoras das

operações, pelo montante correspondente ao pagamento do resgate, nas respectivas datas. Caberá, ainda, ao Banco Nacional de Angola a adopção

de procedimentos adequados para a informação necessária à Direcção Nacional do Tesouro e à Unidade de Gestão da Dívida Pública do Ministério das Finanças.

O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos.....de .................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel.

(Publicado no Diário da República de ....../......2014)

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 55

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 8)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Gabinete do Ministro

Despacho n.º ......../14

De ....... de ...............

Considerando estar autorizada, através do Decreto Executivo nº . (DIPLOMA N.º

7)......./14, de ......de ..............., do Ministro das Finanças, a emissão de “Bilhetes do Tesouro - 2014”;

Sendo conveniente efectuar a emissão e colocação de Bilhetes do Tesouro para o financiamento de despesas de capital do Orçamento Geral do Estado de 2014;

Havendo necessidade de estabelecer as características dessa emissão, nomeadamente o

montante e condições de resgate dos Bilhetes do Tesouro a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a

Lei-Quadro da Dívida Pública Directa; Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da República, nos termos

do artigo 137.º da Constituição da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º do Decreto Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, combinado com o disposto na

alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, e as disposições

combinadas dos artigos 6.º e 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. É autorizada a emissão e colocação de “Bilhetes do Tesouro 2014 – Dívida Fundada”, nos termos do n.º 3 do artigo 3.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, em

conformidade com as regras e procedimentos definidos no Decreto Executivo n.º . (DIPLOMA N.º 7).../14, de ......de ......................

2. A emissão e colocação dos Bilhetes do Tesouro obedecerá, para além das

características definidas no Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de Novembro, às condições específicas estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 56

República de Angola

Ministério das Finanças

Obrigação Geral

Finalidade: A emissão é reservada ao financiamento de despesas de capital no âmbito

da execução do Orçamento Geral do Estado de 2014.

Designação: “Bilhetes do Tesouro 2014 – Dívida Fundada”.

Moeda: Kwanzas.

Montante máximo: Kz 193.901.000.000,00 (Cento e noventa e três mil milhões e

novecentos e um milhões de Kwanzas), aplicável aos Bilhetes do Tesouro que,

emitidos em 2014, vençam após 31 de Março de 2015, com o valor unitário definido no Sistema de Gestão do Mercado de Activos (SIGMA) do Banco Nacional de

Angola.

Tipo de taxa de juro: Desconto sobre o valor nominal apurado em leilões de preços na

colocação.

Modalidade de colocação: Emissão e colocação, por forma escritural, em leilões

semanais, através de registo nas respectivas contas-título no Sistema de Gestão de

Mercados de Activos (SIGMA) do Banco Nacional de Angola.

Condição de resgate: pelo valor nominal, nos prazos previstos na legislação em vigor

iguais ou superiores a 91 dias, consoante a orientação do Ministério das Finanças

para as respectivas sessões semanais.

3. O Banco Nacional de Angola adoptará as providências do seu âmbito para

assegurar a realização, em sessões semanais, do leilão de vendas de Bilhetes do Tesouro, até ao montante estabelecido para a semana, observadas as orientações

específicas do Ministério das Finanças ao Banco Nacional de Angola para a definição dos prazos de resgate e para o aceite das propostas de compra.

4. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7. da Lei n. 16/02, de 5 de Dezembro,

são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações a que se

refere este despacho, nomeadamente as seguintes:

a) Processar de forma automatizada, no Sistema de Gestão de Mercados e Activos (SIGMA), o registo da emissão, do desconto e do resgate;

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 57

República de Angola

Ministério das Finanças

b) Creditar directamente na Conta Única do Tesouro (CUT), na mesma data

do leilão, o valor apurado na venda dos Bilhetes desta emissão, sob aviso à Direcção Nacional do Tesouro;

c) No vencimento dos Bilhetes do Tesouro, debitar directamente na Conta

Única do Tesouro (CUT) os valores necessários ao seu resgate; e

d) Definir as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a

adoptar pelas instituições financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que os Bilhetes do Tesouro de que trata este despacho possam ser

transaccionados nos mercados secundário e interbancário.

O presente despacho entra imediatamente em vigor. Publique-se.

Luanda, aos ......de ........................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel.

(Publicado no Diário da República de ...../....../2014)

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 58

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 9)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Gabinete do Ministro

Despacho n.º ......../14

De ....... de ...............

Considerando estar autorizada, através do Decreto Executivo nº . (DIPLOMA N.º

7)......./14, de ......de ..............., do Ministro das Finanças, a emissão de “Bilhetes do Tesouro - 2014”;

Sendo conveniente efectuar a emissão e colocação de Bilhetes do Tesouro para a antecipação de receitas no âmbito do Orçamento Geral do Estado de 2014, consoante

previsto no n.º 2 do artigo 70.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, a Lei-Quadro do Orçamento Geral do Estado;

Havendo necessidade de estabelecer as características dessa emissão, nomeadamente o montante e condições de resgate dos Bilhetes do Tesouro a emitir;

Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da República, nos termos

do artigo 137.º da Constituição da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º do Decreto Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, combinado com o disposto na

alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, e as disposições

combinadas dos artigos 6.º e 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. É autorizada a emissão e colocação de “Bilhetes do Tesouro 2014 – Dívida

Flutuante”, nos termos do n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, em

conformidade com as regras e procedimentos definidos no Decreto Executivo n.º . (DIPLOMA N.º 9).../14, de ......de ......................

2. O Banco Nacional de Angola adoptará as providências do seu âmbito para

assegurar a realização, em sessões semanais, do leilão de vendas de Bilhetes do Tesouro, até ao montante estabelecido para a semana, observadas as orientações

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 59

República de Angola

Ministério das Finanças

específicas do Ministério das Finanças ao Banco Nacional de Angola para a definição

dos prazos de resgate e para o aceite das propostas de compra.

3. A emissão e colocação dos Bilhetes do Tesouro de que trata o presente despacho obedecerão, para além das características definidas no Decreto Presidencial

n.º 259/10, de 18 de Novembro, às seguintes condições:

Finalidade: A emissão é reservada a antecipação de receitas no âmbito da execução

financeira do Orçamento Geral do Estado de 2014.

Designação: “Bilhetes do Tesouro 2014 – Dívida Flutuante”.

Moeda: Kwanzas.

Montante máximo: Kz: 166.998.000.000,00 (Cento e sessenta e seis mil milhões e

novecentos e noventa e oito milhões de Kwanzas), aplicável aos Bilhetes do Tesouro que, emitidos em 2014, vençam até 31 de Março de 2015, com o valor unitário definido no Sistema de Gestão do Mercado de Activos (SIGMA) do Banco Nacional

de Angola.

Modalidade de colocação: Emissão e colocação, por forma escritural, em leilões

semanais, efectuando-se a colocação mediante desconto sobre o valor nominal,

através de registo nas respectivas contas-título no Sistema de Gestão de Mercados de Activos (SIGMA).

Condição de resgate: pelo valor nominal, nos prazos previstos na legislação em vigor

iguais ou superiores a 91 dias, consoante a orientação do Ministério das Finanças

para as respectivas sessões semanais.

4. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7. da Lei n. 16/02, de 5 de, são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas

e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações a que se refere este despacho, nomeadamente as seguintes:

a) Processar de forma automatizada, no Sistema de Gestão de Mercados e Activos (SIGMA), o registo da emissão, do desconto e do resgate;

b) Creditar directamente na Conta Única do Tesouro (CUT), na mesma data

do leilão, o valor apurado na venda dos Bilhetes desta emissão, sob aviso à Direcção Nacional do Tesouro;

c) No vencimento dos Bilhetes do Tesouro, debitar directamente na Conta

Única do Tesouro (CUT) os valores necessários ao seu resgate; e

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 60

República de Angola

Ministério das Finanças

d) Definir as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto

Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições financeiras e intermediadoras autorizadas, com

vista a que os Bilhetes do Tesouro de que trata este despacho possam ser transaccionados nos mercados secundário e interbancário.

5. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda, aos ......de ........................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel.

(Publicado no Diário da República de ...../....../2014)

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 61

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA Nº 10)

REPÚBLICA DE ANGOLA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º ... /14

de de

A Lei do Orçamento Geral do Estado de 2014, no seu artigo ....º, autoriza o

Executivo a contrair empréstimos e a realizar outras operações de crédito, no mercado

interno e externo, para fazer face às necessidades de financiamento de despesas de

investimento;

Tendo em conta a necessidade de se emitirem Obrigações do Tesouro a favor

do Banco Nacional de Angola, como adiantamento ao aumento do seu capital social a

ser implementado após a aprovação e publicação do relatório e das demonstrações

financeiras pertinentes ao Balanço e Contas do exercício de 2013, do referido Banco;

Cabendo ao Executivo definir as condições complementares a que devem

obedecer a negociação, contratação e emissão de Obrigações do Tesouro, em

conformidade com o estabelecido nos artigos 5.º e 8.º, da Lei n.º 16/02, de 5 de

Dezembro, sobre o Quadro da Dívida Pública Directa.

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º e do

n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

Artigo 1.º

1. É autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de

Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (OT-MN), com as características e

condições técnicas previstas no presente Decreto Presidencial, até ao valor de

Kz31.290.000.000,00 (Trinta e um mil milhões e duzentos e noventa milhões de

Kwanzas), no âmbito do limite estabelecido no Orçamento Geral do Estado.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 62

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Os títulos da emissão especial referida no número anterior são entregues

directamente ao Banco Nacional de Angola, pelo valor facial, sem desconto, como

adiantamento para futuro aumento de capital do Banco, a ser definido com base nas

Demonstrações Financeiras Auditadas de 2013 e como reforço imediato da sua

carteira de títulos da dívida pública para ser usado nas operações da política monetária

em substituição aos Títulos do Banco Central.

Artigo 2.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por Decreto Executivo, o valor

nominal, os prazos de resgate e o cronograma de emissão destas obrigações, que

devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5

de Dezembro, sobre o Quadro da Dívida Pública Directa.

2. O prazo de resgate é de 20 anos.

3. Não há o abono de juros de cupão.

4. O resgate é efectuado pelo valor ao par, na moeda de emissão, na respectiva

data de vencimento, ou no dia útil seguinte, quando aquele não seja útil.

Artigo 3.º

1. A colocação das Obrigações do Tesouro referidas neste diploma efectua-se

no Banco Nacional de Angola, em conformidade com as normas e procedimentos a

definir em despacho do Ministro das Finanças.

2. O Banco Nacional de Angola pode transaccionar estas Obrigações com as

instituições financeiras bancárias no mercado aberto de títulos, através de vendas

definitivas ou com compromisso de recompra, a preços de mercado.

3. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado

das referidas Obrigações, nas condições previstas na legislação em vigor.

Artigo 4.º

1. A colocação e a subsequente movimentação das Obrigações do Tesouro

referidas neste Decreto Presidencial, efectuam-se por forma meramente escritural,

entre contas-títulos.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 63

República de Angola

Ministério das Finanças

2. O Ministro das Finanças pode delegar ao Governador do Banco Nacional de

Angola, a centralização do registo da titularidade das referidas Obrigações do

Tesouro, sem prejuízo das instituições de crédito e outros intermediários financeiros

possuírem registos que lhes permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes.

3. Para efeitos do disposto no número anterior, o Banco Nacional de Angola

deve observar os procedimentos estabelecidos para as demais formas de emissão de

Obrigações do Tesouro, previstos no Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de

Novembro, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Títulos da

Dívida Pública Directa, designados por Obrigações do Tesouro.

Artigo 5.º

1. As Obrigações do Tesouro gozam da garantia de resgate integral na data de

vencimento, por força das receitas gerais do Estado.

2. Cabe ao Banco Nacional de Angola a adopção de procedimentos adequados

para a informação necessária sobre o resgate à DirecçãoNacional do Tesouro e à

Unidade de Gestão da Dívida Pública do Ministério das Finanças.

Artigo 6.º

Compete ao Ministério das Finanças, o controlo e a gestão da dívida pública directa,

conjuntamente com o Banco Nacional de Angola, os quais devem, no âmbito das suas

competências, publicar as estatísticas e as cotações das emissões e transacções das

Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções que se mostrem necessárias ao

funcionamento e regulamentação do respectivo mercado.

Artigo 7.º

São inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas indispensáveis para ocorrer ao

serviço da dívida pública directa, regulada pelo presente diploma.

Artigo 8.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por meio de decreto executivo, as

demais normas complementares necessárias à implementação das medidas aprovadas

no presente diploma.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 64

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Em tudo o que não se mostrar contrariado pela sua natureza, aplica-se às

Obrigações do Tesouro de que trata o presente Decreto Presidencial, subsidiariamente,

o regime jurídico da dívida pública directa.

Artigo 9.º

As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e aplicação do presente diploma são

resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 10.º

O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos ....de ..... de 2014.

Publique-se.

Luanda, aos .... de ...... de 2014.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 65

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 11)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 10)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Obrigações do Tesouro, a favor do Banco

Nacional de Angola, nos termos do n.º 3 do artigo 5.º da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho

- Lei do Banco Nacional de Angola.

Tendo em conta que os artigos 2.º e 8.º do referido Decreto Presidencial autorizam o

Ministro das Finanças a estabelecer, por decreto executivo, as características dos

títulos a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7º da

Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei-Quadro da Dívida Pública Directa.

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo 1.º do Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 10)......./14, de ........de ............,, até ao valor global de

deKz31.290.000.000,00 (Trinta e um mil milhões e duzentos e noventa milhões de Kwanzas), são emitidas sem reajuste do valor nominal, sem taxa de juro de

cupão e entregues ao Banco Nacional de Angola pelo valor facial, sem desconto.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 66

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades e o valor facial dessa

modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

3. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 67

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 12)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../14

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº (DIPLOMA N.º

11)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão especial de

"Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização BNA", a favor do Banco Nacional de

Angola;

Havendo a necessidade de se definir a Obrigação Geral desta modalidade de emissão,

conforme estabelece o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, sobre o Quadro

da Dívida Pública Directa;

Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da República, nos termos

do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º

do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do artigo 2.º

do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial

n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º da Lei n.º

16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das "Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização BNA", de que trata o Decreto Executivo nº (DIPLOMA N.º 11)../14, de … de ….,

obedecerão às condições específicas estabelecidas na seguinte obrigação geral:

Obrigação Geral:

Finalidade: - A emissão destina-se a adiantamento para futuro aumento de capital do

Banco Nacional de Angola, após o aproveitamento das reservas disponíveis para tal

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 68

República de Angola

Ministério das Finanças

finalidade nas Demonstrações Financeiras Auditadas de 2013, aprovadas pelo

Presidente da República.

Designação: - Emissão especial "Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização BNA"

Moeda: - Kwanza.

Montante máximo: - Até ao valor deKz31.290.000.000,00 (Trinta e um mil milhões e

duzentos e noventa milhões de Kwanzas) em títulos com o valor unitário de Kz

100.000,00 (cem mil Kwanzas), não reajustável.

Tipo de Taxa de Juro: - Não há juros de cupão

Modalidade de Colocação: - Emissão directa, por forma escritural, a favor do Banco

Nacional de Angola, efectuando-se a colocação pelo valor de emissão, sem

desconto, através de registo de titularidade junto do próprio Banco Nacional de

Angola, caracterizando-se, com o referido registo, a quitação da dívida decorrente

dos resultados dos seus balanços até ao do ano de 2013.

Condições de Resgate: Prazo de 20 anos, efectuando-se o resgate pelo valor nominal,

sem reajuste.

2. Na forma prevista no n.º 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas

administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao desdobramento da referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema de Gestão de Mercados de Activos

(SIGMA), o registo da emissão, do pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as condições estabelecidas na Obrigação Geral aprovada por este

despacho e as informações a fornecer pelo Ministério das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção Nacional

do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito das instituições responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e

de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas referidas instituições, do efectivo resgate final em favor dos titulares

beneficiários;

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas nos artigos 7º e 8º do Decreto Presidencial 259/10, de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a

adoptar pelas instituições financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados secundário e interbancário, limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 69

República de Angola

Ministério das Finanças

vinculação como garantia colateral em operações de empréstimo, em

conformidade com as regras a estabelecer pelo Banco Nacional de Angola.

3. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 70

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA Nº 13)

REPÚBLICA DE ANGOLA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º ... /14

de de

A Lei do Orçamento Geral do Estado de 2014, no seu artigo ....º, autoriza o

Executivo a contrair empréstimos e a realizar outras operações de crédito, no mercado

interno e externo, para fazer face às necessidades de financiamento de despesas de

investimento;

Tendo em conta a necessidade de se emitirem Obrigações do Tesouro a favor

do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), de maneira a possibilitar que o

mesmo cumpra na plenitude a sua missão de instrumento do Executivo para a

execução da política de desenvolvimento económico e social do País, tal como dispõe

nº 1 do artigo 3º do Decreto nº 37/06, de 7 de Junho, que criou o BDA;

Cabendo ao Executivo definir as condições complementares a que devem

obedecer a negociação, contratação e emissão de Obrigações do Tesouro, em

conformidade com o estabelecido nos artigos 5.º e 8.º, da Lei n.º 16/02, de 5 de

Dezembro, sobre o Quadro da Dívida Pública Directa.

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º e do

n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 71

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 1.º

1. É autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de

Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (OT-MN), com as características e

condições técnicas previstas no presente Decreto Presidencial, até ao valor de Kz

27.440.000.000,00 (Vinte e sete mil milhões e quatrocentos e quarenta milhões de

Kwanzas), no âmbito do limite estabelecido no Orçamento Geral do Estado.

2. Os títulos da emissão especial referida no número anterior são entregues

directamente ao Banco de Desenvolvimento de Angola, pelo valor facial, sem

desconto, como aumento de capital, desta maneira potencializando os rácios

prudenciais do banco e possibilitando assim a expansão das suas actividades

creditícias.

Artigo 2.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por Decreto Executivo, o valor

nominal, os prazos de resgate e o cronograma de emissão destas obrigações, que

devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5

de Dezembro, sobre o Quadro da Dívida Pública Directa.

2. O prazo de resgate é de 20 anos.

3. Os juros de cupão são de 5% ao ano.

4. O resgate é efectuado pelo valor ao par, na moeda de emissão, na respectiva

data de vencimento, ou no dia útil seguinte, quando aquele não seja útil.

Artigo 3.º

1. A colocação das Obrigações do Tesouro referidas neste diploma efectua-se

no Banco Nacional de Angola, em conformidade com as normas e procedimentos a

definir em despacho do Ministro das Finanças.

2. O Banco de Desenvolvimento de Angola pode transaccionar estas

Obrigações com as instituições financeiras bancárias no mercado aberto de títulos,

através de vendas definitivas ou com compromisso de recompra, a preços de mercado.

3. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado

das referidas Obrigações, nas condições previstas na legislação em vigor.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 72

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 4.º

1. A colocação e a subsequente movimentação das Obrigações do Tesouro

referidas neste Decreto Presidencial, efectuam-se por forma meramente escritural,

entre contas-títulos.

2. O Ministro das Finanças pode delegar ao Governador do Banco Nacional de

Angola, a centralização do registo da titularidade das referidas Obrigações do

Tesouro, sem prejuízo das instituições de crédito e outros intermediários financeiros

possuírem registos que lhes permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes.

3. Para efeitos do disposto no número anterior, o Banco Nacional de Angola

deve observar os procedimentos estabelecidos para as demais formas de emissão de

Obrigações do Tesouro, previstos no Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de

Novembro, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Títulos da

Dívida Pública Directa, designados por Obrigações do Tesouro.

Artigo 5.º

1. As Obrigações do Tesouro gozam da garantia de resgate integral na data de

vencimento, por força das receitas gerais do Estado.

2. Cabe ao Banco Nacional de Angola a adopção de procedimentos adequados

para a informação necessária sobre o resgate à Direcção Nacional do Tesouro e à

Unidade de Gestão da Dívida Pública do Ministério das Finanças.

Artigo 6.º

Compete ao Ministério das Finanças, o controlo e a gestão da dívida pública directa,

conjuntamente com o Banco Nacional de Angola, os quais devem, no âmbito das suas

competências, publicar as estatísticas e as cotações das emissões e transacções das

Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções que se mostrem necessárias ao

funcionamento e regulamentação do respectivo mercado.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 73

República de Angola

Ministério das Finanças

Artigo 7.º

São inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas indispensáveis para

acorrer ao serviço da dívida pública directa, regulada pelo presente diploma.

Artigo 8.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por meio de decreto executivo, as

demais normas complementares necessárias à implementação das medidas aprovadas

no presente diploma.

2. Em tudo o que não se mostrar contrariado pela sua natureza, aplica-se às

Obrigações do Tesouro de que trata o presente Decreto Presidencial, subsidiariamente,

o regime jurídico da dívida pública directa.

Artigo 9.º

As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e aplicação do presente diploma são

resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 10.º

O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos ....de ..... de 2014.

Publique-se.

Luanda, aos .... de ...... de 2014.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 74

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 14)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 13)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Obrigações do Tesouro, a favor do Banco de

Desenvolvimento de Angola..

Tendo em conta que os artigos 2.º e 8.º do referido Decreto Presidencial autorizam o

Ministro das Finanças a estabelecer, por decreto executivo, as características dos

títulos a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7º da

Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei-Quadro da Dívida Pública Directa.

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo 1.º do Decreto Presidencial

n.º (DIPLOMA N.º 13)......./14, de ........de ............,, até ao valor global de Kz27.440.000.000,00 (Vinte e sete mil milhões e quatrocentos e quarenta

milhões de Kwanzas), são emitidas sem reajuste do valor nominal, sem taxa de juro de cupão e entregues ao Banco de Desenvolvimento de Angola pelo valor facial, sem desconto.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 75

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades e o valor facial dessa

modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

3. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 76

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 15)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../13

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº (DIPLOMA N.º

14)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão especial de

"Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização BDA", a favor do Banco de

Desenvolvimento Angola;

Havendo a necessidade de se definir a Obrigação Geral desta modalidade de emissão,

conforme estabelece o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, sobre o Quadro

da Dívida Pública Directa;

Em conformidade com os poderes delegados pelo Presidente da República, nos termos

do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º

do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do artigo 2.º

do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial

n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º da Lei n.º

16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das "Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização

BDA", de que trata o Decreto Executivo nº (DIPLOMA N.º 14)../14, de … de …., obedecerão às condições específicas estabelecidas na seguinte obrigação geral:

Obrigação Geral:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 77

República de Angola

Ministério das Finanças

Finalidade: - A emissão destina-se à capitalização do Banco de Desenvolvimento de

Angola.

Designação: - Emissão especial "Obrigações do Tesouro-2014 – Capitalização BDA"

Moeda: - Kwanza.

Montante máximo: - Até ao valor de Kz27.440.000.000,00 (Vinte e sete mil milhões e

quatrocentos e quarenta milhões de Kwanzas) em títulos com o valor unitário de Kz

100.000,00 (cem mil Kwanzas), não reajustável.

Tipo de Taxa de Juro: - Juros fixos de 5% ao ano sobre o valor nominal.

Modalidade de Colocação: - Emissão directa, por forma escritural, a favor do Banco de

Desenvolvimento de Angola, efectuando-se a colocação pelo valor de emissão, sem

desconto, através de registo de titularidade junto do Banco Nacional de Angola,

caracterizando-se, com o referido registo, o processo de capitalização do Banco.

Condições de Resgate: 20 anos, efectuando-se o resgate pelo valor nominal, sem

reajuste.

2. Na forma prevista no n.º 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, são

atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao desdobramento da referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema de Gestão de Mercados de Activos (SIGMA), o registo da emissão, do pagamento dos juros e do resgate, por forma

a reflectir as condições estabelecidas na Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo Ministério das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção Nacional

do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito das instituições responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e

de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas referidas instituições, do efectivo resgate final em favor dos titulares

beneficiários;

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas nos artigos 7º e 8º do Decreto Presidencial 259/10, de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a

adoptar pelas instituições financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados

secundário e interbancário, limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 78

República de Angola

Ministério das Finanças

vinculação como garantia colateral em operações de empréstimo, em

conformidade com as regras a estabelecer pelo Banco Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no ponto anterior, bem como para o caso de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das

Finanças, dever-se-á ter em conta o seguinte:

I - Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,

utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor facial;

i : taxa de juros anuais da emissão;

II - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a seguinte

fórmula de taxa equivalente diária:

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc) ]

Sendo,

Indias: taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral,

calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona

matematicamente;

i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;

dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do

primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no

caso dos demais períodos semestrais;

dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro

pagamento, no caso do primeiro período semestral, ou entre o

pagamento anterior e a data seguinte de vencimento de juros, no caso

dos demais períodos semestrais.

4. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 79

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 16)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./13

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 1)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de títulos da

Dívida Pública Directa, denominados Obrigações do Tesouro, para o financiamento

de investimentos públicos previstos no Orçamento Geral do Estado de 2014.

Tendo em conta que os artigos 2.º e 8.º do referido Decreto Presidencial autorizam o

Ministro das Finanças a estabelecer, por decreto executivo, as características dos

títulos a emitir, que devem constar da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7º da

Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, a Lei-Quadro da Dívida Pública Directa.

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo n.º 1 do Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 1)......./14 de ........de ............, até ao valor global de

Kz 89.328.000.000,00 (Oitenta e nove mil milhões e trezentos e vinte e oito milhões de Kwanzas) são emitidas em moeda externa e reservam-se exclusivamente o financiamento do Programa de Investimentos Públicos.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 80

República de Angola

Ministério das Finanças

2. No intuito de se atender às condições correntes nos mercados financeiros,

bem como a expectativa razoável da sua evolução, o limite definido no número anterior poderá ser transferido para a emissão de Obrigações do

Tesouro com características distintas daquelas tratadas neste Decreto Executivo.

3. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades, o valor facial e os

critérios de cálculo dos juros de cupão e do valor de colocação dessa

modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro de Finanças.

4. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 81

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 17)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../14

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº(DIPLOMA N.º

16)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão de Obrigações do

Tesouro em moeda externa (OT ME);

Havendo a necessidade de se definirem os limites e os critérios de cálculo desta

modalidade de emissão, de forma a garantir-se a fungibilidade desses títulos no

mercado secundário;

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda externa,

deve obedecer, em linhas gerais, às condições específicas estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

Obrigação Geral:

Finalidade:- A emissão é reservada ao financiamento do Orçamento Geral do Estado

de 2014.

Designação: - Emissão de Obrigações do Tesouro em Moeda Externa com juros

LIBOR (“OT-ME-Juros LIBOR 2014”).

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 82

República de Angola

Ministério das Finanças

Moeda: - Dólar americano.

Montante máximo: - Até ao valor de Kz89.328.000,00 (Oitenta e nove mil milhões e

trezentos e vinte e oito milhões de Kwanzas), em títulos com o valor unitário de US$

10.000,00 (dez mil dólares americanos).

Os montantes de emissão que não forem colocados nas respectivas datas previstas

poderão ser adicionados à emissão nos períodos subsequentes.

Tipo de Taxa de Juro: - Juros de cupão equivalentes à taxa LIBOR (London Interbank

Offered Rate) de seis meses para operações com dólares americanos, acrescida de 2,5

e 3 pontos percentuais, de acordo com o seguinte quadro:

Maturidade Taxa de juros

5 anos 2,5% a.a.

7 anos 3% a.a.

Modalidade de Colocação: - Através de leilão de quantidades a serem realizados

mensalmente, ou até esgotar-se o montante máximo referido acima.

Condições de Resgate: Prazo de dez e catorze semestres, efectuando-se o resgate pelo

valor nominal.

Periodicidade de Pagamento dos Juros: Semestralmente, na respectiva data de

vencimento, ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil, sobre o valor

nominal de emissão.

2. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro,

são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações

relativas ao desdobramento da referida Obrigação Geral, nomeadamente as seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema SIGMA, o registo da emissão,

do pagamento dos juros e do resgate, por forma a reflectir as condições estabelecidas

na Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo

Ministério das Finanças com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção

Nacional do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 83

República de Angola

Ministério das Finanças

das instituições responsáveis pela liquidação das operações de pagamento de juros e

de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas

referidas instituições, do efectivo resgate final em favor dos titulares beneficiários;

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas no Decreto nº 259/10,

de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos a adoptar pelas instituições

financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do

Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados secundário e interbancário,

limitando-se ao desconto a taxas de mercado e à vinculação como garantia colateral

em operações de empréstimo, em conformidade com as regras a estabelecer pelo

Banco Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no ponto anterior, bem como para o caso

de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das Finanças, dever-se-á ter em conta o seguinte:

I - Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,

utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo

is : taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor facial;

i : Taxa Libor-6 meses acrescida de 3 pontos percentuais;

II - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a seguinte

fórmula de taxa equivalente diária:

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc) ]

Sendo,

Indias: taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral,

calculada com nove casas decimais, arredondando-se a nona

matematicamente;

i : Taxa Libor-6 meses acrescida de 3 pontos percentuais

dc : número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do

primeiro período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no caso

dos demais períodos semestrais;

dctc : número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro

pagamento, no caso do primeiro período semestral, ou entre o

pagamento anterior e a data seguinte de vencimento de juros, no caso

dos demais períodos semestrais.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 84

República de Angola

Ministério das Finanças

3. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Publique-se.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 85

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 18)

REPÚBLICA DE ANGOLA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando a necessidade de se regularizarem atrasados decorrentes do processo de

execução do Orçamento Geral do Estado de exercícios findos, em conformidade com

o estabelecido na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro,

Lei-Quadro da Dívida Pública Directa;

Tendo em conta os poderes atribuídos ao Presidente da República para a adopção de

medidas tendentes a assegurar a correcta gestão e o eficiente reconhecimento e

tratamento da dívida pública, previstos nas alíneas a) e e) do artigo .....º da Lei nº

../14, de ........, Lei do OGE 2014.

O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º, e do n.º 1

do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:

Artigo 1.º

1. Está autorizado o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional (OT-MN), com as características e

condições técnicas previstas neste Decreto Presidencial, até o limite de Kz 196.000.000.000,00 (Cento e noventa e seis mil milhõesde Kwanzas).

2. A emissão especial referida no parágrafo anterior é feita por conversão, após

validação, de atrasados da execução orçamental dos exercícios de 2011, 2012 e 2013.

Artigo 2.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por Decreto Executivo, o valor facial, a taxa de juro de cupão e os prazos de resgate destas obrigações, que devem constar

da Obrigação Geral a que se refere o artigo 7.º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 86

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Os prazos de resgate são de 4 a 10 semestres.

3. Os juros de cupão são pagáveis semestralmente na moeda de emissão, na

respectiva data de vencimento, ou no dia útil seguinte, quando aquele dia não seja útil.

4. O resgate é efectuado pelo valor ao par, na moeda de emissão, acrescido dos juros

do último cupão, também a ocorrer na respectiva data de vencimento, ou no dia

útil seguinte, quando aquele não seja útil.

5. Os títulos com as mesmas taxas de juro e datas de resgate consideram-se fungíveis, ainda que emitidos em datas diferentes.

6. O Ministro das Finanças é autorizado a estabelecer, nos limites da legislação em

vigor, incentivos fiscais e financeiros, em benefício dos titulares das Obrigações do

Tesouro referidas neste diploma.

Artigo 3.º

1. As Obrigações do Tesouro referidas neste diploma são entregues directamente aos credores previstos nos Acordos de Regularização, através das instituições financeiras indicadas para a custódia dos títulos.

2. O Ministro das Finanças pode autorizar a recompra ou o resgate antecipado das referidas Obrigações, nas condições previstas na legislação em vigor.

Artigo 4.º

1. A colocação e a subsequente movimentação das Obrigações do Tesouro referidas neste Decreto Presidencial efectuam-se por forma meramente escritural, entre

contas-títulos.

2. Compete ao Banco Nacional de Angola, tal como previsto no artigo 8º do Decreto Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro, a centralização do registo da

titularidade das referidas Obrigações do Tesouro, sem prejuízo de as instituições de crédito e outros intermediários financeiros possuírem registos que lhes permitam gerir as carteiras dos respectivos clientes.

Artigo 5.º

1. As Obrigações do Tesouro gozam da garantia de resgate integral na data de vencimento, por força das receitas gerais do Estado, estando os rendimentos

auferidos sob a forma de juros sujeitos ao que determina o Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 87

República de Angola

Ministério das Finanças

2. Cabe ao BNA a adopção de procedimentos adequados para a informação

necessária à Direcção Nacional do Tesouro (DNT) e à Unidade de Gestão da Dívida Pública (UGD), do Ministério das Finanças.

Artigo 6.º

Compete ao Ministério das Finanças o controle e a gestão da dívida pública directa,

conjuntamente com o Banco Nacional de Angola (BNA), os quais devem, no âmbito

das suas competências, publicar as estatísticas e as cotações das emissões e transacções

das Obrigações do Tesouro, bem como emitir as instruções que se mostrem

necessárias ao funcionamento e regulamentação do respectivo mercado.

Artigo 7.º

São inscritas no Orçamento Geral do Estado as verbas indispensáveis para ocorrer ao

serviço da dívida pública directa regulada pelo presente diploma.

Artigo 8.º

1. O Ministro das Finanças deve estabelecer, por meio de Decreto Executivo, as

demais normas complementares que se fizerem necessárias à implementação das medidas aprovadas no presente Decreto Presidencial.

2. Em tudo o que se não mostrar contrariado pela sua natureza, aplica-se às

Obrigações do Tesouro de que trata o presente Decreto Presidencial, subsidiariamente, o regime jurídico da dívida pública directa.

Artigo 9.º

As dívidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente diploma são

resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 10º

O presente decreto presidencial entra em vigor na data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos .....de...............de 2014.

Publique-se.

Luanda, aos .....de.......................de 2014.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 88

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 19)

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto Executivo n.º ........./14

de .... de .....................

Considerando-se que o Decreto Presidencial n.º (DIPLOMA N.º 18)......./14, de ......

de .............., autorizou o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de

Obrigações do Tesouro em moeda nacional (OT-MN) por conversão, após validação,

de atrasados da execução orçamental dos exercícios de 2011, 2012 e 2013;

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do estatuto orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Banco Nacional de Angola, determino:

1. As Obrigações do Tesouro previstas no artigo n.º 1 do Decreto Presidencial n.º

(DIPLOMA N.º 18)......./14, de ........de ............, são emitidas, sob a forma de conversão, aos credores do Estado que tenham celebrado um Acordo de

regularização da dívida pública interna fundada com o Ministério das Finanças, efectuando-se a entrega dos títulos pelo valor facial, sem desconto.

2. Os montantes a emitir, as respectivas maturidades e os critérios de cálculo dos

juros dessa modalidade de emissão serão definidos por despacho do Ministro das

Finanças.

3. O presente decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos ...... de ................. de 2014.

O Ministro, Armando Manuel

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 89

República de Angola

Ministério das Finanças

(DIPLOMA N.º 20)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Despacho n.º ......../14

de ........de ...............

Considerando ter sido autorizada, através do Decreto Executivo nº (DIPLOMA N.º

19)....../14, de ..... de..........., do Ministro das Finanças, a emissão especial de

Obrigações do Tesouro em moeda nacional (OT-MN) por conversão, após validação,

de atrasados da execução orçamental dos exercícios de 2011, 2012 e 2013;

Havendo a necessidade de se definirem os limites e os critérios de cálculo desta

modalidade de emissão, de forma a garantir-se a fungibilidade desses títulos no

mercado secundário;

Nos termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola e de acordo com o

artigo 2.º do Decreto Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, da alínea e) do nº 1 do

artigo 2.º do Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo Decreto

Presidencial n.º 235/12, de 4 de Dezembro, bem como das disposições do artigo 6.º

da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro;

Ouvido o Governador do Banco Nacional de Angola, determino:

1. A emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro previstas no n.º 1 do Decreto Executivo n.º (DIPLOMA N.º 19)......./14, de ........de ............, é

realizada com taxa de juro de cupão fixa e actualização do seu valor nominal

em conformidade com a variação da taxa de câmbio de referência divulgada

pelo Banco Nacional de Angola para a compra de dólares dos Estados Unidos da América, e devem obedecer, em linhas gerais, às condições específicas estabelecidas na seguinte Obrigação Geral:

Obrigação Geral:

Finalidade: - A emissão especial é reservada, por conversão, aos credores do Estado

que tenham celebrado um Acordo de regularização da dívida pública interna

fundada com o Ministério das Finanças.

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 90

República de Angola

Ministério das Finanças

Designação: - Emissão Especial de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional Por

Conversão 2014.

Moeda: - Kwanza.

Montante máximo: - Até ao valor de Kz 196.000.000.000,00 (Cento e noventa e seis

mil milhões de Kwanzas), em títulos com o valor unitário correspondente à

aplicação do coeficiente 1.254,02118 sobre a taxa de câmbio de referência das

operações de compra de Dólar dos Estados Unidos da América divulgada pelo

Banco Nacional de Angola.

Modalidade de Colocação: Emissão directa, por forma escritural, em favor do credor do

Estado, efectuando-se a colocação pelo valor de emissão, sem desconto, através de

registo de titularidade junto do banco comercial indicado pelo credor do Estado no

Acordo de regularização, caracterizando-se, com o referido registo, a quitação da

dívida objecto do Acordo de regularização.

Tipo de Taxa de Juro: - Juros de cupão fixos de 5% ao ano, calculados sobre o valor

nominal actualizado de acordo com a variação da taxa de câmbio de referência das

operações de compra do Dólar dos Estados Unidos da América divulgada pelo

Banco Nacional de Angola.

Condições de Resgate: Prazos de quatro a dez semestres, efectuando-se o resgate pelo

valor nominal actualizado na forma acima estabelecida.

Periodicidade de Pagamento dos Juros: Semestralmente, na respectiva data de

vencimento, ou no dia útil seguinte quando aquele dia não seja útil, sobre o valor

nominal de emissão.

2. Na forma prevista no ponto 1 do artigo 7º da Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro,

são atribuídas ao Banco Nacional de Angola, por este despacho, as tarefas administrativas e executivas ligadas à emissão e ao serviço das operações relativas ao desdobramento da referida Obrigação Geral, nomeadamente as

seguintes:

a) processar de forma automatizada, no Sistema de Gestão de Mercados de Activos (SIGMA), o registo da emissão, do pagamento dos juros e do resgate,

por forma a reflectir as condições estabelecidas na Obrigação Geral aprovada por este despacho e as informações a fornecer pelo Ministério das Finanças

com antecedência de dois dias úteis à data de cada emissão;

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 91

República de Angola

Ministério das Finanças

b) debitar directamente na Conta Única do Tesouro, sob aviso à Direcção

Nacional do Tesouro, os valores que serão levados a crédito das contas de depósito das instituições responsáveis pela liquidação das operações de

pagamento de juros e de resgate, nas respectivas datas de vencimento, mediante comprovação, pelas referidas instituições, do efectivo resgate final

em favor dos titulares beneficiários;

c) tomar as demais providências do seu domínio, previstas nos artigos 7º e 8º do Decreto Presidencial 259/10, de 18 de Novembro, quanto aos procedimentos

a adoptar pelas instituições financeiras e intermediadoras autorizadas, com vista a que as Obrigações do Tesouro possam ser transaccionadas nos mercados secundário e interbancário, limitando-se ao desconto a taxas de

mercado e à vinculação como garantia colateral em operações de empréstimo, em conformidade com as regras a estabelecer pelo Banco

Nacional de Angola.

3. Para efeitos das transacções referidas no ponto anterior, bem como para o caso de eventual resgate antecipado que venha a ser proposto pelo Ministério das

Finanças, dever-se-á ter em conta o seguinte:

I – A actualização do valor nominal será diária, utilizando-se a seguinte fórmula:

VNa = VNe x TCa / TCe

Sendo

VNa : Valor Nominal actualizado

VNe : Valor Nominal de emissão

TCa: Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com três casas

decimais, divulgada pelo BNA para a data actual;

TCe : Taxa de Câmbio de referência das operações de compra, com três casas

decimais, divulgada pelo BNA para a data da emissão.

II - Os juros semestrais serão calculados pelo Regime de Capitalização Simples,

utilizando-se a seguinte fórmula:

is = [ ( i/100) x (6/12) ]

Sendo

is: taxa de juros simples para um semestre, a aplicar sobre o valor nominal

actualizado;

i : taxa de juros anuais da emissão;

III - A apropriação “pro rata dia” dos juros será calculada utilizando a seguinte

fórmula de taxa equivalente diária:

PLANO ANUAL DE ENDIVIDAMENTO - 2014 92

República de Angola

Ministério das Finanças

Indias = [ (i/100 x 6/12) x (dc/dctc) ]

Sendo,

Indias: taxa de juros simples para “n” dias decorridos do período semestral, calculada

com nove casas decimais, arredondando-se a nona matematicamente, a aplicar sobre o

valor nominal actualizado;

i : taxa de juros do título em percentagem ao ano;

dc: número de dias efectivamente decorridos desde a emissão, no caso do primeiro

período semestral, ou desde o pagamento anterior de juros, no caso dos demais

períodos semestrais;

dctc: número total de dias de calendário entre a emissão e o primeiro pagamento, no

caso do primeiro período semestral, ou entre o pagamento anterior e a data seguinte

de vencimento de juros, no caso dos demais períodos semestrais.

5. O presente despacho entra imediatamente em vigor.

Luanda aos ..........de ......................de 2014.

O Ministro, Armando Manuel